3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

31
DOENÇAS DOENÇAS GRANULOMATOSAS GRANULOMATOSAS

Transcript of 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Page 1: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

DOENÇAS DOENÇAS GRANULOMATOSGRANULOMATOS

ASAS

Page 2: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

DOENÇAS DOENÇAS GRANULOMATOSASGRANULOMATOSASa)a) TuberculoseTuberculose

b)b) SífilisSífilis

c)c) ParacoccidioidomicosParacoccidioidomicosee

Page 3: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

a) Tuberculosea) Tuberculose Agente: Mycobacterium tuberculosisAgente: Mycobacterium tuberculosis

Contágio: tosse (gotículas), deglutição Contágio: tosse (gotículas), deglutição alimentos contaminados (leite), raramente alimentos contaminados (leite), raramente mucosas, cutâneamucosas, cutânea

Classificação: a) complexo primário bipolar Classificação: a) complexo primário bipolar (Ghon)(Ghon)

b) Tuberculose secundária – b) Tuberculose secundária – variantesvariantes

c) forma orgânica isoladac) forma orgânica isolada

Page 4: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Tuberculose PrimáriaTuberculose Primária

Complexo primário - Foco de Gohn – Complexo primário - Foco de Gohn – bipolarbipolar

Primeiro contacto com o Bacilo de Primeiro contacto com o Bacilo de Koch.Koch.

Composição: Composição: a) a) Foco pulmonar (base do lobo superior, Foco pulmonar (base do lobo superior, ápice do lobo inferior, sub-ápice do lobo inferior, sub-pleural)pleural)

b) Foco ganglionar do hilo pulmonarb) Foco ganglionar do hilo pulmonar

Page 5: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Tuberculose PrimáriaTuberculose Primária

Evolução morfológicaEvolução morfológica::

Reação exsudativa necrose Reação exsudativa necrose caseosa caseosa

fibrose calcificaçãofibrose calcificação

Evolução clínica cura (a maioria Evolução clínica cura (a maioria das das pessoas)pessoas)

com calcificação, com retração com calcificação, com retração pleuralpleural

Page 6: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Tuberculose PrimáriaTuberculose Primária

Evolução desfavorável (rara)Evolução desfavorável (rara)a) Tuberculose primária progressiva: a) Tuberculose primária progressiva:

disseminação disseminação bronco-pulmonar e bronco-pulmonar e ganglionar com extensa ganglionar com extensa

necrose caseosa.necrose caseosa.

b) Tuberculose miliar: disseminação b) Tuberculose miliar: disseminação sistêmica sistêmica (fígado, baço, rins, (fígado, baço, rins, medula, adrenais, medula, adrenais, gânglios gânglios linfáticos, fundo de olho, trompa, linfáticos, fundo de olho, trompa, meninges).meninges).

c) Meningite tuberculosac) Meningite tuberculosa

Page 7: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Tuberculose secundáriaTuberculose secundária

OrigemOrigem: : - reativação endógena (queda - reativação endógena (queda da da imunidade) imunidade)

- reinfecção exógena (novo - reinfecção exógena (novo contágio)contágio)

Sítio inicial da lesãoSítio inicial da lesão: ápice posterior : ápice posterior pulmonar pulmonar (rico em 02) (rico em 02)

Foco de SimonFoco de Simon

Page 8: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Tuberculose Tuberculose secundáriasecundária

Formas evolutivas:Formas evolutivas:

a) Cavernas pulmonaresa) Cavernas pulmonares

b) Tuberculose pleuralb) Tuberculose pleural

c) Tuberculose miliarc) Tuberculose miliar

d) Intestinald) Intestinal

Page 9: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Tuberculose Tuberculose secundáriasecundária

a) Cavernas: escavações necróticas a) Cavernas: escavações necróticas parenquimatosas com ou parenquimatosas com ou

sem sem conexão conexão brônquica.brônquica.

b) Pleural: espessamento pleural com b) Pleural: espessamento pleural com derrame derrame (exsudato) (exsudato) hemorrágico, rico em hemorrágico, rico em linfócitoslinfócitos

c) Miliar: (“grão de milho picado”)c) Miliar: (“grão de milho picado”) - só pulmão: pela arteria - só pulmão: pela arteria pulmonarpulmonar

- sistêmica: pela veia pulmonar- sistêmica: pela veia pulmonard) Intestinal: no íleo terminal, úlceras d) Intestinal: no íleo terminal, úlceras

transversais transversais..

Page 10: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Tuberculose Tuberculose secundáriasecundária

Tuberculose orgânica Tuberculose orgânica isolada isolada ( a partir de ( a partir de bacilemia precedente)bacilemia precedente)

SítiosSítios: gânglios cervicais, : gânglios cervicais, adrenais, coluna adrenais, coluna (mal de (mal de Pott), trompas, epididimo, rins, Pott), trompas, epididimo, rins,

meninges.meninges.

Page 11: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Tuberculose Tuberculose secundáriasecundária

Morfologia: tubérculo ou granuloma Morfologia: tubérculo ou granuloma tuberculóide tuberculóide (confluentes)(confluentes)

Macro: grãos brancos acinzentados Macro: grãos brancos acinzentados (1,0mm), (1,0mm), salientes numa salientes numa superfície (pleural por ex.)superfície (pleural por ex.)

Microscopia: - centro: necrose caseosaMicroscopia: - centro: necrose caseosa

- Orla de células epitelioides - Orla de células epitelioides (macrófagos – células (macrófagos – células

gigantesgigantes

- Orla fibroblástica mesclada - Orla fibroblástica mesclada com com linfócitoslinfócitos

Page 12: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Tuberculose secundáriaTuberculose secundária

Tubérculo mole: com necrose Tubérculo mole: com necrose caseosa caseosa

Tubérculo duro: sem necroseTubérculo duro: sem necrose

Granulomas confluem e Granulomas confluem e geram áreas geram áreas geográficas de geográficas de necrose caseosa.necrose caseosa.

Page 13: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

b) Sífilis = LUESb) Sífilis = LUES

Agente: Treponema pallidumAgente: Treponema pallidum

Contágio: a) Transplacentar Contágio: a) Transplacentar (vertical) após o (vertical) após o 5º 5º mês de gestaçãomês de gestação

b) sexualb) sexual

c) secreções c) secreções contaminadascontaminadas

Page 14: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

LUESLUES

Estágios:Estágios:a) Sífilis primáriaa) Sífilis primária

b) Sífilis secundáriab) Sífilis secundária

c) Sífilis terciáriac) Sífilis terciária

d) Sífilis congênitad) Sífilis congênita

Page 15: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

LUESLUES

Sífilis PrimáriaSífilis Primária3 semanas após o contágio sexual.3 semanas após o contágio sexual.

Cancro duro: lesão indolor, base Cancro duro: lesão indolor, base limpa, borda limpa, borda nítida, nítida, elevada.elevada.

Logo após surgir o cancro ocorre Logo após surgir o cancro ocorre adenopatia satélite ¨sombra” da adenopatia satélite ¨sombra” da úlcera (Mauro Romero)úlcera (Mauro Romero)

Evolução: “cura” sem resíduo local.Evolução: “cura” sem resíduo local.

Page 16: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

LUESLUES

Sífilis secundáriaSífilis secundária(2 semanas, 6 meses pós contágio)(2 semanas, 6 meses pós contágio)

a)a) Máculas vermelho acastanhadas: Máculas vermelho acastanhadas: pele, mucosas, palma e planta de pele, mucosas, palma e planta de mãos e pés.mãos e pés.

b)b) Condiloma “lata”: lesão em genitais, Condiloma “lata”: lesão em genitais, em placas (2-3cm)em placas (2-3cm)

Clínica: máculas, gânglios , dor óssea, Clínica: máculas, gânglios , dor óssea, lesão genital, testes sorológicos lesão genital, testes sorológicos positivos.positivos.

Page 17: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

LUESLUES

Sífilis terciáriaSífilis terciária (antecedida pela “sífilis latente”)(antecedida pela “sífilis latente”)

É o período que dura muitos anos.É o período que dura muitos anos.

Hoje extremamente rara (não ausente)Hoje extremamente rara (não ausente)

Lesões básicas: - gomas (fígado – Lesões básicas: - gomas (fígado – “Hepar “Hepar lobatum lobatum”, osso, ”, osso,

testículo, pele)testículo, pele)

- cardiovascular (80-85%)- cardiovascular (80-85%)

- sistema nervoso- sistema nervoso

Page 18: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

LUESLUES

Sífilis cardiovascularSífilis cardiovasculara) Aneurisma da crossa a) Aneurisma da crossa

aórticaaórtica

b) Insuficiência de válvula b) Insuficiência de válvula aórticaaórtica

c) “c) “cor boviscor bovis” – ” – cardiomegalia cardiomegalia hipertrófica (VE)hipertrófica (VE)

Page 19: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

LUESLUES

MorfologiaMorfologia Estágios iniciais (primária e Estágios iniciais (primária e

secundária)secundária)

a) Endarterite obliterativa a) Endarterite obliterativa (proliferação e (proliferação e tumefação endotelial)tumefação endotelial)

b) Muitos plasmócitos e linfócitosb) Muitos plasmócitos e linfócitos

Estágio tardio (terciária): são as gomasEstágio tardio (terciária): são as gomas

Page 20: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

LUESLUES

Sífilis congênitaSífilis congênitaDesde natimortos (pós 5º mês) até Desde natimortos (pós 5º mês) até manifestar-se na infânciamanifestar-se na infância

Lesões básicasLesões básicas::- Osteocondrite de Wegener (joelhos)Osteocondrite de Wegener (joelhos)- Nariz em selaNariz em sela- Tíbia em sabre ( periosteite)Tíbia em sabre ( periosteite)- Pneumonia alba (pulmões brancos Pneumonia alba (pulmões brancos

em natimortos)em natimortos)

Page 21: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

c)c) PARACOCCIDIOIDOMICOSPARACOCCIDIOIDOMICOS

EE(Blastomicose Sul-americana)(Blastomicose Sul-americana)

Doença de Lutz-Splendore Doença de Lutz-Splendore AlmeidaAlmeida

(Lutz, 1908(Lutz, 1908))

Page 22: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

AgenteAgente:: Paracoccidioides Paracoccidioides brasiliensisbrasiliensis

Habitat: no meio vegetal, em meio Habitat: no meio vegetal, em meio a fragmentos de madeira, a fragmentos de madeira,

folhas, folhas, gravetos.gravetos.

Page 23: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Vias de entrada do fungo no Vias de entrada do fungo no organismoorganismo::

a) Inalatória (comum)a) Inalatória (comum)

b) Cutânea de inoculação (rara)b) Cutânea de inoculação (rara)

c) oral (improvável)c) oral (improvável)

Page 24: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Argumentos a favor da teoria Argumentos a favor da teoria inalatória:inalatória:

a) Pulmão – órgão frequentemente a) Pulmão – órgão frequentemente comprometidocomprometido

b) O achado de lesões cicatriciais b) O achado de lesões cicatriciais de peças de Pneumectomia de peças de Pneumectomia

(complexo primário cicatrizado)(complexo primário cicatrizado)

Page 25: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

O fungo nos tecidosO fungo nos tecidos

Tamanho: entre 5-30 micrasTamanho: entre 5-30 micrasLocalização: solto nos tecidos,Localização: solto nos tecidos, em em

macrófagos, em células macrófagos, em células gigantesgigantes

Reprodução: Reprodução: - esporulação simples- esporulação simples- esporulação múltipla (em - esporulação múltipla (em

“roda-de-leme”)“roda-de-leme”)

Page 26: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Forma: Forma:

- redondos- redondos

- dupla membrana birrefringente- dupla membrana birrefringente

- núcleos excêntricos- núcleos excêntricos

Page 27: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Lesões teciduais macroscópicas Lesões teciduais macroscópicas mais freqüentesmais freqüentes::

Pele: úlceras, verrugas em geral na face, Pele: úlceras, verrugas em geral na face, regiões periorais.regiões periorais.

Boca: produz a “estomatite amoriforme” Boca: produz a “estomatite amoriforme” (língua, gengiva, assoalho, bochecha)(língua, gengiva, assoalho, bochecha)

Lesão granulosa, vermelha na zona Lesão granulosa, vermelha na zona comprometida.comprometida.

Page 28: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Gânglios: aumentados Gânglios: aumentados

(Linfonodomegalias), (Linfonodomegalias),

duros, podendo fistulizarduros, podendo fistulizar

Page 29: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Pulmões: lesões nodulares, miliares, Pulmões: lesões nodulares, miliares,

cavernizadas, pneumônicas cavernizadas, pneumônicas

(fibrose, enfisema, ápice livre) (fibrose, enfisema, ápice livre)

“ “asa de borboleta” – pneumonia asa de borboleta” – pneumonia

bilateral em andar médio do bilateral em andar médio do

pulmão com base maior em hilopulmão com base maior em hilo

Page 30: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Laringe:Laringe:

- freqüentes lesões vegetantes- freqüentes lesões vegetantes

- imitando tumor- imitando tumor

Page 31: 3oANO.pato 15. Doencas Granulomatosas 06.04

Paracoccidioma (Blastomicoma)Paracoccidioma (Blastomicoma)

Aspecto tumoral da Blastomicose Aspecto tumoral da Blastomicose em: - ossosem: - ossos

- adrenais- adrenais - ceco/ileo terminal - ceco/ileo terminal

- pulmões - pulmões - rins - rins

- encéfalo - encéfalo