4 a Evolução Da Bananeira Se Processou Em Quantas Etapas

78
4 A evolução da bananeira se processou em quantas etapas? A evolução da bananeira se processou em quatro etapas: Cruzamento entre Musa acuminata (AA) e M. balbisiana ( BB), formando indivíduos AB. Ocorrência de partenocarpia por mutação em indivíduos AA e AB. Gametas femininos não reduzidos de indivíduos AA e BB partenocárpicos recebendo pólen A ou B com a formação de triploides AAA, AAB e ABB. Cruzamentos envolvendo gametas masculinos haploides e femininos triploides, com a formação de indivíduos AAAA, AAAB, AABB e ABBB. Dessa forma, existem cultivares dos seguintes grupos genômicos: AA, AB, AAA, AAB, ABB. AAAA, AAAB, AABB e ABBB. Qual a temperatura ótima para o desenvolvimento das bananeiras comerciais? A temperatura ótima para o desenvolvimento normal das bananeiras comerciais situa-se em torno dos 28 °C, sendo a faixa de 15 °C a 35 °C os limites extremos para a exploração racional da cultura. No Brasil, a maioria das regiões produtoras de banana enquadra-se nos limites entre 15 °C e 35 °C. Esses são níveis de temperatura essencialmente tropicais encontrados nas regiões Norte e Nordeste,

Transcript of 4 a Evolução Da Bananeira Se Processou Em Quantas Etapas

4 A evoluo da bananeira se processou em quantas etapas?A evoluo da bananeira se processou em quatro etapas: CruzamentoentreMusa acuminata (AA) e M. balbisiana ( BB), formando indivduos AB. OcorrnciadepartenocarpiapormutaoemindivduosAA e AB. GametasfemininosnoreduzidosdeindivduosAAeBBpartenocrpicos recebendo plen A ou B com a formao de triploides AAA, AAB e ABB. Cruzamentosenvolvendogametasmasculinoshaploidese femininos triploides, com a formao de indivduos AAAA, AAAB, AABB e ABBB. Dessa forma, existem cultivares dos seguintes grupos genmicos: AA, AB, AAA, AAB, ABB. AAAA, AAAB, AABB e ABBB.Qual a temperatura tima para o desenvolvimento das bananeiras comerciais?A temperatura tima para o desenvolvimento normal das bananeiras comerciais situa-se em torno dos 28 C, sendo a faixa de 15 C a 35 C os limites extremos para a explorao racional da cultura. No Brasil, a maioria das regies produtoras de banana enquadra-se nos limites entre 15 C e 35 C. Esses so nveis de temperatura essencialmente tropicais encontrados nas regies Norte e Nordeste, assim como em parte das regies Sudeste e Centro-Oeste. H cultivos em microrregies homogneas subtropicais dos estados de So Paulo, Paran, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, onde as cultivares Nanica, Nanico e Grande Naine, com melhor tolerncia ao frio, so mais utilizadas.Quais os problemas provocados por temperaturas inferiores a 15 C?Abaixo de 15 C, a atividade da planta paralisada. Temperaturas inferiores a 12 C provocam um distrbio fisiolgico conhecido como chilling ou friagem, que afeta os tecidos dos frutos, principalmente os da casca, prejudicando o processo de maturao. Baixas temperaturas tambm provocam a compactao da roseta foliar, dificultando o lanamento da inflorescncia ou provo cando seu engasgamento, que deforma o cacho e inviabiliza sua comercializao.

Quais os problemas provocados por temperaturas superiores a 35 C?Em temperaturas superiores a 35 C, o desenvolvimento da planta inibido em consequncia, principalmente, da desidratao dos tecidos, em particular o das folhas.Quais as exigncias da bananeira em relao precipitao pluviomtrica?A bananeira uma planta com elevado e constante consumo de gua, em virtude de sua morfologia e da hidratao de seus tecidos. As maiores produes de banana esto associadas a uma precipitao total anual de 1.900 mm, bem distribuda no decorrer do ano, ou seja, sem deficincia hdrica ou sem estao seca. O que preciso fazer para produzir banana em regies com estao seca prolongada, como na regio semirida do Nordeste do Brasil? necessrio irrigar. Em regies que apresentam baixa precipitao pluviomtrica (500 mm a 600 mm/ano), a deficincia hdrica permanente. Portanto, elas exigem irrigao suplementar para a obteno de colheitas economicamente satisfatrias. Prticas alternativas, como o manejo do solo a fim de aumentar a infiltrao da gua das chuvas, bem como a utilizao de cobertura morta do solo para conservar a umidade, tambm so recomendveis.Em que fase do desenvolvimento da planta a deficincia de gua causa maiores problemas?Em todas as fases do desenvolvimento da bananeira, a deficincia temporria de umidade no solo causa srios danos planta. No perodo vegetativo, a falta de gua afeta a taxa de desenvolvimento das folhas. A carncia de gua mais grave nas fases de diferenciao floral (perodo floral) e no incio da frutificao. Quando submetida a severa deficincia hdrica no solo, a roseta foliar comprime-se, dificultando ou at mesmo impedindo o lanamento da inflorescncia. Durante o florescimento, a carncia de gua limita o crescimento e o nmero de frutos, e, no perodo de formao do cacho, afeta o tamanho e o enchimento dos frutos. Em consequncia, o cacho pode perder seu valor comercial.Quais as exigncias da bananeira em relao luminosidade?A bananeira requer alta luminosidade ainda que a durao do dia, aparentemente, no influa em seu crescimento e frutificao.Quantas horas de luz por ano so necessrias para o bom desenvolvimento da planta?A atividade fotossinttica acelera-se rapidamente quando a iluminao se encontra entre 2.000 e 10.000 horas de luz por ano, e reduz-se na faixa de 10.000 a 30.000 horas, em medies feitas na superfcie inferior das folhas, onde os estmatos so mais abundantes. Valores baixos (inferiores a 1.000 horas de luz por ano) so insuficientes para que a planta tenha um bom desenvolvimento, ao passo que nveis excessivamente altos podem provocar a queima das folhas, sobretudo quando se encontram na fase de cartucho ou recm-abertas. Da mesma forma, a inflorescncia tambm pode ser prejudicada. Na Costa Rica, estima-se em 1.500 o nmero adequado de horas de luz por ano para produzir uma colheita econmica de banana, com 4 horas dirias como mdia.Quais os efeitos da luminosidade no ciclo vegetativo da bananeira?O efeito da luminosidade sobre o ciclo vegetativo da bananeira bastante evidente, podendo este ciclo estender-se por 8,5 meses, em cultivos bem expostos luz, e por 14 meses, em cultivos conduzidos na penumbra, em bananeiras do subgrupo Cavendish. Esse efeito tambm altera a durao do perodo de desenvolvimento do fruto. Em regies de alta luminosidade, o perodo para que o cacho atinja o ponto de corte comercial de 80 a 90 dias aps sua emisso, ao passo que, em regies com baixa luminosidade em algumas pocas do ano, o perodo necessrio para o cacho alcanar o ponto de corte comercial varia de 85 a 112 dias. Sob luminosidade intermediria, a colheita se processa entre 90 e 100 dias a partir da emisso do cacho.Que prejuzos o vento pode causar ao plantio?O vento outro fator climtico que influencia o cultivo da bananeira, podendo causar desde pequenos danos at a destruio do bananal. Os prejuzos causados pelo vento so proporcionais sua intensidade.O que os ventos secos provocam nas plantas?Os ventos secos podem provocar desidratao da planta em decorrncia da evaporao elevada, fendilhamento das nervuras secundrias, diminuio da rea foliar pela dilacerao da folha fendilhada, rompimento de razes e quebra ou tombamento da planta.O que os ventos frios provocam nas plantas?Os mesmos prejuzos causados pelos ventos secos mais o chilling ou friagem.A que velocidade dos ventos os danos podem ser totais?Velocidades entre 40 km e 55 km/hora produzem danos moderados, como o desprendimento parcial ou total da planta, a quebra do pseudocaule e outras injrias que dependem da idade da planta, da cultivar, de seu desenvolvimento e altura. Quando os ventos atingem velocidade superior a 55 km/h, a destruio pode ser total.Quais as recomendaes para reas submetidas a ventos fortes?Em reas sujeitas incidncia de vento, recomenda-se o uso de quebra-ventos como cortinas de bambu (Bambusa oldami), de Musa balbisiana, de Musa textilis ou de outras plantas. As rvores escolhidas para esse fim devem possuir copa cilndrica bem enfolhada e ter porte alto. Recomenda-se o uso de renques de bambu, cuja altura atinge geralmente de 15 m a 20 m. Entretanto, como seu crescimento lento, so necessrios de 3 a 4 anos para que os renques se tornem eficientes. A distncia dos renques depende da altura da planta utilizada como quebra-vento. O renque de bambu pode ficar a uma distncia de at 500 m. Os renques devem ser localizados ao longo dos carreadores e caminhos. As valas de drenagem do carreador serviro para impedir a invaso da rea protegida pelo sistema radicular das rvores dos quebra-ventos, que devem ser plantadas em quincncio (4 plantas nos vrtices do quadrado e 1 no centro), exceo do bambu, que deve ser plantado a intervalos de 3 m, em linhas simples.Por que devem ser evitadas as reas sujeitas a ventos frios, geadas e granizo?Porque em tais reas, as bananeiras esto sujeitas aos seguintes prejuzos: Chilling ou friagem. Desidrataoequeimadasplantas. Fendilhamentodasnervurassecundriasdasfolhas. Diminuiodareafoliarpeladilaceraodafolhafendilhada. Rompimentoderazesequebraoutombamentodaplanta.O efeito da altitude relacionase a que fatores?A bananeira cultivada em altitudes que variam de 0 m a 1.000 m acima do nvel do mar. A altitude influencia os fatores climticos (temperatura, chuva, umidade relativa, luminosidade, entre outros) que afetam o crescimento e a produo da bananeira.Que influncia a variao da altitude exerce sobre a durao dociclo biolgico da bananeira?A principal influncia o aumento do ciclo da bananeira. Bananais conduzidos sob as mesmas condies de cultivo, solos, chuvas e umidade evidenciaram um aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produo para cada 100 m de acrscimo na altitude. A durao do ciclo da bananeira varia de acordo com a altitude. Trabalhos realizados em regies tropicais de baixa altitude (de 0 m a 300 m acima do nvel do mar) demonstraram que o ciclo de produo da bananeira, principalmente do subgrupo Cavendish, variou de 8 a 10 meses, ao passo que, em regies localizadas a 900 m acima do nvel do mar, foram necessrios 18 meses para o ciclo completar-se. Quais os problemas provocados pela elevao da altitude?O principal problema o aumento do ciclo da bananeira. Comparaes de bananais conduzidos sob as mesmas condies de cultivo, solos, chuvas e umidade evidenciaram aumento de 30 a 45 dias no ciclo de produo para cada 100 m de acrscimo na altitude.Qual a umidade relativa mdia mais favorvel ao plantio comercial de banana?A bananeira, como planta tpica das regies tropicais midas, apresenta melhor desenvolvimento em locais com mdias anuais de umidade relativa superiores a 80%. Essa condio acelera a emisso das folhas, prolonga sua longevidade, favorece a emisso da inflorescncia e uniformiza a colorao dos frutos. Quais os problemas provocados pela umidade relativa associada a chuvas e a variaes de temperatura?Com a elevao da umidade relativa, a ocorrncia de doenas fngicas, principalmente sigatoka-amarela e sigatoka-negra, mais pronunciada. Essas doenas foliares necessitam de gua livre durante algumas horas do dia, para que possa haver a germinao dos esporos e a consequente penetrao das hifas fngicas nos poros estomticos das folhas. Quais os problemas provocados nas plantas pelo baixo teor de umidade relativa do ar?A baixa umidade relativa do ar proporciona folhas mais coriceas e com menor durabilidade.Como so as razes da bananeira?As razes da bananeira so inicialmente fasciculadas, apresentando-se suberosas quando maduras. Em toda a extenso da superfcie externa das razes, encontram-se radicelas, assemelhando-se a uma cabeleira, responsveis pela absoro de gua e nutrientes. A avaliao do sistema radicular de diferentes variedades de bananeira mostrou a existncia de razes primrias, secundrias e tercirias.Que profundidade as razes da bananeira podem atingir?A maior poro das razes da bananeira encontra-se disposta nas camadas mais superficiais do solo. De comprimento varivel, podem atingir de 5 m a 10 m, dependendo do gentipo e das condies edficas. Em geral, 70% das razes so encontradas a uma profundidade de at 20 cm. O que o rizoma da bananeira?Estrutura de formato esfrico, que se desenvolve no solo, de onde saem as folhas (gemas) na parte superior e razes na parte inferior. O rizoma da bananeira seu caule verdadeiro.O que ocorre com o rizoma quando a planta se aproxima da fase de florescimento? medida que a planta se aproxima da fase de florescimento, a parte central do rizoma comea a necrosar-se da base para o pice, fenmeno que inativa as razes basais e limita a emisso de novos rebentos e de novas razes.O que normalmente chamado de caule da bananeira?O pseudocaule, estrutura constituda pelas bainhas das folhas da bananeira, corresponde ao que normalmente denominado caule ou tronco. Com o amadurecimento do cacho, toda a parte area inicia um processo de degenerao que culmina com a secagem total dos tecidos. Quais so as partes da folha da bananeira?A folha de bananeira tem quatro partes: bainha foliar, pseudopecolo, nervura central e limbo foliar.Onde o pseudopecolo da folha da bananeira comea e termina?O pseudopecolo da folha da bananeira comea na regio em que a bainha apresenta o ponto de incio do estrangulamento em U e termina onde os limbos foliares se expandem.Como chamada a folha da bananeira que ainda no se abriu?A folha da bananeira que ainda no se abriu chama-se vela, charuto ou folha-bandeira.Como as bainhas das folhas da bananeira se fixam no rizoma?As bainhas das folhas da bananeira se fixam no rizoma de forma concntrica, gerando arcos cujas extremidades no se tocam e determinando o aparecimento de um ponto em que se observa um pequeno conjunto de clulas denominado gema lateral de brotao. A gema apical sofre sucessivas biparties, dando origem a uma folha com sua gema lateral de brotao e, assim, a bananeira apresenta tantas gemas laterais quantas forem as folhas geradas.O que so os pontos pretos presentes na polpa da banana?Os pontos pretos presentes na polpa da banana so os resqucios dos vulos no fecundados. Em indivduos frteis, quando h polinizao, no existem esses pontos e em seu lugar aparecem as sementes.

Por que a bananeira utilizada nos cultivos no produz sementes?

Provavelmente porque, durante o ciclo evolutivo da bananeira, o homem foi selecionando, para cultivo, as plantas que naturalmente no produziam sementes.

Quais as principais cultivares de bananeiras do Brasil?As principais cultivares de bananeiras do Brasil so: Ouro( AA ). Nanica( AAA ). Nanico(AAA). GrandeNaine(AAA). Ma(AAB). Mysore(AAB). Prata(AAB). Pacovan(AAB). PrataAn(AAB). Terra(AAB). D`Angola(AAB). Figo( AAB ).Que cultivares produzem frutos para exportao?As cultivares que produzem frutos para exportao so as do subgrupo Cavendish (Nanica, Nanico e Grande Naine).

Quais as caractersticas dos frutos das cultivares do subgrupo Cavendish?Os frutos das cultivares do subgrupo Cavendish apresentam ponta ou pice em forma de gargalo pouco acentuado e so delgados, longos, encurvados e, quando maduros, muito doces e verde-amarelados.Quais as caractersticas vegetativas das cultivares do subgrupo Cavendish?As cultivares do subgrupo Cavendish apresentam bainhas com tonalidade vermelha, pecolo esverdeado e coberto por cerosidade, pseudocaule verde-oliva com manchas castanhas e pretas, e cacho com formato ligeiramente cnico. As diferenas existentes no porte determinaram a separao das cultivares do subgrupo Cavendish em cinco classes: porte muito baixo, porte baixo, porte mdio-baixo, porte mdio e porte alto.Quais as caractersticas vegetativas das cultivares do subgrupo Prata?As cultivares do subgrupo Prata so vigorosas, apresentam poucas manchas escuras no pseudocaule, pecolos com margens eretas, porte alto, e um sistema radicular agressivo, o que lhes possibilita a sobrevivncia e a produo em solos de baixa fertilidade e com deficincia hdrica.Quais as caractersticas dos frutos das cultivares do subgrupo Prata?Os frutos das cultivares do subgrupo Prata so praticamente retos e apresentam seo transversal pentagonal, extremidades bem pronunciadas, pontiagudas e sem restos florais, casca de espessura mdia, cor amarela quando maduros, polpa creme a rsea plida e sabor ligeiramente cido.Quais as principais cultivares do subgrupo Prata?Pratacomum/Pacovan/PrataSanta Maria/Pratapontaaparada/PrataSoTom.Quais as principais diferenas entre as cultivares Pacovan e Prata Comum?A Pacovan uma mutao da Prata, mais vigorosa e um pouco mais alta que a Prata Comum. Seus frutos so quase 40% maiores (o que lhe confere maior produtividade), com quinas persistentes, mesmo aps o amadurecimento, e polpa mais cida.

Quais as caractersticas vegetativas das cultivares do subgrupo Terra?As cultivares do subgrupo Terra apresentam pseudocaule verde-claro a arroxeado, com pequenas manchas marrom-escuras prximas roseta foliar, pecolos com margens vermelhas, rizoma com tendncia de elevao superfcie do solo durante o cultivo, reduzindo a capacidade de fixao das plantas ao solo, spalas alaranjadas e rquis masculina, quando presente, coberta com brcteas persistentes e restos florais. As cultivares do subgrupo Terra so classificadas pela persistncia ou pela ausncia da inflorescncia masculina. As variedades do Tipo Francs apresentam rquis e inflorescncia masculina, ao passo que as variedades do Tipo Chifre caracterizam-se pela atrofia da inflorescncia masculina, que pode inclusive desaparecer do cacho medida que os frutos se desenvolvem.Quais as caractersticas dos frutos das cultivares do subgrupo Terra?

Os frutos das cultivares do subgrupo Terra so grandes, delgados e consumidos, na maioria das vezes, cozidos, assados ou fritos, em virtude do elevado contedo de amido, mesmo quando maduros.Quais as principais cultivares do subgrupo Terra?Terra./Terrinha./DAngola./Pacova./Pacovau.

Quais as cultivares resistentes sigatokaamarela?Terra./DAngola./Ma./Tropical./Princesa./ThapMaeo./Caipira/.Pacovan Ken./Japira./Vitria./Garantida./Caprichosa./Preciosa.

Quais as cultivares resistentes sigatokanegra?Fhia01./Fhia18/Caipira./Thap Maeo./Pacovan Ken/ Japira./Vitria./Garantida./Caprichosa./Preciosa./Ouro.Quais as cultivares resistentes ao maldopanam?Fhia 01./Caipira./Thap Maeo./Pacovan Ken./Japira./Vitria./Garantida./Preciosa.Quais as cultivares mais suscetveis ao moko?Todas as cultivares so suscetveis ao moko. Contudo, os gentipos que apresentam brcteas persistentes (rabo sujo) tendem a ser mais resistentes s infeces por via area, pois as brcteas oferecem uma proteo mecnica planta.Quais as cultivares mais resistentes aos nematoides?As cultivares Prata Comum, Pacovan, Prata An, Mysore, Thap Maeo e Ma so moderadamente resistentes aos nematoides Radopholus similis e Helicotylenchus multicinctus. Quais as cultivares mais resistentes ao molequedabana

neira? As cultivares Prata, Prata An, Pacovan, Mysore e Caipira sofrem menos prejuzos do que Nanica, Nanico, Grande Naine e Terra.

Quais as cultivares mais tolerantes s condies adversas da seca?As variedades mais cultivadas em ambientes que apresentam dficit hdrico so a Prata Comum, a Pacovan, a Ma, a TerraeaDAngola,aopassoqueasvariedades Figo Cinza, Figo Vermelho e Ouro so as menos cultivadas em ambientes que sofrem dficit hdrico.91 Por que se utilizar a micropropagao?Porque essa tcnica permite a produo em larga escala de mudas sadias e uniformes.92 Como funciona a tcnica de micropropagao?Um pequeno segmento da planta (chamado de explante), geralmente um pice caulinar ou meristema, cultivado em um substrato artificial (meio de cultura) em ambiente assptico (in vitro), sob condies controladas de luminosidade, temperatura e fotoperodo. O meio de cultura contm todos os nutrientes necessrios para a induo de brotaes e crescimento dos brotos, ou seja, macronutrientes, micronutrientes, vitaminas e reguladores de crescimento.Quais as vantagens de se utilizar a tcnica de micropropagao?

Podem ser relacionadas diversas vantagens, como: Produodemudasemgrandeescala,emqualquerpocado ano e com economia de tempo e espao. Rpidadisponibilizaodeumgrandenmerodemudasde materiais selecionados. Uniformidadenodesenvolvimentodasmudas,oquepermitea uniformizao do plantio e sincronizao da colheita. Obtenodeplantascomcaractersticasgenticasidnticas matriz. Asmudasobtidassolivresdepatgenos,evitandoassima disseminao de pragas e doenas. Onmerodemudasproduzidasporessemtodomuitosuperior ao obtido com outros mtodos de propagao e em um menor intervalo de tempo. Enquanto no processo convencional so necessrios 12 meses para obteno de 10 a 30 mudas/planta, dependendo da cultivar utilizada, cerca de 10 vezes mais mudas/explante so obtidas em 8 meses mediante a micropropagao.A muda micropropagada mais produtiva que a convencional?

Plantas oriundas da micropropagao sobrevivem mais no campo e crescem mais rapidamente nos primeiros estdios de desenvolvimento do que as mudas convencionais.Alm disso, tm mostrado maior precocidade no primeiro ciclo, produzem mais filhos por ano e em menor espao de tempo, apresentam uniformidade de produo e proporcionam colheitas superiores s das plantas advindas de propagao convencional, em virtude de sua melhor origem ( plantas selecionadas) e pela sanidade (isentas de doenas ).Quais as recomendaes para o produtor quando utiliza a muda micropropagada?

Para o estabelecimento do bananal, devem-se escolher variedades resistentes e adotar as recomendaes tcnicas de manejo para a cultura, tais como o controle de plantas daninhas, principalmente no incio do desenvolvimento do bananal. Muitas das plantas daninhas so hospedeiras de viroses, e, na presena de insetos afdeos vetores, pode ocorrer a transmisso para a cultura recm-plantada. Alm disso, importante adquirir mudas de biofbricas confiveis, para evitar mistura de variedades e problemas de variao somaclonal (plantas com alteraes genticas).Embora as mudas obtidas por micropropagao sejam sadias, somente sero resistentes a doenas se a planta matriz for resistente. Caso contrrio, podem ser infectadas ao serem levadas para o campo, se as novas reas de plantio estiverem infestadas por algum agente patognico.

Qual a forma correta de fazer o preparo manual da rea para o plantio de banana? Inicialmente feita a limpeza da rea, executando-se a roagem do mato, destoca, encoivaramento e queima das coivaras.

1415A destoca, quando necessria, pode ser feita gradativamente ano a ano, aps o plantio. O preparo do solo resume-se ao coveamento manual. No caso da existncia de resduos arbreos, deve- se cuidar para que eles no obstruam os canais de drenagem e que no interfiram nas linhas de plantio e nas operaes de cultivo e colheita.Esse sistema tradicional tem a vantagem de no perturbar demasiadamente o solo e de manter a matria orgnica distribuda uniformemente sobre ele.

Como deve ser feito o preparo mecanizado? No devem ser utilizadas mquinas pesadas na limpeza da rea evitando assim que a camada superficial do solo seja removida; a roagem mecanizada pode ser realizada. Em seguida, faz-se a escarificao da rea, a uma profundidade de 20 cm, seguida do coveamento ou sulcamento para plantio.

Qual a importncia do potssio para a bananeira?O potssio (K) no tem funo estrutural na planta, estando presente predominantemente na forma inica. considerado o elemento mais importante para a nutrio da bananeira, pois se encontra em alta quantidade na planta, representando a exportao desse nutriente pelos frutos em torno de 37% do total absorvido.Alm de ser um nutriente importante na produo de frutos, aumenta sua resistncia ao transporte, melhora sua qualidade, aumenta a quantidade de slidos solveis totais e acares e diminui a acidez da polpa.A fonte de potssio mais utilizada o cloreto de potssio (580 g/kg de K2O). Outras fontes podem ser utilizadas, como o sulfato de potssio (500 g/kg de K2O e 160 g/kg de S), o sulfato de potssio e magnsio (180 g/kg de K2O, 230 g/kg de S e 45 g/kg de Mg) e o nitrato de potssio (440 g/kg de K2O e 130 g/kg de N).Qual a importncia dos micronutrientes para a bananeira?O boro (B) e o zinco (Zn) so os micronutrientes que mais frequentemente apresentam deficincia nas bananeiras. O B participa do metabolismo de cidos nucleicos e de fitormnios, da formao das paredes celulares e da diviso celular, alm de facilitar o transporte de acares atravs da membrana.O Zn estimula o crescimento e a frutificao, e componente de vrias enzimas, como desidrogenases, proteinases, ribonucleases etc.Esses micronutrientes podem ser supridos com a aplicao de FTE Br-12, que contm 90 g/kg de Zn, 18 g/kg de B, 8 g/kg de Cu, 30 g/kg de Fe, 20 g/kg de Mn e 1 g/kg de Mo.O Zn pode ser suprido por quelatos de zinco e sulfato de zinco (200 g/kg de Zn) e o B pelo brax (110 g/kg de B) e cido brico (170 g/kg de B).Quais os principais tratos culturais da bananeira e sua importncia?Os principais tratos culturais da bananeira so: Capina. Controlecultural. Desbaste. Desfolha. Escoramento. Ensacamentodocacho/eliminaodocorao/eliminaoda ltima penca e corte do pseudocaule, aps a colheita.Quando corretamente realizados, sua importncia consiste na melhoria das condies da planta, do cultivo e do solo, aumentando a vida til dos bananais, possibilitando aumento da produtividade com melhor qualidade de frutos.Qual a forma correta de combater as plantas daninhas?Para pequenas reas, recomenda-se a capina manual com enxada, nas ruas ou em toda a rea.Para reas mecanizadas, com plantio em linhas paralelas, as ruas podem ser capinadas com grade at o 2 ms aps o plantio. A partir da, deve-se escolher outras alternativas, como o uso da enxada rotativa acoplada a microtrator, a capina com roadeira mecanizada ou recorrer aos herbicidas seletivos. Em que perodo deve ser efetuada a capina das bananeiras?A capina deve ser feita a partir do 2 ms aps o plantio e deve ser realizada sistematicamente at que a sombra do cultivo seja suficiente para retardar a germinao ou rebrota das plantas daninhas.

No que consiste o desbaste da bananeira?O desbaste da bananeira consiste na eliminao do excesso de rebentos. Existem vrias formas de se proceder a essa prtica, sendo a mais utilizada no Brasil a de deixar apenas a me, um filho e um neto, ou a me e um ou dois seguidores, eliminando-se os demais, em cada ciclo da cultura.Qual a funo do desbaste?O desbaste desempenha papel de grande importncia no que concerne produo, ao tamanho do fruto, orientao do alinhamento das plantas e vida til do bananal.Qual o momento apropriado para fazer o desbaste? O desbaste deve ser realizado quando os rebentos atingirem de 20 cm a 30 cm de altura, o que deve ocorrer a partir do 4o ms aps o plantio e, a partir da, deve ser repetido aos 6 e 10 meses do plantio, na fase de formao do cultivo. Em cultivos adultos, essa prtica deve ser realizada observando-se o programa de eliminao das folhas secas.Qual a determinao do momento correto para o desbaste?O desbaste depende principalmente de fatores econmicos, ou seja, da importncia relativa que se deve conceder ao rendimento e variao estacional dos preos.O indicativo para realizao do primeiro desbaste a transformao dos rebentos tipo chifrinho em rebentos do tipo chifre. O excesso de rebentos tambm pode ser um indicativo, a partir do momento em que tenham atingido uma altura de 20 cm a 30 cm.

Qual a forma correta de efetuar o desbaste?

O desbaste realizado com uma faca, cortando-se o rebento rente ao solo e, em seguida, extraindo-se a gema apical com um instrumento conhecido como Lurdinha.Quanto tempo decorre entre um desbaste e outro?O tempo decorrido entre um desbaste e outro varia de 2 a 4 meses, dependendo da idade do cultivo e da variedade utilizada.Quais os objetivos da desfolha? Livraraplantadasfolhascujaatividadefotossintticanoatende s suas exigncias fisiolgicas. Permitirmelhorarejamentoeluminosidade. Acelerarodesenvolvimentodosfilhos. Controlardeterminadaspragasedoenasqueutilizamourequerem as folhas como refgio ou fontes potenciais de inculo. Aceleraroprocessodemelhoramentodaspropriedadesfsicas e qumicas do solo, mediante a incorporao de maior quantidade de matria orgnica. Emcultivosparaexportao,eliminaratmesmoumafolha totalmente verde sobre o cacho, que pode causar injria aos frutos.Como proceder desfolha? Quais folhas devem ser eliminadas na realizao dessa prtica?

A desfolha deve ser realizada mediante corte nos pecolos, realizado de baixo para cima, bem rente ao pseudocaule, com o cuidado de no romper as bainhas que estejam aderidas planta.Devem ser eliminadas tambm todas as folhas secas e mortas, assim como aquelas que, embora ainda verdes ou parcialmente verdes, estejam com o pecolo quebrado.s vezes, preciso fazer a desfolha em virtude da ocorrncia de algum fenmeno que tenha provocado quebra do pecolo, dano severo no limbo ou morte prematura das folhas.

Que ferramenta utilizada para eliminar as folhas?

Nas cultivares de porte baixo, pode se usar faca ou faco para cortar as folhas; para cultivares de porte mdio a alto, recomenda-se o penado ou foice bifurcada, acoplado a um cabo longo.

Qual a poca correta para fazer a desfolha?Recomenda-se essa prtica aos 4, 6 e 10 meses aps o plantio. Isso suficiente para cobrir o perodo do plantio colheita.Como deve ser feita a desfolha nos cultivos j formados?Deve ser realizada sistematicamente, antes do desbaste, que deve ser seguido pelas adubaes.Onde se realiza o controle da sigatoka e a cultivar pouco suscetvel ou tolerante doena, a operao de desfolha feita obrigatoriamente com maior frequncia.Qual a finalidade do escoramento?A finalidade dessa prtica evitar a perda de cachos por quebra ou por tombamento da planta em consequncia da ao de ventos fortes, do peso do cacho, da altura elevada da planta ou de sua m-sustentao, causada pelo ataque de nematoides ou da broca-dorizoma ou por prticas imprprias de manejo, como o arranjo desordenado de mudas.Qual a forma de escoramento mais recomendada?O fio de polipropileno apresenta-se como o material mais recomendado at o momento, no apenas por sua durabilidade, mas tambm pelo baixo custo e fcil manejo.Como deve ser feito o escoramento com vara ou bambu?A vara ou bambu presa ao pseudocaule prximo roseta foliar. Como deve ser feito o escoramento com fios de polipropileno?O escoramento com fios de polipropileno feito assim: Amarra-seofionapartesuperiordaplanta,nabasedospecolos, entre a 3 e a 4 folhas. Asextremidadeslivresdofiodevemseramarradasemoutras plantas, cujos ngulo e localizao definem os pontos de suporte mais convenientes.Pode-se usar tambm troncos de plantas recm-colhidas. O escoramento com polipropileno amplamente utilizado nos cultivos para exportao.Por que usar sacos para proteger os cachos?O uso de sacos protege os frutos contra as baixas temperaturas, as pragas, o efeito abrasivo de folhas e contra a ao dos produtos qumicos. Com o uso dessa prtica, observou-se reduo do intervalo florescimento-colheita, o aumento do dimetro dos dedos e do peso do cacho.Quais as vantagens do ensacamento dos cachos?O ensacamento dos cachos utilizado nos cultivos para exportao e apresenta como vantagens: Aumentodavelocidadede crescimento dos frutos, ao manter em seu redor uma temperatura mais alta e constante. Evitaoataquedepragascomo abelha-irapu e tripes. Melhoraaqualidadegeral do fruto, ao reduzir os danos ocorridos por traumas. Evitaqueimadurasnopericarpo. Impedeoatritocausadoporfolhasdobradaseporescoras. Protegeosfrutosduranteaoperaodecolheitaeomanuseio.Qual o momento ideal do ensacamento dos cachos?Deve-se ensacar o cacho quando esse j emitiu a ltima brctea feminina, ou seja, quando a ltima mo verdadeira apresenta os dedos voltados para cima. Nesse momento, o cacho apresenta-se com duas semanas desde a emisso.

O que produo integrada?A produo integrada um sistema de produo de frutas de alta qualidade que prioriza os princpios baseados na sustentabilidade, aplicao de recursos naturais e regulao de mecanismos para a substituio de insumos poluentes. Utiliza instrumentos adequados de monitoramento dos procedimentos e rastreabilidade de todo o processo, de forma a torn-lo economicamente vivel, ambientalmente correto e socialmente justo.Onde o sistema est sendo implantado em banana?O trabalho de implantao do sistema teve incio em So Paulo (Registro) e Santa Catarina (Itaja), gerando os documentos da produo integrada.Posteriormente as normas tcnicas especficas, geradas na primeira fase, foram trabalhadas no norte de Minas Gerais, no Projeto Formoso em Bom Jesus da Lapa, BA, e no Vale do Au, RN.Todo produtor, de qualquer parte do Pas, pode acessar os documentos que compem a produo integrada de banana no site da Embrapa Mandioca e Fruticultura, no site do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Mapa) ou do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), seguir as normas estabelecidas e partir para a certificao.

46

Quais so os benefcios da produo integrada?A adoo do sistema de produo integrada poder trazer benefcios tanto para o produtor quanto para o consumidor. Para o consumidor, destaca-se a garantia de estar consumindo um ali mento seguro.Em relao ao produtor citam-se como benefcios: Organizaodabaseprodutiva, tendo em vista o controle exigido de todo o sistema. Produtosdemelhorqualidade,podendo obter melhor valor de mercado e consequentemente maximizao de lucros. Diminuiodecustosdeproduo advindos da racionalizao de prticas de cultivo e da utilizao de adubos e defensivos. Obtenodeumprodutodiferenciado. Maiorcompetitividade. Garantiademercado. O que o produtor ganha com a certificao?Os produtores no devem adotar o sistema de produo integrada por acreditar que vo vender sua produo por preos mais elevados. Isso pode ocorrer, mas no se pode garantir.De acordo com depoimentos de produtores j certificados em outras culturas, os ganhos maiores esto na organizao da produo, na rastreabilidade de todo o processo e na garantia de mercado.Qual a influncia da certificao na melhoria do gerenciamento da propriedade?O sistema de produo integrada (PI) tem uma base muito slida na qualificao da mo de obra e exige o controle total de todas as atividades realizadas na rea de produo.Isso tem sido apontado como o grande diferencial entre os sistemas convencional e integrado, facilitando sobremaneira o gerenciamento da propriedade.Produtores que conseguiram a certificao sabem que a manuteno dela depende de um bom gerenciamento do sistema.Qual a rea mnima para propor um programa de certificao?

As normas da produo integrada no tratam desse aspecto, no existindo, portanto, uma definio de rea mnima para certificao. importante, por conseguinte, que qualquer produtor interessado em se certificar saiba que existem custos envolvidos na contratao de uma certificadora e que, portanto, a rea de produo deve gerar renda para fazer frente a essas despesas.

Quais as principais doenas da bananeira e, entre essas, qual a mais importante para o Brasil?

Entre as principais doenas que afetam a bananicultura brasileira e mundial esto: Sigatoka-negra. Sigatoka-amarela. Mal-do-panam. Moko. Viroses(topo-em-leque,mosaico-do-pepino e mosaicodas-estrias). Doenasdefrutos(manchas-de-frutos, podrido-da-coroa e antracnose). Nematoses(nematoidecaverncola,nematoide-das-galhas,nematoides-das-leses radiculares e nematoide espiralado).A doena mais grave, hoje, a sigatoka-negra, pelas seguintes razes: Provocaperdasde100%naproduodevariedadessuscetveis. Oagentecausalfacilmentedisseminadodentroeforadaplantao. Afetaquasetodasasvariedadescomerciais.Quais as formas de controle da sigatokanegra?Para o controle da doena, deve-se utilizar sistemas integrados, que agregam prticas culturais, como desfolha sanitria, drenagem do solo, controle de ervas daninhas, nutrio adequada, variedades resistentes e atomizao com fungicidas, para se atingir nveis adequados de controle.Ressalta-se que nenhuma prtica utilizada sozinha capaz de oferecer o controle satisfatrio da doena.

A sigatokanegra mais agressiva do que a sigatokaamarela?Sim. mais agressiva pelas seguintes razes: Opatgenoesporulamaisabundantemente. Aproduodeesporosmaisprecoce.Consequentemente, a frequncia de infeco por sigatokanegra bem maior do que por sigatoka-amarela, resultando em maior quantidade de doena e, por consequncia, maior dano.Como saber se a sigatoka que h na minha plantao amarela ou negra?

As diferenas entre as duas sigatokas podem ser observadas pelos sintomas visuais de campo, pelo comportamento diferencial de algumas variedades e por exames laboratoriais. Mas o melhor convidar um tcnico especialista em fitopatologia, e de preferncia que trabalhe com banana, para fazer a identificao.O que fazer com a folha atacada pela sigatokanegra?As folhas com sintomas da doena, oriundas da desfolha sanitria que deve periodicamente ser realizada, no precisam ser retiradas da plantao nem tampouco queimadas. Devem ser deixadas nas entrelinhas da plantao, para que entrem em decomposio, servindo como matria orgnica para o bananal. No mximo devem ser amontoadas para reduzir ainda mais a liberao de esporos por elas.Quais os prejuzos causados pela sigatokaamarela?A sigatoka-amarela, por ser uma doena que causa leses foliares, provoca a morte precoce das folhas, resultando numa desfolha acentuada na plantao. Para assegurar boa produo fundamental a presena de um nmero adequado de folhas na planta na poca do florescimento.Plantaes que apresentam altos nveis de doena tm frutos malformados (no h enchimento), reduo no nmero de pencas, reduo no tamanho dos frutos, maturao precoce dos frutos no campo e, no caso de exportao, pode ocorrer a maturao durante o transporte, provocando perda total da carga.Estima-se que, no Brasil, as perdas causadas pela sigatokaamarela sejam da ordem de 50% da produo.Qual o sintoma inicial da infeco pela sigatokaamarela?Os primeiros sintomas causados pela sigatoka-amarela so observados na face superior da folha (geralmente a folha nmero 3) , na forma de pequenas estrias amarelo-claras.No campo, o normal observar esses primeiros sintomas do lado esquerdo do limbo, por ser a parte da folha que primeiro se expe infeco, ainda durante a fase de vela ou cartucho.Quais as fases de desenvolvimento das leses provocadas pela sigatokaamarela?

As leses causadas pela sigatoka-marela esto subdivididas em fases de desenvolvimento (Tabela 1), que variam de 1 a 5 ou de 1 a 6, conforme o autor.Tabela 1. Leses causadas pela sigatoka-amarela.FaseDiscriminao do sintoma

I a fase inicial de estrias de no mximo 1 mm de comprimento, com leve descoloraoII Estria com alguns milmetros de comprimento e processo de descolorao mais intensoIII A estria comea a alargar-se, aumenta de tamanho e comea a aparecer a cor vermelho-amarronzada, prximo ao centro da lesoIV Mancha nova apresentando forma oval alongada de colorao levemente parda, de contornos mal definidosV Ocorre aparecimento de halo amarelo em volta da mancha, iniciando a esporulao do patgenoVI a fase final de mancha. oval alongada com 12 mm a 15 mm de comprimento por 2 mm a 5 mm de largura. O centro deprimido, de tecido seco e colorao cinza

Fonte: Meredith (1970).Qual o agente causador da sigatokaamarela e qual a influncia do clima sobre o aparecimento da doena?

O agente causador da doena o fungo Mycosphaerella musicola (teliomorfa ou forma sexuada) ou Pseudocercospora musae (anamorfa ou forma assexuada).A infeco e o aparecimento de sintomas da doena so influenciados pelas condies climticas. A temperatura e a umidade so os dois parmetros climticos mais importantes, mas o orvalho tambm apresenta influncia marcante em algumas regies ou microrregies, principalmente aquelas que apresentam chuvas concentradas. As temperaturas ideais so em torno de 25 C.No Brasil, as temperaturas limitantes ao desenvolvimento da doena ocorrem em algumas reas das regies Sul, Sudeste e, s vezes, da Centro-Oeste, durante o perodo de inverno, quando baixam dos 15 C.O fator mais limitante, na maior parte do Pas, a umidade, que fundamental para a infeco, uma vez que o esporo precisa de gua livre sobre a folha para germinar. importante ainda no desenvolvimento da leso, na esporulao, liberao e disseminao dos esporos.Nos perodos secos, o orvalho, em algumas regies, pode suprir a umidade necessria para completar os processos, mas a severidade da doena reduzida.Os cuidados com o controle devem ser maiores durante o perodo chuvoso.Qual a forma correta de controle da sigatoka?A melhor forma de controlar a sigatoka, seja ela amarela ou negra, pela utilizao do controle integrado. Isso significa utilizar todas as prticas que possam apresentar algum efeito positivo sobre o controle da doena. Isso inclui prticas culturais diversas, sistema de previso e o controle qumico, tomando-se todos os cuidados para que o controle atinja a maior eficincia possvel.Qual o agente causador do maldopanam?O mal-do-panam causado por Fusarium oxysporum f. sp. cubense, um fungo de solo que apresenta alta capacidade de sobrevivncia nesse ambiente, mesmo na ausncia da planta hospedeira.Quais as cultivares suscetveis e as resistentes ao maldopanam?

Entre as variedades de banana mais cultivadas no Brasil, a mais suscetvel ao mal-do-panam a Ma, que pode ser classificada como altamente suscetvel. Todavia, so tambm classificadas como suscetveis a Prata, Prata An, Pacovan, Fhia 18, Pioneira e Gros Michel.Entre as variedades resistentes, destacam-se: as pertencentes ao grupo AAA (Nanica, Nanico, Grande Naine e Caipira), as pertencentesaogrupoAAB(Terra,Terrinha,DAngolaeThapMaeo),e as pertencentes ao grupo AAAB (Pacovan Ken, Prata Grada, Maravilha, Vitria e Japira).Quais os sintomas causados pelo maldopanam?As plantas afetadas pelo mal-do panam apresentam sintomas externos e internos (que necessitam que se faam cortes para observao).Externamente, observa-se o amarelecimento e murcha das folhas, comeando pelas mais velhas e progredindo em direo s mais novas. Esses sintomas podem progredir at deixar a planta somente com a folha vela levantada e as demais dobradas junto ao pseudocaule, dando planta o aspecto de um guarda-chuva fechado. Folhas ainda no dobradas podem apresentar nervuras salientes e estreitamento do limbo. Outro sintoma externo tpico a formao de rachadura na base do pseudocaule, que pode se estender por quase todo ele.Nenhum sintoma observado no cacho.Internamente, observa-se descolorao dos vasos do rizoma, pseudocaule e nervuras foliares. No corte transversal do pseudocaule, v-se que o centro claro e sem sintomas, e os vasos distribudos na periferia so de cor marrom. Cortando no sentido longitudinal, ob servar-se- uma linha marrom, contnua, que corresponde ao vaso infectado.Existe alguma influncia do ambiente sobre o desenvolvimento do maldopanam?

Do ponto de vista climtico, no h estudos que comprovem a influncia de fatores como chuva, temperatura, luz, etc.Todavia, como se trata de um patgeno de solo, espera-se que alteraes no solo possam influenciar a sobrevivncia e/ou agressividade do agente causal. Sabe-se da existncia de solos supressivos ao desenvolvimento da doena, sem, contudo, se ter uma definio exata dos fatores envolvidos. Acredita-se que os efeitos de supressividade sejam exercidos por um conjunto de fatores, porque fatores isolados no tm apresentado sucesso no controle da doena.Pelas experincias j conhecidas, o equilbrio biolgico deve ser um dos aspectos mais importantes a influenciar o comportamento do patgeno e, consequentemente, a severidade da doena.Quais as principais formas de disseminao do maldopanam?

O agente causal do mal-do-panam pode ser disseminado por qualquer atividade que envolva movimentao de solo em bananal afetado pela doena, como: arao, gradagem, capina, desbaste com lurdinha, movimentao de homens e animais. Todavia, a forma mais eficiente de disseminao e a que mais prejuzos causa a utilizao de mudas infectadas.Quais as medidas de controle mais indicadas no combate a essa doena?

A principal medida de controle dessa doena a utilizao de variedades resistentes. Contudo, na utilizao de outras cultivares, recomenda-se: Evitarasreascomhistricodealtaincidnciadomal-dopanam. Utilizarmudascomprovadamentesadiaselivresdenematoides. CorrigiropHdosolo,mantendo-oprximoneutralidadee com nveis timos de clcio e magnsio, que so condies menos favorveis ao patgeno. Darprefernciaasoloscomteoresmaiselevadosdematria orgnica, pois isso aumenta a concorrncia entre as espcies, dificultando a ao e a sobrevivncia de F. oxysporum f. sp. cubense no solo. Manteraspopulaesdenematoidessobcontrole,poiseles podem ser responsveis pela quebra da resistncia ou pela facilitao na penetrao do patgeno, por meio dos ferimentos. Manterasplantasbemnutridas,guardandosempreumaboa relao entre potssio, clcio e magnsio.Nos bananais j estabelecidos, em que a doena comece a se manifestar, recomenda-se a erradicao das plantas doentes, utilizando herbicida. Isso evita a propagao do inculo na rea de cultivo. Na rea erradicada aplicar calcrio ou cal hidratada.Quais as medidas preventivas indicadas para essa doena?As medidas preventivas incluem basicamente: Usodevariedadesresistentesoutolerantes. Utilizaodemudassadias. Plantioemreassemhistricodeocorrnciadadoena. Darprefernciaasolosfrteisecomaltosteoresdematriaorgnica.Em verdade, todas as recomendaes para controle do maldo-panam so medidas preventivas, porque no existem, at ento, medidas curativas para essa doena.Qual o agente causal do moko ou murchabacteriana da bananeira?

O moko-da-bananeira causado pela bactria Ralstonia solanacearum, raa 2. Essa raa de R. solanacearum apresenta diversas estirpes (A, B, D e SFR), que apresentam caractersticas diferentes no que diz respeito capacidade de sobrevivncia e forma de disseminao.Quais os danos e prejuzos provocados pelo moko?O moko uma doena letal bananeira; os danos esto relacionados morte das plantas afetadas em qualquer idade. Plantas em produo tm seus frutos afetados pela bactria, tornando-os imprestveis para o consumo e, logicamente, para a comercializao. Como no existem variedades comerciais resistentes doena, os prejuzos causados podem atingir perdas de 100% da produo. Em regies sabidamente afetadas pela doena e em que estejam sendo adotadas medidas de controle, para evitar o alastramento da doena no bananal, possvel conviver com ndice de perda de 1% a 2%.Qual a sintomatologia do moko?O moko afeta plantas de todas as idades; geralmente, os primeiros sintomas so observados numa das trs folhas mais novas da planta. Elas apresentam colorao verde-clara ou amarela, murcham e se quebram prximo ao pseudocaule. Rapidamente, os sintomas se estendem s demais folhas.Em plantas com cacho, pode-se observar seca do corao e da rquis. Em cortes no pseudocaule, observa-se que o centro est com descolorao vascular concentrada, caracterstica que diferencia o moko do mal-do-panam. A descolorao vascular pode ser vista ainda no engao do cacho e os frutos apresentam podrido seca de cor marrom a preta na polpa, sintomas que no so observados em plantas com mal-do-panam.Existe um teste prtico para detectar a presena da bactria do moko nos tecidos de plantas afetadas?

Existe. o chamado teste do copo, em que, utilizando-se um copo transparente com gua at dois teros de sua altura, adere-se parede interna do copo uma fatia delgada da parte afetada (pseudocaule ou engao), cortada no sentido longitudinal, fazendo-a penetrar ligeiramente na gua. Deve-se observar com ateno, porque logo ocorrer a descida do fluxo bacteriano de cor leitosa em direo ao fundo do copo.Qual a forma correta de controle do moko?Vrias so as medidas que devem ser adotadas para o controle do moko.Em primeiro lugar, adotar medidas de excluso, que visam evitar a entrada da doena na regio. Isso se faz evitando a entrada de mudas e/ou frutos de plantas das famlias Musaseas e Heliconiaceae, principais hospedeiras da bactria, oriundos de regies afetadas pela doena.Em reas j contaminadas pela bactria, importante que sejam adotadas medidas de controle, para evitar o alastramento da doena no bananal. Essas medidas so principalmente a identificao e erradicao precoce de plantas doentes.Aliado a isso, de grande importncia o uso de mudas sadias e de ferramentas desinfestadas na execuo das prticas culturais, a eliminao do corao ou mangar, o ensacamento do cacho e o impedimento de capinas manuais ou mecnicas no bananal. Essas prticas visam basicamente reduo da disseminao da bactria dentro da rea de plantio. Em reas com ocorrncia da doena, proceder avaliao peridica da rea e erradicar plantas com sintomas. Como diferenciar o mokodabananeira do maldopanam?Tabela 2. Diferenas entre moko-da-bananeira e mal-do-panam.EspecificaoMokodabananeira MaldopanamPlantas antes da florao Primeiros sintomas Primeiros sintomas

aparecem nas folhas aparecem nas folhas mais novas mais velhas

Plantas em produoMaturao precoce e Sem sintomasirregular dos frutos, seca

do engao e corao

Corte no pseudocauleSintomas de descolorao vascular concentrados no centro do pseudocauleSintomas de descolorao vascular concentrados na periferia do pseudocaule

Corte no engao do cachoSintomas de descolorao vascularSem sintomas

Corte nos frutosSintomas de podrido seca na polpa, de cor marrom a pretaSem sintomas

Exsudao de pus Presente Ausente

bacteriano

Existem variedades resistentes ao moko?Entre as principais variedades comerciais de banana, nenhuma resistente ao moko. Apenas a variedade Pelipita, que no apresenta expresso comercial no Brasil, apresenta resistncia de campo.Todavia, variedades que apresentam brcteas persistentes seriam preferveis, porque dificultam a penetrao e disseminao da bactria via inflorescncia masculina.O que a podridomole e qual o seu agente causal? A podrido-mole, tambm conhecida como podrido aquosa, uma doena que se desenvolve a partir do rizoma, levando a planta a mostrar sintomas de amarelecimento, seguidos de murcha e posterior morte. Uma caracterstica marcante o mau cheiro que exala dos tecidos infectados. causada pela bactria Erwinia carotovora subsp. carotovora.Qual a importncia da podridomole para a bananicultura brasileira?

At o momento, a podrido-mole considerada uma doena de importncia secundria para a bananicultura brasileira. No h estimativas de danos, mas esses so pequenos. O que se observa que a ocorrncia do problema est quase sempre relacionada a problemas de drenagem do solo. Tem aparecido principalmente nos permetros irrigados, associado ao manejo inadequado da irrigao.Os frutos da bananeira podem ser atacados por doenas no campo?

Sim, existem patgenos, especialmente fungos, que atacam os frutos da bananeira durante seu desenvolvimento no campo, podendo se constituir em grandes perdas para os produtores, em virtude da m aparncia dos frutos, levando-os a serem rejeitados pelo mercado comprador.Quais as principais doenas de frutos antes da colheita?So vrias as doenas que ocorrem especificamente em frutos. Elas ocorrem tanto na pr-colheita como na ps-colheita. Destacam-se: Mancha-parda,causadaporCercospora hayi. Mancha-losango,causadaporfungoscomoCercospora hayi, Fusarium solani e Fusarium roseum, atuando sozinhos ou em conjunto. Pinta-de-deightoniella,causadaporDeightoniella torulosa. Ponta-de-charuto,causadaporVerticillium theobromae e Trachysphaera fructigena.Entre as prticas culturais, destacam-se: Eliminaodefolhasmortasouemsenescncia. Eliminaoperidicadebrcteas,principalmenteduranteo perodo chuvoso. Ensacamentodoscachoscomsacodepolietilenoperfurado, to logo ocorra a formao dos frutos. Implementaodeprticasculturaisadequadas,orientadaspara a manuteno de boas condies de drenagem e de densidade populacional, bem como para o controle de plantas daninhas, a fim de evitar um ambiente muito mido na plantao.Quais as principais doenas de pscolheita?Na ps-colheita, os principais problemas em frutos so: Podrido-da-coroa,causadaporfungoscomoFusarium roseum, Verticillium theobromae, Gloeosporium musarum/ Colletotrichum musae e Botryodiplodia theobromae. Antracnose,causadaporColletotrichum musae.Qual o controle para as doenas de fruto na pscolheita?Na ps-colheita, os frutos, aps passarem pelos processos de seleo e lavagem, recebem um tratamento com fungicidas, mediante pulverizao ou imerso em suspenso fungicida, usando produtos registrados para esse fim (Thiabendazole e Imazalil).Quais os danos e prejuzos provocados pela brocadorizoma?

As larvas se alimentam do rizoma, construindo galerias em toda sua extenso, o que enfraquece a planta.Reduo no peso dos cachos e no tamanho dos frutos, tombamento, morte de plantas e favorecimento penetrao de doenas so outros danos causados pela praga

Qual o nome cientfico da brocadorizoma? Por quais outros nomes ela conhecida? O nome cientfico Cosmopolites sordidus (Ger

mar, 1824). Ela tambm conheci

da por: moleque-da-bana

neira (ou simplesmente mo

leque), soneca, dorminhoco, trombudo.

Como se d a disperso da brocadorizoma?Por caminhamento ou por meio do plantio de mudas infestadas com ovos ou larvas do inseto.Embora o inseto tenha asas, raramente o voo citado como meio de disperso.Por que plantas atacadas pela brocadorizoma apresentam maior suscetibilidade ao tombamento provocado pela ao do vento?Plantas severamente atacadas tm o seu sistema radicular comprometido, o que diminui a capacidade de fixao ao solo. Em plantas com cacho, esse efeito mais intenso.Qual a forma de controle da brocadorizoma?A principal forma de controle a seleo de mudas sadias; porm, existem diversas alternativas, como manejo cultural, controle biolgico, qumico, controle por comportamento e uso de variedades resistentes.Quais os principais agentes de controle biolgico da brocadorizoma?

A broca-do-rizoma apresenta diversos inimigos naturais, entretanto a eficincia nem sempre alta.Assim, o fungo entomopatognico (que causa doenas em insetos) Beauveria bassiana um dos mais estudados e utilizados agentes de controle biolgico de Cosmopolites sordidus no Brasil, visto que pode ser de fcil produo comercial e tem custo relativamente baixo.Quais as espcies de tripesdaferrugem mais frequentes no Brasil e quais os danos provocados?

No Brasil, alm de Chaetanaphothrips orchidii, as espcies Caliothrips bicinctus e Tryphactothrips lineatus so citadas como as mais frequentes. Bradinothrips musae apresenta distribuio restrita.Os danos so causados pela oviposio nos frutos jovens, com subsequente alimentao na epiderme do fruto, principalmente na rea de contato entre os dedos.Inicialmente, as reas atacadas so esbranquiadas. medida que o fruto se desenvolve, a epiderme perde o brilho e torna-se marrom-avermelhada e spera. Em casos de forte infestao, a epiderme pode apresentar pequenas rachaduras em funo da perda de elasticidade.Quais os prejuzos provocados pelos tripesdaferrugemdosfrutos?

Esses tripes provocam a ferrugem dos frutos, o que diminui sua qualidade, embora o dano no afete a polpa da banana. Os frutos podem ser rejeitados para comercializao, dependendo da severidade do ataque desses insetos.Qual a forma de controle dos tripesdaferrugemdosfrutos?

Para o controle desses insetos, deve-se efetuar o ensacamento do cacho e a remoo das plantas invasoras, tais como Commelina sp. e Brachiaria purpurascens, hospedeiras alternativas dos insetos.Quais os danos e prejuzos provocados pela traadabananeira?

O inseto pode atacar todas as partes da planta, exceto razes e folhas; entretanto, os principais danos concentram-se no fruto. A lagarta penetra no fruto, construindo galerias na polpa.Como feito o controle da traadabananeira?Por meio de prticas culturais como a eliminao do engao, seccionamento do pseudocaule em pedaos pequenos e a despistilagem, bem como a utilizao de cultivares cujas extremidades dos cachos sejam limpas.O controle qumico, empregando-se produtos registrados no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Mapa) para a cultura, deve ser concentrado nos meses que coincidem com a maior atividade ovipositora do inseto (fevereiro a junho), aps a verificao da sua presena nos restos florais e nos frutos em desenvolvimento. Qual a importncia dos pulges para a cultura da bananeira?Apesar de a colonizao da planta ser realizada somente pelo pulgo-da-bananeira (Pentalonia nigronervosa); outras espcies como Aphis gossypii e Myzus persicae tambm so importantes em funo da sua atuao como transmissoras da virose conhecida como mosaico-da-bananeira.Quais os danos do pulgodabananeira?Os danos diretos so decorrentes da suco de seiva das bainhas foliares externas (prximo ao nvel do solo), e os danos indiretos causados pela transmisso de viroses.Os danos so clorose das plantas, deformao das folhas e enrugamento da folha terminal.Qual a forma correta de controle do pulgodabananeira?Geralmente, no h necessidade de adoo de medidas de controle, pois insetos conhecidos como joaninhas esto frequentemente associados ao bananal como predadores do pulgo, exercendo o controle biolgico natural.5.1 . Mtodos ConvencionaisA bananeira (Musa spp.) propaga-se por semente e por muda, sendo mais usual e eficiente a propagao por muda.Uma bananeira pode produzir tantas mudas quantas forem as folhas emitidas (38 2) at o surgimento do cacho, quando cessa essa atividade. Contudo, a variedade, o porte da bananeira e a idade da planta-me so fatores importantes na determinao do nmero de rebentos emitidos at o surgimento do cacho, o que tem reduzido o potencial para aproximadamente 25% do total ou seja, na realidade uma bananeira produz apenas nove a dez mudas, em perodo geralmente superior a 12 meses, em condies de campo, e nem todas so de boa qualidade.Objetivando aproveitar ao mximo a potencialidade da bananeira de produzir gemas vegetativas, tm-se aplicado diversas metodologias para a propagao da cultura, cujo princpio fundamental o de induzir a brotao das gemas e acelerar seu processo de desenvolvimento.5.1.1 . Mtodos de propagaoA reproduo da bananeira vegetativa ou clonal, por meio da separao de brotos e filhos da planta-me os quais, por replantio, perpetuam a espcie.Dentre os mtodos mais utilizados para a obteno de mudas de bananeira, que esto ao alcance dos produtores, destacam-se: a) o prprio bananal; e b) viveiros.5.1.1.1 . O prprio bananalNo se deve utilizar indiscriminadamente o bananal para a obteno de mudas. possvel utiliz-lo adequadamente, para esse fim, especialmente para atendimento a pequenos produtores, que representam, provavelmente, mais de 90% do universo dos bananicultores brasileiros.Quando se dispe de um cultivo comercial bem estabelecido, que no tenha pragas que possam propagar-se e que a idade do rizoma no seja superior a trs anos, pode-se obter mudas dos filhos que no foram selecionados para dar continuidade unidade de produo (touceira). Nesse caso, os filhos para mudas so selecionados e marcados com uma fita plstica colorida, no devendo selecionar-se mais de um filho por touceira. A escolha deve ocorrer quando a planta-me j est bem desenvolvida (8 a 10 meses de idade) e o filho medindo 30 a 50 cm de altura. Este se desenvolve ao lado da me at que esta seja colhida, sem alterar a composio da nova unidade de produo (me, filho e neto ou me e dois filhos), como ilustra a Fig. 5.1; nesse momento, o filho selecionado para muda pode ser retirado.Por nenhuma razo deve extrair-se a muda de uma me antes da colheita, j que os riscos de tombamento e perda da unidade so muito altos.Esse procedimento no afeta o bananal em produo, pois, ao retirar-se a muda de uma bananeira j colhida, os estragos provocados em suas razes e rizoma no interferem no desenvolvimento das plantas componentes da touceira, as quais devem estar opostas muda a ser retirada.Dentre os principais tipos de mudas a serem obtidas do bananal, podem-se destacar:a) Chifre: muda com altura entre 30 a 60 cm, apresentando folhas lanceoladas e um grande dimetro na base do seu rizoma. Pesa entre 2,0 a 4,0 kg, que se reduzem para 1,5 a 2,5 kg quando o pseudocaule rebaixado para 10 a 15 cm sobre a base do rizoma. Esse tipo de muda tem um excelente pegamento e um desenvolvimento uniforme, apresentando um ciclo mdio de produo e, dependendo da poca de plantio, tratos culturais e das condies climticas, pode produzir um cacho grande com frutos de primeira qualidade.b) Chifro: o tipo ideal de muda, com altura entre 60 a 150 cm, apresentando uma mistura de folhas lanceoladas com folhas semi-largas, tendendo para adultas, um grande dimetro na base do seu rizoma e um pequeno dimetro na parte area ( Fig. 5.2). Pesa entre 3,0 a 5,0 kg, quando o pseudocaule rebaixado para 10 a 15 cm da base do rizoma. muito usado no estabelecimento de bananal comercial, apresentando uma elevada porcentagem de pegamento, um rpido crescimento e, quando se realiza o seu plantio em rea com condies de clima e solo favorveis, na poca indicada e adotam-se os tratos culturais recomendados para a bananeira, normalmente ela produz cachos uniformes, grandes, com frutos de excelente qualidade. Esse material reprodutivo, como o anterior, o mais aconselhado por seu vigor, facilidade de transporte e manejo.Geralmente, por serem jovens, esses tipos de mudas no apresentam problemas fitossanitrios relativos ao ataque da broca-do-rizoma e de nematides, ou quando os apresentam em escala reduzida. Alm disso, produzem bons cachos. Aps o arranquio, devem ser preparadas, descorticando-se o seu rizoma, com a eliminao das razes e solo aderido ao mesmo. Apresentando vestgios do ataque da broca-do-rizoma e/ou de nematides, as mudas devem ser tratadas com produtos inseticidas/nematicidas, sendo recomendados aqueles base de carbofuram como o Furadan 350 SC e Furadan 350 TS, na dose de 400 mL do produto para 100 litros de gua, com imerso da muda na calda do inseticida/nematicida por 15 minutos. Caso a muda no apresente vestgios do ataque da broca-do-rizoma e/ou nematides, a recomendao plant-la em cova tratada com produto base de terbufs, como Countner 150 G, ou Countner 50 G nas doses de 13-20 g/cova ou 40-60 g/cova, respectivamente.As mudas que, aps o seu preparo, apresentarem galerias provocadas pela broca-do-rizoma e leses devidas a nematides devem ser descartadas e queimadas.5.1.1.2 . ViveirosAs principais etapas descritas para propagao de mudas de bananeira em viveiro so: escolha da rea, tipo e origem do material propagativo, variedades, instalao e conduo do viveiro.a) Escolha da reaO viveiro deve ser estabelecido em local o mais prximo possvel do futuro plantio, e que esteja bem servido por estradas, cabos areos ou outros sistemas de transporte que permitam mobilizar a muda de forma rpida, eficiente e a baixo custo. O solo deve ser de textura mdia a ligeiramente arenosa, permitindo a fcil extrao da muda; deve ser profundo, bem drenado e frtil, tendo-se o cuidado de que seja o mais livre possvel de nematides ou outras pragas da bananeira que poderiam, a partir do viveiro, propagar-se para o plantio a ser estabelecido. A rea deve ser de fcil acesso, com estrada que permita o trnsito de veculos durante o ano; no deve conter espcies de difcil erradicao como a tiririca; no deve ser prxima a bananais; em regies onde ocorrem baixas temperaturas, as reas de baixadas, com possibilidade de geada, devem ser evitadas; no se deve usar terrenos onde se tenha detectado vestgios de doenas de importncia econmica para a bananeira, com principal nfase ao maldo-Panam, cujo agente causal - o Fusarium - permanece no solo por muitos anos. Portanto, um levantamento fitossanitrio da rea do viveiro imprescindvel para o seu sucesso.A rea do viveiro deve ser, tambm, levemente inclinada, para facilitar o escoamento do excesso de gua das chuvas, alm de apresentar uma boa exposio ao sol, condies necessrias para que o viveiro tenha um bom desenvolvimento.b) Tipo e origem do material propagativoUma vez definida a quantidade de mudas a reproduzir e preparado o terreno convenientemente, procede-se a seleo das mudas que sero propagadas. Aqui, deve-se ser muito rigoroso, no se podendo permitir mudas diferentes da variedade desejada; para estar seguro disto, e para evitar mudas infestadas, mesmo de forma leve, por pragas e doenas que possam disseminar-se no viveiro, indispensvel fazer uma inspeo minuciosa no plantio do qual se vai retirar as mudas; e, para cumprir com esses requisitos desejados, conveniente que se supervisione a retirada das mudas. prefervel pagar-se duas a trs vezes o valor de mercado por uma muda sadia, do que disseminar pragas de alto custo de controle na nova plantao.Diversos trabalhos mostram que a muda de maior peso - at 5 kg - produz filhos mais vigorosos. Vale ressaltar, porm, que a muda tipo chifro geralmente apresenta boa sanidade e gemas entumecidas. Contudo, deve sofrer um processo de saneamento e seleo para posteriormente ser plantada.O ideal que a muda para estabelecimento do viveiro seja de boa procedncia, destacando-se as originrias de tcnicas de multiplicao in vitro (Fig. 5.3), em laboratrios de comprovada idoneidade. Essas matrizes so multiplicadas em campo pelos viveiristas, com o objetivo de fornecer mudas de boa qualidade aos produtores e por preos mais em conta do que os da muda micropropagada, cujo processo de produo requer estruturas e insumos caros.

As mudas multiplicadas in vitro so aclimatadas pelo prprio laboratrio, em estufas especiais, e assim podem ser plantadas diretamente no viveiro, o que parece mais interessante para o viveirista do que criar estrutura especial, na propriedade, com essa finalidade.Embora o custo de instalao de um viveiro com mudas micropropagadas seja mais elevado, devido ao maior preo da muda em relao muda convencional, esse custo dilui-se significativamente por no precisar trat-la, pelo seu ndice de pegamento ser de praticamente 100% e pelo seu desempenho no campo ser, muitas vezes, superior.c) VariedadesSomente aquelas com maior possibilidade de mercado so objeto de constante procura de mudas pelos produtores, destacando-se a Prata-An, Pacovan, Nanico, Grande Naine, Ma, Nanica, Terra, Terrinha, DAngola e PrataComum, cada uma com suas caractersticas de desenvolvimento, rendimento e preferncia pelos consumidores, as quais tm de ser levadas em considerao ao definir-se a sua propagao. A demanda por mudas das variedades Ouro, Figo, Mysore, Caipira e Nam tem sido menoresd) Instalao do viveiroA iniciativa a ser tomada, aps a definio do local para instalao do viveiro, a retirada de amostras de solo para verificar a acidez (pH), os teores de alumnio e de mangans, a saturao por bases, os teores de matria orgnica e de fsforo e textura do solo, com base em sua anlise qumica e fsica em laboratrio credenciado, bem como verificar a presena ou no de nematides, tambm em laboratrio especializado, por meio de levantamento especfico.As etapas de instalao do viveiro constam de: preparo da rea, espaamento, sulcamento e/ou coveamento, preparo e adubao das covas, seleo, arranquio e preparo da muda e plantio.d.1) Preparo da reaO preparo da rea deve constar das seguintes subetapas: limpeza, conservao do solo, arao, calagem, gradagem e drenagem, que so praticamente as mesmas preconizadas para os sistemas de produo da cultura da bananeira.No que concerne limpeza, o solo deve estar limpo, a fim de permitir a realizao das etapas subseqentes relativas sua conservao, arao, calagem, gradagem e drenagem; a conservao do solo justifica-se pela necessidade de proteglo contra os impactos das gotas de chuva e de manter nveis de matria orgnica que permitam uma boa permeabilidade, capaz de uma suficiente reteno de gua no solo. Se necessrio, prticas conservacionistas como curvas de nvel e cordes em contorno devem ser adotadas. A arao normalmente s recomendada para terrenos cuja topografia permite o trabalho de mquinas e cuja textura do solo mais pesada e compactada, sendo sua funo incorporar a vegetao da superfcie e/ou os restos culturais, alm de quebrar a estrutura do solo e permitir maior aerao. A calagem uma prtica necessria, quando o resultado da anlise de solo indicar baixos teores de Ca e Mg, ndice de saturao por bases inferior a 60% e pH abaixo de 5,5, devendo-se utilizar o calcrio dolomtico, por conter esses nutrientes em nveis adequados, sendo aplicado aps a arao e antes da gradagem. A gradagem, como prtica de complementao do preparo do solo, destina-se a destorroar melhor a terra e auxiliar na incorporao do calcrio e de restos culturais, sendo recomendvel, prximo ao plantio, fazer uma nova gradagem para eliminar as plantas infestantes. A drenagem ou o escoamento das guas de chuva e de irrigao outro fator que deve ser considerado na produo de mudas de bananeira de boa qualidade. Assim, em terrenos planos a ondulados, de difcil escoamento, com presena de lenol fretico superficial, faz-se necessria a abertura de canais de drenagem com 1% a 3% de declividade. O fator drenagem muito importante pelo fato de ser a bananeira uma planta que no tolera excesso de gua, principalmente no estdio de implantao e desenvolvimento vegetativo. Uma das piores conseqncias da falta de drenagem no solo para a bananeira o constante apodrecimento de rizomas, com reais prejuzos para o viveirista.d.2) EspaamentoOs arranjos mais recomendados so o triangular e em fileiras duplas, que permitem melhor aproveitamento da luz; o ltimo permite introduzir mecanizao no cultivo, com diminuio dos custos de manuteno e retirada das mudas.As populaes recomendadas variam de 2.500 a 5.000 plantas por hectare, dependendo da variedade e das condies ecolgicas. As distncias mais freqentes em tringulo so de 2 ,0 x 2,0 x 2,0 m e 2,0 x 2,0 m x 1,0 m.O sistema em fileiras duplas, para variedades de porte mdio a baixo como o Grande Naine, poderia ter a distncia de 1 ,0 m entre as duas fileiras, 1,5 m entre as plantas nas fileiras e 3 ,0 m entre as fileiras duplas; a populao seria de 3.300 plantas por hectare, (Fig. 5.4), podendo ser reduzida para 2.500 se a distncia entre touceiras na fileira for aumentada para 2,0 m.X X X X X X X X X X X X X1 , 0X X X X X X X X X X X X3 , 0X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

1 , 5X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X XFig. 5.4. Sistema de plantio de viveiros em fileiras duplas, com 3.300 plantas/ha.Como se trata de produo de mudas, o espaamento deve ser o mais reduzido possvel, a fim de possibilitar uma maior densidade e melhor aproveitamento da rea.Tem sido recomendado que as covas sejam marcadas nos sulcos com 30 cm de profundidade, num espaamento de 2 ,0 m entre linhas por 1,0 m entre plantas.d.3) Sulcamento e/ou coveamentoEm terrenos que permitam a fcil movimentao de mquinas, recomenda-se abrir sulcos de 30 a 40 cm de profundidade, com base no tamanho da muda, observando-se a distncia entre as linhas de plantio. Em solos argilosos, as covas devem ser feitas nas dimenses de 40 x 40 x 40 cm, separando-se a camada dos primeiros 20 cm para um lado e os 20 cm seguintes para o outro. Se o solo for frivel ou solto, as dimenses podem ser reduzidas para 30 x 30 x 30 cm. A separao das camadas do solo na abertura da cova de suma importncia no seu enchimento, como ser visto a seguir.d.4) Preparo e adubao das covasDevem ser realizados com uma antecedncia mnima de, pelo menos, 30 dias do plantio, enchendo-se as covas at o nvel do solo com os primeiros 20 cm de terra originrios de sua abertura, misturados com esterco de galinha (2 a 5 kg) ou de curral (10 a 20 kg), ou de outra fonte de matria orgnica, em quantidade equivalente, mais 150 a 250 g de superfosfato simples e 200 a 300 g de fosfato natural, ou, de preferncia, seguindo as dosagens recomendadas pela anlise qumica do solo.d.5) Seleo, arranquio e preparo da mudaCom a facilidade cada vez maior para adquirir-se mudas micropropagadas e, pelas inmeras vantagens especialmente de ordem fitossanitria que elas apresentam, no seria recomendvel a aquisio de mudas convencionais para a instalao do viveiro. Embora o preo das mudas micropropagadas seja mais alto, o fato de serem isentas de pragas e doenas importantes que afetam a bananeira justifica a sua aquisio/utilizao. Poder-se-ia, tambm, utilizar mudas provenientes de viveiristas, com registro de procedncia credenciada e com certificado fitossanitrio de origem.No caso de utilizar-se mudas provenientes de bananais, imprescindvel que o material propagativo seja de procedncia credenciada, ou seja, de instituies de pesquisa ou de produtores com certificado fitossanitrio de origem. As ideais so as dos tipos chifro. No bananal, devem ser selecionadas as touceiras que apresentam melhor vigor vegetativo, que tenham produzido cachos de bom peso e com frutos de bom tamanho, para retirada das mudas. No prprio local de obteno das mudas procede-se tambm o descorticamento do rizoma, retirando-se as partes necrosadas e as partculas de solo a elas aderidas, at o rizoma ficar inteiramente branco.d.6) PlantioQuando se utiliza mudas micropropagadas, com 30 cm de altura e que, portanto, j passaram pelo processo de aclimatao, elas so plantadas com o torro ou substrato que a acompanha, de modo que o colo da planta fique a 5-10 cm abaixo da superfcie do solo. Aps o plantio, deve-se cobrir a muda com capim seco, sem, entretanto, abaf-la. A adoo desta prtica objetiva reduzir um pouco a incidncia direta de raios solares sobre as folhas ainda um pouco tenras.Uma das grandes vantagens desse tipo de muda sobre o convencional, na fase de estabelecimento do viveiro, que o seu ndice de pegamento de praticamente 100%.As mudas tipo chifro, devidamente preparadas (prontas para plantio), so colocadas nas covas adubadas, a uma profundidade tal que o rizoma fique totalmente coberto (at a regio do colo) com o solo proveniente dos 15-20 primeiros centmetros da abertura da cova, misturado com o esterco e o adubo fosfatado previstos. Durante o plantio deve-se compactar bem a terra ao redor da muda. Se, aps o seu plantio, no houver chuvas suficientes nem se instalou previamente um sistema de irrigao para garantir um bom pegamento das mudas, conveniente fazer uma bacia ao redor de cada muda plantada, colocar 8 a 10 litros de gua e cobrir parcialmente com capim seco, para conservar a umidade.e) Conduo do viveiroO viveiro de mudas, devidamente instalado, exige uma srie de operaes que visa a garantir o potencial de brotaes com o vigor e sanidade desejvel, para que o material propagativo seja de boa qualidade, podendo-se destacar a capina, fertilizao, irrigao, desbaste e limpeza das folhas, inspeo e tratamento fitossanitrio e arranquio e limpeza das mudas.e.1) CapinaA bananeira, nos seus primeiros meses ps-plantio, bastante afetada pela concorrncia de plantas infestantes em gua, luz e nutrientes, principalmente nos perodos de escassez de chuvas. Portanto, faz-se necessrio manter o viveiro sempre no limpo.e.2) FertilizaoEstabelecido o viveiro, para conseguir-se um rpido desenvolvimento da muda, acompanhado do surgimento de brotaes laterais (novas mudas), faz-se necessria a aplicao de nitrognio. No sendo grande a demanda de mudas, pode-se buscar um crescimento mais lento e de mais baixo custo.A fertilizao deve ser realizada obedecendo rigorosamente o que recomenda a anlise qumica do solo do viveiro, tanto no que se refere dosagem quanto poca e local de sua aplicao dos adubos.e.3) IrrigaoComo bem j foi enfatizado, a maior eficincia do uso da irrigao obtm-se quando feita no solo a reposio de 60 % a 70% da gua evaporada no tanque classe A. Por outro lado, para efeito de irrigao do viveiro, deve-se considerar como medida a profundidade do solo explorada pelas razes da bananeira at 60-80 cm, a qual deve ser umedecida em cada rega. O mtodo de irrigao a ser utilizado depende do tipo de solo, da quantidade e qualidade da gua disponvel e da topografia.e.4) Desbaste e limpeza de folhasA operao de desbaste torna-se, portanto, praticamente dispensvel nos primeiros quatro a quatro e meio meses do estabelecimento do viveiro, quando o nmero de filhos normais no exceder de cinco. Excedendo, deve proceder-se o desbaste, para deixar os cinco melhores filhos, que transformar-se-o em mudas nos prximos meses. Os filhos prensados ou mal formados, com desenvolvimento e crescimento atrasados, so eliminados. J a limpeza de folhas mais velhas uma prtica cultural de grande importncia para o bom desenvolvimento das bananeiras e do seus brotos. Ela se faz necessria porque essas folhas deixam-se dobrar junto ao seu pseudocaule, interferindo no desenvolvimento das brotaes e, com a sua eliminao, tambm se expem novas gemas laterais de brotao (Fig. 5.5).

No que concerne planta-me, por nenhuma razo devese cort-la enquanto seus filhos no estiverem aptos para retirada e plantio. Se, antes disso, emitir a inflorescncia, esta deve ser, ento, eliminada, para que seus nutrientes sejam transferidos para os filhos (mudas) em desenvolvimento, bem como para evitar que o seu peso provoque envergamento da bananeira.e.5) Inspeo e tratamento fitossanitrioEmbora destinado exclusivamente propagao de mudas, o viveiro deve merecer ateno especial no que concerne inspeo e tratamento fitossanitrio. Assim, o monitoramento contra o ataque da broca, de nematides e de doenas vasculares deve ser realizado no mnimo a cada seis meses aps o plantio, sempre com base nas medidas cabveis em cada situao. No pode haver descuido com os tratamentos fitossanitrios que se fizerem necessrios, pois isso poder resultar em total descrdito do viveiro e, conseqentemente, do viveirista.e.6) Arranquio e limpeza das mudasUma das formas para o arranquio das mudas ocorre quando os brotos atingem 50 cm de altura, sendo eles considerados mudas comerciais. Nesse sistema, as mudas devem ser retiradas cuidadosamente, com o auxlio de um cavador afiado e/ou enxado, sem danificar o rizoma da planta-me ou mesmo a recm-formada gema do broto da muda extrada.H Estados do Brasil que j dispem de Normas e Padres para a produo de mudas certificadas e fiscalizadas de bananeira.5.2 . MicropropagaoA grande maioria dos plantios de bananeira realizada utilizando mudas provenientes de brotos laterais de plantas adultas (mudas convencionais). No entanto, esse processo apresenta baixa taxa de multiplicao, desuniformidade na produo de mudas, dificultando o manejo do pomar, e ainda pode constituir-se em um mecanismo de disseminao de pragas e doenas como mal-do-Panam, broca, nematides, vrus, moko e podrido mole.Outros mtodos de propagao vm sendo desenvolvidos e aperfeioados, de modo a elevar a taxa de multiplicao e incrementar a produo de mudas de melhor qualidade. Entre esses mtodos, destacam-se o fracionamento de rizoma, a multiplicao rpida, que embora apresentem uma eficincia um pouco maior no so muito efetivos quanto sanidade e uniformidade, e a micropropagao ou propagao in vitro.A micropropagao, mediante a cultura de pices caulinares in vitro, tem sido adotada em muitos pases para a produo de mudas de bananeira. No Brasil, esse mtodo vem sendo utilizado de maneira crescente nos ltimos anos, com a instalao de diversos laboratrios comerciais em diferentes regies do Pas, permitindo, assim, um acesso mais rpido dos agricultores a mudas de melhor qualidade, especialmente das variedades tradicionais e dos novos hbridos desenvolvidos pelos programas de melhoramento gentico. A tcnica geralmente envolve o desenvolvimento in vitro de brotos a partir de gemas ( pices caulinares ou florais), nos quais induzida a formao de novas gemas, em condies controladas de cultivo.5.2.1 . Vantagens da micropropagaoComparando-se os diferentes mtodos de propagao vegetativa com relao ao nmero de mudas obtidas e ao tempo gasto na produo das mesmas, verifica-se que a micropropagao muito superior aos demais processos (Tabela 5.1). Enquanto no processo natural so necessrios 12 meses para obteno de 20 a 30 mudas, cerca de dez vezes mais mudas so obtidas em quase metade desse tempo mediante a micropropagao.Tabela 5.1. Comparao entre o nmero de mudas e perodo necessrio para obteno de plantas a partir de diferentes mtodos de propagao vegetativa.

MtodoNmero de mudasPerodo( meses )

Natural20 a 30 mudas / planta12

Fracionamento do rizoma4 a 12 mudas / rizoma4-6

Propagao rpida in vivo20 a 50 mudas / rizoma5-7

Propagao in vitro (micropropagao)150 a 300 mudas / matriz6-8

Alm da produo de mudas em grande escala, em qualquer poca do ano e com economia de tempo e espao, as principais vantagens da micropropagao incluem a uniformidade no desenvolvimento das mudas, o que permite a uniformizao do plantio e sincronizao da colheita, e a obteno de plantas com caractersticas genticas idnticas matriz e sadias, evitando assim a disseminao de pragas e doenas.Uma outra grande vantagem que as mudas multiplicadas in vitro produzem 30% a mais do que as convencionais, por serem obtidas a partir de plantas selecionadas e estar isentas de doenas sistmicas. Alm disso, apresentam maior precocidade no primeiro ciclo de produo, em relao s mudas convencionais, florescendo at quatro meses antes das plantas convencionais. Tambm so mais precoces na emisso de filhos e produzem mais filhos por ano.As plantas micropropagadas sobrevivem mais no campo e crescem mais rapidamente nos primeiros estdios de desenvolvimento, do que as mudas convencionais. Apresentam uniformidade de produo e proporcionam colheitas superiores s das plantas oriundas de propagao convencional.5.2.2 . Limitaes da micropropagaoA grande limitao da micropropagao a ocorrncia de variao somaclonal, ou seja, aparecimento de plantas anormais durante o processo de multiplicao, principalmente relacionada estatura, cor, forma e arquitetura das folhas e m formao dos cachos. Estas alteraes, principalmente as relacionadas com a produo, podem causar prejuzos para o produtor.O conhecimento dos mecanismos que causam a variao somaclonal e, conseqentemente, dos procedimentos adequados para evitar sua ocorrncia, bem como o desenvolvimento de mtodos de deteco precoce, so fatores importantes para a produo de mudas micropropagadas com qualidade e segurana. Entre os mtodos utilizados para detectar variaes somaclonais esto o acompanhamento visual durante o desenvolvimento das plantas, a anlise citogentica e o monitoramento mediante o uso de marcadores moleculares.

44

4