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Apêndices

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Apêndices

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Apêndice A – Questionário

Data da realização: ___ / ___ / 2008

1. O(A) Professor(a) _____________________________________________________

2. Código do grupo de recrutamento atribuído: _________________________________

3. Níveis de ensino que lecciona este ano lectivo: ______________________________

4. Manuais adoptados: ____________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

5. Data de Nascimento: ___ / ___ / 19 __

6. Habilitação Académica: ________________________________________________

7. Habilitação Profissional: ________________________________________________

______________________________________________________________________

8. Tempo de Serviço: _____________________________________________________

9. Tempo de Serviço na Escola onde lecciona: _________________________________

10. Cargos Exercidos (assinalar com x à frente dos que são exercidos este ano lectivo):

Conselho Directivo ___ ___ anos Delegado de Grupo ___ ___ anos

Director de Turma ___ ___ anos Coordenador Dep. ___ ___ anos

Coordenador DT ___ ___ anos Clube ___ ___ anos

Qual(is)?________________________

Outros: _________________________________________________________

11. Acções de formação realizadas no âmbito do Regime Jurídico da Formação

Contínua de Professores (pedir ao professor para entregar uma listagem).

12. Cursos, seminários, congressos (pedir ao professor para entregar uma listagem).

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13. Intervenção profissional e comunitária (associações profissionais, científicas,

pedagógicas, sociedades recreativas e culturais, associações de pais e encarregados de

educação, etc). __________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

14. Interesses pessoais e passatempos: _______________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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Apêndice B – Guião da 1ª Entrevista Tema: As competências para a cidadania e a disciplina de História no Ensino Básico. Entrevistadas: 3 professores do 3º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Odemira Objectivo Geral: Saber como é que professores de História do 3º Ciclo do Ensino

Básico promovem o desenvolvimento das competências de cidadania nos seus alunos.

Designação dos Blocos

Objectivos Específicos Formulário de Questões Obs.

Bloco A1

Legitimação e motivação da

entrevista

- Legitimar a entrevista;

- Motivar os entrevistados;

- Agradecer a colaboração.

- Informar os entrevistados acerca da temática do trabalho e seus objectivos;

- Solicitar a colaboração dos entrevistados, fundamental para a consecução do estudo;

- Garantir a confidencialidade das informações e anonimato dos entrevistados;

- Solicitar autorização para a gravação áudio da entrevista;

- Colocar à disposição dos entrevistados as transcrições das entrevistas e os futuros resultados da investigação;

- Agradecer a disponibilidade e colaboração.

Designação dos Blocos

Objectivos Específicos Formulário de Questões Obs.

Bloco B1 Promoção das

competências para a cidadania

- Conhecer as metodologias, estratégias, actividades e recursos utilizados pelos professores na promoção de competências para a cidadania.

- Este ano lectivo já realizou actividades que promovam competências para a cidadania no âmbito da disciplina de História (dentro e/ou fora da sala de aula)?

- Se sim, quais? - Como as preparou e

organizou (planificações, guiões, fichas de trabalho, relatórios, etc)?

- Qual o balanço que faz delas? - Tem mais algumas

actividades planificadas e/ou pensadas nesse sentido até ao final deste ano lectivo?

- Se sim, qual(is)? - Considera o manual escolar

adoptado útil na promoção dessas competências? Em que medida?

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- De todas as actividades que já desenvolveu enquanto professor de História, gostaria de destacar alguma tendo em vista a promoção de competências para a cidadania nos seus alunos?

- Porquê? - Fora do âmbito da disciplina

de História, realizou alguma actividade que visasse desenvolver competências para a cidadania nos seus alunos?

- Se sim, qual(is)? - Ao fazer as suas planificações

tem em conta a promoção de competências para a cidadania?

Designação dos Blocos

Objectivos Específicos Formulário de Questões Obs.

Bloco C1 O programa de

História do 3º CEB e as competências para a cidadania

- Conhecer as concepções pedagógicas sobre o carácter formativo do currículo de História;

- Saber como interpretam o programa da disciplina;

- Saber qual o papel que reconhecem à disciplina para o desenvolvimento das competências de cidadania nos alunos.

- Qual o papel que atribui à disciplina de História no currículo escolar?

- Do seu ponto de vista, que papel desempenha a disciplina de História na promoção de competências para a cidadania?

- E qual o papel das outras disciplinas em geral comparando com a História?

- Qual a sua opinião sobre as disposições e orientações do ME, nomeadamente do programa de História, com vista a desenvolver competências para a cidadania nos alunos? Porquê?

- Considera que há conteúdos programáticos ou épocas históricas mais adequadas à promoção das competências para a cidadania?

- Se sim, qual(is)? Porquê?

Designação dos Objectivos Formulário de Questões Obs.

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Blocos Específicos

Bloco D1 Formação e áreas

de interesse

- Conhecer a formação e áreas de interesse dos professores.

- Qual é a sua formação inicial? - Fez alguma especialização,

nomeadamente uma pós-graduação, mestrado, etc.?

- O que tem feito em termos de formação contínua?

- Participa/intervem em associações profissionais, científicas, pedagógicas, sociedades recreativas e culturais, associações de pais e encarregados de educação, etc.?

- Para além da História, há mais alguma área que lhe interesse em particular?

- Se sim, qual(is)? - E tem algum(ns)

passatempo(s)? - Actualmente desenvolve outra

actividade para além do ensino?

- Se sim, qual(is)? - Como descreveria o seu

percurso escolar (qual a disciplina que mais gostava, houve algum professor marcante, algum episódio que queira destacar…)?

Designação dos Blocos

Objectivos Específicos Formulário de Questões Obs.

Bloco E1 Percurso

profissional e pessoal

- Compreender em que medida o percurso profissional dos professores contribui para o desenvolvimento de competências de cidadania.

- Compreender em que medida o percurso pessoal dos professores contribui para o desenvolvimento de competências de cidadania.

- E o que o levou a ser professor de História?

- Considera que o seu percurso profissional teve/tem influência no modo como promove as competências de cidadania nos seus alunos?

- Em que medida? - E quanto à sua vida pessoal,

considera que o seu percurso pessoal teve/tem influência no modo como promove as competências de cidadania nos seus alunos?

- Em que medida?

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Apêndice C – 1ª Entrevista

• Esta entrevista desenvolve-se no âmbito de uma dissertação de mestrado

subordinada ao tema As competências para a cidadania e a disciplina de

História no Ensino Básico.

• Tem como objectivo geral a recolha de dados que contribuam para saber como é

que professores de História do 3º Ciclo do Ensino Básico promovem o

desenvolvimento das competências de cidadania nos seus alunos.

• Agradeço a sua colaboração, fundamental para a consecução deste estudo.

• Fica garantida a confidencialidade dos dados recolhidos, bem como o anonimato

dos participantes, que serão referenciados sob um pseudónimo.

• Serão disponibilizadas as transcrições das entrevistas gravadas, bem como os

futuros resultados da investigação.

I. Promoção das competências para a cidadania.

1. Este ano lectivo já realizou actividades que promovam competências para a cidadania

no âmbito da disciplina de História (dentro e/ou fora da sala de aula)?

2. Se sim, quais?

3. Como as preparou e organizou (planificações, guiões, fichas de trabalho, relatórios,

etc)?

4. Qual o balanço que faz delas?

5. Tem mais algumas actividades planificadas e/ou pensadas nesse sentido até ao final

deste ano lectivo?

6. Se sim, qual(is)?

7. Considera o manual escolar adoptado útil na promoção dessas competências? Em que

medida?

8. De todas as actividades que já desenvolveu enquanto professor de História, gostaria

de destacar alguma tendo em vista a promoção de competências para a cidadania

nos seus alunos?

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9. Porquê?

10. Fora do âmbito da disciplina de História, realizou alguma actividade que visasse

desenvolver competências para a cidadania nos seus alunos?

11. Se sim, qual(is)?

12. Ao fazer as suas planificações tem em conta a promoção de competências para a

cidadania?

II. O programa de História do 3º CEB e as competências para a cidadania.

13. Qual o papel que atribui à disciplina de História no currículo escolar?

14. Do seu ponto de vista, que papel desempenha a disciplina de História na promoção

de competências para a cidadania?

15. E qual o papel das outras disciplinas em geral, comparando com a História?

16. Qual a sua opinião sobre as disposições e orientações do Ministério da Educação,

nomeadamente do programa de História, com vista a desenvolver competências

para a cidadania nos alunos? Porquê?

17. Considera que há conteúdos programáticos ou épocas históricas mais adequadas à

promoção das competências para a cidadania?

18. Se sim, qual(is)? Porquê?

III. Formação e áreas de interesse.

19. Qual é a sua formação inicial?

20. Fez alguma especialização, nomeadamente uma pós-graduação, mestrado, etc.?

21. O que tem feito em termos de formação contínua?

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22. Participa/intervem em associações profissionais, científicas, pedagógicas,

sociedades recreativas e culturais, associações de pais e encarregados de educação,

etc.?

23. Para além da História, há mais alguma área que lhe interesse em particular?

24. E tem algum(ns) passatempo(s)?

25. Actualmente desenvolve outra actividade para além do ensino?

26. Se sim, qual(is)?

27. Como descreveria o seu percurso escolar (qual a disciplina que mais gostava?

Houve algum professor marcante? Algum episódio que queira destacar?)?

IV. O Percurso profissional e pessoal.

28. E o que o levou a ser professor de História?

29. Considera que o seu percurso profissional teve/tem influência no modo como

promove as competências de cidadania nos seus alunos?

30. Em que medida?

31. E quanto à sua vida pessoal, considera que o seu percurso pessoal teve/tem

influência no modo como promove as competências de cidadania nos seus alunos??

32. Em que medida?

Muito obrigada pela sua colaboração.

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Apêndice D – Guião da 2ª Entrevista Tema: As competências para a cidadania e a disciplina de História no Ensino Básico. Entrevistadas: 3 professores do 3º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Odemira Objectivo Geral: Saber como é que professores de História do 3º Ciclo do Ensino

Básico promovem o desenvolvimento das competências de cidadania nos seus alunos.

Designação dos

Blocos Objectivos Específicos Formulário de Questões Obs.

Bloco A2 Legitimação e motivação da

entrevista

- Legitimar a entrevista;

- Motivar os entrevistados;

- Agradecer a colaboração.

- Relembrar os entrevistados acerca da temática do trabalho e seus objectivos;

- Solicitar a colaboração dos entrevistados para a consecução do estudo;

- Garantir a confidencialidade das informações e anonimato dos entrevistados;

- Solicitar autorização para a gravação áudio da entrevista;

- Colocar à disposição dos entrevistados as transcrições das entrevistas e os futuros resultados da investigação;

- Agradecer a disponibilidade e colaboração.

Designação dos

Blocos Objectivos Específicos Formulário de Questões Obs.

Bloco B2

Actividades no âmbito da cidadania

- Fazer o balanço das actividades realizadas até ao início do 3º período.

- Pode relembrar as actividades que desenvolveu este ano lectivo no âmbito da cidadania?

- Que balanço faz?

- Que outras actividades ainda tem planeadas nesse âmbito para este ano?

- E, sempre no âmbito da cidadania, há alguma actividade que queira desenvolver no próximo ano lectivo? Qual/is?

Com a re-petição da 1ª questão pretende-se verifi-car se es-queram de mencionar nenhuma.

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Designação dos

Blocos Objectivos Específicos Formulário de Questões Obs.

Bloco F2 Cidadania e

competências para a cidadania

- Definir cidadania;

- Definir competências para a cidadania;

- Conhecer a opinião sobre competências para a cidadania: transversais no currículo ou disciplina autónoma

- Diga 3 palavras que lhe ocorram quando se fala de cidadania.

- Porquê...? [Pedir para justificar as escolhas feitas].

- [Pedir que relacione as escolhas feitas com uma actividade que possa ser desenvolvida com os alunos].

- Pelo exposto até agora, parece que considera importante desenvolver competências para a cidadania nos seus alunos. Considera que essas competências devem continuar transversais no currículo ou deverão fazer parte do programa de uma disciplina autónoma? Porquê?

Mencio-nar que se trata de uma espécie de jogo. Relacio-nar eventual-mente com DPS e Forma-ção Cívica

Designação dos

Blocos Objectivos Específicos Formulário de Questões Obs.

Bloco G2 Colaboração no

estudo

- Conhecer o impacto da colaboração no estudo na promoção de competências para a cidadania.

- Depois de ter sido contactado e ter aceite colaborar neste estudo, ficou mais atento às questões relacionadas com cidadania?

- Em que medida?

- E depois da 1ª entrevista?

- Em que medida?

- Estaria disponível para colaborar num futuro estudo, mais amplo, sobre a mesma temática?

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Apêndice E - 2ª Entrevista

• Relembrando, esta entrevista desenvolve-se no âmbito de uma dissertação de

mestrado subordinada ao tema As competências para a cidadania e a disciplina

de História no Ensino Básico.

• Tem como objectivo geral a recolha de dados que contribuam para saber como é

que professores de História do 3º Ciclo do Ensino Básico promovem o

desenvolvimento das competências de cidadania nos seus alunos.

• Volto a agradecer a sua colaboração, fundamental para a consecução deste

estudo.

• Relembro que fica garantida a confidencialidade dos dados recolhidos, bem

como o anonimato dos participantes, que serão referenciados sob um

pseudónimo.

• Serão disponibilizadas as transcrições das entrevistas gravadas, bem como os

futuros resultados da investigação.

I. As actividades no âmbito da cidadania.

1. Pode relembrar as actividades que desenvolveu este ano lectivo no âmbito da

cidadania?

2. Que balanço faz?

3. Que outras actividades ainda tem planeadas nesse âmbito para este ano?

4. E, sempre no âmbito da cidadania, há alguma actividade que queira desenvolver no

próximo ano lectivo? Qual/is?

II. Cidadania e competências para a cidadania.

5. Pedia-lhe para participar numjogo. Diga 3 palavras que lhe ocorram quando se fala de

cidadania.

6. Porquê...? [Pedir para justificar as escolhas feitas].

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7. Pode relacionar … [palavras mencionadas] com uma ou mais actividades que

possam ser desenvolvidas com os alunos para que eles desenvolvam essas

competências.

8. Pelo exposto até agora, parece que considera importante desenvolver competências

para a cidadania nos seus alunos. Considera que essas competências devem

continuar transversais no currículo ou deverão fazer parte do programa de uma

disciplina autónoma? Porquê?

III. Colaboração no estudo.

9. Depois de ter sido contactado e ter aceite colaborar neste estudo, ficou mais atento às

questões relacionadas com cidadania?

10. Em que medida?

11. E depois da 1ª entrevista?

12. Em que medida?

13. Estaria disponível para colaborar num futuro estudo, mais amplo, sobre a mesma

temática?

Muito obrigada pela sua colaboração.

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Apêndice F - Grelha de categorização da informação

Entrevista do Januário

Categorias Subcategorias Indicadores

1. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 1.1. Metodologia /

estratégias / actividades / recursos

(…) No âmbito da disciplina de História (…) dia 10 de Dezembro, nós fizemos um debate… sobre os Direitos do Homem… e outros assuntos colaterais, mas conseguimos centralizaram nos aspectos mais importantes (…). (8) (…) quando damos a Pré-História no 7º ano… nós fazemos sempre um paralelo entre a vida na Pré-História e a actualidade… (12) (…) são debates extremamente enriquecedores, principalmente para os alunos (…). (13) (…) do ponto de vista da cidadania… a comparação entre a vida da Pré-História e o que o homem é hoje, é um indivíduo passivo na Natureza... na Pré-História, e vêem que é hoje um indivíduo activo (…) enquanto na Pré-História é a Natureza que exercia um poder sobre o homem, hoje é o homem que exerce influência sobre a Natureza (…). (14) fazemos debates, pequenos debates, que não demoram a aula inteira, que ocupam 15, 20 minutos… sobre a defesa do património… (17) (…) 7ºano (…) ainda com o tema da Grécia, lá fazemos sempre uma ponte entre a democracia grega e a democracia na actualidade e a participação que eles podem ter e que eles podem vir a ter (…). (19) (…) A internet, tem sido trabalhada nas aulas para os alunos tentarem iniciar-se na Assembleia da República, os órgãos de governo em Portugal, na Europa (…). (20) (…) determinadas actividades, nomeadamente a consulta de sites na internet e fazemos o apelo (…) às TIC, às novas tecnologias (…). (25) (…) a Idade Média, novamente a internet com a Comissão para a Igualdade e Direitos das Mulheres em Portugal. (26) (…) Mais à frente no Mundo Cristão, naquele ponto entre cristãos e muçulmanos, debates sobre culturas diferentes, (…) aceitar a cultura do outro e apelar até… (…) por exemplo eu tenho turmas em que há alunos brasileiros, em que há alunos de ascendência alemã, de ascendência holandesa, (…) chamo esses alunos a dar o exemplo das culturas deles e a contarem coisas dos países deles, para que os de cá aceitem e aceitam-nos muito melhor se trocarem ideias (…).(28) (…) Voltamos à internet procurar os sites da ONU e da Amnistia Internacional, para ver como eles tratam o tema da escravatura. E fazemos pontes, aliás para saber se actualmente há escravatura ou não e são eles que reconhecem que há escravatura … actualmente (…). (32) (…) fazemos o contraponto entre o poder absoluto e a democracia, a separação dos poderes, podemos variar para o comunismo e para a separação dos poderes no Estado, mas essa parte já é para mais tarde (…). (33) (…) nessa parte haverá grandes debates sobre os Direitos Humanos… e a separação dos poderes (…). (35) (…) A intervenção que eles têm que (…) os alunos, devem ter, e actuação (…) nas iniciativas no âmbito do ambiente (…). (37) (…) São actividades (…) de temas tratados dentro do currículo, (…) podem ser acompanhados por debates, podem ser visionados filmes (…) sobre estas temáticas (…) ou pequenas partes de filmes, mas é difícil porque o tempo que se tem é para não poder diversificar muito(…). (39) (…) Eles fazem a pesquisa … Há alunos que apresentam trabalhos por auto recriação (…). (40) (…) Este ano temos um tema da escola que é, é a “Escola Ecológica”. (…) decidi que eles não me apresentavam trabalhos escritos em suporte de papel. Todos os trabalhos que eles fazem são enviados para a minha caixa de correio. (…) É um novo instrumento de trabalho importante e escusamos de andar com carradas de papel (…). (41) (…) é organizado o debate normal na sala, em que eles organizam-se na

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sala em U (…) e eles elegem um moderador e um secretário… Eu observo apenas. (…) A minha intervenção é mínima, muitas vezes para meter travões, eles têm tendência para fugir ao assunto é mais uma questão de… ordem (…). (42) (…) Fichas de trabalho sim (…). (43) (…) Há visitas de estudo programadas (…). (45) (…) No 7º ano a visita de estudo que nós temos programada é ao templo dedicado ao Imperador… dedicado ao Culto do Imperador, em Évora (…). (47) (…) Preservação do património e… Eles estão a fazer uma investigação na internet sobre o (…) Templo de Diana no princípio (…), mas não é assim, é um templo, um templo dedicado ao Culto do Imperador (…). (49) (…) O 8ºano vão fazer uma visita a Sintra, a Monserrate, as duas vistas são articulação com (…) Ciências Naturais, (…) aos jardins e ao palácio, portanto os jardins é mais a parte de Ciências. E depois vamos ao Paço da Vila de Sintra e vamos ao Museu do Brinquedo (…). (50) (…) no âmbito da cidadania, as actividades que eu desenvolvi durante este ano lectivo foram, essencialmente, debates relacionados com a participação dos alunos na vida local, isto é, em colaborarem, em participarem em actividades do seu bairro, da sua rua, da sua terra; … em discutirem os assuntos relacionados com a sua escola, particularmente o seu, o regulamento interno da escola, o estatuto do aluno, os deveres e os direitos dos alunos, (…). (71) (…) Nessa altura foram feitos debates (…) sobre a escravatura, sobre as atrocidades cometidas, por exemplo, na América, os índios norte americanos, os ameríndios neste caso (…). (73) (…) estamos a debater essas questões (…). (76) (…) Eles estão a debater qual o contributo dos iluministas e da Revolução Francesa para o nosso pensamento, para o pensamento de hoje e a forma como ainda funcionamos hoje, se ainda é actual, se nós hoje já conseguimos atingir aquilo que os iluministas queriam ou se ainda estamos longe (…). (78) (…) Ontem fui a uma a Sintra. Do 8º ano (…). O balanço foi extremamente positivo. (…) contrariamente aquilo que eu estaria à espera, os alunos gostaram muito da visita ao Palácio de Monserrate e jardins românticos. (…) E ficaram um bocado chocados com estado do palácio, (…) foi o estado de degradação em que se encontra (…) e achei engraçado eles revelarem essa sensibilidade já. (…) Ainda hoje estivemos na aula a falar sobre isso, a fazer, mais ou menos o feed back sobre a visita de estudo de ontem (…). (80) (…) Esta visita de estudo foi preparada antes. E (…) um mês antes da vista, eles fizeram trabalhos de investigação na internet sobre aquilo que iam visitar. Mas quando chegaram ao local da visita já tinham qualquer coisa sobre aquilo que iriam visitar. (…) Em termos de cidadania, o ponto forte talvez seja … o gosto que eles têm pelo património. (…) Um ponto, um ponto fraco que eu assisti ontem foi que nós tivemos, por exemplo, que chamar à atenção a um grupo de alunos. Tínhamos acabado de almoçar e (…) tinham um caixote de lixo relativamente perto, a cerca de 20 metros e deixaram o saco com o lixo no local onde comeram. (…) E eles dizem “Ah, tá bem, professor. Desculpe e tal.” Aquelas coisas… Isto quer dizer que, eles apercebem-se que isto está… que é isso que eles devem fazer, só que ainda não interiorizaram essas ideias. Essas práticas não estão interiorizadas (…) (81) (…) Todas as que são transversais e que têm a ver com o comportamento deles na sala de aula, com as atitudes que eles têm na escola, com o respeito que eles têm que ter com toda a comunidade escolar e, depois, cá fora também na comunidade. Não só na escola, mas a escola não é um local fechado (…). (82) (…) Nas aulas de História, muitas vezes, os problemas que estão a correr cá fora e, estes são assuntos que os alunos também vêm na televisão e discutem e trazem para a escola, nós discutimos, obviamente… (…) Há sempre uns bocadinhos para se falar sobre essas coisas com os alunos (…). (84)

1.2. Manual (…) Os manuais adoptados no 7º e no 8º são… (…) os mesmos autores. É

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o “Viva a História” da Porto Editora (…). (2) (…) a escolha dos manuais destes autores deve-se exactamente, ao facto de eles conseguirem ao longo do manual fazer uma coisa que eu acho muito interessante que é um paralelo entre a época da História que nós estamos a dar e a actualidade. (9) (…) eu vou focar muitas vezes o manual porque o manual é extremamente rico, porque aponta muitas pistas ao professor e a Internet é uma das pistas, (…) a defesa do património, a procura de património aqui à beira… no Concelho de Odemira e no Alentejo (…). (16) (…) mais uma vez vou falar no manual, porque o manual até foi escolhido por causa disso. O manual tem uma riqueza enorme em termos de fichas de trabalho. (…) ainda têm o caderno de actividades, que eles podem levar para casa (…). (44) (…) é um manual diferente. Estas autoras também são recentes e estou a gostar muito deste. Principalmente para o nível de alunos que tenho. Que é uma zona rural. Se fosse numa cidade não sei se escolhia este manual, se tivesse numa cidade (…). (53) (…) Em todas as unidades, praticamente, eles têm uma perguntinha, ou um assuntozinho qualquer que está relacionado com isto. (…) Fiz um levantamento, que (…) deu duas páginas inteiras, só vendo no manual as actividades relacionadas com a formação cívica. Eu nunca tinha feito isto na análise de um manual. Claro que nunca tinha feito isto de uma forma tão intensiva, não é? (…) às vezes são sete e oito e nove manuais para analisar (…). (93)

1.3. Actividades não curriculares

(…) Clube de Arqueologia e tenho agora o Clube de Jardinagem (…). (6) (…) Outra actividade que vai ser iniciada agora pelo Fórum Municipal, pela Câmara Municipal, o Parlamento do Jovem de Odemira e… (…) devem começar a movimentação e a mobilização dentro das escolas para surgirem listas para os alunos serem eleitos para a Assembleia Municipal do Jovem (…). (52) (…) Há o Clube de Arqueologia (…). (54) (…) Este ano comecei com jardinagem, porque se insere no tema da escola e o projecto é de 2 anos, (…) o Clube de Jardinagem (…). (56) (…) Há uma turma minha que está envolvida no projecto A Assembleia e a Escola, portanto a Assembleia da República. … (…) Estive envolvido no projecto, (…) incentivando os alunos a participar, … foi numa aula minha, por exemplo, que eles constituiram a lista, (…) também traçámos algumas ideias sobre como é que eles iriam defender o projecto deles (…) Mas houve um tempo na aula de História em que eles discutiram isso. (…) não estou na organização (...). (79) (…) A elaboração de um projecto na área disciplinar não curricular da Área de Projecto, (…) em que os alunos aprendam todas as metodologias todas de elaboração de um projecto, como é que se faz e (…) tenha como objectivo final a visita a um lar da terceira idade (…). Fazer um projecto para reunir material escolar para enviar a uma escola de Timor, que é uma coisa que já se fez, por exemplo, mas que se pode fazer relativamente a alunos da Guiné Bissau, ou de Moçambique, por exemplo. São duas actividades em que eu acho que posso desenvolver as competências (…). (89)

2. CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS SOBRE O PROGRAMA / CURRÍCULO DE HISTÓRIA

2.1. Interpretação do programa / currículo

(…) Através da apresentação do património histórico é constante ao longo do programa do 7º e do 8º ano (…). (23) (…) A História tem dois conceitos que são extremamente difíceis para os alunos, que é o conceito de tempo e o conceito de espaço. (…) nesse aspecto a História é uma disciplina… que eu diria mesmo essencial(…). (59) (…) Por outro lado, a transmissão de valores, que nós vamos buscar à História. A transmissão de um sentido de pertença. Transmitir aos alunos que eles pertencem a alguma coisa e que eles fazem parte de um país, que eles pertencem a um país, que eles pertencem a um todo. Um todo que tem uma história, que não é um todo que existe há 2 ou 3 anos. E fazê-los sentir (…) que isso é importante para o crescimento deles E sentirem que não são assim uma coisa que surgiu do nada, mas que para trás deles está um todo… eles carregam uma história e uma cultura… e muitas vezes eles não se apercebem dela. (…) E os pais, muitas vezes, também não têm

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competências culturais para lhes transmitir esses conceitos. Acho que a escola aí é importante, através da disciplina de História para transmitir aos alunos aquilo que eles são, a identidade que eles precisam de conhecer. (…) É uma das disciplinas que mais participa para transmitir aos alunos… as competências de cidadania (…). (60) (…) O currículo mostra-nos (…) todos os aspectos praticamente da vida das pessoas, quer dizer, no aspecto religioso, no aspecto de cultura, no aspecto do respeito, do respeito pelo sexo oposto, no respeito pelo outro que é diferente, na participação. Em tomar iniciativas, na intervenção cívica, na intervenção na localidade, no conhecer, no investigar, no ir à câmara municipal procurar, buscar informação e ir à junta de freguesia procurar e ir buscar informação sobre a história, sobre a pinturinha, sobre a… A História é a disciplina por excelência, quanto a mim, para o desenvolvimento as competências de, de cidadania (…). (61) (…) O programa de História que está em vigor, salvo o erro, é um programa de 82 (…) que está para ser revisto e é provisório já há muitos anos… e nunca foi revisto, depois houve aquelas competências, aquelas competências, as competências quando veio a, a, a… (62) (…) A Gestão Curricular, sim. Aí entraram algumas indicações para… apareceu como uma (…) das principais competências a desenvolver na disciplina. Embora sejam objectivos, objectivos?! Competências muito… ditas de uma forma, como é que eu hei-de dizer… Larga, não é? Por isso mesmo tem que ser trabalhado pelo professor. São aquelas frases muito grandes, muito bonitas… mas depois, na prática o professor é que tem de as, de as desenvolver e de as trabalhar durante as aulas (…). (63)

2.2. Conteúdos

(…) em termos de currículo, (…) aparece o conflito israelo-árabe numa fase mais avançada (…) Quando nós falamos do povo, do povo Hebreu. (18) (…) no tema de Roma, (…) a diversidade de religiões que existem no Império Romano e já existiam na Grécia. (21) (…) nós tentamos fazer com que os alunos vejam como é possível haver várias religiões, coexistirem várias religiões num mesmo espaço… o século do ecumenismo. Ser possível as pessoas seguirem religiões diferentes e conviverem, que é um aspecto importante da cidadania (…). (22) (…) Depois nas Invasões Bárbaras, um bocadinho mais à frente entramos nos direitos dos povos, quando falamos nos povos e na selecção dos povos e na autodeterminação dos povos (…). (24) (…) Na Idade Média, uma época em que as mulheres eram muito… subalternizadas em termos sexuais e aqui fazemos uma ponte que leva à discussão sobre a igualdade do homem, igualdade da mulher na sociedade também fazer com que eles vejam que (…) às vezes é difícil que sejam eles próprios a ver a igualdade entre os homens e as mulheres. (27) (…) no 8º ano, na parte do concelhos e das cartas de foral e quando falamos sobre o poder autárquico, na intervenção que eles podem ter também num poder mais próximo deles, a intervenção cívica… (29) (…) Na Expansão tornamos a falar no encontro de culturas e no respeito pelas culturas e na colonização... Depois, é com a Amnistia Internacional e a parte da escravatura. (…). (30) (…) E os Direitos Humanos com a Revolução Francesa (…). (34) (…) Na Revolução Industrial há também uma parte muito importante de debate sobre a formação cívica, a industrialização e o ambiente (…). (36) (…) o tema relacionado com a imigração e a emigração, o movimento de pessoas, de povos, o encontro de povos e o encontro de culturas, normalmente estamos a dar isso retirado do programa do, do… 8ºano (…). (38) (…) Aqui aspectos… relacionados com cidadania é evidente que estamos a pensar no património. Património, defesa do património, preservação do património, protecção do património (…). (51) (…) Eu destacaria a parte da Grécia… que é muito importante (…) por causa do modelo de democracia e do modelo de sociedade. Depois acho que a Expansão também é muito importante, porque as descobertas… e o contacto com outros povos, com outros continentes… (…) Acho que há outro momento que também é importantíssimo que é a (…) Revolução

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Francesa, revoluções liberais, Direitos Humanos… (…). (64) (…) conforme a matéria de História vai decorrendo, nós vamos abordando determinados temas e, eh… realizei debates relacionados com a democracia na Grécia Antiga, por exemplo, a cidadania na Roma Antiga, … Direitos… Isto (…) relacionado com o 7º ano. … Relativamente ao 8º ano, os dois temas mais importantes e que levam a que nós possamos desenvolver com os alunos actividades relacionadas com a, com a cidadania é a questão dos Descobrimentos e as relações interculturais dos continentes. A Expansão, o encontro de povos, o encontro de culturas, costumes, tradições, o respeito pelo outro, as religiões diferentes, … essa parte em que o mundo se torna uma (…) aldeia global, mas em que pela primeira vez todos os povos do mundo ficam em contacto uns com os outros e em que os europeus têm conhecimento da existência de outros povos diferentes (…). (72) (…) Depois, mais recentemente, ainda no 8º ano, abordámos o tema dos Direitos Humanos, portanto a Revolução Francesa, a Declaração Universal dos Direitos do Homem (…). (74) (…) as questões dos ideiais iluministas, a defesa da liberdade, a liberdade de expressão (…). (77)

2.3. Planificações

(…) uma das matérias que nós demos até hoje e que estavam planificadas (…). (10) (…) As competências para a cidadania. … sempre, porquê? Porque, embora isto… embora isto não seja escrito… está escrito. Está escrito nas atitudes… Agora estava a pensar na planificação e estava agora a ver apenas os conteúdos e estava-me a esquecer de que há aqueles pressupostos iniciais que têm a ver com as atitudes e os valores, não é? E os alunos não aprendem nada se eles não se souberem comportar na sala de aula (…). (57) (…) E as normas e o comportamento na sala de aula, mas isso é uma coisa que eu hoje já não me lembro disso porque já está interiorizado e já não preciso de planificar isso porque já está interiorizado. A prática já faz com que eu actue dessa maneira… Porventura, até deveria escrever, não é? (…) (58) (…) esta fase em que estamos a passar agora neste momento, não é? Estamos a passar agora essa fase (…). (75)

3. CONCEITO DE CIDADANIA 3.1. Definição de

cidadania

(…) o homem tem hoje a responsabilidade daquilo que faz e a intervenção cívica (…) e é sempre nesse aspecto que nós tentamos falar (…). (15) (…) eu não sei se está relacionado com a cidadania, mas(…). (46) (…) Não sei se terá alguma coisa a ver… Porventura, é capaz de ter (…) nós tivemos a falar na sociedade romana e aquilo é Culto ao Imperador, lá estamos outra vez a falar de religiões, não é? Às tantas até tem a ver com a cidadania…ehm… e é capaz de ter… e tem a ver também com a preservação do património (…). (48) (…) a sociedade não acaba no portão da escola… Hoje ouvi uma coisa engraçadíssima, por causa deste problema que está a surgir agora, do Procurador da República que dizia que a escola (…) não é uma ilha dentro da sociedade e… (…) Se uma arma de fogo passa para dentro da escola, quer dizer que os tribunais já não podem actuar dentro da escola? Podem e devem, não é? Se os tribunais souberem, mas, para isso, é preciso que a escola faça o feed back (…). (83) (…) Cidadania? … Educação, disciplina … a terceira está um bocado mais difícil. E solidadriedade (...). (85) (…) Educação… porque… e eu aqui quando estou a falar de educação, estou a falar em educação/formação, estou a falar não só numa pessoa que é educada com as outras pessoas… educada, isto é, bem formada … e (…) um aluno que anda numa escola que lhe consegue transmitir ou consegue desenvolver determindas competências na área das atitudes e dos valores, esse aluno está mais bem preparado para ser civicamente um cidadão activo e tudo pela positiva. Neste aspecto da educação, aí a escola tem um papel extremamente importante. Eu quando falo em educação/formação é nesse aspecto, na importância que a escola tem em formar… formou-nos a nós e, agora, está a formar os jovens do futuro e a escola será sempre uma formadora. Embora a escola não possa fazer tudo sózinha, a família também tem que colaborar Mas… (86)

127

(…) Disciplina porque… Eu acho que, eu considero que… não há… Posso estar a entrar em conflito com outras formas de pensar, mas na minha ideia… a disiciplina é uma forma de nós atingirmos… (…) determinadas aprendizagens. (…) ao estarmos a adquirir regras. (…) A disciplina aqui, surge-me como um indivíduo que acata, por exemplo, a autoridade da polícia. (…) E também as hierarquias… (…) aceitar, sempre com um espírito crítico, óbvio, mas aceitar as hierarquias. Não as chefias, mas respeitar as hierarquias (...). (87) (…) Ah! A solidariedade porque acho que o mundo precisa (…) e haver entreajuda (…). (88)

3.2. Competências transversais / disciplina autónoma

(…) Eu acho, eu considero que devem ser transversais no curriculo. (…) porque isso é uma forma de fazer com que os professores trabalhem em equipa que é muito importante. E a tendência que os profesores têm, e isto não é uma forma de crítica ao trabalho dos professores, antes pelo contrário, mas o professor tem tendência a fechar-se sobre si mesmo (…) fica fechado e cristaliza e não evolui. Se o professor não se isolar e trabalhar com outros colegas, de certeza que vai aprender muito, e vai aprender muitas coisas e os projectos ficam muito mais ricos se envolver um conjunto maior de professores (…). (90) (…) A disciplina de Formação Cívica eu vejo-a de uma forma muito negativa, (…) porque ela é usada pelos directores de turma… (…) mas também um pouco, digamos, por indicação dos órgãos de gestão que… para desenvolverem actividades burocrárticas da direcção, da direcção de turma. (…) Há um desiquilibrio, às vezes, na forma como essa área disciplinar não curricular é gerida. (…) Não como um programa, (…) seria bem-vindo um guião, digamos, um conjunto de orientações sobre actividades possíveis desenvolver na Formação Cívica. Não com obrigatoriedade, mas sempre adaptável ao aluno que se tem à frente. (…) (91)

4.1. Formação

(…) É o 400 (…). (1) (…) Licenciatura em (…) História, variante de Arqueologia (…) E a habilitação profissional… (…) profissionalização em serviço. (3) (…) A minha formação inicial é a História, variante de Arqueologia, do científico. Não, não fiz nenhuma pós-graduação, nem nenhum mestrado. (…) Desde que sou professor, tenho frequentado acções de formação… Praticamente todas as temáticas: História, a Natureza, a Natureza e o ambiente, a informática, por exemplo as TIC (…). (65)

4. PERCURSO PROFISSIONAL

4.2. Percurso profissional / influência na promoção de cidadania

(…) cargos exercidos... (…) presidente 3 anos; vice-presidente fui 2 anos; secretário fui 3 anos e fui ainda delegado do conselho directivo (…). 10 anos de gestão. (4) (…) Fui 4 anos director de turma. (5) (…) O Clube de Arqueologia (…) foi extremamente enriquecedor para mim, porque nunca pensei que os alunos se envolvessem duma forma tão (…) emotiva (…). Acabou porque eu fui para o órgão de gestão (…). (55) (…) tudo aquilo que eu fui conseguindo ao longo da minha vida foi por fazer sempre as coisas da forma correcta, entre aspas, ou seja, eu nunca consegui atingir os meus objectivos (…) sem seguir as regras. (…) Tentei sempre estudar, porque me disseram que estudar era bom (…) para mim, sobretudo para mim e porque vale mais que tudo. E isso é um ensinamento muito grande e eu percebi isso. E eu hoje tento transmitir a mesma coisa aos meus alunos, Porque eu vi que consegui chegar aonde cheguei, estudando (…). (69)

5. PERCURSO PESSOAL 5.1. Áreas de

interesse

(…) para além da História… Há uma área que me interessa também que é a Natureza… relacionada com o ambiente… a Arqueologia tem muito a ver com o ambiente e gosto muito da Arqueologia da Paisagem (…). (67) (…) Passatempos (…) mas não tenho muito tempo para passar, porque o tempo é para corrigir testes e… (…) neste momento é natação, é um dos meus passatempos (…), caminhar … e depois também gosto de ver fotografias (…). Ler, não é uma das minhas preferências (…) gosto muito de ler assuntos relacionados com a economia. Leio principalmente os semanários. (…) a investigação histórica, que é uma coisa que eu faço (…) e pretendo publicar um pequeno livro sobre a história da Misericórdia de Santa Comba Dão. E neste momento eu estou a (…) fazer investigação sobre a temática que é a 3ª Invasão Francesa… entre Viseu e a Batalha do

128

Buçaco, especificamente essas áreas (…). (68)

5.2. Percurso pessoal / influência

na promoção de cidadania

(…) Associação de pais sim, este ano. (…) Pertenci à direcção de uma cooperativa de habitação. (…) investigação na História, claro (…). (7)

(…) estou na associação de pais (…). (66) (…) Eu acho que o facto de ter uma vida familiar estável, tradicional, a

chamada família tradicional… não me dá mais capacidades para eu poder transmitir aos meus alunos as competências de cidadania. Acho que (…)

conseguiria fazer isso na mesma (…). (70)

6. IMPACTO DO ESTUDO

6.1. Impacto pela participação no estudo

(…) Muito mais. Muito mais porque… e vou dizer porquê. Eu, quando tu me convidaste para me fazer a entrevista, eu fiz uma coisa que nunca tinha feito, que foi: Peguei (…) no manual de História e do princípio ao fim, isolando tudo o resto, fui ver no fim de cada unidade, de que forma é que os autores abordavam a cidadania… dentro dos conteúdos. (…) E não há dúvida que eles se preocupam (…). E nunca tinha feito este exercício de cidadania (…). (92) (…) Fiquei mais desperto, ainda por cima depois por ver que são assuntos, normalmente, que os alunos também estão despertos para eles, não é? E são aulas em que eles participam com muito mais… (…) com mais gosto, a discutir os assuntos do dia-a-dia e dão a sua opinião e eles gostam muito de dar a sua opinião (…). (94)

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Apêndice G - Grelha de categorização da informação

Entrevista da Ana

Categorias Subcategorias Indicadores

1. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 1.1. Metodologia /

estratégias / actividades / recursos

(…) Fizemos um debate… (…). (10) (…) Visitas de estudo (…) ao Museu Militar (…). (11) (…) E… normalmente uma das actividades… (…) que costumo fazer (…) logo no início dos totalitarismos é uma leitura de um excerto do Mein Kampt e leituras da Declaração Universal dos Direitos do Homem, fazemos a comparação e depois peço-lhes um trabalhinho de pesquisa, que eles depois apresentam e debatemos, onde é que os direitos do humanos e do cidadão não estão a ser respeitados nos dias de hoje. (…) (14) (…) utilizam a Internet e… (…) também usam livros (…). (16) (…) normalmente eles visionam a Lista de Schindler e é um filme que lhes toca muito (…). O valor da vida que é completamente menosprezado (…) aquelas pessoas não tinham quaisquer direitos, quer dizer, nem direito a existir, quanto mais a ser… a ter cidadania, a exercer os seus direitos de cidadania. (…). (17) (…) são dossiers que estimulam o saber mais e, se calhar fogem um bocadinho do simples ditar a matéria, e, portanto… (21) (…) no dia 10 de Dezembro, Dia dos Direitos Humanos, este ano os miúdos foram pesquisar, colaram cartazes à frente da entrada da escola. Estiveram a recortar jornais para fazer letras e fizeram letras gigantescas mesmo, que viam da rua, com a chamada de atenção para o Dia do Direitos Humanos, Dia da Amnistia Internacional e no 25 de Abril, que se fazem sempre, faço sempre imensas actividades. Uma delas e a mais marcante aconteceu há 4 anos, (…) conseguimos trazer a Iva Delgado, portanto a filha do Humberto Delgado, a fazer uma, enfim, assim uma dissertação só para alunos do 9º ano. (…) e foi um sucesso, porque depois foi aberto à comunidade (…). (34) (…) Além disso ainda fizeram uma exposiçãozinha de cartazes (…). (35) (…) os totalitarismos (…) eles fizeram a leitura antecipada, os alunos, do Diário de Anne Frank e (…) já começaram hoje a apresentar os trabalhos … sobre o livro com duas vertentes: a vertente… biográfica, (…) E, a segunda parte do trabalho tem uma visão pessoal, um comentário pessoal ao livro. (…) há-de haver (…) uma confrontação de ideias sobre o que é que cada um achou (…). (36) (…) primeiro na noção de direito e dever, a noção de cidadania, no Mein Kampt, exclui, à partida, determinadas pseudo raças, não é? Aquelas que eles consideravam raças inferiores e fazemos a comparação e o debate (…). (38) (…) a comparação com esses Direitos Humanos e a violação dos Direitos Humanos na Actualidade (…) que ninguém pode ser descriminado pela sua raça, religião, credo ou o que quer que seja (…). (40) (…) Agora estamos a ver (…) este documentário faz uma evolução desde das primeiras leis de Nuremberga até à, ao encerramento em guetos e depois a Solução Final (…). (41) (…) tivemos a ver o documentário, fez-lhes muita impressão a cara sorridente dos SS, quando estavam a enforcar judeus (…) polacos que se tinham revoltado no gueto. Portanto, eles percebem a noção de bem e de mal, e percebem que há pessoas que estão a ser tratadas como não pessoas. (…) Se calhar não têm essa consciência logo, se calhar que para eles não é uma coisa clara como um conhecimento qualquer que eles tenham que, enfim, explanar, por exemplo, num teste ou noutra coisa qualquer (…). É a percepção das atitudes (…). (43) (…) Comemora-se o Dia da Europa, o que é ser cidadão europeu (…). Normalmente faz o grupo do História, o de Francês, o de Inglês, portanto comemoramos conjuntamente (…). Assim especificamente da cidadania (…) No 25 de Abril (…) fazemos um conjunto de actividades que estão relacionados, desde exposição, entrevistas, tratamento de informação (…). Não é a emancipação, mas as diferenças sociais, especialmente no campo

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feminino do antes e depois do 25 de Abril (…). (45) (…) uma das actividades que eu, que eu privilegio é, dando-lhes informação primeiro, normalmente um debate ou uma mesa redonda, se calhar escolhendo um grupo para defender um lado, outro grupo para defender o outro em que cada um tivesse que esgrimir os seus argumentos. (…) (47)

1.2. Manual

(…) É o… da Lisboa Editora. (…) (2) (…) Eu gosto muito do manual, lido muito bem com aquele, já não é a primeira vez que o uso… (…) uma coisa que eu gosto é que, por exemplo, os dossiers… (…) têm a ver com a matéria, (…) têm a ver com os conteúdos leccionados, mas que estimulam outros saberes, outras competências e, se calhar, … que se ligam a essa tal cidadania.(…) (19) (…) Eu gosto muito (…) daquele manual (…). (22)

1.3. Actividades não curriculares

(…) Tive o Clube Europeu (…) … tive o Clube Geo-História. (…) colaboradora no jornal da Damião de Odemira (…). (5) (…) Parlamento do Jovens, a nossa escola já fez a selecção do grupo, (…) eu sei que a lista da minha turma não venceu (…). (42)

2.1. Interpretação do programa / currículo

(…) especificamente na disciplina de História, eu acho que agora as matérias se propiciam, até porque eu vou entrar nos totalitarismos, não é? (…). (13) (…) o nosso programa e as orientações curriculares do ministério… fazem muito apelo à promoção para a cidadania. Foram aquelas competências todas (…) (24) (…) O programa pede-nos exactamente para nós os alertarmos para a situação de ser cidadão numa sociedade, em que é preciso respeitar os outros, em que é preciso intervir, em que é preciso ser… (…). (27) (…) vou ser demagógica, mas… eu acho que é a disciplina mais interessante de todo o currículo. (…) é uma disciplina (…) de lhes fazer ver o mundo e (…) que é tão transversal, que lhes dá ferramentas tão úteis para a sua vida… abstraindo-nos do facto deles terem memorizado, ou de saber, ou conhecer algumas datas, alguns acontecimentos, balizas temporais, saber localizar no espaço e no tempo… (…) é uma disciplina que é transversal, que lhes dá ferramentas úteis para a sua vida (...) pessoal, profissional e tudo mais. (…) é a barra, a trave mestra, digamos assim, da própria cidadania, (…) Claro que eles têm livre arbítrio, claro que eles podem… argumentando (…) dizer que concordam ou que não concordam com determinada figura, personalidade, as suas medidas, mas nós mostramos os 2 lados da questão. (…) ao ser social, da pessoa integrada na sociedade e que tem que respeitar (…) mostramos (…) quem não respeita e quem abusou deste papel, enquanto (…) detentor do poder. (…) não se percebendo, interiorizam valores de cidadania. Eu acho que não há disciplina nenhuma que tão bem dê esta visão do homem no mundo e do homem na sociedade (…). eu acho que a nossa disciplina, História, dá-lhes uma competência a nível superior (…). Só tenho pena que uma disciplina como a nossa esteja cada vez menos valorizada, isso em termos da redução das horas… (…) Parece que a História não interessa nada (…) está desprestigiada e está desvalorizada. (…) E o próprio sistema também não lhe dá o valor suficiente. Até porque os miúdos às vezes reproduzem o facto de… “Isso da História? Isso são gajos que já morreram há tantos anos. O que é que isso interessa? Saber datas e, e…”. (…) atrás das datas vêm as tais ferramentas que lhes permitem conhecer o mundo e… conhecerem-se a eles próprios e os limites do seu próprio espaço, porque não pode colidir com o espaço do outro, deixa de ser respeitado e, se deixa de ser respeitado e se deixa de se respeitar, pois a cidadania foi-se (…). (28)

2. CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS SOBRE O PROGRAMA / CURRÍCULO DE HISTÓRIA

2.2. Conteúdos

(…) Dentro da sala de aula quando falei da emancipação, o tema da emancipação feminina, no início do século, a luta em vista ao sufrágio universal… falámos das questões de ser homem, de ser mulher, direitos e deveres na sociedade.(…) (9) (…) no caso da emancipação feminina, (…) no caso dos totalitarismos, (…) as grandes assimetrias entre o Norte e o Sul, entre os países desenvolvidos e os países menos desenvolvidos (…). (20) (…) acho que há épocas e… se calhar… Os Descobrimentos e a escravatura, (…) todo o século XX e principalmente o período de entre

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guerras (…). Claro na Revolução Francesa (…) quando se toma uma verdadeira consciência do ser cidadão. (…) Ligado à União Europeia, o que é ser cidadão europeu e… também no 9º ano (…) tocares mais aprofundadamente ou menos aprofundadamente as questões de cidadania (…). (30)

2.3. Planificações

(…) planifico, tiro cópias antes, que a maior parte das coisas… destes joguinhos… (…) é necessário planificar (…). (18) (…) ponho-as nas planificações a longo prazo e depois a curto prazo por período… (…) aliás foi-nos pedido pela coordenadora que assim fosse. (…) nessas competências apelam aos valores de cidadania.(…) (25) (…) Já comecei a dar os totalitarismos, já estou a terminar (…). (35) (…) Na planificação e que estamos a comparar o que é que… (…). (37) (…) também como tens na planificação (…). (39)

3.1. Definição de cidadania

(…) não sei, assim… das técnicas de guerra, ainda a participação de Portugal na Primeira e na Seg… Primeira Guerra Mundial (…) desde as Invasões Napoleónicas (…). Portanto, não tem propriamente assim a ver com cidadania, propriamente, mas enfim… (…). (12) (…) Em Portugal, normalmente e é uma coisa que eu acho estranha os alunos não tem tendência, (…) para encontrar exemplos deste incumprimento, dos direitos e deveres de cidadania. (…). (15) normalmente eles visionam a Lista de Schindler e é um filme que lhes toca muito (…). O valor da vida que é completamente menosprezado (…) aquelas pessoas não tinham quaisquer direitos, quer dizer, nem direito a existir, quanto mais a ser… a ter cidadania, a exercer os seus direitos de cidadania. (…). (17) (…) Implica interiorizar valores (…) (29) (…) num debate, vês sempre através da forma como eles intervêm e defendem as suas posições, (…) com base na observação directa, não faço nada escrito, onde fixe as suas aprendizagens em termos de cidadania (…). (44) (…) Direito, dever e respeito. Porque os nossos direitos são tão importantes como os nossos deveres. Nenhum de nós pode esquecer que temos direitos, mas também nenhum de nós pode esquecer que temos deveres (…) são conceitos talvez no mesmo patamar em questões de importância. Porquê ligado com a cidadania? Porque nós, os cidadãos que vivemos em sociedade, temos deveres e principalmente esses deveres implicam o respeito pelos outros, mas também temos direitos e temos… conquistas (…). Ao abdicarmos deixamos de ser cidadãos completos. A cidadania para mim, o cidadão completo é aquele que está consciente dos seus direitos, daquilo que pode fazer, mas também aquilo que deve fazer e ao mesmo tempo, respeito pelo dever e pelo direito do outro. E, portanto, estas três coisas para mim aparecem quase como indissociáveis (…). (46)

3. CONCEITO DE CIDADANIA

3.2. Competências transversais / disciplina autónoma

(…) tenho uma fichinha que costumo fornecer em Formação Cívica (…) onde se vê muito bem os valores de cidadania que lhes são transmitidos, especialmente em casa, os valores culturais que estão de tal maneira arreigados. (…) … muitas destas coisas são filtradas por um passado que eles têm cultural que é difícil apagar (…). (18) (…) Tenho dúvidas porque numa disciplina autónoma poderia ter vantagens, por outro lado poderia ter desvantagens. Vantagens era realmente incidir o nosso tempo, os nossos 45 minutos, incidir sobre aspectos da cidadania. Mas tu isso hoje tens em Formação Cívica, embora nós saibamos que a Formação Cívica, muitas vezes, é usada para aspectos puramente burocráticos, para tratar da direcção de turma. No entanto, há aspectos que são trabalhados. (…) e que têm a ver com a cidadania (…) no aspecto da sexualidade, (…) E daí eu achar que não sei se será útil mais uma disciplina em que aborde estes temas. Por outro lado, vejo toda a vantagem que seja transversal, porque obriga, se calhar, também todos os professores, e não só os professores de História a reflectir (…) no aspecto que é muito simples, em que estamos a formar jovens e, portanto, não tem que ser deixado ao professor de História. (…) Tem que ser uma tarefa de todos nós, até porque somos adultos e eles são crianças (…). Não tem programa, mas tem umas linhas gerais. No Projecto Educativo tenho linhas gerais para a cidadania e temos temas que obrigatoriamente… tratados de forma diferente, mas são, desde os hábitos alimentares, à

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sexualidade, o ser cidadão (…). Eu acho que cada escola tem que saber e, dado que se fala tanto em autonomia, eu penso que cada escola no seu meio, no seu contexto, tem que saber definir estas linhas gerais a serem tratadas pelos docentes que leccionam Formação Cívica. (…) Eu penso que deve ser uma coisa a nível do contexto, a nível local, ao nível de escola (…). (48)

4.1. Formação

(…) 400. (…) (1) (…) Licenciatura em História. Profissionalização em serviço em 1992 (…). (3) (…) a última que fiz foi da APH e era sobre a sexualidade no Ocidente Europeu (…). (6) (…) Em História. (…) Universidade Lusíada (…) em Lisboa… E… depois (…) o estágio em serviço pela Universidade Aberta (…) todo o meu percurso em contacto com o ensino público, diferente em todos os lados do país, (…) aprendi à minha custa. (…) sempre privilegiei (…) a minha área. (…) se calhar, mais do que ter créditos, uma necessidade que tinha de saber, aprofundar determinados assuntos.(…) (32)

4. PERCURSO PROFISSIONAL

4.2. Percurso profissional / influência na promoção de cidadania

(…) Fui Coordenadora de Departamento, também… fui só Coordenadora de Departamento. (…) (4) (…) profissional sim, pertenço à APH (…). (7) (…) o nosso papel enquanto professores, mas também o nosso papel enquanto formadores (…) a nossa transmissão de valores, quer seja numa visita de estudo… (…) que não podem agredir os colegas, que têm que se respeitar uns aos outros, não podem deitar lixo no chão, que têm que respeitar o sítio onde visitam, as pessoas com quem falam… (…) mesmo dentro do espaço escolar, o facto de nós todos apelarmos a que eles sejam civicamente… competentes e que respeitem regras e que respeitem os outros… (…) tudo faz parte do processo de transmissão de valores (…) alguns valores que aprendem que têm quando acabam o 9º ano, alguns valores que já estão interiorizados foram aprendidos na escola. (…) um dos papeis principais coube-nos a nós, enquanto formadores. (…) coube-nos a nós enquanto professores (…). E aí eu acho que a escola é importante. (…) não posso destacar, porque eu acho que tudo é importante o que nós fazemos. (…) (23)

5.1. Áreas de interesse

(…) gosto muito de ler e a leitura para mim é um escape. (…) Astronomia, sou fã absoluta. (…) meus animais de estimação (…). Passatempos, (…) enigmas matemáticos e sudokus. (…) Para além da praia (…). (8)

5. PERCURSO PESSOAL 5.2. Percurso

pessoal / influência na promoção de cidadania

(…) valores de cidadania, (…) muito do que nós fazemos, muitas vezes até mesmo inconscientemente, apelam para essa consciência. (…) (26) (…) Embora, algumas sejam transmitidas, sem ser necessário, digamos assim, estar no programa, porque tu transmites enquanto pessoa, valores enquanto pessoa, tu transmites valores aos teus alunos (…). (31) (…) No fundo nós carregamos todas as nossas experiências e quando as carregamos também as transmitimos. (…) A nossa maneira de ser, a nossa maneira de estar com os alunos é diferente, nós moldamo-nos e o facto de nos moldarmos a realidades diferentes… acabamos por transportar connosco este moldar e acaba-se por se reflectir em tudo o que tu fazes, acho eu (…). (33)

6. IMPACTO DO ESTUDO

6.1. Impacto pela participação no estudo

(…) Fiquei. (…) Não é uma coisa que tenha feito, assim, conscientemente e que tenha alterado muita coisa relativamente às minhas planificações, não alterei. Mas, se calhar, tive mais atenta ao nível das atitudes dos alunos, (…) que transparecem esse tal respeito pelo outro, o ser cidadão, o ter maior noção dos seus direitos, dos seus deveres, o não atropelar os direitos do outro. Se calhar estive mais atenta. (…) (49)

133

Apêndice H - Grelha de categorização da informação

Entrevista do Fernão

Categorias Subcategorias Indicadores

1. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS !.1. Metodologia /

estratégias / actividades / recursos

(…) suscitei debate acerca da condição das mulheres na Grécia passando para a actualidade. Do próprio, acabou por surgir a conversa do racismo em relação à questão dos metecos, novamente o clássico. E … em relação ao próprio funcionamento do sistema democrático. (…) (10) (…) racismo a nível de debate, uma questão de organização do poder e acabámos por passar um apontamentozinho para o caderno, que não será objecto, obviamente, de avaliação. Mas … eu penso que só o acto de escrever do que é a separação dos poderes, nós elegemos quem? Os deputados, etc., etc., etc… (…). (12) (…) Quando se falou da questão dos Hebreus… eu fiz já no ano passado tinha feito, um quadro com comparação das 3 religiões. E acabou por suscitar algum debate… Cristianismo, Judaísmo e Islamismo… em relação ao mundo islâmico, etc. (…) Houve uma aluna que, por interesse pessoal, (…) desenvolveu um trabalho a propósito do conflito do médio oriente, israelo-palestiniano. (…) (14) (…) O que se passa no debate destes temas é que, geralmente é difícil fazê-los porque os alunos não demonstram interesse. E, portanto, temos que ser nós a motivar esse interesse (…). (15) (…) 8º. A propósito dos Descobrimentos, (…) houve a concretização de alguns debates… (…) dos contactos culturais sobretudo com os povos africanos. (…) (17) (…) A nível de sala de aula, de debate e… (…) a única vista de estudo que fiz foi à Caravela Boa Esperança. (…) o que é interessante e que acaba também por desenvolver alguns conteúdos para perceber como é que, como é que eram os jovens dos nossos Descobrimentos, o povo anónimo. (…) Este ano vou aproveitar uma outra visita a Lisboa e vamos no 8º ano ver o conjunto dos Jerónimos, Torre de Belém… (…). A nível da Caravela Boa Esperança, por comparação entre um discurso oficial, de certa forma de alguma grandiosidade dos Descobrimentos Portugueses com as reais condições de vida a bordo. Quem é que fez, efectivamente, os Descobrimentos? Além do nosso Infante D. Henrique, não é? Aqueles homens, todos eles anónimos dão o entendimento de que os grandes projectos nacionais, se eram projectos, não é? (…) Têm que contar com uma enormidade de povo anónimo miúdo e que muitas vezes não sabe o que está a fazer, não tem consciência disso. Das visitas de estudo? (…) (27) (…) um trabalho que vai durar até ao final do ano. Propus aos alunos, (…) uma tentativa de recolha de imagens, de recordações em casa ligadas à Guerra Colonial e contactar com os pais, portanto, e acaba por ser nalguns casos mais os avós e a vida nos Anos 60. (…) fazer, depois, uma exposição com esse material (…). (31) (…) Se bem que eu tenha sempre é medo, quando se faz a ponte do passado para o presente de gerar alguns anacronismos e de nalgumas franjas da turma poder suscitar uma série de confusões… (…). Os alunos tendem a fixar ou a reter alguma informação que pode ser dada relativa ao presente e confundirem-na com o passado. E depois dá umas piadinhas giras nos testes, não é? (…) (34) (…) a democracia directa, a nossa… por comparação com a nossa democracia representativa, o poder do povo, participa não participa, inclusivamente levantando as questões, qual era o povo que participava em Atenas, nem toda a gente exercia o seu direito, nem toda a gente exerce o direito também na democracia portuguesa de ir votar, etc. (…) O aproveitamento ainda a nível do 7ºano da comparação das três religiões, (…) (59) (…) estou na Segunda Guerra Mundial aliás (…) vimos do Século do Povo o episódio referente ao racismo alemão. E, devo-te dizer que eu tinha uma certa curiosidade em ver como iria ser, como é que era a reacção dos alunos, porque havia (…) três alunas alemãs numa turma relativamente

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pequena são dezasseis (…) mas correu muito bem (…) (63) (…) Com debates (…) eventualmente algum apontamento mesmo… (…) seja de comparação das religiões, do funcionamento do regime democrático em si (…) (65) (…) um levantamento etnográfico, (…) de cartas aquilo que tivessem ligado à Guerra Colonial ou, de um modo geral, ao Anos 60. (…) A verdade é que tive esta ideia, mas depois não a desenvolvi. (…) Pensei, mas não concretizei. (…) (67)

1.2. Manual

(…) 7º é o Oficina da História, 8º é o Viva a História e no 9º é o aquele da Porto (…) (2) (…) utiliza-se na exploração de alguns textos, estou-me a lembrar dos do 9º ano e de imagens… é graficamente bom. É um manual bom. E mesmo o do 8º ano, aquela ponte que faz entre o passado e o presente (…) é um bom manual. (…) (33)

1.3. Actividades não curriculares

(…) Tenho a meu cargo, neste momento, o Clube da Rádio, tive o Clube do Xadrez (…). (5) (…) Extra-curricular? Sim. Eu tenho também o Clube de Rádio, que pela sua relação que é suposto ter com a comunidade escolar, a recolha de notícias, não é? Reportagem, o contacto com os colegas, a dar a voz a todos os colegas, seja de que ciclo forem, das outras turmas entrevistá-los, etc., neste estabelecimento de relações interpessoais e… na procura das notícias, também desenvolve competências de… cidadania. (…) (30) (…) No ano passado tinha o Parlamento dos Jovens, também. Este ano não tenho. (…) (32) (…)o Parlamento dos Jovens no ano passado, (…) não funcionou bem, no entanto, foi positivo, quer dizer, (…) acabou por só haver uma lista concorrente, não houve debate. Ao fim ao cabo, o debate foi feito entre os elementos da lista, preparou-se os alunos, foram a Beja, perceberam mais ou menos o funcionamento do Método de Hondt, das eleições, portanto do funcionamento democrático. A esse nível, tudo bem. (…) Como é que funciona o sistema democrático, quando é que são as eleições, quando houve eleições, os cadernos eleitorais, aquela parte legal toda institucional (…). (35) (…) Inclusivamente depois os alunos até levaram alguma matéria das próprias aulas para o Clube de Rádio (…) (64) (…) A Rede de Bibliotecas Escolares (…) e Centro de Recursos Educativos (…) eu aí terei também que pensar e reflectir sobre algumas actividades (…) ligadas ao (…) agrupamento inteiro (…). A Hora do Conto (…) é um momento óptimo para se trabalhar a cidadania (…). (68) (…) Lembrei-me imediatamente na questão do Parlamento dos Jovens, porque existem os três, a participação e democracia, então, é evidente. A responsabilidade não tanto porque geralmente não tem grandes consequências (…). O ideal seria uma acção em que, de facto, houvesse um envolvimento alargado da escola e em que houvesse uma responsabilidade. A organização de eventos. A simples organização de um baile, aberta à comunidade escolar, (…) num lar da terceira idade (…) havia uma responsabilização, uma participação, uma interacção com outras pessoas e, portanto, havia (…) a participação e responsabilidade claramente definidas. (…) (71) (…) Actividades extra-curriculares, claramente (…). Por mais que pense nisso, são actividades muito complicadas para serem feitas no espaço aula. (…) (77)

2. CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS SOBRE O PROGRAMA / CURRÍCULO DE HISTÓRIA

2.1. Interpretação do programa / currículo

(…) se entenderes que na exploração do próprio conteúdo programático, sim. Por exemplo, vou tentar pensar por anos. (…) (8) (…) No 9º ano é quando a coisa se proporciona mais (…). (18) (…) A grande dificuldade é que, como é que consigo ent… com uma componente lectiva tão pequenina, com o tempo que… tenho, tenho um bloco de 90, 7º e 8º e um bloco e meio no 9º ano. Como é que consigo ter espaço para … desenvolver estas actividades e ao mesmo tempo cumprir o programa, (…) a nível… (…) eu quando chego para dar o 9º ano, geralmente antes fica-se ali pelo Antigo Regime, pouco se passou do Renascimento. E ao agarrar nisso, eu faço questão de dar (…) (19) (…) e tento acelerar ao máximo (…). (21)

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(…) já me passou pela ideia se não devia começar logo no, no início do Século XX e esquecer a Revolução Industrial, mas é-lhes difícil perceber algumas questões… (23) (…) é uma disciplina fundamental para o, para o ensino para a cidadania, não é? Já que esse é o tema. É… independentemente das actividades extra-curriculares que fizéssemos ou não, independentemente de eu poder aproveitar a situação das mulheres na Grécia para a comparar com a actualidade ou não, depois há essas discussões, pelos seus conteúdos, a disciplina é sempre educação para a cidadania, sempre (…). Ao fim ao cabo é quase a única disciplina que eles têm de conhecimento do mundo, História e Geografia. Dado o conhecimento do mundo social. Portanto, o que é fundamental para depois poderem ter uma acção e uma compreensão do mundo, em que isso… acaba por estar ligado. (…) (37) (…) O problema é que eu estando com eles uma vez por semana, no 7º e no 8º ano, … o que vai ficar no fim tem que ser sempre muito pouco. Acho que a grande questão está aí. O programa está bom, está certo, tem que ser aquele, mas não há obviamente tempo para, para leccionar o programa e para aproveitar o programa para formar cidadãos. (…) (38) (…) para mim a História serve para… deverá ter essa função de formar cidadãos, e não estou a formar futuros historiadores. A maior parte dos miúdos, no 9º ano, deixam de ter História. Se (…) não sou eu, em 90 minutos por semana, a falar de alguma forma… em questões que dizem respeito à formação do mundo, muito pouca gente mais o fará. Ao nível de escola não há, de facto, melhor do que a História. (…) (40) (…) Mas a História é a disciplina… por aquilo que me é dado a perceber, a única disciplina que efectivamente de forma concreta… os consegue estar a educar para cidadania e combater a tendência geral que é a escola como depositário de miúdos num parque, como os bebés têm um parque, do qual não podem sair, mas pronto, é assim. (…) (43) (…) Eu acho que há no programa de História… quando diz características do aluno competente (…) a nível do 3º Ciclo, (…) se nós lermos essas 5 ou 6, apenas há penso que 2, 3, não tenho aqui presente, que estão claramente ligadas à cidadania. As outras não são efectivamente ligadas à cidadania. E uma delas é uma cidadania que até pode ser duvidosa, que tem a ver com o sublinhar (…) do património português no contexto internacional, etc., com que eu concordo, mas que se fosse um objectivo no Estado Novo do Mussolini, estava lá na mesma. E depois, acho que há um último, (…) que diz respeitar outros povos e culturas, coisa desse género. Portanto, é pouco, no meu ver, para os objectivos gerais de cidadania e está lá porque… porque tem quase que estar obrigatoriamente. (…) (44) (…) Todos são é a resposta politicamente correcta… mas de facto, o programa do 9º ano é o mais adequado. É indispensável que seja dado. (…) Portanto, o programa agora é do 3º Ciclo, não é? Eu quando digo o programa do 9º ano, estou a pensar nos séculos XIX e XX, e não só o XX. (…) (46) (…) está indicado como um conteúdo de abordagem sucinta a Crise de 1929. Eu confesso que não faço da Crise de 1929 uma abordagem sucinta. É absolutamente necessário que os alunos entendam a Crise de 1929 para perceberem o crescimento das ditaduras e para perceberem que o próprio sistema liberal tem os seus pontos fracos. (…) (48) (…) que muitas vezes até cai fora do programa, que fica o apontamento feito. Mas não é questionado depois em termos de testes. (…) Sempre pensei que não seria correcto fazer questões de cidadania directamente, A nível de testes porque enfim, não incide directamente sobre a matéria, etc…. Nós temos um certo pudor, às vezes, nessas matérias, que se calhar deveríamos perder. (…) (66) (…) Se vierem alguns aspectos de cidadania resolvidos do 1º Ciclo, já não há os problemas que existem no 2º Ciclo e 3º. Nós no 2º e 3º estamos sempre a resolver problemas de cidadania quando estamos perante problemas disciplinares da turma. É aí que nós resolvemos a forma como nos entendemos. Mas esse trabalho pode ser feito a nível do 1º Ciclo. E se funcionar no 1º Ciclo, nós no 2º e 3º podemos avançar para outras questões. Enquanto essa convivência não ficar resolvida… (…). (69)

2.2. Conteúdos (…) No 7ºano nos conteúdos relativos à Grécia. (…) (9)

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(…) questão dos Hebreus (…). (13) (…) Descobrimentos (…) contactos culturais sobretudo com os povos africanos (…). (16) (…) Iluminismo, que eu acho que é um conteúdo que, que, que tem a ver com, com a cidadania… o Montesquieu (…) Rousseau… Iluminismo e depois então é que parto para a Revolução… parto para a Revolução Industrial (…). (20) (…) porque também do ponto de vista de conteúdos de cidadania e não só, toda a matéria do Século XX é fundamental para eles. (…) (22) (…) dou uma aula em que tento distinguir a proposta do Liberalismo da propostas Marxista… portanto, tentar fazer uma distinção entre as diferenças clássicas de Esquerda e de Direita ao longo do Século XX, de forma a eles entenderem o espectro político. Que não têm. (24) (…) Ao nível do 9º ano, ao fim ao cabo, estamos sempre a fazer de cidadania em todos os conteúdos, não é? (…) (26) (…) Que conteúdos? Eu acho que, de um modo geral, todos sem grande excepção. (…) a parte ideológica Liberalismo/Marxismo, (…) tudo o que vem após a Primeira Guerra Mundial, as ditaduras, a Segunda Guerra Mundial, etc… (…). (47) (…) Essencialmente nas aulas, no aproveitamento das questões que vêm nos programas. (…) A cidadania, ao fim ao cabo, acaba por estar sempre presente em quase todos os conteúdos. Haverá alguns conteúdos que se proporcionam de forma mais evidente e claro que é mais fácil de explorar (…) 7º ano … Na Grécia, a questão do racismo/xenofobia foi levantada com os, com a sociedade grega, a sociedade ateniense, os metecos… machismo, situação da mulher, etc., (…) Mais importante e directa, (…) ou mais tangível em termos de compreensão para a cidadania, a questão do funcionamento do regime democrático ateniense (…). (58) (…) Foi falado em relação ao regime romano, o regime político, mas talvez aí as questões sejam menos, sejam menos tangíveis, (…) falámos apenas de Cristianismo (…). No 8ºano, foram os Descobrimentos, (…) no Humanismo, Renascimento (…). (60) (…) Penso que também é uma questão muito importante do ponto de vista de cidadania o Humanismo, as concepções novas do mundo, o colocar em causa o mundo antigo, o que já tinha sido também… os dogmas antigos que já tinha sido também explorado na altura dos Descobrimentos. O 9ºano está sempre (…) (62)

2.3. Planificações

(…) essa aula, lembro-me (…) comecei numa aula de 90 minutos a pensar que era 45 minutos e as dúvidas suscitadas caíram na aula seguinte numa das turmas, portanto, só com esta noção. (…) (25) (…) Confesso que não. As planificações são feitas mais como uma obrigação do que outra coisa. (…) o que eu acabo por fazer é, faço a planificação no início do ano, não é? E raramente a vou ver, como é que estou, no meio do ano. A verdade é esta. Embora, eu do ano passado para este ano tivesse feito alguma… quer dizer, este ano fiz algumas alterações. Durante anos, no Secundário apresentava sempre a mesma planificação. (…) (36) (…) portanto estou muito atrasado no programa… (61) (…) sob pena de andar sempre a… ou a mentir quando preencho os papelinhos a dizer que cumpri o programa. Ou a dizer que não cumpri e sabe lá o que é que… como é que me podem avaliar dessa maneira (…). Eu acho que um dos grandes problemas é a carga horária que nós temos. Não dá. Duas… No 7º e 8º ano, então, com um bloco por semana é muito, muito complicado, trabalhar a coisa, difícil. (…) (78)

3. CONCEITO DE CIDADANIA 3.1. Definição de

cidadania

(…) Acho que as coisas estão longe de funcionar bem. (…) A escola não consegue sozinha transmitir as… fazer uma verdadeira educação para a cidadania… Aqui há uns meses, (…) a colega psicóloga que trabalha com crianças a nível do 1º Ciclo (…) dizia que tinha que haver um projecto pessoal de leitura, que as crianças que chegam ao 1º Ciclo para aprender a ler, umas têm um background que em casa os pais lhes lerem histórias, etc. e percebem a importância que é aprender a ler e a escrever. E então desenvolvem esse grande esforço e têm esse projecto pessoal, querem é aprender. E, pelo contrário, a maioria delas não tem essa noção, os pais não lêem em casa, ela não vê nada escrito, não… nem percebe, aos 6/7

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anos. Quando se entra para a escola primária, nem percebe que é importante aprender a ler. Ehh, eu acho que o problema que a escola, em grande parte, enfrenta agora, é exactamente esse, os alunos que não têm um projecto pessoal de conhecimento, neste caso é o de actividade… De cidadania. (28) (…) Participação. Democracia. Responsabilidade. Porque para exercer a cidadania é absolutamente necessário que haja uma participação na vida…Só se é cidadão pleno se se participar na vida política, na sociedade, no bairro, em todo o lado. Democracia porque pressupõe a participação, ao fim ao cabo democracia porque as decisões não devem vir de cima, devem pertencer a todos nós, aos cidadãos. Aliás esse termo, em termos históricos, o cidadão vem ligado à Revolução Francesa. Tem a ver com a igualdade e com nós tomarmos as decisões. Responsabilidade, porque (…) essa decisão e essa participação tem que ser responsável e as pessoas devem ser responsáveis e responsabilizadas pelas decisões que tomam, ou seja, aquele que não é cidadão é aquele que, no fundo, foge às suas responsabilidades também. Portanto só se pode ser cidadão responsavelmente. Quem não quer participar, quem não aceita a democracia, em princípio não pode ser responsabilizável. Vem lá de cima, (…) é educado a aceitar as coisas como são. (…) (70) (…) As pessoas… não são só os alunos, as pessoas, os cidadãos de Portugal, neste caso a maior parte acabam por ser habitantes e não cidadãos, (…) não sabem, quando ouvem as notícias, o que quer dizer o Promotor Público, o que quer dizer o Procurador-geral da República, quem é este, quem é aquele, não sabem bem se estão a eleger um deputado ou a eleger um Primeiro Ministro, quando votam, não sabem. Não sabem como é que as coisas funcionam (…) eu acho que mais de 50% não sabiam o que era o veto, francamente. (…) As pessoas não têm vocabulário, nem ideia de como é que efectivamente funciona o sistema a nível nacional. Se calhar têm uma ideia mais clara a nível local porque têm a sensação votam na pessoa que está na Presidência da Câmara ou na Junta, etc. (…) como estão próximos conseguem percebê-lo. A nível nacional, as pessoas não percebem, não entendem e depois não querem saber nem entender. As coisas parece que vêm de cima. São feitas porque vêm de cima, mas não há de facto uma compreensão do funcionamento do sistema. E isso era importante que isso, efectivamente devia ser um conteúdo obrigatório para formar cidadãos. Nós não podemos formar cidadãos que acabam a escola sem saber o que é isto e, depois, não vão aprender isso em mais lado nenhum. É a minha opinião. Têm que estar informados. (…) (73) (…) Era mais o estar atento: “Olha! Agora falámos e isto pode ser aproveitado. Quando for entrevistado, a ver se digo qualquer coisa para ver se não pensam que não faço nada de cidadania.” Foi mais nesse, nesse ponto. Mas, depois, quando veio a entrevista não me lembrei… (…) Essa reflexão sobre a cidadania, sobre a necessidade de formar cidadãos, de ensinar cidadania esteve sempre presente na minha prática lectiva, não é? (…) (75) (…) Sim, sim, claro, dada a importância do tema, não é? (…) (79)

3.2. Competências transversais / disciplina autónoma

(…) O que é que acaba por acontecer? Que nós, todos nós professores notamos que os alunos não têm noção como é que o poder se organiza, como é que as coisas estão, estão feitas, o que é que são os deputados, etc. E a verdade é que não há nenhuma disciplina que lhes ensine isso. Portanto o conceito daquilo que é cidadania, os alunos precisam de saber como é que as coisas estão organizadas e, de facto, a escola não os prepara nesse sentido, nada os prepara nesse sentido. (…) (11) (…) Há uma disciplina de formação cívica, mas fico com a sensação que até dá a formação para a cidadania. Será, mas acaba por ser mais o ensinar pouco mais do que o deves comer com a mão direita e não pôr os cotovelos em cima da mesa, resolver problemas disciplinares. Que esse é outro dos aspectos em que nós acabamos todos, todas as disciplinas por desenvolver competências de cidadania. Ao estarmos a gastar tempo com a resolução dos problemas disciplinares. Estamos a tentar ensinar a vida em sociedade (…). (42) (…) a cidadania é sempre transversal e será sempre transversal. O professor, (…) mesmo que quisesse, dificilmente se demitia disso. (…)

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Deve continuar transversal. Não via, a continuarem as disciplinas de Formação Cívica, etc., veria com bons olhos a integração de alguns conteúdos que tivessem directamente a ver, por exemplo, com o funcionamento do regime democrático. Acho, isso, esses conteúdos deveriam ser dados obrigatoriamente. (…) Se não fosse em Formação Cívica, que fosse, tudo bem, em História, em Geografia, que fosse nalguma disciplina (…). Da mesma forma que há, por vezes, a questão da sexualidade (…). (72)

4.1. Formação

(…) agora é o 400.(…) (1) (…) Licenciatura Ensino de História… Universidade de Évora… É estágio integrado. (…) (3) (…) a maior parte da minha formação foi ao nível da informática… (…) (49) (…) A última formação que fiz foi sempre em História foi em Faro… Portugal após a Segunda Guerra Mundial, um protocolo com a Associação 25 de Abril, foi a acção de formação que eu mais aprendi, de facto. E tenho feito aquelas formações pela Universidade Aberta, na área da História do Egipto, do Renascimento, é bom. E fui uma vez também, aí todos os sábados de madrugada para Ferreira fazer uma coisa do património. (…) (51)

4. PERCURSO PROFISSIONAL

4.2. Percurso profissional / influência na promoção de cidadania

(…) Sim, Coordenador de Departamento, fui… 2 anos. (…) (4) (…) Director de Turma, Coordenador de Departamento… que me lembre não. (…) (6) (…) vou aprendendo a estar com os alunos e, portanto, percebo melhor, ao fim destes anos todos, pelas… suas características, o meio de onde vêm, as suas, os seus anseios… e dessa forma posso (…) ensinar-lhes melhor… (…) estava a cingir-me à questão de professor. (…) não vês que eu também fui outras coisas? Recepcionista, cozinheiro de hambúrgueres, etc…. Sim, ajudou-me imenso. Eu, durante muitos anos no secundário, aí dei também o 3º Ciclo, eu dava Recorrente Nocturno (…). O facto de ter sido trabalhador-estudante ajudou-me imenso a percebê-los. E o facto de conhecer o mundo melhor, quanto melhor nós conhecemos o mundo, melhor conseguimos explicá-lo (…). Senão, é só conhecimento… de biblioteca. (…) As pessoas que fazem aquele percurso, casa-escola, ou casa-escola, universidade-casa e depois ensina, acho que têm, acabam por ter… (…) o mundo delas é extremamente pequenino. É só da casa delas e, depois, telenovelas e acabou aí. E, portanto, (…) não desenvolvem o, o savoir-faire para chegarem aos alunos. Agora, o que eu acho que ainda não consigo desenvolver bem com os meus alunos, no caso da educação para a cidadania, e esse é o meu problema neste momento, é… devido ao facto de eu ter regressado ao 3º Ciclo (…) e vim encontrar um mundo muito diferente da escola donde vinha e portanto, não conheço suficientemente bem ainda os meus alunos, de forma a chegar até eles. E sinto claramente isso. Sinto que estou a melhorar. E que dentro de alguns anos talvez consiga… tocar-lhes melhor. (…) Não, não me desgosta. Sentia-me mais à vontade no Secundário. Acho que tenho características melhores para professor do Ensino Secundário do que para professor do 3º Ciclo. (…) (54) (…) Como Funciona a Nossa Democracia. Foi uma desgraça, os alunos diziam: “Eu não quero aprender política. Eu não quero saber nada de política.” A postura deles, à partida, era esta. Com esta postura à partida é dif… que eu não esperava, uma postura tão vingativa, ehh… é difícil dar a volta e, e, e motivá-los. (…) e eu penso que a trazem de certa maneira de casa, não, essa parte da política eu não quero saber, não quero. Portanto, essa parte, eu penso que essa parte é de cidadania, não é? A intervenção, eu não quero saber disso, eu quero ter a minha vida, pronto. (…) os alunos que aderem a essas discussões, ao debate, a aluna que quis fazer o trabalho, são geralmente oriundos de um meio sociocultural diferente que de certa forma, em que existe um estímulo em casa a querer saber e já têm um juízo, portanto tentam a oportunidade, quem não as tem, desinteressa-se. Como não é, alguma desta matéria, objecto de avaliação, pronto, os alunos também não, pronto, não querem saber. Portanto, eu acho que, de facto, a escola está a falhar gravemente, não só a escola, não é? Mas a sociedade nesta, nesta educação do cidadão. (29)

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5.1. Áreas de interesse

(…) A literatura, de um modo geral… e era a música.(…) Ficção. A nível de leitura e de escrita, sim, isso. e falta-me tempo para fazer isto tudo, não é? (…) Tenho editado dois livrinhos. De ficção. Um deles está ligado à História. O outro não. É outra história. (…) (53)

5. PERCURSO PESSOAL 5.2. Percurso

pessoal / influência na promoção de cidadania

(…) participei na minha vida num Círculo Cultural do Algarve, ainda em Faro, que é uma associação recreativa cultural; no CDUE, no meu tempo universitário, no Centro Desportivo Universitário de Évora (…) Literatura, leio, escrevo… música. (…) (7) (…) Mas eu já duvido, em termos de política educativa, que o objectivo seja formar… que os objectivos das escolas seja formar cidadãos. Mas essa é outra questão, uma questão puramente pessoal. Duvido, duvido muito. (…) (39) (…) Não há, eu acho que não… (…) há política educativa. E se houver política educativa, (…) o objectivo que há do governo, do Ministério da Educação nos últimos anos, não tem sido formar cidadãos, ao contrário do que era continuamente anunciado alguns anos atrás. (…) Havia a questão das pessoas, de formar cidadãos. As próprias universidades… eu tive uma formação que batalhava na questão pessoalista, humanista da Educação. Eu não ouço falar nos princípios humanistas da Educação há uma série de tempo. A questão, a grande preocupação da Educação neste momento é formar técnicos, qualificação técnica, não é uma qualificação cívica e (…) esse é que é o grande ponto. Agora eu, pela minha própria formação… ehh… ou deformação, já quase, não posso deixar de ensinar, de falar, de debater aspectos de cidadania. (…) (45) (…) isto também é uma questão de vida familiar. Não, não tenho disponibilidade para ser professor e ao mesmo tempo poder ir fora do concelho (…) (50) (…) Sou membro honorário da Sopa dos Artistas… É uma organização de artistas, eram inicialmente artistas plásticos, (…) a minha área é literatura… sou membro honorário. Organizam uma série de exposições, simpósios de escultura, aqui no concelho. É uma associação de artistas portugueses (…). (52) (…) Gosto de dizer umas piadinhas na sala de aula… o que não se deve fazer com os alunos do 3º Ciclo … Não sou um professor muito disciplinador, não necessitava. Também é uma questão de formação, não necessitava de o ser… no Secundário. E, portanto, tive essa dificuldade (…) em chegar até eles, em descer mais um bocadinho. Mas isso são, questões de características pessoais que nós temos. Uns terão características mais de 3º Ciclo, outros para o Secundário, não é uma questão de melhores. (…) Aliás, acho que os que são mais importantes é o do 1º Ciclo, até a nível de cidadania. O professor mais importante e mais marcante… (…) na relação com os outros, na forma como estimula o conhecimento… do mundo que nos rodeia. Na forma como nos põe a dialogar uns com os outros na escola primária, estando miúdos oriundos de diversos meios sociais, culturais. (…) Estamos todos ainda inocentes e abertos, essa relação… nunca mais se perde. (…) Os alunos que estudam num colégio particular de um determinado nível social, têm uma perda para a vida toda, que nunca mais conseguem compensar, que é o conhecimento com a colega que vive no meio do campo à qual nós não chegaríamos. E ele vai lá e conhece, e está com os bichos; já o outro que vem de um bairro mais pobre, com o tipo mais rico. Como os miúdos não fazem ainda essa diferenciação, acho que é um contacto óptimo (…) uma remodelação interpessoal, que nunca mais se vai perder. (…) (55) (…) Eu até acho que (…) a nossa disciplina de História, a nossa forma pessoal de ver o mundo está sempre presente. Quando eu, há bocado dizia, que não dou a Crise de 1929 como uma abordagem sucinta é a minha vida pessoal, as minhas próprias ideias que estão, que estão em jogo. Acho eu. Se for um professor racista a falar do Hitler (…) Tentará suavizar a coisa. Se calhar, se for um professor comunista tentará suavizar o Estaline, (…) É inevitável (…) então em termos de História, (…) por mais que tentemos não levar a água ao nosso moinho, (…) não tentar condicionar com a nossa postura pessoal, para quem tem esse bocadinho de postura política, não é? (…) (56) (…) Tem. Tira-me algum tempo, implica que eu não faça tantas visitas de estudo como gostaria de fazer, por exemplo, que eu acho que são

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momentos muito importantes na relação com a turma. Portanto, isso é altamente limitativo. Ter uma filha ajuda. Eu acho que o facto de ter visto uma pessoa a crescer desde que nasceu, à forma como ela vai apreendendo… (…) ajudou-me a perceber como é que é o ser humano… Acho que seria um homem incompleto se não tivesse tido um filho. Pode parecer um bocado arcaico. Eu estou a dizer mas fico com essa sensação. (57)

6. IMPACTO DO ESTUDO

6.1. Impacto pela participação no estudo

(…) Fiquei e nos primeiros tempos disse assim: “Eh pá, tenho que começar a tomar nota desta conversa com os alunos, etc..”. Mas, na prática, depois acabei por não a tomar (…). Não te sei dizer se isso interferiu directamente com a minha maneira de dar aulas. Eu penso que não, não alterei. (…) (74) (…) Francamente achei que devia, senti que devia organizar mais qualquer actividade ligada à cidadania. Sim, a esse nível. Em relação a mim, achei que devia fazer qualquer coisa mais concreta para a cidadania. (…) (76)

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