4- IMPERFEIÇÕES CRISTALINAS
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11-Jan-2016Category
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4- IMPERFEIES CRISTALINASASSUNTO- Defeitos pontuais - Defeitos de linha (discordncias)-Defeitos de interface (gro e maclas)- Defeitos volumtricos (incluses, precipitados)
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
O QUE UM DEFEITO?
uma imperfeio ou um "erro" no arranjo peridico regular dos tomos em um cristal. Podem envolver uma irregularidade na posio dos tomosno tipo de tomos O tipo e o nmero de defeitos dependem do material, do meio ambiente, e das circunstncias sob as quais o cristal processado.
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IMPERFEIES ESTRUTURAIS
Apenas uma pequena frao dos stios atmicos so imperfeitosMenos de 1 em 1 milhoMenos sendo poucos eles influenciam muito nas propriedades dos materiais e nem sempre de forma negativa
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IMPERFEIES ESTRUTURAIS- IMPORTNCIA-
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IMPERFEIES ESTRUTURAIS Exemplos de efeitos da presena de imperfeies
O processo de dopagem em semicondutores visa criar imperfeies para mudar o tipo de condutividade em determinadas regies do materialA deformao mecnica dos materiais promove a formao de imperfeies que geram um aumento na resistncia mecnica (processo conhecido como encruamento) Wiskers de ferro (sem imperfeies do tipo discordncias) apresentam resistncia maior que 70GPa, enquanto o ferro comum rompe-se a aproximadamente 270MPa.
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IMPERFEIES ESTRUTURAIS
So classificados de acordo com sua geometria ou dimenses
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IMPERFEIES ESTRUTURAISDefeitos Pontuaisassociados c/ 1 ou 2 posies atmicasDefeitos linearesuma dimenso
Defeitos planos ou interfaciais (fronteiras) duas dimenses
Defeitos volumtricos trs dimenses
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1- DEFEITOS PONTUAIS
Vacncias ou vaziostomos IntersticiaisSchottkyFrenkelOcorrem em slidos inicos
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VACNCIAS OU VAZIOSEnvolve a falta de um tomoSo formados durante a solidificao do cristal ou como resultado das vibraes atmicas (os tomos deslocam-se de suas posies normais)
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VACNCIAS OU VAZIOSO nmero de vacncias aumenta exponencialmente com a temperatura
Nv= N exp (-Qv/KT)Nv= nmero de vacnciasN= nmero total de stios atmicosQv= energia requerida para formao de vacnciasK= constante de Boltzman = 1,38x1023J/at.K ou 8,62x10-5 eV/ at.K
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INTERSTICIAISEnvolve um tomo extra no interstcio (do prprio cristal)Produz uma distoro no reticulado, j que o tomo geralmente maior que o espao do interstcioA formao de um defeito intersticial implica na criao de uma vacncia, por isso este defeito menos provvel que uma vacncia
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INTERSTICIAIStomo intersticial pequenotomo intersticial grandeGera maior distoro na rede
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FRENKEL
Ocorre em slidos inicosOcorre quando um on sai de sua posio normal e vai para um interstcio
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SCHOTTKY
Presentes em compostos que tem que manter o balano de cargasEnvolve a falta de um nion e/ou um ction
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CONSIDERAES GERAISVazios e Schottky favorecem a difusoEstruturas de empacotamento fechado tem um menor nmero intersticiais e Frenkel que de vazios e Schottky
Porque necessria energia adicional para forar os tomos para novas posies
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IMPUREZAS NOS SLIDOSUm metal considerado puro sempre tem impurezas (tomos estranhos) presentes
99,9999% = 1022-1023 impurezas por cm3
A presena de impurezas promove a formao de defeitos pontuais
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LIGAS METLICASAs impurezas (chamadas elementos de liga) so adicionadas intencionalmente com a finalidade:aumentar a resistncia mecnicaaumentar a resistncia corrosoAumentar a condutividade eltricaEtc.
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A ADIO DE IMPUREZAS PODE FORMARSolues slidas< limite de solubilidadeSegunda fase> limite de solubilidade
A solubilidade depende :TemperaturaTipo de impurezaConcentrao da impureza
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Termos usados
Elemento de liga ou Impurezasoluto (< quantidade)
Matriz ousolvente Hospedeiro(>quantidade)
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SOLUES SLIDASA estrutura cristalina do material que atua como matriz mantida e no formam-se novas estruturasAs solues slidas formam-se mais facilmente quando o elemento de liga (impureza) e matriz apresentam estrutura cristalina e dimenses eletrnicas semelhantes
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SOLUES SLIDASNas solues slidas as impurezas podem ser:
- Intersticial- SubstitucionalOrdenadaDesordenada
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SOLUES SLIDAS INTERSTICIAISOs tomos de impurezas ou os elementos de liga ocupam os espaos dos interstciosOcorre quando a impureza apresenta raio atmico bem menor que o hospedeiroComo os materiais metlicos tem geralmente fator de empacotamento alto as posies intersticiais so relativamente pequenasGeralmente, no mximo 10% de impurezas so incorporadas nos interstciosINTERSTICIAL
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EXEMPLO DE SOLUO SLIDA INTERSTICIALFe + Csolubilidade mxima do C no Fe 2,1% a 910 C (Fe CFC)O C tem raio atmico bastante pequeno se comparado com o Fe
rC= 0,071 nm= 0,71 ArFe= 0,124 nm= 1,24 A
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Solubilidade do Carbono no FerroO carbono mais solvel no Ferro CCC ou CFC, considerando a temperatura prxima da transformao alotrpica?ccc
cfc
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TIPOS DE SOLUES SLIDASSUBSTITUCIONAISSUBSTITUCIONAL ORDENADASUBSTITUCIONAL DESORDENADA
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FATORES QUE INFLUEM NA FORMAO DE SOLUES SLIDAS SUBSTITUCIONAISREGRA DE HOME-ROTHERYRaio atmicodeve ter uma diferena de no mximo 15%, caso contrrio pode promover distores na rede e assim formao de nova faseEstrutura cristalina mesmaEletronegatividade prximasValnciamesma ou maior que a do hospedeiro
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EXEMPLO DE SOLUO SLIDA SUBSTICIONALCu + Niso solveis em todas as propores
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2- DEFEITOS LINEARES: DISCORDNCIASAs discordncias esto associadas com a cristalizao e a deformao (origem: trmica, mecnica e supersaturao de defeitos pontuais)
A presena deste defeito a responsvel pela deformao, falha e ruptura dos materiais
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2- DEFEITOS LINEARES: DISCORDNCIASPodem ser:
- Cunha- Hlice- Mista
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VETOR DE BURGER (b)D a magnitude e a direo de distoro da rede
Corresponde distncia de deslocamento dos tomos ao redor da discordncia
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2.1- DISCORDNCIA EM CUNHAEnvolve um SEMI-plano extra de tomosO vetor de Burger perpendicular direo da linha da discordnciaEnvolve zonas de trao e compresso
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DISCORDNCIAS EM CUNHAFonte: Prof. Sidnei, DCMM, PUCRJ
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DISCORDNCIAS EM CUNHAFonte: Prof. Sidnei, DCMM, PUCRJ
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2.2- DISCORDANCIA EM HLICE
Produz distoro na redeO vetor de burger paralelo direo da linha de discordncia
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DISCORDANCIA EM HLICE
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2.2- DISCORDANCIA EM HLICEDISCORDNCIA EM HLICE NA SUPERFCIE DE UM MONOCRISTAL DE SiC. AS LINHAS ESCURAS SO DEGRAUS DE ESCORREGAMENT SUPERFICIAIS. (Fig. 5.3-2 in Schaffer et al.).
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OBSERVAO DAS DISCORDANCIAS
Diretamente TEM ou HRTEM
IndiretamenteSEM e microscopia ptica (aps ataque qumico seletivo)
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DISCORDNCIAS NO TEM
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DISCORDNCIAS NO HRTEM
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DISCORDNCIAS NO HRTEM
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FIGURA DE ATAQUE PRODUZIDA NA DISCORDNCIA VISTA NO SEMPlano (111) do InSbPlano (111) do GaSb
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CONSIDERAES GERAISA quantidade e o movimento das discordncias podem ser controlados pelo grau de deformao (conformao mecnica) e/ou por tratamentos trmicos Com o aumento da temperatura h um aumento na velocidade de deslocamento das discordncias favorecendo o aniquilamento mtuo das mesmas e formao de discordncias nicasImpurezas tendem a difundir-se e concentrar-se em torno das discordncias formando uma atmosfera de impurezas
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CONSIDERAES GERAISO cisalhamento se d mais facilmente nos planos de maior densidade atmica, por isso a densidade das mesmas depende da orientao cristalogrfica As discordncias geram vacnciasAs discordncias influem nos processos de difusoAs discordncias contribuem para a deformao plstica
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3- DEFEITOS PLANOSOU INTERFACIAIS
Envolvem fronteiras (defeitos em duas dimenses) e normalmente separam regies dos materiais de diferentes estruturas cristalinas ou orientaes cristalogrficas
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3- DEFEITOS PLANOSOU INTERFACIAIS
Superfcie externaContorno de groFronteiras entre fasesMaclas ou TwinsDefeitos de empilhamento
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3.1- DEFEITOS NA SUPERFCIE EXTERNA o mais bvioNa superfcie os tomos no esto completamente ligados Ento o estado energia dos tomos na superfcie maior que no interior do cristalOs materiais tendem a minimizar est energiaA energia superficial expressa em erg/cm2 ou J/m2)
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3.2- CONTORNO DE GRO
Corres