4. MANUTENÇÃO MECÂNICA;4.1.5. Desmontagem de Rolamentos: Existem várias maneiras de proceder a...

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podem admiti r uma diferença de até um m áximo de 3% entre a resistência de uma fase e a resistência de outra fase. Caso haja uma diferença maior que 3%, deve -se abrir o motor e fazer -se uma inspeção para verificar se não existem erros de ligação e/ou soldas defeituosas nas conexões, que sejam possíveis de corrigir. Se o bobinado estiver perfeito, o motor deverá ser rebobinado, pois provavelm ente o problema estará na própria bobinagem do motor (diferença na quantidade de espiras e/ou na bitola dos fios). 4. MANUTENÇÃO MECÂNICA; 4.1. MANCAIS DE ROLAMENTO: Mancais de rolamento, ou simplesmente rolamento , são mancais onde a carga é transferida através de elementos que apresentam m ovimento de rotação, consequentemente chamado atrito de rolamento . Exemplo de um rolamento rígido de uma carreira de esferas. Pista externa Pista interna Elemento rolante EEEM "ARNULPHO MATTOS" ELETROTÉCNICA CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA - MÁQUINAS ELÉTRICAS 1 de 20 INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS

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  • podem admiti r uma diferença de até um m áximo de 3% ent re a resistência de uma fase e a resistência de outra fase. Caso haja uma diferença maior que 3%, deve -se abrir o motor e fazer -se uma inspeção para verificar se não existem erros de ligação e/ou soldas defeituosas nas conexões, que sejam possíveis de corrigir. Se o bobinado estiver perfeito, o motor deverá ser rebobinado, pois provavelm ente o problema estará na própria bobinagem do motor (diferença na quantidade de espiras e/ou na bitola dos fios).

    4. MANUTENÇÃO MECÂNICA;

    4.1. MANCAIS DE ROLAMENTO:

    Mancais de rolamento, ou simplesmente rolamento, são mancais onde a carga é transferida através de elementos que apresentam movimento de rotação, consequentemente chamado atrito de rolamento .

    Exemplo de um rolamento rígido de uma carreira de esferas.

    Pista externa

    Pista interna

    Elemento rolante

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  • 4.1.1. Classificação dos Rolamentos:

    Os rolamentos são classificados da acordo com:• Tipo do rolamento;• Largura;• Diâmetro do furo.

    X X X X

    Exemplo:

    6 2 09 09 x 5 = 45 mm (furo do rolamento)

    A maioria dos motores utilizam rolamentos de uma carreira de esferas, tanto no mancal dianteiro quanto no mancal traseiro.

    O segundo algarismo indica a largura e diâmetro externo do rolamento.

    O primeiro algarismo ou série de letras indica o tipo do rolamento.

    Os dois últimos algarismos, multiplicados por 5, indicam o diâmetro do furo do rolamento em

    Rolamento rígido de uma carreira

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  • NU 3 22 22 x 5 = 110 mm (furo do rolamento)

    Utiliza-se rolamentos de rolos cilíndricos quando o motor é submetido a um grande esforço radial, por exemplo, acoplado com polias e correias.

    ! Não recomenda -se a utilização de rolamentos de rolos cilíndricosem acoplamento diretos.

    Exceções:

    Os rolamentos da série XX01, XX02 e XX03 não apresentam diâmetro do furo conforme regra acima:

    • XX01: furo de 12mm;• XX02: furo de 15mm;• XX03: furo de 17mm;

    4.1.2. Vedações:

    A indicação da vedação do rolamento vem após a numeração (sufixo).

    • Z – proteção metálica (bli ndagem) em apenas um dos lados dorolamento;

    • 2Z – dupla proteção metáli ca (blindagem em ambos os lados dorolamento);

    • 2RS / DDU – dupla vedação de borracha, com contato (ambos os ladosdo rolamento).

    Exemplo:6203 – ZZ: rolamento de esferas, série de largura 3, furo de 17mm, com dupla vedação metálica (blindagem).

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  • 4.1.3. Folgas Internas:

    • As folgas indicadas no rolamento são medidas radialmente (folga entreos elementos rolantes e as pis tas);

    • São indicadas após a numeração do rolamento (sufixo);• Em ordem crescente: C1 - C2 - NORMAL - C3 - C4 - C5;

    Exemplo:

    6309 – C3: rolamento de esferas, série de largura 3, furo de 45mm,folga radial C3 (maior que a normal).

    ! A partir do modelo 160 M os motores WEG utilizam rolamentos c omfolga C3. É extremamente importante manter esta característica durante as manutenções.

    4.1.4. Orientações para armazenamento de rolame ntos:

    • Manter na embalagem original;• Ambiente limpo, seco, isento de vibrações, goteiras;• Temperatura entre 10ºC e 30ºC;• Umidade do ar não superi or a 60%;• Não estocar sobre estrados de madeira verde, encostados em paredes

    ou sobre chão de pedra;• Manter afastados de canalizações de água ou aquecimento;• Não armazenar próximo a ambientes contendo produtos químicos ;• Empilhamento máximo de cinco caixas;• Rolamento pré-lubrificados (sufixo Z, ZZ, DDU, 2RS) não devem ser

    estocados mais de dois anos;• Efetuar rotativi dade de estoque (consumi r primeiro os mais antigos);

    ! Quando o rolamento estiver instalado no motor, gir ar mensalmente oeixo para renovar a lubrificação das pistas e esferas.

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  • 4.1.5. Desmontagem de Rolamentos:

    Existem várias maneiras de proceder a desmontagem de rolamentos. No caso dos motores WEG, os assentos de rolamento são do tipo cilíndrico . Para este arranjo, pode -se proceder a desmontagem por meio mecânico, hidráulico, por injeção de ó leo ou aquecime nto. A escolha do método de desmontagem pode depender do tamanho do rolamento. Para os rolamentos utilizados nos motores WEG, o uso de ferramen tas mecânicas e hidráulic as é suficiente. Rolamentos maiores pode m requerer uso de aquecimento.

    Ferramentas Mecânicas:

    Os rolamentos de porte pequeno e médio (até 6312) podem ser desmontados utilizando -se um extrator, sendo que as garras deverão se apoiar no anel interno (o rolamento é montado com interferência no eixo) .

    Para evitar danos ao assento de rolamento, o extrator deverá estar posicionado corretamente; o uso de extratores autocentrantes evitam danos e tornam a desmontagem m ais rápida.

    Extrator apoiado no anel interno do rolamento.

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  • Os rolamentos de tamanho médio com ajuste interferente no eixo requerem uma considerável força para desmontá -los, sendo recomendado um extrator hidráulico autocentrante.

    A desmontagem a quente é utilizada na remoção de anéis internos de rolamentos de rolos cilíndricos.

    Os fabricantes de rolamentos desenvolveram um sistema prático e rápido para este procedimento. Trata -se de um anel de alumínio que pode ser forneci do para todos os tamanhos de rolamentos de rolos (NU, NJ e NUP). A desmontagem é simples: primeiro retire o anel externo com rolos e gaiola; depois passe um óleo resistente à corrosão e bastante viscoso na pista do anel interno. Aqueça o anel de alumínio até apro xim adamente 280°C e coloque -o ao redor do anel interno; comprima -o com as alças da ferramenta. Quando o anel interno estiver dilatado, desmonte -o junto com o aquecedor e separe -os imediatamente um do outro.

    Também pode-se usar um aquecedor por indução, quando não se dispõe destes anéis e as desmontagens s ão freqüentes.

    Extrator Hidráulico

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  • Anel de alumínio para desmontar o anel int erno de rolamentos de rolos cilíndricos.

    Algumas dicas para a desmontagem dos rolamentos:• Sempre substitua as vedações de borracha: v ‘ring e/ou retentores;• Assegure-se de que o eixo esteja bem fi rme, do contrário podem haver

    danos ao rolamento e ao eixo;• Se o rolamento será reutilizado, montar na mesma posição no eixo.

    Antes da desmontagem marque cada rolamento e suas posições;

    ! Nunca utilize martelo diretamente sobre o rola mento.

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  • 4.1.6. Montagem de Rolamentos:

    É necessário usar o método correto na montagem e observar as regras de limpeza para que o rolamento funcione satisfatoriamente. A montagem deve ser feita em local limpo e seco.

    A montagem pode ser feita de 4 maneiras: mecânica, hidráulica, por injeção de óleo e aquecimento. Os fabricantes de rolamentos fornecem a maioria das ferramentas para a montagem. Rolamentos pequenos podem ser montados a frio, utilizando uma prensa (até 6312). Rolamentos maiores utiliza -se aquecimento.

    Montagem a Frio: A montagem de rolamentos com furo de até 60 mm pode ser feita

    com prensa hidráulica ou mecânica. Uma bucha deve ser usada entre a prensa e anel interno do rolamento.

    Montagem a Quente: Rolamentos grandes são difíceis de serem montados a frio,

    portanto o rolamento ou um de seus anéis podem ser aquecidos para facilitar a montagem.

    A diferença de temperatura entre o rolamento e o assento do eixo varia em função do ajuste. Normalmente 80 a 90°C acima da temperatura do eixo é suficiente para a montagem.

    ! Nunca aqueça o rolamento acima de 125ºC.

    Utilize um termômetro p/ verifi car a temperatur a do rolamento.

    Banho de óleo:

    TERMÔMETRO

    Banho de óleo

    Separador

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    Banho de óleo garante um aquecimento homogêneo, além de ser fácil avaliar a temperatura do ba nho. Nunca deixe o rolament o em contato

    direto com a superfície aqueci da em banho de óleo.

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  • Aquecedor Indutivo:

    Os aquecedores por indução podem ser usados na montagem de rolamentos com interferência no eixo.Neste caso a montage m é mais rápida e simples e o rolamento pode estar engraxado.

    ! Medir a temperatura no anel interno do rolamento: não ultrapassar 125°C.! Utilizar desmagnetizador para impedir circulação de corrente elétrica

    pelo rolamento.

    Aquecedor indutivo de Rolam entos

    !Jamais aplique chama diretamente sobre o rolamento.

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  • 4.1.7 Anéis de Fixação do Rolamento

    Rolamentos de Esferas:O sistema utilizado pela WEG Motores mantém o rolamento dianteiro

    travado axialmente, sendo o traseiro livre , com molas de pré -carga.

    1:Anel de Fixação Externo do Rolamento Dianteiro;2: Rolamento Dianteiro; 3: Anel de Fixação Interno do Rolamento Dianteiro;4: Anel de Fixação Interno do Rolamento Traseiro; 5: Rolamento Traseiro; 6: Anel de Fixação Extern o do Rolamento Traseiro;

    Rolamentos de Rolos: Quando utiliza-se rolam entos de rolos cilíndricos, ambos os

    rolamentos, dianteiro e traseiro, são travados axialmente:

    123

    Rolamento Fixo

    456

    Folga axial 2.5mm

    Deta lhe Mola

    Mancal Dianteiro. Mancal Traseiro. Detalhe da Mola de Pré -carga.

    6 45

    Rolamento fixo

    123

    Rolamento Fixo

    Mancal Dianteiro de Rolos Ci líndricos Mancal

    Traseiro de Esferas

    ! Cuidado para não alterar a posição dos anéis de fixação dos rolamentos

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  • 4.1.8. Algumas dicas:

    • Ao proceder a medição do assento de rolamento, espere atingir oequilíbrio térmico entre o eixo e o equipamento de medição(micrômetro);

    • Faça a medição em dois planos para verificar cilindricidade. Em cadaplano faça 4 medições e efetue a média. A diferença da média entreos dois planos não deve ser superior que a metade do intervalo detolerância par a o assento do rolamento:

    φ1 φ2

    Exemplo: Diâmetro do assento de rolamento dianteiro: 17k6: 17,001 – 17,012. Portanto o intervalo de tolerância é de 0,011mm. A diferença entre as medições nos 2 planos não deve ser superior a ~ 0,0055mm;

    • A ovalização máxima do assento do rolamento não deve ser superior a50% do campo de tolerância especificado:

    Exemplo: Diâmetro do assento de rolamento dianteiro: 17k6: 17,001 – 17,012. Portanto o intervalo de tolerância é de 0,011mm. A diferença entre duas medições no mesmo planos não deve ser superior a ~ 0,0055mm;

    • Ao retirar um rolamento de seu assento é normal q ue se tenha um“amassamento” das rugosidades superficiais, com conseqüenteredução da interferência;

    • Assentos de rolamento oxidados ou cônicos causam deformações noanel interno do rolamento, reduzindo sua vida útil;

    • Ambientes com muitos contaminantes (par tículas, pó, umi dade)requerem um sistema de vedação adequado, como labirinto taconiteou retentor;

    • No caso de trocas constantes de rolamentos, deve -se estudar a causado problema que está levando os mesmo s a falha;

    • Se a troca é inevitável, os cuidados n a montagem e desmontagemdevem ser seguidos a risca para evitar danos ao eixo. Prefira os

    ∅1 ∅2

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  • procedimentos a quente para não danifi car o assento no mom ento da colocação do novo rolamento;

    • Avalie o estado do assento do rolamento antes de proceder amontagem;

    • Se for necessário “metalizar” o eixo, faça uma retífica no assento paragarantir a dimensão e o acabamento. Não esqueça de verificar obatimento radial do rotor e da ponta de eixo;

    4.2. LUBRIFICAÇÃO:

    Os objetivos da lubrificação dos rolamentos são: • Reduzir o atrito e desgaste;• Prolongar a vi da do rolamento;• Dissipar calor;• Reduzir temperatura;• Outros: vedação contra entrada de corpos estranhos, proteção contra

    a corrosão do mancal, etc.

    Os métodos de lubrificação se dividem em lubrificação a óleo e graxa.Em motores elétricos, a lubrificação com graxa é mais utilizada devido a sua simplicidade e baixo custo de operação.

    4.2.1. Lubrificação com Graxa:

    A graxa é um lubrificante líquido (óleo) engrossado para formar um produto sólido ou semi -fluido, por meio de um agente espessante. Outros componentes que confiram propriedades especiais podem estar presentes (aditivos).

    GRAXA = ÓLEO + ESPESSANTE + ADITIVOS

    4.2.2. Características da lubrificação com Graxa:

    Vantagens da Graxa: • Lubrificam e vedam;

    Mineral; Sintético;

    Vegetal;

    Lítio; Complexo de lítio; Complexo de

    Anti -Oxidante; Anti -Corrosivo; Anti - Desgaste; Agente de Adesividade, etc.

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  • • Reduzem o barulho;• Não necessitam bombeamento.

    Desvantegens da Graxa:• Não trocam calor;• Não removem contami nantes;• Menor poder de penetração;• Não fluem.

    Por que relubrificar os rolamentos?

    Rolamentos engraxados devem ser relubrific ados se a vida útil da graxa for menor que a vida útil esperada do rolamento.

    O que influencia na vida da graxa?

    • Temperatura;• Contaminantes;• Vedações deficientes.

    O que acontontece se o rolamento não é relubrificado?

    • A graxa pode endurecer, perdendo suas propried ades lubrificantes;• Pode haver acúmul o de contaminantes, reduzindo drasticamente a

    vida útil do rolamento.

    4.2.3. Falhas na Lubrificação:

    Excesso de Graxa ocasiona:

    • Resistência ao Movimento;• Aumento da Temperatura;• Redução da vida útil do rolamento e d o lubrificante;• Penetração de parte da graxa sobre o bobinado do motor;

    • Aumento da temperatura do bobinado e queda da resistência de

    isolamento.

    Falta de Graxa ocasiona:

    • Rompimen to da película lubrificante;• Aumento do atrito e temperatura do rolamento;• Início de descascamento nas pistas do rolamento;• Travamento do rolamento por excesso de temperatura e falta de

    folga radial.

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  • Quantidade de Graxa:

    Para lubrificação de rolamentos, pode -se usar a equação:

    Onde:

    D = diâmetro externo do rolamento [ mm]. B = largura do rolamento [ mm].

    Recomendações para Relubrificação e Manuseio da Graxa:

    • Evitar o preenchimento excessivo dos mancais;• Em rolamentos novos, preencher os espaço vazio do rolamento com

    graxa;• Preencher cerca de 2/3 dos anéis de fixação do rolamento com graxa;

    • Em relubrificações, utilizar somente pistola engraxadeira manual;• Manter os recipientes com graxa sempre fechados, para evitar

    contaminação;• Manter a superfície da graxa sempre nivel ada;• Manter afastada de fontes de ignição;

    = g

    200DXBG

    Correto preenchim ento do anel de fixação do

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  • 62

    • Evitar contato contínuo com a pele. Limpar respingos queeventualmente aconteçam.

    ! Evite sempre a mistura de graxas.

    4.3 RELUBRIFICAÇÃO D E ROLAMENTOS DE MOTO RES ELÉTRICOS:

    Relubrificar não é simplesmente adicionar graxa ao mancal do motor. Consiste em colocar a quantidade e o lubrifi cante indicado, no intervalo previsto e no local certo. Para isso recomenda -se a adoção de um procedimento de relubrificação baseado nas recomendações abaixo:

    4.3.1. Motores sem Graxeira:

    Os motores carcaça 63 até 132M nã o possuem pino graxeiro e são equipados com rolamentos de dupla vedação metálica (ZZ). Este tipo de rolamento não permite relubrificação, sendo portanto lubrificados para a vida. Ao fim de sua vida útil devem ser retirados e substituídos.

    Motores 160M até 200L são norm almente enviados sem pino graxeiro. Para estes motores deve -se adotar o procedimento abaixo:

    • Remover as tsmpas com cuidado para não danific ar os rolamentos;• Lavar com querosene ou óleo diesel;• Não girar sem lubrificante;• Colocar óleo fino e inspecionar;• Lubrificar com graxa indicada, preenchendo os espaços internos do

    rolamento.

    ! Para esta operação os rolamentos não necessitam ser retirados doeixo.

    4.3.2. Motores com Graxeira:

    Os motores carcaça 160M até 200L podem ser fornecidos com pi no graxeiro como item opcional.

    Os motores 225S/M até 355M/L são fornecidos com pino graxeiro. Para este motores deve-se adotar o procedimento abaixo:

    • Limpar o bico do pino graxeiro;

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  • • Se possível, adicionar a quantidade de graxa recomendada com omotor em operação;

    • Caso o motor não possa ser relubrificado em operação, adicionarmetade da graxa indicada na lubrificação com o motor parado;

    • Funcionar o motor;• Colocar o restante da graxa;• Não relubrificar mais que a quantidade indicada e em menor tempo

    que o previsto;•• Não misturar tipos diferentes de graxas;•• Utilizar somente pistola engraxadeira manual para esta operação.

    4.4. VEDAÇÕES:

    4.4.1. Anel V’ring:

    Vedação utilizada nos motores da linha standard e Alto Rendimento, IP-55.

    Aplicação: • Vedador o u anel raspador em movimentos relativos.

    Instalação:• Sobre o eixo, do lado externo do motor, com lábio montado com

    determinada pressão em contato com a tampa e/ou anel de fixaçãodo rolamento.

    Cuidados:• Instalar com uma determinada pressão na direção do m otor;• O lábio deve ser lubrificado com uma fina camada de óleo ou graxa

    para perfeita vedação;• Substituir sempre que houver intervenção no motor.

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  • 4.4.2. Retentor:

    Utilizado em motores submetidos a ambientes com umidade e/ou contaminantes líquido s. Podem ser do tipo sem mola (lip seal) ou com mola (oil seal). O padrão WEG para motores IP -56 é o tipo sem mola.

    Aplicação:

    • Utilizado para impedir a entrada de líquidos através do eixo do motor.

    Instalação:

    • Nas tampas dianteira e traseira do motor .

    Cuidados:

    • Não apertar o retentor antes da sua instalação pois pode provocarovalização;

    • Não tocar no lábio interno evitando contaminação e deformação;• Instalar com equipamentos apropriados para obter centralização

    tampa/eixo;• Utilizar retentor composto de material aprovado para a aplicação:

    - Poliacrílico: temperaturas normais de operação;- Borracha Nitrili ca: até 120°C;- Viton: temperaturas extremas, como estufas;

    • Passar uma fina camada de óleo ou graxa nos lábios do retentor antesda montagem;

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  • • Observar sentido correto de montagem: mola voltada para lado opostoao motor;

    • Verificar se há rebarbas ou desgaste na região do assento do retentorsobre o eixo: em caso afirmativo, recuperar o eixo antes de instalar oretentor.

    • Substituir sempre que houver interve nção no motor.

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  • 4.4.3. Labirinto Taconite:

    Utilizado em motores submetidos a contaminantes sólidos e abrasivos. Equipa os motores IP -65.

    Aplicação:

    • Estes componentes tem como finalidade garantir a proteção contrapenetração de pó no interior do motor quando o ambiente assim exige;

    • Utilizado a partir do modelo 90L até 355M/L;• Vedação efetuada pela graxa existente entre o labirinto (parte móvel)

    e a tampa do motor (parte estacionária).

    Para sua instalação temos dois pontos a serem ob servados:

    • Carcaça 90 a 200 - trocar as tampas normais por especiais;• Carcaça 225 a 355 - trocar apenas os anéis externos de fixação dos

    rolamentos;

    ! Sempre montar com graxa entre o labirinto e a tampa do motor.Vantagens:

    • Construído em latão, sem atrit o entre as partes;• IP65.

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  • Desenho esquemático da montagem e funcionamento do Labirinto Taconite:

    Tampa ou anel de fixação do rolamento

    Labirinto Taconite /

    Graxa /

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