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OS 400 ANOS DO SILENCIO DE
DEUS
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Patrícia B. Nogueira
Rogério de B. Souza
Priscila Tavares
Anderson Tavares
Nisleide Nunes
OS 400 ANOS DO SILÊNCIO DE DEUS
Trabalho Científico apresentado como parte
integrante do aprendizado na Escola Bíblica da
Igreja do Evangelho Quadrangular – Ariston 2.
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DEDICATORIA
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Sumário
DIGITE O TÍTULO DO CAPÍTULO (NÍVEL 1)...................................................................1
Digite o título do capítulo (nível 2)...................................................................................................2Digite o título do capítulo (nível 3).....................................................................................................3
DIGITE O TÍTULO DO CAPÍTULO (NÍVEL 1)...................................................................4
Digite o título do capítulo (nível 2)...................................................................................................5Digite o título do capítulo (nível 3).....................................................................................................6
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RESUMO
Neste trabalho vamos explicar o que houve entre o intervalo entre o Livro de Malaquias e Mateus, este foi um período chamado de : Período Inter Bíblico, Intertestamentário ou Os Séculos de Silencio.
A historia do intervalo entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento e as vezes considerada como trivial, já que durante esse período nenhum profeta falou inspirado por Deus e na qual sugiram os livros apócrifos.
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1. INTRODUÇÃO
1.1. Quatrocentos Anos de Silêncio
Entre o final do Antigo Testamento e o início do Novo Testamento há uma lacuna de 400 anos sem a manifestação de um profeta de Deus. Durante esse longo período ocorreram eventos marcantes, guerras e o surgimento de diversos grupos que estão presentes nas páginas do Novo Testamento. Qual a característica desses grupos? O que idealizavam? Nesse trabalho procuramos destacar uma coletânea de eventos ocorridos entre o Período Persa e o Período Romano, os quais envolveram a nação de Israel.
1.2. Entre os Testamentos
Definição: Trata do período de eventos que ocorreram entre o fim do AT e o início do NT. As datas são de 424 a.C até 5 a.C.
Depois do profeta Malaquias, o povo de Israel viveu um longo período sem um único profeta de Deus. Não há Escrituras inspiradas durante aquele tempo. Por isso, algumas vezes este intervalo de 400 anos são chamados de “Anos de Silêncio”.
Conforme previsto pelos profetas do Velho Testamento, os impérios mundiais se sucederam e o povo de Israel perdeu a sua soberania devido à sua deslealdade ao seu Deus. A Assíria conquistou o reino do norte (Israel) em 722 a.C. e a Babilônia conquistou o reino do sul (Judá) em 587 a.C. Depois disso, os persas conquistaram a Babilônia (537 a.C.) e os gregos conquistaram o império Medo-Persa (333 a.C.). Porém, próximo do tempo do nascimento de Cristo, os romanos acabaram conquistando os gregos por volta do ano 63 a.C. Este é o império que controlava o mundo nos dias do Novo Testamento.
Levantaram-se os chamados "Macabeus" em 166 a.C., sob o domínio da Síria que se seguiu ao da Grécia, resultando na libertação da província da Judeia até a chegada dos romanos. Surgiram ainda no tempo dos Macabeus os Zelotes, que zelavam pela observância da lei de Moisés e odiavam todos os estrangeiros, usando violência e até assassínio contra eles (um dos discípulos de Jesus, Simão, pertencia a este grupo – Lc 6:15).
Os romanos, visando evitar rebeliões e revoltas dos judeus, usaram a política de lhes dar uma relativa independência civil e religiosa. Designaram um edomita, descendente de Esaú, chamado Herodes, como rei sobre as províncias da terra de Israel (Judéia, Samaria e Galiléia), e um governador romano (Pilatos). Como ambos eram estrangeiros, delegaram também relativa autoridade política ao Sumo-sacerdote aprovado por eles, reconhecendo a importância do Templo e dos cerimoniais, com os seus responsáveis, na vida do povo.
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Com o reavivamento vivido no primeiro momento pós-exílico, sob a liderança de Ageu, Zacarias, Esdras, o sacerdote Josué e Neemias e, anos mais tarde, Malaquias, os judeus aparentemente abandonaram a tendência de seus pais à idolatria. Porém, passaram a dar mais valor aos aspectos externos da lei, ao formalismo e à religiosidade, sem uma verdadeira essência espiritual. O resultado foi igualmente desastroso.
O povo se afastou de Deus, embora ainda o cultuasse cerimonialmente e houvesse fanatismo entre eles pela letra da Sua lei e ordenanças. Surgiram vários movimentos e grupos, na medida em que se afastavam do espírito da lei de Moisés e acrescentavam seus próprios preceitos, ou com incredulidade negavam a realidade do conteúdo de algumas partes das Escrituras. Nos Evangelhos, destacam-se:
• Os saduceus, seita formada por sacerdotes e anciãos do povo, que negavam realidades bíblicas como a existência de anjos e a ressurreição dos mortos, provavelmente influenciados pelos costumes e filosofia durante a ocupação grega.
• Os fariseus (que se traduz “separatista”), seita popular no tempo do Senhor Jesus, teve origem desde o domínio sírio, quando se revoltaram contra a política pagã e se apegaram às Escrituras. Mas, com o tempo, suplementaram a lei escrita com as suas tradições, que acabaram por obscurecer ou mesmo invalidar a lei, “justificando” assim seu baixo padrão moral.
• Os herodianos, uma espécie de elite social religiosa, da qual faziam parte muitos sacerdotes, que davam apoio a Herodes e aos costumes romanos.para com isso conseguir vantagens para si mesmos e para o povo (Mateus 22:16-18, Marcos 3:6).
Havia também a seita dos essênios, não mencionada na Bíblia, que professava uma vida austera de separação do povo, e deixou vestígios nas cavernas do Mar Morto onde se encontraram muitos dos seus escritos, bem como porções das Escrituras.
Os escribas, da tribo de Levi como os sacerdotes, antigamente haviam ocupado posições de destaque na administração pública da nação de Israel, como secretários de Estado, encarregados de preparar e emitir decretos em nome do rei. Eles eram os mestres do povo, especialmente no ensino da lei, sendo também escrivães e escritores. Nos tempos de Cristo eram conhecidos como os “doutores da lei”, aceitos como autoridades na interpretação da lei mosaica. Pertenciam à seita dos fariseus, mas eram uma classe à parte.
A sinagoga, palavra grega que se traduz “assembléia”, é de origem desconhecida, mas supõe-se que tendas ou construções para a reunião de judeus piedosos tenham existido desde tempos antigos. Um sistema de culto foi provavelmente adotado nas sinagogas durante o cativeiro babilônico, quando os exilados se reuniam para a leitura da “lei e dos profetas”, ou seja, o Velho Testamento, e depois da volta do exílio elas se estabeleceram através da sua terra.
Mesmo depois da reconstrução do templo, a sinagoga continuou sendo um elemento essencial na vida do povo. As sinagogas mantiveram viva a esperança de Israel da vinda do Messias, e também serviram para preparar o caminho para a proclamação do Evangelho em outras
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nações, e foram o modelo para a administração e culto das igrejas cristãs primitivas. Ser “expulso da sinagoga” equivalia a ser “posto fora de comunhão” numa igreja cristã.
A "tradição dos anciãos", era um conjunto de interpretações orais da lei de Moisés, e passou a se tornar mais importante do que a própria Lei. Era por eles chamada Lei Oral, ou Mishna, e foi colocada no papel (Talmude) no final do segundo século da era cristã. O Senhor Jesus mencionou este suplemento arbitrário (Marcos 7:3, 9, 13), declarando "vós deixais o mandamento de Deus e vos apegais à tradição dos homens" (Marcos 7:8). Paulo mais tarde nos acautela "para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" (Colossenses 2:8).
Mas o “Sol da justiça” e a "Luz do mundo", o Filho de Deus, nasceu para brilhar e dissipar a escuridão que reinava, trazendo o Evangelho , que são as boas notícias para o mundo todo, superando a lei de Moisés e todos os seus acréscimos ilegais, com o conhecimento da sublime graça de Deus, que é a salvação do pecador arrependido mediante a fé na pessoa do Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus Cristo. Abre-se uma nova era. Um Novo Testamento de Deus para o homem.
2. As Divisões do Período Intertestamentário
A palavra intertestamentária significa “entre testamentos”. O Período Intertestamentário ou Interbíblico, para uma melhor compreensão, trata-se do período que se estendeu por 400 anos entre livro de Malaquias e o evangelho de Mateus.
Durante esse período a promessa do Messias já havia sido profetizada, porém não concretizada. Agora todos experimentam o silêncio de Deus, não há ninguém inspirado pelo Senhor que fala em seu nome.
Ao observarmos o mundo nesse período, podemos notar transformações significativas quanto as civilizações que se levantavam para exercer seu domínio, sem falar ainda na vida do povo de Deus (os judeus), que aguardavam o advento do Messias com o propósito de restaurar a Israel, que viveram sob o domínio da Pérsia, Grécia e Roma.
Entre as datas marcadas para nosso estudo muitos eventos passaram que não teremos oportunidade de reconhecer. Nós daremos atenção especial ao fim do AT, os tempos de Alexandre, as "Guerras dos Macabeus" e Herodes. São eles:
Período Persa Período Grego Período Macabeu Período Romano
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2.1. Período Pérsico
Este período abrangeu os anos 430 – 331 a.C. Ao finalizar o Antigo Testamento (400 a.C.), a Pérsia havia anexado a Judéia em seu domínio, tornando-a sua província. Os Judeus não tiveram problemas com o domínio pérsico por se este um governo brando e alheio aos interesses de Judá. A conquista da Babilônia deu-se com Ciro no ano 536 a.C., e este fez da Pérsia uma potência mundial. Quando a obra do templo em Judá foi suspensa por ordem do rei, alguns estudiosos julgam tratar-se de Cambises (530 – 522 a.C.) identificado também como Artaxerxes (Ed 4.7, 11, 23).
A retomada da construção do Templo foi ordenada por Dario (522 – 486 a.C.). Foi nesse tempo que Ester tornou-se esposa de Xerxes (Assuero; 486 – 465 a.C). O rei que autorizou o retorno de Neemias a Jerusalém foi provavelmente Artaxerxes. Este exerceu domínio quando o cânon do Antigo Testamento estava para ser encerrado. Os reis persas do período conhecido como “Silêncio Profético” foram: Xerxes II (Sogdiano; 423 a.C.), Dario II (Notus; 404 a.C), Artaxerxes II (Mnemon; 359 a.C), Artaxerxes III (Ocus; 338 a.C), Arses (335 a.C) e Dario III (Condomano; 336 a.C), que foi derrotado por Alexandre, o Grande, em 331 a.C.
Com a queda do império persa, o Império Grego entra em eminência.
2.2. Período Grego
O período correspondente a este império vai do ano 331 ao 167 a.C. Em 336 a.C, Alexandre Magno, com apenas vinte anos de idade, assume o comando do exército grego e investe contra o Oriente. Alexandre invade a Palestina em 332 a.C. e, um ano antes, já havia dominado o mundo inteiro. Implantou a língua e a cultura gregas em muitas cidades sob seu domínio, além de fundar cidades gregas por onde passava.
Com a morte de Alexandre, as nações da Síria e do Egito passaram a ser controladas por dois generais de seu exército: Ptlomeu governou no Egito e Selêuco, na Síria. A Palestina permaneceu sob o controle do Egito por cem anos, até 198 a.C. Antes, estava sob o domínio da Síria.
Quando o Egito dominou a Palestina, não havia qualquer imposição quanto à construção de sinagogas por parte do governo. Nessa época, Alexandria era o centro cultural do mundo e influenciou tanto os judeus que eles, a pedido de Ptolomeu, fizeram a tradução da Bíblia hebraica para a língua grega, versão chamada Septuaginta. Os reis do Egito, na época, ficaram conhecidos como “Ptolomeus”.
Antíoco Epifânio (Síria) reconquista a Palestina em 198 a.C, voltando o domínio para a Síria, cujos governadores eram conhecidos como “Seleucidas”. Antíoco Epifânio tinha profunda aversão aos judeus e fez um esforço gigantesco para exterminá-los e acabar com sua religião. Arruinou a cidade de Jerusalém no ano 168 a.C e tratou com irreverência o templo judaico,
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chegando ao ápice de sacrificar uma porca – animal imundo segundo as Escrituras Hebraicas – em seu altar. As leis judaicas, como, por exemplo, a circuncisão, foram quase suprimidas. Ele proibiu a adoração no templo, destruiu as cópias das Escrituras existentes na época e decretou morte a todos os que as possuíssem. Foi nesse tempo que ocorreu a revolta dos Macabeus.
2.3. Período Macabeu
É também conhecido como hasmoniano. Um sacerdote amante de sua pátria, chamado Matatias, demonstrou forte coragem e resolveu enfrentar as atitudes ímpias de Antíoco Epifânio. Para tanto, contou com o apoio de alguns fiéis que abraçaram sua intenção. Entre os cinco filho de Matatias (Judas, Jônatas, Simão, João e Eleazar), a responsabilidade de continuar lutando pelos ideais objetivados por ele depois de sua morte (166 a.C.) recaiu sobre Judas, por ser um guerreiro e estrategista militar. Judas colecionou vitórias batalhas após batalhas, mesmo estando em grandes desvantagens, se comparando com os exércitos que enfrentou, até reconquistar Jerusalém, em 165 a.C.. Com seu ímpeto fervoroso. Reedificou e purificou o templo. Há, em João 10:22, uma festa chamada “Dedicação”, cuja origem se deu devido à esta atitude de Judas Macabeu.
Com Judas, foi estabelecida a linhagem dos sacerdotes-hasmonianos que governaram a Judéia por cerca de cem anos.
Com a morte dos filhos de Matatias, João Hircano, filho de Simão, 135-106 a.C. começou a sobressair na administração da Judéia. E o país passa a desfrutar de sua legendária prosperidade.
2.4. Período Romano
Em 63 a.C, a Palestina foi submetida ao domínio de Roma, sob as ordens de Pompeu. Na ocasião, foi nomeado governador da Judéia um descendente de Esaú (edomita) chamado Antípater. Herodes, filho de Antípater e Mariana, foi o sucessor ao governo. Foi justamente este Herodes, o Grande, que reinou na Judéia entre 37 a.C. e 4 a.C.. Jesus nasceu durante o seu reinado.
Este Herodes, inclusive, procurou agradar os judeus ao construir um templo muito pomposo, no entanto, não deixava de ser cruel, pois a matança dos meninos em Belém fora ordenada por ele (Mt 2:13-23).
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3. Os apócrifos
Por meio de um longo processo, em que o pressuposto básico foi a inspiração divina, o povo de Deus estabeleceu o seu Cânon Sagrado. Nesse processo de escolha dos Livros Sagrados aparecem os Livros Apócrifos, que são os livros que não foram recebidos pela comunidade cristã como inspirados. O termo em grego significa “escondido”, pois os livros se apresentavam como revelações secretas. Apócrifo, porém, não significa “condenado”, porque muitos deles eram leituras prediletas de judeus e cristãos. A carta de Judas, no Novo Testamento, chega a mencionar esses livros.
Os apócrifos não são aceitos como sagrados pelos protestantes e judeus. Esse termo significa “espúrio, oculto, secreto”. Foram fixados nas edições católicas por determinação do Concílio de Trento (1545 – 1563).
Temos ainda, em adição aos apócrifos, os escritos judaicos extrabíblicos escritos sob um suposto nome e conhecidos como “Pseudoepigráficos”. Eram obras escritas com os nomes de líderes do passado (Enoque, Baruque, Esdras, etc).
Lista dos apócrifos do Antigo Testamento
Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Ester 10.4-16.24, História de Suzana, Bel e o Dragão, os três jovens na fornalha (que são acréscimos aos livros de Daniel), Eclesiástico, I e II Macabeus, Oração de Manassés, III e IV Esdras, entre outros.
Embora raramente possam ser encontrados, existem também os livros apócrifos do Novo Testamento, que são entre outros, os seguintes:
Evangelho segundo os hebreus, Os atos de Pilatos, Apocalipse de Pedro, Evangelho de Tomé, Os atos de Paulo, Evangelho aos doze apóstolos e Terceira epístola aos coríntios.
3.1. Resumo das heresias nos apócrifos
T O B I A S
Contém fantasias que qualquer leitor, isento de preconceitos religiosos e bem intencionados, logo notará que são mitos. O conteúdo do citado livro favorece a superstição e coloca em destaque um anjo mentiroso e até mesmo blasfemo.
O livro ainda insinua sem rodeio a salvação mediante obras e também induz a pessoa a mentir.
Apresenta esmolas como uma forma de expiar o pecado. Destaca a prática da magia e do ocultismo ; inclusive, discorre sobre um espírito mau que se apaixona à determinada mulher.
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JUDITE
Apresenta em resumo uma narrativa fictícia de uma senhora judia, viúva da cidade de Nínive, que através de certas peripécias torna-se heroína. Os conceitos que aparecem no livro ensina que se o fim é útil e proveitoso, os meios utilizados para alcança-los, mesmo que sejam maus, são justificados. Ora, isto é sutileza e nada tem com a inspiração divina que perpassa pelos livros canônicos do Santo Livro.
SABEDORIA DE SALOMÃO
Este livro leva o nome deste terceiro rei de Israel, entretanto não tem conexão com ele. O dito livro deixa claro a falsa doutrina da reencarnação. Também a moral que o livro apregoa em seus provérbios e máximas vê-se que é deficiente em relação ao que a Bíblia ensina nesse particular, desde os seus primeiros capítulos.
E C L E S I Á S T I C O
É também chamado de sabedoria de Jesus, filhos de Siraque. Tem certa semelhança bem distante com o livro canônico de Provérbios, mas nota-se que não há nele nada de inspiração divina, como nos livros normais da Bíblia. Não há nada de peso espiritual nele que o iguale a um livro similar, seja do Antigo ou do Novo Testamento. O absurdo do livro de eclesiástico é ensinar o princípio do panteísmo e também o da moral comprometida.
B A R U Q U E
É uma espécie de lamento pela queda de Jerusalém, quando de sua tomada por Nabucodonossor. É o maior dos livros apócrifos : contém 51 capítulos. No seu final, o livro contém a epístola de Jeremias (que em certas bíblias que incluem os apócrifos, é considerado um livro à parte).
Esse Baruque é tido como o escriba do profeta Jeremias, da bíblia. Os Judeus nunca aceitaram esse fato como verídico.
1o e 2o M A C A B E U S
Ambos os livro contém abundante material histórico que conduz a outras fontes históricas da época.
Portanto, são livros de utilidade para pesquisas históricas, mas isso jamais os qualifica como livros divinamente inspirado, e genuinamente bíblicos.
Há neles detalhes impressionantes conducentes à revolta dos irmãos Macabeus, ocorrido no período interbíblico, entre os profetas Malaquias e o ministério de João Batista, o precursor de Jesus, já no Novo Testamento.
Do ponto de vista religioso, uma cuidadosa comparação entre 1o e 2o Macabeus mostra que eles se contradizem. Há neles lendas extravagantes. O livro de 2o Macabeus (que é o mais
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religioso que o primeiro) justifica o suicídio, e sanciona a prática da oração pelos mortos, além de outros ensinos extrabíblicos.
Quanto aos apêndices a livros canônicos já mencionado, o seu conteúdo é da mais simples interpretação e análise, mas todos eles contém impropriedades que os desacreditam como textos inspirados do cânon sagrado.
Por exemplo ; a história de Bel e o Dragão apensa ao livro de Daniel, de um lado contém absurdos no seu relato, e por lado alguma coisa ridícula, indignas de escrito supostamente bíblico.
4. As heresias dos livros Apócrifos
Os livros Apócrifos são livros não inspirados, chamados também deuterocanónicos, que os Católicos incluíram abusivamente no Velho Testamento das suas Bíblias. Porque dizemos abusivamente? Sabemos que o Velho Testamento foi dado ao povo de Israel, que antecede em muitos séculos a igreja Católica, e as Bíblias dos Judeus não têm tais livros. Romanos 3:1,2 comprova o facto do Velho Testamento ter sido dado em primeira mão aos Judeus:
"Qual é logo a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas".
É muito grave acrescentar ou retirar porções das Escrituras. A própria Bíblia adverte:
Deuteronómio 4:2: "Não acrescentareis à Palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando."
Deuteronómio 12:32 : "Tudo o que eu vos ordeno, observareis; nada lhe acrescentarás nem diminuirá."
Provérbios 30:6: "Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso."
Mateus 15:6: "E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus."
Uma outra grande razão porque os Cristãos verdadeiros rejeitam os livros Apócrifos, deve-se à grande quantidade de heresias que tais livros apresentam. Além disso, existem também lendas absurdas e fictícias e graves erros históricos e geográficos, o que fazem os Apócrifos serem desqualificados como Palavra inspirada de Deus. A seguir daremos um resumo de cada livro e logo a seguir mostraremos os seus graves erros.
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5. FATOS QUE IMPUGNAM OS APÓCRIFOS COMO LIVROS DIVINAMENTE INSPIRADO
Eles foram escritos no chamado período interbíblico ( isto é entre o Antigo e Novo Testamento ), exatamente numa época em que o cânon das sagradas Escrituras hebraicas estava encerrado. Nenhum profeta literário Deus suscitou naquele tempo. Basta isto para tirar-lhes qualquer pretensão da canonicidade.
Quando os apócrifos foram aprovados pela Igreja Romana para constarem da bíblia, o cânon das escrituras hebraicas já era reconhecida, fixado e ratificado pelos judeus, desde o Concílio de Jamnio, em Israel, no ano de 90 dC. O Concílio de Trento foi convocado pela Igreja Romana para a tomada de medidas urgentes destinadas a conter o avanço do movimento religioso da Reforma Protestante que ameaçava de vários modos o Catolicismo Romano, o qual via nesses livros base para apoio de suas doutrinas antibíblicas, como:
o Salvação pelas obras, o Oração pelos mortos, o Tradição religiosa de igual autoridade que revelação divina,o Meios justificando os fins. (os jesuítas adotaram este princípio maldito na
famigerada Inquisição).
Os tradutores e editores judeus, da versão septuaginta, incluíram por sua conta os apócrifos nessa versão e isso causou a impressão de serem canônicos, sem o serem. Ora isso aconteceu fora da Palestina (de então), no Egito, e destinada inicialmente aos fins indicados neste artigo. Os líderes judeus da então Palestina nunca teriam feito isso, por temor a Deus, por ortodoxia religiosa e porque nunca haveria consenso entre eles nesse sentido. Em resumo : não foi por serem canônicos que os apócrifos foram incluídos na Versão Septuaginta, mas a sua indevida inclusão deu esta impressão.
Os lideres cristão da Reforma publicaram inicialmente a bíblia com os apócrifos, mas colocando-os como um apêndice no final do Antigo Testamento ; não como livros inspirados, mas apenas com valor literário. Entretanto, a confusão que se seguiu foi inevitável entre o povo leigo, que não sabe distinguir entre um escrito apócrifo e um autêntico, em se tratando de texto bíblico. Até 1.827 a Sociedade Bíblica Britânica e
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Estrangeira publicou a bíblia (em inglês) com os apócrifos, mas com as complicações surgidas e sempre crescente do público, decidiu descartar isso.
Nenhum livro do Novo Testamento cita qualquer dos apócrifos, os quais existiam naquele tempo. Este fato, por si só constitui um solido argumento para a recusa dos evangélicos quanto aos apócrifos. Os seus defensores invocam a Epístola de Judas(versículo 14 e 15), alegando que trata-se ali do livro apócrifo de Enoque (livro esse não aceito pela Igreja Romana. Trata-se de um livro de natureza apocalíptica, muito extenso). Judas, o escritor sacro, não fez uma citação desse tal livro de Enoque : ele cita uma profecia original de Enoque, o homem que andou com Deus, do livro de Gênesis. Uma coisa é que Enoque, o homem ; outra é o livro apócrifo deste nome.
Flávio Josefo, o grande historiador judeu, rejeitou totalmente os apócrifo. Quem compulsar a sua obra notará a sua clareza nesse particular. E Josefo, como ser humano, é uma autoridade respeitável até hoje. Inclusive, as recentes descobertas em Israel através da arqueologia vieram comprovar muitas informações encontradas nas obras deste celebre historiador.
Jesus, o Filho de Deus e nosso bendito salvador, nunca os citou nos seus sermões e ensinos, e os apócrifos já existiam quando Jesus aqui viveu e ensinou. Se tivessem autoridade divina, Jesus os teria citado, como mencionou tanto outros escritos e mensagens dos sacros escritores da Palavra de Deus. Se Jesus silenciou nesse particular, vamos nós acolher e exaltar os apócrifos como sendo a Palavra de Deus ?
Qualquer leitor cristão que se acerque da bíblia com devoção, temor de Deus, oração, fé sincera e humildade, e depois lançar mão de um livro apócrifo, notará imediatamente que os apócrifos nada tem de inspiração divina.
Sempre que um determinado segmento da igreja cristã experimentar um real despertamento bíblico, como a história da igreja registra diversos, os apócrifos são esquecido e a igreja passa a cuidar de coisas mais edificantes para o Reino de Deus.
Mas, à medida que determinado segmento passa por calmaria e entra pelo caminho de secularização e do humanismo, ocorre o sutil e nocivo retorno passando a considerar os apócrifos como de importância bíblica, para a fé e a doutrina cristã.
Não estamos a falar de supostos avivamentos, promovidos pelo homem, mas de reais avivamentos do Espírito Santo.
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6. PSEUDEPIGRAFOS
Há ainda outros escritos religiosos não-canônicos relacionados, tanto com o Antigo como com o Novo Testamento. São chamados pelos eruditos de pseudos-epigráficos, isto é. falsos escritos. Os mais destacados somam 26 títulos. Os principais dos tempos do Novo Testamento somam 24. Inovações doutrinárias continuam a fustigar a Igreja, e não duvidamos que em qualquer dia algum desses pseudos-epigráficos (que são piores do que os apócrifos) sejam também invocados como suporte para a fé e a doutrinas cristã.
É usado pelos protestantes para indicar livros escritos por pessoas inspiradas. Esses livros, no entanto, não estão nos cânones judaico, católico e protestante. Esse termo é inadequado para ser usado em matéria de canonicidade, pois atribui o livro a outro autor que não o escreveu, o que aconteceu com alguns livros canônicos.
Resumindo: pseudepígrafos são os livros religiosos e apocalípticos, escritos com a pretensão de serem sagrados, porém, nem discutidos foram, sendo rejeitados por todos (judeus, católicos e protestantes). Alguns livros pseudepígrafos:
Apocalipse de Sofonias, de Zacarias, de Esdras, Enoque, Os doze patriarcas, entre outros.
Existe uma hipótese de que havia dois cânones hebraicos: um breve, palestinense, fixado em Yamnia (cidade a oeste de Jerusalém, perto do Mediterrâneo, onde havia uma escrita de rabinos) e outro mais amplo, de Alexandria. Não foram os judeus de Alexandria, mas a Igreja Cristã que, manejando a versão dos LXX, fixou o cânon exclusivo. Antes do Concílio de Trento, houve uma sucessão de decisões sinodais acerca da canonicidade da Bíblia.
Os concílios locais de Hipona (393), Cartaginense III (397) e de Cartago (419) aprovaram as listas dos livros do Antigo e do Novo Testamentos, que coincidiram com as de Trento. Foi durante o Concílio de Trento que o decreto De Canonicis Scriptus enumerou 45 livros canônicos do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Esse Concílio aceitou definitivamente os livros deuterocanônicos, em oposição aos protestantes, que optaram pelo cânon hebraico.
Na tradução efetuada por Lutero, em 1534, ele agrupou os livros deuterocanônicos no final da Bíblia, chamando-os de apócrifos e afirmando que sua leitura era útil e boa. Assim também ocorreu com a Bíblia de Zurich, traduzida por Zwuinglio e outros (1 527/29). A Igreja Reformada e a Bíblia de Wicllif (1382) excluíam das Escrituras os deuterocanônicos. A King James Version (1611) imprimiu-os entre os dois Testamentos. As igrejas orientais usavam apenas o cânon hebraico, mas, sob a influência da versão dos LXX, começaram a incluir os deuterocanônicos.
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Com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto (1947), foram esclarecidos alguns dados. De todos os livros incluídos na Bíblia hebraica oficial, somente Ester falta nos rolos e fragmentos de Qumrán. Isso se deve ao fato de não conter o nome de Deus e de acentuar a festa de Purim, uma vez que a comunidade de Qumrán, a dos essênios, observava rigorosamente o calendário hebraico. Os essênios também conservaram cópias dos livros deuterocanônicos, como a Carta de Jeremias (de Baruque), Tobias, Eclesiático, Jubileus, Enoque e diversos documentos da seita.
7. O Perigo dos Apócrifos
Os apócrifos não suportam a menor prova de autenticidade e inspiração divina. No contexto bíblico o termo apócrifo alude à coisas secretas, místicas, ocultas. termo á grego e tem este sentido literal.Já no campo religioso o sentido é não genuíno, impuro, falsificado. Tal sentido teve início com Jerônimo, quando da sua tradução da Vulgata Latina (382-405 dC).
Quando a Bíblia foi inicialmente traduzida para o latim em 170 dC ( a versão conhecida por Vetus Ítala), seu Antigo Testamento foi traduzido do grego da versão Septuaginta, feita antes da era cristã, e não do texto hebraico original. Quando Jerônimo traduziu a Vulgata Latina, como acima mencionamos, com relutância incluiu os livros apócrifos, porque a isso foi compelido por seus superiores eclesiásticos, mas recomendou que esses livros não servia como fonte de fé e doutrina.
7.1. Detalhes sobre os livros apócrifos
Os líderes judeus ortodoxos nunca permitiriam a inserção desses livros na Bíblia, que consiste no cânon hebraico do Antigo Testamento. Na Bíblia de edição romana, o total de livro é de 71 ( e não 66, como a protestante) porque a Igreja Romana desde o concílio de Trento, em 1.546, aprovou e incluiu no cânon do Antigo Testamento, sete livros apócrifos então existentes e mais quatro apêndices e livros canônicos, somando ao todo onze escritos apócrifos nas Bíblias oficialmente adotados por esta igreja.
A primeira Bíblia a trazer os apócrifos ( e muito mais que os atuais) foi a versão Septuaginta, feita do hebraico para o grego, em Alexandria, Egito, cerca de dois séculos antes da era cristã.
Seus tradutores, judeus liberais, trabalhando fora de sua pátria, e apenas como tradutores a serviço do trono do Egito, inseriram os apócrifos no cânon sagrado, como se eles fossem divinamente inspirado como os demais livros que compõem o referido cânon.
Segundo a tradição em documentos da época, a Versão Septuaginta foi feita para prioritariamente enriquecer o acervo do que era na época a maior biblioteca do mundo a de Alexandria.
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Da Septuaginta os apócrifos passaram para a Versão conhecida como Vulgata Latina, da qual fizemos referência. A Vulgata continua a ser a versão oficial Romana, o que foi há pouco mais de um século ratificado pelo concílio Vaticano I, em 1.870. O termo "apócrifo" aparece no novo testamento grego, em passagens como Mc 4.22b, Lc 8.17b e Cl 2.3, sendo variavelmente traduzido como qualquer leitor da Bíblia pode verificar.
"A Vulgata Latina continua a ser a versão oficial da Igreja Romana, o que foi há pouco mais de um século ratificado pelo Concílio Vaticano I, em 1.870".
Jerônimo recomendou claramente que esses livros não podiam servir como fonte de fé e doutrina.
"Do ponto de vista religioso, uma cuidadosa comparação entre 1o e 2o Macabeus mostra que ele se contradizem. Há neles lendas extravagantes.
Livro de 2O Macabeus (que é mais religioso que o primeiro) justificava o suicídio e sancionava a prática da oração pelos mortos, além de outros ensinos extra bíblicos".
Os líderes religiosos judeus jamais aceitaram os escritos apócrifos no cânon sagrado que eles, com fervor, cuidado e escrúpulo religioso, conservam como o seu maior tesouro desde os tempos de Moisés. Esses livros também nunca foram aceitos pela igreja primitiva nos seus primeiros séculos.
O movimento da Reforma Protestante que procurou reconduzir a igreja às suas bases, preceitos e princípio bíblicos, também os rejeitou terminantemente, como textos divinamente inspirados, e portanto, impróprios para integrarem o cânon das Sagradas Escrituras
8. LENDAS, ERROS E HERESIAS
8.1. Histórias fictícias, lendárias e absurdas
Tobias 6.1-4 - "Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiu, e parou na primeira pousada junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu da água um peixe monstruoso para o devorar. À sua vista, Tobias, espavorido, clamou em alta voz, dizendo: Senhor, ele lançou-se a mim. E o anjo disse disse-lhe: Pega-lhe pelas guerras, e puxa-o para ti. Tendo assim feito, puxou-o para terra, e o começou a palpitar a seus pés.
Os Apócrifos solapam a doutrina da inerrância porque esses livros incluem erros históricos e de outra natureza. Assim, se os Apócrifos são considerados parte das Escrituras, isso identifica erros na Palavra de Deus. Esses livros contêm erros históricos, geográficos e cronológicos, além de doutrinas obviamente heréticas; eles até aconselham atos imorais (Judite 9.10,13). Os erros dos Apócrifos são frequentemente apontados em obras de autoridade reconhecida. Por exemplo:
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O erudito bíblico DL René Paehe comenta: "Excepto no caso de determinada informação histórica interessante (especialmente em 1. Macabeus) e alguns belos pensamentos morais (por exemplo Sabedoria de Salomão), Tobias... contém certos erros históricos e geográficos, tais como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1 .15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomado por Nabucodonosor e por Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares... Judite não pode ser histórico porque contém erros evidentes... [Em 2 Macabeus] há também numerosas desordens e discrepâncias em assuntos cronológicos, históricos e numéricos, os quais refletem ignorância ou confusão.
8.2. Ensinam Artes Mágicas ou de Feitiçaria como método de exorcismo
a) Tobias 6.5-9 - "Então disse o anjo: Tira as entranhas a esse peixe, e guarda, porque estas coisas te serão úteis. Feito isto, assou Tobias parte de sua carne, e levaram-na consigo para o caminho; salgaram o resto, para que lhes bastassem até chegassem a Ragés, cidade dos Medos. Então Tobias perguntou ao anjo e disse-lhe: Irmão Azarias, suplico-lhe que me digas de que remédio servirão estas partes do peixe, que tu me mandaste guardar: E o anjo, respondendo, disse-lhe: Se tu puseres um pedacinho do seu coração sobre brasas acesas, o seu fumo afugenta toda a casta de demónios, tanto do homem como da mulher, de sorte que não tornam mais a chegar a eles. E o fel é bom para untar os olhos que têm algumas névoas, e sararão" b) Este ensino que o coração de um peixe tem o poder para expulsar toda espécie de demónios contradiz tudo o que a Bíblia diz sobre como enfrentar o demónio.
c) Deus jamais iria mandar um anjo seu, ensinar a um servo seu, como usar os métodos da macumba e da bruxaria para expulsar demónios.
d) Satanás não pode ser expelido pelos métodos enganosos da feitiçaria e bruxaria, e de facto ele não tem interesse nenhum em expelir demónios (Mt 12.26).
e) Um dos sinais apostólicos era a expulsão de demónios, e a única coisas que tiveram de usar foi o nome de Jesus (Mc 16.17; At 16.18)
8.3. Ensinam que Esmolas e Boas Obras - Limpam os Pecados e Salvam a Alma
a) Tobias 12.8, 9 - "É boa a oração acompanhada do jejum, dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro; porque a esmola livra da morte (eterna), e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna".
Eclesiástico 3.33 - "A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados"
b) Este é o primeiro ensino de Satanás, o mais terrível, e se encontrar basicamente em todas a seitas heréticas.
c) A Salvação por obras, destrói todo o valor da obra vicária de Cristo em favor do pecador. Se caridade e boas obras limpam nossos pecados, nós não precisamos do sangue de Cristo.
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Porém, a Bíblia não deixa dúvidas quanto o valor exclusivo do sangue como um único meio de remissão e perdão de pecados:
- Hb 9:11, 12, 22 - "Mas Cristo... por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção ...sem derramamento de sangue não há remissão."
- I Pe 1:18, 19 - "sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo,"
d) Contradiz Bíblia toda. Ela declara que somente pela graça de Deus e o sangue de Cristo o homem pode alcançar justificação e completa redenção:
- Romanos 3.20, 24, 24 e 29 - "Ninguém será justificado diante dele pelas obras da lei.. sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. A quem Deus propôs no seu sangue.... Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei".
8.4. Ensinam o Perdão dos pecados através das orações
a) Eclesiástico 3.4 - "O que ama a Deus implorará o perdão dos seus pecados, e se absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua oração de todos os dias".
b) O perdão dos pecados não está baseado na oração que se faz pedindo o perdão, não é fé na oração, e sim fé naquele que perdoa o pecado, a oração por si só, é uma boa obra que a ninguém pode salvar. Somente a oração de confissão e arrependimento baseadas na fé no sacrifício vicário de Cristo traz o perdão (Pv. 28.13; I Jo 1.9; I Jo 2.1,2)
8.5. Ensinam a Oração Pelos Mortos
a) 2 Macabeus 12:43-46 - "e tendo feito uma coleta, mandou 12 mil dracmas de prata a Jerusalém, para serem oferecidas em sacrifícios pelos pecados dos mortos, sentindo bem e religiosamente a ressurreição, (porque, se ele não esperasse que os que tinham sido mortos, haviam um dia de ressuscitar, teria por uma coisa supérflua e vã orar pelos defuntos); e porque ele considerava que aos que tinham falecido na piedade estava reservada uma grandíssima misericórdia. É, pois, um santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados".
b) É neste texto falso, de um livro não canónico, que contradiz toda a Bíblia, que a Igreja Católica Romana baseia a sua falsa e herege doutrina do purgatório.
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c) Este é novamente um ensino Satânico para desviar o homem da redenção exclusiva pelo sangue de Cristo, e não por orações que livram as almas do fogo de um lugar inventado pela mente doentia e apostata dos teólogos católicos romanos.
d) Após a morte o destino de todos os homens é selado, uns para perdição eterna e outros para a Salvação eterna - não existe meio de mudar o destinos de alguém após a sua morte. Veja Mt. 7:13,13; Lc 16.26
8.6. Ensinam a Existência de um Lugar Chamado PURGATÓRIO
a) Este é o ensino herético e satânico inventado pela Igreja Católica Romana, de que o homem, mesmo morrendo perdido, pode ter uma Segunda chance de Salvação.
b) Sabedoria 3.1-4 - "As almas dos justos estão na mão de Deus, e não os tocará o tormento da morte. Pareceu aos olhos dos insensatos que morriam; e a sua saída deste mundo foi considerada como uma aflição, e a sua separação de nós como um extermínio; mas eles estão em paz (no céu). E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade".
c) A Igreja Católica baseia a doutrina do purgatório na ultima parte deste texto, onde diz: " E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade".
- Eles ensinam que o tormento em que o justo está, é o purgatório que o purifica para entrar na imortalidade.
- Isto é uma deturpação do próprio texto do livro apócrifo. De modo, que a igreja Católica é capaz de qualquer desonestidade textual, para manter suas heresias.
- Até porque, ganha muito dinheiro com as indulgências e missas rezadas pelos mortos.
d) Leia atentamente as seguinte textos das Escrituras, que mostram a impossibilidade do purgatório :
I Jo 1.7; Hb 9.22; Lc 23.40-43; I6: 19-31; I Co 15:55-58; I Ts 4:12-17; Ap 14:13; Ec 12:7; Fp 1:23; Sl 49:7-8; II Tm 2:11-13; At 10:43)
8.7. Nos Livros Apócrifos Os Anjos Mentem
a) Tobias 5.15-19 - "E o anjo disse-lhe: Eu o conduzirei e to reconduzirei. Tobias respondeu: Peço-te que me digas de que família e de tribo és tu? O anjo Rafael disse-lhe: Procuras saber a família do mercenário, ou o mesmo mercenário que vá com teu filho? Mas para que te não ponhas em cuidados, eu sou Azarias, filho do grande Ananias. E Tobias respondeu-lhe: Tu és de uma ilustre família. Mas peço-te que te não ofendas por eu desejar conhecer a tua geração.
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b) Um anjo de Deus não poderia mentir sobre a sua identidade, sem violar a própria lei santa de Deus. Todos os anjos de Deus, foram verdadeiros quando lhes foi perguntado a sua identidade. Veja Lc 1.19
8.8. Mulher que Jejuava Todos os Dias de Sua Vida
a) Judite 8:5,6 - "e no andar superior de sua casa tinha feito para si um quarto retirado, no qual se conservava recolhida com as suas criadas, e, trazendo um cilício sobre os seus rins, jejuava todos os dias de sua vida, exceto nos sábados, e nas neoménias, e nas festas da casa de Israel"
b) Este texto legendário tem sido usado por romana relacionado com a canonização dos "santos" de idolatria. Em nenhuma parte da Bíblia jejuar todos os dias da vida é sinal de santidade. Cristo jejuou 40 dias e 40 noites e depois não jejuou mais.
c) O livro de Judite é claramente um produção humana, uma lenda inspirada pelo Diabo, para escravizar os homens aos ensinos da igreja Católica Romana.
8.9. Ensinam Atitudes Anticristãs, como: Vingança, Crueldade e Egoísmo
a) VINGANÇA - Judite 9:2
b) CRUELDADE e EGOÍSMO - Eclesiástico 12:6
c) Contraria o que a Bíblia diz sobre:
- Vingança (Rm 12.19, 17)
- Crueldade e Egoísmo ( Pv. 25:21,22; Rm 12:20; Jo 6:5; Mt 6:44-48)
9. O SILÊNCIO DE DEUS
"Até quando, ó verdadeiro e santo dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram". Apocalipse 6:10-11.
"Virá o nosso Deus, e não se calará; um fogo se irá consumindo diante dele, e haverá grande tormenta ao redor dele". Salmo 50:3.
A primeira das passagens acima nos dá o clamor das almas mártires que João viu debaixo do altar do templo celestial. Seus apelos são para justiça contra os seus assassinos. Aqui temos
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prova de que a alma não existe numa forma inconsciente durante o período intermediário. Estas almas estão conscientes. Elas clamam pelo julgamento da terra.
Em resposta aos seus clamores, eles recebem vestes brancas; sinal de que seus clamores pelo julgamento dos ímpios são justificados. Enquanto vivo, o santo deve orar pelos seus inimigos, mas após a morte ele ora contra seus inimigos. Estas almas mártires são avisadas que devem esperar pelas outras almas que serão mortas pela causa de Cristo. Tudo isto indica que esta dispensação de misericórdia findará em cruel perseguição dos filhos de Deus. Parece que os dias de martírio estão tanto no futuro quanto foram no passado para os santos. E ninguém sabe quando será chamado para confirmar sua fé com seu próprio sangue. Quem sabe se num futuro breve veremos algum decreto do governo que nos provará para ver se obedeceremos a Deus ou ao homem?
O próximo trecho é seqüência deste. Veremos nele o tempo quando o clamor dos mártires será ouvido e a vingança será executada. Nosso Deus virá, e não permanecerá em silêncio; um fogo devorador virá diante dEle e haverá tempestade em seu redor. O trecho fala do tempo quando a longanimidade de Deus findará, e Cristo vem com julgamento, mesmo em chama ardente, vingando-se dos que não conhecem a Deus e não obedecem ao evangelho. 2 Tessalonicenses 1:8.
9.1. O PROBLEMA DUM DEUS SILENCIOSO
Queremos significar com o termo, "silêncio de Deus", que Deus não está Se manifestando publica e abertamente como fez em outros tempos. Isto é, Ele não está operando milagres em público como antigamente. O dicionário diz que milagre é um acontecimento que não pode ser atribuído às forças da natureza, sendo, portanto, atribuído à força sobrenatural. E nós indicamos com o termo milagre público, em milagre que prova sem sombra de dúvida a existência de Deus. Robert Anderson diz que desde os tempos apostólicos não houve milagre público que provasse a existência de Deus. Um céu silencioso é o maior mistério de nossa existência. Um céu em silêncio é a maior prova à fé dum santo. O ateu não crê na possibilidade de milagres, pois ele não crê na existência dum Deus pessoal e poderoso. O problema do crente é a ausência de milagres. Como crente num Deus pessoal, poderoso, e que ama, ele não entende porque os milagres não são comuns em nossos dias.
Se existe um Deus, porque Ele permite as coisas serem como as vemos hoje? Por que Ele não se ergue e põe abaixo o erro e a rebelião desta terra? Por que Ele permite que os ímpios oprimam aos justos? Se há um Deus Todo-Poderoso, por que Ele não age? São estes os clamores de mães que vêem seus filhos na miséria das guerras. Como pode um Deus bondoso e poderoso ficar em silêncio diante de tal desprezo dos inimigos e do clamor de Seus filhos? Se há um Deus Todo-Poderoso e pessoal por que sofrem os justos, ao passo que os perversos prosperam? Em face destas questões é que os ímpios estabelecem suas vidas e os crentes enchem-se de frustração e perplexidade.
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Nos dias de Moisés Deus estava abertamente operando milagres de maneira que mesmo os perversos mágicos egípcios tinham que confessar: "Isto é o dedo de Deus". Êxodo 8:19. E nos dias do ministério de Cristo aqui na terra, os milagres eram comuns e nem sequer eram questionados pelos Seus adversários. Seus milagres O fizeram famoso, mas não ganharam nenhum verdadeiro adepto. Em João 2:23 lemos que "estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos vendo os sinais que fazia, creram no seu nome. Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia; e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem". Os que confiavam pelos sinais que viam não eram de confiança.
Os milagres continuaram através dos dias dos apóstolos, mas tornavam-se mais raros ao fim da era apostólica. O dom de milagres foi divinamente entregue e distribuído entre os membros das primeiras igrejas.
10. A AUSÊNCIA DE MILAGRES PÚBLICOS HOJE
É óbvio que não temos os milagres públicos hoje, pelo menos não da mesma inconfundível maneira como em outros tempos. Sei que hoje alguns dizem ter a capacidade de operar milagres de cura e de falar em línguas (geralmente seus limites são estes dois), mas algo está tão manifestadamente faltando nestes seus ditos milagres que encontramos logo muita desconfiança. E quando investigados há lugar para interrogação, que não era o caso nos dias de Cristo e dos apóstolos.
Há um problema com o silêncio de Deus. Quando Pedro encontrava-se na prisão esperando a morte, Deus mandou um anjo para livrá-lo. E Paulo foi milagrosamente libertado em Filipos. Mas desde estes tempos milhões de santos já foram martirizados, e seus clamores pelo livramento não foram ouvidos até o momento presente. Os céus acima são como metal que reflete os pedidos.
Nos dias da escravidão de Israel, Faraó disse: "Quem é este Senhor a quem ouvirei"? Deus aceitou o desafio desta monarca soberba e demonstrou Seu poder de maneira terrível; mas nos dias presentes os homens desafiam a Deus e até mesmo ridicularizam a idéia dum Deus pessoal; e os céus nada dizem. Carlos Smith e outros ateus teóricos quase desgastaram todas as palavras más condenando a religião, negando a Deus, e empilhando os abusos contra a Bíblia; e a todos estes ataques, Deus continua em silêncio.
11. EXPLICAÇÃO DO SILÊNCIO DIVINO
O silêncio de Deus, diante de Seus desafiadores que O querem combater, pode ser explicado. O silêncio de Deus aos Seus filhos suplicantes tem explicação. Qual é a explicação?
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RESPOSTAS NEGATIVAS:
1. Não é por falta de poder que Deus permanece no silêncio. Ele nunca se encontra incapacitado diante da oposição. Não há crise com Deus. "O que a sua alma quiser, isso fará". Jó 23:13. Ele pode livrar Seus filhos de todos os perigos. Com fé podemos cantar:
2. Não é por falta de interesse. O Pai celestial é o mais sábio e o melhor dentre os pais. Ele nunca comete erro no cuidar de Seus filhos.
Recebemos a ordem de colocar todos os nossos cuidados sobre Ele, sendo que Ele cuida de nós. Quando clamamos a Ele em nossas angústias, e Ele não responde como queremos que Ele responda, não pense que Ele não se importa. É por causa de Seu cuidado por nós que muitas vezes não recebemos o que pedimos. Ele é mais sábio do que nós em nossos pedidos. É o nosso amor e interesse em nossos filhos que nos fazem negar certos pedidos. Quando estamos doentes e pedimos que Deus nos cure, e isto não acontece, fiquemos certos que é melhor estarmos doentes. Deus nos ensina certas coisas na cama da enfermidade que de outra maneira jamais aprenderíamos. Algumas lições são melhores aprendidas com enfermidades do que com saúde. A Bíblia é um livro mais doce no quarto do doente que na oficina. Se orarmos pelo nosso livramento dos nossos inimigos, e Ele não livra, é para que o ouçamos Ele dizer: "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é reino dos céus". A maior honra que a perversidade pode prestar à justiça é persegui-la. É dom de Deus podermos sofrer pelo Seu nome. Spurgeon escreve: "Não por nenhuma falta pessoal, mas simplesmente por causa do caráter temente a Deus, que os Daniéis de Deus são desprezados: mas são abençoados pelo que parece ser uma maldição".
3. Não é por falta de conhecimento da parte de Deus. A onisciência de Deus é uma das verdades mais preciosas ao crente. Um dos mais belos salmos de Davi é o Salmo 139:1-3, onde é celebrada a onisciência de Deus: "Senhor, tu me sondas, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos". Eis aqui uma ótima prova para minha espiritualidade. Será que me alegro no fato de que Deus conhece tudo ao meu respeito? É bom saber que Deus sabe do nosso desprezo e de nossa luta contra o mal. Ele sabe que Seu povo tem fome e sede de justiça, e Ele prometeu encher os Seus com retidão e justiça. Certamente Ele nos encherá de justiça, pois foi Ele que provocou em nós tal sede. Um dia todo santo será perfeito como deseja ser.
4. O silêncio de Deus não indica Sua ausência no trono. Deus ainda está no trono. Ele ainda opera todas as coisas segundo o conselho de Sua vontade. Mas Ele não está ainda governando abertamente diante do público. Ele está por detrás do palco dirigindo o drama da história humana. Seu reino é secreto e não público. Ele governa por intermédio da providência e esta é misteriosa. Seus julgamentos são insondáveis e além da nossa compreensão. Romanos 11:33. O dedo de Deus está operando no dia de hoje, mas o mundo não vê. Ele está operando milagre no presente século, mas não de forma pública.
5. O silêncio de Deus não é por falta de fé por parte do Seu povo. Este não é o motivo para a ausência de milagres ao público nos dias atuais. Muitas vezes ouvimos dizer que se o povo de
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Deus tivesse hoje a fé de Pedro e de Paulo, veríamos também milagres públicos. Não cremos nisto. Não estamos argumentando que temos a fé que devemos ter, mas este não é o motivo para a falta de milagres. Os milagres foram objetos de testemunho a Israel como uma nação, e quando o Evangelho passou dos judeus para os gentios os milagres cessaram. Os milagres tinham como propósito confirmar a Jesus como o Messias. Os milagres eram a carteira de identidade de Cristo. Mencionaremos um caso como ilustração: Um dia um leproso veio ao Senhor e o louvou dizendo: "Se queres, bem podes limpar-me". O Senhor o curou com um toque, e advertiu que não dissesse a ninguém, mas que fosse ao sacerdote para ser pronunciado limpo. Marcos 1:44. Desta maneira ele estaria testificando, pelo sacerdócio, que havia um dentre eles que podia curar a lepra, sendo portanto o sacerdote. Mesmo com todos os milagres que testificavam da presença do Messias, a nação rejeitou o Cristo (o Messias) no Seu ministério pessoal e no ministério de Seus apóstolos: e assim cessaram-se os milagres.
RESPOSTAS À QUESTÃO DE MANEIRA POSITIVA
1. A natureza ou tipo de obra divina no século presente não requer milagres. Se fossem necessários, fique certo de que os teríamos. Ele é tão capaz de operar milagres nos dias de hoje quanto era nos dias dos apóstolos. Este é o dia de salvação, e os milagres não são necessários à fé. Isto é, milagres públicos, como o homem rico queria que fossem operados. Quando levantou os olhos do Hades e viu a Abraão rogou que mandasse Lázaro levantar-se dos mortos para pregar aos seus cinco irmãos que ainda viviam num mundo de incredulidade. Ele contendia que se alguém se levantasse dentre os mortos eles se arrependeriam. Mas a resposta foi que se eles recusavam a mensagem de Moisés e dos profetas... se não acreditavam na Palavra de Deus? não seriam convencidos da verdade ainda que alguém se levantasse dos mortos. Lucas 16:27-3. A fé vem pelo ouvir, e ouvir pela palavra de Deus. Romanos 10:17. Os milagres não são necessários para se haver fé. Uma certa senhora, que acreditava em muitas teorias contrárias às Escrituras, vendo a firmeza de D. F. Sebastian, grande homem de Deus, tentando convencê-lo disse: "Se pudesses ver o que já vi, crerias da mesma maneira que eu creio". Este homem perspicaz e grande servo de Deus, prontamente respondeu: "Se pudesses ouvir o que já ouvi, crerias como eu creio".
2. Os milagres não são necessários para provar o amor de Deus pelos pecadores. Não temos direito algum de pedir milagres de Deus como prova de Seu amor para conosco. Mesmo assim tal pedido seria prova de nossa incredulidade. Temos Sua Palavra de que Ele ama aos pecadores, e se tomarmos o lugar de pecador e confiarmos no Salvador que Ele providenciou, teremos certeza de que Ele nos ama. Deus já provou com grande evidência o Seu amor para com os pecadores na dádiva de Seu Filho para morrer por eles, e se Ele operasse um milagre para provar o mesmo, isto seria prêmio para a incredulidade. Os milagres nunca salvaram ninguém, mesmo nos dias quando eram comuns. Judas viveu com Cristo e viu a maioria de Seus milagres, porém, não foi salvo. Onde a maioria de Suas grandes obras foi feito, o povo era repreendido pela sua incredulidade. Está escrito concernente ao povo de Jerusalém: "E, ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam nele". João 12:37.
3. Os sinais ou milagres públicos, geralmente são associados ao julgamento. Os sinais do Egito foram milagres de julgamento. E os grandes sinais vindouros serão associados com o
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julgamento da terra. Quando Deus estiver pronto para julgar este mundo perverso, Ele começará a operar milagrosamente. O dedo de Deus será novamente visto sobre a terra. "Nosso Deus virá e não permanecerá em silêncio". Ele se manifesta agora aos Seus, eles vêem Sua mão milagrosa em seus a fazeres, mas Deus se esconde dos incrédulos. Sua Palavra satisfaz aos Seus filhos e Ele não pretende satisfazer à curiosidade néscia dos incrédulos através de milagres.
4. A Bíblia revela que haverá sinais ou milagres públicos nos últimos dias desta dispensação, mas serão do diabo e não de Deus. Nosso Senhor, falando sobre os sinais de Sua vinda, disse que falsos cristos e falsos profetas levantar-se-iam e mostrariam grandes sinais e maravilhas: de maneira que se fosse possível, até os eleitos seriam enganados. Mateus 29:24. A palavra "sinal" na passagem é a mesma que geralmente traduz-se como milagre. Em Apocalipse 13 lemos que o falso profeta fará grandes prodígios e maravilhas, e que ele fará descer fogo do céu sobre a terra à vista dos homens, e enganará aos que vivem sobre a terra por estes sinais. Em 2 Tessalonicenses 2:9, lemos que a vinda do "homem do pecado" será após as obras satânicas de poder e sinais (milagres) e de maravilhas mentirosas. Se alguém está atualmente operando milagres, tal dom é de Satanás e não de Deus, e é sinal do fim dos tempos.
Há um clamor no dia de hoje no setor religioso pelo miraculoso, o sensacional e o espetacular. Isto é porque o povo está cansado da Palavra de Deus. O povo que busca milagres como sinal ou prova do favor e da presença de Deus estão se colocando em boa posição para ser enganado. O que é sobrenatural não é necessariamente divino.
ESTE NÃO É O DIA DE JULGAMENTO
Este é o dia da salvação e não de julgamento. Este é o dia da paciência de Deus. A única pessoa com direito de julgar é Cristo, e Ele está sobre o trono da graça, em amor e graça, enquanto espera o fim dos tempos. Quando Ele romper novamente o silêncio, será com palavras de ira, e serão derramados os julgamentos que cobrirão o mundo. "Nosso Deus virá e não permanecerá em silêncio". Ele hoje Se encontra silencioso, neste dia da graça, quanto à Sua manifestação pública, mas breve vem o dia quando falará em Sua ira aos Seus inimigos para serem Seu pedestal. Ele já falou Sua última palavra de desprazer. Salmo 2.
UM CÉU SILENCIOSO!
Sim, mas este não é o silêncio dum Deus fraco e vencido. Um céu silencioso! Certamente, mas não é o silêncio dum Pai calado e indiferente. Um céu silencioso! Certamente, mas não o silêncio dum Pai que esquece os Seus filhos. É um silêncio que prova e promete que para o mais vil pecador ainda o caminho para o céu está aberto. É a segurança de que ainda vivemos no dia da salvação. Quando o crente esmorece e o ímpio se revolta, e homens pedem a Deus que Ele rompa o silêncio e mostre Sua mão sobre a terra, pouco sabem o que isto implica. Isto significará o fim da misericórdia; significará o fim do reino da graça; significará o fim do dia da misericórdia; será o fechar da porta da arca da salvação; significará o romper do dia da ira? o dia da revelação do justo julgamento de Deus.
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"Conhecendo o terror do Senhor", como Paulo, persuadimos aos homens. Porque existe ira, avisamos aos homens para que escapem da ira vindoura. Sabendo que não há outro nome pelo qual somos salvos, rogamos que os homens confiem no Senhor Jesus Cristo.
Deus nos falou pelo Seu Filho. Temos a mensagem de Seu Filho na Bíblia. Ela nos diz que vida eterna está em Jesus Cristo. Ela nos diz que o Filho foi punido para que o pecador não perecesse. Despreze esta mensagem, rejeite o Filho, e quando Deus falar novamente, ouvirá Sua voz em tom de julgamento.
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