4.11 BACIAs HIDROGR`FICAs do leste - Professor Alonso Goes ... · conduz atØ o manguezal toda a...

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- CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

A Região Leste do Estado da Bahia possui emsua área de drenagem uma série de baciashidrográficas de dimensões relativamente re-duzidas. São elas, as Bacias dos Rios Almada,Cachoeira, Una e Doce, sendo a Bacia do RioCachoeira a de maior extensão, abrangendoos Municípios de Itororó, Firmino Alves, Itajúdo Colônia, Santa Cruz da Vitória, FlorestaAzul, Ibicaraí, Itapé, Barro Preto, Itabuna,Jussarí, Buerarema e Ilhéus.

A região abrangida por essa apresenta umagradação climática caracterizada por três fai-xas, sendo a primeira de clima úmido, segui-da de uma faixa de transição que vai de úmidoa sub-úmido e por último um clima sub-úmi-do a seco. Essa distribuição climática acom-panha a pluviometria, que decresce do litoralpara o interior, com médias anuais que vari-am entre 2.000 mm, na região costeira, a 800mm, nas áreas mais interiores, podendo aschuvas máximas ocorrerem em qualquer épo-ca do ano.

A temperatura varia entre 10 e 23 ºC nas regi-ões mais interiores. Nas regiões costeiras astemperaturas são mais elevadas, devido a açãodas brisas marítimas e terrestres, de velocida-de constante. Já nas áreas mais interiores, pre-dominam os ventos alísios do SE, oriundos dazona de alta pressão subtropical do Atlântico

Sul, e que têm velocidade média em torno de2 m/s, sendo mais fortes de março a setem-bro.

A evaporação nas Bacias do Leste aumenta deleste para oeste, com índices máximos anuaisque chegam a 2.037 mm, e mínimos anuais emtorno de 1.458 mm. O trimestre de janeiro amarço é o que apresenta os maiores valoresmédios, ocorrendo no mês de junho as menoresmédias. Na faixa litorânea não se observam pe-ríodos de déficit hídrico, enquanto que nas por-ções interiores verifica-se um déficit hídrico va-riado em todos os meses do ano.

Dentre os vários mananciais hídricos das Ba-cias do Leste destacam-se os rios: Colônia,Cachoeira, Una, Almada e Lagoa Encantada.A geologia da região abrangida pelas Baciasdo Leste engloba rochas metamórficas,intrusivas e sedimentares de idades variadas,corres-pondendo a períodos geológicos quevão do Proterozóico ao Quaternário. Ocorrena área da bacia cinco unidades geológicasdistintas: Embasamento Cristalino; Grupo RioPardo; Supergrupo Bahia; Formação Barreirase Depósitos Quaternários. O EmbasamentoCristalino apresenta a maior distribuição naárea da região Leste da Bahia. O Grupo RioPardo, do Proterozóico Superior, apresenta dis-tribuição restrita ao sul da área, incluindo aslocalidades de Santa Luzia e Betânia. As ro-

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chas sedimentares pertencem ao SubgrupoBahia, Formação Marizal e Urucutuca com dis-tribuição restrita na porção costeira norte daárea. Já a Formação Barreiras compõe-se desedimentos inconsolidados, com predominân-cia na porção leste das bacias, sendo caracte-rísticas as formas de relevo em tabuleiros mo-delados sobre essa formação, destacando-sesua suscetibilidade a erosão. Os depósitosQuaternários costeiros são encontrados na re-gião litorânea associados à foz dos rios, cor-dões litorâneos ou cordões de praia e os alu-viões são depósitos associados aos cursosd'água. Outras fácies são as planícies de maré,associadas aos manguezais.

A região das Bacias do Leste apresenta grandepotencial para exploração de rochas ornamen-tais, com lavras em operação e áreas de jazi-das ainda não exploradas. Ressalta-se a pre-sença de rochas do tipo sodalitasienito, co-mercialmente conhecido como Granito Azulda Bahia, com áreas de ocorrência em SantaCruz da Vitória, Itajú do Colônia e FlorestaAzul. O estado é o único produtor nacionaldessa rocha ornamental que alcança boa cota-ção no mercado internacional e nacional. Ocor-rem também outros tipos litológicos que seenquadram a classificação de granitos orna-mentais. Destacam-se os monzonitos,granitóides (granulitos e gnaisses). Outros re-cursos minerais encontram-se associados aosmetamorfitos do Grupo Rio Pardo. Sendo alvode atividade de garimpagem esporádica. A re-gião apresenta bom potencial para a explora-ção de materiais utilizados na construção ci-vil e olaria, principalmente nos MantosColúvio-Eluvionares do Embasamento Crista-lino e Formação Barreiras. Os rios dessa ba-cia, apesar de correrem sobre relevo acidenta-

do, não apresentam potencialidade para estu-dos referentes a instalação de pequenas cen-trais hidrelétricas (HIGESA, 1997).

Na região das Bacias do Leste foram identifica-dos seis domínios morfológicos distintos:

. Planície Marinha e Fluviomarinha - Ocorre nacosta, com variação altimétrica de 0 a 20 m,sempre suscetíveis a inundações em sua por-ção mais baixa e abrigando ecossistemas sen-síveis, destacando-se os manguezais, restingas,campos de dunas e lagoas.

. Tabuleiros Costeiros - Apresentam médiaaltimétrica abaixo de 100 m e inclinação geralpara o mar. São formas de relevo que coinci-dem basicamente com áreas de ocorrência daFormação Barreiras.

. Tabuleiros Pré-litorâneoes - Apresentam altitudeem torno de 100 a 200 m com seus domíniosincluindo parte da Formação Barreiras e princi-palmente áreas de ocorrência do EmbasamentoCristalino aIterado.

. Tabuleiros do Rio Pardo - Com altitude de 100 a300 m, incluem tabuleiros dissecados, desen-volvidos sobre as rochas do Grupo Rio Pardo.

. Serras e Maciços Pré-litorâneos - Abrangemrelevos montanhosos, entremeados por áreasrelativamente planas. As altitudes variam demenos de 100 m a mais de 1.000 m e incluemos principais relevos positivos da área. Sua dis-tribuição delimita, a grosso modo, a depres-são de Itabuna-Itapetinga.

. Depressão de Itabuna-Itapetinga - Ocupa a faixacentral da área com direção SW-NE e apresenta-

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se com domínio rebaixado, com altitudes de 200a 400 m, chegando a valores inferiores a 100 m.As declividades são suaves e moderadas.

Na área compreendida pelas Bacias do Leste fo-ram identificados os solos latossólicos, podzois, esolos indiscriminados de mangue. Nessa regiãoforam identificadas as seguintes unidadesgeomorfológicas e pedológicas, de acordo com oquadro 4.11.1.

QUADRO 4.11.1 - CLASSES DE SOLOS QUE COMPÕEM AS BACIAS DO LESTEClasses de solo Profundidade Drenagem Textura Fertilidade

SUPERFÍCIES RETRABALHADASParte Ociental da Bacia

Brunizémavermelhados

Mediana Bem drenados Média/argilosa e

média

Natural alta

Podzólicos Profundos Moderada Média/argilosa Média a altaSolos litólicos Rasos - Média Média

Parte Central da BaciaPodzólico Pouco a

MedianaBem drenados Média/

argilosa emédia

Natural alta(afloramento de rocha)

Latossolos Profundos Bem drenados Média aargilosa

Natural baixa

Solos litólicos Rasos - Média Natural alta(afloramento de rocha)

Parte Oriental da BaciaLatossolos Profundos Bem drenados Muito argilosa e

argilosaÁcido e Fertilidade

natural baixaGleissolos Profundos Encharcados Indiscriminada Ácido e Fertilidade

natural baixaTABULEIROS COSTEIROS

Latossolo Profundos Bem drenados Média e muitoargilosa

Ácido e Fertilidadenatural baixa

Podzólico Mediana Bem drenados Média/argilosa Fertilidade naturalbaixa

Solos aluviais Profundos Mal drenados Arenosa Ácido e Fertilidadenatural baixa

BAIXADA LITORÂNEAPodzóis Mediana Mal drenados Arenosa Ácido e Fertilidade

natural baixaAreias marinhas Profundos Excessiva Ácido e Fertilidade

natural baixa(FONTE: SRHSH, 1996)

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Nessas bacias as áreas mais utilizadas para aatividade de irrigação encontram-se localizadasàs margens do Rio Colônia, próximas aos muni-cípios de Itororó, e mais ao norte em Coarací.

Na área dessas bacias foram identificadas 04(quatro) domínios florestais: Floresta Ombrófila(Mata Atlântica), Floresta EstacionalSemidecidual e Decidual e Formações Pioneiras(Restingas e Mangues), descritas a seguir:

. Floresta Ombrófila (Mata Atlântica) - É oecossistema de maior importância pela suaexuberância e complexidade. Compõe-se dedensas comunidades arbóreas com árvores dealturas superiores a 30 metros, entremeadaspor estratos inferiores, constituídas de árvo-res e arbustos além de alta densidade deepífitas. A floresta original vem sendo forte-mente impactada com seu contínuodesmatamento ocasionado pela crise econô-mica da região, restando atualmente peque-nas áreas remanescentes nos morros, em re-servas legais ou região da "cabruca", onde osub-bosque foi raleado para o cultivo do ca-cau. As demais áreas foram ocupadas por pas-tagens e outras culturas. Dentre as principaisespécies da Mata Atlântica das Bacias do Les-te destacam-se a matataúba (Dinomopanaxmorototoni), pau-de-cachimbo (Peschieriasalmzmuanii), cortiça (Anonna glabra), ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia), ipê-branco(Tabebuia elliptica), aderno (Astroniumgracile), jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra),vinhático (Plathymenia reticulata), massa-randuba (Manikara salzmanii), sucupira(Bowdichia virgiloides), pau-brasil (Ceassal-pinia echinata), dentre outras. Dentre as es-pécies da Mata Atlântica consideradas comoem vias de extinção pelo IBAMA estão o

jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra), a braúna-preta (Melanoxylon brauna), o pau-brasil(Ceassalpinia echinata), a canela-sassafrás(Ocotea preiosa). Como espécies endêmicassão citadas o óleo-corumbá (Macrolobiumlatifolium) e Senna formosa.

. Floresta Semi-Decidual - Formada por árvo-res que podem atingir mais de 20 metros, di-fere da Mata Atlântica pelo maior número deespécies no estrato superior. Esse ecossistematambém encontra-se bastante impactado pelasubstituição por pastagens, sendo as Regiõesde Ibicaraí e Itabuna as mais afetadas. As prin-cipais espécies deste tipo de ambiente são dopau d'arco (Tabebuia sp.), jequitibá (Carinianaestrellaris) e o cedro (Cedrela odorata).

. Floresta Estacional Decidual - Ocorre nas regi-ões mais ao interior, onde a estação seca é maisacentuada, com índice de umidade negativo. Essavegetação encontra-se também bastanteimpactada, com mais intensidade nos Municí-pios de Floresta Azul e Itajú do Colônia.

. Áreas de Formações Pioneiras - Estão incluí-das as restingas que acompanham todo o lito-ral sul do estado, com ocorrência em todosos municípios litorâneos dessa bacia. É umavegetação adaptada à mobilidade do solo ealta salinidade, característica de zonas cos-teiras, destacando-se a ocorrência dos gêne-ros Myrcia, Eugenia, Eleocharia, Lantra,Bonnetria, Attalea e outros. Devido a locali-zação das restingas em área de interesse tu-rístico, as mesmas sofrem impactos relevan-tes gerados pela especulação imobiliária, in-vasões para a construção de moradias, ocor-rendo focos de poluição por esgotos domésti-cos e lixo urbano. Os manguezais e as "áreas

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úmidas" que incluem os pântanos, brejos, pla-nícies aluviais, várzeas, marismas (áreasalagadiças), mussunungas e outras, ocorremnas Bacias do Leste nas zonas estuarinas devários rios ao longo da costa, com destaquepara as áreas próximas à Ilhéus e Una. Essasregiões são importantes como sítios para pro-dução de alimento de subsistência para vári-as populações ribeirinhas. As espécies típicasdo manguezal são o mangue-vermelho(Rhizophora mangle), mangue branco(Laguncularia racemosa) e a siriúba (Avicenniatomentosa e A. schaueriana). O estado de con-servação desses ecossistemas é razoável namaior parte de sua extensão, ocorrendo de-gradação mais acentuada na região de Ilhéuspela péssima condição do Rio Cachoeira, queconduz até o manguezal toda a poluição des-cartada em seu leito.

As Bacias do Leste fazem parte da área do domíniofitoecológico da Mata Atlântica, ecossistema bas-tante degradado e ameaçado de extinção. A dimi-nuição da cobertura vegetal na região leva a umaconsequente redução da disponibilidade de habitatspara os animais adaptados, conduzindo a migra-ção ou extinção dos mesmos. Entretanto, mesmoapresentando ambientes antropizados, osecossistemas presentes nesta região ainda exibemuma fauna representativa, principalmente de ver-tebrados. A Região das Bacias do Leste, contémunidades de conservação, abrangendo as unidadesde uso indireto e as unidades de uso direto. Asunidades de conservação de uso indireto estão re-presentadas nestas regiões com uma Reserva Bio-lógica, e um Parque Estadual. Na área dessas uni-dades de conservação não são permitido ativida-des antrópicas, exceto a pesquisa científica, a edu-cação ambiental e a recreação. As unidades deconservação de uso indireto nessas bacias são:

. Reserva Biológica de Una, com área de11.400ha, criada através de Decreto Federalnº 85.463 de 10.12.80;

. Parque Estadual Serra do Condurú, com umaárea de 7.000ha, criado através do Decreto nº6.227 em 24.02.94;

As unidades de conservação de uso direto per-mitem o uso sustentável dos recursos naturaisdas áreas designadas, sendo controladas atravésdo seu zoneamento e de planos de manejo. Asbacias consideradas contêm duas unidades deconservação de uso direto:

. Área de Proteção Ambiental (APA) de Costa deItacaré/Serra Grande, com uma área de14.925ha, criada através de Decreto Estadualnº 2.186 de 07.06.93;

. Área de Proteção Ambiental (APA) da LagoaEncantada, com uma área de 1.800ha, criadasob Decreto Estadual nº 2.217 de 14.06.93;

- REDE DE AMOSTRAGEM

A seguir serão apresentados o diagrama unifilarda bacia e o quadro 4.11.2 com dados referen-tes a localização dos pontos de amostragem comas suas coordenadas geográficas, além de fotose mapa.

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402Leste.p65 03/05/01, 16:23402

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Ponto de Amostragem: UN 0400

PONTO DE AMOSTRAGEM COORDENADAS LOCALIZAÇÂO

UN 0400

UN 0500

CO 0200

CO 0300

CH 0500

AL 0200

AL 0300

AL 0400

LE 0500

Lat. 15º 17' 50,6" SLong. 39º 03' 49,3" W

Lat. 15º 16' 46,0" SLong. 39º 00' 30,0" W

Lat. 15º 07' 13,2" SLong. 40º 04' 17,2" W

Lat. 15º 07' 40,4" SLong. 39º 43' 24,3" W

Lat. 14º 53' 52,8" SLong. 39º 25' 39,5" W

Lat. 14º 39' 00,7" SLong. 39º 20' 41,1" W

Lat. 14º 39' 18,5" SLong. 39º 11' 23,1" W

Lat. 14º 37' 68,0" SLong. 39º 09' 20,0" W

Lat. 14º 37' 13,5" SLong. 39º 08' 29,3" W

Rio Una, em frente a fazenda Cachoeirinha, estrada de aces-so ao distrito de Pedras Una, distante cerca de 1,5 km dasede municipal de Una.

Rio Una, acesso pela rodovia Ilhéus/Una (BA 001), estradade barro, aproximadamente 3 km, a montante do centro ur-bano de Una, no povoado de Pedras de Una, distante cercade 6 km da rodovia.

Rio Colônia, sob ponte que liga Itororó a vila de Bandeira doColônia - pertencente ao município de Itapetinga.

Rio Colônia, sob ponte na BA 667, à jusante da área urbanade Itaju do Colônia.

Rio Cachoeira, no pontilhão situado na área urbana do mu-nicípio de Itapé.

Rio Almada, sob ponte na BR 101 (duas pontes), à aproxi-madamente 6 km, a montante de Itajuípe.

Rio Almada, acesso pela rodovia Ilhéus/Uruçuca. Entrada àaproximadamente 5 km de Ilhéus, local onde está sendo de-senvolvido o Projeto Renascer, acesso de barro (10 km), navila de Castelo Novo, captação de água de Ilhéus.

Rio Almada, a jusante da captação de água localizada naVila de Castelo Novo. Acesso pela margem do rio.

Lagoa Encantada, em frente ao restaurante de mesmo nome.Acesso pela rodovia Ilhéus/Itacaré, entrada à cerca de 18 km,localidade de Tulha, + 9 km estrada de barro.

QUADRO 4.11.2 - LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM

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404

Ponto de Amostragem: UN 0500

Ponto de Amostragem: CO 0200

Ponto de Amostragem: CO 0300

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405

Ponto de Amostragem: CH 0500

Ponto de Amostragem: AL 0200


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Ponto de Amostragem: LE 0500

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- USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Os dados das atividades agropecuárias na re-gião das Bacias do Leste mostram uma quedana produção cacaueira em decorrência dadescapitalização dos produtores e pela exis-tência de pragas, principalmente a "Vassourade Bruxa". Duas paisagens aparecem de for-ma clara na região; a lavoura de cacau apare-cendo como cultura permanente e a pecuária.Os municípios de Caatiba, Firmino Alves, Itajudo Colônia, Itororó, Itapé, Itapetinga, e SantaCruz da Vitória têm mais de 70% de suas ter-ras utilizadas com pastagem. Itapetinga tem91,3% e Firmino Alves 85,4%. Os outros mu-nicípios da região possuem a maior parcelade suas áreas utilizadas com lavouras perma-nentes, ou com matas e florestas. O municí-pio de Ilhéus tem 55,4% com lavoura e 21%com matas e florestas; Itabuna 40,1% e 7,6%;Una 10,9% e 61%; Buararema 53,7 e 18,3% eCanavieiras 29,1% e 36,7% respectivamente.Outros produtos, a exemplo da mandioca,milho, dendê, côco e feijão representam ape-nas 3,2% de ocupação. Segundo o censo de1985, a área ocupada com lavouras permanen-tes tem absoluta predominância em relação àstemporárias (92,8% contra 3,2%) ficando 4,0%para temporárias de descanso.

- USOS DA ÁGUA

. Abastecimento urbano e rural;

. Irrigação e dessedentação de animais;

. Lazer e turismo;

. Abastecimento industrial.

. Corpo receptor de efluentes domésticos e in-dustriais.

- ATIVIDADES IMPACTANTES

As principais atividades impactantes sobre os re-cursos hídricos das Bacias do Leste encontram-seassociadas às atividades de natureza agro-industri-al e ao lançamento de esgotos domésticos e resí-duos sólidos nas bacias de drenagem dos cursoshídricos. Considera-se que as principais fontes decontaminação e degradação de recursos hídricosna região das Bacias do Leste sejam:

. Atividades agropecuárias - Desmatamento (ex-posição de solos levando ao assoreamento demanaciais), utilização de agrotóxicos e fertili-zantes químicos;

. Atividade Urbana - Lançamento de esgotos do-mésticos, disposição inadequada de resíduossólidos, desmatamento;

. Extrativismo vegetal e mineral - Desmatamento,degradação de áreas, adição de contaminantesaos cursos hídricos;

. Atividade Industrial - Lançamento de efluenteslíquidos e resíduos sólidos.

- ASPECTOS SÓCIO - ECONÔMICOS

O panorama sócio econômico da Região Leste in-clui as atividades da cultura do cacau, que abrangea quase totalidade dos municípios dessas bacias, apecuária, que permeia toda a região, o turismo nolitoral (especialmente nos municípios de Ilhéus eUna), e as atividades agro-industriais concentra-das nos municípios de Itabuna e Ilhéus. Os recur-sos minerais também constituem importante ativi-

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dade industrial. O cacau, principal produto da re-gião, participou com 39,7% da produção estadualem 1994. Um outro produto que tem importânciana região é a banana, por ser plantada para fazersombra ao cacau.

No que diz respeito a infra-estrutura, a regiãodas Bacias do Leste é razoavelmente bem dota-da, em conseqüência do seu processo de ocupa-ção historicamente importante. Os dois principaissetores consumidores de energia são o residenciale o industrial com 26,3% e 28,1% do total respec-tivamente. O consumo rural representa apenas5,4% do total, devido ao baixo nível de mecaniza-ção das lavouras ali praticadas. A região Leste daBahia está entre aquelas que possuem uma amplarede de distribuição de água. O número de liga-ções representa 8,6% do total estadual, e entre1981 e 1991 aumentou em quase 60%. A rederodoviária municipal apresenta 2.723 km de ex-tensão, sendo a BR-101 um dos principais troncosviários do País. No que se refere aos sistemas decomunicação a região encontra-se bem atendida.

A totalidade dos municípios das Bacias do Les-te têm uma população de 806.942 habitantese densidade demográfica de 61,1 hab/km2,bem superior à média estadual. Excluindo-seas sedes de alguns Municípios (Caatiba,Canavieiras e Itapetinga) localizadas fora daárea de influência da bacia, o número de habi-tantes cai para 733.837 pessoas, de acordo comos dados do Censo Demográfico de 1991(IBGE,1991). Os municípios mais populosos são Ilhé-us e Itabuna, e de maior área são Ilhéus eItapetinga. Entre 1980 e 1991 a população cres-ceu a uma taxa média anual de 2,0%, um pou-co abaixo da média estadual que foi de 2,1%,evidenciando um relativo esvaziamentodemográfico, provocado pela redução no nível

de atividades na última década. A populaçãoda região, segundo o Censo Demográfico de1991 é majoritariamente jovem (SRHSH, 1997).

Existem 143 estabelecimentos de saúde na re-gião das Bacias do Leste sendo que a maioria,89,5%, não admite internação. Em temos deestrutura hospitalar e oferta de leitos parainternação, a área está relativamente bem do-tada, podendo ocorrer alguns casos de má dis-tribuição entre municípios. As estatísticas demorbi-mortalidade, apontam no sentido dossub-registros e não notificações, em mais umaprova de sua baixa qualidade.

- ENQUADRAMENTO DAS ÁGUAS

As Bacias Hidrográficas do Leste foram enqua-dradas pelo CEPRAM, através da Resolução nº1.780/98 em Classe 2 e 7 conforme prevê a Re-solução CONAMA 20/86.

- RESULTADOS

� AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS

Indicadores do Estado Trófico

O quadro 4.11.3 apresenta os resultados obti-dos nas avaliações realizadas no ano 2000 paraos pontos de amostragem das Bacias do Leste.

A Resolução CONAMA 20/86 estabelece comolimite máximo para as águas de Classe 2, o va-lor de 0,025 mg/L P-PO4 . Nas bacias do Lestetodos os pontos monitorados apresentaram va-lores medianos de fósforo total acima desse li-mite. Apenas no mês de julho a maioria dospontos apresentaram valores abaixo do limiteestabelecido pela resolução. As concentraçõesmais elevadas desse parâmetro foram registradas

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nos pontos CH 0500 (Rio Cachoeira), AL 0200 eAL 0400 (Rio Almada). Esses valores mais altosde fósforo observados nas Bacias do Leste, po-dem estar relacionados ao fato dos pontos demonitoramento localizarem-se em áreas de in-fluência de centros urbanos, que contribuem sig-nificativamente com lançamento de esgotos do-mésticos para os recursos hídricos.

Com relação ao nitrogênio total, os valores me-dianos variaram entre 0,27 no ponto UN 0400(Rio Una) e 0,94 mg/L de nitrogênio no pontoCH 0500 (Rio Cachoeira). O nitrogênio consti-tui-se em um dos principais nutrientes limitantesdo processo de eutrofização ocorrente em diver-sos corpos d´água. Os padrões estabelecidos pelaResolução CONAMA como limites para o nitro-gênio nitrito e o nitrogênio nitrato são, respecti-vamente, 1,0 e 10 mg/L. Todos os pontosmonitorados no ano 2000 nas Bacias do Leste

apresentaram valores desses dois parâmetros bemabaixo dos seus respectivos limites estabeleci-dos. Os gráficos 4.11.1 e 4.11.2 apresentam asvariações dos nutrientes fósforo e nitrogênio nospontos de monitoramento dessa bacia.

Condições de Suporte Biológico

A Resolução CONAMA 20/86 estabelece comolimite mínimo para o oxigênio dissolvido valorde 5 mg/L O2, para corpos d´água Classe 2.Todos os resultados deste parâmetro monitoradonas Bacias do Leste nos meses de fevereiro, abrile julho estiveram acima do valor mínimo esta-belecido pela resolução e portanto compatívelcom a Classe 2. Os valores medianos de satura-ção do oxigênio na água variaram entre 74,0 e110,0%. Os resultados obtidos nas avaliaçõesrealizadas no ano 2000 são apresentados no qua-dro 4.11.4 e no gráfico 4.11.3.

QUADRO 4.11.3 - RESULTADOS OBTIDOS PARA OS NUTRIENTES NA BACIA DO LESTE NO ANO 2000.

PARÂMETRO UNIDADE CONAMA 20/86CLASSE 2

DADOS ESTATÍSTICOS

LE 0500

UN 0400

UN 0500

CO0200

CO0300

CH 0500

AL 0200

AL 0300

AL 0400

Mínima <0,016 <0,016 <0,016 0,036 <0,016 0,052 <0,016 0,036 <0,016Mediana 0,061 * 0,031 0,028 0,038 0,175 0,055 0,090 0,109 0,106

Fosfato total

mg/L 0,025

Máxima 0,088 0,057 0,071 0,201 0,225 0,258 0,139 0,113 0,124Mínima 0,19 <0,05 <0,05 0,40 0,39 0,34 0,70 0,42 <0,05Mediana 0,34 0,27 0,56 0,84 0,72 0,94 0,74 0,75 0,63

Nitrogênio total

mg/L -

Máxima 0,61 1,05 1,14 2,52 1,16 1,56 0,78 1,07 0,97Mínima <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01Mediana - - - - - - - - -

Nitrogênio Nitrito

mg/L 1,0

Máxima <0,03 <0,03 <0,03 <0,03 <0,03 <0,03 <0,03 <0,03 <0,03Mínima <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2Mediana

Nitrogênio nitrato

mg/L 10,0

Máxima 0,03 0,22 0,22 0,19 0,34 0,22 0,20 0,25 0,20

* Em vermelho resultados que ultrapassaram o limite da Resolução CONAMA 20/86.

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411

Indicador Microbiológico

Os rios que compõem as Bacias Hidrográficasdo Leste recebem os lançamentos de esgotos do-mésticos sem tratamento das cidades localiza-das em suas margens, apresentando assim ele-vados índices de contaminação por bactérias dogrupo coliforme. Tal situação se evidencia nasconcentrações medianas de coliformes fecaisobtidas das análises bacteriológicas realizadasnos meses de fevereiro, abril e julho, o limiteestabelecido pelo CONAMA de 1000 nº col./100 mL, para corpos d'água com Classe 2 e 7,foi ultrapassado em vários pontos deamostragem, a saber UN 0400 (Rio Una), CO0200 e CO 0300 (Rio Colônia), CH 0500 (Rio

Cachoeira) e AL 0200, AL 0300, AL 0400 (RioAlmada), com valores variando de 1,3 x 103 a2,1x 106 nº. col./100 mL. Por outro lado, algunspontos como LE 0500 (Lagoa Encantada) e UN0500 (Rio Una) apresentarem valores decoliformes fecais abaixo do limite estabelecido,com medianas de 4,1 x 102 e 7,2 x 102 nº col./100 ml, respectivamente, ainda assim os canaisde corpos d'água receptores de esgotos domésti-cos. Durante a coleta de amostras foi observadoo lançamento de esgotos brutos no ponto CO0200 (Rio Colônia), cujos valores de coliformesfecais atingiram 6,5 x 106 nº col./100ml no mêsde fevereiro/2000. Os resultados obtidos na ava-liação da Bacia do Leste no ano 2000 são apre-sentados no quadro 4.11.5 e gráfico 4.11.4.

QUADRO 4.11.4 - RESULTADOS OBTIDOS PARA OS PARÂMETROS DE SUPORTE BIOLÓGICO NA BACIA DO LESTE NO ANO 2000. PARÂMETRO UNIDADE CONAMA 20/86

CLASSE 2 DADOS

ESTATÍSTICOS LE

0500 UN 0400

UN 0500

CO0200

CO0300

CH 0500

AL 0200

AL 0300

AL 0400

Mínima 25,0 23,0 23,0 23,0 26,0 25,0 24,0 24,0 24,0Mediana 25,0 24,0 24,0 25,0 26,0 25,0 24,0 25,0 25,0

Temperatura

oC -

Máxima 28,0 25,0 25,0 25,0 27,0 26,0 26,0 25,0 25,0Mínima 6,40 7,80 6,40 6,10 8,40 7,10 5,90 7,60 7,00Mediana 7,00 8,80 8,10 6,02 8,90 8,70 7,00 8,01 8,00

Oxigênio dissolvido

mg/L ≥5 mg/L


Saturação do oxigênio

%

-

Máxima 105,0 116,0 103,0 79,0 118,0 113,0 94,0 103,0 103,0

Leste.p65 03/05/01, 16:23411

412

Indicadores do Balanço Iônico

Em quase todos os pontos de amostragem o pHcomportou-se na faixa estabelecida pela Resolu-ção CONAMA para a Classe 2, que é de 6 a 9.As únicas exceções foram registradas nomonitoramento do mês de fevereiro nos pontosCO 0200 (Rio Colônia) e AL 0200 (Rio Almada)ambos com um pH de 5,9.

Em relação aos sólidos, a Resolução CONAMA20/86 limita o valor permitido em até 500 mg/Lpara os sólidos totais dissolvidos em corposd'água de Classe 2. O parâmetro monitoradonos pontos de amostragem das Bacias do Lestefoi sólidos totais, que nada mais é que a somados sólidos dissolvidos com os sólidos em sus-pensão. Os valores medianos de sólidos totaisvariariam entre 22,0 mg/L e 386,0 mg/L.

Os valores de cloretos, apresentaram-se abaixodo limite da Resolução CONAMA 20/86, para aClasse 2, que é de 250 mg/L, para quase a totali-dade dos pontos amostrados. A única exceçãofoi registrada no mês de abril, no ponto UN 0500(Rio Una) com 266 mg/L. Cabe mencionar queos valores medianos de cloretos foram inferio-res ao limite estabelecido pela referida resolu-ção em todos os pontos analisados. Os resulta-dos obtidos são apresentados no quadro 4.11.6e nos gráficos 4.11.5 e 4.11.6.

QUADRO 4.11.5 - RESULTADOS OBTIDOS PARA OS COLIFORMES FECAIS NAS ÁGUAS DA BACIA DO LESTE NO ANO 2000. PARÂMETRO UNIDADE CONAMA 20/86

CLASSE 2 DADOS

ESTATÍSTICOS LE

0500 UN 0400

UN 0500

CO0200

CO0300

CH 0500

AL 0200

AL 0300

AL 0400

Mínima 2,0 x 102 4,0 102 4,6 x 102 4,0 x 103 3,4 x 103 7,8 x 102 1,6 x 103 8,2 x 102 2,1 x 103

Mediana 3,9 x 102 2,5 x 103 8,0 x 102 6,8 x 104 4,8 x 103 9,0 x 102 7,6 x 103 2,6 x 103 2,5 x 103

Coliformes fecais

noCol/100ml 1000 Col/100 ml

Máxima 6,6 x 102 3,9 x 103 9,0 x 102 6,5 x 106 7,0 x 103 2,5 x 103 3,0 x 104 9,8 x 103 4,4 x 103


Leste.p65 03/05/01, 16:23412

413

Características Físicas

O parâmetro turbidez apresentou todos os re-sultados dentro do limite estabelecido peloCONAMA para a Classe 2, que é de 100 UNT.Os valores medianos variaram entre 6,4 e 64,0

QUADRO 4.11.6 - RESULTADOS OBTIDOS PARA O pH, SÓLIDOS TOTAIS E CLORETOS NA BACIA DO LESTE NO ANO 2000 PARÂMETRO UNIDADE CONAMA 20/86

CLASSE 2 DADOS

ESTATÍSTICOS LE

0500 UN 0400

UM 0500

CO0200

CO0300

CH 0500

AL 0200

AL 0300

AL 0400

Mínima 6,7 6,7 6,6 5,9 7,6 7,8 5,9 7,5 7,5Mediana - - - - - - - - -

PH

- 6 a 9

Máxima 6,9 7,4 7,1 7,3 8,2 8,6 7,3 7,6 7,9Mínima <10,0 <10,0 138,0 74,0 322,0 260,0 10,0 62,0 42,0Mediana 22,0 66,0 358,0 118,0 386,0 360,0 104,0 122,0 78,0

Sólidos totais

mg/L -


Cloretos

mg/L 250 mg/L

Máxima 9,0 11,0 266,0* 25,0 136,0 156 25,4 16,0 15,0


UNT, nos pontos monitorados nas BaciasHidrográficas do Leste. O quadro 4.11.7 e gráfi-co 4.11.7 apresentam os resultados obtidos nasavaliações realizadas no ano 2000.

Leste.p65 03/05/01, 16:23413

414

Indicador de Decomposição da Matéria Orgânica

O limite máximo de DBO5 estabelecido pela Re-solução CONAMA 20/86 para as águas de Clas-se 2 é 5,0 mg/L O2. No monitoramento realiza-do nos meses de fevereiro e julho, a demandabioquímica de oxigênio apresentou valores vari-ando de <2 a 5 mg/L, portanto, dentro da faixapermitida pela resolução. Entretanto, nomonitoramento realizado no mês de abril/2000,a DBO5 apresentou valores que ultrapassaram o

limite estabelecido pela resolução para as águasda Classe 2, em todos os pontos amostrados.Nessa ocasião a demanda bioquímica de oxigê-nio oscilou entre 7 e 36 mg/L O2, com maiorcomprometimento nos Rios Colônia e Almada.Vale ressaltar que os corpos de água monitoradossituam-se na área de influência de centros urba-nos, recebendo assim cargas consideráveis de esgo-tos domésticos sem tratamento. O quadro 4.11.8e gráfico 4.11.8 apresentam os resultados obti-dos nas avaliações realizadas no ano 2000.

QUADRO 4.11.7 - RESULTADOS OBTIDOS PARA A TURBIDEZ NA BACIA DO LESTE NO ANO 2000. PARÂMETRO UNIDADE CONAMA 20/86

CLASSE 2 DADOS

ESTATÍSTICOS LE

0500 UN 0400

UN 0500

CO0200

CO0300

CH 0500

AL 0200

AL 0300

AL 0400

Mínima 6,2 6,9 16,2 16,4 11,3 9,9 7,9 6,7 6,3Mediana 6,4 7,2 17,0 17,3 30,5 64,0 10,3 11,1 10,6

Turbidez

UNT 100 UNT

Máxima 8,2 16,8 19,3 47,3 52,2 77,2 12,8 14,2 10,6

QUADRO 4.11.8 - RESULTADOS OBTIDOS PARA A DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO NA BACIA DO LESTE NO ANO 2000. PARÂMETRO UNIDADE CONAMA 20/86

CLASSE 2 DADOS

ESTATÍSTICOS LE

0500 UN 0400

UN 0500

CO0200

CO0300

CH 0500

AL 0200

AL 0300

AL 0400

Mínima <2,0 <2,0 <2,0 <2,0 <2,0 <2,0 <2,0 <2,0 <2,0Mediana 3,0 <2,0 <2,0 4,0 2,0 2,0 3,0 2,0 5,0

DBO5

mg/L ≤ 5 mg/L

Máxima 23,0* 7,0 9,0 36,0 32,0 11,0 34,0 34,0 23,0

* Em vermelho resultados que ultrapassaram o limite da Resolução CONAMA 20/86

Leste.p65 03/05/01, 16:23414

415

Metais

Os metais avaliados nas Bacias do Leste foram:arsênio, cádmio, chumbo, cobre, cromo total,ferro, mercúrio e zinco. Entre os metais, o únicoque apresentou valores acima dos padrõesCONAMA foi o ferro total, em todos os pontosde monitoramento. O valor estabelecido peloCONAMA para a Classe 2 é de 0,3 mg/L de fer-ro solúvel (Fe+3) , enquanto o Ministério da Saú-de define o mesmo limite para ferro total pre-sente em água potável. As concentrações media-nas de ferro total monitorados nas Bacias do Lesteno ano 2000, variaram entre 1,2 e 3,0 mg/L. Oferro está presente no solo na sua forma insolú-vel (como Fe+3), sendo pouco solúvel na águade superfície. O mesmo tem pouco valor sanitá-

rio, não se constituindo em um elemento tóxi-co. Entretanto sua presença confere sabor e apa-rência desagradável a água, além de acarretarproblemas como manchas de roupas e acúmulonos sistemas de distribuição.

Dos elementos considerados mais tóxicos(cádmio, chumbo e mercúrio), nenhum delesapresentou valores acima dos respectivos padrõesestabelecidos pela Resolução CONAMA 20/86.Também os valores de cromo total estiveramabaixo do padrão estabelecido pelo CONAMApara o cromo na forma hexavalente (considera-da mais tóxica), que é de 0,05 mg/L. O quadro4.11.9 e o gráfico 4.11.9 apresentam os resulta-dos obtidos nas avaliações realizadas em feve-reiro, abril e julho/2000.

QUADRO 4.11.10 - RESULTADOS DE METAIS NA ÁGUA NA BACIA DO LESTE NO ANO 2000. PARÂMETRO UNIDADE CONAMA 20/86

CLASSE 2 DADOS

ESTATÍSTICOS LE

0500 UN 0400

UN 0500

CO0200

CO0300

CH 0500

AL 0200

AL 0300

AL 0400

Mínima <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5Mediana - -- - - - - - - -

Arsênio total

µg.L 50 µg/L

Máxima <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5Mínima <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1Mediana - -- - - - - - - -

Cádmio total

µg.L 1,0 µg/L

Máxima <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1Mínima <15 <15 <15 <15 <15 <15 <15 <15 <15Mediana - - - - - - - - -

Chumbo total

µg.L 30 µg/L

Máxima <15 <15 <15 <15 <15 <15 <15 <15 <15Mínima <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01Mediana - - - - - - - - -

Cobre total

mg.L 0,02 mg/L

Máxima <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01Mínima <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05Mediana - - - - - - - - -

Cromo

hexavalente

mg/L <0,05 mg/L

Máxima <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05Mínima 0,42* 0,93 1,00 1,52 0,54 0,47 1,21 1,22 1,06Mediana 1,20 1,06 1,50 2,20 2,00 3,00 2,20 1,60 1,20

Ferro total

mg/L ≤0,3 mg/L

Máxima 1,60 1,50 2,40 2,50 2,80 3,40 2,40 2,00 1,80Mínima <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002Mediana - - - - - - - - -

Mercúrio total

µg/L <0,0002 µg/L

Máxima <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002Mínima <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02Mediana - - - - - - - - -

Zinco total

mg/L 0,18 mg/L

Máxima <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02* Em vermelho resultados que ultrapassaram o limite da Resolução CONAMA 20/86.

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416

Praguicidas Organoclorados

A avaliação de praguicidas organoclorados nasBacias do Leste foi realizada na matriz água emtodos os pontos de monitoramento. Em nenhumdos pontos monitorados no ano 2000 foi detec-tado presença de tais praguicidas, com exceçãodo BHC no monitoramento do mês de abril/200,que apresentou valores acima do limite máximoestabelecido pela Resolução CONAMA 20/86para águas da Classe 2, que é de 0,02 mg/Lem quase todos os pontos monitorados, excetoas estações CH 0500 e AL 0300. O lindano

(isômero gama do BHC), apesar de sua proibi-ção, é ainda utilizado como defensivo agríco-la e pode persistir durante muitos anos em umambiente. As áreas mais propícias à contami-nação com agrotóxicos são aquelas de cultu-ras permanentes e perímetros irrigados. Mui-tos municípios da região possuem a maior par-cela de suas áreas utilizadas com lavouras per-manentes, tal fato constituindo-se emindicativo de utilização anterior ou atual des-tes compostos. O quadro 4.11.11 apresentaos resultados de praguicidas organocloradosrealizadas em abril e julho de 2000.

QUADRO 4.11.11 - RESULTADOS DE ANÁLISE DE PESTICIDAS ORGANOCLORADOS NA BACIA DO LESTE NO ANO 2000 PARÂMETRO UNIDADE Limite de

Detecção Método

CONAMACLASSE 2 (VMP)

CAMPANHAS DEAMOSTRAGEM

LE 0500

UN 0400

UM 0500

CO0200

CO0300

CH 0500

AL 0200

AL 0300

AL 0400

0,01 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Aldrin µg/L0,01

0,01Julho ND ND ND ND ND ND ND ND ND

0,3 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Dieldrin µg/L0,01


0,3 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Clordano µg/L0,04


0,01 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND DDT µg/L0,02


0,06 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND DDD µg/L-

-Julho * * * * * * * * *

0,07 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Endrin µg/L0,01


0,3 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Endrin aldheyde µg/L

-

-

Julho * * * * * * * * *

0,2 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Endosulfan sulfato µg/L

-

-

Julho * * * * * * * * *

0,3 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Endosulfan µg/L-

-Julho * * * * * * * * *

- Abril * * * * * * * * * Endosulfan I µg/L

0,05

0,056

Julho ND ND ND ND ND ND ND ND ND

0,2 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Endosulfan II µg/L-

-Julho * * * * * * * * *

0,4 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Heptacloro µg/L

0,01

0,01


0,4 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Heptacloro Epóx µg/L

0,01

0,01


0,01 Abril * * 0,24* 0,48* 0,24* ND 0,34* ND 0,32* Lindano (G. BHC) µg/L

0,01

0,02


0,5 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Metoxicloro µg/L0,03


0,02 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Hexacloro benzeno µg/L

-

-

Julho * * * * * * * * *

0,01 Abril * * ND ND ND ND ND ND ND Toxafeno µg/L0,01


10 Abril * * * * * * * * * Pentaclorofenol µg/L -Julho ND ND ND ND ND ND ND ND ND

10 Abril * * * * * * * * * 2,4,6-Triclorofenol µg/L -


ND � não detectado* Em vermelho valores que ultrapassaram o limite da Resolução CONAMA 20/86.VPM � Valor máximo permitido

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417

Praguicidas Organofosforados

A avaliação de praguicidas organofosforados nasBacias do Leste foi realizada na matriz água emtodos os pontos de monitoramento nos meses

de abril e julho. A análise dos praguicidas nãorevelou presença deles em nenhum pontoamostrado. Os resultados das análises dospraguicidas organofosforados no ano 2000 sãoapresentados no quadro 4.11.12.

� CÁLCULO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DASÁGUAS - IQA

O quadro 4.11.13 apresenta os resultados (mí-nimo, média e máximo) do cálculo do IQA paraos rios das Bacias Hidrográficas da Região Lestenos monitoramentos realizados no ano 2000.

Q UADRO 4.11.12 - RESULTADO S DE ANÁLISE DE PRAGUICIDAS O RGAFO SFO RADO S NA BACIA DO LESTE NO ANO 2000 PARÂM ETRO UNIDADE Limite de

Detecção M étodo

CONAM ACLASSE 2 (VM P)

CAM PANHAS DEAM OSTRAGEM

LE 0500

UN 0400

UN 0500

CO0200

CO0300

CH 0500

AL 0200

AL 0300

AL 0400

0,4 Abril ND ND ND ND ND ND ND ND ND DDE µg/L-

-Julho * * * * * * * * *

0,02 Abril ND ND ND ND ND ND ND ND ND Demeton µg/L0,1 0,1 Julho ND ND ND ND ND ND ND ND ND0,2 Abril ND ND* ND ND ND ND ND ND ND Diazinon µg/L

--

Julho * * * * * * * * *0,2 Abril ND ND ND ND ND ND ND ND ND Dissulfoton µg/L

0,01-

Julho ND ND ND ND ND ND ND ND ND0,02 Abril ND ND ND ND ND ND ND ND ND Malation µg/L0,1 0,1 Julho ND ND ND ND ND ND ND ND ND

0,03 Abril ND ND ND ND ND ND ND ND ND Metil Paration µg/L0,05

-Julho ND ND ND ND ND ND ND ND ND

0,05 Abril ND ND ND ND ND ND ND ND ND Paration µg/L

0,040,04


0,05 Abril ND ND ND ND ND ND ND ND ND Ethion µg/L

-

-


- Abril * * * * * * * * * Phorate µg/L

0,01

-


VPM � Valor m áxim o perm itido ND � não detectado *- Análise não realizada

Em geral, os valores medianos do IQA indica-ram uma "Boa" qualidade das águas em quasetodos os pontos monitorados. A exceção foi re-gistrada nos Rios Colônia e Almada, onde aqualidade das águas foram classificadas como"Aceitável". Os valores mínimos do IQA foramregistrados no monitoramento de abril/2000 nos

Ótima

Boa

Aceitável

Ruim

Péssimo

QUADRO 4.11.13 - RESULTADOS OBTIDOS PARA O IQA DAS ÁGUAS NA BACIA DO LESTE NO ANO2000.

DADOS ESTATÍSTICOS

LE 0500

UN0400

UN0500

CO0200

CO0300

CH0500

AL0200

AL0300

AL0400

Fevereiro 72,6 66,8 69,7 45,2 59,2 64,9 53,8 69,0 66,0Abril 62,8 65,7 61,5 41,4 40,6 53,3 44,7 42,7 66,0

IQA

Julho 74,0 70,1 71,2 53,1 60,0 65,0 68,8 72,4 67,2

Leste.p65 03/05/01, 16:23417

418

pontos do Rio Colônia CO 0200 e CO 0300 edo Rio Almada, nos pontos AL 0200 e AL 0300.As águas desses pontos foram classificadas comosendo de qualidade �Aceitável�, tal fato sendojustificado pelos elevados valores de coliformesfecais ocorrentes nos respectivos mananciais,acompanhados de valores elevados de fosfatototal, nitrogênio total e demanda bioquímicade oxigênio, caracterizando a poluição por es-gotos domésticos.

Vale ressaltar que no monitoramento de julho/2000, foi observada uma melhoria na qualidadedas águas dos corpos de águas monitorados emrelação aos índices obtidos na campanha de abril/2000. Em julho, os mananciais monitorados ti-veram suas águas classificadas como sendo de"Boa� qualidade em todos os pontos deamostragem, segundo o Índice de Qualidade deÁgua utilizado pela CETESB. Vale ressaltar queo índice utilizado pela CETESB avalia a qualida-de da água utilizada principalmente para abaste-cimento público, onde a maioria das vezes énecessário o tratamento convencional da mes-ma para torná-la adequada à utilização por parteda população. Índices de Qualidade de Água de-vem ser analisados juntamente com parâmetrosespecíficos.

Se por um lado os dados do IQA indicam a ade-quação dos mananciais avaliados para fins deabastecimento doméstico, por outro, a detecçãodo praguicida BHC nos Rios Una, Cachoeira eAlmada no mês de abril de 2000 indicam a ne-cessidade de uma investigação das causas dessacontaminação, ao tempo em que identificam avulnerabilidade dos mananciais avaliados, emrelação ao risco de adição de substânciascontaminantes, podendo até comprometer a qua-lidade para o abastecimento doméstico.

- CONCLUSÕES

As conclusões apresentadas a seguir se referemaos parâmetros avaliados, no conjunto de pon-tos de amostragem visitados nos meses de feve-reiro, abril e julho de 2000 e não devem serentendidas como aplicáveis para a totalidade dasBacias Hidrográficas do Leste do Estado da Bahia.Os resultados são representativos dos pontos deamostragem avaliados, no momento da tomadadas amostras. Os aspectos mais relevantes res-saltados nas campanhas realizadas no ano 2000foram:

. Dos 09 (nove) pontos monitorados nas Bacias doLeste, a qualidade da água apresentou-se �Boa�em quase todos eles, a exceção foi registrada noponto CO 0200 (Rio Colônia), segundo Índicede Qualidade de Água - IQA utilizado pelaCETESB. Vale ressaltar que a utilização dos Índi-ces de Qualidade da Água é mais indicada paraa avaliação média de longo prazo da qualidadeda água para tomada de decisões em fase deplanejamento, o que requer um monitoramentocontínuo dos recursos hídricos. Qualquer outrouso, que necessite de maior detalhamento da qua-lidade da água, deve avaliar os parâmetros deinteresse individualmente.

. O monitoramento apresentou índices altos decoliformes fecais em todos os pontos deamostragem, e inclusive apresentando valoresacima do padrão estabelecido pela ResoluçãoCONAMA 20/86 para corpos d'água com Clas-se 2. Tal fato se deve a carga de esgotos do-mésticos que os corpos d'água recebem aopassar por centros urbanos sem infra-estruturade esgotamento sanitário. A degradação da qua-lidade dos recursos hídricos superficiais comesgotos domésticos apresenta-se como um sé-

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rio problema, principalmente se levarmos emconsideração as necessidades de demandascrescentes de águas de boa qualidade para oabastecimento humano.

. A análise do fosfato total revelou concentra-ções medianas acima do padrão estabelecidopelo CONAMA 20/86 para todos os pontos demonitoramento. Entre as principais fontes defósforo afluente a um corpo d'água destacam-se os esgotos domésticos. A preocupação mai-or com o fósforo é que este elemento é umdos principais nutrientes limitantes do proces-so de eutrofização artificial que pode ocorrernos corpos d'água.

. O monitoramento de praguicidas organofos-forados nas Bacias Hidrográficas do Leste nãodetectou a presença dos mesmos nos pontosde amostragem, nas campanhas realizadas noano 2000. Nas análises de praguicidasorganoclorados, foi constatada em abril/2000a presença de BHC apresentando valores aci-ma do limite máximo estabelecido peloCONAMA para águas da Classe 2 em quasetodos os pontos monitorados, exceto as esta-ções CH 0500 e AL 0300. Vale ressaltar queesta situação não foi registrada na campanharealizada em julho/2000. As causas mais pro-váveis da contaminação com BHC incluem asua aplicação em lavouras e controle de vetores(larvas de mosquitos).

. O ferro ultrapassou o limite da resolução emtodos os pontos de amostragem. Apesar de nãoser um elemento tóxico, pode causar algunsincômodos tais como: conferir sabor e apa-rência desagradável à água, acarretar proble-mas como manchas de roupas e acumular-senos sistemas de distribuição.

- RECOMENDAÇÕES

. Dar continuidade ao monitoramento dos re-cursos hídricos visando obter uma avaliaçãosistemática que proceda resultados mais sig-nificativos, oferecendo uma base maior de da-dos para um planejamento mais consistente.

. Incrementar ações preventivas e corretivas juntoaos municípios quanto aos impactosambientais decorrentes do uso e ocupação dosolo nas Bacias do Leste, a fim de manter aqualidade dos recursos hídricos compatívelcom os padrões estabelecidos para a Classe 2.

. Investigar a procedência dos altos valores deconcentração de ferro na bacia hidrográfica.

. Investigar as possíveis causas da concentraçãodos mananciais com BHC.

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- ANEXOS

QUADRO 4.11.14 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BACTERIOLÓGICAS EM JULHO/2000.

Parâmetros UnidadeLimite deDetecçãoMétodo

LimiteCONAMAClasse 2

LE 0500 UN 0400 UN 0500 CO 0200 CO 0300 CH 0500 AL 0200 AL 0300 AL 0400

ColiformesFecais

No

Col./100mL- ≤ 1000 3,9 x 102 *2,5 x 103 4,6 x 102 6,8 x 104 4,8 x 103 7,8 x 102 1,6 x 103 8,2 x 102 2,1 x 103

DBO5 mg/LO2 2 ≤ 5 3 < 2 < 2 4 2 2 3 2 5

OD mg/L O2 0,1 ≥ 5 7,0 8,8 9,0 6,1 8,9 9,5 7,0 8,1 8,0

Temperatura

oC - 25 23 23 25 27 25 24 25 25

Turbidez UNT - ≤ 100 8,2 7,2 16,2 17,3 11,3 9,9 12,8 11,1 10,6

PH - - 6 a 9 6,7 7,0 6,8 6,9 8,2 8,6 7,3 7,5 7,5

Arsênio mg/L 0,005 ≤ 0,05 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005

Cádmio mg/L 0,001 ≤ 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001

Chumbo mg/L 0,015 ≤ 0,03 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015

Cloretos mg/L 0,5 ≤ 250 7,4 9,6 142 11,4 136 156 16,6 13,5 13,5

Cobre mg/L 0,01 ≤ 0,02 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01

CromoTotal

mg/L 0,01 - <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Ferro total mg/L 0,04 ≤ 0,3(1) 0,42 1,06 1,50 1,52 0,54 0,47 1,21 1,22 1,06

FosfatoTotal

mg/L 0,016 ≤ 0,025 <0,016 <0,016 <0,016 0,036 <0,016 0,055 <0,016 0,036 <0,016

Mercúrio mg/L 0,0002 ≤ 0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002

NitrogênioNitrito

mg/L 0,05 ≤ 1,0 < 0,03 < 0,03 < 0,01 < 0,03 < 0,01 < 0,01 < 0,03 < 0,03 < 0,03

NitrogênioNitrato

mg/L 0,02 ≤ 10 0,03 0,22 0,22 0,19 0,34 0,22 0,2 0,25 0,2

NitrogênioTotal

mg/L 0,1 0,34 0,27 0,56 0,40 0,72 0,94 0,74 0,75 0,63

SólidosTotais

mg/L 20 ≤ 500 22 66 358 118 742 702 118 234 78

Zinco mg/L 0,02 ≤ 0,18 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02

(*) Valores marcados na cor vermelha indicam violações dos padrões estabelecidos para a Classe 2 da Resolução CONAMA 20/86.

QUADRO 4.11.15 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BACTERIOLÓGICAS EM ABRIL/2000.Parâmetros Unidade Limite de

Detecçãoé d

LimiteCONAMA

lLE 0500 UN 0400 UN 0500 CO 0200 CO 0300 CH 0500 AL 0200 AL 0300 AL 0400

ColiformesFecais

No

Col./100mL - ≤ 1000 2,0 x 102 4,0 x 102 9,0 x 102 4,0 x 103 3,4 x 103 2,5 x 103 7,6 x 103 9,8 x 103 2,5 x 103

DBO5 mg/LO2 2 ≤ 5 23* 7 9 36 32 11 34 34 23

OD mg/L O2 0,27 ≥ 5 8,3 9,7 8,1 6,9 9,7 8,7 8,0 8,8 8,8

Temperatura oC - 28 25 24 23 26 25 24 24 24

Turbidez UNT 0,015 ≤ 100 6,2 16,8 19,3 16,4 52,2 64 10,3 14,2 10,6

pH - - 6 a 9 6,9 7,4 7,1 7,3 8,2 7,9 7,2 7,6 7,5

Arsênio mg/L 0,005 ≤ 0,05 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005

Cádmio mg/L 0,001 ≤ 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001

Chumbo mg/L 0,015 ≤ 0,03 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015

Cloretos mg/L 3 ≤ 250 8 11 266 25 62 63 14 16 11

Cobre mg/L 0,01 ≤ 0,02 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01

Cromohexavalente mg/L 0,05 ≤ 0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Ferro total mg/L 0,04 ≤ 0,3(1) 1,2 0,93 1,0 2,2 2,8 3,0 2,2 1,6 1,2

Fosf. Total mg/L 0,009 ≤ 0,025 0,061 0,031 0,028 0,038 0,225 0,258 0,090 0,113 0,106

NitrogênioNitrito mg/L 0,01 ≤ 1,0 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01

NitrogênioNitrato mg/L 0,2 ≤ 10 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2

Nitrog. Total mg/L 0,05 0,61 1,05 1,14 2,52 1,16 1,56 0,78 1,07 0,97

Sólid. Totais mg/L 10 ≤ 500 64 76 668 140 322 360 104 122 128

Zinco mg/L 0,02 ≤ 0,18 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 0,02 < 0,02 < 0,02


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QUADRO 4.11.16 - RESULTADOS DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BACTERIOLÓGICAS EM FEVEREIRO/2000.

Parâmetros UnidadeLimite deDetecçãoMétodo

LimiteCONAMAClasse 2

LE 0500 UN 0400 UN 0500 CO 0200 CO 0300 CH 0500 AL 0200 AL 0300 AL 0400

Coliform.Fecais

No Col./100mL- ≤ 1000 6,6 x 102 *3,9 x 103* 8,0 x 102 6,5 x 106 7,0 x 103 9,0 x 102 3,0 x 104 2,6 x 103 4,4 x 103

DBO5 mg/LO2 2 ≤ 5 < 2 < 2 < 2 < 2 < 2 < 2 < 2 < 2OD mg/L O2 0,27 ≥ 5 6,4 7,8 6,4 6,2 8,4 7,1 5,9 7,6 7,0

Temperatura oC - 25 24 25 25 26 26 26 25 25Turbidez UNT 0,015 ≤ 100 6,4 6,9 17 47,3 30,5 77,2 7,9 6,7 6,3

pH - - 6 a 9 6,8 6,7 6,6 5,9 7,6 7,8 5,9 7,5 7,9Cádmio mg/L 0,001 ≤ 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001Chumbo mg/L 0,015 ≤ 0,03 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015 < 0,015Cloretos mg/L 3 ≤ 250 9,0 9,3 8,9 19,5 103,1 73,3 25,4 15,0 15,0Cobre mg/L 0,01 ≤ 0,02 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01Cromohexav.

mg/L 0,05 ≤ 0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05

Ferro total mg/L 0,04 ≤ 0,3(1) 1,6 1,5 2,4 2,5 2,0 3,4 2,4 2,0 1,8Fosf. Total mg/L 0,009 ≤ 0,025 0,088 0,057 0,071 0,201 0,175 0,052 0,139 0,109 0,124

Nitrog. Total mg/L 0,05 0,19 < 0,05 < 0,05 0,84 0,39 0,34 0,70 0,42 < 0,05Sólid. Totais mg/L - ≤ 500 < 10 < 10 138 74 386 260 10 62 42

Zinco mg/L 0,02 ≤ 0,18 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 < 0,02 0,02 < 0,02 < 0,02


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4.11 BACIAs HIDROGR`FICAs do leste - Professor Alonso Goes ... · conduz atØ o manguezal toda a...

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