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IDEIAS DE NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS GRÁFICA

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  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

    GRFICA

  • APRESENTAO DO NEGCIO .......................................... 3MERCADO ........................................................................... 5LOCALIZAO ..................................................................... 8EXIGNCIAS LEGAIS ESPECFICAS .................................. 10ESTRUTURA ...................................................................... 13PESSOAL ........................................................................... 16

    AdministrAtivo ........................................................................ 17

    vendAs ....................................................................................... 17

    indstriA / Produo ........................................................... 17

    EQUIPAMENTOS ................................................................ 181. mAquinrio PArA montAgem dA grficA: ................... 19

    2. equiPAmentos PArA A reA AdministrAtivA ................ 19

    MATRIA PRIMA/ MERCADORIA ....................................... 20ORGANIZAO DO PROCESSO PRODUTIVO .................. 27

    grAvAo dA chAPA ..................................................................... 28

    montAgem ....................................................................................... 29

    imPresso ....................................................................................... 29

    corte e montAgem ....................................................................... 29

    PrinciPAis sistemAs de imPresso dA indstriA grficA....30

    PrinciPAis oPerAes de Ps-imPresso ............................ 31

    SUM

    RIO

    PrinciPAis sistemAs de imPresso ............................................... 31

    estruture umA emPresA AmBientALmente corretA .......... 33

    AUTOMAO .........................................................................36CANAIS DE DISTRIBUIO ....................................................38INVESTIMENTOS ....................................................................40

    1. mAquinrio necessrio PArA A montAgem dA grficA .... 41

    2. moBiLirio PArA A reA AdministrAtivA e oPerAcionAL ..... 41

    CAPITAL DE GIRO ...................................................................43CUSTOS .................................................................................45DIVERSIFICAO / AGREGAO DE VALOR .........................47DIVULGAO .........................................................................50INFORMAES FISCAIS E TRIBUTRIAS ..............................52EVENTOS ................................................................................54ENTIDADES EM GERAL ..........................................................58NORMAS TCNICAS ..............................................................60DICAS DO NEGCIO ..............................................................63CARACTERSTICAS ESPECFICAS DO EMPREENDEDOR .......65BiBLiogrAfiA comPLementAr ............................................................. 67

    gLossrio ........................................................................................... 70

    exPediente .......................................................................................... 72

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    APRE

    SENT

    AO

    DO

    NEG

    CIO

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    Aviso:

    Antes de conhecer este negcio, vale ressaltar que os tpicos a se-guir no fazem parte de um Plano de Negcio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor ir vislumbrar uma oportunidade de negcio como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tpicos a seguir desmistificar e dar uma viso geral de como um negcio se posiciona no mercado. Quais as variveis que mais afetam este tipo de negcio? Como se comportam essas variveis de mercado? Como levantar as informaes necessrias para se tomar a iniciativa de empreender?

    Grfica uma empresa prestadora de servios cuja funo transferir tinta para um substrato (papel, plsticos, etc) atravs de um sistema de impres-so, como off-set, rotogravura, flexografia e outros. As grficas podem ainda oferecer servios de ps-impresso, como acaba-mento, dobraduras, encadernao, colagem e efeitos. Partindo desse conceito, acredita-se que o surgimento de grfica, bem como da impresso, s foi possvel pela inveno e refinamento das tcnicas de fabricao de papel na China. Desde a inveno do papel atualidade, a tecnologia de impresso tem evo-ludo muito, marcando e fazendo histria. Estudando os anais da histria encontra-se a indicao que quem construiu o primeiro equipamento capaz de imprimir em caracteres mveis, foi Joahann

    Gutemberg, em 1450 na Alemanha. A mquina criada por Gutemberg ficou conhecida como sendo o prelo de Gutemberg, a prensa, uma novidade que usava uma tcnica semelhante de esculpir. Mas sabe-se tambm que a indstria tipogrfica somente iniciou sua evoluo no Sculo XIX. O Brasil teve sua primeira grfica oficialmente instalada somente em 1808. Era a Imprensa Rgia, implantada no Rio de Janeiro por D.Joo VI. Em 1922 a grfica carioca Companhia Lithographica Ferreira Pinto adquire a primeira mquina de offset do Brasil. Em 17 de fevereiro de 1923, um grupo de comerciantes e industriais grficos funda a Associao dos Industriais e Comerciantes Grficos de So Paulo. Em 1931, em funo das leis sociais que comeavam a aparecer no Brasil, a Associao dos Industriais e Comerciantes Grficos de So Paulo transfor-ma-se no Sindicato dos Industriais e Comerciantes Grficos de So Paulo. Em abril de 1940, o presidente Getlio Vargas edita o Decreto n 2.130, que eliminou as oficinas grficas de todos os rgos pblicos, incorporando-as Imprensa Nacional. Em 2008, a indstria grfica brasileira, completou 200 anos de existncia, e tem contribudo de maneira significativa para o progresso socioeconmico do Pas. O nvel das produes nacionais, tem apresentado crescente quali-dade, sendo um fator decisivo para a rea de educao, cultura, aperfeio-amento das relaes de consumo e a maior eficincia das distintas cadeias de suprimentos.

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    MER

    CADO

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    A indstria grfica um setor de grande importncia na economia nacional. Na esteira do crescimento da indstria grfica, o setor acredita que preciso conquistar mais competitividade no mercado. Em 2010, o patamar de cresci-mento foi de 4,2% e gerou aproximadamente 11 mil novos postos de trabalho. No Brasil, a indstria grfica emprega mais de 200 mil pessoas, distribudas em aproximadamente 19 mil grficas. O faturamento do segmento grfico tem girado em torno de R$ 23 bilhes anuais. O setor participa com 1% do PIB nacional e quase 6% do total na indstria de transformao. Segundo com dados da Secretaria do Comrcio Exterior (Secex) do Minis-trio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC), as exporta-es brasileiras de produtos grficos totalizaram US$ 255 milhes, no ano de 2008 representando queda de 8,4%, comparadas ao mesmo perodo do ano anterior. As importaes totalizaram US$ 369 milhes, refletindo aumento de 15,7% em relao igual perodo de 2007. Dentre os principais produtos oferecidos ao mercado nacional e internacio-nal pela indstria grfica brasileira esto: jornais, revistas e demais peridi-cos; livros; rtulos e etiquetas; formulrios; envelopes; embalagens em papel carto e flexveis; cartes; impressos de segurana; material promocional; e material de papelaria, como cadernos. Os requisitos da criatividade e inovao, sensibilidade de perceber as exign-cias do mercado, respeito s normas tcnicas e aos parmetros elevados de qualidade, valorizao do capital humano e exerccio da responsabilidade socioambiental tornaram se fundamentais sobrevivncia das empresas. A indstria grfica brasileira, dando um passo no cumprimento de sua misso de contribuir para que o setor atenda s exigncias do mercado e tambm

    de sua sustentabilidade, no Brasil e no mundo, tem adotado, cada vez mais, prticas de responsabilidade social e ambiental. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) apontaram que, depois de uma visvel queda do setor em comparao com 2008, no final de 2009 a indstria recuperou-se, quase em todos os segmentos como embalagens impressas de papel, papelo e plstico, produtos grficos edito-riais e impressos comerciais. Assim, o mercado apresenta boas possibilidades de crescimento, mas o empreendedor se depara em outra frente com a necessidade de promover investimentos em montante suficiente para fazer frente corrida tecnol-gica que esse mercado requer; pois empresa desse segmento que no es-teja em patamar desenvolvido de tecnologia, ficar bastante defasada em relao aos demais investidores, considerando que a cada dia os clientes exigem maior velocidade no atendimento de suas demandas e alto nvel de qualidade dos produtos. O parque grfico nacional foi modernizado. Agora, torna-se importante com-binar isso com a gesto eficiente das empresas, principalmente em um mo-mento em que as importaes de produtos grficos crescem no Pas. pre-ciso mostrar capacidade de atender as novas necessidades e expectativas do mercado, com qualidade e inovao. Em produo grfica, a impresso digital um mtodo de impresso no qual a imagem gerada a partir da entrada de dados digitais direto do computa-dor para a impressora de produo. No mercado brasileiro este tipo de impresso encontra-se em um estgio bas-tante promissor, em especial entre as pequenas grficas. Isto porque apesar das

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    mquinas e equipamentos serem relativamente caros e o volume de impostos que incide sobre a importao de mquinas e equipamentos ser expressivo. A Associao Brasileira da Indstria Grfica ABIGRAF, atenta ao novo cenrio, alerta para a necessidade de adaptao rpida s novas tecnologias. O segmento grfico, principalmente na rea de impressos comerciais e rpidos bastante diversificado e apresenta bom potencial para ser explorado. Apesar da forte concorrncia, um empreendedor que investir na estruturao do neg-cio, oferecendo servios diferenciados, atendimento personalizado, novidades tcnicas e, acima de tudo, rapidez e qualidade poder obter sucesso. O empreendedor de uma empresa grfica deve estar bastante atento e in-formado sobre as novas tendncias desse segmento, isto porque com a implantao do sistema SPED Sistema Pblico de Escriturao Digital, que inseriu a figura da NF-e (Nota Fiscal Eletrnica) e NFS-e (Nota Fiscal de Servio Eletrnica), houve uma reduo substancialmente na impresso de documentos fiscais. O sistema SPED um processo progressivo e no haver retorno, portan-to, haver a eliminao completa de Notas Fiscais impressas. Com isto o empresrio grfico dever focar seu negcio em outras vertentes, j que o nicho notas fiscais deixar de ser utilizado, pelo menos no formato que o mercado estava acostumado at ento.

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    LOCA

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    O

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    A localizao ideal do negcio depende da estratgia de venda adotada pelo empresrio e pelo pblico-alvo escolhido. A instalao de uma empresa gr-fica dever ser procedida em uma rea de preferncia industrial, no caso de uso de equipamentos rotativos por emitirem muitos rudos ou em uma regio comercial, caso a opo seja de uma grfica rpida. Caso a opo for para montar uma grfica rpida a rea de instalao deve ser em local de fcil acesso de preferncia numa via de grande movimento tanto de veculos quanto de pedestres, com estacionamento prprio ou que tenha nas imediaes a prestao desse servio. A indstria grfica possui, em seus processos, diversos equipamentos que geram rudo e vibraes, como as impressoras ou as mquinas de ps--impresso, como grampeadeiras, dobradeiras e vincadeiras. Em relao ao rudo, a empresa dever atender s orientaes tcnicas estabelecidas na norma NBR 10.151 da ABNT, instituda como obrigao legal na Resoluo Conama n. 1, de 08 de maro de 1990. As indstrias grficas antes de se instalarem dever fazer uma avaliao tc-nica sobre o local, j que os nveis de rudos e vibraes so bastante varia-dos. Esses dois itens so bastante variam de um empreendimento grfico para outro. As tcnicas a serem empregadas na instalao da indstria grfi-ca podem variar desde medidas simples e de baixo custo, como disposio fsica dos equipamentos, instalao de bases antivibratrias e abafadores de rudo, at aes que sero bem mais onerosas, tais como construo com isolamento acstico completo, dentre outros. Por isso mesmo a escolha do local de funcionamento da indstria grfica dever ser feito com muito critrio e contar com apoio tcnico profissional, visando no incorrer em falha nesse importante momento.

    Alm disso, a infraestrutura do local deve ser adequada para o recebimento e movimentao das matrias-primas utilizadas no processo produtivo e de expedio de produtos acabados. Estando definido o formato da empresa a ser constituda, passa-se ento para a identificao da localizao e clientela a ser atendida, o empreendedor dever procurar o rgo especfico da Prefeitura Municipal visando levantar a possibilidade de instalar esse tipo de empresa na localidade escolhida. Isto se faz necessrio uma vez que normalmente todos os municpios brasileiros tm o Plano Diretor Urbano PDU, no qual definido que tipo de negcio que pode ou no ser instalado em determinadas reas, bairros, etc.

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    EXIG

    NCI

    AS L

    EGAI

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    PEC

    FICA

    S

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    O empreendedor de uma grfica dever cumprir algumas exigncias iniciais e somente poder se estabelecer depois de cumpridas, quais sejam: Registro da empresa nos seguintes rgos:

    Junta Comercial;

    Secretaria da Receita Federal (CNPJ);

    Secretaria Estadual de Fazenda;

    Prefeitura do Municpio para obter o alvar de funcionamento;

    Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficar obrigada a recolher por ocasio da constituio e at o dia 31 de janeiro de cada ano, a Contribuio Sindical Patronal);

    Cadastramento junto Caixa Econmica Federal no sistema Conectivi-dade Social INSS/FGTS;

    Corpo de Bombeiros Militar. Visita prefeitura da cidade em que pretende montar a sua grfica para fazer a consulta de local e emisso das certides de Uso do Solo e Nmero Oficial. Algumas prefeituras disponibilizam esse servio via internet, o que agiliza so-bremaneira esse tipo de consulta.

    Passo seguinte para a formalizao da empresa:

    Aps a liberao do contrato social devidamente registrado na Junta Comercial de seu Estado, do CNPJ e da inscrio estadual, tambm, deve-se providenciar o registro da empresa na Prefeitura Municipal para requerer o Alvar Municipal de Funcionamento;

    Antes de iniciar a produo o empreendedor dever obter o alvar de licena sanitria. Para obter essa licena o estabelecimento deve estar adequado s exigncias do Cdigo Sanitrio (especificaes legais so-bre as condies fsicas);

    O empreendedor dever atentar que em mbito federal a fiscalizao cabe a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA , j em m-bito estadual e municipal fica a cargo da Secretaria Estadual de Sade e Secretaria Municipal de Sade, respectivamente.

    Legislaes e acordos relacionados atividade:

    Portaria n. 142/2001 do Ministrio do Trabalho: a presente portaria tem como objeto estabelecer as normas de emisso de certificados de apti-do profissional, adiante designados por CAP, e as condies de homo-logao dos cursos de formao profissional relativos aos perfis de: Tc-

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    nico (a) de desenho grfico, Operador (a) de pr-impresso, Operador (a) de impresso e Operador (a) grfico (a) de acabamentos;

    Decreto n. 6.257: d nova redao aos artigos 4 e 5 do Decreto n. 6.042, de 12 de fevereiro de 2007, que altera o Regulamento da Previ-dncia Social, aprovado pelo Decreto N 3.048, de 6 de maio de 1999, disciplina a aplicao, acompanhamento e avaliao do Fator Acident-rio de Preveno - FAP e do Anexo Tcnico Epidemiolgico;

    Resoluo CONAMA n. 01, de 08 de maro de 1990. Essa normatiza as empresas emissoras de rudos e poluio, e sua forma de controle;

    Conveno Coletiva de Trabalho do segmento consulte no site:

    Clique para acessar o site da Abigraf

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    ESTR

    UTUR

    A

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    A estrutura para iniciar o negcio ir depender do formato da empresa, dos tipos de produtos ofertados ao mercado e da expectativa do empreendedor, no que tange a capacidade produtiva de seu maquinrio e comercializao. Para um empreendimento de pequeno porte, de uma empresa que trabalhe com produo de formulrios planos, rotativo e PDV, um espao de 500 m suficiente para o atendimento, produo e almoxarifado. A estrutura fsica pode dividir-se em:

    Balco/recepo para atendimento direto aos

    clientes (vendas).

    Caixa para recebimento dos valores.

    Almoxarifado/estoque.

    Sala do proprietrio para atividades administrativo-

    financeira.

    Sala dos equipamentos (indstria).

    rea para recebimento de matria-prima e expedio

    de produtos acabados.

    Banheiro e pequena copa.

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    Os espaos indicados acima devem ser dotados de layout adequado, respei-tando a facilidade de movimentao, conforme segue:

    a) iNDsTRiA 400 m proceder a disponibilizao e instalao dos equi-pamentos e maquinrio envolvido na produo, de forma organizada e har-mnica, possibilitando assim facilidade de circulao das pessoas que tra-balhem nesse espao. A iluminao um item a ser bem observado, pois, o ideal que a rea de produo seja amplamente iluminada pela luz natural; evitando sempre que possvel utilizao de iluminao artificial, mas caso seja inevitvel, deve-se optar pelas lmpadas fluorescentes, pois tais lmpa-das no emitem grandes nveis de calor e tambm no exigem tanto esforo visual dos operrios. Nesse espao, alm do maquinrio, devero ser observados espaos fe-chados para armazenamento da matria-prima, produtos acabados, rea de criao de arte e outros que se fizerem necessrio. b) ADMiNisTRATivA 55 m da mesma forma que na linha de produo, o mobilirio, microcomputadores, dentre outros, devem estar alocados orga-nizadamente, possibilitando o desenvolvimento das atividades de escritrio, sendo essa uma das atividades fundamentais para o sucesso do empreendi-mento, pois uma empresa bem organizada e bem administrada ter maiores possibilidades de sucesso. c) vENDAs 45 m esse espao dever ser dotado de mesas, cadeiras, tele-fones para que seja possvel atender os clientes com relativo conforto e tranqui-lidade, bem como possibilitar aos vendedores atuarem na rea de televendas.

    Para a instalao da rea de produo/indstria da grfica o ideal que o espao escolhido seja um galpo. O que ir facilitar bastante a distribuio dos ambientes requeridos para esse tipo de empreendimento, tanto na parte da instalao das mquinas e equipamentos envolvidos na produo, quanto rea administrativa, comercial e ainda, amplos espaos destinados ao es-toque de matria-prima e produtos acabados.

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    PESS

    OAL

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    Considerando a estrutura sugerida para a grfica, entende-se que o quadro de funcionrios para o incio das atividades deve ser na ordem de 12 (doze) profissionais, alm do empreendedor como gestor do negcio, distribudos conforme abaixo: ADMiNisTRATivo

    Uma pessoa para recepo: essa pessoa que far a recepo de clientes e tambm o atendimento telefnico na empresa grfica;

    Uma pessoa para a rea de faturamento;

    Duas pessoas para a rea financeira (caixa e tesouraria) e controle de documentao a ser encaminhada para a rea contbil;

    Uma pessoa para a rea de criao e arte, denominado arte finalista. vENDAs

    Duas pessoas para rea de vendas internas e tambm para atuar com televendas. Esse profissionais devero ter treinamento especfico sobre os produtos grficos produzidos na empresa, pois sero esses profis-sionais que iro apresentar a empresa para os clientes seja de forma presencial, quando o cliente visita a grfica, ou via telefone;

    Duas pessoas para rea de venda externa. Sero esses profissionais que iro visitar os clientes em suas empresas ou escritrios comerciais.

    iNDsTRiA/PRoDuo

    Quatro funcionrios, sendo dois operadores de mquinas grficas e dois auxiliares. Esses profissionais sero os responsveis para traduzir o pro-jeto elaborado no momento da venda de formulrios personalizados;

    Um funcionrio para trabalhar com o fornecimento de matria-prima e controle de produtos acabados.

    J a administrao do empreendimento (finanas, compras, pessoal), o acompanhamento peridico de controle de qualidade e, principalmente, as atividades comerciais normalmente so atribuies do empreendedor. Ressalta-se ainda que o empreendedor dever estar presente tempo integral na empresa, principalmente na rea de criao de arte e indstria, pois ser nesse ambiente que ser configurado o sucesso ou no de seu empreendimento. Essa afirmativa feita considerando que uma arte bem elaborada, ir pos-sibilitar um melhor aproveitamento pela rea produtiva, por isso o controle dever ser total, o que evitar falhas e perdas na produo do produto final. O empreendedor dever se fazer presente integralmente na gesto completa da empresa grfica.

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    EQUI

    PAM

    ENTO

    S

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    Os equipamentos necessrios para a montagem de uma empresa grfica, considerando uma empresa de pequeno porte, so os seguintes: 1. MAquiNRio PARA MoNTAgEM DA gRficA:

    a) Impressora tipogrfica;b) Impressora offset nos formatos 4 ou 8;c) Guilhotina automtica ou semi-automtica com, pelo menos, 0,8cm

    de boca;d) Grampeador, de preferncia eltrico;e) Serrilhadeira;f) Picotadeira;g) Numerador tipogrfico;h) Gravadora de chapas;i) Encadernadora;j) Dobradeira;k) Envelopadeira;l) Perfuradora;m) Toner;n) Tintas, diversas cores;o) Qumicos:

    - P revelador; - Limpador de chapas; - Restaurador de blanqueta; - Soluo de fonte.

    p) Fotolitos;q) Programas especializados (Corel Draw, Quark, InDesign, Photoshop, etc).

    2. EquiPAMENTos PARA A REA ADMiNisTRATivAa) Mesas;b) Cadeiras;c) Computador;d) Impressora a laser e matricial;e) Telefones;f) Fax.

    A incluso da tecnologia em uma grfica extremamente necessria e funda-mental, pois sem um processo tecnolgico produtivo avanado uma empre-sa desse segmento ter enormes dificuldades de existncia. Esse arsenal tecnolgico dever estar presente na rea de criao e arte, controle de estoque de matria-prima e produtos acabados, gerao de fo-tolito ou fotografia da arte a ser impressa, transmisso de arte aprovada para a impresso, dentre outros. Diante desse fato ser de grande auxlio contar com um software que possi-bilite a atuao da empresa grfica em alto padro e tambm auxilie a ges-to integrada da empresa em todas as suas reas, inclusive que viabilize o controle de custos de produo, visando melhorar o resultado operacional da empresa.

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    MAT

    RIA

    PRI

    MA/

    M

    ERCA

    DORI

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    A gesto de estoques no varejo a procura do constante equilbrio entre a oferta e a demanda. Este equilbrio deve ser sistematicamente aferido atravs de, entre outros, os seguintes trs importantes indicadores de desempenho:Giro dos estoques: o giro dos estoques um indicador do nmero de vezes em que o capital investido em estoques recuperado atravs das vendas. Usualmente medido em base anual e tem a caracterstica de representar o que aconteceu no passado.

    obs.: Quanto maior for a frequncia de entregas dos fornecedores, logica-mente em menores lotes, maior ser o ndice de giro dos estoques, tambm chamado de ndice de rotao de estoques. Cobertura dos estoques: o ndice de cobertura dos estoques a indicao do perodo de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nvel de servio ao cliente: o indicador de nvel de servio ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto , aquele segmento de negcio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou servio, imediatamente aps a escolha; demonstra o nmero de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de no existir a mercadoria em estoque ou no se poder executar o servio com prontido.

    Portanto, o estoque dos produtos deve ser mnimo, visando gerar o menor impacto na alocao de capital de giro. O estoque mnimo deve ser calculado levando-se em conta o nmero de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa.

    A principal matria-prima de uma empresa grfica basicamente papel em suas vrias configuraes, texturas, gramatura, dentre outros. Atualmente, existe uma infinidade de papis disponveis no mercado grfico. Podendo ser diferenciados por uma srie de caractersticas especficas que tambm sero determinantes no uso que tero. Vejamos algumas:

    a) gramatura: o peso, em gramas, de uma folha de um metro quadrado de papel. Muitas vezes confundida com a espessura, que a distncia entre as duas faces do papel. Existem gramaturas adequadas para cada aplicao. Por exemplo, o papel de um livro deve ter uma gramatura baixa o suficiente para no dar muito volume quando as folhas estiverem juntas, mas alta o suficiente para resistir ao manuseio e no apresentar transparncias. Os papis so identificados pela sua gramatura, variando normalmente de 50 a 350 gramas definindo o peso e volume final do impresso. A gramatura fator preponderante na composio de custos do impresso, tanto na impres-so, quanto na distribuio, principalmente quando via correio. b) Rigidez: a resistncia que a folha oferece ao ser flexionada a partir de um estado de inrcia. Quanto maior a resistncia, maior a rigidez do papel.

    c) Porosidade: vem de poros, significa que o papel possui uma superfcie porosa e passvel de ser atravessada.

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    A porosidade do papel medida pela passagem de ar que o atravessa. Se os poros do papel forem muito abertos, o resultado da impresso ser diferente de um papel que possui poros bem fechados. d) Acabamento: conjunto de caractersticas ligadas aparncia e textura do papel, como a aspereza, o brilho, a maciez. O papel pode sofrer um tipo de revestimento que alterar essas caractersticas. Os revestidos so conhe-cidos como coated e os no revestidos, uncoated. e) Resistncia: o papel pode ter resistncias variveis a diversas foras ou aes, como trao, rasgo ou dobras. f) opacidade: capacidade do papel de barrar a passagem da luz. g) Brilho: capacidade da superfcie do papel de refletir a luz de forma espe-cular, em vez de difundi-la em todas as direes. O brilho uma propriedade tica, que valoriza as imagens, mas dificulta a leitura de textos. h) Alvura: capacidade do papel de parecer mais branco, determinada pela reflexo da luz. Assim como os papis muito brilhantes, seu uso no indi-cado para livros ou outros produtos em que necessria a fixao da vista por mais tempo. i) Lisura: relacionada irregularidade da superfcie do papel, maior quanto mais plana for essa superfcie. j) PH superficial: propriedade de acidez ou alcalinidade de um papel fun-damental em determinados processos eletrostticos de impresso.

    k) Absoro da tinta: capacidade do papel de ser atravessado pela tinta. Os papis para impresso devem permitir uma absoro da tinta adequada. l) imprimibilidade: aptido do papel para receber impresso, de modo que se gaste o mnimo de tinta para se obter um ponto com boa nitidez. A condio fundamental para o sucesso de uma empresa grfica a utiliza-o de matria prima de qualidade. Dentre os principais itens utilizados por uma empresa deste segmento podemos citar:

    a) Papis com diferentes caractersticas e gramaturas, por exemplo: papel jornal, offset, sulfite, acetinado, verg, kraft, carto duplex e triplex, couch, entre outros;

    b) Materiais diversos para suporte da impresso: vinil adesivo, lonas, tecido, PVC, metal, tecido, plstico, entre outros;

    c) Tonners, tintas e qumicos auxiliares;d) Materiais para acabamento: espirais, cola, grampos, fio para costura,

    filmes plsticos, etc. Abaixo alguns tipos de papis e suas aplicaes:

    offsET: papel com bastante cola, superfcie uniforme livre de felpas e pe-nugem e preparado para resistir o melhor possvel a ao da umidade, o que de extrema importncia em todos os papis para a impresso pelo sistema offset e litogrfico em geral. Sua aplicao na impresso para miolo, livros infantis, infanto-juvenis, mdicos, revistas em geral, folhetos e todo servio de policromia.

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    offsET TELADo: suas caractersticas so textura e gofrado. Sua aplicao em calendrios, displays, convites, cartes de festas e peas publicitrias. PoLEN RsTic: papel com um toque rstico e artesanal. OFFSET/Policro-mia. usado em papel para miolo, guarda livros e livros de arte. PoLEN BoLD: papel com opacidade e espessura elevada. offsET/Policromia: usado em livros quando necessrio papeis mais es-pessos, sem aumento do peso do livro. PoLEN sofT: Papel com tonalidade natural, ideal para uma leitura mais pro-longada e agradvel. Suas aplicaes so em livros instrumentais, ensaios e obras gerais. ALTA PRiNT: papel offset top de categoria, com alta lisura, brancura e opa-cidade. Produzindo atravs do processo soft calender on-machine, oferece a melhor qualidade de impresso e definies de imagens. PLEN BoLD: um offset de tonalidade diferenciada, excelente opacidade e maior espessura. Sua tonalidade reflete menos a luz, permitindo uma leitura mais agradvel. coucH: papel com uma ou ambas as faces recobertas por uma fina camada de substncias minerais, que lhe do aspecto cerrado e brilhante, e muito pr-prio para a impresso de imagens a meio-tom, e em especial de retculas finas.

    Para a impresso de textos o papel gessado muito ldico e por isto inc-modo vista. Defeito que se tem procurado contornar com a criao das to-nalidades mate. O termo francs couch (camada) usadssimo entre ns.

    necessrio distinguir couch de duas faces de alguns papis simplesmente bem acetinados, que com eles se confundem; molhando-se e friccionando-se uma extremidade do papel, se for couch, a camada de branco desfaz-se. coucH L1: papel com revestimento couch brilhante em um lado. Policro-mia. Suas aplicaes so sobre capas, folhetos e encartes. coucH L2: papel com revestimento Couch Brilhante nos dois lados. Po-licromia. Suas aplicaes so em livros, revistas, catlogos e encartes. coucH MoNoLciDo: papel com revestimento couch brilhante em um lado. Mas liso no verso para evitar impermeabilidade no contato com a gua ou umidade. Suas aplicaes so em embalagens, papel fantasia, rtulos, out-doors, base para laminao e impressos em geral. coucH MATTE: papel com revestimento couch fosco nos dois lados. Suas aplicaes so em impresso de livros em geral, catlogos e livros de arte. coucH TEXTuRA: papel com revestimento couch brilhante nos dois lados, gofrado, panam e skin (casca de ovo). Suas aplicaes so em livros, revistas, catlogos, encartes, sobrecapas e folhetos. coucH TEXTuRA sKiN: papel com revestimento couch texturado nas duas faces imitando casca de ovo. coucH TEXTuRA PANAM: papel com revestimento couch texturado nas duas faces imitando trama de uma tela de linho. coucH coTE: papel branco revestido com camada couch de alto brilho Cast Coated, sendo o verso branco fosco.

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    DuPLEX coTE: cartolina branca revestida com camada couch de alto bri-lho cast coated, sendo verso branco fosco. coLoR coTE: papel revestido com camada couch de alto brilho Cast Coated em cores pastis e intensas: azul, verde, rosa, amarelo, chamoi ver-melho, preto, prata e ouro, verso branco fosco. PEARL coTE: cartolina perolada. DoBLEcoTE: papel branco, revestido com camada couch de alto brilho Cast Coated em ambas as faces. gofRAcoTE: papel branco revestido com camada couch de alto brilho Cast Coat gofrado nos moldes: linho fino e casca de ovo, sendo o verso branco fosco. LAMicoTE: carto laminado com polister metalizado nas cores: prata, ouro e outras, sendo o verso branco fosco. METALcoTE: papel Cast Cote metalizado a vcuo nas cores: prata e ouro, sendo o verso branco fosco. fiLM coATiNg: papel revestido e calandrado na mquina de papel, com ex-celente reproduo de cores e brilho, alta definio de imagens e superior quali-dade de impresso. Esse papel intermedirio entre o papel offset e o couch. ToP PRiNT: suas caractersticas so alvura, sedosidade, lisura, opacidade superior, fidelidade na reproduo de cromos, fotos e ilustraes, maior pro-dutividade na impresso, menor carga de tinta utilizada para obter-se a mes-ma densidade de cor. Sua aplicao em tabloides, malas diretas, jornais de

    imprensas, house organs, impressos promocionais, livros didticos, revistas tcnicas, folhetos e manuais. oPALiNE: apresenta excelente rigidez (carteado), alvura, lisura, espessura uniforme. Sua aplicao em cartes de visita, convites e diplomas. vERg: suas caractersticas so marca dgua, aparncia artesanal, formao de folhas homogneas, resistncia das cores luz, controle colorimtrico e adequado para impresso: offset, tipografia, relevo e etc. Suas aplicaes so para papel de carta, envelopes, catlogos, capas, trabalhos publicitrios, car-tes de visita, formulrios contnuos, mala-direta, para miolo e guarda de livros. coLoR PLus: apresenta colorido na massa, boa lisura para impresso, sem dupla face, resistncia das cores luz, estabilidade dimensional, contro-le colorimtrico e continuidade das cores. Suas aplicaes so em trabalhos publicitrios, papel para carta, envelopes, convites, catlogos, blocos, ca-pas, folhetos, cartes de visita, mala-direta, formulrios contnuos. suPER BoND: originalmente, era um papel feito todo com pasta, usado pelos norte-americanos na impresso de ttulos da dvida pblica (bonds); a denominao se estendeu depois aos papis de carta com bastante cola, re-lativamente leves e constitudos de pasta de trapos, pasta qumica de melhor qualidade, ou mistura de ambos. Suas aplicaes so em formulrios cont-nuos, cadernos, blocos, envelopes, talonrios e servios gerais de escritrio. fLoR PosT: tem um de seus lados brilhante, que d uma opo a mais para obter-se uma melhor qualidade de impresso.

    Suas aplicaes so em vias de notas fiscais, pedidos, cpias de carta e documentos.

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    cARToLiNA: cartolina um intermedirio entre papel e o papelo. fabrica-do diretamente na mquina, ou obtida pela colagem e prensagem de vrias outras folhas. Conforme a grossura, diz-se cartolina ou papelo. Na prtica diz-se carto, se a folha pesar 180 gramas ou mais por metro quadrado; menos que isso, papel. A distino entre cartolina e papelo costuma-se fazer pela grossura; pa-pelo quando supera o meio milmetro. Os papeles so compostos de di-versos tipos de pastas, segundo a sua finalidade e utilizao. de pasta mecnica, pasta de palha, pasta mecnica com qumica, para obter mais resistncia; para o papelo gris a pasta usada com papis e restos de tra-pos, manilha e outros. Suas aplicaes so em pastas, fichas, cartes e de uso escolar. cARTo gRAfiX: carto de massa nica, ideais para policromia. indica-do para capas e permite plastificao. cAPA TEXTo: papel com aparncia artesanal. indicado para miolo e guar-da de livros. cARTo DuPLEX: carto com duas camadas de celulose branca, miolo de celulose pr-branqueada e cobertura couch em um dos lados. Suas aplicaes so em capa de livros em geral, embalagens para produtos ali-mentcios, cosmticos, impressos publicitrios, produtos que exijam envase automticos e pastas. cARTo TRiPLEX: carto com trs camadas, duas com celulose pr-bran-queada e a terceira de celulose branca com cobertura couch. Suas apli-

    caes so em capa de livros em geral, cartuchos em geral (para produtos farmacuticos, alimentcios, higinicos), embalagens de disco, embalagens para eletroeletrnicos, embalagens para brinquedos, vesturios, displays em micro ondulado. PAPEL JoRNAL: produto base de pasta mecnica de alto rendimento, com opacidade e alvura adequada. fabricado em rolos para prensas rota-tivas, ou em folhas lisas para a impresso comum em prensas planas. A su-perfcie pode, ainda, variar de speras, alisada e acetinada. Suas aplicaes so em tiragens de jornais, folhetos, livros, revistas, material promocional, blocos e tales em geral. PAPEL KRAfT: papel muito resistente, em feral de cor pardo-escuro, e feito com pastas de madeira tratada pelo sulfato de sdio (Kraft = fora). usado para embrulho, sacos e sacolas. MicRo oNDuLADo: carto especial que, em lugar de constituir folha pla-na, forma pequenos canais salientes e reentrantes. usado na embalagem de mercadorias quebradias, ou trabalhos diferenciados. PAPis REcicLADos/iMPoRTADos: esses papis so reciclados, cons-tituindo de 50% papis aparas (sobra de papel), sem impresso. O restante varia de 20 - 50% de papis impressos reciclados ps-consumi-do, variando de acordo com o efeito que se deseja obter. Alm de alguns mais especficos que so reciclados em 100%, outros se utilizam de anilinas em processo exclusivo de fabricao.

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    Todos os papis oferecem uma variedade muito grande de cores e textura, proporcionando ao usurio um resultado diferenciado dos papis frequente-mente utilizado. ideal para impresses finas em livros de arte, hot stamping, relevo seco, obras de arte, efeitos de porcelana, impresso em jato de tinta e impresso a laser. PAPEL cANsoN: papel colorido utilizado em colagens, recorte e decoraes. Na rea de produtos produzidos em uma grfica citam-se alguns: impressos variados, folder, convites em geral, blocos diversos, cartazes, painis, pster, cartes de visita, dentre outros.

  • GRFICA

    ORGA

    NIZA

    O

    DO P

    ROCE

    SSO

    PROD

    UTIV

    O

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    A organizao do processo produtivo de uma grfica deve ser procedida seguindo uma ordem lgica, j que a inverso de qualquer dessas etapas poder ensejar em perda de matria-prima, por isso sugere-se que o empre-endedor adqe nessa sugesto ou crie a sua prpria organizao.

    PEDiDo O cliente efetua a solicitao do material (servio) via vendedor externo, televendas, diretamente no balco. So analisadas suas exigncias em relao ao servio que tem pretenso que seja executado, recolhe-se s informaes necessrias para a criao ou elaborao do de-terminado impresso.

    cRiAo DA ARTE O incio do processo produtivo acon-tece na rea de criao ou elaborao da arte, nessa etapa efetuada a criao da arte eletrnica requerida pelo cliente, a partir da, montado no computador atravs de um programa a solicitao do cliente conforme suas expectativas. A arte desenvolvida, em seguida gerada em arquivo digital. Esse arquivo chamado de layout, e passado para a rea de correo ou para o cliente como forma de validao do servio a ser realizado.

    APRovAo/AcEiTAo DA ARTE Esse departamento tem por tarefa fazer a anlise primeiramente do layout em busca de possveis er-ros de origens ortogrficas, medidas e falhas, o vendedor dever apresentar ao cliente a arte criada, de forma impressa, para aprovao formal.

    foToLiTo o momento em que a arte ser fotografada e preparada para ser gerada uma chapa, ou arquivo eletrnico, que ser utilizado na produo do impresso ou formulrio contratado pelo cliente. Partindo do fotolito ou arquivo eletrnico passa-se ento para a produo efetiva do formulrio ou impresso encomendado pelo cliente, que so: gRAvAo DA cHAPA

    O fotolito ir gerar a gravao de uma chapa metlica, sendo tal chapa fo-tossensvel. As reas que so protegidas da luz tornam-se, aps uma reao qumica, lipoflicas, atraindo gordura (grafismo), enquanto que as demais re-gies se mantm hidrfilas, atraindo gua (contra grafismo).

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    MoNTAgEM

    A chapa, aps a gravao, que flexvel, ser montada na impressora, em um cilindro. Cada chapa usada para transferir uma cor, assim sero neces-srias tantas quantas se fizerem necessrias para garantir a impresso de todas as cores que os impressos ou formulrios iro requerer, segundo o que foi previsto na arte aprovada pelo cliente. Essa montagem dever ocorrer em impressoras que suportem o nmero de cores requeridas, isto porque tem impressoras que imprimem apenas em uma cor, outras em duas ou trs, e tem tambm as impressoras que impri-mem em policromia. iMPREsso

    A impresso ocorre em mquinas impressoras rotativas, em que o papel alimentado via grandes bobinas, ou em impressoras planas, que usam o papel j cortado em determinados tamanhos, o sistema funciona de maneira rotativa. Ou seja, uma srie de cilindros conduzem tanto a tinta quanto o papel. A impresso no papel feita de forma indireta, o cilindro onde a matriz foi montada mantido mido por cilindros umidificadores. A tinta transferida para esse cilindro, como a tinta de base gordurosa ela se concentra nas reas lipoflicas e ao mesmo tempo repelida pela gua que se concentrou nas reas hidrfilas do cilindro. A transferncia de tinta ocorre para um cilindro de borracha, chamado de blan-queta. Esse cilindro um item intermedirio para a impresso. Tal cilindro ajuda a manter o papel seco e ao mesmo tempo melhora a sobrevida da matriz.

    coRTE E MoNTAgEM

    Os formulrios ou impressos diversos gerados a partir da etapa de impresso passam ento agora para a rea de corte, em que ser efetuado o corte no formato e tamanho contratado pelo cliente. Embalagem Nessa parte do processo o material todo embalado para facilitar a entrega do mesmo. Dependendo da quantidade e da solicitao do cliente o material pode ser dividido em dois ou mais pacotes. Entrega E finalmente a entrega do material que pode ser feita em local determinado ou o prprio cliente pode retir-la na empresa. Como informao complementar e visando apresentar como ocorre o pro-cesso produtivo grfico, baseado no material GUIA TCNICO AMBIENTAL DA INDSTRIA GRFICA Srie P + L, produzido pela Secretaria do Meio Ambiente, CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental e SINDIGRAF-SP Sindicato das Indstrias Grficas do Estado de So Paulo descreve-se abaixo uma viso geral sobre esse processo, o qual pode ser dividido em trs etapas:

    Pr-impresso;

    Impresso;

    Ps-impresso. A pr-impresso representa o incio do processo grfico e inclui uma sequ-ncia de operaes que permitem a passagem da arte a ser impressa do seu original para o portador de imagem, tambm conhecido como frma/fotolito. Existem duas grandes alternativas tecnolgicas para esta etapa de

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    pr-impresso: a analgica e a digital. Na digital, a transferncia da imagem para a frma/fotolito feita diretamente do computador. J na analgica, esta transferncia feita indiretamente, de forma manual ou mecnica. A impresso a principal etapa da indstria grfica e consiste na transfern-cia da imagem, contida na frma/fotolito, para um substrato. As principais alternativas tecnolgicas para a etapa de impresso esto resumidas abaixo. Cada um destes sistemas de impresso possui um mtodo de pr-impres-so especfico. PRiNciPAis sisTEMAs DE iMPREsso DA iNDsTRiA gRficA iMPREsso

    1. sem tinta a) Fotoqumica

    - Haletos de heliogrfica b) Termoqumica trmica c) Eletroqumica descarga eltrica 2. com tinta a) Sem frma/fotolito

    Jato de tinta - Sob demanda - Contnuo

    Transferncia Trmica - Elcogrfica - Cera - Sublimao tinta

    Eletrosttica - Eletrofotogrfica - Eletrogrfica - Deposio ions - Magnetogrfica

    b) Com frma/fotolito

    Relevogrfica - Flexogrfica - Tipogrfica - Letterset

    Planogrfica - Litogrfica - Offset

    Encavogrfica - Retogrfica - Calcogrfica - Tampogrfica

    Permeogrfica - Serigrfica - Por estnceis

    Fonte: CETESB/2003

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    A terceira e ltima etapa do processo grfico a ps-impresso. Consiste no acabamento dos produtos impressos, de acordo com sua logstica e os requisitos definidos pelo cliente. As operaes de acabamento tm como finalidade criar, realar e preservar as qualidades tteis e visuais do produto, bem como determinar seu formato/dimenses e viabilizar sua finalidade. As operaes envolvidas dependero em grande parte do produto a ser fabrica-do: livro, jornal, revista, embalagem ou outro artigo. Abaixo segue a descrio das principais tcnicas e operaes envolvidas na ps-impresso: PRiNciPAis oPERAEs DE Ps-iMPREsso 1. Ps-impresso a) Acabamento

    Corte Refile Gotragem Revestimento Estampagem Dobradura

    b) Converso

    Colagem Encadernao Laminao Corte e vinco Picotagem

    Puncionamento Perfurao

    c) Distribuio

    Etiquetagem Deslocamento Empacotamento Expedio Armazenagem

    Fonte: CETESB/2003

    PRiNciPAis sisTEMAs DE iMPREsso Os seis sistemas de impresso mais comum na indstria grfica so: offset, rotogravura, flexografia, tipografia, serigrafia e impresso digital. Na sequn-cia descreve-se suscintamente cada um deles. importante ressaltar que se trata apenas de fluxos tpicos, sendo que, por exemplo, a etapa de pro-cessamento da imagem no existe nos sistemas de pr-impresso digital, tambm chamado de computer to-plate. Cada um possui particularidades de processo que so resumidas a seguir: 1. Offset

    Offset um sistema de impresso indireto, onde a frma/fotolito uma cha-pa metlica gravada com uma imagem. Depois de entintada, essa imagem transferida para um cilindro intermedirio, conhecido como blanqueta e, atravs desta blanqueta, transferida para o substrato.

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    A impresso offset pode ser plana ou rotativa, dependendo do substrato a ser impresso tratar-se de folhas ou bobinas. Aplica-se impresso de itens como livros, jornais, revistas, tablides, catlogos, peridicos, psteres, arti-gos promocionais, brochuras, cartes, rtulos ou embalagens. Mtodos fotomecnicos so geralmente utilizados para transferir a imagem do original para a frma/fotolito, o que gera efluentes lquidos que podem conter compostos como sulfatos e prata. Os resduos gerados nas diversas etapas do processo incluem embalagens de tintas e solventes, panos ou estopas sujas com solvente e restos de tinta, aparas de papel, chapas met-licas obsoletas ou danificadas, solvente sujo, entre outros. 2. Rotogravura

    A rotogravura um sistema direto de reproduo grfica, em que o substrato entra em contato com a frma/fotolito de impresso, onde a imagem gra-vada em baixo-relevo em um cilindro metlico e a transferncia se d atravs da presso entre os cilindros e o substrato. Em geral, a rotogravura utilizada para a impresso de grandes tiragens, em alta velocidade, principalmente na produo de revistas, peridicos, selos, pa-pis de presentes e de parede, alm de embalagens cartonadas ou flexveis. As operaes de preparao do cilindro para gravao geram efluentes lqui-dos e resduos slidos de tratamento de superfcies metlicas, semelhantes aos da indstria de galvanoplastia, que devem ser tratados e dispostos ade-quadamente. Quanto aos demais resduos slidos gerados no processo, es-tes no diferem muito daqueles do processo de offset.

    3. Flexografia

    Flexografia um sistema de impresso direta que utiliza frmas flexveis, fei-tas de borracha ou polmero, com as reas de grafismo em alto-relevo. A impresso realizada diretamente sobre o substrato utilizando tintas fluidas, volteis e de secagem rpida, ou tinta do tipo ultravioleta (UV). Seus principais usos so na impresso de produtos de sacaria, listas telef-nicas, jornais, sacolas, etiquetas, rtulos e embalagens. Os aspectos ambientais do processo de pr-impresso da flexografia as-semelham-se queles gerados para o processo offset, apesar das frmas serem diferentes. Os demais aspectos so parecidos com o processo de impresso por rotogravura. 4. Tipografia

    A tipografia , possivelmente, o mais antigo dos sistemas de impresso direta e caracteriza-se pelo uso de frmas gravadas em alto-relevo, que transferem a tinta das reas elevadas diretamente para o substrato. Em geral so usados tipos mveis, montados de acordo com o texto que se deseje imprimir. Os usos mais comuns da impresso tipogrfica so em formulrios, bilhetes, marcas e impressos comerciais em geral. Neste processo, a frma de impresso montada a partir de tipos e caixas metlicas j existentes e reutilizveis, o que reduz a gerao de resduos na sua preparao.

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    No entanto, as operaes de limpeza da matriz com solventes geram resdu-os, como panos e estopas sujos. Por sua vez, o processo de impresso gera resduos de substrato, provenientes de acertos da mquina e outros resduos ligados ao uso de tintas e solventes. 5. Serigrafia

    Serigrafia um sistema de impresso direta que utiliza como frma uma tela de tecido, plstico ou metal, permevel tinta nas reas de grafismo e impermeabilizada nas reas de contragrafismo. Sobre essa tela, montada numa moldura, a tinta espalhada e forada com auxlio de uma lmina de borracha de modo a chegar ao substrato. Por permitir a impresso sobre diferentes tipos de materiais e superfcies irregulares, incluindo vidro, plstico, madeira ou metal, a serigrafia possui diversos usos. Os principais produtos impressos pelo processo de serigrafia so psteres, banners, camisetas, papis de parede e decalques. Na pr-impresso do processo de serigrafia so gerados resduos de revela-o semelhantes aos gerados no processo de offset. Alm disso, ocorre ge-rao de resduos resultantes da preparao da frma a partir da tela, como restos de madeira e da prpria tela. Pela necessidade de diluio das tintas e pelas diversas limpezas que se fazem necessrias, o processo consome quantidades considerveis de sol-vente, alm de panos/estopas sujos com restos de tinta e solvente. 6. impresso digital

    Entende-se por impresso digital qualquer sistema de impresso no qual a ima-gem gerada a partir de um arquivo digital e transferida diretamente para uma impressora, que pode ser, por exemplo, a laser, jato de tinta ou offset digital.

    Atualmente, a impresso digital atende a praticamente toda a gama de pro-dutos da indstria grfica. Permite que equipamentos que executam algumas operaes complementares sejam diretamente acoplados ao sistema de im-presso; um exemplo o corte de vinil para a produo de adesivos. A impresso digital possui como grande vantagem a passagem direta da imagem para o substrato, sem o uso de frmas. Esta caracterstica elimina a gerao de resduos na etapa de pr-impresso. Em relao etapa de impresso, os resduos gerados dependero do sistema de impresso digital usado; alguns exemplos so: tubos vazios na impresso cera e cartuchos de tinta vazios na impresso por jato de tinta. Alm disso, ocorre alguma gerao de resduos de papel, plstico, embalagens e outros materiais, prin-cipalmente na ps-impresso. EsTRuTuRE uMA EMPREsA AMBiENTALMENTE coRRETA De forma resumida, a norma ABNT NBR ISO 14001:2004 define aspectos e impactos ambientais da seguinte maneira:

    Aspecto ambiental: elemento das atividades, produtos ou servios de uma organizao, que podem interagir com o meio ambiente;

    impacto ambiental: qualquer modificao no meio ambiente, adversa ou benfica, que resulte no todo ou em parte das atividades, produtos ou servios de uma organizao.

    Para exemplificar esses dois conceitos distintos, imagine-se o lanamento de certo volume de efluentes industriais em um curso dgua. O lanamento em si um aspecto ambiental. Os efeitos ambientais deste lanamento, como

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    alterao da qualidade da gua, mortandade de peixes ou odor desagrad-vel, so os impactos resultantes. Quando mal controlados, determinados aspectos ambientais industriais po-dem causar impactos adversos bastante significativos. A atividade industrial grfica pode ser desempenhada de modo ambientalmente correto, desde que seus aspectos neste escopo sejam devidamente identificados, avaliados e controlados. Assim o empreendedor de uma indstria grfica dever embasar na ABNT NBR ISO 14001:2004, bem como contar com profissionais tcnicos alta-mente qualificados para estruturar uma operao produtiva ambientalmente correta. E com isto apresentar-se para o mercado como uma empresa que se preocupa com a preservao do meio ambiente. Essa uma nova realidade mundial e que dever ser seguida e respeitada, pois uma empresa que no tem preocupao com a preservao do meio ambiente no ter sucesso e nem sobrevivncia no mercado. Os consumi-dores esto cada dia mais informados e preocupados com a preservao dos recursos naturais e com a existncia da humanidade. Por isso tendem a consumir apenas produtos de empresas que tragam consigo elementos descritivos da cadeia produtiva, informando a origem da matria-prima, qual a destinao dada aos resduos slidos e lquidos da empresa, sem os mesmos so tratados ou no. Enfim, necessrio apresentar aos consumidores se a empresa trabalha ecologicamente correta ou no. Uma das formas de garantir aos consumidores que a empresa ecologi-camente correta ser a de obter uma certificao que poder ser de nvel

    nacional ou internacional, tendo como opo o FSC Forest Stewardshio Council, em portugus Conselho de Manejo Florestal. O FSC um rgo internacional, que atua tambm nacionalmente, emitindo certificao para empresas que trabalham com madeira, possibilitando o ras-treamento total da matria-prima da floresta. O FSC emite um selo que a Certificao em Cadeia de Custdia, que um processo usado para manter, documentar e garantir a idoneidade e o rastrea-mento da matria-prima da floresta em todas as etapas at o consumidor final. O selo FSC, atualmente reconhecido mundialmente como um importante certificado para a garantia de procedncia para produtos de origem florestal. O objetivo do selo conciliar a explorao dos recursos da floresta e a pre-servao de seus recursos naturais, ao mesmo tempo em que devem respei-tar os direitos de trabalhadores e comunidades tradicionais, garantindo a sua viabilidade econmica atual e futura. O FSC uma organizao no governamental, internacional, independente e sem fins lucrativos. Foi fundada em 1993 e tem como objetivo atestar ao consumidor que o manejo das florestas podem ser ambientalmente adequa-do, socialmente benfico e economicamente vivel. selo verde A indstria Druck Chemie desenvolveu o Programa Selo Verde, tendo como objetivo estabelecer uma parceria entre a Druck Chemie e seus clientes na busca de desenvolvimento e melhorias contnuas em relao ao Gerencia-mento de Resduos Industriais visando estabelecer uma responsabilidade

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    socioambiental e possibilitar a conscientizao dos participantes a incentivo a procedimentos que tragam benefcios ao meio ambiente e sociedade.

    As empresas que venham estabelecer os princpios de gesto ambiental de resduos industriais gerados com responsabilidade socioambiental, rea-lizando dentro da prpria empresa um plano administrativo, organizacional, triagem e disposio final, buscando acondicionar de forma correta e dar destinao adequada a cada tipo de resduo, objetivando a conquista da qualidade e consequentemente melhorando os resultados econmicos e ambientais, pelos mtodos empregados, alm de contribuir com doao a instituies de caridade, recebero a certificao Selo Verde.

    A metodologia do programa avaliada pela Druck Chemie em visitas tcnicas, so avaliados os itens indicados no programa. Assim que concedido, o Selo Verde pode ser divulgado em palestras, cursos, site, correspondncias. O Selo Verde homologado e registrado legalmente como Marca Druck Chemie.

  • GRFICA

    AUTO

    MA

    O

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    O maquinrio empregado na produo de uma grfica tem um relativo grau de automao incluso, o que requer a operao por profissionais com grau de conhecimento de tecnologia, visando desempenhar bem suas funes e retirar o mximo de cada mquina ou equipamento. Assim o nvel de automao de uma grfica de nvel mdio, pois implica em inteirao entre os diversos departamentos da empresa, o que culmina no controle e faturamento dos produtos acabados. Desta forma todos os processos de uma grfica devem ser amplamente au-tomatizados, visando obter ganho de escala e rigoroso controle operacional e de custos produtivos. Isto porque desde o oramento, que feito para apresentar a proposta para o cliente, at a concluso do produto contratado, existe uma inter-relao de todos os processos. Sendo assim dever ocorrer um grau de investimento em automao numa grfica com o intuito de simplificar os processos e seus controles. Fato que est presente em todas as etapas comerciais e operacionais desse tipo de empresa, por isso mesmo o empreendedor dever buscar no mercado um software que auxilie nessa automao. Assim o ideal que a grfica conte com um software integrado e amigvel para auxiliar na gesto de toda a empresa, passando pelo processo comer-cial, produtivo, administrativo, financeiro, comercial e operacional, sendo o ideal inclusive que procure apoio de profissionais qualificados para prestar assessoria na definio de tal software.

    Ressalta-se que a empresa uma parte integrante da vida do empresrio, portanto, conhecer todos os seus atos e fatos ser de fundamental impor-tncia, j que uma empresa bem gerida estar bem encaminhada rumo ao sucesso empresarial.

  • GRFICA

    CANA

    IS D

    E DI

    STRI

    BUI

    O

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    O principal canal de distribuio de uma grfica ser a oferta de seu produto aos possveis consumidores, de forma direta, seja via televendas ou presen-cial, via representantes comerciais. Existe tambm a possibilidade de venda direta, aquela em que o cliente bus-ca a grfica para fazer o seu pedido.

  • GRFICA

    INVE

    STIM

    ENTO

    S

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    O investimento para montar uma grfica de pequeno porte ir girar em torno do que segue abaixo:

    1. MAquiNRio NEcEssRio PARA A MoNTAgEM DA gRficA

    a) Impressora tipogrfica 2 = R$ 5.998,00;b) Impressora offset nos formatos 4 e 8 1 = R$ 25.000,00;c) Guilhotina automtica 1 = R$ 16.000,00;d) Grampeador eltrico 3 = R$ 900,00;e) Serrilhadeira 2 = R$ 1.000,00;f) Picotadeira manual 4 = R$ 2.000,00;g) Numerador tipogrfico 2 = R$ 2.400,00;h) Gravadora de chapas 1 = R$ 950,00;i) Encadernadora Profissional 4 = R$ 12.000,00;j) Dobradeira Paralela OS-655 1 = R$ 15.000,00;k) Envelopadora 2 = R$ 9.980,00;l) Perfuradora 2 = R$ 778,00;m) Toner 1 = R$ 600,00 (ser consumido e adquirido segundo o uso);n) Qumicos:

    Fotolitos 1unidade = R$ 25,00 (ser consumido e adquirido segundo o uso);

    Limpador de chapas 1 L = R$ 10,00 (ser consumido e adqui-rido segundo o uso);

    P revelador 1 kg = R$ 71,00 (ser consumido, segundo a capacidade produtiva da empresa);

    Restaurador de blanqueta 18 L = R$ 147,00 (ser consumido e adquirido segundo o uso);

    Soluo de fonte 20 L = R$ 120,00 (ser consumido e adqui-rido segundo o uso).

    Total maquinrio.................. R$ 92.979,00.

    2. MoBiLiRio PARA A REA ADMiNisTRATivA E oPERAcioNAL

    a) Microcomputador 6 = R$ 18.000,00;b) Impressora laser de alto padro 1 = R$ 3.000,00;c) Impressora laser normal 3 = R$ 1.800,00;d) Impressora matricial 2 = R$ 2.000,00;e) Mesa 8 = R$ 4.000,00;f) Cadeira 30 = R$ 5.250,00;g) Fax 1 = R$ 450,00;h) Telefone 10 = R$ 750,00.

    Total mobilirio..................... R$ 35.250,00. Total do investimento ..................... R$ 128.229,00.

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

    42

    3. oBsERvAEs:

    a) No esto considerados os gastos relativos aquisio ou reforma do imvel escolhido para a instalao da empresa, pois ele poder ser alugado;

    b) Nos valores acima no est previsto a aquisio de matria-prima inicial, pois esse gasto ir depender da expectativa de venda da em-presa grfica;

    c) Os preos acima so meramente referenciais, para fins de estimativa do investimento necessrio;

    d) Outro custo no computado na estruturao do novo negcio so os relacionados aos softwares que sero utilizados na automao da grfica, bem como os de uso especfico tais como Corel Draw, Photoshop, dentre outros.

    Esses softwares tm um custo razovel, portanto, devero ser considerados na composio de todos os custos de montagem da grfica.

  • GRFICA

    CAPI

    TAL

    DE G

    IRO

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

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    Capital de giro o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilaes de caixa.

    O capital de giro regulado pelos prazos praticados pela empresa, so eles: prazos mdios recebidos de fornecedores (PMF); prazos mdios de estoca-gem (PME) e prazos mdios concedidos a clientes (PMCC).

    Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior ser sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mnimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilizao de dinheiro em caixa.

    Se o prazo mdio recebido dos fornecedores de matria-prima, mo-de-obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos mdios de estocagem somada ao prazo mdio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de capital de giro ser positiva, ou seja, necessria a ma-nuteno de dinheiro disponvel para suportar as oscilaes de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica tambm em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa. Se ocorrer o contrrio, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores fo-rem menores que os prazos mdios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de capital de giro negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponvel em caixa necessrio para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizaes excessivas podero fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus pagamentos futuros.

    Um fluxo de caixa, com previso de saldos futuros de caixa deve ser implan-tado na empresa para a gesto competente da necessidade de capital de giro. S assim as variaes nas vendas e nos prazos praticados no mercado podero ser geridas com preciso. Nesse segmento, normalmente a necessidade de Capital de Giro de nvel mdio para alto, principalmente pelo custo do papel e tender a variar na ordem de 55% a 90% do investimento total.

  • GRFICA

    CUST

    OS

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

    46

    So todos os gastos realizados na produo de um bem ou servio e que sero incorporados posteriormente no preo dos produtos ou servios pres-tados, como: aluguel, gua, luz, salrios, honorrios profissionais, despesas de vendas, matria-prima e insumos consumidos no processo de produo, depreciao de maquinrio e instalaes. O cuidado na administrao e reduo de todos os custos envolvidos na compra, produo e venda de produtos ou servios que compem o neg-cio, indica que o empreendedor poder ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a reduo de desperdcios, a com-pra pelo melhor preo e o controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negcio.

    Os custos para abrir uma grfica devem ser estimados considerando os itens abaixo:

    a) Salrios, comisses (caso os vendedores percebam remunerao varivel) e encargos R$ 10.500,00;

    b) Tributos, impostos, contribuies e taxas R$ 1.300,00;c) Aluguel, condomnio, segurana R$ 2.000,00;d) gua, luz, telefone e acesso a internet R$ 1.200,00;e) Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionrios

    R$ 400,00;f) Recursos para manutenes corretivas R$ 900,00;g) Valores para quitar possveis financiamentos de mquinas, equipa-

    mentos, ferramentas e mobilirio R$ 1.600,00;

    h) Assessoria contbil R$ 900,00;i) Propaganda e publicidade da empresa R$ 800,00;j) Aquisio de matria- prima ser gasto algo em torno de

    R$ 30.000,00 a R$ 55.000,00;k) Despesas com vendas R$ 1.400,00.

  • GRFICA

    DIVE

    RSIF

    ICA

    O

    / AGR

    EGA

    O D

    E VA

    LOR

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

    48

    No segmento grfico, os produtos so praticamente sempre os mesmos, ou seja, impressos sob encomenda, notas fiscais, cartes de visita, folders, car-tazes, dentre outros, no entanto um ponto definidor de sucesso ser sempre o compromisso de fornecer ao cliente produtos acabados com tima qua-lidade de impresso, evitando a todo custo distores de cores, brilho em excesso nos impressos, etc. Para conseguir esse processo de qualidade alguns pontos se fazem neces-srio de serem observados, tais como:

    a) Trabalhar com matria-prima de primeira qualidade, sempre procurar adquirir matria-prima de fornecedores com forte atuao no mer-cado nacional, evitando fbricas de fundo de quintal, pois isso ir refletir diretamente em seu produto acabado;

    b) Validar perante o fornecedor a origem da base de sua matria-prima, ou seja, qual a origem da madeira que originou a celulose, bus-cando trabalhar somente com fornecedores que trabalham com ma-deira oriunda de reflorestamento ou manejo sustentvel de floresta, procurando evitar aquisio de matria-prima de fornecedores no regulares no mercado.

    O empreendedor dever estar sempre atento possibilidade de abertura de novos clientes, para tanto, precisa estar sempre atento ao mercado consumi-dor, de forma que, a cada nova oportunidade surgida ou criada, no perca a chance de apresentar sua empresa e a qualidade de sua produo grfica. Uma forma de diversificar a de estudar a possibilidade de agregar a pro-duo de outros itens grficos em sua empresa, tais como bobina de PDV, usada pelas mquinas registradoras ou emissoras de cupom ECF, formu-lrios, cartazes e folders com pigmentao diferenciada dos concorrentes,

    bem como procurar produzir cartes de visita com alta qualidade e com custos reduzidos. Poder-se- ainda diversificar produzindo os seguintes itens, que visam inclu-sive atender a demanda de concorrentes, tais como:

    a) Arte final;b) Fotolito;c) Gravao de chapa;d) Digitalizao de imagem e reproduo, desde que seja observada a

    reserva de domnio e direitos autorais;e) Enfim procurar aberturas e oportunidades de mercado visando pre-

    encher determinadas lacunas deixadas ou de pouco interesse por parte dos concorrentes.

    O atendimento virtual pode ser considerado uma boa oportunidade de diver-sificao no ramo de empresas grficas. Nos ltimos anos, com o crescimen-to das vendas pela internet, houve uma expanso do mercado concorrencial com a possibilidade de utilizao de servios de impresso realizados em diversos estados e at no exterior. A empresa grfica como de forma de apresentar sua preocupao ambiental e tambm denotar que uma empresa socialmente justa pode buscar uma certificao que lhe conceda essa comprovao. Uma das formas buscar fornecedores de papel e outros itens utilizados na indstria grfica, que seja detentor de alguma certificao nacional ou internacional, que assegure que as matrias-primas adquiridas pela indstria grfica so produzidas de forma ecologicamente correta e socialmente justa.

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

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    A FSC Forest Stewardship Council (Em portugus Conselho de Manejo Florestal) uma certificao no obrigatria, sendo, portanto, um processo voluntrio em que realizada uma avaliao de um empreendimento florestal, por uma organizao independente, a certificadora, e verificado os cumpri-mentos de questes ambientais, econmicas e sociais que fazem parte dos Princpios e Critrios do FSC.

    O processo pode ser resumido em macro etapas:

    contato inicial a operao florestal entra em contato com a certificadora; Avaliao Consiste em uma anlise geral do manejo, da documenta-

    o e da avaliao de campo. O seu objetivo preparar a operao para receber a certificao. Nessa fase so realizadas as consultas pblicas, quando os grupos de interesse podem se manifestar;

    Adequao Aps a avaliao, a operao florestal deve adequar as no conformidades (quando houver);

    Certificao da operao A operao florestal recebe a certificao. Nessa etapa, a certificadora elabora e disponibiliza um resumo pblico;

    Monitoramento anual Aps a certificao realizado pelo menos um monitoramento da operao ao ano.

    O processo da certificao conduzido pela certificadora. O Conselho Brasi-leiro de Manejo Florestal no emite certificado. Cabe s certificadoras avaliar operaes de manejo florestal ou de cadeias de custdia para conceder o uso do selo FSC nos produtos, e auditar operaes certificadas, seja de manejo florestal ou de cadeia de custdia. Tambm cabe certificadora pre-cificar e cobrar por este servio. O Conselho Brasileiro de Manejo Florestal no recebe nenhum subsdio ou repasse financeiro pelas certificaes concedidas no pas.

  • GRFICA

    DIVU

    LGA

    O

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    51

    Os trabalhos produzidos em uma grfica tm funo especifica de uso, quer seja, para comunicar a outros uma campanha, que ser feita via cartazes, folders, ter documentos operacionais personalizados, que buscam apresen-tar a empresa de forma profissional, via cartes pessoais, formulrios perso-nalizados, dentre outros. Por isso mesmo o empreendedor desse segmento empresarial dever investir numa boa divulgao de sua grfica. Com base na premissa descrita no pargrafo acima, o empresrio do ramo grfico dever fazer uso dos meios de comunicao tradicionais, em especial via rdio, folders, outdoor e jornais. No entanto ressalta que esse tipo de mdia tem custo expressivo, por isso mesmo dever ser focado a divulgao por meio de seus vendedores, seja via televendas ou representante comercial. Isto porque o contato direto tem um efeito bastante expressivo perante o cliente final. O que se configurara em um importante meio de apresentao e divulgao de sua empresa, mesmo que no seja fechado nenhum negcio nos primeiros contatos. Assim o empreendedor dever recorrer aos meios de comunicao tradicio-nais, como citado acima, mas no dever esperar que esse seja o nico ca-nal de divulgao de seu empreendimento grfico. Ento refora novamente a necessidade de estar sempre apresentando-se para os clientes, pois a divulgao do boca a boca funciona muito bem para esse tipo de empresa.

    Atualmente um dos principais meios de divulgao para o segmento grfico, a internet, j que esse meio de comunicao atinge diversos pblicos, que vai desde os que detm maior poder aquisitivo at os que esto no plo inverso, mas que tem necessidade de comprar produtos grficos e buscam referncias via internet. Ressalta-se inclusive que esse meio de comunicao internet apresenta um custo relativamente baixo e com forte e crescente apelo popular, por isso mesmo dever ser fortemente atacado, pois o resultado tende a ser bastante satisfatrio.

  • GRFICA

    INFO

    RMA

    ES

    FISC

    AIS

    E TR

    IBUT

    RIA

    S

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

    53

    O segmento de GRFICA, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificao Nacional de Atividades Econmicas) 1811-3/99 como a atividade de explo-rao de impresso, sob contrato, de impressos para usos diversos (card-pios, cartes de apresentao e de mensagens, diplomas, convites, etc.), e a impresso por dados variveis transacionais (contas telefnicas, extratos bancrios), poder optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadao de Tributos e Contribuies devidos pelas ME (Microempre-sas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), institudo pela Lei Complementar n 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade no ultrapas-se a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa R$ 3.600.000,00 (trs milhes e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na Lei.

    Nesse regime, o empreendedor poder recolher os seguintes tributos e contri-buies, por meio de apenas um documento fiscal o DAS (Documento de Ar-recadao do Simples Nacional), que gerado no Portal do SIMPLES Nacional:

    Clique para acessar o site da Receita

    IRPJ (imposto de renda da pessoa jurdica);

    CSLL (contribuio social sobre o lucro);

    PIS (programa de integrao social);

    COFINS (contribuio para o financiamento da seguridade social);

    ISSQN (imposto sobre servios de qualquer natureza);

    INSS (contribuio para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

    Conforme a Lei Complementar n 123/2006, as alquotas do SIMPLES Na-cional, para esse ramo de atividade, variam de 6% a 17,42%, dependendo da receita bruta auferida pelo negcio. No caso de incio de atividade no prprio ano-calendrio da opo pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinao da alquota no primeiro ms de atividade, os valores de re-ceita bruta acumulada devem ser proporcionais ao nmero de meses de atividade no perodo.

    Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder benefcios tributrios para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse imposto), a alquota poder ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poder ocorrer reduo quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

    MEI (Microempreendedor Individual): para se enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a tabela da Resoluo CGSN n 94/2011 Anexo XIII.

    Clique para acessar o site da Receita

    Neste caso, este segmento no pode se enquadrar no MEI, conforme Re-soluo 94/2001.

    Para este segmento, tanto ME ou EPP, a opo pelo SIMPLES Nacional sem-pre ser muito vantajosa sob o aspecto tributrio, bem como nas facilidades de abertura do estabelecimento e para cumprimento das obrigaes acessrias.

    Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alteraes das Leis Complementares ns 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resoluo CGSN - Comit Gestor do Simples Nacional n 94/2011.

  • GRFICA

    EVEN

    TOS

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

    55

    ABigRAf AssociAo BRAsiLEiRA DA iNDsTRiA gRficA. So Paulo SP.

    Nesse site encontra-se diversas opes de cursos, palestras, dentre outros eventos. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da Abigraf

    EMBALA NoRDEsTE fEiRA iNTERNAcioNAL DE EMBALAgENs E PRocEssos. Disponvel em:

    Clique para acessar o site Green Field

    fEiRA iNTERNAcioNAL DE MquiNAs E EquiPAMENTos DE EM-BALAgEM E iMPREsso. Disponvel em:

    Clique para acessar o site semana internacional

    fEsPA AMERicAs AND gRAPHics of THE AMERicAs 2012. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da FESPA

    NDiA PAcKiNg sHowLocal: Pragati Maidan New Delphi ndiaorganizao: Indian Printing Packaging & Allied Machinery Manufactures Association. Disponvel em:

    Clique para acessar o site Ipama

    LABEL suMMiT LATiN AMERicALocal: Guadalajara Mxicoorganizao: Label Summit Latin America. Disponvel em:

    Clique para acessar o site mexico

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

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    sEMANA DE ARTEs gRficAs. Essas semanas de artes grficas so organizadas pela ABTG Associa-o Brasileira de Tecnologia Grfica, em diversas cidades e estados. Assim o empreendedor dever acessar o site da ABTG e procurar pelos diversos eventos. Disponvel em:

    Clique para acessar o site abtg

    gRAPH EXPo gRAfic ARTs sHow coMPANy, iNcLocal: Chicago, USA. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da Graph Expo

    PALEsTRA sEBRAE TcNicAs DE susTENTABiLiDADE PARA Mi-cRo E PEquENAs gRficAsLocal: So Jos do Rio Preto, SPorganizao: ABIGRAF Associao Brasileira da Ind. Grfica. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da Abigraf

    cuRso: fERRAMENTAs DA quALiDADE PARA iNDsTRiA gRficALocal: Mooca, SPorganizao: ABTG- Associao Brasileira de Tecnologia Grfica. Disponvel em:

    Clique para acessar o site abtg

    ABTcP coNgREsso E EXPosio iNTERNAcioNAL DE cELuLosE E PAPEL. Disponvel em:

    Clique para acessar o site abtcp

    coNgRAf coNgREsso BRAsiLEiRo DA iNDsTRiA gRficA. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da Congraf

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

    57

    PAcKPRiNT sigN fEiRA DA iNDsTRiA DE EMBALAgEM, gRficA E coMuNicAo visuAL. Disponvel em:

    Clique para acessar o site Euro Feiras

  • GRFICA

    ENTI

    DADE

    S EM

    GER

    AL

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

    59

    ABRAfoRMAssociao Brasileira da Indstria de Formulrios, Documentos e Gerencia-mento da Informao. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da Abraform

    ABRigRAf Associao Brasileira da Indstria Grfica. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da Abigraf

    ABTgAssociao Brasileira de Tecnologia Grfica. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da Abtg

    ABiMAqAssociao Brasileira da Indstria de Mquinas e Equipamentos. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da Abimaq

    ANAvEAssociao Nacional dos Profissionais de Venda em Celulose, Papel e Deri-vados. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da Anave

    BRAcELPAAssociao Brasileira de Celulose e Papel. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da Bracelpa

  • GRFICA

    NORM

    AS T

    CNI

    CAS

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

    61

    As normas tcnicas so documentos de uso voluntrio, utilizados como im-portantes referncias para o mercado.

    As normas tcnicas podem estabelecer requisitos de qualidade, de desem-penho, de segurana (seja no fornecimento de algo, no seu uso ou mesmo na sua destinao final), mas tambm podem estabelecer procedimentos, padronizar formas, dimenses, tipos, usos, fixar classificaes ou terminolo-gias e glossrios, definir a maneira de medir ou determinar as caractersticas, como os mtodos de ensaio.

    As normas tcnicas so publicadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT.

    Seguem abaixo algumas normas tcnicas sobre grfica:

    NBR11601 Plastificantes lquidos Cromatografia em fase gasosa; NBR11721 Tecnologia grfica Formulrios Acondicionamento, re-

    quisitos especficos e caractersticas do papel;

    NBR11945 Tecnologia grfica Impressos Avaliao da resistncia a vrios agentes;

    NBR12328 Tecnologia grfica Formulrios Dimenses; NBR12532 Tecnologia grfica Formulrios Terminologia; NBR12972 Tecnologia grfica Envelope convencional de papel para

    correspondncia Especificaes;

    NBR13025 Tintas grficas e imagens impressas Avaliao da resis-tncia luz;

    NBR13027 Unidade de medida tipogrfica e fichas tcnicas para tipos;

    NBR13071 Tolerncias de facas grficas de corte e/ou vinco; NBR13089 Impresses serigrficas Mtodo de avaliao; NBR13284 Preparao de corpos-de-prova para anlise metalogrfica; NBR13314 Tecnologia grfica Envelope tipo saco de papel para cor-

    respondncia Especificaes;

    NBR14018-1 Tecnologia grfica Especificao de cor e transparn-cia para escalas de tinta de impresso Parte 1: Impresso em offset plana e rotativa com sistema de secagem a quente;

    NBR14018-2 Tecnologia grfica Especificao de cor e transparn-cia para escalas de tintas de impresso Parte 2: Impresso em offset com sistema de secagem a frio;

    NBR14018-3 Tecnologia grfica Especificao de cor e transparncia para escalas de tintas de impresso Parte 3: Impresso em rotogravura;

    NBR14018-4 Tecnologia grfica Especificao de cor e transparn-cia para escalas de tintas de impresso Parte 4: Impresso serigrfica;

    NBR14018-5 Tecnologia grfica Especificao de cor e transparn-cia para escalas de tintas de impresso Parte 5: Impresso flexogrfica;

    NBR14310 Tecnologia grfica Chapas offset Dimenses; NBR14397 Tecnologia grfica Envelopes Especificao de envelo-

    pes para insersoras automticas;

    NBR14650 Tecnologia grfica Controle do processo Avaliao da dureza de rolos de impressoras e equipamentos grficos;

    NBR14869 Tecnologia grfica Livros didticos Especificaes; NBR14933 Tecnologia grfica Cadernos 1/8 espiralados, colados e

    costurados, com capa dura e capa flexvel Requisitos;

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

    62

    NBR14934 Tecnologia grfica Terminologia das artes grficas Parte 1: Termos fundamentais;

    NBR15058 Tecnologia grfica Cadernos de folhas para uso escolar coladas ou soltas Cadernos universitrios Requisitos;

    NBR15059 Tecnologia grfica Cadernos 1/4 espiralados ou costura-dos ou colados ou argolados, com capa dura ou capa flexvel Requisitos;

    NBR15060 Tecnologia grfica Cadernos de folhas para uso escolar coladas ou soltas Cadernos 1/4 Requisitos;

    NBR15061 Tecnologia grfica Cadernos universitrios espiralados ou costurados ou colados ou argolados Requisitos;

    NBR15201 Tecnologia grfica Livros didticos Classificao de de-feitos e mtodos de ensaio;

    NBR15384 Tecnologia grfica Blocos A4 Requisitos; NBR15385 Tecnologia grfica Blocos A3 Requisitos; NBR15386 Tecnologia grfica Blocos A2 Requisitos; NBR15387 Tecnologia grfica Cadernos de cartografia e desenho

    universitrios espiralados ou colados ou grampeados ou costurados ou argolados Requisitos;

    NBR15388 Tecnologia grfica Cadernos de desenho 1/4 espiralados ou colados ou grampeados ou costurados ou argolados Requisitos;

    NBRiso2837 Tecnologia grfica Impressos e tintas de impresso - Avaliao da resistncia a solventes;

    NBRNM-iso12218 Tecnologia grfica Controle de processo Pre-parao de chapas offset;

    NBRNM-iso12636 Tecnologia grfica Blanquetas para impresso em offset;

    NBRNM-iso12647-1 Tecnologia grfica Controle de processo e se-parao de cores, prova e impresso Parte 1: Parmetros de processo e mtodos de ensaio;

    NBRNM-iso12647-2 Tecnologia grfica Controle de processo e se-parao de cores, prova e impresso Parte 2: Impresso em offset;

    NBRNM-iso13655 Tecnologia grfica Medio espectral e clculo colorimtrico para contedos de originais em artes grficas;

    NM-iso12218 Tecnologia grfica Controle de processo Prepara-o de chapas offset;

    NM-iso12636 Tecnologia grfica Blanquetas para impresso em offset; NBR15425* Tecnologia grfica Controle de processo e separao de

    cores, prova e impresso Impresso flexogrfica;

    NBR17505-5* Armazenamento de lquidos inflamveis e combustveis Parte 5: Operaes;

    NBRiso12647-5* Tecnologia grfica Controle do processo de sepa-rao de cores, prova e impresso Parte 5: Impresso em serigrafia.

    * Essas e outras normas tcnicas relacionadas podem ser encontradas no site da ABNT em parceria com o SEBRAE:

    Clique para acessar o site da ABNT net

  • GRFICA

    DICA

    S DO

    NEG

    CIO

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

    64

    O empreendedor do segmento grfico dever ficar atento a alguns pontos importantes para seu negcio, conforme segue:

    a) O oramento grfico um dos itens mais importantes em uma grfi-ca, pois ser atravs desse importante instrumento que ser definido o custo de cada um dos itens produzidos em uma grfica;

    b) Ser por intermdio do oramento que se definir o quantitativo de papel a ser utilizado, qual ser o papel, qual a gramatura do papel, se o impresso ser monocromtico, duas cores ou uma policromia, quantos fotolitos e chapas sero utilizados, dentre outros importan-tes pontos que sero validados no momento do oramento;

    c) No oramento possvel saber at que ponto poder chegar na con-cesso de descontos, pois dependo dos custos da grfica se houver uma reduo sem controle do produto final, poder incorrer em pre-juzos irreversveis;

    d) Somente inicie a produo de obra grfica, aps um rgido planeja-mento, pois ser atravs dessa ferramenta de gesto que o empre-endedor ter condies de prever o resultado final do trabalho que ser produzido, veja alguns pontos:

    Definir a matria-prima que ser empregada na produo de uma determinada obra, conforme definido no oramento;

    Garantir que o papel a ser empregado em uma obra j esteja em estoque ou qual a data que o mesmo estar disponvel, pois fazer um compromisso com o cliente e no conseguir cumprir depe negativamente contra a empresa;

    Ter certeza que seu equipamento conseguir produzir a obra que est sendo contratada;

    Fazer o apontamento de custos individualmente por obra;

    Avaliar e calcular as perdas de matria-prima que resultar na execuo da obra;

    Reproduzir com fidedignidade a arte aprovada pelo cliente;

    Preparar a mquina que ir produzir determinada obra;

    Garantir que o fotolito e a chapa gravada estejam corretos e em perfeita consonncia com o projeto do cliente.

    e) Contratar profissionais altamente qualificados para todas as reas de sua grfica, em especial para a rea de criao e arte, gravao de fotolito e chapa, e principalmente os operadores de mquina; j que so esses ltimos que iro garantir que todas as etapas anteriores se-ro concludas com sucesso, evitando distores de cores, impresso com qualidade, eliminao de perdas de papel desnecessrias.

    Nesse nicho de mercado, onde o servio o ponto principal, o atendimento ao cliente se torna a pea fundamental na montagem do negcio e o diferen-cia da concorrncia. Deve-se buscar a excelncia no atendimento, atentando para os seguintes tpicos:

    a) Atendimento telefnico dinmico e cordial;b) Presteza nas entregas;c) Respeito ao compromisso de horrios prometidos;d) Apresentao e higiene pessoal dos funcionrios, estando devida-

    mente uniformizados.

  • GRFICA

    CARA

    CTER

    STI

    CAS

    ESPE

    CFI

    CAS

    DO

    EMPR

    EEND

    EDOR

  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

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    O empreendedor que tender a ingressar no ramo grfico, deve ter algumas caractersticas bsicas, tais como:

    1. Ter conhecimento especfico sobre papel e suas diversas variaes, in-cluindo colorao, alterao de estrutura com o emprego de tintas e algum tratamento qumico, dentre outros. Esse conhecimento pode ser adquirido tendo trabalhado em empresas grficas ou com a participao em cursos e eventos sobre o ramo grfico;

    2. Esse conhecimento sobre papel imprescindvel j que a base do produ-to final exclusivamente oriunda desse material;

    3. Ter conhecimento sobre arte final, fotolito, gravao de chapa, prepara-o e operao de mquinas empregadas na produo grfica;

    Isto porque fundamental ter conhecimento operacional de todas as reas, evitando estar sempre dependendo de terceiros, inclusive diminuir a possibili-dade de ter seus custos aumentados por falhas de operadores de mquinas. 4. O produto final desse tipo de empreendimento ser sempre o mesmo,

    ou seja, impressos e formulrios encomendados por um cliente, no en-tanto faz-se necessrio que o empreendedor esteja sempre atento s novas possibilidades de mercado, incluindo desenvolvimento tecnol-gico do setor;

    5. O empreendedor dever ser capaz de preparar sua equipe de vendas, tanto interna quanto externa para que possa vender aquilo que foi pro-gramada na empresa, evitando assim transtornos por receber pedidos de vendas impossveis de serem executados em seu estabelecimento. Fato que em ocorrendo depe fortemente contra sua empresa;

    6. Buscar melhorar o nvel de seu negcio, participando de cursos espec-ficos sobre grfica, papel e de gesto empresarial;

    7. Ter habilidade no tratamento com pessoas tanto com seus colabora-dores quanto com clientes, fornecedores e outros proprietrios de gr-ficas, enfim, com todos que de forma direta ou indireta tenham ligao com a empresa;

    8. Ser empreendedor com viso de futuro, antecipando tendncias, pros-pectando o interesse do consumidor, alm de estar sempre atento com as inovaes de mercado.

    As caractersticas indicadas so apenas direcionamentos, isto no quer dizer que um empreendedor, que talvez no se sinta com tais caractersticas deva desistir de investir neste novo negcio. Contudo, esse empresrio ter que se esforar um pouco mais do que aqueles que j contam com tais habilidades.

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  • IDEIAS DE NEGCIOS SUSTENTVEIS

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    ABIGRAF. Calendrio de eventos da indstria grfica, editorial e de embala-gens. So Paulo, 2008. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da AbigrafAcesso em: 10 set. 2011.

    MESSE FRANKFURT. A empresa. So Paulo, 2008. Disponvel em:

    Clique para acessar o site da MesseAcesso em: 11 ago. 2011. MILSUL. Montando uma grfica rpida. [S. l.], 2008. Disponvel em:

    Clique para acessar o blog da MilsulAcesso em: 10 ago. 2011. OFFSET. In: WIKIPDIA: a enciclopdia livre, [S. l.], 2008. Disponvel em:

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