4200-370 PORTO Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA · tudo o que Tu vais fazendo em mim. O meu...

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R. Lindo Vale, 464 – 4200-370 PORTO Al. Linhas de Torres, 2 – 1750-146 LISBOA Aconteceu... Acontece... Bodas de Ouro Página de Arquivo Retiro Mães de Paula Bento XVI em Portugal Irmã Judite Moinheiro em Angola preparando a sua Tese 75 anos do Externato do Parque Encontro com a Irmã Marilene em Fátima Um Encontro Inter-comunitário de Páscoa - Abrantes

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R. Lindo Vale, 464 – 4200-370 PORTO Al. Linhas de Torres, 2 – 1750-146 LISBOA

[email protected]

Aconteceu... Acontece... Bodas de Ouro

Página de Arquivo Retiro Mães de Paula

Bento XVI em Portugal

Irmã Judite Moinheiro em Angola preparando a sua Tese

75 anos do Externato do Parque

Encontro com a Irmã Marilene em Fátima

Um Encontro Inter-comunitário de Páscoa - Abrantes

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... ainda mais próximo da ‘meta’... agora que já foi nomeado o novo Governo Provincial:

Provincial: Maria Lúcia Soares Com a disponibilidade que todos conhecemos, aceitou mais este serviço, depois de quase 9 anos de entrega de vida como Provincial de Portugal Sul – desde 29 de Julho de 2001. OBRIGADA, LÚCIA!

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«Doroteias» agradece a disponibilidade de todas, e saúda de um modo especial a Irmã Maria da Conceição Oliveira, duplamente mais nova... em idade e em serviço... Este novo Governo toma posse na Assembleia da Celebração da Unificação, de 26 a 28 de Agosto, em Fátima. «Doroteias» agradece também a disponibilidade das Irmãs que deixarão o serviço de Governo Provincial: Fátima Ambrósio, Fernanda Nogueira e Margarida Ribeirinha.

Encontros no mês de Abril

O mês de Abril foi rico em Encontros: Encontros de Formação com a Irmã Marilene Brandão, já nossa conhecida... Encontro das Comunidades de Inserção pastoral e social... Encontros Pascais Inter-comunitários (em cinco localidades diferentes)...

Encontros com a Irmã Mari lene Brandão

SEMEANDO SONHOS… DESBRAVANDO ESTRADAS... Irmã Anabela Pereira

A Formação para as Coordenadoras com a Irmã Marilene Brandão, que decorreu nos passados dias 9 e 10 de Abril, veio na sequência de um caminho iniciado há dois anos. Nela estiveram presentes as Coordenadoras das duas Províncias e algumas Irmãs que foram convidadas a participar. Há pessoas que têm o condão de “mexer por dentro”, de fazer renascer o desejo de “mais”… Penso que a Irmã Marilene é uma dessas pessoas.

Pontos a guardar no coração:

“Tu és terreno Sagrado”… é necessário descalçarmos as sandálias para podermos entrar no terreno Sagrado que é cada uma das nossas Irmãs.

Somos chamadas à missão de gerar Vida, somos responsáveis umas pelas outras.

Nada mais bonito do que levar cada Irmã a fazer o seu caminho e a concretizar o seu ‘ser consagrada’.

Só em Jesus Cristo é possível caminharmos numa atitude de conversão permanente… “somos mulheres em construção”.

Ser Irmã de verdade… numa atitude de sermos “despertadoras” umas para as outras, anunciando e denunciando.

Uma Doroteia é alguém que se “reservou” exclusivamente para Deus; Ele deve ser a sua única paixão. De tantas maneiras, a Irmã Marilene foi repetindo que não nos podemos “aposentar” na vida… muito menos como Consagradas Doroteias… O mundo espera de nós uma luz para iluminar… desejamos ser pessoas “desaposentadas”.

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E muitos são aqueles que desistem de viver… A nós é pedido que o nosso quotidiano transmita a Esperança activa, a Alegria de experimentar o sabor das pequenas coisas e, sobretudo, o de acreditarmos para além do possível. “Jogue alto” nas pessoas, insistia a Irmã Marilene, não economize nas suas relações comunitárias. Deixe desabrochar toda a humanidade que existe dentro de si, ninguém resiste a um gesto de carinho, de amizade, de atenção… dar um elogio a uma nossa Irmã é muito importante e às vezes esquecemo-nos de o fazer. As Doroteias são chamadas a construir a Comunidade querida por Deus… Todas somos responsáveis nesta “empresa”… Não deixemos morrer o sonho de que é possível viver o amor já aqui… ENCONTRO DE FORMAÇÃO COM A IRMÃ MARILENE PARA AS IRMÃS MAIS NOVAS Gostamos de partilhar com todas as Irmãs os dias de formação que as Províncias nos proporcionaram, que decorreu de 5 a 8 de Abril. O horário foi muito preenchido com várias dinâmicas. A temática abordada ao longo dos dias foi: “Características das várias idades”. Tivemos oportunidade de perceber como as crises fazem parte do processo de maturação e crescimento ao longo da nossa vida. Num dos momentos a Irmã Marilene convidou-nos a construir uma oração por grupos. Partilhamos com todos as orações que fizemos:

Obrigada, Senhor

“Obrigada, Senhor, porque

és a luz na escuridão

És companheiro na solidão

És conselheiro na

incerteza.

Obrigada, Senhor, porque

és

o único alimento na

caminhada.

Obrigada, Senhor, pelo

desejo

que colocas no meu

coração

de ser comunhão com

todos,

ser dom de vida para que

todos tenham vida.

Obrigada, Senhor, porque

Contigo quero ajudar a

todos a serem MAIS. Tu

me chamas a ser presença

significativa na missão.

Obrigada, Senhor, pela

harmonia que hoje

experimento trabalhando

no teu Reino e pela

Família Doroteia que me dás”.

(São Rodrigues, São Oliveira, Judite Moinheiro)

O meu dia hoje

“O meu hoje, Senhor,

é um tempo de busca

do que Tu queres para

mim, para a

comunidade, em cada

dia.

O meu hoje, Senhor, é

um tempo de

reencontro na verdade

pessoal entre mim e

ti, de

aprofundamento,

enraizamento, no que

eu sou nesta Hora e

no que Tu desejas que

eu seja.

O meu hoje, Senhor, é

um tempo de missão,

sendo com outros e

para os outros, no que

me ajudas a descobrir

como necessidade a ser

resposta.

O meu hoje, Senhor, é

um tempo de ser

mulher agradecida por

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tudo o que Tu vais

fazendo em mim.

O meu hoje, Senhor, é

um tempo de buscar a

fidelidade ao teu sonho no

magis permanente.

O meu hoje, Senhor, é

um tempo de ser

Doroteia, dom de

simplicidade e alegria para

todos e para todas.

O meu hoje, Senhor, é

um tempo de me

abandonar nas tuas mãos,

pedindo-te que não me

largues.

O meu hoje, Senhor, é

um tempo de construir

fraternidade”.

(Paula Agostinho, Guida

Ribeirinha, Orlanda Costa,

Anabela Pereira)

Dá-me Senhor

“Dá-me, Senhor, coragem para a minha

transfiguração;

Dá-me, Senhor, coragem para assumir o

compromisso do meu “SIM”;

Dá-me, Senhor, sabedoria para saber

acolher o futuro;

Dá-me, Senhor, luz para caminhar rumo

ao verdadeiro Amor; Dá-me, Senhor,

fidelidade para nunca desistir;

Dá-me, Senhor, a força para viver cada

dia na esperança e na confiança de que

para Ti nada é impossível;

Dá-me, Senhor, sabedoria para em cada

momento saber acolher o Teu desafio de

ser dom para os outros”.

(Mila, Sofia, Mª Francisca)

Agradecemos às Irmãs dos Governos das nossas Províncias esta oportunidade.

Um abraço amigo das Irmãs mais novas.

Pequenas Comunidades, grandes desafios. . . Irmã Fernanda Manso

Foi em Fátima, depois do encontro das Irmãs mais novas e do das Coordenadoras com a Irmã Marilene Brandão, que as pequenas Comunidades se reuniram. Viemos do Norte, do Centro, do Sul e das Ilhas, e foi em clima Pascal que o nosso encontro se realizou. Cada uma tinha feito o ‘trabalho de casa’, pois todas nos tínhamos deleitado com a História da Dispersão. Em confronto com o nosso Capítulo Geral, e com o apelo fortíssimo das nossas Irmãs na Dispersão, fomos interpeladas e desafiadas a olhar para as revoluções de hoje, na nossa realidade, e que desafios nos trazem. Ao sermos confrontadas com estas mulheres de fé, de coragem, de oração, de abandono a Deus, de amor e atenção umas às outras, de audácia, de zelo apostólico, de espírito de família, de capacidade de arriscar, de busca do essencial... também nós procurámos deixar-nos desafiar e ver quais as exigências e pontos indispensáveis a realizar até 2015: o que precisamos de fazer, na nossa realidade, para sermos uma presença-palavra-acção de qualidade, na realidade onde estamos inseridas, como organizar-nos neste campo a nível de Comunidades e de Província. Como não podia deixar de ser, houve um tempo de oração pessoal e de partilha. Como síntese da nossa reflexão, podemos também dizer que o acento foi posto na necessidade de Formação, nas Novas formas de Presença, na preferência pela juventude e, sobretudo, na necessidade de uma conversão profunda, pessoal e comunitária. Depois destes dois dias de trabalho intenso, mas cheio de Sol, regressámos (as que regressaram, pois o trabalho continuava para algumas) convictas de que Deus é fiel e que vai fazendo caminho connosco.

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Encontros / Reencontros Inter -comunitár ios. . .

Foram sobretudo isso mesmo: ocasião de REENCONTRO. De norte a sul de Portugal, tudo em movimento.

Em Vila do Conde, no dia 17 de Abril, as duas Comunidades de Vila do Conde acolheram a

Residência do Lumiar, Campolide, algumas Irmãs da Casa Paula Frassinetti, Residência de Sta. Doroteia, Casa de Retiros (Sardão), Vilar, Externato da Paz.

Conta a Irmã Maria Emília Nabuco:

10 horas: Já chegaram? - Ainda não. 10 e vinte: Já chegaram? - Sim! É Vilar mais a sua comitiva, cheias de alegria, sorrisos, boa disposição. Logo a seguir abrem-se as portas para receber as da longa viagem: Lisboa. Grande é o cansaço, mas o sorriso também! Que profusão de beijinhos e abraços, admiração, interrogações! - És a irmãããã?… E tu, és a irmãããã…? Há quantos anos, meu Deus! Desde o Noviciado que não nos víamos! E as belas recordações desfiavam-se com emoção! E que dizer das que fizeram o seu Noviciado nesta casa? Uma ternura ouvi-las recordar os recantos que eram e já não são, a escadaria em posição diferente, paredes levantadas, as salas hoje ocupadas não por gente grande, como então, mas por tantos pequeninos, médios ou maiorzinhos!!! Tudo como não era no tempo delas... E a entrada na Capela grande? Que emoção ao recordar aqueles tempos em que os véus brancos tornavam mais claro e mais vivo aquele espaço sagrado! - “Éramos à volta de 70 noviças, imaginem”! Foi um momento enternecedor.

Neste Encontro éramos quase uma meia centena de Irmãs, dos 50 aos 90 anos! Mas havia um trabalho a cumprir. Juntámo-nos as nove Comunidades... rezámos uma significativa e devota oração preparada pelas Irmãs do Lumiar, e seguiu-se da apresentação de cada Comunidade e sua realidade-missão. Uma riqueza! Uma funda acção de graças! Entretanto era meio-dia. Na Capela tivemos a Eucaristia, celebrada pelo P. Losa, que se referiu com gratidão às Irmãs Doroteias, sobretudo à Madre Lindin a quem ficou sempre a dever o Jesuíta que hoje é. A sua querida Tia, Irmã Losa, foi a intercessora. À refeição espiritual seguiu-se um alegre convívio num almoço bem nortenho, onde não faltaram tremoços e gostosas azeitonas… Tudo o resto já é bem conhecido de todas nós... Depois de um curto intervalo para ver as doentes

acamadas e o resto da casa, seguiu-se a segunda parte do encontro. Pusemos em comum o impacto que teve em nós o Documento do Capítulo e os aspectos que mais nos interpelaram ao ler a História da Dispersão. Ficou-nos o desejo de trabalhar, de verdade, a “nossa terra de missão” e assumir as exigências do nosso Capítulo Geral. Fica-nos também a alegria de termos convivido tão fraternamente, e tão fraternamente termos recordado Irmãs queridas que, junto de Santa Paula, continuam a ser para nós modelos de mulheres de Fé e de Esperança... Um OBRIGADA aos nossos Governos Provinciais por estas iniciativas que nos animam a ser cada vez mais comprometidas na missão.

ABRANTES - Covilhã, Figueira da Foz e um grupo da Casa Paula Frassinetti.

A Irmã Maria Odete Marques Tomé registou a chegada da Irmã Maria de Lourdes Oliveira, que há 11 anos não vinha a Abrantes; e agora, na cadeirinha de rodas, recorda as 5 vezes que lá esteve e onde deixou raízes apostólicas… A Comunidade de Abrantes foi super acolhedora, desde as mais novas à da linda idade de 95 anos... Ficámos a conhecer um bocadinho da vida das Comunidades presentes: Os ATL e o 1º Ciclo de Abrantes, a Creche, Jardim de Infância e ATL da Covilhã, o Jardim de Infância, 1º Ciclo e ATL da Figueira da Foz, mas também o ‘Projecto Mulher’ e os Cursos Profissionais.

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A Eucaristia foi celebrada pelo P. Narciso, já com 93 anos, que desde tempos imemoriais nos acompanha... O que mais nos interpelou nos Documentos do Capítulo Geral: a mensagem dirigida a toda a Congregação para a colocar em estado de formação permanente; o reavivar a preferência pela juventude... A História da Dispersão foi motivo de acção de graças pelo exemplo de vida das Irmãs que nos precederam. A sua fortaleza, a união de corações – apesar de dispersas – que levou à expansão da Congregação além-fronteiras.

VISEU – Parque, Coimbra-Res. Universitária, Sardão-Casa de Retiros, no dia 18 Irmã Casimira Marques

Foi um belo dia de encontro, de re-encontro, nalguns casos depois de longos anos, como aconteceu com a Irmã Medeiros e a Irmã Maria Augusta Carvalho, que não se viam desde o Noviciado, há mais de 50 anos! A presença das Irmãs de Angola - Maria Angélica Silva e Vitória Gueve -, foi festejada por todas. As Irmãs do Parque vieram num autocarro de 20 lugares, as de Coimbra nos autocarros comuns e as da Casa de Retiros num carro conduzido pela Irmã Anabela.

SARDÃO – Vilar, Coimbra, Linhó-Santa Paula, Évora, no dia 18 Irmã Gracinda

As Comunidades apresentaram-se de formas variadas, desde o ‘viva-voz’ ao PowerPoint... Na partilha dos aspectos que mais nos interpelaram do nosso contacto com a História da Dispersão, todas concluímos que as nossas Irmãs foram fortes, destemidas nas provações, num grande abandono e total confiança em Deus que sempre as amparou e protegeu em todas as dificuldades, e nada as fez desistir do ‘sim’ que um dia deram ao Senhor. Revelaram grande amor à Congregação e à vivência em Comunidade. O nosso Capítulo incentiva-nos a sermos, como elas, Mulheres de Fé, a fazer tudo o que Jesus nos disser para que saibamos gerar e cuidar da Vida em contínua disponibilidade ao Pai, para que se formem em nós os sentimentos de Jesus…

No fim, houve troca de presentinhos que ficam, para sempre recordar, guardados na mente e no coração. Tudo foi lindo, emocionante, encorajador!

Colégio de Santa Doroteia - Comunidade da ESE, Casa Paula, Vilar, Évora

Irmã Maria Adelaide Martinho

As exclamações que acompanhavam cada abraço e cada beijo antecederam um outro tipo de acolhimento: o café no Bar com uns saborosos bolinhos. Como “nem só de pão vive o homem”, subimos ao 2º andar do Colégio, onde o espírito foi também enriquecido com uma oração inicial e com a partilha que cada Comunidade fez, apresentando a Missão que desempenha por amor do Reino. O método para essa apresentação foi variado: oralidade, PowerPoint, fotografias que concretizavam o que a “apresentadora” ia descrevendo. Seguiu-se a Eucaristia. As vozes todas unidas revelaram que também se canta bem aos setenta e oitenta anos!... A tarde acolheu aquilo que cada Comunidade mais apreciou, vindo do nosso Capítulo Geral. Os pontos foram bastante coincidentes! E da Dispersão das nossas Irmãs em 1910? Muito foi dito e muito mais seria comunicado, se contra nós não tivéssemos o tempo!... Mas este deixou que puséssemos em comum alguns sentimentos, isto é, que as Irmãs, apesar de dispersas, permaneceram unidas e que a sua sólida estrutura interior as fez ansiar por voltar a viver em Comunidade. A atitude previdente das Irmãs, no sentido de que nada se viesse a perder daquilo que é o nosso património de família religiosa, foi também um dos pontos realçados. A partilha foi rica e longa, mas esta “amostra” revela já a vivência desse dia. O Encontro terminou com a apresentação de várias Relíquias de Santa Paula (que a Irmã Barbosa guarda religiosamente no Arquivo) e com uma Oração final.

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LINHÓ NªSª Conceição - Casa Provincial N, Colégio da Paz, Res. de Santa Doroteia

Irmã Maria da Conceição Reis

O encontro decorreu num ambiente de alegria, expansão, esperança nos desafios propostos a partir do Capítulo Geral. Vida das Comunidades: Salientamos a renovação das relações fraternas e do espírito missionário, que leva Irmãs mais limitadas fisicamente a realizar trabalhos que revertem em benefício das Missões de Além-Mar. Fizemos alusão ao zelo missionário pelos leprosos, que caracterizou a Irmã Maria Rita Valente Perfeito, hoje com 90 anos... Da História da Dispersão marcou-nos a fidelidade à vocação a toda a prova, o amor apaixonado a Jesus Cristo, o viver em comunidade a consagração a Deus, a disponibilidade para ir para qualquer parte do mundo, o desprendimento de tudo – família, pátria … o desprendimento de si mesmas. Terminámos em Acção de Graças.

Há 75 anos a fazer estrelas brilhar

Em 1935, no coração de Lisboa, um grupo de Irmãs - que vivendo decerto o sonho e a paixão dos tempos de Quinto - abre as portas do Externato do Parque pela primeira vez. Aquilo que hoje é história, foi ontem tempo e espaço da mais nobre comunhão: educar bem as crianças. Gerações e gerações de meninos e meninas, na lentidão das folhas e dos riscos, foram pífaros ainda dentro da cana por cortar, foram pingos de chuva no interior da nuvem na véspera de chover; foram voz, mesmo sem qualquer palavra articulada, sentiram no esboço toda a evidência do que é pequeno mas infinitamente belo. Gerações e gerações de rapazes e raparigas descobriram bem cedo que nenhum caminho tem a dureza da distância, e que é a altura do sonho que faz deles gente crescida. Gerações e gerações de homens e mulheres descobriram aqui um lugar onde as palavras de Paula pousaram e onde cada instante tem o sabor da sua eternidade. O nosso Externato abarca todas as idades, dos que já foram, dos que são e dos que serão.

Vem isto a propósito do 75º Aniversário do nosso Externato, um momento oportuno para lançar a

todos o desafio de entender o tempo presente como herança do passado e compromisso com o futuro. Vivemos uma semana de grande alegria, repleta de momentos de encontro com um valioso

património: a nossa memória, uma memória que tem datas, que tem nomes e que tem acontecimentos. Foram realizadas diversas festividades, com destaque para a exposição “75 Anos A Educar Com

Suave Firmeza”, a edição especial do Jornal Girassol, uma apresentação multimédia do espólio fotográfico, várias exposições de trabalhos dos alunos do 1ºciclo e uma exposição de maquetas do Externato realizadas pelos alunos do Pré-Escolar…

No dia 20 de Abril, todos os alunos e restante comunidade educativa reuniram-se para celebrar a Eucaristia, presidida pelo Senhor D. Tomaz Silva Nunes, acompanhado pelo padre João Nogueira, pároco de Campolide, e o padre João Vergamota, ex-aluno do Externato. Na portaria seguiu-se o descerrar solene da placa comemorativa dos 75 anos, com todos os alunos a cantar o Hino do Colégio “Somos Amigos”. Junto ao Jardim das Palmeiras, encontrava-se o bolo de aniversário,

todos cantamos os parabéns, e a Irmã Lúcia Soares apagou as velas. No dia 24 de Abril, foi a vez dos antigos alunos regressarem ao

Externato. Participaram na Eucaristia, presidida pelo padre João Vergamota, acompanhado pelos padres António Pedro e Diogo Barata, todos antigos alunos do Externato.

O Refeitório foi o local escolhido para cantar os parabéns. Desta vez a Irmã Lúcia Soares teve a companhia de Maria Soledade Fontoura, antiga aluna do tempo da fundação, para apagar as velas.

Seguiu-se depois um espectáculo de “sombras chinesas” sobre a vida de Santa Paula, apresentado pelo Grupo “Dar Corda”, composto por dois professores e alguns alunos do 4ºAno.

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Para finalizar, houve ainda um lanche–convívio, oportunidade para matar saudades dos famosos bolos de açúcar.

Depois deste dia, de cada visita ao nosso Externato e à pequena parte que dele nos coube em sorte, trazemos connosco a nostalgia dos regressos incompletos, porque sempre insiste em cá ficar um bocado de nós.

O Grupo “Dar Corda”

A Equipa de Pastoral das nossas Escolas lançou agora uma actividade que irá certamente ajudar muito: Os “Campusfrassi.net”, que pretendem ser uma actividade pastoral alicerçada na Pedagogia de Paula Frassinetti, e têm como horizonte último levar os jovens a sentirem-se amados por Deus e acreditar que esse amor os leva a encontrar a verdadeira felicidade. Os animadores dos campus serão os alunos mais velhos (12.º ano) do Colégio das Calvanas e os alunos da ESE Paula Frassinetti. Para começar, são os adolescentes a frequentar os 7.º e 8.º anos os contemplados para começar esta dinâmica. Estão programados 2 campus: 1.º Casa de espiritualidade, no Sardão

de 12 a 17 de Julho; 2.º Casa de espiritualidade, no Linhó de 19 a 24 de Julho

Ver o Blog: http://campusfrassinet.blogspot.com/. Mail: [email protected] Para mais informações, contactar: Irmã Anabela Pereira – Sardão; Ana Isabel Santos – Colégio das Calvanas

Flashes que falam por si...

Como sabemos, a Irmã Judite Moinheiro esteve dois meses em Angola – de 19 de Janeiro a 18 de Março - para tratar da sua tese de mestrado. Ficou essencialmente no Frexiel. Agora diz-nos um bocadinho do que viveu:

Os flashes que seguem falam da vida que vai despontando como a luz dos raios madrugadores que perpassam a densa escuridão da noite que os impedia de manifestar a sua beleza. Não sei descrever o que vi, muito menos exprimir o misto de sentimentos que me envolveram e a vida que saboreei ao percorrer algumas aldeias de Kapelongo, nomeadamente Freixiel e seus arredores. Só sei dizer que a acção das nossas Irmãs, que passa pelo projecto Melika – Mukai, efimbo liove liefika ou seja, Mulher, chegou a tua hora -, ultrapassou as expectativas de todas as pessoas que contactei. Porém, também percebi que, por detrás de toda a alegria manifestada, existem grandes sacrifícios, imensas dificuldades, alguns receios e incertezas.

- As maiores dificuldades das escolinhas, que neste momento as comunidades não conseguem resolver, são a falta de professores e de material didáctico. Contudo, este mal é extensivo a qualquer escola desta Comuna. É inacreditável que em toda a Comuna não exista uma pequena biblioteca nem tão pouco impressão de qualquer artigo ou revista, por mais simples que seja.

- Nos agrupamentos das senhoras do projecto Melika, que beneficiaram de micro-crédito e criaram lojinhas nas suas comunidades, as maiores dificuldades são a falta de uma Irmã (que os oriente quando necessário) e de transporte para os animadores, pois estes estão dispostos a ajudá-las gratuitamente.

- Os receios e incertezas que sentem estão relacionados com as escolas. Pois as pessoas percebem que a vida, ainda muito jovem, que está a surgir nas suas comunidades, a partir das escolas, se não tiver um apoio seguro, neste momento, todo o esforço feito poderá ir por água abaixo.

Para não me alongar, transcrevo alguns pedaços das entrevistas:

“Os mais velhos dizem: ‘Todas as coisas grandes começam de pequeno’. Quando a nossa escola se iniciou, parecia uma brincadeira. Eu dizia: bom, vamos ver… Mas agora, é admirável! As crianças que não têm possibilidades de pagar as propinas, como o nosso trabalho está mesmo no sentido do amor, a comissão de pais e os professores, no acto de matrícula têm velado por essas situações.

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Antigo aluno do projecto e actualmente professor numa das escolinhas do projecto. Tem 46 anos de idade e 9ª classe. Pretende dar continuidade aos estudos.

“O nosso Freixiel mudou muito. Porque com o projecto Melika conseguimos formar as mulheres na costura, na culinária, na higiene e no bem-estar para o seu lar. Muitos maridos, hoje, agradecem ao projecto Melika porque desenvolveu muito as suas mulheres. Depois disto, também veio a escola. Há muitas senhoras que também lutaram para estudar e ainda hoje continuam a estudar. E muitas crianças que estavam sem estudar, as Irmãs puseram o mesmo projecto nesses locais, e neste momento as crianças já têm escola. O Projecto Melika começou assim-assim, e aos poucos avançou. Mesmo sendo as nossas salas pequenas em comparação às salas da escola 17 de Setembro de Kapelongo, mas aqui nós estamos melhor do que os outros de lá… Eu só tenho a dizer que agradecemos muito. Boa hora que calhou as Irmãs Doroteias virem para aqui fazer este projecto Melika. Lembro-me bem, estas duas salas, quando foram construídas, de ajudarmos a descarregar os tijolos, a areia não foi comprada foram buscar ali em cima e a água para a construção, também transportávamos na cabeça e com carroças até que conseguimos acabar esta obra. Agora está indo mesmo em frente”.

Vizinha das Irmãs, antiga aluna do projecto e actualmente professora no mesmo projecto. 49 anos de idade e neste momento está a fazer a 10ª classe.

“O ensino numa comunidade é muito importante porque faz evoluir o homem. É por isso que todo o mundo, agora, está empenhado no ensino. Porque para termos uma profissão de qualidade, ainda que seja de pedreiro ou carpinteiro, tem de passar pela escola… é importante formar as pessoas que já temos, para amanhã não termos grandes preocupações e grandes problemas para “cobrir” as nossas escolas do projecto. Não só, também devemos pedir apoio às entidades religiosas competentes para nos ajudarem no sentido de fazermos como se fez na primeira fase do projecto, para superar as muitas lacunas que temos nas nossas escolas.”

Uma senhora de 53 anos de idade que está a estudar a 11ª classe e aspira fazer o ensino superior.

“Quando me preparei para professor, para chegar aqui, ao Freixiel, e começar as aulas às 7h30m, eu e os meus colegas saíamos de casa às 4 horas da manhã. Acabávamos as aulas às 13h30m e chegávamos a casa entre 15-16 horas. Esforcei-me, porque sabia que é na escola onde se forma o homem. A escola é uma coisa muito importante na nossa vida, na comunidade e na sociedade. Porque é aí que a pessoa cresce nas ideias, no falar, no respeitar os outros e por aí afora. O projecto Melika mudou muito a minha vida. Antes, a minha casa era coberta de capim, não tinha condições de comprar chapas para a cobertura ou comprar outras coisas. Nunca sonhei que um dia pudesse ter uma televisão, luz eléctrica, agora tenho. Tudo melhorou mesmo. Os meus filhos só comiam arroz no dia 25 de Dezembro, no Natal. Agora, todos os dias têm óleo, arroz, o que eles preferirem comer”.

Um dos alunos do primeiro grupo do projecto Melika e actualmente professor de uma das escolinhas do projecto. 47 anos de idade, 8ª classe.

“O projecto Melika mudou muito a minha vida e das outras senhoras. As senhoras não tinham muita higiene, não sabiam ler, hoje sabem. Não sabiam coser, hoje estão a coser. Os maridos, agora, não andam com camisas sem botões ou rotas. Agora que estou em tratamento, em Benguela, e não no Freixiel, mas não durmo à fome, porque com o que aprendi consegui discorrer e aluguei uma máquina na praça e faço costura, e tenho dinheiro para alimentação e pagar a escola da minha filha. A minha vida mudou muito, porque aprendi a orientar-me na vida; no comportamento, sei como devo ficar e apresentar-me no meio das pessoas; sei receber visitas; sei como devo limpar e arrumar a minha casa. Estou mesmo muito contente. Quando melhorar, vou continuar a aprender, porque ainda não sei tudo”.

Antiga aluna do projecto. 39 anos de idade, 6ªa classe de escolaridade. Encontra-se na província de Benguela em tratamento há dois anos. Viúva e mãe de 3 filhos.

“Eu não sabia fazer contas, agora ninguém me engana. Não sei escrever, mas sei fazer cálculos. Na nossa loja, para vendermos, revezamo-nos de dois em dois dias. Não sabemos escrever, mas cada par faz seu registo com traços. Nos Sábados encontramo-nos todas e fazemos o nosso balanço e, caso haja algum engano, conseguimos detectar facilmente”.

Uma das senhoras do agrupamento Santa Paula Frassinetti, Lumanha. A loja deste agrupamento poupa 55 km às pessoas da sua comunidade que precisam comprar um 1kg de açúcar ou um litro de óleo, além de poupar o dinheiro do transporte.

“Apareceram mais senhoras para fazer novos agrupamentos. Consigo dar formação e tratar dos documentos. Mas estamos de mãos atadas, pois não temos “cabeça” que nos oriente e aconselhe.

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Precisamos de um pequeno fundo para atribuir aos novos agrupamentos, e transporte, por exemplo uma mota, para nos deslocarmos. Não precisamos de ser pagos pelo nosso trabalho, só precisamos da ajuda a que me referi”.

Animador dos agrupamentos de micro-crédito.

“O facto de eu pertencer a um agrupamento está a ajudar-me muito, e ao meu lar também. Dos nossos lucros, consigo comprar roupa para meus filhos, comprar coisas que preciso para a minha casa, consigo solucionar problemas de saúde. Diminuiu as nossas preocupações diárias e, além disso, agora já temos trabalho”.

Uma das senhoras do agrupamento de Makulungungu.

Há dois anos houve uma praga nos campos, e houve muita fome. Este agrupamento tinha uma grande reserva de massango na sua loja e assim conseguiu socorrer a comunidade. Podem imaginar o quanto a vida deste povo me desafia!

Carta da Irmã Vitória Gueve

Na madrugada do dia 9 de Fevereiro cheguei a Lisboa para a revisão médica exigida pelo Professor

Dr. João Lobo Antunes.

O Professor mandou-me fazer uma TAC para tirar a limpo toda a sombra de dúvida. Ao

apresentar o resultado, ficou corado, com os olhos azuis mais expressivos e, cheio de júbilo,

exclamou: Ite missa est! Ao que respondi: Deo gratias, Professor!

Saímos do consultório sorrindo até à nuca.

A Ir. Marques, incansável companheira, que habitualmente é de rosto pálido, parecia que o

retocara com uma suave base juvenil...

A revisão médica teve outros enriquecimentos.

Apesar do frio que espreitava por todos os lados, tivemos dias bem encomendados por Nossa

Senhora, em Fátima. Que dias tão saborosos e irrepetíveis passámos aos pés da Mãe! As 3 - Ir.

Margarida Adelaide, Ir. Maria Angélica e eu - aproveitámos o melhor possível. Nos valinhos

sentimos a singela presença dos pastorinhos, em particular dos 2 mais pequenos.

São lugares que nos levam a tocar o Divino. Foram dias de sol radioso e silêncio, dentro e fora...

Na realidade, se ali o demónio “não se converte” é porque se esgotaram as suas possibilidades..,

já pulou para lá da barreira...

Depois de Fátima... Eu não sei que tem o Linhó-ó, eu não sei o que o Linhó tem!

O convidativo silêncio... o majestoso S. José, as nossas Irmãs velhinhas e doentes, gastas mas

com singelo sorriso, continuando a dar vida até à última gota, todavia com mãos abertas,

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coração disponível e o interior quais favos a libertar gotejando o mel puro e transparente, ganho

na vida simples e escondida!... E as senhoras que ajudam a cuidar das doentes fazem-no com tão

impressionante carinho, que, numa simbiose com as Irmãs ainda activas, sente-se o perfume da

via do coração e do amor.

A convite das Comunidades do Parque, no meio de tantos presentes, houve a ida a Viseu! O

requinte do acolhimento abrilhantou a festa do reencontro com tantas Irmãs amigas... até

encontrei a Ir. Encarnação que deixei de ver há 40 anos, em “Sá da Bandeira”... Duas Irmãs

atrás de nós, já de cabelinho branco, que foram colegas de noviciado, diziam: “Há 50 anos nunca

mais nos vimos”... O dia de Viseu foi mesmo um encontro intercomunitário. Estava-nos

reservada a partilha do saboroso e concentrado SUMO do que nos une como Dom de Deus: a

mensagem mais forte, para as Comunidades, presente no documento do Cap. Geral XX e na

dispersão de 1910. Não faltou o encontro com as Mães de Paula, tendo descoberto que uma

delas teve os filhos na minha comuna, Cuíma! (província do Huambo)! Quem diria???

Antes de regressar à tão saudosa e querida terra mãe (27 de Abril) peço ao Doroteias para

transmitir a cada Irmã o meu abraço muito, muito grato, porque, Irmãs, sois testemunhas e

vistes claramente a ACÇÃO DE DEUS em mim. Em Angola a nossa gente costuma dizer “Deus

me gosta”! E... é mesmo verdade!

Regresso na esperança de proclamar, na missão, as maravilhas de Deus. Sinto-me bem! O nosso

Deus é, na verdade, o DEUS-CONNOSCO!

Bem hajam, queridas Irmãs, pelos vários dons que acompanharam e enriqueceram a minha revisão

médica. VALEU!

Carta da Irmã Maria Eduarda Fernandes Coimbra deixa marcas numa jovem espanhola – a Paula - que esteve na nossa casa da Av. Dias da Silva. Lembram-se da Paula e Mariana que foram as primeiras a ir para o Lar no ano passado? É a Paula que escreve:

«Estou a morar com gente muito simpática, embora nunca vou encontrar um lugar tão

familiar como a vossa (sempre nossa) casa. Tenho rezado por vocês, para que Deus

continue a dar-vos saúde para poderem continuar sempre a viver com um grande sorriso

e muita alegria para dar aos outros. Ofereceram-me um emprego no Porto, para o ano,

por isso se calhar volto para Portugal e vou ir a visitar-vos sempre que eu puder.

Muitos beijinhos e muitas saudades. Despeço-me de vocês. Um abraço bem apertadinho –

Paula

A Irmã Maria Eduarda, que enviou esta carta, diz: «Fazem-nos falta, pois as suas gargalhadas alegravam mais a casa... O que importa é que a juventude esteja sempre no centro das nossa PREFERÊNCIAS como nos recomenda o Capítulo Geral. Ao menos pela oração, para quem já não pode fazer mais nada»... «As nossas ‘mocinhas’ sempre gostam de estar nos Lares quando lhes apresentamos um ambiente acolhedor, alegre e carinhoso».

12

Dia 17 de Abril – Realizou-se um Encontro

de Relações Humanas, orientado pela Irmã

Lúcia, destinado ao grupo que vai aos

Açores. Pretende-se ajudá-los a reflectir na

experiência de grupo que irão viver juntos.

Dia 17 de Abril - Encontro Antigas Alunas da

Paz nascidas antes do ano 70. Um Sonho

realizado: um mês de ‘passa-palavra’ por

todas as vias mediáticas possíveis… e, numa

tarde de sábado, 120 alunas e professoras

de sucessivas décadas do nosso Colégio

encheram a portaria, o refeitório, a casa toda.

Uma Festa! Culminou com uma Eucaristia a

que o Padre Carlos Carneiro soube dar o tom

feliz, simultaneamente desafio e resposta, a

uma vida iluminada pela fé em Jesus, sentido

das nossas vidas. Partiram felizes e,

verdadeiramente, aconteceu Encontro e

revigorou-se a Amizade. A saudade levou

todas a despedirem-se “até ao próximo ano”

– mas já no estádio do Dragão!...

Dia 8 de Maio – Realizou-se na Obra Social

Paulo VI um Jantar africano para angariação

de fundos para a ida dos jovens voluntários a

Angola. Participaram cerca de 70 pessoas.

Dia 14 de Maio: Visita de Bento XVI ao

Porto – O Norte foi contemplado! A Irmã

Rosa Sá, com outra Irmã da Direcção da

CIRP, integrou o grupo que foi ao Ofertório.

A Irmã Maria Antónia Marques Guerreiro,

com a Irmã Ilda Cardina - integradas num

grupo da Diocese do Porto encarregado de

acolher o Santo Padre, o séquito Papal e

demais Bispos - teve oportunidade de

cumprimentar pessoalmente o Santo Padre.

Teve-nos a todas presentes nesse momento.

Dia 17 de Maio – Por iniciativa da Equipa

das Irmãs de Idade, realiza-se uma

‘romagem’ ao Quelhas (de manhã) e ao

Arsenal da Marinha (de tarde), com Missa na

Capela do Arsenal. Estão inscritas cerca de

50 Irmãs, do Norte e do Sul. Deram um

grande apoio na organização as nossas

«antigas» Tuxa, Manuela Mendonça e Gina

Pau Preto.

Dias 19 a 25 de Maio, em Fátima – Férias

com Nossa Senhora. São acompanhadas

pelas Irmãs Maria Leonor, Aurora Tavares,

Alcina Alves e também pela Gina Pau Preto.

Durante esses dias a Irmã Fernanda

Nogueira substitui a Irmã Maria Leonor no

Linhó.

Dias 25 a 31 de Maio, em Fátima – Outro

grupo de Férias com Nossa Senhora,

apoiadas pelas Irmãs Laurentina Mendonça e

Emília Bárcia, e também pela Gina Pau

Preto.

Dia 5 de Junho, uma ‘romagem’

semelhante à de 17 de Maio, mas desta vez

a Vila do Conde e Tuy. Estão inscritas cerca

de 35 Irmãs das duas Províncias.

Dias 10 e 11 de Junho – Reunião dos

Governos Provinciais.

Dia 26 de Junho, em Fátima – Realiza-se

um CPA, das duas Províncias, para uma

primeira reflexão sobre as linhas

fundamentais da planificação para o futuro.

O Linhó alojou 60 pessoas do Movimento

Neo-catecumenal para reuniões anuais, que

fizeram coincidir com a vinda do Papa.

A Pastoral Juvenil anda em grande

movimento. Para além das actividades, de

acordo com a Programação, algumas Irmãs

estão a percorrer as Comunidades para

envolver e comprometer toda a Província

nesta prioridade tão significativa do Capítulo

Geral XX. Não se realizou a caminhada

Coimbra/Fátima prevista para 23 a 25 de

Abril.

Por impossibilidade de algumas

participantes, a Irmã Maria Antónia Marques

Guerreiro não se deslocou a Angola para

orientar os EE de mês como tinha sido

comunicado.

Notícias da saúde das nossas Irmãs: A doença da Irmã Maria Celeste Dias Ferreira (Coimbra) agravou-se muito, e está a necessitar da nossa oração.

A Irmã Maria da Conceição Moreira (Moçambique) sabe-se agora que foi a grande malária que causou o problema.

Pede-se também orações por uma prima da Irmã Orlanda que está muito doente. Tem só 27 anos e é mãe de dois filhos pequenos.

13

Faleceram: Um irmão da Irmã Lourdes Lima da Costa (Comunidade do Fomento, Moçambique): Faleceu no passado dia 16 de Abril, o primeiro e o mais novo de 11 irmãos. Estes acontecimentos, vividos à distância, "pesam" mais... e Deus permitiu uma coincidência que muito consolou a Lourdes. Porque o Terroso é perto de Vila do Conde, as Irmãs que foram de Lisboa ao Encontro Inter-comunitário foram lá ser presença. Puderam participar na Eucaristia, às 17h do dia l7. Uma Eucaristia cheia de unção e beleza, pelo sentimento do povo e actuação do Grupo Coral a que ele pertencia. Um irmão da Irmã Palmira Cardoso. Diz a Irmã Maria Antónia Sequeira: A 12 de Abril, tendo falecido o irmão, de 92 anos, que a Palmira acompanhava já há alguns anos, a Irmã Joaquina Marques e eu fomos a Amoreira do Coa, uma aldeiazinha perto da Guarda, assistir ao funeral e ser presença junto da Palmira, que pertence à nossa Comunidade da Residência das Calvanas. Para quem, por acaso, não estiver situada, a Palmira é invisual mas movimenta-se muito bem logo que o espaço é conhecido, bastando-se, tratando da casa, fazendo o seu apostolado na aldeia e indo fazer compras até à Guarda. A aldeia é linda, tipicamente beirã; as casas tão perto umas das outras que basta chegar à porta para chamar a vizinha... A Igreja logo ali ao pé da casa dela. Tivemos ocasião de testemunhar a amizade que o povo lhe dedica, pelo modo como a acompanharam na Igreja e até ao cemitério, para onde toda a gente seguiu a pé - e era longe e a subir... Quando saímos de Lisboa, às 6h3O da manhã, não precisámos de casaco... mas ao meio dia, na Guarda, não havia agasalho que nos chegasse... A Palmira tem uma boa lareira que ela própria acende, mas não tivemos tempo de nos aquecer... apenas de sossegar as pessoas que nos perguntavam: «Não vão levar já a Irmã, pois não?» E, de facto, a Palmira continua a sua grande actividade apostólica na sua terra. Esteve também presente no funeral uma Irmã da Comunidade de Pinhel. Faleceram ainda: Um irmão da Irmã Maria da Graça Guarda (Coimbra), um irmão da Irmã Teresa Barreiros (Pinhel) e uma sobrinha da Irmã Mª Emília Melo (Viseu) - era médica, mão de 4 filhos, e esteve muito tempo doente, com um cancro; foi muito acompanhada pelos filhos até ao último momento.

Bodas de Ouro: Irmã Cândida Pinto, Sardão Irmã Gracinda Martins

No dia 01 de Maio festejámos as Bodas de Ouro da Irmã Maria Cândida. Foi um acontecimento celebrado com amizade, rodeado de ternura e embelezado pela marca simplicidade. A oração de Vésperas foi centrada no louvor e acção de graças ao nosso Deus pelo chamamento que, há 50 anos, dirigiu À Irmã Maria Cândida e pelo seu sim de cada dia dado em fidelidade. A Eucaristia foi a de Sábado, vespertina, onde participa muito povo mas sem referências ao acontecimento, segundo o desejo da Irmã Maria Cândida. Estiveram presentes a Irmã Fátima Ambrósio, as Irmãs da Casa de Retiros e alguns dos seus familiares. A presença mais apreciada foi a da sua mãe que faz dia 14 de Maio 100 anos, embora os médicos digam que, pela estrutura óssea, já os fez há algum tempo. Podem vê-la na fotografia. Com esta idade, anda que desaparece apoiada na sua bengalinha. É uma senhora muito alegre e divertida, capaz de meter os novos a um canto. Todas ficámos admiradas com a sua energia. No jantar-convívio seguimos a tradição: a mesa com um lindo centro, artisticamente concebido pela própria Irmã Cândida, o bolo de velas, o canto de parabéns, o brinde e a entrega dos presentinhos. E assim, deste jeito simples mas amigo, celebrámos e agradecemos a Deus a vida da Irmã Maria Cândida, entregue, em Dom-Serviço, na nossa Congregação.

: 15 de Maio – Maria Rodrigues Gonçalves, Instituto de Vila

do Conde; 31 de Maio – Maria Manuel Oliveira, Alto

do Lumiar (Lisboa).

14

Retiro de Mães de Paula Fátima, 5-7 Março 2010

““OO ssiillêênncciioo ccoommoo ccoonnddiiççããoo eesssseenncciiaall ppaarraa eessccuuttaarr ee aaccoollhheerr DDeeuuss qquuee vveemm””..

Passados que são 40 dias, uma simples e breve reflexão… Na casa das nossas Doroteias, o retiro das MdP foi orientado pelas caríssimas Irmã Maria

Antónia e Irmã Paula. Acolhimento afectuoso, reencontros calorosos, novos conhecimentos. Por vários motivos, só 17 mães puderam estar presentes, e de Coimbra, comigo estava a Isabel. Cheguei cansada e adoentada. Necessitava e ansiava por um bom momento de paragem na vida, de desocupar o meu coração de silêncios corrosivos que me afastam tantas vezes do amor de Deus e precisava de me encher de silêncios de introspecção, de aceitação, de serenidade, de alegria e de paz, para viver como “filha muito amada do Pai”.

Veio a propósito o tema do encontro “Abba, Pai!”. Começámos por fazer uma viagem pelo “nome que me identifica”, selado no Baptismo, e o nome que eu gostaria de ter, à luz do amor de Deus pousado sobre mim… como “este filho muito amado, em quem ponho toda a Minha alegria” (Mt 17,5). Grata e humildemente rezo: “Senhor, Deus Omnipotente, Vós me perscrutais e me conheceis… Vós me vedes quando caminho e quando descanso… formastes-me … Vós sois o meu Pai e minha Mãe, não me largueis da vossa mão e conduzi-me firmemente, todos os dias da minha vida (Sl 138). Antes de terminar o dia, cada uma recebeu uma carta “surpresa”. Já no quarto, li e reli cada uma das palavras vivas, carinhosas e reconfortantes da surpreendente mensagem de Jesus, especial para mim... “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei” (Mt 11, 28). Envolvida pelo amor de Jesus e sentindo que, quando O encontro, descanso, que Ele reconforta a minha alma, que é o meu Guia e o meu Caminho, então, já muito pacificada, adormeci muito tranquila.

Tivemos vários tempos significativos e muito fortes no retiro - a passagem pelo deserto, a entrega das preces, a adoração e contemplação da Cruz, as Eucaristias, a reconciliação, o fogo - e a reflexão espiritual sobre o tema do encontro viajou pelas experiências do Amor ao Pai, de Jesus, Maria e Paula.

Decididamente, revigorei as minhas forças. E, depois, é Paula que me entusiasma, tanto para as minhas tarefas familiares como para todas as minhas outras actividades, ao dizer-me “Estou bem persuadida de que a saúde que recuperou gastá-la-á toda ao serviço de Deus que tanto a ama” (Carta 219,1).

Está a aproximar-se o mês de Maio, um tempo especialmente dedicado a MARIA, a MÃE: Ao meu coração chega o ‘eco’ do silêncio e da escuta da Palavra que aviva o meu espírito à

intimidade filial de amor com Deus, a exemplo de Maria. Maria, Senhora da Escuta, do Silêncio, da Ternura e da Fidelidade a Deus. Maria que nos ensina a sermos filhas do Amor de Deus e que também nos revela as virtudes da maternidade, a beleza e a doação de mães. Maria, inteiramente disponível, apressada no servir, generosa a apoiar, atenta ao necessitado, terna no trato, sofredora no amor e que inspira a viver em cada dia “FAÇA-SE”,

O retiro foi um tempo de oração, de silêncio, de partilha, vivido totalmente em comunhão umas com as outras e com as Irmãs, um pleno e profundo momento espiritual de amor com Deus. Encontrei apoio, amizade, carinho, ajuda de todas e a coragem e força da graça do Espírito, para melhor lidar em todas as ‘circunstâncias’ da vida com mais confiança e esperança o meu “sim” à vontade de Deus, meu Pai, tentando ser a filha que Ele espera que eu seja.

Bem hajam, queridas Irmãs, e espero que o próximo retiro venha a ter mais tempo, para saborear um pouco mais, silenciosamente, tão íntimos e preciosos momentos. Bem hajam, queridas Mães, que partilharam comigo tão belos momentos.

A todas as Mães, transmito gostosamente a mensagem que tão carinhosamente me foi entregue: “Que Jesus, Maria e Paula sejam sempre mais os seus ‘companheiros’ na apaixonante ‘viagem’ rumo ao Amor do Pai!” (Ir. Maria Antónia).

Para todas um carinhoso abraço muito amigo da Gina

AABBBBAA,,

PPAAII!!

15

Coimbra, Abril de 2010

Irmã Diana Barbosa

Aconteceu em Maio...

Maio, mês de Maria... 21 de Maio de 1936 – Festa da Ascensão do Senhor – Cumpriu-se a “inspiração que a Madre Provincial [Eugénia Monfalim] sentiu de fazer, em Maio deste ano, uma peregrinação a Fátima, com todos os nossos Colégios”, e teve pleno êxito.

Para esta ocasião compôs uma Consagração a Nossa Senhora, que ela mesma leu aos pés da Virgem de Fátima, rodeada por Irmãs e alunas. Dela extraímos o seguinte trecho: “Virgem Santíssima, Nossa Senhora do Rosário de Fátima, que vos dignastes vir do Céu à terra de Portugal para lhe trazer tantas graças, tantas bênçãos (...) Que esta consagração, que hoje aqui vos fazemos das nossas queridas alunas, fique tão impressa nos seus corações que de ora avante elas encontrem na devoção ao vosso Coração maternal, aos mistérios do vosso santíssimo Rosário e na imitação das vossas virtudes o conforto e a força para resistir às tentações, assim como a paz e a alegria no cumprimento dos seus deveres. Abençoai-nos a todas, Mestras e discípulas, abençoai todos os nossos Colégios, os nossos trabalhos, os estudos das nossas meninas, e aceitai esta Peregrinação ao vosso Santuário como uma humilde manifestação do nosso amor e devoção para convosco”. “Foram momentos de Céu esses que se viveram em Fátima!” Além do programa religioso, houve uma sessão solene, presidida pelo Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, no próprio recinto da Basílica, ainda em construção. Em seguida realizou-se a Procissão do Adeus, sendo a imagem de Nossa Senhora de Fátima levada aos ombros das Irmãs para a Capelinha das Aparições. Ao chegar ao alpendre, o Bispo fez menção de falar. Cessaram os cânticos por um momento, e, no meio do silêncio, proferiu apenas estas palavras: Agora cada uma abraça a que está ao seu lado! “À surpresa que estas palavras produziram, sucedeu um frémito de comoção que percorreu toda a assistência. Aos pés da Virgem e sob o seu olhar de maternal carinho, aquele abraço de caridade fraterna era laço de oiro a unir-nos pela vida fora...”.

Referindo-se a esta Peregrinação, a Madre Monfalim escreve à Madre Plaisant, na Suíça, para a consolar de não ter podido tomar parte nela: “Tenho de começar por lhe dizer que as tive todas no meu coração, durante a nossa bela Peregrinação a Fátima. O mais consolador possível: a maior ordem, o maior fervor! Dir-se-ia que era um só colégio de setecentas meninas! E dizer que todas estas alminhas estão nas nossa mãos! E muitas mais, pois só havia um grupo de cada colégio. As Irmãs eram noventa. Não me posso demorar! Brevemente lhe mandarão a descrição bem feita da nossa Peregrinação. Só junto que a Villa Rhätia tomou parte nela, porque a levava no meu coração”.

Depois da imensa alegria de ter levado a sua Província aos pés de Nossa Senhora de Fátima, podia a Madre Provincial pronunciar o seu Nunc dimittis!

... e assim foi. A 10 de Maio de 1937, agravando-se o mal de que sofria, escreve à Madre Cezimbra: “Nosso Senhor ainda me quer aqui pregada nesta cruz, tão fofa e macia [a boa cama que as Irmãs lhe tinham arranjado], mas que já me vai parecendo dura. Paciência, vai-se oferecendo a Nosso Senhor... O mês de Maria é assim este ano... Nossa Senhora assim o quer”.

A 31 de Maio, perto do meio-dia, em Tuy, o sacerdote, inclinando-se para ela, perguntou-lhe: Aceita a morte com todo o coração? “A Madre Monfalim, que conservava os olhos abertos e fixos na imagem de Nossa Senhora que tinha defronte, fechou-os docemente, baixando a cabeça, com um sorriso e um gesto lindo! E foi tudo!...”.

(cf. Madre Monfalim, escrito por Mariana Cezimbra, pp. 644-647; 676-685)

16

Bento XVI trouxe esperança a Portugal “Foi um momento intensamente vivido

pelas pessoas”, onde “a sua fé veio ao de

cima”, numa altura “difícil para as suas

vidas, como é a situação de tanta

precariedade e insegurança quanto ao

futuro que nós vivemos”.

É com esta síntese que o coordenador da

visita de Bento XVI, D. Carlos Azevedo,

avaliou a estadia do Papa em Portugal, entre 11 e 14 de Maio.

Bento XVI

visita Portugal «Um trabalhador na vinha» Há em Bento XVI um deliberado apagamento do teólogo diante do Papa. As suas Encíclicas são textos absolutamente preciosos, mas não na sofisticação que esperaríamos de um renomado universitário. Regressam a um esquema essencial, o das virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade. O que sobressai em cada Encíclica é a paixão pela fé e a recondução da vida a esse núcleo essencial. O seu texto mais denso destes anos é o volume “Jesus de Nazaré”, uma obra que Bento XVI escreveu enquanto teólogo, e que abriu deliberadamente à apreciação crítica e ao debate, colocando-a fora do âmbito do seu magistério. O Papa procura distinguir entre o que ele é e o que ele serve. Aliás, na primeira homilia do seu pontificado (24/4/2005), não podia ser mais liminar. Qualquer governante, no início do seu mandato, expressa a sua vontade, traduzindo-a em objectivos e acções a implementar. É o momento pragmático. Mas Bento XVI fez desse momento uma simbólica confissão de renúncia: “o meu verdadeiro programa de governo é não fazer a minha vontade, não perseguir ideias minhas, pondo-me contudo à escuta, com a Igreja inteira, da palavra e da vontade do Senhor e deixar-me guiar por Ele, de forma que seja Ele mesmo quem guia a Igreja nesta hora da nossa história”. Na mesma linha, as palavras brevíssimas que dirigiu na varanda da Basílica, na sua aparição inicial: “Depois do grande Papa João Paulo II, os senhores cardeais elegeram-me a mim, um simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor”.

Padre Tolentino de Mendonça

Fundação «Átrio dos Gentios»: Uma novidade de Bento XVI (cf. Aura Miguel, YooTube)

... O diálogo ecuménico é fundamental... O diálogo inter-religioso é fundamental... mas já não

chegam. Que lugar para os que não têm religião, os que andam cheios de dúvidas... que mantêm a

inquietação do coração... e continuam a levá-la a sério? Muitos que se dizem ateus têm, no fundo, o

problema de Deus por resolver. Para esses é preciso termos um cuidado pastoral.

Lembrando que no tempo de Jesus havia o Templo de Jerusalém, para os judeus, e, antes, o

chamado «Átrio dos Gentios» reservado àqueles que não tinham religião e andavam hesitantes,

Bento XVI disse:

«A Igreja devia prever o lugar de acolhimento e diálogo para os que não acreditam, que caíram no

desânimo, mas que mantêm no seu coração o desejo de Absoluto. Um espaço para os que

conhecem Deus só de longe, que estão insatisfeitos com os seus deuses... Um «Átrio dos gentios»

onde as pessoas pudessem de algum modo agarrar-se a Deus mesmo sem O conhecer».

Foi já anunciada a constituição de uma Fundação com este objectivo, aberto ao diálogo com

agnósticos e homens de boa vontade que queiram participar. A sede será em Paris.

É neste contexto que o Papa gosta de fazer estes encontros no mundo da cultura, onde convida

todos para um diálogo sincero sobre estas grandes inquietações.