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ANO 95 - N.º 4752 FUNDADOR José Ferreira Lacerda DIRECTOR Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt DESTAQUE PEREGRINAÇÃO DIOCESANA 2009 PEREGRINAÇÃO DIOCESANA 2009 “QUEREIS VER JESUS? “QUEREIS VER JESUS? CONTEMPLAI-O CONTEMPLAI-O NA CRUZ!” NA CRUZ!” PRIORITY 2 ABRIL 2009 Mais uma vez, como desde há 78 anos, a nossa Diocese fez a sua Mais uma vez, como desde há 78 anos, a nossa Diocese fez a sua peregrinação comunitária ao Santuário de Nossa Senhora do peregrinação comunitária ao Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Reunidos com o seu Bispo, milhares de Rosário de Fátima. Reunidos com o seu Bispo, milhares de diocesanos ouviram o seu apelo continuado a “ir ao coração da fé” diocesanos ouviram o seu apelo continuado a “ir ao coração da fé” e a permanecer nela “firmes e sólidos”, como defende S. Paulo. e a permanecer nela “firmes e sólidos”, como defende S. Paulo. Em tempos de “eclipse de Deus”, é preciso contemplar “Jesus Em tempos de “eclipse de Deus”, é preciso contemplar “Jesus estendido na cruz, num abraço aberto a todos e cada um”. estendido na cruz, num abraço aberto a todos e cada um”. Nesta edição, fazemos o resumo das palavras do Pastor, Nesta edição, fazemos o resumo das palavras do Pastor, salientamos o momento do envio dos missionários da nossa salientamos o momento do envio dos missionários da nossa diocese para Angola, que marcou o final da Eucaristia, diocese para Angola, que marcou o final da Eucaristia, e apresentamos uma reflexão sobre este grande momento da e apresentamos uma reflexão sobre este grande momento da vida diocesana, a partir do que observámos e vivemos. vida diocesana, a partir do que observámos e vivemos. Destacamos ainda a evocação à memória do Cónego Carlos da Silva, Destacamos ainda a evocação à memória do Cónego Carlos da Silva, realizada na festa-mensagem com que terminou a peregrinação. realizada na festa-mensagem com que terminou a peregrinação. Páginas 2, 3 e última Páginas 2, 3 e última CULTURA Pelos 50 anos de Escola Naval Militares da Armada homenageam Dom João I na Batalha | P. 4 Na Marinha Grande “Festival Overlive 2009” | P. 5 No Teatro José Lúcio da Silva XII Real FesTA | P. 5 LMFerraz SOCIEDADE Escola aberta e marcha solidária Escola João de Deus com muitas actividades | P. 6 Exército na Vieira de Leiria “Relâmpago 09” testa situação de fogo real de artilharia | P. 6 25 mil visitantes na Batalha Secretário de Estado elogia FITEC | P. 7 Relatório de Segurança Interna Distrito apresenta números da segurança | P. 7 ECLESIAL D. António fala na Batalha “Procurai uma fé adulta, consciente e testemunhante” | P. 9 Programas Semana Santa em Leiria, Ourém e Fátima | P. 9 e última “Vida sim, aborto não” Manifestação pública em Espanha | P. 12 Mensagem do Papa para a Mensagem do Papa para a XXIV Jornada Mundial XXIV Jornada Mundial da Juventude da Juventude “Pusemos a “Pusemos a nossa esperança nossa esperança em Deus vivo” em Deus vivo” Página 8 Página 8

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O Mensageiro (O Mais Antigo Semanário do Distrito de Leiria): Edição 4752 de 2 de Abril de 2009

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ANO 95 - N.º 4752

FUNDADOR José Ferreira LacerdaDIRECTOR Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

DESTAQUE

PEREGRINAÇÃO DIOCESANA 2009PEREGRINAÇÃO DIOCESANA 2009

“QUEREIS VER JESUS?“QUEREIS VER JESUS?CONTEMPLAI-OCONTEMPLAI-O

NA CRUZ!”NA CRUZ!”

Nº DE2703206MPCPRIORITY

2 ABRIL 2009

Mais uma vez, como desde há 78 anos, a nossa Diocese fez a suaMais uma vez, como desde há 78 anos, a nossa Diocese fez a suaperegrinação comunitária ao Santuário de Nossa Senhora doperegrinação comunitária ao Santuário de Nossa Senhora do

Rosário de Fátima. Reunidos com o seu Bispo, milhares deRosário de Fátima. Reunidos com o seu Bispo, milhares dediocesanos ouviram o seu apelo continuado a “ir ao coração da fé”diocesanos ouviram o seu apelo continuado a “ir ao coração da fé”

e a permanecer nela “firmes e sólidos”, como defende S. Paulo.e a permanecer nela “firmes e sólidos”, como defende S. Paulo.Em tempos de “eclipse de Deus”, é preciso contemplar “JesusEm tempos de “eclipse de Deus”, é preciso contemplar “Jesus

estendido na cruz, num abraço aberto a todos e cada um”.estendido na cruz, num abraço aberto a todos e cada um”.Nesta edição, fazemos o resumo das palavras do Pastor,Nesta edição, fazemos o resumo das palavras do Pastor,

salientamos o momento do envio dos missionários da nossasalientamos o momento do envio dos missionários da nossadiocese para Angola, que marcou o final da Eucaristia,diocese para Angola, que marcou o final da Eucaristia,

e apresentamos uma reflexão sobre este grande momento dae apresentamos uma reflexão sobre este grande momento davida diocesana, a partir do que observámos e vivemos.vida diocesana, a partir do que observámos e vivemos.

Destacamos ainda a evocação à memória do Cónego Carlos da Silva, Destacamos ainda a evocação à memória do Cónego Carlos da Silva, realizada na festa-mensagem com que terminou a peregrinação.realizada na festa-mensagem com que terminou a peregrinação.

Páginas 2, 3 e últimaPáginas 2, 3 e última

CULTURA

Pelos 50 anos de Escola Naval

Militares da Armada homenageam Dom João I na Batalha | P. 4

Na Marinha Grande

“Festival Overlive 2009” | P. 5

No Teatro José Lúcio da Silva

XII Real FesTA | P. 5

LMFerra

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SOCIEDADE

Escola aberta e marcha solidária

Escola João de Deuscom muitas actividades | P. 6

Exército na Vieira de Leiria

“Relâmpago 09” testa situação de fogo real de artilharia | P. 6

25 mil visitantes na Batalha

Secretário de Estado elogia FITEC | P. 7

Relatório de Segurança Interna

Distrito apresenta números da segurança | P. 7

ECLESIAL

D. António fala na Batalha

“Procurai uma fé adulta, consciente e testemunhante” | P. 9

Programas

Semana Santa em Leiria, Ourém e Fátima | P. 9 e última

“Vida sim, aborto não”

Manifestação pública em Espanha | P. 12

Mensagem do Papa para aMensagem do Papa para aXXIV Jornada MundialXXIV Jornada Mundialda Juventudeda Juventude

“Pusemos a“Pusemos anossa esperança nossa esperança em Deus vivo”em Deus vivo”Página 8Página 8

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DESTAQUE2 O Mensageiro2 . A b r i l . 2 0 0 9

Rui [email protected]

editorial

Ir ao coração da fé

“Saúdo com sentida emoção e profunda alegria a minha querida Igreja dioce-sana, que posso contemplar daqui do altar”.

Com estas palavras, D. António Marto, Bispo da Diocese, iniciou a medita-ção que partilhou com os muitos fiéis, cerca de 35 mil, que se deslocaram a Fátima, no passado dia 29 de Maio, naquela que foi a 78ª peregrinação diocesana. O prelado exprimiu a sua alegria por ver e sentir uma Igreja tão variada nas suas expressões, “uma Igreja reunida e recolhida em retiro espiritual para ir ao coração da Fé”.

Depois de saudar os presentes e de fazer uma calorosa saudação a Nossa Senhora, e comentando as leituras do dia, o B ispo continuou relembrando que “ir ao coração da fé e permanecer firmes e sólidos na fé, é uma exi-gência pastoral para os tempos que atravessamos. Assistimos a um “eclipse” (cultural e existencial) de Deus; Ele é esquecido pe-los homens da cultura e da ciência; como uma vela que se vai extinguindo, vemos apagar-se lentamente a luz de Deus; por toda a parte vive-se como se Deus não existisse, ou, se existe, como se não fosse impor-tante para a vida e felicida-de de cada um”. O prelado fez esta breve análise com sentido sofrimento interior

e mágoa de pastor. Por isso, quis culminá-la com um gri-to ardente “ para reacender a chama é preciso ir ao co-ração da fé”.

Continuou, depois, num tom mais optimista e espe-rançoso afirmando que “em tempos de crise e ruína, os profetas encontram sempre razões para a esperança e alento para seguir em fren-te”. E apontou o exemplo do profeta Jeremias, de que falava a primeira leitura da celebração, que apelava para a renovação da fé em Deus “não um Deus qualquer, ou um Deus de ideias, mas um Deus bem concreto, um Deus que fez história e que está presen-te na vida quotidiana e que tem um rosto”. Esta visão real de Deus e esta con-vicção da Sua presença na história foi o motivo para que, no Evangelho, “alguns se tenham aproximado para verem o rosto de Deus. Ver o rosto de Deus, significa entrar na sua intimidade, partilhar a sua vida; viver com Ele e viver dele”.

O prelado quis deixar bem vincada a ideia de que a fé e o próprio Deus vão para lá das ideias e são realidades concretas, comprometedoras e exis-tenciais. Por isso, apontou o caminho: “para ir ao co-ração da fé é preciso passar do conhecimento de Deus em segunda-mão, para um conhecimento em primei-ra-mão” sendo que este é

aquele que nasce da expe-riência e da relação directa com Ele. E o contacto com Ele leva-nos a fazer o cami-nho da cruz. “Ao falar da Sua hora, Jesus diz-nos que o Seu rosto descobre-se na cruz. Elevado na cruz, Jesus diz tudo o que é e é tudo o que diz”. Uma realidade que o Evangelho expressa com uma imagem bem comum tirada do mundo agrícola. Tal como o grão de trigo precisa morrer para dar muito fruto “também todo o mistério de amor de Jesus se manifesta pela entrega e pela morte na cruz”.

No final da sua reflexão, o bispo lançou um repto aos fiéis que o acompanhavam: quereis ver Jesus? Então contemplai-o estendido na

cruz. Os seus braços aber-tos são os braços com que nos quer abraçar, a todos e a cada um”. No final da sua meditação, D. António dirigiu uma súplica a Maria, padroeira da diocese e mãe da Igreja, pedindo que fosse ela a levar-nos até Jesus e a mostrar-nos o seu rosto.

No decorrer da celebra-ção houve ainda oportuni-dade para abençoar e enviar um grupo de missionários que irão para a diocese do Sumbe, em Angola, a quem o bispo pediu para que le-vassem o rosto de Jesus àqueles que anseiam vê-lo.

Rui Ribeiro

A diocese de Leiria-Fátima vai sendo desafiada pela voz do seu pastor, no sentido de “ir ao coração da fé”. Um repto que mais uma vez lançou na homilia da celebração eucarística a que presidiu na recente Peregrinação Diocesana a Fátima. E desta vez o pastor apresentou algumas das razões que o levam a lançar este desafio. Diz, D. António, que assistimos a um verdadeiro “eclipse cultural de Deus”, entendido como um esquecimento da existência e da presença de Deus no mundo e na vida de cada um. Numa ima-gem bem expressiva e poética, D. António diz que “a vela da fé está a extinguir-se”, lentamente e de forma continuada.

Efectivamente o nosso mundo luta contra esta verdade. A sociedade moderna confia em si mesma, nas suas capacidades e nas suas técnicas e por isso Deus, simplesmente, é negado ou posto de parte. E o pior é quando este abandono se faz em nome da verdade do homem e da história. Ou seja, pretende-se

dizer que seremos mais homens, mais autênti-cos, mais nós próprios, no dia em que Deus desaparecer e não fizer parte das nossas vidas. Paira na sombra do pensamento a ideia de que toda a submissão é má e é uma alienação e destrói a identidade do indivíduo.

Mas se assim fosse teríamos de acabar até com o que de mais nobre temos: o amor; a

amizade; a solidariedade. De facto o amor só é autênti-co quando nos submete ao outro; o amor só é autêntico quando o “tu” é o centro do “eu”. Ou seja, quando o teu bem-estar é mais importante que o meu. Quando descobrimos que afinal, a nossa felicidade depende (está submetida) à de um outro, ao qual incondicional-mente nos entregamos e nos submetemos. No fim de contas a minha verdade está em ti. Só existimos em relação e só na relação descobrimos a nossa verdadeira identidade. O amor é, pois, imperioso.

Negar Deus, é negar a relação, é negar o amor e é fugir à verdadeira felicidade. Claro que, a submissão que aqui encontramos nada tem a ver com escravidão ou prisão. Trata-se de uma submissão desejada, amada e querida. Faz bem ao próprio e ao outro.

A sociedade moderna, em nome da autonomia e da emancipação, quer acabar com todos os tipos de entre-ga e de relação. Em última análise a sociedade moderna quer dizer que o dinheiro, a técnica, são superiores ao amor. É o amor que está em questão. E esta sociedade moderna não quer viver o amor. Porque ele incomoda e não aceita mentiras, “tudo desculpa, tudo crê, tudo suporta” (1Cor 13, 1-13).

Tem razão D. António quando diz que é preciso ir ao coração da fé. Porque é aí que se encontra este grande antídoto contra a solidão, o desespero, a ruína: o amor. Estejamos atentos, está entre nós um profeta de Deus, ouçamos a sua voz.

Esta sociedade moderna não

quer viver o amor. Porque ele incomoda e não aceita mentiras, “tudo desculpa,

tudo crê, tudo suporta”

(1Cor 13, 1-13)

PEREGRINAÇÃO DIOCESANA 2009PEREGRINAÇÃO DIOCESANA 2009

“Quereis ver Jesus?“Quereis ver Jesus?Contemplai-O na cruz!”Contemplai-O na cruz!”

Fotos

: Luís

Migu

el Ferra

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3DESTAQUEO Mensageiro2 . A b r i l . 2 0 0 9

Pe. Vitor [email protected]

Porquê a missão?

JANELA SOBRE A MISSÃO

No passado domingo, 29 de Março, durante a celebração da missa da peregrinação diocesana a Fátima, a diocese de Leiria- -Fátima enviou em missão quatro missionários.

Nos tempos que correm há quem se pergunte se vale a pena a ida em missão, destas e de outras pessoas, com todos os riscos que isso implica, além do esforço material que representa.

Há até quem considere que “cá também há muito que fazer” e se queremos pobres “os de cá não param

de aumentar”. Também há quem interrogue se, com a onde de laicismo que varre a Europa e Portugal, a hora será de “dispersar forças” por outras paragens, se não seria melhor concentrar-mos as nossas energias em dar resposta aos problemas que a sociedade e a cultura actuais nos colocam.

É aqui que entra o Evan-gelho. O mandato missioná-rio de Jesus não estabelece condições, continua a ecoar como um desafio a sairmos das nossas seguranças e me-dos para nos confiarmos ao

que Ele nos pede que faça-mos. “Ide por todo o mundo e pregai a Boa Nova a toda a criatura” continua a ser uma provocação que nos descentra do nosso mundo e das nossas preocupações imediatas.

O Evangelho conta-nos que o rapaz que tinha os cinco pães e os dois peixes os colocou à disposição da comunidade; com a in-tervenção de Jesus, esses bens multiplicaram-se e chegaram para todos. Tam-bém a viúva pobre, que tinha apenas duas moedas

e as ofereceu, foi quem deu mais porque deu do que tinha.

A missionaridade da Igreja não pode depender das suas riquezas espiritu-ais, humanas ou materiais, mas da sua abertura ao Espírito. Mesmo que seja muito pobre e tenha muitas carências, se Deus chama, a resposta deve ser sim numa atitude de fé e confiança e de quem sabe que a missão é mais dele que nossa.

A grande questão que se coloca não é se se deve partir para longe, mas com

que espírito se parte, qual a motivação. É por isso que a identificação com a Missão de Jesus é fundamental para discernir essa partida.

A Igreja é por natureza missionária e se ela perde este espírito deixa de ser fiel Àquele que a fundou. Se os primeiros cristãos, em Jerusalém, estivessem à espera de que aquela comu-nidade fosse perfeita para saírem de lá, ainda agora lá estariam. E é interessante, como um acontecimento negativo, a perseguição, os “empurrou” para outras

cidades.Neste mês de Março

faz três anos da assinatu-ra da geminação entre as dioceses de Leiria-Fátima e Sumbe. Damos graças a Deus pela caminhada já feita, por todo o apoio que este projecto tem merecido e pelos missionários que fo-ram enviados no domingo. Também lhe pedimos para que outras pessoas que se sintam tocadas pelo Seu chamamento para dar al-gum tempo das suas vidas à Missão, não tenham medo de dizer “Sim”.

O Mensageiro acompanhou a peregrinação nos seus vários mo-mentos e ouviu o testemunho de alguns peregrinos. Com essa base apresenta esta reflexão.

A peregrinação a Fátima é um dos momentos que o programa pastoral da diocese aponta como marco principal na caminhada comum. Nesse sentido é elabo-rado o programa e são motivadas e convocadas as comunidades à participação. Nas paróquias, reco-menda-se que sejam ajustados os horários das missas dominicais de forma a possibilitar a presença em Fátima do maior número pos-sível de fiéis. Muitas paróquias optam até por suprimir muitas celebrações dominicais e todo o tipo de outras celebrações da fé. Neste dia, Fátima é o ponto para onde deve convergir a diocese e de forma comunitária exprimir e viver a fé. São vários os momentos que marcam esta peregrinação: caminhada, medi-tação inicial, rosário, celebração da Eucaristia, almoço, e tarde cultural.

No passado, ainda não muito longínquo, estes momentos eram vividos de forma muito intensa, de modo que este dia aparecia

como uma verdadeira Assem-bleia Diocesana, permitindo reflectir sobre a diocese e, ao mesmo tempo, possibilitar um salutar convívio e intercâmbio entre as várias comunidades. Recordam-se os momentos for-tes de celebração, mas também se destacam, neste contexto, os momentos do almoço partilhado pelos vários parques do santuá-rio, e a tarde no Centro Pastoral Paulo VI, com vários grupos reunidos, e uma grande festa de convívio.

Quem se deslocou a Fátima no passado domingo, notou que este ambiente está muda-do. Sem deixar de ser a grande peregrinação e concentração de fiéis, a Peregrinação Diocesana, está a perder o seu tom de festa diocesana. Sobretudo, os mo-mentos menos formais estão a desaparecer: o almoço partilha-do, por exemplo, é um convite e um desafio, mas já não é um desejo nem uma aposta. A faci-lidade dos transportes, a pouca participação dos sacerdotes nos almoços partilhados, a fraca re-ferência aos parques estipulados para as vigararias, e o pouco in-teresse despertado para as tardes

culturais, são a razão para que a grande maioria tenha pensado no regresso logo que terminou a celebração da Eucaristia. Quem passou pelos parques durante o almoço, encontrou algumas famí-lias dispersas, alguns grupos de amigos, mas cada um procurando o seu espaço, a sua sombra, por vezes já no caminho de regresso a casa. Muitos não tencionavam re-gressar ao Santuário após o almo-ço. Encontrámos um movimento exagerado por volta das 13h00 junto das rotundas. Tratava-se de familiares que vinham buscar os que tinham peregrinado a pé. Por altura do almoço as rotundas, norte e sul, ficaram congestiona-das e assistimos a uma azáfama própria dos dias 13. A este facto também não será alheio o por-menor que constatámos: muitos dos peregrinos não são pessoas comprometidas nas suas paró-quias, pelo que a peregrinação é uma ocasião para se deslocarem a Fátima, mais pela companhia do que propriamente pela expressão da fé da Igreja Diocesana. Encon-tramos até quem não soubesse sequer que se tratava de uma Pe-regrinação Diocesana e pensava tratar-se de uma concentração de

escuteiros. Foi o que vimos e nos contaram.

A parte da tarde, este ano para prestar uma merecida ho-menagem ao Padre Carlos Silva, não parece motivar o grosso dos fiéis. Demasiado expositiva e com pouco espaço para a parti-cipação popular, vai perdendo interesse e parece interessar apenas a alguns grupos ou de-terminadas pessoas. As opções feitas, por parte da diocese, são válidas e não pretendemos de forma alguma contestá-las. De qualquer modo são susceptíveis de análise e de crítica. Afinal tudo depende do que se pretende com

a Peregrinação Diocesana. E tal-vez fosse oportuno olhá-la, no seu enquadramento, com dois outros grandes momentos: o dia da diocese e a procissão do Corpo de Deus. No seu conjunto, estes três momentos poderiam realçar três momentos da vivência da fé: a reflexão, a celebração e o conví-vio. Bem estudados e preparados, estes três momentos poderiam tornar-se efectivamente o que se pretende: momentos de expres-são da fé de uma Igreja particular, que se quer viva e profética.

Pensar a Peregrinação Diocesana...

DR

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CULTURA / SOCIEDADE4 O Mensageiro2 . A b r i l . 2 0 0 9

CINEMAS Teatro José Lúcio da Silva (Leiria)• MONSTROS VS ALIENS | animação | de Rob Letterman, Conrad Vernon |

2, 3, 5 a 8 e 10 a 15 de Abril, 15h30 e 21h30

Teatro Miguel Franco (Leiria)• MILK | drama | de Gus Van Sant | c/ Diego Luna, Emile Hirsch, Sean Penn,

Josh Brolin | 5 a 8 de Abril, 21h30; dia 5, 15h30; dia 8, 18h30• MONSTROS VS ALIENS | 9 de Abril, 15h30 e 21h30

Cine-Teatro de Monte Real• VALQUÍRIA | drama | de Bryan Singer | c/ Tom Cruise, Kenneth Branagh,

Bill Nighy, Tom Wilkinson, Thomas Kretschmann | 3 e 4 de Abril, 21h30; dia 5, 15h30

Cine-Teatro Actor Álvaro (Vieira de Leiria)• MILK | drama | de Gus Van Sant | c/ Diego Luna, Emile Hirsch, Sean Penn,

Josh Brolin | 29 de Março, 21h00

Auditório Municipal de Pombal• QUEM QUER SER BILIONÁRIO? | drama | de Danny Boyle, Loveleen Tandan

| c/ Dev Patel, Anil Kapoor, Saurabh Shukla | 2 a 8 de Abril, 21h30

Auditório Municipal da Batalha• HOTEL PARA CÃES | comédia | de Robert Schooley | c/ Don Cheadle,

Emma Roberts, Kevin Dill | 3 a 5 de Abril, 21h30

Cine-Teatro de Alcobaça• VALQUÍRIA | 5 de Abril, 17h30 e 21h30; dia 6, 21h30

EXPOSIÇÕESEdifício Banco de Portugal - Leiria• “2ª Mostra de BD” - colectiva de 8 artistas regionais (~03/04)Teatro José Lúcio da Silva - Leiria• ”O Livro da avó” (~03/04)Teatro Miguel Franco - Leiria• “Contos de Terror do Homem-Peixe”-Ilus. João M. Pinto (~03/04)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria• “Diário Rasgado” - Banda desenhada de Marco Mendes (~03/04)• “Expo arte” - pintura e desenho (~16/04)• Literaura no séc. XX (10/04 ~30/04)Galeria da Livraria Arquivo - Leiria• “Lucky Number” - Ilustração de Alex Gozblau (~03/04)Orfeão Velho de Leiria• Fotografia de Joaquim Pesqueira (~17/04)M|i|mo - Museu da Imagem em Movimento (Mercado de Sant’Ana)• ”O fascínio do Olhar” (permanente)Centro de Interpretação Ambiental - Leiria• ”Incêndios florestais” - fotografia (~30/04Bar Alinhavar - Leiria• “Os meus heróis” - pintura de José Nobre (~30/04) Museu Escolar - Marrazes• ”Herbários” (~26/04)Casa Museu João Soares - Cortes• ”10 anos” e “Vida no campo” (permanente)Museu do Vidro - Marinha Grande• “Olhares sobre o Vidro” - Virgílio Marques (temporária)Casa-Museu Afonso Lopes Vieira - Marinha Grande• Colecção Carlos Vieira - fotobiografia (permanente)Galeria Mouzinho de Albuqerque - Batalha• “Figurações” - pintura de Miguel Fazenda (~12/04) Museu Marquês de Pombal - Pombal• “Os Chapéus dos meus Heróis” (~30/04) Torre de Menagem - Castelo de Pombal• “Elementos Arquitectónicos: Memórias de uma Época” (permanente)Casa da Cultura - Santiago de Litém• “À descoberta da Alice” - Dinossáurio dos Andrés (permanente)

No âmbito da campanha distrital de sensibilização rodo-viária “Distracções provocam Atropelamentos”, dinamizada pelo Governo Civil do Distrito de Leiria, foi instalada na Bata-lha, junto ao Pavilhão Multiusos, no dia 1 de Abril, uma escultura alusiva à campanha.

“Distracções provocam Atro-pelamentos” consiste na instala-ção, nos diversos concelhos do distrito de Leiria, de 17 escul-turas, com cerca de 3 metros de altura, junto às passadeiras das ruas e avenidas urbanas. Estas esculturas tornam visíveis os perigos dos atropelamentos de

peões. As peças foram criadas e preparadas por reclusos do Es-tabelecimento Prisional Central Especial de Leiria, devidamente acompanhados por técnicos do IPJ de Leiria.

No ano de 2008 registaram-se nas estradas do distrito de Leiria, 34 atropelamentos que

originaram 12 mortes e 25 feri-dos graves. Do levantamento dos acidentes ocorridos identificam-se dois grupos de maior risco: os peões com idade superior a 60 anos e as crianças e jovens, sendo as zonas dentro das localidades as mais perigosas.

Na sequência da iniciativa do

ano passado, o Governo Civil de Leiria, com o apoio das Câmaras Municipais do distrito, lança agora esta campanha de sensi-bilização.

Batalha é um dos locais que recebe a campanha de sensibilização distrital

Governo Civil alerta: “Distracções provocam Atropelamentos”

Bajouca acolhe comemoraçõesCentenário do Mestre Cordeiro

No sentido de evocar com dignidade e abrangência a vida e obra do Mestre António Cordeiro Gonçalves, cons-titui-se uma Comissão organizadora para desenvolver um programa anual com a participação das onze Filarmónicas do Concelho de Leiria, do Orfeão de Leiria e de outras Bandas convidadas.

Assim no próximo dia 5 de Abril, Domingo, às 14h30 no Salão Paroquial da Bajouca, haverá um momento musical pela Filarmónicas: Sociedade Filarmónica Estrela de Unhas da Serra, Sociedade Filarmónica Maceirense e Sociedade Artística e Musical da Bajouca.

A entrada para assistir a esta comemoração será livre.

Pelos 50 anos de entrada na Escola NavalMilitares da Armada prestam homenagem a D. João I na Batalha

A Vila da Batalha vai receber no próximo domingo, as comemorações dos 50 anos da entrada para a Escola Naval de um grupo de militares da Armada do Curso D. João I.

Depois da chegada à Batalha dos militares, prevista para as 9h30, o exterior do Mosteiro vai receber uma formatu-ra da secção de Fuzileiros que prestará as devidas honras militares, seguindo-se a deposição de uma coroa de flores na Capela do Fundador.

As cerimónias continuarão com a actuação da secção de Fuzileiros e dos clarins, seguida de diversas intervenções relativas à figura de D. João I.

O programa compreende, no exterior do monumento, o descerramento de uma placa alusiva à efeméride, colocada junto ao símbolo do Armada: uma âncora oriunda da base naval do Alfeite.

Em PombalExposição sobre chapéus

“Os Chapéus dos meus Heróis” é o nome da exposição temporária que o Museu Marquês de Pombal tem patente ao público até dia 30 de Abril, inserida no programa co-memorativo dos “250 anos da Criação da Real Fábrica dos Chapéus de Pombal”.

Esta exposição, que pretende ser educativa e simulta-neamente divertida, é uma iniciativa dirigida a públicos de diferentes idades que promete despertar nos mais velhos, memórias emocionantes dos tempos de infância e garante educar os mais novos, de uma forma divertida.

Serve para demonstrar a importância que teve a in-dústria de chapelaria em Pombal e, de uma forma lúdica, transmitir o contributo dado a este sector pelo Marquês de Pombal, que no dia 24 de Março de 1759, criou a primeira fábrica de chapéus finos do reino, a Real Fábrica de Chapéus de Pombal, na Quinta da Gramela, em Pombal, mediante atribuição de alvará régio.

No Museu Escolar de MarrazesExposição de Herbários

O Museu Escolar dos Marrazes, Leiria, tem patente ao público até ao próximo dia 26 de Abril, uma exposição de-dicada aos Herbários. Esta mostra é composta por herbários da colecção do Museu Escolar e por outros dez exemplares construídos pelos alunos do 4.º ano da escola do 1.º ciclo de ensino básico de Marrazes, numa actividade realizada a 20 de Março, comemorativa do Dia da Árvore.

No posto de turismo de LeiriaArtesanato decorativo e personalizado

De 2 a 15 de Abril, a sala de exposições do Posto de Turismo de Leiria, acolhe uma exposição de artesanato decorativo e personalizado da autoria de Noémia Cabeci-nhas (Atelier Cabecinhas). A artista nasceu e cresceu na localidade de Ilha, Pombal, e aos 50 anos, após algumas adversidades sofridas, decide começar a sua própria ac-tividade, encetando a divulgação e comercialização das suas obras. As suas obras reflectem a sua paixão pela natureza e pela paisagem rural. Flores, frutos, e legumes estão frequentemente presentes nos seus trabalhos. Esta exposição poderá ser visitada todos os dias da semana, no horário compreendido entre as 10h00 – 13h00 e as 14h00 – 18h00.

Apresentação do livro“Os Pescadores da Praia da Vieira”

No próximo dia 4 de Abril, vai ser apresentado o livro “Os Pescadores da Praia da Vieira - O Naufrágio do Salsi-nha”, da autoria de Hermínio de Freitas Nunes. A edição é da responsabilidade da Junta de Freguesia da Vieira de Leiria, com produção da editora Textiverso. O lançamento será feito na Biblioteca de Instrução e Recreio da Praia da Vieira, Largo 1.º de Maio, 16h00, com apresentação de Alfredo Pinheiro Marques, autor do prefácio.

No livro, de 238 páginas, Hermínio de Freitas Nunes aborda sucessivamente a pró-história da pesca na região, detendo-se depois com pormenor sobre as Companhas e pescadores da Vieira durante todo o século XIX. Publica pela primeira vez os nomes dos pescadores da Praia da Vieira nos livros de registos da Capitania da

Nazaré entre 1897e 1906, trata das artes de pesca e do Barco de Mar na Praia da Vieira e historia com abundante informação o Naufrágio do “Salsinha”, a 15 de Novembro de 1907, apresentando toda a docu-mentação produzida em consequência dele, incluin-do os assentos de óbito dos pescadores falecidos.

BREVES

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5CULTURAO Mensageiro2 . A b r i l . 2 0 0 9

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSTeatro José Lucio da Silva - Leiria• XII Real Festa - Tum’ Acanénica (4/04, 21h00)• Concerto final do I Estágio da Orques. Sinfónica Leiria (9/04,21h30)Teatro Miguel Franco - Leiria• Jorge Serafim - Contador de Histórias (4/04, 21h30)• Concerto para bebés (12/04, 10h30, 11h45 e 15h00)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria• “João e o pé de feijão” - (2/04, 10h30 e 14h30)•“Abril Juvenil” - clubes de leitura (2/04, 14h00~16h30)•“Abril Juvenil” - fantoches que contam histórias (3/04, 9h30 e 14h00)•”O Pajem não se cala” - sala do conto (8/04, 14h30)Ludoteca Afonso Lopes Vieira - Leiria•“Abril Juvenil” - fazer brinquedos em madeira (2/04,10h00)• Ovos dançarinos e postais da Páscoa(4/4,10h e 14h30;5/04,14h e 16h)• “Animais com pompons!” (10/04,14h00 e 16h00; 11/04, 10h00 e 14h30)Te-Ato - sala Jaime salazar Sampaio - Leiria•“Abril Juvenil” - expressão dramática (~3/04, 14h30~17h30)Arquivo Distrital de Leiria•”Café das Quintas” (2/04, 18h00)•”Abril Juvenil” - caixas decorativas (~3/04, 9h30~12h30)Mercado Sant’Ana - Centro Cultural - Leiria•“Abril Juvenil” - pintura e découpage (~30/04, 10h00~12h30)•“Abril Juvenil” - criação de blogues (~3/04, 9h30~12h30)Centro de Interpretação Ambiental - Leiria•“Abril Juvenil” - jardinagem (~3/04, 9h30~12h30)•“Abril Juvenil” - cria e reutiliza (~3/04,9h30 e 6~8/04, 14h30)•“Abril Juvenil” - uma aventura no laboratório (~3/04, 14h30)Largo do Papa (Largo 5 de Outubro) - Leiria•“Abril Juvenil” - Hip Hop (~3/04 e 6/04~9/04, 10h00~11h00)•“Abril Juvenil” - Capoeira (~3/04 e 6/04~9/04, 14h30~15h30)Jardim Luís de Camões - Leiria•“Abril Juvenil” - Peddy Paper Citadino (9/04, 10h00~12h00)Praça Rodrigues Lobo - Leiria •“Abril Juvenil” - aldeia insuflável (~3/04 e 6~9/04, 14h~18h)IPJ - Leiria•“Abril Juvenil” - pintura (3/04 e 6/04~9/04, 14h30~17h30)•“Abril Juvenil” - fotografia (~3/04, 15h00~17h30)Bombeiros Municipais - Leiria•“Abril Juvenil” - cidadania e segurança (~3/04, 14h00~17h30)Orfeão de Leiria• I Estágio da Orquestra Sinfónica de Leiria (5~9/04)Sé de Leiria• Concerto da Páscoa (5/04, 15h00)Casa-Museu João Soares - Cortes•“Viva a Vida” - actividade para a população idosa (2,3 e 9/04)CCASB - Bidoeira• Serviço de Apoio da Biblioteca a Idosos Atentos (6/04, 14h30)Biblioteca da Batalha•“Hora do Conto” - pré-escolar ao 2º ciclo (2ªs, 4ªs e 6ªs)•“Hora do Conto” - filhos e pais (1ºs e 4ºs sábados de cada mês) Mosteiro de Santa Maria da Vitória - Batalha•”As sete Últimas palavras de Cristo na Cruz” - concerto (5/04)Salão Paroquial da Bajouca• Audição da Academia de Música da Bajouca (4/04, 21h30)•”Único” - espectáculo musical (4/04, 21h30)• Comemorações do Centenário do Mestre Cordeiro (5/04, 15h00)Museu de Arte Sacra e Etnologia - Fátima•“O concelho de Vila Nova de Ourém...” - curso (~5/04 às 3ªs)Pedrogão/Lagoa da Ervideira•Percurso pedestre (4/04, 8h30)Cine-Teatro de Alcobaça•“I Concurso Internacional de Música de Câmara” (3/04)

O “Festival Overlive 2009” regressa à Marinha Grande, nos dias 4, 10 e 11 de Abril, no Auditório José Vareda - Sport Operário Marinhense, com todos os espectáculos a iniciarem às 22h00.

Adolfo Luxúria Canibal e António Rafael (Mão Morta) são os primeiros a subir ao palco para apresentar o seu trabalho “Estilhaços” na companhia do contra-bai-xista Henrique Fernandes. Logo a seguir é a vez dos

britânicos “This Is The Kit”, que vêm a Portugal para actuação em exclusivo no Overlive, o projecto liderado por Kate Stables apresenta o seu mais recente trabalho de longa duração “”Krulle Bol”, que contou com a produção do mediático Jonh Parish. A segunda noite fica a cargo dos lisboetas “Lousy Guru” e dos leirienses “The Allstar Project” (na foto). A fechar o Festival, a organização apresenta umas das novas promessas da música nacio-

nal, “Anaquim”, projecto a solo de José Rebola, que conta com participação de músicos convidados. Sean Riley & The Slowriders é a quem cabe as honras de encerrar mais uma edição

desta Mostra de Música na Marinha Grande, eles que se preparam para lançar o segundo disco.

Marinha Grande

“Festival Overlive 2009”“Festival Overlive 2009”

A Tum’Acanénica, tuna mista da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, apresenta no próximo dia 4 de Abril, pelas 21h30, no Teatro José Lúcio da Silva, a XII edição do Real Festa, com o tema “A Noite”.

Neste espectáculo, em que será apresentado o que de melhor se produz no pa-norama das tunas mistas a nível nacional, participam, além da organizadora, as tunas K & Batuna de Coim-bra, a TAISCTE de Lisboa,

a EnfTuna de Portalegre, a Estatuna de Abrantes e a Instituna de Leiria.

“A Noite” destina-se a um público de maiores de três anos e tem a duração de 3h30 (com intervalo), com bilhetes a 5 euros para o público em geral e 3 euros para estudantes, podendo ser adquiridos na bilhetei-ra do teatro, das 17h30 às 22h00.

No Teatro José Lúcio da Silva

XII Real FesTA

DR

João

Matia

s/Arquiv

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O CIMCA – I Concurso Internacional de Música de Câmara, organizado pela Câmara Municipal e pela Academia de Alco-baça, abriu no dia 29 de Março, com a companhia

S. A. Marionetas – Teatro & Bonecos, que apresentou “OS MUSIS”, uma criação em parceria com o músico Mário Marques, proporcio-nando um dos momentos de descontracção para os

participantes, antes do início das provas elimi-natórias. As finais estão programadas para os dias 1 e 2 de Abril, no Cine-Teatro de Alcobaça, terminando o concurso no dia 3 de Abril,

sexta-feira, pelas 21h00, com o concerto dos Laure-ados e a entrega de prémios aos vencedores.

Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Nazaré Recriar “Vivências” de outros tempos

O Centro Cultural da Nazaré acolhe, de 5 a 26 de Abril, a exposição “Vivências”, organizada pelo Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Nazaré.

A exposição, de carácter etnográfico, apresentará alguns quadros dos modos de vida da Nazaré do início do séc. XX, com recurso a objectos, artefactos, utensílios de trabalho e peças de vestuário usados na época. Esta iniciativa conta com a colaboração da Câmara Municipal da Nazaré, do Centro de Património da Estremadura e da Liga dos Amigos da Nazaré.

“Café das Quintas”Sessão no Arquivo Distrital de Leiria

No próximo dia 2 de Abril, às 18h00, haverá mais uma sessão do Café das Quintas no Arquivo Distrital de Leiria. O dinamizador será o Professor Doutor Carlos André e a participação musical estará a cargo da Escola de Música do Orfeão de Leiria e do Conservatório das Artes.

A entrada será livre e todas as pessoas poderão participar nesta sessão.

Música e poesia no Mosteiro da BatalhaFilarmonia das Beiras e II Antologia de Poetas Lusófonos

“As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz” é o mote para o concerto que a Filarmonia das Beiras irá dar no dia 5 de Abril, 15h30, nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro de Santa Maria da Vitória.

Seguidamente, no auditório do Mosteiro, 16h30, será apresentada a II Antologia de Poetas Lusófonos, um livro com cerca de 500 páginas e que conta com a participação de 134 poetas (seleccionados dos cerca de 400 participan-tes) de Portugal, Brasil, França, Suíça, Inglaterra, Angola, Timor, Canadá; EUA, Moçambique e Índia.

Marionetas fazem abertura

Concurso de Música de Câmara em Alcobaça

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No dia 27 de Março o Jardim-Escola João de Deus em Leiria promoveu o “Dia de Escola Aberta aos Pais”. Na parte da manhã os pais interagiram com os filhos em actividades lúdico/didácticas relaciona-das com o projecto de cada ano. No final da manhã foram entregues as avalia-ções individuais referentes ao 2.º período lectivo.

Da parte da tarde, decorreu pelas ruas de Leiria a “Marcha Solidária

pelos Médicos do Mundo”. O jardim-escola adquiriu uma camisola branca para cada aluno, como símbolo da paz, com uma referência aos “Médicos do Mundo”. A marcha percorreu a avenida Marquês de Pombal, passou pela Câmara, seguiu para a Avenida Combatentes da Grande Guerra e culminou com uma largada de balões que tinham mensagens de solidariedade, no Jardim Luís de Camões.

“Dia de Escola Aberta” e “Marcha pelos Médicos do Mundo”

Escola João de Deus com muitas actividades

O Município de Pombal será, no próximo dia 17 de Abril, o primeiro muni-cípio do País a dispor de uma rua iluminada com a tecnologia LED. No âmbito desta iniciativa, o Auditório da Biblioteca Municipal de Pombal acolhe a realização de uma oficina intitulada “Pombal iluminado pelo futuro”, nesse mesmo dia, às 15h30, dedicado às solu-

ções de iluminação através de recurso ao LED. A orga-nização é da Energia Viva - Engenharia e Consultoria, em parceria com a Future Eletronics, Philips Lumi-LEDs e Fraen, sendo convi-dados o INETI/CENDES e o Município de Pombal.

Esta primeira experi-ência servirá para testar o sistema, em ordem à sua instalação em todo o con-

celho. Refira-se que a ilumi-nação com esta tecnologia permite uma poupança energética na ordem dos 60 por cento, com um brilho duas vezes superior às lâm-padas normais e com uma vida útil muito superior às tradicionais. Além disso, o LED protege o ambiente, pois não contém chumbo nem mercúrio.

O programa da sessão

incluirá a apresentação e demonstração de soluções LED para iluminação pú-blica, esclarecimento sobre a introdução desta solução no mercado nacional e os actuais desafios na eficiên-cia energética. A inaugura-ção da primeira “Rua LED” será pelas 21h00.

Info: 912651752 ou [email protected]

No período de 30 de Março a 3 de Abril de 2009, está a decorrer na região da Vieira de Leiria o exercício militar “Relâmpago 09”, com vista a exercitar todas as Unidades de Artilharia Antiaérea do Sistema de Forças do Exército, no pla-neamento, controlo e con-duta do apoio às operações terrestres.

Inserido no exercício, realiza-se a 2 de Abril, entre as 09h30 e as 16h30, uma sessão de fogos reais, onde serão empregados todos os meios e unidades de Arti-lharia Antiaérea do Exérci-to Português, (os sistemas míssil antiaéreos, STINGER e CHAPARRAL e o Sistema Canhão Bitubo 20mm), da responsabilidade do

Comando Operacional do Exército e conduzida pelo Regimento de Artilharia Antiaérea nº1 (RAAA1) em colaboração com a Bateria de Artilharia Antiaérea da Brigada Mecanizada (BAAA/BrigMec), da BAAA do RG2/ZMA e da BAAA do RG3/ZMM.

Esta sessão de fogos re-ais contará com a presença

do Chefe do Estado-Maior do Exército, General José Luís Pinto Ramalho. De salientar, ainda, o apoio de várias entidades, militares e civis na organização desta sessão de fogos reais.

Primeira “Rua LED” em Portugal

Iluminação do futuro em Pombal

Exército promove acção na Vieira de Leiria

“Relâmpago 09” testa situação de fogo real

Os jogos tradicionais vão regres-sar à marginal da Nazaré, durante o fim-de-semana de Páscoa, através da iniciativa “Brincar é Tradicional”. Nos dias 10, 11 e 12 de Abril, a Ave-nida da República estará fechada ao trânsito, entre as 15 horas e as 18 horas, para que toda a gente possa recordar brincadeiras de infância ou

experimentar pela primeira vez jogos antigos, como a banca, a bilha ou o peão, entre outros.

Esta iniciativa pretende recriar os momentos de lazer e diversão das gerações transactas e divulgar estes jogos entre os mais jovens, de modo a preservá-los como memória futu-ra. Os jogos tradicionais constituem

também um dos mais participados eventos do programa de animação de Páscoa da Nazaré, organizado pela Câmara Municipal da Nazaré, com grande envolvimento dos tu-ristas que visitam a vila nesta época do ano.

Animação na marginal da Nazaré

Jogos tradicionais animam Páscoa

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Arranjo da estradaEstrada de Minde recuperada

A Câmara Municipal de Ourém vai proceder ao arranjo da totalidade da estrada de Minde, que liga Fátima ao concelho de Alcanena. Até agora apenas es-tava previsto intervir na requalificação do troço entre a Rotunda Sul e a Rotunda das Oliveiras, no cruzamento com a EN357, por parte da SRU, Sociedade de Requa-lificação Urbana de Fátima. A decisão camarária surge de uma reunião realizada em Alcanena, onde estiveram presente a vice-presidente local e o vereador Luís Al-buquerque, que detém o pelouro, e onde foi possível chegar a um entendimento sobre a compatibilização dos projectos concelhios. Segundo Luís Albuquerque o consenso foi fácil de alcançar, pois existe de ambas as partes vontade inequívoca de requalificar uma via que não está nas melhores condições.

Castelo de PombalObras de valorização e recuperação

Durante os próximos 450 dias, o castelo de Pombal e a encosta envolvente vão ser objecto de obras de va-lorização e recuperação, com um custo que ascende a cerca de três milhões de euros.

O programa das obras contempla a requalificação e valorização das estruturas existentes, incluindo as ruí-nas da Igreja de Santa Maria, a beneficiação dos acessos às entradas do recinto amuralhado, a construção de equipamentos de apoio e a requalificação dos pavi-mentos. Vai requalificar ainda a estrutura verde, com a construção de percursos pedonais de ligação entre a cidade e o castelo e criar um parque de estacionamento de apoio ao cemitério de Pombal e ao castelo.

Durante mais de um ano, toda a área do castelo e a encosta envolvente, vão ser palco destas transforma-ções que visam devolver este marco histórico do con-celho ao usufruto dos cidadãos de Pombal e daqueles que visitam a cidade.

Estudantes do Centro de Estudos de FátimaVisita à autarquia de Ourém

Uma turma de alunos do CEF, Centro de Estudos de Fátima, visitou, na passada semana, a Câmara Muni-cipal de Ourém. Recebidos pela presidente da Assem-bleia Municipal, Deolinda Simões, no salão nobre da autarquia, os alunos ouviram a eleita falar do funciona-mento do sistema democrático e das instituições que localmente gerem os destinos do concelho.

Vitor Frazão, presidente da Câmara, recebeu tam-bém os alunos, dando-lhes as boas-vindas “à casa do povo”. Falando do seu papel como autarca, Frazão deu exemplos do tipo de decisões que a autarquia toma e da importância que tem a participação de todos no processo democrático “a escolha individual de cada um tem reflexos claros na escolha de quem nos vai liderar a todos”, concluiu.

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O Mensageiro2 . A b r i l . 2 0 0 9 7SOCIEDADE

Estudantes, empresá-rios, (des)empregados ou meros curiosos. Foram quatro dias de Fórum de Inovação, Tecnologia, For-mação, Qualificação e Em-prego (FITEC), que contou com a presença de cerca de 25 mil visitantes, entre os quais o Secretário de Esta-do da Protecção Civil, José Miguel Medeiros, o qual elogiou a iniciativa.

“Iniciativas como estas têm que ser permanentes no tempo, e não apenas, em períodos de crise”, refe-riu José Miguel Medeiros. “Fiquei muito satisfeito por ver que várias empresas da incubadora [D. Dinis] do próprio Instituto Politéc-nico [de Leiria] estão a nascer, e por me terem dito que a bolsa de emprego do próprio Instituto tem 100 ofertas de emprego para os jovens licenciados que as queiram agarrar, o que sig-nifica que este espaço tenta ajustar a oferta à procura de emprego, e emprego qualifi-cado que é aquele que mais precisamos”, concluiu.

Visitar, para decidir Curso profissional?

Universidade? Segundo a organização, os estudantes do ensino secundário tota-

lizaram cerca de metade dos visitantes do FITEC, com o objectivo de conhecerem as ofertas formativas.

“Estou aqui para tentar descobrir”, referiu André Barros, 16 anos, de Leiria, actualmente a frequentar o 11.º ano de escolarida-de. Quanto ao futuro, tem intenção de prosseguir os estudos, na área de “enge-nharia física ou química.” Quem também pretende ser engenheiro é Gonçalo Alves, 14 anos, de Avelar, a frequentar o 9.º ano. “Quero seguir engenharia mecânica. É [FITEC] im-portante e esclarecedor”, referiu. Indeciso estava Edi Pereira, 17 anos, de Ourém, que frequenta o 12.º ano. “Ainda não sei bem o que escolher. Talvez escolha en-genharia civil, electrotécni-ca ou mecânica. Penso que civil está esgotado, já elec-trotécnica ou mecânica, são mais inovadoras”, começou por referir. A poucos meses dos exames de acesso ao ensino superior, Edi Pereira aproveitou a conversa com O Mensageiro para falar so-bre o processo de Bolonha. “Faz-se [curso] mais depres-sa [3 anos], no entanto, os conhecimentos adquiridos não são os mesmos que

em 5 anos. Aí poderá ser negativo”, apontou.

Aprender, para fazer“Já estive mais atraída

pela investigação. Gostava de trabalhar em análises clí-nicas, por exemplo.” Bruna Delgado, 17 anos, de Porto de Mós, frequenta o 11.º ano, num curso profissional de análises laboratoriais e tem boas perspectivas para a conclusão do mesmo. “Gosto da área e consigo acabá-lo bem. Depois do estágio – 420 horas – logo se vê”, perspectivou a estu-dante, uma das expositoras do Instituto do Juncal.

Mais à frente, encon-tramos Fernando Simões, 30 anos, do Bombarral, finalista do curso de Som e Imagem, na Escola Superior de Artes e Design das Cal-das da Rainha (ESAD.CR). “As perspectivas, depois da conclusão do curso, não são lá muito boas”, referiu o estudante, recentemente desempregado. É no estúdio de televisão da ESAD.CR, montado no certame, que se sente como “peixe na água”. “Preferia trabalhar numa estação de TV, estú-dio de vídeo ou cinema”, concluiu.

A segunda edição do FITEC decorreu de 26 a 29 de Março, na Exposalão (Batalha), e contou com a co-organização do Instituto Politécnico de Leiria, em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional e o Instituto Português da Juventude.

Pedro Jerónimo

“Desertou” pela investigação

“Inscrevi-me [termi-nado o 12.º ano] para o exército e no último dia a minha irmã surgiu com um panfleto e disse que “tinha uns cursos fixes”. Decidi arriscar, mesmo depois de ter feito as provas de selecção [Exer-cito] e ter passado.” Luís Vala, 21 anos, de Porto de Mós, é finalista do curso de Biologia Ma-rinha e Biotecnologia, na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), e nunca pensara seguir rumo ao ensino superior.

“Foi a melhor esco-lha que fiz. O curso é estupendo!”, afirmou. A investigação é uma área pela qual tem par-ticular interesse e onde já ganhou uma bolsa da Fundação para a Ciência e Tecnologia. E não quer ficar por aqui. “Quero tirar o mestrado em Bio-tecnologia e Recursos Marinhos [ESTM].”

Quanto à emprega-bilidade, “ir trabalhar para uma empresa está complicado. É mais fácil se investires e investi-gares.”

DR

Cerca de 25 mil visitantes na Batalha

Secretário de Estado elogia FITEC

O relatório anual de segurança interna referente ao ano de 2008 foi apresentado no dia 26 de Março numa cerimónia presidida pelo Mi-nistro da Administração Interna, Rui Pereira. Da análise da criminalidade participada por distritos, verifica-se que Leiria registou um crescimento de 15% em relação ao ano de 2007, no entanto, a criminalidade partici-pada (16.060 casos) representa um peso relativo de 4% no contexto nacional, o que continua a colocar a região como uma das mais seguras

de Portugal. O distrito de Leiria regis-tou uma média de 33 casos por mil habitantes, sendo a média nacional de 38 casos por mil habitantes.

A subida da criminalidade resul-tou, essencialmente, do aumento dos crimes contra o património, ten-do sido os meses de Julho e Agosto os que registaram maior número de crimes em 2008. No seguimento des-se pico anormal de criminalidade, verificou-se uma evolução positiva nos dados estatísticos dos crimes participados no último trimestre do

ano, o que constitui um indicador de eficiência do desempenho policial, tendo-se registado um aumento de detenções.

As forças de segurança do distrito têm reforçado o seu empenhamento na área da prevenção da delinquência e da criminalidade, nomeadamente através do aumento do policiamento de proximidade, de modo a transmi-tir maior segurança às populações.

Relatório anual de Segurança Interna de 2008

Distrito apresenta números da segurança

Consulta na página da CâmaraRecenseamento eleitoral na net

Na sequência das alterações à Lei do Recenseamento Eleitoral, a Câmara Municipal de Leiria informa que os eleitores poderão consultar os cadernos de recen-seamento na página de internet da autarquia. Estas alterações promovem medidas de simplificação, tais como o recenseamento a partir dos 17 anos, a inscri-ção automática de cidadãos ainda não recenseados e a actualização da freguesia de voto a partir da morada que consta no cartão de cidadão. Info: 213947100 ou [email protected].

Programa “Formar 2009”Centro IPJ apoia acções de formação

Na modalidade de apoio formativo anual foram con-templadas na região centro, onze associações juvenis que representam um apoio efectivo do IPJ a 50 novas acções de formação, que as entidades contempladas irão realizar ao longo deste ano.

O aumento de candidaturas que se tem vindo a verificar evidencia a prioridade dada pelas Associações Juvenis à formação dos actuais e de novos quadros téc-nicos, quer como gestão e optimização de recursos, quer na procura de novas competências que possam respon-der às necessidades e expectativas do seu público-alvo maioritariamente jovens.

O “Programa Formar” regula o apoio formativo dos dirigentes das associações jovens, preparando-os e dotando-os de instrumentos capazes ao desempenho qualitativo na gestão e execução das suas actividades.

NERLEI e Cefamol promovem seminárioAlterações ao código do trabalho

A NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria e a Cefamol – Associação Nacional da Indústria de Moldes vão realizar no próximo dia 7 de Abril um seminário dedicado às alterações recentes ao código do trabalho.

Durante o seminário serão abordados temas como flexibilidade laboral e organização do tempo de traba-lho; contratos de trabalho; despedimentos por justa causa, colectivo e por extinção do posto de trabalho, formação profissional e protecção da parentalidade.

Os oradores são especialistas em direito do trabalho da sociedade de advogados Lacerda Dias & Associados, de Caldas da Rainha.

Em OurémObras nas vias com novas regras

A Câmara Municipal de Ourém promoveu um encontro com as diversas entidades que realizam in-tervenções na via pública, tendo em vista acabar com “o estado em que ficam muitas vias após execução dos trabalhos, com remendos que tornam velhas vias no-vas”. Assim, perante os representantes da EDP, Veólia, TagusGás, Pluricanal, PT, entre outros, o presidente da autarquia, Vítor Frazão, referiu que as “vias que, seja pela instalação de condutas de gás, de água, de saneamento, de obras na rede eléctrica ou seja pelo que for, ficaram com lombas ou concavidades em todo o traçado que foi recortado”, para além de que, “muitas vezes, as massas colocadas, são de qualidade diferente da original, fazendo das estradas uma manta de reta-lhos”. A falta de sinalização e o excesso de morosidade das obras foram outro dos pontos que o autarca focou, defendendo que “os tempos que correm exigem-nos mais celeridade”.

Perante estas situações, o autarca afirmou que não hesitará em “aplicar medidas que salvaguardem o es-tado das vias”, inclusive de “accionar a caução prevista em cada intervenção, nos trabalhos que produzam de-formidades nas vias públicas”.

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Nas críticas ao Papa fica-se em geral com a dúvida se, sem querer ofender, quem as faz não pensa antes de falar. Isso vê-se bem no recente surto de insultos acerca das de-clarações feitas numa entrevista.

Basta ler o trecho, o que poucos fizeram, para compreender que o Papa nunca disse que o preservativo dá sida (tema da maior parte das críticas), mas que usar apenas a distribuição do preservativo aumenta o problema. Especialistas sensatos e estu-dos desapaixonados, como o de Edward C. Green, director do AIDS Prevention Research Project no Harvard Center for Population and Development Studies (http://article.nationalreview.com/, 19 de Março), concordam com Bento XVI que uma exclu-siva distribuição de preservativos agrava o drama da sida.

Esta posição é do mais elementar bom senso. É fácil compreender, por exemplo, que a obrigação de usar cinto de segurança nos automóveis aumenta o risco de aciden-te, porque os condutores, sentindo-se mais seguros, aceleram. Por isso é que nenhum governo do mundo se limita a exigir o cinto, complementando com limites de velocidade.

A maior parte dessas críticas nasce de uma confusão infantil. Existe uma polé-

mica antiga contra a Igreja por ela recusar o uso do preservativo na contracepção familiar. Isto estabeleceu a ideia de que a moral cristã é sempre contra o preservativo, o que é falso. Para perceber isto é preciso pensar um bocadinho, o que nestas coisas costuma ser difícil.

Se alguém comete adultério, acto homossexual ou visita um prostíbulo, a moral cristã diz que isso é mau. Se fizer, use o preservativo. Primeiro porque essas situações nada têm a ver com um casal a decidir o método contraceptivo. Mas so-bretudo porque o pecado que se comete é tão grave que a questão do preservativo se torna irrelevante. É o mesmo que perguntar se, quando se rouba um banco, é permiti-do levar pistolas sem licença de porte de arma. A resposta de um juiz sensato seria positiva, mas a pergunta é muito estúpida. Quem viola aberta e gravemente um prin-cípio fundamental não se preocupa com o cumprimento de uma regra menor, para mais fora do contexto.

Por isso é que dizer, como se ouve mui-to, que a atitude da Igreja condena os afri-canos à sida não faz o menor sentido. Se as pessoas cumprirem os preceitos da Igreja, vivendo a sua sexualidade na castidade e fidelidade conjugal, eliminam totalmente

o risco de contágio. Se violam os preceitos da Igreja na sua vida sexual, caem fora dos limites da moral cristã. Nesse caso porquê ligar a esse detalhe secundário? O elemen-tar bom senso recomenda o preservativo.

O Papa disse em seguida: “A solução só pode ser dupla: a primeira, uma huma-nização da sexualidade, ou seja um reno-vamento espiritual e humano que traga consigo um novo modo de se comportar um com o outro; a segunda, uma verda-deira amizade, ainda e sobretudo com as pessoas que sofrem; a disponibilidade, até com sacrifícios, com renúncias pessoais, a estar com os que sofrem.”

Isto contrasta com a atitude habitual dos especialistas da sida, porque o Papa

trata os africanos como pessoas com digni-dade, e não como brutos lascivos, incapazes de resistir aos instintos.

Nas campanhas contra a sida deve-se começar por promover uma vida sexual sem promiscuidade. Se falhar, então use-se o preservativo. A medicina em todas as do-enças tem sempre esta atitude profiláctica e formativa. Pelo contrário, as organizações internacionais de combate à sida limitam-se a métodos mecânicos e simplistas, dizendo o equivalente a: “Ponha o cinto e acelere à vontade.” Porquê esta atitude irresponsável? Será fascínio com o sexo ou desprezo pelos negros?

* In DN (30 de Março de 2009)

Preservação do bom senso*

Queridos amigos! Celebraremos no próximo Domingo de

Ramos, a nível diocesano, a XXIV Jornada Mundial da Juventude. Enquanto nos preparamos para esta celebração anual, penso de novo com profunda gratidão ao Senhor no encontro que se realizou em Sidney, em Julho do ano passado: encon-tro inesquecível, durante o qual o Espírito Santo renovou a vida de numerosíssimos jovens que se reuniram de todo o mundo. A alegria da festa e o entusiasmo espiritu-al, experimentados durante aqueles dias, foram um sinal eloquente da presença do Espírito de Cristo. E agora estamos enca-minhados para o encontro internacional em programa para Madrid em 2011, que terá como tema as palavras do Apóstolo Paulo: “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (cf. Cl 2, 7). Em vista deste encontro mundial dos jovens, queremos realizar juntos um percurso formativo, reflectindo em 2009 sobre a afirmação de São Paulo: “Pusemos a nossa esperança em Deus vivo” (1 Tm 4, 10), e em 2010 sobre a pergunta do jovem rico a Jesus: “Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?” (Mc 10, 17).

(…) Todos sentimos a necessidade da esperança, não de uma esperança qual-quer, mas sim de uma esperança firme e de confiança, como eu quis ressaltar na Encíclica Spe salvi. Em particular, a juventude é tempo de esperanças, porque olha para o futuro com várias expectativas. Quando se é jovem alimentam-se ideais, sonhos e projectos; a juventude é o tempo no qual amadurecem opções decisivas para o resto da vida. E talvez também por isto

é a estação da existência na qual emergem com vigor as perguntas fundamentais: por que estou na terra? Qual é o sentido do viver? Que será da minha vida? E ainda: como alcançar a felicidade? Por que o sofri-mento, a doença e a morte? O que existe depois da morte? Perguntas que se tornam insuportáveis quando nos devemos confrontar com obstáculos que por vezes parecem insuperáveis: dificuldades nos estudos, falta de trabalho, incompreensões na família, crises nas relações de amizade ou na construção de um entendimento conjugal, doenças ou deficiências, carência de recursos adequados como consequên-cia da actual difundida crise económica e social. Então perguntamos: de onde haurir e como manter viva no coração a chama da esperança?

A experiência demonstra que as qua-lidades pessoais e os bens materiais não são suficientes para garantir a esperança da qual o coração humano está em busca constante. Como escrevi na citada Encícli-ca Spe salvi, a política, a ciência, a técnica, a economia e qualquer outro recurso material sozinhos não são suficientes para oferecer a grande esperança que todos de-sejamos. Esta esperança “só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir” (n. 31). Eis por que uma das consequências principais do esquecimento de Deus é a evidente desorientação que marca as nossas sociedades, com conse-quências de solidão e violência, de insa-tisfação e perda de confiança que não raro terminam no desespero. É clara e forte a chamada que nos vem da Palavra de Deus:

“Maldito o homem que confia noutro, que da carne faz o seu apoio e cujo coração vive distante do Senhor. Assemelha-se ao cardo do deserto, que, mesmo que lhe venha algum bem, não o sente” (Jr 17, 5-6).

(…) A vós, queridos jovens, que estais em busca de uma esperança firme, dirijo as mesmas palavras que São Paulo dirigia aos cristãos perseguidos na Roma de en-tão: “Que o Deus da esperança vos encha plenamente de alegria e de paz na vossa crença, para que abundeis na esperança pela virtude do Espírito Santo” (Rm 15, 13).

(…) É Ele a verdadeira esperança: Cristo que vive connosco e em nós e que nos chama a participar na sua própria vida eterna. Se não estamos sozinhos, se Ele está connosco, aliás, se é Ele o nosso pre-sente e o nosso futuro, por que temer? A esperança do cristão é portanto desejar “o Reino dos céus e a vida eterna como nossa felicidade, pondo toda a confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos, não nas nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo” (Catecismo da Igreja Católica, 1817).

(…) Dai espaço à oração na vossa vida! Rezar sozinho é bom, mas ainda melhor e mais proveitoso é rezar juntos, porque o Senhor garantiu que está presente onde es-tiverem dois ou três reunidos no seu nome (cf. Mt 18, 20). Existem muitas formas de se familiarizar com Ele; existem experiên-cias, grupos e movimentos, encontros e itinerários para aprender assim a rezar e a crescer na experiência da fé. Participai na liturgia nas vossas paróquias e alimentai-vos abundantemente da Palavra de Deus e da participação activa nos Sacramentos.

(…) O cristão autêntico nunca está triste, mesmo quando tem que enfrentar provas de vários tipos, porque a presença de Jesus é o segredo da sua alegria e da sua paz.

(…) Gostaria de concluir esta men-sagem, queridos jovens amigos, fazendo minha uma bela e conhecida exortação de São Bernardo inspirada no título de Maria Stella maris, Estrela do mar: “Tu que na instabilidade contínua da vida presente, te vês mais a flutuar entre as tempestades do que a caminhar na terra, mantém fixo o olhar no esplendor desta estrela, se não quiseres ser aniquilado pelos furacões. Se insurgem os ventos das tentações e te en-calhas entre as rochas das tribulações, olha para a estrela, invoca Maria… Nos perigos, nas angústias, nas perplexidades, pensa em Maria, invoca Maria… Seguindo os seus exemplos não te perderás; invocando-a não perderás a esperança; pensando nela não cairás no erro. Amparado nela não es-corregarás; sob a sua protecção nada recea-rás; com a sua guia não te cansarás; com a sua protecção alcançarás a meta” (Homilias em louvor da Virgem Mãe, 2, 17).

Maria, Estrela do mar, sê tu a guiar os jovens do mundo inteiro ao encontro com o teu Filho divino Jesus, e sê ainda tu a celeste guarda da sua fidelidade ao Evange-lho e da sua esperança.

Ao garantir a minha recordação quo-tidiana na oração por todos vós, queridos jovens, abençoo de coração a vós e às pessoas que vos são queridas.

Vaticano, 22 de Fevereiro de 2009.† Papa Bento XVI

Excertos da Mensagem do Papa para a XXIV Jornada Mundial da Juventude (5 de Abril)

“Pusemos a nossa esperança em Deus vivo”

Leia a mensagem integral em www.omensageiro.com.pt

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9O Mensageiro2 . A b r i l . 2 0 0 9 IGREJA DIOCESANA

BrevesSemana Santa em Leiria

Quinta-feira Santa11h00 - Sé - Missa Crismal19h00 - Sé - Ceia do Senhor19h30 - Franciscanos - Ceia do Senhor21h00 - Franciscanos - Adoração eucarística22h00 - Sé - Adoração eucarística

Sexta-feira Santa08.h00 - Franciscanos; Laudes e Ofício de Leituras09h00 - Sé: Laudes e Ofício de Leituras15h00 - Franciscanos; Paixão e morte de Jesus:17h00 - Sé: Paixão e morte de Jesus:18h30 - Franciscanos; Via-sacra 21h30 - Via-sacra pública: Av. Marquês de Pombal (junto

da escola amarela, Rua Henrique Vareda, Rua Sá de Miranda, Largo do Tribunal, Largo da República, Rua de Alcobaça, Av. dos Combatentes, Largo de Santana, Fonte Luminosa, Largo das Forças Armadas, Rua da Vitória, Largo da Sé.

Sábado Santo08h00 - Franciscanos; Laudes e Ofício de Leituras09h00 - Sé:Laudes e Ofício de Leituras22h30 - Sé: Celebração da Vigília Pascal22h30 - Franciscanos: Celebração da Vigília Pascal

Domingo de Páscoa• Eucaristia da Ressurreição, nos horários habituais,

em todas as igrejas, excepto na igreja do Espírito Santo, onde não haverá

Semana Santa em OurémNos próximos dias 5 e 12 de Abril vão decorrer as

celebrações da Semana Santa em Ourém. As celebrações terão início dia 5, Domingo de Ramos, com a celebra-ção dos Passos, pelas 15h00; segunda-feira, dia 6, pelas 21h00, terá lugar a celebração Penitencial; terça, dia 7, a Sociedade Filarmónica Oureense e o Coral Infantil da AMBO darão um concerto na Igreja Colegiada; quinta-feira, dia 9, a celebração da Ceia do Senhor, com o rito do lava-pés terá lugar às 20h30; dia 10, sexta-feira, o Canto de Laudes será às 9h00 e, às 15h00, a recriação da Via-sacra ao vivo e procissão do Senhor Morto; dia 11, sábado, repete-se o canto de Laudes às 9h00 e a Vigília Pascal ocorrerá às 22h00; dia 12, Domingo de Páscoa, a celebração pascal e a procissão das confrarias da paróquia terão lugar a partir das 11h00.

Todas as cerimónias terão lugar na zona histórica e na Igreja Colegiada.

Aniversário da morte do beato FanciscoExposição com peças inéditas

No dia em que se assinala a morte do Beato Fran-cisco Marto, 4 de Abril, será inaugurada, no Santuário de Fátima, a exposição «Francisco Marto: “candeia que Deus acendeu”. Trata-se de mais uma iniciativa inserida no programa celebrativo do Centenário do Nascimento deste Pastorinho de Fátima.

Numa organização do Departamento de Arte e Património (DAP) do Santuário, a exposição, cuja inau-guração está agendada para após a celebração da Missa das 11h00, ficará patente ao público, no vestíbulo do Convivum Santo Agostinho, no complexo da Igreja da Santíssima Trindade, até 30 de Junho.

Integram a exposição diversas peças, como obras de pintura, de escultura, algumas relíquias e vários objectos ligados à família do pastorinho. Para além de uma componente bibliográfica que reflectirá sobre a produção de livros à cerca do vidente, estarão também integrados documentos contemporâneos das Aparições, entre os quais um documento com a assinatura do pró-prio vidente.

No passado dia 22 de Março, foi benzido o novo sino da torre da Capela dos Moinhos de Carvide e todo o automatismo de comando dos toques dos sinos, bem como do relógio da torre. O custo de todo o equipa-mento ultrapassou os dez mil euros; resultado das festas locais e de dádivas para esse fim.

Este equipamento era um desejo de toda a co-munidade, que há largos anos procurava juntar os fundos necessários para a

sua aquisição. Saldas as dívidas, re-

ferentes à construção da nova Capela da localidade, o desejo pode finalmente ser cumprido, com o auxí-lio de todos.

Também na Celebração Eucarística, que antecedeu à cerimónia de bênção, presidida pelo padre José Martins Alves, pároco da freguesia, foi inaugurado o sistema de Karaoke, consti-tuído por uma consola com-putorizada e por dois tele-visores de grande formato,

colocados em lugar visível por toda a assembleia. A im-plementação deste sistema vai possibilitar mais brilho e mais participação, activa e consciente, de todos os fiéis na celebração.

Este dia foi de grande alegria e convívio entre toda a comunidade cristã dos Moinhos de Carvide, que participou em grande número.

Findo o acto oficial de inauguração seguiu-se o al-moço-convívio, organizado pela actual Comissão da Ca-

pela, em que participaram cerca de 150 pessoas e que prolongou o ambiente de festa até ao fim da tarde.

Joana Pedrosa

Pároco de Monte Real presidiu à bênção

Moinhos de Carvide inaugura sinos

Cerca de meio milhar de fiéis, padres e leigos, da vigararia da Batalha junta-ram-se no dia 27 de Março para uma conversa com D. António Marto à volta do tema que pauta este ano pastoral: “permanecei fir-mes e sólidos na fé”.

Depois da apresentação dos grupos paroquiais, o Bispo diocesano começou por manifestar a sua alegria pela presença numerosa e diversificada, “uma riqueza que muitos partidos políti-cos gostariam de ostentar, tanta gente disponível para trabalhar empenhadamen-te por um ideal, de forma gratuita e desinteressada”. E a todos lançou o desafio a viverem a sua fé neste mundo “onde grassa a con-fusão, onde se espalha a descrença, onde os crentes são ridicularizados”, sob inspiração de S. Paulo, “de quem a graça de Deus fez uma estrela de primeira grandeza a iluminar a noi-te da fé”. Para tal, é neces-sária “uma fé consciente, personalizada, convicta e testemunhante, capaz de resistir a um ambiente hos-til, de apresentar as razões que a fundamentam e de mobilizar para a acção con-creta”, afirmou o prelado, defendendo a importância da formação permanente para alimentar essa fé adul-ta, própria de quem “sabe o que crê, luta pelo que crê e vive aquilo que crê”.

Em rede... e em CristoPartindo da leitura de ex-

certos da carta de Paulo aos Romanos, D. António Marto referiu que “também hoje o Apóstolo (Bispo) precisa de muitos e bons colaborado-

res, cheios de boa-vontade, com conhecimentos sólidos e capacidade para se acon-selharem e crescerem em ajuda mútua”. Nesse sen-tido, salientou a afirmação paulina “escrevi-vos para vos reavivar a memória” e esclareceu que esta “não é uma memória de registos passados, mas sim uma memória viva, que guarda o melhor da vida para o tornar sempre presente, que sustenta as raízes da esperança e dá asas para construir o futuro”.

De novo a exemplo de S. Paulo, que “na sua gigante empresa de evan-gelização soube procurar e encontrar muitos e bons colaboradores”, também na acção pastoral actual “não podemos trabalhar sozinhos, mas em rede eclesial, na multiplicidade dos dons e carismas, seja na retaguarda, seja mais visivelmente”, afirmou D. António, pois “o sonho de um só é só um sonho, mas o sonho de muitos torna-se realidade”. Tal como Paulo referia o seu afecto por cada um dos seus colaboradores, não como gente anónima,

mas com nome e história, vivendo numa comunhão que era testemunho da fé para quem os observava de fora, também o Bispo quis deixar essa mensagem de apreço a cada um dos presentes. E não deixou de lembrar que “somos colaboradores em Cristo e participantes da missão do apóstolo”, não devendo nunca esquecer que “se não fosse Ele e apenas contásse-mos com as nossas capaci-dades, já tínhamos partido a loiça toda”.

Desafio: formação adultaPor último, o Pastor aler-

tou para a actual escassez de vocações sacerdotais, agravada com a elevada média etária do clero, que levará a termos muito menos padres num futuro próximo. “Esta realidade irá obrigar-nos a alterar hábitos adquiridos, causará algum sofrimento a todos, mas não irá acabar com a nossa fé”, defendeu, remetendo para o exemplo da Igreja africana, onde a presença dos sacerdotes é mínima e a fé é crescente, e para a Igreja do Japão, que sobrevi-

veu dois séculos à expulsão dos missionários. Uma das consequências desta situa-ção será “a necessidade de leigos bem formados, que possam formar outros”, e o incremento de iniciativas como a lectio divina, “pois a nossa maior vergonha será não conhecermos o nosso primeiro livro, a Bíblia”. Nessa linha, ganham espe-cial importância as escolas de formação que a Diocese tem em funcionamento, como a Escola Razões da Es-perança e a Escola Teológica de Leigos, bem como todas as acções de formação para adultos que terão de ser a “grande aposta da Igreja”.

A noite terminou com um beberete de confrater-nização, não sem antes os presentes terem agradeci-do as palavras de conforto e confiança do seu Bispo e aplaudido as orientações e linhas de acção por ele enunciadas.

Entretanto, o “testemu-nho” foi passado à vigararia de Monte Real, através da entrega simbólica do ícone de S. Paulo.

Texto e fotoLuís Miguel Ferraz

Vigararia da Batalha escuta D. António Marto

“Procurai uma fé adulta, consciente e testemunhante”

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ECLESIAL10 O Mensageiro2 . A b r i l . 2 0 0 9

Pe. Francisco [email protected]

AO SABOR DA PALAVRA

Contra correnteDomingo de Ramos5 de Abril

Sábado19h00 – Sé19h30 – Franciscanos

Domingo08h30 – Espírito Santo09h00 – Franciscanos10h00 – Paulo VI10h00 – Franciscanos11h00 – S. Agostinho11h00 – Hospital11h45 – Cruz da Areia11h30 – Seminário11h30 – Sé18h30 – Sé19h30 – Franciscanos21h30 – Sª Encarnação

Leituras |Domingo de Ramos Paixão do Senhor

(05/04/09)

Leitura I: Is 50,4-7

Salmo Responsorial: Salmo 21 (22)Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?

Leitura II: Filip 2,6-11

Aclamação ao Evangelho: Filip 2,8-9Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor. EVANGELHO (procissão dos Ramos): Mc. 15, 1 - 39

Evangelho N. Senhor Jesus Cristo segundo S. Marcos. Naquele tempo, ao aproximarem-se de Jeru-salém, cerca de Betfagé e de Betânia, junto do monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos seus discípulos e disse-lhes: «Ide à povoação que está em frente e, logo à entrada, vereis um jumentinho preso, que ninguém montou ainda. Soltai-o e trazei-o. E se alguém perguntar porque fazeis isso, respondei: ‘O Senhor precisa dele, mas não tardará em mandá-lo de volta’». Eles partiram e encontraram um jumentinho, preso a uma porta, cá fora na rua, e soltaram-no. Alguns dos que ali estavam perguntaram-lhes: «Porque estais a desprender o ju-mentinho?» Responderam-lhes como Jesus tinha dito e eles deixaram-nos ir. Levaram o jumentinho a Jesus, lançaram-lhe por cima as capas e Jesus montou nele. Muitos estenderam as suas capas no caminho e outros, ramos de verdura, que tinham cortado nos campos. E tanto os que iam à frente como os que vinham atrás clamavam: «Hossana! Bendito O que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino do nosso pai David! Hossana nas alturas!»

MISSAS DOMINICAISMISSAS DOMINICAIS

Cântico | PáscoaQuinta-feira Santa [09 de Abril]Entrada- Toda a nossa glória

- (LAU 810; CLP 2)Salmo Responsorial- O cálice da bênção -

(LAU 548; CLP 3)Lava-pés- Dou-vos um manda-

mento novo - (LAU 301)- Senhor, tu vais lavar-

me os pés - (LAU 784; CLP 4)

Apresentação dos Dons- Onde há caridade ver-

dadeira - (LAU 626; CLP 7)Comunhão- Vinde comer do meu

pão - (LAU 864; CLP 10)- O Corpo de Jesus é

alimento - (LAU 551)Pós-Comunhão- Ó Sagrado Banquete

- (LAU 576; CLP 13)Trasladação do Santís-

simo- Celebremos o mistério

- (LAU 219A; CLP 14)Final- Cantemos a Jesus

Sacramentado - (LAU 215; CLP 15)

Sexta-feira Santa [10 de Abril]Salmo Responsorial- Pai, nas vossas mãos

- (LAU 637; CLP 17)Apresentação da cruz- Eis o madeiro a cruz

- (LAU 52; CLP 19)Adoração da cruz- Vinde, adoremos o

Senhor - (LAU 1055)- Bendita e louvada seja

- (LAU 174; CLP 22)- Por nosso amor - (LAU

667)Comunhão- Todas as vezes - (LAU

814; CLP 25)- Se alguém quiser se-

guir-me - (LAU 739)Pós-Comunhão- O Senhor salvou-me

- (LAU 739; CLP 28)- O Cordeiro que foi

imolado - (LAU 1143)

Vigília Pascal [11 de Abril]Apresentação da luz- A luz de Cristo - (LAU

44; CLP 30)Incensação - Senhor, tu és a luz -

(LAU 779; CLP 30)- A luz de Cristo ilumina

- (LAU 100)Aclamação ao Precónio- Glória a Ti, Jesus Cristo

- (LAU 59; CLP 30)- Glória a Ti, glória, Se-

nhor - (LAU 58)Salmos responsoriais[1] - A bondade do Se-

nhor - (LAU 96; CLP 31)

- Mandai, Senhor, o Vosso Espírito - (LAU 488)

[2] - Guardai-me, Senhor - (LAU 421; CLP 32)

[3] - Deus fez maravilhas - (LAU 281; CLP 33)

[4] - Louvar-vos-ei, Se-nhor - (LAU 485; CLP 34)

[5] - Das fontes da salva-ção - (LAU 266; CLP 35)

[6] - Senhor, vós tendes palavras - (LAU 786; CLP 36)

- As vossas palavras, Senhor - (LAU 168)

[7] - Como o veado an-seia - (LAU 228; CLP 37)

Bênção da água- Fontes do Senhor -

(LAU 56; CLP 41) Aspersão - Vós que fostes baptiza-

dos - (LAU 880; CLP 41) Apresentação dos dons- Rainha dos céus, ale-

grai-vos - (LAU 949; CLP 42)

- A dextra do Senhor - (CLP 43)

Comunhão- Felizes os convidados

- (LAU 393; CLP 45)- O Senhor ressuscitou

- (LAU 607)Pós-Comunhão- Dai graças ao Senhor

- (LAU 1132; CLP 47)- Cantai comigo - (LAU

205)Final

- Ressuscitou. Aleluia - (LAU 718; CLP 48)

- Hinos de glória - (LAU 424)

- Ressuscitou. Aleluia - (LAU 719)

Domingo de Páscoa [12 de Abril]Entrada- Hoje é dia de festa -

(LAU 425; CLP 50)- O Senhor ressuscitou

verdadeiramente - (LAU 608; CLP 51)

- Na sua dor - (LAU 718; CLP 48)

Salmo Responsorial- Eis o dia que fez o Se-

nhor - (LAU 312; CLP 53)Apresentação dos Dons- Rainha dos céus, ale-

grai-vos - (LAU 949; CLP 42)

Comunhão- O Senhor ressuscitou

- (LAU 607; CLP 65)- Felizes os convidados

- (LAU 394)Pós-Comunhão- Ressuscitou. Aleluia

- (LAU 719)Final- Aleluia. Louvor a vós, ó

Cristo - (LAU 149; CLP 59)----------LAU - “Laudate”CLP - “Cadernos Litúrgi-

cos - Páscoa” (Dioc. Leiria-Fátima)

Hossanas e glórias é o toda a gente deseja: ser notado no meio dos seus pares, ser aclamado como alguém com valor. mas a vontade das multidões anda ao sabor do vento, de quem a conseguir atrair pelos sentimentos.

Um político, um fute-bolista ou um actor tanto são adorados como deuses, como são rejeitados e espe-zinhados como lesmas. E nós também nos deixamos arrastar por essas modas,

pela fama, nossa e dos outros: apoiamos aqueles que são apoiados e rejeita-mos aqueles que os outros rejeitam. Quem escolhe de forma diferente da maioria das pessoas e apontado como marginal.

No tempo de Jesus foi isso que aconteceu: as pessoas que O aclamaram como Messias, com hos-sanas, quando ele entrou em Jerusalém facilmente esqueceram aquilo que tinham dito quando os chefes os levaram a pedir a morte de Jesus. Tudo era espectáculo: tanto a aclama-ção daquele messias como depois a sua condenação e crucificação. O que eles queriam era estar felizes e satisfeitos sem que nin-guém os incomodasse.

Mas Jesus era incómo-do: porque os obrigava a sair da sua mediocridade, porque exigia que cada um fosse uma pessoa inteira e autónoma, descobrindo em si os valores da vida e do amor.

Jesus sabia que essa aclamação era temporá-ria, sabia o que lhe iria acontecer, e apesar disso

aceita a vontade do Pai. Tornando-se homem fez-se totalmente igual aos seus irmãos. Pela sua obediên-cia cumpria a vontade de Seu Pai, sabendo que o seu amor pelos homens impli-cava o seu sacrifício de uma forma extrema. Foi por esta doação que Deus O exaltou ressuscitando-o, como nos diz S. Paulo na sua carta aos Filipenses. É esta a sua exaltação: a sua ressurrei-ção, o vencer a morte, o único STOP ao qual todos os homens obedecem. Os acontecimentos que, nesta semana, vamos celebrar, ga-rantem-nos que o caminho do dom da vida não é um caminho de “perdedores” e fracassados: o caminho do dom da vida conduz ao sepulcro vazio da manhã de Páscoa, à ressurreição. É um caminho que garante a vitória e a vida plena.

A confiança em Deus era grande, por isso podia dizer como o profeta Isaías: “O senhor Deus veio em meu auxílio, por isso não fiquei envergonhado.” É pelo sacrifício de Jesus que ele se torna verdadeiramen-te o Messias, o salvador, por

isso é que só depois da sua morte se diz pela boca do centurião: “Na verdade este homem era filho de Deus”. Realmente só então Jesus se tornou no verdadeiro mes-sias pois só então a sua obra ficou completa, atingindo assim o seu auge. A vida de Jesus realiza plenamente esse destino de dom e de entrega da vida em favor de todos; e a sua glorificação mostra que uma vida vivida deste jeito não termina no fracasso, mas na ressurrei-ção que gera vida nova.

E nós, hoje, além de reconhecermos que Jesus é o Messias necessitamos de provar essa profissão de Fé pelas nossas obras. Se não o fizermos somos como os judeus do tempo de Jesus, que O aclamaram por pala-vras mas quando tiveram de tomar uma atitude optaram pela via mais fácil. Muitas vezes é necessário avançar contra a corrente, em vez de nos deixarmos ir na onda, com a confiança de que são precisas muitas pedras para fazer um dique que conduza a água para o sítio certo.

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O Mensageiro2 . A b r i l . 2 0 0 9 11IGREJA EM PORTUGAL 11

Breves

Uma nova iniciativa de resposta social aos mais carenciados nasce em Viana do Castelo. A «sopa conforto», da responsa-bilidade da Conferência Vicentina, vai ser distri-buída aos Sábados como “complemento do apoio que já existe ao longo da semana nos refeitórios sociais”, explica Concei-ção Silva, da Conferência Vicentina da paróquia de Nossa Senhora de Fátima, à Agência Ecclesia.

As Conferências Vicen-tinas, integradas nas paró-quias da diocese de Viana do Castelo, têm detectado necessidades crescentes entre a população. “Na cidade as dificuldades sen-tem-se mais, porque nas zo-nas rurais a solidariedade está ainda muito presente e os cultivos familiares são ainda uma grande ajuda”, explica Conceição Silva.

O Bispo da diocese, D. José Pedreira, pediu recentemente uma maior atenção às dificuldades e aos problemas dos casais

que perdem o seu empre-go e têm filhos a seu cargo. A renúncia quaresmal da diocese de Viana do Castelo vai, em parte, ser entregue à Cáritas diocesana como apoio às respostas sociais.

A «sopa conforto» deve-rá começar a ser distribuída ainda durante a Quaresma. A organização calcula um apoio inicial a cerca de 20 famílias, mas está disponí-vel para alargar as ajudas. “Cada vez registamos mais famílias a ser apoiadas pelas Conferências Vicen-tinas”, explica Conceição Silva. Para uma melhor organização, a Conferência Vicentina solicita uma pré-inscrição.

A sopa será distribuída ao Sábado, nas instalações do Centro de Juventude Ozanan, que se junta como parceiro, para as paróquias da cidade de Viana – Meade-la, Santa Maria Maior, Mon-serrate, Areosa, Senhora do Socorro e Nossa Senhora de Fátima.

A confecção e distribui-ção assenta em voluntários.

“Estamos a criar uma escala para não se tornar cansativo para quem participa”. Con-ceição Silva explica que a adesão das pessoas com espírito solidário “está a ser muito boa”. A sopa será confeccionada com alimentos oferecidos pelos agricultores das zonais ru-rais, pois, “mesmo em caso de dificuldades, os agricul-tores são generosos e dão sempre qualquer coisa”. As empresas e hipermercados vão também ser convida-dos a dar os seus produtos, “mesmo os que não se en-contram em condições de

venda ao público mas estão ainda dentro das condições de consumo”.

A distribuição será feita ao Sábado, mas a or-ganização dá a sopa para o fim-de-semana. Conceição Silva explica que o objecti-vo é darem uma refeição quente para os dois dias. Em alguns casos a «sopa de conforto» será distribu-ída em casa das pessoas. O transporte é também asse-gurado pelas Conferências Vicentinas.

Uma resposta para os mais carenciados

«Sopa conforto» em Viana do Castelo

Nos próximos dias 4 a 6 de Junho irá decorrer o II Congresso Ibero-Americano de Destinos Religiosos / V Congresso Internacional das Cidades-Santuário, em Fátima.

O corpo de conferencis-ta e o programa já estão con-firmados. Assim, no dia 4, primeiro dia de trabalhos, a manhã será preenchida com uma intervenção de Paul Claval, Professor Emé-rito da Universidade de Paris IV (Sorbonne), intitu-lada “Deslocação e destino: dinâmicas comparadas da peregrinação e do turis-mo”. Segue-se uma inter-venção de Myra Shackley, Professora da Nottingham Trent University (Reino Unido), com “Gerindo os visitantes dos destinos de peregrinação do Séc.XXI: acessos, equipamentos e infra-estruturas”.

Após estas duas inter-

venções haverá uma pausa para café, seguida de uma intervenção de Xosé Ma-nuel Santos Solla, Titular de Geografia Humana na Universidade de Santiago de Compostela (Espanha), que abordará “A gestão dos destinos de turismo religioso: o caso de San-tiago de Compostela”, ao que se seguirá a pausa para almoço.

Da parte da tarde duas mesas redondas sobre “Pro-blemas e desafios na gestão dos destinos de turismo religioso e peregrinação” e “Acolhimento de públicos diferenciados em lugares sagrados” darão continui-dade aos trabalhos até ao jantar oficial.

No segundo dia de tra-balhos, Dallen J. Timothy, da School of Community Resources and Develop-ment, Arizona State Uni-versity, (EUA), abordará os

“Mercados antigos e novas procuras: destinos de pere-grinação para turistas cul-turais”, seguido por Noga Collins-Kreiner, professora da Universidade de Haifa (Israel) que falará sobre “Entre a peregrinação e o turismo: organização, ges-tão e promoção de espaços partilhados”.

Uma pausa marcará a segunda fase de trabalhos, onde Cristina Teresa Car-ballo, Professora da Uni-versidade de Luján (Argen-tina), abordará “A força do sagrado e as práticas de pe-regrinação como territórios dinâmicos - Argentina”.

Duas mesas redondas

completarão o dia. Serão elas “Promoção e preserva-ção de arte e património em destinos turístico-religio-sos” e “Desenvolvimento sustentável dos lugares de acolhimento religioso”.

O terceiro dia de con-gresso é marcado por visitas culturais.

Informação detalhada sobre o Congresso, bem como preço e formas de inscrição, podem ser con-sultadas em www.congressofatima2009.cm-ourem.pt.

“A problemática da peregrinação e do turismo”

Congresso em FátimaAssistência Espiritual e ReligiosaConferência em Lisboa

No próximo dia 2 de Abril, quinta-feira, pelas 18h00, realizar-se-á mais uma conferência inserida no Ciclo de Conferências – Relações Igreja-Estado, com o tema “ A Assistência Espiritual e Religiosa no Serviço Nacional de Saúde”, organizada pelo Instituto Superior de Di-reito Canónico, Universidade Católica Portuguesa.

O encontro será na Biblioteca Universitária João Paulo II, Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, com a presença do orador padre José Nuno Ferreira da Silva, Coordenador nacional das Capelanias hos-pitalares.

A entrada será livre.

“Não Lugares de Reflexão”Arte solidária ajuda CAIS

Até ao próximo dia 22 de Abril estará aberto ao público, na Galeria de Arte da Junta de Freguesia de Cascais, a Exposição de Pintura “Não Lugares de Refle-xão” por Maria Costa e Alexandre Rola.

20% do valor das vendas reverte a favor da Associa-ção CAIS para a construção de T1 no centro CAIS de Lis-boa para alojar pessoas em situação de sem-abrigo.

A mostra está aberta ao público de Segunda a Sexta- -feira, das 17h00 às 20h00, e aos Sábados e Domingos das 15h00 às 20h00, no Largo Cidade da Vitória (ao lado da Docapesca).

“Aproximação e meditação”Leitura integal da Bíblia em MP3

A Associação Xtofm, através do seu departamento «Homilia Diária», vai lançar a partir de finais de Maio o Projecto “Bêrit”, palavra hebraica que quer dizer Aliança. Este projecto consiste na leitura total da Bíblia, num ano.

Os promotores da iniciativa afirmam que “o projec-to é lançado a todos os cristãos de Portugal, e estamos confiante no sucesso deste projecto, uma vez que a missão do Homilia Diária (XtoPalavra), é levar a Boa Nova, das formas mais criativas que o Espírito indica. Esta iniciativa é uma das muitas formas, e pretende abranger o maior número de pessoas”.

Reunidas todas as gravações em formato Mp3, de-verão ser remetidos até dia 10 de Maio de 2009.

“As vias de diálogo estão abertas”Apoio garantido às IPSS

Apesar do chumbo da proposta de «Fundo de emer-gência» do PSD, o padre Lino Maia mostra-se optimista em relação ao diálogo com o governo

A Confederação Nacional das Instituições de Soli-dariedade, CNIS, já esperava a não aprovação do Fun-do de emergência social público. O padre Lino Maia, Presidente da CNIS fala em “questão de oportunidade e não tanto de partidarismo”.

O PS chumbou a proposta do PSD para a criação de um Fundo de emergência social público. A votação obteve o voto favorável do CDS-PP, BE e as abstenções do PCP e do Partido Os Verdes.

Apesar do chumbo, o Presidente da CNIS afirma não estar pessimista. “As vias de diálogo estão abertas com o governo e vamos criar formas de resolver as situações das instituições que se encontram numa situação mais frágil devido à crise”, explica.

O Presidente da CNIS pede às instituições que se encontrem em situação fragilizada, que façam, “de for-ma sustentada, as suas exposições e a CNIS irá actuar junto do governo para resolver estas situações”.

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IGREJA NO MUNDO12 O Mensageiro2 . A b r i l . 2 0 0 9

Breves

Edward C. Green, direc-tor do projecto de pesquisa sobre a prevenção da SIDA da Universidade de Harvard (EUA), defendeu a posição de Bento XVI contra as cam-panhas de distribuição de preservativos como forma de combater a propagação do HIV/SIDA em África.

Num artigo de opinião intitulado “O Papa pode ter razão”, publicado no

“Washington Post”, o inves-tigador cita vários estudos científicos que indicam que os preservativos não estão a ter sucesso como forma pri-mária de prevenção e que as campanhas de distribuição podem mesmo agravar a propagação do vírus na-quele continente.

O investigador fala na “compensação de risco” quando as pessoas se

“sentem seguras por usar preservativos, pelo menos nalguns casos” e acabam por estar mais expostas a riscos. Outro factor referido para a África é a concentra-ção das infecções na popu-lação em geral e não apenas em grupos de risco.

Green refere que as Nações Unidas ignoraram as conclusões de um es-tudo que encomendaram

a Norman Hearst e Sanny Chen, da Universidade da Califórnia, após em 2003 os investigadores terem concluído a não existên-cia de provas de que os preservativos estivessem a resultar como forma pri-mária de prevenção do HIV em África.

Prevenção do HIV em África

Investigador de Harvard defende Papa

Dezenas de milhares de pessoas participam no próximo dia 5 de Abril, Do-mingo, em Madrid, numa manifestação pública con-tra a proposta reforma da lei do aborto em Espanha.

Sob o lema “Vida sim, aborto não”, decorreram várias outras manifestações em cerca de 50 cidades e vi-las espanholas.

No protesto de Madrid os manifestantes, entre eles muitas famílias com filhos, apresentavam uma faixa com a frase “Não exis-te o direito a matar, existe o direito a viver” e por res-ponsáveis de várias organi-zações participantes.

Além das manifesta-ções e de outras acções de informação, a Conferência Episcopal Espanhola lançou uma campanha com carta-zes em mais de 30 cidades, nos quais se apresentam um bebé e um lince ibérico, espécie protegida, com uma pergunta “E eu?”.

Para os Bispos, as altera-

ções legislativas em estudo no país “darão lugar, se aprovadas, a uma situação em que aqueles que vão nascer ficarão ainda mais desprotegidos do que com a actual legislação”.

A polémica começou de-pois de o comité de especia-listas nomeado pelo Gover-no espanhol para assessorar a modificação da lei de interrupção voluntária da gravidez ter apresentado o seu relatório que propõe, entre outros aspectos, que

o aborto seja livre até às 14 semanas.

Esse prazo deve ser ampliado até às 22 se es-tiver em perigo a saúde da mãe ou o feto tiver graves anomalias.

Actualmente o Código Penal vigente admite aborto em três casos: se houver ris-co para a saúde da mulher, se houver uma presunção de malformações físicas do feto ou se a gravidez for consequência de uma violação.

Fora destes casos, prevê penas de prisão aos médicos que pratiquem abortos e às mulheres que se submetam a este tipo de intervenções.

No “Manifesto pela vida” lido nas várias ma-nifestações de Domingo, referia-se que “o aborto implica a morte violenta de um ser humano e um drama terrível para a mu-lher que o sofre”.

O texto acusa o governo de “pretender aprovar uma lei do aborto livre que deixa completamente desprotegi-do o não-nascido e abando-na a mulher perante os seus problemas, empurrando-a para o aborto”.

Falando num milhão de abortos em Espanha, os ma-nifestantes afirmaram que as mudanças legislativas poderiam fazer duplicar esse número, trazendo apenas “mais mortes e so-frimento para milhares de mulheres”.

“Vida sim, aborto não”

Manifestação pública em Espanha

Por ocasião dos 800 anos da sua fundação, os frades franciscanos de toda a Eu-ropa, convocam os jovens do Velho Continente para Santiago de Compostela, Espanha, onde decorrerá o II Encontro Europeu Fran-ciscano.

O slogan “Bom Cami-nho, Boa Gente!”deseja para transmitir às novas

gerações, os valores propos-tos pelo Santo de Assis: a fé, a paz, o diálogo, a acolhida dos pequenos e o respeito pela criação.

Em Agosto de 2007, em Assis, realizou-se o I Encontro com a participa-ção de milhares de jovens provenientes de 19 países europeus, para redesco-brir a contribuição de São

Francisco na fé e cultura europeias.

Neste momento históri-co no qual a desorientação e a incerteza parecem preva-lecer, o carisma franciscano propõe-se como “custódio da esperança”, promoven-do iniciativas de encontro e de evangelização para os jovens europeus, com a finalidade de construir

juntos uma nova cultura da paz.

A escolha de Santiago para o II Encontro Europeu Franciscano, entre os dias 9 e 15 de Agosto de 2009, insere-se no âmbito da mi-lenar tradição das peregri-nações a esse Santuário.

“Bom caminho, Boa gente”

II Encontro Europeu Franciscano

DR

Católicos na ChinaViver a Quaresma com fervor

A Quaresma no mundo católico chinês é vivida em comunhão com o Papa e com a Igreja universal e marcada por uma intensa espiritualidade e obras de caridade.

Entre as muitas iniciativas que animam este pe-ríodo do ano litúrgico de preparação para a Páscoa, regista-se a visita dos fiéis da diocese de Yan Zhou ao Centro para leprosos de Tai Na, um gesto concreto para exercer a caridade quaresmal, levando o amor a irmãos menos favorecidos.

Noutra iniciativa, mais de 600 fiéis participaram do retiro espiritual de Quaresma na diocese de Xangai, que teve como tema “Como ser um cristão maduro – a prece mais salutar e melhor, as obras caritativas, a evangelização com todas as minhas forças”.

Já na diocese de Tai Yuan, os fiéis continuam a praticar a adoração quotidiana e reúnem-se para a leitura das Sagradas Escrituras. Em Hong Kong, mais de 800 pessoas participaram do retiro espiritual, sendo convidadas pelo pregador a serem “fãs de Cristo” e não de “VIP’s sem sentido”.

“Os passos de São Paulo”«Maratona» Jerusalém e Roma

«Uma megamaratona ligará as cidades de Jerusalém e Roma entre os próximos 23 de Abril e 27 de Maio, coincidindo com a visita a Israel do Papa Bento XVI.

A iniciativa, organizada pela Fundação João Paulo II para o desporto, pretende comemorar os dois mil anos do nascimento de São Paulo, no contexto do Ano Paulino que a Igreja Católica se encontra a viver.

Por esta razão, a corrida seguirá os passos de São Paulo e passará por alguns dos lugares em que o Após-tolo pregou o Evangelho.

O percurso soma um total de 1300 quilómetros e atravessa cinco países: Israel, Grécia, Malta, Itália e Cidade do Vaticano. A maratona parte desde Belém e chegará à Praça São Pedro, do Vaticano, a 27 de Maio.

A última etapa, em Roma, estará repleta de activi-dades paralelas, entre elas, uma vigília espiritual na basílica de São Paulo fora de muros e a saudação de Bento XVI na Praça de São Pedro.

“Uma nova religiosidade”Aumentam as vocações sacerdotais

Os tempos são de crise, mas – contrariamente ao que se poderia pensar – não para a Igreja Católica. O número de jovens que entram para os Seminários, to-dos os anos, sugere que, ao contrário, há uma retoma das vocações no Brasil. No ano passado, o país ganhou 220 novos sacerdotes – um número quatro vezes su-perior à média de ordenações anuais até o final da década de 90.

O Seminário São José, de Niterói, por exemplo, con-ta actualmente com 92 seminaristas: o maior número de sua história centenária. A direcção do seminário foi forçada a ampliar as instalações.

No Seminário do Rio de Janeiro vivem 115 jovens e a demanda anual é de 30 novos candidatos.

O padre Reginaldo Lima, da Comissão Episcopal para Ministérios Ordenados e Vida Consagrada, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) confirma a tendência: “Desde 2000 – disse – tem ha-vido uma retoma das vocações. O novo milénio trouxe uma nova religiosidade. As pessoas têm-se voltado mais para Deus”.

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13OPINIÃOO Mensageiro2 . A b r i l . 2 0 0 9

D. João AlvesBispo Emérito de Coimbra

SINAIS DOS TEMPOS

Não da Igreja ao preservativo. Porquê?

Pe. Jorge GuardaVigário Geral da Diocese

CONVERSAS SOBRE A FÉ

Sofrimento e vida

Terminou, há pouco dias, a visita do Papa a An-gola depois de ter visitado, imediatamente antes, os Camarões.

Se a visita a este país não deixa os portugueses indiferentes, por terem andado por ali nas suas navegações os nossos an-tepassados, é para Angola que pende, sem qualquer esforço, o nosso coração lusitano. É que com Ango-la a nossa convivência pro-gressiva tem séculos e vem até hoje. Dos Camarões e de Angola o Santo Padre falou para os povos destes países mas tendo presente, em seu espírito, toda a África que se debate com tantos pro-blemas, sem deixar de ser o Continente da esperança pela vontade de viver, de

progredir, de não se deixar abater pelas carências e pro-blemas, pela alegria e pelo desejo ardente da paz.

Enquanto o San-to Padre ia de avião de Roma para os Camarões, na sequência do costume introduzido por João Paulo II, deu uma conferência de imprensa em que os jorna-listas, com toda a liberdade, puseram ao Papa muitas e pertinentes questões. De entre todas a Comunicação Social destacou, com gran-de relevo, a questão do uso do preservativo tendo em atenção o tremendo flage-lo da sida que em África já atingiu cerca de 22 milhões de pessoas, na maioria jo-vens.

O Santo Padre respon-deu reafirmando a posição da Igreja e, certamente, procurou justificá-la. Não chegou à opinião pública tudo o que Sua Santidade terá dito para uma melhor compreensão da posição da igreja sobre este escaldante problema.

Por isso e por outras razões, por vezes pouco transparentes, a atitude da igreja é encarada como estranha, desumana e caprichosa, contradizendo o núcleo central da men-sagem cristã que é o amor a Deus e ao próximo, parti-cularmente aos mais pobres e sofredores. Se a atitude da Igreja fosse como se acaba de dizer havia toda a razão para escândalo e grande escândalo. Felizmente não

é assim. Irei tentar esclare-cer esta questão. Começo por referir as numerosas iniciativas estimuladas pela Santa Sé e pelos bispos de todo o mundo a favor dos doentes da sida, não só para minimizar os seus sofrimentos mas, também, para os recuperar, tanto quanto for possível, por cuidados e medicamenta-ção adequados, socorrendo-se de técnicos de saúde. O trabalho da igreja Católica, neste campo é verdadeira-mente extraordinário e, em bastantes lados, pioneiro.

Depois, a Igreja tem participado, pelas suas instituições científicas, na investigação sobre esta do-ença que persiste em não se deixar vencer.

Paralelamente vai pu-blicando trabalhos acerca desta enfermidade com a intenção não apenas de esclarecer os seus leitores, mas também para apoiar os investigadores e para promover um esclarecido serviço pastoral nesta área.

E passo já a reflectir sobre aquilo que motiva especialmente a atitude da Igreja Católica. Trata-se do próprio ideal proposto pela mensagem cristã.

Quem conhece os textos do Novo Testamento terá notado que a mensagem proposta é muito exigente. Aponta para um ideal de vida superior às forças hu-manas e que não se fica por generosidade a meias.

Jesus diz a quem quiser ser seu discípulo que há-de deixar tudo e segui-lo, tomando generosamente os sacrifícios de cada dia decorrentes desse segui-mento.

Noutra passagem Jesus exige limpidez nos pen-samentos e nos desejos se alguém quer ter parte com Ele. E chega a propor aos que desejem entrar no Reino dos Céus que sejam santos como Deus é Santo. Trata-se, portanto, de ter uma confiança em Deus ilimitada procurando cor-responder-lhe totalmente.

Esta exigência encontra-mo-la já, com outra lingua-gem, no Antigo Testamento, principalmente nos Profe-tas e nos livros da Bíblia designados Sapienciais.

Reparemos que Jesus não transmitiu só pa-lavras, deu um claríssimo testemunho de coerência com o que anunciava. Essa coerência levou-o até à mor-te na Cruz.

A Igreja, ao longo dos séculos, até hoje, procurou ser fiel a este espírito e orientação de vida.

Notemos, ainda, que ao falar-se dos mártires cristãos, dos santos, do trabalho pastoral, de congressos e jornadas de espiritualidade, de retiros, da orientação das consciên-cias e da acção sacramental e litúrgica está a realçar-se o que a Igreja promove para que os cristãos correspon-dam às exigências da fé e

da santidade propostas por Jesus Cristo.

Tendo tudo isto presen-te e o que se omite agora por falta de espaço, creio que se compreenderá me-lhor a atitude da Igreja ao não admitir o preservativo como única preocupação no caso da sida.

Mesmo reconhecendo que se pode prolongar, em certos casos, a vida humana com o uso do preservativo, a Igreja afirma com toda a clareza que não se pode alcançar este objectivo desrespeitando o que é a pessoa em todas as suas di-mensões; a sua sexualidade correctamente entendida e o desenvolvimento de cada um em harmonia e paz.

Não se tenham dúvidas de que a Igreja sofre com os doentes da sida, mas não lhe peçam que seja menos exigente na fidelidade ao espírito de Jesus Cristo.

A Igreja, age como age, por respeito ao Evangelho, à fé cristã e à visão correcta da sexualidade, energia excelente do ser humano. O equilíbrio deste e o seu progressivo desenvolvi-mento exigem uma sexu-alidade integrada na vida da pessoa de cada um que há-de contar com o cresci-mento do auto-domínio e o respeito simultâneo da sua dimensão moral, social e religiosa. Tudo isto não se reduz ao preservativo.

A igreja ama e alegra-se com a exigência evangélica que foi subli-

nhada neste artigo porque, embora peça sacrifícios, é fonte de paz, de harmonia interior, de felicidade, de sentido na vida, de gene-roso serviço das pessoas e dos grandes projectos.

Chama-se a atenção para o facto de a Igreja, quando fala, falar priorita-riamente para os cristãos para lhes lembrar que são seus membros, e que contraíram compromissos pela fé e pelo baptismo e que devem cultivar a vida cristã.

Concluindo. Tendo presente a gravidade e ex-tensão da epidemia da sida no mundo de hoje, penso que a Santa Sé, se o não fez já, agiria bem retomando as conclusões a que chegou uma comissão de várias tendências, formada por si há anos.

Com a colaboração desta ou de outra comissão aprofundaria essas conclu-sões e, no devido tempo, publicaria orientações pastorais matizadas para o serviço eclesial dos doentes da sida.

Tudo o que fica escrito, segundo penso, ajudará a compreender porque é que a Igreja não está a agir por capricho, mas sim por fide-lidade ao Evangelho e ao bem maior do ser humano, quando diz não ao uso do preservativo como se tem vindo a propagandear.

A nossa natureza hu-mana parece ter horror ao sofrimento. E, no entan-to, não há vida sem ele. Acompanha-nos desde o nascimento até à morte. Está também muito ligado ao amor. Por um lado, é um fardo que nos maltrata, fere e esmaga. Por outro, é atra-vés dele que se alcançam grandes êxitos e se constro-em obras admiráveis. Será que podemos distinguir entre os bons sofrimentos, aqueles que nos constroem e amadurecem, e os maus, os que nos destroem e fe-rem? Uns seriam de abraçar e outros de eliminar. Não será de evitar todo o sofri-mento e procurar levar uma vida o mais fácil possível? O poeta alemão Rilke per-gunta: “Por que é que que-res excluir da tua vida todo o desconforto, miséria, ou depressão, porque ao fim e ao cabo não sabes qual

o trabalho que estas con-dições estão a fazer dentro de ti?” Entende-se que estes sofrimentos podem contri-buir para edificar a pessoa. Há quem aceda a uma nova compreensão da vida após um grande sofrimento. Também acontece perder-se o gosto de viver e desespe-rar por causa dele.

A natureza ensina-nos o significado do sofrimen-to. Jesus falou do “grão de trigo, que, se lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto” (cf Jo 12,24). Neste caso, a morte é con-dição para nova vida. Outro exemplo: a poda. Cortam-se alguns ramos para obrigar a energia a concentrar-se noutros. O “sofrimento” fortalece a planta e dá-lhe condições para frutificar. No nascimento, é preciso dar o tempo suficiente para fortificar o novo ser e ele

poder sobreviver: o tempo de espera e o sofrimento do nascimento prepara para a vida.

O sofrimento é neces-sário para o crescimento da vida. Uma criança não treinada a fazer esforços, a trabalhar e a lutar pela vida, não se desenvolve. Isto não significa que se deva procurar o sofrimento por si mesmo. Ele aceita-se, su-porta-se, tenta-se superar e procura-se o desenvolvi-mento pessoal através dele. O sofrimento constitui provação e desafio. Posta à prova, se a pessoa resistir, vence; se não se aguentar morre ou fica por se desen-volver, não chega a atingir a sua plenitude. As dificul-dades obrigam a pessoa a reunir as suas melhores capacidades para vencer. Por isso, é desafio a reagir e a lutar para construir a vida. É assim na dimensão

física, psicológica e moral. Mas também na dimensão espiritual.

A Carta aos Hebreus aponta o exemplo de Cris-to, dizendo que aprendeu a obediência ao Pai através do sofrimento e por esse caminho atingiu a plenitu-de da sua vida, tornou-se perfeito (Heb 5, 8-9). Noutra passagem diz que foi pelo sofrimento que Jesus se identificou com as fraque-zas humanas, tornando-se então capaz de socorrer os seus irmãos em humani-dade, pois também ele foi posto à prova (Heb 2, 18).

Como crescer com o so-frimento que nos advém e sempre nos perturba? Antes de mais, acreditar na fecun-didade do sofrimento, en-carado à luz da fé. Depois, aceitá-lo, não no sentido de se conformar com ele mas reconhecer o facto da sua existência. É a partir daí

que se torna possível, ao mesmo tempo, aproveitar dele e lutar por o superar ou aliviar. Jesus, perante a perspectiva da sua paixão, perturbado com ela, não desiste. Pergunta-Se se há-de pedir ao Pai que O salve daquela hora. Pensando na sua missão de oferecer aos homens o dom da salvação, toma consciência de que ela passa pelo sofrimento. Então acrescenta: “Pai, glo-rifica o teu nome”, isto é, manifesta o teu amor, cum-pre o teu plano de salvação (cf Jo 12, 27-28). Através do sofrimento, Jesus tornou-se causa de salvação para os que nele crêem. A fé aju-da-nos a encontrar ajuda, sentido, valor e força para viver o sofrimento e crescer através dele.

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INSTITUCIONAL14 O Mensageiro2 . A b r i l . 2 0 0 9

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Ficha de Assinatura Assinaturas normal/benfeitor: 20/40 Euros (Nacional), 30/60 euros (Europa) e 40/60 (Resto do Mundo)

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EDITAL N.º 25/2009INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

2ª PublicaçãoISABEL DAMASCENO CAMPOS, Presidente da Câmara Municipal do

Concelho de Leiria, faz saber, nos termos dos Artigos 223º e seguintes do Decreto - Lei n.º 59/99, de 02 de Março, que se procede pela Secção de Apoio Administrativo às Empreitadas desta Câmara Municipal a Inquérito Administrativo relativo à empreitada de “ EXECUÇÃO DE DUAS “ LRV “ ( LOMBAS REDUTORAS DE VELOCIDADE ) “, P,.º N.º T – 81/2008, de que foi empreiteira a Firma CÉSAR GOMES BAIRRADA, pelo que, durante os QUINZE DIAS que decorrem desde a data da afixação destes éditos e mais OITO, poderão os interessados apresentar na Secretaria desta Câmara Municipal, por escrito e devidamente fundamentadas e documentadas, quaisquer reclamações a que se julgam com direito por falta de pagamento de salários e materiais, ou de indemnizações e, bem assim, o preço de quaisquer trabalhos que o empreiteiro haja mandado executar por terceiros.

Não serão consideradas as reclamações apresentadas fora do prazo acima estabelecido.

Para constar se pública o presente e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

Paços do Município de Leiria, 27 de Fevereiro de 2009A Presidente da Câmara Municipal,(Isabel Damasceno Campos)

O MENSAGEIRO • Edição 4752 • 02/04/09

EDITAL N.º 26/2009INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

2ª PublicaçãoISABEL DAMASCENO CAMPOS, Presidente da Câmara Municipal do

Concelho de Leiria, faz saber, nos termos dos Artigos 223º e seguintes do Decreto - Lei n.º 59/99, de 02 de Março, que se procede pela Secção de Apoio Administrativo às Empreitadas desta Câmara Municipal a Inquérito Administrativo relativo à empreitada de “ APLICAÇÃO DE CAMADA DE BINDER NO C.M..1245 (TROÇO COM 306M ) –ZONA DO MURO JUNTO AO TERRENO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ARRABAL - LEIRIA “, P.º N.º T – 71/2004, de que foi empreiteira a Empresa CONSTRUÇÕES ANTÓNIO LEAL, S.A, pelo que, durante os QUINZE DIAS que decorrem desde a data da afixação destes éditos e mais OITO, poderão os interessados apresentar na Secretaria desta Câmara Municipal, por escrito e devidamente fundamentadas e documentadas, quaisquer reclamações a que se julgam com direito por falta de pagamento de salários e materiais, ou de indemnizações e, bem assim, o preço de quaisquer trabalhos que o empreiteiro haja mandado executar por terceiros.

Não serão consideradas as reclamações apresentadas fora do prazo acima estabelecido.

Para constar se pública o presente e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.

Paços do Município de Leiria, 27 de Fevereiro de 2009.A Presidente da Câmara Municipal,(Isabel Damasceno Campos)

O MENSAGEIRO • Edição 4752 • 02/04/09 CEDILETelefone 244 850 690

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DR. FERREIRA DO VALE(MÉDICO ESPECIALISTA)

Cartório Notarial de LeiriaA cargo do Notário Pedro Tavares

Certifico, para fins de publicação, que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas nº 170-A, folhas cento e dezasseis a folhas cento e dezoito verso se encontra exarada uma Escritura de Justificação Notarial no dia dezanove de Março de 2009.

Outorgada por José João Gaspar Soares e mulher Maria Fernanda Carreira Fernandes Soares, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, naturais de Monte Redondo, Leiria e residentes na Rua 17 de Dezembro, nº 2, Bajouca, Leiria, nif 158 284 682 e 141 611 790, na qual disseram

Que, com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores de dezasseis vinte avos indivisos do prédio rústico composto por terra de semeadura com tanchas, videiras em cordão e árvores de fruto, com a área de seis mil novecentos e vinte metros quadrados, sito em Lagoeiros, na freguesia de Bajouca do concelho de Leiria, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo 9.760 de Monte Redondo descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria sob o número mil duzentos e quarenta e cinco / Bajouca;

Que três vinte avos indivisos do referido prédio já se encontram registados a favor deles pela apresentação três mil novecentos e cinquenta e sete, de seis de Janeiro de dois mil e nove, quatro vinte avos indivisos do prédio vieram à sua posse cerca do ano de mil novecentos e oitenta e três por doação meramente verbal que lhes foi feita por Manuel Fernandes, viúvo, residente que foi na Bajouca, quatro vinte avos indivisos vieram à posse deles cerca do ano de mil novecentos e oitenta e três, por compra meramente verbal por eles feita a Adelino Vitória Fernandes e mulher Laura Soares Carreira, residentes que foram em Bajouca, Leiria, e cinco vinte avos indivisos do referido prédio vieram à posse deles cerca do ano de mil novecentos e oitenta e três por doação meramente verbal que lhes foi feita por Joaquim Domingues Fernandes e mulher Maria Soares Carreira, residentes que foram em Bajouca, Leiria.

Que do referido prédio são comproprietários, Ezequiel Carreira Soares, Júlio Fernandes Pedrosa, Maria da Luz Fernandes Francisco e Luzia Ferreira Fernandes, residentes em Bajouca, Leiria.

Que, assim eles primeiros outorgantes, vêm possuindo treze vinte avos do referido prédio, com o valor patrimonial tributário correspondente de 2.116,06€, que também lhe atribuem, como seus, há mais de vinte anos, como comproprietários e na convicção de o serem, cultivando-o e colhendo os seus frutos, pagando as respectivas contribuições e impostos, posse que vêm exercendo ininterrupta e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífico, contínuo, público e de boa fé, pelo que adquiriram por usucapião a propriedade sobre treze vinte avos indivisos do aludido prédio;

Que dada a forma de aquisição originária não têm documentos que a comprovem.

Que para suprir tal título, eles primeiros outorgantes, vêm pela presente escritura prestar estas declarações de justificação com o fim de obter no registo predial a primeira inscrição de aquisição de treze vinte avos indivisos do indicado prédio.

Vai conforme ao original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada.

Leiria dezanove de Março dois mil e nove.A Funcionária, (Assinatura ilegível)

Page 15: 4752#OMENSAGEIRO#02ABR09

15DESPORTOO Mensageiro2 . A b r i l . 2 0 0 9

liga deHONRALIGA

Equipa J V E D Pts1.º Olhanense 22 13 3 6 422.º Santa Clara 22 12 5 5 413.º U. Leiria 22 9 8 5 354.º Feirense 22 9 7 6 345.º Gil Vicente 22 7 11 4 326.º Varzim 22 9 5 8 327.º Estoril 22 8 7 7 318.º Sp. Covilhã 22 8 7 7 319.º Beira-Mar 22 7 7 8 2810.º Freamunde 22 7 7 8 2811.º D. Aves 22 7 7 8 2812.º Vizela 22 5 12 5 2713.º Portimonense 22 5 9 8 2414.º Boavista 22 6 4 12 2215.º Oliveirense 22 4 8 10 2016.º Gondomar 22 3 7 12 16

22ª Jornada (15/03/09) | Gil Vicente x Gondo-mar (3-3), Estoril x Santa Clara (1-2), Sp. Covilhã x U. Leiria (2-3), Vizela x Freamunde (1-1), Varzim x Beira-Mar (1-0), Boavista x Feirense (2-2), D. Aves x Oliveirense (2-2), Olhanense x Portimonense (4-0)

23ª Jornada (05/04/09) | Portimonense x Gil Vicente, Gondomar x Estoril, Santa Clara x Sp. Covilhã, U. Leiria x Vizela, Freamunde x Varzim, Beira-Mar x Boavista, Feirense x D. Aves, Olivei-rense x Olhanense

Equipa J V E D Pts1.º Porto 22 14 6 2 482.º Sporting 22 13 5 4 443.º Benfi ca 22 12 7 3 434.º Sp. Braga 22 10 7 5 375.º Nacional 22 10 6 6 366.º Leixões 22 9 8 5 357.º Marítimo 22 9 7 6 348.º V. Guimarães 22 8 6 8 309.º E. Amadora 22 6 9 7 2710.º Académica 22 6 7 9 2511.º Naval 22 6 5 11 2312.º P. Ferreira 22 6 4 12 2213.º V. Setúbal 22 5 5 12 2014.º Trofense 22 4 6 12 1815.º Rio Ave 22 4 5 13 1716.º Belenenses 22 3 8 10 17

22ª Jornada (15/03/09) | Nacional x Marítimo (1-1), Trofense x V. Setúbal (0-1), Sp. Braga x Académica (1-1), Belenenses x E. Amadora (2-2), Benfi ca x V. Guimarães (0-1), Porto x Naval (2-0), P. Ferreira x Leixões (4-0), Sporting x Rio Ave (2-0)

23ª Jornada (05/04/09) | Rio Ave x Nacional, Marítimo x Trofense, V. Setúbal x Sp. Braga, Académica x Belenenses, E. Amadora x Benfi ca, V. Guimarães x Porto, Naval x P. Ferreira, Leixões x Sporting

4ª Jornada - Fase de Promoção* (29/03/09)Monsanto x Fátima, U. Serra x Operário, Pampi-lhosa x Tourizense

* Equipas transitaram da primeira fase com me-tade dos pontos conquistados, arredondados por excesso. O 1.º classifi cado passa à fase fi nal.

série “c”II DIVISÃO

série “d”III DIVISÃO

Equipa J V E D Pts1.º Portomosense 23 17 4 2 552.º Alcobaça 23 16 1 6 493.º Beneditense 23 11 8 4 414.º Nazarenos 23 12 5 6 415.º Alq. Serra 23 11 7 5 406.º Marrazes 23 10 6 7 367.º Gaeirense 23 10 5 8 358.º Bombarralense 23 10 4 9 349.º Guiense 23 9 5 9 3210.º Pataiense 23 7 5 11 2611.º Caranguejeira 23 5 10 8 2512.º Meirinhas 23 6 7 10 2513.º Vieirense 23 7 4 12 2514.º Pilado 23 4 9 10 2115.º Fig. Vinhos 23 4 7 12 1916.º Ilha 23 0 3 20 3

23ª Jornada (29/03/09) | Portomosense x Bombarralense (2-0), Nazarenos x Beneditense (2-2), Ilha x Caranguejeira (0-0), Fig. Vinhos x Alq. Serra (1-1), Pataiense x Marrazes (0-2), Vieirense x Guiense (0-2), Gaeirense x Meirinhas (2-0), Pilado x Alcobaça (1-2)

associação de futebol

HONRALEIRIA

24ª Jornada (05/04/09) | Beneditense x Bombar-ralense, Caranguejeira x Nazarenos, Alq. Serra x Ilha, Marrazes x Fig. Vinhos, Guiense x Pataiense, Meirinhas x Vieirense, Alcobaça x Gaeirense, Pilado x Portomosense

Equipa J V E D Pts1.º Fátima 3 2 1 0 282.º Pampilhosa 3 2 1 0 263.º Tourizense 3 2 0 1 244.º U. Serra 3 1 0 2 235.º Monsanto 3 1 0 2 186.º Operário 3 0 0 3 15

5ª Jornada - Fase de Promoção* (05/04/09)Tourizense x Monsanto, Operário x Pampilhosa, Fátima x U. Serra

“Papa” títulosDR

Quatro provas, quatro títulos, um recorde nacio-nal e mínimos para estar presente no europeu. Os resultados são de Sara Cruz (na foto) que, juntamente com os seus colegas de equipa – Bairro dos Anjos (BA) –, surpreendeu nos campeonatos nacionais de juniores e seniores, que de-correram em Lisboa, de 26 e 29 de Março. No final, o clube leiriense contabilizou seis títulos nacionais.

Sara Cruz esteve impará-vel, ao sagrar-se campeã na-cional de juniores em todas provas que participou: 100 metros livres, 50, 100 e 200 metros mariposa. Bateu ain-da o recorde nacional dos 100 metros mariposa (1:01:89 – anterior era de 1:02:66), tempo que lhe valeu o acesso ao Campeonato da Europa de juniores, que irá decorrer em Praga, Repúbli-ca Checa, no próximo mês

de Julho. Mas a jovem nada-dora não se ficou por aqui. O desempenho nos 200 metros mariposa valeu-lhe ainda o “acesso ao escalão esperança olímpica”, o que significa que “passa a per-tencer ao grupo de atletas que têm fortes potenciais de representar Portugal nos próximos Jogos Olímpicos [Londres 2012]”, adiantou o técnico das equipas de competição do BA, João Paulo Fróis.

Mara Silva foi a outra protagonista do clube lei-riense, já que também se sagrou campeã nacional, nos 200 metros costas. Fi-cou ainda próxima do apu-ramento para o Campeona-to da Europa, porém, “terá oportunidade, no próximo dia 4 de Abril, de tentar alcançar este objectivo, em representação de Portugal nos Multinations Junior Meet [em Atenas, Grécia]”, indicou João Paulo Fróis.

Destaque ainda para João Paulo Ribeiro, vice-campeão nacional nos 100 metros mariposa e 3.º classificado nos 200 metros mariposa, e César Faria, 3.º nos 200 metros livres, atleta que irá representar Portugal no Open de Espanha, de 2 a5 de Abril, em Málaga, Espanha.

Pedro Jerónimo

1ª Jornada - Fase de Promoção* (05/04/09)Gândara x Marinhense, Sp. Pombal x Sertanense, Vigor x B.C. Branco

Equipa J V E D Pts1.º Sertanense 0 0 0 0 262.º B.C. Branco 0 0 0 0 233.º Marinhense 0 0 0 0 224.º Gândara 0 0 0 0 205.º Sp. Pombal 0 0 0 0 196.º Vigor Mocidade 0 0 0 0 18

2ª Jornada - Fase de Promoção* (12/04/09)Marinhense x Vigor, Sertanense x Gândara, B.C. Branco x Sp. Pombal

1ª Jornada - Manutenção (D1)** (05/04/09)Lousanense x Sourense, Atalaia x Peniche

Equipa J V E D Pts1.º Atalaia 0 0 0 0 02.º Lousanense 0 0 0 0 03.º Peniche 0 0 0 0 04.º Sourense 0 0 0 0 0

** Descem aos distritais os dois últimos classifi -cados e os três piores segundos classifi cados das 12 séries de manutenção da III Divisão.

2ª Jornada - Manutenção (D1)** (12/04/09)Sourense x Atalaia, Peniche x Lousanense

1ª Jornada - Manutenção (D2)** (05/04/09)Unhais x Caldas, Penamacorense x Torres Novas

Equipa J V E D Pts1.º Caldas 0 0 0 0 02.º Penamacorense 0 0 0 0 03.º Torres Novas 0 0 0 0 04.º Unhais 0 0 0 0 0

2ª Jornada - Manutenção (D2)** (12/04/09)Caldas x Penamacorense, Torres Novas x Unhais

Internacional de juniores joga-se na região

Pedro

Jerón

imo/Arqu

ivo

Portugal, Bulgária, Tur-quia e a selecção da Asso-ciação de Futebol de Leiria vão disputar a segunda edição do Torneio Interna-cional de Leiria, destinado ao escalão de juniores “C” (Sub-15), de 8 a 11 de Abril, nas Caldas da Rainha, Óbi-dos e Peniche.

O arranque da compe-tição está agendado para os estádios de Peniche e Óbidos, dia 8, 16h00, com o Portugal x Leiria e o Bul-gária x Turquia, respectiva-mente.

No dia seguinte (9), jo-gam-se, pelas 16h00, o Por-tugal x Bulgária (Estádio de

Óbidos) e o Turquia x Leiria (Complexo das Caldas da Rainha).

Para o último dia (11) de competição, estão re-servados o Leiria x Bulgária (9h30, Estádio de Óbidos) e o Portugal x Turquia (11h00, Complexo das Caldas da Rainha)

Atletismo | LeiriaMundial à vistaAna Rita Henriques (Ju-ventude Vidigalense), conseguiu os mínimos para o Campeonato do Mundo de juvenis (8 a 12 de Julho, Itália), ao lançar o martelo a 51,41 metros, no Torneio de Lançamentos da Quinta do Anjo, que decorreu em Palmela, nos dias 21 e 22 de Março. Já Mafu-ta Maketa, sua colega de equipa, bateu o recorde de Angola, ao lançar o martelo a 50,22 metros, marca que lhe dá acesso aos Campeonatos de África (Quénia 2010).

Futsal | LeiriaFinal da TaçaAs equipas de juniores masculinos do Núcleo Spor-tinguista de Leiria e C.C.D. Casal Velho encontram-se dia 4 de Abril, 17h00, no Pa-vilhão de Alvaiázere, para a Taça Distrito da Associação de Futebol de Leiria.

Atletismo | LeiriaADAL campeãA selecção da Associação Distrital de Atletismo de Leiria (ADAL) venceu, à semelhança da época pas-sada, o Salto em Altura em Sala das Beiras, que decor-reu em Castelo Branco, no dia 28 de Março. Numa competição em que alguns atletas representaram, simultaneamente, o seu clube e a selecção distrital, os infantis Eduardo Valério (Juventude Vidigalense) e Beatriz Alves (ADAL/JV), os iniciados Ricardo Mendes (ADAL/JV) e Sarah Dias (ADAL/JV), os juvenis Er-nest Kibungu (Bairro dos Anjos) e Ana Vasconcelos (ADAL/Arneirense), foram os melhores do Distrito.

Futebol | LeiriaInter-AssociaçõesA selecção de Leiria vai dis-putar, de 30 de Março a 3 de Abril, em Oeiras, o Torneio Inter-Associações de Sub-17, futebol de 7, feminino. Com três atletas cada, o C.R. Golpilheira e A.D.C. A-dos-Francos são os clubes mais representados, entre as 14 convocadas pela Associação de Futebol de Leiria.

Motor | MarinhaRallye Vidreiro

Decorrem, até 10 de Abril, as inscrições para o Rallye Vidreiro 2009, agendado para os dias 17 e 18. A pro-va integra os campeonatos Open de Ralis, de Portugal de Clássicos – Ralis, de Portugal Júnior de Ralis e Regional de Ralis Centro. Mais informações em www.camg.pt.

Orientação | LeiriaCOC domina…campeonatos nacionais de distancia longa e de estafetas, com um total de 17 subidas ao pódio, sendo sete ao lugar mais alto. A primeira prova, que decor-reu na Serra da Cabreira, Vieira do Minho, no dia 28 de Março, consagrou Palmira João (Damas 45), Isabel Monteiro (Damas 50) e Albano João (Homens 50), como campeões nacio-nais de distância longa. No dia seguinte (29), na mesma região, foi a vez de se sagra-rem campeãs as equipas de estafetas, seniores masculi-nos (Joaquim Sousa, Celso Moiteiro e Tiago Romão) e femininos (Catarina Ruivo, Andreia Silva e Patrícia Casalinho), veteranos mas-culinos I (Jorge Silva, Luís Tenreiro e Jorge Oliveira ) e veteranos femininos II (Lu-ísa Mateus, Palmira João e Isabel Monteiro).

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2ABR I L 2009ÚLTIMA Meus amados irmãos, permanecei fi rmes, inabaláveis, aplicando-vos cada vez mais à obra do Senhor,tendo sempre presente que o vosso trabalho no Senhor não é em vão.

Paulo, Apóstolo (Primeira Carta aos Coríntios 15, 58) • [ANO PAULINO - 2008/09]

Estimado assinanteEstimado assinanteEm breve iremos emitir as cobranças de assinaturas relativas ao ano de 2008. Caso ainda não o tenha feito, regularize o seu pagamento nos próximos dias, evitando-nos os custos acrescidos com a cobrança pelos CTT. Ficar-lhe-emos muito gratos! A administração

Semana Santa no Santuário de FátimaPrograma de celebraçõesDomingo de Ramos – Paixão do Senhor - 5 de Abril10:25 - Bênção dos Ramos e procissão da Realeza de Cristo, no recinto.11:00 - Missa internacional, no Recinto.14:00 - Via-sacra, no Recinto.17:30 - Vésperas cantadas, na Basílica.

Quinta-feira Santa - 9 de Abril09:00 - Laudes cantadas, na Basílica.14:30 - Vídeo “Via-sacra do peregrino”, na sala de projecções.17:30 - Missa da Ceia do Senhor, na Ig. SS.ma Trindade.23:00 - Oração comunitária da Agonia de Jesus, na cap. da Morte de Jesus.

Sexta-feira Santa - 10 de Abril00:00 às 03:00 - Via-sacra aos Valinhos, com início na Capelinha.09:00 - Laudes cantadas, na Basílica.15:00 - Celebração da Paixão do Senhor, na Ig. SS.ma Trindade.21:00 - Via-sacra, no Recinto.

Sábado Santo - 11 de Abril09:00 - Laudes cantadas, na Basílica.10:30 - Vídeo “Via-sacra papal”, na sala de projecções.12:00 - Rosário, na Capelinha.15:00 - Oração a Nossa Senhora da Soledade, na Capelinha.17:30 - Vésperas cantadas, na Basílica.

Domingo de Páscoa – Ressurreição do Senhor

Sábado, 11 de Abril22:00 - Vigília Pascal, na Ig. SS.ma Trindade, seguida de procissão

Eucarística para o Altar do Recinto.

Domingo, 12 de Abril11:00 - Missa internacional, no Altar do Recinto.17:30 - Procissão Eucarística, no Recinto

Programa de concertosDando continuidade à tradição do Santuário de Fá-

tima, nos dois domingos da semana santa, dias 5 e 12 de Abril, às 15h00, serão oferecidos dois concertos de elevado nível aos peregrinos e outros visitantes, ambos com entrada livre.

Concerto dos RamosAssim, no dia 5 de Abril, o Concerto dos Ramos será

na Igreja da Santíssima Trindade, com “A Paixão de Jesus Cristo Segundo São João”, um trabalho da autoria do Cónego António Ferreira dos Santos, que será interpre-tado pela Orquestra “Sine Nomine” e o Coro da Igreja da Lapa, ambos do Porto.

Concerto da PáscoaNo dia 12 de Abril, o Concerto da Páscoa será no

anfiteatro do Centro Pastoral Paulo VI, pela Orquestra Filarmonia das Beiras e o Coro Regina Cæli. O programa incluirá o “Stabat Mater”, de Pergolesi, e a Missa “in tempore belli”, de Josef Haydn, nos 200 anos da morte desde compositor austríaco (31 de Maio de 1809).

O último momento da peregrinação, após o almoço, é normalmente re-servado a uma sessão que procura levar o tema a um ambiente de festa e conví-vio entre os peregrinos. Este ano, a ocasião serviu para uma evocação da me-mória do cónego Carlos da Silva, falecido no passado dia 16 de Fevereiro, um dos padres que mais esteve li-gado a estas peregrinações, bem como a toda a pastoral do Santuário e da Diocese, compositor de mais de 500 obras musicais para a liturgia e maestro de coros e assembleias durante mais de 50 anos de sacerdócio.

Sob o lema “Cantarei eternamente”, que pode resumir a sua forma de entrega à vida, à Igreja e a Deus, cerca de mil pessoas participaram, no Centro Paulo VI, nesta evocação, que misturou a música com as imagens e os teste-munhos da palavra.

Começou com uma apresentação multimédia de fotos e o relato do per-curso de vida de Carlos da Silva, desde a infância até à ordenação sacerdotal, aos estudos musicais em Roma e às suas múltiplas actividades pastorais, so-bretudo como professor no Seminário Diocesano, compositor de música sacra e mestre de padres e leigos nas disciplinas litúrgicas. Lembraram-se ainda algu-mas das suas afirmações, numa entrevista de 2001 a O Mensageiro, por ocasião do cinquentenário da sua ordenação, onde referia o seu amor à música como forma de oração do povo mais simples, à Eucaristia como expressão máxima da

celebração da fé da Igreja, e a Deus como princípio e fim de todo o sentido que procurou para a vida.

Depois, algumas das suas músicas foram entoa-das pelo Coro do Santuário de Fátima, dirigido pelo padre Artur Oliveira. Des-de os trechos populares da juventude às incursões por campos mais líricos, até aos cânticos mais meditativos e profundos, os presentes pu-deram recordar um pouco da obra deste autor.

À mistura, surgiram tes-temunhos de quem com ele aprendeu, trabalhou e con-viveu. Os dois primeiros foram dos padres Luciano Cristino e Pedro Viva, alu-nos do homenageado, um no início e outro no final da sua carreira de mestre.

Ambos salientaram a sua seriedade, integridade e amizade enquanto homem, a sua paixão, profundidade e sabedoria enquanto pro-fessor, e a sua entrega, es-piritualidade e santidade enquanto padre.

Quanto ao seu trabalho artístico, coube ao músico Paulo Lameiro salientar a “originalidade e unidade estilística” do reportório de Carlos Silva, que fazem dele “um génio daqueles que aparecem em cada ge-

ração”. “Partindo da palavra para a descoberta dos sons, preocupado sobretudo com a melodia a uma só voz, que seja facilmente cantada por grandes assembleias, Carlos Silva encontra na voz humana o instrumen-to primordial”, concluiu o

musicólogo leiriense.A terminar, antes da

oração de agradecimento que todos rezaram tam-bém a uma só voz, D. António Marto dirigiu aos diocesanos o apelo a que “façamos memória viva do melhor que Carlos da Silva nos deixou, como sacerdote de grande valor humano e espiritual, vivendo sacerdo-talmente a música e musi-calmente o sacerdórcio”. Referiu ainda a profunda devoção do homenageado a Nossa Senhora de Fáti-ma, “a quem cantava com a ternura de um filho pela sua mãe”, bem como “os valores da humildade, do perdão, da misericórdia, da conversão e da esperança, que fazia espelhar na sua vida e nas suas músicas”. Por fim, o Bispo diocesano dirigiu-lhe uma oração: “Obrigado pela tua presen-ça e pela tua partilha de dons; reza pela vitalidade da nossa diocese!”.

Texto e fotosLuís Miguel Ferraz

Memória do cónego Carlos da Silva na Peregrinação Diocesana

Evocação “Cantarei eternamente”