4782#OMENSAGEIRO#05NOV

16
ANO 96 - N.º 4782 FUNDADOR José Ferreira Lacerda DIRECTOR Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt PRIORITY 5 NOVEMBRO 2009 CAMPANHA |Última CULTURA Colectivo a9)))) promove Festival de Cinema Jovem Imago 09 chega a Leiria | P. 4 Harpa é o instrumento “convidado” Concertos para bebés no mês de Santa Cecília | P. 5 DESTAQUE MEMÓRIA DO PADRE ROGÉRIO DE OLIVEIRA NOS 20 ANOS DA SUA MORTE EXEMPLO DE VIDA E DE SACERDÓCIO No dia 8 de Novembro, passam 20 anos sobre a morte do padre Rogério Pedro de Oliveira, uma notável figura do clero diocesano que Deus chamou a Si com apenas 43 anos. O exemplo de vida ao serviço dos outros, a dedicação sem medida à Igreja, o amor a Deus e ao anúncio do Evangelho, são características que todos lhe recordam. Como homenagem e em acção de graças pelo seu ministério, o Bispo diocesano presidirá à Missa na Sé, no dia 9 de Novembro (19h00). Também O Mensageiro quis associa-se a esta memória, que é sobretudo celebração da acção do Espírito Santo na nossa Igreja. Páginas 2 e 3 DR PUB No próximo domingo, dia 8 de Novembro, às 11h00, tem lu- gar frente ao Mosteiro da Batalha a celebração nacional litúrgica de São Nuno de Santa Maria, patrono do Corpo Nacional de Escutas. A Eucaristia, com transmis- são directa na TVI, vai ser pre- sidida pelo Bispo do Funchal, D. António José Cavaco Carrilho, sendo esperados milhares de escuteiros e outros devotos do “Santo Condestável”. No final, realizar-se-á uma caminhada da Batalha ao Campo Militar de São Jorge, decorrendo aí a encenação de um “Auto de São Nuno”. Devido aos constrangimen- tos previsíveis do trânsito, aconselha-se aos interessados em participar nesta celebração que cheguem com alguma an- tecedência. Esperados milhares de escuteiros frente ao Mosteiro da Batalha, em Missa transmitida pela TVI Dia 8 de Novembro: Celebração nacional por São Nuno de Santa Maria EVENTO SOCIEDADE Pousos mobiliza-se Assembleia popular contra linhas de alta tensão | P. 7 Contra os impactos na população Batalha volta a contestar traçado do IC9 | P. 7 ECLESIAL Decreto de Erecção Canónica Cenáculo “Maria Estrela da Evangelização” na diocese de Leiria-Fátima | P. 8 Faleceu o padre Luís Kondor Uma vida dedicada à divulgação da Mensagem de Fátima | P. 9

description

O Mensageiro (O Mais Antigo Semanário do Distrito de Leiria): Edição de 5 de Novembro de 2009 (N.º 4782).

Transcript of 4782#OMENSAGEIRO#05NOV

ANO 96 - N.º 4782

FUNDADOR José Ferreira LacerdaDIRECTOR Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

Nº DE2703206MPCPRIORITY

5 NOVEMBRO 2009CAMPANHA

|Última

CULTURA

Colectivo a9)))) promove

Festival de Cinema Jovem Imago 09 chega a Leiria | P. 4

Harpa é o instrumento “convidado”

Concertos para bebés no mês de Santa Cecília | P. 5

DESTAQUE

MEMÓRIA DO PADRE ROGÉRIO DE OLIVEIRANOS 20 ANOS DA SUA MORTE

EXEMPLO DEVIDA E DE

SACERDÓCIONo dia 8 de Novembro, passam 20 anos sobre

a morte do padre Rogério Pedro de Oliveira, uma notável figura do clero diocesano que

Deus chamou a Si com apenas 43 anos.O exemplo de vida ao serviço dos outros,

a dedicação sem medida à Igreja, o amor a Deus e ao anúncio do Evangelho,

são características que todos lhe recordam. Como homenagem e em acção de graças pelo seu ministério, o Bispo diocesano presidirá

à Missa na Sé, no dia 9 de Novembro (19h00).Também O Mensageiro quis associa-se

a esta memória, que é sobretudo celebração da acção do Espírito Santo na nossa Igreja.

Páginas 2 e 3

DR

PUB

No próximo domingo, dia 8 de Novembro, às 11h00, tem lu-gar frente ao Mosteiro da Batalha a celebração nacional litúrgica de São Nuno de Santa Maria,

patrono do Corpo Nacional de Escutas.

A Eucaristia, com transmis-são directa na TVI, vai ser pre-sidida pelo Bispo do Funchal, D.

António José Cavaco Carrilho, sendo esperados milhares de escuteiros e outros devotos do “Santo Condestável”.

No final, realizar-se-á uma

caminhada da Batalha ao Campo Militar de São Jorge, decorrendo aí a encenação de um “Auto de São Nuno”.

Devido aos constrangimen-

tos previsíveis do trânsito, aconselha-se aos interessados em participar nesta celebração que cheguem com alguma an-tecedência.

Esperados milhares de escuteiros frente ao Mosteiro da Batalha, em Missa transmitida pela TVIDia 8 de Novembro: Celebração nacional por São Nuno de Santa Maria

EVENTO

SOCIEDADE

Pousos mobiliza-se

Assembleia popular contra linhas de alta tensão | P. 7

Contra os impactos na população

Batalha volta a contestar traçado do IC9 | P. 7

ECLESIAL

Decreto de Erecção Canónica

Cenáculo “Maria Estrela da Evangelização” na diocese de Leiria-Fátima | P. 8

Faleceu o padre Luís Kondor

Uma vida dedicada à divulgação da Mensagem de Fátima | P. 9

DESTAQUE2 O Mensageiro5.Novembro.2009

Rui [email protected]

editorial

Ao padre Rogério

No dia 8 de Novembro, passam 20 anos sobre a morte do padre Rogério de Oliveira, uma notável figura do clero diocesano que Deus chamou a Si quando tinha apenas 43 anos de idade, ví-tima de acidente de viação. Vinha das aulas no ISET de Coimbra para a Formação Permanente do Clero, a de-correr em Fátima, de que era um dos organizadores.

O seu exemplo de vida ao serviço dos outros, a sua dedicação sem medida à Igreja, o seu amor a Deus e ao anúncio do Evangelho, são características unanime-mente apontadas por todos os que o conheceram e com ele se relacionaram. Como marcas especiais dessa acção, destacamos o empe-nho pessoal que dedicou à criação da Escola Teológica de Leigos, actual Centro de Formação e Cultura, bem como à estruturação do Secretariado Diocesano da

Pastoral Familiar, à cons-trução da Casa Diocesana do Clero, à realização do Congresso Diocesano dos Leigos (1988), entre muitas outras causas pastorais que ainda hoje marcam a nossa vivência eclesial.

Não são precisas datas especiais para recordar as pessoas que assim marcam a sua passagem pela história, mas é nestes dias de referên-cia que a memória se pode tornar mais viva.

Nesse sentido, e no âmbito do Ano Sacerdotal proposto pelo Santo Padre à Igreja universal, uma das indicações do Bispo dioce-sano na sua Carta Pastoral “Ir ao Coração da Igreja” é “a evocação de duas figuras do nosso presbitério que deixaram marcas pelo seu testemunho e pela sua acção pastoral: D. João Pereira Ve-nâncio (1904-1985) e Padre Rogério Pedro de Oliveira (1946-1989), por ocasião dos

25 e 20 anos da sua morte, respectivamente”.

Uma das razões para esta memória é, segundo refere D. António Marto, o “re-forçar a nossa fraternidade sacramental que nos torna irmãos no mesmo dom do sacerdócio e na mesma mis-são, para cultivar mais e me-lhor a vida espiritual, para promover a corresponsabili-dade dos fiéis leigos e para cuidar particularmente das vocações ao sacerdócio”.

Na concretização desta proposta, o Pastor presidirá à celebração eucarística na Sé, no dia 9 de Novembro, às 19h00, em acção de graças pelo dom que Deus concedeu à Diocese através do ministério deste zeloso sacerdote.

Organizada pelo Centro de Formação e Cultura e pelo Departamento da Pastoral Familiar, esta celebração será também ocasião para a evocação da sua vida e obra,

com alguns testemunhos de pessoas que com ele traba-lharam e partilharam a sua amizade. Um momento de forte significado espiritual, também pela união com os seus pais e outros familiares, que estarão presentes.

São convidados todos os fiéis, em especial os sacer-dotes, como “testemunho da união e de verdadeiro amor fraterno do presbitério”, como refere uma nota do Serviço de Apoio ao Clero, que se associa à iniciativa.

Também O Mensagei-ro quis associa-se a esta memória, que é sobretudo celebração da acção do Es-pírito Santo na nossa Igreja particular de Leiria-Fátima. Que os testemunhos pesso-ais e os textos sobre o padre Rogério que publicamos nestas páginas sejam, mais do que a visita ao passado, uma luz a apontar caminhos de futuro.

Luís Miguel Ferraz

Memória do padre Rogério de Oliveiranos 20 anos da sua morte

Exemplo de vidae de sacerdócio

Notas biográficas• 25-01-1946 – Nasceu em Peras Ruivas, Seiça, filho de Joaquim Pedro e de Silvina

Rosa de Oliveira.• Outubro de 1957 – Entrou no Seminário de Fátima.• Junho de 1969 – Terminou o curso do Seminário.• 15-08-1970 – Ordenado presbítero na Sé de Leiria.• Outubro de 1969 a Julho de 1973 – Cursou Teologia na Univ. Gregoriana de Roma.• Setembro 1973 – Inicia funções como professor do ISET. Ao mesmo tempo, é

nomeado, primeiro, director espiritual, e depois, director da residência dos alunos do Curso Teológico, em Coimbra.

• 1980 – Licenciou-se em História pela Universidade de Coimbra e foi nomeado director do ISET.

• 1982 – Director do Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar (desde 1978 era o responsável da equipa diocesana).

• 1984 – Responsável e director de Escola Teológica de Leigos.• 1985 – Presidente da Comissão Diocesana do Clero e grande animador da cons-

trução da Casa do Clero em Fátima.• 10-04-1988 – Nomeado cónego capitular da Sé.• 1988 – Secretário da Comissão Episcopal da Família e director do Secretariado

Nacional da Pastoral Familiar.• 3 e 4 de Dezembro – Congresso Diocesano dos Leigos “A Diocese de Leiria-Fátima

em Renovação”, a cuja comissão organizadora presidiu.• 08-11-1989 – Morre, vítima de acidente de viação.

Na carta pastoral que escreveu para o presente ano pastoral, o bispo de Leiria-Fátima recorda que ao longo deste ano, e tendo presente que é o ano sacerdotal, se fará memória daqueles que na diocese exerceram o ministério sacerdotal, salientando a figura do Pe Rogério.

Nos meus tempos de seminarista conheci a figura deste homem, como professor, sacerdote e amigo. Habituei-me a vê-lo rodeado de seminaristas maiores que semanalmente vinham passar o fim-de-semana a Leiria. Desde logo me impressionou o ca-rinho que denotava em relação ao trabalho que fazia e em relação às pessoas de quem era responsável. Tratava os jovens como pessoas, adultos, com senti-mentos, gostos e interesses. O respeito por cada um fazia-se sentir pelo trato delicado e afável com que conversava e até olhava cada um. Essa a nota com que se apresentava como professor. Sentados nas mesas de trabalho ouvíamos as suas explicações e sentimos um grande à vontade para interromper e questionar. Sabíamos que se esforçaria ao máximo para explicar cada pormenor e cada dúvida. Sentía-mos até que seria capaz de admitir que a sua posição poderia ser contestada e criticada, sem nisso enten-der um ataque pessoal ou intencional. O homem e

o professor, tornava-se depois o amigo que partilhava a mesa da refeição, ouvindo atenta-mente o que cada um dizia e mostrando-se interessado pelas conversas banais que muitas vezes preenchiam as mentes dos adolescentes que então éramos.

No dia em que morreu, estávamos em aulas. De imediato os cursos foram interrompidos e durante a tarde fomos à morgue do an-tigo hospital. Ali o encontrei sobre a pedra fria, ainda ves-

tido e manchado de sangue que lhe cobria a cara. Recordo que nesse momento pensei que apenas dormia, ou deveria ter desmaiado. Sonhei que para espanto de todos iria acordar e dar sinais de vida. Enquanto rezava, desejava e pedia o milagre que era impossível. Depois vieram as cerimónias fúnebres, as despedidas e ficou a memória. Os dias que se seguiram foram de silêncio e perplexidade. Parecia que todos éramos diferentes e ninguém queria olhar nos olhos quem quer que fosse. Cumplicidade? Res-peito? Dúvida? Tudo se misturava.

Por muito tempo a sua recordação e memória pairou sobre nós. Os dias contavam-se de maneira diferente e as aulas, que tiveram de continuar, fo-ram marcadas pela sua ausência. Calávamos as dúvi-das e sentíamos falta de coragem para continuar.

Passaram-se muitos anos e hoje retenho na memória três episódios em que o Pe Rogério me marcou. Guardo-os comigo e são ainda hoje o moti-vo para que de tempos a tempos o evoque e recorde de forma mais acutilante.

Neste ano em que o recordamos de forma mais intensa e enquadrada na celebração do ano sacer-dotal, O Mensageiro evoca o sacerdote amigo que soube viver de forma singular o sacerdócio à ima-gem de Jesus Cristo. Ao mesmo tempo que fazemos esta evocação nesta edição elevamos juntos ao céu a nossa oração, na certeza de que continua a olhar por nós e a ser nosso intermediário junto de Deus.

Em homenagemCaminhada e momento de oração

Em homenagem ao padre Rogé-rio, um grupo de amigos irá orga-nizar uma caminhada de oração e memória até Fátima, no próximo dia 7 de Novembro, com partida pelas 06h45, junto ao Seminário de Leiria. Estará disponível veículo de apoio, em caso de necessidade.

A Eucaristia será às 11h00 na Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima.

O regresso ficará ao cuidado de cada um, havendo um autocarro da rodoviária às 14h00.

Os interessados em participar nesta caminhada devem confir-mar a sua presença através dos contactos: 963515430 (Belmira de Sousa) ou 917621243 (José Carlos Pereira).

O homem e o professor,

tornava-se depois o amigo que partilhava

a mesa da refeição, ouvindo

atentamente o que cada um

dizia.

3DESTAQUEO Mensageiro5.Novembro.2009

Foi no dia 8 de Novem-bro de 1989, uma quarta-feira de manhã, que correu veloz a notícia devastadora: “morreu o padre Rogério!”. Todos sabiam de quem se tratava. Era o único padre diocesano com este nome, como era único também na sua forma de ser e de estar, de servir a Deus e a Igreja. Conhecido de muitos, ami-go de todos, sempre pronto a intervir onde era neces-sário, a ajudar onde era preciso. As suas palavras, e sobretudo a sua vida, fo-ram, para quantos tiveram a graça de com ele privar de perto e de o ter como ami-go, um rasto luz a apontar na direcção de Deus. Não apenas a sua vida, mas também a sua partida ines-perada para o Pai foram, e oxalá continuem a ser, para cada um de nós, um desa-fio à vocação de serviço a Deus, nos irmãos. Este foi o apelo do Bispo, D. Alberto Cosme do Amaral, na Missa exequial: “Morreu o padre Rogério; faz-nos muita fal-ta… quem se oferece para tomar o seu lugar?”.

De facto, a sua morte foi sentida por muitos como uma “perda irreparável” na vida da Igreja dioce-sana. Não apenas pelos vários serviços da pastoral que lhe estavam confiados, como também pela sua for-ma de ser padre na Igreja. Era impressionante a des-centralização de si próprio, a atenção que dedicava aos outros, padres e leigos, a sabedoria e a caridade com que abordava as situações delicadas e as pessoas a necessitarem de ajuda, a sua disponibilidade para agir, servindo. Ter cruzado a nossa vida com a sua foi um dom que não pode ser esquecido nem malbarata-do. Defensor activo da vida e do bem-estar de cada um, até na morte, provocada por acidente rodoviário, não houve outras vítimas nem feridos.

Obrigados, padre Rogé-rio! A gratidão é a memória do coração. Memória e gratidão que queremos sejam eternas no coração de Deus e activas nos nossos corações e na vida da nossa Igreja diocesana, para que nela continuem a dar frutos.

Testemunhos de 1989É nesta perspectiva alar-

gada e profunda de memó-

ria e gratidão que transcre-vemos extractos de alguns testemunhos publicados nos jornais diocesanos, por alguns dos muitos amigos que na altura chorámos a sua morte:

Morreu um HOMEM BOM, assim mesmo, com maiúsculas, BOM em tudo: na serenidade; na segurança do seu saber e do seu dina-mismo; na disponibilidade permanente e total para a defesa do seu ideal de ES-PERANÇA; na convicção de melhorar o mundo através do trabalho junto dos mais jovens, ou da palavra amiga aos casais preocupados com a família na sociedade; na generosidade e entrega aos outros; na propagação maravilhosamente simples, clara e compreensível da Pa-lavra de Fé que professava e vivia. Morreu um sacerdo-te de gabarito excepcional. Deixa um vazio difícil de preencher, seja qual for o prisma por que se analise a sua dimensão humanista. Fica a saudade que magoa.

Agostinho do Espírito SantoIn O Mensageiro - 23.11.89

Padre Rogério: homem de Igreja. Sobre a vida, o Evangelho é muito claro e não deixa margem a dúvi-das: para a ganhar é preci-so perdê-la, ou seja, dá-la, gastá-la, pô-la ao serviço dos outros e de Deus. Só quem consegue esta atitu-de de disponibilidade e de serviço percorre caminhos de vida, que o projectam no tempo e na eternidade, à semelhança de Cristo. Cremos ter sido esta a ati-tude animadora do padre Rogério, há pouco falecido. Dele nos fica um exemplo e testemunho muito rico. (...) O espírito de fé e a perspec-tiva sobrenatural com que falava, programava e agia em todas as situações. O seu espírito de amor à Igreja e à humanidade que Cristo quer salvar levava-o a esquecer-se de si mesmo, a não se poupar a trabalhos, esforços e sacrifícios. Im-pressionou-me sempre a simplicidade como nota marcante da sua vida, (…) recordo a altura em que terminou a licenciatura em História, foi convidado para professor assistente na Universidade. Reflectiu, rezou, resolveu dizer não. Tinha sido ordenado padre para o serviço do povo de

Deus. Traço digno de ser mencionado, e que deu tom à sua obra, foi o espírito de pobreza em que viveu. O que possuía estava ao ser-viço dos irmãos. (…) Foi um homem que, vivendo a sua vocação sacerdotal, lançou muita semente na vida da Igreja diocesana. O seu caminho foi também um caminho de vida.

Padre Virgílio Antunes In O Mensageiro - 23-11-89

Foi com grande emoção e um sentimento de incre-dulidade que a notícia da morte do padre Rogério foi recebida pela comunidade portuguesa da zona Cham-pigny-Sur-Marne, aqui em França. A sua passagem, ainda que breve, por esta comunidade, nos anos 86 e 87, na preparação e ce-lebração da festa de Nossa Senhora de Fátima, marcou fortemente aqueles que o conheceram e puderam com ele viver os dois retiros que aqui orientou. Também aqui ele deixou muitos ad-miradores e amigos, que se reuniram para chorar a sua morte e louvar a Deus pelo dom que foi a sua vida e a sua passagem por aqui. Em estilo de partilha e oração, foram-se ouvindo testemu-nhos como os que seguem: «Havia, na maneira de ser e de falar do padre Rogé-rio, um não sei quê que mexeu profundamente comigo»; «Conheci um padre e ganhei um amigo para sempre»; «Havia tan-ta força e verdade no que ele dizia, que eu senti que a minha vida de família não podia mais continuar como até aí».

Ficou a calar-nos bem forte o seu último “testa-mento”, que veio em carta escrita na véspera da sua morte e que recebemos em França 2 dias após a mesma, onde dizia de si mesmo: «Não busco aplausos, nem tenho aspirações a subir, importa-me ser eu próprio e servir o Reino». Pedia notícias sobre a evolução da saúde de alguns amigos da comunidade, pedia para rezarmos por ele e prometia que a nossa amizade conti-nuaria em Deus, a Quem rezaria para que Ele nos desse todo o Bem».

Belmira de Sousa In A Voz do Domingo - 31.11.89

Sementes de vida«Quem se humilha será

exaltado». Assim, Deus exaltou o padre Rogério e o chamou até Ele para, no céu, gozar do Reino, ao serviço do qual gastou a sua vida na terra. Que de lá ele continue a velar por nós e pela nossa Igreja diocesana, que tanto amou e tão bem serviu.

«Tendo-se tornado que-rido de Deus foi por Ele amado. Chegado em pouco tempo à perfeição, comple-tou uma longa carreira». (Sab 4, 10. 13) «A vida foi um instante mas foi VIVA, o tempo foi breve mas foi LUZ, calou-se a tua voz mas seu eco é palavra ami-ga que conduz». Estes dois pensamentos, que figuram na pagela da sua memória, adequam-se perfeitamente à vida do padre Rogério e à memória que guardamos dele. Que sejam sementes de vida nas nossas vidas.

Belmira de Sousa

Recordando o momento fatídico

Gratidão e memóriaUma luz que não se apaga

Convivi com o Dr. Rogério Pedro de Oliveira, nos últimos anos do ser curso do Seminário e como padre após o seu regresso de Roma.

Como homem, sempre o admirei como grande ami-go dos seus colegas; testemunhava uma dedicação sin-cera e fraterna que sabia estender a todo o presbitério. Era verdadeiramente colega, amigo e irmão.

Como padre, foi notável no espírito de servir e no amor que dedicou à Igreja e à sua Diocese. Com grande capacidade para o trabalho em equipa, granjeou muitos amigos no presbitério e no laicado. Deu-se todo em pouco tempo.

A Diocese deve-lhe a formação da Escola Teológica de Leigos, a construção da Casa Diocesana do Clero e a organização da Pastoral Familiar.

Deus chamou-o para Si, mas ficou, como luz que não se apaga, o testemunho da sua vida.

Padre Henrique Fonseca

Um jovem mestre no ISETFoi em Novembro de há vinte anos. Encontrámo-

nos no corredor das aulas, pois o grupo de alunos a quem ele acabava de dar uma lição de Moral Funda-mental ia ter comigo, na hora seguinte, a cadeira de Patrologia. Trocámos palavras de circunstância, mal adivinhando eu que seriam as últimas. Ainda antes da hora de almoço, acabado de chegar a casa, recebi, por via telefónica, a notícia trágica da sua morte, em acidente de viação, já próximo de Leiria. O choque que senti não foi diferente do que abalou toda a co-munidade académica do Instituto Superior de Estudos Teológicos, onde o Padre Dr. Rogério Pedro era profes-sor desde o ano lectivo de 1974/75, regendo cadeiras de Teologia Fundamental e, sobretudo, de Teologia Moral, matéria em que se especializara em Roma, no Instituto Alfonsiano.

Em Coimbra, durante quinze anos de permanência no ISET, o Padre Rogério distinguiu-se como professor, como director do Instituto e como amigo de colegas e alunos. Era um jovem mestre, exigente com os discípulos e exigente consigo próprio, dedicando-se afincadamente ao estudo das matérias que ensinava e empenhando-se em transmiti-las de forma clara, atraente e renovada. Não era, de facto, um professor a quem bastasse um livro único, estando atento a tudo o que se publicava, nomeadamente em Espanha, no campo da Teologia em geral e da Moral em particular, sendo frequentes as saltadas a Salamanca, com ou-tros colegas, para se pôr a par das últimas novidades editoriais.

Este empenho procurou transmiti-lo, não apenas aos alunos, mas também aos colegas, nos dois man-datos em que esteve à frente do Instituto, por eleição dos seus pares, sugerindo em várias reuniões que todos indicassem novos livros, nas respectivas áreas de ensino, que enriquecessem a modesta biblioteca da instituição. Neste e em vários outros aspectos está patente o interesse que sempre demonstrou em que o ISET se assumisse como verdadeira escola teológica das dioceses do Centro do País.

Mas o Padre Rogério cativava não apenas pela sua cultura e pelo modo como se empenhava no ensino, mas igualmente pelo seu espírito sacerdotal, pela sua alegria espontânea e pela amizade que, se assim me posso exprimir, distribuía às mãos cheias.

Vinte anos depois, este seu legado de serviço à Igreja continua vivo em todos os que tivemos o ense-jo de o ter como mestre, como colega e como amigo. É sobretudo como amigo que o quero recordar, incli-nando-me, com um sorriso largo e franco, à sua grata memória.

A. Jesus Ramos, director do ISET

TESTEMUNHOS

CULTURA4 O Mensageiro5.Novembro.2009

CINEMASTeatro José Lúcio da Silva (Leiria)• MICHAEL JACKSON – THIS IS IT | documentário | de Kenny Ortega | 2 a

11 de Novembro, 21h30; dia 7, 15h30

Teatro Miguel Franco (Leiria)• A ESPERANÇA ESTÁ ONDE MENOS SE ESPERA | drama | de Joaquim Leitão

| c/ Ana Padrão, Virgílio Castelo, Diana Figueiredo | 5 de Novembro, 21h30

• MICHAEL JACKSON – THIS IS IT | 8 de Novembro, 15h30

Cine-Teatro de Monte Real• FORÇA-G | animação | de Hoyt Yeatman | 13 e 14 de Novembro, 21h30;

dia 15, 15h30

Cine-Teatro Actor Álvaro (Vieira de Leiria)• UP – ALTAMENTE | animação | de Pete Docter, Bob Peterson | 8 de

Novembro, 15h00 e 17h00• ABRAÇOS DESFEITOS | drama | de Pedro Almodôvar | c/ Penélope Cruz,

Rúben Ochandiano, Blanca Portillo | 8 de Novembro, 21h00

Cine-Teatro de Ourém• SEM PROVAS | acção | de Renny Harlin | c/ Luis Guzmán, Ed Harris,

Samuel L. Jackson, Eva Mendes | 6 e 7 de Novembro, 21h30

Cine-Teatro de Alcobaça• SACANAS SEM LEI | acção | de Quentin Tarantino | c/ Brad Pitt, Diane

Kruger, Mélanie Laurent, Eli Roth, Samuel L. Jackson, Mike Myers | 8 e 9 de Novembro, 21h30; dia 25, 17h00

A música e a fotografia associam-se à sétima arte, na Extensão do Festival Internacional de Cinema Jovem Imago 09 em Leiria, nos dias 6 e 7 de Novem-bro.

“Letras que gritam. Ideias. Provocações. Refle-xões. Autores anónimos chamam-nos à parede e propõem pensamentos para serem lidos. Diz-se que as paredes têm ouvi-dos. Mas por vezes têm também voz.” Citamos Rui Poças, director de fotogra-fia de filmes como “Aquele querido mês de Agosto” e “Morrer como um ho-mem”, fotografou paredes e o resultado é a exposição “Letras que gritam”, a decorrer na sede do a9)))) – Rua Miguel Franco, N.º 84, 4.º Esquerdo, Leiria –, até ao dia 30 de Novembro.

“Para este ano e dada a grande qualidade dos filmes premiados resumi-mos a festa a dois dias, que prometem ser memo-ráveis”, adianta o colectivo leiriense. Assim, a primeira parte, dia 6, para além da exibição de filmes (ver caixa), contará ainda com um concerto do projecto, também leiriense, Akhmá-tova 77.

“O espectáculo apre-sentado pelo projecto Akhmátova 77 expõe-se de uma forma simples e

concisa fazendo jus ao Ac-nemismo (movimento do qual Akhmátova [poetisa russa] fazia parte) - des-crição do mundo concreto da realidade quotidiana, com brevidade, clareza e precisão. A interpretação da sua poesia, surge na necessidade intuitiva de homenagear a resistência de uma mulher, perante as vicissitudes de uma vida ceifada pelo sofrimento de quem perde os seus. A camuflagem e a luta inte-rior que a dominavam são expressas na fúria silencio-sa da sua escrita, exponen-ciando dessa forma, o ins-tinto inerente ao amor que só a mulher sente. É essa patente única que exploro em Akhmátova 77, encaro a sua representação como uma derradeira tentativa em chegar a sentimentos inalcançados por um ho-mem. Sinto-me frustrado, é certo e de outra forma não poderia ser, mas também sinto um enorme conforto por esta tentativa, o que apenas me basta. Esta mu-lher… são todas para mim, permitindo-me encontrar o sentido de ter escolhido a sua poesia”, refere António Cova, vocalista e guitarrista da banda.

Mais informações em http://a9sede.com.

Pedro Jerónimo

Colectivo a9)))) apresenta a extensão de festival internacional

Cinema Jovem Imago 09 em Leiria

Filmes em exibiçãoDia 6, 21h30, Teatro Miguel Franco, Leiria.

- Mundo Perdido/Lost World, de Gyula Nemes, Hungria, doc.

(Prémio do júri Onda Curta/RTP 2)- O chão por baixo/The ground beneath, de Rene

Hernandez, Austrália, fic.(Prémio do público)- Amar-te mais/Love you more (na foto), de Sam

Taylor Wood, Inglaterra, fic.(Prémio do júri)- Canção de amor e saúde/Song of love and health,

de João Nicolau, Portugal, fic.(Prémio para jovem realizador europeu)- Roma, de Elisa Miller, México, fic.(Grande prémio cidade do Fundão)

Dia 7, 22h00, Orfeão Velho, Leiria.Todos os filmes nesta selecção foram contemplados

com o prémio do júri Onda Curta/RTP 2.- Dança macabra/Danse macabre, de Pedro Pires,

Canadá, exp.- Ollo, de Marc Hericher, França, ani.- Glong!, de Romain Blanc-Tailleur & Damien Pelle-

tier, França, ani.- A minha cabeça ferrugenta e empoeirada/My rusty

dusty head, Moonjoo Lee, Alemanha, ani.- Chick, de Michal Socha, Polónia, ani.- Mei Ling, de Stephanie Lansaque & François Leroy,

França, ani.

Em Leiria“Marionetas em Novembro”

Até 29 de Novembro, Leiria será palco, pelo sexto ano consecutivo, da iniciativa “Marionetas em Novem-bro”, um conjunto de espectáculos e actividades, sobre marionetas e formas animadas, dedicados ao público infantil e Juvenil.

Robertos, bonecros, bonifrates, fantoches, títeres ou marionetas são algumas das designações que, ao longo dos tempos, têm sido atribuídas aos bonecos articulados que, movidos por mãos hábeis com recurso a cordelinhos, engonços, varetas ou luvas, entre outros, fazem as delícias de um público fiel e crescente.

O programa desta iniciativa, contará com 18 espec-táculos, dois ateliês e uma exposição, distribuídos por diversos espaços exteriores da cidade, bem como, no Teatro José Lúcio da Silva, no Teatro Miguel Franco e nos Paços Novos do Castelo de Leiria.

No Agromuseu Municipal Dona Julinha“Bolinho de Todos os Santos”

No dia 1 de Novembro comemorou-se o dia de “To-dos os Santos”. Para celebrar este costume ancestral, o Agromuseu Municipal Dona Julinha, na freguesia de Ortigosa, recriou no dia 3 de Novembro, a tradição da confecção de bolinhos tradicionais, convidando os seus visitantes a amassar a massa, tender, e levar os bolinhos a cozer no forno tradicional de lenha.

O dia de “Todos os Santos”, é na maioria das fre-guesias de Leiria dia de ir à missa e de “pedir bolinho. Esta é uma manifestação religiosa de solidariedade e caridade cristã que se caracteriza por um peditório matinal das crianças, que sozinhas ou em grupos, percorrem as casas da sua localidade apregoando: “Ó tia, dá bolinho?”, sendo o seu pedido satisfeito com a oferta de rebuçados, frutos secos, fruta e dinheiro ou com o dito “bolinho” tradicional – pequenas meren-deiras redondas feitas à base de abóbora e/ou batata, erva-doce, mel e frutos secos.

Embora menos frequente, subsiste ainda o hábito de, à tarde, os adultos percorrerem a povoação em busca de divertimento, juntando-se em grupo, para irem de casa em casa provar o vinho novo, a água-pé e o abafado que acompanham o bolinho e os frutos da época (nozes, castanhas, azeitonas, passas de uva e figo, tremoços e pevides).

O Turismo de Leiria-Fátima (ERT - Turismo de Leiria-Fátima) formalizou, dia 3 de Novembro, dois protocolos com a empresa M-Insi-ght Technologies, com o objectivo de criar serviços de divulgação de conteúdos turísticos sobre a região via telemóvel.

O primeiro protocolo diz respei-to à criação de “Guias Turísticos Lei-ria-Fátima através de Telemóveis”, que permitirão às pessoas que visi-tam a região descarregar uma série de conteúdos informativos sobre a oferta turística da região nos seus telemóveis, através de uma subs-crição. Estarão disponíveis dois tipos de guias, um com informação transversal de toda a região, e seis

individuais, correspondentes a cada um dos municípios da região Leiria-Fátima.

O segundo acordo prevê a criação do projecto “Fátima – Caminho de Fé”, focado em conteúdos no âmbito do Turismo Religioso, que poderão também ser descarregados para o telemóvel do visitante através de uma subscrição. Neste serviço serão divulgadas as actividades desenvol-vidas no Santuário de Fátima e nas proximidades, incluindo informa-ções sobre eventos e transportes de e para o Santuário, e ainda um layout do Santuário, apresentado grafica-mente, com os principais pontos de interesse, museus e os diferentes locais de culto, através dos quais se

terá acesso

a conteúdos específicos.David Catarino, presidente da

ERT – Turismo Leiria-Fátima, refere que “se trata de colocar à disposi-ção de quem nos visita informação importante sobre a região, através de um meio que é tão prático e tão familiar, como é o telemóvel”, e acrescenta que “as tecnologias fa-zem parte da vida de todos e, neste caso, serão uma óptima ferramenta de divulgação, que permitirá aos tu-ristas usufruir mais intensamente da informação sobre a região, poten-ciando até o aumento do tempo que passam na nossa região”.

Tecnologias aplicadas à divulgação da região

Turismo Leiria-Fátima cria guias turísticos via telemóvel

5CULTURAO Mensageiro5.Novembro.2009

EXPOSIÇÕESTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Os chapéus dos meus heróis” (~5/11, 17h30~24h00) Edifício Banco de Portugal - Leiria•”Máscaras da Ásia” (~25/01)Centro de Interpretação Ambiental - Leiria•”Ambiente” - fotografia (~30/11)M|i|mo - Museu da Imagem em Movimento (Mercado de Sant’Ana)•”O Fascínio do Olhar” (permanente)Associação Ceéulua&Membrana a9))))- Leiria•”Letras que gritam” - fotografias de Rui Poças (~30/11)Casa Museu João Soares - Cortes•”10 anos” e “Vida no campo” (permanente)•”Korrodi e o restauro do Castelo de Leiria” (~30/11)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”Chamo-me Frik e já tenho dono” - hora do conto (marcação prévia)Casa-Museu Afonso Lopes Vieira - Marinha Grande• Colecção Carlos Vieira (permanente)• Fotobiografia de Afonso Lopes Vieira (permanente)Museu Municipal - Ourém•“Pelo dia fora”: objectos relacionados aos trbalhos da terra (~31/03)Galeria Municipal - Ourém•“Nha Gente Guiné Bissau” - fotografia de Pe. Gonçalves (~8/11)Torre de Menagem - Castelo de Pombal•“Elementos Arquitectónicos: Memórias de uma Época” (permanente)Museu de Arte Popular Portuguesa - Pombal•“Arte e magia transmontana” (~11/11)Teatro-Cine de Pombal• Desenhos de Filipe Alberto da Silva (~27/11)Casa da Cultura - Santiago de Litém•“À descoberta da Alice” - Dinossáurio dos Andrés (permanente)Galeria dos Paços do Concelho - Tomar• Escultura - José Aurélio (~31/12)

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”The Glenn Miller Orchestra” - música (6/11, 21h30)•”Pinóquio, O Musical” - marionetas (8/11, 17h00)Teatro Miguel Franco - Leiria•”Imago X Extensão Leiria+Akhmátova 77” - vídeo/música (6/11,21h30)• Lendas de Portugal - marionetas em Novembro (7/11, 16h00)• Concerto para bebés - infantil/juvenil (8/11, 10h30 e 11h45)•”Eurovision” - festival de teatro (10/11, 22h00)•”Little Annie&Paul Wallfisch” - música (14/11, 22h00)•”Marieta-T+Juan et Julieta Maria” - infantil/juvenil (15/11, 21h30)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira- Leiria•”A gotinha de água” - hora do conto (13/11, 10h30 e 14h30;14/11, 16h)•”Que há por baixo da cama” - conto (13/11, 10h30 e 14h30;1 4/11, 16h)•”Newton e a grande confussão” - conto (13/11,10h30 e 14h30;14/11,16h)Ludoteca Afonso Lopes Vieira - Leiria• A arte de saber comer - infantil/juvenil (7/11, 10h00 e 14h30)• Cogumelos comestívies - formação e workshops (7/11, 10h00~18h00)• Frascos Naturais - infantil/juvenil (8/11, 10h00 e 14h30)• Magusto - infantil/juvenil (14/11, 15h00~17h00)• Animais Divertidos - infantil/juvenil (15/11, 10h00 e 14h30)Mercado de Sant’Ana - Leiria• Personagens para Teatro de Sombras (14/11, 10h e 14h)Orfeão Velho de Leiria•”Imago X Extensão Leiria” - cinema (7/11~8/11, 16h00 e 22h00)Livraria Arquivo - Leiria•”O dia em que a mamã ficou com cara de chaleira” (7/11, 16h30)• Escrita criativa para guiões de cinema (14/11)•”Conversas entre pais” - II Sessão do ciclo (14/11, 14h30)Lar S. José - Leiria•”Viva a vida” - actividades com a população idosa (6 e 13/11)Escola EB1 de Cortes•”Zara, a moura encantada” - hora do conto (12/11)Jardim de Infância de Cortes•”As filhotas da Dona Centopeia” - hora do conto (9 e 10/11)•”O casamento da gata” - hora do conto (10/11)Abadia/Fontes - Cortes•”Leiria...Entre o Castelo e o Rio Lis” - roteiro cultural (14/11, 9h~13h)Escola EB1 da Reixida•”As filhotas da Dona Centopeia” - hora do conto (9 e 10/11)•”O casamento da gata” - hora do conto (9/11)•”Zara, a moura encantada” - hora do conto (12/11)Museu Etnográfico do Freixial•”Viagem ao ciclo da lã” - infantil/juvenil (6/11)•”O ouriço pom-pom” - infantil/juvenil (11/11)CSB - Bajouca• Serviço de Apoio da Biblioteca a Idosos Atentos (10/11, 14h30~16h00)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”O Tigre Xadrez” - hora do conto (marcação prévia)Teatro-Cine de Pombal•”O dia em que troquei o meu pai por dois peixinhos...” (21/11, 16h)

No Teatro José Lúcio da SilvaJazz de Glenn Miller em Leiria

“The Original Glenn Miller Orchestra” é uma das mais populares big bands, que levou para todo o mundo a música, jazz, de Glenn Miller.

Criada em 1988, a “Glenn Miller Orquestra” tem mantido desde então a mesma formação sobre o pal-co que criou o grande músico norte-americano: cinco saxofones, quatro trompetes, quatro trombones e três percussões, além de um vocalista masculino e outro feminino. O grupo vocal “The Moonlight Serenaders” e a formação de jazz “The Uptown Hall Gang” conver-teram o espectáculo numa magnífica viagem à época dourada do swing.

O repertório da orquestra inclui mais de 200 temas, muitos deles procedentes das partituras originais, entre as quais não podia faltar “In the Mood”, “Moonlight Se-renade”, “American Patrol” o “Chattanooga Choo Choo”. No repertório destacam-se também as contribuições de Jerry Gray, Billy May e Hill Finegan.

Na era das big bands, na década de 1940, toda a formação tinha uma melodia característica, e a da “Glenn Miller Orchestra” era “Moonlight Serenade. Miller” escreveu este tema como um exercício para um curso de arranjo musical, muito antes de formar a sua orquestra. Actualmente essa obra é considerada um paradigma da música norte-americana, e uma das canções mais reproduzidas de toda a história dos Es-tados Unidos.

É no dia 22 de Novembro que todos os anos se celebra o dia de Santa Cecí-lia, a padroeira dos músicos e da Músi-ca segundo uma história (equivocada...) antiga. Para assinalar o mês, o projecto “Musicalmente”, dirigido por Paulo La-meiro, apresenta mais um Concerto para Bebés, desta vez com a harpa como “con-vidada”. É um instrumento que habitu-almente surge associado a esta Santa, e que será devidamente executado por Ana Castanhito, com a promessa de deliciar os mais pequenos e seus acompanhantes

com os sons doces e angelicais das suas cordas às cores.

Leiria será a primeira cidade a rece-ber este evento, no teatro Miguel Franco, no domingo 8 de Novembro, em quatro sessões: 10h30, 11h15, 11h45 e 12h30. Reservas para 244 860 480 (a partir das 17h30) ou [email protected].

Depois, no dia 15, o palco será o Centro Cultural Olga Cadaval, em Sin-tra, também em quatro sessões: 10h00, 10h45, 11h30 e 12h15. Bilhetes: 219 107 110 (Ticketline).

Harpa é o instrumento “convidado”

Concertos para bebés no mês de Santa Cecília

Óleo, e

m tel

a, no

Norton

Sim

on M

useu

m of

Art, Pa

saden

a

A Casa-Museu João Soa-res, nas Cortes, vai inaugu-rar, no próximo dia 17 de Novembro, pelas 18h00, a exposição “Korrodi e o res-tauro do Castelo de Leiria”, visando assinalar o 131.º aniversário do nascimento de João Soares.

Segundo Jorge Estrela, director da Casa-Museu, “a exposição pretende dar a conhecer as propostas de Korrodi que logo em 1898 tiveram enorme impacto nos meios intelectuais por-tugueses e em particular nos de Leiria. Um Castelo grandioso, morada áulica de riqueza insuspeita, aparecia traçado numa

reconstituição precisa e fundamentada. A força das imagens fez nascer a vontade de recuperação de um monumento para o qual apenas se previa indiferença e ruína. É esse esforço que é documentado

na exposição, com os seus impasses, glórias e erros, esforço que se prolongou durante um século, acom-panhando as energias de Korrodi entre 1894, data da sua chegada à Cidade e a sua morte em 1944, e foi

continuando até aos dias de hoje. A exposição consiste pois numa reflexão sobre o Castelo e o seu futuro”.

Exposição assinala 131.º aniversário de João Soares

Korrodi e o restauro do Castelo de Leiria

No Museu Etnográfico do ArrabalProjecto “Teias de Aranha”

No âmbito de um projecto intitulado “Teias de Aranha”, em parceria com a Escola Básica do 1.º Ciclo da Várzea, a equipa do Museu Etnográfico do Arrabal, vai promover, nos dias 6 e 11 de Novembro, diversas iniciativas que têm como tema aglutinador a tecelagem de fibras naturais.

A arte milenar de entrecruzar fios para formar um tecido tem associadas técnicas de fiação e tinturaria que merecem, por si sós, um trabalho de pesquisa e análise. Assim, através da imagem, da observação de peças museo-lógicas relacionadas com esta arte e da experimentação, as crianças viajarão através dos fios da memória para épocas em que as mãos eram a principal ferramenta e a natureza fornecia todos os recursos.

O ciclo da lã e as técnicas tradicionais de tratamento desta matéria-prima serão temas em destaque para o dia 6 de Novembro. As crianças poderão observar e debater as projecções observadas e participar num atelier de tintura-ria, experimentando tingir com produtos naturais.

No dia 11 de Novembro e mantendo a tradição da co-memoração do dia de São Martinho, a equipa de serviço educativo deste Museu realizará o tradicional magusto. Tal como se fazia no passado, haverá cantigas de roda e saltos à fogueira.

Para completar a actividade, todos os participantes darão asas à imaginação decorando um saquinho com pompons que simularão os ouriços das castanhas. Preten-de-se, assim, promover o convívio e confraternização entre todos os intervenientes neste evento e ainda valorizar e preservar os recursos naturais e culturais.

O Mensageiro5.NOvembro.2009SOCIEDADE6

O período de inscrições para a 2ª edição do projecto Escola Electrão já terminou, com um total de 603 esta-belecimentos de ensino inscritos e mais de 400.000 alunos envolvidos, entre escolas do Ensino Básico (2º e 3º Ciclos) e do Ensino Secundário, 29 das quais do distrito de Leiria.

Representando um au-mento de 46% face à edição do ano passado, este núme-ro e a dispersão geográfica das escolas inscritas fazem do Escola Electrão um dos projectos pedagógico-am-bientais de maior abran-gência a nível nacional. A iniciativa é da Amb3E – Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) e conta com os apoios do Ministério da Educação e da Agência Portuguesa do Ambiente.

Para Fernando Lamy da Fontoura, director-geral da Amb3E, “este número de escolas envolvidas não

nos sur-preende, tendo em conta o entusiasmo demonstrado na 1ª edição do projecto. Tínhamos a expectativa das escolas voltarem a inscrever-se – o que aconteceu em 77% delas – e, simultaneamente, que a comunidade escolar en-volvida passasse a palavra a novos estabelecimentos de ensino. Atendendo aos resultados alcançados até ao momento, julgo que o sucesso da 1ª edição estará garantido novamente.”

À semelhança do primei-ro ano, a Amb3E encontra-se agora a preparar a opera-ção de logística de recolha de REEE em todas as escolas inscritas, que se inicia em Janeiro de 2010. Foram introduzidas algumas no-

vidades, destacando-se a n o v a ‘mecânica’ desta vertente prática do projecto: o perí-odo de recolhas foi alargado a três semanas e as escolas serão divididas em diferen-tes grupos, com calendários de recolha diferentes. Exis-tem novos prémios para as escolas mais activas de cada grupo em função do peso de REEE reunidos – em termos absolutos ou per capita – e ainda um prémio nacional. No total, a Amb3E entrega-rá novamente, em Junho de 2010, mais de 60.000 euros em material escolar às escolas com melhor desempenho na vertente dinâmica do projecto.

Também nesta edição, o projecto assenta em duas

componentes fundamen-tais: uma didáctica e outra dinâmica, am-bas concebidas para

cumprir os objectivos de sensibilização e

envolvimento dos pro-fessores, alunos, funcio-

nários, pais e comunidade em geral no esforço global da reciclagem e valorização dos REEE, tendo em conta a protecção do Ambiente.

De referir que, na edição passada, a Escola Electrão contou com a participação de 413 estabelecimentos de ensino e 285 mil alu-nos, que em apenas cinco meses recolheram e envia-ram para reciclagem mais de um milhão de quilos de REEE, superando por aluno a meta de recolha selectiva que a Comissão Europeia estabelece de 4 kg/ habi-tante/ ano.

Mais informações em www.escolaelectrao.pt

2ª edição do projecto Escola Electrão

Inscritas 29 escolas do distrito de Leiria

O recém-eleito presi-dente do Instituto Politéc-nico de Leiria (IPL), Nuno Mangas (na foto, à direita), deu posse, no dia 28 de Outubro, ao Provedor do Estudante (eleito a 18 de Junho), Carlos Rabadão (na foto, à esquerda), numa cerimónia onde estiveram presentes estudantes, docentes e funcionários não-docentes do IPL.

O Provedor do Estudan-te irá desenvolver a sua ac-ção em articulação com as associações de estudantes

do IPL e com os órgãos e serviços do Instituto, designadamente com os conselhos pedagógicos e as suas unidades orgânicas.

Compete ao Provedor do Estudante do IPL apreciar as queixas e reclamações dos estudantes, e fazer recomendações genéricas com vista a acautelar os interesses dos estudantes em termos pedagógicos e de acção social escolar.

Carlos Rabadão, pro-fessor adjunto do Instituto Politécnico de Leiria desde

Outubro de 1999, é licencia-do em engenharia electro-técnica, ramo de telecomu-nicações e electrónica, pela Universidade de Coimbra. Possui um mestrado em engenharia electrónica e eomunicações, redes de acesso – aspectos de plane-amento, pela Universidade de Aveiro, e um douto-ramento em engenharia informática, segurança em redes com diferenciação de serviços, pela Universidade de Coimbra.

Docente Carlos Rabadão actuará junto dos estudantes

Provedor do Estudante do IPL toma posseDR

A Entidade Regional do Tu-rismo de Leiria-Fátima esteve presente no 37º Congresso Bra-sileiro de Agências de Viagens e Feira das Américas – ABAV ‘09 que decorreu no Rio de Janeiro, Brasil, de 21 a 23 de Outubro. Para além desta presença ins-titucional, a ERT-Leiria-Fátima garantiu o seu apoio através da

cedência de material promocio-nal aos hoteleiros presentes no certame, os quais elaboraram entre si uma parceria mantida num espaço conjunto.

Foi notória a procura do destino turístico-cultural que é Portugal, com forte afirmação do segmento Turismo Religioso e, em particular, do destino “Fáti-

ma” junto do mercado brasileiro que evidencia grande afeição a esta cidade-santuário. Com um crescimento contínuo, o evento tornou-se o maior e mais impor-tante do continente, reunindo os principais nomes, marcas e negócios do segmento turístico, numa área de 35 mil m2.

O maior evento de turis-

mo das Américas encerrou a edição de 2009 com óptimos resultados, reunindo cerca de 1000 expositores provenientes de mais de 40 países e 27 000 profissionais visitantes de toda a cadeia produtiva que dá suporte ao sector. Durante os três dias do evento os visitantes puderam acompanhar os lançamentos

e as novidades apresentadas pelos expositores, realizando negócios e ampliando sua rede de networking. Paralelamente à feira, os profissionais acom-panharam os debates e seminá-rios das principais tendências do mercado.

Promover a região no Brasil

Turismo de Leiria–Fátima promoveu-se na ABAV ‘09

SIR 1.º de MaioMagustos na Marinha Grande

A SIR 1.º de Maio, associação da Marinha Grande, vai promover, nos dias 6 e 7 de Novembro, a partir das 18h00, no pavilhão desportivo de Picassinos, uma festa do magusto, com tasquinhas de petiscos e doces regionais, onde não faltarão as tradicionais castanhas com água-pé.

No dia 8, a mesma associação promove, na sua sede, um almoço do magusto, com grelhados mistos e arroz de feijão, castanhas e água-pé. Segue-se uma matiné dançante, a partir das 15h00.

Aniversário nas Caldas da Rainha e PombalLojas Ponto Já comemoram 3 anos

No próximo dia 7 de Novembro, as Lojas Ponto Já das Caldas da Rainha e de Pombal comemoram o 3.º aniversário da sua abertura. Para assinalar a data, estão previstas algumas surpresas para quem visitar aqueles espaços nesse dia.

Recorde-se que desde a sua criação, a Loja PONTO JA das Caldas da Rainha registou 55.000 presenças e a de Pombal cerca de 12.000, que utilizaram ali os mais variados serviços, como informações sobre os progra-mas do Instituto Português da Juventude (apoios aos associativismo, voluntariado jovem, campos de férias, ocupação de tempos livres), Cartão Jovem ou de Alber-guista, reservas das Pousadas da Juventude, utilização gratuita da Internet, entre outros.

Colheitas de Sangue em NovembroDia(s) Horas Local

4, 11, 18 9h00 - 12h30 Matecerâmica

6 9h00 - 13h00 Escola Profissional de Pombal

8 9h00 - 13h00 Sede dos Pimpôes (Caldas da Rainha)

8 9h00 - 13h00 Salão Paroquial da Azoia (Leiria)

10 9h30 - 18h00 Escola Sup. Edu. Ciências Sociais (Leiria)

12 9h00 - 13h00 Colégio Dinis de Melo (Leiria)

13 15h00 - 20h00 Adelino D. M. Meirinhas

15 9h00 - 13h00 Salão Paroquial da Santa Eufémia (Leiria)

18 9h00 - 13h00 Baquelite (Leiria)

22 9h00 - 13h00 Bombeiros Voluntários de Ansião

23 9h00 - 13h00 El Clube Corpo Livre (Leiria)

23 9h00 - 17h30 Escola C+S de Avelar

24 9h30 - 18h00 Shaeffler Portugal (Caldas da Rainha)

25 9h00 - 18h00 Escola Sup. Biotecnologia (Caldas da Rainha)

26 9h00 - 13h00 Escola Sec. Figueiró dos Vinhos

29 9h00 - 13h00 Salão Paroquial da Caranguejeira (Leiria)

Terças e sábados Cruz Vermelha de Leiria

O Mensageiro5.Novembro.2009 7SOCIEDADE

O presidente da Câmara Municipal da Batalha, Antó-nio Lucas, voltou a contes-tar o traçado do IC9 em car-ta enviada ao Ministério do Ambiente, ao secretário de Estado das Obras Públicas, à empresa Estradas de Por-tugal, à Agência Portuguesa do Ambiente e ao Provedor de Justiça.

Lembrando que “desde 1995 o traçado do IC9 tem sido alvo de diversos avan-ços e recuos, com análises díspares e desconexas”, o autarca refere que “a via em causa é estruturante para o desenvolvimento desta região, permitindo, entre outros aspectos, potenciar de forma mais sustentável o turismo pa-trimonial, permitindo ligar os Municípios de Alcobaça, Batalha e Tomar – todos eles com Património Mun-dial da Humanidade”, mas defende também que “a sua construção não pode ser considerada a qualquer

preço, atropelando o inte-resse de privados” e que “a opção defendida pelo Município da Batalha, para além de ser a mais econó-mica sob ponto de vista de construção, não implicava qualquer demolição de habitações”.

O facto é que a hipóte-se defendida pela autarquia batalhense foi recusada na Declaração de Impacte Am-biental publicada em Diário da República, optando por um outro corredor, “mais longo, mais caro e principal-mente com enormes impli-

cações junto dos moradores das localidades de Celeiro, Perulhal e Vale Freixo, com distâncias de implantação desta via que variam dos 4 aos 15 metros de várias ha-bitações, implicando mes-mo a demolição de várias habitações unifamiliares”, acusa o município.

Na referida carta, An-tónio Lucas exige que os responsáveis pela decisão respondam “por que ra-zão o nó proposto pelos serviços técnicos do mu-nicípio foi chumbado em detrimento da preservação

de uma centena de car-valhos de pequeno porte numa zona onde existem milhares”, bem como se “a estabilidade emocional de cerca de 20 famílias é menos importante do que uma centena de árvores de pequeno porte”.

Esta insistência no assunto, motivada pela mudança do elenco gover-nativo, pretendeu fazer chegar o assunto à nova Ministra do Ambiente, com a solicitação de uma nova análise sobre o nó chumba-do, para que se evitem “os impactos extremamente negativos que esta opção acarreta”. “Os erros não se corrigem com outros maio-res; assumir os erros e cor-rigi-los a tempo é sinal de inteligência e modernidade na gestão pública”, escreve António Lucas.

Um grupo de cidadãos da freguesia de Pousos vai levar a efeito uma assem-bleia popular, no próximo dia 7 de Novembro, a partir das 21h30, na Associação Recreativa Lugares Unidos, em Azabucho, tendo em vis-ta a sensibilização sobre os efeitos negativos das linhas de muito alta tensão que vão cruzar várias fregue-sias do concelho de Leiria: Barreira, Cortes, Pousos, Santa Eufémia, Marrazes, Boa Vista, Milagres, Bido-eira, Souto da Carpalhosa, Bajouca e Monte Redondo.

Entre esses efeitos, está “a emissão de cam-pos electromagnéticos susceptíveis de provocar e potenciar doenças graves

degenerativas, como Alzhei-mer, Leucemia, malforma-ções genéticas, atraso no desenvolvimento mental das crianças, indução de stress e perturbação geral no metabolismo humano”, bem como o impacto visual e “a destruição de manchas florestais protegidas, como a mata do Azabucho, inseri-das em zonas de protecção especial, que serão cortados numa faixa de cerca de 50 metros ao longo de todo o traçado”.

Segundo comunicado da organização, o principal objectivo é “criar uma re-presentação que, perante as autoridades e organismos, mostre a indignação dos ha-bitantes pelo facto de não

ter havido uma verdadeira discussão pública em tem-po útil”. Queixando-se de “só recentemente a popu-lação ter conhecimento das intenções da REN”, já com o traçado em construção, os promotores do evento afirmam “estranhar” que assunto tão importante tenha sido “escondido ou omitido dos comunicados oficiais de algumas Juntas de Freguesia envolvidas”.

Assim, a ordem de tra-balhos desta assembleia popular incluirá a análise de alguns troços daquele traçado, a exposição das características nefastas de uma linha deste tipo e de antecedentes já co-nhecidos nesta matéria,

bem como o debate aberto sobre o assunto, onde irão participar alguns dirigentes de associações nacionais de luta contra as linhas de alta tensão em zonas habitadas.

No final, serão elabora-dos dois abaixo-assinados, um de “indignação das pessoas por não ter havido na prática uma consulta pública”, a entregar ao Go-vernador Civil de Leiria, e outro “exigindo a alteração do traçado, de forma a afas-tar as linhas para mais de 200 metros dos edifícios”, a entregar à REN.

Contra os impactos em Celeiro, Vale Freixo e Perulhal

Batalha volta a contestar traçado do IC9

Pousos mobiliza-se

Assembleia popular contra alta tensão

Migu

el A.

Lope

s/Lusa

Estudo realizado na zona histórica de LeiriaResultados do inquérito realizado aos comerciantes

Horários pouco flexíveis e dificuldade de estaciona-mento constituem graves entraves ao desenvolvimen-to do comércio na zona histórica de Leiria. Esta foi a principal conclusão a que chegaram os formandos do curso EFA (Educação e Formação de Adultos) de Técni-cas Comerciais, que a NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria está a promover, no inquérito que realizaram aos comerciantes da zona histórica.

A realização deste inquérito foi uma das tarefas desenvolvidas no âmbito da actividade integradora (uma acção que permita dar a conhecer à comunidade local os conhecimentos apreendidos durante o curso) destes formandos. Os resultados foram apresentados no debate subordinado ao tema “Análise do Comércio na Zona Histórica de Leiria” que decorreu, no dia 23 de Outubro no auditório da NERLEI e que contou com a participação de cerca de 200 pessoas.

Para além da apresentação das conclusões do in-quérito por parte dos formandos, o debate contou com as intervenções de professor e historiador Vitorino Guerra e do presidente da ACILIS (Associação Comer-cial de Leiria, Batalha e Porto de Mós) Paulo Sousa. Na sua intervenção, Vitorino Guerra salientou que “os centros históricos sempre foram espaços polivalentes que conjugam várias actividades, várias faixas etárias de população residente e visitante e é assim que devem continuar pois só desse modo se conseguirão revitalizar de forma sustentada”.

Com esta actividade os formandos do curso – futu-ros Técnicos Comerciais – pretenderam dar a conhe-cer algumas dificuldades dos comerciantes e chamar a atenção para as entidades competentes no sentido da resolução desses problemas e da revitalização efectiva e coordenada da zona histórica de Leiria.

Comissão autoriza os Estados-Membros a auxiliarem agricultoresProdutores de leite apoiados

A Comissão Europeia chegou a acordo no dia 28 de Novembro para autorizar os Estados-Membros a conce-derem aos agricultores um auxílio estatal no montante máximo de 15.000 euros. Esta medida faz parte dos esforços que a Comissão tem vindo a desenvolver para estabilizar os rendimentos dos produtores leiteiros, mas está evidentemente aberta a agricultores em todos os sectores.

A decisão vem alterar o quadro temporário em tempo de crise adoptado pela Comissão em Janeiro de 2009, que já proporciona vá-rias possibilidades de auxílio destinadas a facilitar o acesso de explorações co-munitárias a financiamento. Com a decisão de hoje da Comissão o quadro temporário passa a incluir um auxílio separado, compatível e limitado no tempo no montante de 15.000 euros, aos agricultores. Este montante pode ser concedido numa só fracção por exploração até ao final de 2010. Os auxílios de minimis já recebidos desde o início de 2008 têm de ser deduzidos do montante em questão. Os regimes de auxílio criados ao abrigo deste novo instrumento terão de ser abertos a todos os produtores primários e terão de completar ou-tras medidas gerais de combate à crise já em vigor num Estado-Membro. A ideia de autorizar a concessão dum auxílio estatal aos agricultores no montante máximo de 15.000 euros fazia parte da Comunicação da Comissão sobre o sector do leite, de 22 de Julho de 2009.

“Autorizar as autoridades nacionais a concederem a agricultores um auxílio no montante máximo de 15.000 euros deverá contribuir para que alguns agricultores ultrapassem os graves problemas de tesouraria com que se têm vindo a deparar,” afirmou a Comissária da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Mariann Fischer Boel.

DR

ANO SACERDOTAL/IGREJA DIOCESANA8 O Mensageiro5.Novembro.2009

Na vida dos homens encontramos um Homem, o Homem Jesus Cristo, que trilhou os mesmos cami-nhos, que viveu a mesma realidade humana. Jesus brincava, sorria, trabalha-va, orava, comia… porque apesar de ser Filho de Deus (Heb 5,8) era verda-deiramente Homem. Este Deus vivo, presente e real em Jesus Cristo no meio dos homens é Caminho, a Verdade e Vida (Jo 14,6). É o Oceano Infinito onde a Igre-ja pode navegar, no barco da confiança, sem risco de se afundar. No Coração de Deus, todos encontramos seguro refúgio: Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos, e aliviar-vos-ei (Mt 11,28).

O convite é geral, é para todo mundo hodierno que procura, sem dar por isso, de modo consciente ou inconsciente o Absoluto, porque tem sede e fome do

Sagrado, do Infinito. Mas… muitas vezes procura-o de forma errada, não tendo em conta as palavras que o Se-nhor nos dirige através do Livro do Profeta Jeremias: Porque o Meu povo…aban-donou-Me, a Mim, fonte de águas vivas, para cavar cisternas, cisternas rotas… (Jer 2,13).

A vida e missão de Je-sus foi clara e Ele realizou-a inteiramente. A sua união com o Pai celeste, a sua vida e pregação atraíram multi-dões de fiéis sequiosos de Deus. Porque, afinal, sem o saberem, esses sentiam que nem só de pão vive o homem e, por isso, procu-ravam a Palavra que vem da boca de Deus. Contu-do, não se pode pregar a estômagos vazios… Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas sem pastor (Mc 6,34). Pe-rante esse espectáculo, os

Apóstolos queriam despe-dir a multidão mas Jesus ordenou-lhes: dai-lhes vós mesmos de comer (6,37). Este era o desejo do Senhor: alimentar o “rebanho” sem permitir a sua dispersão. Com a colaboração da boa vontade dos homens, os “insignificantes” cinco pães e dois peixes (Mc 6,38) Deus intervém com o Seu poder, mata a fome ao povo. Não exige que seja o mes-mo povo a servir-se, mas dá essa tarefa aos Apóstolos, entregando-lhes os pães e os peixes para que eles os distribuíssem (Mc 6,41) à multidão faminta.

Hoje, mais do que nun-ca, as multidões andam fa-mintas e Jesus continua a ordenar aos Seus Apóstolos, os Sacerdotes: Dai-lhes vós mesmos de comer (Mc 6,34). São pois os dedicados, gene-rosos e zelosos Sacerdotes, os Pastores, que cuidam e servem o Povo de Deus. A

sua missão é sublime. Eles procuram conhecer cada “ovelha ou cordeiro, cada um na sua singularidade para a todos cuidar, amar e ajudar. É-lhes pedido que de nenhuma necessidade se alheiam, nada lhes pas-se ao lado. A actuação do sacerdote é inteiramente realizada com Cristo. Com Cristo que proferiu aquela parábola: Um homem se-guia de Jerusalém para Je-ricó…os salteadores deixa-ram-no meio morto… um sacerdote descia e passou ao largo. Também um levita passou… Lc 10, 30-35

Atentos às necessidades de todos, o Sacerdote tem a honra de distribuir em abundância o que a graça e a Misericórdia lhe confiou, em riquezas inesgotáveis e está disponíveis para servir o Povo de Deus, do qual foi constituído Pastor, segundo o Coração de Cristo.

A missão do Padre é dinâmica, trabalhosa e também dolorosa. Assim sendo, todo o cristão deve ser ajuda para que ele exer-ça o seu sacerdócio o me-lhor possível, porque uma

função que não é exercida acaba por extinguir-se, uma vez que não é realizada.

Como é consolador ouvirmos as palavras de Jesus: Vinde, benditos de meu Pai… porque tive fome e deste-Me de comer… (Mt 25,34-35).

É necessário dar o pão material, mas muito mais importante é distribuir a “rodos” o pão espiritual, a Palavra de Deus. Esta Palavra que nunca cessa de actuar na nossa histó-ria presente. Só que Ela também nunca deixa de precisar do Ministério Sacerdotal. Os Sacerdotes são os representantes e os instrumentos escolhidos pelo próprio Cristo para serem os trabalhadores e anunciadores da Vida e Rei-no Divinos. Contudo, só a Palavra de Cristo, pela força e acção do Espírito Santo, pode actuar e converter os homens. Mas depende da própria palavra ministerial, que o Evangelho seja procla-mado a todas as criaturas, saciando a sua “fome “ de Infinito: Ide, pois, ensinai todas as nações, baptizan-

do-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 19).

Por isso, todos os que exercem o ministério sa-cerdotal esperam de nós, cristãos, a boa-vontade, a colaboração, a docilidade para realizarem com Cristo a sua missão de alimentar as multidões, como Jesus quis a colaboração dos discípulos. Os sacerdotes precisam da compreensão, amizade e ajuda respon-sável dos cristãos para enfrentarem e vencerem os embates da vida, e são tantos… Às pessoas es-pecialmente consagradas está reservada uma grande “dose” de responsabilidade nesta dinâmica de Igreja Universal.

Em espírito eclesial, e dada a necessidade da co-munhão do Povo de Deus com os seus Pastores, tam-bém nós, Irmãs claustrais de Monte Real, procuramos na adoração permanente, trazer ao Senhor Jesus pre-sente na Hóstia consagrada, as necessidades do Povo e os cuidados dos Pastores.

Irmãs Clarissas de Monte Real

Uma presença orante

“Dai-lhes vós de comer”

Faz saber quanto segue:O Cenáculo “Maria Estrela da Evangelização”,

com sede na Casa Giosa de Cerna, em Sant’Anna d’Alfredo, Verona, Itália, é uma associação pública de fiéis de direito diocesano, erecta pelo Administrador Apostólico da diocese de Verona, na Itália, em 25 de Março de 1998; tem estatutos aprovados definitivamente pelo bispo da referida diocese, em 25 de Março de 2005; neles se define como finalidade da associação “obedecer ao mandato do Senhor ‘ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a todas as criaturas”; para o cumprir usam os meios de comunicação social, nomeadamente Radiopace, Telepace e internet.

O fundador e moderador geral do dito Cenáculo, Padre Guido Todeschini, em 16 de Julho de 2009, requereu que o mesmo seja reconhecido e aprovado na diocese de Leiria-Fátima, onde já se encontra há 5 anos, fazendo transmissões televisivas a partir do Santuário de Fátima. O bispo de Verona, D. Giuseppe Zenti, que exerce sob o Cenáculo a autoridade canónica, em carta de 6 de Outubro, manifestou o seu acordo ao acolhimento e difusão da mesma Associação.

Assim, considerando tudo o que acima se mencionou e que o testemunho de vida e o trabalho evangelizador do dito Cenáculo, nomeadamente através da televisão, rádio e internet, é de interesse para esta Igreja Particular e especialmente para o Santuário de Fátima, para a difusão da mensagem de Nossa Senhora pelo mundo; e que as emissões de Telepace realizadas a partir de Fátima têm sido do agrado de muitos

fiéis e mesmo dos responsáveis do Santuário;Em conformidade com os cânones 312 e

313:a) - reconhece neste diocese de Leiria-Fátima o

Cenáculo “Maria estrela da Evangelização” como associação pública de fiéis e a sua missão de evangelizar em nome da Igreja, nomeadamente através da Telepace;

b) - confirma os seus Estatutos, na tradução em português que lhe foi apresentada;

c) - concede-lhe personalidade jurídica canónica;

d) – confirma como moderador local o Padre Cláudio Girlanda, nomeado pelo moderador geral.

O Cenáculo tem a sua sede em Fátima, na Avenida Beato Nuno, nº 84-A, 1º Dto.

A associação, na sua actuação nesta diocese de Leiria-Fátima, empenhar-se-á em manter viva a comunhão e colaboração com esta Igreja Particular, na diversidade e complementaridade dos seus serviços, movimentos e instituições. Assim, além das normas canónicas e dos próprios Estatutos, observará as orientações pastorais do Bispo diocesano e desenvolverá as acções apostólicas próprias com o seu conhecimento aprovação.

O responsável do Cenáculo nesta Diocese, depois de nomeado pelo Moderador Geral, deverá ser confirmado pelo Bispo diocesano.

Este decreto entra imediatamente em vigor.

Leiria, 21 de Outubro de 2009. † António Augusto dos Santos Marto

Bispo de Leiria-Fátima

DECRETO DE ERECÇÃO CANÓNICA DO CENÁCULO “MARIA ESTRELA DA EVANGELIZAÇÃO”

NA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMADOM ANTÓNIO AUGUSTO DOS SANTOS MARTO,

BISPO DE LEIRIA-FÁTIMA

Retratos de mim (VI)Zaqueu

O sol declinava no horizonte quando uma enorme multidão de gente se dirigia para a cidade. Enorme algazarra e gritaria se fazia ou-vir. Havia empurrões, agitação e correria louca. A multidão foi sempre assim, louca. À frente de toda aquele aparato seguia um jovem alto e sorridente. Abeirava-se das crianças e acariciava-as; tinha sempre uma palavra e um gesto amigo para com os que com ele cruzavam. Ia falan-do com os seus amigos mais próximos, que a todo o custo tentavam impedir que lhe tocassem.

Ali mesmo, onde eu tentava compreender o gesto daquele homem que subira para um sicómoro, parou e olhou para ele. Pensei que as-sociar-se a mim e aos que como eu fazíamos chacota daquele nosso amigo. Havia duas estradas que ali mesmo se cruzavam. O jovem parou e olhou para o alto da árvore. De repente todos se calaram como se alguém tivesse dado uma ordem de silêncio. E sem mais nem menos disse-lhe: “desce depressa, hoje preciso ficar em tua casa”.

Zaqueu, o nosso amigo, como louco lançou-se directamente para o chão, não dando importância à capa que se rasgara ao ficar presa num galho. E caiu estatelado na sua frente. Parecia uma criança embasbacada. Quase não ousava olhar o jovem. O sol escondia-se no fim da rua. Eu escondi-me por trás do muro de pedra que havia ali mesmo ao lado. Por entre as pedras espreitei o diálogo que travaram um com o outro. Não ouvi o que disseram, mas admirei os gestos: Zaqueu parecia um criado ao serviço do seu senhor. Aquele Zaqueu que eu me habituara a olhar de baixo para cima, deixava-se agora olhar de cima para baixo. Chorava e ao mesmo tempo parecia envergonhado de si mesmo. O jo-vem abraçou-o e de passo decidido encaminharam-se para a cidade.

Por entre a multidão fui escorregando até junto de Zaqueu. Per-guntei-lhe o que se passara. Apenas me disse que aquele encontro, aquele homem tinham transformado a sua vida. Segui-o na sua rota de colisão. Já junto ao jovem que entretanto estava rodeado de convivas que ouviam história de ovelhas perdidas e reencontradas, estanquei o passo. Não queria ser visto, mas queria ver.

Zaqueu, o meu grande companheiro e amigo Zaqueu, caiu de novo por terra e disse “vou repartir os meus bens e se lesei alguém vou dar-lhe duas vezes mais do que lhe tirei”. Eu estava estupefacto. Não queria acreditar. Conhecia a riqueza que ele tinha na sala interior e sabia o quanto ele a estimava, o quanto ela lhe custara. E agora parecia querer ver-se livre dela. Não me contive e gritei “Não!”.

Fez-se silencio de novo e o jovem sem me olhar, apenas de olhos fixos em Zaqueu, disse: “hoje entrou a salvação nesta casa”.

Padre Rui Ribeiro

9O Mensageiro5.Novembro.2009 IGREJA DIOCESANA

Breves

No passado dia 28 de Outubro faleceu o padre Luís Kondor, Vice-Postula-dor da cauda da Canoni-zação dos Pastorinhos de Fátima.

A celebração das exé-quias foi no dia 30 na Basílica do Santuário de Fátima.

O padre Luís Kondor nasceu a 22.6.1928 em Csi-kvánd, na Hungria. Entre 1934 e 1939 frequenta a escola primária na sua terra.

Em 1940 entra para o internato dos Padres Bene-ditinos, de Gyor; posterior-mente passa para o interna-to dos Padres Cistercienses, em Székesfehérvár.

Terminou o liceu em 1944, já depois da entrada dos russos na Hungria.

A 20.08.1946, com 18 anos de idade, entra na Congregação do Verbo Divino. Fez os primeiros votos a 8.09.1948 e come-çou os estudos de filosofia, ainda na Hungria.

Em Janeiro de 1949, por ordem do seu superior, fu-giu para a Áustria, primei-ro para Mödling e depois para Salzburg. Tendo sido também a Áustria invadida pelos russos, a 12.06.1950 refugiou-se, por ordem dos superiores, na Alemanha.

Foi ordenado presbítero a 28.08.1953, em St Augus-tin, na Alemanha.

Em 1954 foi enviado para Fátima, Portugal, onde chegou a 19 de Novembro desse ano.

Foi nomeado vice-pre-feito do Seminário da sua congregação, cargo que exerceu durante 4 anos, dedicando-se também à pastoral vocacional na zona Norte de Portugal.

Em 8.07.1956 encontrou a Irmã Lúcia pela primeira vez; foi o primeiro de nu-merosos encontros ao longo dos anos (posteriormente, como Vice-Postulador terá licença para a poder visi-tar).

Em 1960 acompanhou D. João Pereira Venâncio, Bispo de Leiria, numa via-

gem de dois meses a vários países europeus. Depois desta viagem, a pedido do Bispo, ficou a trabalhar a meio tempo com o Bispo e a meio tempo no Seminário do Verbo Divino.

No Natal de 1960 foi-lhe atribuído o cargo de Vice-Postulador dos Pasto-rinhos, lugar que ocupou até à sua morte.

Em 1963 começou a pu-blicar um boletim em sete línguas destinado a tornar conhecida a vida dos dois Pastorinhos e a relatar o andamento dos processos de beatificação. Para divul-gação da fama de santidade dos Pastorinhos, o Bispo da diocese confiou-lhe a edição do livro «Memórias da Irmã Lúcia», que fez traduzir em diversas línguas e enviou para todos os continentes, incluindo os países sob o regime comunista.

Durante muitos anos conseguiu enviar com êxito, embora de maneira oculta, não só literatura sobre Fátima, mas também imagens de Nossa Senhora de Fátima para diferentes lugares da cortina de ferro.

Dedicou-se a diversas obras: em 1956 a constru-ção do Monumento dos Va-linhos, em 1959 a imagem de Santo Estêvão que se en-contra na Basílica; de 1960 a 1965 colabora com D. João Pereira Venâncio na cons-trução do Seminário Dioce-

sano de Leiria, do Colégio S. Miguel e do Colégio da Marinha Grande; em 1964 a construção da Via Sacra e Capela do Calvário; de 1974-1997 colaborou na transfe-rência de ajudas financeiras da Weltkirche-Köln para dioceses, conventos, casas sacerdotais, paróquias e casas sociais em Portugal; de 1974-1997 colaborou com o Europäischer Hil-fsfound das Conferências Episcopais da Áustria, Ale-manha e da Suíça, no apoio a dioceses portuguesas; em 1979 a Construção da nova Casa Episcopal de Leiria; de 1975-1985 colaborou na construção dos novos Car-melos de Patacão (Faro), Bom Jesus (Braga) e São Bernardo (Aveiro).

Durante muitos anos, colaborou como interme-diário entre instituições da Igreja alemã e obras nas dioceses Portuguesas. Entre os muitos apoios que con-segue para a Igreja católica portuguesa, destaca-se: re-construção de várias igrejas nos Açores, após o grande sismo de 1.01.1980.

Em 2000, com o apoio do Cardeal Meisner de Colónia, conseguiu que o Papa João Paulo II venha a Fátima, em 13 de Maio de 2000 beatificar os Pastori-nhos, mesmo depois de já ter sido anunciada pu-blicamente a beatificação em Roma.

A 15 de Novembro de 2004 recebeu o processo canónico da cura milagro-sa atribuída aos beatos Francisco e Jacinta, que entregou em Roma, na Congregação para as Causas dos Santos.

Em Março de 2004, foi homenageado pela “Fun-dação Ajuda à Igreja que Sofre” comemorando os seus 50 anos de Padre e de presença em Portugal.

Em 18 de Janeiro de 2006 recebeu a insígnia da Ordem de Comendador, atribuída pelo Presidente da República Jorge Sam-paio.

Por ocasião da celebra-ção das bodas de ouro sacer-dotais diz o seguinte:

“Desde a minha infân-cia que desejo ser sacerdote. Os meus pais enviaram-me para um colégio rigoroso, para fazer de mim um ho-mem... Com 18 anos entrei na Congregação do Verbo Divino, para me tornar missionário. Para isso, tive que deixar a minha pátria, e com 25 anos fui ordena-do sacerdote. Desde então, passaram 50 anos. Se hoje olhar para trás e me recor-dar destes anos da minha vida, posso-vos assegurar que sou feliz na minha vocação, e testemunhar que vale a pena dedicar-se e entregar-se a Jesus Cristo, e trabalhar pela dilatação do Reino de Deus.

Como é visível do itine-rário da sua vida e obra, a divulgação da Mensagem de Fátima e a Igreja em Portugal muito devem à acção deste zeloso sacer-dote, que encomendamos à misericórdia divina.

O Bispo de Leiria-Fáti-ma, ao mesmo tempo que anuncia a morte do P. Luís Kondor, dá graças a Deus pelo dom que foi este sa-cerdote.

Padre Jorge Guarda, Vigário Geral

Faleceu o padre Luís Kondor

Uma vida dedicada à divulgação da Mensagem de Fátima

“Seminário: palavra que chama e envia”Semana dos Seminários

Nos dias 8 a 15 de No-vembro a Igreja celebrará, como acontece todos os anos, a Semana dos Seminá-rios, especialmente dedicada a promover nas Dioceses um apreço especial pelo Seminá-rio e pelo sacerdócio.

O nosso Seminário, neste momento, acolhe oito seminaristas no Ano Propedêutico, que precede o Seminário Maior. Contudo, apenas um alu-no é da Diocese de Leiria-Fátima, havendo mais quatro que se encontram no Seminário Maior, em Coimbra.

O Seminário, enquanto espaço de formação humano-cristã para futuros sacerdotes, tem adquirido nos últimos anos uma configuração diferente. O acompanhamento do crescimento vocacional dos jovens é hoje privilegiado por outras formas, como o Pré-Seminário. O Pré-Semi-nário é um espaço de acompanhamento dos jovens que manifestem uma especial abertura ao dom da vocação ao sacerdócio e que, vivendo em família, aqui vão ama-durecendo este seu chamamento e decisão.

Por outro lado, o nosso Seminário Diocesano está a passar por uma fase de transformação estrutural, com obras de fundo que o vão equipar com condições mais dignas para os seminaristas, e para quem necessitar daquele espaço para alojamento ou formação. Fazendo face às despesas inerentes a estas obras, a Diocese tem-se mobilizado de forma muito generosa.

Uma última palavra concretiza-se num pedido: vamos mobilizar as nossas orações para que os nossos jovens escutem o chamamento de Deus. Servir a Deus e à Igreja no Sacerdócio, enquanto resposta à vontade de Deus, é uma opção de vida que nos torna verdadeiramente felizes no caminho da vontade do Senhor, no serviço a Deus e a toda a humanidade de uma forma plena e que dificil-mente poderá ser conseguida noutra forma de vida.

Contamos com a colaboração de toda a Diocese, e com cada uma das paróquias e comunidades, para a constru-ção de um Seminário que chame e envie sacerdotes para a nossa Igreja Diocesana.

Padre André Batista

Eucaristia e Bíblia/A Palavra de DeusAcções de formação

A equipa Diocesana do Renovamento Carismático Católico (RCC) da Diocese de Leiria-Fátima promove duas Acções de Formação a realizar no Seminário Diocesano de Leiria.

A primeira Acção de Formação acontece no próximo dia 12 de Dezembro e terá como tema a Eucaristia. O orientador será o Revº. Padre Doutor Carlos Cabeci-nhas.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até ao dia 30 de Novembro.

A segunda Acção de Formação, a 23 de Janeiro, terá como tema Bíblia/A Palavra de Deus e será orientada pelo Revº. Padre Doutor Gonçalo Diniz.

As inscrições para esta segunda acção de formação são gratuitas e podem ser feitas até ao dia 10 de Janeiro.

As referidas Acções de Formação estão abertas a todas as pessoas em geral, pertencentes ou não ao Renovamen-to Carismático Católico.

Para realizar as inscrições contactar: Joaquim Mexia Alves, e-mail: [email protected], telemóvel: 962 108 509.

DR

OMENSAGEIRO.com.ptwww

ECLESIAL10 O Mensageiro5.Novembro.2009

Leituras |32º Domingo ComumANO B (08/11/09)

Antífona de Entrada: Salmo 87,3

Leitura I: 1 Reis 17, 10-16

Salmo Responsorial: Salmo 145 (146), 7.8-9a.9bc-10 (R. 1 ou Aleluia) Refrão: Ó minha alma, louva o Senhor. Repete-se Ou: Aleluia. Repete-se

Leitura II: Hebr 9, 24-28

Aclamação ao Evangelho: Mt 5, 3 Refrão: Aleluia. Repete-se Bem-aventurados os pobres em espírito,porque deles é o reino dos Céus. Refrão

Evangelho: Mc 12, 38-44«Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros» Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Acautelai-vos dos escribas, que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas praças, de ocu-par os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes. Devoram as casas das viúvas, com pretexto de fazerem longas rezas. Estes receberão uma sentença mais severa». Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante. Jesus chamou os discípu-los e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros. Eles deita-ram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofe-receu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver».Palavra da salvação.

Cânticos | 33º Domingo ComumANO B (15/11/09)

INÍCIOEu sou a salvação do meu povo - Lau 368A messe é grande - Lau 102

SALMO RESPONSORIALGuardai-me Senhor - Lau 421Guardai-me junto de Vós - Lau 420

APRESENTAÇÃO DOS DONSTomai, Senhor, e recebei - Lau 821Pobres e fracos que somos - Lau 63

COMUNHÃONão fostes vós que me escolhestes - Lau 512Se alguêm quiser segui-me - Lau 739

ACÇÃO DE GRAÇASVós me seduzistes Senhor - Lau 877Tudo posso - Lau 830

FINALCristo vence - Lau 255Ide por todo o mundo - Lau 435

Pe. Francisco [email protected]

AO SABOR DA PALAVRA

Escuta!32º Domingo do Tempo ComumSábado

19h00 – Sé19h30 – Franciscanos

Domingo08h30 – Espírito Santo09h00 – Franciscanos10h00 – Paulo VI10h00 – Franciscanos11h00 – S. Agostinho11h00 – Hospital11h45 – Cruz da Areia11h30 – Seminário11h30 – Sé18h30 – Sé19h30 – Franciscanos21h30 – Sª Encarnação

MISSAS DOMINICAIS

As formações surgem consoante as necessidades e a vontade que o povo mostra em aprender e evoluir em determinada área. Assim promovem-se formações na área de culinária, higiene e saúde, iniciação com crianças, for-mação para jovens (numa área mais social) e formação de catequistas, tesoureiros, secretários (numa vertente mais pastoral). Essas forma-ções são fundamentais para a melhoria das condições de vida que para nós são básicas, mas para eles, são essências, principalmente à sua saúde. Por exemplo, na culinária, que foi uma formação que tive a pos-sibilidade de acompanhar directamente, tentamos en-sinar as vantagens de variar a alimentação, utilizando os recursos e géneros que têm e que muitas vezes não con-somem por desconhecerem os benefícios dos mesmos e incentivamo-los a produzir outros de forma a obterem a referida variedade. Nesta zona em que a base da ali-mentação é o funge (farinha de milho cozida só em água) e em que o trabalho é duro,

é fundamental que se ensi-ne a melhorar a consciência alimentar e a fomentar me-lhores condições de vida e de saúde.

O trabalho é muito. Mui-to há para fazer e a equipa é pequena. Só para dar uma ideia, numa das visitas, fez-se a celebração de 160 bap-tismos! Muitas horas foram investidas nesta celebração com a preparação dos pais e

padrinhos, preenchimento dos boletins e a cerimónia em si. A nossa estadia no local da missão, é em casas com poucas condições de conforto, se comparadas com os nossos padrões por-tugueses. No entanto, todas as dificuldades que possa-mos sentir, são superadas e compensadas pelo calor da receptividade e a alegria com que as pessoas nos aco-

lhem. Ouvir os cânticos de boas vindas à chegada ou de despedida quando regressa-mos, sentir a espiritualida-de vivida nas celebrações eucarísticas, sentir o calor e a alegria das pessoas pela nossa presença, é qualquer coisa de grande que nos faz esquecer todas as dificulda-des e sentir que vale a pena amar deste jeito!

Angélica Filipe

Janela sobre a Missão

Uma Missão no coração…. do Gungo (II)

O mundo está compli-cado, as relações com as pessoas são complicadas porque há cada vez mais coisas às quais devemos estar atentas. Cada vez há mais leis, quando alguma coisa acontece cria-se logo uma lei para regulamentar isso. E porque cada vez há mais leis, há também mais tentações e possibilidades de fuga, o que acaba por le-var à desresponsabilização das pessoas, porque nada nasce de si, mas tudo apa-

rece imposto, e com tantas variações que é impossível ter tudo em conta.

Esse era também o gran-de problema do povo judeu. Tinham leis para tudo, o que tornava bastante com-plicado ao simples cidadão fazer tudo correctamente. Por isso é que os fariseus e os doutores da lei tinham tanta importância no meio do povo, como legítimos intérpretes da Lei.

Este domingo escuta-mos de uma dessas pesso-as, um escriba, que vai ter com Jesus para lhe pergun-tar qual é o mandamento mais importante, no meio da imensidades de normas e leis do Povo. Também nós gostaríamos que as leis fos-sem mais simples, que não existissem tantas dúvidas e possibilidades de interpre-tação, que as relações entre nós fossem mais claras.

Jesus responde de uma forma simples, invocando a famosa passagem que todos os judeus sabiam de cor, o excerto do Deuteronómio, no capítulo 6, versículo 4: “Escuta Israel. O Senhor teus Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus,

com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças.” Esta frase que todos os judeus diziam, quase automati-camente, era a síntese de todas as normas judaicas. É a fonte de toda a lei. Claro que Jesus acrescenta ainda outro aspecto: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Percebemos assim que Jesus não veio combater a lei judaica, mas veio dar-lhe outro sentido.

Este novo sentido da lei, esta nova Aliança foi realizada por ele mesmo no sacrifício da cruz, como nos diz a Carta aos Hebreus: Jesus é o sumo sacerdote eterno, porque, puro, san-to, inocente, sem mancha, separado dos pecadores, se ofereceu a ele mesmo em sacrifício, por esses mesmo pecadores.

Esta é que é a verda-deira lei: AMAR. O resto são interpretações mais ou menos fiéis, mais ou menos interesseiras, mais ou menos eficazes. Mas esta lei só é absoluta por-que é a própria essência de Deus, porque Ele próprio é amor. Por isso é que Ele foi

capaz de morrer na cruz por todos nós.

Para não se ficar longe do reino de Deus, basta, pois, amar Deus e o seu próximo. Foi o testemu-nho deixado por Jesus: o seu amor pelo Pai levava-o a retirar-se para o monte para rezar, a erguer os olhos para o céu antes de fazer mila-gres, mas ao mesmo tempo ia ao encontro dos doentes, dos excluídos, dos pecado-res, das multidões perdidas como ovelhas sem pastor. E depois, na cruz, vira-se para seu Pai, mas também para o ladrão crucificado ao seu lado, para Maria e João, para os verdugos que não sabiam o que faziam, dizia Ele.

PS – Também nós usa-mos muito o sinal da cruz, e rezamos muito o Glória. Temos consciência disso que dizemos ou fazemos todos os dias, ou fazemo- -lo de modo maquinal, sem pensar nesta comu-nhão trinitária do Pai, do Filho e do Espírito Santo, essência e fonte da lei do amor que queremos viver em cada dia?

DR

O Mensageiro5.Novembro.2009 11IGREJA EM PORTUGAL 11

BrevesFátima recebeu, nos

dias 30 e 31 de Outubro, o VI Fórum Nacional das Vocações que juntou mais de 250 participantes. Nas conclusões da iniciativa, enviadas à Agência Ecclesia, destaca-se a necessidade de adaptar a mensagem ecle-sial aos jovens de hoje.

Neste encontro esti-veram presentes Bispos, padres, religiosos, consagra-dos seculares e leigos, que reflectiram em conjunto sobre o tema proposto: “Ide e anunciai o Evangelho da Vocação”.

A mudança cultural é marcante na vida da so-ciedade, mas “a Igreja está atenta e consciente desta realidade” – disse D. Antó-nio Francisco Santos, Presi-dente da Comissão Episco-pal Vocações e Ministérios (CEVM), no encerramento do VI Fórum Nacional das Vocações.

“Os jovens são os gran-des protagonistas e inter-venientes nesta mudança” – realçou o prelado de Avei-ro. E acentua: “no campo da vocação, os jovens devem ser os primeiros a serem ouvidos e acolhidos”.

Para o padre Jorge Madu-reira, secretário da CEVM, os jovens “ouvem o Evange-

lho”, mas “é necessário aju-dá-los na descoberta deste chamamento da palavra”. Neste processo de auxílio, este padre da diocese do Porto reconhece que “não é uma questão de técnicas” mas “ajudá-los a encontra-rem-se e a olharem no mais fundo de si próprio”.

Pelo baptismo, os jovens são membros de pleno direito da Igreja. “São elementos essenciais e imprescindíveis” – escla-rece D. António Francisco Santos. Apesar deste papel que lhes é destinado, o presidente da Comissão Episcopal Vocações e Mi-nistérios reconhece que, “por vezes, eles não têm

o espaço e o tempo para serem escutados”.

Como “nunca está tudo feito, nem está tudo por fazer”, o bispo de Aveiro garante que “temos cons-ciência da realidade em que vivemos e do traba-lho imenso que tem sido feito”. Estabelecer com-plementaridade nas várias perspectivas pastorais “é uma riqueza”.

Apesar dos ruídos exis-tentes na sociedade, o Pe. Jorge Madureira acredita na força “da semente que há em cada jovem”. E acres-centa: “essa ficará sempre como uma provocação”.

No documento conclusi-vo é referido que “os jovens

de hoje transmitem-nos três mensagens: querem ser acolhidos e amados tal como são, denunciam que os excluímos e pomos em espera (de emprego, de casa, de família) e desejam que contemos com eles e os sintamos necessários”.

Os participantes con-vidam os responsáveis da Igreja Católica a “perder” tempo com os jovens, “co-nhecê-los, ouvi-los, crescer com eles, experimentar com eles”.

Com o aproximar da Semana dos Seminários (8 a 15 de Novembro), D. António Francisco Santos deixa um alerta sobre o mundo juvenil. “Os jovens terminam os cursos, aguar-dam o tempo de emprego e retardam a decisão para constituir um lar porque estão na expectativa da-quilo que chega tarde”. A sociedade “não está muito atenta, nem tem o ritmo cultural” que os jovens sentem. E esclarece: “os seminários reflectem esta realidade”.

Após o encerramento deste Fórum, o presidente da CEVM está “convencido que surgirá uma nova se-menteira vocacional”.

“Ide e anunciai o Evangelho da Vocação”

Fórum Nacional das Vocações

O Santuário de Fátima vai acolher mais uma edi-ção, a 22ª, do Encontro Na-cional da Pastoral da Saúde, uma iniciativa organizada pela Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, agendada para o Centro Pastoral Paulo VI, entre os próximos dias 30 de Novembro e 3 de Dezembro. A temática da edição deste ano procurará reflectir e sensibilizar sobre “Transplante de órgãos, do-ação para a vida”.

Na mensagem aos par-ticipantes deste Encontro, D. Carlos Moreira Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral So-cial, entende que a escolha deste tema representa o alargamento e a renovação “do olhar sobre problemas novos sempre a emergir”, nesta área da Saúde.

“É temática actualís-

sima conhecer as possi-bilidades científicas e a perspectiva cristã relativa aos caminhos abertos no domínio da doação e trans-plante de órgãos”, refere D. Carlos Azevedo que, no que respeita à perspectiva cris-tã, sublinha que “os cristãos não só não têm preconcei-tos religiosos condutores

a rejeitar a doação, como, pelo contrário, encontram no gesto de doação um novo caminho de carida-de, aberto pelas ciências médicas”.

Na nota de abertura publicada no programa im-presso deste XXII Encontro, Mons. Feytor Pinto, coorde-nador nacional da Pastoral da Saúde, também destaca que “a doação de um órgão é sempre acto de amor”.

“Há inúmeros doentes à espera de um órgão para receber um transplante que lhes restituía a saúde e a qualidade de vida que perderam. Todos podem in-tervir na colheita de sangue e na oferta de órgãos em vida ou depois da morte, participando na felicidade de muitas pessoas que, de outra forma, não iriam sobreviver”, refere.

Assente no objectivo geral “incentivar a doação de órgãos, mesmo em vida, como expressão máxima da caridade cristã” a Comissão Nacional da Pastoral da Saú-de entende que a edição deste ano do Encontro Na-cional tem como especiais destinatários os vários profissionais da área da Saúde, da Acção Social, da Formação e da Pastoral.

O prazo limite para ins-crição, junto da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, termina no dia 20 de Novembro de 2009.

Programa, documen-tação vária e contactos para esclarecimento de dúvidas ou para inscrição estão disponíveis em www.pastoraldasaude.pt.

Encontro Nacional da Pastoral da Saúde

Igreja sensibiliza para doação de órgãos

Um site “refrescado”Igreja bracarense “on-line”

A Arquidiocese de Braga reformulou a sua presença na Internet. “Sem perder a ligação ao anterior “site”, fez-se uma pequena intervenção a fim de o dotar de novos recursos”, informou a Igreja bracarense, em co-municado. Cúria “on-line” e multimédia são duas das novidades em www.diocese-braga.pt.

Com aquela ferramenta, a Arquidiocese passa a dis-por de uma plataforma de gestão dos processos adminis-trativos a partir de qualquer local, desde que haja acesso à Internet. Também foi criada uma galeria de vídeos e áudio, uma ferramenta que permitirá a transmissão em directo de alguns eventos diocesanos.

De resto, “as principais actividades da Diocese ganham agora um novo destaque através do uso de banners”, lê-se também no comunicado, adiantando que “as principais notícias são também apresentadas de um modo mais elegante e com recurso a uma ima-gem anexa”.

“O menu foi simplificado e reestruturado de acor-do com o novo estatuto da Cúria Diocesana “, refere o comunicado. “Sem romper com o anterior “layout”, procurou-se “refrescar” o “site”, tornando-o mais leve, elegante, dinâmico e interactivo. O uso da imagem e do vídeo adquiriu agora um papel de maior importância”, lê-se também no comunicado divulgado pelo padre Tiago Freitas, chefe de Gabinete do Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, que o nomeou para esta função em Julho passa-do, mês em que também foi ordenado sacerdote.

3º aniversário do CJPortal com “rosto” renovado

O portal “Cristo Jovem” (CJ) celebrou o seu terceiro aniversário no passado dia 26 de Outubro apresentado um rosto renovado.

“O novo Cristo Jovem será um portal no verdadeiro sentido da palavra, um conjunto de serviços e conteú-dos, completo e dinâmico, que dará um novo destaque a áreas do portal que até aqui desempenhavam um papel secundário”, referem os responsáveis por este espaço.

“A aposta na interactividade e na disponibilização de conteúdos multimédia sem sair do site foi também uma das nossas prioridades neste site, lançado em versão beta”, acrescentam.

“Você pode ser feliz”Vida Nova FM coopera com África

O início de Novembro assinala uma nova fase de actividade da “Vida Nova FM”, rádio local de Ansião, que extravasa o horizonte da sua (e)missão, na região centro do País, para poder estender à África Lusófona um programa que passa em antena três vezes por semana.

Trata-se do “Você pode ser feliz”, agora repensado para uma duração de 50 minutos, de modo a ser mais acessível às rádios africanas, prosseguindo a evangeli-zação de primeiro anúncio.

Vão emitir o programa as Rádios “Sol Mansi”, da Guiné-Bissau; “Nova”, de Cabo Verde; “Jubilar”, de São Tomé e Príncipe, e “Ecclesia”, de Angola. É um programa da Vida Nova FM, em parceria com a VOX – Associação Mundial das Rádios de Inspiração Cristã de Expressão Portuguesa, naturalmente com enorme divulgação, de-vido ao impacto das rádios aderentes.

“Estamos em crer que, após os ecos desta experiência inovadora e interpelativa, outras rádios irão aderir, mes-mo noutros Continentes”, refere o P. Armando Duarte, da VOX, em comunicado enviado à Agência Ecclesia.

DRDR

IGREJA NO MUNDO12 O Mensageiro5.Novembro.2009

Breves“Um laço entre a fé e a arte”Artistas no Vaticano

No próximo dia 5 de Novembro, quinta-feira, o presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, D. Gianfranco Ravasi, apresentará na Sala de Imprensa da Santa Sé o encontro de Bento XVI com o mundo da cultura.

O evento, programado para o próximo dia 21, pre-tende recordar o décimo aniversário da Carta de João Paulo II aos Artistas.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o arcebispo afirmou que o encontro pretende “retomar um laço que foi cria-do há 45 anos (…) por Paulo VI, com um memorável discurso, no qual pedia aos artistas que continuassem a adquirir do céu do espírito os seus tesouros, revestin-do-os de palavra, de cores, de formas, de acessibilidade, estabelecendo, desse modo, um laço entre fé e arte”.

Luta contra a pobreza e exclusão social Aposta da União Europeia

A Comissão Europeia reconhece que consequências da crise financeira e económica ainda não terminaram

A União Europeia dedicará o ano de 2010 à luta con-tra a pobreza e exclusão social, tentando responder ao facto de 17% da sua população não ter os meios neces-sários para satisfazer as necessidades mais básicas.

“A pobreza é normalmente associada aos países em vias de desenvolvimento nos quais a subnutrição, a fome e a falta de água limpa e potável são desafios quotidianos. Contudo, a Europa também é afectada pela pobreza e pela exclusão social, onde apesar de estes pro-blemas poderem não ser tão gritantes, são ainda assim inaceitáveis”, lê-se no site que apresenta as iniciativas do próximo Ano Europeu.

Em Portugal, o programa será baseado em quatro prioridades: contribuir para a redução da pobreza e pre-venir os riscos de exclusão através de acções concretas; aumentar a compreensão e a visibilidade do fenómeno da pobreza e da sua natureza pluridisciplinar; mobili-zar a sociedade para o esforço de erradicar a pobreza e as situações de exclusão; assumir que a pobreza é um problema de todos os países.

Respeito pelos direitos humanosIgreja critica classe política

Representantes da Pastoral de Direitos Humanos de vários países da América Central expressaram a sua preocupação com a “difícil situação” dos direitos hu-manos nas Honduras, causada pelas decisões da classe política, “que ignora o bem-estar, a vontade e o anseio de convivência pacífica da população”.

“Exigimos dos protagonistas políticos que garantam o total respeito pela vida, pela segurança e pela integri-dade pessoal dos nossos irmãos e irmãs nas Honduras, seguindo estritamente os padrões internacionais e respeitando os acordos e tratados multilaterais sobre direitos humanos assinados e ratificados pelo Estado hondurenho”, lê-se no texto conclusivo do encontro realizado a semana passada na cidade de Guatemala, capital do país com o mesmo nome.

Na declaração, os delegados da Costa Rica, El Sal-vador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Panamá e República Dominicana comprometeram-se a trabalhar para que os direitos humanos sejam o eixo prioritário da Pastoral Social, contribuindo para “manter a esperança de alcançar a justiça e o bem comum que os nossos povos clamam”.

O Papa tem muito presente a vinda a Por-tugal, em Maio próximo. Isso pôde testemunhar o Cón. António Rego, que em Roma participou na Assembleia Plenária do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais.

No último dia, os mem-bros desta Assembleia foram recebidos por Bento XVI. O Papa, ao trocar algu-mas impressões com o Cón. Rego, referiu, sorrindo, a

vinda a Fátima. “Eu vou a Fátima em Maio”, disse. “Vê-se que ele tem muito presente a vinda a Portu-gal”, afirmou o director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja à Agência Ecclesia.

Os membros da assem-bleia foram recebidos pelo Papa, que na sua alocução se referiu à “verdadeira re-volução” que acontece no âmbito das Comunicações Sociais, considerando que

as novas tecnologias colo-cam sérios desafios à Igreja Católica.

O Cón. António Rego foi uma das cerca de 40 pessoas de cinco continentes pre-sentes na assembleia plená-ria do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais, na qualidade de consultor daquele organismo.

Durante o encontro, que ocorreu entre 26 e 29 de Outubro, foi divulgada a acção da Igreja Católica na

televisão, Internet, cinema e rádio, incluindo uma re-ferência às produções que o Vaticano envia para a Mun-dovisão e à actividade da Rede Informática da Igreja na América Latina.

Os membros da assem-bleia analisaram e aper-feiçoaram o texto sobre a Igreja e as comunicações sociais, que será publicado em Junho do próximo ano.

“Eu vou a Fátima em Maio”

Bento XVI satisfeito por vir a Fátima

Santa Sé classificou como “especulações sem fundamento” as informa-ções colocadas a circular na imprensa italiana a respei-to de um suposto atraso na publicação da Constituição Apostólica de Bento XVI sobre os ordinariatos pes-soais para os anglicanos que queiram entrar na Igreja Católica.

O Cardeal William Le-vada, Prefeito da Congrega-ção para a Doutrina da Fé, explicou que o documento anunciado no passado dia 20 de Outubro deverá ser publicado em breve. O tra-balho da comissão técnica estará concluído até final desta semana.

Explicando esta re-

acção, o director da sala de imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, indicou que o atraso da Constituição Apostólica se deve a motivos “meramen-te técnicos”.

Em particular, foi nega-do qualquer recuo no que diz respeito à admissão de padres anglicanos casados. O documento cita a encícli-ca Sacerdotalis Caelibatus, de Paulo VI (1967), em que se admitia “o estudo das condições peculiares de sa-cerdotes casados, membros de Igrejas ou comunidades cristãs ainda separadas da comunhão católica, os quais desejando aderir à plenitu-de desta comunhão e nela exercer o sagrado minis-

tério, forem admitidos às funções sacerdotais”.

A propósito dos futuros seminaristas, foi conside-rado como “meramente hipotética” a possibilidade de haver casos em que se possa pedir dispensa da norma do celibato.

Segundo o teor da Cons-tituição Apostólica que o Papa irá publicar, a vigilân-cia e a condução pastoral para os grupos de fiéis que peçam a entrada na Igreja Católica será assegurada por um ordinário próprio - aquele que é colocado à frente da comunidade -, por norma nomeado de entre o clero até então anglicano.

Este modelo prevê a or-denação de clérigos casados

enquanto anglicanos como sacerdotes católicos. Por razões “históricas e ecumé-nicas”, estes padres casados não poderão ser ordenados Bispos.

Os ordinariatos pes-soais serão instituídos segundo as necessidades” com prévia consulta às Conferências Episcopais locais, e as suas estruturas serão de algum modo seme-lhantes às dos ordinariatos militares - uma “diocese” que não corresponde a li-mites territoriais, como é habitual na Igreja Católica, mas tem jurisdição sobre uma comunidade especí-fica distribuída por vários territórios.

Papa prepara novo documento

Constituição Apostólica sobre anglicanos

Um marco no caminho rumo à unidade dos cris-tãos celebrou-se no dia 31 de Outubro, em Augsbur-go, na Alemanha, o 10.º aniversário da Declaração conjunta da Igreja Católica e da Federação Luterana Mundial sobre a Doutrina da Justificação.

O evento contou com a participação do presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, D. Walter Kasper.

“Deus é unidade e quer a unidade”, “quer uma só Igreja como instrumento e sinal da unidade da huma-nidade”, afirmou o cardeal

responsável por aquele Organismo do Vaticano. “A separação das nossas Igrejas” é “um contra-teste-munho do Evangelho”, “um escândalo”, acrescentou.

Na alocução que profe-riu na oração de Vésperas, D. Walter Kasper destacou o papel do movimento ecu-ménico, que, afirmou, “não é obra do espírito do libera-lismo e do indiferentismo”, mas é “impulso do Espírito de Jesus Cristo, do Espírito Santo”. Por isso, “devemos permanecer fiéis à opção ecuménica; não há alterna-tivas”, observou.

Ao evocar a Declaração,

assinada em Augsburgo, o cardeal contestou as “crí-ticas (…) acerca de uma aparente estagnação no ecumenismo”, “que em termos hipócritas ressaltam somente o que ainda não se alcançou, esquecendo o que nos últimos anos foi conquistado”, afirmando que essas análises mani-festam uma “ingratidão nua e crua”.

D. Walter Kasper lem-brou as palavras pronun-ciadas durante a assinatu-ra do acordo: “Damo-nos as mãos e agora não mais as deixaremos, nunca mais nos separemos”.

Por outro lado, o res-ponsável sublinhou que é preciso “sermos realistas” e conscientes de que “o ca-minho para reunir o povo de Deus ainda não acabou”, e de que no percurso exis-tem, por vezes, também obstáculos.

Durante a sua inter-venção, o cardeal desejou que “o ecumenismo seja, em primeiro lugar (…) da oração”, o que implica a comum meditação orante da Bíblia.

Com Rádio Vaticano

Igreja Católica e Federação Luterana Mundial

«Nunca mais nos separaremos»

13OPINIÃOO Mensageiro5.Novembro.2009

Pe. Jorge GuardaVigário Geral da Diocese

NO CORAÇÃO DA IGREJA

Comunidade de santos e pecadores

OPINIÃO

Em vias de extinção*

João César das NevesEconomista

Todos os anos, no dia 1 de Novembro, a Igreja celebra “os méritos de to-dos os santos” numa única solenidade. Deste modo faz memória da sua parte mais brilhante, daqueles que corresponderam e viveram de modo admirá-vel as graças divinas, uma “nuvem de testemunhas”, “a assembleia dos primogé-nitos inscritos nos céus, ... os espíritos dos justos que atingiram a perfeição” (Hb 12, 23).

Os santos de todos os tempos são o rosto belo da Igreja: neles se reflecte Cristo como num espelho. Diz S. João Maria Vianey: “Os santos são como muitos espelhos em que Jesus Cristo se contempla.

Nos seus apóstolos, Jesus contempla o seu zelo e o seu ardor pela salvação das almas; nos mártires, contempla a sua paciência, os seus sofrimentos e a sua morte dolorosa; nos seus eremitas, ele vê a sua vida ignorada e escondida; nas virgens, admira a sua pure-za sem mancha e, em todos os santos, a sua caridade sem limites, de modo que, admirando as virtudes dos santos, não fazemos outra coisa que admirar as virtu-des de Cristo. Os santos não começaram todos bem, mas acabaram todos bem”.

“Os santos não come-çaram todos bem...”. Na verdade, a Igreja tem tam-bém muitos pecadores no seu seio. Podemos até dizer que ela é a comunidade de santos pecadores e de pe-cadores que se tornaram santos. Santos pecadores somos todos nós, cristãos que pelo baptismo fomos santificados e continua-mente o somos pela presen-ça e acção do Espírito Santo em nós, que não cessa de nos tornar semelhantes a Cristo derramando inces-santemente uma chuva de graças divinas mediante a Palavra de Deus, os sacra-mentos, o testemunho dos outros fiéis e muitos mais meios. Pecadores porque, humanos e deste mundo, somos igualmente frágeis e fracos, resistindo e opondo-nos aos dons e aos apelos divinos. Quando porém correspondemos fielmen-

te e nos deixamos conduzir docilmente pelo Espírito de Deus, Ele torna-nos naquilo que já somos mas não es-tava ainda desenvolvido. Então, “acabamos bem”, realizamos na nossa vida com perfeição a semelhan-ça de Deus, de quem somos filhos.

A Igreja está ligada a Cristo. Ele quer continuar-se nela e torná-la sua men-sageira, sinal, testemunha e instrumento para comu-nicar aos homens de todos os tempos o amor de Deus por eles. Mas, reconhece o II Concílio do Vaticano, “enquanto Cristo, ‘santo, inocente, imaculado’, não conheceu o pecado, mas veio apenas expiar os pecados do povo, a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simulta-neamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação” (LG 8). Se nos doem e en-tristecem os pecados na Igreja a ponto de nos de-sanimarem e porventura sentirmos vergonha de lhe pertencermos, por outro lado, deverão alegrar-nos os numerosos testemunhos de santidade. Uma e outra componente são a Igreja no seu mistério humano e divino. É esta Igreja assim que Cristo ama e na qual se comunica aos homens.

Estas duas partes inse-paráveis da Igreja são-nos úteis para nós e para os homens. A santidade, para

nos sentirmos atraídos e estimulados por tão admi-ráveis testemunhas, por tal beleza que irradia os mara-vilhosos dons de Deus aos homens. Na parte pecado-ra, podemos descobrir que também nós temos lugar na Igreja, que ela pode ser a nossa família, pois pela sua porta todos podem entrar, ninguém que aceite o convite com humildade e confiança é excluído. Também os pecadores têm lugar nesta família. Como Cristo acolheu todos, assim o faz a Igreja, com bondade, misericórdia e generosidade. Jesus a todos chama à Igreja. Nela revela o chamamento universal à santidade e concede os dons necessários para que todos alcancem essa meta. Se nem todos começam bem, todos podem acabar bem. É assim a Igreja como família que Cristo nos dá e que devemos amar. Amar a Igreja é amar-nos tam-bém a nós mesmos, com as nossas virtudes e os nossos defeitos, a graça da santidade e o peso dos pe-cados, que nos humilham e nos convidam à mudança e à perseverança correspon-dência à graça divina que nos permite tornarmo-nos santos e assim acabarmos bem. Só Deus nos pode converter de pecadores em santos, como testemunham muitos dos que chegaram à glória do Céu.

Instituto Euro-AmericanoDe: Investigação, diagnóstico e tratamento clínico

de doenças nervosas e mentais

CONSULTAS DE NEUROPSIQUIATRIAP/ Comparência ou Marcações - Tels. 244 811857 / 244 812441

Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, 79 - 1º - F2400 LEIRIA

DR. FERREIRA DO VALE(MÉDICO ESPECIALISTA)

CEDILETelefone 244 850 690

Telefone +351244850690 / Fax 244850698Largo Cândido dos Reis, Nº 11 / 12 • 2400-112 LEIRIA

ECOGRAFIA / DOPPLER / ECOCARDIOGRAFIA

TAC / MAMOGRAFIA / RX / OSTEODENSITOMETRIA

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ARTICULAR

PUB

F. Costa PereiraMédico Especialista

Doenças da boca e dentesRua João de Deus, 25- 1º Dt. - LEIRIA

CONSULTAS COM HORA MARCADA2ª, 4ª e 5ª: 11h-13h e 15h-19h, 3ª: 10h-13h e 15h-19h, Sábados: 9h30-15h

Tel. 244 832406

Oferece-seSenhora, responsável e com experiência, para tomar conta de crianças, ao domicilio, e/ou para trabalhos do-mésticos (12 horas/semana), na zona de Leiria.

Interessados devem contactar O MensageiroTel.: 244 821 100 | Email: [email protected]

Há poucos dias, um diário de referência anunciava gra-vemente: “Casamentos católicos caem 62% em apenas uma década” (DN/8 Out.). O texto comentava dados do recente Anuário Católico de Portugal publicado pela Conferência Episcopal. O artigo enganou--se nas contas, porque a queda, sem dúvida acentuada, foi bastante inferior: 46,7% no País e 58,6% no Patriarcado de Lisboa. Além disso parece não se dar conta de que compara realidades incongruentes.

A forte mudança na estrutura demográfica nestes dez anos recomenda muitas cautelas na interpretação de tais taxas. Uma olhadela às tendências de fundo basta para reforçar es-ses cuidados. Segundo o INE, a percentagem de casamentos católicos desce paulatinamente há 50 anos. Mas nos finais da década de 1990 acelerou subitamente, passando de 67% do total em 1998 para menos de 48% em 2007. Quem lida com fenómenos demográficos sabe que movimentos brus-cos destes não se devem à evolução normal, mas a choques específicos.

Há vários suspeitos óbvios. Não só o total de casamentos se reduziu fortemente, caindo para metade de 1977 a 2007 e 30% desde 1997, mas nesse período entraram em Portugal mais de 220 mil imigrantes. Como são em geral jovens, ca-sadoiros e vêm de países não católicos, isso justifica grande parte do fenómeno.

Infelizmente o texto não evita a tentação de avançar uma explicação, e caiu na mais simples e enganadora: “A menor religiosidade das pessoas.” Isto contraria os resultados da Sociologia da Religião, que apontam precisamente a tendência oposta. As pessoas não estão a diminuir a sua religiosidade, mesmo quando reduzem a adesão a cultos formais. Aliás o próprio artigo se dá conta de algo estranho, ao afirmar: “Curiosamente, noutros marcos importantes da vida religiosa dos crentes, como baptismo, primeira comunhão ou crisma (confirmação do baptismo), a descida não é tão acentuada.” Isto só é curioso para quem não entende o que está a acontecer e, mais uma vez, não nota que o número de nascimentos não é comparável. O número de baptizados em Portugal é estável há 25 anos, caindo a percentagem por causa dos imigrantes.

O que é mesmo curioso é ninguém ter relacionado a notícia citada com outro artigo próximo: “Natalidade volta a diminuir nos primeiros nove meses deste ano” (Público, 14/Out.). Essas estatísticas vêm do “teste do pezinho” e o especialista citado prevê que “em 2009 o número de nados-vivos não chegue sequer aos cem mil”. Diz--se “assustado” com isto, mas deve ser o único. Entre os responsáveis ninguém parece perturbado com a dinâmica, que é, sem dúvida, das mais determinantes para o nosso futuro.

Portugal, que desde 2007 tem mais mortes que nascimen-tos, regista hoje uma taxa de fertilidade bastante inferior à baixa média europeia, em clara decadência demográfica. Se mais uma vez descontarmos os filhos de imigrantes, vemos que estamos num dos níveis de natalidade mais baixos do mundo. Os portugueses são actualmente uma raça em vias de extinção.

Perante isto, a atitude das autoridades roça a incompe-tência criminosa. O Governo, que no Programa de 2005 nem sequer citava a evolução demográfica, seguiu nestes quatro anos uma linha política bem clara, de agravamento da situa-ção. Financiando abortos, facilitando divórcios e fomentando o casamento de homossexuais, pode dizer-se que a política é um importante factor na promoção da desgraça. Ela é o suspeito que falta.

Que se podia ter feito para enfrentar a questão? Em tema tão básico e pessoal, como envolver os ministros? Todos os nossos parceiros europeus, embora em situações bastante menos graves, há décadas que ensaiam estratégias. Há já larga experiência e vasto conjunto de resultados, sucessos e fiascos, onde se pode aprender. Claro que esses países, coitados, não puderam gozar da maravilhosa “modernidade” que o eng. Sócrates nos preparou.

O futuro, sofrendo as terríveis consequências, abominará a cegueira e irresponsabilidade dos que abandonam a realida-de para se embalar em ideologias antifamília. Sem famílias sólidas, tudo se extingue.

* In DN (26/10/09

INSTITUCIONAL14 O Mensageiro5.Novembro.2009

Fundador José Ferreira Lacerda Director Rui Ribeiro (TE416) Redacção Luís Miguel Ferraz (CP5023), Pedro Jerónimo (CP7104), Joaquim Santos (CP7731), Ana Vala (TP558). Paginação O Mensageiro Colaboradores Ambrósio Ferreira, Américo Oliveira, Ângela Duarte, Carlos Alberto Vieira, Carlos Cabecinhas (Pe.), José Casimiro An-tunes, Fran cis co Pereira (Pe.), D. João Alves, João Matias, Joaquim J. Ruivo, Jorge Guarda (Pe.), José António C. Santos, Júlia Moniz, Maria de Fátima Sismeiro, Orlando Fernandes, Paulo Adriano Santos, Pedro Miguel Viva (Pe.), Saúl António Gomes, Sérgio Carvalho, Verónica Ferreirinho, Vítor Mira (Pe.). Administração / Publicidade Pedro Viva (Pe.). Propriedade/Sede (Editor) Seminário Diocesano de Leiria - Largo Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA - Reitor: Armindo Janeiro (Pe.) Contribuinte 500 845 719 Contactos Tel.: 244 821 100/1 - Fax: 244 821 102 - Email: [email protected] - Web: www.omensageiro.com.pt Impressão e Expedição CORAZE - Oliveira de Azeméis - Tel: 256 600 580 / Fax: 256 600 589 - E-mail: grafi [email protected] Depósito Legal 2906831/09

Registo no ICS N.º 100494Semanário - Sai à 5ª FeiraTiragem média - 3.000

JOGOS | Nº 44/2009 (Confirme em www.jogossantacasa.pt)

Euromilhões: 9, 33, 35, 38, 40 + 2, 6Totoloto: 6, 8, 9, 19, 33, 45 + 21Loto2: 11, 13, 15, 16, 30, 41 + 24 Joker: 2 7 6 6 1 9 1Totobola: X21 12X 2XX 21X2

FÁRMÁCIAS DE SERVIÇOCentral (dia 5), Higiene (dia 6), Lino (dia 7), Oliveira (dia 8), Sanches (dia 9), Avenida (dia 10) e Central (dia 11)

TELEFONES ÚTEISBombeiros Municipais - 244 832 122 | Bomb. Vol. Leiria (Ger.) - 244 882 015 | Bomb. Vol. Leiria (Urg.) - 244 881 120 | Bomb. Volunt. Batalha - 244 765 411 | Bomb. Volunt. P. Mós - 244 491 115 | Bomb. Volunt. Juncal - 244 470 115 | Bomb. Volunt Ourém - 249 540 500 | Bomb. V. M.te Redondo - 244 685 800 | Bomb. Volunt. Ortigosa - 244 613 700 | Bomb. Volunt. Maceira - 244 777 100 | Bomb. Vol. Marinha - 244 575 112 | Bom. Volunt. Vieira - 244 699 080 | Bom. Voltun. Pombal - 236 212 122 | Brigada de Trânsito - 244 832 473 | Câmara M. de Leiria - 244 839 500 | Câmara Eclesiástica - 244 832 539 | CENEL (Avarias) - 800 246 246 | C. Saúde A. Sampaio - 244 817 820 | C. Saúde Gorjão Henriques - 244

816 400 | C. P. (Est. de Leiria) - 244 882 027 | Cruz Vermelha - Leiria - 244 823 725 | Farmácia Avenida - 244 833 168 | Farmácia Baptista - 244 832 320 | Farmácia Central - 244 817 980 | Farmácia Coelho - 244 832 432 | Farmácia Higiene - 244 833 140 | Farmácia Lino - 244 832 465 | Farmácia Oliveira - 244 822 757 | Farmácia Sanches - 244 892 500 | Governo Civil - 244 830 900 | Guarda N. Republicana - 244 824 300 | Hospital de S.to André - 244 817 000 | Hospital S. Francisco - 244 819 300 | Polícia Judiciária - 244 815 202 | Polícia S. Pública - 244 859 859 | Polidiagnóstico - 244 828 455 | Rádio Táxis - 244 815 900 | Rádio Alerta - 244 882 247 | Rodoviária do Tejo - 244 811 507 | Teatro JLS (Cinema) - 244 823 600

Preço avulso - 0,80 euros

Tabela de Assinaturas para 2009 Destino Normal BenfeitorNacional 20 euros 40 eurosEuropa 30 euros 60 eurosResto do Mundo 40 euros

Tribunal Judicial de Leiria5º Juízo Cível2ª Publicação

ANÚNCIOProcesso: 2833/07.8TBLRADespejo (Sumário)N/Referência: 4920559Data: 15-10-2009Autor: Luis Gaspar dos Santos e outro(s)…Réu: Pedro Ezequiel dos Santos Lourenço e outro(s)…Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data

da segunda e última publicação do anúncio, citando o Réu: Pedro Ezequiel dos Santos Lourenço, NIF – 229614558, com último domicílio conhecido na Travessa Olho do Pinhal, Nº 81, Chãs, Regueira de Pontes, 2416-166 LEIRIA para no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação importa a confissão dos factos articulados pelo(s) autor(s), podendo no mesmo prazo deduzir em reconvenção o seu direito a indemnização e/ou benfeitorias, e que em substância o pedido consiste em declarar-se resolvido o contrato de arrendamento celebrado entre autores e primeiro réu, e este condenado a despejar imediatamente o imóvel arrendado, deixando-o livro e desocupado, e ainda a condenarem-se os réus, solidariamente, a pagar aos autores as rendas relativas aos meses de Outubro/2006 ao de Abril/2007, inclusivé, no montante de 2.160,00�, e as vincendas até efectivo despejo, custas e procuradoria, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.

Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial.Passei o presente e mais dois de igual teor para serem afixados.O Juiz de Direito, (Dr(a). João Manuel P. Cordeiro Brazão)A Escrivã-auxiliar, (Graça do Pinhal)

O MENSAGEIRO • Edição 4782 • 05/11/09

ANÚNCIOTribunal Judicial da Marinha Grande – 2º Juízo

2ª PublicaçãoProcesso:253/06.0TBMGRExecução para pagamento da quantia certa sob a forma comumExequentes(s): António Manuel Afonso VeigaExecutado(s): Rito&Gomes, Lda., José Manuel Pereira dos Santos Rito, Maria

da Graça Ferreira Gomes Rito.Olga Santos, Solicitadora de Execução, cédula 3631, com escritório na Av. Vítor

Gallo, nº81, 1º Dto. – 2430-202 Marinha Grande, faz saber que nos Autos acima indicados, se encontra designado o dia 16/11/2009, pelas 13.30 horas, no Tribunal Judicial da Marinha Grande, para a abertura de propostas em carta fechada, que sejam entregues até esse momento na secretaria desse Tribunal, pelo(s) interessado(s) na compra do seguinte bem:

Imóvel – Verba ÚnicaPrédio Rústico, composto por vinha com uma oliveira, 538m2, confronta a

Norte, caminho público, Sul, José Matias, Nascente, António Fernandes, Poente, Agostinho Ventura, sito nas Matas, freguesia de Maceira, Concelho de Leiria, com o artigo de matriz n.º8284 – Maceira, e descrito na 2ª Conservatória do Registo Predial de Leiria com a descrição n.º2709 da Freguesia de Maceira.

Valor Base: 5.000,00 euros.Em relação às propostas, não serão aceites aquelas que forem de valor inferior

a 70% do valor base do bem em causa:3.500,00 euros (5.000,00 euros x 70%).Das propostas a apresentar, deverão as proponentes juntar à sua proposta,

como caução, um cheque visado, à ordem do Solicitador de Execução, ou, na sua falta, da secretaria, no montante correspondente a 20% do valor base do bem ou garantia bancária no mesmo valor (nº1 do art. 897º do CPC).

Executados:Rito&Gomes, Lda., NIF 505763273, residente na Rua 7, Lote 3, Bairro da

Cimpor, Maceira Liz.José Manuel Pereira dos Santos Rito, casado, NIF 185144810, residente na Rua

7, Lote 3, Bairro da Cimpor, Maceira Liz.Maria da Graça Ferreira Gomes Rito, casada, NIF 187702292, residente na Rua

7, Lote 3, Bairro da Cimpor, Maceira Liz.Fiel Depositário:O Executado supra mencionados, nos termos do art. 839º, nº 1, al. a) do

CPC.Não foram reclamados créditos no âmbito da presente execução.Não se encontra pendente oposição à execução.A Solicitadora de Execução, (Olga Santos)

O MENSAGEIRO • Edição 4782 • 05/11/09

Telemóvel: 917 511 889

Telefone: 244 828 450 Fax: 244 828 580Rua Machado Santos, n.º 33 2410-128 LEIRIA

Telefones: BARREIROS (sede): 244 840 677

JUNCAL: 244 470 610 Fernando - 919 890 630

Jorge Carvalho Sofi aMédico Especialista de OtorrinolaringologiaCONSULTAS • CIRURGIAS • EXAMES DE AUDIÇÃO

VIDEONISTAGMOGRAFIA • POSTURAGRAFIAAPNEIA DO SONO

Rua Dª Maria da Graça Lúcio da Silva, 9 - 1º Esqº - LEIRIAMarcações pelos telefones

244 822970 • 239 827 089 • 932 442 274

Leiria Av. Marquês de Pombal, Lote nº 2 Tel.: 244 830 460 Fátima Rotunda Sul - Ed. AzinheiraMarinha Grande Rua das Portas Verdes, 58Ourém Av. Nuno Álvares Pereira

LABETO, S.A.

CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIAA cargo do Notário Pedro Tavares

Certifico, para fins de publicação, que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas nº 181 – A, folhas cento e trinta e seis a folhas cento e trinta e oito se encontra exarada uma Escritura de Justificação Notarial no dia trinta de Outubro de 2009.

Outorgada por Ramiro Manuel da Silva Santos e mulher Belisa Maria Gaspar Brites Santos, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, naturais ele de Monte Redondo, Leiria e ela de Leiria, residentes na Rua da Arroteia, 45, Amor, Leiria, nif 147 434 610 e 189 066 393. Na qual disseram:

Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de metade indivisa do prédio rústico composto por terra de semeadura, com a área de cento e oitenta metros quadrados, sito em Brejos, na freguesia de Amor, concelho de Leiria, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria sob o número mil novecentos e sete, sem qualquer inscrição de aquisição desta quota-parte, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo 5.389 com o valor patrimonial tributário correspondente de 11,06�, metade a que atribuem o valor de cento e cinquenta euros;

Que a restante metade indivisa está registada a favor da sociedade sua representada pela apresentação trinta e quatro de dez de Janeiro de dois mil e cinco;

Que o referido direito foi por eles adquirido por compra meramente verbal por eles feita cerca do ano de mil novecentos e oitenta e oito a Manuel Duarte Gaspar e mulher Maria de Carvalho, residentes em Várzea, Marinha Grande.

Que, assim vêm possuindo o referido prédio, na indicada proporção, como seu, já mais de vinte anos, como comproprietários e na convicção de o serem, cultivando-o e colhendo os seus frutos, pagando as respectivas contribuições e impostos, posse que vêm exercendo ininterrupta e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífico, continuo, público e de boa fé, pelo que adquiriram por usucapião a propriedade sobre a metade indivisa do aludido prédio;

Que dada a forma de aquisição originária não têm documentos que a comprovem.

Que para suprir tal título, eles primeiros outorgantes, vêm pela presente escritura prestar estas declarações de justificação com o fim de obter no registo predial a primeira inscrição de aquisição da metade indivisa.

Vai conforme ao original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada.

Leiria trinta de Outubro de dois mil e nove.A Funcionária, (Assinatura ilegível)

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHANotária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas setenta e seis a folhas setenta e sete, do Livro Cento e Cinquenta e Quatro – B, deste Cartório.

Joaquim Manuel de Sousa Pereira, NIF 139 946 608 e mulher Idalina Vieira Ferreira Pereira, NIF 175 961 123, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia e concelho da Batalha, ela natural da freguesia de Azóia, concelho de Leiria, onde residem na Rua da Redonda, nº 51, no lugar de Vale Gracioso, declaram que com exclusão de outrém são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terra de semeadura, com a área de mil quatrocentos e oitenta e um metros quadrados, sito na Rua da Redonda – Vale Gracioso, freguesia de Azóia, concelho de Leiria, a confrontar de norte com Carlos Dinis dos Santos, de sul com A.M.Matos – Sociedade de Investimentos Imobiliários Lda, de nascente com Rua da Redonda e de poente com José Meneses Monteiro e outro, não descrito na Primeira Conservatória do Registo Predial de Leiria, e inscrito na matriz predial rústica, em nome de justificante marido, sob o artigo 1.943, com o valor patrimonial de �700,00.

Que adquiriram o referido prédio, no ano de mil novecentos e oitenta e três, por doação verbal de Jaime Ferreira Faustino e mulher Maria da Luz Filipe Pequeno, pais da mulher, residentes no referido lugar de Vale Gracioso, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo.

Quem em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o se inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, nele fazendo benfeitorias, conservação e defesa da propriedade; pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o identificado prédio por usucapião.

Batalha, trinta de Outubro de dois mil e nove.A funcionária com delegação de poderes, (Assinatura ilegível)

CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIADa Drª Maria Lucília Ferreira Antunes Martins, sito na Avª. Marquês de

Pombal, lote 12 –H, Galerias de S. José.CERTIFICO que por escritura de 28 de Outubro de 2009, iniciada a folhas 79

do livro de notas 161 –A, deste Cartório.Vítor Manuel Vieira Frazão e mulher Maria da Luz Mirante Cordeiro Gonçalves

Frazão, casados em comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Cortes, concelho de Leiria, nesta residentes na Estrada principal, nº 78, NIF 169 798 569 e 132 667 673.

Justificaram a posse do seguinte bem:Prédio rústico sito em Mourões, freguesa de Cortes, concelho de Leiria,

composto de terra com oliveiras e vinha, coma área de mil novecentos e setenta e três, virgula noventa e cinco metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com Joaquim António Frazão, do sul com estrada e do poente com caminho, inscrito na respectiva matriz, em nome do justificante, sob o artigo 4.526, com o valor patrimonial de IMT e atribuído de trezentos e dez euros, não descrito na Primeira Conservatória do Registo Predial de Leiria.

Que o imóvel identificado, veio à posse dos justificantes por volta do ano de mil novecentos e setenta e seis por doação verbal de Joaquim António Frazão e mulher Maria Luísa Vieira Lopes, residentes que foram em Mourões, Cortes, Leiria, doação esta feita aos dois ainda no estado de solteiros, sendo impossível deles obter título por falecimento deles. Que, assim, não têm eles, primeiros outorgantes, título formal de aquisição do mencionado imóvel. Certo é, porém, e do conhecimento geral que o vêm possuindo desde há mais de vinte anos sem interrupção, ostensivamente e sem oposição de ninguém, na convicção, que sempre tem sido também a das outras pessoas, de serem eles os seus verdadeiros donos.

Na verdade, têm sido eles e mais ninguém, que durante todo aquele tempo têm desfrutado o referido imóvel, pago impostos por ele devidos e têm praticado nele os actos normais de conservação e defesa da propriedade.

Que, assim, e na falta de melhor título, adquiriram o identificado imóvel por usucapião, que aqui invocam por não lhes ser possível provar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Vai conforme o original na parte transcrita não havendo na parte omitida nada que altere, modifique ou restrinja a parte transcrita.

Leiria, 28 de Outubro de 2009A Colaboradora, (Assinatura ilegível)

CARTÓRIO NOTARAIAL DE LEIRIADa Drª Maria Lucília Ferreira Antunes Martins, sito na Avª. Marquês de

Pombal, lote 12 –H, Galerias de S. José.CERTIFICO que por escritura de 3 de Novembro de 2009, iniciada a folhas

120 do livro de notas 161 –A, deste Cartório.Laurinda de Jesus Lisboa da Bernarda casada com Joaquim Cordeiro da

Bernarda, em comunhão de adquiridos, natural da freguesia de Milagres, concelho de Leiria, residente na Travessa da Bernarda, nº 910, Penedo, dita freguesia de Souto Carpalhosa, NIF 198 429 657.

Justificou a posse do seguinte bem:Dois terços do PRÉDIO RÚSTICO, sito em Tubareira, freguesia de Milagres,

concelho de Leiria, composto de terra de semeadura, com a área de quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com caminho público, do sul com Joaquim Gomes, nascente e poente com Abílio Fernandes Lisboa, inscrito na respectiva matriz, em nome do antepossuidor sob o artigo 8840, com o valor patrimonial de IMT correspondente de 138,23 �, e atribuído de duzentos euros, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria sob o número quatro mil novecentos e noventa e sete/Milagres, aí registada a aquisição de um terço a favor da justificante e sem qualquer inscrição de aquisição da fracção justificada.

Que o referido bem veio à primeira outorgante mulher no ano de mil novecentos e oitenta e dois por doação verbal de Luís Fernandes Lisboa Júnior e mulher Rosalina de Jesus, residente em Insua Milagres, Leiria, Milagres, Leiria, há portanto mais de vinte anos, não reduzida a escrito, sendo impossível fazer a escritura por impossibilidade dos doadores e desde essa data que o vem possuindo em nome próprio, sem interrupção ostensivamente e sem oposição de ninguém, na convicção, que sempre tem sido também a das outras pessoas, de ser ela a única dona.

Que durante este período foi ela que desfrutou o dito bem, pagou os impostos por ele devidos e tem praticado nele os actos normais de conservação e defesa da propriedade.

Que assim e na falta de melhor título, adquiriu o aludido bem por usucapião, que aqui invoca por não lhe ser possível provar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Vai conforme o original na parte transcrita não havendo na parte omitida nada que altere, modifique ou restrinja a parte transcrita.

Leiria, 3 de Novembro de 2009A Colaboradora, (Assinatura ilegível)

15DESPORTOO Mensageiro5.Novembro.2009

liga sagres

I LIGAliga vitalis

II LIGA

Equipa J V E D Pts1.º Gil Vicente 8 4 2 2 142.º Feirense 8 4 2 2 143.º Portimonense 8 4 2 2 144.º Santa Clara 8 3 4 1 135.º Beira-Mar 8 4 1 3 136.º D. Aves 8 2 5 1 117.º Oliveirense 8 3 2 3 118.º Penafiel 8 2 4 2 109.º Sp. Covilhã 8 3 1 4 1010.º Fátima 8 2 3 3 911.º Freamunde 8 2 3 3 912.º Varzim 8 2 3 3 913.º Carregado 8 2 3 3 914.º Estoril 8 1 5 2 815.º Trofense 8 2 2 4 816.º D. Chaves 8 1 4 3 7

Equipa J V E D Pts1.º Sp. Braga 9 8 1 0 252.º Benfica 9 7 1 1 223.º Porto 9 6 2 1 204.º Rio Ave 9 3 5 1 145.º Nacional 9 4 2 3 146.º U. Leiria 9 3 4 2 137.º Sporting 9 3 4 2 138.º Marítimo 9 3 3 3 129.º Naval 9 3 1 5 1010.º Beleneneses 9 1 5 3 811.º Leixões 9 2 2 5 812.º P. Ferreira 9 1 4 4 713.º V. Guimarães 9 1 4 4 714.º V. Setúbal 9 2 1 6 715.º Olhanense 9 1 4 4 716.º Académica 9 1 3 5 6

9.ª Jornada (08.11) D. Aves x Feirense, Fátima x Sp. Covilhã, Gil Vicente x Estoril, Penafiel x Oliveirense, Santa Clara x D. Chaves, Freamunde x Beira-Mar, Trofense x Varzim, Carregado x Portimonense

9.ª Jornada (01.11) Sp. Braga x Benfica (2-0), Académica x V. Guimarães (2-0), Sporting x Marítimo (1-1), Olhanense x Rio Ave (0-1), Porto x Belenenses (1-1), Naval x Leixões (1-0), Nacional x V. Setúbal (2-1), P. Ferreira x U. Leiria (0-1)

8.ª Jornada (01.11) Portimonense x Santa Clara (0-0), Feirense x Gil Vicente (0-1), Oliveirense x Carregado (3-0), Varzim x Beira-Mar (1-1), Estoril x Trofense (1-1), D. Chaves x Freamunde (1-1), Fátima x Penafiel (2-2), Sp. Covilhã x D. Aves (1-2)

9.ª Jornada (08.11) V. Guimarães x Sp. Braga (07.11), V. Setúbal x Olhanense (07.11), Benfica x Naval (09.11), U. Leiria x Académica, Leixões x Nacional, Beleneneses x P. Ferreira (06.11), Marítimo x Porto, Rio Ave x Sporting

Equipa J V E D Pts1.º Sourense 6 4 2 0 142.º Anadia 6 4 1 1 133.º F. Algodres 6 4 0 2 124.º Gândara 6 2 3 1 95.º Sp. Pombal 6 2 2 2 86.º B.C. Branco 6 2 2 2 87.º Mangualde 6 2 2 2 88.º Tocha 6 2 1 3 79.º Penamacorense 6 1 4 1 710.º V. Mocidade 6 1 2 3 511.º Nelas 6 0 3 3 312.º Alcains 6 0 2 4 2

6.ª Jornada (01.11) Sp. Pombal x Penamacorense (1-1), Gândara x Sourense (0-1), F. Algodres x B.C. Branco (1-2), Nelas x V. Mocidade (1-1), Alcains x Tocha (0-3), Mangualde x Anadia (0-2)

7.ª Jornada (08.11) Sp. Pombal x Gândara, Sourense x F. Algodres, B.C. Branco x Nelas, V. Mocidade x Alcains, Tocha x Mangualde, Penamacorense x Anadia

Equipa J V E D Pts1.º Casa Pia 6 4 2 0 142.º Tojal 6 4 0 2 123.º 1.º Dezembro 6 3 2 1 114.º Alcochetense 6 3 1 2 105.º Torreense 6 3 1 2 106.º Sintrense 6 3 1 2 107.º Peniche 6 2 2 2 88.º Caldas 6 2 1 3 79.º Portomosense 6 1 3 2 610.º Oeiras 6 1 2 3 511.º Ol. Moscavide 6 1 1 4 412.º Gavionenses 6 1 0 5 3

6.ª Jornada (01.11) Alcochetense x Peniche (3-0), Casa Pia x Sintrense (0-0), Caldas x Portomosense (2-2), Ol. Moscavide x Oeiras (1-0), Gavionenses x Tojal (0-1), 1.º Dezembro x Torreense (3-3)

7.ª Jornada (08.11) Alcochetense x Casa Pia, Sintrense x Caldas, Portomosense x Ol. Moscavide, Oeiras x Gavionenses, Tojal x 1.º Dezembro, Peniche x Torreense

zonacentro

Equipa J V E D Pts1.º Tourizense 6 4 1 1 132.º Mafra 6 4 1 1 133.º Marinhense 6 3 2 1 114.º Praiense 6 3 2 1 115.º Tondela 5 3 1 1 106.º Monsanto 6 3 1 2 107.º U. Serra 6 2 2 2 88.º Esmoriz 6 2 2 2 89.º Pampilhosa 6 2 2 2 810.º Arouca 6 2 2 2 811.º Sertanense 6 2 1 3 712.º Operário 6 2 1 3 713.º Eléctrico 6 1 2 3 514.º V. Pico 5 1 1 3 415.º Ol. Bairro 6 1 1 4 416.º Ac. Viseu 6 1 0 5 3

6.ª Jornada (01.11) Pampilhosa x Ol. Bairro (2-1), Monsanto x Ac. Viseu (1-0), Praiense x Marinhense (1-0), Arouca x Tourizense (0-3), Operário x U. Serra (0-2), Mafra x Esmoriz (1-0), Sertanense x Eléctrico (1-0), Tondela x V. Pico (adiado)

7.ª Jornada (08.11) Pampilhosa x Monsanto, Ac. Viseu x Praiense, Marinhense x Arouca, Tourizense x Operário, U. Serra x Mafra, Esmoriz x Sertanense, Eléctrico x Tondela, Ol. Bairro x V. Pico

fed. portuguesa futebol

II DIVISÃO

série Dfed. portuguesa futebol

III DIVISÃO série E6.ª Jornada (01.11) Outeirense x Fig. Vinhos (4-0), Guiense x Bombarralense (0-2), Pedroguense x Meirinhas (2-1), Pilado x Alq. Serra (1-2), Gaeirense x Alcobaça (2-2), Marrazes x Pataiense (0-1), Beneditense x Nazarenos (2-3), Valcovense x Ansião (3-1)

ass. futebol de leiria

HONRA

7.ª Jornada (08.11) Outeirense x Guiense, Bombarralense x Pedroguense, Meirinhas x Pilado, Alq. Serra x Gaeirense, Alcobaça x Marrazes, Pataiense x Beneditense, Nazarenos x Valcovense, Fig. Vinhos x Ansião

Equipa J V E D Pts1.º Bombarralense 6 6 0 0 182.º Valcovense 6 4 2 0 143.º Alq. Serra 6 4 0 2 124.º Pataiense 6 4 0 2 125.º Alcobaça 6 3 2 1 116.º Guiense 6 3 1 2 107.º Gaeirense 6 2 3 1 98.º Pedroguense 6 3 0 3 99.º Meirinhas 6 2 1 3 710.º Beneditense 6 2 1 3 711.º Nazarenos 6 2 1 3 712.º Outeirense 6 2 0 4 613.º Ansião 6 1 3 2 614.º Marrazes 6 0 3 3 315.º Fig. Vinhos 6 0 2 4 216.º Pilado 6 0 1 5 1

Salto para a história

João de Barros nos 1/8 final da Taça Challenge

Pedro

Jerón

imo

Mick Fenning o melhor em Peniche

Surfista australiano ficou mais próximo do título mundialDR/Aqruiv

o

O australiano Mick Fenning e a ha-vaiana Coco Ho foram os vencedores da penúltima etapa do Rip Curl Pro Search, uma das provas mais importantes do cir-cuito mundial, que passou por Peniche, de 19 a 20 de Outubro.

Quanto aos portugueses, Tiago Pires – 33.º classificado em Peniche e 23.º da ge-ral – ficou pelo caminho, logo na primeira eliminatória, frente ao norte-americano

Nathaniel Curran. O mesmo sucedeu com David Luís, frente ao australiano Kai Otton.

Segue-se a última prova do calendário, decisiva para a atribuição do título mun-dial, de 8 a 20 de Dezembro, em Banzai Pipeline, Havai, para a qual Mick Fenning (7140 pontos) parte no comando, seguido do seu compatriota Joel Parkinson (6772), que foi 3.º classificado em Peniche.

Segunda prova superada. A equipa feminina do Colégio João de Barros (CJB) venceu as duas mãos da 3.ª eliminatória da Taça Challenge, frente à equipa Zito Prilep, da Macedónia, e tornou-se na primeira equipa portuguesa a consegui-lo, na referida competição. Depois de ter conseguido negociar a realização dos dois jogos em Pombal, evitando, assim, uma despesa de cerca de 27 mil euros, com des-locações e estada, o clube das Meirinhas, Pombal, venceu no campo e entrou para a história do andebol português, graças a duas vitórias (24-18 e 27-19).

“Era um objectivo desde o início da época”, começou por comentar o treina-dor da equipa do CJB, Paulo Félix, consi-derando que a equipa adversária “não era forte, mas também não era fraca.” “É um feito histórico para o clube”, sublinhou o treinador, que não pode contar com duas atletas preponderantes na estratégia da equipa, Eduarda Pinheiro e Marlene Barata, afastadas da competição, devido a lesões.

Quem se seguirá? “Quanto melhor a equipa, melhor”, referiu o Paulo Félix, que não perspectiva uma presença do CJB nos 1/4 de final. “Não esperamos passar”, confidenciou.

Para além da equipa portuguesa, tam-bém a francesa E.S. Besancon Feminin e a islandesa Fram, seguiram em frente. As restantes cinco só serão conhecidas a 8 de Novembro, data em que fica concluída a 3.ª eliminatória. O sorteio dos 1/8 final será a 10 de Novembro, enquanto que os jogos estão previstos para o mês de Fevereiro de 2010.

Realidade(s) de uma aventura europeia Participar em provas intenacionais

é sempre prestigiante para os clubes e para os respectivos paises. Porém, falar de andebol é fazê-lo relativamente a uma modalidade amadora, que vive muito do voluntariado dos agentes desportivos e nem sempre com os apoios financeiros mais desejáveis. É o que tem sucedido, também, na Taça Challenge.

Realizar dois jogos em Pombal foi um prémio para o CJB, não só do ponto de vista desportivo, como financeiro, atendendo que “era a solução menos dispendiosa para ambas as equipas”, referiu Paulo Félix, que mesmo sendo treinador, “não estou alheio à realidade do clube.” Já quanto ao clube adversário, a forma encontrada para conter despesas foi deslocar-se a Portugal de autocarro, num percurso de cerca de 3500 quilóme-tros, durante cinco dias, em que três das noites foram passadas no próprio meio de transporte. Era a solução possivel.

Relativamente aos 1/8 final, Paulo Fé-lix espera que o sorteio dite um clube que implique a menor despesa possível. Para tal, “vamos tentar negociar”, na tentativa que se repitam dois jogos em casa. Por outro lado, também “estamos disponíveis para jogar as duas mãos fora”.

Recorde-se que o orçamento previsto para todas as equipas de andebol do CJB, para 2009/10, ronda os 45 mil euros, con-forme avançou ao nosso jornal, na edição de 8 de Outubro, o director da instituição, Valter Branco.

Pedro Jeró[email protected]

Ténis | LeiriaTaça CITL Jr.Decorrem, até 5 de No-vembro, as inscrições para a prova que o Centro Internacional de Ténis de Leiria vai realizar, nos dias 7 e 8, e destinada aos es-calões de Sub-12 e Sub-16. Mais informações no sitio www.citl.pt ou através do email [email protected].

Triatlo | AlcobaçaEquipa do AnoA selecção nacional de Sub-23 – campeã da Euro-pa –, da qual fez parte João Silva (na foto), natural da Benedita, Alcobaça, foi eleita “Equipa do Ano”, prémio atribuído, após votação, no decorrer da Gala da Confederação do Desporto de Por-tugal, que decorreu no dia 29 de Outubro.

Futebol | LeiriaTaça de PortugalAvizinha-se complicado o futuro das três equipas da região na Taça de Portugal, cujo sorteio da 4.ª elimina-tória ditou três jogos fora. Nacional (I Liga) x Fátima (II Liga), Freamunde (II Liga) x U. Leiria (I Liga) e D. Chaves (II Liga) x U. Serra (II Divisão), são os jogos, agendados para o dia 22 de Novembro.

Taça da LigaEntretanto, Fátima e U. Leiria reali-zaram o primeiro de dois jogos na 1.ª fase de grupos da Taça da Liga, que determinou – respectivamente – o afastamento da primeira e deixou a passagem à fase seguinte em aberto, para a segunda. Trofense x Fátima (3-0) e Santa Clara x U. Leiria (1-2) foram os resultados. Seguem-se os jogos Fá-tima x Marítimo, dia 11 de Novembro, e U. Leiria x Naval, dia 18.

5NOVEMBRO2009ÚLTIMA Vocação é diferente de talento.Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir.

Clarice Lispector, escritora brasileira (1920-1977)

Aproxima-se a Semana dos Seminários, este ano sob o tema: Seminário, palavra que chama e envia. É mais uma oportunidade para que todas as comunida-des assumam como sua esta causa primeira e bem maior da nossa Diocese.

De facto, desde que nos foi confiada esta missão, procurámos, numa primeira fase, promover, a diversos ní-veis e no contexto do Projecto Pastoral Diocesano, a reflexão sobre o lugar e a missão desta Instituição, no actual contex-to social e eclesial, e colher daí as indicações necessárias para estruturar linhas de acção.

Numa segunda fase, enquanto se programavam as obras no edifício do Se-minário, começámos a dar corpo ao Pré-Seminário, nos encontros do primeiro sába-do de cada mês, contando, para o efeito, com a preciosa colaboração de muitos pá-rocos e outros sacerdotes, catequistas e animadores, famílias e até dos próprios pré-seminaristas.

Numa terceira fase, por-que o número e a diferença de idades assim o aconse-lhavam, foram criados dois grupos, diferenciando ritmos e propostas. Durante o ano passado, com a chegada de alguns jovens, vindos do en-sino superior ou da vida pro-fissional, pareceu oportuno criar um terceiro grupo.

Assim, este ano, para o acompanhamento vocacional dos que se interrogam sobre

o sacerdócio ministerial, oferecemos três propostas: uma para os mais novos, do 6º ao 8º ano de escolaridade, com 20 inscritos; outra para os alunos do 9º ao 12º, com 24 inscritos; e outra para jo-vens do ensino superior, ou já empregados, que vai come-çar com 4 elementos.

O trabalho feito e a fazer inspira-se na certeza de que Deus continua a chamar e que, no coração dos jovens, não falta a generosidade necessária para Lhe respon-der positivamente. Seguros desta amorosa iniciativa de Deus Pai a favor de cada um dos seus filhos, impor-ta trabalhar sempre e cada vez melhor, para que todos possam chegar a conhecer o projecto divino a seu respei-to, pois ele é promessa de um futuro feliz!

No presente ano, temos um aluno a frequentar o Ano Propedêutico, quatro a frequentar o Seminário Maior e um a fazer o Estágio Pastoral.

Na Quinta-feira, dia 12 de Novembro, das 21h15 às 22h15, haverá na igreja do Seminário uma Vigília de Oração pelas vocações sacerdotais.

Relação dos donativos entregues em Julho e Agosto para as obras do Seminário: Artur Ribeiro Carvalho: 1.000,00�; Auto Poças Oure-ense, Lda: 100,00�; Francisco Figueiredo: 150.00�; P. Bene-venuto Vieira Oliveira Dias: 50,00�; Belmira Lourenço Sousa: 250,00�; Anónimo,

Casal do Relvas: 50,00�; Virgí-lio Pereira, Chã da Laranjeira: 10,00�; Anónimo: 250,00�; um membro do Presbitério: 2.500,00�; Anónimo: 10,00�; Luís Duque da Silva, Mira de Aire: 1.000,00�; Anónimo: 90,00�; Iniciativa de um grupo da Legião de Maria: 50,00�; Maria Adelaide Ferrei-ra dos Santos Viva: 100,00�; Gonçalo José Pereira Bilreiro: 100,00�; Iniciativa de um gru-po da Sagrada Família, Arri-mal: 250,00�; Dona Julinha, Leiria: 250,00�; Anónima: 100,00�; Antigo Aluno do Se-minário: 100,00�; P. Manuel Sousa Antunes: 300,00�; Ra-miro ferreira Pedrosa: 5,00�; Maria de Lurdes Gomes dos Santos, Amor: 50,00�; Cónego Rosa: 10.000,00�; Anónimo: 1.500,00�; Auro-ra Joaquim Ribeiro, Lar São Francisco: 100,00�; Anónimo, Serro Ventoso: 500,00�; Ini-ciativa da Comunidade Cris-tã da Cabeça Veado: 90,02�; Francisco Mirante Ferreira: 50,00�; Iniciativa do 7º Ano da Catequese do Alqueidão da Serra: 72,00�; Farmácia Nandino Nogueira: 250,00�; Iniciativa dos Antigos Alunos do Seminário: 1.890,00�; Ma-nuel David Faustino: 50,00�; Nuno Rafael Biscain: 50,00�; Maria Rosa Brites: 200,00�. Total: 21.517,02�.

Juntando estes aos donativos referidos no mês de Setembro (236.073,99�.), atingimos em finais de Agosto a importância de 257.591,01�. O nosso bem-haja a todos os benfeitores.

Padre Armindo Janeiro

Éramos vinte e um e, sob a orien-tação espiritual do Padre Dr. Armindo Janeiro, fomos em peregrinação a Mal-ta e Roma, entre 16 e 22 de Outubro, com o Jornal “O Mensageiro”, tentando refazer alguns dos passos de S. Paulo, na sua última viagem. Mais ou menos expectantes à partida, cada um à sua maneira, viemos todos seguramente muito mais ricos, sob muitos pontos de vista.

Será bom lembrar que esta última viagem de S. Paulo teve um cariz di-ferente das outras três que efectuou – anunciando incansavelmente, contra todas as oposições e adversidades, o Evangelho de Cristo e fundando e (re)visitando comunidades cristãs – e foi também diversa da que ele tinha intenção de fazer a Roma, como refere no início da sua “Carta aos Romanos” (Rm 1, 9-15). É que entre o seu desejo e o seu propósito de ir conhecer a co-munidade de cristãos de Roma e lhes anunciar o Evangelho, impunha-se- -lhe uma outra viagem, para entregar o produto de uma colecta feita noutras comunidades a favor dos pobres que havia “entre os santos de Jerusalém” (Rm 15,26). Nesta cidade, perseguido pelos judeus e vendo-se em perigo de vida, faz valer a sua condição de cida-dão romano, apelando a César. Depois de um período de cativeiro em Cesa-reia, acaba, assim, por ir até Roma na condição de prisioneiro, numa difícil viagem de barco em que enfrenta os maiores perigos.

Quanto a nós, peregrinos do século XXI, com pouco dos caminheiros de outrora e de hoje e nada de veleja-dores, valemo-nos naturalmente dos mais rápidos e modernos meios de transporte que, aliás, satisfaziam melhor o nosso propósito: encontrar São Paulo nos locais por onde passou e onde viveu, tentando penetrar no tempo e no espaço que foram os do Apóstolo. E se tivemos a nossa quota parte de turistas, nunca perdemos de vista aquele objectivo.

Assim, no primeiro dia, de acordo com o programa estabelecido, estáva-mos já em Malta – “escala” de São Pau-lo a caminho de Roma, primeiro centro da nossa peregrinação – ainda que aí tivéssemos chegado por meios e em circunstâncias muito diferentes e nos separassem vinte séculos de História. Quanto à chegada, os nossos passos divergiram muito dos de S. Paulo e, graças a Deus, não poderemos dizer como S. Lucas nos Actos dos Apósto-los: “Depois de salvos é que soubemos que a ilha se chamava Malta” (Act 28, 1). Para S. Paulo, S. Lucas e todos os restantes passageiros do barco em que viajavam, era a salvação depois de duas semanas à deriva no mar e de um naufrágio que havia de acabar naquela ilha onde “chegaram todos a terra sãos e salvos.”(Act 27, 14-44). Precisamente porque ali chegaram e ali permanece-

ram três meses, dando origem a mais uma comunidade cristã, é que nós está-vamos também ali. E se não evocámos logo à chegada estes factos (estaríamos no momento mais preocupados com coisas tão terrenas como alojamento e alimentação), fomo-lo fazendo nos momentos e locais próprios, de acor-do com um plano previamente traçado, para o qual foi elaborado e distribuído a todos, à partida, um Guião Litúrgico.

Era já outro dia, 17 de Outubro, e partimos logo cedo à descoberta de Malta e do Apóstolo, num percurso que nos levou a La Valletta, Rabat e Mdi-na. De tudo o que vimos e ouvimos, do que o nosso guia, a Natureza e as realizações humanas nos disseram, será impossível dar uma imagem ca-bal. Mas creio poder dizer que todos vivemos momentos de verdadeiro deslumbramento, enriquecimento cultural, emoção e aprofundamento espiritual. Bastará lembrar a vista geral do interior da Catedral de S. João (dos Cavaleiros da Ordem de S. João de Jerusalém), duma riqueza artística indefinível, nos tectos, paredes, e no próprio chão com as suas belíssimas 375 pedras tumulares. E no meio de um tão extraordinário espectáculo de arte, foi-nos grato sentir a presença portuguesa através dos mausoléus de Manoel de Vilhena e de Manoel Pinto, dois Grão-Mestres daquela Ordem Re-ligiosa e Militar muito respeitados no seu tempo. Do primeiro haveríamos ainda de encontrar outras marcas.

Fomos também tomando conhe-cimento de alguns aspectos mais significativos da História de Malta, verdadeira encruzilhada de culturas onde a cristandade latina se impôs, tornando-se um traço da identidade do povo maltês, cuja prova tangível é o grande número de igrejas, património arquitectural único. A própria Catedral de Mdina, de que vimos só o exterior, terá sido erigida no local onde, segun-do a tradição, ficava o palácio de Públio, o “Primeiro da ilha” que acolheu Paulo na sua chegada a Malta (Act 28,7).

Mas o ponto alto do dia vivemo-lo em Rabat, com a visita à Igreja de S. Paulo e a celebração da Eucaristia num subterrâneo que terá servido de prisão ao Apóstolo. Pessoalmente senti-me a recuar dois mil anos e a repetir os gestos essenciais que o próprio Paulo ali teria executado, na fracção do pão pela comunidade cristã que ali conse-guiu constituir. Era “fazer memória” voltando às origens, sem deixar de a viver no século XXI. Ali encontrámos verdadeiramente S. Paulo.

A nossa visão do cristianismo na época romana completar-se-ia com a vi-sita às catacumbas de S. Paulo, extenso complexo de cemitérios subterrâneos, mais uma incursão aos primórdios da cristandade.

E foi o segundo dia.Celme Pedreiro

Crónica de Víagem - 1

Nos passos de S. Paulo - Malta e Roma

Semana dos Seminários...

Ocupemo-nos do essencial!

Donativos e informaçõesSeminário Diocesano • 2414-011 LeiriaTel. 244832760 • Fax 244821102email: [email protected]: 0018 0000 03669452001 72(Se pretender recibo para IRS, envie email com nome, morada e NIF)