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ANO 96 - N.º 4804 FUNDADOR José Ferreira Lacerda DIRECTOR Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt ECONOMY 8 ABRIL 2010 CAMPANHA |Última DESTAQUE SOCIEDADE II Colóquio de Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica Cuidados de excelência centrados no utente |P. 6 Mais de 20 mil hectares limpos Definido o Programa de Voluntariado para as Florestas 2010 | P. 7 IPL disponibiliza bicicletas “Bike-sharing” | P. 7 Assembleia-Geral da ADLEI “Valorizar o antigo” no Centro Histórico de Leiria | Última Miguel Sottomayor será ordenado diácono no Dia das Vocações “ESPERO QUE A MINHA VIDA SEJA UMA CONSTANTE ENTREGA A CRISTO” Sítio na internet dedicado aos jovens “EU ACREDITO” Mais de 1000 inscrições já registadas CRIANÇAS COM LUGAR ESPECIAL Missa em Lisboa: projecto final já aprovado ECLESIAL Reflexão de D. António Marto na homilia da Missa Crismal “Presbitério em comunhão e ao serviço da comunhão” | P. 8 Directores de serviços diocesanos falam das orientações pastorais sobre as celebrações dominicais Qualidade é palavra de ordem na catequese e nas celebrações | P. 9 CULTURA Fundos para Lar de Santa Isabel “Felizmente há luar” no Orfeão de Leiria|P. 4 Joaquim Santos vence concurso literário nacional Jornalista de “O Mensageiro” ganhou prémio “Grande Será o Nosso Futuro” | P. 4 Cem alunos no Orfeão de Leiria Curso de aperfeiçoa- mento musical | P. 5 Instalação na sede da a9)))) “Duas Peças” | P. 5 VISITA DO PAPA A PORTUGAL No próximo dia 25 de Abril, Dia das Vocações, será ordenado um novo diácono para a diocese de Leiria-Fátima. Trata-se do jovem Miguel Sottomayor, actualmente a estagiar na paróquia de Nossa Senhora das Misericórdias, Ourém. A celebração terá início às 15h00 e será preparada por uma vigília de oração que acontecerá no Seminário de Leiria, no dia 22, às 21h30. Para conhecermos melhor o Miguel, O Mensageiro foi ao seu encontro e lançou-lhe algumas questões relacionadas com a sua decisão. Nesta edição publicamos, ainda, um texto sobre o que significa e qual a missão do diácono na Igreja. Páginas 2 e 3

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O Mensageiro (O Mais Antigo Semanário do Distrito de Leiria): Edição de 8 de Abril de 2010 (N.º 4804).

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ANO 96 - N.º 4804

FUNDADOR José Ferreira LacerdaDIRECTOR Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

Nº DE2703206MPCECONOMY

8 ABRIL 2010CAMPANHA

|Última

DESTAQUE

SOCIEDADE

II Colóquio de Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica

Cuidados de excelência centrados no utente|P. 6

Mais de 20 mil hectares limpos

Definido o Programa de Voluntariado para as Florestas 2010 | P. 7

IPL disponibiliza bicicletas

“Bike-sharing” | P. 7

Assembleia-Geral da ADLEI

“Valorizar o antigo” no Centro Histórico de Leiria | Última

Miguel Sottomayor será ordenado diácono no Dia das Vocações

“ESPERO QUEA MINHA VIDA SEJAUMA CONSTANTE ENTREGA A CRISTO”

Sítio na internet dedicado aos jovens

“EU ACREDITO”Mais de 1000 inscrições já registadas

CRIANÇAS COM LUGAR ESPECIALMissa em Lisboa: projecto final já aprovado

ALTAR “LIGADO” AO RIO TEJOALTAR “LIGADO” AO RIO TEJO

ECLESIAL

Reflexão de D. António Marto na homilia da Missa Crismal

“Presbitério em comunhão e ao serviço da comunhão” | P. 8

Directores de serviços diocesanos falam das orientações pastorais sobreas celebrações dominicais

Qualidade é palavra de ordem na catequesee nas celebrações | P. 9

CULTURA

Fundos para Lar de Santa Isabel

“Felizmente há luar” no Orfeão de Leiria|P. 4

Joaquim Santos venceconcurso literário nacional

Jornalista de “O Mensageiro” ganhou prémio “Grande Será o Nosso Futuro” | P. 4

Cem alunos no Orfeão de Leiria

Curso de aperfeiçoa-mento musical | P. 5

Instalação na sede da a9))))

“Duas Peças” | P. 5

VISITA DO PAPA A PORTUGAL

No próximo dia 25 de Abril, Dia das Vocações, será ordenadoum novo diácono para a diocese de Leiria-Fátima. Trata-se dojovem Miguel Sottomayor, actualmente a estagiar na paróquiade Nossa Senhora das Misericórdias, Ourém. A celebração teráinício às 15h00 e será preparada por uma vigília de oração queacontecerá no Seminário de Leiria, no dia 22, às 21h30.Para conhecermos melhor o Miguel, O Mensageiro foiao seu encontro e lançou-lhe algumas questõesrelacionadas com a sua decisão. Nesta ediçãopublicamos, ainda, um texto sobre o que significae qual a missão do diácono na Igreja. Páginas 2 e 3

ALTAR “LIGADO” AO RIO TEJOALTAR “LIGADO” AO RIO TEJO

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DESTAQUE2 O Mensageiro8.Abril.2010

Rui [email protected]

Apesarde tudo...

EDITORIAL

No próximo dia 25 de Abril, Dia das Vocações, será ordenado um novo diácono para a diocese de Lei-ria-Fátima. Trata-se do jovem Miguel Sottomayor, actualmente a estagiar na paróquia de Nossa Senhora das Misericórdias, Ourém. A celebração terá início às 15h00 e será preparada por uma vigília de oração que acon-tecerá no Seminário de Leiria, no dia 22 às 21h30.

Miguel Azevedo Santiago Sotto-mayor tem 36 anos de idade e é na-tural de Vila do Conde. Proveniente de uma família católica marcada por uma intensa e genuína vida de fé, vivida juntamente com os 8 irmãos, o Miguel deixou de estudar muito cedo. O percurso escolar foi o normal durante a escolaridade obrigatória. Quando chegou a al-tura de fazer opções, tirou o curso de formação bancária. Aos 19 anos de idade foi trabalhar na área que mais o fascinava, economia. Com esse objectivo integrou o quadro do BCP. O percurso profissional acon-teceu de forma normal, graças ao entusiasmo e à vontade com que se agarrou desde o início. No entanto sempre foi perseguido pela ideia de ingressar no seminário e seguir a vida sacerdotal. Não conseguindo calar essa voz, aos 30 anos, ganhou coragem, deixou tudo e ingressou no Seminário. Durante os anos seguin-tes fez parte de um grupo de leigos (grupo imaculada), cuja missão era levar a todo o mundo a devoção ao imaculado coração de Maria. Esta passagem por este grupo mais in-tensificou o desejo de ser padre. No ano de 2004 a vocação ao sacer-dócio tornou-se clara e as dúvidas dissiparam-se por completo. Depois de uma passagem por Roma, onde terminou o curso de Teologia, e devido ao relacionamento próximo com D. António Marto, acabaria por vir para a Diocese de Leiria-Fátima, a fim de terminar o tempo de prepa-ração para a ordenação. No presente ano pastoral colabora com o pároco de Ourém (Nossa Senhora das Mi-sericórdias) ao mesmo tempo que termina algumas cadeiras pastorais no ISET, em Coimbra.

Para conhecermos melhor o Miguel, O Mensageiro foi ao seu encontro e lançou-lhe algumas questões relacionadas com a sua decisão. Dessa entrevista deixamos as linhas gerais.

Miguel Sottomayor será ordenado diácono no Dia das Vocações

“Espero que a minha vida sejauma constante entrega a Cristo”

Num momento em que surgem for-tes ataques à Igreja e aos sacerdotes, este passo reveste-se de forte carga simbólica e corajosa

Atravessamos uma época festiva que liturgicamente exige muito trabalho da parte dos padres. Para além de todas as tribulações do tríduo pascal, a tradicional visita pascal transforma-se numa corrida contra o tempo com enorme desgaste fí-sico e psicológico. Entretanto a vida não pára e continua a ser necessário prover às necessidades burocráticas de expediente normal, acrescido ainda com a celebração dos imprevistos, como sejam os funerais.

Só quem vive esta realidade consegue dar-se conta do desgaste que ela apresenta e envolve.

É uma ocasião para mais uma vez percebermos o alcance e o va-lor do documen-to publicado re-centemente pelo senhor bispo D. António sobre as celebrações do-

minicais. D. António procura definir cri-térios que ajudem os sacerdotes a celebrar melhor as eucaristias dominicais. Para al-cançar esse objectivo parece inevitável a redução do número de celebrações. Nesse sentido são apresentados alguns critérios a ter em conta para essa redução.

Depois da sua publicação o documen-to parece entretanto ter sido esquecido, pouco se tem falado dele e poucas comu-nidades parecem ter-se interessado na sua concretização. Assim nos leva a concluir o facto de não haver nenhum “barulho” sobre o assunto. Talvez que a maioria não tenha ainda tomado a sério a reflexão fei-ta?! Talvez que não concordemos com a necessidade que D. António faz no sentido de celebrar menos e melhor?! Ou simples-mente, talvez nos estejamos a esquecer e a relegar para mais tarde um trabalho que deverá ser feito já, bem planeado e bem estruturado.

O risco maior é simplesmente pen-sarmos que a nossa comunidade não precisa destas normas e assim passarmos ao lado.

Para evitar tudo isso, O Mensageiro volta a falar deste assunto, exactamente na semana em que também apresenta um jovem seminarista que vai ser ordenado diácono. Num momento em que surgem fortes ataques à Igreja e aos sacerdotes, este passo reveste-se de forte carga sim-bólica e corajosa. Este jovem não sendo da diocese vai ser ordenado para a diocese, e a sua história é ainda mais marcante pelo facto de ele decidir ser sacerdote depois de um percurso com sucesso no mundo da finança e da economia. Vale a pena ler.

Num momento em que surgem fortes ataques

à Igreja e aos sacerdotes, este passo

reveste-se de forte carga

simbólica e corajosa.

DR

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3DESTAQUEO Mensageiro8.Abril.2010

O Miguel não pertence à dio-cese de Leiria-Fátima, mas foi aqui acolhido e vai ser ordena-do para esta Igreja particular. Como foi acolhido pelo clero diocesano?

Senti que era muito bem acolhido e tenho recebido, desde que cá estou, muitas provas de apoio e estima e até de carinho. Na diversidade que a enriquece, sinto a universali-dade da Igreja.

Que razões estão na base das profundas mudanças que fez no seu percurso de vida? Por que deixar tudo para ser pa-dre?

Jesus disse aos seus após-tolos “Não foste vós que Me escolheste, mas Eu que vos escolhi”. Esta é a primeira e essencial razão.

Senti que Jesus me chamava ao sacerdócio. É claro que pode-ria dizer que não. Infelizmente, penso que é o que se passa com muitos jovens que não ouvem Jesus chamá-los. Mas tive a graça de crescer numa família e num ambiente que nos ensinava e incentivava a cumprir sempre a vontade de Deus. Hoje percebo melhor a força com que nos incutiam este princípio…só cumprindo a vontade de Deus, só seguindo o exemplo de hu-mildade e obediência de Maria-“faça-se em mim…” o homem encontra sua plena realização.

Neste momento tão importante da caminhada, que sentimen-tos vive interiormente?

Grande alegria e, ao mesmo tempo, profundo e pesado senti-mento de responsabilidade com o passo que se avizinha. Posso mesmo dizer que, não fora a completa confiança e abandono à misericórdia divina e à protec-ção maternal de Maria, o peso dessa responsabilidade poderia ser demasiado. Contudo, penso que o sentimento que brota mais naturalmente do meu coração é o de acção de graças.

Estamos a atravessar uma época em que se fazem ouvir muitas críticas e ataques à Igreja e aos sacerdotes. Isso não lhe mete medo? Como vê toda esta cam-panha?

Medo? “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevale-cerão contra ela” Mt 16,18.

Na igreja, sempre houve e sempre haverá pecadores. Reconhecê-lo é condição neces-sária para podermos receber o perdão de Deus. Esta é sempre a atitude da Igreja. Só ela renova e salva. Em relação aos ataques à Igreja, compete-nos a nós ser sal da terra e luz do mundo. Falar da Verdade que é Jesus Cristo, com os olhos postos no sucessor de Pedro, é a melhor resposta a esta campanha.

Como imagina o seu futuro como padre?

Bem, esta é uma daquelas perguntas a que dificilmente poderemos responder de forma precisa. Espero que a minha vida seja uma constante entrega a Cristo, que viva sempre com profundo amor os sacramentos que irei ser chamado a celebrar e que tudo se traduza no bem dos outros. Ser sinal de esperança e alegria para com todos os que vier a conviver. Numa palavra: peço a Deus que, em todas as circunstâncias, seja um sinal visível da presença de Cristo no meio dos homens.

A um jovem que esteja a in-terrogar-se sobre o seu futu-ro, que palavras diria para o encorajar?

Em primeiro lugar e, inde-pendentemente do caminho que esse jovem venha a escolher, dir-lhe-ia que procure ser sempre simples, sincero e verdadeiro no seu coração. Que a felicidade das coisas do mundo é sempre pas-sageira, dura só aquele momen-to…só há verdadeira felicidade quando se vence a morte. Com a Ressurreição de Cristo pode-mos viver já na esperança dessa felicidade. Incentivava-o a não ter medo de abraçar com toda a coragem e alegria, o caminho e a missão a que Deus, Supremo Bem, o chamar a seguir.

Convite aos diocesanosA Diocese está convidada para tomar parte na celebração deste dia e assim mostrar

o seu apreço e carinho pelo ministério sacerdotal. Lembramos ainda que esta será uma forma muito peculiar para viver o ano sacerdotal em curso.

Ao jovem Miguel desejamos as maiores felicidades, ao mesmo tempo que, desde já, queremos contar com a sua colaboração nas páginas deste jornal.

Diácono“Os Bispos individualmente são

o visível princípio e fundamento da unidade em suas Igrejas particulares.” Nesta qualidade, “exercem sua autoridade pas-toral sobre a porção do povo de Deus que lhes foi confiada” assistidos pelos presbíteros e pelos diáconos. Todavia, como mem-bros do colégio episcopal, cada um deles participa da solicitude por todas as Igrejas, solicitude esta que exercem primeiramente “governando bem sua própria Igreja como uma porção da Igreja universal”, contribuindo, assim, “para o bem de todo o Corpo Místico, que é tam-bém o Corpo das Igrejas”. Esta solicitude estender-se-á particularmente aos pobres, aos perseguidos por causa da fé, assim como aos missionários que actuam em toda a terra.

“O ministério eclesiástico, divinamente instituído, é exercido em diversas ordens pelos que desde a antiguidade são chamados bispos, presbíteros e diáconos.” A doutrina católica, expressa na liturgia, no magistério e na prática constante da Igreja, reconhece que existem dois graus de participação ministerial no sacerdócio de Cristo: o episcopado e o presbiterado. O diaconado se destina a ajudá-los e a servi-los. Por isso, o termo “sacerdos” designa, na prática actual, os bispos e os sacerdotes, mas não os diáconos. Não obstante, ensina a doutrina católica que os graus de parti-cipação sacerdotal (episcopado e presbiterado) e o de serviço (diaconado) são conferidos por um ato sacramental chamado “ordenação”, isto é, pelo sacramento da Ordem.

No grau inferior da hierarquia encontram-se os diáconos. São-lhes impostas as mãos “não para o sacerdócio, mas para o serviço”. Para a ordenação ao diaconado, só o Bispo impõe as mãos, significando assim que O diácono está especialmente ligado ao Bispo nas tarefas de sua “diaconia”.

Os diáconos são ministros ordenados para as tarefas de serviço da Igreja; não recebem o sacerdócio ministerial, mas a ordenação lhes confere funções importantes no ministério da Palavra, do culto divino, do governo pastoral e do serviço da caridade, tarefas que devem cumprir sob a autoridade pastoral de seu Bispo.

A integração em um desses corpos da Igreja era feita por um rito chamado ordinatio, ato religioso e litúrgico que consistia numa consagração, numa bênção ou num sacramento. Hoje a palavra “ordinatio” é reservada ao ato sacramental que integra na ordem dos bispos, presbíteros e diáconos e que transcende uma simples eleição, designação, delegação ou instituição pela comunidade, pois confere um dom do Espírito Santo que permite exercer um “poder sagrado” (“sacra potestas”) que só pode vir do próprio Cristo, por meio de sua Igreja. A ordenação também é chamada “consecratio” por ser um pôr à parte, uma investidura, pelo próprio Cristo, para sua Igreja. A imposição das mãos do bispo, com a oração consecratória, constitui o sinal visível desta consagração.

Os diáconos participam de modo especial na missão e graça de Cristo. São marcados pelo sacramento da Ordem com um sinal (“carácter”) que ninguém poder apagar e que os configura a Cristo, que se fez “diácono”, isto é, servidor de todos. Cabe aos diáconos, entre outros serviços, assistir o Bispo e os padres na celebração dos divinos mistérios, sobretudo a Eucaristia, distri-buir a Comunhão, assistir ao Matrimónio e abençoá-lo, procla-mar o Evangelho e pregar, presidir a funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade.

São ministros ordinários do Baptismo o Bispo e o presbítero e, na Igreja latina, também o diácono. Em caso de necessidade, qualquer pessoa, mesmo não baptizada, que tenha a intenção exigida, pode baptizar, utilizando a fórmula baptismal trinitária. A intenção requerida é querer fazer o que a Igreja faz quando baptiza. A Igreja vê a razão desta possibilidade na vontade sal-vífica universal

Quanto aos diáconos, “a graça sacramental lhes concede a força necessária para servir ao povo de Deus na “diaconia” da liturgia, da palavra e da caridade, em comunhão com o Bispo e seu presbitério”.

DR

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CULTURA4 O Mensageiro8.Abril.2010

CINEMATeatro José Lúcio da Silva (Leiria)• ESTADO DE GUERRA | acção | de Kathryn Bigelow | c/ Jeremy Renner,

Anthony Mackie, Brian Geraghty | 11 a 14 de Abril, 15h30 e 21h30Teatro Miguel Franco• NAS NUVENS | comédia | de Jason Reitman | c/ Vera Farmiga, George

Clooney, Anna Kendrick | 11 a 14 de Abril, 21h30; dia 14, 18h30Cine-Teatro de Monte Real• A ESTRADA | aventura | de John Hillcoat | c/ Charlize Theron, Viggo

Mortensen, Guy Pearce | 9 e 10 de Abril, 21h30; dia 11, 15h30Cine-Teatro Actor Álvaro (Vieira de Leiria)• A PRINCESA E O SAPO | animação | de John Musker, Ron Clements | 11

de Abril, 15h00 e 17h00• NAS NUVENS | 11 de Abril, 21h00Auditório Municipal da Batalha• O LOBISOMEM | terror | de Joe Johnston | c/ Anthony Hopkins, Benicio

Del Toro, Emily Blunt | 9 a 12 de Abril, 21h00; dia 9, 18h30Ciena-Teatro de Alcobaça• CHOVEM ALMÔNDEGAS | animação | de Phil Lord, Chris Miller | 11 de Abril,

11h00 e 17h00; dia 12, 21h30Cine-Teatro de Ourém• O MENSAGEIRO | drama | de Oren Moverman | c/ Ben Foster, Jena

Malone, Eamonn Walker | 10 de Abril, 21h30

EXPOSIÇÕESTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Planeta água” - fotos subaquáticas de Luís Mendes (14~/04~30/05)Teatro Miguel Franco - Leiria•”O que é o teatro?” (~28/05)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”Estranhos” - pintura de Alex Gozblau (~10/04)•”BD’s de Abril” (19~30/04)Edifício Banco de Portugal - Leiria•”Nada em Comum” - exposição colectiva (~20/04)Sede da Associação Célula e Membrana - Leiria•”Duas instalações: 6=0; Persiffleur” (~7/04)•”Duas Peças” - Filipe Pinto (10/04~05/05)Sede da ACRENARMO, Largo S. Pedro - Leiria•”Pinceladas” - pintura de Armando Monteiro (~11/04)Pousada da Juventude - Leiria•”Terra de Sonhos” - cerâmica artesanal (~17/05)Loja Ponto Já (IPJ) - Leiria•”Transportes públicos no início do séc. XX” (13~23/04)Centro de Língua e Cultura Chinesas - ESECS - Leiria•”Olhares cruzados”-fotos de Portugal e da China” (19/04~16/06)Casa Museu João Soares - Cortes•”Korrodi e o restauro do Castelo de Leiria” (~15/04)Agromuseu Municipal D. Julinha - Ortigosa - Leiria•”Minha Terra, Minha Gente” (22/04~30/05)Biblioteca Municipal - Marinha Grande • Colecção Carlos Vieira e Fotobiografia de Lopes Vieira (permanente)•”A melhor camisola do mundo!” - hora do conto (marcação prévia)Museu Joaquim Correia - Marinha Grande•”A Medalha” - visitas guiadas, marcação prévia•”És bom observador?” (2ªs, mascação prévia)•”Presépios” (visitas guiadas, marcação prévia)•”Descobrir o Tesouro” (3ªs~6ªs)Museu do Vidro - Marinha Grande•”Mestres da Marinha Grande” - artesanato de Maçarico (~30/05)Galeria Mouzinho de Albuquerque - Batalha•”Vidas com valor” - trab. adultos, Centro N. Oportunidades (15~25/4)Teatro-Cine - Pombal• J.M. Bustorff (~26/05)Biblioteca Municipal - Leiria•”O que se vê no ABC” - ilustração de Danuta Wojciechowska (~10/04)Arquivo Municipal- Pombal•”A Idade de Ouro na Imprensa do Norte do Distrito de Leiria” (9/04) Museu Marquês de Pombal - Pombal•”Viagem ao Mundo dos Chapéus” (~31/05)

Batalha aderePlano Nacional de Leitura

O Município da Batalha aderiu ao Plano Nacional de Leitura, instrumento que tem como objectivo elevar os níveis de literacia dos portugueses e colocar o País a par dos nossos parceiros europeus. Da responsabilidade do Ministério da Educação, em articulação com o Ministério da Cultura e o Gabinete do Ministro dos Assuntos Parla-mentares, destina-se a “criar condições para aumentar os níveis de leitura, essencialmente junto do público infanto-juvenil”. Na prática, a adesão ao Plano Nacional de Leitura concretiza-se com a aquisição de obras lite-rárias referenciadas pelo Ministério da Educação, que serão distribuídas pelos diversos estabelecimentos de ensino do Concelho, cabendo aos docentes coordenar e desenvolver trabalhos académicos que relacionam as diferentes matérias e as obras adquiridas.

Vão surgindo, com algu-ma frequência, iniciativas visando a angariação de fundos para o Lar de Santa Isabel, prova da estima e do carinho que a sociedade civil dedica a esta resposta social do nosso Centro Social Paroquial Paulo VI. Apraz-nos registar tais iniciativas, prova de que o Lar é conhecido e de que o trabalho que ali realiza, dia a dia, com as meninas que nos foram confiadas,

é sobejamente meritório e altamente apreciado.

Desta vez, a iniciativa é do Grupo de Teatro do Jun-cal que, no âmbito das co-memorações dos 450 anos da criação desta freguesia, decidiu voltar a representar a peça de teatro “Felizmen-te há Luar”, de Luís Sttau Monteiro, peça que o mes-mo Grupo apresentou, pela primeira vez, na década de 70, após o 25 de Abril.

Nesta reedição, o Gru-

po decidiu aliar o útil ao agradável, oferecendo os proveitos do espectáculo para instituições de soli-dariedade social, entre as quais o nosso Centro So-cial e concretamente o Lar de Santa Isabel.

O espectáculo será no dia 10 de Abril, às 21h30, no Orfeão de Leiria, que teve a gentileza de ceder gratuita-mente o seu auditório para esta realização.

Os ingressos, no valor

de 5 euros, devem ser ad-quiridos antecipadamente num dos seguintes locais: cartório paroquial, secreta-ria do Centro Social (Ninho), Lar Santa Isabel e junto das senhoras da Barraca.

Agradecemos ao Grupo de Teatro do Juncal, ao Orfeão de Leiria e a si que, com certeza, se vai dispor a participar. A ideia é que te-nhamos lotação esgotada.

A Direcção

A favor do Lar de Santa Isabel

“Felizmente há Luar” no Orfeão de Leiria

No âmbito do concurso “Grande Será o Nosso Futu-ro”, organizado pelo Progra-ma Operacional Potencial Humano (POPH), Joaquim Santos, jornalista no sema-nário O MENSAGEIRO e di-rector do mensário Notícias das Colmeias, foi o absoluto vencedor do concurso lite-rário. O prémio de 3.500 euros que será convertido em acções de formação, foi entregue no dia 13 de Mar-ço, no auditório da POPH, no certame Futurália, na

FIL – Feira Internacional de Lisboa.

O objectivo deste con-curso nacional que este

ano apresentou a sua se-gunda edição, consiste em premiar histórias de vida de pessoas que concluíram

o 12º ano através de apoios co-financiados pelo Fundo Social Europeu. Joaquim Santos, depois desta etapa, concluiu no ano lectivo 2008/2009 uma pós-gradu-ação em Imprensa Regional na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e actualmente cumpre o pri-meiro ano de mestrado em Comunicação e Jornalismo na mesma universidade.

Concurso literário nacional “Grande Será o Nosso Futuro”

Jornalista de O MENSAGEIRO vence

Alunos das Novas Oportunidades expõem“Vidas com Valor”

Vai estar patente na galeria de exposições Mouzi-nho de Albuquerque, na Batalha, de 15 a 25 de Abril, uma exposição de trabalhos realizados por adultos que frequentaram o Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária da Batalha.

Intitulada “Vidas com valor”, a mostra reúne vários trabalhos de artesanato em madeira, ferro e cerâmica, pintura e bordados, contando, em complemento, com di-versas demonstrações ao vivo durante os fins-de-semana. A inauguração será a 15 de Abril, às 18h30.

AMIGrante promoveDia de África e Festa dos Povos

No sentido da promoção da cidadania intercultural e para dar a conhecer a riqueza cultural daqueles que “adop-taram” Portugal como seu país, a Associação AMIGrante desenvolverá as seguintes actividades no mês de Maio:

• 24 Maio – “Dia de África” com a projecção do filme “Bab Sebta”, às 21h00 no teatro Miguel Franco.

• 30 Maio – “Celebração Inter-Confessional” às 14h30 na Igreja do Espírito Santo, seguindo-se a “Festa dos Po-vos”, às 16h00, no pátio do Mercado Santana. Será um espectáculo com músicas e danças do mundo, tendinhas com gastronomia, artesanato, animação infantil, etc.

Olegário Benquerença e António Filipe PimentelCafé das Quintas no Arquivo

Olegário Benquerença, árbitro internacional, e Antó-nio Filipe Pimentel, director do Museu Nacional de Arte Antiga, são os convidados do Orfeão de Leiria Conservató-rio de Artes (OL CA) para o Café das Quintas de Abril.

O futebol e a arte darão o mote para a conversa com Carlos André, que decorrerá hoje, dia 8 de Abril, pelas 18h00.

A animação musical será feita com a Orquestra de Flautas da EMOL (Escola de Música do Orfeão de Leiria), dirigida pelo maestro João Pedro Fonseca.

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5CULTURAO Mensageiro8.Abril.2010

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Vai-se andando” - teatro (8/04, 21h30)Teatro Miguel Franco - Leiria• Concerto para bebés (11/04, 10h30 e 11h45)Arquivo Distrital de Leiria• Café das Quintas (8/04, 18h00)Lodoteca Afonso Lopes Vieiria - Leiria• Programa férias Alta.Mente (~9/04)•”Copos criativos” - infantil/juvenil (10/04, 10h00 e 14h30)•”Quadros divertidos” - crianças e familiares (11/04, 14h30~19h00)• Cartões de presente e envelopes criativos (13~16/04, 16h~19h)Centro de Interpretação Ambiental - Leiria• Líquenes e musgos - infantil/juvenil (15/04, 9h30~12h30)Auditório José Neto - Orfeão de Leiria• Música à terça - música (13/04, 11h00)Centro Pastoral da Caranguejeira - Leiria• I Estágio de Orquestra-V Estágio de Guitarra Clássica (8~9/04)Kartódromo de Leiria•”Rallye Verde Pino 2010” - desporto (9/04-11/04)Casa-Museu João Soares - Cortes• Palestra sobre o Castelo de Leiria (10/04, 17h00)Museu Etnográfico do Freixial• Elaboração de um herbário - crianças e jovens (10/04)Praça Mouzinho de Albuquerque - Batalha• II Festa do Livro em saldo (10/04, 14h~19h30 e 11/04, 13h30~19h30)Largo Praça da Fonte - Reguengo do Fetal - Batlha•”Buraco Roto” - percurso pedestre (18/04, 9h00)Largo da Feira - Vila de São Mamede• III Fim-de-semana da Juventude (23~25/04)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”O rapaz da bicicleta azul” - hora do conto (marcação prévia)•”A ovelha choné: dia das limpezas” - filme (14/04, 15h30)Arquivo Municipal - Marinha Grande• Campanha de solidariedade (10/04, 16h00) Edifício da Resinagem - Marinha Grande• Annette Blade + Mazgani - Overlive (9/04, 22h30)• Márcia + Minta&The Brook Trout - Overlive (10/04, 22h30)Parque Municipal de Exposições - Marinha Grande• Concentração Tuning (10/04, 15h00)Cine Teatro Actor Álvaro - Vieira de Leiria•”Lar Cont (r) atempo” - Festiv’Alvaro de Inverno (10/04, 21h30)Paços do Município - Pombal• Celebração do 25 de Abril (25/05, 11h00~16h00)Arquivo Municipal - Pombal• Documento do Mês - Abril/2010 (11/04)Escola Marquês de Pombal - Pombal• Férias desportivas (~9/04)Café Concerto - Pombal• Palco aberto (6ªs do mês, 23h00)• Tributo a Anastacia (10/04, 23h00)Pavilhão das Actividades Económicas - Pombal• Encontro Nacional de Coleccionadores de Pombal (10/04, 9h00)

O Orfeão de Leiria Con-servatório de Artes (OL CA) realizou, entre 29 de Março a 1 de Abril, um curso de aperfeiçoamento musical que contou com cerca de 100 participantes. Este cur-so incluiu três formações distintas, as master classes de instrumento, o Estágio da Orquestra de Sopros de Leiria e o Curso de Direcção de Orquestra de Sopros, e proporcionou dois concer-tos, nos dias 30 de Março e 1 de Abril, a que assistiram mais de 240 pessoas.

A direcção artística e pedagógica do curso esteve a cargo da Escola de Música do Orfeão de Leiria (EMOL), que contou com a colabora-ção de treze professores que proporcionaram o aperfei-çoamento de conhecimen-tos técnicos e práticos.

As master classes de instrumento dirigiram-se a alunos da EMOL e a membros das bandas filarmónicas do distrito de Leiria, com a finalidade de ampliar e aperfeiçoar os conhecimentos técnicos, interpretativos, práticos e teóricos dos estudantes de vários instrumentos, como o oboé, o clarinete, o saxo-

fone, o trompete, a trompa, o trombone, a percussão, a flauta transversal, a tuba e o fagote.

André Granjo, maestro, ministrou o Estágio de Or-questra de Sopros, destina-do a músicos da Orquestra de Sopros de Leiria, e que teve como objectivo dar aos participantes a opor-tunidade de trabalhar com um maestro de renome nacional e internacional. O maestro foi ainda res-ponsável pelo Curso de

Direcção de Orquestra de Sopros, que se destinou a estudantes e maestros de bandas filarmónicas com conhecimentos musicais avançados, com ou sem prática de direcção de orquestra de sopros, com o objectivo de permitir aos participantes dirigir a orquestra num atelier de direcção.

O maestro André Gran-jo escolheu posteriormente seis alunos do Curso de Direcção de Orquestra de

Sopros, Luís Ferreira, Má-rio Bonito, Pedro Carvalho, João Silva, Sérgio Rocha e Nelson Caetano para dirigir o concerto final do Estágio e do Curso de Direcção de Orquestra de Sopros, que ocorreu dia 1 de Abril, no Teatro Cine de Pombal. Cer-ca de 150 pessoas assistiram à actuação de 70 alunos do curso de aperfeiçoamento, que interpretaram temas de Luis Cardoso, Percy Grain-ger, David Maslanka, Jack Stamp e Steven Bryant.

Uma centena de alunos no Orfeão de Leiria

Curso de aperfeiçoamento musical

Pedro Carvalho, Sérgio Rocha, Luís Ferreira, Mário Bonito e Nelson Caetano

Vai ser inaugurada, no dia 10 de Abril, na sede da associação a9)))), na rua Comandante João Belo, uma instalação intitulada “Duas Peças”, da autoria do artista Filipe Pinto, cuja temática é a “responsabili-zação do espectador”.

Uma delas é a “La Gran-de Bouffe #2, 2010”, uma segunda versão de uma peça instalada originalmen-te no restaurante Casanova, em Lisboa, a convite da dis-coteca Lux-Frágil, em 2005. Tal como no filme de Marco Ferreri “La Grande Bouffe” (1973), onde as persona-

gens comem até morrer, aqui a imagem é morta pela ingestão. “O que aqui interessa finalmente é a responsabilização do espec-tador: ao ser responsabili-zado, o espectador torna-se permeável – é deslocalizado da sua posição altiva e jurí-dica, para uma outra visível e criticável. À medida que a imagem vai desapare-cendo, o centro da peça dissemina-se pelas figuras dos espectadores presentes. E o que será visto, afinal, serão estes e já não a peça original”.

Outra peça é a “Montra,

2010”, entendida como o palco da casa (loja) e, como tal, é utilizada através do interior, mas deve ser vista do exterior. “Também aqui o espectador é responsabili-zado, também aqui se torna o verdadeiro centro da peça. Esta, aliás como sempre, é apenas um dispositivo e não algo para ser visto e admirado”.

Filipe Pinto nasceu em Lisboa em 1973, é aí que vive e trabalha. Recente-mente publicou o texto “Para uma Crítica da In-terrupção” na ArteCapital, texto que se aconselha para

acompanhar a pequena descrição de “Duas Peças”. Para além deste trabalho, destaca-se no seu percurso artístico o “The Man of the Crowd”, peça sonora para telemóvel baseada num conto de Edgar Allan Poe, apresentada na programa-ção da Experimentadesign 2009. O artista é ainda autor do blogue lightinthefridge.blogspot.com.

Esta instalação na a9)))) pode ser vista até 5 de Maio, de segunda a sexta-feira, das 18h00 às 20h00h, e aos sábados, das 17h00h às 20h00.

Em exposição na a9))))

Instalação de “Duas Peças”

Os bebés quando cres-cem guardam num lugar especial as memórias de quem lhes cantou e as can-ções que ouviram. Constrói-se essa maneira intensa e bonita de perpetuar as

ideias que nos importam e que nos foram partilhadas com arte e afecto. E ainda que a música seja muito, mas muito mais que can-ções, estas são o primeiro dos vínculos sonoros que se

experimenta em sociedade, e porventura o mais imedia-to. Assim neste âmbito, vai realizar-se um concerto que será dedicado às canções de Abril e a outras que contam histórias dos avós e das nos-

sas terras. O concerto irá decorrer a 11 de Abril, em sessão dupla, pelas 10h30 e 11h45, no Auditório do Teatro Miguel Franco.

No teatro Miguel Franco

“Cantar Abril” nos Concertos para Bebés Comemoração do segundo ano de reactivação“Fátima Cultural” de parabéns

A AFAC - Associação Fátima Cultural vai festejar o seu segundo ano de reactivação no dia 10 de Abril, no sa-lão do Velhamento, em Moimento, Fátima. A animação ficará a cargo da Associação Artes Jah Nasce, de Coim-bra. A partir das 17H00, serão realizadas oficinas de malabares, djembe e didgeridoo. À noite, a partir das 21H00, haverá espéctaculo de Djembé, a cargo do grupo Urban Tribes da Escola Djembé Vibration, um concerto reggae com os Arte Jah Nasce e uma animação com os dj’s Dubstation.

Em PombalEncontro de Coleccionismo

Realiza-se, dia 10 de Abril, o XVII Encontro Nacional de Coleccionismo de Pombal, no Pavilhão das Activida-des Económicas, junto à Zona Desportiva de Pombal, numa organização do respectivo município.

Dezenas de coleccionadores vão trazer a Pombal as suas colecções de numismática, filatelia, caixas de fósforos, cromos, entre muitas outras. Um mundo de curiosidades a descobrir e a partilhar.

Programa: 9h00 - Chegada dos coleccionadores e distribuição de mesas; 10h30 - Abertura Oficial do XVII Encontro Nacional de Coleccionadores de Pombal; 12h30 - Almoço; 14h30 - Reabertura do Encontro; 17h00 - Entrega de Certificados e Lembranças aos participan-tes; 18h00 - Encerramento do XVII Encontro Nacional de Coleccionadores de Pombal.

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O Mensageiro8.Abril.2010SAÚDE6

Os cuidados de exce-lência centrados no utente estiveram em destaque no “II Colóquio de Enferma-gem de Saúde Materna e Obstétrica” do Hospital de Santo André (HSA), que se realizou nos dias 25 e 26 de Março. O acompanhamento do casal durante a gravidez e o puerpério, a sexualidade durante estas fases da vida do casal, a implementação de novos procedimentos com vista à melhoria do desempenho centrado no doente, as novas realidades da amamentação e os direi-tos dos bebés foram alguns dos temas abordados.

António Almeida, membro da Comissão Or-ganizadora e enfermeiro supervisor do HSA, desta-cou a enorme “adesão dos profissionais ligados à área da enfermagem de saúde materna e obstétrica, mas também de outras áreas, de norte a sul do País, que quiseram dar o seu contri-buto para esta importante partilha de conhecimen-tos”. “O auditório esteve sempre praticamente cheio, e passaram mais de 160 pessoas pelo colóquio, o que nos deixa muito sa-tisfeitos por ver claramente recompensadas as apostas que fizemos em temas ino-vadores e muito actuais, nem sempre directamente ligados aos procedimentos de enfermagem, mas com clara influência na qualida-de dos cuidados”, referiu o enfermeiro supervisor.

O colóquio teve início com a Sessão de Abertura,

em que interveio Alícia Rita, directora do Serviço de Ginecologia e Obstetrí-cia do HSA, que salientou a pertinência do mote “…pela excelência… desa-fios no cuidar”, referindo que cuidar é mais do que o simples velar pela saúde, e, como tal, estas comuni-cações são um espaço de partilha de conhecimentos e experiências fundamental para os constantes desafios do cuidar de forma susten-tada.

Felicitando os presentes pela iniciativa dinamizada, Hélder Roque, presidente do Conselho de Adminis-tração do HSA, afirmou que o Hospital de Leiria é “uma instituição de saúde que, paulatinamente, tem vindo a afirmar-se como insubstituível na presta-ção de cuidados de saúde diferenciados na nossa região”, acrescentando que este facto se deve aos seus técnicos, uma vez que “quem faz as instituições são as pessoas, os recursos humanos, os profissionais, que sabem fazer a diferença e sabem agir”.

No primeiro painel es-teve em foco a preparação para a parentalidade, com a intervenção de Nelson Odi-lon, enfermeiro no Centro de Saúde de Vale de Cam-bra, destacando a importân-cia do acompanhamento do casal durante a gravidez e o puerpério, permitindo eliminar medos e dúvidas naturais, especialmente, em jovens pais.

Ainda sobre este tema,

Marta Crawford (na foto), psicóloga, sexóloga e terapeuta familiar defen-deu que a sexualidade e intimidade entre o casal não devem ser afectadas pela gravidez. Tendo em conta que, muitas vezes, a primeira gravidez do casal pode criar um afastamento e posterior crise conjugal, a terapeuta defende que o casal tem de encontrar uma forma diferente de comunicar intimamente, e que a intimidade não pode nem deve ser interrompida durante a gravidez. Desta forma, Marta Crawford acrescenta que é essencial que os especialistas da área da Saúde cuidem e acompanhem, não só o casal grávido, mas também a sua relação enquanto ca-sal, e mostrar-lhe que com a vinda de um novo elemen-to não se podem somente dedicar a ser bons pais, há que continuar a alimentar a relação íntima.

Outro tema em desta-que no II Colóquio de Enfer-magem de Saúde Materna e Obstétrica do HSA foi a implementação de novos procedimentos com vista à melhoria do desempenho centrado no doente, com base nos requisitos da JCI (Joint Commission Inter-national), a entidade in-ternacional que estabelece critérios de acreditação e certificação cujo foco está na melhoria da qualidade dos serviços de saúde e segurança do cuidado ao doente.

O HSA pretende tra-balhar cada vez mais no sentido de se afirmar como uma instituição que busca a humanização dos cuidados de saúde, que promove a defesa e os direitos do re-cém-nascido e a sua segu-rança no serviço. Para isso, os profissionais do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia apresentaram um conjunto de medidas preventivas que já estão em funcionamento, como a segurança através de câmaras de vigilância e da colocação da pulseira electrónica, aplicada no tornozelo dos bebés, logo após o seu nascimento, que está em constante monito-rização por computador, e que, caso haja aproximação a uma saída, fará disparar um alarme e as portas de fecho automático.

Estão ainda em estudo medidas como a promoção do direito ao acompanhante 24 horas por dia, e a políti-ca do aleitamento materno, que se pretende que, no prazo de um ano, estejam disponíveis nos Serviços, de forma a aumentar a satisfação da tríade mãe/pai/filho e tornar o HSA cada vez mais um Hospital Amigo dos Bebés.

No que respeita à políti-ca de aleitamento materno, e como incentivo para a im-plementação de um serviço semelhante no HSA, a en-fermeira Esmeralda Pereira, da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, partilhou com os profissionais de saúde do Hospital de Leiria a sua experiência no Banco de Leite Humano. Este projec-to tem como objectivo dis-ponibilizar leite humano a bebés de muito baixo peso ou extremo baixo peso que não dispõem de leite das próprias mães, com vista ao seu crescimento com saúde e segurança, à melhoria dos cuidados perinatais e dos ganhos de saúde efectivos nos bebés receptores.

Luís Teles, cirurgião plástico, deu uma perspecti-va diferente desta questão, desmistificando a questão da cirurgia mamária, seja por questões médicas ou estéticas, e a amamentação, explicando que, dependen-do do tipo de cirurgia e da técnica utilizada, pode ou não haver consequência. O médico explicou que nas cirurgias de aumento geralmente não há efeitos negativos, enquanto que nas de redução, depen-dendo da técnica a que o cirurgião recorre, poderá haver redução na produção de leite, ou mesmo a sua completa cessação.

O “II Colóquio de Enfer-magem de Saúde Materna e Obstétrica” do HSA é uma iniciativa dos profissio-nais do Hospital de Leiria que conta com o apoio e integração na política de desenvolvimento estraté-gico da instituição. A troca de experiências e conheci-mentos contribui para uma maior especialização e dife-renciação dos seus serviços clínicos, assim como para a aposta na qualidade de vida e conforto dos mais de 350 mil utentes que o HSA serve.

Com vantagens estéticas e de redução da dor Hospital de Leiria realizacirurgia abdominal inovadora

O serviço de Cirurgia I do Hospital de Santo André (HSA) realizou, no passado dia 16 de Março, a primeira colecistectomia laparoscópica por porta única, uma ci-rurgia abdominal minimamente invasiva de remoção da vesícula biliar, que utiliza um único orifício, no umbigo, o que traz grandes vantagens em termos estéticos e de redução da dor no período pós-operatório.

O procedimento laparoscópico, ainda em implemen-tação nacional, pode também ser usado para correcção cirúrgica da hérnia inguinal, apendicectomia (extracção do apêndice), para colocação de banda gástrica ou gas-trectomia vertical (extracção parcial do estômago).

Novo espaço de saúde em FátimaFarmácia dos Pastorinhos abriu

A Farmácia Sanches inaugurou no dia 29 de Março um novo espaço em Fátima, chamado Farmácia dos Pas-torinhos. Este novo espaço alarga a presença do grupo no concelho de Ourém, onde conta já com a Farmácia Capitão, na freguesia de Caxarias. A nova farmácia está localizada no centro de Fátima, na Avenida Beato Nuno, junto à Rotunda Sul, e disponibilizará uma grande va-riedade de serviços, com destaque para o “Farmadrive”, um serviço inovador que permite que o utente seja atendido pelo farmacêutico através de um guiché, sem precisar de sair do seu automóvel.

Colheitas de Sangue em LeiriaData Horas Local02/04/10 9h00-13h00 Salão de Festas de Trás o Outeiro03/04/10 9h00-13h00 Bombeiros Vol. de Pedrogão Grande11/04/10 9h00-13h00 Junta de Freguesia de São Bento14/04/10 9h00-13h00 Escola Secundária Domingues Sequeira14/04/10 9h00-13h00 Visual Clinic em Leiria14/04/10 14h00-18h00 Key Plastics Portugal na Barosa15/04/10 9h00-18h00 Escola Superior de Educação de Leiria18/04/10 9h00-13h00 Escola Primária da Bouca 21/04/10 9h00-18h00 Escola Superior e Gestão de Leiria21/04/10 9h00-13h00 Escola Jardins da Serra22/04/10 9h00-17h00 Escola EB 2,3 Caranguejeira24/04/10 9h00-13h00 Ass. Solidariedade do Pó em Bombarral25/04/10 9h00-13h00 Ass. A-dos-Francos em Caldas da Rainha26/04/10 9h00-13h00 Esc. Sec. Afonso L. Vieira nos Marrazes30/04/10 14h00-18h00 Agrup. Escolas em Castanheira de Pêra3ªs e Sab. 9h00-13h00 Cruz Vermelha de Leiria

II Colóquio de Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica

“Os cuidados de saúde de excelência centrados no utente”

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O Mensageiro8.Abreil.2010 7SOCIEDADE

No dia 27 de Março, a Associação de Dadores Be-névolos de Sangue do con-celho da Marinha Grande organizou, na Biblioteca Municipal, uma sessão sole-ne de entrega de galardões a vários dadores que ao lon-go da vida têm abnegada e altruisticamente ajudado a salvar vidas humanas com o simples gesto de dar sangue.

Mais de meia centena de pessoas compareceu a esta cerimónia de entrega de mais de 70 diplomas, aberta pelo Presidente da assembleia-geral da Asso-ciação de Dadores Bené-volos de Sangue, Joaquim João Pereira, que começou por agradecer à Câmara Municipal por estar com a Associação. Referiu-se aos presentes que “dão sangue para servir os outros e são

homens de virtude e de dá-diva”, salientando que este galardão é o reconhecimen-to simbólico da Associação e da sociedade por essa generosidade”.

Ana Esesumaga contou como se tornou dadora de sangue e de como isso foi importante para a sua vida. Agradeceu de forma sentida a todos os dadores de sangue, pelo hospital e por cada doente.

O vice-presidente da associação também pro-feriu algumas palavras de reconhecimento, por ele “e por todos aqueles que recebem esse sangue sem saber de quem é, e é nisso que se baseia a essência dos Dadores Benévolos”.

Depois de entregues os galardões, a Vereadora encerrou a sessão expres-sando emocionadamente a honra de estar “com estes

digníssimos cidadãos do concelho”. Elogiou a As-sociação “pelo dinamismo que tem demonstrado durante estes anos, que contribuiu para aumentar o volume de sangue reco-lhido entre os habitantes do concelho e pela forma como sensibiliza a popula-ção para a necessidade de assumir este gesto”.

Descreveu este mesmo gesto como uma dedicação desinteressada, de partilha, de vida, que pode significar a vida de alguém. Acrescen-tou que a autarquia se en-contra disponível para cola-borar no que estiver dentro das suas possibilidades, na expectativa de que os tes-temunhos dos distinguidos pelos galardões sirvam de exemplo para incentivar a população a dar sangue.

Dadores Benévolos de Sangue

Entrega de galardões na Marinha Grande

O Instituto Politécnico de Leiria (IPL) dispõe des-de o dia 30 de Março de um sistema automático e gratuito de

“bike-sharing”, que visa estimular a comuni-dade académica a adoptar hábitos de mobilidade sustentável, através da utilização daquele meio alternativo em detrimento do automóvel. Trata-se da primeira instituição de en-sino superior em Portugal a disponibilizar este tipo de equipamentos, 12 bicicletas no total, distribuídos por duas estações automáticas, localizadas no Campus 2 do Instituto, onde se loca-lizam a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) e a Escola Superior de Saúde (ESSLei), e junto às Residências de Estudantes, ambas na cidade de Leiria.

O projecto foi apresen-tado publicamente ontem, em cerimónia realizada na ESTG, no final da qual o IPL celebrou com a Câmara Mu-nicipal de Leiria e com uma das empresas do consórcio “Smart Mobility System” (responsável pela gestão e manutenção do sistema), dois protocolos de colabo-ração relativos à repartição da responsabilidade pela gestão e manutenção do sistema automático de dis-ponibilização de bicicletas. Presentes estiveram mais de 200 participantes, entre estudantes, docentes e di-rigentes do IPL, e também autarquias, forças de segu-rança, a Agência Portugue-sa do Ambiente e órgãos de comunicação social. A iniciativa encerrou simbo-licamente com a “pedalada de saída” do Campus 2.

Lançado sistema de “bike-sharing”

IPL disponibiliza bicicletas

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A Entidade Regional do Turismo de Leiria-Fáti-ma participa na Feira de Viagens do Mundo Abreu, a decorrer na FIL – Feira Internacional de Lisboa, nos próximos dias 10 e 11 de Abril. Com o sucesso

das anteriores edições, este evento foi reconhecido não apenas pela qualidade organizativa, forte presença de expositores, grande aflu-ência de visitantes, como também pela cobertura dos Media.

A inicial área de expo-sição de 900 m² foi poste-riormente aumentada para 3.400 m², abrangendo mais expositores, que na última edição ascenderam os 170, como também mais visi-tantes, que ultrapassaram

os 110.000 em apenas dois dias. A Feira de Viagens Mundo Abreu terá lugar no Pavilhão 1, este ano com uma área de 10.000 m².

8ª Edição do Mundo Abreu

Turismo de Leiria–Fátima presente

NERLEI analisa implicações fiscais OE de 2010 em análise

No dia 14 de Abril, pelas 9h00, a NERLEI – Associa-ção Empresarial da Região de Leiria organiza nas suas instalações em Leiria um seminário dedicado às “Im-plicações Fiscais da Adopção do SNC e do Orçamento do Estado para 2010”. Na iniciativa serão abordadas as principais alterações resultantes da introdução do SNC (Sistema de Normalização Contabilística) e do Orçamen-to do Estado (OE) deste ano em impostos sobre o rendi-mento (como o IRC - imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas), sobre o património (IMI – Imposto Municipal de Imóveis e IMT – Imposto Municipal sobre Transacções) e sobre o consumo (como o IVA).

Para explicar as mudanças estarão presentes João Veiga, José Gante e António Santos, técnicos superio-res de Direcção de Finanças de Leiria. Os destinatários são sobretudo empresários, gestores, TOC e quadros das empresas. Os interessados em participar poderão fazer a sua inscrição e obter mais informações em www.nerlei.pt ou através do Gabinete Administrativo e Financeiro da NERLEI.

Passeio pedestre“Rota da Senhora do Monte”

No dia 11 de Abril, pelas 09h00, na freguesia de Cortes, vai iniciar o passeio pedestre “Rota da Senhora do Monte”. O percurso com treze quilómetros, proce-der-se-á com o início na localidade de Fontes e a sua linda nascente do rio Lis, seguindo pela Serra da Maun-ça, cruzeiro e capela da Senhora do Monte .

As inscrições com o custo de quatro euros poderão ser efectuadas através do email [email protected] ou site www.palcodaaventura.pt.

Cerca de 20 mil hectares limpos em cinco anosVoluntariado para as Florestas

Presidida pelos secretários de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Rui Barreiro, e da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, decorreu, dia 29 de Março, na Tapada de Mafra, a assinatura do protocolo de colaboração que visa implementar o “Programa de Voluntariado para as Florestas – 2010”, entre o Instituto Português da Juventude (IPJ), o Instituto de Financia-mento da Agricultura e Pescas e a Autoridade Florestal Nacional.

Recorde-se que o programa tem como objectivos incentivar a participação dos jovens na defesa e pre-servação da floresta, reduzindo o flagelo dos incêndios através de acções de prevenção e sensibilização da po-pulação para os comportamentos de risco, mas princi-palmente através: da vigilância, da limpeza do lixo das áreas florestais e dos perímetros urbanos, diminuindo significativamente a ocorrência de incêndios florestais, e garantindo também um efeito dissuasor da potencial criminalidade.

Na zona centro, todos os interessados poderão solicitar mais informações nas Lojas Ponto JA do IPJ de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.

Desde 2005, quando foi criado, o programa já contou com 36.869 jovens voluntários, que detectaram um total de 6.250 deflagrações de incêndio, recolheram 17.623 sacos de 50 litros com lixo, correspondendo a uma área florestal limpa de 19.373 hectares.

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ANO SACERDOTAL8 O Mensageiro8.Abril.2010

Na sua dimensão mais profun-da, cada vocação sacerdotal é um grande mistério, um dom que ul-trapassa infinitamente o homem. Experimenta-o claramente cada um de nós, sacerdotes, durante toda a vida.

É com estas palavras que João Paulo II inicia o seu livro “Dom e Mistério”, por ocasião das suas Bo-das de Ouro Sacerdotais. De facto, o sacerdote que vive com fidelidade é um grande mistério, um precio-so dom que Jesus constantemente oferece à Sua Igreja. As palavras humanas são escassas para defini-rem na sua beleza mais profunda e divina o mistério que intimamente nasce, cresce e se desenvolve, sem-pre sob a acção e o olhar de Deus, e que nem sempre compreendemos e aceitamos.

O Sacerdote é inconfundi-velmente um dom para a Igreja, para a comunidade cristã e para a

Humanidade porque, é através dele que Deus nos oferece os maiores tesouros do Seu amor e da sua infinita misericórdia: a Eucaristia e o perdão dos pecados.

Na sua Carta para a proclamação do Ano Sacerdotal, o Santo Padre Bento XVI refere: O Sacerdote é o amor do Coração de Cristo – costu-mava dizer o Santo Cura d’Ars. Esta tocante afirmação permite-nos, antes de mais nada, evocar com ternura e gratidão o dom imenso que são os sacerdotes, não só para a Igreja mas também para a própria humanidade (…) O Cura d’Ars era humilíssimo mas consciente de ser, enquanto padre, um dom imenso para o seu povo (…) ‘Um bom sacerdote é um dos dons mais preciosos da misericórdia divina’. Falava do sacerdócio como se não conseguisse alcançar plenamente a grandeza do dom e da tarefa confiados a uma criatura: ‘Oh,

como é grande o padre’! Ante esse grandioso dom de Deus resta-nos ajoelhar e cantar com o Salmista: “Como agradecerei ao Senhor tudo quanto Ele me deu?” (Sl 115).

O Sacerdote como grande dom de Deus à sua Igreja empresta a Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, a inteligência, a vontade, a voz e as mãos para, mediante o seu ministério, poder oferecer ao Pai o sacrifício sacramental de Redenção e viver como Jesus como dom para os seus Irmãos (Directório para o Min. E Vida dos Presbíteros, 48). Mas se o Sacerdócio é um dom, é também um grande mistério. Mis-tério que só à luz da fé e sob a acção do Espírito de Deus se pode com-preender, apenas um pouco. Com o progresso da ciência e o avanço da técnica vamo-nos habituando a provar e a comprovar tudo à luz dos testes e experiências científicas e perdemos a capacidade de nos maravilharmos diante do misté-rio. Não é fácil aceitar o mistério, o transcendente, o invisível, sobre-tudo se exige fé. Por isso, a vida e o ministério dos sacerdotes são tão facilmente condenados, difa-

mados, criticados na praça pública e nos meios de certa comunicação social. Contudo, digam os homens e façam o que fizerem, Deus não perde batalhas nem vitórias! E se a Igreja tem promessas de Vida Eterna também os seus sacerdotes participam activamente dessas promessas.

A vocação sacerdotal é dom, é mistério. Quem pode humanamen-te compreender em profundidade que um simples homem, igual a tantos outros homens, com as fraquezas de todos os homens, mas pelo seu carácter sacerdotal tão diferente, que, à sua palavra e pelo poder do Espírito Santo, um pouco de pão e de vinho se trans-formem no verdadeiro Corpo e Sangue de Cristo Jesus?! Somente o realizam aqueles a quem Deus deu essa imensa graça, aqueles que são chamados, escolhidos e consagrados. Grandioso mistério o da Eucaristia! Grandioso mistério o do Sacerdócio! Nem os Anjos, nem as Potestades, nem os Principados podem realizar o que o Sacerdote mais simples e humilde realiza: fazer nascer sobre o altar, em cada

dia, o Filho de Deus, admirável Mistério da nossa fé! Nenhum psicólogo, psiquiatra ou cientista por mais competente que seja, se não receber a graça do sacerdócio, pode afirmar: eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Vai em paz!

A grandeza da vocação sacerdo-tal incomoda e inquieta as consci-ências obscurecidas pelo pecado? Possivelmente. Mas Jesus Cristo dirá: Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado…

Apesar dos ataques injustos que, nestes dias, têm procurado atingir a Igreja na sua totalidade, as “forças do inferno não prevalecerão contra ela”, porque está fundada e firmada na Rocha Inabalável.

Através da nossa presença orante queremos lembrar essa inumerável multidão de sacerdotes que vive fiel e heroicamente a sua vocação: Cristo venceu o mundo! Depois de Deus o Sacerdote é tudo (Cura d’Ars).

Irmãs Clarissas de Monte Real

Uma presença orante

Dom e Mistério

O ministério apostólico é, antes de mais, um dom de Deus para o serviço do mistério de comunhão que constitui a Igreja e para ser realizado e vivido em comunhão, precisamente enquanto membros de um presbitério. Este rosto da Igreja passa, em grande parte, pelo rosto do nosso presbitério e ministério.

O presbitério não é uma mera categoria sociológica que designa a soma de to-dos os padres à disposição do bispo para os diversos cargos. É antes um corpo de ministros, em comunhão de graça e de missão, ao serviço de uma Igreja particular, que está junto do bispo e nele en-contra o seu princípio de uni-dade. “Na sua verdade plena, o presbitério é um mistério, quer dizer, uma realidade so-brenatural porque radica no sacramento da Ordem. Este é a sua fonte e a sua origem. É o lugar do seu nascimento e do seu crescimento”(PDV 74).

Daqui resulta a sua fisio-nomia própria: “a de uma verdadeira família, de uma fraternidade, cujos laços não são da carne e do sangue, mas da graça da Ordem: uma graça que assume e eleva as relações humanas, psicoló-gicas, afectivas e espirituais entre os sacerdotes; uma graça que se expande, pene-tra e se revela e concretiza nas mais variadas formas de ajuda recíproca”(PDV 74), es-piritual e material, pastoral e pessoal, nas reuniões e na co-munhão de vida, de trabalho e de caridade (cf LG 28).

Eis um programa de trabalho a desenvolver e pôr em prática! Ser bons padres individualmente, não faz automaticamente um bom presbitério.

A nova situação social do padre já não lhe possibilita viver num contexto familiar protector como outrora, nem encontrar sempre um acolhi-mento paroquial confortável e confortador. Isto pode gerar uma solidão institucional e um desamparo afectivo por vezes graves.

É necessário, pois, cons-truir uma consciência de família sacerdotal dentro da qual cada sacerdote saiba e experimente que é alguém: acolhido, reconhecido e valo-rizado. Não se trata de restau-rar um “corporativismo cle-rical”, mas de reavivar uma fraternidade que ajude cada um a viver com aquela con-fiança, dignidade humana e espiritual e brio intelectual, que são necessários para a

missão evangelizadora.Esta fraternidade brota da

paixão interior pelo mesmo dom recebido, pelo mesmo ideal comungado, pela mes-ma missão partilhada.

A comunhão presbiteral não é espontânea e nem sem-pre é fácil. Não se impõe por decreto; é necessário cons-truí-la juntos. Requer conver-são espiritual e elaboração de uma gramática da comunhão para a pôr em prática.

Em primeiro lugar, somos chamados a culti-var, com amor paciente e generoso, relações pessoais verdadeiramente genuínas, de respeito, de estima e atenção recíprocas, de deli-cadeza, de confiança mútua, de conhecimento e diálogo entre as diversas gerações e sensibilidades, capazes de eliminar a suspeita, a inveja e o distanciamento, tão inúteis como prejudiciais.

Em segundo lugar, so-mos chamados a realizar a comunhão na missão, isto é, a partilhar intenções e projec-tos pastorais no trabalho em equipa. Para isso são necessá-rias algumas atitudes e dispo-sições humanas e espirituais: a participação interessada nas reuniões, a liberdade de uma escuta sem preconcei-tos, a franqueza para expri-mir o próprio pensamento, o discernimento pastoral capaz de enuclear o bem comum e possível, a disponibilidade para assumir tarefas, a deci-são sincera de acolher e ser fiel aos critérios pastorais e às decisões elaboradas e

tomadas em conjunto para o serviço do Evangelho. Neste aspecto, a vigararia deve ser um lugar fundamental de referência como espelho de comunhão entre os padres e entre as paróquias. Lembro aqui o provérbio africano: “Se queres ir depressa, corre sozi-nho; se queres chegar longe, caminha com os outros”.

Outro aspecto fundamen-tal é a comunicação da fé e na fé entre os presbíteros. O presbitério não se torna lugar de fraternidade sacramental onde não se privilegiam as relações de fé ao serviço do ministério. De outro modo, as reuniões do clero podem assemelhar-se a assembleias empresariais, lugares para fazer funcionar a empresa, espaço para distribuição de encargos.

A capacidade de partilhar a fé é o princípio de todo o bom trabalho em comum. Esta partilha realiza-se na oração em conjunto, na lectio divina partilhada, na prepa-ração da homilia em grupo e de iniciativas pastorais, nos momentos fraternos de convivialidade, na coragem humilde da correcção fra-terna...

Para alcançar os objecti-vos da comunhão é ainda necessária uma autêntica ascese ou disciplina em or-dem a combater e eliminar os modos de pensar e os com-portamentos que a impedem ou destroem.

Antes de mais, é preciso vigiar perante algumas ten-tações que podem afectar ou

desagregar esta comunhão: o isolamento do “orgulhosa-mente só” ( eu faço sozinho e por minha conta); o espírito de indiferença (que me im-porta os outros?); a atitude de auto-suficiência (não pre-ciso dos outros para nada); o narcisismo de quem põe o “ego” no centro de tudo; e o neoclericalismo derivado da sede de protagonismo ou da fragilidade da perso-nalidade.

Além disso, é aconse-lhável uma “regra de vida “ pessoal que torne possível um estilo de vida saudável e ordenada com método de trabalho e disciplina.

A comunhão no presbité-rio está ao serviço da comu-nhão eclesial que é mais vas-ta. Com efeito, o ministério é para a comunidade. Esta é o lugar normal da comunhão do presbítero com os fiéis e onde é chamado a ser o “pi-vot” da comunhão em todas as dimensões.

“O padre deve ser um homem de comunhão, aber-to a todos, capaz de fazer caminhar na unidade todo o rebanho que a bondade do Senhor lhe confiou, ajudan-do-o a superar as divisões, a reconciliar as roturas, a aplanar os contrastes e as incompreensões, a perdoar as ofensas”(Bento XVI).

O serviço da comunhão leva o padre também a pro-mover a corresponsabilida-de, suscitando colaborações, valorizando e integrando os diversos carismas, serviços e ministérios para a edificação

da comunidade.Tudo isto assume um re-

levo particular na promoção vocacional. Nenhum jovem poderá sentir um chama-mento se os seus olhos não contemplam na vida fraterna dos padres e das comunida-des algum vestígio da beleza do Senhor e do sacerdócio, capaz de reunir os irmãos e alimentar a comunhão.

“Se os jovens vêem padres isolados e tristes, não se sentem certamente encorajados a seguir o seu exemplo. Ficam perplexos se são levados a pensar que é este o futuro do padre. É importante pois realizar a comunhão de vida que lhes revele a beleza do sacerdócio. Então o jovem dirá: “Este pode ser um futuro também para mim; assim, pode-se viver”(Bento XVI).

Concluindo, o futuro da Igreja passa através da comunhão autêntica a todos os níveis. Nela está a força da missão mesmo quando as estruturas são pobres e débeis. Um presbitério em comunhão é um reflexo da beleza de Deus-Amor Trinitá-rio e da Igreja-Comunhão!

Renovando agora as nos-sas promessas de fidelidade a Cristo e à Igreja peçamos por intercessão da Virgem Mãe e do Santo Cura d’Ars: “Senhor, aceita-nos como so-mos e ajuda-nos a ser como Tu nos desejas” (João Paulo I)! Ámen! Aleluia!

Reflexão de D. António Marto na homilia da Missa Crismal

Reflexão no Ano Sacerdotal

“Presbitério em comunhão e ao serviço da comunhão”

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9 O Mensageiro 8.Abril.2010 DIOCESE

Com data de 28 de Feve-reiro, D. António Publicou um documento sobre as celebrações dominicais. O Mensageiro apresentou o documento na sua edição nº 4800, de 11 de Março, e teceu alguns comentá-rios, tendo inclusivamente apresentado uma entrevista de rua que permitiu ouvir

e aferir a sensibilidade do povo.

Por se revestir de muita importância e para que o referido documento não caia no esquecimento, nesta edição voltamos ao assunto, apresentando a perspectiva dos responsá-veis pelos serviços dioce-sanos de Catequese e de

Liturgia, organismos cuja acção é afectada pela defi-nição destes critérios.

O nosso objectivo é realçar a importância do documento e tentar ajudar as comunidades a reflec-tir sobre ele, tomando as decisões que devem ser tomadas.

Orientações pastorais sobre as celebrações da Eucaristia dominical

Qualidade é palavra de ordem na catequese e nas celebrações

Padre Carlos Cabecinhas, director do Serviço Diocesano da Liturgia

Tendo em conta a publicação do documento de D. António Marto sobre as celebrações domi-nicais, qual a opinião do Serviço Diocesano da Liturgia sobre as propostas aí constantes?

O documento de D. António

Marto enfrenta os problemas reais que a situação actual da Diocese nos coloca. Por um lado, sublinha a importância da celebração euca-rística na vida da Igreja e o lugar fundamental da Eucaristia domi-nical na edificação das comunida-des cristãs. Mas, por outro lado, reflecte as dificuldades do mo-mento presente: a falta de clero e a elevada média etária dos nossos padres. Este é um documento que indica caminhos e soluções para as nossas comunidades, nesta situação difícil. Nos trabalhos do Sínodo Diocesano, esta tinha sido já uma questão muito discutida. Essa reflexão, porém, não tinha levado então a tomar decisões – sempre difíceis – a este nível. A actual situação já não permite adiar mais as decisões. O Depar-tamento de Liturgia, como órgão executivo do Bispo diocesano para a área da pastoral litúrgica,

não tem uma opinião diferente da de D. António Marto e fará tudo o que estiver ao seu alcance para uma correcta aplicação das determinações episcopais.

O documento avança a possibilidade de se realizarem celebrações sem padre. O Ser-viço Diocesano da Liturgia está preparado para formar responsá-veis que possam assumir essas celebrações?

Julgo importante referir que os caminhos de solução apontados pelo documento episcopal não se reduzem às celebrações domi-nicais na ausência de presbítero, que têm sempre carácter excep-cional. Seria um mau serviço fazer a mera substituição das ce-lebrações eucarísticas existentes actualmente, que não é possível manter, por celebrações domini-cais na ausência de presbítero. O

primeiro passo será a diminuição do número de celebrações. Quan-to à preparação dos animadores destas celebrações, certamente que o serviço diocesano assumi-rá a sua preparação específica. Contudo, deve ter-se presente que, dada a responsabilidade de tal ministério, além dessa preparação específica, exigir-se-á também uma preparação teológica adequada.

Por outro lado, será necessário fazer algum trabalho de sensibi-lização junto dos párocos, uma vez que estas celebrações domi-nicais na ausência de presbítero implicam os párocos de diversos modos.

Em relação aos pressupostos que o documento aponta para a diminuição de celebrações dominicais, qual sua a opinião enquanto director do Serviço

Diocesano da Liturgia, nome-adamente, quanto ao facto de haver celebrações onde não há catequese, por vezes a curtas distâncias entre as igrejas?

Num passado recente, multi-plicámos os lugares das celebra-ções e o número de Missas. Hoje é inevitável a sua diminuição. A existência ou não de catequese e a proximidade entre os lugares das celebrações são critérios ob-jectivos a ter em conta no discer-nimento que se impõe fazer no momento de decidir como dimi-nuir o número de celebrações do-minicais. O documento apresenta vias de solução para um problema grave, mas não pretende ser um receituário. A sua aplicação exige reflexão, discernimento, como exigirá depois sensibilização das comunidades. A esse fim se desti-nam os critérios apresentados.

Padre José Henrique Pedrosa, director do Departamento de Educação Cristã e do Serviço Diocesano de Catequese

Tendo em conta a publicação do documento de D. António sobre as celebrações dominicais, qual a sua opinião sobre as propostas que o documento faz?

Estas orientações pastorais fornecem uma série de critérios que podem ajudar as comunida-

des cristãs a encontrar a melhor solução para assegurar a celebra-ção da Eucaristia dominical nas paróquias nas circunstâncias actuais. Sabemos, na prática, que nos últimos anos aumentou o nú-mero de celebrações dominicais, e diminuiu o número de cristãos nas celebrações. Ao mesmo tem-po, diminuiu também o número de sacerdotes. Nas paróquias, nem sempre é fácil decidir qual ou quais as capelas que deixarão de ter a celebração dominical.

Penso que este documento poderá ajudar os párocos, Conse-lhos Pastorais e comunidades pa-roquiais a repensar esta questão, partindo da análise da realidade, e a tomar as melhores opções, tendo em conta, por exemplo, a questão da facilidade de mobilida-de que temos actualmente, ou o facto de perceber como a cateque-se é importante para a vitalidade de uma comunidade.

Penso que todas as propostas

vão na linha de uma aposta na «qualidade» celebrativa, mais que na quantidade de celebrações.

Em relação aos pressupostos que o documento refere para a diminuição de celebrações dominicais, qual a sua opinião enquanto director do Serviço Diocesano da Catequese, no-meadamente, quanto ao facto de haver celebrações onde não há catequese, por vezes a curtas distâncias entre as igrejas?

A catequese procura inserir progressivamente as crianças e adolescentes na vida da comu-nidade, o que implica também a inserção na celebração dos sacramentos, nomeadamente na Missa dominical. É importante que nos locais onde há catequese haja também a celebração da Eu-caristia. Por outro lado, a própria catequese é fonte de vitalidade para as comunidades e para a celebração dominical. Ao longo

do percurso catequético, muitas das celebrações da catequese po-dem (e devem) ser inseridas nas celebrações comunitárias: essa é uma das formas privilegiadas para que a comunidade acompanhe o crescimento da fé dos catequizan-dos; e é também uma forma da comunidade renovar constante-mente o seu próprio caminho de re-iniciação cristã.

Quanto à proximidade entre as celebrações, por vezes as «capelas» vêem o facto de ficar sem a cele-bração dominical como um «ficar atrás» dos outros… Mas aqui não se trata de uma competição. Trata-se de procurar a melhor solução e de unir esforços. O que se diz em relação à celebração da Eucaristia pode também dizer-se em relação à catequese. Por vezes, pode ser preferível diminuir o número de centros de catequese numa paró-quia para aumentar a qualidade da proposta catequética.

Acha que o número de 50 crianças é um número razoável para determinar um centro de catequese, tendo em conta que são 10 anos de catequese?

É sempre difícil estabelecer um número. Penso que, no espírito do documento, este nú-mero é apenas indicativo, uma referência, que dependerá muito das circunstâncias próprias de cada paróquia. Em todo o caso, é importante ter presente que um grupo, para funcionar como grupo, convém ter um número mínimo de elementos.

Cinco crianças por grupo é um número pequeno, mas ainda dentro do «razoável»? A resposta dependerá também da realidade concreta de cada grupo, embora se possa considerar, no geral, que o ideal seria que cada grupo tivesse pelo menos mais de 8 elementos para poder ter todas as dinâmicas de um grupo.

“A actual situação já não permite adiar mais as decisões”

“Trata-se de procurar a melhor solução e de unir esforços”LM

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ECLESIAL10 O Mensageiro8.Abril.2010

MISSAS DOMINICAISSábado: 19h00 - Sé; 19h30 - Franciscanos

Domingo: 08h30 - Espírito Santos; 09h00 - Fran-ciscanos; 10h00 - Paulo VI; 10h00 - S. Francisco e São Romão; 10h30 - Franciscanos; 11h00 - S. Agos-tinho; 11h00 - Hospital; 11h30 - Cruz da Areia; 11h30 - Seminário, 11h30 - Sé, 18h30 - Sé; 19h30 - Franciscanos; 21h30 - Srª da Encarnação

Leituras |PascoelaANO C (11/04/10)

Antífona de Estrada: 1 Pedro 2, 2

Leitura I: Actos 5, 12-16

Salmo Responsorial: Salmo 117 (118), 2-4.22-24.25-27ª (R. 1); Refrão: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,porque é eterna a sua misericórdia. Repete-se

Leitura II: Ap 1, 9-11a.12-13.17-19

Aclamação ao Evangelho: Jo 20, 29 Refrão: Aleluia. Repete-se Disse o Senhor a Tomé: «Porque Me viste, acreditaste; felizes os que acreditam sem terem visto. Refrão

Evangelho: Jo 20, 19-31

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encon-travam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus dis-se-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito San-to: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não es-tava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas cren-te». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.Palavra da salvação.

Cânticos | 3º Domingo de Páscoa(18/04/10)

EntradaCristo ressuscitou - LAU 253Hoje é dia de festa - LAU 425

Salmo ResponsorialLouvar-Vos-ei Senhor porque me salvastes - LAU 485

Apresentação dos DonsRessuscitou para nossa vida - LAU 721Tu que nas margens do lago - LAU 827

ComunhãoCristo ressuscitou - LAU 253Os discípulos reconheceram - LAU 631

Pós-ComunhãoAclamai o Senhor terra inteira - LAU 136

FinalCristo vence, reina, impera - LAU 255Ressuscitou Aleluia - LAU 718

AO SABOR DA PALAVRA

Pe. Francisco [email protected]

Paz na terra2º Domingo de Páscoa

Depois de termos can-tada aleluias a Deus pela salvação com que fomos beneficiados, pela páscoa de Jesus, hoje somos con-vidados a viver segundo a sua paz e integrados numa comunidade, ou seja numa família que partilhando tudo vencem também todas as barreiras.

Os encontros de Jesus depois de ressuscitado acontecem sempre com grupos de discípulos. Não há encontros individuais.

Não é em experiências pessoais, íntimas, fecha-das, egoístas que encon-tramos Jesus ressuscitado; mas encontramo-l’O no diálogo comunitário, na Palavra partilhada, no pão repartido, no amor que une os irmãos em comunidade de vida.

No Evangelho deste dia encontramos Jesus, que usa esta expressão para saudar os discípulos que se encontravam reunidos: “A paz esteja convosco.”

Também hoje Ele diz estas palavras à comunida-de cristã, convidando-nos a uma atitude de tranqui-lidade. Tranquilidade que nasce da alegria de saber-mos que ele está vivo, que está no meio de nós. A paz é a melhor forma de viver a Fé em Deus, porque nos liberta das paixões, porque ultrapassa todos os nossos desejos, porque nos liberta dos preconceitos que nos afastam dos outros, dos nossos irmãos.

A paz nasce da esperan-ça, liberta-nos do desespe-ro. Quem não acredita em nada tem de lutar sempre

por mais alguma coisa que o contente, que lhe mate a sede de poder, mas, quanto mais tem mais quer, porque descobre que ainda pode ter mais, que não é suficiente, mas o que vem a seguir a essa correria em busca de coisas? Vem a morte que acaba com tudo.

Mas nós sabemos que a morte, que vence mesmo os homens mais poderosos do mundo, foi vencida por Jesus. É ele próprio que o diz, a S. João: “Estive morto e eis-me vivo pelos séculos dos séculos: tenho as cha-ves da morte e da morada dos mortos.” A morte já não tem poder sobre Ele, porque o Amor não pode ser dominado por nada, o amor é a vida. Ao aceitar morrer, Jesus desprendeu-se de tudo o que o agarra-va a este mundo, e este desprendimento absoluto e voluntário conseguiu al-cançar o que é verdadei-ramente importante: a própria criação, a essência da vida presente em todos os homens.

A sua dádiva é a nossa riqueza. Ele partilhou tudo

o que tinha connosco, por isso os Apóstolos faziam milagres em seu nome, por isso eles eram capazes de dar uma vida nova às pessoas, não apenas as curando das suas doenças, mas curando a sua alma, pelo perdão dos pecados, e porque eles descobriam algo maior que a própria saúde “cada vez aderiam em massa mais homens e mulheres, acreditando no Senhor.”

E hoje continuamos a acreditar verdadeiramen-te neste Senhor que nos continua a desejar a paz? Ou continuamos a viver na cobiça daquilo que não temos? Vivemos uns para os outros, em paz, buscan-do a felicidade daqueles que nos rodeiam? Ou va-mos construindo guerras, que nos vão matando aos poucos, aprisionando-nos pouco a pouco nas garras do egoísmo, que nos traz a verdadeira morte, não corporal, mas espiritual? A morte da nossa alma, pior do que se a vendêssemos ao diabo!

O mês de Março ficou marcado por duas inicia-tivas solidárias a favor do Grupo Missionário Ond-joyetu.

A primeira foi a noite de fados que teve lugar na Escola Dr. Manuel Lopes Perdigão, em Caxarias.

Foi uma iniciativa do Prof. Orlando Marques, com a colaboração do Prof. Paulo Antunes, ambos docentes de Educação Moral e Religiosa Católica daquela escola. A noite de fados contou ainda com a colaboração da direcção da escola, outros professores e alunos.

A voz da noite perten-ceu ao fadista Acácio Norte,

acompanhado por Joaquim Domingues e Eduardo Car-valho. Mas contámos ainda com a participação de duas professoras da escola, uma senhora da plateia e também com o professor Orlando.

A sala estava bem cheia. Foi uma noite muito bem passada quer pelo bom ambiente que se viveu quer pela causa a que se destinou a iniciativa. Os lucros rever-teram a favor do clube de solidariedade da escola que depois destinará uma parte para o “Projecto Gão a Grão” do Gungo.

Dois dias depois, no sábado, 27 de Março, o Grupo de Teatro do Juncal

apresentou a peça “Feliz-mente Há Luar”, de Sttau Monteiro, no Cine-Teatro Rogério Venâncio, em Min-de. Foi uma representação de elevada qualidade que comoveu uma boa parte da plateia. Muita gente co-mentava no fim a qualidade da interpretação, tendo em conta que os actores são amadores. Mas amadores de verdade no sentido de amarem o que fazem.

Ainda que sejamos sus-peitos, temos que sublinhar a interpretação da Maria Angélica Filipe que esteve em cena todo o segundo acto. Aliás, a ideia de fazer uma apresentação com os lucros a favor do Ondjoye-

tu foi dela.Um grande bem-haja a

todos os actores e também aos responsáveis do Cine-Teatro de Minde e ao P. Albino, nosso mediador.

Uma palavra final para o público destes dois espec-táculos. Sem a sua presença estas iniciativas seriam es-téreis. É com pequenos mas importantes gestos como estes que também nós nos tornamos missionários, mesmo que estejamos na rectaguarda.

Um abraço para todos e uma Santa Páscoa.

Padre Vítor Mira

Janela Sobre a Missão

Gestos Solidários e Missionários

DR

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O Mensageiro8.Abril.2010 11DIOCESE/PORTUGAL 11

DRA Cáritas do Algarve vai

organizar uma nova edição do curso de Doutrina Social da Igreja, que será também aberto a quem não trabalha na área sóciocaritativa.

A formação será orien-tada pelo padre Carlos de Aquino, Carlos Oliveira e Albino Martins, respectiva-mente assistente, presiden-te e membro da direcção

daquele Organismo.Carlos Oliveira referiu

que na edição de 2009, em que participaram cerca de 100 pessoas, “muitas das paróquias não correspon-deram” ao curso, pelo que se perdeu “uma boa opor-tunidade formativa numa área que poucas vezes se aborda e discute”.

A iniciativa, dirigida

às quatro grandes áreas da diocese, começará pela vigararia de Portimão, com encontros a 19 e 26 de Abril e 3 de Maio, no Centro Pastoral e Social de Ferragudo.

Nos dias 10, 17 e 24 de Maio, o curso será lecciona-do no Seminário de Faro, abarcando os fiéis desta área pastoral e de Loulé.

As últimas sessões vão ser direccionadas para a vigararia de Tavira, decor-rendo no Centro Pastoral de Altura (Castro Marim), a 31 de Maio, 7 e 14 de Junho.

Os interessados pode-rão integrar-se em encon-tros que não se dirijam às zonas em que residem.

Com Folha de Domingo

Cáritas do Algarve

Curso de Doutrina Social da Igreja

O presidente da Comis-são Episcopal da Educação Cristã considera que a catequese está a passar de um modelo que “durante muito tempo” privilegiou a teoria, para uma abordagem que inclui aspectos ligados aos sentidos e à acção.

O ensino dos funda-mentos da fé é “antes de tudo uma experiência de vida cristã, onde entram conteúdos, testemunhos, oração, celebração litúrgica e vivência da caridade na comunidade”, explicou D. Tomaz Silva Nunes à Agên-cia Ecclesia.

O prelado adverte que não se pode transformar a antiga insistência “nas noções e no aspecto mais racional” noutro extremo “em que esta dimensão é esquecida, sobrevalo-rizando-se a experiência que sublinha os aspectos emotivos”.

A adesão dos jovens a Jesus e à Igreja exige a aplicação de “metodologias adequadas” que englobem todas as dimensões da fé,

pelo que é preciso conju-gá-las “com equilíbrio e harmonia”.

O bispo auxiliar de Lisboa chama também a atenção para a importância dos exemplos: “Quando os adolescentes sentem que há jovens e adultos que têm uma fé vivida com ale-gria e que é determinante para os valores e critérios que inspiram a sua vida e os comprometem na acção, eles sentem-se interpelados e seduzidos”.

Este responsável carac-terizou a adolescência como “um tempo de desabrochar

repentino e acidentado”, marcado pelo corte das “amarras da dependência familiar” e abertura à “re-lação com os outros”, o que não a impede de expressar e aprofundar a espirituali-dade cristã.

“Às vezes há a ideia de que os adolescentes não conseguem concentrar-se, mas a verdade é que con-seguem fazer silêncio e en-trar dentro de si”, salienta o prelado, referindo que eles aderem “com muito interesse e entusiasmo quando as propostas são exigentes e profundas em

termos de conhecimento e vivência espiritual”.

D. Tomaz Silva Nunes presidiu, no passado dia 6, à abertura do Encontro Nacional da Catequese, que decorre no Funchal até 8 de Abril.

A iniciativa, que conta com a presença de cerca de 50 participantes de todo o país, é dedicada ao tema “A Catequese dos Adolescen-tes”, entendidos como os jovens inscritos entre o 7.º e o 10.º – e último - ano da catequese.

“Pretendemos apro-fundar o conhecimento sobre esta faixa etária como etapa muito impor-tante do desenvolvimento humano e da estruturação da personalidade, onde o conhecimento e a adesão a Jesus Cristo são um grande desafio”, diz o prelado, que destaca o carácter abrangen-te dos assuntos a desenvol-ver no encontro.

Encontro Nacional na Madeira

Catequese de adolescentes está a mudar

Nos próximos dias 9, 10 e 11 de Abril, algumas cen-tenas de jovens algarvios irão convergir para Aljezur para o encontro anual Alje-zur-Taizé. No rescaldo do recente grande encontro Porto-Taizé, os jovens vão novamente em demanda das “fontes da alegria” que a espiritualidade de Taizé proporciona.

O Encontro do ano pas-

sado ficou marcado pela presença do irmão David que veio de Taizé e do Bis-po do Algarve D. Manuel Neto Quintas e ainda pela singular participação de al-gumas irmãs do Carmelo de Faro na oração da noite de Sábado, a festa da luz.

Este ano, serão outros os convidados que irão partilhar as suas experiên-cias e testemunhos com os

jovens, com destaque para a arquitecta projectista do Centro de acolhimento e espiritualidade, que irá apresentar o seu trabalho.

Os jovens serão acolhi-dos em famílias das diver-sas paróquias de Aljezur, e a oração de Sábado à noite, pelas 21 horas, na Igreja de Aljezur, será uma oração ecuménica, que contará com a representação de to-

das as Comunidades Cristãs não Católicas do Concelho de Aljezur.

Alegria, hospitalidade, simplicidade, diálogo ecu-ménico, são algumas das experiências que os jovens participantes poderão vi-venciar durante este V En-contro da espiritualidade de Taizé no Algarve.

“Fontes da alegria”

V Encontro Aljezur - Taizé

Visita de Bento XVI

“Eu acredito”Está on-line o site para a participação dos jovens

na Visita do Papa Bento XVI a Portugal, sob o lema “Eu acredito”

Na página de abertura, Pedro Rocha e Melo, um dos organizadores, refere que por ocasião das celebrações dos 10 anos da beatificação dos pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta, os jovens querem mostrar o seu apoio ao Papa nesta sua exigente missão de conduzir a Igreja e dizer-lhe que estão «sempre com ele, presentes através da oração e sendo uma parte vibrante de uma Igreja viva e jovem!»

«Queremos dizer aos portugueses e ao mundo que apesar das várias crises que atravessamos Nós Acredita-mos! Quando os dias são sombrios, quando as possibili-dades parecem limitadas, quando o futuro é assustador, quando somos confrontados com as realidades duras da pobreza, da corrupção, de violência, da injustiça... Nós escolhemos Acreditar!», sublinha o responsável.

No site pode ainda ser encontrada a ficha de inscri-ção, outro material e também o hino da peregrinação dos jovens.

As inscrições podem ser feitas individualmente ou por grupos de jovens, refere o site oficial da visita, www.bentoxviportugal.pt.

Inscrições para a missa do Papa Mais de mil crianças já se inscreveram para participar

na missa que Bento XVI celebra no dia 11 de Maio, às 18h15, no Terreiro do Paço, em Lisboa, anunciou o site oficial da visita, www.bentoxviportugal.pt

As inscrições estão a ser recebidas pelos sectores da Catequese e da Pastoral Escolar do Patriarcado de Lisboa.

Segundo o padre Paulo Malícia, responsável por aqueles dois sectores, haverá um espaço reservado para as crianças, em frente ao altar, com logística própria, prevendo-se que possa acolher 2500 crianças.

Contudo, a organização está em condições de alargar esse espaço, caso as inscrições ultrapassem o número previsto inicialmente.

As inscrições das crianças que frequentem a Cate-quese devem ser feitas pelos respectivos Catequistas para [email protected] ou através do telefone 218 810 500.

“A relação com o Tejo”Um novo acesso lateral é a principal alteração intro-

duzida na estrutura concebida para a missa que Bento XVI vai celebrar no dia 11 de Maio, às 18h15 no Terreiro do Paço, em Lisboa, depois de aprovada pelo Vaticano.

A concepção final foi aprovada a 10 de Março, na sequência da visita de três dias a Portugal do mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, Mons. Guido Marini.

O responsável do Vaticano esteve no Porto, Fátima e Lisboa, entre 8 e 10 de Março, para analisar os porme-nores das cerimónias litúrgicas incluídas na visita que o Papa efectua a Portugal, entre 11 e 14 de Maio.

O conceito do altar surgiu a partir de um “seixo rola-do” do Tejo. O espaço, segundo o esboço agora divulgado, será decorado em tons de azul.

Toda esta concepção sublinha a relação com o Rio e deixa ver, em fundo, o Santuário de Cristo-Rei, em Almada, ao qual Bento XVI irá dedicar uma mensagem especial.

A imagem final oficial está disponível no site da visi-ta do Papa ao nosso país, www.bentoxviportugal.pt.

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MUNDO12 O Mensageiro8.Abril.2010

BrevesVigília PascalPapa pede que os fiéis se libertem dos pecados

Bento XVI convidou os fiéis de todo o mundo a “li-bertarem-se da morte” e dos pecados, na sua homilia da noite de Sábado, lembrando uma lista feita pelo apóstolo Paulo.

Entre os “pecados” enumerados pelo Papa na Vigília Pascal, o Papa referiu o “desenfreio, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, ódios, querelas, ciúmes, ira, inveja, divisão, intolerância, sectarismo, rivalidade, embria-guez, gula e outras coisas do mesmo tipo”.

A homilia papal abordou a pretensão de adiar inde-finidamente a morte, considerando que, nesse caso, “a humanidade envelheceria de forma extraordinária e não haveria lugar para a juventude”.

Condenando os homens que buscam a imortalidade por meio da ciência, Bento XVI afirmou que “a erva medicinal contra a morte deveria ser diferente”.

Para o Papa, o essencial não é o “prolongamento indefinido da vida”, mas “transformar a nossa vida de dentro para fora, criando em nós uma vida nova”.

Cumprindo a tradição, Bento XVI administrou o Baptismo, a Confirmação e a Primeira Comunhão a seis catecúmenos preparados pelo Vicariato de Roma, um japonês, um russo e quatro mulheres: uma da Somália, uma do Sudão e duas da Albânia.

O Papa abriu a sua homilia citando uma antiga lenda judaica, contida no livro “A vida de Adão e Eva”.

A história conta que Adão, na sua última doença, mandou o filho Set juntamente com Eva à região do Paraíso em busca do óleo da misericórdia, que poderia curá-lo, mas o anjo Miguel, que estava no local, não lhe entregou o óleo, explicando que 5500 anos depois viria o Rei Cristo, o filho de Deus, e todos que acreditassem nele seriam ungidos com esse óleo da misericórdia.

(Com Rádio Vaticano)

Bispo de Macau“China vai mudar maneira de governar”

A abertura da China nos últimos 30 anos permite antever que a sua “maneira de governar” vai mudar, defende D. José Lai ao constatar que se está a caminhar no sentido da comunhão da Igreja Católica.

“Verificaram-se muitas mudanças na China, por exemplo, a abertura de muitas igrejas católicas e semi-nários e a concessão de autorização a alguns seminaris-tas para estudarem no estrangeiro, porque eles (China) sabem que não se pode fechar tudo, a Igreja é universal, e os seminaristas e padres precisam de uma formação sólida”, constatou o bispo de Macau em entrevista à Agência Lusa.

D. José Lai sublinha “não ser profeta”, mas considera que se está a “caminhar no sentido da comunhão de toda a Igreja Católica” ao defender que, “com um siste-ma baseado numa cada vez maior abertura e reforma, a China vai mudar a sua maneira de governar”.

O bispo de Macau considera este como o momento oportuno para se “unir as duas comunidades católicas na China”, com cerca de 12 milhões de católicos, ao constatar que “têm havido tentativas de diálogo, mas que existem impedimentos”, como a falta de confiança mútua e a interferência do Governo central, que “não facilita esse intercâmbio e comunicação”.

Por outro lado, defende, hoje “já não existe a neces-sidade de existir uma Igreja independente” (Patriótica), que o Papa já salientou “ser contrária à doutrina cató-lica”, e a sua função “tem de mudar, porque não pode estar acima da Conferência Episcopal”.

D. José Lai deslocou-se, entre 22 e 24 de Março, ao Vaticano para uma reunião da comissão encarregue de estudar as questões da Igreja Católica na China, em que a formação do clero esteve no centro da agenda.

Macau aguarda ainda autorização para dar formação a seminaristas do continente chinês.

Cinco anos com Bento XVI

Um Papa «realista» e fiel aos princípios

Os cinco anos de pontificado de Bento XVI têm sido marcados pelo realismo e pela fidelidade aos seus princípios en-quanto teólogo, referem especialistas portugueses consultados pela Agência Ecclesia. Joseph Ratzin-ger foi eleito como o 265.º Papa da história da Igreja Católica no dia 19 de Abril de 2005, pouco mais de 24 horas depois do início do Conclave. Assume o nome de Bento XVI e apresenta-se ao mundo como “um sim-ples e humilde trabalhador da vinha do Senhor”.

O teólogo português Henrique Noronha Galvão - um antigo aluno de Joseph Ratiznger - escreve que nas questões fundamentais do actual Papa, como teólogo, “constou sempre a tenta-tiva de restaurar, na crise civilizacional que diagnos-tica no nosso tempo, as referências fundamentais da existência humana que estão em perigo”.

A vaticanista Aura Mi-guel, da Rádio Renascença, afirma que “entre as pre-ocupações que Bento XVI

tem manifestado nos últi-mos tempos e em viagens pastorais – tendo como horizonte a visita dele ao nosso país - vale a pena su-blinhar algumas coisas que tem dito à Europa”.

Uma Europa “cansada da fé”, onde Portugal se in-clui e que, explica, segundo a jornalista portuguesa com acreditação permanente junto da Santa Sé, “a prio-ridade do Papa em centrar todas as suas viagens pas-torais deste ano no Velho Continente”.

“Bento XVI tem-se re-velado um Papa realista”, escreve.

O Papa carrega consigo uma visão estratégica da Igreja e do mundo, muito clara, que se centra na ne-cessidade de referências, de valores, de um pensamento forte contra a “ditadura do relativismo” a que tantas vezes se tem referido.

Em declarações à Agên-cia Ecclesia, Pacheco Perei-ra sublinha que Bento XVI “tem uma noção de reforço dessa identidade de com-bate ao relativismo e do combate a um conjunto de

teorias – caso da Teologia da Libertação – que transfor-mava o cristianismo numa espécie de progressismo político muito influenciado pelo marxismo”.

O padre Fernando Sil-va de Matos, Conselheiro Eclesiástico da Embaixada de Portugal junto da Santa Sé, regista que “nos encon-tros com os Embaixadores, com os Chefes de Estado, com os Governantes das nações, quer no Vaticano, quer nos países visitados, torna-se evidente a sensi-bilidade do Chefe da Igreja Católica em relação à causa da paz”.

O sacerdote elenca “algumas vias tidas pelo Papa como fundamentais para alcançar este objecti-vo”: diálogo inter-religio-so, renúncia às armas e à violência para a resolução dos conflitos, eliminação da pobreza e da fome nos países subdesenvolvidos e a laicidade positiva.

Elias Couto, Editor de “Cristo e a Cidade”, diz por seu lado que “Bento XVI apareceu como um Papa tímido nos contactos pes-

soais” e “alguns tomaram isso como fraqueza”.

“Enganaram-se. O seu estilo talvez não seja o ide-al para a hipermediatização de que todos sofremos. Será, no entanto, profun-damente benéfico para a Igreja. Assim esta saiba aproveitar o seu exemplo e aprender com a sua sabedo-ria”, observa.

Bento XVI continuou a mostrar vontade de estar aberto ao diálogo com to-dos, não só com aqueles que vivem na Igreja, mas também com aqueles que estão fora. O diálogo entre fé e razão será, sem dúvida, uma das grandes marcas do primeiro Papa eleito no sé-culo XXI.

Aura Miguel destaca, a este respeito, “o interesse com que largos sectores intelectuais seguem este pontificado (a partir das suas interpelações cultu-rais), tendo em conta a lucidez e extraordinária capacidade do Papa para falar aos que estão de fora, ou hesitantes”.

Missões jesuítas

Património da humanidade na BolíviaCom 300 anos de vida,

as Missões dos Jesuítas na Província de Chiquitos, na Bolívia, são as únicas ainda conservadas e abertas ao culto na América do Sul. São também locais de ora-ção, mas desempenham principalmente papel fundamental na defesa da religião no país.

A estrutura das missões é parecida: uma grande pra-ça quadrada, com uma cruz no meio, a igreja com a casa

dos padres, e cemitério e edifícios públicos de um lado; armazéns e casas de índios do outro.

Originalmente, as Mis-sões Chiquitos eram um dos principais aglomerados missionários da Companhia de Jesus no Novo Mundo. A sua função primária era criar aldeias de índios con-vertidos, onde aprendiam, além de elementos da fé católica, princípios da vida social e civil, música

e artes.Construídas entre 1691

e 1760, em 1991 as Missões dos Jesuítas na Bolívia fo-ram declaradas Património Cultural da Humanidade pela UNESCO. A arquitectu-ra das igrejas é barroca, com expressões da criatividade indígena, como pinturas murais, esculturas, colunas e altares.

As igrejas foram res-tauradas na década de 60 e tiveram a sua beleza

reconquistada. Além das estruturas, foram recupe-radas também 500 parti-turas, que formam hoje a maior colecção de música barroca indígena da Amé-rica do Sul.

Nestas igrejas, entre ou-tras coisas, realiza-se o Fes-tival de Música Barroca do Renascimento na América, considerado o mais impor-tante do continente.

Rádio Vaticano

DR

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O Mensageiro8.Abril.2010

COMENTÁRIO

Orlando FernandesJornalista

O interesse de informar

NO CORAÇÃO DA IGREJA

Pe. Jorge GuardaVigário Geral da Diocese

Povo nascido na Páscoa

13OPINIÃO

RECORTES

João César das NevesEconomista

A economia é fixe*

A

uantas vezes não ouvimos dizer que

determinada situação está a ser investigada pelas au-toridades competentes, logo encontrar-se em segredo de justiça e presumivelmente ninguém poder falar sobre a matéria em público.

Quantas vezes não temos ouvido e visto nas televisões da nossa praça os nossos políticos referi-rem o segredo de justiça em matéria onde supostamente estarão envolvidos, com ar de quem lamenta a impossi-bilidade “não posso, sabe, o segredo de justiça”, eu bem queria mas não posso falar

sobre o assunto, é que o segredo de justiça…”.

Contrariando tudo isto, o Tribunal Europeu dos Di-reitos do Homem condenou recentemente Portugal por, reparem bem, pôr entraves à liberdade de expressão. Exactamente, por entraves à liberdade de expressão.

O caso em apreço já tem 10 anos. É do ano 2000 e sobre o jornalista António José Laranjeira, director do jornal “Notícias de Leiria”, que publicou uma notícia sobre uma queixa de uma paciente contra um mé-dico e autarca, ao tempo presidente da assembleia

municipal de Leiria, por abuso sexual.

O autarca e médico, acto contínuo, apresentou quei-xa contra o jornalista e a jus-tiça portuguesa condenou-o por violação do segredo de justiça, argumentando que o processo se encontrava em fase de inquérito e não podia ser divulgado e ainda pelo crime de difamação.

Dez anos depois, o Tribunal Europeu dos Di-reitos do Homem vem dar razão ao jornalista dizendo que este não fez mais que noticiar informação sobre o processo penal e ao mesmo tempo respeitar a presunção

de inocência. Diz ainda o Tribunal

Europeu dos Direitos do Homem algo de extrema importância: “O interesse público de informar sobre processos penais envol-vendo políticos é mais importante que a protecção do inquérito, o chamado segredo de justiça, e que a reputação do visado”.

Para os juízes europeus, a condenação do jornalista português pela justiça foi excessiva e com o propósito de dissuadir o exercício da liberdade de imprensa.

É conhecido há muito este conflito entre o segredo

de justiça e a liberdade de imprensa, mas este acórdão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, dando maior relevância ao interes-se público, ao interesse dos cidadãos serem informados sobre processos penais envolvendo políticos, pode ajudar a clarificar muita coisa escura que anda por aí escondida e a eliminar muitos bufos e informado-res que fazem vida do dito segredo (?) de justiça, em-porcalhando a democracia e a própria Justiça.

Q

Igreja nasceu na Pás-coa. Durante a vida e

actividade de Jesus, havia um grupo de discípulos que seguia o seu Mestre, era por Ele instruído e participava da sua missão. Não estava definido o seu horizonte

de vida nem a sua missão própria. A morte do Mestre deixou os discípulos não apenas tristes e dolorosos mas também desorienta-dos e abandonados. Alguns julgaram que estava tudo terminado e regressaram a sua casa para retomar a sua vida como antes. A ressur-reição de Jesus e sobretudo o reencontro dos discípulos com a Ele provoca um novo início: reúnem-se, fazem oração juntos, lembram o que viveram com Jesus, relêem a vida dele a partir das Escrituras Sagradas, começam a organizar-se, experimentam vivamente a Sua presença espiritual, recebem a força do Seu Es-pírito e com isso o impulso para a missão, para testemu-nharem Jesus como graça e força de Deus para quantos nele acreditam. O baptismo é concedido a quem profes-sa a fé; e quantos acreditam no Nome de Jesus reúnem-

se para celebrar a sua memó-ria e a sua presença, dando continuidade à última ceia, segundo o mandato dele recebido.

O número dos discípu-los de Jesus Cristo, dos cris-tãos, como serão chamados mais tarde, vai crescendo. O que os distingue não é simplesmente o que vivem e fazem, é a união entre eles, a fraternidade que manifes-tam, graças, a consciência de terem a presença viva do seu Senhor e o estarem animados pelo Espírito que dele receberam. É esse Es-pírito de Cristo que os guia na missão, lhes inspira a mensagem que transmitem e os fortalece perante as ad-versidades que enfrentam. Não é tudo perfeito na co-munidade original nem nas novas comunidades que se vão formando a partir do anúncio do Evangelho. Os defeitos, ambições, tensões, conflitos e outras marcas

das fraquezas humanas es-tão presentes e perturbam, mas a graça que os habita e anima fá-los superar ou minimizar os efeitos dos pecados humanos, que as-sim não impedem a Igreja de crescer e se tornar um povo numeroso em múlti-plas cidades e regiões.

A Igreja, povo nascido na Páscoa, renasce em cada ano na celebração da paixão, morte e ressurreição de Je-sus Cristo. O acolhimento, de novo, do Evangelho, o renascer da fé e a sua profissão, a evocação do baptismo, a celebração extraordinária solene da Eucaristia, a recepção do Espírito Santo, as manifes-tações de fraternidade entre os crentes e com os outros homens, tudo isto renova a vida da Igreja. Mas isto não pode ser apenas ritual, de-verá ser existencial, entrar na vida de cada cristão e da todas as comunidades.

No presente ano, o povo de Deus teve uma quaresma involuntária com a exposi-ção dos gravíssimos pecados e crimes de alguns dos seus membros. Este povo foi humilhado e envergonha-do. Há vítimas feridas que reclamam a responsabili-zação dos culpados. Houve silêncios que abafaram os pecados e há vozes que exi-gem justiça. A Igreja teve e tem que fazer penitência e suplicar perdão não apenas a Deus mas também aos homens. Precisa assim de se lavar no sangue redentor de Cristo e na submissão à justiça humana. A Igreja pas-sa pela morte e deve suplicar a graça da misericórdia e do perdão. Já não bastam as celebrações sacramentais é preciso outros sinais e gestos de arrependimento, reparação e reconciliação. Se o pecado foi de alguns e a cumplicidade estendeu-se a outros, a penitência deverá

ser de todos.A Páscoa é a grande

oferta de reconciliação e da vida nova de Jesus Cristo. Sê-lo-á tanto mais quanto a Igreja assumir com verdade os seus pecados e o arrepen-dimento. O que se confessa no início de cada celebração da Eucaristia, “Confesso a Deus e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos, palavras, ac-tos e omissões...”, adquire mais peso na actualidade... Mas Cristo pode perdoar a quem pecou e fazer sarar as feridas das vítimas... Ele assumiu em si mesmo os pecados e as feridas dos homens: perdoa aos peca-dores e sara as feridas, pelo sua bondade e misericórdia. A Páscoa é a celebração do acto de reconciliação uni-versal. A Igreja beneficia e é instrumento de acto divino realizado em Jesus Cristo. Assim renasce.

a trovoada de desâni-mo que assola o País,

depois de se lamentar a política, justiça e finanças, é costume dizer: “E o pior é a economia. A agricultura está de rastos, as pescas sumiram, a indústria aca-bou. O País não produz nem exporta. Só há centros comerciais.” Esta conclusão é não só falsa, mas estúpida e perigosa.

Portugal tem problemas político-institucionais e grave situação financeira, com dívida crescente ao estrangeiro. Uma das pou-cas coisas que sustentam a situação é a economia, que está muito mais saudável do que se diz. Há velhas distor-ções e atrasos, mas elas não explicam o mal, porque já cá andavam quando a situação era boa. Vivemos uma recessão conjuntural e o desemprego disparou, como em qualquer econo-mia saudável, mas apesar

disso o aparelho produtivo vive um intenso desenvolvi-mento e reestruturação, que passa despercebido no meio da trovoada.

Aliás alguns dos sinto-mas que os críticos invo-cam são sinais da mesma evolução. A indústria têxtil tradicional, um dos nossos antigos cancros, morreu em 2005. Justamente criti-cada há décadas e mantida artificialmente por protec-cionismo, foi finalmente devorada pela globalização, dando lugar a uma têxtil mo-derna e dinâmica. Claro que a mudança trouxe inevitável desemprego e depressão re-gional, que os críticos vêem como atraso na economia.

Basta consultar as es-tatísticas elementares para notar como a análise é fal-sa. Olhando por detrás da conjuntura para a essência estrutural, onde dizem estar o problema, esfumam-se os argumentos dos pessimis-

tas. Portugal tem hoje um nível de vida (produto per capita) mais do dobro do de 1974. As nossas exportações, que em 1980 tinham subido até 25% do PIB, eram já 34% antes do soluço de 2009. O défice externo de mercado-rias está estável há mais de 20 anos à volta de 10% do PIB. A produtividade média dos trabalhadores portugue-ses é baixa, mas cresceu até à crise (1996-2007) a 1,3% ao ano, o triplo da Espanha e próximo da Zona Euro.

Os números podiam continuar, mas todos mos-tram que, por baixo da crise, a estrutura é sólida, produtiva e exportadora. Podia ser melhor, mas não é má. O problema não está aí, mas no desperdício da-quilo que produzimos. A economia é saudável, mas é sugada por uma camada de parasitas, que ganham sem razão. Através do Or-çamento do Estado, que

é já metade do produto, a riqueza é canalizada para usos ociosos, espúrios e até bloqueantes. Aí está o mal, não na produção. Isso traz-nos de novo aos problemas políticos, institucionais e financeiros.

Como podem os crí-ticos, alguns eminentes, errar tanto o diagnóstico? A razão está na mudança da origem do valor. Grande parte dos factos que referem são reais, mas não signifi-cam o que dizem. Mostram apenas a terciarização da economia. Hoje os serviços constituem 75% do produto nacional e 60% do emprego. Há uns meros quinze anos eram 66% e 56% respecti-vamente. Esta é a fonte do lamento da morte de agri-cultura, indústria e pescas. Chama-se progresso.

Os nossos analistas não entendem que hoje produzir fisicamente não é onde se ganha dinheiro, mas nos

serviços que se prestam. Não reparam que as em-presas quase nos oferecem telemóveis, só para nos conseguirem prender ao seu tarifário. Manufacturar os bens é aquilo que os chineses fazem e vendem a desconto. Nós queremos qualidade, design, inovação, assistência técnica, manu-tenção, apoio ao cliente, informação, divertimento, arte, desporto, etc. É nis-so que Portugal, como as economias ricas, se ocupa. Mas os comentadores não repararam.

O erro já é antigo. Quan-do no século XVIII surgiu a indústria uns intelectuais defenderam que só a agricul-tura é produtiva. De facto, a terra multiplica o que se semeia, enquanto as fábri-cas só transformam o que recebem. Os especialistas actuais regressam ao erro fisiocrata.

A tão criticada qualidade

média dos nossos empresá-rios e trabalhadores é exce-lente. O mal está na péssima qualidade dos nossos inte-lectuais que, não só criaram a crise político-institucional, mas fazem um diagnóstico errado da situação.

* In DN (01/03/10)

N

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INSTITUCIONAL14 O Mensageiro8.Abril.2010

Fundador José Ferreira Lacerda Director Rui Ribeiro (TE416) Redacção Luís Miguel Ferraz (CP5023), Pedro Jerónimo (CP7104), Joaquim Santos (CP7731), Ana Vala (CP8867). Paginação O Mensageiro Colaboradores Ambrósio Ferreira, Américo Oliveira, Ângela Duarte, Carlos Alberto Vieira, Carlos Cabecinhas (Pe.), José Casimiro Antunes, Fran cis co Pereira (Pe.), D. João Alves, João Filipe Matias (CO798), Joaquim J. Ruivo, Jorge Guarda (Pe.), José António C. Santos, Júlia Moniz, Maria de Fátima Sismeiro, Orlando Fernandes, Paulo Adriano Santos, Pedro Miguel Viva (Pe.), Saúl António Gomes, Sérgio Carvalho, Verónica Ferreirinho, Vítor Mira (Pe.). Admi-nistração / Publicidade Pedro Viva (Pe.). Propriedade/Sede (Editor) Seminário Diocesano de Leiria - Largo Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA - Reitor: Armindo Janeiro (Pe.) Contribuinte 500 845 719 Contactos Tel.: 244 821 100/1 - Fax: 244 821 102 - Email: [email protected] - Web: www.omensageiro.com.pt Impressão e Expedição CORAZE - Oliveira de Azeméis - Tel: 256 600 580 / Fax: 256 600 589 - E-mail: grafi [email protected] Depósito Legal 2906831/09

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TELEFONES ÚTEISBombeiros Municipais - 244 832 122 | Bomb. Vol. Leiria (Ger.) - 244 882 015 | Bomb. Vol. Leiria (Urg.) - 244 881 120 | Bomb. Volunt. Batalha - 244 765 411 | Bomb. Volunt. P. Mós - 244 491 115 | Bomb. Volunt. Juncal - 244 470 115 | Bomb. Volunt Ourém - 249 540 500 | Bomb. V. M.te Redondo - 244 685 800 | Bomb. Volunt. Ortigosa - 244 613 700 | Bomb. Volunt. Maceira - 244 777 100 | Bomb. Vol. Marinha - 244 575 112 | Bom. Volunt. Vieira - 244 699 080 | Bom. Voltun. Pombal - 236 212 122 | Brigada de Trânsito - 244 832 473 | Câmara M. de Leiria - 244 839 500 | Câmara Eclesiástica - 244 832 539 | CENEL (Avarias) - 800 246 246 | C. Saúde A. Sampaio - 244 817 820 | C. Saúde Gorjão Henriques - 244

816 400 | C. P. (Est. de Leiria) - 244 882 027 | Cruz Vermelha - Leiria - 244 823 725 | Farmácia Avenida - 244 833 168 | Farmácia Baptista - 244 832 320 | Farmácia Central - 244 817 980 | Farmácia Coelho - 244 832 432 | Farmácia Higiene - 244 833 140 | Farmácia Lino - 244 832 465 | Farmácia Oliveira - 244 822 757 | Farmácia Sanches - 244 892 500 | Governo Civil - 244 830 900 | Guarda N. Republicana - 244 824 300 | Hospital de S.to André - 244 817 000 | Hospital S. Francisco - 244 819 300 | Polícia Judiciária - 244 815 202 | Polícia S. Pública - 244 859 859 | Polidiagnóstico - 244 828 455 | Rádio Táxis - 244 815 900 | Rádio Alerta - 244 882 247 | Rodoviária do Tejo - 244 811 507 | Teatro JLS (Cinema) - 244 823 600

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Leiria Av. Marquês de Pombal, Lote nº 2 Tel.: 244 830 460 Fátima Rotunda Sul - Ed. AzinheiraMarinha Grande Rua das Portas Verdes, 58Ourém Av. Nuno Álvares Pereira

LABETO, S.A.

na nossa estante

EDITAL N.º 3/10CARLOS MANUEL BERNARDO ASCENSO ANDRÉ, Presidente da

Assembleia Municipal de Leiria, torna público, nos termos do n.º 3 do artigo 84º, da Lei n.º 169/99, de 18/09, que no dia 16 de Abril de 2010, pelas 21.00 horas, no salão nobre do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Maceira, se realizará a sessão ordinária da Assembleia Municipal de Leiria, com a seguinte Ordem do Dia:

1. RELATÓRIO DO PRESIDENTE DA CÂMARA SOBRE A ACTIVIDADE DO MUNICÍPIO E RELATÓRIO FINANCEIRO – Apreciação nos termos da alínea e) do n.º 1, do artigo 53º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro;

2. RELATÓRIO E CONTAS DO MUNICÍPIO DE LEIRIA DE 2009 – Apreciação e votação nos termos da alínea c) do n.º 2 do art.º 3º da Lei n.º 169/99, de 18/09, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11/01;

3. RELATÓRIO E CONTAS DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE AGUA E SANEAMENTO DE LEIRIA DE 2009 - Apreciação e votação nos termos da alínea c) do n.º 2 do art.º 3º da Lei n.º 169/99, de 18/09, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11/01;

4. REGULAMENTO E TABELA DE TAXAS DO MUNICÍPIO DE LEIRIA- Apreciação, discussão e votação;

5. REGULAMENTO MUNICIPAL DE FUNCIONAMENTO DAS FEIRAS DO CONCELHO DE LERIA – Apreciação, discussão e votação;

6. REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS MUNICIPAIS E RESPECTIVO ORGANIGRAMA – Apreciação, discussão e votação;

7. REGULAMENTO DA PUBLICIDADE DO MUNICÍPIO DE LEIRIA – Apreciação, discussão e votação;

8. Revisão ao Contrato-Programa relativo aos custos financeiros associados ao financiamento das obras do Estádio Municipal de Leiria – Dr. Magalhães Pessoa - Apreciação, discussão e votação;

9. PROTOCOLO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA JUNTA DE FREGUESIA DA BARREIRA PARA REQUALIFICAÇÃO DE ARRUAMENTOS – ALTERAÇÃO DO OBJECTO Apreciação, discussão e votação;

10. PROTOCOLO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA JUNTA DE FREGUESIA DE CORTES PARA REQUALIFICAÇÃO DE ARRUAMENTOS – ALTERAÇÃO DO OBJECTO Apreciação, discussão e votação;

11. DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA CIMPL (COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DO PINHAL LITORAL) NO DoMÍNIO DA DEFESA DO CONSUMIDOR – Apreciação, discussão e votação;

12. entrada livre no castelo E museu da TORRE DE MENAGEM – ISENÇÃO DE TAXA DE ENTRADA EM DIAS COMEMORATIVOS RETROACTIVA AO DIA 28 DE MARÇO (DIA NACIONAL DOS CENTROS HISTÓRICOS) – Apreciação, discussão e votação;

13. DESIGNAÇÃO DE UM REPRESENTANTE DO MUNICÍPIO DE LEIRIA PARA O CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES (AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE) NOS TERMOS DO DECRETO-LEI N.º 28/2008, DE 22/02 – Apreciação e votação;

Para constar e devidos efeitos legais, se passou o presente Edital que vai ser afixado nos locais de estilo.

Leiria, 29 de Março de 2010O Presidente da Assembleia Municipal,(Carlos Manuel B. Ascenso André)

Angola e África na rota de PortugalManuel Ennes FerreiraEdições Colibri

Este livro é o resultado da compila-ção das crónicas OLHAR A SUL publica-das pelo autor quinzenalmente entre 2007 e 2009 no semanário Expresso. Estas crónicas “mostram não só o do-mínio absoluto dos temas sobre que o autor escreve, como os descodifica para o leitor vulgar, servindo-lhes as mesmas em doses pequenas, facilmente apreensíveis e sempre polvilhadas com uma pitada de ironia ou de humor…

Para quem quer saber o que se passa em África, em particular nos PALOP, este livro é indispensável na mesa de cabeceira ou no gabinete de trabalho. E para quem quer o exemplo de um académico que sabe descodificar e tornar interessantes os temas mais complicados e áridos, ei-lo nestas páginas. É comprar, ler e aprender e tenho a certeza que não se vai arrepender.”

Prazeres Rotas e VidasOtilina SilvaEdições Colibri

Prazeres Rotas e Vidas procura valorizar, num tempo de autoras im-previstas, cada instante que a vida nos proporciona.

Aos jovens, nos seus dilemas e desafios, incute esperança, Àqueles a quem a vida maltratou, lembra que o Criador nos dotou de uma Razão, que se não limita a apontar erros, porque é capaz de traçar novos ca-minhos e lutar pela Felicidade do instante que passa.

Em 2007, a bordo do navio de cruzeiros “Splendour of the Seas”, numa viagem de Portugal ao Brasil, cinco senhoras partilharam refeições e ideias.

Apesar das vivências e profissões diferenciadas, acabaram por se tornar amigas no convívio do dia a dia.

Nas horas de lazer que a viagem proporciona, abordaram o sagrado e o profano; falam das suas experiências de vida, da droga, do pra-zer, da edução, da família, das suas emoções e saberes. Temas como Freud, Moisés, valores estéticos e viagens são também assunto de conversa.

Algumas dessas amigas voltaram a encontrar-se no Transiberiano, o grande expresso, em 2009. na descoberta de culturas e lugares, partilharam novos conhecimentos e amizades.

Este livro é o resultado da compila-ção das crónicas OLHAR A SUL publica-das pelo autor quinzenalmente entre 2007 e 2009 no semanário Expresso. Estas crónicas “mostram não só o do-mínio absoluto dos temas sobre que

se passa em África, em particular nos PALOP, este livro é

Prazeres Rotas e Vidas procura valorizar, num tempo de autoras im-previstas, cada instante que a vida nos

95 anos de (in)formação diferenteO

MENS

AGEIR

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Page 15: 4804#OMENSAGEIRO#8ABR

O Mensageiro8.Abril.2010 15DESPORTO

liga sagres

I LIGAliga vitalis

II LIGA

Equipa J V E D Pts1.º Beira-Mar 25 14 4 7 462.º Portimonense 25 13 5 7 443.º Santa Clara 25 11 10 4 434.º Oliveirense 25 12 6 7 425.º Feirense 25 11 8 6 416.º D. Aves 25 9 10 6 377.º Trofense 25 9 6 10 338.º Freamunde 25 8 8 9 329.º Gil Vicente 25 8 8 9 3210.º Penafiel 25 7 10 8 3111.º Fátima 25 7 10 8 3112.º Estoril 25 6 12 7 3013.º Sp. Covilhã 25 6 8 11 2614.º Varzim 25 5 11 9 2615.º D. Chaves 25 5 9 11 2416.º Carregado 25 4 5 16 17

Equipa J V E D Pts1.º Benfica 25 20 4 1 642.º Sp. Braga 25 18 4 3 583.º Porto 25 16 5 4 534.º Sporting 25 11 8 6 415.º V. Guimarães 25 10 6 9 366.º U. Leiria 25 9 7 9 347.º P. Ferreira 25 8 9 8 338.º Nacional 25 9 5 11 329.º Marítimo 25 9 5 11 3210.º Naval 25 8 5 12 2911.º Rio Ave 25 6 10 9 2812.º Académica 25 6 7 12 2513.º V. Setúbal 25 5 9 11 2414.º Olhanense 25 4 12 9 2415.º Leixões 25 4 6 15 1816.º Belenenses 25 2 9 14 15

zonacentro

Equipa J V E D Pts1.º Arouca 26 14 6 6 482.º Pampilhosa 26 13 7 6 463.º Tourizense 26 12 7 7 434.º Esmoriz 26 12 6 8 425.º Tondela 26 12 6 8 426.º Mafra 26 11 8 7 417.º Sertanense 26 10 6 10 368.º Operário 26 10 5 11 359.º Praiense 26 9 8 9 3510.º U. Serra 26 8 8 10 3211.º Eléctrico 26 8 7 11 3112.º Marinhense 26 8 7 11 3113.º Ac. Viseu 26 7 9 10 3014.º Monsanto 26 6 10 10 2815.º Ol. Bairro 26 7 6 13 2716.º V. Pico 26 6 4 16 22

fed. portuguesa futebol

II DIVISÃO22.ª Jornada (28.03) Guiense x Outeirense (3-2), Pedroguense x Bombarralense (2-1), Pilado x Meirinhas (0-1), Gaeirense x Alq. Serra (3-2), Marrazes x Alcobaça (0-3), Beneditense x Pataiense (2-0), Valcovense x Nazarenos (1-1), Ansião x Fig. Vinhos (0-0)

ass. futebol de leiria

HONRA

23.ª Jornada (11.04) Fig. Vinhos x Guiense, Outeirense x Pedroguense, Bombarralense x Pilado, Meirinhas x Gaeirense, Alq. Serra x Marrazes, Alcobaça x Beneditense, Pataiense x Valcovense, Nazarenos x Ansião

Equipa J V E D Pts1.º Bombarralense 22 18 3 1 572.º Guiense 22 14 4 4 463.º Alcobaça 22 13 6 3 454.º Nazarenos 22 12 4 6 405.º Pataiense 21 12 1 8 346.º Valcovense 22 9 6 7 337.º Alq. Serra 21 9 6 6 338.º Beneditense 22 8 6 8 309.º Pedroguense 22 8 3 11 2710.º Gaeirense 22 6 7 9 2511.º Ansião 22 5 8 9 2312.º Marrazes 22 4 10 8 2213.º Fig. Vinhos 22 5 5 12 2014.º Meirinhas 22 5 5 12 2015.º Outeirense 22 5 3 14 1816.º Pilado 22 2 5 15 11

Equipa J V E D Pts1.º Anadia 2 2 0 0 282.º Sp. Pombal 2 0 1 1 263.º Sourense 2 1 1 0 254.º Gândara 2 1 1 0 225.º F. Algodres 2 0 1 1 226.º Mangualde 2 0 0 2 16

2.ª Jornada, fase de subida (03.04) Gândara x Mangualde (3-1), F. Algodres x Sourense (1-2), Anadia x Sp. Pombal (4-1)

3.ª Jornada, fase de subida (11.04) Gândara x F. Algodres, Sourense x Anadia, Mangualde x Sp. Pombal

Equipa J V E D Pts1.º Caldas 2 1 0 1 172.º Peniche 2 1 1 0 163.º Sintrense 2 1 1 0 154.º Portomosense 2 0 0 2 115.º Ol. Moscavide 2 1 1 0 106.º Gavionenses 2 0 1 1 8

2.ª Jornada, fase de manutenção (03.04) Portomosense x Ol. Moscavide (0-1), Gavionenses x Sintrense (0-0), Peniche x Caldas (3-1)

3.ª Jornada, fase de manutenção (11.04) Portomosense x Gavionenses, Sintrense x Peniche, Ol. Moscavide x Caldas

série Dfed. portuguesa futebol

III DIVISÃO série E

26.ª Jornada (11.04) U. Leiria x Sp. Braga (10.04), V. Setúbal x Académica (12.04), Benfica x Sporting (13.04), V. Guimarães x Olhanense, Rio Ave x Porto (10.04), Marítimo x Belenenses, Naval x Nacional (09.04), Leixões x P. Ferreira

26.ª Jornada (11.04) D. Chaves x Gil Vicente (10.04), Varzim x Penafiel, Estoril x Carregado (10.04), Oliveirense x D. Aves, Feirense x Fátima, Portimonense x Sp. Covilhã, Freamunde x Trofense, Beira-Mar x Santa Clara (10.04)

27.ª Jornada (11.04) Ol. Bairro x Arouca, Praiense x Operário, Monsanto x Mafra, Pampilhosa x Sertanense, Ac. Viseu x Tondela, Marinhense x V. Pico, Tourizense x Eléctrico, U. Serra x Esmoriz

25.ª Jornada (03.04) Sp. Braga x V. Guimarães (3-2), Olhanense x V. Setúbal (2-2), Naval x Benfica (2-4), Académica x U. Leiria (0-0), Nacional x Leixões (1-0), P. Ferreira x Belenenses (0-0), Porto x Marítimo (4-1), Sporting x Rio Ave (5-0)

25.ª Jornada (03.04) Fátima x Portimonense (0-1), Carregado x Feirense (0-1), Santa Clara x Sp. Covilhã (1-1), Freamunde x Estoril (0-2), Penafiel x D. Chaves (2-0), Gil Vicente x Oliveirense (1-0), D. Aves x Varzim (2-0), Trofense x Beira-Mar (0-1)

26.ª Jornada (03.04) Arouca x Praiense (1-0), Operário x Monsanto (2-1), Mafra x Pampilhosa (1-0), Sertanense x Ac. Viseu (0-0), Tondela x Marinhense (2-0), V. Pico x Tourizense (2-1), Eléctrico x U. Serra (1-0), Esmoriz x Ol. Bairro (1-1)

Nota As equipas partem para as fases de subida e manutenção com metade dos pontos conquistados - arredondados por excesso - na fase regular. Sobem à II divisão os dois primeiros classificados (série D) e descem aos distritais os três últimos (série E).

André Santos (U. Leiria, à esquerda) e Sougou (Académica e ex-U. Leiria, à direita), no empate (0-0), em Coimbra

Lusa

Futebol | Equipa leiriense persegue 5.º lugar... com ‘grandes’ no caminho

União europeia decide-se em cinco jogosSp. Braga, Sporting e

Porto, são os três ‘grandes’ que a equipa leiriense irá receber, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, até ao final do campeonato. Jogos decisivos, juntamente com mais dois fora de casa, para testar as reais capacidades da U. Leiria se assumir, ou não, como candidata a um lugar na Liga Europa, na próxima época. Para tal, é preciso chegar ao 5.º lugar, que está a dois pontos de distância.

“Liga Europa? Existem outras equipas, como o Marítimo, Nacional ou V. Guimarães, que apostaram tudo nesse objectivo. A nós resta-nos continuar a so-nhar”, comentou o técnico leiriense, Lito Vidigal, após o jogo com a Académica, referente à última jorna-da – O Mensageiro cita A Bola. “Faltam cinco jogos e o nosso dever passa por continuarmos a ser sérios e profissionais, tentando sempre vencer todos os jogos”, acrescentou.

Declarações prudentes, atendendo ao calendário da U. Leiria (ver quadro, ao lado), que apresenta cinco

autênticas ‘finais’. Se não, vejamos: o Sp. Braga está, surpreendentemente, na luta pelo título; o Nacio-nal ainda aspira pelo 5.º lugar; o Sporting, ainda que arredado do título, é sempre um ‘grande’ e está, actualmente, a conseguir bons resultados, depois de

um período desfavorável; o Belenenses luta, desespe-radamente, pela fuga aos últimos lugares, de modo a garantir a permanência; o Porto, é o actual campeão nacional e candidato à vitó-ria em qualquer reduto.

Recorde-se que a U. Lei-ria amealhou, na primeira

volta, diante das referidas equipas, seis pontos em 15 possíveis: vitórias frente ao Sporting (1-0), no Estádio de Alvalade, e Beleneneses (1-0), em Leiria, e derrotas em Braga (0-2), frente ao Nacional (1-2), em Leiria, e Porto (2-3), no Estádio do Dragão.

‘Enchentes’ à vistaPara além dos interesses

desportivos do próximo U. Leiria x Sp. Braga, há ainda a possibilidade de o Dr. Magalhães Pessoa registar assistências superiores ao que tem sido habitual. O primeiro já deu sinais disso mesmo, com o clube minhoto a requisitar 8.000 ingressos, segundo A Bola.

Um valor superior ao registado na última época em que a U. Leiria esteve na I Liga, 2007/08, em que a assistência se ficou pelos 685 espectadores (U. Leiria x Sp. Braga, 0-0). O mesmo sucedeu nos restantes jogos com os ‘grandes’: 4.450 es-pectadores (U. Leiria x Por-to, 0-3) e 4.735 (U. Leiria x Sporting, 4-1).

Pedro Jerónimo [email protected]

Jogos até ao final da I LigaU. Leiria x Sp. Braga, 9 de Abril, 19h15, 26.ª jornadaNacional x U. Leiria, 18 de Abril*, 27.ª jornada U. Leiria x Sporting, 25 de Abril*, 28.ª jornada Belenenses x U. Leiria, 2 de Maio*, 29.ª jornada U. Leiria x Porto, 9 de Maio*, 30.ª jornada * Data e/ou hora passiveis de alteração, pela Liga de Clubes

Realiza-se, de 9 a 11 de Abril, mais uma edição do Rallye de Regularidade Verde Pino, destinado a veículos clás-sicos, pré-clássicos e desportivos até aos nossos dias.

Depois de marcar o arranque das Provas de Clássicos em Portugal nos

anos 90 e do interregno de 12 anos a que foi sujeito, o Rallye Verde Pino regressou o ano passado. Procurando a simplicidade de participação com os menores custos possíveis, esta prova é destinada a todos aqueles que gostam de gozar o seu automó-

vel. Com este objectivo, foi escolhido um itinerário com cerca de 600 Kms, que junta várias componentes como a gastronómica, a paisagística e a desportiva.

Mais informações, sobre a prova, em www.kart-leiria.com.

Rallye Verde Pino passa na região

Futebol | Visitantes mais fortes nas 1⁄2 finaisTaça Distrito já tem finalistas

Alcobaça e Pataiense vão disputar a Taça Distrito da Associação de Futebol de Leiria, cuja final está agenda-da para o dia 3 de Junho. Nas 1⁄2 finais, disputadas a 3 de Abril, Nazarenos x Alcobaça (0-1) e Outeirense x Pataiense (0-2) foram os resultados.

Andebol | Colégio João de Barros e Juve LisRegresso da 1.ª divisão

A fase final do campeonato nacional da 1.ª divisão, feminino, regressa, no dia 10 de Abril, após interregno, devido às celebrações quaresmais e pascais. Colégio João de Barros x Colégio de Gaia, 15h30, Pavilhão da Gândara, Leiria, e Juve Lis x Juventude do Mar, 18h45, Pavilhão da Juve Lis, Leiria, são os jogos onde estão envolvidas equipas do Distrito (4.ª jornada).

Futsal | Ribafria e Louriçal Jovens campeões na Taça Nacional

A equipa de juvenis do C.R.P. Ribafria, Benedita, Alcobaça, sagrou-se campeã distrital, ao vencer (4-2) a A.C.R.D. Louriçal, na final, disputada no Pavilhão da Fon-te do Oleiro, Porto de Mós, dia 2 de Abril. Seguidamente, a equipa irá disputar a Taça Nacional, referente àquele escalão, tal como a U. Leiria, que recentemente também se sagrou campeã distrital, mas em juniores.

Entretanto, já são conhecidas as datas e locais das finais da Taça Distrito: U. Leiria x Instituto D. João V (juvenis masculinos), dia 17, 16h00, e Casa do Benfica das Caldas da Rainha x Núcleo Sportinguista de Leiria (ju-niores masculinos), 18h15, ambos no Pavilhão da A.D.R. Barreiros, Leiria; A.D.R Barreiros x G. Serro Ventoso (ini-ciados masculinos), dia 25, 15h30, e C.R. Golpilheira x U.D. Caranguejeira (seniores femininos), 17h30, ambos no Pavilhão “A Portuguesa”, Pocariça, Maceira, Leiria.

Natação | Bairro dos Anjos“Prata” no I Inter-distrital

Náutico Coimbra (1.ª divisão) e Sociedade Colombo-fila Cantanhedense (2.ª divisão) venceram o I Inter-dis-trital de Clubes, que decorreu nas piscinas municipais de Leiria, dia 27 de Março. Na prova, onde estiveram presentes os melhores clubes das associações de Leiria, Aveiro Coimbra e Santarém, destaque para o Bairro dos Anjos (2.º lugar, 1.ª divisão) e o Clube de Natação de Alcobaça (5.º, 1.ª divisão), bem como Clube Naval da Nazaré (2.º, 2.ª divisão) e Núcleo Amador de Pombal (8.º, 2.ª divisão).

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8ABRIL2010ÚLTIMA Nenhuma das grandes religiões se estabeleceu jamais por meio da intelectualidade. A ela acodem sempre mais tardeos intelectuais, não em busca de mais intelectualidade, mas na esperança de encontrar aquele caminho de vida e aquelaressurreição que os seus sistemas puramente fi losófi cos lhes não podem dar. Agostinho da Silva, fi lósofo português (1906-1994)

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No dia 26 Março, na Biblioteca Municipal de Leiria, a ADLEI reuniu em assembleia-geral para debater o Centro Históri-co de Leiria. Tendo como objectivo a criação de um “novo impulso”, participa-ram como oradores Teresa Barata Salgueiro, professora catedrática de Geografia na Universidade de Lisboa e directora do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, João Rodeia, professor da Universidade de Évora e presidente da Ordem dos Arquitectos e Lino Pereira, vereador da Câmara Municipal de Leiria.

Os participantes na as-sembleia concluiram que em termos de intervenção, terá de haver uma visão estratégica para a cidade, com definição de pontos fortes e pontos fracos. Essa visão tem de ser construída de forma participada e não definida isoladamente em gabinetes. É necessário definir objectivos e as regras terão de ser claras, não podendo haver moro-sidade nos processos. A in-tervenção deverá ter várias dimensões: cultura, lazer e comércio – três âncoras de

intervenção nas cidades. Por outro lado, o programa de acção deve prever instru-mentos de intervenção bem definidos que permitam lidar com situações mais complexas.

Em termos de dinamiza-ção, os centros das cidades devem ter vida em perma-nência. Por outro lado, há cada vez mais, necessidade do “tempo lento”, espaços que permitam conversar, passear, porque as pessoas têm uma vida muito agitada e procuram isso. Há ainda a questão do estatuto social que a frequência de um comércio de certo tipo, mais exclusivo, confere. As pessoas procuram esse estatuto social.

Considerou-se ainda

que uma recuperação de qualidade de um Centro Histórico é demorada, im-plica recursos importantes, ponderação política e técni-ca, devendo-se estudar pre-viamente casos análogos de outras cidades. Que não há reabilitação urbana sem pessoas a viver lá. É pre-ciso captá-las. A população residente actual já não resiste, é preciso prever habitações para famílias jo-vens, considerar o mercado da 3.ª idade, o mercado das profissões criativas. Que é necessário desenvolver políticas de proximidade, promover a cidadania e o espírito crítico consolida-do sobre o que vêem. Criar grupos, associações, em torno do centro histórico,

valorizar o antigo acabando com o anátema de que “o que é novo é que é bom”, assim como se considerou importante estimular o comércio tradicional, de qualidade e fixar indústrias criativas. Em termos de re-abilitação, é necessário que os equipamentos colectivos do Centro Histórico sejam da melhor qualidade, para poderem resistir através dos tempos. Quanto a in-centivos, é importar criar mecanismos fiscais que atraiam e fixem pessoas, criando mecanismos legais que “penalizem fiscalmente a construção nova”.

Foi sugerida a criação de um Centro de Interpretação do Centro Histórico de Lei-ria, a realização do levan-

tamento do património religioso de Leiria, a edição de roteiros, a realização de exposições e outras iniciativas que valorizem a sua história, memória e identidade, assim como equacionar a criação de um museu judaico.

De acordo com a Câma-ra Municipal de Leiria o Centro Histórico necessita de intervenção urgente em cerca de 200 edifícios. Esta dimensão pode ser conside-rada simultaneamente um problema e uma vantagem. Problema pelos elevados custos de investimento a que obriga, vantagem por-que garante massa crítica suficiente que justifique o necessário investimento e a sua consequente rentabi-

lidade. O Município de Lei-ria pretende direccionar os assuntos relacionados com o Centro Histórico, para um Gabinete com competências específicas para o efeito, es-tando a estudar a modalida-de de intervenção, através da ponderação da criação de uma sociedade de re-abilitação urbana. Foram ainda enunciadas as obras de intervenção previstas a curto prazo pela autarquia: intervenção na zona alta da cidade; reforço da ilumina-ção pública; construção de um centro cívico na zona do “buraco”, intervenções ao nível da reorganização do trânsito.

Assembleia-geral da ADLEI conclui

É preciso “valorizar o antigo” no Centro Histórico de Leiria

Fotos

: DR