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ANO 97 - N.º 4844 FUNDADOR José Ferreira Lacerda DIRECTOR Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt ECONOMY 27 JANEIRO 2011 CAMPANHA P. 8 DESTAQUE ECLESIAL CULTURA SOCIEDADE MOBILIDADE HUMANA E EVANGELIZAÇÃO OS DESAFIOS DE UM NOVO MILÉNIO D. ANTONIO MARIA VEGLIÒ PRESIDENTE DO CONSELHO PONTEFÍCIO PARA PASTORAL DOS MIGRANTES E ITENERANTES Artistas em Fátima | P. 8 “Encontr’ArTe” Alunos de EMRC | P. 8 “The Playar” no Teatro Miguel Franco Semana do Consagrado | P. 11 “Beleza de Deus” Igreja pondera criar | P. 11 Gabinetes de Aconselhamento à família Entrevista ao pároco de Monte Redondo e Coimbrão, padre Joaquim Jesus João | P. 9 “FOMENTO DA PARTILHA ENTRE IRMÃOS DA MESMA FÉ E CARIDADE” 5 de Fevereiro | P. 5 “Dia de Miguel Torga em Leiria” Com obras inéditas | P. 5 Pombal acolhe Festival CriaSons Na SAMP, Leiria | P. 5 Recital de Contrabaixo Ciclo para Bebés | P. 4 “Sons do mar” em Alcobaça Presidenciais em Leiria | Últ. Distrito votou em Cavaco Silva Ainda o Ensino Particular | P. 7 “O governo socialista pretende suprimir este tipo de escolas” Hospital de Leiria | P. 6 Nova Unidade DR/Pintura sobre a passagem bíblica em que Jesus caminha sobre as águas (Mt. 14, 22-36) DR

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O Mensageiro (O Mais Antigo Semanário do Distrito de Leiria): Edição de 27 de Janeiro de 2011 (N.º 4844).

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ANO 97 - N.º 4844

FUNDADOR José Ferreira LacerdaDIRECTOR Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

Nº DE2703206MPCECONOMY

27 JANEIRO 2011CAMPANHA

P. 8

DESTAQUE

ECLESIALCULTURA SOCIEDADE

MOBILIDADE HUMANA E EVANGELIZAÇÃO OS DESAFIOS DE UM NOVO MILÉNIO

D. ANTONIO MARIA VEGLIÒ PRESIDENTE DO CONSELHO PONTEFÍCIO PARA PASTORAL DOS MIGRANTES E ITENERANTES

Artistas em Fátima | P. 8

“Encontr’ArTe”

Alunos de EMRC | P. 8

“The Playar” no Teatro Miguel Franco

Semana do Consagrado | P. 11

“Beleza de Deus”

Igreja pondera criar | P. 11

Gabinetes de Aconselhamento à família

Entrevista ao pároco de Monte Redondo e Coimbrão,padre Joaquim Jesus João | P. 9

“FOMENTO DAPARTILHA ENTRE IRMÃOSDA MESMA FÉ E CARIDADE”

5 de Fevereiro | P. 5

“Dia de Miguel Torga em Leiria”

Com obras inéditas | P. 5

Pombal acolhe Festival CriaSons

Na SAMP, Leiria | P. 5

Recital de Contrabaixo

Ciclo para Bebés | P. 4

“Sons do mar” em Alcobaça

Presidenciais em Leiria | Últ.

Distrito votou em Cavaco Silva

Ainda o Ensino Particular | P. 7

“O governo socialista pretende suprimir este tipo de escolas”

Hospital de Leiria | P. 6

Nova Unidade

DR/Pint

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DESTAQUE2 O Mensageiro27.Janeiro.2011

1. Um Continente em contínua ebulição

O cristianismo está presente há dois mil anos na Europa. No entanto, este Continente está marcado por um profundo movi-mento de descristianiza-ção. Perante esta situação paradoxal, João Paulo II es-creveu na Exortação Apos-tólica Ecclesia in Europa, de 29 de Junho de 2003, que “a Igreja apresenta-se no início do terceiro milénio com o mesmo anúncio de sempre, que constitui o seu único tesouro: Jesus Cristo é o Senhor; só há salvação n’Ele, e em mais ninguém (cf. Act 4, 12). A fonte da esperança, para a Europa e para o mundo inteiro, é Cristo; e a Igreja é o canal pelo qual passa e se difunde a onda de graça que brotou do Coração trespassado do Redentor”.

A Europa é um Conti-nente em que coexistem nações, povos e culturas diferentes. Há zonas geográ-ficas com sua identidade, língua e tradição. Nenhum país europeu, no entanto, se pode considerar, hoje, livre das problemáticas do macrofenómeno das migrações contemporâne-as. Segundo estimativas oficiais, os não-nacionais presentes na União Euro-peia, em 2007, eram 28 milhões, ou seja, 5,5% da população total; 32% destes, vindos de países europeus não pertencentes à União, 22% da África, 16% da Ásia e 15% das Américas. Natural-mente, estes números são mais elevados se tivermos em conta os que, neste entretanto, adquiriram a cidadania. Em termos abso-lutos, a Alemanha, França, Espanha, Reino Unido e Itá-lia registam actualmente o maior número de cidadãos estrangeiros.

Tendo em consideração estes dados, surgem em toda a parte sinais preocu-pantes de esmorecimento e confusão, mesmo sob o impulso do fenómeno mi-gratório. O primeiro destes é a busca excessiva de autonomia do homem em relação a Deus. A pessoa humana, na verdade, cada vez mais tenta concentrar a sua actividade científica, técnica, cultural e política nas suas próprias mãos.

Assim, a partir do século XVIII, Deus foi posto à margem do mundo, mas sem interferir nas activi-dades do homem. Desta forma, também o universo é deixado ao homem como o único dominador, que o manipula a seu belo prazer, com o risco de provocar da-nos irreparáveis em todo o ecossistema, mas também no complexo mundo das relações interpessoais e, até mesmo, na busca de valores e sentido da existência.

Um segundo elemento a ser considerado refere-se às mudanças éticas que estão ocorrendo na socie-dade contemporânea, com particular destaque para a desintegração da família, para a pouca valorização do casamento, para o ape-lo ao aborto, para o uso e consumo da sexualidade como utilidade comercial sem amor, para a falta de protecção da vida nascente, para a depreciação do ido-so e, em geral, das pessoas com deficiência.

Enfim, a União Euro-peia actualmente está-se deparando com uma forte crise económica. Muitos postos de trabalho foram perdidos e especialmente os migrantes estão enfren-tando condições de grave insegurança. De facto, no contexto dos movimentos migratórios, é óbvio para todos que não se reserva a devida atenção à defesa da dignidade da pessoa humana, criada “à imagem e semelhança” de Deus. Aliás, precisamente neste contexto, devemos denun-ciar, com tristeza, que em muitas regiões da Europa ocorreram, nos últimos anos, desprezíveis ataques contra os imigrantes, que muitas vezes foram víti-mas de intolerância, discri-minação e xenofobia, com episódios de racismo, ainda que isolados .

2. A Chaga da Irregularidade

O confronto com a reali-dade da imigração irregular tornou-se inevitável. A este respeito é difícil ter núme-ros precisos, mas de acordo com avaliações recentes os imigrantes em situação ir-regular seriam entre 4,5 e 8 milhões, com um aumento calculado entre 350.000 e

500.000 por ano. As áreas de fronteira, onde são interceptados ou tentam entrar em maior número, são aquelas entre a Eslo-váquia e a Ucrânia, entre a Eslovénia e a Croácia, entre a Grécia e a Albânia e entre a Grécia e a Turquia. Além disso, é claro, são conside-radas zonas extremamente “quentes” Ceuta e Melilla, as Ilhas Canárias e a Sicília. Entre os migrantes irre-gulares vindos do Sul há sobretudo marroquinos (cerca de 70%), seguidos pelos subsaarianos, eritreus e egípcios.

A Política Migratória Europeia actualmente en-contra-se numa fase crítica, pois, à necessidade de co-ordenação e harmonização, contrapõe-se a dificuldade de cada um dos Estados em ceder a algumas prerrogati-vas nesta área. Ao mesmo tempo, continua ainda o fecho das fronteiras, resul-tando na impossibilidade para os imigrantes de entrar regularmente, para além das quotas admitidas.

Finalmente, não po-demos permanecer silen-ciosos diante das chagas do tráfico e do comércio de seres humanos, envol-

vendo especialmente as jovens – recrutadas por organizações criminosas e forçadas à prostituição – e as crianças, com o despre-zível desenvolvimento do tráfico de órgãos.

3. A Voz do Magistério da Igreja

A Instrução Erga Mi-grantes Caritas Christi, publicada em 2004 pelo nosso Conselho Pontifício, adiciona a essa sumária descrição: “a emigração dos núcleos familiares e a feminina, tornando-se, esta última, cada vez mais consistente. Contratadas frequentemente como tra-balhadoras não qualificadas (trabalhadoras domésticas), e empregadas no trabalho submerso, as mulheres são privadas, amiúde, dos mais elementares direi-tos humanos e sindicais, quando não caem vítimas do triste fenómeno conhe-cido como “tráfico huma-no” que já não poupa nem mesmo as crianças” (n. 5). Além disso, o Documento estigmatiza esta realidade como “um novo capítulo da escravidão” (Ibidem). Como visão positiva, então, incentiva “a busca de uma

nova ordem económica in-ternacional para uma mais justa distribuição dos bens da terra, que contribuiria não pouco, de resto, para reduzir e moderar os fluxos de uma numerosa parte da população em dificuldade. Daí a necessidade também de um empenho mais in-cisivo para criar sistemas educativos e pastorais, com vista de uma forma-ção à “mundialidade”, isto é, a uma nova visão, da comunidade mundial, considerada como família de povos, à qual finalmen-te são destinados os bens da terra, numa perspectiva do bem comum universal” (n. 8).

O Papa Bento XVI, na Mensagem para a Celebra-ção do Dia Mundial do Mi-grante e do Refugiado, que coincide justamente com a data de hoje (doravante DMMR 2011), convida a considerar que a humani-dade é “uma só família de irmãos e irmãs em socieda-des que se tornam cada vez mais multi-étnicas e intra-culturais”, graças também às migrações, que geral-mente constituem uma experiência difícil, embora nas variegadas tipologias, que o fenómeno assume. De facto, existem as migra-ções “internas ou interna-cionais, permanentes ou periódicas, económicas ou políticas, voluntárias ou forçadas”, escreve o Papa. Trata-se de movimentos que levam, em todos os casos, a uma mistura de etnias, culturas e religiões que torna o diálogo uma ferramenta necessária para “uma serena e frutuo-sa convivência no respeito das legítimas diferenças”. Com efeito, na Oração do Angelus, de 17 de agosto de 2008, ele advertira so-bre episódios deploráveis de intolerância, que não deixam de ocorrer mesmo no nosso tempo, e tinha dito que “uma das grandes conquistas da humanidade é precisamente a superação do racismo. Infelizmente, porém, registram-se em vários países novas mani-festações preocupantes. Oremos, para que em todos os lugares cresça o respeito por cada pessoa, juntamen-te com a consciência res-ponsável de que somente

no acolhimrnto mútuo de todos é possível construir um mundo caracterizado por uma verdadeira justiça e verdadeira paz”.

4. Os Desafios da Evangelização

A pastoral da mobili-dade humana, superada a emergência da ajuda hu-manitária que sempre está implicada nos movimentos migratórios e que responde à urgência da caridade, hoje enfrenta o desafio da reno-vada proclamação da Boa Nova aos migrantes. O es-forço dos Agentes de pasto-ral, nesse contexto, tende a descobrir e explorar tudo o que há de belo, verdadeiro e bom nas diferentes cultu-ras, em consonância com o apelo que já São Paulo diri-gia à comunidade cristã de Filipos, com estas palavras: “ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, ou que de algum modo mere-ça louvor (4,8). Promover a nova evangelização, na ver-dade, significa buscar o que permite a abertura ao Evan-gelho e seu acolhimento, preocupando-se em fazer crescer as “as sementes do Verbo” (Ad Gentes, n.15). É por isso que – diz a Instru-ção Erga Migrantes Caritas Christi – “os Consagrados e as Consagradas, as Comu-nidades, os Movimentos Eclesiais e as Associações de Leigos, e também os Agentes de Pastoral, de-vem sentir-se empenhados em educar sobretudo os cristãos ao acolhimento, à solidariedade e à abertura aos estrangeiros, a fim de que as migrações se tornem uma realidade sempre mais “significativa” para a Igreja, e os fiéis possam descobrir os Semina Verbi [as semen-tes do Verbo] presentes nas diversas culturas e religiões”.

A tarefa dos agentes de pastoral da mobilidade humana, portanto, é o de semear a Palavra de Deus, concentrando-se especial-mente nos caminhos do acolhimento e nos meios mais adequados para a integração. Sobre estes temas, Bento XVI insistiu, saudando os participan-tes da Sessão plenária de nosso Conselho Pontifício, no último dia 28 de Maio.

Conferência de D. Antonio Maria Vegliò (Presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes)

Mobilidade humana e evangelização: os desafios de um novo milénio

DR

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3O Mensageiro27.Janeiro.2011 DESTAQUE

Cerca de uma centena de agentes sócio-pastorais das migrações analisaram, entre os dias 14 e 16 de Janeiro, os fluxos migra-tórios e as respostas de acolhimento e integração propostas pela sociedade portuguesa ao longo da primeira década do tercei-ro milénio.

Do debate que marcou o XI Encontro de Formação de Agentes Sócio-Pastorais das Migrações, organizado pela Agência Ecclesia, Caritas Portuguesa e Obra Católica Portuguesa de Migrações, resulta um conjunto de constatações e desafios que agora se assumem:

1. A primeira década do séc. XXI ofereceu um quadro variável nos fluxos migratórios ocorridos na sociedade portuguesa: pri-meiro a entrada de grande número de imigrantes do Leste, depois da comuni-dade brasileira, terminando a década com um abranda-mento da imigração e au-mento da emigração;

- os agentes sócio-pasto-rais das migrações desejam adequar as suas respostas às transformações da mobilidade humana, em Portugal, permanecendo fiéis à atenção prioritária a cada pessoa e à defesa da sua dignidade, sempre mais importante do que questões económicas.

2. Os fluxos migratórios implicam sempre ameaças e oportunidades para o mi-grante, o seu país de origem e o de acolhimento, tanto a nível económico, social como cultural;

- aos agentes sócio-pastorais das migrações compete combater as ame-aças e concretizar oportu-nidades para viabilizar o desenvolvimento humano dos migrantes, dos países de origem e dos países de acolhimento

3. A chegada das pri-meiras vagas de imigrantes de países social e cultural-mente diferentes de Portu-gal nem sempre encontrou projectos de acolhimento e integração estáveis e adequados às suas carac-terísticas

- os agentes sócio-pasto-

rais das migrações querem promover a interculturali-dade, tanto nos contactos formais como informais, cumprindo o desafio pri-meiro de todo acolhimen-to: conhecer o outro sem generalizar conceitos ou preconceitos.

4. A definição de po-líticas de acolhimento e integração ao longo da primeira década, exemplar para outros países da União Europeia, foi-se consoli-dando pela adequação de projectos e estruturas aos fluxos migratórios emer-gentes

- importa não recuar na aposta interministerial do Plano de Integração de Imigrantes em curso, na atenção permanente a novos problemas entre a população imigrante, como idosos indocumen-tados e abandonados e a promoção da diversidade e da interculturalidade.

5. Os fluxos migratórios não são suficientes para resolver o problema portu-guês do rejuvenescimento da população e das lacunas no mercado de trabalho, mesmo que assumam um importante papel de ajus-tamento demográfico;

- sendo sobretudo cultural, o equilíbrio de-mográfico resulta de polí-ticas públicas e privadas de protecção à família e incentivo à natalidade, a acontecer num quadro de transformação de valores colectivos e comportamen-tos pessoais.

6. Os imigrantes tam-bém são vítimas da crise económica e social, estan-do expostos a situação de maior vulnerabilidade e a tensões sociais nos países de acolhimento pela cres-cente procura de todos os postos de trabalho;

- os agentes sócio-pas-torais das migrações terão

particular atenção aos imi-grantes destituídos de di-reitos, procurando garantir protecção social para todos, sobretudo os que, por causa da perda do emprego, veêm a sua situação de regularida-de ameaçada.

7. A multietnicidade e o multiculturalismo que caracterizam a sociedade europeia, em crescimento também por causa dos fluxos migratórios, impli-cam diferentes formas de pertença religiosa e estão na origem de um quadro inter-religioso nos vários países;

- os animadores pas-torais das migrações, neste contexto, desejam ser agentes facilitadores da coexistência pacífica e da partilha de valores co-muns, tendo por objectivo alcançar uma “síntese cul-tural” que resulte também da mensagem universal do Evangelho e que fomente o pluralismo como um meio de desenvolvimento humano.

XI Encontro de Formação de Agentes Sócio-pastorais das Migrações contou com a presença do Presidente do Pontifício Conselho para os Migrantes e Refugiados, D. Antonio Maria Vegliò, que proferiu a conferência final do encontro sobre o tema “Mobilidade humana e evangelização: os desafios de um novo milénio”. Encerrou com a Eucaristia do 97º Dia Mundial do Migrante e Refugiado, pre-sidida por D. António Vita-lino Dantas, Presidente da Comissão Episcopal da Mo-bilidade Humana, na igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, sendo transmitida em directo pela TVI, che-gando, por essa via, à casa de muitos portugueses e populações migrantes, em Portugal e noutras partes do mundo.

Os participantes no XI Encontro de Formação de Agentes Sócio-

pastorais das MigraçõesFátima, 16 de Janeiro de 2011

Conclusões

Encontro de formação de agentes sócio-pastorais das migraçõesFátima – 14, 15 e 16 de Janeiro de 2011

Nessa ocasião, o Papa enfa-tizou que, para promover a coexistência dos povos, são necessárias “directrizes sábias e complexas para o acolhimento e integração, permitindo oportunidades de entrada na legalidade, favorecendo o justo direito do reagrupamento familiar, do asilo e do refúgio, com-pensando as necessárias medidas restritivas e con-trabalanceando o lamentá-vel tráfico de pessoas”.

A coexistência pacífica e a partilha de valores comuns são mais impor-tantes do que as divisões e bairrismos. Os locais de intercâmbio social e parti-cipação, os espaços comuns de solidariedade, os âmbi-tos da escola e do trabalho são formas nas quais o diálogo pode realmente encontrar terreno fértil. Em particular, no diálogo inter-religioso, assume uma grande importância a reciprocidade. De facto, a relação fundamenta-se no respeito mútuo e na justiça, base da “atitude do coração e do espírito, que nos torna capazes de vivermos jun-tos, e em toda parte, com igualdade de direitos e de deveres” (EMCC)

A cooperação entre as Igrejas de origem e as de destino dos fluxos migra-tórios é fundamental para uma pastoral específica. A Instrução EMCC considera as Igrejas locais de partida e de chegada como pilares fundamentais na pastoral migratória. Por um lado, de facto, a comunidade cristã que acolhe os migrantes pode fornecer respostas adequadas às suas necessi-dades materiais e espiritu-ais, como família autêntica que reconhece ter “um só Deus e Pai de todos” (Ef 4,6), que “nos chama para sermos filhos amados no seu Filho predilecto” e “para nos reconhecermos a todos como irmãos em Cristo” (DMMR 2011).

Por outro lado, é muito importante que as Igrejas de partida dos migrantes percebam a vocação mis-sionária para não negligen-ciar aqueles que deixam a comunidade de origem para ir para outros lugares. Os contactos serão mantidos vivos por meio de visitas regulares dos Ordinários diocesanos e, onde for pos-sível, com o envio de sacer-dotes e agentes de pastoral que acompanhem os mi-grantes nas várias fases da emigração. O missionário dos migrantes, na verdade, é uma ajuda insubstituível para que os seus conterrâ-

neos possam continuar a viver e crescer na fé cristã, mesmo enfrentando as tantas vicissitudes que inevitavelmente encontra-rem, longe da família e dos costumes da terra natal.

Um último pensamen-to, que de alguma ma-neira entra na actividade missionária, refere-se à defesa dos direitos dos trabalhadores migrantes, aonde são violados. A de-núncia naturalmente é um instrumento importante do anúncio evangélico, mas é óbvio que deve ser mediado pelo Magistério da Igreja, em consonância com as orientações pastorais do Ordinário local, e levado a termo na reflexão e oração. A denúncia deve lembrar, advertir e estimular novas ideias políticas, económi-

cas e sociais, com o devido respeito à dignidade e aos direitos humanos, à políti-ca familiar, à habitação, ao trabalho, à saúde e aos ser-viços à pessoa do migrante. Toda a denúncia, para não ser superficial e emotiva, deve ser acompanhada pelo estudo, pela observa-ção pontual e pelo debate fraterno.

5. Caminhos de Integração

É ainda importante que os imigrantes se integram no país de acolhimento “respeitando as suas leis e a identidade nacional”, afirma Bento XVI na Mensa-gem para este Dia (DMMR 2011). É verdade que “não é fácil encontrar os siste-mas e ordenamentos que garantam, de forma equili-brada e justa, os direitos e os deveres tanto de quem acolhe como daquele que é acolhido” (GMP 2001, n.12), mas é possível “identificar alguns princípios éticos fundamentais que sirvam de referência. Em primeiro lugar, há […] o princípio se-gundo o qual os imigrados hão-de ser sempre tratados com o respeito devido à dignidade de cada pessoa humana”. Com certeza, é

direito dos Estados “regu-lar os fluxos migratórios e de defender as próprias fronteiras” (DMMR 2011), para garantir a segurança da nação, mas este direito deve sempre ter em conta o princípio acima mencio-nado. “Procurar-se-á então conjugar o acolhimento devido a todo o ser huma-no, sobretudo no caso de pobres, com a avaliação das condições indispensáveis para uma vida decorosa e pacífica tanto dos habitan-tes originários como dos adventícios (GMP 2001)” (DMMR 2011).

Precisamente neste vas-to campo de acção, insere-se também o importante papel do Agente de pasto-ral da mobilidade humana, fazendo apelo a toda a sua sabedoria e clarividência.

O objectivo a ser alcançado será o da “síntese cultural”, que implica, por um lado, um processo dinâmico – ou seja, a reciprocidade do intercâmbio – e, por outro, uma integração que pressupõe a participação na criação e na alteração das relações sociais. Entendida assim, a “síntese cultural” envolve o processamento de modelos originais, surgi-dos das culturas presentes, sem, para isto, deixar-se reduzir em alguma delas; modelos que se inserem na cultura de base que, neste sentido, se fortalece.

De resto, a Igreja, cons-ciente das tragédias passa-das, que assolaram também o continente europeu, sabe que a integração plena de cada minoria é essencial para manter a concórdia civil e a democracia. Fun-dada na fé cristã, ela quer contribuir para a constru-ção de uma Europa com um rosto mais humano, onde sejam protegidos os direitos humanos e os valores basilares da paz, da justiça, da liberdade, da tolerância, da participação e da solidariedade.

DR

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CULTURA4 O Mensageiro27.Janeiro.2011

General José Vicente de Freitas - A liberdade de pensarFrancisco FernandesEdições Colibri

O presente livro, General José Vicente de Freitas – A liberdade de pensar, manifesta ainda preocupação educativa que vem substanciando o seu percurso, e faz justiça, em ensaio biográfico, a este personagem da História de Portugal 8nascido na Calheta, na ilha da Madeira, em 1869, e falecido em Lisboa, e 1952), e que foi militar graduado de ,altas patentes, político (Ministro do Interior, Presidente do Ministério, Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Lisboa), professor (Escola Nacional de Lisboa e Colégio Militar) autor de livros didácticos e cartógrafo de grande mérito. Revelado politicamente com o movimento saído do 28 de Mão de 1926, Vicente de Freitas defendeu, contudo, face à proposta constitucional de António de Oliveira Salazar, um projecto alternativo (publicado n´ O Século, a 12 de Fevereiro de 1933) e que apontava para um ordenamento constitucional que ‘encerrasse’ o movimento militar e que defendesse a República E A DEMOCRACIA, CONDENANDO VIVAMENTE O REGIME DE PARTIDO ÚNICO QUE SE PREPARAVA (A União Nacional). Salazar, que nunca perdoava, destituiu-o da Comissão Administrativa da CML, “fulminante punição”, como bem viu Bernardino Machado, Presidente da I República.

Relatório 2010: Liberdade Religiosa no MundoFundação AIS

O respeito pela liberdade de consciência, credo e religião como um princípio fundamental, não é óbvio nem universal. Tradicionalmente, este respeito não tem sido parte do ensinamento religioso, embora todas as religiões sempre tenham reivindicado para si mesmas o direito a esta liberdade. Na Europa, tomámos conhecimento deste tipo de respeito de forma brutal, através de conflitos violentos, guerras religiosas, inquisições e cruéis execuções por heresia.

Esta nova edição do Relatório 2010 – Liberdade Religiosa no Mundo retrata uma situação crítica, a nível mundial, da liberdade de culto. Os conflitos militares, o terrorismo e as ditaduras, entre outras causas, contribuíram, para as situações mais alarmantes.

O relatório analisa a situação da liberdade religiosa em cada país, com base nos testemunhos de representantes da Igreja local, documentos oficiais, artigos de agências de notícias e outros media especializados em assuntos religiosos, bem como nas informações fornecidas por organizações de direitos humanos.

A Bondade e a FéRevista de Catequese e Educação

Completa-se o sexto ano de edições da revista «Pastoral Catequética» com a publicação deste número duplo a que se dá o título genérico de “A Bondade e a Fé”. Inspiraram-se, para o título, na homilia preparada por D. Tomas da Silva Nunes para a celebração Eucarística de abertura do Seminário das Escolas Católicas que teve lugar de 1 a 3 de Setembro passado, simultaneamente em Lisboa e Coimbra, a que ele deveria presidir se, algumas horas antes, Deus não o tivesse chamado a partilhar definitivamente a glória do seu Reino.

Este número da «Pastoral Catequética» apresenta três partes, só aparentemente distintas.

A primeira parte é preenchida por um conjunto de textos de Conferências proferidas nas penúltimas Jornadas Nacionais de Catequistas.

D. António Marcelino traz-nos uma reflexão, haurida na sua vivência pessoal e pastoral, sobre a Catequese, enquanto experiência de fé.

O Pe. Hélder Fonseca aponta-nos caminhos para a expressão purificada da fé cristã.

O texto do Dr. Bragão Félix apresenta um apelo ao testemunho concreto e responsável do cristão (“porque acredita”) na vida pública.

A Drª. Isabel Oliveira, num texto pleno de simplicidade e limpidez, oferece-nos o seu testemunho muito pessoal das fontes da alimentação do se acreditar.

O Dr. Duarte Vidal narra-nos as fontes e a expressão concreta do seu acreditar partindo da sua experiência.

A Ir. Alda Rego mergulha no mundo da Catequese da Infância para nos chamar a atenção para algo de fundamental e sem o qual a Catequese não o chega a ser: educar para a oração.

O texto do Pe. José Henrique Pedrosa é a explanação de um dos ateliers das jornadas sobre um tema que é pouco habitual tratar-se: o sacramento da Reconciliação na infância.

Na segunda parte, que abre com a homilia de D. Tomaz Nunes, estão inseridos os textos de três das Conferências proferidas durante o Seminário das Escolas católicas.

O texto de Alfredo Hermando representa uma aposta e um desafio à inovação educativa.

José Maria Bautista anuncia a morte do paradigma “transmissão da fé”, e o terceiro texto, de Irene Arrimadas, tenta apontar os caminhos para a construção de “uma cultura organizativa de qualidade nas nossas escolas católicas”.

A terceira parte da revista apresenta dois Estudos.

O primeiro, de D. José Policarpo, apontando os desafios que a criança, enquanto tal, lança à Igreja e à Sociedade.

O último texto, do Pe. Francisco Couto, constitui uma clarificação e caracterização do Catequmenado.

na nossa estante

sexto ano de edições

todas as religiões sempre tenham

PoemaAnda a guerra lá fora, a guerra imensade ambições, de vaidades, de loucura.Na ansiedade cruel de quem procuranão se ama, não se vive, não se pensa

A febre cada vez é mais intensa;e nesta insconsciência que perduraacusa-se a verdade de loucura

e faz-se da mentira a maior crençaSedentos de harmonia, fomes de arte – geração deslumbrada, entontecidap’lo brilho dum progresso doentio

Procuramos-te, ó Deus, por toda a partee não vemos – tal é o desvario! –que estás em nós e que és a própria

Vida!Inédito de Alcinda Carvalho

Rita Salema, Helena Silva e Maria João Abreu (na foto, da esquerda para a direita) sobem ao palco do Teatro José Lúcio da Silva, Leiria, dia 3 de Fevereiro, 21h30, para interpretarem uma comédia musical de Miriam Palma e Isabel Scisci.

Sinopse“Encalhadas!” é uma comédia musi-

cal que satiriza as angústias e prazeres de mulheres de diferentes classes sociais que em determinada altura das suas vidas se encontram sós.

Aparentemente convivem bem com o problema, mas ao longo do espectá-culo vamo-nos apercebendo, através dos seus monólogos nocturnos, que não é verdade.

Estas mulheres, apesar de possuírem características bem diferentes, encontram dificuldades muito semelhantes ao tentar lidar com o problema da solidão.

Todas as situações são apresentadas em forma de quadros bem-humorados: na academia de ginástica, no cabeleireiro… até que descobrem que possuem também em comum o mesmo homem, Ernesto, marido de Cristina (Helena Silva), amante de Graça (Rita Salema) e pai do filho de Cecília (Maria João Abreu).

A primeira encalhada, Cecília, é sol-teirona convicta. Tem muitos namorados, mas não se consegue fixar em nenhum,

colocando defeitos insuperáveis em todos. É representante do famoso “complexo de cinderela”. É apresentadora de um progra-ma de televisão onde aconselha mulheres solitárias, presidente da A.S.A (Associação das Solitárias Anónimas) e psicóloga. O seu maior conflito é querer ter um filho, já que descendente de uma família con-servadora, que valoriza de sobremaneira a maternidade. Assim, decide procurar um pai para o tão desejado filho.

Cristina, encontra-se casada no início do espectáculo, mas não menos só. O seu marido, um empresário de sucesso, viaja muito e não lhe dá atenção.

Ex miss Valongo, saiu do concurso di-rectamente para o casamento. Ao fim de dez anos descobre que foi traída durante esse tempo todo e decide divorciar-se. O divórcio deixa-a sem dinheiro e a partir daí começa “difícil tarefa” de encontrar outro homem que a sustente.

A última encalhada, Graça, é maqui-lhadora do mesmo programa de televisão onde Cecília é apresentadora. O seu gran-de sonho é casar-se, mas por questões do destino só se envolve com homens com-prometidos, acabando por viver sempre o papel da amante. O seu maior desafio é encontrar um homem que deixe a mulher para casar com ela.

Peça no Teatro José Lúcio da Silva

“Encalhadas!” em Leiria

Dos 0 aos 36 meses. É este o público do espectáculo “Mar de sons”, agendado para o Grande Auditório do Cine-Teatro de Alcobaça, 30 de Janeiro, 11h00.

“Segundo vários investigadores, in-cluindo Brazelton e Gordon, os primeiros meses de vida de uma criança são essen-ciais para a aquisição e desenvolvimento de competências cognitivas, nas quais se englobam competências musicais”, pode ler-se no sitio da Internet da Câmara de Alcobaça (www.cm-alcobaca.pt).

“Neste contexto, o Cine-Teatro de Alcobaça apresentará ao longo de 2011 um projecto inovador (“À Procura dos Sons”) coordenado por Maria João Costa, cruzando música, dança e multimédia, com o objectivo de estimular os bebés através do canto e do movimento.

O primeiro espectáculo, de um ciclo de quatro, será dedicado ao Mar (“Mar de Sons”), pelo que os bebés serão convi-dados a vir ao palco embrenhar-se num ambiente oceânico... e sempre com o piano como convidado especial...

Os restantes serão dedicados à Flo-resta, Deserto e Espaço pretendendo-se criar um espaço de audição, interpretação e criação musicais conjuntas, contribuin-do simultaneamente para um estreitar de relações afectivas entre pais e bebés.”

Ciclo de espectáculos para Bebés: À Procura dos Sons

...em Alcobaça

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5CULTURAO Mensageiro27.Janeiro.2011

CINEMATeatro Miguel Franco (Leiria)• O FUTURO É AGORA | documentário | de Peter Joseph | 27 de Janeiro,

21h30

Cine-Teatro de Monte Real• AS CRÓNICAS DE NÁRDIA – A VIAGEM DO CAMINHEIRO DA ALVORADA |

aventura | de Michael Apted | c/ Bem Barnes, Skandar Keynes, Georgie Henley | 28 e 29 de Janeiro, 21h30; dia 30, 15h30

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Flocking” - ofi cina e baile (29/01, 16h30 e 21h30)Teatro Miguel Franco - Leiria•”Grupo Coral de Vila Real” - música (29/01, 17h00)•”A Bruxa Cati” - infantil/juvenil (30/01, 16h00) Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira- Leiria•”Eu quero um amigo” - hora d conto (28/01, 10h30)•”Ynari:a menina das cinco tranças” - hora do conto (28/01, 10h30)•”Contar e encantar” - hora do conto (29/01, 16h00)Centro de Convívio e Recreio - Telheiro•”Ria, pela sua saúde” - yoga do riso (27/01, 19h30~20h30)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”Tertúlia dos Anos de Ouro” (2ªs e 5ªs feiras, 15h00~17h00)•”Os ursinhos na cama e a grande tempestade” (2ªs~6ªs, 10h e 14h30)•”Horton e o mundo dos quem!” - fi lmes à 4ª (2/02, 15h30)Museu do Vidro - Marinha Grande•”Meter as mãos no vidro” -infantil/juvenil (4ªs a 6ªs, 10h00 e14h30)Sport Operário Marinhense - Marinha Grande•”Retratando o 18 de Janeiro de 1934” - teatro (~30/01)Museu Joaquim Correia - Mainha Grande•”És bom observador?Então tenta descobrir...” (15/2~25/2, 9h~10h30)Teatro-Cine - Pombal•”Sensibilidades 25” - fotografi a (~6/03)•”Tributo a U2 by 2U” - música no café concerto (29/01, 23h00)Museu de Arte Popular Portuguesa - Pombal•”São Martinho na Arte Popular” (~31/01)

EXPOSIÇÕESCastelo de Leiria•”Tijolo Parede” (~27/02)m|i|mo -Museu de Imagem e Movimento - Leiria•”Ofi cina do Olhar” (exposição permanente)•”Negativo Positivo” (~01/05)•”(RE)Play:” (~01/05)Casa-Museu João Soares - Cortes•”Os grafi tos medievais do Mosteiro da Batalha” (~1/04)Agromuseu Municipal Dona Julinha - Ortigosa•”Sacas de retalhos à moda antiga” (3ªs~6ªs)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”18 Janeiro 1934” - fotos (~31/01)Museu do Vidro - Marinha Grande•”Vilma Libana”- arte da gravura em Vidro (~27/03)Galeria Municipal - Marinha Grande•”18 de Janeiro de 1934” - artes plásticas (~30/01)•”Transcendência” - vidro artístico contemporâneo (12/02~27/02)Teatro-Cine - Pombal•”Sensibilidades 25” - fotografi a (~6/03)Paços do Concelho - Tomar•Noronha da Costa - pintura (~31/03)

A ideia tem a sua origem no ano de 2008, quando o Jornal das Cortes e o INA-TEL, promoveram em Leiria um colóquio sobre Miguel Torga. Foi desta forma que Carlos Fernandes, chefe de redacção do Jornal das Cortes, apresentou no dia 24 de Janeiro, no posto da Região de Turismo Leiria/Fátima, a génese de uma iniciativa que visa assinalar não só a passagem por Lei-ria, entre 1939 e 1941, de Miguel Torga, pseudónimo literário do médico Adolfo Rocha, mas também a ela-boração de alguns escritos importantes de um dos au-tores portugueses de valor incontornável na literatura portuguesa.

David Catarino, Pre-sidente da Região de Tu-rismo Leiria/Fátima, uma entidade que abraçou esta terceira edição do “Dia de Miguel Torga em Leiria”, justifica esta decisão refe-rindo que “o Turismo e as letras também têm uma relação que não podemos descorar no tempo”. O alto responsável pela entidade de turismo assume mesmo que a iniciativa de evocar Torga “é uma forma de va-lorizar Leiria, efectuando uma revisita aos locais de um dos vultos da literatura da cidade”.

Laura Esperança, Presi-dente da Junta de Fregue-sia de Leiria, autarquia que aceitou, juntamente com a INATEL, dinamizar o Dia de Miguel Torga em Leiria, ao abrigo de um protocolo celebrado em Fevereiro de 2008, com a cessão do Jornal das Cortes no envol-vimento directo na organi-

zação, referiu que o escritor “é uma figura que deve ser evidenciada ao mais alto nível, porque viveu e de-senvolveu obra em Leiria”. Coube à autarca leiriense apresentar o programa do “Dia de Miguel Torga em Leiria” que decorrerá no dia 5 de Fevereiro, tendo início às 15h30, com o descerra-mento de placa evocativa no edifício onde o escritor teve consultório (ao fundo da Rua Comandante João Belo); 15h45, visita à Clínica Primis, que ocupa o espaço onde existiu o consultório de Miguel Torga; 16h30, apresentação do livro de actas do II Colóquio, no Auditório do Turismo de Leiria/Fátima. O momento final trará aos participantes um momento literário com textos de Miguel Torga.

A comemoração do “Dia de Miguel Torga em Leiria” nasceu pelo conjunto de cir-cunstâncias que marcaram de forma séria a presença do escritor em Leiria, refor-çando o valor e notoriedade desta sua passagem na ci-dade. Os textos que deixou apresentam marcas e refe-rências de Leiria, noutros denota-se que o autor deixa sinais que se reportavam à cidade (marachão, o rio), especialmente evidente no seu livro “A Criação do

Mundo” assim como foi exactamente no período em que por cá que decidiu casar com a mulher que o acompanhou toda a sua vida.

A relação de Miguel Torga com a cidade não terá sido pacífica. Daí que as resistências à inclusão de Leiria nos seus roteiros de vida, nem sempre fizeram jus à verdade, nem mesmo o autor, nal-guns textos, deu alguma evidência à essa passagem histórica. Talvez pelas dificuldades que se lhe co-locaram no caminho, pela prisão a 30 de Novembro de 1939, em pleno Estado Novo. Da cela da PVDE, sob uma ordem de Salazar foi transferido para a cadeia do Aljube, permanecendo até 2 de Fevereiro do ano seguinte. Essa passagem da sua vida, nunca Miguel Torga a aceitou com bons olhos.

Mas, Albertina Ramos, Carlos Silva, David Cata-rino, Laura Esperança e Carlos Fernandes, da co-missão organizadora desta terceira edição do “Dia de Miguel Torga em Leiria”, vão promover o autor e a sua relação com Leiria, em

momen-tos culturais de signifi-cado histórico para a nossa região. Carlos Fernandes referiu no dia da apresen-tação do programa do “Dia de Miguel Torga em Leiria”, “as próximas biografias so-bre Miguel Torga não pode-rão ignorar determinados factos do autor que o ligam directamente à cidade”. Estes factores históricos aliam-se aos objectivos da comissão organizadora do evento que evoca o escri-tor, porque consistem em “divulgar a vida e obra de Miguel Torga, reavivar as memórias da vivência do médico e escritor em Lei-ria e reflectir sobre as im-plicações que a ‘experiência leiriense’ teve no desenvol-vimento da obra”.

Joaquim Santos (texto e foto)

5 de Fevereiro Terceira edição da evocação do médico e escritor

“Dia de Miguel Torga em Leiria”

Mundo” assim como foi exactamente no período em que por cá que decidiu casar com a mulher que o acompanhou toda a

A relação de Miguel Torga com

fizeram jus à verdade, momen-

O Festival CriaSons apresenta em estreia mun-dial nove obras inéditas de música de câmara, de sete compositores portugueses. Até ao dia 26 de Março, este festival leva às cidades de Évora, Funchal, Lisboa, Pombal, Póvoa do Varzim e Viana do Castelo, um repertório de excelência da música de câmara nacional, numa série de concertos de entrada livre, que visa pro-mover a criação artística na-cional e a fruição irrestrita

da música erudita junto do grande público.

Dedicado ao tema tendências da música de

câmara portuguesa con-temporânea, o Festival CriaSons reúne três dos mais prestigiados agrupa-

mentos nacionais - Opus Ensemble (na foto), Duo Contracello e Quarteto Lopes-Graça - na interpre-tação de um repertório chave da música de câmara de autor português, que inclui a estreia mundial de nove obras especialmente criadas pelos compositores Amílcar Vasques-Dias, Anne Victorino d’Almeida, Antó-nio Victorino d’Almeida, César Viana, Jorge Costa Pinto, Paulo Jorge Ferreira e Sérgio Azevedo.

Na SAMPRecital de Contrabaixo

No próximo dia 29 de Janeiro, às 18h00, a SAMP promove um Recital de Contrabaixo, que conta com a participação da Clas-se do Prof. Nuno Arrais, da Universidade do Minho. Ao Contrabaixo tocarão João Francisco Gonçalves, Paulo Boaventura e Tiago Rocha. Ao Piano estará a Profª da SAMP, Yumiko Ishizuka. O espectáculo terá lugar no Auditório da SAMP.

Com nove obras inéditas

Festival CriaSons em Pombal

Guta

Carva

lho

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O Mensageiro27.Janeiro.2011SOCIEDADE6

Cortes recebe formação“Comunicação e liderança nas organizações de intervenção social”

O Projecto Intervir irá organizar na Casa-Museu João Soares, nas Cortes, a acção de formação “Comunicação e liderança nas organizações de intervenção social” nos dias 29 de Janeiro, 5 e 12 de Fevereiro de 2011, das 9h30 às 18h30.

Este curso pretende promover a qualidade nos rela-cionamentos interpessoais e competências de liderança em contexto organizacional específico assim como de-senvolver habilidades avançadas de comunicação com resultados imediatos no trabalho de equipa.

Esta formação destina-se a dirigentes de IPSS´s, associações, fundações, directores técnicos, directores pedagógicos, licenciados e outros técnicos das áreas de intervenção social, responsáveis de equipas, psicólogos, professores e educadores.

Valorlis bate novo recorde em 2010Recolha selectiva evita abate de mais de 80 mil árvores

O esforço de recolha selectiva dos municípios da área de influência da Valorlis resultou na poupança de 80.610 árvores, num ano em que se bateu mais um recorde nos resultados apurados. Além de ser ter evitado o abate destas árvores, poupou-se ainda a energia que gasta uma televisão ligada durante 342 anos, metal que permite fabricar cerca de 12,7 milhões de latas de 0,33 litros, plástico suficiente para produzir mais de 5,6 milhões de t-shirts XL e a quantidade de vidro que permite produzir cerca de 13 milhões de garrafas de 0,75 litros.

São estes os valores apurados em 2010, para 11,5 mil toneladas de resíduos de papel/cartão, alumínio, aço, plástico e vidro, que correspondem a um aumento global de 2,7% na recolha de resíduos, em relação a 2009. Parcelarmente, registaram-se aumentos de mais 1,4% no vidro, 2,2% no papel/cartão e mais de 8,5% nas embalagens de plástico e metal.

Em curso na Praia da VieiraObras no estuarino do rio Lis

A margem esquerda do sistema estuarino do Rio Lis, entre a ponte das Tercenas e o mar, está a ser alvo de re-abilitação no âmbito de uma empreitada executada pela Administração Regional Hidrográfica (ARH) do Centro e pela Câmara Municipal da Marinha, que teve início no dia 13 de Dezembro.

A obra resulta de uma parceria que estipula a coope-ração técnica e financeira entre as duas entidades. Esta obra orçada em cerca de um milhão de euros, e com prazo de execução de 10 meses, é co-financiada pelo Programa Operacional Regional do Centro (MAIS CENTRO), no âmbito do contrato de financiamento referente à candi-datura já aprovada.

Está a ser recuperada uma área sensível do território, que se encontra sujeita a elevada pressão turística, pelo facto de ter elevada taxa de procura e de utilização.

A área naturalizada que envolve a foz do Rio Lis, com especial incidência na Margem Esquerda, regista acentua-da degradação e descaracterização, devidas não só às obras de regularização do rio ou utilização desregrada das áreas marginais, como à falta de ordenamento dos espaços.

Serão criados espaços naturais de uso sustentado, per-mitindo resposta às solicitações ou interesses das popu-lações locais, conjuntamente com a revitalização e gestão eficiente dos recursos naturais costeiros, disponibilizando aos cidadãos praias com qualidade e atractividade;

O presente Plano de Requalificação Ambiental tem como objectivos:

a) Requalificação e valorização do Património Natu-ral;

b) Ordenação e infra-estruturação os espaços (es-tacionamento tipificado, ciclovia, parque temático do Pinheiro Manso).

c) Requalificação dunar e construção de passadiços.d) Minimização do risco de inundações (galgamen-

tos).

Rui Barreiro, Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, esteve presente, no dia 20 de Janeiro, numa sessão de trabalho sob o mote “Estra-tégia de Desenvolvimento do Património Natural, no âmbito da Biodiversidade, do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros”, em S. Bento, Porto de Mós, jun-tamente com várias entida-des ligadas a esta temática - ICNB, Direcção Geral de Veterinária, Comité Nacio-nal do Leite, Governo Civil de Leiria e de Santarém, Juntas de Freguesia e As-sociações pertencentes ao Parque Nacional das Serras de Aire e Candeeiros.

A reunião foi organizada

pela Câmara Municipal de Porto de Mós e pela Câma-ra Municipal de Alcanena, com o objectivo de apre-sentar uma estratégia de desenvolvimento integrado nas áreas da agricultura, pastorícia, produção ani-mal, ambiente, economia e turismo, com vista ao crescimento da região.

Após a apresentação da estratégia, os trabalhos

seguiram com a visita às áreas de intervenção, no-meadamente, à Queijaria “ Agro Ferreira & Valente, Lda.”, sediada em S. Bento e à Queijaria “ Lacticínios Santos Costa Lda.”, loca-lizada na Serra de Santo António.

Até agora, esta é uma ideia apenas embrionária mas da qual já se conse-guiram frutos. Uma equipa técnica será organizada e ficará responsável pela elaboração de um plano de actuação concreto e escrito, pela definição das questões protocolares e angariação de entidades colaboradoras, numa primeira fase, que de-verá ser apresentada numa nova sessão de trabalho a

acontecer dentro de pouco tempo.

O principal objectivo do projecto é a implementação de uma gestão estratégica integrada que assenta na formação de uma entidade que seja mediadora e um auxiliar, a diferentes níveis, junto das áreas produtivas referidas. Segundo um dos oradores “a busca pela sustentabilidade, ou viabi-lidade económica, social e ambiental no longo prazo, é a nossa meta”.

Sessão de trabalho em S. Bento

Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural em Porto de Mós

DR

Já está em funciona-mento no Hospital de Santo André (HSA) a nova Unidade de Internamento de Curta Duração (UICD) da Urgência Geral,que tem como objectivo estabilizar clinicamente os doentes provenientes deste Servi-ço. Esta unidade, que agora passa a ter um novo espaço em substituição do comum-mente designado SO (Sala de Observações), no Piso 01, com acesso facilitado à Urgência Geral, aumenta também a capacidade de resposta de 17 para 20 ca-mas, incluindo dois quartos de isolamento.

Georgina Lourenço, enfermeira-chefe da uni-dade agora autonomizada, explica que «temos condi-ções óptimas em que são assegurados a segurança e o conforto do doente, com uma área ampla e balcões centralizados que permitem, em todos os momentos, a vigilância de todos os internados, permitindo-lhes também ter contacto visual com os profissionais de serviço». «Um outro aspecto que

privilegiámos, e que está estreitamente ligado com a organização do espaço, que possibilita a vigilância permanente de todos os internados, é a garantia da privacidade de cada um dos doentes, que tem a sua boxe individualizada, mantendo, ainda assim, um espaço am-plo que permite a prestação de cuidados humanizados e adequados ao seu estado de saúde e de fragilidade», sa-lienta Georgina Lourenço.

Integrando a Urgência Geral do HSA, a UICD re-cebe doentes provenientes deste Serviço, cuja admis-são obedece a critérios clí-nicos específicos definidos para o internamento dos doentes. A permanência destes doentes na unidade será, previsível e preferen-cialmente, de 24 a 48 horas, sendo depois transferidos para o internamento da es-pecialidade adequada, para outras instituições, ou terão alta médica (mantendo-se, em caso de necessidade, o acompanhamento em Con-sulta Externa).

Cuidados diferenciados no Hospital de Santo André

Nova Unidade de Internamento de Curta Duração em Leiria

Fotos

: DR

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O Mensageiro27.Janeiro.2011 7SOCIEDADE

Já depois de termos fe-chado a nossa edição pas-sada, em que destacámos o tema da nova legislação sobre o Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo em Portugal, recebemos a res-posta de mais uma escola. Fernando Cruz, director pedagógico do Colégio Dinis de Melo, em Amor, respondia assim às nossas questões:

Que leitura faz da recente legislação sobre o estatuto do ensino particular e coo-perativo?

O governo socialista pretende suprimir este tipo de escolas.

Na prática, o que irá mudar na vossa instituição?

Estamos a estudar com todo o detalhe o impacto que o corte inopinado do subsídio contratualizado irá provocar no nosso fun-cionamento. São decisões muito sérias que poderão ter graves reflexos nas famílias dos nossos pro-fessores e funcionários, assim como na aplicação integral do nosso Projecto Educativo. Cremos, toda-via, que este processo não está encerrado e, portanto, não queremos adoptar medidas que possam ser precipitadas.

Que consequências prevê para o futuro da educação em Portugal?

O Estado tem, sensivel-mente a partir do séc. XIX, a preocupação de controlar ideologicamente os seus cidadãos através da insti-tucionalização do ensino estatal.

A criação de uma rede

pública de ensino, demo-cratizando o acesso da po-pulação ao conhecimento, é um dos maiores avanços civilizacionais e digna de todo o louvor. A imposição de uma quase exclusivida-de do ensino estatal é que nos parece indigna de um estado verdadeiramente democrático.

O que está em causa é fulcral no desenvolvimen-to da nossa sociedade: a liberdade de aprender e ensinar!

Testemunhode uma aluna

Também no eco da nossa última edição, rece-bemos por correio electró-nico o seguinte testemunho de Mónica Dinis, aluna do 11.º ano do Colégio Dr. Luís Pereira da Costa, em Monte Redondo:

«Sou aluna do Colégio Dr. Luís Pereira da Costa, escola com contrato de as-sociação. Não estou a falar

só de um estabelecimento de ensino, mas também de uma casa. Aqui somos uma família, aqui aceitamos as diferenças, é-nos incutido esse valor. Aqui não somos um simples número, somos um nome com uma história que todos os docentes co-nhecem. Trabalhamos com excelentes profissionais, que acompanham não só o nosso desenvolvimento cognitivo como também pessoal, que trabalham e lutam pelo nosso sucesso. São estas escolas que fazem falta e são estas escolas pre-cisamente que o governo quer “destruir”. Nós temos o direito de escolher a nossa escola e vamos lutar para que a nossa escola seja esta.

Nós também somos escola pública, com uma única diferença e vanta-gem: temos docentes que se esforçam por nós. Foi esta escola que me criou enquanto cidadã, foi aqui que aprendi que somos

todos iguais e é com uma grande desilusão que acom-panho toda a situação. Foi, também, com grande tris-teza que, no início do 2.º período, todos nós vimos partir excelentes profes-sores. Somos uma escola com contrato de associação, somos uma escola pública onde todos têm as mesmas oportunidades.

Eu vou aderir ao movi-mento cívico SOS Educação, pois quero continuar nesta escola e preciso que me oiçam!»

São mais alguns dados que vêm confirmar a perti-nência deste assunto e cor-roborar as conclusões a que chegámos no nosso último trabalho. Provavelmente, será assunto a que havere-mos de voltar nos próximos meses, sobretudo na apro-ximação à preparação do próximo ano lectivo.

Luís Miguel Ferraz

Ainda a legislação sobre o Estatuto do Ensino Particular...

“O governo socialista pretendesuprimir este tipo de escolas”

Foto enviada a acompanhar o testemunho da aluna Mónica Dinis

DR

1,6 milhões de euros

Óbidos vai ter Praça da Criatividade

A Câmara de Óbidos vai investir 1,6 milhões de euros na requalificação de uma das entradas da vila medieval, onde uma bomba de gasolina e uns antigos celeiros vão ser transformados na Praça da Criativi-dade.

“Os antigos celeiros da EPAC vão ser transforma-dos num Armazém de Ideias ” disse à agência Lusa o presidente da câmara, Telmo Faria, que prevê arrancar com a obra “ainda este trimestre”.

A requalificação transformará os celeiros - que durante décadas albergaram as oficinas municipais - em dois espaços multiusos, com capacidade para 400 pessoas cada.

A obra vai respeitar a traça original dos edifícios onde serão feitas adaptações acústicas ao nível das coberturas e acrescentadas novas tecnologias de ilu-minação.

“Serão espaços destinados à apresentação de novas ideias criativas e à realização de eventos, conferências e colóquios”, explica o autarca.

O projeto incluiu também a criação de uma ‘Crea-tive box’ (Caixa criativa), no antigo quartel dos bom-beiros, vocacionada para a apresentação de projectos de instalação desenvolvidos no próprio local e para a instalação de negócios de base criativa.

“Será quase como um pólo da incubadora de empre-sas do Convento das Gaeiras, permitindo instalar mais uma dezena de novos empreendedores no concelho” afirma o autarca.

A terceira área de intervenção será centrada no es-paço público com a deslocalização das actuais bombas de gasolina para outro local, para “fazer junto à Pomba [uma escultura de José Aurélio] uma grande praça, com esplanadas, e onde, durante os eventos realizados na vila, se poderão montar tendas para diversas activida-des”, adianta o presidente.

A obra resulta de uma candidatura à REC – Rede Economias Criativas, aprovada pela Comissão de Coor-denação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Cen-tro, com a qual Telmo Faria prevê assinar nas próximas semanas o protocolo de financiamento.

“Queremos no início de Junho realizar já no Armazém das Ideias a conferência final do URBACT [programa comunitário em que o município está a desenvolver um projecto europeu de Clusters Criati-vos em Territórios de Baixa Densidade]”, acrescenta o presidente do município.

A obra que terá que estar concluída até final de 2013 será complementada com a requalificação de outra entrada da vila, junto ao posto de turismo, e com a construção de habitações criativas em edifícios recuperados no centro histórico.

“Este ano vamos arrancar com cinco casas e sub-meter a sua atribuição a jovens famílias com projetos inovadores a um júri que fará a seleção das candidatu-ras”, conclui o autarca.

Lusa

O presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro, procedeu, no dia 17 de Janeiro, à redistribuição dos pelouros que estavam sob alçada de Blandina Oliveira pelos vereadores em regime de tempo inteiro.

Nesse sentido, o vereador

Gonçalo Lopes acumulará os pelouros que já eram da sua res-ponsabilidade com as funções de Promoção e Desenvolvimento, Mercados e Feiras Municipais, Ensino Superior e Ciência, e Publicidade.

A vereadora Lurdes Machado

assegurará ainda o pelouro dos Cemitérios.

Já o vereador António Mar-tinho terá ainda a seu cargo o Ambiente, bem como a Limpe-za Pública e Resíduos Sólidos Urbanos.

Esta decisão foi tomada na

sequência da vereadora Blandina Oliveira ter deixado de exercer essas funções em regime de per-manência, com efeitos a partir do dia 12 de Janeiro.

Raul Castro redistribui pelouros

Mudanças na Câmara de Leiria

DR/CML

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DIOCESE8 O Mensageiro27.Janeiro.2011

3. A IGREJA, CASA E ESCOLA DA CARIDADE(...)

3.10. Perfil específico e a necessidade de formação

“Fazer bem o bem que se faz” é uma exigência da caridade inteligente e respeitadora da digni-dade da pessoa. Não basta pois o voluntarismo ou o amadorismo. É necessária uma formação específica e por vezes especializada que tenha em conta o perfil próprio da actividade caritativa da Igreja.

Requerem-se, antes de mais, competência profissional, continuidade no empenho assumi-do, conhecimento dos problemas, disponibilidade para trabalhar juntos nos objectivos e projectos. É fundamental a capacidade de actuar em rede para optimizar os recursos sem dispersar forças.

Todavia, a actividade caritativa não pode ser reduzida a uma mera assistência social nem ser compreendida só a partir da lógica profissio-nal. Para além da ajuda ou apoio material, ela é expressão de amor e atenção à pessoa na sua totalidade. “Por isso, para tais agentes, requer-se também e sobretudo a ‘formação do coração’... a dedicação ao outro com todas as atenções sugeri-das pelo coração, de modo que ele sinta a riqueza da sua humanidade” (DCE n. 31): a proximidade, o acolhimento, a escuta, a relação, a ternura, a partilha...

A actividade caritativa da Igreja, como facil-mente se compreende, deve ser independente de ideologias e partidos, sem proselitismo, não lucrativa e humilde na aproximação aos neces-sitados.

A cooperação com os organismos do Estado é ditada por objectivos comuns em ordem a servir mais, melhor e mais eficazmente. Esta coopera-ção exige seriedade da parte das instituições da Igreja e o cuidado para não deixar que se perca a sua identidade cristã.

Ao longo do Ano Pastoral promoveremos uma acção de formação para os serviços e grupos sócio-caritativos em cada vigararia.

[COLUNA SEMANAL]

Proposta para reflexão...3.10 - Perfil específico e a necessidade de forma-

ção • A nossa comunidade promove a formação

dos agentes da pastoral sócio-caritativa?

CAMINHO... COM ACARTA PASTORAL

16

Divulgação

Os alunos de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) das Escolas Secun-dárias Francisco Rodrigues Lobo e Afonso Lopes Vieira de Leiria, dinamizados pe-los respectivos professores desta disciplina, vão pro-

mover a realização de um espectáculo musical, com a banda Rock de originais “THE PLAYAR”, no próximo dia 5 de Fevereiro, pelas 21h00, no Teatro Miguel Franco de Leiria.

Este evento tem como

objectivo principal a an-gariação de fundos para ajudar os alunos a partici-par numa visita de estudo a Sevilha e Córdova em Espanha, bem como a in-terpretação de produções culturais musicais que

aludam a valores éticos e a promoção da capacidade de relações interpessoais e a prática do diálogo.

Os professores responsáveisLuís José Pereira da Silva

José António Ferreira

Alunos de EMRC preparam espectáculo musical

“The Playar” no Teatro Miguel Franco

A Kerygma, associação cultural, está a organizar um retiro subordinado ao tema “Encontr’ArTe Senhor!” que será orientado pelo padre Jerónimo Rocha Monteiro (salesiano). Terá lugar no Centro de Espiritualidade Francisco e Jacinta Marto, em Fátima, nos dias 5 e 6 de Março.

Esta é uma oportuni-

dade a não perder, dando continuidade ao retiro rea-lizado em 2010 – “D’arte + Senhor!”.

Este retiro destina-se a todos aqueles que gostam de dança, poesia, teatro, música, fotografia, pintura, vídeo, e sentem que Deus os chama a levar a Boa Nova através desses dons que Ele lhes confiou.

Tem como objectivos principais a oportunidade de renovação pessoal pelo encontro profundo com o Senhor Jesus, o encontro de tempo para voltar ao primeiro ardor e receber o Fogo de Deus para evan-gelizar, espaço de inspi-ração e criatividade para aprofundar o carisma que o Senhor confia e ainda

proporcionar o encontro de artistas, na alegria e na fraternidade, para louvar o Deus Criador.

A associação disponi-biliza o programa e outras informações sobre este retiro em: http://encontr-arte.pt.la.

Retiro de artistas em Fátima

“Encontr’ArTe Senhor”

O tema da ‘Fraternida-de’ e a partilha de activida-des constituem os pontos principais do programa do 7.º Encontro Nacional de Referentes, que o Secreta-riado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) realiza este Sábado, 29 de Janeiro, em Fátima.

O encontro, que decorre entre as 10h15 e as 16h30 na Casa de Nossa Senhora do Carmo (junto ao recinto

do Santuário), serve tam-bém para a apresentação das equipas de trabalho do SNPC, revela o site deste or-ganismo da Igreja Católica.

Depois da abordagem à ‘Liberdade’ e ‘Igualda-de’, os participantes são convidados a “enfrentar criativamente, e introduzir no contexto cultural portu-guês, a questão da Fraterni-dade”, refere o director do Secretariado Nacional da

Pastoral da Cultura, padre José Tolentino Mendonça.

A questão da ‘Fraterni-dade’ e da sua “tradução cultural e pastoral” vai ser desenvolvida pelo bispo do Porto e presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Manuel Clemente, após o almoço.

As inscrições, abertas a agentes eclesiais envolvidos

no diálogo com a cultura, decorrem até Quarta-fei-ra, 26 de Janeiro, através de e-mail para o endereço [email protected].

A próxima Jornada da Pastoral da Cultura, agen-dada para 17 de Junho, em Fátima, vai também ser de-dicada à ‘Fraternidade’.

SNPC/RM

Jornada sobre a «Fraternidade»

7.º Encontro Nacional de Referentes

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9 O Mensageiro 27.Janeiro.2011 DIOCESE

Visita Pastoral à Diocese

2 a 6 de Fevereiro

Bajouca2 de Fevereiro (quarta-feira)20h00 – Recepção oficial no Largo da Igreja20h30 – Celebração Eucarística; Tomada de posse do novo Conselho

Económico21h30 – Assembleia paroquial com todos os Serviços e Movimentos de

apostolado da comunidade.

4 de Fevereiro (sexta-feira)15h30 – Eucaristia na Igreja com os idosos e administração do Sacra-

mento da Unção dos Doentes17h15 – Visita a dois doentes acamados17h45 – Visita ao Centro de Dia da Bajouca18h15 – Visita a uma Olaria e à Carpintaria20h00 – Uma reflexão e jantar – convívio na ABAD, com todas as

associações da freguesia: Junta de freguesia, Centro Social, ABAD, SAMB, GAU, …

5 de Fevereiro (sábado)15h00 – Encontro com as crianças da catequese do 1º ao 6º ano16h00 – Encontro com os adolescentes da catequese do 7º, 8º e 9º

anos17h30 – Encontro com o s Crismandos e jovens19h30 – Jantar com casais20h30 – Encontro com casaisNota: No sábado não haverá missa vespertina

6 de Fevereiro (domingo)11h00 – Eucaristia de encerramento da visita Pastoral com administração

do Sacramento do Crisma13h00 – Almoço-convívio

PRÓXIMA VISITA

O Bispo diocesano esteve em Visita Pastoral às paróquias de Monte Redondo e Coimbrão, res-pectivamente, nos dias 6 a 9 e 13 a 16 de Janeiro.

Para sabermos melhor como correram estes dias, fomos entrevistar o pároco destas comunidades, o pa-dre Joaquim Jesus João.

Que pensa desta iniciati-va do Bispo diocesano de fazer uma visita pastoral a todas as paróquias?

Na minha maneira de pensar julgo ter sido ópti-ma ideia esta a de o nosso Bispo, Sr. D. António Marto, querer ir ao encontro dos seus diocesanos, visitando as Comunidades, todos os seus filhos em Jesus Cristo, tanto crianças como jovens e idosos e estabelecer com eles um diálogo construti-vo e muito amigo. Só desta forma inédita poderá, como ele diz muitas vezes, “ver olhos nos olhos”aqueles que lhe estão confiados na missão de Pastor. Não lhe será certamente fácil pois exige da sua parte grandes sacrifícios, muita disponi-bilidade, mas a alegria que sente em estar com o povo compensa tudo o mais.

Como se preparou a co-munidade para receber o Bispo?

Não foi uma prepara-ção rápida e sem grande preocupação por parte dos Conselhos Pastoral, Económico e dos Movi-mentos Apostólicos das Comunidades. Houve o anúncio, pediu-se muita oração, encontros variados de estudo não só da “Lectio Divina” mas ainda estudo do que se poderia vir a fa-zer e como actuar no campo das crianças, jovens, idosos etc.etc. Programa feito em conjunto e toda a Comuni-

dade teve ocasião de o levar consigo, em impresso pró-prio. Houve ainda a preo-cupação de se contactarem pessoalmente as pessoas para que tivessem conhe-cimento e aproveitassem a oportunidade única, talvez não houvesse outra igual, no futuro, comparecendo nos vários actos que lhes diziam respeito. A hora e a ocasião eram de considerar e aproveitar.

Qual foi o critério na ela-boração do programa?

O critério que houve na elaboração do programa teve a ver com o objectivo da visita. Embora a Igreja não seja indiferente às realidades humanas, tem-porais, sentindo-as muito a sério, a nossa preocupação foi sobretudo com o alertar do ânimo de todas as pes-soas para a vivência mais esclarecida da Fé e de como descobrir os caminhos que conduziriam a um Cristo Vivo de quem teríamos necessidade de dar mais profundo testemunho, na vida, nas nossas acções e actividades, diante de Deus e dos irmãos, crentes e não crentes. Como lhe ouvi di-zer várias vezes: “a letra é uma coisa mas as acções são outra”.

De forma geral, como de-correu a visita?

Globalmente a visita do Nosso Pastor decorreu com grande elevação e alegria, com a participação maciça de toda a Comunidade tendo em consideração os seus vários sectores, sen-tindo-se em toda a parte um grande entusiasmo e uma grande admiração pelo Sr. D. António. Toda a gente pôde conviver com o nosso Bispo, sentindo o seu carinho e ternura o que para uma grande parte

foi de admirar. Era neces-sário este abanão e este, que considero, autêntico Pentecostes em ambas as Comunidades, em Monte Redondo e no Coimbrão, para despertar um pouco o que parecia estar adorme-cido. Em suma, a visita foi uma extraordinária bênção de Deus que jamais alguém esquecerá.

Houve algum momento especial que queira des-tacar?

Sim, houve muitos mo-mentos dignos de registo e de admiração: o encontro com os doentes, em Monte Redondo cerca de 250, no Coimbrão, uns 70, sendo-lhes dirigida uma palavra de encorajamento e admi-nistrada a Santa Unção. O encontro com as crianças, primeiro do 1º ano ao 7º, depois do 7º ao 10º e final-mente com os crismandos. Além disso foi excepcional a Assembleia Paroquial, em Fonte Cova, Monte Redon-do, e no Coimbrão na qual os vários Representantes dos Movimentos deram a sua achega e ficaram dispostos a continuar, com mais energia na rota do Apostolado, cada um no seu sector, evidente-mente. A palavra dirigida aos casais deixou muita

pena a quem, não sabendo de antemão, o que se ia passar, proporcionou um desabafo de pena perante aos que não tinham estado no encontro. Houve quem se comovesse a sério.

Qual a principal mensa-gem ou marca deixada por D. António Marto?

A principal mensagem deixada tem a ver com o fomento da partilha entre irmãos da mesma fé e cari-dade, a energia que irradiou e com que nos contagiou a todos, e deixando-nos uma mensagem de esperança, o desafio e o desejo de sermos fiéis, a alegria de descobrirmos a beleza de ser Igreja, pois encontrá-mos nele o perfil de Jesus Cristo”como Servidor da alegria do Evangelho”.

Quais as expectativas criadas a partir da Visita Pastoral? Foi já definida al-guma prioridade pastoral ou tomada alguma decisão em ordem à renovação da dinâmica paroquial?

Estamos para reunir os Conselhos Pastorais e estudar a melhor maneira de dinamizar os grupos apostólicos, aumentando o número daqueles que se querem identificar como discípulos de Cristo e dar

maior formação a todos os que de boa vontade desejam crescer e dar mais perfeito testemunho da verdade sem olhar às con-

trariedades que isso possa vir a acarretar. Assim Deus nos ajude com o Seu Es-pírito.

Entrevista ao pároco de Monte Redondo e Coimbrão, padre Joaquim Jesus João

“Fomento da partilha entre irmãos da mesma fé e caridade”

Fotos

: DR

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ECLESIAL10 O Mensageiro27.Janeiro.2011

Leituras | IV Domingo Tempo Comum (30/01/11)

Antífona de Entrada: Salmo 105, 47

Leitura I: Sof 2, 3; 3, 12-13

Salmo Responsorial: Salmo 145 (146), 7.8-9a.9bc-10 (R. Mt 5, 3 ou Aleluia)

Leitura II: 1 Cor 1, 26-31

Aclamação ao Evangelho: Mt 5, 12a; Refrão: Aleluia. Repete-se; Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa. Refrão

EVANGELHO: Mt 5, 1-12aNaquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu ao

monte e sentou-Se. Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los, dizendo: «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus. Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque se-rão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus. Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa».Palavra da salvação.

Cânticos | V Domingo Tempo Comum (06/02/11)

INÍCIO: Alegre-se o coração – Lau 142scutai Senhor a prece – Lau 343

SALMO RESPONSORIAL: Para o homem recto nascerá uma luz - Lau 644

APRESENTAÇÃO DOS DONS: Pobres e fracos que somos - Lau 663Onde há caridade verdadeira - Lau 626

COMUNHÃO: Vós sois o sal da terra – Lau 886Se vos amardes uns aos outros - Lau 749

PÓS-COMUNHÃO: Jerusalém louva o Teu Senhor – Lau 448Eu canto para sempre - Lau 358

FINAL: Sois a semente que há-de nascer - Lau 793Dá-nos um coração – Lau 259

Sábado19h00 – Sé19h30 – Franciscanos

Domingo08h30 – Espírito Santo09h00 – Franciscanos09h45 – Paulo VI10h00 - S. Francisco10h30 – Franciscanos 10h00 – S. Romão 11h00 – S. Agostinho11h00 – Hospital11h30 – Cruz da Areia11h30 – Seminário e Sé18h30 – Sé19h30 – Franciscanos21h30 – Sª Encarnação

MISSAS DOMINICAIS

AO SABOR DA PALAVRA

Pe. Francisco [email protected]

Loucura4º Domingo do Tempo Comum

Ser cristão nos tem-pos que correm implica ser diferente da maioria das pessoas que nos ro-deiam. A grande maioria das pessoas diz-se cristã, quase todas complam esta afirmação dizendo “não praticante”, e muitos que se afirma praticantes da fé cristã fazem-no de uma forma muito superficial. Para a grande maioria dos portugueses ser cristão sig-nifica ter sido baptizado, ter andado meia dúzia de anos na catequese, ter ca-sado pela Igreja e também

baptizado os seus filhos.Ora isto não tem nada a

ver com a vida de cada dia. Mesmo o ser cristão não se pode reduzir a ir à missa ao domingo. Todos nos sabe-mos isso. Mas regressemos ao nosso tema.

Vivemos num mundo muito concorrencial, em que todos temos de ser os primeiros em tudo, não se pode ser o segundo, nin-guém se lembra de quem fica em segundo. Isto leva a que, nas relações entre as pessoas, e no geral da vida humana, valha tudo para ficar à frente dos outros, para ficar em primeiro: na escola, no emprego, nos jogos, etc.

Segundo o profeta Sofonias, o que é verda-deiramente importante na vida de cada homem é procurar o Senhor, encon-trar a verdadeira essência de Deus. É essa busca que todas as pessoas realizam ao longo da sua vida, mas que muitas vezes acabam por se perder no caminho, no entanto não podemos ficar parados, imóveis com medo de nos perdermos. A própria procura de Deus já é em si um caminho, porque uma busca leal e séria apro-

xima-nos sempre de Deus. Só assim poderemos ser verdadeiramente felizes.

Mas quem é o Senhor? Onde é que o poemos encontrar? A resposta po-demos achá-la em S. Paulo que o explica na primeira vez que escreve aos corín-tios: “O que é louco aos olhos do mundo é que Deus escolheu para confundir os sábios.” Deus é tão podero-sos que escolhe aqueles que reconhecendo a sua fraque-za se deixam guiar pelo Se-nhor, que colocam toda a sua vida inteiramente nas mãos de Deus. Que vivem toda a sua vida em busca do Amor, de Deus.

Os verdadeiros cristão são aqueles que seguem a nova lei das Bem-Aventu-ranças: “Felizes os pobres que o são no seu íntimo.” Nesta expressão Jesus in-clui precisamente aqueles de que falava S. Paulo: os que são mais fracos aos olhos dos avaliadores mundanos, os que são mais pequenos e que por isso fi-cam sempre em segundo lugar. Ser pobre significa estar desprendido, dispo-nível, para poder sempre fazer o bem, para poder ir ao encontro do irmão que

precisa de nós.Para ser um verdadeiro

cristão é preciso renunciar a esta concorrência desen-freada para ser sempre o primeiro. É preciso parar para dar lugar ao que é mais importante: o outro, as suas necessidades e anseios, a sua condição de homem, nosso irmão.

Já o profeta Sofonias exortava os seus ouvin-tes, e cada um de nós, a procurarmos “a justiça, a humildade”. O pequeno rebanho, não apenas em tamanho mas em poder, é a imagem, hoje, da Igreja: a nossa influência não nasce do poder e da força, mas nasce da generosidade e do serviço aos outros.

Será que somos loucos, ou é o mundo que está louco, correndo sempre ao encontro de miragens, de nuvens de fumo que se desfazem quando as encon-tramos. Qual é a verdadeira essência da felicidade? Va-mos procurá-la de coração aberto, com simplicidade, abertos à felicidade que nasce de descobrirmos Deus presente em cada um de nós.

A Maria Inês Pereira, da Barreira, e a Maria Angélica Filipe, do Juncal, vão regres-sar à Missão do Gungo.

A Inês já esteve em mis-são em 2007, durante dois meses, no tempo das suas férias de Verão. Quando terminou o curso de fisio-terapeuta decidiu ir por um ano, correspondendo assim a um chamamento interior que sentia havia muito tem-po e que sentiu ainda mais forte após a experiência que tinha feito nas férias. Entre Agosto de 2009 e Setembro de 2010 deu o melhor de si ao povo do Gungo que lhe ficou muito agradecido pelo trabalho realizado por ela.

Quando chegou a mana Inês, como é conhecida no grupo missionário, disse que o coração tinha ficado pendurado num embondei-ro (uma árvore) da missão do Gungo. Passadas umas semanas deu a conhecer que a Missão em Angola para ela ainda não tinha terminado e que pensava voltar por mais um ano.

Desde então continuou

a colaborar em muitas actividades do grupo mis-sionário com idas a escolas e paróquias e começou a preparar a nova missão que está prestes a iniciar.

A história da Angélica é semelhante. Em 2008 foi em missão por três meses. Era um sonho desde os tem-pos da sua juventude. Após a aposentação da profissão de professora do Ensino Básico, sentia que para co-meçar deveria partir por um tempo mais curto.

A experiência foi de tal modo marcante que quan-do regressou a Portugal a pergunta que toda a gente lhe fazia era quando volta-ria à missão. O brilho dos seus olhos e a alegria e o entusiasmo com que fala-va da missão eram tais que impressionavam os seus amigos e familiares.

Enquanto esteve em Portugal ainda tem tempo para participar numa peça de teatro com os amigos da sua terra e da sua juventude e que foi levada a palco em várias localidades; uma de-

las foi Minde, tendo os lu-cros revertido a favor deste projecto missionário.

Em Março de 2010 a Maria Angélica entregou os documentos com o pedido de visto de residência supe-rior a três meses. Quando pensava que levaria sema-nas ou meses para obter a autorização, para surpresa de todos, três dias depois telefonaram-lhe a dizer que o seu visto de residência em Angola estava pronto.

Em Abril de 2010 estava de novo a Angélica na Linha da Frente, deste vez por seis meses, que acabaram por ser sete. Ela é a mãezi-nha da missão, não só dos nossos missionários, mas de tanta gente do Gungo a quem tem dado formação, principalmente na área da educação materno-in-fantil.

Em meados de Feve-reiro a Angélica parte pela

terceira vez, e de novo por seis meses.

Neste momento, sem esquecer todas as outras pessoas que de alguma for-ma colaboram nesta mis-são, queremos agradecer a estas duas missionárias leigas o seu testemunho e dedicação a este trabalho missionário, que muito agradecemos. Que Deus as acompanhe e faça frutificar o seu belo trabalho.

Aproveitamos para informar que vai ter lugar um curso de missiologia, de 4 de Março a 3 de Junho de 2011. Será à sexta-feira, das 21h00 às 23h00, no edifício do Seminário Diocesano de Leiria. É aberto as todas as pessoas interessadas. Para mais informações, contac-tar as paróquias ou o e-mail [email protected] ou ainda o telefone 926 031 382.

P. Vítor Mira

Janela Sobre a Missão

De Regresso à Missão do Gungo

DR

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O Mensageiro27.Janeiro.2011 11IGREJA EM PORTUGAL 11

BREVESOs «Sinais dos Tempos»Jornadas de Estudos Teológicos

Próximo dia 17 de Fevereiro decorrerá a Jornada de Estudos Teológicos da Faculdade de Teologia da Univer-sidade Católica Portuguesa, subordinada ao tema «Sinais dos Tempos».

Segundo o site da referida faculdade, a actividade se-rá no auditório 1 da UCP, em Lisboa, e contará com o contributo reflexivo de D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa, e Adriano Moreira.

O programa, com inicio às 10h00, irá apresentar as seguintes conferências: «Sinais dos tempos: actualidade duma intuição conciliar»; «A leitura dos sinais dos tem-pos e suas implicações na vida da Igreja» e «Um mundo em transformação: que sinais de esperança?». Também serão expostos painéis sobre «Os sinais dos tempos no mundo contemporâneo: comunicação social, economia, política» e «Os sinais dos tempos que se avizinham: neurociências, tecnologias da informação e da comuni-cação e ducação».

UCP/LFS

FátimaIX Peregrinação Nacional

No próximo dia 6 de Fevereiro (Domingo) irá decor-rer a IX Peregrinação Nacional e Bênção dos Ciclistas em Fátima. Os responsáveis pela organização desta celebração dão a conhecer o programa.

10h00 – CONCENTRAÇÃO, na Cova da Iria no PAR-QUE Nº 12 (Centro Pastoral Paulo VI) situado no lado Sul do Santuário.

10h30 – PARTIDA, para o “Caminho dos Pastorinhos” - Aljustrel, para visitar as casas onde nasceram Jacinta, Francisco e Lúcia, -Valinhos, local onde se deu a 4.ª aparição da Nossa Senhora de Fátima a 19 de Agosto e 1917 e a Loca do Anjo, lugar onde Jacinta, Francisco e Lúcia, viram pela 1.ª e 3.ª vez o Anjo em 1916. (com uma oração à Virgem)

11h45 – BÊNÇÃO DOS CICLISTAS, Presidida por Sua Reverendíssima D. Serafim Ferreira e Silva, Bispo Emérito da Diocese de Leiria-Fátima, junto à Igreja da Santíssima Trindade, na Rua do lado Sul do Santuário, (esta rua, é paralela à Igreja da Santíssima Trindade) local o Palco da Celebração

12h30 – MISSA, na Basílica de Nossa Senhora de Fátima.

Neste dia, a Reitoria do Santuário de Fátima, ofe-rece uma Pagéla de Oração a cada um dos ciclistas e acompanhantes.

FamíliaIgreja estuda criação de Gabinetes de Aconselhamento

O presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família defendeu a criação de gabinetes multidiscipli-nares de aconselhamento nas dioceses para apoiar as famílias.

“Há dioceses que estão apostadas nisso, não é mui-to fácil, mas é um caminho que está a começar e que penso se irá percorrer”, disse à agência Lusa D. António Carrilho, à margem Encontro Nacional de responsáveis da Pastoral Familiar (Dioceses e Movimentos) com a Comissão Episcopal do Laicado e Família, em Fátima.

Para D. António Carrilho, bispo do Funchal, este tipo de apoio “é muito importante”, mas reconheceu que para a sua efectivação deve “apelar-se ao volunta-riado”. O prelado acrescentou ainda que outros desafios se colocam nos dias de hoje à família, como a educação ou o emprego, sustentando que os problemas “obrigam a uma atitude de solidariedade, de atenção, de apoio” para que possam ser ultrapassados.

OC

A Igreja do Campo Gran-de, em Lisboa, acolheu a Vigília Ecuménica Jovem, enquadrada na 103ª Sema-na de Oração pela Unidade dos Cristãos.

Centrada essencialmen-te na leitura da Palavra de Deus, a iniciativa tomou como base o tema do Oita-vário (18 a 25 de Janeiro), “Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comu-nhão fraterna, na fracção do pão e nas orações”, reunin-do à volta da mesma mesa jovens das Igrejas Católica, Lusitana, Metodista e Pres-biteriana.

Apesar deste ideal de unidade se celebrar nesta altura “de forma mais com-pacta”, o objectivo é “que no futuro possa percorrer o ano todo” defende o pa-dre Tony Neves, membro do Movimento Ecuménico Jovem (MEJ), em declara-ções à ECCLESIA.

Aquele grupo tem apro-veitado este tempo para promover junto de novos e menos novos a importância do diálogo e da partilha de opiniões entre as diversas doutrinas religiosas, cristãs e não cristãs.

“O ecumenismo é algo desejado por Jesus Cristo, todos nós rezamos para que seja pleno mas a verdade é que ainda não é” alerta o padre Carlos Gonçalves, responsável pelo Depar-

tamento da Juventude do Patriarcado de Lisboa.

Presente na celebração, o sacerdote católico de-fende que “os jovens não devem esconder a ruptura existente entre as várias confissões cristãs, devem sim dar passos para que ela um dia seja ultrapassada”.

Pela sua “abertura e falta de preconceito”, os mais novos são vistos como um veículo ideal na transmissão da mensagem ecuménica à camada adulta, por vezes pouco sensível a estas questões.

“Cada Igreja está, na maior parte das vezes, vi-rada para si mesma. Esta semana é uma chamada de atenção para que gestos

como esta vigília se esten-dam a outras actividades. Ainda estamos aquém do ideal” aponta Fernando Santos, da Igreja Lusitana.

O respeito pela diferen-ça, pela diversidade, dentro da “única Igreja, que é de Cristo”, foi a principal men-sagem da noite de oração, presente em cada gesto realizado.

Destaque para a procis-são de entrada, onde 4 velas acesas acompanhavam o círio ecuménico, simboli-zando a reunião das quatro Igrejas cristãs. Realce ainda para uma encenação, com suporte multimédia, onde se procurou precisamente demonstrar a riqueza da diversidade. “Nós pregamos

o mesmo Evangelho, acre-ditamos no mesmo Deus, e este é um momento que nos ajuda a crescer na fé e a reafirmar estes laços que têm crescido entre nós” ex-plica Eva Michel, da Igreja Metodista.

Para além desta sema-na, aquela responsável destaca outros momentos de partilha, como o Fórum Ecuménico Jovem, que já vai na sua 12ª edição, e os encontros de Taizé.

“É importante construir-mos relações de amizade e de paz, ouvirmos os outros em vez de os ignorarmos e pensarmos que somos os únicos no mundo” conclui.

JCP

A dedicação exclusiva a Deus “não se esconde nos claustros da vida contem-plativa nem se reduz aos territórios habitados pelas comunidades religiosas”, defende o responsável pelas vocações da Igreja Católica em Portugal.

Na mensagem para a Semana do Consagrado, que decorre entre 30 de Janeiro e 6 de Fevereiro, D. António Francisco dos Santos salienta que a Igre-ja precisa de “aprender” a criar “um ambiente onde as pessoas possam encontrar a beleza de Deus e sintam a alegria de viver”.

Um dos objectivos des-ta iniciativa, que se realiza pelo segundo ano consecu-tivo, é proporcionar às co-

munidades católicas uma “interpelação” que as leve a descobrir a “essência” da vida consagrada, ao mesmo tempo que desperta “a cora-gem da resposta por parte de quem hoje sente o apelo a seguir Cristo”, escreve o prelado.

O bispo de Aveiro sa-lienta que “a nova evange-lização implica necessaria-mente que os mais jovens possam ver espelhada na alegria da vida e no dina-mismo da missão dos con-sagrados (as)” o fascínio de uma existência totalmente dedicada a Deus.

Esta Semana, subor-dinada ao tema «Vida Consagrada na Missão da Igreja», visa proporcionar uma “aproximação cada vez

mais necessária” às “expe-riências” de consagração religiosa, refere D. António Francisco dos Santos.

“Importa, por isso, que os serviços diocesanos de pastoral vocacional, as pa-róquias e os movimentos apostólicos façam sua esta Semana, para que a tornem tempo de anúncio, de des-coberta e de proposta voca-cional”, realça o presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios.

Neste sentido, acrescen-ta o prelado, as comunida-des cristãs são chamadas “a perceber o sentido encontrado por aqueles que seguem Cristo e a co-nhecer a fecundidade e o alcance da missão por eles realizada”.

A mensagem pede às entidades católicas que façam “a maior divulgação possível” dos textos prepa-rados para esta ocasião pela Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal.

O Dia do Consagrado, inserido na Semana com o mesmo nome, celebra-se a 2 de Fevereiro, data em que a Igreja Católica assinala a festa da Apresentação do Senhor, durante a qual se evoca o momento em que Cristo, 40 dias após o seu nascimento, foi oferecido a Deus pelos pais, num rito previsto nos preceitos reli-giosos judaicos.

RM

Vida Religiosa e a «beleza de Deus»

Semana do Consagrado 2011

Exemplo de ecumenismo veio dos mais novos

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

DR

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IGREJA NO MUNDO12 O Mensageiro27.Janeiro.2011

BREVESEgiptoSanta Sé reafirma vontade de diálogo com o Islão

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, afirmou que a Santa Sé mantém a linha de “abertura” e “diálogo” em relação à Academia de investigação islâmica de Al-Azhar, com sede no Cairo.

O director da sala de imprensa da Santa Sé reagia ao comunicado da instituição sunita, no qual os responsá-veis de Al-Azhar anunciavam a suspensão dos encontros com o Vaticano após o que classificaram de “ataques” de Bento XVI contra o Islão.

Em causa está a condenação pública, por parte do Papa, do atentado que vitimou 23 cristãos na cidade egípcia de Alexandria, a 1 de Janeiro, para além das suas várias intervenções em favor da liberdade religiosa em países de maioria islâmica.

O padre Lombardi afirmou que o Conselho Pontifício para o diálogo inter-religioso (CPDIR) “está a recolher as informações necessárias para uma compreensão adequada da situação”.

Em declarações divulgadas pela «Rádio Vaticano», este responsável sublinha que o CPDIR mantém “a linha de abertura e o desejo de diálogo”.

O secretário-geral da Academia de Al-Azhar, Ali Ab-del Dayem, criticou, em comunicado, “as declarações contra o Islão repetidas em várias ocasiões pelo Papa Bento XVI”.

Um comité conjunto para o diálogo entre católicos e muçulmanos foi criado em 1998, englobando o CPDIR e o comité permanente de Al-Azhar para o diálogo entre as religiões monoteístas.

No último dia 11 de Janeiro, o secretário do Vaticano para as relações com os Estados, D. Dominique Mamber-ti, recebeu em audiência a embaixadora do Egipto junto da Santa Sé, assegurando-lhe partilhar a preocupação do governo egípcio de “evitar uma escalada de confrontos e de tensões por motivações religiosas”.

OC

Conferência Episcopal da ÍndiaBispos e teólogos debatem fundamentos da fé

A Conferência Episcopal da Índia promoveu um en-contro com representantes do Vaticano, para reflectir sobre o papel da doutrina cristã, no Ocidente e Oriente, e a responsabilidade dos bispos na hierarquia da igreja.

O cardeal William Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, liderou a delegação de 6 represen-tantes da Santa Sé que, entre 16 e 22 de Janeiro esteve reunida com 28 bispos e 26 teólogos indianos, na cidade de Bangalore, no sul da Índia.

Numa primeira fase, organizada pelo grupo de teólo-gos, foram abordados temas como o papel específico da teologia na Igreja, as metodologias utilizadas no Oriente e Ocidente, a inculturação e a relação da Igreja Católica com as outras religiões.

Durante a segunda parte, os responsáveis eclesiais da Índia e do Vaticano apontaram agulhas para questões de carácter funcional, debatendo a responsabilidade dos bispos dentro da Igreja, sobretudo enquanto “maestros da fé”.

“Não guardem o amor, a bondade e a graça de Jesus só para vocês, mas procurem partilhar estas coisas com os outros” foi a mensagem final que D. William Levada deixou dia 23, a mais de 10 mil fiéis, durante a eucaristia que encerrou os trabalhos.

JCP

A rede internacional da Caritas, organização católica para a solidariedade e ajuda humanitária, mostrou-se preocupada com o aumento do preço dos alimentos em muitos países do mundo.

“Estamos muito preocu-pados porque o aumento de preço dos alimentos afecta

os consumidores mais po-bres, aqueles que gastam a maior parte do seu dinheiro em mantimentos”, comen-tou Christine Campeau, da Caritas internacional.

Entretanto Sunil Simon, da Caritas indiana, conside-ra que o aumento de preço dos alimentos foi causado

por uma disfunção eco-nómica e pela falência do mercado.

“Existem muitos inter-mediários que controlam os mercados. A demanda não é adequadamente planificada e existem muitos proble-mas de corrupção e falta de transparência”, lamenta,

em declarações citadas pela «Rádio Vaticano».

A Caritas argelina, por seu lado, lembrou que esta situação já levou a confron-tos violentos e frisa que “cada vez mais pessoas se encontram à beira do desespero”.

RV/OC

Caritas

Aumento de preços dos alimentos gera preocupação

Bento XVI convidou os cristãos a estarem pre-sentes “com criatividade consciente e responsável” na Internet e nas redes sociais, afirmando que estas se tornaram “parte integrante da vida humana” nos nossos dias.

“A Web está a contribuir para o desenvolvimento de formas novas e mais complexas de consciência intelectual e espiritual, de certeza partilhada”, afirma o Papa, na sua mensagem para o Dia Mundial das Co-municações Sociais 2011, apresentada pelo Vaticano.

O tema escolhido para esta 45ª jornada é «Verdade, anúncio e autenticidade de vida na era digital».

O Papa admite que as novas tecnologias “per-mitem que as pessoas se encontrem para além dos confins do espaço e das próprias culturas, inaugu-rando deste modo todo um novo mundo de potenciais amizades”.

A mensagem refere, no entanto, ser “importante nunca esquecer que o con-tacto virtual não pode nem deve substituir o contacto humano directo com as pes-soas, em todos os níveis da nossa vida”.

Neste sentido, Bento XVI defende que a trans-missão do Evangelho nes-tes espaços virtuais deve ser “encarnada no mundo real e dirigida aos rostos concretos dos irmãos e ir-mãs com quem partilhamos a vida diária”.

“Por isso, permanecem como fundamentais as relações humanas directas na transmissão da fé”,

acrescenta.Para Bento XVI, é neces-

sário “um estilo cristão de presença também no mun-do digital”, que se traduz “numa forma de comuni-cação honesta e aberta, responsável e respeitadora do outro”.

“Devemos estar cientes de que a verdade que procu-ramos partilhar não extrai o seu valor da sua «popu-laridade» ou da quantidade de atenção que lhe é dada”, sublinha o Papa.

“Comunicar o Evange-lho através dos novos me-dia significa não só inserir conteúdos declaradamente religiosos nas plataformas dos diversos meios, mas também testemunhar com coerência, no próprio perfil digital e no modo de comunicar, escolhas, pre-ferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala expli-citamente dele”, escreve ainda.

O Papa considera que as novas tecnologias “estão a mudar não só o modo de comunicar, mas a própria comunicação em si mesma, podendo-se afirmar que es-tamos perante uma ampla transformação cultural”.

A mensagem fala mes-mo no nascimento de uma “nova maneira de aprender e pensar, com oportunida-des inéditas de estabelecer relações e de construir co-munhão”.

“As novas tecnologias da comunicação pedem para ser postas ao serviço do bem integral da pessoa e da humanidade inteira”, aponta.

As redes sociais («social network», na mensagem do Papa) promovem a interac-ção com outras pessoas na Internet, tendo como base os perfis de cada utilizador (gostos, opiniões, fotos e informações pessoais, en-tre outros dados).

Para Bento XVI, “o en-volvimento cada vez maior

no público areópago digital dos chamados «social ne-twork», leva a estabelecer novas formas de relação interpessoal, influi sobre a percepção de si próprio e por conseguinte, inevita-velmente, coloca a questão não só da justeza do próprio agir, mas também da auten-ticidade do próprio ser”.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais foi a única celebração mun-dial decidida pelo Concílio Vaticano II (Decreto «Inter Mirifica», 1963) sendo cele-brado na maioria dos países no Domingo que antecede a Solenidade de Pentecostes - este ano, a 5 de Junho.

A mensagem para este dia é publicada todos os anos a 24 de Janeiro, por se celebrar a memória litúrgica de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas.

OC

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais

«Verdade, anúncio e autenticidade de vida na era digital»

Pope

2you

Page 13: 4844#OMENSAGEIRO#27JAN

O Mensageiro27.Janeiro.2011 13OPINIÃO

ANÁLISE POLÍTICA

Orlando FernandesJornalista

Um presidente autoritário

A

TESTEMUNHAS DO AMOR

Pe. Jorge GuardaVigário Geral da Diocese

Era estrangeiro e ajudaste-me

C

ÚLTIMA COLUNA

D. João AlvesBispo Emérito de Coimbra

Bem necessário e inestimável

N ada um de nós pode tornar-se testemunha

do amor por ter feito em primeira pessoa a experi-ência de amar e a de ser amado. Todos podemos ter casos em que nos padece-mos das aflições do nosso próximo, nos deixámos sensibilizar e fizemos o que estava ao nosso alcance para o ajudar. Quero contar um caso que vivi há mais de trinta anos e nunca mais me esqueceu. Mantenho no coração uma gratidão ines-quecível a quem anonima-mente me fez bem numa situação difícil.

Era jovem estudante seminarista e fui para a Ale-manha nas férias para parti-cipar numa experiência de trabalho com uma finalida-de solidária, pois o dinheiro que ganhasse destinava-se a ajudar seminaristas de países fora da Europa, em ordem à sua formação es-piritual. Fui com mais dois companheiros portugueses. Fizemos a longa viagem de comboio desde Portugal, durante dois dias, e chega-mos à última estação, onde supostamente alguém nos deveria esperar ou vir buscar, depois de receber um telefonema nosso a dizer que chegáramos. Era domingo, à hora do almoço, no Verão. Tentamos fazer o telefonema para a casa que nos esperaria, mas do outro lado ninguém atendia. En-quanto comíamos do nosso farnel, íamos correndo para a cabine telefónica, repetin-do as tentativas de contac-to. Mas sem êxito.

O tempo passava e a in-quietação ia-nos invadindo sempre mais. Começava a transformar-se em drama:

Se não conseguirmos o contacto, como fazemos? O que vai ser de nós, se temos que voltar já para Portugal, pois não temos bilhete de regresso nem dinheiro? Como podemos resolver este problema? Enquanto assim íamos pensando e conversando entre nós, começando certamente a implorar a ajuda divina, um jovem que por ali andava, não sei a fazer o quê, aper-cebeu-se que estávamos em dificuldade. Aproximou-se de nós e perguntou-nos se precisávamos de ajuda. Com o pouco de inglês e menos de alemão que sabíamos, lá conseguimos expor o nosso problema e mostrar-lhe o endereço para onde nos deveríamos dirigir.

Para nossa surpresa, o jovem disse-nos que co-nhecia o local e que podia levar-nos lá no seu carro. Aceitámos com satisfação e na esperança de que o nosso problema estaria a caminho de se resolver. Chegados ao local, tocámos uma, outra e mais outra vez a campainha da casa paro-quial, mas ninguém nos atendeu. De novo o nosso drama se avivou. Entretan-to, o jovem ainda não nos tinha deixado. Foi então a uma loja da vizinhança perguntar se sabiam onde encontrar o pároco. Obteve então a informação de que o pároco local tinha ido ao Brasil mas ficara a substi-tuí-lo um outro sacerdote italiano, que fora almoçar a casa de uma família e voltaria entretanto.

O jovem nosso amigo deu-nos esta informação e deixou-nos ali à espera que o dito sacerdote che-gasse. Ainda ficámos em suspenso bastante tempo, até que chegou quem nos hospedou na casa paroquial e nos acompanhou durante aquela experiência de traba-lho. Quanto ao nosso “bom samaritano” nunca mais o vimos nem sabemos nada sobre ele. Fez-nos o bem, ajudou-nos na nossa aflição e partiu incógnito para a sua vida, certamente feliz pelo amor gratuito que praticou em nosso favor. Talvez um dia possa ouvir Jesus a di-zer-lhe: “Vem, bendito de meu Pai, participar no reino eterno, pois era estrangeiro e ajudaste-me...”

o começo do ano, as pessoas revestem-se

dos seus melhores senti-mentos e desejam o maior bem uns aos outros.

Pus-me a reparar, no início de 2011, sobre o que desejavam não só uns aos outros de viva voz, mas no que se escreveu a este pro-pósito nos jornais e se disse na rádio e televisão, tendo prestado particular atenção aos inquéritos de rua pela sua espontaneidade.

Todos reconheceram o valor e a necessidade da paz. Os próprios papas, dos últimos anos, introduziram a tradição de dirigir ao mun-do, no dia 1 de Janeiro, uma mensagem sobre a paz.

Vejamos o que pensa-

vam da paz aqueles que observei. Concluí que, no geral, referiram a paz como ausência de guerra, de vio-lência e da morte.

Raramente foram até ao respeito pela dignidade da pessoa e pelos seus inalie-náveis direitos.

De facto a paz exige que cada pessoa se respeite a si própria e promova o seu equilibrado desenvolvimen-to; que haja igual preocupa-ção para com todos os seus semelhantes combatendo a descriminação, a intolerân-cia e a exclusão; que cola-bore na aproximação dos desavindos e que chegue a incluir neste respeito e de-dicação a própria natureza criada também por Deus. A paz universal, para existir, exige todos estes cuidados.

Os cientistas explicam que os atropelos graves provocados pelos seres hu-manos na natureza causam desequilíbrios dramáticos da mais variada espécie. Já se fizeram alguns pro-gressos quanto ao respeito pela natureza mas os países mais poderosos do mundo estão a entravar que se vá mais longe.

O progresso efectuado na descoberta da paz como um valor de raríssimo valor, anima-nos a esperar tempos de maior harmonia e con-córdia. É que há-de ser a hu-manidade inteira a garantir a paz verdadeira.

campanha lá vai corren-do com poucas ideias quanto ao exercício do

múnus presidencial e relati-vamente excessivo curso de veneno pessoal, facto bem compreensível, qualquer que seja o “chalanger”, em elei-ção para segundo mandato de um presidente cauteloso no primeiro.

Cavaco Silva, cuja ges-tão dos silêncios dava para escrever um manual sobre como não a fazer, desde os tabus de 1995 às acções da SLN, parece estar a percorrer um percurso relativamente airoso em relação ao objec-tivo, embora as sondagens revelem uma perda clara por comparação ao incrível pico do mês passado.

Nada de estranhar, quando o seu estilo de baixo protagonismo e confronto, aversão às rupturas e su-porte da estabilidade agrada claramente aio eleitorado moderado, constituído por pessoas dedicadas aos prin-cípios do senso comum e da vida tranquila.

Na minha percepção, a representação de todos os portugueses, e não só os da minha cor, fica bem entregue a Cavaco, ao menos por rela-ção ao concorrente directo.

O homem é conhecido, não traz surpresas, pode-se extrapolar com à vontade as referências do passado para o exercício futuro. No anterior mandato, prometeu uma coo-peração estratégica e cumpriu o compromisso, coisa que infelizmente não é muito habitual pelas nossas bandas, ainda mais puxando à memó-ria os exemplos recentes do execrável Sócrates.

O Presidente, no sis-tema português, não é um apaniguado dos partidos que o apoiem e, por isso, a fidelização aos poderes que o mandato contém só pode servir de encómio.

Por isso, agrada-me que fale a uma só voz com o Governo em matérias inter-nacionais, mesmo nas mais polémicas como a do pedido de ajuda à União Europeia,

ou que não tenha vetado qualquer diploma de inicia-tiva governamental, preferin-do o método da negociação prévia possível.

Por outro lado, quanto às matérias sociais mais sensí-veis, mesmo quando são apenas modernices e provo-catórias, como a do casamen-to (e não “união civil”) entre pessoas do mesmo sexo, não esquecer a forte maioria parlamentar que as suportou parece prudente em tempos de ebulição, tanto mais que um veto político apenas atra-saria o inevitável.

Volto à vaca fria: um presidente de Portugal não é o mesmo que um francês, americano ou brasileiro, quanto menos ideologia e mais pragmatismo melhor.

Agora, Cavaco promete uma maior intervenção e isso também me parece ade-quado, em tempo de forte crise, com o País entregue a um Governo minoritário, exercendo o poder fora das suas promessas e em mais que possível constatação objectiva de falhanço de objectivos.

Poderá ter que vir a ser timoneiro, embora não “grande”, que isso é para os “Maus”, mas, então, creio que será pudente e o mais estabilizador possível.

Mas é na vertente inter-nacional que a fundamental diferença com Alegre sobres-sai mais.

Creio que é altamente vantajosa a ajuda do Fundo de Estabilidade Europeu e do FMI para evitar juros in-suportáveis, vigiar com olhos de ver a execução orçamental e, acima de tudo, apoiar um plano de reformas a médio prazo, a única maneira de tor-nar a economia competitiva e eficiente, num ambiente financeiro protegido no pe-ríodo convencionado.

Mas, seja assim ou seja assado, ninguém pode fazer apagar do cenário essa pos-sibilidade. O Presidente que venha tem que estar prepara-do para a eventualidade, pelo que seria uma irresponsabi-lidade nacional escolher um chefe de Estado “amanhãs que cantam”, tocando lira poética enquanto o incêndio campeia.

O FMI é uma instituição de Brenton Woods, a que per-tencemos e pagamos quotas, não um grupo de credores exclusivamente com os seus interesses em mente, como os que transformaram o seu tempo o Egipto num protec-torado.

Quanto aos fundos de apoio, Manuel Alegre bem pode ser um patriota, mas D. Sebastião também o era e os resultados não foram cintilantes.

Artigo escrito antes da eleições de 23 de Janeiro.

astaram cinco milhões de euros para fazer e

distribuir esta agenda. Colo-rida e de aspecto simpático, já chegou a 3200 escolas se-cundárias, ONGs e institui-ções variadas, espalhadas por todo o espaço da UE, incluindo Portugal.

Folheamos a dita agenda e encontramos indicações consideradas úteis sobre sexo seguro, como deixar de fumar, ser tolerante

e combater a xenofobia. Há sete anos que existe esta agenda, mas desta vez resolveram incluir referên-cias às principais festas religiosas.

Assim, a “Agenda Euro-pa” assinala as festas dos judeus, dos muçulmanos, dos hindus, fala do ano chinês… mas, sobre as festas do cristianismo nem uma só palavra. A maior re-ligião da Europa não merece qualquer referência… por exemplo, abrimos a agen-da no dia 25 de Dezembro e ficamos a saber que a primeira árvore de Natal surgiu na Estónia no século XV… e se formos ver o que diz a agenda no Domingo de Páscoa, encontramos umas breves linhas sobre a deusa Europa.

Choveram protestos da França, Polónia, Itália, Irlanda e Espanha. Durão Barroso mandou dizer que vai fazer três milhões e duzentas mil erratas para juntar às agendas já distri-buídas.

É a Europa que temos! * In RR online (14/01/11)

RECORTES

Aura MiguelVaticanista e jornalista

A Europa que temos*

G

Page 14: 4844#OMENSAGEIRO#27JAN

INSTITUCIONAL14 O Mensageiro27.Janeiro.2011

Fundador José Ferreira Lacerda Director Rui Ribeiro (TE416) Redacção Luís Miguel Ferraz (CP5023), Pedro Jerónimo (CP7104), Joaquim Santos (CP7731), Ana Vala (CP8867). Paginação O Mensageiro Colaboradores Ambrósio Ferreira, Américo Oliveira, André Batista (Pe.), Ângela Duarte, Carlos Alberto Vieira, Carlos Cabecinhas (Pe.), José Casimiro Antunes, Francisco Pereira (Pe.), D. João Alves, João Filipe Matias (CO798), Joaquim J. Ruivo, Jorge Guarda (Pe.), José António C. Santos, Júlia Moniz, Maria de Fátima Sismeiro, Orlando Fernandes, Paulo Adriano Santos, Pedro Miguel Viva (Pe.), Saúl António Gomes, Sérgio Carvalho, Verónica Ferreirinho, Vítor Mira (Pe.). Administração / Publicidade André Antunes Batista (Pe.). Propriedade/Sede (Editor) Seminário Diocesano de Leiria - Largo Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA - Reitor: Armindo Janeiro (Pe.) Contribuinte 500 845 719 Contactos Tel.: 244 821 100/1 - Fax: 244 821 102 - Email: [email protected] - Web: www.omensageiro.com.pt Impressão e Expedição CORAZE - Oliveira de Azeméis - Tel: 256 600 580 / Fax: 256 600 589 - E-mail: [email protected] Depósito Legal 2906831/09

Registo no ICS N.º 100494Semanário - Sai à 5ª FeiraTiragem média - 3.000 Preço avulso - 0,80 euros

Tabela de Assinaturas para 2010 Destino Normal BenfeitorNacional 20 euros 40 eurosEuropa 30 euros 60 eurosResto do Mundo 40 euros

JOGOS | N.º 04/2011 (Confirme em www.jogossantacasa.pt)

Euromilhões: 3, 11, 13, 18, 21 + 4, 5Totoloto: 10, 11, 22, 38, 42, 47 + 36Loto2: 1, 10, 13, 14, 24, 37 + 7Joker: 3 8 8 6 7 2 8Totobola: 1X2 X1X 2X1 X11X

FÁRMÁCIAS DE SERVIÇOSanches (27), Tomaz (28), Avenida (29), Baptista (30), Central (31), Godinho Tomaz (1), Higiene (2) e Antunes (3).

TELEFONES ÚTEISBombeiros Municipais - 244 832 122 | Bomb. Vol. Leiria (Ger.) - 244 882 015 | Bomb. Vol. Leiria (Urg.) - 244 881 120 | Bomb. Volunt. Batalha - 244 765 411 | Bomb. Volunt. P. Mós - 244 491 115 | Bomb. Volunt. Juncal - 244 470 115 | Bomb. Volunt Ourém - 249 540 500 | Bomb. V. M.te Redondo - 244 685 800 | Bomb. Volunt. Ortigosa - 244 613 700 | Bomb. Volunt. Maceira - 244 777 100 | Bomb. Vol. Marinha - 244 575 112 | Bom. Volunt. Vieira - 244 699 080 | Bom. Voltun. Pombal - 236 212 122 | Brigada de Trânsito - 244 832 473 | Câmara M. de Leiria - 244 839 500 | Câmara Eclesiástica - 244 832 539 | CENEL (Avarias) - 800 246 246 | C. Saúde A. Sampaio - 244 817 820 | C. Saúde Gorjão Henriques - 244 816 400 | C. P. (Est. de Leiria) - 244 882 027 | Cruz Vermelha - Leiria

- 244 823 725 | Farmácia Avenida - 244 833 168 | Farmácia Baptista - 244 832 320 | Farmácia Central - 244 817 980 | Farmácia Coelho - 244 832 432 | Farmácia Higiene - 244 833 140 | Farmácia Lino - 244 832 465 | Farmácia Oliveira - 244 822 757 | Farmácia Sanches - 244 892 500 | Governo Civil - 244 830 900 | Guarda N. Republicana - 244 824 300 | Hospital de S.to André - 244 817 000 | Hospital S. Francisco - 244 819 300 | Polícia Judiciária - 244 815 202 | Polícia S. Pública - 244 859 859 | Polidiagnóstico - 244 828 455 | Rádio Táxis - 244 815 900 | Rádio Alerta - 244 882 247 | Rodoviária do Tejo - 244 811 507 | Teatro JLS (Cinema) - 244 823 600

MINISTÉRIO DA ECONOMIA, DA INOVAÇÃO E DO DESENVOLVIMENTO

Direcção Regional da Economia do CentroÉDITOS

Faz-se público que, nos termos e para os efeitos do Art. 19º do Regulamento de Licenças para Instalações Eléctricas, aprovado pela Decreto-Lei n.º 26 852, de 30 de Julho de 1936, com redacção dada pela Portaria nº. 344/89, de 13 de Maio, estará patente na Secretaria da Câmara Municipal de Leiria, e na Direcção Regional da Economia do Centro, Rua Câmara Pestana nº. 74, 3030-163 Coimbra, todos os dias úteis, durante as horas de expediente, pelo prazo de quinze dias, a contar da publicação destes éditos no “Diário da República”, o projecto apresentado pela EDP Distribuição-Energia, S.A. – Direcção de Rede e Clientes Tejo, para o estabelecimento de Linha Aérea a 30 KV com 590.83 m de ap. 4 LAT para PT LRA 358C de Fimolis-Indústria de Moldes, Ldª a PT LRA 480C de Gracinda & Gomes, Ldª; em A-do-Barbas, freguesia de Maceira, concelho de Leiria, a que se refere o processo nº. 0161/10/9/1429.

Todas as reclamações contra a aprovação deste projecto deverão ser presentes na Direcção Regional da Economia do Centro ou na Secretaria daquela Câmara Municipal, dentro do citado prazo.

Direcção Regional da Economia do Centro, 27 e Dezembro de 2010

Adelino Lopes SousaDirector de Serviços de Energia

CARTÓRIO DA MARINHA GRANDENOTÁRIA Ana Luísa Cabral de Melo Pereira Guerreiro

Certifico, para fins de publicação, que no Livro de Notas para escrituras diversas número 82 – A, deste Cartório, a folhas 99 e seguintes, foi lavrada escritura de Justificação Notarial, no dia vinte e um de Janeiro de dois mil e onze, na qual Marcial Amaro Rato Guilherme, solteiro, maior, natural de França, residente na Travessa da Bouça, nº 50, Casal do Pilha, freguesia de Milagres, concelho de Leiria, como procurador de Manuel António da Costa Guilherme e de Maria Amélia Fernandes Rato Guilherme, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Leiria e ela da freguesia de Milagres, concelho de Leiria, residentes em França e ocasionalmente na Travessa do Bouça, nº 50, Casal do Pilha, Milagres, Leiria, NIF 166 606 790 e 119 902 982, declarou que são donos e legítimos possuidores do seguinte: uma quarta parte do prédio rústico composto por terra de semeadura com oliveiras e vinha, sito em Outeiro da Boiça, Alcaidaria, Casal do Pilha, freguesia de Milagres, concelho de Leiria, inscrito (duas quartas partes na matriz em nome de Manuel António da Costa Guilherme, ora justificante) sob o artigo 1.191, com o valor patrimonial correspondente de 15,90 �, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria sob o número dois mil duzentos e vinte e oito / Milagres sem qualquer registo de aquisição desta quarta parte que se justifica. A referida quarta parte do prédio veio à posse dos justificantes por compra meramente verbal feita no ano de mil novecentos e oitenta e nove a Quitéria Bajouca da Fonseca, viúva, residente que foi na Avenida S. João de Deus, nº 7 H; 7º dto, Lisboa. Desde aquela data possuem, juntamente com os restantes comproprietários, parte do prédio ora justificada, amanhando o prédio, colhendo os seus frutos, usufruindo do mesmo, posse que sempre foi exercida por eles de forma a considerarem tal imóvel como seu, sem interrupção, intromissão ou oposição de quem quer que fosse, à vista de toda a gente do lugar e de outros circunvizinhos, sempre na convicção de exercerem um direito próprio sobre coisa própria. Esta posse assim exercida deve-se reputar de pública, pacífica e contínua. Por tal motivo e muito embora não possam exibir o respectivo título de aquisição, o certo é que adquiriam o mencionado imóvel para seu património próprio por USUCAPIÃO, que aqui é invocada, por não lhes ser possível provar pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme.

Marinha Grande, 21 de Janeiro de 2011A Notária, (Assinatura ilegível)

CATÓRIO NOTARIAL DE ALCOBAÇAA cargo do notário Rui Sérgio Heleno Ferreira

EXTRACTO DE JUSTIFICAÇÃOCERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura de vinte e um de

Janeiro de dois mil e onze, iniciada a folhas cento e trinta e seis do Livro de Notas para Escrituras Diversas número trinta e nove – A deste Cartório:

JOSÉ DE JESUS SEVERINO SIMÕES e mulher MARIA ARMINDA MOTA PEREIRA SIMÕES, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais ambos da freguesia de Colmeias, concelho de Leiria, onde residem na Rua Central, n.º 990, Barracão, NIF 106 626 663 e 105 256 560, respectivamente, justificaram a posse do seguinte bem:

Prédio rústico, composto de terra de cultura, com área de setecentos metros quadrados, sito na Rua Central, lugar de Barracão, freguesia de Colmeias, concelho de Leiria, que confronta a norte com João da Encarnação Severino Simões, a sul com José de Jesus Severino Simões, a nascente com António Silva Prazeres e a poente com Rua Central, omisso na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz da referida freguesia sob o artigo 22875.º, com o valor patrimonial e atribuído de 710,00 �

Que o referido imóvel veio à posse dos justificantes no ano de mil novecentos e setenta e nove, por compra verbal feita a João Severino Simões e mulher Maria da Encarnação, casados que foram na comunhão geral de bens, residentes que foram em Bouça, Colmeias, Leiria essa que não lhes foi nem é agora possível titular por escritura pública por falecimento dos vendedores.

Que, deste modo, não têm eles justificantes título formal de aquisição do mencionado imóvel. Certo é porém, e do conhecimento geral, que o vêm possuindo desde há mais de vinte anos, sem interrupção, ostensivamente e sem oposição de ninguém, na convicção, que sempre tem sido também a das outras pessoas, de serem eles os seus únicos e verdadeiros donos. Na verdade, foram os justificantes e mais ninguém que durante todo este tempo têm desfrutado o dito imóvel e têm praticado nele os actos normais de conservação e de defesa da propriedade.

Que assim, e na falta de melhor título, eles justificantes adquiriram o identificado imóvel por usucapião, que aqui invocam por não lhe ser possível provar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.

Que vai conforme o original na parte fotocopiada, não havendo na parte omitida nada que altere, modifique ou restrinja a parte transcrita.

Alcobaça, vinte e um de Janeiro de dois mil e onze.O Notário, (Rui Sérgio Heleno Ferreira)

Dr. Rui CastelaMédico Especialista

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Telefones: 244 832 288 e 244 870 500

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CONSULTAS COM HORA MARCADA2ª, 4ª e 5ª: 11h-13h e 15h-19h, 3ª: 10h-13h e 15h-19h, Sábados: 9h30-15h

Tel. 244 832406

Divulgação

O MENSAGEIRO

L e i aA s s i n e D i v u l g u eA n u n c i e

Page 15: 4844#OMENSAGEIRO#27JAN

O Mensageiro27.Janeiro.2011

liga zon sagres

I LIGAliga orangina

II LIGA15.ª Jornada (22.01) Varzim x Oliveirense (1-1), Penafiel x Moreirense (1-1), Fátima x Gil Vicente (1-3), Estoril x Belenenses (1-1), D. Aves x Sp. Covilhã (2-0), Trofense x Santa Clara (3-2), Freamunde x Arouca (2-2), Leixões x Feirense (2-1)

17.ª Jornada (22.01) Sp. Braga x V. Setúbal (2-2), Benfica x Nacional (4-2), Rio Ave x V. Guimarães (2-3), P. Ferreira x U. Leiria (1-1), Olhanense x Académica (2-1), Beira-Mar x Porto (0-1), Naval x Portimonense (1-1), Marítimo x Sporting (0-3)

Equipa J V E D Pts1.º Trofense 15 7 5 3 262.º Oliveirense 15 6 7 2 253.º Gil Vicente 15 6 6 3 244.º Arouca 15 6 6 3 245.º Feirense 15 7 3 5 246.º D. Aves 15 6 4 5 227.º Leixões 15 5 6 4 218.º Moreirense 15 5 5 5 209.º Belenenses 15 4 6 5 1810.º Penafiel 15 4 6 5 1811.º Varzim 15 3 9 3 1812.º Santa Clara 15 4 5 6 1713.º Estoril 15 4 5 6 1714.º Freamunde 15 2 10 3 1615.º Sp. Covilhã 15 4 3 8 1516.º Fátima 15 2 4 9 10

16.ª Jornada (06.02) Penafiel x Varzim, Arouca x Santa Clara, Freamunde x Feirense, Leixões x Sp. Covilhã, Trofense x Gil Vicente, Estoril x Moreirense, Fátima x Oliveirense, D. Aves x Belenenenses

Equipa J V E D Pts1.º Porto 17 15 2 0 472.º Benfica 17 13 0 4 393.º Sporting 17 9 4 4 314.º V. Guimarães 17 8 4 5 285.º Nacional 17 7 4 6 256.º U. Leiria 17 7 4 6 257.º Sp. Braga 17 7 3 7 248.º Beira-Mar 17 5 8 4 239.º Olhanense 17 5 7 5 2210.º P. Ferreira 17 4 8 5 2011.º Marítimo 17 4 7 6 1912.º Académica 17 5 4 8 1913.º V. Setúbal 17 4 5 8 1714.º Rio Ave 17 3 5 9 1415.º Portimonense 17 2 4 11 1016.º Naval 17 2 3 12 9

18.ª Jornada (06.02) Porto x Rio Ave,V. Guimarães x Nacional, Marítimo x Sp. Braga, Portimonense x P. Ferreira, Sporting x Naval, Académica x Beira-Mar, U. Leiria x Olhanense, V. Setúbal x Benfica

zona centro

II DIVISÃO

Equipa J V E D Pts1.º Tondela 16 10 4 2 342.º Sertanense 16 9 3 4 303.º Padroense 16 8 5 3 294.º Coimbrões 16 7 5 4 265.º Boavista 16 6 6 4 246.º Sp. Espinho 16 6 6 4 247.º Gondomar 16 5 8 3 238.º Esmoriz 16 5 8 3 239.º Tourizense 16 6 3 7 2110.º Anadia 16 5 6 5 2111.º Al. Lordelo 16 5 5 6 2012.º Pampilhosa 16 5 3 8 1813.º Sp. Pombal 16 4 4 8 1614.º U. Serra 16 3 5 8 1415.º Cesarense 16 2 6 8 1216.º Eléctrico 16 1 5 10 8

série d

III DIVISÃO15.ª Jornada (22.01) B.C. Branco x Ac. Viseu (0-1), Gândara x Nogueirense (1-2), Ág. Moradal x Ol. Bairro (2-1), V. Mocidade x Sourense (2-0), Marinhense x Monsanto (0-1), Tocha x Riachense (0-1)

Equipa J V E D Pts1.º Nogueirense 15 9 5 1 322.º Riachense 15 9 4 2 313.º Monsanto 15 9 2 4 294.º Ac. Viseu 15 8 3 4 275.º Ol. Bairro 15 7 3 5 246.º Sourense 15 6 4 5 227.º Ág. Moradal 15 5 3 7 188.º Marinhense 15 5 3 7 189.º B.C. Branco 15 4 5 6 1710.º V. Mocidade 15 5 1 9 1611.º Tocha 15 4 3 8 1512.º Gândara 15 1 0 14 3

15.ª Jornada (30.01) Nogueirense x Ac. Viseu, Ol. Bairro x Gândara, Sourense x Ág. Moradal, Monsanto x V. Mocidade, Riachense x Marinhense, Tocha x B.C. Branco

série e

III DIVISÃO 15.ª Jornada (22.01) 1.º Dezembro x Oeiras (3-0), Crato x Peniche (0-3), Sacavenense x Bombarralense (1-0), Caldas x Sintrense (0-2), Odivelas x Tojal (0-2), Alcochetense x Malveira (4-0)

Equipa J V E D Pts1.º 1.º Dezembro 15 10 3 2 332.º Sintrense 15 8 4 3 283.º Alcochetense 15 8 4 3 284.º Peniche 15 8 2 5 265.º Caldas 15 6 3 6 216.º Sacavenense 15 6 3 6 217.º Tojal 15 6 1 8 198.º Oeiras 15 5 3 7 189.º Bombarralense 15 5 2 8 1710.º Crato 15 4 4 7 1611.º Odivelas 15 4 1 10 1312.º Malveira 15 2 6 7 12

15.ª Jornada (30.01) Peniche x Oeiras, Bombarralense x Crato, Sintrense x Sacavenense, Tojal x Caldas, Malveira x Odivelas, Alcochetense x 1.º Dezembro

Equipa J V E D Pts1.º Alcobaça 14 10 2 2 322.º Portomosense 14 8 2 4 263.º Nazarenos 14 7 5 2 264.º Alvaiázere 14 7 4 3 255.º Beneditense 14 7 3 4 246.º Alq. Serra 14 6 5 3 237.º Pataiense 14 6 3 5 218.º Guiense 14 5 5 4 209.º Marrazes 14 5 4 5 1910.º GRAP/Pousos 14 5 3 6 1811.º Marinha 14 4 4 6 1612.º Pedroguense 14 3 7 4 1613.º Ansião 14 3 3 8 1214.º Biblioteca 14 2 5 7 1115.º Fig. Vinhos 14 2 5 7 1116.º Gaeirense 14 2 0 12 6

15.ª Jornada (13.02) Alvaiázere x Gaeirense, Pedroguense x Nazarenos, Fig. Vinhos x Pataiense, Marinha x Portomosense, Alq. Serra x Ansião, GRAP/Pousos x Beneditense, Biblioteca x Guiense, Marrazes x Alcobaça

associação de futebol

de leiria

HONRA14.ª Jornada (16.01) Alcobaça x Alvaiázere (1-2), Gaeirense x Pedroguense (0-1), Nazarenos x Fig. Vinhos (4-0), Pataiense x Marinha (1-0), Portomosense x Alq. Serra (2-1), Ansião x GRAP/Pousos (1-1), Beneditense x Biblioteca (1-0), Guiense x Marrazes (1-1)

17.ª Jornada (30.01) U. Serra x Padroense, Gondomar x Eléctrico, Coimbrões x Esmoriz, Sertanense x Pampilhosa, Sp. Pombal x Cesarense,Boavista x Sp. Espinho, Anadia x Al. Lordelo, Tourizense x Tondela

16.ª Jornada (22.01) Padroense x Gondomar (1-0), Eléctrico x Coimbrões (1-2), Esmoriz x Sertanense (1-0), Pampilhosa x Sp. Pombal (0-1), Cesarense x Boavista (2-2), Sp. Espinho x Anadia (2-0), Al. Lordelo x Tourizense (0-0), Tondela x U. Serra (2-0)

15DESPORTO

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DR/JV

Atletismo | JV e GAF no pódio

“Prateadas”

As equipas masculina e feminina da Juventude Vidigalense (JV), na foto, terminaram no 3.º lugar do campeonato nacional de juniores em pista coberta, que decorreu nos dias 22 e 23 de Janeiro, na Expocen-tro, Pombal. Destaque ainda para o título de vice-campeã nacional da equipa mascu-lina do Grupo de Atletismo de Fátima (GAF).

Nove subidas pódios foi o saldo das equipas da região de Leiria, no capítulo individual. Ricardo Mendes (JV), campeão nacional no triplo-salto e vice-cam-peão no salto em altura, e Samuel Remédios (GAF), campeão nacional nos 60 metros com barreiras e 3.º lugar no salto em compri-mento, foram os principais destaques. Vice-campeões nacionais sagraram-se ainda

os vidigalenses Sarah Dias, 60 metros com barreiras, Ricardo Fernandes, 5000 metros em marcha, e João Moniz, 400 metros planos. No último lugar do pódio fi-caram Ana Filipa Silva (Clu-be de Atletismo da Marinha Grande), salto com vara, e a estafeta 4x200 metros planos – Verónika zukova, Sara Oliveira, Sarah Dias e Bruna Silva – da JV.

Colectivamente as equi-pas – masculina e feminina – do S.L. Benfica foram mais fortes, sagrando-se campeãs nacionais, com o Sporting C.P. (feminina) a completar os pódios colectivos. No que toca a representantes do distrito de Leiria, des-taque ainda para o CAMG (6.º lugar, feminina) e Atlé-tico Clube de Vermoil (11.º, masculina).

Andebol | Colégio João de Barros e Juve Lis no bom caminho

Europa escancaradaAs equipas do Colégio

João de Barros (Pombal) e Juve Lis (Leiria) – seniores femininos – estão bem encaminhadas para garan-tirem não só a qualificação para a fase final do campe-onato nacional da 1.ª Divi-são, mas também repetirem a presença nas competições europeias, em 2011/12.

A Federação Europeia de Andebol (EHF) revelou, re-centemente, a distribuição de lugares para as provas eu-ropeias da próxima época, que garante a Portugal, ao nível feminino, a presença de cinco clubes – 1 na Liga dos Campeões, 1 na Taça EHF, 1 na Taça das Taças e 2 na Taça Challenge. São precisamente os mesmos lugares disponibilizados para 2010/11. O CJB, já eli-minado nas Taça das Taças, e a Juve Lis, que se mantém

a disputar Taça Challenge, são as equipas do distrito de Leiria que garantiram essa presença. Algo que podem repetir já em 2011/12, caso conseguiam assegurar, no mínimo, os lugares que ocupam actualmente – 3.º (CJB) e 4.º (Juve Lis).

Até ao final da primeira fase, o percurso teorica-mente mais complicado é o que se apresenta à Juve Lis, com o calendário a ditar

uma deslocação ao reduto da A.S.S. Assomada (7.º), e a recepção a S.I.M. Porto Sal-vo (6.º), C.S. Madeira (5.º) e Madeira SAD (1.º). Para garantir uma presença na fase final – onde se decide o título nacional – e conse-quente qualificação para as competições europeias, basta-lhe manter o actual lugar na classificação. Já o CJB tem um percurso apa-rentemente mais tranquilo,

com a recepção ao N.A.A.L. Passos Manuel (8.º) e A.A.C. Coimbra (10.º e último) e as deslocações aos redutos do S.I.M. Porto Salvo e do S.I.R. 1.º Maio (9.º, Marinha Grande).

À campeão Vitória sobre o C.D.E.

Gil Eanes (2.º lugar), actual campeão nacional. O feito (21-17) é do CJB e foi alcan-çado no dia 22 de Janeiro, num jogo em atraso da 12.ª jornada. O resultado, ines-perado, representa não só a segunda derrota da equipa de Lagos – Madeira SAD foi a outra equipa a conseguir vencer o campeão nacio-nal –, mas também um encurtar da distância que separa as duas equipas (2 pontos).

Pedro Jerónimo [email protected]

Futebol | LeiriaTaça DistritoG.D. Guiense, A:C. Avela-rense, A.D. Portomosense e G.D. Alvaiázere vão dis-cutir um lugar na final da Taça Distrito da Associa-ção de Futebol de Leiria, depois de terem vencido, respectivamente, nos 1⁄4 final, R. Pedroguense (2-1), S.C. Leiria e Marrazes (2-0), C.C. Ansião (3-1) e G.R.A.P./Pousos (0-0, 4-2 a.g.p.). Os jogos referentes às 1⁄2 finais, cujo resultado do sorteio ainda não é co-nhecido, estão previstos para 23 de Abril.

Pedro

Jerón

imo/Arqu

ivo

Juve Lis é a única ainda em prova

Juventude Vidigalense

Natação | AlcobaçaTorneiosO Desportivo Náutico da Marinha Grande e o Clube Náutico Académico con-quistaram, respectivamen-te, o XIV Torneio Junta de Freguesia de Alcobaça e o XV Torneio Taça “Cidade de Alcobaça”. As provas, desti-nadas aos escalões mais jo-vens, decorreram nos dias 21 e 22 de Janeiro.

Taça de LeiriaEntretanto, está agendada, para 29 de Janeiro, a Taça Cidade de Leiria. A prova, destinada aos escalões de cadetes e infantis, realiza-se na Piscina Municipal de Leiria, a partir das 10h00.

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27JANEIRO2011ÚLTIMA A política serve a um momento no presente, mas uma equação é eterna.Albert Einstein, Físico (Teoria da Relatividade) [1879 - 1955]

DR

Todas as freguesias e concelhos de Leiria, no fundo, todo o distrito de Leiria, votaram nas elei-ções Presidendenciais, no dia 23 de Janeiro, numa maioria expressiva, na ree-leição de Cavaco Silva para Presidente da República de Portugal.

A grande surpresa foi a candidatura de Fernando Nobre que conseguiu a se-gunda posição no concelho de Leiria, ultrapassando a candidatura de Manuel Alegre. No concelho de Leiria, Cavaco Silva, o 20º Presidente da República de Portugal, conseguiu um expressivo primeiro lugar (65.89%), Fernando Nobre (14.8%), Manuel Alegre (12.1%), José Manuel Co-elho (3.27%), Francisco Lopes (2.78%) e Defensor Moura (1.16%).

Fazendo a leitura do distrito, confirma-se a pri-meira posição de Cavaco Silva (61.64%), mas aqui Manuel Alegre consegue atingir por muito pouco a segunda posição (14.58%), seguindo-lhes Fernando Nobre (14.46%), Francisco Lopes (4.69%), José Manuel Coelho (3.44%) e Defensor Moura (1.18).

A festa da vitória de Cavaco Silva nos dezasseis concelhos do distrito de Leiria não constituiu uma surpresa. Na noite de 23 de Janeiro, foram muitos

os que acorreram à sede de campanha da candidatura, na Praça Rodrigues Lobo. Ribeiro Vieira, mandatário distrital, embora tivesse dúvidas em relação a alguns concelhos que ten-dencialmente votam tradi-cionalmente na esquerda, mostrava-se satisfeito pela vitória expressiva em todas as regiões concelhias. Antó-nio Lucas, Presidente da Câ-mara Municipal da Batalha, foi outras das presenças da noite, confirmando que estes resultados não foram uma surpresa nas suas pers-pectivas.

Henrique Pinto, o mé-dico que conduziu a cam-

panha de Fernando Nobre no distrito de Leiria, con-siderou o resultado muito positivo, sobretudo porque foi a primeira vez que existiu uma candidatura presidencial sem partidos políticos a apoiarem.

Já na sede de campanha de Manuel Alegre, o depu-tado do Bloco de Esquerda afirmou que estes resulta-dos talvez se devam a um protesto das populações pe-las políticas do Governo.

Num dos anos que se perspectivam de maior dificuldade para os por-tugueses, foi eleito o 20º Presidente da República, numas eleições onde se

apresentaram seis candi-daturas. No plano nacional, Cavaco Silva foi igualmente vencedor (52.94%), Manuel Alegre (19.75%), Fernando Nobre (14.1%), Francisco Lopes (7.14%), José Ma-nuel Coelho (4.5%) e De-fensor Moura (1.57%). Os votos brancos totalizaram 191.167 (4.26%) e os nulos foram 86.545 (1.93%). A mensagem principal em termos políticos neste acto eleitoral prende-se com uma ida às urnas de apenas 4.490.167 milhões de portugueses (46.63%), num cenário de 9.629.630 milhões de votantes.

Texto: Joaquim Santos

Presidenciais 2011 e Leiria

Distrito, concelhos e freguesias votaram em Cavaco Silva

Resultados Eleitorais - Distrito de Leiria (+ concelho de Ourém) Candidatos

Concelhos .

Cavaco Silva Manuel Alegre Fernando Nobre Francisco Lopes Defensor Moura José Coelho Inscritos Votantes

Votos % Votos % Votos % Votos % Votos % Votos % Totais Totais Vo. (%)Alcobaça 14273 59,78 3701 15,5 3568 14,94 1078 4,52 286 7,2 969 4,06 49373 25909 52,48Alvaiázere 2951 80,76 259 7,09 266 7,28 47 1,29 29 0,79 102 2,79 7309 3827 52,36Ansião 4446 10,23 744 11,92 673 10,78 139 2,23 74 1,19 166 2,66 12600 6666 52,9Batalha 5050 70,22 728 10,12 908 12,63 181 2,52 69 0,96 256 3,56 13865 7811 56,34Bombarral 2926 56,68 805 15,59 807 15,63 397 7,69 51 0,99 176 3,41 12306 5564 45,21Caldas da Rainha 11062 57,49 3168 16,46 3366 17,49 799 4,15 224 1,16 623 3,24 44211 20665 46,74Castanheira de Pera 812 57,1 341 23,98 166 11,67 45 3,16 15 1,05 43 3,02 3152 1502 74,65Figueiró dos Vinhos 2410 73,3 457 13,9 268 8,15 56 1,7 18 0,55 79 2,4 6448 3515 54,51Leiria 36296 65,89 6666 12,1 8155 14,8 1530 2,78 639 1,16 1803 3,27 111786 59827 53,52Marinha Grande 5186 36,64 3299 23,31 2554 18,05 2428 17,16 202 1,43 483 3,41 32771 15400 46,99Nazaré 2367 45,18 1260 24,05 897 17,12 415 7,92 49 0,94 251 4,79 14353 5588 38,93Óbidos 2475 55,12 845 18,82 743 16,55 211 4,7 61 1,36 155 3,45 10545 4823 45,74Pedrógrão Grande 1447 76,28 206 10,86 141 7,43 27 1,42 25 1,32 51 2,69 3793 1975 52,07Peniche 4988 52,29 1792 18,78 1435 15,04 828 8,68 151 1,58 346 3,63 25227 10127 40,14Pombal 15491 71,34 2414 11,12 2048 11,09 521 2,4 227 1,05 652 3 55501 23356 42,08Porto de Mós 6568 62,92 1410 13,51 1500 14,37 338 3,24 146 1,4 477 4,57 21526 11318 52,58Total do Distrito 118748 61,64 28095 14,58 27855 14,46 9040 4,69 2266 1,18 6632 3,44 424766 207873 48,94Ourém 16395 76,03 1651 7,66 2309 10,71 472 2,19 165 0,77 573 2,66 43582 22762 52,23

Resultados EleitoraisNacionais

Candidato % VotosCavaco Silva 52,91% 2.223.269Manuel Alegre 19,75% 829.858Fernando Nobre 14,12% 593.170Francisco Lopes 7,15% 300.253José Coelho 4,50% 189.217Defensor Moura 1,57% 65.963Em branco 4,26% 191.021Nulos 1,93% 86.481Inscritos 9.422.835Votantes 47,54% 4.479.232Abstenção 52,46% 4.943.603

Joaqu

im San

tos