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ANO 97 - N.º 4855 FUNDADOR José Ferreira Lacerda DIRECTOR Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt ECONOMY 14 ABRIL 2011 CAMPANHA P. 14 DE00982011SNC/GSCCS DESTAQUE Convite de Bento XVI à juventude mundial “Ir além do habitual” DR SOCIEDADE Os jovens celebram o seu dia no próximo domingo (de Ramos). Um tema que motiva a reflexão do padre Rui Alberto, que publicamos nesta edição, juntamente com um excerto da mensagem do Papa Bento XVI, para a próxima Jornada Mundial da Juventude, em Madrid. Páginas 2 e 3 ECLESIAL Peregrinação Diocesana apela ao renovamento espiritual P. 8/9 LMFerraz CULTURA Festival em Maio | P. 5 Maria João e Mário Laginha abrem “Música em Leiria” Encontro Internacional | P. 5 SAMP promove “Saúde com Arte” Fundador do Rotary Clube | P. 4 Horácio Eliseu: determinação e ousadia Conferência na Marinha Grande | P. 6 “Inovação e competitividade” em debate Ciclo em Abril e Maio | P. 7 Conferências “O País e a Região - que futuro?” Meses de Abril e Maio | P. 7 Requalificação do Rio Lis Novo diácono em Leiria-Fátima | P. 9 Patrício Oliveira será ordenado a 15 de Maio Durante o mês de Maio | P. 9 Promover a “grande oração vocacional” Programação | P. 11 Tríduo Pascal na Sé de Leiria e no Santuário de Fátima

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O Mensageiro (O Mais Antigo Semanário do Distrito de Leiria): Edição de 14 de Abril de 2011 (N.º 4855).

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ANO 97 - N.º 4855

FUNDADOR José Ferreira LacerdaDIRECTOR Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

ECONOMY

14 ABRIL 2011CAMPANHA

P. 14

DE00982011SNC/GSCCS

DESTAQUE

Convite de Bento XVI à juventude mundial

“Ir além do habitual”

DR

SOCIEDADE

Os jovens celebram o seu dia no próximo domingo (de Ramos).

Um tema que motiva a reflexão do padre Rui Alberto, que publicamos

nesta edição, juntamente com um excerto da mensagem do Papa Bento XVI,

para a próxima Jornada Mundial da Juventude, em Madrid. Páginas 2 e 3

ECLESIAL

Peregrinação Diocesana apela ao renovamento espiritual P. 8/9

LMFerra

z

CULTURA

Festival em Maio | P. 5

Maria João e Mário Laginha abrem “Música em Leiria”

Encontro Internacional | P. 5

SAMP promove “Saúde com Arte”

Fundador do Rotary Clube | P. 4

Horácio Eliseu: determinação e ousadia

Conferência na Marinha Grande | P. 6

“Inovação e competitividade” em debate

Ciclo em Abril e Maio | P. 7

Conferências “O País e a Região - que futuro?”

Meses de Abril e Maio | P. 7

Requalificação do Rio Lis

Novo diácono em Leiria-Fátima | P. 9

Patrício Oliveira será ordenado a 15 de Maio

Durante o mês de Maio | P. 9

Promover a “grande oração vocacional”

Programação | P. 11

Tríduo Pascal na Sé de Leiria e no Santuário de Fátima

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DESTAQUE2 O Mensageiro14.Abril.2011

Rui [email protected]

Onde estão os jovens?

EDITORIAL

Os jovens foram sempre uma das preocupa-ções da Igreja, porque são a garantia do futuro é certo, mas também porque o espírito juvenil está muito próximo da verdade do Evangelho. A esperança, a alegria e o desejo de permanente renovação, tão característicos da juventude, são também valores que estão no centro da mensa-gem cristã.

No entanto, próprio da juventude é também a permanente mutação. Ser jovem é mesmo estar em trânsito, de saída de um estado e entrada num outro, sem porém ser-se nenhum dos dois. Mas para além de ser uma característica essencial, a mutação é também a característica com que a História traça o perfil dos jovens. Ou seja, os jovens, apesar de serem sempre o mesmo na sua juventude, são, porém, tão diferentes consoante as épocas. A juventude de hoje é tão diferente da juventude dos anos 80. E no entanto as caracte-rísticas essenciais são comuns a uns e a outros. Mudam os interesses, as mentalidades, as formas de afirmação e de presença.

A Igreja sabe que por tudo isso o diálogo com os jovens é difícil, cansativo e parece sempre infrutífero. Mas a verdade continua sempre a

mesma: “os jovens de hoje serão os homens de amanhã” e então o futuro será construído consoante os alicerces que hoje se constru-írem. A próxima dé-cada será o que dela fizermos hoje e o que semearmos hoje. Por isso todo o trabalho que hoje se faz com os jovens não é para que amanhã se colham já

os resultados. É um trabalho lento e prolonga-do, cujos resultados se manifestarão mais tarde, muito mais tarde.

Todos os anos a Igreja celebra com empenho e dedicação o Dia Mundial da Juventude, como regra no Domingo de Ramos. A Semana Maior inicia-se assim com um entusiasmo e empenho diferentes do habitual, com um ar capaz de fazer crer que a Quaresma está a terminar e está pró-xima a sua razão de ser: a ressurreição. Desde 1986, porém, um outro acontecimento marca a atenção e o trabalho da Igreja junto dos jovens: são as Jornadas Mundiais da Juventude, que de dois em dois anos (agora de três em três) reúnem os jovens de todo o mundo para uma semana de reflexão, oração, partilha, celebração e convívio. Em 2011 realizar-se-ão as jornadas mundiais em Madrid. Por essa razão o dia 17 de Abril, dia de Ramos, não terá a mesma preocupação organiza-tiva dos anos anteriores.

Portugal está a mexer-se para participar nestas jornadas que acontecerão aqui bem perto. Quem sabe quando voltará a haver uma oportunidade como esta? A diocese de Leiria-Fátima está tam-bém a fazer a preparação para participar, mas di-zem-nos que não de forma tão entusiasta quanto seria de esperar e desejar.

Talvez falte aqui um empenho de todos e uma motivação acrescida. O Mensageiro aproveita a ocorrência do Dia Mundial da juventude para voltar a falar do assunto. Agora na perspectiva geral do trabalho pastoral com os jovens.

A Igreja sabe que por tudo isso o diálogo com os jovens é difícil,

cansativo e parece sempre infrutífero.

Mas a verdade continua sempre

a mesma: “os jovens de hoje

serão os homens de amanhã”

A propósito do Dia Mun-dial da Juventude (JMJ) que se celebra no domingo, dia 17 de Abril, O Mensageiro traz ás páginas desta edição uma reflexão, publicada na Ecclesia, sobre a pastoral juvenil, feita pelo Pe Rui Alberto, salesiano que fez da pastoral juvenil o maior desafio do seu ministério.

É arriscado, em poucas linhas, fazer um retrato da juventude. Com facilidade se cai em frases feitas, em preconceitos que distorcem a realidade. E que impedem uma acção eclesial signifi-cativa.

Uma ideia óbvia é que a juventude… existe. Há uma faixa da nossa população que já não está na infância e que ainda não se assume como adulta. Tem vindo a perder peso no total da população portuguesa, devido à dimi-nuição da natalidade.

Esta “condição juvenil”, que antes era uma fase de transição para a idade adul-ta, tende a tornar-se um estilo de vida, um estado permanente. Muitos “adul-tos” no vestuário, na forma de pensar, na relação com os compromissos, querem sen-tir-se como jovens eternos.

Falar de jovens como uma entidade única não faz muito sentido. Se é verdade que o facto de ter entre 15 e 25 anos (para apontar uns limites muito ténues) define algo, também é verdade que a vida real destes jovens é determinada por muitos outros factores que não apenas a idade. O género, o nível social e cultural das famílias onde cresceram, a situação económica da zona onde vivem, são decisivos para entender a sua identi-

dade de jovens.Para lá dos aspectos

psicológicos (muito ligados ao factor idade) económicos e sociais, a possível chave para entender o mundo juvenil pode estar na “cul-tura”. Cultura no sentido dos modos de pensar, das tendências que configuram a acção e não no sentido de “erudição”.

Uma marca distintiva das sociedades desenvolvidas e pós-industriais é a comple-xidade social. Todos nós, e os jovens também, vivemos numa sociedade onde nada é simples, onde tudo é com-plexo, fruto de múltiplos e contraditórios interesses e forças. Onde tudo poderia ser configurado de forma diferente.

Os jovens de hoje nasce-ram e cresceram numa so-ciedade onde não há centros claros. Na nossa sociedade há muitos centros de poder e de legitimidade. E cada um deles gera as suas “regras” e as suas legitimidades. As re-gras de jogo são umas quan-do estamos on-line, outras quando estamos num está-dio a aplaudir a nossa equipa (ou a insultar o adversário e o árbitro), outras ainda quando estamos na escola. Pode-se cultivar uma sensi-bilidade ambientalista, dizer palavras bem sonantes sobre o desenvolvimento susten-tado durante a semana e passar o fim-de-semana no centro comercial numa orgia de consumo. Pode-se passar a noite de 4ª feira na oração de Taizé com a pastoral uni-versitária e a noite de 5ª a “abanar o capacete” alimen-tado a ecstasy.

Como não há um centro único que dê legitimidade aos valores e às práticas, é

muito difícil a hierarquiza-ção de valores, necessidades e oportunidades. E esta com-plexidade desarticulada não é somente uma situação de facto: torna-se ideologia. A possibilidade de encontrar um centro existencial sóli-do aparece, para uma boa parte da cultura, como algo negativo e perigoso.

Na Igreja, é comum os mais sensíveis à pastoral juvenil perguntarem-se: “O que pedem os jovens à Igreja?” É uma pergunta sem grande sentido. A esmagado-ra maioria dos jovens nada pede à Igreja. Cresceram num mundo onde tudo é comprado e onde o mérito das propostas de felicidade se mede pela rapidez e pelo baixo custo.

Alguns sectores eclesiais respondem a este estado de coisas tentando “jogar” se-gundo as regras da cultura dominante, sem coragem de pôr em causa este modelo consumista e relativista. E fazem uma pastoral juvenil que é mais uma mercadoria de consumo: consumo de so-cialização (grupos de jovens sem rumo que se resumem a ser umas meras socieda-des recreativas), consumo de eventos, consumo de emoções e estética (ainda que mascarada de oração). É uma forma de fazer pastoral juvenil que, em nome duma mal-entendida inculturação, reduz o Evangelho a um pro-duto descafeinado, que não tem coragem de falar das exigências do Evangelho (a nível sexual, económico ou político). É uma caricatura de pastoral juvenil com “ti-ques de seita”. Onde custa sempre muito a comunhão eclesial (com a paróquia, com as estruturas diocesa-

nas de coordenação). Onde se gasta o melhor das ener-gias virados “para dentro”; onde não há abertura à mis-são, ao mundo da vida.

Mas há já presentes nas nossas comunidades eclesiais alternativas de pastoral juvenil bem mais consistentes. Vai estando claro que a pastoral juvenil tem de ser profundamente diversificada (porque diver-sa é a realidade dos jovens). É inútil procurar um mo-delo standard de pastoral juvenil. Na boa tradição da Igreja, o Evangelho torna-se realidade ao encontrar os jovens onde eles estão. E sendo o mundo dos jovens tão fragmentado, a acção da Igreja com os jovens (a pas-toral juvenil) assume uma miríade de configurações e propostas. (...)

Outra das grandes intui-ções para a pastoral juvenil é profundamente contra-cultural: numa cultura con-sumista, o Evangelho faz-se amor gratuito. A pastoral juvenil que vai tendo suces-so consistente é aquela em que a Igreja se aproxima dos jovens oferecendo o melhor que tem (o evangelho de Jesus Cristo na sua pureza original) sem nada esperar em troca. Sem instrumenta-lizar os jovens. Sem os usar como mão-de-obra barata para eventos eclesiais.

A pastoral juvenil está também a tornar-se amor educativo. Olhamos para cada jovem e vemo-lo com o olhar de Cristo. Vemos, ain-da que em potência, tudo o que ele tem para dar. E ofe-recemo-nos para caminhar ao seu lado, descobrindo a graça libertadora que vem de Cristo Ressuscitado.

No Domingo de Ramos

Dia Mundial da Juventude marca contagem decrescente para Madrid

Colónia 2005 foi a primeira JMJ presidida pelo Papa Bento XVIPedro

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3O Mensageiro14.Abril.2011 DESTAQUE

Padre Rui AlbertoHá comunidades “que são muitos boas a afugentar os jovens...”Enquanto padre, de que forma vê o papel dos jovens na Igreja?

Não tem muito sentido falar de “jovens” como se de um grupo homogéneo se tratasse. Há aqueles jovens que, no meio das suas difi-culdades de crescimento, se sentem como cristãos e que querem ser fiéis às propostas de Jesus de Nazaré. Por outro lado há tantos outros jovens que não conhecem a Igreja ou que dela só conhecem caricaturas... e aí sinto esta necessidade grande de le-var o Evangelho àqueles que ainda o não conhecem.

E acha que existem condições actualmen-te para os jovens se interessarem pela Igreja?

Há um pouco de tudo. Há co-munidades que fazem um bom trabalho. Outras... são muito boas a afugentar os jovens...

Para quem se interessa por isto, o mais sensato é estar atento, ob-servar o que funciona, corrigir o que não funciona... estar numa atitude interior constante de mudança e transformação.

Que influência pode ter um Papa no proces-so de renovação da Igreja, nomeadamente na aproximação dos jovens. Considera que esse papel tem sido bem desempenhado?

A Igreja não é o Papa. A pastoral dos jovens não consiste em levar os jovens a ter um poster do Papa no quarto para fazer concorrência aos do Cristiano Ronaldo. Com o Papa temos é de aprender a olhar com olhos novos para a figura de Jesus. E porque com o Papa, somos um povo que caminha, apoiarmo-nos uns aos outros.

É conhecida a extrema admiração que os jovens tinham por João Paulo II. Considera que o Papa Bento XVI conseguirá também a admiração dos jovens?

Não faço a mínima ideia. Creio que quer JPII quer Bento XVI não procuram admiração. Querem que os jovens vivam uma vida feliz a sério.

As actividades juvenis de cada diocese são programadas a nível interno, o que natu-ralmente origina algumas discrepâncias entre as várias dioceses. Considera que uma pastoral juvenil forte e activa resulta do trabalho dos membros da pastoral diocesana, ou pelo contrário, essa pastoral juvenil é consequência dos jovens da dio-cese? Se não existirem jovens dinâmicos na diocese, a pastoral juvenil nunca conseguirá dinamizar a diocese?

Todas essas actividades (de dio-cese, nacionais, de movimentos...) são interessantes, mas penso que as “coisas” mais interessantes acontecem dentro dos grupos, nas iniciativas locais...

O Dia Mundial da Juven-tude é celebrado no Domingo de Ramos, com que se inicia a Semana Santa. Por esta ocasião, anualmente, o papa envia aos jovens uma mensagem com a qual os pretende animar e incentivar na vivência da fé. As dioceses programam variadas actividades direccionadas aos jovens de modo a permitir-lhes uma vivência comunitária. Festa, celebração, alegria e re-flexão marcam de forma mais forte estes dias mundiais da juventude.

Entretanto, em 1985, o Papa João Paulo II, estabeleceu as Jor-nadas Mundiais da Juventude (JMJ). Celebradas em cada dois ou três anos, estas jornadas sur-giram como um complemento do Dia Mundial da Juventude, em que as actividades propostas são feitas à escala mundial, com a presença do Papa. Durante as JMJ, acontecem eventos como catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras, partilhas e shows. Tudo isso em diversas línguas. Para João Paulo II, “…a esperança de um mun-do melhor está numa juventude sadia, com valores, responsável e, acima de tudo, voltada para

Deus e para o próximo. A Jornada Mundial da Juven-

tude foi celebrada pela primei-ra vez, de maneira oficial, no Domingo de Ramos de 1986, em Roma. A partir de 1987 e depois, a cada dois anos, como regra geral, organiza-se a Jorna-da Mundial da Juventude num diferente país.

Em 1987, os jovens foram convocados a Buenos Aires, onde 1 milhão de participantes escutaram as seguintes palavras do Papa: “Repito ante vós o que venho dizendo desde o primei-ro dia do meu pontificado: que vós sois a esperança do Papa, a esperança da Igreja.” (…) Dois anos depois, 600 mil jovens fo-ram em peregrinação à cidade espanhola de Santiago de Com-postela. Em 1991, 1 500 000 participantes participaram da Jornada no santuário mariano da cidade polaca de Czestocho-wa. Depois da queda do Muro de Berlim, essa foi a primeira ocasião em que os jovens do Les-te Europeu puderam participar sem problemas do evento. Meio milhão de jovens encontraram o Papa João Paulo II em 1993, na cidade americana de Den-ver. Diante do impressionante

cenário das Montanhas Rocho-sas. O maior encontro de todos os tempos teve lugar em 1995, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Manila nas Filipinas, 4 milhões de jovens aplaudiram o Papa que evocava a relação com o próximo. Em 1997, foram muitos jovens que responderam ao convite do Papa para a Jornada em Paris, que terminou com um evento reunindo quase um milhão de pessoas. O Jubileu do ano 2000 converteu-se também no jubileu das Jornadas Mundiais da Juventude. Cerca de 2,5 milhões de jovens (segundo a imprensa local) reuniram-se em Roma para um novo mega-en-contro com o Papa. A cidade ca-nadense de Toronto foi o palco do encontro de 2002 onde 800 mil pessoas se encontraram para a última Jornada com o peregrino João Paulo II. O Papa lembrou a todos que o espírito jovem é algo que não pode ser sufocado: “Vós sois jovens e o Papa é idoso, e ter 82 ou 83 anos não é a mesma coisa que ter 22 ou 23. Todavia, ele continua a identificar-se plenamente com as vossas esperanças e as vossas aspirações. Juventude

de espírito, juventude de es-pírito! Embora eu tenha vivido no meio de muitas trevas, sob duros regimes totalitários, tive suficientes motivos para me convencer de maneira inabalá-vel de que nenhuma dificuldade e nenhum temor é tão grande a ponto de poder sufocar com-pletamente a esperança que jorra sem cessar no coração dos jovens.” A Jornada entre os dias 16 e 21 de Agosto de 2005 em Colónia na Alemanha foi a primeira após a morte do Papa João Paulo II. O evento foi presidido pelo Papa Bento XVI na que foi a primeira viagem in-ternacional do seu pontificado, e em que mais de um milhão de jovens se ajoelharam junto com o Papa na vigília de 20 de Agosto. Em 15 de Julho de 2008, em Sydney na Austrália, iniciou-se a XXIII Jornada Mundial da Juventude sob o tema: “Ides receber uma força, a do Espíri-to Santo, que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas” (At 1, 8).No dia 20 de Julho, na missa de encerramento, o Papa convocou os jovens do mundo todo para a XXVI Jornada Mun-dial da Juventude de 2011 em Madrid na Espanha.

1. Em todas as épocas, também nos nossos dias, numerosos jovens sentem o desejo profundo de que as relações entre as pessoas sejam vividas na verdade e na solidariedade. Muitos manifestam a as-piração por construir relacionamentos de amizade autêntica, por conhecer o verda-deiro amor, por fundar uma família unida, por alcançar uma estabilidade pessoal e uma segurança real, que possam garantir um futuro sereno e feliz. Certamente, recordando a minha juventude, sei que estabilidade e segurança não são as ques-tões que ocupam mais a mente dos jovens. Sim, a procura de um posto de trabalho e com ele poder ter uma certeza é um pro-blema grande e urgente, mas ao mesmo tempo a juventude permanece contudo a idade na qual se está em busca da vida maior. Se penso nos meus anos de então: simplesmente não nos queríamos perder na normalidade da vida burguesa. Querí-amos o que é grande, novo. Queríamos encontrar a própria vida na sua vastidão e beleza. Certamente, isto dependia tam-bém da nossa situação. Durante a ditadura nacional-socialista e durante a guerra nós fomos, por assim dizer, «aprisionados» pelo poder dominante. Por conseguinte, queríamos sair fora para entrar na ampli-dão das possibilidades do ser homem. Mas penso que, num certo sentido, todas as gerações sentem este impulso de ir além

do habitual. Faz parte do ser jovem desejar algo mais do que a vida quotidiana regular de um emprego seguro e sentir o anseio pelo que é realmente grande. Trata-se ape-nas de um sonho vazio que esvaece quan-do nos tornamos adultos? Não, o homem é verdadeiramente criado para aquilo que é grande, para o infinito. Qualquer outra coisa é insuficiente. Santo Agostinho ti-nha razão: o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em Ti. O desejo da vida maior é um sinal do facto que foi Ele quem nos criou, de que temos a Sua «marca». Deus é vida, e por isso todas as criaturas tendem para a vida; de maneira única e especial a pessoa humana, feita à imagem de Deus, aspira pelo amor, pela alegria e pela paz. Compreendemos então que é um contra-senso pretender eliminar Deus para fazer viver o homem! Deus é a fonte da vida; eliminá-lo equivale a se-parar-se desta fonte e, inevitavelmente, a privar-se da plenitude e da alegria: «De facto, sem o Criador a criatura esvaece» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. Gaudium et spes, 36). A cultura actual, nalgumas áreas do mundo, sobretudo no Ocidente, tende a excluir Deus, ou a considerar a fé como um facto privado, sem qualquer relevância para a vida social. Mas o conjunto de va-lores que estão na base da sociedade pro-vém do Evangelho — como o sentido da dignidade da pessoa, da solidariedade, do

trabalho e da família — constata-se uma espécie de «eclipse de Deus», uma certa amnésia, ou até uma verdadeira rejeição do Cristianismo e uma negação do tesouro da fé recebida, com o risco de perder a própria identidade profunda.

Por este motivo, queridos amigos, con-vido-vos a intensificar o vosso caminho de fé em Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Vós sois o futuro da sociedade e da Igreja! Como escrevia o apóstolo Paulo aos cristãos da cidade de Colossos, é vital ter raízes, bases sólidas! E isto é particu-larmente verdadeiro hoje, quando muitos não têm pontos de referência estáveis para construir a sua vida, tornando-se assim profundamente inseguros. O relativismo difundido, segundo o qual tudo equivale e não existe verdade alguma, nem qualquer ponto de referência absoluto, não gera a verdadeira liberdade, mas instabilidade, desorientação, conformismo às modas do momento. Vós jovens tendes direito de receber das gerações que vos precedem pontos firmes para fazer as vossas opções e construir a vossa vida, do mesmo modo como uma jovem planta precisa de um sólido apoio para que as raízes cresçam, para se tornar depois uma árvore robusta, capaz de dar fruto.

Papa Bento XVI

Excerto da mensagem do Papa para a próxima Jornada Mundial da Juventude

Na nascente das vossas maiores aspirações!

Uma inspiração do Papa João Paulo II

25 anos de Jornadas Mundiais da Juventude

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CULTURA4 O Mensageiro14.Abril.2011

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSCastelo de Leiria•”Férias Criativas” - actividades, a partir dos 5 anos (~21/04)Teatro José Lúcio da Silva - Leiria•”The Refuge” - música de Diamanda Galás (16/04, 21h30)• Concerto da Orquestra de Sopros de Leiria - música (17/04, 18h00)•”Anton o rato do circo” - animação infantil (21/04, 15h00)Teatro Miguel Franco - Leiria•”F.U.N.I.L.” - marionetas de mandrágora (14/04, 21h30)• Superman + Nossa Senhora das Flores - dança (15/04, 21h30)• Asas e carapaças,hastes e barbatanas - dança (17/04, 16h00)• “Fádo com alma” - música (19/04, 21h30)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”O principezinho” - hora do conto (15, 20 e 29/04, 11h00 e 15h00)•”Capuchinho Vermelho” - hora do conto (15, 20 e 29/04, 11h e 15h)•”Cantinho do Embalo” - infantil (14 e 16/04, 15h00~16h00)•”Contar e encantar” - hora do conto (30/04, 16h00)m|i|mo -Museu de Imagem e Movimento - Leiria•”Câmara Obscura” - formação (12, 19 e 26/04, 10h0 e 14h30)•”Oficina da cianotipia” - formação (14, 21 e 28/04, 10h00 e 14h30)•”Pina Bausch-Lissabon Wuppertal Lisboa” - dança (20/04, 21h00) •”Lixo com ritmo” - formação (~15/04; 10h00 e 14h30)•”Férias Criativas” - actividades, a partir dos 5 anos (~21/04)•”Novas tecnologias” - formação (23/04, 14h30 e 18h00)Moinho do Papel - Leiria• Oficinas de formação (3ª~6ª, 10h00 e 14h30)Livraria Arquivo - Leiria•”O país e a região-Que futuro?” - conferência (14 e 27/04, 21h00)•”Mudar a escola” - conferência por David Justino (14/04, 21h00)Fórum Fnac - LeiraShopping•”The cherry on my cake” música de Luísa Sobral (16/04, 17h00)•”The cookbook tour” - música de Flip Grater (17/04, 17h00)•”A Páscoa” - ciência divertida (24/04, 11h30)Centro de Interpretação Ambiental - Leiria•”Exploração espacial” - formaão (15 e 16/04)Orfeão de Leiria - Leiria• Aprefeiçamento Musical de sopros e percurssão - curso (~15/04)• Estágio de Páscoa da orquestra Sinfónica de Leiria (15~20/04)Sé - Leiria• Concerto da Páscoa - música (17/04, 15h30)Lagoa da Ervedeira - Leiria•”Braçadeiras!” - formação (18~20/04)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”Olá eu sou um livro” - hora do conto (2ª~6ª, 10h00 e 14h30)•”Inovação como Forma de Competitividade” - colóquio (19/04, 21h00)•”A rainha do gelo eoutras histórias” - filme (20/04, 15h30)•”Sabrina a feiticeira” - filme (27/04, 15h30)Arquivo Municipal - Marinha Grande•”1974-25 de Abril” - apontamento documental (~29/04)Museu Joaquim Correia - Marinha Grande•”Caça à Medalha” - actividades (15/04, 10h00~11h00)Centro Empresarial - Marinha Grande•”A intervenção dos pais e encarregados de educação no órgão de direcção

estratégica da escola pública” - debate (16/04, 10h30)Sociedade União de Albergaria - Marinha Grande•”Os Patrões” - peça de teatro (30/04, 21h30)Sala do Forno, edifício da EPAMG - Marinha Grande•”Peixe:avião”,“ A caruma”,”Guta Naki” - Overlive 2011 (15/04, 22h00)•”Monomonkey”,”Born a lion”,”Linda martini” - Overlive (16/04, 22h00)ASURPI - Marinha Grande•”Recados de muler” - teatro (16/04, 15h00)•”Conquistas e Retrocessos do 25 de Abril” (21/04, 15h00)Praia da Vieira•”4º Open Desportivo de Pesca e Surfcasting” (17/04)Biblioteca Municipal - Ourém•”Fora ds Estante. 25 de Abril” - mostra biográfica (~29/04)• Ano Internacional das Florestas - oficinas pedagógicas (~29/04)•”(Con)Tributos:Coronel Sousa e Castro (30/04, 15h)Museu Municipal- Ourém•”Água cultura e património” - dia inter. munumentos e sítios (18/04)•”Conservar bem para melhor preservar” (18/04, 21h00)•”Teatro Infantil” - oficina (30/04 e 7/05))Centro de Negócios- Ourém•”Expressões astísticas” - oficina (15, 21 e 29/04)Biblioteca Municipal - Pombal• Técnicas de procura de emprego (15/04, 9h00)

A personalidade escolhi-da foi uma das muitas que Acácio Sousa poderia ter es-colhido para homenagear na sessão que o Rotary Clube de Leiria promoveu no dia 5 de Abril, no Hotel Eurosol, designada “O Rotary e a ci-dade de Leiria – referências a não esquecer”. Horácio da Silva Eliseu foi um dos fun-dadores daquele grupo rotá-rio leiriense mas também uma das figuras de grande destaque na primeira meta-de do século XX com a sua participação cívica, política e cultural em Leiria.

Depois da saudação das cinco bandeiras e da respec-tiva apresentação dos mem-bros rotários, Acácio Sousa iniciou a sua prelecção evo-cando Horácio Eliseu. Mas antes de destacar aquele membro fundador do Rota-ry Clube de Leiria, o orador procedeu a um contexto histórico da época em que se apresenta a Leiria aquele grupo rotário mas também do tempo em que viveu Horácio Eliseu, nascido em 1895, em Alcobaça.

Depois de ter efectuado os seus estudos na Escola Agrícola de Coimbra, em 1918 assume a direcção da Escola Agrícola de Tábua, iniciando aqui um percur-so que iria ser pautado de êxitos.

Horácio Eliseu também foi jornalista/director de jor-nais, ao fundar em 1923 “O Jornal de Alcobaça” e mais tarde os jornais republica-nos “A Semana de Leiria”, “A Ideia” e o “Linha Geral”.

Entre 1926 e 1928, torna-se vogal da então Comissão Administrativa Municipal na Câmara de Leiria. Jus-tamente no seu último ano de mandato, faleceu João António Correia Mateus, ex-Presidente da Câmara de Leiria, tendo Horácio Eliseu a iniciativa de ter colocado o corpo em câmara ardente no edifício camarário. O clero leiriense não estava em plena sintonia porque aquele ex-autarca de Leiria também foi sacerdote mas renunciara aos votos, em 1910, com a sua adesão ao Partido Republicano. Assim, o bispo da época, D. José Al-ves Correia da Silva, proibiu a presença do clero na ceri-mónia fúnebre. Acácio Sou-sa refere à assistência que o caso “acabou à bengalada entre o Pe. José Ferreira de Lacerda e o Horácio Eliseu, em plena Praça Rodrigues Lobo”.

No período 1927-1928, integra-se na Comissão de Iniciativa de Leiria, um grupo de trabalho que ze-lou e promoveu a cidade de Leiria e a sua região. Em 1929, Horácio Eliseu reali-za a “Grande Exposição das Actividades Económicas”, uma mostra que decorreu na Igreja dos Franciscanos, na Portela.

Na década de 30, promo-ve várias revistas no Teatro D. Maria Pia, entre as quais se destaca a “Leiria marca”, espectáculo que foi acompa-nhado por muitas publica-ções de âmbito nacional.

Na década de 40, ano que saiu o novo Código Ad-ministrativo, Leiria ficou situada na Beira Litoral, ficando como capital da pro-víncia a cidade de Coimbra. Salazar quer mostrar que Portugal é um País em de-senvolvimento, daí que or-ganiza a exposição “Mundo Português”, ficando Leiria para plano secundário por não ser capital de provín-cia. Horácio Eliseu não se conformou e em condições muito difíceis, contrariando o regime, avança com uma organização de uma grande exposição para a cidade de Leiria. E conseguiu. Com determinação e ousadia, montou uma exposição que marcou aquela época, trazendo inclusive elemen-tos de Governo da capital. Depois de realizar esta feira, começa a dedicar-se à escrita e a projectos paisagísticos. O estádio em Leiria foi a ruína política de Magalhães Pes-soa, Presidente da Câmara. O processo de construção não lhe correu nada bem. No entanto, Horácio Eliseu tinha projectado uma outra cidade, uma diferente im-plantação do estádio, espe-cialmente com mais zonas verdes naquele espaço.

Acácio Sousa, introduz o ano de 1962 na sua inter-venção, correspondendo à fundação do Rotary Clube de Leiria, uma iniciativa que contou com a partici-pação de Horácio Eliseu. Viviam-se tempos muito difíceis naquele ano em que houve o assalto ao San-

ta Maria, houve um desvio de um avião da TAP, estando Leiria ainda numa ‘ressaca’ da destruição do Teatro D. Maria Pia no ano de 1958. No início da década de 60 do século XX, o País tinha quase nove milhões de habitantes, com 70% da população a pertencer ao sector primário. Vivia-se o êxodo dos emigrantes, com saídas legais e ilegais de portugueses em grande escala. Existe também a saída de mancebos para África e com a emigração a divisa começa a entrar no País. Portugal adere à EFTA, existindo aqui o ‘boom’ da indústria dos plásticos, au-mentando a receita fiscal.

A 4 de Agosto de 1962 é inaugurado em Leiria o Rotary. No ano da sua fundação, Olímpio Duarte Alves era Governador Civil (1959-1968) e Henrique Gambetta Perez Brandão era o Presidente da Câma-ra (1959-1963). O grupo de fundadores, tinha uma transversalidade política, com rostos de todas as for-ças partidárias. O semanário ‘Região de Leiria’ publicou a 20 de Outubro de 1962 a ‘Carta Patente do Rotary’ e a 27 de Outubro noticia a ‘Entrega da Carta Constitu-cional ao Rotary Clube de Leiria’.

Acácio Sousa continua a destacar a figura de Horácio Eliseu, nos anos seguintes à inauguração do grupo ro-tário leiriense. Destacou no seu vasto currículo a reali-zação da ‘Feira da Marinha Grande’, uma mostra da in-dústria daquele concelho.

Uma figura que nasceu no final do século XIX, em plena Monarquia, depois vive na Primeira República e muito especialmente no Estado Novo, ainda vem testemunhar a viragem histórica do 25 de Abril de 1974. Horácio Eliseu vem a falecer a 16 de Junho de 1985, deixando uma obra notável no seu percurso profissional mas também de cidadania.

A figura central que destacou na sua vida a felicidade, futuro, estética e silvicultura/natureza, foi retratado por Acácio Sousa, num momento de grande interesse cultural e histórico para conhecer as grandes figuras leirienses. Horácio Eliseu foi um dos exemplos vivos de que é possível tornar viável o so-nho de construção de uma cidade melhor, com mais desenvolvimento e humani-dade. No final, destacou-se uma das frases da sua vida: “O que merece ser feito merece ser bem feito”.

Em 2012 assinalam-se os 50 anos do Rotary Clube de Leiria. Até lá, ficou o rep-to de outras personalidades fundadoras virem a ser ob-jecto de reflexão pública, em apresentações como a que Acácio Sousa promoveu sobre Horácio Eliseu.

Texto e foto: Joaquim Santos

Quase a festejar 50 anos, Rotary Clube de Leiria homenageia fundador

Horácio Eliseu: determinação e ousadia

Divulgação

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5CULTURAO Mensageiro14.Abril.2011

EXPOSIÇÕESTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Percursos” - escultura de Cistina Ferreira (~17/04)•”No país d’Alice” - fotografias de António Guerra (~17/04)Teatro Miguel Franco - Leiria•”Gritos da Liberdade” - fotografia (~30/04)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”Graffitis de Abril” (~30/04)Edifício Banco de Portugal - Leiria•”Os portu.,esses grandes filhos da mãe,pá!”-eugeniaturas (16/4~23/5)m|i|mo -Museu de Imagem e Movimento - Leiria•”Oficina do Olhar” (exposição permanente)•”Negativo Positivo” (~5/05)•”(RE)PLAY:M|I|MO REVISITADO” (~5/05)Sede a9))) - Leiria•”Conjectures and refutations #1to#6” - desenho e video (13~30/4)Museu Escolar - Marrazes• Pintura - Helena Coimbra (~28/04)Agromuseu Municipal Dona Julinha - Ortigosa•”Terra Nostra-Instrumentos da nossa terra” (~22/05)Marinha Grande•”Pinhal do Rei” - ao internacional das florestas (~29/04)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”Miniaturas de barcos do Tejo” - Fernando de Oliveira (~30/04)•”Divulgando os nossos livros sobre...” - 25 de Abril (15/04~30/04)•”O rapaz da bicicleta azul...um ano depois” - trb. alunos (20/04~06/

05)Galeria Municipal - Marinha Grande•”Talentos da Marinha Grande” - artes plásticas (~30/04) Museu Joaquim Correia - Marinha Grande•”Retratos” (3ªs~6ªs)•”D!GNIDADE” - cartoon (~29/04)Museu de Arte Sacra e Etnologia - Fátima•”7 pinturas religiosas - da reserva para a exposição” (exp. temporária)Biblioteca Municipal - Ourém•”Imagens de Abril” - cartazes e fotografias (~6/05)Galeria Municipal - Ourém•”Portugal no Mundo” - pintura (~31/04)Município de Pombal• Semana da juventude (~17/04)Claustros dos Paços do Município - Pombal•”Pombal e a Guerra Peninsular 1811-2011” (~30/04)Galeria dos Paços do Concelho -Tomar• Joaquim Rodrigo - pintura (~30/06)

Uma ilha de música e artes a descobrir é o que propõe a 29.ª edição do Festival Música em Leiria (FML), organizado pelo Orfeão de Leiria Conser-vatório de Artes (OL CA), que regressa a 25 de Maio com mais de uma dezena de concertos, a realizar até 2 de Julho. O concerto de abertura decorre, como é já tradição, no Teatro José Lúcio da Silva, e terá como protagonistas Maria João e Mário Laginha (na foto).

Miguel Sobral Cid, di-rector artístico do Festival Música em Leiria, explica que «a programação de 2011 do Festival “Música em Leiria” é concebida em torno do conceito de ilha, um dos mais prolíferos estímulos do imaginário humano nas mais diversas culturas, sobretudo pela profusão de metáforas que compreende».

Ao conceito de ilha associam-se diversas carac-

terísticas do programa desta edição, como os palcos onde se realizam os concertos enquanto pequenas ilhas e espaços de descoberta; os «pequenos» mundos que são as obras musicais, pequenos apontamentos ou grandes espectáculos; as tradições de cada local e de cada sociedade que fazem com que surja uma inúmera diversidade de géneros mu-sicais; e ainda a ilha como ideia de refúgio, de local «a salvo, onde reina apenas a imaginação».

Nesta mesma linha, Henrique Pinto, presiden-te do OL CA, destaca a «grande variedade musical e artística da edição deste ano do “Música em Leiria”, que promete surpreender o público e trazer muita gente às salas de espectáculo, com grande destaque para o pú-blico mais jovem acrescen-tando que «teremos palcos diferentes, espectáculos de vários géneros musicais, e

novas formas de fazer chegar a todos o nosso Festival».

As crianças não serão esquecidas, e este ano pode-rão assistir, logo na primei-ra semana do Festival, dia 27 de Maio, ao espectáculo “A menina e o mar”, um conto para crianças levado ao palco por Bernardo Sas-setti e a actriz Beatriz Batar-da. «Estes dois primeiros espectáculos ficam apenas como aperitivo para um dos melhores “Música em Lei-ria” de sempre, que levará a música a Leiria, Batalha, Pombal e Marinha Grande, em palcos diversos, deixa antever Henrique Pinto.

Uma história de música e artes com prestígio nacional e internacional

Miguel Sobral Cid expli-ca que «o Festival “Música em Leiria” representa hoje o mais importante evento musical da região, contri-buindo para a formação, sensibilização e qualificação de públicos, através de uma acção continuada ao longo de quase 30 décadas». «Sus-tentado por uma lógica de programação consistente e de qualidade e atentando sobremaneira no desen-volvimento e resposta dos públicos a que se dirige, o Festival atingiu dimensão e impacto nacionais, sendo um interveniente incontor-

nável entre as estruturas de programação musical nacio-nais», acrescenta.

Ao longo de quase três décadas, a programação do Festival tem dado especial destaque à produção artísti-ca nacional, não só através da confirmação de carreiras já consagradas, mas sobre-tudo difundindo jovens artistas e agrupamentos que dão agora os primeiros passos nas suas vidas pro-fissionais. Neste âmbito, o FML tem uma parceria com o Prémio Jovens Mú-sicos (RDP/RTP), e oferece uma actuação no Festival ao vencedor absoluto daquele concurso, o que acontece já há quatro anos.

O “Música em Leiria” também já ultrapassou as fronteiras nacionais, acolhendo prestigiados artistas e agrupamentos, cuja presença em Leiria confirma o prestígio que o evento tem noutros pa-íses. Figuras como Fabio

Biondi, com a Orquestra Europa Galante, Sandrine Piau, Dagoberto Linhares, Renaud Garcia-Fons, Jordi Savall, com o grupo Hes-perion XXI, Gérard Lesne, com o grupo Il Seminario Musicale, e os agrupamen-tos Neobarock, The King’s Consort e Musica Antiqua de Colónia, são apenas al-guns dos exemplos.

NovidadesA 29.ª edição do “Músi-

ca em Leiria” trará algumas novidades, nomeadamente nos locais dos concertos, es-treando alguns palcos origi-nais na cidade de Leiria, a anunciar brevemente.

As actualizações sobre o programa e locais dos con-certos poderão ser consulta-das como é habitual no site www.orfeaodeleiria.com e na nova página do Festival no Facebook, e os bilhetes estarão, pela primeira vez, à venda na loja FNAC do Leiria Shopping.

Regresso em Maio e com novidades

Maria João e Mário Laginha abrem “Música em Leiria”

Estágio da PáscoaJovens músicos em Leiria

O Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA) reunirá dezenas de jovens músicos com a Orquestra Sinfónica de Leiria, no Estágio da Páscoa que se realiza nos próximos dias 15 a 20 de Abril, com direcção de Rodrigo Queirós, maes-tro titular desta Orques-tra. O Estágio encerrará com um grande concerto protagonizado por todos os participantes, no dia 21 de Abril.

O estágio da Páscoa da Orquestra Sinfónica de Leiria destina-se a alunos de escolas superiores de música, de conservatórios, academias de música, escolas profissionais, entre outros estabele-cimentos de ensino ar-tístico de todo o país. O repertório a interpretar ao longo da formação in-cluirá as obras “Abertura Coriolano Opus 62” de Beethoven, “Adágio para Cordas” do compositor belga Guillaume Lekeu, “Abertura em sol me-nor” do austríaco Anton Bruckner e “Sinfonia n.º 1” de Brahms.

Nos próximos dias 14 e 15 de Abril, quinta e sexta-feira, a Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP), promove o seu II Encontro Internacional Saúde com Arte. Do programa, destaca-se a presença na conferência inaugural de Diana Gre-enman, directora executiva do “Music in Hospitals” do Reino Unido.

Programa para o dia 1410h00 – Acolhimento aos partici-

pantes10h30 – Abertura – Presidente da

Direcção SAMP, Nuno Martinho, e Pre-sidente do Conselho de Administração do Hospital de Santo André, Hélder Roque.

11h00 – Diana Greenman – The Power of Live Music

12h00 – Pausa12h15 – Giancarlo de Aguiar – Saú-

de Humana e o Simbólico na Arte da Psicologia

13h30 – Pausa para almoço15h00 – Joana Pinto e Felisbela Be-

lchior – “Amar os Sons” Um projecto na unidade especializada de apoio à multideficiência do Agrupamento Dr. Correia Mateus.

16h00 – Manuel Carreira - Estudo no Serviço de Psiquiatria do Hospital de Santo André

16h30 – Pausa16h45 – Francisco Borro – De la Mu-

sicoterapia a la Educacion Musical17:45 – Helena Lima/Wagner Dinis - Orquestra Geração: Uma Orquestra na Escola

18h15 – Debate19h00 – Jantar21h00 – Sons Cirúrgicos: Concerto/

Performance no Hospital de Santo André

Programa para o dia 1510h00 – Everton Dalmann - Ex-

pressão Musical como instrumento de Ensino/Aprendizagem, Promoção e Edu-cação para a Saúde e Desenvolvimento de Competências

11h00 – Raquel Gomes e Helena Brites – Saúde com Arte SAMP – Um projecto para toda a comunidade

11h30 – Debate11h45 – Francisca Pires - Enquanto

cresço até o sol pode ser pirata12h15 – Anna Subirana – El poder

terapeutico de la voz12h45 – Debate13h30 – Almoço15h00 – Oficinas (Complexo de salas

de Berço)Diana Greenman - How about

‘Music in Hospitals’Everton Dalmann - Educando através da MúsicaGiancarlo Aguiar – Laboratório - Atelier dos Ele-mentos Arquetípicos Francisco Borro - Elementos de composición en la clase cooperativa musical para distintas capa-cidadesAnna Subirana - Per-sona. La voz terapeutica”

17h30 – Encerramento no auditório SAMP

SAMP promove encontro internacional

“Saúde com Arte”

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O Mensageiro14.Abril.2011SOCIEDADE6

Hospital de Santo André HSA aposta na humanização das condições de trabalho

O Hospital de Santo André vai apostar na melhoria das condições de trabalho dos seus funcionários, espe-cialmente no que toca à sua humanização, com a abertura de um novo equipamento social de creche e jardim-de-infância. Este projecto foi já apresentado à tutela no mês de Março, e aguarda autorização para a abertura de um concurso público para a sua construção e exploração.

Este projecto era já uma ambição antiga do Hospital de Santo André, que tem em conta o elevado número de funcionários da instituição, cerca de 1500, 85% de mulheres, muitos deles com filhos em idade pré-escolar, e o facto de constituir um factor importante para a me-lhoria das suas condições de trabalho, facilitando o seu dia-a-dia, e fazendo com que algumas das suas tarefas e rotinas diárias possam assim ficar mais simples.

Com Universidades da Extremadura e de ÉvoraIPL integra projecto Hidranatura – Campus de Excelência

O Instituto Politécnico de Leiria (IPL) é um dos dois parceiros portugueses do projecto internacional Hidranatura. Trata-se de um projecto da Universidade de Extremadura (Espanha), criado com o intuito de de-senvolver um Campus de Excelência Internacional, no âmbito dos recursos hídricos.

Além do IPL, também a Universidade de Évora inte-gra este projecto. As instituições de ensino portuguesas são parte integrante desta iniciativa, que pretende desenvolver um campus universitário multidisciplinar, internacional e transfronteiriço. As acções do projecto são focalizadas na gestão eficiente dos recursos hídricos, especialmente no estudo, investigação, ensino, transfe-rência do conhecimento e desenvolvimento de um local sustentável. Este campus pretende tornar-se num pólo de conhecimento temático que aglutine os agentes mais relevantes a nível regional e transfronteiriço, aprovei-tando todo o potencial de conhecimento, investigação e inovação.

De 12 a 15 de Abril

Viagem sensorial ao rio Lis Os técnicos da Simlis estão a proporcionar de 12 a

15 de Abril uma ‘Viagem Sensorial à nascente do rio ‘. No âmbito da visita à nascente do rio Lis, pretende-se abordar os ecossistemas ribeirinhos, detectar espécies da fauna e da flora e realizar diversas actividades.

Comemoração com entradas gratuitasDia Internacional dos Monumentos e Sítios

O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi criado pelo ICOMOS a 18 de Abril de 1982 e aprovado pela UNESCO no ano seguinte. Esta comemoração tem como objectivo sensibilizar o público para a diversidade e vulnerabilidade do património, bem como para o esforço envolvido na sua protecção e conservação.

Este ano, o tema para o Dia Internacional dos Mo-numentos e Sítios é Água: cultura e património. A água constitui um bem essencial à vida e tem influenciado, de forma decisiva, a actividade humana. Indispensável como meio de subsistência, fonte de energia e matéria-prima, tem sido um recurso utilizado para os mais varia-dos fins - circulação e transporte, agricultura, indústria, aplicações terapêuticas, higiene, recreação e lazer, entre outros ‐, condicionando a evolução das sociedades, a sua distribuição geográfica, e influenciando os ambientes naturais, culturas e paisagens.

Neste dia, todos os Monumentos afectos ao IGESPAR, incluindo o Mosteiro da Batalha, estarão abertos ao pú-blico, dentro do horário normal de funcionamento, com actividades diferentes e com entradas gratuitas.

“Inovação e Compe-titividade” é o tema da conferência proferida pelo jornalista e professor uni-versitário Carlos Magno, que se realiza no dia 19 de Abril, 21h00, no Auditório da Biblioteca da Marinha Grande, situado no Jardim Stephens.

A iniciativa é organizada pela Assembleia Municipal da Marinha Grande, no âmbito das comemorações do 37º aniversário do 25 de Abril de 1974. O orador irá abordar a inovação como factor de competitividade e empreendedorismo. Irá dar a conhecer o que de melhor se faz na Marinha Grande, em inovação.

Carlos Magno é jor-nalista, analista político e docente universitário. Esteve ligado à Antena 1 e TSF. Trabalhou no Expres-so, Diário de Notícias, SIC e foi fundador do canal de televisão NTV, que deu

origem à RTP N. Leccionou em várias instituições de ensino.

Iniciativa “para dar esperança”

O Presidente da As-sembleia Municipal da Ma-rinha Grande “reconhece as dificuldades que afectam a comunidade marinhense e que, afinal, não são diferen-tes daquelas que, afectam todo o país”.

Nesta iniciativa “preten-de-se contribuir para dar es-perança a quem merece ter esperança e mostrar ao país

que há empresas exporta-doras na Marinha Grande, conhecimento e práticas de Gestão de Inovação, que lhes permite competir nos mercados internacionais, mais exigentes”.

Steven Levit, professor de economia da Universi-dade de Chicago, diz que “Inovar” é explorar o lado oculto de todas as coisas. “Naturalmente que, inovar para competir, não pode fi-car apenas pela descoberta, há também que saber acres-centar valor de mercado, à inovação”, afirma.

O nosso país, vive ac-tualmente, uma das mais difíceis crises da sua histó-ria, em termos económicos e financeiros. A curto prazo, o sector exportador, é aque-le que, estará em melhores condições, não só, para aju-dar ao equilíbrio das finan-ças públicas, mas também, para ajudar à criação ou, manutenção do emprego, elemento fundamental do equilíbrio emocional da sociedade.

Existem “na nossa comunidade, alguns sec-tores industriais, onde, justamente, esta psicologia de esperança, pode ser um factor condutor de motiva-ção e, valorização, da nossa comunidade. Entre outros sectores industriais menos conhecidos, temos o vidro de embalagem, os plásticos técnicos e os moldes, onde a inovação, é uma prática adquirida, como elemento de gestão”.

Conferência na Marinha Grande

“Inovação e Competitividade” em debate

Os antigos alunos das escolas leirienses João de Deus, Amarela e Santo Es-tevão, alguns deles naturais de Colmeias, escolheram novamente a freguesia de Monte Redondo, no dia 9 de Abril, para assinalarem a festa do reencontro e das melhores memórias. E foi tanto o que receberam desses tempos idos em que uma professora era muito mais que uma docente: mãe, amiga e orientadora da vida das criancinhas que consigo davam os primeiros passos no ensino.

Neste ano de 2011, par-ticiparam mais de 250 ex-alunos e o tema escolhido foi justamente uma home-nagem aos antigos livrei-ros e livrarias/papelarias da época de 1943 a 1958. Recordaram-se espaços comerciais como Armazém Albertino Maria, Bazar de Leiria, livrarias Gráfica de Leiria e a Martins, papela-rias Académica, America-na, Escolar, Moda, Moita, Patrício, Progresso, Santos e a Vital. Do conjunto des-tes doze estabelecimentos, apenas dois empresários são vivos (Carlos Martins e Manuel Pedro de Sou-sa), sendo homenageados

naquele convívio. Na base desta homenagem aos antigos livreiros de Leiria esteve a frase de João de Deus: “Quem teve a grande desgraça de não aprender a ler sabe só o que se passa no lugar onde estiver”. Estes antigos alunos, para além de homenagearem a escola e os seus docentes, desta-caram neste ano de 2011 a

aprendizagem através do li-vro, “aproximando do mun-do, permitindo-nos o acesso a novos conhecimentos”. E muitos destes livreiros recordados venderam aos antigos alunos os livros que foram o alicerce da sua formação educativa.

Para o ano de 2012 irá formar-se uma associação de antigos alunos com par-

cerias estabelecidas. O ob-jectivo passa por promover um espectáculo anual no Teatro José Lúcio da Silva com artistas e ex-alunos das escolas que integram a associação. As receitas da iniciativa vão servir para ajudar alunos carenciados.

Texto e fotos: Joaquim Santos

Antigos alunos do Jardim-Escola João de Deus, Amarela e Santo Estevão

Encontro reúne os amigos de sempre

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O Mensageiro14.Abril.2011 7SOCIEDADE

A ADLEi – Associação para o Desenvolvimento de Leiria e a Arquivo Livra-ria vão realizar em Abril e Maio um ciclo de conferên-cias sobre “O País e a Região – que Futuro?”, com o apoio da Fundação Francisco Ma-nuel dos Santos (FFMS) e do Jornal de Leiria.

O objectivo conjunto desta acção é promover a reflexão em torno de questões centrais para o desenvolvimento do País e da região, trazendo para um debate alargado os cida-dãos, no sentido de desper-tar a sua consciência social e potenciar a sua opinião, tornando-a num contributo efectivo para a mudança em determinados sectores.

A partir das iniciativas editoriais que a Fundação Francisco Manuel dos San-tos tem desenvolvido, a AD-LEI e a Arquivo – local das conferências – convidaram três personalidades: o pro-fessor David Justino falará sobre Educação; o profes-sor Luciano Amaral sobre Economia; e o sociólogo e presidente da Fundação António Barreto, sobre

Portugal. A eles, no debate, juntar-se-ão Anabela Gra-ça, José Amado da Silva e Henrique Neto (membros da ADLEI).

“Conhecer Portugal, pensar o país e contribuir para a identificação e reso-lução dos problemas nacio-nais assim como promover o debate público” são os

princípios orientadores da Fundação Francisco Manuel dos Santos que inspiraram também este Ciclo de Conferências a realizar em Leiria .

Programa14 Abril, 21h00 | Mudar

a Escola | David Justino e Anabela Graça

27 Abril, 21h00 | Eco-nomia: Crescimento vs Desenvolvimento | Lucia-no Amaral e José Amado da Silva

11 Maio, 21h00 | Pen-sar o País | António Barreto e Henrique Neto

Sobre a conferência inaugural

A partir do ensaio “Difí-cil é educá-los”, publicado pela FFMS, David Justino, professor universitário, ex-ministro da Educação e assessor do Presidente da República para os assuntos sociais, traçará um quadro da escola pública actual a partir da consciência do atraso educativo português salientando a necessidade de mais e melhor edu-cação, e maior equidade social. Recolocando o problema dos objectivos do sistema de ensino e do papel a desempenhar pelo Estado, o conferencista aborda as dificuldades da reforma e a urgência em se reflectir sobre o futuro da educação.

Ciclo de conferências em Abril e Maio

“O País e a Região – que Futuro?” Investimento superior a quatro milhõesReabilitação do edifício da resinagem

A Câmara Municipal da Marinha Grande celebrou um contrato com a empresa Lena Construções Atlân-tico, SA, relativo à adjudicação relativo à reabilitação do edifício da antiga Fábrica da Resinagem da Mari-nha Grande, na última segunda-feira, 4 de Abril.

Na sequência da realização de concurso público, a Câmara deliberou em 10 de Fevereiro de 2011, adjudicar à referida empresa, a empreitada para a reabilitação do imóvel, pelo preço de 3,975 milhões de euros, acrescidos de IVA, para um prazo de exe-cução de 480 dias.

A Autarquia aguarda agora o visto do Tribunal de Contas, para iniciar a obra, o que deverá acontecer nos próximos dois meses. Esta é uma obra co-financiada pelo Programa Operacional Regional do Centro.

A reabilitação do edifício da antiga Fábrica da Resinagem, localizado em pleno Centro Histórico da Marinha Grande, visa essencialmente a sua recupe-ração, mantendo a estrutura actualmente existente, atribuindo-lhe uma nova função adaptada à actualida-de (espaços multifuncionais destinados a comércio, serviços e à área cultural).

O conteúdo programático do projecto de reabi-litação engloba alguns serviços da autarquia, uma zona de front-office e outra de back-office. A zona de front-office, de atendimento ao público, situar-se-á na fachada principal do edifício (ala poente), sendo os restantes serviços concentrados na ala nascente e distribuídos em dois pisos.

A autarquia irá ainda ocupar o novo edifício proposto, o “cubo” em vidro, sendo organizado em open-space, permitindo a sua identificação como um espaço multiusos, podendo servir para a realização de eventos pontuais, como exposições ou outras iniciativas culturais ou lúdicas.

Os espaços comerciais irão ocupar o restante edifí-cio, sendo previstos dois grandes espaços destinados a restauração e bebidas, a localizar nos topos da ala poente e outras pequenas lojas nas alas norte e sul.

O espaço exterior será parcialmente ajardinado e de uso público, com uma zona ampla para usos diver-sos, com acesso através de qualquer uma das alas.

No pátio central, que originalmente não era co-berto, será removida a cobertura existente para criar um novo espaço urbano, uma praça interior.

A principal intervenção do projecto é a construção de um novo edifício, que além de funcional terá um carácter simbólico, no que respeita às suas dimensões como pelo material predominante, o vidro. Este volu-me faz-se sobressair em relação ao edifício existente, porém o material que o reveste confere-lhe leveza e transparência permitindo a integração no conjunto.

Com o intuito de preservar a identidade original do edifício, irá manter-se a volumetria e irão ser re-cuperadas, dentro dos limites possíveis, as fachadas exteriores e interiores. Apenas o interior do edifício será adaptado às necessidades programáticas do projecto. Por este motivo serão feitas algumas de-molições interiores, preservando paredes-mestras e outros elementos que caracterizem o imóvel.

O edifício apresenta alguns problemas relacio-nados com humidade (paredes e pavimentos) que provocam o desgaste nos materiais de revestimento, nomeadamente nas pinturas. Os vãos exteriores e interiores também serão substituídos pelo elevado estado de degradação que apresentam, bem como a correcção ao nível de pavimentos.

A EDP Distribuição ce-deu ao Município de Leiria terrenos na Rua de Tomar, que serão utilizados para executar as obras de re-qualificação das margens do rio Lis, que passarão a integrar o domínio público municipal.

O protocolo, assinado ontem entre Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria, e João Torres, presidente do Con-selho de Administração da EDP Distribuição Energia, no edifício dos Paços do Concelho, prevê ainda a construção de um edifício da EDP em Andrinos, na

freguesia dos Pousos, que permitirá libertar os es-paços a ceder ao domínio público municipal, nos ter-mos do Plano de Pormenor de Santo Agostinho.

A assinatura deste pro-tocolo possibilitará, assim, concluir as intervenções de tratamento de áreas desqualificadas apontadas no Plano Estratégico do Programa Polis, no âmbito da requalificação urbana e ambiental e da dinâmica de reabilitação do centro histórico da cidade.

“O Quadro de Referên-cia Estratégico Nacional (QREN) em curso permiti-

rá obter o financiamento da requalificação pretendida, dando corpo às políticas nacionais determinadas pela designação de Polis XXI”, lê-se no protocolo. Será, assim, apresentada uma candidatura ao QREN,

para financiar a obra, no âmbito do PORC - Programa Operacional do Centro, re-lativa ao EIXO 2 – Parcerias para Regeneração Urbana.

Leiria e o aproveitamento de fundos comunitários

Câmara prossegue com requalificação das margens do Lis

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ECLESIAL8 O Mensageiro14.Abril.2011

Santuário de Nossa Senhora da OrtigaVia-Sacra vocacional em Fátima

Na passada sexta-feira, dia 1 de Abril, realizou-se no Santuá-rio de Nossa Senhora da Ortiga a Via-Sacra vocacional da Vigara-ria de Fátima com a participação de muitos jovens dos grupos das paróquias de Fátima, S. Mamede, Atouguia e Santa Catarina da Serra. Participaram igualmen-te alguns pais e jovens da catequese, catequis-tas e outros fiéis que se associaram a esta celebração.

A Via-Sacra foi presidida pelo padre João Carlos Rodrigues, pároco de São Mamede e responsável pela Pastoral vocacional da Vigararia. No início, fez uma breve introdução ao tema, frisando que todos somos chamados e que o chamamento é sempre uma iniciativa da parte de Deus. Primeiramente, Deus chama-nos e destina-nos a uma vocação natural: a existência. Deus chama-nos à vida: a sermos imagem e semelhança d’Ele. (Gen 1,26). Depois, como cristãos, somos convidados a prosseguir no caminho de Deus, e mais concretamente no cami-nho de Jesus Verdade e Vida. No Baptismo assumimos a verdadeira identidade cristã, tornando-nos servidores e comprometidos com o Reino de Deus. Somos chamados a ser Igreja e na Igreja enviados para uma missão. De nós depende uma resposta livre e consciente para que a vocação se concretize.

O percurso da Via-Sacra foi uma oportunidade para a juventude meditar sobre vários exemplos de homens e mulheres que mostraram que é possível ser cristão a sério e que todos somos chamados a sermos comprome-tidos. Os testemunhos apresentados em cada estação tiveram como finalidade apresentar o amor como a vo-cação fundamental e originária do ser humano. Cada paróquia apresentou os vários testemunhos de casais, de leigos consagrados, de religiosos e religiosas, de mis-sionários, de monges e monjas, de diáconos e de padres. No final de cada estação foi feita uma oração conclusiva preparada por cada paróquia alusiva ao passo da vida de Cristo e ao exemplo de vida apresentado.

Cada paróquia, com o seu grupo juvenil representou, num palco, as quatro últimas estações da Via-sacra: Jesus crucificado; a morte de Jesus na Cruz; a sepultura e a ressurreição. Foi notória a atenção e a concentração de todos os participantes neste momento, onde rezando e cantando, se acompanhou Jesus no seus momentos finais.

Esta iniciativa, levada a cabo pelas pastorais juvenis e vocacionais das várias paróquias, foi um momento propício para levar os jovens a meditar sobre a vocação ou pelo menos a ser um encontro que se proporcionou a que Deus actue no segredo do coração de cada um e tendo por fim levar a uma tomada de consciência de que somos introduzidos no mistério de Deus pelo bap-tismo e como família cristã compartilhamos da vida de Deus pela Eucaristia, que nos convoca a uma missão. E, como terminou o padre João no final da Via-Sacra, “a vida cristã só é autêntica se cada um assumir a sua parte, a sua responsabilidade e a sua missão na Igreja e no mundo. Qualquer que seja a forma de vivermos o Evangelho, qualquer que seja o nosso estado de vida, casados ou solteiros, leigos ou consagrados, missionários ou contemplativos, o contributo de cada um de nós é indispensável para a construção duma verdadeira civi-lização do amor, em que as nossas relações humanas tenham uma marca profundamente cristã. O segredo da felicidade humana está em Deus, porque o Homem provém de Deus e para Ele caminha, e o homem só vai viver uma vida plenamente humana se viver livremen-te a sua vida com Deus e para Deus: Vocação acertada, felicidade assegurada”. Cabe a todos nós corresponder ao desejo imenso de Deus.

Ir. Armindo Rodrigues, mic

O passado domingo, 10 de Abril, foi dia marcante para a diocese de Leiria-Fá-tima. Os cristãos rumaram a Fátima para participar na 80 Peregrinação Diocesana àquele Santuário. Um dos momentos, no dizer do próprio bispo, marcantes da caminhada anual da diocese.

Os jovens iniciaram a peregrinação na tarde de sábado, muitos deles depois longas caminhadas ao longo de toda a manhã. O santu-ário e as ruas circundantes foram-se enchendo pouco a pouco de cores diversas e de uma alegria que só a juventude sabe transmitir. Depois de uma tarde de actividades mais de pendor reflexivo, a noite foi vivida em ambiente de oração e vi-gília, com a participação de muitos jovens que deram uma imagem da Igreja viva ao redor do pastor. Rezou-se pela paz, mas rezou-se em paz para que o futuro possa ser mais risonho e de alguma forma haja mais fraternidade entre os homens.

Entretanto a noite era já companheira de muitos outros peregrinos que se faziam deslocar a pé para o santuário. Provenientes das mais variadas direc-ções, eles foram cruzando

vales e montes e vivendo o espírito próprio de quem se sente a caminho da pátria futura. Para quem obser-vou de fora fica a ideia de que seriam menos que nos anos anteriores, mas com uma particularidade digna de nota: mais grupos de paróquias mais distantes.

Já no Santuário a manhã foi vivida no serviço de aten-dimento das confissões e na oração meditada da palavra que se ia fazendo na Igreja da Santíssima Trindade. Uma forma serena, tranqui-la e calma de ir chegando e

de alguma forma ir prepa-rando o corpo e o espírito para o momento alto da peregrinação. Este começou com a oração do rosário na Capelinha das Aparições. Apesar de ser um dos mo-mentos principais, foi ainda ocasião para a chegada de mitos e muitos peregrinos mais retardados. O recinto foi-se enchendo lentamente e à hora prevista para a cele-bração da Eucaristia parecia estar mais composto. O sol forte queimava os que não conseguiram abrigar-se nas sombras enquanto que estas

eram a razão para que o re-cinto deixasse a descoberto alguns espaços vazios.

Terminava o cortejo de entrada e D. António Marto, bispo e pastor da diocese, dava inicio à celebração da Eucaristia, momento alto e central da peregrinação.

A partir das leituras do V domingo da Quaresma, concretamente do Evange-lho que falava da ressurrei-ção de Lázaro, D. António salientou na sua reflexão dois pontos principais. Em primeiro lugar, e partindo do contexto do relato, D.

Diocese esteve em Fátima

Peregrinação Diocesana apela ao renovamento espiritual

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9 O Mensageiro 14.Abril.2011 DIOCESE

Com o objectivo de promover a “grande oração vocacional” pedida pelo bispo D. António Marto, o Ser-viço de Animação Vocacional da Diocese propõe que o mariano mês de Maio seja também de oração pelas vocações. A proposta é dirigida às pessoas e às famílias bem como às comunidades de vida consagrada, paró-quias, movimentos, associações, novas comunidades e grupos apostólicos. Quem aceita participar deverá inscrever-se indicando o dia e hora escolhidos para a oração pelas vocações. As inscrições, que poderão fazer-se para os contactos abaixo indicados, constarão de uma lista que será publicada no sítio da Diocese na internet: www.leiria-fatima.pt/. O Serviço diocesano disponibiliza um caderno com alguns meios de apoio com temática mariana. Pode ser descarregado do sítio da internet ou pedido ao Serviço de Animação Vocacional, no Seminário de Leiria.

Numa carta sobre esta iniciativa, o Bispo de Leiria-Fátima dá o seu apoio à mesma e sublinha a importância da oração para o despertar de novas vocações, dizendo: “A oração é o primeiro e fundamental empenho para o despertar e amadurecer de vocações quer na família quer nas comunidades cristãs. É também na experiência pessoal da oração que cada um pode perceber no seu íntimo o chamamento divino e tornar-se capaz de lhe corresponder orientando a sua vida em determinada vocação”.

Jubileu das vocaçõesComo nos anos passados, a diocese de Leiria-Fátima

vai celebrar também neste ano o jubileu das vocações (matrimonial, sacerdotal e à vida consagrada), no dia 28 de Maio, sábado, a começar às 9h00, em Fátima, termi-nando com o almoço partilhado. Destina-se a quantos celebram, durante o ano de 2011, os 25, 50 ou 60 anos de casamento, ou de consagração religiosa ou de sacerdócio. Há convites com as informações sobre a celebração e a ficha de inscrição que podem ser pedidos nas paróquias ou ao Serviço diocesano de Pastoral familiar. As inscri-ções deverão chegar ao casal que as recebe, conforme consta no dito convite, até ao dia 15 de Maio.

Encontro de animadores vocacionaisPara catequistas, animadores vocacionais e de jovens

e ainda outras pessoas que tenham interesse no tema e nos objectivos, realiza-se um encontro de formação no dia 30 de Abril, das 10h00 às 12h30, no Seminário de Leiria (casa de retiros). O tema será: Com Maria, na vida e na animação vocacional. Os objectivos são fazer a experiência da presença e do amor de Maria na própria vida e descobrir como ela pode inspirar o empenho na animação vocacional. Serão apresentadas propostas para a animação vocacional e haverá ocasião para a partilha de iniciativas e experiências. As inscrições, sem qual-quer custo, devem fazer-se até 25 de Abril, para P. Jorge Guarda (email: [email protected]; tel. 244 845 032; 962445325).

Estas várias actividades inserem-se, num arco de tempo mais alargado, dentro celebração da jornada mundial de oração pelas vocações, que ocorre no dia 15 de Maio. Na sua mensagem para esta ocasião, o Papa Bento XVI indica o tema: “Propor as vocações na Igreja local”. E no final convida a invocar “a ajuda da Virgem Maria” para que, sob o seu exemplo, “se possa difundir no âmbito de cada comunidade a disponibilidade para dizer ‘sim’ ao Senhor, que não cessa de chamar novos trabalhadores para a Sua messe”.

Padre Jorge GuardaCoordenador do Serviço de Animação Vocacional

António sublinhou alguns valores fundamentais da família. Antes de tudo a amizade feita de relações fraternas. A casa de Láza-ro onde Jesus é acolhido torna-se símbolo da igreja. “A Igreja é a casa onde nos sentimos irmãos; uma casa espiritual onde cada um é apoio dos outros e onde os outros são o apoio de cada um”. Neste sentido D. Antó-nio apelou a que os cristãos façam das comunidades verdadeiras comunidades da fraternidade, onde todos possam sentir-se acolhidos como irmãos. Parafraseando o papa bento XVI, lembrou que “vivemos numa socie-dade em que o contexto urbano e não só nos faz cada vez mais vizinhos, mas nem por isso mais próximos”. Para que as comunidades cristãs sejam mais fraternas, recomendou a aproximação a Maria, pois que “ é ela que nos faz sentir filhos do pai Celeste, e por isso irmãos uns dos outros”. D. António apelou assim à necessidade a que chamou

mesmo uma missão edificar nas comunidades a beleza da fraternidade.

O segundo ponto da sua reflexão teve como pano de fundo o desafio à partilha que o mesmo relato do Evangelho preconizava. Antes de mais tendo em conta a atitude de Jesus que ao chegar a Betânia par-tilha a dor daquela família destroçada com a morte de Lázaro. Uma partilha que o levou a “comover-se até às entranhas e a chorar”. Pe-gando nesta referência às

lágrimas, D António disse que “há lágrimas que é bom deixar correr, não para ficar fechado no sofrimento, mas porque elas são pressão de amor, de dor partilhada. As lágrimas de Jesus mostram como Ele amou com coração humano e fraterno. Ele teve verdadeira compaixão, que é exactamente sofrer com a dor do outro”. Relacionan-do toda esta reflexão com Fátima, lembrou como Maria se “fez porta-voz da dor de Deus, que sofre pela dor dos homens. Mas em

Deus, o sofrer com o outro é para dar vida. Jesus com lágrimas é a imagem de Deus que é amor”.

Finalmente, pegando no grito de Jesus ao chamar Lázaro “lázaro vem para fora”, o prelado sublinhou a importância de tal grito que se estende a cada ho-mem. Deus convida a sair do túmulo “dos nossos me-dos, da culpabilidade, das falsas aparências, das falsas seguranças, da ausência de relação com Deus e com os outros”. Destacando o con-vite e o apelo a sair desta situação, alargou a sua refle-xão ao contexto social que o país atravessa, destacando a necessidade de renovar os esquemas e as estruturas sociais. Mas D. António re-petiu várias vezes que “não há renovação social sem um renascimento ou renova-mento espiritual. O senhor vem dar-nos uma vida nova, um novo fulgor espiritual. Mas essa vida nova, esse renovamento espiritual, passa pela renúncia do fa-cilitarismo, por uma maior responsabilidade pessoal, pela renúncia da corrupção e da mentira. Não haverá renovação social sem uma nova cultura política que assente na honestidade, na verdade, que seja capaz de superar os particularismos dos interesses do poder e dos privilégios partidá-rios”. D. António apelou a uma nova cultura política que permita e abra o cami-nho a novos consensos. As palavras finais da homilia foram um apelo à confian-ça resumida no mote que o bispo deixou “serviço da caridade e caridade na verdade”.

Rui Ribeiro (texto) e Luís Miguel Ferraz (fotos)

No próximo dia 15 de Maio, pelas 16h00, na Sé de Leiria, D. António Mar-to, bispo de Leiria-Fátima, irá ordenar diácono o aluno do Seminário Diocesano Pa-trício Alexandre Lopes Oli-veira, natural da paróquia de Caxarias, Conselho de Ourém. Na mesma cele-bração também receberão ordens sacras três frades franciscanos.

É com alegria - e em acção de graças ao Senhor

da Messe - que o Semi-nário comunica esta feliz notícia e pede a todos os que se preocupam com as vocações, em especial ao ministério ordenado, uma prece mais intensa pelo Patrício e por todos os que se sentem chamados ao sacerdócio ministerial ou já o exercem no meio do Povo de Deus. Como pre-paração destas ordenações haverá no dia 13 de Maio, sexta-feira, às 21h30 uma

vigília de Oração Vocacio-nal. Nela estarão presentes os ordinandos e para ela todos somos convidados. A vigila é organizada pela equipa vicarial vocacional e realizar-se-á na igreja do convento da Portela.

Convidamos todos os diocesanos a participar e a celebrar com o nosso Bispo o dom do diaconado que Deus nos oferece na pessoa do Patrício Oliveira (na foto, ao lado).

Vigília Vocacional Vicarial

Próximas ordenações em Leiria

DR

“Dizer ‘sim’ ao Senhor”Maio será mês de oração pelas vocações

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ECLESIAL10 O Mensageiro14.Abril.2011

MISSAS DOMINICAISSábado: 19h00 - Sé; 19h30 - Franciscanos

Domingo: 08h30 - Espírito Santos; 09h00 - Fran-ciscanos; 10h00 - Paulo VI; 10h00 - S. Francisco e São Romão; 10h30 - Franciscanos; 11h00 - S. Agos-tinho; 11h00 - Hospital; 11h30 - Cruz da Areia; 11h30 - Seminário, 11h30 - Sé, 18h30 - Sé; 19h30 - Franciscanos; 21h30 - Srª da Encarnação

Leituras . Domingo de Ramos 17 de Abril

Leitura I: Mt 21, 9

Salmo Responsorial: Sal. 21 (22), 8-9.17-18a.19-20.23-24 (R. 2a); Refrão: Meu Deus, meu Deus,porque me abandonastes? Repete-se

Leitura II: Filip 2, 6-11

Aclamação ao Evangelho: Filip 2, 8-9; Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória Repete-se

EVANGELHO: Mt 26, 14 – 27, 66; Paixão de Nosso Se-nhor Jesus Cristo

Pe. Francisco [email protected]

AO SABOR DA PALAVRA

Contra a corrente17 de Abril de 2011

Domingo de Ramos

Cânticos | Sexta-feira Santa (22/04/11)

INÍCIO: Em silêncio

SALMO RESPONSORIAL: Pai em vossas mãos entrego o meu espírito - Lau 637

ADORAÇÃO DA CRUZ: Adoramos Senhor a Vossa Cruz - Lau 1051Cristo Filho de Deus resgatou-nos - Lau 1042Eis o madeiro da Cruz - Lau 52Meu povo, que te fiz eu - Lau 497Senhor são muitos os nossos pecados - Lau 774Toda a nossa glória - Lau 810Crucem tuam / Nós adoramos - Lau 48

COMUNHÃO: Jesus Cristo amou-nos - Lau 1050O cordeiro que foi imolado - Lau 1143Recebemos do Senhor - Lau 715Todas as vezes que comerdes - Lau 814

ACÇÃO DE GRAÇAS: O Senhor salvou-me - Lau 609Se alguém quiser seguir-me - Lau 739Senhor cantarei eternamente - Lau 756

FINAL: Em silêncio

Cânticos | Vigília Pascal (23/04/11)

INÍCIO: Ao acender das velas: Senhor Tu és a luz - Lau 779Para a procissão: A luz de Cristo - Lau 44

SALMO RESPONSORIAL: Leitura I: A bondade do Senhor - Lau 96A bondade do Senhor - Lau 43Enviai Senhor o Vosso Espírito - Lau 335 e 336)Mandai senhor o Vosso Espírito - Lau 488Leitura II:Guardai-me Senhor - Lau 421Leitura III:Deus fez maravilhas - Lau 281Leitura IV:Louvar-Vos-ei Senhor - Lau 485Leitura V:Das fontes da Salvação - Lau 266Leitura VI:As vossas palavras Senhor - Lau 168Senhor Vós tendes palavras - Lau 786

Leitura VII:Como o veado anseia - Lau 228APRESENTAÇÃO DOS DONS: Rainha dos céus alegrai-Vos - Lau 949Aleluia... Cristo ressuscitou - Lau 146A luz de Cristo - Lau 100

COMUNHÃO: O Senhor ressuscitou e fez brilhar - Lau 607A nossa Páscoa imolada Aleluia - Lau 107Cristo nosso Cordeiro pascal - Lau 249Felizes os convidados - Lau 393

PÓS-COMUNHÃO: Cantarei ao Senhor - Lau 211Cantai comigo povos da terra - Lau 205

FINAL: Na sua dor os homens encontraram - Lau 718Ressuscitou... Aleluia - Lau 719

Cânticos | Domingo de Páscoa (24/04/11)

INÍCIO: Aleluia... Cristo ressuscitou - Lau 146Eis o dia que o Senhor fez - Lau 313Hoje é dia de festa - Lau 425O Senhor ressuscitou verdadeiramente - Lau 608

SALMO RESPONSORIAL: Eis o dia que fez o Senhor - Lau 312

APRESENTAÇÃO DOS DONS: Grandes e admiráveis - Lau 1138Ó Páscoa gloriosa - Lau 572Rainha dos céus alegrai-Vos - Lau 949

COMUNHÃO: A nossa Páscoa imolada Aleluia - Lau 107Cristo nosso cordeiro pascal - Lau 249Cristo nosso Cordeiro pascal - Lau 250Eu estive morto - Lau 1063Sempre que comemos o pão - Lau 755

PÓS-COMUNHÃO: Cantai comigo povos da terra - Lau 205Cristo ressuscitou - Lau 253Dai graças ao Senhor porque é eterna - Lau 1132

FINAL: Hinos de glória - Lau 424Na sua dor os homens encontraram - Lau 718Povos batei palmas - Lau 678Ressuscitou... Aleluia - Lau 719

ASPERSÃO: Fontes do Senhor - Lau 56

De acordo com os crité-rios que presidem à cons-trução do nosso mundo, os grandes “ganhadores” não são os que põem a sua vida ao serviço dos outros, com humildade e simplicidade, mas são os que enfrentam o mundo com agressividade, com auto-suficiência e fazem por ser os melhores, mesmo que isso signifique não olhar a meios para passar à frente dos outros.

Hossanas e glórias é o que toda a gente deseja: ser nota-do no meio dos seus pares, ser aclamado como alguém com valor. Mas a vontade das multidões anda ao sabor do vento, de quem a conseguir atrair pelos sentimentos.

Um político, um despor-tista ou um artista tanto são adorados como deuses, como

são rejeitados e espezinhados como lesmas. E muitas vezes nós também nos deixamos arrastar por essas modas, pela fama, nossa e dos outros: apoiamos aqueles que são apoiados e rejeita-mos aqueles que os outros rejeitam. Quem escolhe de forma diferente da maioria das pessoas é apontado como alguém diferente. Os inovadores são sempre os-tracidados, postos fora da cidade, para que a maioria continue a viver tranquila na sua mediocridade.

No tempo de Jesus foi isso que aconteceu: as pes-soas que O aclamaram como Messias, com hossanas e ale-luias, quando ele entrou em Jerusalém, facilmente esque-ceram aquilo que tinham dito quando os chefes do povo os levaram a pedir a Sua conde-nação à morte na cruz. Tudo era um espectáculo: tanto a aclamação daquele Messias que entrava triunfalmente na Cidade Santa em cima de um jumento como depois a sua condenação, a viagem pe-las ruas da cidade a caminho do calvário e a crucificação. O que eles queriam era estar felizes e satisfeitos sem que ninguém os incomodasse. Ou para usar uma expressão dos seus invasores: o pão e o circo eram suficientes.

Jesus sabia que essa acla-mação era temporária, sabia o que lhe iria acontecer, e apesar disso aceita a vontade do Pai. Tornando-se homem fez-se totalmente igual aos seus irmãos. Pela sua obe-

diência cumpria a vontade de Seu Pai, sabendo que o seu amor pelos homens implicava o seu sacrifício de uma forma extrema. Foi por esta doação que Deus o exaltou ressuscitando-o, como nos diz S. Paulo na sua carta aos Filipenses. É esta a sua exaltação: a sua ressur-reição, o vencer a morte que é o único STOP ao qual todos os homens obedecem.

A confiança em Deus era grande, por isso podia dizer como o profeta Isaías: “O senhor Deus veio em meu auxílio, por isso não fiquei envergonhado.” É pelo sacri-fício de Jesus que ele se torna verdadeiramente o Messias, o Salvador. Por isso é que só depois da sua morte se diz pela boca do centurião: “Na verdade este homem era fi-lho de Deus”. Realmente só então Jesus se tornou no verdadeiro messias pois só então a sua obra ficou completa, atingindo assim o seu auge.

E nós, hoje, além de reconhecermos que Jesus é o Messias necessitamos de provar essa profissão de Fé pelas nossas obras. Senão so-mos como os judeus do tempo de Jesus, que o aclamaram por palavras mas quando tiveram de tomar uma atitude opta-ram pela via mais fácil. Mui-tas vezes é necessário avançar contra a corrente, em vez de nos deixarmos ir na onda, com a confiança de que são precisas muitas pedras para fazer um dique que conduza a água para o sítio certo.

Como sabemos, este ano, a campanha do Adven-to foi a favor das crianças do Gungo. Grande parte dos meninos e meninas da catequese ofereceram os seus mealheiros com as moedinhas que junta-ram para outros meninos, crianças como elas, só que de outra cor.

Que bonito ver que as crianças partilham alegre-mente o que têm!

Mas há gestos e atitudes que nos tocam de forma es-pecial. Como o caso da pe-quena Carolina. Depois de ter entregado o mealheiro, pôs-se a pensar e disse para a mãe: -”como eu gostava de dar uma coisa melhor! Eu já dei algum dinheiro mas o dinheiro não é o mais im-

portante! Se aquela senhora que vai lá para os meninos de Angola pudesse levar, eu queria dar um brinquedo dos meus a um menino ou uma menina…”

A mãe transmitiu-me esse desejo e, claro que se conseguiu um cantinho na bagagem para trazer a “bar-bie” escolhida a vir alegrar a vida de uma menina es-curinha!

Escolher a feliz contem-plada não foi muito fácil já que são tantas as crianças e nenhumas possuem quais-quer brinquedos.

Aqui na Donga, como de costume, tivemos um pequeno grupo de meninas que auxiliam na cozinha lavando a loiça, pondo a mesa... Uma delas, a Mingo-

ta, era mesmo uma menini-nha, com os seus 10 anitos franzinos, criança pequena com vontade de aprender a ser mulher.

Estava encontrada a destinatária da boneca.

Foi delicioso ver o sorri-

so de surpresa e felicidade da pequena Mingota ao receber uma “barbie” louri-nha enviada pela sua nova amiguinha Carolina que, lá “no Puto” percebeu que o dinheiro não é o mais im-portante!. Mãezinha Angélica

Janela Sobre a Missão

O dinheiro não é o mais importante

DR

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O Mensageiro14.Abril.2011 11ECLESIAL 11

Tríduo PascalA Quaresma é o período de quarenta dias que se

inicia a partir da Quarta-feira de Cinzas e termina com as celebrações do Tríduo Pascal, a comemoração da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

Na Sé de Leiria, o programa das celebrações presi-didas pelo nosso Bispo é o seguinte:

21 de Abril - Quinta-feira Santa11h00 – Missa crismal19h00 – Missa da Ceia do Senhor22h00 – Adoração Eucarística22 de Abril - Sexta-feira Santa9h00 –Laudes e ofício de Leituras17h00 – Comemoração da Paixão, adoração da Cruz

e Comunhão21h30 – Via-sacra pelas ruas da cidade, com início

no Convento da Portela (Franciscanos)23 de Abril - Sábado Santo9h00 – Laudes e ofício de Leituras22h00 – Solene Vigília Pascal24 de Abril - Domingo de PáscoaMissa nos horários habituais. Na Igreja do Espírito

Santo não haverá missa das 8h30.

O Santuário de Fátima divulgou o programa do tríduo pascal que “será vivido com várias celebrações que culminarão no Domingo de Páscoa”.

O programa será o seguinte:21 de Abril - Quinta-Feira Santa9h00 - Laudes cantadas – Basílica14h30 - Vídeo “Via-sacra do peregrino” - Sala de

projecções18h00 - Missa da Ceia do Senhor – Igreja da Santís-

sima Trindade2300 - Oração comunitária da Agonia de Jesus - Ca-

pela da Morte de Jesus22 de Abril - Sexta-Feira Santa00h00 - Via-sacra - Valinhos - com início na Capelinha

(levar pilha eléctrica)9h00 - Laudes cantadas – Basílica15h00 - Celebração da Paixão do Senhor - Igreja da

Santíssima Trindade21h00 - Via-sacra – Recinto23 de Abril - Sábado Santo9h00 - Laudes cantadas – Basílica10h30 - Vídeo “Via-sacra papal” - Sala de projecções12h00 - Rosário – Capelinha15h00 - Oração a Nossa Senhora da Solenidade

– Capelinha17h30 - Vésperas cantadas - Basílica PÁSCOARessurreição do Senhor23 de Abril – Sábado22h00 - Vigília Pascal - Igreja Santíssima Trindade24 de Abril – Domingo11h00 - Missa internacional – Recinto17h30 - Procissão Eucarística – RecintoDurante a Semana Santa, nos dias 18, 19 e 20 de

Abril (segunda-feira, terça-feira e quarta-feira) a missa às 11h00 será celebrada na Igreja da Santíssima Trindade (e não na Basílica, conforme é habitual nesta altura do ano).

A Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (CONFHIC) realizaram, no passado fim-de-semana, acções de formação, parti-lha, oração e convívio, em honra da sua fundadora, Irmã Maria Clara.

Segundo informação colocada na página oficial da congregação na rede so-cial Facebook, tratou-se de “uma oportunidade para contemplar a acção de Deus na vida da Ir. Maria Clara e ser desafiado a assumir, cada dia com mais deter-minação, o seguimento de Jesus”.

Estas iniciativas, que antecipam a beatificação de Maria Clara, estenderam-se ainda por Sacavém, junto da comunidade africana do Patriarcado de Lisboa; e por Ponte de Lima, com a participação em eucaristias das paróquias de Vitorino

de Piães, Navió e Poiares.Em Linda-a-Pastora, na

casa-mãe da CONFHIC, foi promovido um encontro com diversos grupos de ca-tequese, vindos da paróquia de S. Miguel, em Queijas.

A dinâmica do evento incluiu uma apresentação sobre a vida de Maria Cla-ra, feita aos elementos do 1º ao 9º ano de catequese, que tiveram direito a uma “História Grande”, em ban-da desenhada, e a “Uma Vida Feliz”, dada a conhe-cer numa apresentação em suporte informático.

“Os rostos irradiavam curiosidade, alegria e sur-presa. Diante de todos, a Irmã Maria Clara como um exemplo luminoso a apon-tar Jesus Cristo” contam as religiosas.

A Irmã Maria Clara nas-ceu a 15 de Junho de 1843, tendo recebido o hábito de capuchinha aos 26 anos.

Um ano depois foi en-viada a Calais, França, para fazer o noviciado, com o intuito de fundar, depois, em Portugal, uma nova Congregação.

A sua primeira comu-nidade hospitaleira seria aberta em S. Patrício – Lis-boa, no dia 3 de Maio de 1871 e, cinco anos depois, a 27 de Março de 1876, a Congregação foi aprovada pela Santa Sé.

A «Mãe Clara» morreu em Lisboa, no dia 1 de Dezembro de 1899 e o pro-cesso de canonização teve início em 1995.

Trata-se de um preceito que antecede a canonização (declaração de santidade), e é o rito através do qual a Igreja Católica propõe uma pessoa como modelo de vida e intercessor junto de Deus, ao mesmo tempo que autoriza o seu culto público, normalmente em

âmbito restrito (diocese ou família religiosa).

Depois de ter sido aprovada pela Santa Sé, a beatificação da Irmã Maria Clara está marcada para o próximo dia 21 de Maio, no Estádio do Restelo, em Lisboa.

D. José Policarpo, car-deal-patriarca de Lisboa, deverá presidir à Eucaris-tia, enquanto que caberá ao cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, proclamar oficialmente a nova beata.

Segundo a procuradora das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (CONFHIC) em Roma, irmã Maria Eneide Leite, a festa litúrgica em honra de Maria Clara do Menino Jesus deverá ser celebrada anualmente a 1 de Dezembro.

Paróquias de Lisboa

Reflexão sobre a vida de Madre Clara

A directora do Secre-tariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja defendeu, em Faro, que as catedrais e restante património arquitectónico religioso devem ser um espaço aberto ao “diálogo” com a sociedade.

Em declarações à ECCLESIA, à margem do congresso internacional Rota das Catedrais, em Faro, que decorreu de 7 a 9 de Abril, Sandra Costa Sal-danha sublinhou que “essa relação tem de fazer-se com

uma linguagem contempo-rânea” e lamentou a falta de uma prática qualificada na gestão e na oferta das catedrais.

Colmatar essa falha será “um dos grandes objecti-vos” do projecto “Rota das Catedrais”, garantiu ainda a mesma responsável.

Este programa conjunto entre o Governo e Igreja Ca-tólica prevê a requalificação e valorização deste tipo de 25 catedrais nacionais, de norte a sul do país e nas ilhas dos Açores e da

Madeira.O congresso internacio-

nal Rota das Catedrais deu a conhecer ao público em geral todos os monumentos abrangidos pelo programa e possibilitou aos especialis-tas reunirem uma base de dados sólida, a nível his-tórico e cultural, para que depois possam trabalhar e desenvolver ideias.

“É muito importante que aproveitemos todas as potencialidades que cada um dos nossos monumen-tos têm, e esse é o trabalho

a desenvolver no plano turístico, não é patrimo-nial nem religioso, é numa terceira vertente” defendeu Luís Patrão, presidente do Turismo de Portugal.

Por seu lado, Marco Daniel Duarte, membro do grupo técnico coordenador da Rota das Catedrais, des-tacou o papel das catedrais na dinamização das cidades e mostrou-se esperançado de que este programa irá trazer maior “dignidade” a todo aquele património.

Rota das Catedrais

Património que se abre ao «diálogo» com a sociedade

DR

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ECLESIAL12 O Mensageiro14.Abril.2011

Breves

Semana Santa em Ourém

Representação de Via-sacra De 17 a 24 de Abril vai ser apresentada, no Centro

Histórico de Ourém, a Semana Santa.O programa, na Igreja Nossa Senhora das Misericór-

dias, será o seguinte:17 de Abril - Domingo de Ramos 15h00: Celebração dos Passos18h30: Concerto coral: Grupo Coral do Cercal

(Ourém), Chorus Auris (Ourém), Coro Gregoriano da Universidade Sénior de Ourém

18 de Abril - Segunda-feira21h00: Celebração Penitencial21 de Abril - Quinta-feira20h30: Celebração da Ceia do Senhor, com rito do

lava-pés22 de Abril - Sexta-feira9h00: Canto de Laudes 15h00: Via-sacra ao vivo e procissão do Senhor

Morto 23 de Abril - Sábado Santo9h00: Canto de Laudes22h00: Celebração da solene Vigília Pascal 24 de Abril - Domingo de Páscoa 11h00: Celebração pascal seguida de procissão do

Senhor Ressuscitado, com a presença de todas as con-frarias da Paróquia de N. Srª das Misericórdias.

“Guiadas por Nossa Senhora”Fraternidade Nossa Senhora da Ressurreição

A Fraternidade Nossa Senhora da Ressurreição reúne mulheres atingidas por uma viuvez prematura, quer o seu lar tenha sido feliz ou infeliz, quer tenham filhos ou não. Pela sua fé na Ressurreição encontram um sentido para a sua viuvez. Acreditam que o marido está vivo em Cristo ressuscitado e sentem-se chamadas a amar o Senhor cada dia mais. Continuam inseridas no seu meio de vida e comprometeu-se a não voltar a casar, amparadas espiritualmente umas pelas outras e guiadas por Nossa Senhora.

A Igreja reconhece a Fraternidade e confia-lhe a missão de rezar pelos lares e pelas famílias; cada uma oferece o quotidiano da sua vida por esta intenção.

MilagresGrande noite de fados

No próximo dia 16 de Abril, a partir das 20h00, rea-liza-se no novo salão de festas do Santuário do Senhor dos Milagres uma noite de fados, com as vozes de Rita Inácio e de José Manuel.

A iniciativa é da Comissão de Festas em Honra de Nossa Senhora da Graça e reverte a favor da festa que se realiza a 20, 21 e 22 de Maio, nos Milagres.

Ao jantar será servido porco no espeto com arroz de feijão. É necessário fazer a reserva de mesa, através do contacto: 912778100. Cada pessoa pagará 10 euros.

O Vaticano convocou um encontro de bloguis-tas católicos, para o próxi-mo dia 2 de Maio, numa iniciativa conjunta dos Conselhos Pontifícios da Cultura e das Comunica-ções Sociais.

Em comunicado, os responsáveis pela iniciati-va explicam que o encon-tro tem como objectivo “permitir um diálogo entre bloguistas e representantes da Igreja, partilhar experi-ências de quem trabalha directamente neste campo e compreender melhor as necessidades desta comu-

nidade”.Os blogues, páginas

da Internet da autoria de pessoas ou grupos (de-nominados «bloggers», bloguistas), são compostos por opiniões e notícias, em forma de texto e multimé-dia, frequentemente aber-tas à interação dos leitores através da publicação de comentários.

No Vaticano vão ser apresentadas iniciativas que a Igreja está a promover para “entrar em contacto com o mundo” dos novos meios de comunicação.

Segundo o programa

divulgado pelos Conselhos Pontifícios, os trabalhos do encontro vão estar abertos a uma “discussão geral” por parte dos participantes, incluindo um painel com cinco bloguistas, repre-sentantes de várias áreas linguísticas.

Outro painel vai ofere-cer testemunhos de pessoas ligadas à “estratégia comu-nicacional” da Igreja, com destaque para as iniciativas que visam assegurar “um compromisso efectivo” no mundo dos blogues.

Entre os presentes vão contar-se o cardeal Gian-

franco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura, o arcebispo Claudio Celli, presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais, e o padre Federico Lombardi, diretor da sala de imprensa da Santa Sé.

Este encontro acontece um dia depois da beatifica-ção de João Paulo II, apro-veitando a previsível pre-sença em Roma de vários bloguistas católicos, que se podem inscrever através do mail [email protected].

Facilitar a comunicação entre as duas partes

Vaticano convoca bloguistas católicos

Bento XVI manifestou “grande apreensão” peran-te o que classificou como “dramáticas situações” das populações na Costa do Marfim e Líbia.

Aludindo aos conflitos em curso nos dois países africanos, o Papa leu um apelo, durante a audiência pública desta semana, no Vaticano.

“A violência e o ódio são sempre uma derrota, por isso endereço um novo e sincero apelo a todas as

partes em causa, para que se leve a cabo a obra de pa-cificação e de diálogo, evi-tando mais derramamento de sangue”, disse o Papa, em italiano.

Bento XVI deixou ainda votos de que o seu enviado à Costa do Marfim, o car-deal ganês Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, possa “entrar rapidamente no país” para manifestar a sua “solidariedade”.

“Rezo por todas as

vítimas e estou próximo de todos os que sofrem”, concluiu o Papa.

Segundo o Alto Comis-sariado da ONU para os Direitos Humanos, dezenas de pessoas terão morrido nos últimos dias devido aos combates com artilha-ria pesada em Abidjan, 250 km a sudeste da capital da Costa do Marfim, Yamous-soukro.

Em confronto estão as forças do presidente reco-nhecido pela maioria da

comunidade internacional Alassane Ouattara, e as do presidente cessante, Lau-rent Gbagbo, que recusa ceder o poder.

Na Líbia, uma revolta contra o regime do coronel Muammar Kadhafi, inicia-da em meados de Fevereiro, levou a uma guerra civil e à intervenção de forças inter-nacionais, agora lideradas pelas forças da NATO.

Costa do Marfim e Líbia

Bento XVI pede diálogo para promover a pacificação

O Papa Bento XVI con-vidou os cristãos de todo o mundo a preparar a celebração da ressurreição de Jesus, alertando para a “morte espiritual, o pe-cado”.

Falando na recitação dominical da oração do Angelus, que juntou mi-lhares de pessoas na Praça de São Pedro, Vaticano, o Papa afirmou que “Cristo destrói o muro da morte” e que nele “habita a pleni-tude de Deus, que é vida, vida eterna”.

“A morte representa para nós uma espécie de muro, que nos impede de ver os outros, no entanto, o nosso coração ultrapassa esse muro e, mesmo que

não possamos conhecer o que ele esconda, consegui-mos pensá-lo, imaginá-lo, exprimindo com símbolos o nosso desejo de eternida-de”, declarou.

Bento XVI disse que “Cristo morreu” para “ven-cer” a morte espiritual do pecado e que a sua ressur-reição “não é um regresso

à vida precedente, mas a abertura de uma realidade nova”.

Em espanhol, o Papa aludiu às próximas cele-brações da Semana Santa, que se iniciam a 17 de Abril, as mais importantes do ca-lendário litúrgico seguido na Igreja Católica.

“Peçamos à Virgem

Maria que nos ajude no nosso caminho de prepa-ração espiritual, para que, através da oração, as obras de caridade e a penitência quaresmal, possamos parti-cipar frutuosamente na Pás-coa daquele que é a vida e a ressurreição”, indicou.

Com os peregrinos polacos presentes no Vati-cano, Bento XVI evocou o primeiro aniversário de ca-tástrofe aérea que vitimou Lech Kaczinski, presidente da Polónia, considerando o acidente como “dolorosa experiência”.

“Uno-me a vós nesta oração particular da vossa nação”, disse, antes de se despedir dos presentes.

Bento XVI convida cristãos a preparar celebração da ressurreição de Jesus

“Cristo destrói o muro da morte”

DR

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O Mensageiro14.Abril.2011 13OPINIÃO

TESTEMUNHAS DO AMOR

Pe. Jorge GuardaVigário Geral da Diocese

A loja do ourives

O

ÚLTIMA COLUNA

D. João AlvesBispo Emérito de Coimbra

Idosos em solidão e morte. Quem acusam e condenam?

A

RECORTES

Aura MiguelVaticanista e jornalista

M

Comunicação Social deu-nos a conhecer

recentemente alguns casos dramáticos de idosos que, em suas casas, morreram em total solidão tendo sido encontrados mortos só depois de algum tempo, chegando um deles a ser en-contrado morto só oito ou nove anos depois. Essas no-tícias abalaram muita gente por lhes parecer impossível num país civilizado em que a esmagadora maioria dos

habitantes se declara cristã e católica.

É certo que sempre houve idosos, pois a expe-riência aponta que os seres vivos nascem, crescem, fa-zem-se adultos, definham e morrem. A velhice faz parte do itinerário humano e dos demais seres vivos.

Se alguns idosos, fe-lizmente, podem usufruir de uma vida, até ao fim, serena e enquadrada num clima de amor e de soli-citude amiga, outros há que não usufruem desta compreensão e carinho, por viverem experiências dolorosas incluindo a soli-dão e a chegada à morte em abandono total.

Não admira que tal se dê se pensarmos que a ci-vilização em que vivemos trilha os caminhos de um individualismo gritante nada disposto à paciência, ao espírito de abnegação e à dedicação continuada e solí-cita para com os idosos. Esta civilização procura, a todo o custo, a satisfação dos seus desejos e projectos.

Creio ser de interesse, nesta linha de pensamen-to, lembrar alguns dados

estatísticos sobre os idosos em Portugal.

Publicou-se, há rela-tivamente pouco tempo, que havia no nosso País 180.000 pessoas com 75 anos ou mais a viver sozi-nhos e noutra publicação escreveu-se que havia no nosso País 511.300 pessoas com mais de 50 anos a vi-ver também sós. São dados extraídos de estudos credí-veis. Olhando com atenção o que fica escrito, e outros sinais, conclui-se que Portu-gal é um país envelhecido. Atendendo à natalidade en-tre nós não há esperança de sairmos desta situação tão depressa.

Sendo indesmentível esta situação o governo português tem de se ma-nifestar verdadeiramente conhecedor da situação e decidido a desenvolver a acção necessária para que o país não entre em pânico pensando no futuro. A situ-ação de bastantes idosos a viverem sós não se encara a sério apenas com a acção familiar, dos organismos e instituições particulares que são de capacidades limitadas. Exige uma res-

posta global assente em estudos sérios e que aten-da aos diversos aspectos do problema que compreende instalações, acolhimento, acompanhamento, medi-cação, formação adequada para este trabalho com idosos e valorização das suas capacidades. Há neste campo uma multidão de portugueses que é de justi-ça evitar que vivam os últi-mos anos da sua existência com amargura e mesmo com desespero.

É justo reconhecer que se têm tomado algumas decisões governativas a favorecer a solução destes graves e por vezes dramáti-cos problemas. Atendendo, porém, à sua grandeza, em Portugal, tem de se ir mais longe e mais profunda-mente na ajuda aos idosos portugueses.

Com os progressos da ciência e tecnologia ligadas à saúde têm-se al-cançado soluções que, há bem pouco tempo, eram julgadas impossíveis de conseguir. Todos estamos informados, acerca destes progressos, mesmo que muito genericamente, e por

isso dispenso-me de aqui os enumerar. Estes progressos permitiram o alargamento da longevidade humana o que é uma conquista notá-vel para todo o ser humano que tanto deseja continuar a viver, mas esta realidade admirável cria outras difi-culdades pelo desgaste da resistência da estrutura humana nas suas várias áreas existenciais. Um idoso é sempre um idoso mesmo com o alargamento da longevidade. Atendê-los convenientemente no seu aumento de vida torna-se muito difícil e dispendio-so.

Alegremo-nos com toda a generosidade e solicitude, e tantas são, dos profissio-nais de saúde para com os idosos, quer no sector público, quer no sector particular. Que esta alegria não encubra e faça esquecer os dramas de tantos idosos que vivem sós. Que todos, e de um modo particular os que servem em volun-tariado, redobrem a sua dedicação para com esses idosos que definham em dolorosa solidão.

grupo de Teatro de Animação de Santa

Eufémia (TASE), no conce-lho de Leiria, levou à cena recentemente uma adapta-ção da peça “A loja do ouri-ves”, do Papa João Paulo II, obra escrita em 1960, sob o pseudónimo de Andrzej Jawién, quando era bispo. Trata-se de um drama so-bre o amor humano entre o homem e a mulher, com os seus encantos e desen-cantos, união e separação, esperanças e medos... O TASE fez uma adaptação da peça, enriqueceu a re-presentação com música

e canto, proporcionando, com o bom desempenho dos actores, um belo es-pectáculo e uma instrutiva meditação sobre o amor e a relação conjugal.

O drama decorre em três actos, cruzando a his-tória de amor de outros tantos casais. O primeiro acto apresenta o pedido de casamento e a reacção ao mesmo: “O amor é um dos processos do universo que conduzem à síntese, unem as coisas divididas, alargam e enriquecem o que é estreito e limitado”, declara o amante. A amada aceitou e começam a pen-sar no casamento, não sem experimentarem dentro de si mesmos o conflito entre “o desejo de felicidade e as possibilidades humanas de o realizar”. O olhar e as palavras do ourives a quem vão comprar as alianças deixam-nos surpreendi-dos. Como que a prevenir os jovens amantes e os seus sonhos, fala-lhes da grandeza e da fraqueza do homem, da sua liberdade e do amor... No olhar do ouri-ves, certamente imagem de Deus, os jovens encontram “uma grande firmeza e um grande calor! O futuro, o desconhecido deixavam de nos assustar. O amor tinha

vencido a inquietação. É do amor que depende o futuro” – afirma o amante e repete-o a amada.

O segundo acto trata do amor em crise. A esposa exprime a amargura, o de-salento e a desilusão pela perda do amor do seu ma-rido. Lutara e ficara ferida: experimentava que havia cada vez menos lugar de um dentro do outro, era menor a união entre ambos. Ten-tou vender a sua aliança, mas o ourives disse-lhe que uma só aliança nada valia, pois a balança não pesava ouro mas a vida do homem e o seu destino. A mulher procura então desesperada o amor. Adão, imagem da consciência humana, diz-lhe que o amor “é a síntese de duas existências, de dois seres que, em dado momento, se encontram para se fundirem num só”. Acorda nela o desejo “de amar alguém que fosse per-feito, um homem enérgico e bom”, completamente diferente do seu esposo. E procurou, procurou, mas não encontrou. Na verdade, percebeu que o seu verda-deiro esposo era aquele que ela tinha perdido. Era esse o amor da sua vida.

No terceiro acto apare-cem os filhos do primeiro

casal e do segundo, que se enamoraram. Preparam-se para o casamento, mas interrogam-se sobre o seu amor e os condicionamen-tos do que viveram os seus pais. Temem ficar presos ao seu passado, embora desejem “uma vida nova”, serem “novos seres”. Têm medo do amor e dos seus desafios. Mas vão em fren-te. E vão comprar as suas alianças ao velho ourives. Não se impressionam com o seu olhar e as suas pala-vras pareciam-lhes “desde sempre conhecidas” e sem “qualquer grandeza”. Os jovens amantes estavam comovidos e encantados um com o outro: “Toda a beleza do momento estava em nós, no nosso senti-mento, no fluxo do nosso amor”.

O drama termina com Adão a revelar aos três ca-sais o risco que é o deixar-se “arrastar por um amor que se imagina absoluto e que não tem as dimensões do absoluto”. E alerta: “Somos vítimas das nossas ilusões, não procurando inserir o amor no Amor que tem estas dimensões. Não é propriamente a paixão que nos cega, mas a falta de humildade frente ao amor na sua verdadeira essência.

O perigo, enorme, diminui, se tomamos consciência dele. Porque a pressão da realidade é muito forte, o amor não lhe pode resistir. (...) Por vezes, a nossa exis-tência parece curta para o amor; outras vezes, pelo contrário, é o amor que parece demasiado curto, ou antes muito superficial em relação à existência. Todos dispomos de uma vida e de um amor: como congraçá-los num todo? E alcançada a harmonia, devemos continuar dispo-níveis para os outros, não devemos fechar-nos em nós próprios, para reflectirmos sempre, de certa maneira, a Existência absoluta e o Amor”.

O drama termina com o marido que se afastara da esposa a lamentar não terem reflectido Deus na sua união e a reconhecer que perderam muito em não terem vivido bem o seu amor: “Quanta coisa perdemos durante anos!”

O drama é muito actu-al, aberto e nada moralista. Convida a descobrir “a obra grandiosa” que é o amor humano entre o homem e a mulher como reflexo de Deus e do seu Amor.

O exemplo de Jeremias*

uitas pessoas dizem que os jovens de

hoje não se interessam pelo catecismo. Duvido que isto seja verdade. Por-que os jovens não são tão superficiais como se diz”.

Estas palavras de Ben-to XVI podem ler-se no prefácio do mais recente catecismo para jovens – o “You Cat” – que será apresentado ao público na próxima semana.

“Se um romance po-licial é excitante, porque nos insere no destino de outras pessoas, (…) mais cativante ainda será ler este livro, porque fala do nosso destino”, prossegue o Papa.

Por isso, “estudem-no no silêncio do vosso quarto, leiam-no enquan-to casal, se estiverdes a namorar, formai grupos de estudo e redes sociais, partilhai-o entre vós e na Internet, porque é preciso saber aquilo em que acreditamos. Se um especialista em tecnolo-gia domina o sistema de um computador ou se um músico sabe ler uma parti-tura, também os jovens ca-tólicos devem conhecer a fé e estar enraizados nela ainda mais profundamen-te do que a geração dos seus pais, para enfrentar os desafios e as tentações deste tempo, com força e determinação”.

E, para os mais cépti-cos, Bento XVI deixa um indicador de esperança: “Quando Israel vivia um mau momento da sua história, Deus não pediu ajuda aos grandes nem aos notáveis, mas a um jovem chamado Jeremias…”.

Assim, também, a nossa História poderá ser renovada pelas novas gerações que, sem pregui-ça, não fujam ao rosto de Deus.

* In RR online (08/04/11)

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INSTITUCIONAL / CULTURA14 O Mensageiro14.Abril.2011

Fundador José Ferreira Lacerda Director Rui Ribeiro (TE416) Redacção Luís Miguel Ferraz (CP5023), Joaquim Santos (CP7731), Ana Vala (CP8867). Paginação O Mensageiro Colaboradores Ambrósio Ferreira, Américo Oliveira, André Batista (Pe.), Ângela Duarte, Carlos Alberto Vieira, Carlos Cabecinhas (Pe.), José Casimiro Antunes, Fran cis co Pereira (Pe.), D. João Alves, João Filipe Matias (CO798), Joaquim J. Ruivo, Jorge Guarda (Pe.), José António C. Santos, Júlia Moniz, Maria de Fátima Sismeiro, Orlando Fernandes, Paulo Adriano Santos, Pedro Jerónimo (CP7104), Pedro Miguel Viva (Pe.), Saúl António Gomes, Sérgio Carvalho, Verónica Ferreirinho, Vítor Mira (Pe.). Administração / Publicidade André Antunes Batista (Pe.). Propriedade/Sede (Editor) Seminário Diocesano de Leiria - Largo Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA - Reitor: Armindo Janeiro (Pe.) Contribuinte 500 845 719 Contactos Tel.: 244 821 100/1 - Fax: 244 821 102 - Email: [email protected] - Web: www.omensageiro.com.pt Impressão e Expedição CORAZE - Oliveira de Azeméis - Tel: 256 600 580 / Fax: 256 600 589 - E-mail: grafi [email protected] Depósito Legal 2906831/09

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Visão da Igreja em livro“Desporto no Vaticano”

A Santa Sé apresentou, no dia 11 de Abril, o livro “Desporto no Vaticano”, uma obra que retrata a visão da Igreja Católica sobre um fenómeno que tem ganho cada vez mais influência na vida e na formação de muitas pessoas.

Em declarações à Rádio Vaticano, o padre Ke-vin Lixey recordou “os muitos desafios” que hoje são colocados diante de um atleta profissional.

“Levam-no a sair da sua terra ainda muito jovem, possivelmente para longe da família, por uma hipótese de sucesso, com muita fama e di-nheiro à mistura, e depois dizem-lhe para tomar a decisão mais correcta” apontou o sacerdote, director do Departamento «Igreja e Desporto», do Conselho Pontifício para os Leigos.

Com a publicação desta obra, a Igreja demons-tra “estar atenta” à importância que o fenómeno desportivo tem ganho na sociedade, aos aspectos positivos e negativos que dele têm sobressaído.

“Devemos ajudar a esclarecer melhor esta questão, procurar tomar parte nela, e não fugir dela” acrescentou o padre Kevin Lixey, reforçando as palavras de João Paulo II, fundador do Depar-tamento «Igreja e Desporto».

No ano do Jubileu, a 28 de Outubro de 2000, o antigo Papa defendia que “as potencialidades do fenómeno desportivo tornavam-no um significa-tivo instrumento para o desenvolvimento global da pessoa e um factor mais útil do que nunca para a construção de uma sociedade mais à medida do homem”.

O livro «Desporto no Vaticano» é da autoria de Stefano e Roberto Calvigioni e é preenchido por um conjunto de testemunhos, documentos e fotos.

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LEIAASSINE

DIVULGUEANUNCIE

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O Mensageiro14.Abril.2011

liga zon sagres

I LIGAliga orangina

II LIGA24.ª Jornada (10.04) Feirense x Varzim (2-1), Arouca x Penafiel (6-3), Freamunde x Fátima (2-1), Leixões x Estoril (1-1), Trofense x D. Aves (2-0), Gil Vicente x Moreirense (2-1), Santa Clara x Oliveirense (1-2), Sp. Covilhã x Belenenses (2-0)

Equipa J V E D Pts1.º Oliveirense 24 11 9 4 422.º Feirense 24 13 3 8 423.º Trofense 24 11 8 5 414.º Gil Vicente 24 10 9 5 395.º Arouca 24 9 9 6 366.º Leixões 24 8 9 7 337.º Estoril 24 8 9 7 338.º D. Aves 24 8 8 8 329.º Santa Clara 24 8 7 9 3110.º Freamunde 24 6 12 6 3011.º Moreirense 24 7 8 9 2912.º Belenensese 24 6 9 9 2713.º Penafiel 24 6 8 10 2614.º Sp. Covilhã 24 7 4 13 2515.º Fátima 24 5 7 12 2216.º Varzim 24 3 13 8 22

25.ª Jornada (17.04) Varzim x Arouca, Estoril x Santa Clara, Moreirensex Feirense, Penafiel x Sp. Covilhã, Oliveirense x Gil Vicente, Belenenses x Trofense, D. Aves x Freamunde, Fátima x Leixões

Equipa J V E D Pts1.º Porto 26 24 2 0 742.º Benfica 26 18 1 7 553.º Sp. Braga 26 13 4 9 434.º Sporting 26 11 9 6 425.º Nacional 26 9 8 9 356.º V. Guimarães 26 9 7 10 347.º Rio Ave 26 9 6 11 338.º P. Ferreira 26 8 9 9 339.º Marítimo 26 8 8 10 3210.º Beira-Mar 26 7 11 8 3211.º U. Leiria 26 8 6 12 3012.º Académica 26 7 7 12 2813.º Olhanense 26 6 10 10 2814.º V. Setúbal 26 6 9 11 2715.º Naval 26 5 8 13 2316.º Portimonense 26 4 7 15 19

27.ª Jornada (17.04) Académica x V. Setúbal (15.04), V. Guimarães x Marítimo, Nacional x Sp. Braga (18.04), Olhanense x P. Ferreira (16.04), Rio Ave x Naval, Benfica x Beira-Mar, U. Leiria x Portimonense (16h00), Porto x Sporting

zona centro

II DIVISÃO

Equipa J V E D Pts1.º Tondela 27 14 6 7 482.º Padroense 27 13 8 6 473.º Boavista 27 13 8 6 474.º Sertanense 27 13 6 8 455.º Gondomar 27 11 10 6 436.º Sp. Espinho 27 11 8 8 417.º Coimbrões 27 11 7 9 408.º Tourizense 27 12 4 11 409.º Esmoriz 27 8 11 8 3510.º Al. Lordelo 27 9 7 11 3411.º Anadia 27 9 7 11 3412.º Pampilhosa 27 9 6 12 3313.º Sp. Pombal 27 8 6 13 3014.º U. Serra 27 7 9 11 3015.º Cesarense 27 7 8 12 2916.º Eléctrico 27 2 7 18 13

série d

III DIVISÃO3.ª Jornada da fase de manutenção (10.04) Tocha x Gândara (2-0), V. Mocidade x Ág. Moradal (1-0), Marinhense x B.C. Branco (1-0)

Equipa J V E D Pts1.º Marinhense 3 1 2 0 212.º Tocha 3 2 1 0 203.º B.C. Branco 3 1 0 2 184.º V. Mocidade 3 1 1 1 145.º Ág. Moradal 3 0 1 2 136.º Gândara 3 1 1 1 6

série e

III DIVISÃO 3.ª Jornada da fase de subida (10.04) 1.º Dezembro x Peniche (4-2), Sintrense x Caldas (0-3), Sacavenense x Alcochetense (5-1)

Equipa J V E D Pts1.º Alcobaça 25 18 5 2 592.º Beneditense 25 15 5 5 503.º Portomosense 25 14 4 7 464.º GRAP/Pousos 25 11 7 7 405.º Alvaiázere 25 11 7 7 406.º Nazarenos 25 9 11 5 387.º Guiense 25 9 11 5 388.º Pataiense 25 10 7 8 379.º Pedroguense 25 7 11 7 3210.º Marrazes 25 8 7 10 3111.º Alq. Serra 25 7 9 9 3012.º Biblioteca 25 6 8 11 2613.º Ansião 25 6 6 13 2414.º Fig. Vinhos 25 5 8 12 2315.º Marinha 25 4 8 13 2016.º Gaeirense 25 2 2 21 8

26.ª Jornada (17.04) Pedroguense x Fig. Vinhos, Alvaiázere x Marinha, Gaeirense x Alq. Serra, Nazarenos x GRAP/Pousos, Pataiense x Biblioteca, Portomosense x Marrazes, Ansião x Guiense, Beneditense x Alcobaça

associação de futebol

de leiria

HONRA25.ª Jornada (10.04) Alcobaça x Fig. Vinhos (2-1), Marinha x Pedroguense (4-5), Alq. Serra x Alvaiázere (0-1), GRAP/Pousos x Gaeirense (5-1), Biblioteca x Nazarenos (2-1), Marrazes x Pataiense (0-3), Guiense x Portomosense (1-3), Beneditense x Ansião (1-0)

28.ª Jornada (17.04) Al. Lordelo x Sp. Espinho, Tondela x Cesarense, Tourizense x Pampilhosa, Anadia x Esmoriz, Boavista x Eléctrico, Sp. Pombal x Padroense, Sertanense x Gondomar, Coimbrões x U. Serra

27.ª Jornada (10.04) U. Serra x Sp. Espinho (1-0), Cesarense x Al. Lordelo (2-1), Pampilhosa x Tondela (3-1), Esmoriz x Tourizense (2-1), Eléctrico x Anadia (0-1), Padroense x Boavista (0-0), Gondomar x Sp. Pombal (4-2), Coimbrões x Cesarense (1-4)

15DESPORTO

Equipa J V E D Pts1.º 1.º Dezembro 3 2 1 0 302.º Caldas 3 3 0 0 293.º Sintrense 3 1 1 1 244.º Sacavenense 3 1 0 2 225.º Alcochetense 3 0 1 2 206.º Peniche 3 0 1 2 17

4.ª Jornada da fase de subida (17.04) Sacavenense x Peniche, Caldas x 1.º Dezembro, Alcochetense x Sintrense

3.ª Jornada da fase de manutenção (10.04) Tojal x Malveira (4-1), Odivelas x Crato (1-1), Oeiras x Bombarralense (1-1)

Equipa J V E D Pts1.º Bombarralense 3 2 1 0 222.º Oeiras 3 0 3 0 173.º Crato 3 0 2 1 174.º Odivelas 3 2 1 0 155.º Tojal 3 1 1 1 156.º Malveira 3 0 0 3 8

4.ª Jornada da fase de manutenção (17.04) Oeiras x Malveira, Crato x Tojal, Bombarralense x Odivelas

4.ª Jornada da fase de manutenção (17.04) Marinhense x Gândara, Ág. Moradal x Tocha, B.C. Branco x V. Mocidade

26.ª Jornada (10.04) P. Ferreira x Rio Ave (1-6), Marítimo x Nacional (1-1), Sp. Braga x V. Guimarães (3-1), V. Setúbal x U. Leiria (4-1), Sporting x Académica (2-0), Portimonense x Porto (2-3), Beira-Mar x Olhanense (1-0), Naval x Benfica (2-1)

FOTOJORNALISMOS

União goleada | Frente ao ‘aflito’ Vitória, em Setúbal, a U. Leiria somou nova derrota, desta vez expressiva: 4-1. Foto: José Luís Costa/Lusa

Rallye Verde Pino | José Grosso (clássicos) e Filipe Barreto (desportivos) foram os vencedores do Rallye Verde Pino, que culminou com uma Super-Especial, junto ao Estádio Dr. Magalhães Pessoa, Leiria, 10 de Abril, que atraiu algumas centenas de pessoas. Foto: Pedro Jerónimo

Andebol | Nazaré Cup espera 1200 atletas europeus

“O Andebol é para todos”Implementar, em Portu-

gal, a prática da modalidade em cadeira de rodas. É esse o objectivo do projecto An-debol 4ALL, que contará com uma acção de formação inserida no torneio interna-cional Nazaré Cup, a reali-zar de 17 a 21 de Abril.

Criado na Páscoa de 1987, o Nazaré Cup vai para a sua 24.ª edição. Uma prova em que é esperada “a presença de 1200 atletas, treinadores e dirigentes da Europa, que irão disputar as partidas nos diversos pavilhões do concelho da Nazaré”, avança a organiza-ção, em comunicado.

A novidade para 2011 é introdução de uma ac-ção nacional de formação de andebol em cadeira de rodas, a realizar no dia 19, a partir dar 16h30, no Pavilhão da Nazaré. O Andebol 4 All é um pro-

jecto a ser desenvolvido e promovido pela Federação Portuguesa de Atletismo, em parceria com o Comité Paralímpico de Portugal, Federação Portuguesa de Desporto para as Pessoas com Deficiência, Gabinete Coordenador do Desporto Escolar e Associação Na-cional de Desporto para a Deficiência Motora.

Mais informações, e as inscrições, podem ser consultadas em www.fpandebol.com ou www.nazarecup.com.

DR

Basquetebol | Equipa de Óbidos inicia play-off

Gaeirense na rota da ProligaÉ tempo de play-off

no Campeonato Nacional de Basquetebol 1 (CNB1), isto é, de jogos a eliminar. Terminada a fase regular, em que a equipa – senio-res masculinos – do S.C.R. Gaeirense foi 3.º classifica-da, zona sul, segue-se a se-gunda fase, para encontrar os campeões de zona – sul e norte, que sobem à Proli-

ga – e o campeão nacional (CNB1). A equipa de Óbidos está nessa luta e, para já, irá defrontar o Basket Queluz (6.º lugar na fase regular).

O play-off da CNB1 começa a 23 de Abril e é disputado à melhor de três jogos. Duas vitórias da mesma equipa garantem a presença nas 1⁄2 finais. Lá o Gaeirense – que tem o

primeiro jogo em Queluz – poderá encontrar Academia Lumiar ou Montijo Basket, caso leve a melhor sobre o seu primeiro adversário.

Recorde-se que Gaeiren-se e Queluz já se defronta-ram esta época, na fase re-gular, e em ambos os casos a vitória sorriu à equipa de Óbidos: 74-64, em casa, e 67-57, fora.

Natação | LeiriaMultinationsOs nadadores Diogo Maia e Silva e Victoria Kaminskay (ambos de Os Pimpões, Caldas da Rainha) e Miguel Diogo (Clube de Natação de Alcobaça), bem como o técnico Rodrigo Batista (Os Pimpões), vão representar Portugal no Multinations Júnior Meet, que vai decor-rer nos dias 16 e 17 de Abril, em Corfu, Grécia.

Motor | Leiria12h nocturnasDecorrem, até 20 de Abril, as inscrições para as 12 horas nocturnas Núcleo de Desportos Motorizados de Leiria/Sagres, prova agen-dada para os dias 7 e 8 de Maio, no Kartódromo dos Milagres, Leiria. Segundo a organização, esta “conta já com a inscrição de algu-mas equipas de renome in-ternacional”, entre as quais Espanha e Inglaterra.

Rallye VidreiroA dupla António Rodrigues/Jorge Carvalho (SFR Mo-torsport) venceu o Rallye Vidreiro, que passou por Marinha Grande, Leiria e Ourém, nos dias 8 e 9 de Abril. Renato Pita/Marco Macedo (Team BP Ultima-te Kumho Tyres) e Paulo Louro/Hugo Magalhães (Paulo Louro) completaram, respectivamente, o pódio. Restante classificação em www.camg.pt.

Andebol | Leiria

Juve Lis venceO Colégio João de Barros recebeu e perdeu (17-22) com o Gil Eanes – actual campeão nacional –, na-quele que era o jogo mais esperado do arranque da segunda volta do campe-onato nacional da 1.ª Di-visão, seniores femininos. Melhor fez a Juve Lis, que foi a Aveiro vencer o Alava-rium (29-24). Classificação: 1.º Gil Eanes (24 pontos), 2.º Madeira SAD (21), 3.º Colégio João de Barros (19), 4.º Juve Lis (16).

Bridge | LeiriaBCLis venceJorge Matias e Manuel Men-des (BCLis – Bridge Clube de Leiria), venceram o torneio Simultâneo Nacional, dis-putado por 70 pares, de seis clubes, a 4 de Abril.

Futsal | LeiriaTaça(s) DistritoRealizam-se, no próximo fim-de-semana, três finais da Taça Distrito da Asso-ciação de Futebol de Leiria. O Pavilhão de Mira D’Aire acolhe, dia 16 de Abril, 16h30, o C.R. Golpilheira x A.D. Caranguejeira, junio-res femininos, e o A.D.R. Barreiros x C.C.D.S. Casal Velho, juvenis masculinos, pelas 18h30. No dia seguin-te, no Pavilhão Artur Mene-ses, Fonte de Oleiro, Porto de Mós, será a vez do C.R. Golpilheira x C.C.D.S. Casal Velho, pelas 17h00.

Ciclismo | LeiriaCélia venceCélia Vieira (União de Ci-clismo de Leiria) venceu, em veteranos, a “primeira prova nacional de abertura”, que decorreu em Albergaria-a-Velha, Aveiro, no passado fim-de-semana.

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14ABRIL2011ÚLTIMA A verdadeira lei do progresso moral é a caridadeCamilo Castelo Branco, escritor português [1825-1890]

Conquistar pelo pala-dar, depois de pelo olhar. Morcela de arroz, sopa do vidreiro, Chícharo com ba-calhau assado regado com azeite, arroz de marisco, cabrito serrano, leitão da Boa Vista e as brisas do lis, são as candidatas da região de Leiria ao concurso 7 Maravilhas da Gastrono-mia. Uma iniciativa que surge no seguimento das eleições das 7 Maravilhas de Portugal, com o Castelo de Óbidos e os mosteiros de Alcobaça e da Batalha, e das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, que distinguiu as Grutas de Mira de Aire (Fátima).

Foi apresentado, dia 28 de Março, o projecto de candidatura “As Mara-vilhas Gastronómicas de Leiria”, que transcrevemos de seguida.

«A candidatura da nossa parceria ao projecto “7 Ma-ravilhas da Gastronomia”, de nível Nacional, preten-de divulgar e promover “as artes Culinárias” da nossa região, através do vasto pa-trimónio culinário existen-te e que importa preservar, valorizar e divulgar.

A nossa identidade cultural assenta em vários factores, como é o caso da nossa rica, ancestral e diversificada gastronomia, um dos factores que mais nos marca positivamente dentro e fora do país...

É com este objectivo, fruto de um entendimen-to regional, que a parceria local deste projecto, consti-tuída pela ADAE enquanto promotora, os municípios da Batalha, Leiria e Marinha Grande e ainda o Turismo Leiria Fátima enquanto par-ceiros activos, apresentou 7 Maravilhas da nossa gastro-nomia a concurso nacional, como elementos represen-tativos deste alto valor que é a nossa gastronomia.

No entanto, este terri-tório conta com um muito mais vasto património in-tangível ao nível da culiná-ria, que importa acarinhar e promover na sua totalidade, pelo que esta participação é o mote e o incentivo para o desenvolvimento de um conjunto de acções e actividades que importa levar a cabo, animando e promovendo o território, os produtos e as iguarias da nossa terra, base para um

desenvolvimento cultural, económico e social equili-brado, assente nas nossas raízes identitárias.

Apesar de termos sem-pre em expectativa, poder ver passar uma das nossas propostas gastronómicas à fase seguinte de votação, pretendemos antes de mais, poder valorizar e dar a conhecer o que de melhor se faz a nível gastronómico na Região de Leiria.

Assim, este projecto não acaba com a decisão dos Jú-ris Nacionais. Este projecto começa aqui e agora e vai até onde os parceiros, en-tidades, os restaurantes, gastrónomos e a população quiserem, numa óptica de colaboração, promoção e divulgação das nossas Ma-ravilhas Gastronómicas. Porque mais do que serem divulgadas no país, elas são nossas e temos que incen-tivar as pessoas a virem ao nosso território para as provarem e voltarem.

Esta é uma das mais emblemáticas tradições do nosso território a Nossa Gastronomia: é ancestral, identitária, histórica, me-morável, diversificada, de qualidade, de excelência, diferente, saborosa, única, local, e…. nossa.

É por isso que temos em preparação um conjun-to de actividades com as quais pretendemos atingir estes objectivos, donde destacamos:

- Divulgação/promoção do projecto junto dos res-taurantes e bares, tendo por objectivo o incentivo da execução de menus ten-do por base as maravilhas da região

- Participação activa nas feiras e mostras da região, tendo por base uma parce-ria activa, com o objectivo de promover e divulgar a gastronomia;

- Este projecto, deverá ainda ser a base organizati-va para, em parceria, serem organizados concursos a ní-vel local das nossas maravi-lhas gastronómicas

- Criação de uma página

na Internet com a divulga-ção deste projecto, das actividades e das iguarias do nosso território

- Em parceria com os intervenientes e em espe-cial com o Turismo Leiria Fátima, elaboração de um roteiro gastronómico da região

- Numa fase posterior, organização de uma base de dados, com o objectivo de tornar acessível à popu-lação em geral e ao turista em especial, informação referente à divulgação dos menus diários dos restau-rantes, tendo por base as maravilhas da região, atra-vés da internet

- Presença na OIPORC - II Congresso Iberoamericano de Suinicultura em Évora num stand para promoção e divulgação dos pratos a candidatar às “7 Maravilhas da Gastronomia”».

Fases do concurso As receitas e pratos a

considerar no processo de eleição serão organizados pelas 10 regiões do país e em 7 categorias: Entradas, Sopas, Carnes, Caça, Peixe, Marisco e Doces. A lista de 21 finalistas será apresen-tada a 7 de Maio, após um processo de selecção por parte de 70 especialistas, para chegar a uma lista de 70 pré-finalistas, que por sua vez será reduzida aos 21 finalistas por um painel de 21 personalidades.

A votação pública por SMS, chamada te-lefónica, Internet (em 7maravilhas.pt) decorre entre 7 de Maio e 7 de Se-tembro. As “7 Maravilhas da Gastronomia” serão re-veladas no mesmo mês, em Santarém, numa cerimónia a transmitir em directo pela RTP, estação que vai envol-ver as áreas de informação e programação e divulgar as 21 finalistas durante os meses de Julho e Agosto, no programa “Verão Total”. A declaração oficial será apre-sentada por Catarina Furta-do e José Carlos Malato.

Leiria novamente à conquista de Portugal

“Vote e prove que gosta”As sugestões...Morcela de Arroz de Leiria Categoria: Entrada.

As Morcelas de Arroz são a mais caracterís-tica das iguarias da região de Leiria que pela coerência geográfica, pelo modo de pre-paração e pela sua antiguidade histórica, as torna únicas e inesquecíveis.

A morcela de arroz de Leiria, acari-nhada por diversas entidades da região, viu recentemente criada a Associação de Produtores da Morcela de Arroz de Leiria, fruto do incentivo da Junta de Freguesia de Leiria, onde a ADAE tem tido também a sua intervenção, tendo por objectivo a sua valorização e qualificação.

Sopa do Vidreiro Categoria: Sopa.

A Sopa do Vi-dreiro, por vezes também desig-nada por “Canja de Bacalhau”.é um prato de forte ligação ao ícone económico que é o vidro, constitui a mais antiga tradição ao nível da gastronomia na cidade da Marinha Grande, capital do vidro.

Em 2008, surge a Confraria da Sopa do Vidreiro com o objectivo da defesa, valorização e divulgação desta sopa, uma das mais emblemáticas da Região.

Este é um factor da nossa identi-dade, que importa divulgar, preservar e valorizar.

Chícharo com bacalhau assado regado com azeite Categoria: Peixe.

O chícharo, uma legumino-sa semelhante ao tremoço de gosto macio e refinado, uma verdadeira surpresa para quem nunca o experimentou, tem o seu cultivo e con-sumo com tradição em Santa Catarina da Serra (capital do chícharo) bem como no maciço calcário Sicó, Aire e Candeeiros. Os chícharos são a jóia de um festival anual denominado “Chícharo da Serra”, que levou à constituição da Confraria Gastronómica do Chícharo, para divul-gação da iguaria à escala nacional.

O prato Chicharos com Bacalhau as-sado regado com o nosso azeite de alto valor gastronómico, ilustre em várias festividades, começa a ser uma jóia da restauração local.

Arroz de Marisco Categoria: Peixe.

A Praia de Vieira de Leiria teve origens na actividade piscatória, na “arte xávega” um dos principais factores da fixação populacional. A gastronomia tem fortes ligações com o seu povoamento e a sua

história começa com a colonização dos areais, por volta do século XVIII.

A praia da Vieira, ponto turístico mui-to procurado, quer pelas características medicinais do iodo, forte presença no ar e no mar, tem no arroz de marisco um factor identitário e de procura turística, que importa promover e valorizar.

Este arroz a que se juntam a lagosta, camarões grandes, amêijoas, pimento, coentros e arroz agulha tem um sabor único a mar…que só experimentando lá …..vai poder confirmar.

Cabrito Serrano Categoria: Carne.

O Cabrito Serrano criado na Serra de Aire e Candeeiros di-ferencia-se por se alimentar de plantas silvestres com efeitos medicinais e aromáticos, fazendo desta carne um verdadeiro “pitéu” inesquecível.

A serra, as plantas aromáticas, o pasto, o ambiente, … fazem do nosso cabrito serrano uma tradição e uma tentação….com um paladar inigualá-vel…..

Leitão da Boa Vista Categoria: Carne.

Boa Vista, nome de fre-guesia em que o leitão é ícone principal do brasão, a mais emblemática do país no ramo da suini-cultura, tem aliado esta actividade, ao apuramento da confecção do leitão.

Hoje com uma identidade diferencia-da, o leitão da Boa Vista caracteriza-se pelo sabor e pelas características pró-prias de um produto de qualidade.

Pela Junta de freguesia e pelos produ-tores locais, estão a nascer as premissas para a sua qualificação, como produto de alto valor gastronómico.

Brisas do Lis Categoria: Sobremesas.

As Brisas do Lis são autênti-cas embaixado-ras da gastrono-mia da cidade e da região de Leiria.

As Brisas do Lis, ícone identitário desta cidade, adoptam o nome do rio como referencial deste vasto território que é a região de Leiria, configurando-se como um cartão-de-visita quer para os turistas, quer para a população,

Também este produto, de alto valor gastronómico, está a dar os primeiros passos do seu processo de valorização e reconhecimento.