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ANO 97 - N.º 4865 FUNDADOR: José Ferreira Lacerda DIRECTOR: Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt 23 JUNHO 2011 DESTAQUE FUNDADO EM 1914 DIA MUNDIAL DO REFUGIADO - 2011 VATICANO LEMBRA 44 MILHÕES DE REFUGIADOS MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI “UMA SÓ FAMÍLIA HUMANA” pub OBITUÁRIO FALECIMENTO Pe. Carlos Querido da Silva Faleceu, a 21 de Junho, o reverendo padre Carlos Que- rido da Silva, com 86 anos de idade. Foi pároco de Caxarias durante 11 anos (1949-1960) e pároco de Nossa Senhora das Misericórdias, em Ourém, durante 43 anos (1960-2003). Nos últimos anos da sua vida, por motivos de saúde, foi dispensado das responsabilidades paroquiais, passando a viver na Casa Diocesana do Clero, em Fátima. O padre Carlos Querido era natural de Minde, onde nasceu a 5 de Maio de 1925, tendo sido ordenado presbítero em 1949, na Catedral de Leiria. Nas paróquias onde exerceu o seu ministério sacerdotal, é recordado pela extrema dedicação com que serviu as comunidades cristãs. O Bispo de Leiria-Fátima e o presbitério desta Diocese agradecem a dedicação deste sacerdote e confiam-no à misericórdia divina. O funeral realizou-se no dia 22 de Junho, às 17h00, na igreja paroquial de Minde. De forma discreta e quase ignorada, ocorreu na passada segunda-feira o Dia Mundial do Refugiado. Uma chamada de atenção para um problema que queremos ignorar, mas que se tornou um verdadeiro cancro da nossa sociedade. Mata mais e deixa mais marcas que o cancro endócrino. A Santa Sé deixou um alerta em favor dos 44 milhões de refugiados em todo o mundo, particularmente pelas crianças que vivem em campos, “muitas das quais não conhecem outra realidade”. Páginas 2 e 3 Embarcação com imigrantes é iluminada por farol de barco da Guarda Costeira da Itália, a 7 de Março de 2011, próximo a Lampedusa. (Foto AP) ECLESIAL Ajudar o Sumbe | P. 4 Grupo Missionário Ondjoyetu prepara contentor Comunicado | P. 11 Bispos portugueses falam do momento actual da sociedade CULTURA Junta de Leiria promove |P. 4 Ler com Cidadania” Festival encerra | P. 5 Música em Leiria fecha com ilhas “bela” e “serena” SOCIEDADE Recuperação financeira | P. 6 Câmara de Leiria quer vender estádio e concessionar água e saneamento AKI no Pedrógão |P. 7 Colónia de Férias da Cáritas renovada e mais bonita 29 Junho a 3 Julho | Última “Pinhal das Artes”... mais um grande festival de música, poesia e teatro na natureza, dedicado à primeira infância

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O Mensageiro (O Mais Antigo Semanário do Distrito de Leiria): Edição de 23 de Junho de 2011 (N.º 4865).

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ANO 97 - N.º 4865

FUNDADOR: José Ferreira LacerdaDIRECTOR: Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

23 JUNHO 2011

DESTAQUE

FUNDADO EM 1914

DIA MUNDIAL DO REFUGIADO - 2011

VATICANO LEMBRA44 MILHÕES DE REFUGIADOS

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI

“UMA SÓ FAMÍLIA HUMANA”

pub OBITUÁRIO

FALECIMENTO

Pe. Carlos Querido da SilvaFaleceu, a 21 de Junho, o reverendo padre Carlos Que-rido da Silva, com 86 anos de idade. Foi pároco de Caxarias durante 11 anos (1949-1960) e pároco de Nossa Senhora das Misericórdias, em Ourém, durante 43 anos (1960-2003).Nos últimos anos da sua vida, por motivos de saúde, foi dispensado das responsabilidades paroquiais, passando a viver na Casa Diocesana do Clero, em Fátima.

O padre Carlos Querido era natural de Minde, onde nasceu a 5 de Maio de 1925, tendo sido ordenado presbítero em 1949, na Catedral de Leiria. Nas paróquias onde exerceu o seu ministério sacerdotal, é recordado pela extrema dedicação com que serviu as comunidades cristãs. O Bispo de Leiria-Fátima e o presbitério desta Diocese agradecem a dedicação deste sacerdote e confiam-no à misericórdia divina. O funeral realizou-se no dia 22 de Junho, às 17h00, na igreja paroquial de Minde.

De forma discreta e quase ignorada, ocorreu na passada segunda-feira o Dia Mundial do Refugiado. Uma chamada de atenção para um problema que queremos ignorar, mas que se tornou um verdadeiro cancro da nossa sociedade. Mata mais e deixa mais marcas que o cancro endócrino. A Santa Sé deixou um alerta em favor dos 44 milhões de refugiados em todo o mundo, particularmente pelas crianças que vivem em campos, “muitas das quais não conhecem outra realidade”. Páginas 2 e 3

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ECLESIAL

Ajudar o Sumbe | P. 4

Grupo Missionário Ondjoyetu prepara contentor

Comunicado | P. 11

Bispos portugueses falam do momento actual da sociedade

CULTURA

Junta de Leiria promove |P. 4

“Ler com Cidadania”

Festival encerra | P. 5

Música em Leiria fecha com ilhas “bela” e “serena”

SOCIEDADE

Recuperação financeira | P. 6

Câmara de Leiria quer vender estádio e concessionar água e saneamento

AKI no Pedrógão |P. 7

Colónia de Férias da Cáritas renovada e mais bonita

29 Junho a 3 Julho | Última

“Pinhal das Artes”... mais um grande festival de música, poesia e teatro na natureza, dedicado à primeira infância

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DESTAQUE2 O Mensageiro23.Junho.2011

Rui [email protected]

Sem eiranem beira

EDITORIAL

A religião esteve sempre ligada a

esta preocupação por acolher o

estrangeiro. Aberto o horizonte

a preocupação estende-se até

ao refugiado e a todas as formas de

exclusão (racial, religiosa, social etc.

…). Mais um campo em que a Igreja

esteve desde sempre na linha da frente.

De forma discreta e quase ignorada ocorreu na passada segunda-feira o Dia Mundial do refugiado. Uma chamada de atenção para um problema que queremos ignorar, mas que se tornou um verda-deiro cancro da nossa so-ciedade. Mata mais e deixa mais marcas que o cancro endócrino.

A Santa Sé deixou um alerta em favor dos 44 milhões de refugiados em todo o mundo, particular-mente pelas crianças que vivem em campos, “muitas das quais não conhecem outra realidade”.

Em declarações à Rádio Vaticano, o presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, António Maria Vegliò, destacou em particular a situação na República Democrática do Congo, referindo que na

parte leste do país há “mais de um milhão e setecentos mil deslocados, por causa da guerra”. No Dia Mundial do Refugiado, o arcebispo italiano referiu que nos úl-timos 12 anos mais de 5,5 milhões de pessoas “mor-reram como consequência das contínuas violências militares”.

O responsável da San-ta Sé recordou ainda a situação no Darfur, região ocidental do Sudão, falan-do em “milhares de pessoas que vivem em campos de refugiados”.

Segundo um relatório do ACNUR (Alto Comissa-riado das Nações Unidas para os Refugiados), publi-cado neste dia, o número de refugiados, requerentes de asilo e deslocados não pára de aumentar no mun-do e chegou a 44 milhões de pessoas em 2010. 80% destas pessoas encontram-

-se hoje nos países em de-senvolvimento e mais de um quarto da população de refugiados - cerca de 16 milhões em todo o mundo - encontra-se em três países: Paquistão, Irão e Síria.

Este domingo, Bento XVI evocou a celebração do dia dos refugiados, pe-dindo aos líderes políticos para garantirem uma esta-dia com dignidade aos que “são perseguidos e forçados a fugir dos seus países”.

O Papa falava na peque-na república de São Marino, vizinha da Itália, que nos últimos meses recebeu muitas pessoas vindas da Tunísia e da Líbia.

“No ano em que se co-memora o 60.º aniversário da Convenção Interna-cional que protege todos os que são perseguidos e forçados a fugir dos seus países, convido todas as autoridades civis e todas

as pessoas de boa vontade a garantirem o acolhimento e condições de vida dignas aos refugiados para que possam regressar à pátria livremente e em seguran-ça”, apelou.

A nível mundial, o AC-NUR assinalou este dia com o lançamento de uma nova campanha de sensibilização da opinião pública, intitula-da «One» (um).

O objectivo é passar a mensagem de que “Um re-fugiado sem esperança já é demais” que se liga com o apelo “Faça uma coisa!” da actriz Angelina Jolie, em-baixadora da boa vontade do ACNUR.

Em Portugal, o Con-selho Português para os Refugiados (CPR) celebra 20 anos de actividade sob o mote «Um refugiado sem esperança já é demais».

Segundo os dados divulgados por estes dias o nú-mero de refugiados no mundo inteiro ultrapassa os 44 milhões. Para que se tenha uma ideia, o número cor-responde a mais de 4 vezes a população de Portugal. A maioria de nós vive alheio a este problema, porque não parece atingir-nos directamente. Ouvimos falar, vemos imagens da televisão, mas a indiferença marca a nossa posição. Aliás a divulgação de imagens e o seu tratamento é feito de tal forma que acabamos por ficar mais sensibilizados pelas condições em que muitos vivem, do que com a realidade em si mesma. Até mesmo esta sensibilidade que nos toca está muitas vezes misturada com requintes de curiosidade mór-bida do que propriamente com preocupação genuína pela situação. E no entanto a realidade dos refugiados mina o planeta e torna-se uma das maiores causas de milhares e milhares de mortes.

O A.T. não falando propriamente dos refugiados, apresenta, no entanto, um conjunto de recomenda-ções e conselhos sociais que se traduzem num esforço por “acolher o estrangeiro”. Um avanço original em relação à mentalidade que, na época, apenas incen-tivava ao cuidado em relação ao irmão racial. A ideia

de acolher o estranho, aquele que vem de fora e até aquele que sendo de fora vive na mesma ter-ra, representa uma nova mentalidade que rompe com os preconceitos tão naturais da pertença a um grupo. De alguma forma, trata-se de algo anti-na-tural… entrando já na esfera do sobrenatural.

Por isso a religião es-teve sempre ligada a esta preocupação por acolher o estrangeiro. Aberto o horizonte, a preocupação estende-se até ao refugia-do e a todas as formas de exclusão (racial, religiosa,

social etc.). Mais um campo em que a Igreja esteve desde sempre na linha da frente.

A mim impressionou-me, e propositadamente estive atento, que nenhum dos noticiários que vi e ouvi no dia 20 (Dia Mundial do Refugiado), tivesse dado qualquer noticia sobre o assunto. Nenhum mesmo. Pena, porque no mesmo dia e no lugar onde esperava ver assinalado este dia, vi ser anunciado o “dia da cueca azul”, uma festa qualquer algures numa discoteca. Dá que pensar. A nossa sociedade chegou a um ponto em que os valores e os critérios de juízo estão completamente invertidos. Não nos afecta nada, a não ser enquanto ficção, a morte de milhares de irmãos nossos; e ao mesmo tempo deliramos com coisas mesquinhas sem pés nem cabeça. Que animal esquisito somos.

O Mensageiro quis destacar este assunto e re-lembrar nesta edição a mensagem do papa para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, celebrado em Janeiro, em que o Santo Padre abordou o tema. Fazemo-lo em nome dos 44 milhões que neste pre-ciso momento vivem esta triste condição de serem refugiados, e dos muitos milhares que entretanto morreram.

Dia Mundial do Refugiado - 2011

Vaticano lembra 44 milhões de refugiados

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3O Mensageiro23.Junho.2011 DESTAQUE

Queridos Irmãos e Irmãs!

O Dia Mundial do Migrante e do Refugiado oferece a oportuni-dade, a toda a Igreja, para reflectir sobre o tema relacionado com o crescente fenómeno da migração, para rezar a fim de que os corações se abram ao acolhimento cristão e trabalhem para que cresçam no mundo a justiça e a caridade, colunas para a construção de uma paz autêntica e duradoura. «Que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei» (Jo 13, 34) é o convite que o Senhor nos dirige com vigor e nos renova cons-tantemente: se o Pai nos chama para sermos filhos amados no seu Filho predilecto, chama-nos também para nos reconhecermos a todos como irmãos em Cristo.

Deste vínculo profundo entre todos os seres humanos surge o tema que escolhi este ano para a nossa reflexão: «Uma só família humana», uma só família de ir-mãos e irmãs em sociedades que se tornam cada vez mais multi-étnicas e intra-culturais, onde também as pessoas de várias re-ligiões são estimuladas ao diálogo, para que se possa encontrar uma serena e frutuosa convivência no respeito das legítimas diferenças. O Concílio Vaticano II afirma que «os homens constituem todos uma só comunidade; todos têm a mesma origem, pois foi Deus quem fez habitar em toda a terra o inteiro género humano (cf. Act 17, 26); têm, além disso, o mesmo fim último, Deus, cuja providên-cia, testemunho de bondade e de-sígnios de salvação se estendem a todos» (Decl. Nostra aetate,1). Assim, nós «não vivemos uns ao lado dos outros por acaso; estamos percorrendo todos um mesmo caminho como homens e por isso como irmãos e irmãs» (Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2008, 6).

O caminho é o mesmo, o da vida, mas as situações por que passamos neste percurso são di-versas: muitos devem enfrentar a difícil experiência da migração, nas suas diversas expressões: internas ou internacionais, per-manentes ou periódicas, econó-micas ou políticas, voluntárias ou forçadas. Em vários casos a partida do próprio país é esti-mulada por diversas formas de perseguição, de modo que a fuga se torna necessária. Depois, o próprio fenómeno da globalização característico da nossa época, não é só um processo socioeconómi-

co, mas comporta também «uma humanidade que se torna mais inter-relacionada», superando confins geográficos e culturais. A este propósito, a Igreja não cessa de recordar que o sentido profundo deste processo sazonal e o seu critério ético fundamen-tal são dados precisamente pela unidade da família humana e pelo seu desenvolvimento no bem (cf. Bento XVI, Enc. Caritas in verita-te, 42). Portanto, todos pertencem a uma só família, migrantes e po-pulações locais que os recebem, e todos têm o mesmo direito de usufruir dos bens da terra, cujo destino é universal, como ensina a doutrina social da Igreja. Aqui encontram fundamento a solida-riedade e a partilha.

«Numa sociedade em vias de globalização, o bem comum e o empenho em seu favor não po-dem deixar de assumir as dimen-sões da família humana inteira, ou seja, da comunidade dos povos e das nações, para dar forma de unidade e paz à cidade do homem e torná-la em certa medida ante-cipação que prefigura a cidade de Deus sem barreiras.» (Bento XVI, Enc. Caritas in veritate,7). É esta a perspectiva com a qual olhar também para a realidade das mi-grações. De facto, como já fazia notar o Servo de Deus Paulo VI, «a falta de fraternidade entre os homens e entre os povos» é causa profunda de subdesenvolvimento (Enc. Populorum progressio, 66) e – podemos acrescentar – incide em grande medida sobre o fenó-meno migratório. A fraternidade humana é a experiência, por vezes surpreendente, de uma relação que irmana, de uma ligação pro-funda com o próximo, diferente de mim, baseado no simples facto de sermos homens. Assumida e vivida responsavelmente ela ali-menta uma vida de comunhão e de partilha com todos, sobretudo com os migrantes; apoia a doação de si aos demais, ao seu bem, ao bem de todos, na comunidade po-lítica local, nacional e mundial.

O Venerável João Paulo II, por ocasião deste mesmo Dia celebra-do em 2001, ressaltou que «(o bem comum universal) abrange toda a família dos povos, acima de todo o egoísmo nacionalista. É neste con-texto que se considera o direito de emigrar. A Igreja reconhece-o a cada homem no duplo aspecto da possibilidade de sair do próprio País e a possibilidade de entrar num outro à procura de melhores condições de vida. » (Mensagem

para o Dia Mundial das Migrações 2001,3; cf. João XXIII, Enc. Mater et Magistra,30: Paulo VI, Octoge-sima Adveniens,17). Ao mesmo tempo, os Estados têm o direito de regular os fluxos migratórios e de defender as próprias frontei-ras, garantindo sempre o respeito devido à dignidade de cada pessoa humana. Além disso, os imigran-tes têm o dever de se integrarem no país que os recebe, respeitando as suas leis e a identidade nacio-nal. «Procurar-se-á então conjugar o acolhimento devido a todo o ser humano, sobretudo no caso de pobres, com a avaliação das condições indispensáveis para uma vida decorosa e pacífica tanto dos habitantes originários como dos adventícios» (João Paulo II, Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2001, 13).

Neste contexto, a presença da Igreja, como povo de Deus a caminho na história no meio de todos os outros povos, é fonte de confiança e esperança. De facto, a Igreja é «em Cristo, é como que o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano» (Conc. Ec. Vat. II, Const. Dog. Lumen gentium,1); e, graças à acção do Espírito Santo nela, «o esforço por estabelecer a universal fraternidade não é vão» (Ibid, Const. Past. Gaudium et spes, 38). De modo particular é a Sagrada Eucaristia que constitui, no coração da Igreja, uma fonte inexaurível de comunhão para toda a humanidade. Graças a ela, o Povo de Deus abraça «todas as nações, tribos, povos e línguas» (Ap 7, 9) não com uma espécie de poder sagrado, mas com o serviço superior da caridade. Com efeito, a prática da caridade, sobretudo em relação aos mais pobres e débeis, é critério que prova a autenticidade das celebrações eucarísticas (cf. João Paulo II, Carta apost. Mane nobiscum Do-mine, 28).

À luz do tema «Uma só família humana», deve ser considerada es-pecificamente a situação dos refu-giados e dos outros migrantes for-çados, que são uma parte relevante do fenómeno migratório. Em rela-ção a estas pessoas, que fogem de violências e de perseguições, a Co-munidade internacional assumiu compromissos bem determinados. O respeito dos seus direitos, assim como das justas preocupações pela segurança e pela unidade social, fa-vorecem uma convivência estável e harmoniosa.

Também no caso dos mi-grantes forçados a solidariedade alimenta-se na «reserva» de amor que nasce do considerar-se uma só família humana e, para os fiéis católicos, membros do Corpo Mís-tico de Cristo: somos de facto de-pendentes uns dos outros, todos responsáveis dos irmãos e das ir-mãs em humanidade e, para quem crê, na fé. Como já tive a ocasião de dizer, «Acolher os refugiados e dar-lhes hospitalidade é para todos um gesto obrigatório de so-lidariedade humana, para que eles não se sintam isolados por causa da intolerância e do desinteresse» (Audiência geral de 20 de Junho de 2007: Insegnamenti II, 1 [2007], 1158). Isto significa que todos os que são forçados a deixar as suas casas ou a sua terra serão ajudados a encontrar um lugar no qual vi-ver em paz e em segurança, onde trabalhar e assumir os direitos e deveres existentes no país que os acolhe, contribuindo para o bem comum, sem esquecer a dimensão religiosa da vida.

Por fim, gostaria de dirigir

um pensamento particular, sempre acompanhado da oração, aos estudantes estrangeiros e internacionais, que também são uma realidade em crescimento no âmbito do grande fenóme-no migratório. Trata-se de uma categoria também socialmente relevante na perspectiva do seu regresso, como futuros dirigen-tes, aos países de origem. Eles constituem «pontes» culturais e económicas entre estes países e os que os recebem, e tudo isto se orienta para formar «uma só fa-mília humana». É esta convicção que deve apoiar o compromisso a favor dos estudantes estrangei-ros e acompanhar a atenção pelos seus problemas concretos, como as dificuldades económicas ou o mal-estar de se sentirem sozinhos ao enfrentar um ambiente social e universitário muito diferente,

assim como as dificuldades de inserção. A este propósito, apraz--me recordar que «pertencer a uma comunidade universitária significa estar na encruzilhada das culturas que formaram o mundo moderno» (cf. João Paulo II, Aos Bispos dos Estados Uni-dos das Províncias eclesiásticas de Chicago, Indianapolis e Mi-lwaukee em visita «ad limina», 30 de Maio de 1998, 6: Insegnamenti XXI, 1 [1998], 1116). A cultura das novas gerações forma-se na escola e na universidade: depende em grande medida destas instituições a sua capacidade de olhar para a humanidade como para uma fa-mília chamada a estar unida na diversidade.

Queridos irmãos e irmãs, o mundo dos migrantes é vasto e di-versificado. Conhece experiências maravilhosas e prometedoras, as-sim como, infelizmente, muitas outras dramáticas e indignas do homem e de sociedades que se consideram civis. Para a Igreja, esta realidade constitui um sinal eloquente do nosso tempo, que dá mais realce à vocação da humani-dade de formar uma só família e, ao mesmo tempo, as dificuldades que, em vez de a unir, a dividem e dilaceram. Não percamos a es-perança, e rezemos juntos a Deus, Pai de todos, para que nos ajude a ser, cada um em primeira pes-soa, homens e mulheres capazes de estabelecer relações fraternas; e, a nível social, político e institu-cional, incrementem-se a compre-ensão e a estima recíproca entre os povos e as culturas. Com estes votos, invocando a intercessão de Maria Santíssima Stella Maris, en-vio de coração a todos a Bênção Apostólica, de modo especial aos migrantes e aos refugiados e a quantos trabalham neste impor-tante âmbito.

Castel Gandolfo,27 de Setembro de 2010

BENEDICTUS PP. XVI

Mensagem de Bento XVI para o 97.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado (2011)

“Uma só família humana”

DR

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CULTURA4 O Mensageiro23.Junho.2011

na nossa estante

Noite e dia da mesma Luz – Aspectos da poesiade Eugénio de AndradeFederico BertolazziEdições Colibri

Neste ensaio procurou-se compreender e descrever como se articulam o pensamento es-tético e a poética de Eugénio de Andrade, mostrando, através do rigor formal da sua escrita, como o “acto poético”, “este fogo de conhecimento que também é fogo de amor, em que o poeta se exalta e consome, é a sua moral. E não há outra”.

Infância e silêncio são os dois principais aspectos estudados e através dos quais se traça o cír-culo do ser. O ofício da poesia é aqui analisado aplicando a metodologia da crítica genética a todas as variantes dos poemas intitulados “Todas as águas” e “Com no pólen”, documentos que se encontram no espólio do poeta, bem como aos Primeiros Poemas, conjunto resultante da reelaboração de textos juvenis, primeiro renegados e depois – após mais de trinta anos so-bre a sua primeira publicação -, reacolhidos na obra canónica.

Oralidades – aoencontro de GiacomettiRui Arimateia (coord.)Edições Colibri

O Oralidades é um projecto que permite a troca de promo-tores de práticas culturais e de partilha de saberes que sobre essas práticas se vão construin-do e que juntou as Cidades de Évora, Mértola, Idanha-a-Nova, Ourense, Ravenna e Sliven. Dão-se a conhecer vozes, sons e palavras que desde o passado até aos nossos dias são testemunho de dinâmicas culturais. O corpus desse património imaterial assu-me-se assim como o mais rico re-positório de um equilíbrio entre a Natureza, o Homem e a passa-gem do Tempo, numa constante readaptação entre o meio e os seus habitantes. Conhecerem-se entre si é permitir uma abertura ao Mundo e a diferentes gera-ções de cidadãos, e uma perpe-tuação saudável de tradições que se não desejam cristalizadas ou enquistadas num Espaço e num Tempo fechado impenetrável. São pequenos tesouros que vão levar estas cidades a manterem entre si uma verdadeira frater-nidade cultural.

António Francisco Barata – Vida e ObraAntónio ReiEdições Colibri

No âmbito das Comemorações da vida e da obra de António Francisco Barata (1836-1910), historiador e investigador goiense, que se radicou e veio a falecer em Évora, as Câmaras Municipais de Évora e Góis leva-ram a cabo, de forma conjunta e articulada, a evocação deste homem das letras, cujo nome, entre outras formas evocativas perdura ainda hoje em artérias de ambas as localidades.

A estas Comemorações não ficou alheia a mais famosa instituição mecenática da cul-tura e da memória alentejana, a Fundação Eugénio de Almeida. Este estudo global sobre a vida e a obra de António Francisco bara-ta, e que aqui se apresenta, está naturalmente inserido nestas evocativas Comemorações.

Ficava em Angolae chama-se Nova LisboaInácio Rebelo de AndradeEdições Colibri

Quando tenho insónias; quan-do a saudade me entra cá fundo no peito e me acelera o bater do coração; quando isso acontece, mesmo de olhos fechados, vejo as avenidas, as ruas e as praças da cidade onde nasci. Passeio por lá até o sono chegar. Uma hora? Duas? Três? Mais? É espantoso!: como a memória consegue conservar durante tantos anos imagens que guar-dou um dia. Imagens sim, mas tão conformes, tão rigorosas, tão vivas quanto os seus origi-nais de antigamente. Foi para compartilhar essas recordares com os leitores (especialmente com os meus patrícios, que têm também insónias e as entretêm talvez como eu), que escrevi este livro. Foi bem sucedido? Será que os meus conterrâneos, ao verem cada fotografia e ao lerem cada legenda, se lembrarão dos luga-res por onde andaram tantas vezes e das pessoas com quem cruzaram (ou mesmo falaram) um dia? Espero (melhor, dese-jo) que sim!

Eleiçõese Sistemas Eleitoraisno Século XX PortuguêsAndré Freire (coord.)- Edições Colibri- Fundação Mário Soares- Instituto de História Contemporânea da Fac. de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

As eleições são um traço fun-damental dos regimes políticos modernos, sobretudo no caso dos regimes liberais-democráti-cos. Mesmo os regimes autoritá-rios e totalitários não resistiram a utilizar o mecanismo eleitoral como forma de pelo menos si-mular uma governação baseada no consentimento dos governa-dos. Neste volume analisam-se pois as eleições e os sistemas eleitorais nos diferentes regimes políticos portugueses (séculos XIX-XXI) de uma forma histórica e comparativa. A análise é feita por reputados especialistas em cada períodos e/ou tópico. Na última parte do livro, há ainda textos de deputados (do PS, PSD, CDS-PP, BE e PCP) fornecendo a visão dos respectivos partidos sobre o funcionamento do sistema político e as eventuais reformas eleitorais.

Feiras e Mercadosde OdivelasLuís de Sousa Peixeira- Edições Colibri- Câmara Municipal de Odivelas

Esta obra faz parte do Progra-ma de Acção “Reabilitação do Centro Histórico de Odivelas”, no âmbito do PORLISBOA, e insere-se no eixo de acção 5 “Ac-tividades de valorização cultural e promoção turística”. Dá início à publicação de um conjunto de estudos que têm como objectivo principal contribuir para a pre-servação da memória do Centro Histórico de Odivelas, promo-vendo o reconhecimento, não só da sua dimensão histórica, mas também afectiva. Aqui se recor-dam os almocreves, as primeiras feiras e os tipos de mercados e feiras no reinado de D. Dinis, figura incontornável da história de Portugal e alma simbólica do Centro Histórico de Odivelas. Mas também se relembram os diversos mercados do termo de Lisboa e os seus regulamentos, alguns deles ainda persistindo metamorfoseados e relocaliza-dos, tendo constituído ao longo de séculos a rede abastecedora primária da capital.

Cinco autores, cinco olharesN.º 5 da “Perspectivas”

Uma imagem. Uma palavra. Foi este o mote dado a cada um dos cinco autores leirienses que a ecO – Associa-ção Cultural convidou a escrever uma micronarrativa. Das suas abordagens pessoais resultam cinco perspectivas, o título da quinta edição da publicação da ecO.

António Cova, Paulo Kellerman, Paulo Moreiras, Pedro Miguel e Simão Vieira responderam positivamente ao desafio e emprestam a sua voz e pena literária a esta iniciativa da ecO, em que texto e imagem formam um postal ilus-trado de um determinado quotidiano leiriense. São estórias de perseverança e encontros com o acaso, cenas de ar-rebatamento, olhares sobre a ironia da dor, devaneios obsessivos.

O lançamento da perspectivas nú-mero cinco tem lugar dia 25 de Junho de 2011, pelas 17h00 na Biblioteca Muni-cipal Afonso Lopes Vieira, em Leiria. A festa de lançamento prossegue a partir das 22h00, no Praça Caffé, com direito a algumas surpresas.

Várias iniciativas agendadasFins-de-semana no Castelo de Leiria

Nos meses de Julho, Agosto, Setembro e Outubro, os fins- -de-semana no Castelo de Leiria serão plenos de animação.

“Castelo de sons”, “Ceias com História”, “Castelo d’Actores” e “Yoga no Castelo” são as ini-ciativas que vão promover esta animação, à qual os leirienses irão com certeza aderir de forma entusiástica.

Já em Maio e Junho, algumas destas iniciativas tiveram lugar com um sucesso assinalável. Nos próximos meses, o Castelo com a sua beleza e especial “magia” irá cativar leirienses e visitantes a experimentarem momentos cul-turais e históricos, aos quais se associa a meditação e o exercício proporcionados pelo Yoga.

Ler um Livro, pode ter resultados sur-preendentes ao nível do conhecimento e do exercício da cidadania. Saber pegar um livro, levá-lo para ler e depois devolvê-lo ao mesmo lugar onde foi encontrado, é uma forma supe-rior de praticar essa cidadania…

No dia 16 de Junho, foi apresentado o pro-jecto “Ler com Cidada-nia”, na sede da Junta de Freguesia de Leiria, lançando uma ideia de cidadania e incentivo à leitura, proporcionando aos leirienses o acesso a livros de autores portugueses. Os livros foram colocados no banco junto à sede da junta de freguesia, num muro do jardim no Largo da Câmara Municipal, num muro do jardim no largo da Fonte Luminosa e num

banco junto ao rio do Jardim de Sto. Agostinho. Estes livros podem ser levados para casa, se-rem lidos com a condição de os devolver, no prazo de quinze dias, no mesmo local onde foram encontrados.

Iniciativa da Junta de Freguesia de Leiria

Projecto “Ler com Cidadania”

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5O Mensageiro23.Junho.2011 CULTURA

CINEMASTeatro Miguel Franco (Leiria)• A CIDADE DOS MORTOS | documentário | de Sérgio Tréfaut | 27 a 30 Jun,

21h30; dia 29, 18h30 e 21h30Cine-Teatro de Monte Real• ARTUR 3 - A GUERRA DOS DOIS MUNDOS | animação | de Luc Besson |

24 de Junho, 21h30Cine-Teatro Actor Álvaro - Vieira de Leiria• A ÁRVORE DA VIDA | drama | de Terrence Malick | c/ Brad Pitt, Sean Penn,

Jessica Chastain e Fiona Shaw | 25 de Junho, 21h30

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSTeatro Miguel Franco - Leiria•”Em Viagem” (~24/06)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”O beijo da palavrinha” - contos e cantigas ( 24 e 29/06, 11h e 15h)m|i|mo -Museu de Imagem e Movimento - Leiria•”Ver,imaginar e criar até onde a imaginação te levar” (25/6, 15 e 16h)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”A gansa tolinha” - hora do conto (2ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)Praia - Pedrogão• Festival da Sadinhada (~26/06)Associação Recreativa Amarense - Batalha• VII Torneio de Futsal (~9/07)

EXPOSIÇÕESTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Expressões” - pintura de Kim Cruz (~30/06)Teatro Miguel Franco - Leiria•”Olhares” - fotografia (~25/06)Biblioteca José Saramago - IPL Leiria•”Cores de Leiria” - pintura de Arnaldo Barateiro (~30/06)m|i|mo -Museu de Imagem e Movimento - Leiria•”Oficina do Olhar” (exposição permanente)•”Provas de cor” - arte da fundação EDP (~23/10)•”About the neck tie” - fotografia de Dietmar Schmaler (~2/07)•”The animation workshop” - cinema de animação (~30/06)Centro de Interpretação Ambiental - Leiria• Trabalhos escolares (~31/06)Biblioteca Municipal - Marinha Grande• José Saramago - divulgação de livro (~30/06)Museu Joaquim Correia - Marinha Grande•”Retratos” (3ªs~6ªs)Agromuseu Municipal Dona Julinha - Ortigosa•”Jogos e brincadeiras de outros tempos” (~31/08)Galeria Mouzinho de Albuquerque - batalha•”Se não existisse era inventado” - Eduardo malé (~30/06)Galeria dos Paços do Concelho -Tomar• Joaquim Rodrigo - pintura (~30/06)Museu Marquês de Pombal - Pombal•”Pombal Iluminista” (~30/06)Paços do Município - Pombal•”Pombal e a Guerra Peninsular 1811-2011” (~30/06)

As Escolas de Música e de Dança do Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA), vão mostrar ao público como é aprender música e dança na EMOL e na EDOL, encerrando o ano lectivo com a realização dois espectáculos, de en-trada livre, protagonizados por alunos e professores. Os espectáculos realizam- -se nos dias 22 e 25 de Ju-nho, numa iniciativa que pretende dar a conhecer o trabalho desenvolvido ao longo do ano lectivo 2010/2011.

«Um dos objectivos sempre presentes no tra-balho que temos vindo a desenvolver ao longo dos anos, é suscitar o interesse e permitir o envolvimento da comunidade em tudo o que fazemos», explica Hen-rique Pinto, presidente do OL CA, e estes espectácu-los, abertos ao público, «são uma excelente oportunida-de para mostrar o trabalho que temos vindo a desen-volver, os nossos grandes talentos, entre alunos e professores», acrescenta.

O concerto da EMOL

realizou-se no dia 22 de Junho, no Auditório José Neto, no OL CA, às 21h00. Protagonizado por alunos solistas e pelas classes de conjunto desta escola.

A EDOL assinala o encerramento do ano lec-tivo com um espectáculo que se realiza no dia 25 de Junho, às 21h30 no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria. Na primeira parte do espectáculo será apresentado o bailado “A Menina sem Nome”, uma adaptação do conto da au-toria de Carolina Antunes,

aluna da EDOL, numa cria-ção conjunta dos diversos professores da escola, e que contará com a partici-pação de todos os alunos. Na segunda parte serão in-terpretadas as coreografias “Porto Que Sinto”, “Cordas II”, “Que todos os Ais São Meus” e “Soluço dos Seres”, da autoria da coreógrafa Ca-tarina Moreira, e ainda “De Pés a Rés”, um trabalho de-senvolvido pelas alunas da disciplina de Composição Coreográfica da EDOL, sob orientação da professora Catarina Moreira.

Conservatório de portas abertas à comunidade

Aprender música e dança com o Orfeão

O Festival Música em Leiria (FML), este ano sob o mote “A Ilha”, vai encer-rar a sua 29.ª edição com os espectáculos “Fairest Isle” e “La Serenissima”. O primeiro dos dois espec-táculos será protagonizado pela solista Ana Quintans e pelos Músicos do Tejo (fo-tos de cima), no dia 30 de Junho, às 21h30, na Igreja de São Francisco, em Leiria. Já no dia 2 de Julho, sábado, será a vez dos Divino Sospi-ro (foto de baixo), dirigidos por Enrico Onofri, se apre-sentarem no Claustro do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, pe-las 21h30.

Os concertos protago-nizados por Ana Quintans e pelos Divino Sospiro são as últimas paragens desta viagem proposta pela di-recção artística do Festival Música em Leiria 2011 que, ao longo dos espectáculos apresentados, «permitiu experimentar o misterio-so, o regresso às origens, o isolamento, mas também o paradisíaco» como afirma Miguel Sobral Cid, director

artístico do Festival, no balanço que faz da edição deste ano.

Ana Quintans e Músicos do Tejo, Igreja de São Francisco, Leiria

A soprano Ana Quin-tans e os Músicos do Tejo, constituídos por Pedro Cas-tro, Florian Deuter, Monica Weisman, Paulo Gaio Lima

e Marcos Magalhães, pro-tagonizam o espectáculo “Fairest Isle”, oferecendo um repertório inteiramen-te composto pela obra do compositor britânico Hen-ry Purcell. O espectáculo, apresentado na Igreja de São Francisco, promete uma “ilha dos amores” acolhe-dora e cheia de paisagens variadas, inspiradas pelo

romantismo do compositor inglês, que mistura na sua obra as particularidades da música francesa, da música italiana e o tradicionalismo da música inglesa.

Divino Sospiro, Claustro do Mosteiro de Santa Ma-ria da Vitória, Batalha

“La Sereníssima” é o nome do espectáculo ofere-cido pelos Divino Sospiro, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, naquele que será o último concerto da 29.ª edição do Festival Música em Leiria. Sob a direcção do maestro Enrico Onofri, a orquestra vai proporcionar uma viagem pelas águas do Mar Adriático até à ilha de Veneza, local de conver-gência e partilha musical do séc. XVII. O espectáculo pretende celebrar o esplen-dor da tradição musical ve-neziana, num concerto em que serão interpretadas obras dos compositores italianos Dario Castello, Giovanni Gabrieli, Giovan-ni Legrenzi, Antonio Vival-di, Baldassarre Galuppi e Tomaso Albinoni.

Festival Música em Leiria encerra 29ª edição

A ilha mais bela e a ilha mais serena

A peça de Simon Ste-phens “Um Precipício no mar” sobe ao palco do Te-atro José Lúcio da Silva no dia 23 de Junho, às 22h00.

As coisas correm bem a Alex. Ama a sua mulher, a sua filha, a sua cidade, o seu trabalho… mas, por vezes,

a força da vida pode bater contra nós. E tudo pode ser--nos tirado. Alex nunca dá voz às palavras cruéis que pronunciou naquele dia. Mas podemos imaginá-las. Simon Stephens leva-nos subtilmente, em tom de confidência, ao ponto

em que nos basta apenas preencher as palavras não ditas. Monólogo perfeito de trinta minutos, parece a história trivial de um jovem amor, da paternidade e da família, mas com a ratoeira de uma tragédia sem senti-do. Pode ser Deus respon-

sável pela beleza da vida e também pela crueldade inexplicável?

Esta peça, sobre a fa-mília, o medo e a perda, é como um falso mar calmo debaixo do qual se escon-de uma corrente violenta de mágoa e tristeza.

Black Box em Leiria

“Um precipício no mar”

Comemorações800 Anos da freguesia de Espite

A freguesia de Espite está a realizar várias activi-dades culturais e lúdicas, de 22 a 26 de Junho, para assinalar a passagem dos 800 anos da sua existência. Durante estes dias há tasquinhas, uma exposição de fotografias e utensílios antigos e, ao final das tardes, animação musical, teatro, folclore e jogos.

No dia 25, às 18h00, no salão da igreja, realiza-se um colóquio sobre Espite, intitulado “Passado, Presente e que Futuro”, com os oradores Saul António Gomes, historiador e professor universitário, e Paulo Fonseca, presidente da Câmara Municipal de Ourém.

No domingo, será celebrada a missa em honra de S. João Batista (Padroeiro) às 15h00, seguindo-se a recepção das entidades oficiais, abrilhantada pela Fanfarra dos Bombeiros de Ourém, descerramento de uma placa, homenagem a algumas personalidades, actuação da Orquestra de Sopros de Ourém e do Coro Colliponensis, terminando com sardinhada e desfile de marchas populares.

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SOCIEDADE6 O Mensageiro23.Junho.2011

XIX Governo Constitucional tomou posse

Passos Coelho quer “pacto de confiança” em tempo de “tormentas”

O XIX Governo Constitucional tomou posse às 12h00 do dia 21 de Junho, no Palácio da Ajuda. No seu discurso, o novo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que os portugueses esperam de si “que lhes fale com franqueza e que poupe nas palavras”, advertindo que vêm aí “mais tormentas”. Nesse ce-nário, quer um “novo pacto de confiança” entre o seu Governo e os portugueses, para enfrentar os actuais “tempos difíceis”.

“Esta tomada de posse marca a celebração de um pacto de confiança, mas também de responsabilidade e de abertura entre o Governo e a sociedade portuguesa. Um novo pacto de confiança, responsabilidade e aber-tura é imprescindível para a resolução dos problemas nacionais e para retomar a prosperidade”, afirmou Passos Coelho na cerimónia.

O chefe do Governo defendeu ainda que deve ser feita uma “revisão da arquitectura do sistema de justi-ça” e apontou a reforma deste sector como prioritária. “Simplificação processual, avaliação de desempenho dos agentes, gerir bem os tribunais, incrementar a justiça arbitral, são medidas cruciais para tornar a jus-tiça mais célere, mais eficaz, mais transparente, mais confiável, numa palavra, para termos uma justiça mais justa”, considerou.

Segundo o primeiro-ministro, “nenhum outro sector clama mais por confiança, responsabilidade e abertura do que a justiça”, que “afecta quase todos os domínios” da vida do País, incluindo a dinâmica empresarial.

O novo executivoPara o novo Governo, Passos Coelho compôs a equi-

pa mais reduzida desde 1976. São 11 os ministros do executivo partilhado por PSD e CDS-PP.

Os titulares das pastas das Finanças, Vítor Gaspar, e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, são também ministros de Estado.

Para a pasta da Defesa, a escolha recaiu sobre José Pedro Aguiar Branco. Miguel Macedo é o novo minis-tro da Administração Interna e Paula Teixeira da Cruz ocupa-se da pasta da Justiça. Miguel Relvas, até agora secretário-geral do PSD, tomou posse como ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares.

À frente do Ministério da Economia e Emprego está Álvaro Santos Pereira. Assunção Cristas, do CDS-PP, é a ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território. Pedro Mota Soares deixa o cargo de líder parlamentar dos democratas-cristãos para assumir a pasta da Solidariedade e Segurança Social.

Paulo Macedo sucede a Ana Jorge no Ministério da Saúde e Nuno Crato é o ministro da Educação e Ensino Superior.

Os social-democratas Carlos Moedas e Luís Mar-ques Guedes tomaram posse, respectivamente, como secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro e secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.

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A Câmara Municipal de Leiria deliberou, por maio-ria, solicitar autorização à Assembleia Municipal de Leiria para proceder à alienação parcial do Está-dio Dr. Magalhães Pessoa, através de hasta pública, como forma de rentabilizar aquela infra-estrutura, que se traduz num encargo anu-al de 5,4 milhões de euros de serviço da dívida para a Autarquia.

O Presidente da Câma-ra Municipal de Leiria, Raul Castro, avançou com dois cenários possíveis: alienar as fracções corresponden-tes ao estádio (relvado, bancadas, etc.), ao esta-cionamento subterrâneo e ao topo Norte (à excepção de uma área de 2000 m2

para instalar o Centro As-sociativo Municipal), por 63 milhões de euros. Ou, em alternativa, alienar as fracções correspondentes ao topo Norte e ao estacio-namento, pelo montante de 24 milhões de euros.

Em conversa com jornalistas, Raul Castro confirmou a existência de “manifestações de interes-se” em relação à compra do topo Norte e do estaciona-mento. Esclareceu, contu-do, que caso esse cenário

se verifique, os 24 milhões de euros serão utilizados para negociar o emprésti-mo de 20 milhões de euros contraído pela Leirisport, empresa municipal que gere as infra-estruturas des-portivas do concelho, mais encargos de regularização fiscal e outros.

O autarca ressalvou que a alienação daqueles espaços permitirá não só recuperar o montante que ali foi investido como será uma forma de dinamizar aquele espaço. “Quem votou em nós não está à espera que fiquemos de braços cruzados. Em termos de gestão, estamos a fazer o melhor para defender os interesses de Leiria.”

Para recuperar situação financeira

Câmara de Leiria quer vender estádio...

Outra decisão aprova-da por maioria foi pedir à Assembleia Municipal a aprovaçãode para abrir um concurso público interna-cional para concessionar o sistema de águas e sanea-mento, pelo período de 30 anos. Esta posição resulta do impasse criado pela Águas de Portugal para estabelecer uma parceria com Leiria e mais 12 mu-nicípios, que permitiria au-mentar a taxa de cobertura de 74 para 94%.

Raul Castro propõe como condições para concessionar os Serviços

Municipais de Água e Sa-neamento (SMAS) de Leiria que a sede da nova empresa seja no concelho de Leiria; a aquisição de todo o mate-rial existente em armazém; e a compra de mobiliário, equipamento informático e veículos existentes. O pre-sidente determinou ainda que o novo concessionário tem de arrendar os imóveis ocupados pelos SMAS que são pertença da autarquia; actualizar o tarifário nos próximos cinco anos de forma condicionada; dar conhecimento do plano de execução dos investimen-

tos a realizar no prazo de oito anos; e efectuar um adiantamento de 40% das rendas. O autarca garantiu ainda a manutenção de todos os postos de traba-lho dos funcionários dos SMAS.

“Perante a pressão de aproveitamento dos fun-dos comunitários e atentas as dificuldades financeiras do Município de Leiria, não podemos manter por mais tempo a indefinição na de-terminação de uma solução que permita executar inves-timentos para aumentar a taxa de cobertura de sane-

amento, evitando, conti-nuar a protelar a busca de uma solução, que sirva os interesses das populações envolvidas”, explicou Raul Castro.

Face a esta situação, o autarca lamenta que a opo-sição tenha votado contra. “Algumas pessoas põem os interesses partidários acima dos interesses dos cidadãos, criando obstáculos para que não se faça obra”, afirmou, durante um encontro com jornalistas.

... e concessionar água e saneamento

As praças centrais da cidade de Ourém estão a ser intervencionadas, com o objectivo da sua requali-ficação e revitalização, de modo a proporcionarem “uma maior vivência dos espaços e potenciarem o co-mércio tradicional”. A praça Dr. Agostinho Albano de Al-meida está já na fase final de intervenção, com a colo-cação de um parque infan-til e um espaço ajardinado, que permitirá um melhor usufruto dos cidadãos. De seguida, será intervencio-nada a praça Mouzinho de

Albuquerque, onde serão instalados equipamentos que permitirão uma di-nâmica permanente, no-

meadamente, a realização de concertos e animação diversa. Por último, será a vez da praça da República,

criando maior número de estacionamentos para facilitar a deslocação dos munícipes para o centro.

“Estamos a fazer inter-venções graduais, à medida do que podemos, preten-dendo com estas acções re-qualificar espaços nobres da cidade, que queremos que sejam pontos de encontro dos oureenses. Queremos aproximar os oureenses da nossa cidade, potenciando novas vivências e maior qualidade de vida”, afirmou o presidente da autarquia, Paulo Fonseca.

Município quer mais pessoas no centro da cidade

Nova vida para as praças de Ourém

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7O Mensageiro23.Junho.2011 SOCIEDADE

A AKI – Bricolage, De-coração e Jardim, seguindo a sua política de responsa-bilidade social, efectuou, no dia 17 de Junho, uma intervenção na casa de fé-rias da Cáritas da Diocese de Leiria-Fátima, na praia do Pedrógão. Num só dia, os quadros superiores da empresa, efectuaram re-modelação no imóvel, com a limpeza, pintura de pare-des, criação de novos am-bientes e dotando a casa de novos equipamentos que tornará mais funcional e cómodo o dia-a-dia das crianças e monitores que ali estarão nas férias do próximo Verão.

Este é o primeiro projec-to desta dimensão da AKI, envolvendo 210 funcioná-rios, essencialmente das chefias de lojas e dos ser-viços centrais mas também de directores-gerais que não

deixaram de “deitar mãos à obra”, concretizando uma intervenção que significou perto de 30 mil euros.

Rosário Leonardo, de 52 anos, assistente do director-geral da AKI em Portugal, descreveu ao O Mensageiro o que se fez na moradia da Cáritas, salien-tando que “valeu a pena en-volver tantas pessoas para tornar mais feliz o dia-a-dia de todas as crianças que mais precisam e nem por isso são esquecidas pela voz da Igreja Católica, nes-te caso específico a Diocese de Leiria-Fátima”. Assim, no exterior, a AKI proce-deu à instalação de uma piscina, mesas, cadeiras e toldo. No interior, fez-se a pintura e decoração de 11 camaratas, melhoraram-se as casas de banho e sala de formação. Dotou-se a casa com móveis, televisor, so-

fás, candeeiros, carpetes e almofadas. Também o hall foi alvo de melhoramentos, assim como a sala de mo-nitores.

A cave, zona mais de-gradada da cave “ficou um mimo”, assegurou Rosário Fernandes, descrevendo que “as paredes estavam muito estragadas mas fo-ram tratadas e pintadas, criaram-se dois ambientes novos (palco/teatro e o bar com cadeiras baixas e mais

altas), preparados para pe-quenos e graúdos.

Este contributo da AKI do dia 17 de Junho decor-reu das 9h30 às 17h00, resultando num esforço partilhado dos mais direc-tos responsáveis de toda a rede de lojas em Portugal, muitos deles sensibilizados para as causas sociais, sen-tindo que pequenos gestos significam muitas vezes grandes realizações.

Joaquim Santos

Casa da Cáritas recebeu oferta de materiais e mão-de-obra da AKI

COLÓNIA DE FÉRIAS DO PEDRÓGÃORENOVADA E MAIS BONITA

Fotos

: LMF

erraz

Está a decorrer na Praia do Pedrógão o 14.º Festival da Sardinha, que se prolon-gará até ao dia 26, junto à rotunda Sul. Na organização deste evento, que promove também a venda de artesa-nato regional, a Câmara Municipal de Leiria contou com a colaboração da Junta de Freguesia do Coimbrão e do Turismo Leiria-Fátima.

Entretanto, deverão es-tar concluidas até ao final da semana as intervenções que têm estado em curso, ao nível da regularização das areias, reconstrução

dos passadiços de madeira e adaptação dos balneários públicos, junto ao Centro Azul, a cidadãos portadores de deficiência.

Além destas medidas, a Câmara Municipal de Leiria

está a executar trabalhos de conservação do barco alusivo à arte xávega, que se encontra na rotunda da entrada Norte, adquirir novas papeleiras para o in-terior da povoação, reforçar

a pintura das passadeiras e retirar as lombas existentes no Casal Ventoso. A Praia do Pedrógão está ainda a ser embelezada com diver-sas espécies de plantas.

À semelhança de anos anteriores, a Câmara Mu-nicipal de Leiria irá dina-mizar o Centro Azul, espa-ço destinado à promoção da sensibilização ambiental, e irá promoverá o Programa Férias Sem Limites, dinami-zado pela Leirisport.

Com as obras de qualificação em curso

Festival da Sardinha anima Pedrógão

Entre os dias 1 de Julho e 9 de Setembro, às sextas-feiras, pelas 22h0, o Jardim Luís de Camões irá receber a iniciativa “Bailes de Verão”, promovida pela Câmara Municipal de Leiria, em cola-boração com as filarmónicas do

Concelho.“Bailes de Verão” irá desafiar

os leirienses e todos os que visi-tam Leiria para que, nos meses de Verão, usufruam de espectáculos memoráveis, participando nos mesmos através da dança. Pela

actividade cultural e social que desenvolvem, nomeadamente na formação artística dos mais jovens, as Filarmónicas do Con-celho contribuem para manter vivo o património musical da região. Com os “Bailes de Ve-

rão”, irar-se-á permitir a todos em geral, o usufruto do vasto e rico reportório musical que man-tém viva a tradição de gerações de leirienses.

As sextas-feiras em Leiria se-rão uma atracção nas noites quen-

tes da época estival e prometem muita festa e alegria para todas as idades. O tradicional “baile” que alguns recordam com saudade e a outros desperta a curiosidade está de regresso.

Bailes de Verão em Leiria

Iniciativas ACILISMercado Stock

Nos dias 24 e 25 de Junho, a ACILIS vai promover no Mercado Municipal, em Leiria, o Mercado Stock. Esta será uma feira de stocks aberta a todos os sectores de actividade, onde poderão ser encontrados todo o tipo de produtos à venda, com descontos que poderão chegar aos 70%. A iniciativa irá ainda contar com um vasto programa de animação.

Casting de jovens modelosA ACILIS vai pro-

mover uma selecção de jovens modelos, para participação nos eventos de moda que irá promover até final do ano. As incrições es-tão abertas a jovens de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 16 e os 24 anos e irá decorrer no Mercado Municipal, em Leiria, nos dias 24 e 25 de Junho. As inscrições estão abertas na sede da ACILIS ou através do email [email protected].

Festa para toda a comunidade educativa

Colégio de São Miguel comemorou final de ano

O Colégio de São Miguel, no dia 9 de Junho, come-morou mais um final de ano lectivo como uma grande festa para toda a comunidade educativa e para aqueles que se quiseram juntar a nós. O ambiente de festa era visível um pouco por todo o lado… nas tasquinhas po-díamos encontrar comidas e bebidas – pizzas, cachorros quentes, porcos no espeto, doces, café e filhós e sandes variadas. A decoração ficara a cargo dos alunos do 2º ciclo que, embelezaram o recinto com caixas de papelão forradas com uma figura marcante, portuguesa ou não, dos últimos 50 anos!!!

Alguns alunos vieram caracterizados e houve um pequeno desfile que não deixou ninguém indiferente! No palco, uma mostra de variedades: músicas interpre-tadas por alunos dos diferentes anos lectivos, danças (hip-hop, sevilhanas), muita animação e um concerto final, como se vem tornando hábito, a cargo de antigos alunos.

Os alunos do 12º ano agradeceram os momentos passados no Colégio e “despediram-se” de toda a co-munidade.

LMFerra

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ECLESIAL8 O Mensageiro23.Junho.2011

Desde o século XII, quase não há em Portugal cidade ou lugar que pres-cinda da celebração da festa do Corpo de Deus, invocadora do “triunfo do amor de Cristo pelo Santíssimo Sacramento da Eucaristia”.

A Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cris-to, conhecida popularmen-te como “Corpo de Deus”, começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade de Liège, na actual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula “Transitu-rus”, em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios.

Na origem, a solenidade constituía uma resposta a heresias que colocavam em causa a presença real de Cristo na Eucaristia, tendo-se afirmado também como o coroamento de um movimento de devoção ao Santíssimo Sacramento.

Teria chegado a Portugal

provavelmente nos finais do século XIII e tomou a denominação de Festa de Corpo de Deus, embora o mistério e a festa da Euca-ristia seja o Corpo de Cris-to. Esta exultação popular à Eucaristia é manifestada no 60° dia após a Páscoa e forçosamente a uma Quin-ta-feira, fazendo assim a união íntima com a Última Ceia de Quinta-feira Santa. Em alguns países, no entan-to, a solenidade é celebrada no Domingo seguinte.

Em 1311 e em 1317 foi novamente recomendada pelo Concílio de Vienne (França) e pelo Papa João XXII, respectivamente. Nos primeiros séculos, a Eucaristia era adorada publicamente, mas só du-rante o tempo da missa e da comunhão. A conservação da hóstia consagrada fora prevista, originalmente, para levar a comunhão aos doentes e ausentes.

Só durante a Idade Mé-dia se regista, no Ocidente,

um culto dirigido mais de-liberadamente à presença eucarística, dando maior relevo à adoração. No sé-culo XII é introduzido um novo rito na celebração da Missa: a elevação da hóstia consagrada, no momento da consagração. No século XIII, a adoração da hóstia desenvolve-se fora da mis-sa e aumenta a afluência popular à procissão do San-tíssimo Sacramento. A pro-cissão do Corpo e Sangue de Cristo é, neste contexto, a

última da série, mas com o passar dos anos tornou-se a mais importante.

Do desejo primitivo de “ver a hóstia” passou-se para uma festa da realeza de Cristo, na “Christiani-tas” medieval, em que a presença do Senhor bendiz a cidade e os homens.

Nos séculos XVI e XVII, a resposta às negações do movimento protestante que se expressou na fé e na cultura - arte, literatura e folclore - contribuiu para

avivar e tornar significati-vas muitas das expressões da piedade popular para com a Eucaristia.

A “comemoração mais célebre e solene do Sacra-mento memorial da Mis-sa” (Urbano IV) recebeu várias denominações ao longo dos séculos: festa do Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo; festa da Eucaristia; festa do Corpo de Cristo. Hoje denomina-se solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, tendo praticamente desa-parecido a festa litúrgica do “Preciosíssimo Sangue”, a 1 de Julho.

A procissão com o Santíssimo Sacramento é recomendada pelo Código de Direito Canónico, no qual se refere que “onde, a juízo do Bispo diocesano, for possível, para testemu-nhar publicamente a vene-ração para com a santíssima Eucaristia faça-se uma pro-cissão pelas vias públicas, sobretudo na solenidade do

Corpo e Sangue de Cristo” (cân 944, §1).

O cortejo processional da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo prolonga a Eucaristia: logo depois da missa, a hóstia nela consagrada é levada para fora do espaço celebrativo, a fim de que os fiéis dêem testemunho público de fé e veneração ao Santíssimo Sacramento.

A Igreja acredita que o Santíssimo Sacramento, ao passar no meio das cida-des, promove expressões de amor e agradecimento por parte dos fiéis, sendo também para fonte de bênçãos.

À semelhança das procissões eucarísticas, a festa do “Corpus Christi” termina geralmente com a bênção do Santíssimo Sacramento.

Na envolvência do ambiente próprio das fes-tas que por todo o pais se fazem na celebração da So-lenidade do Corpo e Sangue de Cristo (corpo de Deus), reflectimos e meditamos com Bento XVI sobre este mistério e suas implica-ções na vida da Igreja e dos cristãos. “Esta festa que assinalamos reflecte sobre três realidades: “O corpo físico de Jesus, nascido da Virgem Maria, o seu corpo eucarístico, o pão do céu que nos alimenta neste grande sacramento, e o seu corpo eclesial, a Igreja”.

O Espírito Santo que em Jerusalém desceu sobre os apóstolos, cinquenta dias depois da ressurreição de Jesus – naquele que é o momento por muitos considerado como o início da Igreja – é o mesmo que opera “em todas as celebra-ções da missa” através de uma dupla acção.

Por um lado, “santificar os dons do pão e do vinho,

a fim de que se tornem o corpo e sangue de Cristo” e, depois, “encher aqueles que são alimentados por es-tes santos dons, para que se possam tornar um só corpo e um só espírito em Cristo. Ao simbolismo do corpo, que manifesta a necessida-de de congregar diferentes órgãos num mesmo objecti-vo, se junta a imagem dos grãos de trigo que, uma vez moídos, fazem um só pão, acentuando uma vez mais que a diferenciação deve conduzir à unidade.

Cada um de nós que pertence à Igreja tem necessidade de sair do mundo fechado da própria individualidade e aceitar a companhia daqueles que dividem o pão com ele. Não devo mais pensar a partir de ‘eu próprio’ mas de ‘nós’. É por isso que todos os dias rezamos ao ‘nosso’ Pai pelo ‘nosso’ pão de cada dia. O processo que une e transforma os grãos isolados num só pão apre-

senta-nos uma imagem su-gestiva da acção unificadora do Espírito Santo sobre os membros da Igreja, reali-zada de maneira notável através da celebração da Eucaristia. Por isso aqueles que tomam parte neste grande sacramento tornam-se o Corpo eclesial de Cristo

quando se alimentam do seu Corpo eucarístico.

Abater as barreiras en-tre nós e os nossos vizinhos é a primeira premissa para entrar na vida divina à qual somos chamados, pelo que temos necessidade de sermos libertados de tudo aquilo que nos bloqueia e

que nos isola. Somos con-vidados a “ser Cristo” para aqueles que nos rodeiam, não para fazer memória de um herói morto, prolongan-do o que ele fez, mas pelo facto de ele viver em nós, seu corpo, a Igreja, seu povo sacerdotal.

Recordemos a primei-

ra comunidade cristã tal como é descrita no livro bíblico dos Actos dos Após-tolos, em que todos os seus membros estavam prontos a morrer uns pelos outros, sentimento que não se limitava aos seus amigos crentes, o que fez com que a mensagem evangélica se tivesse espalhado por todo o Médio Oriente e daqui ao mundo inteiro.

Hoje somos chamados a superar as nossas dife-renças, a levar paz e recon-ciliação onde há conflitos, a oferecer ao mundo uma mensagem de esperança. Somos chamados estender a nossa atenção aos neces-sitados, dividindo genero-samente os nossos bens terrenos com aqueles que são menos afortunados que nós. E somos chamados a proclamar incessantemen-te a morte e ressurreição do Senhor, até que Ele venha.

A propósito do Corpo e Sangue de Cristo

Papa pede comunhão com Deus, a Igreja e o mundo

Corpo de Deus

Uma festa com mais de sete séculos

DRDR

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9O Mensageiro23.Junho.2011 DIOCESE

BrevesComunidade da Visitação de Santa Maria75 Anos com a Batalha

No próximo dia 25 de Junho, a Comunidade da Visi-tação de Santa Maria completa 75 Anos da sua chegada à Faniqueira, Batalha. Assim, as irmãs fazem um convite aos amigos e conhecidos para se unirem à sua Acção de Graças na Santa Missa, que será celebrada na Capela da Visitação às 17h00.

Meses de Junho, Julho e AgostoFestas Religiosas na Diocese

Tradicionalmente, nos meses de Verão, com a chegada dos imigrantes, intensifica-se as festividades religiosas na Diocese.

Para além de proporcionarem momento de encontro e convívio, elas são essencialmente homenagem dos crentes aos seus Santos Padroeiros.

Na impossibilidade de reproduzirmos o programa de cada uma das festas de que vamos tendo conhecimento, deixamos as datas, das que chegaram até nós:

Dias 29 de Junho a 3 de Julho, em Porto de Mós, Festa em honra de S. Pedro;

Dias 1, 2 e 3 de Julho, na Cruz da Areia, Festa em honra da Rainha Santa Isabel;

Dias 16, 17 e 18 e Julho, na Amoreira, Cortes, Festa em honra de Santa Bárbara;

Dias 23, 24 e 25 de Julho, na Reixida, Cortes, Festa em honra de santa Marta;

Dias 30 e 31 de Julho, no Telheiro, Festa em honra da Imaculada Conceição

Dias 1, 2, 3 e 4 de Agosto, nos Marrazes, Festa em honra do Santíssimo Salvador;

Dias 6, 7 e 8 de Agosto, na Barreira, Festa em honra do Santíssimo Salvador.

“Aprofundar a fé e a formação”Curso de formação de catequistas

As Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus, com a colaboração do Serviço da Catequese da diocese de Leiria-Fátima, realizam um curso geral de formação de catequistas, de 21 a 28 de Agosto, no centro catequético, em Fátima. Destina-se a catequistas que “te-nham concluído o curso de iniciação e possuam alguma experiência de catequese” – informa um comunicado enviado à Agência ECCLESIA. Esta actividade catequética pretende “ajudar os catequistas a aprofundarem a fé e a sua formação inicial” e “proporcionar uma preparação geral para o desempenho adequado da sua missão na Igreja” – realça o documento assinado pela irmã Raúla Margarida Neves Abreu, directora do centro catequético. O curso geral completo efectua-se, intensivamente, em duas etapas, isto é, em dois anos consecutivos.

«Os desafios de Bento XVI à Igreja em Portugal e o Apostolado da Oração»Retiro em Fátima

No passado dia 19 de Junho mais de 150 pessoas marcaram presença no retiro anual promovido pelo Apostolado da Oração (A.O.). Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a organização do evento refere que esta iniciativa teve como tema «Os desafios de Bento XVI à Igreja em Portugal e o Apostolado da Oração», incluindo várias conferências e “momentos de oração pessoal”.

O Secretariado Nacional do Apostolado da Oração é uma obra da Companhia de Jesus (jesuítas).

A Escola Diocesana Razões da Esperança, que surgiu no ano lectivo 2007/08, continua a sua missão de estímulo, apoio e acompanhamento da formação de leigos adultos para que possam cumprir sempre melhor a sua mis-são no mundo e na Igreja uma vez que compete aos leigos, oportunamente formados, a missão de

transmitir a mensagem do Evangelho nos ambientes da sociedade.

No primeiro Semestre do próximo ano lectivo, repete-se a disciplina de “Igreja e missão” e, para os que já a frequentaram propomos, no espírito do projecto pastoral da Dioce-se, a disciplina “Cristãos, fermento da sociedade”.

A Escola tem a abertura

solene marcada para o dia 27 de Setembro de 2011, com uma celebração pre-sidida pelo Senhor Bispo e depois as aulas seguirão o habitual ritmo quinzenal, a saber:

1º SemestreDias 11 e 25 de Outu-

bro, 8 e 22 de Novembro, 6 e 20 de Dezembro e 3 e 17 de Janeiro.

2º Semestre

31 de Janeiro, 14 e 28 de Fevereiro, 13 e 27 de Março, 10 e 24 de Abril e 8 e 22 de Maio

O encerramento será no dia 5 de Junho.

A ficha de inscrição e mas informações en-contram-se na página www.leiria-fatima.pt/cfc.

Escola Diocesana Razões da Esperança

Programa do ano lectivo 2011/12

No próximo dia 9 de Julho realiza-se a paróquia da Boa Vista realiza o “O Passeio da Paróquia” com destino a Castelo Branco, Idanha-a-Velha e Sortelha.

A saída será pelas 7h30, junto da igreja paroquial de

Boa Vista. Durante a ma-nhã os participantes irão visitar a cidade de Castelo Branco, terminando com a celebração da missa, na igreja de Nossa Senhora de Mércoles, e o almoço num restaurante das proximida-

des. À tarde irão conhecer as aldeias históricas de Ida-nha-a-Velha e Sortelha.

Para a viagem, incluindo o almoço e os bilhetes de visitas, para as pessoas que colaboram em alguma acti-vidade da Paróquia, pede-se

um valor de 10,00�; para os restantes acompanhantes solicita-se a colaboração de 25,00�. As inscrições fazem-se no cartório paro-quial, com a maior brevida-de possível.

Castelo Branco, Idanha-a-Velha e Sortelha

Passeio da Paróquia de Boa Vista

O Grupo Missionário Ondjoyetu está a preparar o envio de um contentor com diversos materiais de apoio aos trabalhos que a equipa missionária da nossa dioce-se de Leiria-Fátima realiza no Sumbe e no Gungo.

Entre os vários bens que vão ser enviados, conta-se materiais de construção, pneus e consumíveis para viaturas e geradores, ferra-mentas, utensílios diversos, roupa, calçado e material escolar.

O envio deste contentor prende-se com o objectivo de construir a segunda fase da casa da missão, no Sum-be. Logo após a geminação, quando se deslocou para Angola a primeira equipa missionária, definiu-se como objectivo dividir a construção da casa no Sumbe em duas fases. A intenção era não demorar demasiado tempo a cons-truir a casa para que, quanto antes, a equipa se pudesse dedicar ao trabalho no Gun-go a tempo inteiro.

Passados cinco anos, achou-se por bem concluir

este projecto, tanto mais que o grupo conseguiu o apoio de alguns voluntários na área da construção para o levar por diante. A conclu-são da casa do Sumbe criará e melhorará as condições de acolhimento e de trabalho da equipa missionária.

Como aconteceu com a primeira fase, a maior par-te dos materiais (estrutura metálica, painel de cobertu-ra, ferro, louças sanitárias, azulejo e mosaico, portas e janelas, material de electri-ficação, canalização e esgo-to, tintas, entre outros) se-rão enviados no contentor. Alguns destes materiais são reciclados, isto é, aproveita-dos de remodelações e sem custo; outros são obtidos a custos mais baixos e outros ainda oferecidos.

Outra razão que leva à construção desta segunda fase da casa é o facto de ter remanescido algum dinhei-ro da primeira fase, fruto da renúncia quaresmal de 2007 e que, desde então, ficou de reserva para a construção desta segunda fase, como era intenção. Na planta

podemos ver a cinzento o que já está construído e em planta o que é para cons-truir na segunda fase.

No mesmo contentor vamos enviar moldes para o fabrico de manilhas no Gungo e um carro em ferro para as transportar. Também irá a estrutura metálica de cobertura da capela do Uquende, uma das aldeias do Gungo. Tudo isto só é possível graças ao contributo de generosida-de de muita gente da nossa diocese e até de fora dela. Apesar da crise que vamos vivendo no nosso país, as pessoas não deixam de partilhar, mesmo que seja menos, permitindo que este projecto missionário continue o seu percurso.

Como há pessoas que por vezes gostam de cola-borar com ajudas concre-tas, deixamos aqui a lista de algumas coisas de que necessitamos para o caso de algum dos nossos leito-res querer participar nesta iniciativa.

Os bens de que ainda necessitamos são: pregos

de várias medidas, uma escada de alumínio de 6 metros em dois lanços, um roçador de erva a gasolina, 30 enxadas, ferramentas agrícolas (forquilhas, anci-nhos e gadanhos), um ro-dado com pneus para fazer carro de bois, um gerador de 2 kwas, um gerador de 12 kwas a gasóleo, dois pares de muletas para adulto e dois para criança, bolas de futebol, cruzes, imagens de Nossa Senhora e outros símbolos religiosos, um crucifixo grande para a nova capela, um debulhador de milho manual, tendas gran-des tipo militar.

Quem puder e quiser oferecer algum destes bens agradecemos que nos contacte a dar conta dessa intenção para o telemóvel 937 840 637 ou e-mail [email protected].

Desde já o nosso bem haja a todas as pessoas que nos têm e continuarão a ajudar.

P. Vítor Mira

Ajudar o Sumbe

Grupo missionário Ondjoyetu prepara contentor

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ECLESIAL10 O Mensageiro23.Junho.2011

Sábado19h00 – Sé19h30 – Franciscanos

Domingo08h30 – Espírito Santo09h00 – Franciscanos09h45 – Paulo VI10h00 - S. Francisco10h30 – Franciscanos 10h00 – S. Romão 11h00 – S. Agostinho11h00 – Hospital11h30 – Cruz da Areia11h30 – Seminário e Sé18h30 – Sé19h30 – Franciscanos21h30 – Sª Encarnação

MISSAS DOMINICAIS

Leituras | Domingo XIIIdo Tempo Comum (26/06/2011)

Antífona de Entrada: cf. Salmo 46, 2

Leitura I: 2 Reis 4, 8-11.14-16ª

Salmo Responsorial: Salmo 88 (89), 2-3.16-17.18-19 (R. 2a) Refrão: Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor. Repete-se Ou: Eu canto para sempre a bondade do Senhor. Repete-se

Leitura II: 2 Rom 6, 3-4.8-11

Aclamação ao Evangelho: 1 Pedro 2, 9 Refrão: Aleluia. Repete-se; Vós sois geração eleita, sacerdócio real,nação santa, para anunciar os louvores de Deus,que vos chamou das trevas à sua luz admirável. Re-frão.

EVANGELHO: Mt 10, 37-42Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos:

«Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim. Quem encon-trar a sua vida há-de perdê-la; e quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la. Quem vos recebe, a Mim recebe; e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou. Quem recebe um profeta por ele ser profeta, re-ceberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo por ele ser justo, receberá a recompensa de justo. E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fres-ca, a um destes pequeninos, por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: Não perderá a sua recompensa».Palavra da salvação.

Cânticos | XIV Domingo do Tempo Comum (03/07/2011)

INÍCIO: Exulto de alegria - Lau 390Cantarei, cantarei a bondade - Lau 212

SALMO RESPONSORIAL: Louvarei para sempre o vosso nome - Lau 484

APRESENTAÇÃO DOS DONS: Só no Espírito de Deus - Lau 789Senhor trazei-nos a paz - Lau 777

COMUNHÃO: Vinde a mim vós todos - Lau 862Vós todos os que tendes sede - Lau 888

PÓS-COMUNHÃO: Cantar-vos-ei na presença dos anjos - Lau 208Eu canto para sempre- Lau 358

Final: Dai graças ao Senhor pois Ele é bom - Lau 261Senhor Tu és nossa alegria - Lau 780

AO SABORDA PALAVRA

Pe. Francisco [email protected]

13º Domingo do Tempo Comum26 de Junho de 2011

Acolhimento

Ser cristão significa aco-lher Jesus Cristo na nossa vida de uma forma absoluta. Como diz S. Paulo na carta ao Romanos: “Fomos se-pultados com Cristo na sua morte para podermos viver com Ele uma vida nova.” E esta comunhão com Cristo obriga-nos a eliminar o pe-cado das nossas vidas, ou seja, a remover tudo aquilo que nos impede de viver em amor, doação e serviço aos outros.

A guerra civil na Líbia tornou novamente famoso

o nome de Lampeduza, pe-los milhares de pessoas que chegam a este porto italiano fugidos da guerra no norte de África, e que são manda-dos para trás ou deixados à deriva para morrer. Em tem-pos difíceis os estranhos e estrangeiros passam a ser os culpados de todas as tra-gédias que acontecem. Com ou sem razão tornam-se nos bodes expiatórios dos pro-blemas que acontecem na sociedade.

Numa altura em que a Europa se tornou uma es-pécie de condomínio fecha-do, do qual é excluída essa imensa multidão de pobres sem futuro e sem esperança, que mendigam a possibili-dade de construir um futuro sem miséria, este episódio convida-nos a reflectir sobre o sentido da hospitalidade e do acolhimento. É evidente para todos que não temos os recursos suficientes para acolher, de forma indiscri-minada, todos aqueles que batem à nossa porta; mas a política que o nosso mun-do segue em relação aos imigrantes não pode ser uma atitude egoísta. Esta história procura ensinar que colaborar com Deus na

realização do plano de salva-ção e libertação que ele tem para os homens é uma fonte de vida e de bênção. Deus não deixa de recompensar todos aqueles que com ele colaboram. Na primeira lei-tura vemos Eliseu a ser aco-lhido por uma família que lhe prepara um quarto para que ele possa repousar das suas viagens. O projecto de salvação que Deus tem para os homens e para o mundo envolve toda a gente e é uma responsabilidade que a todos compromete. Uns são chamados a estar mais na “linha da frente” e a de-senvolver uma acção mais exclusiva e mais exposta; outros são chamados a de-senvolver uma acção menos exclusiva e mais discreta, mas nem por isso menos importante.

No Evangelho Mateus apresenta na primeira parte um conjunto de exigências radicais para quem quer seguir Jesus, na segunda sugere que toda a comuni-dade deve anunciar Jesus e põe na boca de Jesus o anúncio de uma recompen-sa, destinada àqueles que acolherem os mensageiros do Evangelho.

Mateus não admite “meias-tintas”: a primeira lealdade deve ser sempre com Jesus. Se a alternativa for escolher entre Jesus e a própria família, a escolha do discípulo deve recair sempre em Jesus (recorde-se que, então, a família era a estrutura social que dava sentido à vida dos indivíduos; a ruptura com a família era uma medida extrema, que supunha um desenraizamento social quase completo).

Jesus não é um demago-go que faz promessas fáceis e cuja preocupação é juntar adeptos ou atrair multidões a qualquer preço. Ele veio ao nosso encontro com uma proposta de salvação e de vida plena; no entanto, essa proposta implica uma ade-são séria, exigente, radical, sem “paninhos quentes” ou “meias tintas”. O caminho que Jesus propõe não é um caminho de “massas”, mas um caminho de “discípu-los”: implica uma adesão incondicional ao “Reino”, à sua dinâmica, à sua lógica; e isso não é para todos, mas apenas para os discípulos que fazem, séria e conscien-temente, essa opção.

A picada é como a Mis-são, nem sempre vemos o que está à nossa frente mas acreditamos que é esse o caminho.

Acordámos no Uquende (uma das aldeias do Gungo) mas a nossa missão não era ficar lá essa semana. Do programa constava que eu e a mãezinha (Angélica) devíamos prosseguir com o acompanhamento do traba-lho dos líderes da “Pastoral da Criança” nos diferentes centros.

Saímos do Uquende no nosso cavalinho branco rumo a Cambinda, nós as duas e uma jovem que aproveitou a boleia. A pica-da está muito esburacada, há sítios em que a chuva cavou valas fundas, noutros a lama ainda permanece e faz-nos “patinar”. É preciso muita atenção, destreza de braços e pôr tudo aquilo que fui aprendendo, com quem cá está há mais tempo, so-bre condução nas picadas, para confiar que iríamos chegar ainda nesse dia ao local previsto.

Passámos por três pon-tes de pau, a primeira delas tem os paus muito afasta-dos e o perigo de o carro escorregar para o intervalo entre esses paus fez com que a mãezinha, de fora, me fosse dando indicações precisas e cuidadosas para poder atravessar com o cavalinho branco. Noutros sítios são os “milhares” de aranhas gigantes, que de-pois desta época chuvosa, nos espreitam da picada. Al-gumas vão caindo no nosso carro, por isso temos de ir com os vidros fechados, apesar do calor! O cavalgar fez-nos chegar a sítios cada vez mais distantes através da picada cada vez mais fe-chada pelo capim porque mais nenhum carro por ali passa. Deixámos de ver o trilho mas acreditamos que o caminho é por ali e que no final (não sabemos bem onde) havemos de chegar a uma aldeia maravilhosa com um povo encantador!

Assim é a nossa Missão! Saímos da nossa terra com um objectivo: continuar a

salvar as nossas crianças, a tornar vivo o Evangelho “para que todos tenham vida e a tenham em abun-dância”. Não sabemos qual o caminho que devemos tomar para chegar até elas, mas acreditamos que passa por formar melhor as nos-sas mães, formar líderes que as acompanhem.

Às vezes não vemos nada…. Só “capim” à fren-te, mas acreditamos que no final encontraremos uma vida melhor para este povo. Não queremos continuar a escutar men-sagens de óbitos das nos-sas crianças, como pedras afiadas na nossa picada que nos furam o coração. Não podemos deixar que a falta de conhecimento os

deixe adoecer “à toa”, como capim que esconde os peri-gos na picada. Temos que ousar melhorar aquilo que está ao nosso alcance.

E assim foi! Passámos três dias em Cambinda acompanhando algumas mulheres grávidas e al-guns doentes; demos for-ça às nossas líderes para continuarem com a sua missão de serem fermento para outras famílias.

Enquanto acreditarmos que o caminho é este… ve-nha o capim, as pedras, as aranhas, as pontes de pau e a lama que nós avançare-mos assim mesmo!

Porque a fé… move mesmo montanhas!

Mana Inês

Janela Sobre a Missão

A Picada e a Missão

DR

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11O Mensageiro23.Junho.2011 ECLESIAL • PORTUGAL

Os cristãos e todos os portugueses sabem que nós, Bispos e sacerdotes, evitamos tomar posição sobre as questões da polí-tica directa, preservando o nosso ministério espiri-tual, da polémica que na-turalmente acompanha o debate partidário. Foi por isso que não respondemos às diversas solicitações que nos foram feitas para que falássemos no período que antecedeu as últimas elei-ções legislativas.

E se o fazemos hoje, depois do Povo Português ter indicado, pelo seu voto, o rumo que deseja para Portugal, não é para comentarmos politica-mente os resultados, mas porque achamos que a Pa-lavra da Igreja pode ajudar a discernir o caminho da salvaguarda do “bem-co-mum” de toda a sociedade, no momento difícil que Portugal atravessa.

Verificámos que alguns líderes políticos, no calor da disputa eleitoral, referiram a Doutrina Social da Igreja para secundar as suas pro-postas políticas. Tinham o direito de o fazer, pois a vastíssima doutrina da Igreja sobre a sociedade pode, realmente, inspirar programas de governação. É nessa perspectiva que ousamos, neste momento particularmente delicado do nosso País, sublinhar os seguintes aspectos:

1. A prioridade do “bem-comum” de toda a sociedade sobre interesses individuais e grupais é um dos pilares da doutrina da Igreja sobre a sociedade e que pode, neste momento, inspirar as opções governa-tivas. Vamos pôr o bem da sociedade em primeiro lu-gar. Isso exige generosidade de todos na colaboração e aceitação dos caminhos necessários, na partilha de energias e bens, na modera-ção das opções ideológicas e estratégicas. Partidos, so-bretudo os seus represen-tantes que o Povo elegeu, as associações laborais, empresariais e outras, são chamados à generosidade de defenderem os seus di-reitos e interesses, dando prioridade total ao bem de toda a sociedade.

2. Além de generosida-de, este momento exige, de todos os portugueses, grande realismo. A situa-ção diminui a margem, le-gítima em democracia, para utopias. É este sentido de realismo que nos indica que devemos procurar soluções para Portugal no quadro so-cial, político-económico em que está inserido: União Europeia, zona da moeda única, conjunto de países que se estruturam na base do respeito pela pessoa hu-mana e pela sua liberdade, concretamente da liberdade de iniciativa económica.

Isto não pode resignar-

se ao inevitável. Portugal tem de dar o seu contributo à evolução positiva, concre-tamente da União Europeia e da zona Euro, e só o fará se resolver positivamente, reconquistando a credibili-dade, o momento que pas-sa. Deve fazê-lo procurando que o esforço de equilíbrio financeiro não prejudique a economia, e que não se relativize a importância da saúde, da cultura e da educação.

3. A Doutrina Social da Igreja baseia a prioridade do “bem-comum” na vocação comunitária da sociedade. Esta não é um agregado de “indivíduos”, mas tende a ser comunidade, onde cada um se sente corresponsável pelo bem de todos, onde cada homem e mulher é nosso irmão.

Esta dimensão comuni-tária é prioritária na visão da Igreja. O amor fraterno, com a capacidade de dom, é o valor primordial na construção da sociedade. Sempre, mas de modo especial neste momento que atravessamos, os po-bres, os desempregados, os doentes, as pessoas de idade, devem estar na pri-meira linha do amor dos cristãos. Este é um dever prioritário da Igreja, que ela quer realizar pelos seus meios próprios, mas em co-laboração com todos os que procuram o “bem-comum”. Esta atitude exige generosi-

dade e capacidade de dom, de que o voluntariado é uma expressão nobre. Os próximos tempos vão exigir partilha de bens. Mas não é a mesma coisa partilhar generosamente, e ser obri-gado a distribuir. Temos de criar um dinamismo colectivo de generosidade e de partilha voluntária, fundamentada no amor à pessoa humana.

4. Há ainda na nossa so-ciedade muitas expressões de egoísmo, que vão desde a corrupção ao enriqueci-mento ilícito, a uma visão egocêntrica do lucro, etc. Uma ética da generosida-de, da honestidade e da verdade tem de fazer parte da cultura a valorizar. O próprio sistema de justiça tem de ser um serviço que combata os atropelos à ge-nerosidade, à honestidade e à verdade. Sem um bom sistema de justiça, nenhu-ma sociedade será verda-deiramente justa.

Este momento de cri-se pode levar-nos a todos a lançar os dinamismos para a construção de uma sociedade mais fraterna e solidária. A Igreja quer, não apenas pela sua palavra, mas pelo seu compromisso na acção, ser a afirmação da esperança.

Fátima, 14 de Junho de 2011Conselho Permanente da

Conferência Episcopal Portuguesa

Bispos portugueses falam do actual momento da sociedade

A prioridade do “bem-comum”Cáritas

A protecção social é mais importante do que odéfice público

O presidente da Cáritas Portuguesa não quer que o pagamento do défice público dê lugar a “uma dívida que vai ter consequências irreparáveis” e que “nunca chegará a ser paga”.

Em declarações prestadas à Agência ECCLESIA, Eugénio Fonseca reconhece que é preciso “honrar os compromissos” financeiros, mas acentua que primeiro é preciso “cuidar das pessoas, em especial das mais fracas”.

“Mesmo que se leve mais algum tempo a pagar as dívidas, é necessário que não se desviem recursos necessários para respeitar condições tão elementares como o direito à alimentação, habitação, cuidados de saúde e instrução”, diz Eugénio Fonseca.

O dirigente concorda que “é urgente criar condições para que a economia volte a ter dinamismos geradores de riqueza”, mas recorda que “há mais vida para além do défice”, e “essa vida tem a ver com a sobrevivência de muitos portugueses”.

“Se não respeitarmos esta prioridade estamos a criar uma dívida que vai ter consequências irreparáveis, que é a de destruirmos as vidas das pessoas, roubar-lhes a esperança e não as ganharmos para preparar um futuro de progresso para Portugal”, sublinha.

Eugénio Fonseca teme que as medidas definidas pela “troika” composta pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia secunda-rizem a agenda social, mas lembra que os responsáveis pelos partidos do Governo “disseram amplamente na campanha eleitoral que não irão deixar que isso acon-teça”.

“Quero acreditar que tudo se irá fazer para que se consiga articular o respeito pelos compromissos com a protecção básica que as pessoas devem ter, nomeada-mente as mais fragilizadas”, refere.

O Conselho Permanente da Caritas Portuguesa es-teve reunido este sábado, em Fátima, para analisar as orientações aprovadas em 2010, tendo-se constatado que a “criação de grupos de acção social nas paróquias em ordem a uma melhor organização da caridade” é a medida que tem a implementação mais atrasada.

As dificuldades devem-se à “indisponibilidade dos recursos humanos necessários”, explica Eugénio Fon-seca, acrescentando que a pastoral caritativa é “muito exigente” e reclama “disponibilidade”.

Para o presidente de uma das mais importantes ins-tituições de apoio social da Igreja Católica em Portugal, a dificuldade na formação dos grupos paroquiais “não representa insensibilidade ao social” mas é o resultado de “outras opções pastorais”.

“Esta é a hora de fazermos uma opção muito clara pela caridade organizada”, frisa Eugénio Fonseca, que defende uma “maior motivação” dos católicos mas recusa a profissionalização nas paróquias, dado que o compromisso social de cada cristão decorre das “conse-quências do seu baptismo”.

A reunião do Conselho Permanente da Caritas é retomada em Julho com uma agenda que inclui, entre outros assuntos, a preparação da iniciativa ‘10 Milhões de Estrelas’, apontada para começar em Setembro e cul-minar no Natal.

O cardeal-patriarca de Lisboa vai permanecer mais dois anos à frente da diocese, por decisão de Ben-to XVI, anunciou o próprio D. José Policarpo, numa celebração que decorreu em Penafirme, concelho de Torres Vedras.

“Gostava de vos anun-ciar que o Santo Padre Bento XVI já respondeu ao meu pedido de resignação, pedindo-me que prolongue o meu ministério episcopal, na Igreja de Lisboa, por mais dois anos”, afirmou, na homilia da missa a que presidiu.

O cardeal José Policar-po anunciara no dia 18 de Fevereiro a sua renúncia ao cargo de patriarca de Lisboa por ter atingido o limite de 75 anos determinado pelo direito canónico, mas o Papa decidiu não aceitar de imediato este pedido.

“Não penseis que me sinto mais transitório agora do que há 50 anos. Serei até ao último minuto o bispo que Deus deu à sua Igreja, para a conduzir nos cami-nhos da comunhão”, disse o cardeal-patriarca.

A cerimónia desta tarde tinha como tema ‘50 anos

ao Serviço da Palavra’, por estar integrada nas come-morações do cinquentená-rio da ordenação sacerdotal de José Policarpo.

No dia da Igreja dioce-sana, que acontece anual-mente por ocasião da festa da Santíssima Trindade, o patriarca de Lisboa indicou que “este mistério do amor trinitário define a natureza da Igreja e o dinamismo do seu crescimento e da sua fidelidade”.

“Este ano, em que cele-bro 50 anos de ministério sacerdotal, maior expres-são da ternura de Deus por

mim, tenho sentido, como hoje aqui, a beleza de uma Igreja que é comunhão”, acrescentou.

José da Cruz Policarpo nasceu a 26 de Fevereiro de 1936 em Alvorninha, Caldas da Rainha, territó-rio do distrito de Leiria e patriarcado de Lisboa.

Padre desde 15 de Agosto de 1961, foi orde-nado bispo em 1978 e é patriarca de Lisboa desde 1998, após a morte de D. António Ribeiro.

D. José Policarpo foi criado cardeal por João Paulo II em 2001.

“Serei até ao último minuto o bispo que Deus deu à sua Igreja”

Patriarca mais dois anos em Lisboa

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ECLESIAL • MUNDO12 O Mensageiro23.Junho.2011

BREVES60 anos de sacerdócioHomenagem a Bento XVI

O Vaticano apresentou no passado dia 17 a expo-sição “O esplendor da verdade, a beleza da caridade”, por ocasião do 60º aniversário de ordenação sacerdotal de Bento XVI.

A exposição será organizada pelo Papa a 4 de Julho, no átrio da Sala Paulo VI.

Recorde-se que Bento XVI foi ordenado sacerdote na catedral de Frisinga, pelo cardeal Michael von Faulhaber, a 29 de Junho de 1951, festa dos santos Pedro e Paulo.

Amigável organizado pela equipa das JMJJogo «¡Gracias!» em Madrid

A organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e a Fundação do Atlético de Madrid vão promover a iniciativa «¡Gracias!» (Obrigado!), um jogo de futebol que encerra as jornadas da capital espanhola, no próximo dia 21 de Agosto.

O português Paulo Futre é uma das presenças anun-ciadas no encontro que vai colocar frente a frente uma selecção de ex-jogadores espanhóis contra uma selecção de ex-jogadores de vários países do mundo, no estádio Vicente Calderón.

Além de Futre, o site oficial da JMJ 2011 revelou a presença de Fernando Hierro, Milinko Pantic, Luís Milla, Fernando Sanz, Francisco Javier González Fran, Fábio Celestin, Diego Tristán, Albert Celades, Gica Craiove-anu, Donato Gama da Silva, Toni Muñoz, Santi Denia, Noureddine Naybet, Kiko Narváez, Ricardo Gallego, “Lobo” Carrasco, Thomas N’Kono, Veljko Paunovic, entre outros.

Os lucros do desafio destinam-se ao financiamento da JMJ e um projecto de caridade em conjunto com a Fundação Atlético de Madrid.

As entradas podem ser adquiridas a partir de 5 euros, através de www.madrid11tienda.com ou pelo telefone 0034 902 53 05 00.

BrasilNovo arcebispo para Brasília

O Papa Bento XVI nomeou D. Sérgio da Rocha arcebispo metro-polita de Brasília, capital do Brasil, anunciou, no passado dia 15, a Sala de Imprensa da Santa Sé.

O prelado, de 51 anos, até agora arcebis-po de Teresina, nasceu no estado de São Paulo,

tendo obtido o doutoramento em Teologia Moral em Roma.

Depois da ordenação sacerdotal, em 1984, Sérgio da Rocha foi professor de Filosofia, director espiritual, reitor de seminário, coordenador diocesano da Pastoral Vocacional, e vigário paroquial, sempre na diocese de S. Carlos, São Paulo.

Em 2001 foi ordenado bispo, começando por exercer a função episcopal como auxiliar de Fortaleza, seguindo--se a de coadjutor de Teresina, arquidiocese para a qual foi nomeado arcebispo em 2008.

Enquanto prelado, Sérgio da Rocha foi membro das comissões da Doutrina e “Mutirão de Superação da Miséria e da Fome” na Conferência Nacional do Bispos do Brasil, além de presidente do Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Lati-no-americano.

Bento XVI concluiu, no dia 19 de Junho, uma via-gem à diocese de São Mari-no-Montefeltro, espalhada por dois países, deixando apelos aos jovens sobre a importância das “pergun-tas” da existência humana na era da tecnologia.

“Mesmo na era do pro-gresso científico e tecnoló-gico, o homem permanece um ser aberto à verdade integral da sua existência, que não se detém nas coi-sas materiais, mas se abre a um horizonte muito mais vasto”, disse.

No momento conclusi-vo desta visita, considerada pelo Vaticano como uma viagem dentro da Itália – apesar da passagem pela República de São Marino -, o Papa falou com os jovens reunidos na localidade de Penabilli, onde fica a sede da diocese, costa leste da Itália, cerca de 300 quiló-metros a norte de Roma.

Evocando “as grandes interrogações” que cada um transporta dentro de si, o Papa fez notar que estas são “o mais elevado sinal da transcendência do ser humano” de não se ficar pela “na superfície das coisas”.

“Não vos detenhais nas respostas parciais, imedia-tas, sem dúvida as mais fá-ceis e cómodas, que podem dar-vos algum momento de felicidade, de exaltação, de

embriaguez, mas que não levam à verdadeira alegria de viver, de quem não constrói sobre a areia, mas sim sobre a rocha sólida”, apelou o Papa.

Bento XVI pediu aos jovens que aprendam a reflectir, a “ler” em pro-fundidade as suas próprias experiências humanas, na certeza de que terão a alegria de descobrir que “o coração é uma janela aberta sobre o infinito”.

“Não se trata de modo algum de desprezar o uso da razão ou de rejeitar o progresso científico, bem pelo contrário. Trata-se, isso sim, de compreender que cada um de nós não é feito apenas de uma dimensão horizontal, mas

compreende também a dimensão vertical”, pros-seguiu.

Antes, o Papa tinha deixado São Marino, após um encontro com as au-toridades desta República e os membros do corpo diplomático ali presentes.

Bento XVI sublinhou o facto de, ao longo de séculos, se ter desenvol-vido em São Marino um “grande património moral e cultural” recebido dos antepassados, “dando vida a um povo laborioso e livre que, embora na exiguidade do território, não deixou de oferecer às populações con-finantes e a todo o mundo um específico contributo de civilização, caracterizada pela convivência pacífica e

pelo respeito mútuo”.Aludindo às “dificulda-

des económicas” que “tam-bém a comunidade de São Marino” enfrenta hoje em dia, o Papa deixou “uma pa-lavra de encorajamento”.

“Esta [crise] coloca todo o tecido social perante a imperiosa exigência de enfrentar os problemas com coragem e sentido de responsabilidade, com generosidade e dedicação, fazendo referência ao amor pela liberdade que distingue o vosso povo”, assinalou.

Após o encontro, Bento XVI partiu rumo a Roma, em helicóptero, seguindo depois para o Vaticano.

Bento XVI despediu-se de São Marino

Viagem concluída com apelos aos jovens

O Vaticano apresentou a primeira edição do Prémio Ratzinger, uma espécie de “Nobel” da Teologia, desti-nado a distinguir estudio-sos desta área que vai ser entregue pelo próprio Papa Bento XVI a 30 de Junho.

Os três vencedores são o padre espanhol Olegario González de Cardedal, o monge alemão Maximilian Heim e o leigo italiano Manlio Simonetti.

Em conferência de imprensa, o cardeal Ca-millo Ruini, presidente do comité científico da Fundação do Vaticano Jo-seph Ratzinger-Bento XVI

admitiu a intenção de que este prémio possa a vir a ser reconhecido como o equi-valente ao “Nobel”, para o mundo teológico.

Neste ano, foram esco-lhidos especialistas na área da patrística (estudo dos primeiros séculos da Igreja Católica) e da teologia dog-mática e fundamental, mas o cardeal Ruini deixou em aberto a hipótese de que a próxima distinção seja atri-buída a estudiosos da área da Sagrada Escritura.

Manlio Simonetti, de 85 anos de idade, é espe-cialista em literatura cristã antiga e patrística; Olegario

González de Cardedal, 77 anos, é professor de dog-mática na Universidade de Salamanca; Maximilian Heim, professor de 50 anos de idade, ensina teologia fundamental e dogmática, centrado no ensinamento de Joseph Ratzinger, o atual Papa.

O Prémio Ratzinger é

um projecto da fundação criada pelo Vaticano e por Bento XVI, com o dinheiro recebido pelos direitos de autor dos livros escritos pelo Papa alemão.

“Os prémios e conferên-cias da fundação têm como objetivo ajudar à verdade, sentido e beleza do cristia-nismo em relação à cultu-ra e sociedade de hoje”, indica um comunicado da Santa Sé.

A fundação procura ainda dar a conhecer e pro-mover o estudo da Teologia, inspirada pelo pensamento de Joseph Ratzinger.

«Nobel» da Teologia

Prémio Ratzinger distingue estudiosos

DR

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13O Mensageiro23.Junho.2011 OPINIÃO

ANÁLISE POLÍTICA

Orlando FernandesJornalista

Era uma vez um ministro

O o tom laudatório que é da praxe nos elogios

fúnebres, o ideólogo de serviço do defunto Gover-no e do seu primeiro, veio à praça pública defender os méritos daquela gover-nação, agora valentemente repudiada pelo povo, em expressivas eleições legis-lativas.

Embora mereçam a minha simpatia os que de-fendem, ao jeito do Robin dos Bosques, os desgraça-dos, e reconheça que é de uma rara nobreza elogiar os vencidos, confesso que não pude deixar de sorrir ao ler o obituário, não obs-tante o seu tom pesaroso. Aliás, já me divertira com o encenado drama da co-municação pós-eleitoral do derrotado chefe do Gover-no, que mais me pareceu uma medíocre comédia. A grandiloquente peça de oratória do demissionário primeiro-ministro, decerto mais preocupado com a sua própria imagem pessoal do que com o interesse da po-pulação, que certamente

dispensava uma tão exten-sa alegação de auto-exal-tação, era caricata, se não fosse tão verdadeiramente expressiva do que foi o seu desgoverno.

Embora respeitável a opinião do cronista, pare-ce que o seu panegírico do infeliz político agora ape-ado é, na realidade, uma crítica à vontade soberana do povo, cujo veredicto é tanto mais censurável quanto louvável era o agora deposto governante. Na sua óptica, se o povo não peca por ignorante e injusto, peca pelo menos por in-génuo, por ter acreditado naqueles que triunfaram nas eleições e que, segun-do o articulista, tinham ao seu dispor a comunicação social. São desculpas de mau perdedor que, talvez, relevem alguma saudade do “centralismo democrático” de outras eras. Mudam-se os tempos e mudam-se as vontades, mas nem sempre as mentalidades acompa-nham essas mudanças...

Tem de facto graça o es-tilo barroco do bacoco texto encomiástico, palpável na adjectivação magnânima do cadáver político do que-rido líder: a convicção re-formista deste é “notável”; o progresso que introduziu na modernização e na sim-plificação administrativa é “impressionante”; as suas reformas foram “profun-das”, como “profundo” é o seu espírito de moder-nização (outra vez, à falta de melhor...). Quem, sem o conhecer, lesse a citada nota necrológica poderia pensar que o país lhe deve o caminho marítimo para a Índia, a descoberta do Brasil, o Mosteiro da Bata-

lha, Os Lusíadas, as pontes sobre o Tejo e o Douro ou qualquer outro feito histó-rico. Na realidade, foi ape-nas quem conduziu o país à bancarrota e ao maior desprestígio internacional, que é “o que fica” para a História de Portugal, já que na mundial não terá qualquer cabimento. Não é fácil ganhar eleições, mas é muito mais difícil saber perdê-las com a dignidade que só a humildade e a veracidade conferem.

Mas é certeiro o articu-lista, quando afirma que “a despenalização do aborto, a agilização do divórcio e a le-galização do casamento en-tre pessoas do mesmo sexo ficarão a marcar” o consula-do agora findo. De facto, foi contra a vida e a família que mais se destacou o Governo demissionário, que em pou-cos anos conseguiu a proeza de lograr um extraordinário retrocesso civilizacional, tanto mais questionável quanto realizado por pres-são de grupelhos sem repre-sentatividade nacional e à revelia da vontade popular, porque até mesmo o resul-tado do referendo sobre o aborto não foi vinculativo, nem expressivo de uma inequívoca determinação nesse sentido.

Se foram de facto, como o dito jurista pretende, re-formas de carácter civili-zacional, que legitimidade tinha o anterior poder para as realizar, sem um manda-to explícito dos eleitores?! Não é verdade que, para uma reforma constitucio-nal, que é de menor impor-tância do que uma mudança civilizacional, se exige uma maioria qualificada? Será portanto necessário que a

nova maioria reveja essas reformas que, ao contrário do que se pretende, não são indeléveis - alguns estados dos EUA revogaram, depois de consulta popular, a auto-rização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, por exemplo - e oportuna-mente as corrija, para que a sociedade portuguesa recu-pere alguma da liberdade e da decência perdidas.

“Em Portugal, onde por via de regra as modas chegam quando lá fora já deixaram de o ser, ainda não veio ninguém a públi-co - que eu saiba - defender a impunidade absoluta ou relativa do aborto [...] e nisso tem a intelectualida-de portuguesa dado uma prova exuberante do seu fino quilate”, escreveu, em 1935, o dr. Alfredo Ary dos Santos, em O Crime de Aborto. Hoje, a ufania des-se advogado e publicista já não tem cabimento, porque o provincianismo de alguns levou a trazer cá para den-tro tudo o que de pior se faz lá fora. Mas, como então escreveu aquele precursor da defesa do direito à vida no nosso país, “temos pois - sincera e gostosamente o dizemos - que seguir na re-taguarda desse movimento e assim estar na vanguarda do progresso, visto que o progresso, em ciência mo-ral e política, não é necessa-riamente tudo quanto seja novo, senão tudo quanto seja verdadeiro”.* Licenciado em Direito e douto-rado em Filosofia; vice-presiden-te da Confederação Nacional das

Associações de Família (CNAF)

RECORTES

Gonçalo Portocarrero*in Público (19/06/11)

O elogio fúnebre

N percurso e a história do ministro das Fi-

nanças, Fernando Teixeira dos Santos, nos últimos seis anos é uma antologia, viva, de como se destrói uma carreira académica e profissional.

Teixeira dos Santos é hoje um ‘ ministro sem pasta’ no Governo, des-credibilizado aos olhos dos portugueses, enfim, só.

Teixeira dos Santos, é bom recordá-lo, entrou nas Finanças para substituir Luís Campos e Cunha, um ministro que passou como um TGV pelo gabinete da Praça do Comércio.

Entrou com o comboio em andamento, mas muitos reconheciam, na altura, que deveria ter sido a primeira escolha.

Já com um percurso académico, profissional e de Governo, como secretá-rio de Estado do Tesouro e Finanças de Sousa Franco, revelou uma competência política surpreendente, mesmo para quem o co-nhece bem.

Os três primeiros anos, pode dizer-se, correram, muito bem a Teixeira dos Santos. Credível perante o País, muito próximo do primeiro-ministro, que lhe deu todo o suporte político, mesmo dentro do PS, e com uma imagem de competên-cia inquestionável do ponto de vista internacional.

A partir de 2009, come-çou o princípio do fim, com um epílogo que se calhar, não chega a 5 de Junho.

Teixeira dos Santos deixou de ser o ministro de Estado e das Finanças para se transformar no ‘ ministro da Política e das Finanças’. Aceitou esse papel e, agora é a política, e o primeiro-ministro, que o deixam cair.

Baixou o IVA e, pior,

muito pior, deu um au-mento de 2,9% aos fun-cionários públicos, em ano de eleições e quando já era evidente que a inflação ficaria claramente abaixo do previsto.

E a crise, essa crise que mudou o mundo, já estava aí, mas Teixeira dos Santos não a viu. A responsabilida-de última é de José Sócra-tes, mas a responsabilidade técnica, operacional, é de Teixeira dos Santos.

O ministro das Finanças esteve a um passo do Olim-po, a cadeira de governador do Banco de Portugal, mas a saída prematura de Vítor Constâncio e a crise que o transformou na cavilha de segurança de Sócrates obri-garam-no a continuar no ‘ novo’ governo socialista.

O ano de 2010, esse, é um desastre do ponto de vista da execução orça-mental. Os sucessivos PEC – e as sucessivas medidas de austeridade – foram a expressão do seu falhanço como ministro.

E nem o fundo de pen-sões da PT o salvou, e a nós, portugueses, de apresentar um défice de 8,6% no ano passado. Não tem descul-pa. E 2011 ia pelo mesmo caminho.

A responsabilidade política continua a ser do primeiro-ministro, sem qualquer ponta de ambigui-dade, mas a verdade é que as medidas que foram sen-do aprovadas foram sendo, também, não executadas ou mal executadas. A crise do euro tornou mais evidentes uns fracassos que estamos hoje a pagar caro.

Teixeira dos Santos passou de ‘ cavilha de segurança’ à própria ‘ gra-nada’ do governo e de José Sócrates.

O anúncio de que Por-tugal deveria pedir ajuda externa através de uma resposta, por escrito, a um jornal é próprio do terceiro mundo e não de um Estado euro.

O ministro das Finan-ças ‘ fintou’ o primeiro-ministro e, obviamente, caiu. Ainda é ministro, de Estado, mas só no papel. Pede-se um último esfor-ço, quase sobre-humano, o de fechar as negociações da ajuda externa com o FMI

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INSTITUCIONAL / DESPORTO14 O Mensageiro23.Junho.2011

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CARTÓRIO NOTARIALA CARGO DA NOTÁRIA ANA PAULA PINTO ALVES

CERTIDÃONos termos do artigo n.º 100º do Código do Notariado, CERTIFICO, PARA

EFEITOS DE PUBLICAÇÃO, que por escritura lavrada no dia vinte e um de Junho de dois mil e onze, exarada a folhas seis e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número UM, deste Cartório Notarial, sito na Avenida Marquês de Pombal, Galerias S. José, lote doze, Loja H, na cidade de Leiria, a cargo da notária, Ana Paula Pinto Alves, os outorgantes:

JÚLIO CORDEIRO, contribuinte número 131 277 405, e mulher GRACINDA DA CONCEIÇÃO DUARTE FRANCISCO, contribuinte número 131 277 413, casados sob o regime da comunhão geral de bens, como declararam, naturais da freguesia de Milagres, concelho de Leiria, residentes na Rua de Santo Ildefonso, n.º 376, Mata da Bidoeira, freguesia de Bidoeira de Cima, concelho de Leiria, declararam:

Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes bens, ambos situados na freguesia de Bidoeira de Cima, concelho de Leiria:

UM – Uma sétima parte, única parte que possuem, o que declaram sob sua inteira responsabilidade, do prédio rústico, sito em Seiceira, composto de pinhal, com a área de dois mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar de norte com Manuel Mendes Valentim, de sul com José da Fonseca Garrido, de nascente com Manuel Agostinho Júnior e de poente com António Duarte, inscrito na respectiva matriz, na indicada proporção, em nome dele, justificante marido, sob o artigo número 3546 da freguesia de Milagres, ainda por descrever na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria.

DOIS – Prédio rústico, sito em Calhau, composto de pinhal, com área de seis mil metros quadrados, a confrontar de norte com António Santos e outros, de sul com António da Mota Parreira e outros, de nascente com caminho público e de poente com ribeiro, inscrito na respectiva matriz, em nome dele, justificante marido, sob o artigo número 11534 da freguesia de Milagres, ainda por descrever na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria.

Que entraram na posse dos identificados bens, em data que já não sabem precisar mas que se situa por volta do ano de mil novecentos e setenta e seis, através de uma compra meramente verbal que, nas indicadas proporções, deles ajustaram fazer a Luís de Sousa Gago e mulher, Ermelinda Pereira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no lugar e freguesia de Bidoeira de Cima, concelho de Leiria, compra essa que não lhes foi nem é agora possível titular por escritura pública, dado o falecimento dos vendedores.

Desde a mencionada data tomaram a posse efectiva dos aludidos bens, nas indicadas proporções, tendo vindo desde então a gozar, no da verba um com os restantes possuidores, actualmente Manuel de Jesus Ferreira e mulher, Maria Emília Cordeiro, residentes na Rua do Canto, n.º 40, São Bento, referida freguesia de Souto da Carpalhosa, Agostinho da Costa e mulher, Maria Gracinda Cordeiro, residentes na Rua do Vale do Tojo, n.º 545, mencionado lugar de Mata da Bidoeira, Augusto da Piedade Cordeiro, viúvo, residente na Rua da Fonte, n.º 50, Jã da Rua, mencionada freguesia de Souto da Carpalhosa e Manuel e Jesus Francisco e mulher, Deolinda da Natividade Vieira Pedro, residente na Rua da Cavada, caixa postal 207, n.º 112, aludido lugar de Mata da Bidoeira, todas as utilidades por eles proporcionadas, neles praticando os actos materiais de fruição e conservação correspondentes ao direito de propriedade, designadamente, vendendo árvores para corte e avivando as estremas, tudo na convicção plena que sempre tiveram e têm de ser de facto proprietários nas indicadas proporções.

Todos estes actos de composse e de posse foram, como se disse, praticados pelos justificantes, em nome próprio e pessoalmente, durante mais de vinte anos, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e o acatamento de toda a gente da região, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, que conduz à aquisição por usucapião, que expressamente invocam, não tendo os justificantes, dado o modo de aquisição, documentos que lhes permitam fazer a prova do seu direito de propriedade pelna, nas indicadas proporções, pelos meios extrajudiciais normais.

Pombal, vinte e um de Junho de dois mil e onze.A Notária, Ana Paula Pinto Alves

Divulgação

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Futsal | 14 associações concelhias em provaTorneio da Batalha

Catorze equipas, em representação de outras tantas associações do concelho, estão a disputar no pavilhão da Associação Recreativa Amarense, na Batalha, até 9 de Julho, a VIII edição do “Torneio de Futsal Município da Batalha”.

A prova, que constitui uma organização do Muni-cípio e da Associação Recreativa Amarense, pretende aproximar as colectividades desportivas e culturais pela via do desporto, estando o torneio aberto a na-turais e a residentes do Concelho da Batalha. Já na oitava edição, o torneio tem vindo a captar um nú-mero cada vez maior de equipas, com grande adesão por parte do público.

Aponte-se que a final do Torneio terá lugar a 9 de Julho, sábado, cabendo à equipa vencedora, conjuntamente com o Município, a organização da prova em 2012.

O Torneio de Futsal “Município da Batalha” conta com o apoio da Junta de Freguesia da Batalha e pode ser seguido através do blogue: http://torneiobatalha.bloguedesporto.com.

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15O Mensageiro23.Junho.2011 DESPORTO

A equipa de basquete-bol em cadeira de rodas da delegação de Leiria da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) conquis-tou a Taça de Portugal, cuja fase final decorreu nos dias 10 e 11 de Junho, em Coimbra.

A APD-Leiria iniciou a sua participação na prova, integrada na integrada na primeira edição dos Jogos de Portugal 2011, elimi-

nando, nas 1⁄2 finais, a sua congénere de Paredes por 51-35. Seguiu-se a final, frente à APD-Sintra, que terminou com o resultado de 41-39.

“Sem dúvida uma final digna desse nome, onde as equipas deixaram em campo tudo o que se pode desejar num encontro decisivo: emoção, garra, atitude, fair-play e muita vontade de vencer. Um

grande espectáculo para o muito público presente”, comentou, em comunica-do, Valter Mendes, atleta da APD-Leiria.

Representaram a equipa leiriense Luís Ramos, Mar-co Francisco, Aníbal Costa, Patrícia Pereira, Iderlindo Gomes, Manuel Sousa, Valter Mendes, Martinho Santos e Sergio Gomes.

Basquetebol | Final equilibrada com Sintra

Taça de Portugal para Leiria

FOTOJORNALISMOS

Dois pontos fizeram a diferença | Esteve quase! A equipa - seniores masculinos - do Gaeirense saiu derrotada (73-75) da final do Campeonato Nacional de Basquetebol 1, tendo como adversária a da Oliveirense. Não se sagrou campeã nacional, porém, garantiu a subida à Proliga, o que já de si é histórico para a equipa de Óbidos. Foto: DR

Atletismo | Ouro e bronze para a JV

PentacampeõesA vencer desde 2007.

Podia ser este o slogan da equipa – juvenis masculi-nos (na foto) – da Juven-tude Vidigalense (JV) que conquistou o título pelo quinto ano consecutivo, no decorrer do campeo-nato nacional, realizado em Pombal, nos dias 19 e 20 de Junho. Também a equipa feminina subiu ao pódio, fruto do 3.º lugar.

Cinco títulos individu-ais somou ainda o colectivo vidigalense, sendo Ricardo Mendes o principal desta-que, com dois (triplo salto e salto em altura). Artur Koshchuk (salto em com-primentos; 3.º lugar nos 100metros planos), Miguel

Lavrador (lançamento do dardo) e Juliana Pereira (lançamento do disco) fo-ram os restantes campeões nacionais.

Ao pódio subiram ainda João Moniz (2.º lugar, 300 metros com barreiras; 3.º no triplo salto), Miguel Marques (2.º no triplo salto; 3.º no salto em comprimen-to), Miguel Carreira (3.º no lançamento do disco), es-tafetas masculinas 4x100 e 4x300 metros planos (am-bas ao 2.º); Mónica Rino (2.º no salto com vara), Marta Mendes (2.º no lançamento do dardo), Sarah Dias (3.º no salto em comprimento) e a estafeta feminina 4x100 metros planos (2.º).

Futebol | Leiria“Mika” no mundial Sub-20Michael Domingues (U. Leiria), mais conhecido por “Mika”, é um dos 21 convocados pelo selec-cionador nacional Ilídio Vale para participar no campeonato do mundo de Sub-20, agendado para a Colômbia, de 29 de Julho a 20 de Agosto. O guarda-redes será o único leiriense no grupo, apesar do médio Rúben Brígido, seu colega de equipa, ter sido um dos pré-convocados.

Atletismo | LeiriaCampeõesA equipa de juvenis mas-culinos da Juventude Vidi-galense sagrou-se campeã nacional de provas com-binadas, cujo campeonato decorreu no Luso, nos dias 11 e 12 de Junho. Para tal contribuíram os desempe-nhos de Artur Koshchuk (5088 pontos), João M. Silva (4947) e Dyllan Pedro (4633) no octatlo, todos atletas da JV.

DR/JV

Orientação | Nacionais de distância média e sprint

15 títulos para o COC

Domínio distrital | O Bairro dos Anjos sagrou-se campeão distrital pela terceiro ano consecutivo, ficando à frente do Clube de Natação de Alcobaça e do Desportivo Naútico da Marinha Grande, respectivamente. A prova decorreu em Leiria, nos dias 17 e 18 de Junho. Foto: DR/BA

Divulgação O Clube de Orientação do Centro (COC) totalizou 15 títulos, entre colectivos e individuais, nos campeona-tos nacionais de distância média e sprint, que decor-reram em Peniche, nos dias 18 e 19 de Junho.

O nacional de sprint, que decorreu no centro de Peniche, foi o mais produ-tivo em termos de títulos para o clube leiriense, que coleccionou oito. António Ferreira (iniciados), Ana-bela Vieito (D40), Luísa Mateus (D45), Isabel Mon-teiro (D50) e Albano João

(H50), iniciados (António Ferreira, João Bernardino e Gabriel Brás), elites (An-dreia Silva, Patrícia Casa-linho e Catarina Ruivo) e veteranos II (Albano João, Mário Santos e Manuel Domingues) foram, então, os vencedores.

Já no nacional de distân-cia média, que decorreu no mapa de Ferrel, conquista-ram o título Inês Domin-gues (juvenis), Anabela Vieito (D40), Luísa Mateus (D45) e Isabel Monteiro (D50) foram as campeãs nacionais, títulos aos quais

se juntaram os colectivos de elites feminina e masculina (Catarina Ruivo, Andreia Silva e Patrícia Casalinho; Gildo Silva, Paulo Franco e Joaquim Sousa), bem como o de veteranos II (Luísa Ma-teus, Maria Palmira e Isabel Monteiro).

Após as duas provas o COC ficou em 2.º lugar (3715,1 pontos), apenas superado pela Associação de Deficientes das Forças Armadas (3757,1).

F. Costa PereiraMédico Especialista

Doenças da boca e dentesRua João de Deus, 25- 1º Dt. - LEIRIA

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Page 16: 4865#OMENSAGEIRO#23JUN

23JUNHO2011ÚLTIMA A natureza e a arte parecem afastar-se,mas antes que o pensemos já elas se encontraram.Johann Wolfgang von Goethe, escritor e cientista alemão [1749-1832]

De 29 de Junho a 3 de Julho, a natureza esplen-dorosa do pinhal de Leiria, em S. Pedro de Moel, vai ser o palco da quinta edi-ção do “Pinhal das Artes”, dedicado essencialmente à infância até aos 5 anos, numa organização da Socie-dade Artística e Musical dos Pousos (SAMP).

A cultura, nas suas di-versas expressões artísticas de música, poesia, teatro, entre outras, será uma aliada natural dos vastos elementos que aquele es-paço verde oferece aos visi-tantes, num ambiente que promete transformar em magia os sons, os cheiros e as cores que vão compor es-tes seis dias, em momentos inesquecíveis para bebés e para os seus pais.

Organização confianteOs organizadores e

parceiros do “Pinhal das Artes” promoveram, no dia 17 de Junho, no mesmo “Lugar das Árvores” onde decorrerá o festival, uma conferência de imprensa para apresentação do vasto programa desta edição de 2011, dos seus motivos e objectivos delineados. Com um investimento a rondar

os 82 mil euros, envolven-do 100 voluntários e mais de 200 artistas, perspectiva--se a participação de 4 mil pessoas.

Rita Gomes, da Auto-ridade Florestal Nacional, começou por referir que “é com gosto que recebe-mos as artes na natureza, esperando que as gerações futuras tenham uma visão diferente, com mais respei-to pela floresta”.

Já Nuno Veiga, vice-pre-sidente da SAMP, lembrou que “o Pinhal das Artes é um espaço para a família,

dedicado ao ambiente, realizado por um grande número de voluntários”.

Cidália Ferreira, verea-dora do Município da Ma-rinha Grande, frisou o orgu-lho da autarquia em receber este festival, “num espaço óptimo para as famílias sentirem o cheiro, o toque e até os vários sabores do pinhal, misturados com as muitas e diversas emoções de um evento cujo mérito é já reconhecido a nível nacional e internacional”. A autarca considera o fes-tival “diversificado e de

grande valor pedagógico”, oferecendo aos participan-tes e aos próprios organi-zadores “muitos sorrisos e alegrias”.

Rosa Gaspar, referiu que esta deveria ser a sua última representação do Governo Civil de Leiria, dada a mudança de Gover-no, e estava contente por se tratar de um apoio a um evento que bem o merece, pelo “sucesso garantido”, a julgar pela oferta de “cria-tividade e qualidade” das anteriores edições.

Evento especialnum lugar especial

Paulo Lameiro, mentor do projecto, concluiu a apresentação, começando por evocar D. Dinis, o rei que um dia se lembrou de “plantar um pinhal entre a terra e o mar”. É justamente este rei que muito marcou a cidade de Leiria a figura de destaque desta iniciativa, não só por ter plantado toda aquele pulmão de floresta, mas sobretudo por ser também “músico e poeta”. Pretendendo pro-mover essa “sensibilidade artística que distingue o homem de todos os ou-tros seres vivos”, é num ambiente que por diversas vezes considerou de “espe-cial” que essa sensibilidade melhor se poderá “sentir e experimentar”.

Outra curiosidade do Pinhal das Artes de 2011 é o facto de este ser o Ano Internacional da Floresta e ainda o Ano Europeu do Voluntariado, estando em destaque neste festival essas duas realidades, ao realizar-se num pinhal e ao envolver muitas dezenas de voluntários. A oferta é tanta, vinda mesmo do es-trangeiro, que “obrigou a uma selecção e à formação antecipada dos voluntários” para este trabalho. Também o número e o género de pro-postas performativas au-menta, com mais artistas, mais produção específica e mais parcerias entre gru-

pos, alguns deles do palco internacional.

É a conjugação de todos estes e outros factores que fazem deste evento algo de “especial, talvez único no mundo, com um programa tão vasto e completo di-reccionado especialmente à primeira infância”. Das 18 tendas temáticas, onde as crianças e os pais serão convidados a interagir e ac-tuar com os artistas, cinco são destinadas aos bebés até aos 12 meses, “o que não será fácil de encontrar noutro festival”.

Para além da música e da representação, o visitan-te poderá desfrutar de ou-tras surpresas preparadas para o público preferen-cial. É o caso da presença do “mar”, através do maior aquário portátil da Europa, com 22 mil litros de água. A única coisa que não deverá esperar-se é “aquilo que normalmente as crianças encontram noutros locais, para que não sejam trans-portadas para universos já conhecidos e que forma-tam o seu divertimento ou formação”, conclui Paulo Lameiro, já a caminho do refresco que a organização ofereceu aos jornalistas pre-sentes. “Queremos que seja algo único, diferente, mar-cante… especial!”, remata com o entusiasmo que lhe é característico.

Joaquim SantosLuís Miguel Ferraz

Em 2007 a Escola de Artes SAMP promoveu a primeira edição de um festival de artes ao ar livre para bebés e crianças até aos 5 anos. Designada por Pinhal das Artes, por-que decorreu numa das paisagens mais bonitas do Pinhal do Rei, este festival teve uma procura muito acima do esperado e ultrapassou as expectativas mais optimistas. Numa avaliação conjunta por parte de todos os agentes e entidades envolvidas, decidiu alargar-se e desenvolver a iniciativa em 2008,

nomeadamente, com a passagem de um para dois dias de duração e o envolvimento de mais valências e entidades na sua concepção e realização.

Em 2009, o Pinhal das Artes afirmou a sua identidade com o cruzamento de projectos artísticos com actividades múltiplas na na-tureza, passando de 3 para 5 dias, e em 2010 internacionalizou a sua programação.

A quinta edição decorrerá de 29 de Junho a 3 de Julho de 2011

e caracteriza-se pelas propostas de co-produção internacional entre SAMP, MUSICALMENTE e o pro-jecto flamengo NARAGÓNIA, bem como pelo alargamento de horários de toda a programação.

O Pinhal das Artes de 2011 tem algumas estreias absolutas, das quais se destaca a produção “Cegar-rega da Poesia” que os CEGARREGA criaram especificamente para a pre-sente edição. Um trabalho a partir de vários poemas sobre a musicali-dade da língua cantada, declamada, saboreada, adocicada pela harpa celta e outros instrumentos.

Diversificaram-se os percursos pedestres, alargam-se as observa-ções das estrelas, e intensificaram-se todas as actividades de relação com o espaço natural.

A internacionalização não se ve-rifica somente na programação, pois este ano há já muitas reservas de bebés e famílias espanholas, e até ao nível dos voluntários chegaram candidaturas do país vizinho...

Objectivos1 – Estimular a fruição e a partilha de bens e saberes

culturais desde a primeira infância; 2 – Promover o diálogo entre a fruição artística e a natureza; 3 – Oferecer a famílias com bebés um amplo conjunto de

actividades artísticas ao ar livre; 4 – Incentivar a criação e produção artística para a primeira

infância junto dos profi ssionais das artes; 5 – Estimular uma vida saudável, o respeito pela natureza,

pela arte, e por todas as culturas; 6 – Promover a criatividade em família;

De 29 de Junho a 3 de Julho: Música, poesia, teatro e outros “doces” para a primeira infância

“Pinhal das Artes”... mais um grande festival na natureza

HoráriosDia 29 de Junho • Quarta-Feira • 10h30–23h00 Dia 30 de Junho • Quinta-Feira • 10h30-23h00 Dia 1 de Julho • Sexta-Feira • 10h00–24h00 Dia 2 de Julho • Sábado • 07h30–24h00 Dia 3 de Julho • Domingo • 07h30–18h00

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