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O Mensageiro completa amanhã, dia 7 de Outubro, os 97 anos sobre a sua fundação. Ao longo das décadas, desempenhou um papel relevante da defesa das causas locais. Sob o lema “(In)formação Diferente”, assume também a função formativa, conforme os princípios da fé e da doutrina social da Igreja. Nesta edição, lembramos o seu fundador, Pe. Lacerda, porque na história podemos ler futuros. Páginas 2 e 3 ANO 97 - N.º 4878 FUNDADOR: José Ferreira Lacerda DIRECTOR: Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt 6 OUTUBRO 2011 DESTAQUE FUNDADO EM 1914 ECLESIAL SOCIEDADE CULTURA BISPO APELOU AO TESTEMUNHO NA ASSEMBLEIA DIOCESANA para a Assembleia Diocesana, no passado dia 2 de Outubro, no Seminário Diocesano de Leiria. Leigos, religiosos e padres, vindos um pouco de toda a Diocese, quiseram assim dar um sinal de comunhão neste “arranque oficial” do novo ano pastoral, pautado pelo tema “Testemunhas de Cristo no Mundo” e iluminado pelo mandamento do próprio Jesus: “Brilhe a vossa luz diante dos homens” (Mt 5, 16). Última página No Museu Municipal de Ourém | P. 5 Documentário “Casas adormecidas, um passado com futuro” Cultura no Orfeão de Leiria | P. 5 Nasceu o projecto FÁBRICA FAZ AMANHÃ 97 ANOS! 1914 2011 Dia da Unidade e Rendição de Comandante | P. 6 Base Aérea de Monte Real assinalou 52.º aniversário Enfermeiras conversam sobre amamentação | P. 7 “Como alimentar o seu bebé?” Jornadas Nacionais de Comunicação Social | P. 9 A revolução da “era digitalComunidade dos Parceiros | P. 9 Homenagem e gratidão ao padre Adelino Rodrigues Ferreira CRISTÃOS ACTIVOS E SANTOS NO MUNDO LMFerraz

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O Mensageiro (O Mais Antigo Semanário do Distrito de Leiria): Edição de 6 de Outubro de 2011 (N.º 4878).

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O Mensageiro completa amanhã, dia 7 de Outubro, os 97 anos sobre a sua fundação. Ao longo das décadas, desempenhou um papel relevante da defesa das causas locais. Sob o lema

“(In)formação Diferente”, assume também a função formativa, conforme os princípios da fé e da doutrina social da Igreja.

Nesta edição, lembramos o seu fundador, Pe. Lacerda,porque na história podemos ler futuros. Páginas 2 e 3

ANO 97 - N.º 4878

FUNDADOR: José Ferreira LacerdaDIRECTOR: Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

6 OUTUBRO 2011

DESTAQUE

FUNDADO EM 1914

ECLESIALSOCIEDADECULTURA

BISPO APELOU AO TESTEMUNHO NA ASSEMBLEIA DIOCESANA

Cerca de 400 pessoas responderam ao convite do BispoCerca de 400 pessoas responderam ao convite do Bispopara a Assembleia Diocesana, no passado dia 2 de Outubro, no Seminário Diocesano de Leiria. Leigos, religiosos e padres, vindos um pouco de toda a Diocese, quiseram assim dar umsinal de comunhão neste “arranque oficial” do novo ano pastoral, pautado pelo tema “Testemunhas de Cristo no Mundo” e iluminado pelo mandamento do próprio Jesus: “Brilhe a vossa luz diante dos homens” (Mt 5, 16). Última página

No Museu Municipal de Ourém | P. 5

Documentário “Casas adormecidas, um passado com futuro”

Cultura no Orfeão de Leiria | P. 5

Nasceu o projecto FÁBRICA

FAZ AMANHÃ 97 ANOS!

1914 2011

Dia da Unidade e Rendição de Comandante | P. 6

Base Aérea de Monte Real assinalou 52.º aniversário

Enfermeiras conversam sobre amamentação | P. 7

“Como alimentar o seu bebé?”

Jornadas Nacionais de Comunicação Social | P. 9

A revolução da “era digital”

Comunidade dos Parceiros | P. 9

Homenagem e gratidão ao padre Adelino Rodrigues Ferreira

Cerca de 400 pessoas responderam ao convite do Bispo

CRISTÃOSACTIVOS E SANTOSNO MUNDO

LMFerra

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EFEMÉRIDE2 O Mensageiro6.Outubro.2011

Em 2014 o jornal O Men-sageiro completará 100 anos de vida, numa luta esparti-lhada entre o jornalismo de causas que recuperaram a actual diocese, a cidade e o distrito de Leiria, mas tam-bém de informar e formar os seus leitores.

O projecto jornalístico que surgiu na conturbada primeira República Portu-guesa, teve um mentor que se preocupou por fomentar o jornalismo regional mas também de o usar para atin-gir objectivos que levassem ao bem comum, dando mais influência a uma cidade de Leiria que precisava de refor-çar a sua posição entre as eli-tes governativas de Lisboa.

José Ferreira de Lacer-da(1881-1971) é uma figura central na história de Leiria do século XX. Depois da sua ordenação sacerdotal a 6 de Novembro de 1904, na Sé Nova de Coimbra (Leiria per-tencia à Diocese de Coimbra e ao Patriarcado de Lisboa) destacou-se pelos seus inú-meros contributos de cida-dania, muito especialmente na restauração diocesana que tinha sido perdida a 4 de Setembro de 1882.

O jornalismo de causas foi uma das vertentes que mais destacaram a vida do sacerdote-jornalista Ferreira de Lacerda, tendo contri-buído decisivamente com a publicação do seu jornal O Mensageiro, fundado a 7 de Outubro de 1914, para devolver a Leiria a impor-tância diocesana perdida no século XIX, pretensão alcançada a 17 de Janeiro de 1918, através da bula papal “Quo Vehementius (Papa Bento XV).

José Lacerda, justamente no ano em que fundou o seu periódico leiriense, assiste de forma interessada ao despo-letar da Grande Guerra, passando a acompanhar os seus efeitos e causas. Entre 1914 e 1918, o leiriense toma posições firmes sobre a importância da assistência religiosa no conflito. Depois da Lei da Separação do Es-tado da Igreja (20 de Abril de 1911), os governantes tomam posições firmes para dispensarem os favores da Igreja Católica, numa lógica laica de governação. A recen-te República, instaurada a 5

de Outubro de 1910, vivia tempos conturbados pelas muitas instabilidades polí-ticas, pelas mudanças que o regime impôs aos cidadãos e pelas forças monárquicas que teimavam em não desistirem de recuperar o Reino.

José Lacerda, em 1914, destaca-se com cartas e vários contactos com elementos do governo e do Ministério da Guerra, no sentido de se alistar como capelão militar voluntário. De forma desinte-ressada, avança com pedidos, tomadas de posição públicas, impondo a sua pressão mas também a sensibilização para a importância da assistência psicológica, moral, religiosa e até mesmo cultural, aos soldados portugueses que apenas vieram a partir para a Grande Guerra em Janeiro de 1917, com o envio do CEP (Corpo Expedicionário Português). Foi precisamen-te nesse ano que o sacerdo-te-jornalista foi aceite pelo Ministério da Guerra para integrar o conflito como ca-pelão-militar, no período de 2 de Maio até 21 de Setembro de 1917.

O sacerdote exerceu na Grande Guerra muito mais que uma missão dedicada às capelanias militares. Ao dei-xar em Portugal o seu jornal O Mensageiro, confiado ao seu amigo Júlio Pereira Ro-que (Jupéro), não esquecendo o jornalismo, interessa-se por relatar os acontecimentos da guerra da Flandres através do envio dos seus textos para publicação semanal em O Mensageiro, com as suas regulares narrativas Cróni-cas da Guerra / Campanha da Flandres, inseridas no periódico de 9 de Maio a 29 de Novembro de 1917 (já o

sacerdote tinha regressado a 21 de Setembro desse ano).

José Lacerda já em Portu-gal, passa a acompanhar no-vamente os desenvolvimen-tos da guerra, com particular enfoque para a assinatura do armistício, às 11 horas, do dia 11, do mês 11, do ano de 1918. Mas esse ano do final da Grande Guerra teve um enorme significado para si, como proprietário e director de O Mensageiro, mas espe-cialmente por ser um leirien-se interessado na sua diocese e no desenvolvimento da cidade. Se o fim do conflito decorreu no final de 1918, a 17 de Janeiro desse mesmo ano, os fundamentos que estiveram na génese do seu jornal O Mensageiro, tiveram acolhimento superior em Roma, devolvendo a Leiria a sua diocese, a principal causa do periódico que fundou. Se hoje a Diocese de Leiria-Fá-tima é uma realidade, se o santuário mariano da Cova da Iria alcançou o protago-nismo mundial, muito deve à personalidade decidida de José Lacerda, que juntamente com algumas personalidades leirienses de âmbito político e do clero, restauraram nova-mente o território diocesano, precisamente com as mes-mas paróquias que tinham sido confiadas a Coimbra e Lisboa.

Leiria prepara-se para viver em 2014 e em 2018, dois acontecimentos absolu-tamente importantes na sua história. Em 7 de Outubro de 2014 assinalar-se-á os 100 anos de O Mensageiro e a 17 de Janeiro de 2018 tam-bém se viverá um século da Diocese de Leiria restaurada. Embora estes dois aconteci-mentos sejam distintos, es-

tão profundamente ligados ao sacerdote-jornalista José Lacerda. Primeiro, pela sua afirmação do jornalismo, segundo, pelo enorme signi-ficado que teve no processo evolutivo da região de Leiria. A Diocese de Leiria-Fátima certamente aproveitará es-tas datas para evocar o jornal mas também o seu mentor, podendo promover a redes-coberta dos valores do jorna-lismo daquele tempo, embo-ra nem sempre consensual, mas que se destacou pelo seu vincado interesse colectivo e público, causas que desapa-receram por completo no jornalismo contemporâneo. Também a Câmara de Lei-ria e o Santuário de Fátima podem fomentar nos seus programas estas comemora-ções, porque muito a cidade beneficiou com a acção de José Lacerda, assim como Fátima que, aquando da restauração diocesana, vivia a braços com os recentes mi-lagres que decorreram de 13 de Maio a 13 de Outubro de 1917. Aliás, também foi José Lacerda, um dos sacerdotes que mais se interessou por tudo o que aconteceu na Cova da Iria, querendo apu-rar de forma séria e célere, toda a verdade sobre o que se tinha passado, efectuando rigorosos inquéritos aos três pastorinhos.

Joaquim SantosJornalista de O Mensageiro e mestrando de Jornalismo

e Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade

de Coimbra, com tese a defender brevemente com o tema

José Ferreira de Lacerda: o sacerdote jornalista.

Pe. José Lacerda impulsionou os 97 anos de jornalismo regional

Jornal O Mensageiro como defensor das causas da Diocese e de Leiria

“Leiria – Vista da cidade e castello”, imagem de 1900, Biblioteca Nacional, 1550 P.

Rui [email protected]

O Mensageiro faz 97 anos

EDITORIAL

A celebração de uma data é

certamente motivo para festejar

e rever todo o percurso feito, mas

será certamente, também, uma

excelente ocasião para

pensar o futuro e equacionar

caminhos a percorrer.

Comemoram-se, no dia 7 de Outubro, os 97 anos de O Mensageiro. Um marco importante a assinalar, sobretudo, tendo em conta as muitas intempéries que a história registou ao longo destes anos. Acontecimentos de política interna e externa, e acontecimentos religiosos de cariz nacional e diocesano que caminharam lado a lado com a história de O Mensageiro.

A celebração de uma data é certamente mo-tivo para festejar e rever todo o percurso feito, mas será certamente, também, uma excelente ocasião para pensar o futuro e equacionar ca-minhos a percorrer. Algumas razões para esta reflexão: por um lado, desapareceram já alguns dos motivos que deram origem a este jornal; por outro lado, as preocupações de hoje são

completamente dife-rentes das que havia em 1914; finalmente, não se pode esquecer que na área da comu-nicação se deu uma revolução, ainda em desenvolvimento, que impõe uma rede-finição de métodos e meios de acção.

Já em outras ocasi-ões o dissemos: a dio-cese de Leiria-Fátima é pequena demais para ter dois jornais de cariz religioso. Os tempos difíceis e con-

turbados que, ao nível económico, atravessamos não devem ser a primeira razão para pensar as-sim, mas são certamente também um motivo a considerar. Mas as razões de rigor, profissiona-lismo e unidade na acção são certamente razões de maior importância a considerar.

O Mensageiro vai fazer 100 anos em 2014, mas tem plena consciência de que o futuro terá de ditar transformações profundas. Considerar esta lógica é preparar desde já um caminho de transformações, de mudança para outra vida. Afinal, até nisto a lógica da Ressurreição se pode aplicar e, como é lei da natureza, “nada se perde, tudo se transforma”. Corremos o risco de perde tudo, se entretanto não trabalharmos na transformação do que temos. Uma reflexão a ser feita com seriedade e sem programas ou projectos escondidos na gaveta antecipadamen-te. É urgente sentar-se, reflectir, ouvir e planear. Em nome da Diocese e da comunicação social da Diocese.

A par de tudo isso, não vamos esquecer nem deixar de salientar, por agora, a proeza alcançada por este semanário, que se advoga o mais antigo do distrito de Leiria e se orgulha, com mérito, de ter estado presente e ter sido decisivo em algumas questões que fazem a história do Distrito, da Diocese e até do País. Poucos poderão dizer o mesmo.

Por enquanto, a preocupação vai continuar a ser aquela que sempre norteou o rumo de O Mensageiro: informar para formar.

Parabéns para O Mensageiro!

DR

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3O Mensageiro 6.Outubro.2011ro.2011 EFEMÉRIDE

Corpo de Capelães Voluntários do CEP na Grande Guerra

Pe. José Lacerda entre os pioneiros na assistência religiosaNum contexto político

muito desfavorável à Igreja Católica Romana, o Cardeal Patriarca em representação do Episcopado Português, em 27 de Julho de 1916, fazia todos os esforços por conseguir chegar junto do Presidente da República um pedido para incorporar junto dos militares que se encontravam a preparar para irem para França, em Tancos, capelães para seguirem com o corpo ex-pedicionário.

Só em 30 de Novembro de 1916 é que é legislado (decreto n.º 2869) uma base para a regulamenta-ção da assistência religiosa a militares em operações de guerra e só em 18 de Janeiro de 1917, poucos dias antes da partida do primeiro contigente para França, é que se concretiza a regu-lamentação de assistência religiosa em operações de guerra (decreto n.º 2942).

Decreto n.º 2942Artigo 1º - A assistência

religiosa aos militares que a desejem e que façam parte de forças em operações de guerra, será dada por ministros portugueses das respectivas religiões:

a) Que na qualidade de militares ou equiparados, entrem na composição das forças em operações;

b) Que se ofereçam para acompanhar essas forças;

c) Que sejam antigos

capelães militares.Artigo 2º - Os generais

comandantes das forças em operações de guerra permi-tirão que os militares mem-bros das suas confissões a assistência religiosa que eles desejarem, contanto que as manifestações de culto e as práticas culturais não perturbem os serviços de campanha e a disciplina das tropas. Os ministros não militares das diversas religiões que se ofereceram para acompanhar os comba-tentes foram equiparados a alferes, a mesma graduação equiparada que era dada aos médicos mobilizados.

As restantes forças mili-tares aliadas tinha perfeita-mente integrados serviços de assistência religiosa aos seus combatentes e a

atitude do Governo Portu-guês, perante a resistência da formação do serviço de assistência religiosa no CEP, mereceu alguns repa-ros e criticas por parte dos britânicos.

O número de capelães fixado pelo CEP foi de 15, número que foi calculado de harmonia com a lei existente no anterior regi-me monárquico, que dirigia os serviços dos capelães do exército. A proporção esta-belecida era de 1 capelão por cada 3.000 soldados. No entanto, o Ministro da Guerra Norton de Matos decidiu, em Março de 1917, aceitar o alistamento de 30 capelães, com o objectivo de poder preencher quais-quer vagas que ocorressem por doença ou ferimento.

Existindo a necessidade de existir um capelão que superintendesse a mis-são espiritual em França, a “Comissão Central de Assistência Religiosa em Campanha” (CCARC), de-pois de analisar os volun-tários escolheu o Cónego da Sé da Guarda, José do Patrocínio Dias, para che-fiar a missão.

O comandante do CEP General Tamagnini de Abreu, considerou que o número de capelães era di-minuto, e os ingleses, que compreendiam o papel dos capelães em teatro de guer-ra, também consideraram que o Governo Português estava a negligenciar a questão.

Lista dos 15 primeiros capelães que se ofereceram, em Janeiro de 1917,

para acompanharem o Corpo Expedicionário Português (CEP).

José Ferreira de LacerdaPároco de Milagres (Leiria)Regressou a Portugal em Setembro de 1917 por questões relacionadas com a paróquia.

Álvaro Augusto dos SantosPároco em Lisboa.À data da Batalha de La Lys, assegurava a assistência reli-giosa no Hospital de Sangue n.º 1.

Avelino Simões de FigueiredoCapelão em Lisboa.

José do Patrocínio DiasCónego da Sé da Guarda.Chefe do Corpo. À data da Batalha de La Lys, assegurava a assistência reli-giosa no Hospital de Sangue n.º 2.

Luís Lopes de MeloPároco da Sé Velha de Coimbra.À data da Batalha de La Lys, assegurava a assistência reli-giosa na Ambulância n.º 1.

José Bernardino da SilvaPároco de Moledo.Regressou a Portugal em Julho de 1917, por questões de saúde.

Manuel CaetanoPároco de Cós (Alcobaça).À data da Batalha de La Lys, assegurava a assistência reli-giosa da 5ª Brigada de Infantaria (6).

Martinho Pinto da RochaPároco em Alpedriz (Alcobaça).Regressou a Portugal em Julho de 1917, por questões de saúde.

Manuel Rodrigues SilvestrePároco de Cela (Alcobaça).

Manuel Pereira da SilvaCapelão no Porto.Regressou a Portugal em Julho de 1917, por questões de saúde.

Alexandre Pereira de CarvalhoRegressou a Portugal em Agosto de 1917, por ordem do CEP.

António Augusto de Almeida CoelhoÀ data da Batalha de La Lys, assegurava a assistência reli-giosa em Lestrem.

Jacinto de Almeida MotaPároco de Trevões.

Ângelo Pereira RamalheiraPároco de Ílhavo.À data da Batalha de La Lys, assegurava a assistência reli-giosa da 5ª Brigada de Infantaria.

José Manuel de SousaPároco de Gemeses (Esposende).À data da Batalha de La Lys, assegurava a assistência reli-giosa na Ambulância n.º 7.

Arquivo Histórico Militar

A Primeira Guerra Mundial é considerada por muitos his-toriadores como um marco no início do século XX. Verifique as duas fases da guerra:

1) GUERRA DE MOVIMENTOS; ou seja, durante os pri-meiros meses da guerra, até ao início de 1915, a característica marcante foi o deslocamento constante das tropas, o que, em princípio, parece lógico para uma guerra. Os principais ataques foram realizados pela Alemanha que procurou neutralizar os russos na frente oriental enquanto avançou sobre a França no lado ocidental. O avanço sobre a França foi fulminante, a par-tir da táctica definida no Plano Schliffen, ocupando primeiro a Bélgica, para penetrarem em território francês pelo norte. A invasão da Bélgica foi usada pela Inglaterra como pretexto para entrar na Guerra. Ao mesmo tempo, ingleses e franceses lançaram uma ofensiva na África, tomando territórios da Ale-manha. Vale lembrar que a Itália, até então aliada da Alemanha e Áustria, declarou-se neutra e não participou da guerra nesta primeira fase.

2) GUERRA DE TRINCHEIRAS; é reflexo de uma situação de equilíbrio de forças, fazendo com que os exércitos procurassem garantir suas posições, preparando novas conquistas. Esse foi um longo período, até 1917, caracterizado por grande desgaste: elevada mortalidade, grande destruição, elevados gastos finan-

ceiros. Na tentativa de conseguir vantagens, os países envol-vidos na guerra procuraram desenvolver novos armamentos ( canhões de longo alcance, tanques, aviões, submarinos....) criando novas tecnologias que pudessem ser aplicadas na guer-ra. Em 1915 os italianos entraram na Guerra junto aos aliados, com a promessa de que receberiam parte das colónias alemãs. A situação da Itália na guerra deve ser destacada, para compre-endermos posteriormente seus maiores problemas.

Resistiu até 1917,quando teve seu território invadido pela Áustria, provocando grande destruição, principalmente no norte, área mais povoada e desenvolvida. O ano de 17 marca mudanças importantes, quando os alemães passaram a utilizar a guerra submarina. Os ataques a navios mercantes norte america-nos foi usado como pretexto para o Ingresso dos EUA na Guerra.Muitos consideram que o ingresso norte-americano foi fun-damental para o fim do conflito, porém é importante lembrar que os EUA estiveram até então como observadores, não havia guerra na América e a indústria do país crescia em ritmo muito acelerado.

Nesse ano ainda a Rússia sai da guerra devido a ascensão dos bolcheviques ao poder. A decisão unilateral fez com que a Alemanha invadisse o território russo, no entanto, em Março de 1918 os dois países assinaram o Tratado de Brest-Litovski selando o fim da guerra entre ambos.

Grande Guerra em dois momentos

DR

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CULTURA4 O Mensageiro6.Outubro.2011

na nossa estanteCINEMASTeatro Miguel Franco (Leria)• A MINHA VERSÃO DO AMOR | Drama | de Richard J. Lewis | c/ Paul

Giamatti, Macha Grenon, Paul Gross, Minnie Driver, Dustin hoffman, davi Croneberg, Bruce Greenwood | 10 e 11 de Outubro, 21h30; 12 de Outubro, 18h30 e 21h30

Cine-Teatro de Monte Real (Leiria)• PIRATAS DAS CARAÍBAS - POR ESTRANHAS MARÉS | Comédia/Fantástico |

de Rob Marshall | c/ Johnny Depp, Penélope Cruz, Ian McShane, Geoffrey Rush | 8 de Outubro, 21h30 e 9 de Outubro, 15h30

EXPOSIÇÕESTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Sensibilidades 25” - fotografia (~30/10)Teatro Miguel Franco - Leiria•”Sabores da terra” - Duate Belo (~15/10)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”No meu pequeno mundo aqui em baixo” - foto. Ana L. Pinho (~31/10)Edifício Banco de Portugal - Leiria•”Subúrbio d’um azul anluarado” - Roberto Chichorro (~31/10)Edifício Paços do Concelho - Leiria•”Passe, cidadão!” (~30/11)m|i|mo -Museu da Imagem em Movimento - Leiria•”Oficina do Olhar” (exposição permanente)•”Provas de Cor” (~22/10)•”O movimento das coisas/coisas em movimento” - vídeio arte (~31/10)Célula e Membraba/a9)))) - Leiria•”Nora. Eine Idyle” - pintura e desenho de Jochen Dietrich (~2/01)•”A cassete dasnossas vidas” - Pedro Serrazina e Natalie Woolf (~30/1)Tuá Tuá Cozinhartes - Leiria•”Fatias de Vida” - fotografia de rua (~27/10)Casa-Museu João Soares - Cortes•”Os grafitos medievais do Mosteiro da Batalha” (~31/12)Museu Joaquim Correia - Marinha Grande•”Retratos” (3ªs~6ªs)

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSCastelo - Leiria•”Ceias com História” - jantar republicano (8/10, 20h00)Teatro José Lúcio da Silva - Leiria•”B fahada + Lula Pena” - música (6/10, 21h30)•”Em pêlo” - teatro (8/10, 21h30)•”O Barbeiro de Sevilha” - teatro (13/10, 21h30)Teatro Miguel Franco - Leiria•”O medo que o General não tinha” - teatro (6/10, 22h00)•”Improvisos prováveis” - concerto para bebés (9/10,10h30,11h45 e 15h)•”Imundação” - teatro (13/10, 22h00)Sala Jaime Salazar Sampaio - Leiria•”As peúgas” - teatro (8, 15 e 29/10, 22h00)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”Capuccina e a pequena feiticeira” - conto (7,12,21 e 26/10, 11h e 15h)•”Cantnho do Embalo-1,2,3...outra vez!” - bebeteca (13,15/10 e Sáb.,15h)•”Contar e encantar” - hora do conto (29/10, 16h00)m|i|mo - Museu da Imagem em Movimento - Leiria• Oficina de Cianotipia (6, 13, 20 e 27/10, 10h00 e 14h30)•”Era uma vez o pinóquio Azul” - infantil (8/10, 15h00~16h00)Livraria Arquivo - Leiria•”Uma estratégia para Portugal” - livro de Henrique Neto (6/10, 18h30)•”O menino que detestava escovas de dentes” - infantil (8/10, 16h30)•”À conversa com...” - Barry Hatton-“Os Portugueses” (8/10, 18h30)Recreio dos Artistas - Leiria•”L.A. Houdini Tour” - apresentação de álbum (7/10, 22h00)Tuá Tuá Cozinhartes - Leiria•”A Lição” - teatro (7/10, 22h00)•”Música à mesa” - música (13/10, 22h00)Auditório Municipal - Batalha• Libert Fortuny e Mário Laginha - Jazz na Batalha (29/10)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”Pedro e a Lua” - hora do conto (3ªs, 11h00 e 5ªs, 15h00)

As minhas primeiras oraçõesThereza AmealPAULUS

«Este livrinho pretende ajudar as crianças mais pequeninas a darem os seus primeiros passos na oração. Gostaria que através destas páginas descobrissem que Deus – Pai, Filho e Espírito Santo – é um Deus próximo e cheio de ternura, aquele Amigo sempre presente com quem podem conversar em todas as ocasiões das suas vidas, manifestando-Lhe o seu amor, falando-Lhe das suas alegrias e tristezas, pedindo ajuda ou agradecendo – conforme as situações do dia-a-dia. As orações – e as dinâmicas indicadas entre parênteses – pretendem mostrar de forma prática e profunda como a oração é transformadora: rezar dá alegria, afugenta os medos, pacifica pelo perdão, une as famílias e fortalece o sentido de comunidade.

Sendo um livro português, a presença amorosa de Nossa Senhora, e até o espírito de peregrino de Fátima, tinham de estar presentes.»

O Homem das Violetas RoxasCarmo Miranda MachadoEdições Colibri

Este é um romance que nos confronta com três personagens de alma límpida mas cuja vida foi entupida, de uma forma ou de outra, pela tristeza: um curador de almas, uma mulher em busca da sua identidade e uma velha enlouquecida por segredos e mistérios esquivos, próprios das mulheres que não foram amadas. “Ao sentir-se envelhecer, ele perdera a von-tade de ir na procissão e refugiou-se naquele local perto do mar. Ali sentia-se a presença de Deus, não havendo espaço para medo ou culpa. Mas a procissão passou a visitá-lo… Todos os dias chegava alguém com um andor às costas, carregado com o peso da sua alma. Para aqueles que o procuravam, ele interpretava magicamente as suas vidas e mudava-as para melhor, diziam. Quer fosse através das violetas e dos seus poderes medicinais, quer fosse através da força das palavras modeladas pela voz do coração, a quinta tornara-se o oráculo das gentes do sul.”

As relações entre Portugale São Tomé e Príncipe:do passado colonial á lusofoniaFernando Rui de Sousa CamposEdições Colibri

O processo de contrição e de consolidação do Império português teve como protagonis-tas homens e mulheres na sua maioria anó-nimos que sacrificaram, em muitos casos, apropria vida. Este estudo baseia-se nas relações entre Portugal e uma das suas antigas colónias – São Tomé e Príncipe -, e abarca o período desde o passado colonial até á criação da CPLP e a institucionalização da lusofonia. Em Portugal, em 25 de Abril de 1974, o regime do estado Novo foi derrubado e este acto fez crescer em São Tomé e príncipe a esperança na independência, facto que viria a acontecer em 12 de Julho de 1975. O estudo da evolução política de São Tomé e Príncipe torna-se de extrema importância tendo em conta que se está perante uma «jovem democracia» já que este país, depois de um longo perí-odo de regime de partido único, parece capaz de usar a abertura ao multipartidarismo para a construção de um modelo próprio.

Loanda: Escravas, Donas e SenhorasIsabel ValadãoBertrand Editora

«No século XVII, duas mulheres deixaram o seu rasto na história da cidade de Luanda. À sua volta teria gravitado um sem número de indivíduos, fidalgos, traficantes, degredados, escravos e libertos. Uns, foram personagens marcantes do seu tempo, outros, simples-mente anónimos no papel de figurantes, todos eles se fazendo parte de um específico contexto historiográfico da colónia angolana. Se existiram realmente ou se foram, apenas, o retrato fugaz de uma época, não há certezas, embora tenham perdurado de alguns vestígios de memórias escritas.» Através do retrato de Maria Ortega e Anna de São Miguel, a autora leva-nos até Luanda do século XVII, de encontro ao percurso, queda e ascensão dos escravos e exilados do reino português. Cruzando a História com um ritmo narrativo forte e surpreendente, Loanda é ainda marcada pelo tom biográfico de personagens que deixaram a sua marca naquele território.»

M|i|mo – museu da imagem em movimento

“Era uma vez o Pinóquio Azul”

Já ouviste falar numa histó-ria do Pinóquio em que tudo é azul? O menino, o avô, a fada, as casas os sorrisos e o Nariz do Pinóquio, que cresce, cresce,

cresce sem parar...não acreditas? O m|i|mo – museu da imagem em movi-

mento convida-te a espreitar, no dia 8 de Outubro, pelas 15h00.

Exposição de fotografia “No meu pequeno mundoaqui em baixo”

Até ao dia 31 de Outubro está patente na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, a exposição de fotogra-fia de Ana Lúcia Pinho “O meu pequeno mundo aqui em baixo”. “Todos os lugares onde estive, todas as cores que vi, todas as emoções que senti. Rasgos de Luz e cor que preenchem a tela da minha vida.” é a descrição que Ana Lúcia Pinho nos faz deste trabalho. “No meu pequeno mundo aqui em baixo” pode ser visitado, às segundas-feiras, das 14 às 20 horas e, de terça a sexta-feira, das 10 às 20 horas.

Galeria Municipal de OurémO fado e as suas letras

A Galeria Municipal de Ourém apresentou ao pú-blico no passado dia 1 de Outubro a sua mais recente exposição de pintura: “Letras do Fado” do artista Agos-tinho Bento de Oliveira.

As obras expostas têm como inspiração os fados e as palavras cantadas por Amália Rodrigues e reflectem a forma como o artista sente e vive as memórias e o trabalho da “diva do fado”.

A exposição proporciona uma viagem pelos fados de Amália através das obras de pintura acrílica sobre tela presentes mas também devido à projecção digital de outras obras do artista. Tudo isto, com alguns fados da maior voz do fado português a acompanharem o público nesta viagem.

Em OurémPintura de Massimo Esposito

O pintor Massimo Esposito apresentou na sala de exposições junto ao edifício dos Paços do Concelho de Ourém, uma exposição com obras da sua autoria no passado dia 1 de Outubro. A obra do pintor Massimo Esposito é inspirada no estilo da Renascença Italiana, do Realismo e Surrealismo e aborda também o desenho da figura humana e as suas partes anatómicas.

Galeria Mouzinho de AlbuquerqueMarina Caseiroexpõe “Momentos”

“Momentos” é o título da exposição de pintura em acrílico da autoria de Marina Caseiro, que estará patente na Galeria Mouzinho de Albuquerque, na Ba-talha, de 14 a 23 de Outubro. Natural de Leiria, Mari-na Caseiro despertou desde muito nova para as artes, tendo frequentado no IPJ uma formação relacionada com design. A exposição está patente diariamente das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 19h00.

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5O Mensageiro6.Outubro.2011 CULTURA

Segunda Semana Cultural Sénior em Pombal

Está a decorrer, até 8 de Outubro, a Segunda Sema-na Cultural Sénior, numa organização do grupo de directores técnicos das IPSS’s de apoio a idosos do concelho de Pombal. Esta iniciativa tem como objectivos celebrar o Dia Internacional do Idoso, promover o bem-estar da população sénior, numa perspectiva física, social e cultural, sensibilizar a comunidade para a valori-zação e reconhecimento das potencialidades do idoso, promover a participação activa do cidadão em idade sénior, partilhar práticas de intervenção e a divulgação do papel das Instituições Particulares de Solidarie-dade Social na dinâmica de respostas ao idoso.

A Segunda Semana Cultural destina-se a pro-fissionais e dirigentes das instituições de apoio a ido-sos, a idosos, a familiares, à comunidade em geral e a estudantes, e contempla o seguinte programa:

Dia 6 (quinta-feira)Idosos em Movimento,

Pavilhão da Caldeira14h30 - Classe de movi-

mentos, Dra. Carla Lemos (Fisioterapeuta)

15h30 - Jogos Sem Fron-teiras (Actividades com ido-sos das IPSS’s do Concelho de Pombal)

16h30 - Lanche

Dia 7 (sexta-feira)Busca de uma Estrela11h00 - Missa (Igreja

da Guia)12h30 - Almoço (Salão

Paroquial da Guia)14h30 - Projecção de Pe-

lícula “Luz que nos Guia”16h30 - Lanche

Dia 8 (sábado)Tarde Cultural, Auditó-

rio Biblioteca Municipal14h00 - Sessão de en-

cerramento com Entida-des Oficiais Concelhias e Distritais

15h30 - Actuação do Grupo de Cantares “Os Trovadores”

16h00 - Actuação do C’C Arte - Companhia de Teatro do Grupo Caras Di-reitas – Buarcos- (Figueira da Foz)

17h00 - Lanche

A exibição do documentá-rio “Casas adormecidas, um passado com futuro” serviu de base a mais um “Aconte-ce no Museu” no dia 24 de Setembro. O público que se reuniu no Museu Municipal de Ourém teve oportunidade de reflectir sobre o futuro de todos nós a partir de uma vi-são abrangente e subordinada ao tema da reconstrução de casas antigas.

A premissa rapidamente foi lançada: “É melhor recu-perar bem do que destruir para fazer tudo de novo.” E foram vários os exemplos e testemunhos apresentados de quem optou por dar vida a casas e memórias através de uma atitude responsável, sustentável e adaptada às

necessidades das sociedades modernas.

O documentário retratou um país a sofrer com a deser-tificação enquanto abandona as suas aldeias e respectivas casas, em detrimento de novas construções que em nada representam a alma e o legado de Portugal. Felizmen-te, existem exemplos de que a reconstrução de uma casa antiga ainda é encarada como uma opção e testemunhos ca-pazes de desmistificar dúvidas relativamente ao conforto pro-porcionado, custos envolvidos e qualidade de vida conquista-da. Esta postura reflecte tam-bém uma preocupação com a sustentabilidade dos espaços, assente na preservação de traços urbanísticos próprios e

característicos de um país: “Se estas casas adormecidas forem transformadas em futuro es-tamos a prolongar a vida das nossas aldeias e a aprender a construir um futuro.”

O debate de ideias surgiu naturalmente após o visio-namento do documentário. Reflexões sobre as actuais tendências e caminhos a evi-tar ou seguir, abordagens mais académicas ou mais práticas, visões amplas ou centradas no nosso concelho: tudo próprio de uma tertúlia descontraída e interessada.

Esta actividade foi integra-da nas Jornadas Europeias do Património 2011, promovida pelo Museu Municipal de Ourém em parceria com o Município de Ourém.

“Orfeão Velho | FÁBRICA – Movimentos Artísticos” é o novo projecto do Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OLCA) que arranca já em Outubro, e que promete trazer uma nova vida ao antigo edifício do Orfeão de Leiria, na zona histórica, onde estarão em destaque várias áreas da cultura, desde a música e a dança, até à performance e às artes plásticas.

Como explica Neuza Betten-court, directora pedagógica da Escola de Música do Orfeão de Leiria (EMOL), «este projecto sur-ge porque o OLCA, embora sendo um Conservatório “clássico”, está atento às novas correntes musi-cais, assim como ao surgimento de públicos mais alternativos». «O projecto «Orfeão Velho | FÁBRICA – Movimentos Artísticos» preten-de, acima de tudo, proporcionar a estes públicos um centro de con-vergência cultural», salienta.

«Queremos, assim, transfor-mar um espaço que faz parte da história do OLCA e da cidade de Leiria, numa incubadora de artes, onde haja lugar a novos géneros musicais, a públicos mais diver-sificados, a iniciativas originais» afirma Neuza Bettencourt. O pro-jecto engloba várias actividades a realizar neste espaço, nomeada-mente a criação de cursos livres que incluem linguagens musicais alternativas; a criação de um espa-ço de performance, onde o público poderá assistir a actuações diferen-tes e a manutenção de uma agenda regular que dinamize a cidade e a região. Todas estas iniciativas têm o intuito de despertar o interesse do público para os mais diversos movimentos artísticos.

Henrique Pinto, presidente do OLCA, afirma que «o projecto “Orfeão Velho | FÁBRICA – Mo-vimentos Artísticos” é a prova do

constante espírito criativo que tem conduzido e mantido esta instituição, tornando-a dinâmica e actual, e o reflexo do trabalho conjunto com uma equipa jovem e motivada que quer sempre chegar mais longe». Salienta ainda que, «para além da excelência peda-gógica, que nos é reconhecida, procuramos sempre acompanhar os novos movimentos artísticos, criando as formas correctas de che-gar a diversos públicos, e isto só tem sido possível com base numa estratégia de pôr em prática projec-tos diferenciadores e que colocam o OLCA numa posição de destaque e de referência cultural, mesmo a nível nacional, como é o caso do Festival “Musica em Leiria”».

As primeiras iniciativas que darão as boas-vindas ao Orfeão Velho | FÁBRICA serão os cursos livres de Jazz, Rock e Funk e que estão abertos a todos os interes-

sados em aprender música nestes géneros, independentemente do grau de conhecimento que possu-am. Os cursos irão funcionar em aulas de Instrumentos: Saxofone, Trompete, Piano, Guitarra, Bateria, Piano, Contrabaixo/Baixo e Canto; em Classes de Conjunto: de Com-bo Jazz, Combo Funk e Combo Rock, de Big Band e Coro Jazz; e de Formação Teórico-Prática: de Teoria Musical, Treino Auditivo e Harmonia.

Todas as actividades decor-rerão nas antigas instalações do Orfeão de Leiria, Orfeão Velho, na Rua Latino Coelho nº 12, na zona histórica de Leiria. As inscri-ções manter-se-ão abertas ao longo do ano, sendo que a abertura das Classes de Conjunto e Formação Teórico-Prática pressupõe a ins-crição de um número mínimo de alunos.

Museu de Ourém dá vida a casas adormecidas

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Dinamização de cultura no Orfeão de Leiria

Acaba de nascer o projecto FÁBRICA

No âmbito das comemora-ções do Centenário da República, a Casa-Museu João Soares tem patente, ao longo do mês de Outubro, a exposição “Quem fez a República”. Através de quinze quadros, pretende-se dar um panorama sucinto dos principais

acontecimentos que levaram à Implantação da República em 5 de Outubro de 1910, apresentan-do igualmente notas biográficas dos intervenientes - quem fez a República.

Esta exposição, que reúne do-cumentos e iconografia da época,

será igualmente acompanhada da mostra parcial da Colecção António Pedro Vicente da Fun-dação Mário Soares. A mostra foi realizada pela Fundação Má-rio Soares em colaboração com a Cultideias, Invisible Design e Mapa das Ideias.

Exposição na Casa-Museu João Joares

“Quem fez a República” nas Cortes

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SOCIEDADE6 O Mensageiro6.Outubro.2011

Acção de formação “O Marketing Aplicado às Instituições Culturais”

Vai realizar-se uma acção de formação, nos dias 22 e 23 de Outubro, das 10h00 às 17h30, no m|i|mo – mu-seu da imagem em movimento. A iniciativa designada de “O Marketing Aplicado às Instituições Culturais” terá como formador Óscar Enrech Casaleiro.

International Conference on Advanced Research in Virtual and Physical PrototypingIPL reúne maiores especialistas em prototipagem virtual e física

O Instituto Politécnico de Leiria (IPL) reuniu em Leiria 250 especialistas e investigadores na área da pro-totipagem virtual e física, na International Conference on Advanced Research in Virtual and Physical Prototy-ping (VRAP), um evento organizado pelo Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto (CDRsp) do IPL. Paulo Bártolo, responsável pelo CDRsp e pela organização da conferência, salientou a elevada participação na edição deste ano, a quinta, e ainda o facto de este ser já «um dos maiores fóruns mundiais neste domínio da tecnologia».

«Além de ser um dos eventos internacionais de maior dimensão organizados pelo IPL, coloca-o também numa posição de referência mundial neste domínio, trazendo reconhecimento para a instituição, para a região e para o País», explica Paulo Bártolo. Os mais de 250 especialistas presentes vieram da Europa, Ásia, África, América do Norte, América do Sul e Oceania, representando 25 países, universidades, centros de I&D e centros tecnológicos.

Comemorou-se no dia 5 de Outubro o Dia da Unida-de e de Rendição de Coman-dante da Base Aérea Nº5 de Monte Real, com uma cerimónia militar presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General José Pinheiro, sendo também a efeméride da comemoração do 52º aniversário daquela Base Aérea.

As comemorações iniciaram-se pela manhã, com a celebração de uma missa em sufrágio pelos militares e civis da BA5 já falecidos, recordados com sentida emoção. Seguiu-se uma cerimónia militar, na qual foram impostas Con-decorações aos militares e entregues Pergaminhos Co-memorativos dos 25 Anos ao Serviço da Força Aérea, aos funcionários civis.

Neste dia em que a Unidade completou 52 anos de relevantes servi-ços prestados ao País e à Nação, assinalou-se ainda a tomada de posse do Co-ronel Piloto Aviador Paulo José Reis Mateus, no cargo

de Comandante da BA5. O Coronel Piloto Avia-

dor Paulo José Reis Mateus é detentor de vários Louvo-res e de 5 medalhas: ouro de valor militar (colectiva),

duas de prata de serviços distintos, mérito militar de 2ª classe e prata de compor-tamento exemplar.

Entre outras funções, foi Comandante da Es-

quadra 401 e Comandante do Grupo Operacional da Base Aérea Nº1, em Sin-tra. Foi nomeado ainda, Comandante do Grupo de Alunos da Academia da Força Aérea, leccionando, em simultâneo, a cadeira de Comando e Liderança no Instituto de Altos Es-tudos da Força Aérea. Foi responsável pelo acompa-nhamento dos tirocínios dos alunos portugueses a frequentar o Special Un-dergraduate Pilot Training, em diversas Bases da Força Aérea dos EUA. Assumiu o cargo de Director do projec-to para a criação do curso de Piloto Aviador na Academia Militar em Nampula, na Re-pública de Moçambique, no âmbito da Direcção Geral de Politica de Defesa Nacional de Portugal e desempenhou as funções de Adido de De-fesa de Portugal em França, Bélgica e Luxemburgo. Mais recentemente, esteve colo-cado no Estado-maior da Força Aérea onde desem-penhou a função de Chefe da Divisão de Recursos.

Dia da Unidade e de Rendição de Comandante em Monte real

Base Aérea assinalou 52.º aniversário

Iniciámos, no dia do arcanjo São Miguel – 29 de Setembro – , as comemorações dos 50 anos de existência do nosso Colégio. Neste ano jubilar todos os alunos, profes-sores e funcionários são convida-dos a ter “Asas prontas a voar”.

Às 09h30 recebemos, com muita alegria, o Sr. Bispo D. An-tónio Marto que veio passar toda a manhã naquela que é, também, a sua casa! Após o hastear das 3 bandeiras – Europa, Portugal e Colégio de São Miguel – e de se

cantarem os respetivos hinos, se-guiu-se a já habitual homenagem ao Bispo fundador da nossa insti-tuição, D. João Pereira Venâncio.

O momento alto do dia, acon-teceu no pavilhão gimnodespor-tivo, com a Eucaristia presidida pelo nosso bispo e que contou com a participação ativa de toda a comunidade educativa. O Sr. Bispo deu os parabéns a todos os presentes pelo magnífico pro-jecto de vida que nos irá orientar ao longo de todo este ano e que se

fundamenta na educação da von-tade, no estímulo da interiorida-de e na prática da fraternidade.

Seguiu-se um breve encontro entre o Sr. Bispo e todos os pro-fessores onde foi apresentada, em linhas gerais, a carta pastoral para este ano letivo e onde o Sr. Bispo abriu o Livro Branco, que irá acompanhar todos os eventos deste ano jubilar, com palavras de encorajamento para esta tarefa, tão bela quanto exigente, que é educar!

Da parte da tarde, fomos ao encontro da população de Fáti-ma. Cerca de 400 cicloturistas (aluno, professores e funcioná-rios) invadiram as ruas de Fátima para saudarem a população e da-rem conhecimento dos nossos 50 anos de existência! Os restantes alunos e professores marcharam e o ponto de encontro foi junto das primeiras instalações em que se iniciaram as aulas do Colégio de São Miguel: na rua Francisco Marto, ao pé do antigo edifício

do Seminário Diocesano, onde funciona a Galeria de Arte Sacra, São Miguel.

O regresso ao Colégio foi feito de uma forma mais pausada (o calor era muito!). À nossa espera estava um bolo que foi distri-buído por todos aqueles que cumpriram a caminhada e que chegaram ao fim!

As asas estão, definitivamen-te, prontas a voar!

Rui Parreira (Equipa de Comunicação)

Colégio de São Miguel, a comemorar 50 anos!

O Planalto de Santo An-tónio, no coração do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros foi moldado pela pedra. Desde que chegaram os primeiros ha-bitantes que o calcário tem sido forjado pelo homem, primeiro para uso domés-tico, mais tarde num plano industrial.

A Associação Cultural

e Recreativa Pedras Soltas quer homenagear e promo-ver este património através da iniciativa Rota da Pedra, que se realiza no dia 9 de Outubro, na freguesia de São Bento, concelho de Porto de Mós. Trata-se de uma caminhada e visita in-terpretativa que vai levar os visitantes a conhecer as grandiosas formações

cársicas, que tornam o pla-nalto um verdadeiro jardim de esculturas de pedra. Oportunidade ainda para visitar vários exemplos de indústria extractiva (cal-çada à portuguesa, lajes e blocos), sem esquecer as muitas utilizações que a pedra tem nesta serra, des-de muros, casas, moinhos, pias, etc.

Tudo isto regado com boa gastronomia serrana, desde o queijo local, até à Sopa da Pedra.

A concentração é no Clube Desportivo de São Bento, às 8h30, e o valor da inscrição é de 10 euros, dando direito a reforço ali-mentar e almoço.

Caminhada e visita interpretativa nas Serras de Aire e Candeeiros

Rota da Pedra mostra cultura de São Bento

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7O Mensageiro6.Outubro.2011 SOCIEDADE

A Sara precisa de ajudaJá imaginou que de um dia para o outro recebe uma notícia terrível: está com leucemia. Foi justamente isso que aconteceu

com a Sara Venâncio, de Pousos - Leiria, que sofre de leucemia mielóide aguda, precisando urgentemente de um transplante de medula óssea.

Se tem entre 18 e 45 anos, se nunca levou transfusão de sangue e pesa no mínimo 50 kg, pode ajudar a Sara com um gesto simples. Nesta fase, uma análise para saber se é compatível. E se houver o milagre de compatibilidade, será contactado.

Irá haver uma recolha de sangue no dia 16 de Outubro na Junta de Freguesia de Pousos, a partir das 9h00, para se fazer o teste, para salvar a vida da Sara. Para existir uma deslocação de uma equipa médica e para se ter a noção do material neces-sário para a recolha de sangue, agradecemos que quem puder ir nos comunique o mais breve possível para os números 918 358 912 ou 939 688 866.

Em MortáguaLeirienses homenageados

Os Leirienses Carlos Vieira, (ex-ciclista do Spor-ting Clube de Portugal), Bernardes Dinis, (responsável e fundador do Museu do Sporting Clube de Portugal em Leiria) e Irina Rodrigues, atleta do mesmo clube, foram homenageados no dia 1 de Outubro, pela claque de apoio Juve Leo de Mortágua.

Mais de centena e meia de adeptos sportinguistas prestaram uma significativa homenagem aos convida-dos leirienses no seu VI jantar convívio, que decorreu num restaurante da Vila de Mortágua.

O presidente da Juve Leo de Mortágua, Bruno Santos, ao ler os currículos respectivos de cada um, apresentou os homenageados, tecendo elogios pelo contributo que vêm dando ao clube.

8 de Outubro: comércio aberto até às 24h00Shop On em Leiria

No dia 8 de Outubro, entre as 14h30 e as 24h00, a ACILIS vai promover mais uma edição do “Shop On”, que manterá o comércio da cidade de Leiria aberto nes-te horário. A iniciativa contempla ainda animação pela cidade, descontos e surpresas das lojas aderentes.

“Já pensou como vai alimentar o seu bebé?” é o mote da iniciativa que irá decorrer a 6 de Outubro no Hospital Santo André, no âmbito da Semana Mundial do Aleitamento Materno, que se assinala de 3 a 9 de Outubro.

«A alimentação do bebé é sempre uma questão que levanta muitas dúvidas aos pais, numa fase de mudança não só para eles, mas para toda a família», explicam as organizadoras desta iniciativa. «É normal existirem dúvidas e mitos que levam a estados de ansiedade, tornando-se obstáculos ao sucesso de amamentação, e é im-portante desmistificá-los porque amamentar tem grandes vantagens, tanto para a mãe como para o bebé, fundamentais para a sua saúde física e psíquica», referem.

Amamentar é um acto natural, mas mais do que isso, é um momento de amor, um momento de partilha e fortalece a união mãe filho. É portanto, o continuar da formação do bebé física e emocional mesmo depois de cortar o cordão umbilical. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a própria Di-recção Geral de Saúde, são inúmeras as vantagens do aleitamento materno, tan-to para o bebé como para

a mãe. A importância do aleitamento materno é de tal modo elevada, que este acto é referido pela OMS como a primeira vacina do bebé, dada a sua riqueza ao nível imunológico, nu-tricional, afectivo, social e económico. Recomenda-se assim, amamentação ex-clusiva até aos seis meses de vida do bebé, mantendo até aos dois anos ou mais, complementando com ou-tros alimentos.

É preconizado por estes organismos a promoção e a divulgação do aleitamento materno, sendo necessá-rio, cada vez mais, este ser encarado como uma prioridade pelos próprios profissionais de saúde, pe-los pais, família e sociedade em geral. Assim, logo que o bebé nasce, é fundamental desenvolver todos os es-forços para que a amamen-tação seja uma realidade efectiva e duradoura.

O facto de ser o ali-

mento mais completo e adaptado às necessidades do bebé, de estar sempre pronto a dar, diminuir o ris-co do cancro da mama e do ovário, torna o aleitamento materno um bem precioso. É nesta perspectiva que um grupo de enfermeiras do Hospital de Santo André, sensíveis às mais recentes recomendações para a saú-de, irá dinamizar, no espa-ço da Consulta Externa de Obstetrícia (entrada pela urgência obstétrica), no próximo dia 6 de Outubro, quinta-feira, um encontro entre pais e profissionais. O objectivo é promover o aleitamento materno de forma interactiva, para que os pais tomem uma decisão informada e responsável.

Esta acção de formação é gratuita, não sendo neces-sária inscrição prévia. Terá início pelas 16h00 com uma sessão chamada “Amamen-tar é dar e receber”, a que se segue, às 17h00, um

momento de partilha de “Vivências de uma mãe que amamenta”. O dia ter-minará com uma oficina de trabalho de “Técnica do pano”, pelas 17h30. Todos estes momentos serão acompanhados por expli-cações e esclarecimento de dúvidas.

No internamento de Obstetrícia, e durante a se-mana de 3 a 7 de Outubro, a equipa de enfermagem, diariamente, promoverá o aleitamento materno, em sessões dirigidas às mães, acompanhantes e visitan-tes, onde serão abordados os temas: aleitamento materno; como funciona a amamentação; quando dar de mamar; como ultrapas-sar pequenas dificuldades; extracção de leite materno; conservação de leite mater-no; contra-indicação do leite materno; desvantagens do uso de chupetas e tetinas; a técnica do copo; e o papel do pai na amamentação.

No dia 4 de Outubro a formação é sobretudo di-rigida a todos os profissio-nais do HSA, cujo objectivo principal é a actualização de conhecimentos e uni-formização da linguagem na educação para a saúde. As organizadoras deixam o desafio: «participe e parti-lhe connosco o seu saber ou as suas dúvidas».

Enfermeiras do HSA conversam com utentes sobre amamentação

“Já pensou como vai alimentar o seu bebé?”

Depois de algumas quei-xas de empresas em relação aos serviços de atendimen-to dos CTT, a NERLEI – As-sociação Empresarial da Região de Leiria fez uma consulta alargada aos seus associados, durante o mês

de Setembro, com vista a analisar a eficácia destes serviços. As resposta re-cebidas indicam que “os horários no período de Ve-rão são desajustados às ne-cessidades, há balcões que encerram à hora de almoço

e fim do dia, atendimento moroso em alguns balcões por falta de funcionários e encerramento de alguns balcões dos CTT”.

Outra questão que está a preocupar a NERLEI é a di-ficuldade de acesso ao cré-

dito, o seu custo e a relação entre o sistema bancário e as empresas. Para debater este assunto, a associação agendou uma reunião para o dia 13 de Outubro, pelas 17h30.

NERLEI alerta

Acesso ao crédito e serviço dos CTT em análise

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DIOCESE8 O Mensageiro6.Outubro.2011

Família há Oito Séculos

Sábado19h00 – Sé19h30 – Franciscanos

Domingo08h30 – Espírito Santo09h00 – Franciscanos09h45 – Paulo VI10h00 - S. Francisco10h30 – Franciscanos 10h00 – S. Romão 11h00 – S. Agostinho11h00 – Hospital11h30 – Cruz da Areia11h30 – Seminário e Sé18h30 – Sé19h30 – Franciscanos21h30 – Sª Encarnação

MISSAS DOMINICAIS

Evangelho vivoA regra de vida para Cla-

ra e suas Irmãs era viver o Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nada mais desejavam, nada mais ansiavam que imitar Jesus pobre e crucificado.

Em 1211, ao deixar a mansão de seus pais, seguranças humanas e um futuro risonho e fácil, Clara não pensava em fundar uma nova família religiosa, não fazia parte dos seus planos. Desejava somente viver a radicalida-de evangélica como Francis-co. O fascínio da sua vida, porém, rapidamente atraiu muitos jovens e Deus, na sua infinita bondade, deu-lhe Irmãs, fê-la mãe e mestra de muitas virgens. Assim esta nova família que acabava de nascer bem depressa começou a difun-dir-se por toda a parte. “A novidade de acontecimen-tos tão notáveis – escreve o biógrafo – espalhou-se por todo o mundo e começou a ganhar almas para Cristo. Constroem-se mosteiros em numerosas cidades e até nas aldeias e montanhas se levantam estas celestes mansões. Tal abundância de flores cultivadas por Clara transformou a Igreja numa autêntica primavera de renovação”. Face a este tão rápido florescimento de mosteiros era urgente definir uma Regra que con-cretizasse de forma prática no dia-a-dia a vivência do Santo Evangelho.

Os mosteiros da Idade Média tinham a sua subsis-tência garantida com dotes, propriedades e rendimen-tos. Contudo, essa não era a forma de vida que Santa Clara desejava para si e suas Irmãs. Voluntariamente re-nunciavam a tudo. Como uma verdadeira família tinham tudo em comum. Viviam do seu trabalho e, se necessário, recorriam à esmola. Em S. Damião, as Irmãs teciam, fiavam e faziam todos os trabalhos domésticos com simplicida-de e alegria. Não desejavam possuir terrenos, rendas ou dotes. Queriam viver con-fiadas somente na divina providência, serem pobres como Jesus que “não tinha onde reclinar a cabeça”. To-davia, Clara enfrenta uma situação adversa. Nessa

época os movimentos re-ligiosos que muitas vezes acabavam em movimentos heréticos floresciam por toda a parte. Era preciso se-parar o trigo do joio. Assim, para fazer face a esta situa-ção o IV Concílio de Latrão (1215) tinha determinado que quem quisesse seguir a Vida Religiosa só poderia fazê-lo seguindo somente uma das Regras já existen-tes, por exemplo a Regra de S. Agostinho ou a de S. Bento, o que não agradava nada a Clara porque, tanto uma como a outra, regiam-se pela posse de bens e pro-priedades, o que contraria-va a nova forma de vida que Clara desejava viver. Apesar destas determinações do Concílio, S. Francisco, que já contava com a aprovação oral da sua Regra pelo Papa Inocêncio III, salvou a ori-ginalidade da Ordem que acabava de fundar. Face a esta situação Clara, para autenticar a fundação e dar-lhe estrutura jurídica, não teve outra alternativa senão professar a Regra de S. Bento.

Mas Clara era filha da nobreza, filha de guerrei-ros e não desarmava assim facilmente. Sente que nada nem ninguém a pode impe-dir de viver a radicalidade do Evangelho. Por isso, em 1216, apenas um ano depois do dito Concílio, pede ao Papa Inocêncio III

que confirme o Privilégio da Pobreza, um documento que permitiria à Comunida-de de S. Damião e a todas aquelas que aceitassem essa forma de viver na mais es-trita pobreza, renunciando a toda a propriedade tanto pessoal como comunitária: um pedido inédito na his-tória da Igreja! “Estava-se numa época em que era moda pedir privilégios à Santa Sé. A Irmã Clara com a audácia e a originalidade que lhe eram características vai, também ela pedir um privilégio, mas o seu é um privilégio estranho, um pedido inédito que nem antes nem depois foi jamais requisitado por alguém” (“Clara a constelação e o

signo”). Na verdade todos desejam mais, ter mais, possuir mais, mais poder, mais influência, mais ri-queza. Só Clara lutava por ter menos, menos regalias, menos bens, menos pro-priedades, ser pobre das riquezas deste mundo para poder possuir as riquezas eternas, que “nem a traça consomem nem a ferrugem corrói”. Na verdade, temia não poder ficar pobre como Jesus. Mas o combate não era apenas de Clara, Deus pelejava a seu lado, por isso, pouco tempo depois o mesmo Papa, provavel-mente no princípio do ano de 1216 confirma o Privilegio da Pobreza por escrito: “Inocêncio, Bispo, servo dos servos de Deus, às dilectas filhas em Cris-to, Clara e demais servas da Igreja de São Damião, em Assis, que professaram viver a vida conventual no presente e no futuro (…) Tal como haveis suplicado, confirmamos com benigni-dade apostólica o vosso pro-pósito de altíssima pobreza e determinamos por força do presente escrito que nin-guém vos possa obrigar a receber propriedades”. Um pedido inédito, singular, tal como foi singular a vida desta grande Mulher, Clara de Assis. “É uma troca ma-ravilhosa – escreveu numa das suas cartas - renunciar às coisas temporais pelas eternas, merecer os bens celestes em vez dos terre-nos e possuir a vida feliz para sempre!”

Irmãs Clarissas de Monte Real

Vigararia dos MilagresD. António Marto terminou a Visita Pastoral na vi-

gararia de Monte Real e segue-se a visita pela vigararia dos Milagres. O calendário das visitas será o seguinte: 20 a 23 de Outubro Amor, 27 a 30 de Outubro Regueira de Pontes, 3 a 6 de Novembro Milagres, 11 a 13 de No-vembro Boa Vista, 17 a 20 de Novembro Santa Eufémia, 24 a 27 de Novembro Caranguejeira, 1 a 4 de Dezembro Arrabal e 9 a 11 de Dezembro Bidoeira. Segue-se o pro-grama da próxima visita.

20 a 23 de Outubro

Amor20 de Outubro (quinta-feira)17h00 – Chegada e recepção do Senhor Bispo à Casa Paroquial17h30 – Celebração na Igreja para idosos (doentes) da Paróquia (e

Santa Unção)20h30 – Jantar convívio com os Movimentos, Serviços e Grupos de

Apostolado, no Salão Paroquial21h30 – Assembleia Paroquial com os Movimentos, Srviços e Grupos

de Apostolado21 de Outubro (sexta-feira)11h30 – Visita ao Centro Social da Casa do Povo12h00 – Visita a Colégio Dinis de Melo, seguindo-se o almoço15h00 – Visita a Avilis, Casalito16h00 – Visita à Escola de Casal Novo16h30 – Visita a uma empresa no Casal dos Claros ou Couchinheira17h00 – Visita ao Lar de idosos APIFA17h30 – Visita ao Lar de idosos Bengala de Ouro19h30 – Eucaristia na Capela do Casal20h30 - Jantar convívio com os casais da paróquia, na Capela do

Casal21h30 - Encontro com os casais da paróquia, na Capela do Casal

22 de Outubro (sábado)11h30 – Encontro com criaças da catequese, em Amor (1º ao 6º ano)15h30 - Visita ao Lar de idosos e Pavilhão Gimnodesportivo, nos Bar-

reiros16h15 - Encontro com os adolescentes da catequese, nos Barreiros (7º

ao 10º ano)17h30 - Encontro com os crismandos, nos Barreiros19h00 - Eucaristia nos Barreiros20h00 - Encontro com Associações e autarquia, nos Bareiros20h30 - Jantar convívio com Associações e autarquia, nos Barreiros

23 de Outubro (domingo)11h00 – Eucaristia e celebração do crisma; tomada de posse do Conselho

Pastoral Paroquial13h00 - Almoço convívio com toda a paróquia, no Salão Paroquial

Visita Pastoral à Diocese

Museu de Arte Sacra e EtnologiaComemoração do 20º aniversário

A apresentação do Roteiro do Museu de Arte Sacra e Etnologia e da Liga de Amigos do MASE, no dia 13 de Outubro, marcam o arranque das comemorações do vigésimo aniversário deste museu dos Missionários da Consolata, em Fátima. Assim, pelas 17h30, efectuar-se-á a apresentação do Roteiro do Museu por Marco Daniel Duarte, director do Museu do Santuário de Fátima, historiador de arte e distinguido com o Prémio Prof. Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, atribuído pela Aca-demia Portuguesa da História.

O Roteiro do Museu, publicação há muito solicitada pelos visitantes e investigadores, contou com o apoio financeiro da Rede Portuguesa de Museus e Instituto dos Museus e da Conservação no âmbito do PROMU-SEUS 2010. Apresenta conteúdos de autoria dalguns dos mais conceituados especialistas nacionais, sendo esta publicação um instrumento de apoio à visita ao espólio da sua exposição permanente e, ao mesmo tempo, um primeiro subsídio em ordem a poder divulgar o seu espólio no seio da comunidade museal e científica.

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9O Mensageiro6.Outubro.2011 DIOCESE

Após dezassete anos, oito meses e onze dias, o padre Adelino Rodrigues Ferreira, celebrou no pas-sado dia 11 de Setembro a sua última missa como pároco da Comunidade de Parceiros.

Com a igreja Paroquial repleta de fiéis, entre eles o Monsenhor Paulo Guerra, ordenado sacerdote no mes-mo ano do reverendíssimo padre Adelino, já lá vão mais de cinquenta anos, que quis estar presente ao lado do amigo que com ele muito trabalhou no Santu-ário de Fátima quando era o Reitor. Nesta celebração, também estiveram presen-tes o irmão Guilhermino e a cunhada Maria de Lurdes, Autoridades Civis e outras forças vivas da freguesia que quiseram estar ao lado do seu pároco em sinal de estima, gratidão e homena-gem a quem tanto trabalhou com generosidade, doação e amor. O padre Adelino foi incansável!

Consensual, amigo de

todos e não fez acepção de pessoas, nem pela prática religiosa, nem pela posição social de quem quer que fosse. Foi um sacerdote prudente, bom conselhei-ro, com um forte espírito de liderança e uma profunda espiritualidade. Sempre atento, aproveitava todas as oportunidades para construir a paz e a união entre os que lhe tinham sido confiados. Foi um ver-dadeiro Pastor para cada um e para com todos. Foi um construtor de pontes, unin-

do os lugares da freguesia e procurando a aproximação das suas gentes, de modo a conseguir uma Comuni-dade mais unida, tolerante e interessada pelo bem comum. Por todas estas e outras obras por ele levadas a cabo, convém não esque-cer que graças à sua cora-gem e dinâmica, Parceiros, pode orgulhar-se de possuir uma igreja Paroquial bela e harmoniosa, onde o antigo e o moderno se conjugam, numa simbiose perfeita re-sultando numa combinação

bem sucedida, oferecendo aos fiéis um espaço agra-dável e de recolhimento sentindo-se no verdadeiro Templo de Deus, Casa de oração e ponto de encontro da Igreja Viva, sacramento de salvação. O padre Ade-lino foi um homem e um sacerdote Amigo de todos e procurou sempre na sua acção pastoral, aproximar as pessoas, mesmo as que por qualquer motivo se encontravam distanciadas. Foi um pároco sempre pre-sente no meio da Comuni-dade e nada lhe escapava. Os pobres, os doentes que visitava quer em suas casas, como nos hospitais, mesmo se para lhes levar uma pa-lavra de conforto, tivesse que se deslocar para longe. Estou mais que convicto de que podemos aplicar ao reverendíssimo senhor padre Adelino as palavras do profeta Isaías “… Como são formosos os pés do mensageiro que anuncia a paz, que traz a boa nova, que apregoa a vitória.” (IS

52-7).Ele construiu pontes,

porque ele mesmo era uma ponte te união.

O padre Adelino despe-diu-se da sua Comunidade e a Comunidade, presente e ausente, também se des-pediu dele, com emoção, saudade profunda e sincera gratidão. E para exteriorizar todos estes seus sentimen-tos, ofereceu-lhe um terço de prata, para que ao reci-tá-lo, tenha presente cada um dos que deixou como pároco. A Comunidade, quis ainda perpetuar o seu nome como pároco nesta comunidade e para memória futura, numa homenagem gravada no rodapé da igreja que ele e o amigo Monsenhor Luciano Paulo Guerra, descerraram, seguindo-se uma grande e prolongada salva de pal-mas, enquanto os sinos repicavam a festa. Foi uma verdadeira celebração de acção de graças a Deus e a Nossa Senhora do Rosário, de agradecimento a quem

tanto deu e tanto deixou a esta Comunidade de Parceiros. Obrigado senhor padre Adelino! Que o Se-nhor o recompense por tudo quanto fez por nós e que possa continuar por muitos anos a caminhar com seus pés formosos galgando planícies vales e montes, a anunciar a Paz e a proclamar a Boa Nova do Reino. Após a celebra-ção, juntámo-nos num restaurante da freguesia, para em Comunidade, na alegria e na amizade, almo-çarmos com o Pastor que nos deixa e com os amigos que fizeram questão de estar presentes. Na igreja, paroquial, a homenagem da Comunidade ao pároco que jamais será esquecida: “A comunidade paroquial de Parceiros presta home-nagem e gratidão ao reve-rendíssimo senhor padre Adelino Rodrigues Ferreira, pela dedicação com que ser-viu esta comunidade como pároco de 1993 a 2011”.

Alexandre Valente

Comunidade dos Parceiros

Homenagem e gratidão ao padre Adelino Rodrigues Ferreira

Jornadas Nacionais de Comunicação Social

A revolução da “era digital”Com o tema “Era digital:

revolução na cultura e na sociedade”, as jornadas or-ganizadas pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS) contaram este ano com a presença de D. Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício para as Comu-nicações Sociais (CPCS), organismo da Santa Sé.

Com mais de uma centena de participantes, o encontro decorreu em Fátima, nos dias 29 e 30 de Setembro, reunindo perso-nalidade como D. Manuel Clemente, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, Có-nego António Rego, director do SNCS, Fernando Ilharco, professor da Universidade Católica, José Manuel Fer-nandes, do Público, Francis-co Teotónio Pereira, da RTP, Luís Sobral, da TVI, Paulo Rocha, da Agência Eclesia, Júlio Grangeia, padre da diocese de Aveiro, Justo Ariel, do CPCS, Abílio Mar-

tins, administrador do por-tal Sapo, Ramos Pinheiro, da Rádio Renascença, e José Ribeiro e Castro, deputado. Um leque de especialistas e responsáveis por áreas ligadas às comunicações e às novas tecnologias que traçaram algumas pistas de reflexão e apontaram caminhos de acção para o futuro próximo.

Como nota dominante, a constatação de que a “era digital” entrou a todo o vapor no mundo das co-municações sociais e não poderá ser ignorada por quem quer estar presente e fazer-se ouvir. No caso concreto da Igreja Católica, como lembrou D. Claudio Celli, tendo cuidado com o “lado humano e não apenas o tecnológico”. Adiantando o tema da mensagem do Papa para o próximo Dia Mundial das Comunica-ções (20 de Maio de 2012), este responsável referiu que vai “tocar um tema muito delicado, que é o da escuta, o silêncio que não é

negação de vida, isolamen-to, abstracção da realidade, mas uma atitude positiva, de disponibilidade, porque o diálogo tem necessidade não só de alguém que fala, mas também de alguém que escuta”. Esta cultura do si-lêncio não nega as novas tecnologias, antes ajuda ao discernimento do que é importante no meio de tantas vozes, destacando o “valor positivo do silêncio, da escuta do outro e de Deus”, referiu.

Quanto à comunicação propriamente dita, o pre-sidente do CPCS defendeu que “a Igreja é desafiada a procurar peixes fora do aquário”, particularmente nas comunidades que se formam no mundo digital. Os católicos devem apro-veitar todos os meios ao seu alcance, sem esquecer que “o prioritário não é ter um site bonito, mas uma comunidade que acredita em Deus”, pois as tecnolo-gias são apenas meios para difundir a mensagem, mas

“o que fascina, o que con-verte, é o testemunho de vida, esta comunidade que caminha”, disse D. Celli.

Este responsável criti-cou ainda a falta de traba-lho em rede, que conduz muitas vezes a projectos de fraca qualidade. “A Igre-ja deve analisar a realidade, analisar a forma como está a comunicar e projectar a sua presença no mundo digital daqui a cinco anos”, defendeu o cardeal italiano, considerando que frequen-temente “vamos atrás dos outros” nesta resposta.

Na mesma linha, vários intervenientes salientaram alguns projectos que, na

Igreja em Portugal, já são muito bem feitos e referi-ram que “não há modelos”, antes uma necessidade de analisar a realidade própria de cada público e de cada meio de comunicação. A unanimidade, no entanto, surge na afirmação de que “não podemos ficar de fora, temos de marcar uma presença de qualidade, se quisermos existir como voz activa na sociedade dos nossos dias”, como referiu Paulo Rocha, director da Ecclesia.

Como exemplo positivo, podemos apontar a própria organização das jornadas, que tiveram transmissão

em directo na Internet, no portal Sapo, para além de uma presença em tempo real nas redes sociais como o Twitter ou o Facebook, através dos jornalistas que no local iam fazendo eco do que passava por com-putador portátil, iPad ou telemóvel.

Podemos concluir que já muito se evoluiu em muitos meios de comunicação da Igreja, mas há ainda muito caminho a andar para uma presença efectiva e eficaz nesta “era digital” que revo-lucionou em poucos anos o nosso modo de comunicar e, mesmo, de viver.

Luís Miguel Ferraz

LMFerra

z

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ECLESIAL10 O Mensageiro6.Outubro.2011

Leituras | XXVIII Domingo Tempo Comum (09/10/11)

Antífona de Entrada: Salmo 129, 3-4

Leitura I: Is 25, 6-10ª

Salmo Responsorial: Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 6cd); Refrão: Habitarei para sempre na casa do Senhor. Repete-se

Leitura II: Filip 4, 12-14.19-20

Aclamação ao Evangelho: cf. Ef 1, 17-18; Refrão: Ale-luia. Repete-se; Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristoilumine os olhos do nosso coração, para sabermos a que esperança fomos chamados. Refrão

EVANGELHO: Mt 22, 1-14Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se de novo aos prínci-

pes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas, disse-lhes: «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir. Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: ‘Dizei aos convidados: Preparei o meu banquete, os bois e os cevados foram abatidos, tudo está pronto. Vinde às bodas’. Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e ou-tro para o seu negócio; os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos. O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos, que aca-baram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade. Disse então aos servos: ‘O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os que encontrardes’. Então os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se de convidados. O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial e disse-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’. Mas ele ficou calado. O rei disse então aos servos: ‘Amar-rai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exterio-res; aí haverá choro e ranger de dentes’. Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos».Palavra da salvação.

Cânticos | XXIX Domingo Tempo Comum (16/10/11)

INÍCIO: Eu cuidarei das minhas ovelhas - Lau 359Fiz de ti luz das nações - Lau 403

SALMO RESPONSORIAL: Aclamai a glória e o poder - Lau 133

APRESENTAÇÃO DOS DONS: Vós me seduzistes - Lau 877Tomai, Senhor, e recebei - Lau 821

COMUNHÃO: Não fostes vós que me escolhestes - Lau 512Vinde comer do meu pão - Lau 864

PÓS-COMUNHÃO: Cantarei ao Senhor enquanto viver - Lau 209Um novo coração - Lau 833

FINAL: É preciso renascer - Lau 309Cristo é caminho - Lau 247

AO SABORDA PALAVRA

Pe. Francisco [email protected]

28º Domingo do Tempo Comum9 de Outubro de 2011

Ter ou não ter

O MENSAGEIRO leia, assine, divulgue, anuncie!

Janela sobre a Missão

As manas médicas já chegaramNo sábado dia 2 de Ou-

tubro chegaram as estudan-tes de medicina que estive-ram a trabalhar no Gungo dois meses. Pelo sorriso ao vê-las sair deu para perce-ber a intensidade com que viveram este tempo. Pelo

que conversámos ainda no aeroporto, a alegria pela missão invadia-lhes o cora-ção que elas desconfiam ter deixado pendurado num embondeiro. Do tempo que lá passaram disseram que muito trabalho ficou por fa-

zer mas, já foi feito algum. Têm muitas histórias para contar, não pararam mas foi muito produtivo. Um belo testemunho apesar do cansaço porque o dia delas começou às 4 da ma-nhã para apanhar avião.

Bem-haja pela disponibili-dade que tiveram em dar este tempo à missão mais concretamente ao povo do Gungo.

Mana Jacinta

Nos dias de hoje por tudo e por nada se faz um banquete. Todos os aconte-cimentos, mais ou menos importantes, são assina-lados por uma refeição. Muitos negócios se fazem à mesa, num almoço ou jantar. Para vivermos preci-samos de nos alimentar, de comer, por isso a imagem de uma refeição aparece também sempre associada à felicidade e abundância.

É por isso que a impor-tância das coisas se mede também pela dimensão

das refeições que esses acontecimentos originam, e vemos por exemplo a abundância dos banquetes por ocasião de casamentos e baptizados.

Nós, os cristãos, todas as semanas participamos num banquete sem nos dar-mos conta: a Eucaristia, que é um banquete especial, porque a sua abundância não é de carne nem peixe, mas abundância de Deus da Sua Palavra que nos é anunciada, uma palavra de festa e de alegria.

E é por essa Palavra que Deus nos fala da fe-licidade que ele quer dar aos homens: apesar das suas tristezas e dos seus pecados Deus vai servindo aos homens todos os seus bens, como nos diz Isaías na 1ª leitura. Todos têm o mesmo direito de participar no banquete, basta estar disposto a aceitar o convite de Deus. Assim se realiza plenamente a promessa messiânica: comunhão to-tal entre deus e o homem e entre o Homem e Deus. Assim se percebe a parábola que Jesus nos conta neste domingo:

Um Rei resolve dar um banquete por altura do ca-samento do seu filho para

todas as pessoas, essa festa é rejeitada e desprezada pe-los ricos, mas aceite pelos mais pobres, porque nada tendo estavam disponíveis para aceitar a oferta do Se-nhor e também sentiam ne-cessidade daquilo que lhes era oferecido. Os convida-dos que não aceitaram o convite representam aque-les que estão demasiado preocupados a dirigir uma empresa de sucesso, ou a escalar a vida a pulso, ou a conquistar os seus cinco mi-nutos de fama, ou a impor aos outros os seus próprios esquemas e projectos, ou a explorar o bem estar que o dinheiro lhes conquistou e não têm tempo para os desafios de Deus. Vivemos obcecados com o imediato, o politicamente correcto, o palpável, o material, e prescindimos dos valores eternos, duradouros, exi-gentes, que exigem o dom da própria vida.

S. Paulo também estava sempre disponível para aceitar tudo o que Deus lhe dava, por isso nos diz na 2ª leitura que sabe viver com o muito ou com o pouco. A sua vida e a sua missão, não dependem de comodi-dades materiais: ele sabe “viver na pobreza” e sabe

“viver na abundância”… Essa “liberdade interior” face aos bens brota de Cristo: é Cristo quem dá forças ao apóstolo para su-perar as privações, quem o anima nos momentos de dificuldades, quem lhe dá a coragem para enfrentar as necessidades que a vida apostólica impõe.

É este o verdadeiro es-pírito evangélico: colocar os meios que estão à nossa disposição (mitos ou pou-cos, isso não interessa) para fazer o bem. Os bens não têm em si o bem ou mal, mas podem ser bem ou mal aproveitados.

A quantidade não in-teressa. Não é por termos pouco que somos mais felizes, até pode acontecer o contrário. Somos felizes se os usarmos para aquilo que foram criados: um car-ro não foi feito para estar na garagem parado, as ter-ras não existem para estar em pousio.

Também é importante partilhar com os que nos rodeiam aquilo que temos, sem calcular se precisamos ou não, mas vendo se o outro precisa.

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11O Mensageiro6.Outubro.2011 ECLESIAL • PORTUGAL

BREVESDiocese de CoimbraComemoração do Dia Vicentino

Os vicentinos da diocese de Coimbra comemoram o seu dia, a 9 de Outubro, com um encontro de convívio e formação.

Segundo um comunicado de imprensa enviado à Agência ECCLESIA, a festa será nas instalações da Igreja Paroquial de Nossa Senhora de Lurdes e é uma forma de comemorar também o Ano Europeu do Voluntariado.

Este encontro contará com a presença de D. Virgílio Antunes, Bispo de Coimbra, António Correia Saraiva e o padre Manuel da Nóbrega, respectivamente, presidente e conselheiro espiritual nacional da Sociedade S. Vicente de Paulo (SSVP).

A terminar o dia, terá lugar um concerto, levado a cabo por um grupo de cristãos, dinamizado pelo Padre João Paulo Vaz.

Para o presidente da SSVP - Coimbra, Luís Subtil “é preciso angariar alguns fundos para que este movimento eclesial, implantado na diocese desde o início do século XX, possa ter uma sede e um centro de atendimento às pessoas que passam mais dificuldades, em ordem a encaminhá-las para as respostas mais adequadas” – lê-se.

Fidesco mostra o seu trabalhoSessão de apresentação

Com o intuito de dar a conhecer o trabalho que reali-za, a FIDESCO promove uma sessão de apresentação no próximo dia 8 de Outubro, na Portela, em Lisboa.

Esta organização não governamental (ONG) católica e solidariedade internacional, que envia voluntários para trabalhar na ajuda às populações de países menos de-senvolvidos fará, também, uma sessão de apresentação dia 15 deste mês, em Coimbra.

Fundada em 1981, em resultado de um encontro com bispos africanos, a Fidesco é uma ONG de solidariedade internacional que recruta, forma e envia voluntários para trabalharem em projectos de desenvolvimento, e, deste modo, darem um testemunho de vida e solida-riedade. Além de outros projectos em que participa, a Fidesco gere directamente 12 projectos, entre os quais, o dispensário (hospital popular) de Matoto na Guiné-Conakri, o centro de acolhimento para crianças de rua em Kigali no Ruanda, o centro de formação contínua e profissional em São Salvador da Baía, no Brasil, e os cen-tros de formação agrícola em Madagáscar e na Indonésia. Em 2010, havia 160 voluntários no terreno.

Obra editada pela Cáritas PortuguesaTeologia da caridade

«O amor que transforma o mundo – Teologia da Ca-ridade» é o título da obra de René Coste e editado pela Cáritas Portuguesa. Uma obra solidamente construída, fruto de uma longa reflexão para a qual René Coste estava admiravelmente preparado por todos os seus trabalhos anteriores.

Esta reflexão está enraizada num estudo exegético sério e novo das fontes bíblicas da caridade, apoiado no contributo dos padres da Igreja, latinos e gregos, nos grandes místicos, nos teólogos da Idade Média, da Idade de Ouro espanhola, os de ontem e de hoje, e com referências constantes aos ensinamentos dos Papas contemporâneos e ao II Concílio do Vaticano.

A Suprema energia que é a caridade tende a trans-formar profundamente as sociedades humanas. É uma força poderosa capaz de libertar as pessoas e os povos das múltiplas formas de cobiça, seja ela de possessão ou de prazer, do prestígio ou do orgulho, do poder ou do domínio.

O Serviço Nacional da Pastoral do Ensino Supe-rior (SNPES) quer reunir condições para a criação de um “fundo solidário” em todas as dioceses com ensino universitário, para “dar resposta cabal” às ne-cessidades dos estudantes mais desfavorecidos.

“A nossa meta é poder-mos dizer que no final de 2012 há uma resposta mais ou menos estruturada em cada uma das dioceses”, apontou hoje o presiden-te do SNPES, padre Nuno Santos, em declarações à Agência ECCLESIA.

Este organismo da Igre-

ja Católica esteve reunido, entre a passada sexta-feira e sábado em Fátima, para “partilhar estratégias” de implementação de fundos deste género, recorrendo às experiências que já de-correm em algumas regiões do país.

“Temos o caso da dio-cese do Porto, que já tem 18 anos de história na apli-cação destas ajudas mas que precisa de reforçar o conceito, no contexto dos novos desafios económicos e sociais”, exemplificou o sacerdote.

Projectos mais recen-tes, implementados em

Coimbra, Setúbal, Lisboa e Funchal, também foram analisados, para que “pu-dessem servir de inspira-ção e motivação a quem quer agora começar”.

O presidente do SNPES frisou que “a Igreja Católi-ca, ao pegar nesta questão, mostra que percebe que o ensino superior é determi-nante para uma sociedade, mas ao mesmo tempo espe-ra que os estudantes corres-pondam a esta atitude com empenho e bons resultados académicos”.

“Parece-nos que é neces-sário reforçar em Portugal uma cultura de estudo

e de dedicação nos estu-dantes”, sublinhou aquele responsável, lamentando “comportamentos de al-guma boémia” que se veri-ficam entre alguns jovens universitários.

O padre Nuno Santos defendeu ainda um “maior envolvimento” dos jovens nos custos decorrentes da sua formação académica, “porque muitas vezes os pais fazem inúmeros sa-crifícios, sem haver uma correspondência da parte dos filhos”.

Serviço Nacional da Pastoral do Ensino Superior

Igreja Católica quer reforçar ajudas

Representantes de onze religiões diferentes lançaram, no dia 4 de Ou-tubro na Fundação Calous-te Gulbenkian, em Lisboa, um Manual de Assistência Espiritual e Religiosa Hos-pitalar.

De acordo com o padre José Nuno, coordenador do Grupo de Trabalho Religiões Saúde (GTRS) que elaborou esta obra, “a importância deste manual é acrescida”, pelo facto de “muitas das religiões representarem grupos de imigrantes presentes no país, alguns desde há pouco tempo”.

Em comunicado à Agên-cia ECCLESIA, o sacerdote católico revela que a obra contempla “Adventistas do 7º Dia, Baha’i, Budismo, Católicos, Hinduístas, Islâ-micos, Judeus, Mórmons, Ortodoxos, Protestantes Evangélicos e Testemunhas de Jeová”.

Nela figuram alguns dos ritos principais que carac-terizam cada um daqueles credos, como os “ritos em torno do nascimento, as prescrições alimentares por opção religiosa, o sen-tido e as práticas religiosas na doença e no sofrimento (como transfusões de san-gue e transplantes).

Aborda ainda “questões que têm a ver com a mor-te, tanto espirituais como da bioética (como a euta-

násia, a recolha de órgãos para transplante, doação de cadáver, as autópsias, os cuidados com o corpo morto) “.

O grupo de trabalho inter-religioso realça que o manual será alvo de uma “actualização permanente” e mostra-se disponível para editar “uma edição a breve trecho com outros Credos que ainda não se tenham integrado no âmbito da acção do Grupo”.

“Nas nossas intenções está ainda o estabeleci-mento de relações com o Agnosticismo e com o Ateísmo, para que todos

sejam respeitados nas suas opções espirituais quando internados nos hospitais”, assinala o padre Nuno Santos.

Às onze religiões repre-sentadas juntam-se ainda os Bastonários da Ordem dos Médicos, dos Enfer-meiros e dos Psicólogos, bem como presidentes das administrações hospi-talares e dos serviços de assistência social.

A iniciativa do GTRS, hoje às 18h30, está inclu-ída no programa de um Simpósio Inter-religioso e Inter-disciplinar que está a decorrer na Fundação

Calouste Gulbenkian.O evento abordará di-

nâmicas relacionadas com a “Pessoa e o Doente”, a “Sociedade e o Serviço Na-cional de Saúde” e a “Laici-dade e as Religiões”.

O Grupo de Traba-lho Religião e Saúde foi constituído em 2010 para acompanhar a aplicação do Decreto-Lei 253/2009, que estabelece a regulamenta-ção da assistência espiritu-al e religiosa nos hospitais e outros estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde.

Manual inter-religioso apresentado em Lisboa

Regular assistência espiritual aos doentes

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BREVES

ECLESIAL - MUNDO12 O Mensageiro6.Outubro.2011

Bento XVI recebeu, no passado dia 29,em Castel Gandolfo, Roma, o metro-polita Hilário, número dois do patriarcado ortodoxo da Rússia, o qual admitiu um encontro, em breve, entre o Papa e o patriarca de Mos-covo, Cirilo I.

Em declarações ao por-tal de notícias do Vaticano, «news.va», Hilário – pre-sidente do departamento para as relações eclesiásti-cas externas – afirmou que “mais tarde ou mais cedo, no futuro, haverá esse en-contro”.

“Ainda não estamos prontos para discutir a data, o lugar ou o protocolo de tal evento, porque aquilo que conta para nós é fundamen-talmente o conteúdo desse encontro”, disse o metro-polita, após o seu terceiro encontro com o actual Papa, admitindo a existência de “pontos divergentes”.

O metropolita Hilário ocupa o cargo deixado pelo actual patriarca Cirilo I, eleito no final de Janeiro de 2009 para liderar uma Igreja com cerca de 100 milhões de fiéis, uma das mais importantes do mun-do ortodoxo.

No último domingo, Cirilo I recebeu na capi-tal russa o cardeal Josef Tomko, enviado especial do Papa para a celebração do centenário de fundação da catedral católica, pedin-do-lhe que transmitisse a Bento XVI o seu “respeito e amor fraterno”.

O cardeal Tomko, por sua vez, afirmou que o patriarca de Moscovo é o símbolo e o grande respon-sável pela ressurreição dos templos e a transformação na alma dos crentes da

Rússia. Ao contrário do que acontecia com João Paulo II, falecido em 2005, o patriar-cado ortodoxo de Moscovo não coloca de parte uma possível visita de Bento XVI à Rússia, desde que os pro-blemas existentes sejam re-solvidos. Entre eles, o tema tido como mais delicado é o alegado proselitismo da Igreja Católica em territó-rios da antiga URSS, para além do uniatismo (termo com o qual os ortodoxos se referem aos cristãos de países de tradição ortodoxa

em união com o Papa).Apesar dos avanços

verificados desde a eleição Bento XVI, o acordo sobre estas matérias não se afigu-ra fácil, dado que o Vatica-no nega qualquer intenção proselitista e defende o direito de cada pessoa a to-mar a sua própria decisão confessional.

O cenário mais espera-do para um encontro entre o Papa e Cirilo I seria, por isso, um território conside-rado “neutro” pelas duas Igrejas.

Número dois do patriarcado russo foi recebido pelo Papa

Igreja Ortodoxa admite encontro

O secretário do Vatica-no para as relações com os Estados pediu à assembleia-geral da ONU que tome “de-cisões corajosas” no que diz respeito ao reconhecimen-to oficial da Palestina como Estado-membro das Nações Unidas.

O arcebispo Dominique Mamberti falava, no dia 27 de Setembro, durante o debate geral da 66ª sessão da assembleia-geral, que decorreu em Nova Iorque, Estados Unidos da Amé-rica.

Para o número dois da diplomacia da Santa Sé, os organismos das Nações Uni-das devem tomar medidas que levem à “concretização do direito dos palestinos de terem um Estado próprio, independente e soberano” e do direito dos israelitas “à segurança”, numa solução

que passa pela existência de “dois Estados” com “fronteiras internacional-mente reconhecidas”.

A Palestina apresentou na última sexta-feira o seu pedido oficial de reconhe-cimento como membro de pleno direito da ONU, que já foi encaminhado para o Conselho de Segurança, que começa hoje a sessão formal para discutir o pedi-do da Autoridade Nacional Palestina.

Portugal, tal como o Brasil, está entre os dez países que ocupam actual-mente um dos assentos não permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A Santa Sé deixa votos de que seja encontrada uma “solução definitiva” para esta questão, recordando que a resolução 181 de

1947 já apresentava a “base jurídica fundamental para a existência” dos Estados de Israel e da Palestina.

D. Dominique Mam-berti apelou a todas as partes, para que retomem as negociações “com deter-minação”, com uma maior “iniciativa” e “criatividade” da comunidade internacio-nal, de modo a alcançar uma “paz duradoura” na região.

Em Nova Iorque, o di-plomata da Santa Sé apre-sentou ainda alertas sobre as situações de “emergência humana”, particularmente no chamado Corno de Áfri-ca, a actual crise económica e financeira, bem como so-bre a “falta de respeito pela liberdade religiosa, uma ameaça para a segurança e para a paz”.

Em maio de 2009,

numa visita à cidade de Belém, Cisjordânia, Bento XVI saudou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, afirman-do: “A Santa Sé apoia o direito do seu povo a uma Palestina soberana na terra dos vossos antepassados, segura e em paz com os seus vizinhos, dentro de confins internacionalmen-te reconhecidos”.

“Embora no presente esta finalidade pareça lon-ge de ter sido alcançada, encorajo vossa excelência e todo o seu povo a con-servar acesa a chama da esperança, esperança de que se possa encontrar um caminho de compromisso entre as aspirações legíti-mas, tanto dos israelitas como dos palestinos, à paz e à estabilidade”, disse en-tão o actual Papa.

66ª sessão da assembleia geral da ONU em Nova Iorque

Vaticano pede «decisões corajosas»

Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima em Timor-Leste“Contribuir para o desenvolvimento humano e espiritual”

As Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima vão marcar presença pela primeira vez em Timor-Leste, com o objectivo de “contribuir para o desenvolvimento humano e espiritual” desta região asiática.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Superiora Geral da congregação agradece às religiosas Amália Monteiro e Olívia Miranda pela sua “coragem e audácia” e faz votos para que levem “a mensagem de Fátima e o Carisma Reparador àquele povo”.

A irmã Ana Paula Teixeira salienta ainda que “todas as irmãs, familiares e amigos estarão unidos a mais este envio missionário”, marcado para dia 11 de Outubro.

Esta nova missão vai ser fundada na jovem diocese de Maliana, criada em Janeiro de 2010 e que conta ac-tualmente com cerca de 210 mil habitantes, 98 % dos quais católicos.

Com sede na Catedral do Sagrado Coração de Jesus, em Maliana, a comunidade local divide-se em 10 paró-quias, com o apoio de 31 padres e mais de uma centena de religiosos.

Entre as principais dificuldades que as Irmãs Re-paradoras esperam atender, junto da população local, contam-se sobretudo “necessidades básicas e educacio-nais”, adianta a Superiora Geral.

Papa cria novo departamentoDispensa do matrimónio

Bento XVI criou um novo departamento jurídico, na Santa Sé, que assume em exclusivo o julgamento sobre processos de “dispensa do matrimónio” e a “declara-ção de nulidade” nas ordenações de diáconos, padres e bispos.

Nos casos de “matrimónio rato e não consumado” [casamento válido, mas que pode ser dissolvido pelo Papa a pedido de ambas ou apenas uma das partes, após julgamento], o novo departamento “tem como competência julgar sobre os factos da não consumação do matrimónio e sobre a existência de uma justa causa para conceder a dispensa”.

A decisão, que entra em vigor a partir de 1 de Outu-bro, é revelada na carta apostólica sob forma de Motu Proprio [por iniciativa papal] “Quaerit semper”, que insere o novo departamento no Supremo Tribunal da Rota Romana.

O documento foi publicado na edição desta quarta-feira do jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’ e na página da Santa Sé na Internet (versões em italiano e latim).

Os processos de “dispensa de matrimónio” e de “nulidade de Ordem sacra” eram da competência da Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos Sacra-mentos [CCDDS], organismo da Santa Sé.

Bento XVI espera que, com esta mudança, a CCDDS “se dedique principalmente a dar um novo impulso à promoção da Sagrada Liturgia na Igreja, segundo o renovamento desejado pelo Concílio Vaticano II”.

O decano da Rota Romana, D. Antoni Stankiewicz considera que o novo documento promove uma “inova-ção normativa histórica” no âmbito da Cúria, conjunto de organismos responsáveis por ajudar o Papa no go-verno da Igreja.

O tribunal da Rota funciona ordinariamente “como instância superior no grau de apelo” junto da Santa Sé.

DR

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13O Mensageiro6.Outubro.2011 OPINIÃO

LUZ ENTRE OS HOMENS

Pe. Jorge GuardaVigário Geral da Diocese

http://padrejorgeguarda.cancaonova.pt

Luz na vida de um jovem: Frassati

A

o dia 29 de Agosto passado publiquei

um artigo que questionava o actual regime legal de al-teração de sexo. A 4 de Se-tembro seguinte, o mesmo jornal publicou uma con-tundente resposta àquela pacífica crónica. Por essa altura, o director de um se-manário, que escrevera um inofensivo texto de opinião sobre os «casamentos» en-tre pessoas do mesmo sexo,

sofreu, por esse motivo, uma impiedosa campanha de ataques pessoais. Estes casos obrigam a questionar: está em causa a liberdade de pensamento e de expres-são em Portugal?

A «igualdade de géne-ro» e os casamentos ditos homossexuais são teses aguerridamente defendidas por poderosas organizações nacionais, com a cobertura de instituições internacio-nais. Estes lóbis têm uma grande influência política e, em geral, gozam de um complacente acolhimento por parte dos meios de comunicação social.

Os defensores destas teses, tidas por avançadas e mesmo progressistas, advogam, na prática, uma unicidade cultural. É razo-ável que se lhes reconheça a liberdade de divulgação das suas opiniões, mas não a sua pretensão de silenciar as vozes discordantes. Este seu propósito não consta formalmente, é certo, mas resulta da sua estratégia de depreciação pessoal e de intimidação sobre quem se

atreva a questionar o seu ideário político e social.

Um dos princípios da democracia é, precisamen-te, a liberdade de pensa-mento e de expressão. Mas esta liberdade não subsiste senão no respeito por todos os cidadãos, quaisquer que sejam as suas opiniões, desde que as mesmas não tipifiquem um delito de injúrias que, obviamente, de verificar-se, deve ser punido.

Mas o incondicional respeito pelas pessoas, pela sua dignidade e pelos seus direitos fundamentais, não tem por que traduzir-se pela adesão às suas opções. É recorrente pressupor, por exemplo, que os que defen-dem o matrimónio natural são contra as pessoas com tendências homossexuais, convertendo-se assim, abusivamente, uma legíti-ma divergência conceptual numa inadmissível ofensa pessoal. Deste jeito logra-se, através da falaciosa vitimi-zação das pessoas, a injusta condenação da tese que se pretende contraditar.

Com a mesma lógica, ou falta dela, os regimes totalitários entendem que são anti-patriotas todos os dissidentes quando, na realidade, estes apenas defendem um outro modo de servir a pátria, que segu-ramente não amam menos nem servem pior do que os seus opositores.

Todas as pessoas, sejam quais forem e como forem, merecem respeito, mas as suas circunstâncias – sejam elas opções de vida, ideias, teorias, gostos, doenças ou taras – nem sempre são igualmente respeitáveis. É legítima a liga contra o cancro, mas não o seria uma liga contra os doentes de cancro, por exemplo.

Mas a questão funda-mental não é, contudo, a da identidade de género ou a da natureza do matrimónio. O que realmente está em causa é mais do que isso: é o modelo de sociedade que se pretende para o nosso país, para a Europa e para o mundo.

Contra a intolerância e o totalitarismo dos que

pretendem impor critérios contrários à ordem natural, há que recordar as exigên-cias da natureza humana, fundamento dos direitos fundamentais. Contra a ideologia contrária aos princípios da doutrina social da Igreja, há que de-fender o direito de opinião e de intervenção cívica dos fiéis, que não são menos cidadãos do que os não-cris-tãos. Não se trata de impor à sociedade os dogmas da fé católica, mas fazer respeitar o direito de cidadania da mundividência cristã, sem excluir as outras religiões e filosofias sociais.

Defender a liberdade de pensamento e de expressão é, entre outras, missão da Igreja a que me orgulho de pertencer e que modesta-mente sirvo. Esta é, como cristão e como cidadão, a razão da minha luta. Não tenho a veleidade de vencer, nem de convencer, mas não me demito do meu dever de travar o bom com-bate da fé.

RECORTES

Gonçalo Portocarrero...

A Razão do Bom Combate

N

o falar da luz que deve brilhar diante dos ho-

mens, Jesus diz que para isso ela é colocada sobre o alqueire ou no candelabro para poder iluminar um es-paço mais amplo. E diz que uma cidade situada sobre o monte não se pode escon-der, está muito visível. Um jovem italiano do século XX era amante das montanhas, gostava de alpinismo. Por isso, adoptou como lema da sua vida a frase: “Para o alto”, símbolo do seu empe-nho em viver para Deus e de amar e ajudar com obras e palavras os outros.

Pier Giorgio Frassati nasceu em Turim (Itália) em 1901, numa família rica. A mãe, Adelaide, era pintora e o pai, Alfredo, foi o fun-dador de um jornal ainda hoje existente, senador do reino e embaixador da Itá-lia em Berlim. Desde novo, Frassati absorveu o dom da fé que a Igreja lhe oferecia e tornou-se membro activo da comunidade cristã. Em-bora rico, desfazia-se dos seus bens pessoais para ajudar os outros de modo que tinha sempre pouco dinheiro.

Mesmo contra vontade de seus pais, inseriu-se na Conferência de S. Vicente de Paulo e começou a amar e servir os pobres, nos arre-dores da sua cidade natal, sem medo de que pudesse ser contagiado com algu-ma doença das pessoas que visitava. A um amigo que lhe perguntava como podia aguentar os maus cheiros das casas pobres e dos doentes, dizia: “Não te esqueças de que mesmo sendo a casa miserável, tu estás a aproximar-te de Cristo. No meio dos doen-tes e desafortunados, vejo uma luz peculiar, uma luz que não temos”. Para ele ir a casa dos pobres era visitar Jesus.

Aos 20 anos, inscreveu-

se num partido politico que se reclamava dos ide-ais da democracia cristã. Uma das suas máximas de vida era: “A caridade não é suficiente: precisamos de reformas sociais”. De facto, procurou difundir os ensinamentos sociais do papa Leão XIII, espe-cialmente na sua encíclica “Rerum Novarum” (1891). Escolheu os seus estudos universitários movido pela fé e a caridade: engenharia de minas. O motivo vinha-lhe da observação que fez na Alemanha das graves condições de trabalho dos mineiros: “Quero ajudar o povo nas minas, ser mi-neiro entre os mineiros”, dizia. Explicava esta sua razão a Luise Rahner, mãe do célebre teólogo alemão Karl Rahner, em casa de quem foi hóspede por algum tempo. A quem, na universidade, lhe observou que ele era “um beato” res-pondeu com firmeza: “Não, sou cristão!”

Enamorou-se de uma jo-vem de condição humilde, mas devido aos preconcei-tos da família e ao risco de divórcio dos pais acabou por renunciar a esse amor convicto de que não pode-ria destruir uma família para formar outra. Era também um desportista.

Praticava especialmente o alpinismo. Utilizava o des-porto para convidar outros jovens e partilhar com eles o dom do evangelho. Nas montanhas encontrava especiais condições para reflectir e rezar. Dizia: “Quanto mais alto formos, melhor nós ouviremos a voz de Cristo”.

Entretanto, contraiu uma doença que, não des-coberta e tratada a tempo, acabou por o conduzir à morte em 1925, quando tinha apenas 24 anos. Um deputado escreveu sobre ele no próprio diário: “O melhor homem do mundo está morto”. No funeral, participaram milhares de pessoas, de tal modo que os pais ficaram espantados por verem o seu filho tão querido e conhecido de tanta gente. Foi beatificado em 1990. João Paulo II de-nominou-o o “homem das oito bem-aventuranças” e nomeou-o padroeiro dos desportistas.

Numa das suas cartas, escreveu o resumo do que procurou na sua vida: “Nós - que, por graça de Deus, somos católicos - não de-vemos gastar os anos mais belos da nossa vida como desgraçadamente fazem tantos jovens infelizes que se preocupam em gozar

os bens terrenos e não produzem nada de bom, mas que apenas fazem frutificar a imoralidade da nossa sociedade moderna. Devemos treinar-nos, a fim de estar prontos para travar as lutas que, seguramente, teremos de combater pela realização do nosso progra-ma e para assim darmos à nossa Pátria, num futuro não muito longínquo, dias mais alegres e uma socie-dade moralmente sã. Mas para tudo isto é preciso: a oração contínua para obter de Deus a graça sem a qual as nossas forças são vãs; or-ganização e disciplina para estarmos prontos para a ac-ção no momento oportuno e, finalmente, o sacrifício das nossas paixões e de nós mesmos, porque sem isso não se pode atingir o objectivo.”

O jovem Frassati en-controu ajuda para o cres-cimento espiritual, a acção apostólica e o empenho social e político na Acção Católica e nas várias orga-nizações católicas de que se fez membro. Santificou-se na vida quotidiana, nas suas exigências e activida-des, deixando-se iluminar e mover pela fé cristã e pelo amor evangélico.

M.ª José Fonseca e José da Costa FerrãoBodas de Ouro Matrimoniais

No passado dia 16 de Setembro celebra-ram o 50º aniversário de casamento José da Costa Ferrão e Maria José Fonseca Ferrão.

O casamento, que ocorrera há 50 anos na Sé Catedral de Huambo, Angola, teve agora a sua evocação jubilar na Igreja paroquial dos Pousos.

Apesar das suas limitações, os aniversa-riantes, aceitaram fazer a festa surpresa das suas Bodas de Ouro, or-ganizada por familiares, amigos e vizinhos que têm estado presentes, apoiando-os nas duras provocações da vida, testemunhando assim o exemplo de coerência e fraternidade que fez com que cativassem e vencessem contrarieda-des e ilusões.

Nem sempre por caminhos fáceis, o casal contínua com a “chama do amor” que os uniu há 50 anos atrás, e juntos solenizaram esta data tão festiva participando na Eucaristia celebrada pelo padre David, pe-rante o qual renovaram os compromissos de aliança matrimonial.

Após a Missa, foi servido o almoço a todos os convidados, prolongando-se assim a festa que a todos encheu de alegria.

Pela importância des-te acontecimento, como clara demonstração de que o sacramento do matrimónio é uma graça de Deus, O Mensageiro felicita o casal por esta bonita data.

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Registo no ICS N.º 100494Semanário - Sai à 5ª FeiraTiragem média - 3.000 Preço avulso - 0,80 euros

Tabela de Assinaturas para 2011 Destino Normal BenfeitorNacional 20 euros 40 eurosEuropa 30 euros 60 eurosResto do Mundo 40 euros

FARMÁCIAS DE SERVIÇOAntunes (6), Lis (7), Oliveira (8), Sanches (9), Tomás (10), Maio (11), Avenida (12) e Baptista (13).

TELEFONES ÚTEISBombeiros Municipais - 244 832 122 | Bomb. Vol. Leiria (Ger.) - 244 882 015 | Bomb. Vol. Leiria (Urg.) - 244 881 120 | Bomb. Volunt. Batalha - 244 765 411 | Bomb. Volunt. P. Mós - 244 491 115 | Bomb. Volunt. Juncal

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- 244 832 320 | Farmácia Central - 244 817 980 | Farmácia Coelho - 244 832 432 | Farmácia Higiene - 244 833 140 | Farmácia Lino - 244 832 465 | Farmácia Oliveira - 244 822 757 | Farmácia Sanches - 244 892 500 | Governo Civil - 244 830 900 | Guarda N. Republicana - 244 824 300 | Hospital de S.to André - 244 817 000 | Hospital S. Francisco - 244 819 300 | Polícia Judiciária - 244 815 202 | Polícia S. Pública - 244 859 859 | Polidiagnóstico - 244 828 455 | Rádio Táxis - 244 815 900 | Rádio Alerta - 244 882 247 | Rodoviária do Tejo - 244 811 507 | Teatro JLS (Cinema) - 244 823 600

INSTITUCIONAL14 O Mensageiro6.Outubro.2011

Telemóvel: 917 511 889

Telefone: 244 828 450 Fax: 244 828 580Rua Machado Santos, n.º 33 2410-128 LEIRIA

Telefones: BARREIROS (sede): 244 840 677

JUNCAL: 244 470 610 Fernando - 919 890 630

F. Costa PereiraMédico Especialista

Doenças da boca e dentesRua João de Deus, 25- 1º Dt. - LEIRIA

CONSULTAS COM HORA MARCADA2ª, 4ª e 5ª: 11h-13h e 15h-19h, 3ª: 10h-13h e 15h-19h, Sábados: 9h30-15h

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Homenagem de um amigo

Cartório Notarial de LeiriaA cargo do Notário Pedro Tavares

Certifico, para fins de publicação, que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas nº 211-A de folhas cento e trinta a folhas cento e trinta e dois se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial no dia vinte oito de Setembro de 2011,

Outorgada por: José Carlos de Sousa Morgado, que outorga na qualidade de procurador, em representação de sua mulher Maria Cristina Ferreira Bote Morgado, casados em separação de bens, naturais de Boa Vista, Leiria e do Barreiro, residentes em Campo Grande nº 30, 5º esqº em Lisboa, ela nif 125 840 373, na qual disseram:

Que, com exclusão de outrem, a sua representada é dona e legítima possuidora do prédio rústico composto por pinhal, com a área de três mil duzentos e cinquenta e dois vírgula cinquenta metros quadrados, que confronta a norte com Maria Alice Vieira Marovo Figueiredo, sul Manuel de Sousa, nascente caminho público e poente herdeiros de Manuel Vieira, sito em Vale Pereiro na freguesia de Milagres do concelho de Leiria, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz sob o artigo 11.772, com o valor patrimonial tributário de 2.340�, a que atribuem igual valor;

Que o imóvel veio à posse dela por doação meramente verbal que foi feita por volta do ano de mil novecentos e setenta e três por José Ferreira Morgado, casado com Maria Ribeiro Gafanhão Morgado em separação de bens, pai dele, residente que foi em Boa Vista, Leiria.

Que, assim, a sua representada vem possuindo o referido prédio, como seu, há mais de vinte anos, como proprietária e na convicção de o ser, cortando mato, plantando e vendendo árvores, cumprindo as obrigações fiscais a ele relativas, posse que vêm exercendo ininterrupta e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífico, contínuo, público e de boa fé, pelo que adquiriu por usucapião a propriedade sobre o referido prédio;

Que dada a forma de aquisição originária não têm documentos que a comprovem.

Que para suprir tal título vem em nome dela pela presente escritura prestar estas declarações de justificação com o fim de obter no registo predial a primeira inscrição de aquisição do prédio;

Vai conforme ao original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada.

Maria Leonor de Almeida Pereira, funcionária do Cartório em epígrafe, no uso de competência cuja autorização pelo Notário respectivo foi publicado nos termos da Lei sob o número 128/3 a 31/01/2011, em Leiria, vinte e oito de Setembro de dois mil e onze.

A Funcionária, (Leonor Pereira)

CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIANotária Natália Dias Lopes

Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura de justificação, lavrada a vinte e seis de Setembro de dois mil e onze, de folhas trinta e uma a folhas trinta e duas verso do livro de notas para escrituras diversas número 1-B deste Cartório:

JAIME DE CARVALHO FELICIANO e mulher MARIA DO CARMO GOMES DOS SANTOS FELICIANO, casados sob o regime de comunhão geral e bens, naturais ele da freguesia de Amor, concelho de Leiria e ela da freguesia de Marrazes, concelho de Leiria, residentes na Rua da Sardoa, 17, Gândara dos Olivais, freguesia de Marrazes, concelho de Leiria, NIF 165 718 868 e 188 377 140.

DISSERAM OS PRIMEIROS OUTORGANTES:Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do seguinte

bem: PRÉDIO RÚSTICO, composto de terreno de cultura, afecto à utilização agrícola, produzindo os seguintes géneros: milho, com a área de dois mil trezentos e noventa metros quadrados, sito em Cascalho, Barreiros, freguesia de Amor, concelho de Leiria, confronta do norte com Miguel Joaquim Gaspar, do sul com Manuel Marques Jorge, do nascente com Estrada dos Campos e do poente com vala, inscrito na matriz sob o artigo 10.413, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de � 1.912,00, omisso no registo predial.

Que o referido imóvel veio à sua posse no ano de mil novecentos e sessenta, por partilha meramente verbal, feita com os demais interessados, por óbito do pai do justificante marido, Manuel da Silva Feliciano Novo, casado com Maria de Carvalho, residente que foi em Barreiros, freguesia dita de Amor.

Que, por falta de título, não têm, eles justificantes, possibilidade de comprovar, pelos meios normais o seu direito de propriedade plena.

Mas a verdade é que são eles os titulares desse direito, pois vêm possuindo o mesmo bem desde aquela data, há, portanto, mais de vinte anos, sempre em nome próprio e na firme convicção de não lesarem direitos de outrém, sem a menor oposição de quem quer que seja e com o conhecimento de toda a gente, ostensiva e ininterruptamente desde o seu início, posse essa que se tem materializado pelo aproveitamento agrícola de que o mesmo é susceptível, cultivando a terra, quer zelando pela sua conservação e pagando os respectivos impostos.

Que esta posse, pública, pacifica, continua e de boa fé, fundamentou a aquisição do respectivo direito de propriedade por usucapião, o que pela sua natureza impede a demonstração documental do seu direito pelos meios extrajudiciais normais.

ESTÁ CONFORME O ORIGINALLeiria, 26 de Setembro de 2011A Notária, (Natália Dias Lopes)

CATÓRIO NOTARIAL DE LEIRIANotária Natália Dias Lopes

Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura de justificação, lavrada a vinte e seis de Setembro de dois mil e onze, de folhas vinte e nove a folhas trinta verso do livro de notas para escrituras diversas número 1-B deste Cartório:

MIGUEL JOAQUIM GASPAR CHARTERS, viúvo, natural da freguesia de Amor, concelho de Leiria, residente na Rua padre Margalhau, n.º 933, freguesia de Amor, concelho de Leiria, NIF 130 539 112;

DISSE O PRIMEIRO OUTORGANTE:Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrém, do seguinte

bem:PRÉDIO RÚSTICO, composto de terreno de cultura, afecto à utilização

agrícola, produzindo os seguintes géneros: trigo, com a área de dois mil cento e sete virgula quarenta metros quadrados, sito em Cascalho – Barreiros, freguesia de Amor, concelho de Leiria, confronta do norte com Jorge Alexandre dos Santos, do sul com Jaime de Carvalho Feliciano, do nascente com Estrada do Campo e do poente com vala, inscrito na matriz sob o artigo 10.414, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de � 1.685,92, omisso no registo predial.

Que o referido imóvel veio à sua posse no ano de mil novecentos e setenta e oito, já no estado de viúvo, por partilha meramente verbal feita com os demais interessados por óbito de Florinda Lourenço Esperança, solteira, maior, residente que foi em Barreiros, Amor, Leiria.

Que, por falta de título, não têm, ele justificante, possibilidade de comprovar, pelos meios normais, o seu direito de propriedade plena.

Mas a verdade é que é ele o titular desse direito, pois vêm possuindo o mesmo bem desde aquela data, há, portanto, mais de vinte anos, sempre em nome próprio e na firme convicção de não lesarem direitos de outrém, sem a menor oposição de quem quer que seja e com o conhecimento de toda a gente, ostensiva e ininterruptamente desde o seu inicio, posse essa que se tem materializado pelo aproveitamento agrícola de que o mesmo é susceptível, cultivando a terra, quer zelando pela sua conservação e pagando os respectivos impostos.

Que esta posse, pública, pacífica, continua e de boa fé, fundamentou a aquisição dos respectivos direitos de propriedade por usucapião, o que pela sua natureza impede a demonstração documental do seu direito pelos meios extrajudiciais normais.

ESTÁ CONFORME O ORIGINALLeiria, 26 de Setembro de 2011A Notária, (Natália Dias Lopes)

CARTÓRIO NOTARIAL DE LEIRIANotária Natália Dias Lopes

Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura de rectificação, lavrada a vinte e nove de Setembro de dois mil e onze, e folhas trinta e nove a folhas quarenta verso do livro de notas para escrituras diversas número 1-B deste Cartório:

FRANCISCO DE JESUS DOS SANTOS e esposa MARIA DEOLINDA SIMÕES FAUSTINO, casados sob o regime comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de Pousos, concelho de Leiria, residentes em Travessa do Jardim, n.º 8, lugar de Vidigal, dita freguesia de Pousos, NIF 115 329 005 e 133 529 983;

DISSERAM OS PRIMEIROS OUTORGANTES:Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do seguinte

bem: PRÉDIO RÚSTICO, composto de pinhal, com a área de quatro mil quinhentos e setenta e cinco metros quadrados, sito em Covas – Vidigal, freguesia de Pousos, concelho de Leiria, confronta do norte com José Dinis Vieira, do sul com Avenida Principal, do nascente com José de Sousa, do poente com Rua da Esperança, inscrito na matriz sob o artigo 5603, com o valor patrimonial para efeitos de IMT, selo e atribuído de � 2818,20, omisso no registo predial.

Que o referido imóvel veio à sua posse no ano de mil novecentos e sessenta e um, por doação meramente verbal feita já no estado de casados, pelos pais da justificante mulher Joaquim Pereira Faustino e mulher Maia Angelina Simões, residentes que foram no dito lugar de Vidigal.

Que, por falta de título, não têm, eles justificantes, possibilidade de comprovar, pelos meios normais, o seu direito de propriedade plena.

Mas a verdade é que são eles os titulares desse direito, pois vêm possuindo o mesmo bem desde aquela data, há, portanto, mais de vinte anos, sempre em nome próprio e na firme convicção de não lesarem direitos de outrém, sem a menor oposição de quem quer que seja e com o conhecimento de toda a gente, ostensiva e ininterruptamente desde o seu início, posse essa que se tem materializado pelo aproveitamento agrícola de que o mesmo é susceptível, colhendo a resina e cortando o mato, quer zelando pela sua conservação e pagando os respectivos imposto.

Que esta posse, pública, pacífica, contínua e de boa fé, fundamentou a aquisição do respectivo direito e propriedade por usucapião, o que pela sua natureza impede a demonstração documental do seu direito pelos meios extrajudiciais normais.

ESTÁ CONFORME O ORIGINALLeiria, 29 de Setembro de 2011A Colaboradora, (Sandra Marina Rodrigues Gouveia)

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Equipa J V E D Pts1.º Porto 7 5 2 0 172.º Benfica 7 5 2 0 173.º Sp. Braga 7 4 2 1 144.º Marítimo 7 4 2 1 145.º Sporting 7 4 2 1 146.º Académica 7 4 0 3 127.º V. Setúbal 7 3 1 3 108.º Olhanense 7 2 3 2 99.º Gil Vicente 7 2 3 2 910.º Feirense 7 1 4 2 711.º Nacional 7 2 1 4 712.º Beira-Mar 7 1 4 2 713.º U. Leiria 7 2 0 5 614.º V. Guimarães 7 1 1 5 415.º P. Ferreira 7 1 1 5 416.º Rio Ave 7 0 2 5 2

15O Mensageiro6.Outubro.2011 DESPORTO

liga portuguesade futebol profissional

I LIGA

V. Setúbal x Rio Ave (2-1)Benfica x P. Ferreira (4-1)Feirense x Marítimo (2-2)Nacional x Olhanense (1-0) U. Leiria x Sp. Braga (1-0)V. Guimarães x Sporting (0-1)Académica x Porto (0-3)Gil Vicente x Beira-Mar (0-0)7.ª

JORN

. 02.1

0.11

P. Ferreira x Académica (dia 21)

Olhanense x V. Guimarães (dia 22)

Beira-Mar x Benfica (dia 22)

Marítimo x V. SetúbalRio Ave x U. LeiriaPorto x NacionalSp. Braga x FeirenseSporting x Gil Vicente (dia 24)8.ª

JORN

. 23.1

0.11

Equipa J V E D Pts1.º Atlético 6 4 1 1 132.º Leixões 6 3 1 2 103.º Belenenses 6 2 3 1 94.º Penafiel 6 2 3 1 95.º D. Aves 6 2 3 1 96.º Arouca 6 2 2 2 87.º Oliveirense 6 2 2 2 88.º Freamunde 6 2 2 2 89.º Moreirense 6 2 2 2 810.º Santa Clara 6 2 2 2 811.º Trofense 6 2 2 2 812.º Naval 6 2 1 3 713.º Sp. Covilhã 6 2 1 3 714.º Estoril 6 1 3 2 615.º U. Madeira 6 2 0 4 616.º Portimonense 6 2 0 4 6

liga portuguesade futebol profissional

II LIGA

Atlético x Naval (1-0)Penafiel x Estoril (3-1)Oliveirense x Moreirense (2-3)Sp. Covilhã x Santa Clara (1-0)D. Aves x Arouca (2-0)Freamunde x U. Madeira (2-0)Trofense x Belenenses (1-0)Portimonense x Leixões (2-1)6.ª

JORN

. 02.1

0.11

Sp. Covilhã x Portimonense (dia 20)

Naval x Freamunde (dia 22)

Arouca x PenafielLeixões x AtléticoBelenenses x U. MadeiraMoreirense x TrofenseSanta Clara x OliveirenseEstoril x D. Aves7.ª

JORN

. 23.1

0.11

federação portuguesa de futebol

II Divisão BSUL

federação portuguesa de futebol

III Divisão série D

Bombarralense x Sp. Pombal (3-3)Tocha x Peniche (1-1)B.C. Branco x Beneditense (2-2)Alcobaça x Sourense (2-3)Riachense x Marinhense (0-1) Folga: Pampilhosa4.ª

JO. 0

2.10.1

1 Mafra x Moura (11)Juv. Évora x Caldas (3-0)Pinhalnovense x Vendas Novas (1-2)Fátima x 1.º Dezembro (1-0)Louletano x Oriental (0-1)Reguengos x Tourizense (1-1)Monsanto x Torreense (2-5)Carregado x Sertanense (2-1)4.ª

JORN

. 02.1

0.11

Equipa J V E D Pts1.º Torreense 4 3 1 0 102.º Vendas Novas 4 3 1 0 103.º Carregado 4 2 1 1 74.º Oriental 4 2 1 1 75.º Sertanense 4 2 1 1 76.º Moura 4 1 3 0 67.º Pinhalnovense 4 2 0 2 68.º Fátima 4 2 0 2 69.º Tourizense 4 1 2 1 510.º Juv. Évora 4 1 1 2 411.º 1.º Dezembro 4 1 1 2 412.º Caldas 4 1 1 2 413.º Mafra 4 0 3 1 314.º Monsanto 4 0 3 1 315.º Louletano 4 0 2 2 216.º Reguengos 4 0 1 3 1

Mafra x Juv. ÉvoraCaldas x PinhalnovenseVendas Novas x Fátima1.º Dezembro x LouletanoOriental x ReguengosTourizense x MonsantoTorreense x CarregadoMoura x Sertanense4.ª JO

RN. 0

2.10.1

1

Equipa J V E D Pts1.º Pampilhosa 3 3 0 0 92.º Sp. Pombal 4 2 2 0 83.º B.C. Branco 4 2 1 1 74.º Sourense 4 2 1 1 75.º Peniche 4 1 3 0 66.º Tocha 4 1 2 1 57.º Marinhense 4 1 1 2 48.º Beneditense 3 0 3 0 39.º Bombarralense 3 0 2 1 210.º Riachense 4 0 1 3 111.º Alcobaça 3 0 0 3 0

B.C. Branco x TochaPeniche x MarinhenseRiachense x AlcobaçaSourense x BombarralenseBeneditense x PampilhosaFolga: Sp. Pombal5.ª

JO. 0

9.10.1

1

associação de futebol de leiria

HONRA

Marrazes x Avelarense (0-0)Guiense x Meirinhas (5-0)Biblioteca x Vieirense (1-1)Pataiense x Pedroguense (7-0)GRAP/Pousos x Atouguiense (1-5)Alvaiázere x Fig. Vinhos (2-1)Portomosense x Nazarenos (5-1)Ansião x Alq. Serra (0-3)3.ª

JORN

. 02.1

0.11

Equipa J V E D Pts1.º Portomosense 3 3 0 0 92.º Alvaiázere 3 3 0 0 93.º Guiense 3 2 1 0 74.º Alq. Serra 3 2 1 0 75.º Pataiense 3 1 2 0 56.º Marrazes 3 1 2 0 57.º Atouguiense 3 1 1 1 48.º Biblioteca 3 1 1 1 49.º Nazarenos 3 1 1 1 410.º Meirinhas 3 1 0 2 311.º GRAP/Pousos 3 1 0 2 312.º Vieirense 3 0 2 1 213.º Avelarense 3 0 2 1 214.º Fig. Vinhos 3 0 1 2 115.º Ansião 3 0 0 3 016.º Pedroguense 3 0 0 3 0

Meirinhas x GRAP/PousosPedroguense x AlvaiázereAlq. Serra x BibliotecaAtouguiense x PortomosenseFig. Vinhos x GuienseVieirense x PataienseNazarenos x AvelarenseAnsião x Marrazes4.ª

JORN

. 16.1

0.11

I Divisão distritalNORTE

I Divisão distritalSUL

Moita do Boi x Ranha (2-0)Cast. Pêra x Mata Mourisquense (0-3)Pelariga x Arcuda (5-0)Boavista x Caseirinhos (6-1)GAU/Bajouca x Motor Clube (2-1)Ilha x Pousaflores (11)1.ª

JO. 0

2.10.1

1

Equipa J V E D Pts1.º Gaeirense 1 1 0 0 32.º Os Vidreiros 1 1 0 0 33.º Pilado 1 1 0 0 34.º Maceirinha 1 1 0 0 35.º Lisboa Marinha 1 1 0 0 36.º Outeirense 0 0 0 0 07.º Santa Amaro 1 0 0 1 08.º Juncalense 1 0 0 1 09.º Praia da Vieira 1 0 0 1 010.º Unidos 1 0 0 1 011.º Nadadouro 1 0 0 1 0

Outeirense x Praia da VieiraPilado x Santo AmaroMaceirinha x NadadouroGaeirense x Lisboa e MarinhaJuncalense x UnidosFolga: Os Vidreiros2.ª

JO. 1

6.10.1

1

Praia Vieira x Pilado (0-2)Santo Amaro x Maceirinha (1-2)Nadadouro x Gaeirense (0-4)Lisboa e Marinha x Juncalense (1-0) Unidos x Os Vidreiros (1-4)Folga: Outeirense1.ª

JO. 0

2.10.1

1

Equipa J V E D1.º Boavista 1 1 0 0 32.º Pelariga 1 1 0 0 33.º Mata Mourisque. 1 1 0 0 34.º Moita do Boi 1 1 0 0 35.º GAU/Bajouca 1 1 0 0 36.º Pousaflores 1 0 1 0 17.º Ilha 1 0 1 0 18.º Motor Clube 1 0 0 1 09.º Ranha 1 0 0 1 010.º Cast. Pêra 1 0 0 1 011.º Caseirinhos 1 0 0 1 012.º Arcuda 1 0 0 1 0

Ilha x ArcudaMata Mourisquense x PelarigaRanha x Cast. PêraCaseirinhos x Moita do BoiMotor Clube x BoavisaPousaflores x GAU/Bajouca2.ª

JO.16

.10.11

FOTOJORNALISMOS

Estreia feliz | Segunda vitória da U. Leiria (recepção ao Sp. Braga), na estreia do técnico Manuel Cajuda. Foto: Paulo Cunha/Lusa

Paulo Machado (U. Leiria, 2006/07) é um dos convocados pelo seleccionador nacional Paulo Bento

O jogo que Portugal vai disputar diante da Islândia, dia 7 de Outubro (transmis-são na RTP, 21h00), além da importância competitiva de que se reveste – num mo-mento decisivo no que diz respeito às ‘contas’ da qua-lificação para o Euro 2012 –, vai ser também aproveitado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e pela Se-lecção Nacional para darem visibilidade ao trabalho que tem sido efectuado pela As-sociação Nacional de Com-bate à Pobreza (ANCP).

“Num momento em que tantas famílias portuguesas passam por dificuldades, a FPF e a Selecção Nacional – Clube Portugal estão cien-tes da importância que de-sempenham no despertar

de consciências para as temáticas relacionadas com a responsabilidade social”, pode ler-se no website da federação (www.fpf.pt).

A ANCP é uma insti-tuição particular de soli-dariedade social, procura, desde 1998, a promoção

de actividades de carácter social e humanitário, no-meadamente o apoio às crianças, aos idosos, aos toxicodependentes, aos sem-abrigo e aos desprote-gidos em geral, o combate à fome e à pobreza.

Portugal x Islândia de qualificação para o Euro 2012

Futebol solidário

Pedro

Jerón

imo/Arqu

ivo

Orientação | LeiriaQuatro medalhas

O Clube de Orien-tação do Centro (COC), Leiria), foi o segundo melhor colectivo no II Ori-BTT de Idanha-a-Nova, que decorreu nos dias 1 e 2 de Outubro. Individualmente, Cláu-dia Monteiro (D21A) e Luísa Mateus (D45) con-quistaram a medalha de ouro e Daniel Marques (elite) o bronze.

Num comentário à prova, Daniel Marques referiu – em declarações ao Orientovar (http://orientovar.blogspot.com), blogue das especialidade – que “o mapa foi muito interessante, boa rede de caminhos com mui-to desnível, o traçado dos percursos teve na componente física a sua grande dificuldade. Tive um despique interessan-te com o João Ferreira [4.º] e o Carlos Simões [2.º] na luta pelo 2.º lu-gar. O Davide Machado não deu hipóteses e foi um vencedor indiscutí-vel”. Quanto ao futuro, o atleta do clube leiriense adiantou que vai “agora começar a preparar o ano de 2012 e depois de um período de descanso vou voltar aos treinos”.

Futebol | Jornada inaugural nos AçoresU. Leiria começa Taça da Liga

Com a pausa de duas semanas na I Liga, de-vido aos compromissos das selecções nacionais, vão realizar-se as Taça da Liga e Taça de Portugal. Relativamente à primeira prova, a U. Leiria é a única equipa da região envolvida, tendo como adversá-rio o Santa Clara (II Liga). Uma eliminatória (1.ª) a duas mãos, dias 9 de Outubro e 13 de Novembro, em São Miguel (Açores) e Marinha Grande, respec-tivamente. Quanto à segunda, daremos conta na próxima edição

Bridge | Duplas de LeiriaDois pódios para o BCLis

No regresso da modalidade após interregno, o Clube de Bridge de Leiria (BCLis) registou um 1.º e um 3º lugares, em provas disputadas nos dias 26 e 19 de Setembro, respectivamente. José Alho / Manuel Mendes e Manuel Mendes / Jorge Matias foram, respectivamente, as duplas que subiram aos pódios.

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Page 16: 4878#OMENSAGEIRO#06OUT

6OUTUBRO2011ÚLTIMA Precisamos de estar atentos às novas tecnologias da comunicação...Precisamos de cultivar a educação da inteligência, da vontade e da consciência...

Precisamos de elevar o nível cultural, por exemplo, nos programas das festas das nossas comunidades...D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima [Assembleia Diocesana, 02.10.2011]

Cerca de 400 pessoas res-ponderam ao convite do Bispo para a Assembleia Diocesana, no passado dia 2 de Outubro, no Seminário Diocesano de Leiria. Leigos, religiosos e pa-dres, vindos um pouco de toda a Diocese, quiseram assim dar um sinal de comunhão neste “arranque oficial” do novo ano pastoral, pautado pelo tema “Testemunhas de Cristo no Mundo” e iluminado pelo con-vite do próprio Jesus: “Brilhe a vossa luz diante dos homens” (Mt 5, 16).

O ponto central da Assem-bleia foi a apresentação da Carta Pastoral que servirá de documento orientador para este ano. D. António Marto pediu uma “Igreja aberta ao mundo e não fechada sobre si mesma”, de acordo com o principal objectivo pastoral que se propõe de “testemunhar a caridade de Cristo através das obras de justiça, de promoção do desenvolvimento humano e de paz, ao serviço da dignidade da pessoa numa sociedade justa e fraterna”. O trabalho propos-to às comunidades incidirá “numa maior consciência da missão dos cristãos no mun-do, no fomento de uma espiri-tualidade e formação para esse compromisso e na promoção do apostolado laical nos níveis pessoal, familiar e social”, espe-cificou o Bispo diocesano.

Como primeira grande linha de força, o prelado apontou o testemunho de santidade na vida do mundo, com o mundo e através do mundo. “Os cristãos são chamados a ser santos onde

vivem, onde trabalham, onde se divertem; o mundo é o seu lugar de santificação”, lembrou D. António Marto, referindo a proposta de retiro popular quaresmal como meio de apro-fundar esta consciência, com ajuda de exemplos concretos de santos que assim viveram a sua vocação. “Gostava de ser Bispo e abrir o processo de canonização de um casal, um homem ou uma mulher desta diocese, um de vós seria melhor ainda!”, afirmou o Pastor em tom de bom-humor.

Outra linha de força apon-tada foi o “empenho no mundo familiar, social e político”, cui-dando, não apenas dos aspectos técnicos, mas da “humanização dessa presença”, tendo como “bússola de formação e de critérios a Doutrina Social da Igreja, que a maioria infeliz-mente desconhece”. As acções de formação nesta área serão uma das apostas.

Por fim, D. António salien-tou a importância do “diálogo entre a fé e a cultura” como espaço de afirmação de “uma maneira de viver e de pensar” própria dos cristãos. “A fé é ge-radora de cultura, de promoção humana, de valores, de beleza e de arte”, afirmou o prelado, defendendo uma acção a este nível nos meios de comunica-ção social, na educação integral e na valorização do património artístico. E concretizou: “preci-samos de estar atentos às novas tecnologias da comunicação, (…) precisamos de cultivar a educação da inteligência, da vontade e da consciência, (…)

precisamos de elevar o nível cultural, por exemplo, nos pro-gramas das festas das nossas comunidades”. Tudo isto com profissionalismo, pois “pode-mos dizer que somos católicos a cem ou duzentos por cento, mas, se não fazemos as coisas com qualidade, não estamos a dar bom testemunho de cris-tãos”, rematou D. António.

A assembleia terminou com a celebração eucarística, onde o Bispo voltou a pedir o empenho dos diocesanos. À imagem da vinha que Deus cuida com amor, referida nas leituras deste domingo, “Ele espera de nós correspondên-

cia e fidelidade a esse amor” no trabalho que fazemos, em Igreja e no meio do mundo em que vivemos. “Deus espera testemunhas vivas, alegres e confiantes do seu amor por este mundo, um amor que tem capacidade para transformar o mundo, um amor louco que nos enviou o Seu Filho, um amor mais forte do que o pecado da nossa infidelidade”, lembrou D. António. E terminou com o apelo: “Que sejamos firmes testemunhas da missão que o Senhor nos confia”!

Textos e fotos:Luís Miguel Ferraz

O cristão na sociedadeA primeira parte da Assembleia con-

sistiu numa intervenção sobre “a inser-ção do cristão na sociedade portuguesa de hoje”. O convidado Acácio Catarino, membro da Comissão Nacional Justiça e Paz, apontou algumas características próprias da acção dos cristãos em três âmbitos: nas famílias, nas organizações e na política. Segundo este ex-presiden-te do Conselho Nacional para a Promo-ção de Voluntariado, a presença dos cristãos deve ser iluminada pela Dou-trina Social da Igreja (DSI), em ordem a “humanizar a sociedade e orientá-la para a ordem salvífica”.

No primeiro campo de acção, a nível das famílias e da sua colaboração local, Acácio Catarino lançou a proposta con-creta da criação em cada paróquia de um “grupo de acção social dinamizador do voluntariado de proximidade”. Estes grupos teriam como funções “acolher as situações locais de dificuldade e carência, prestar as ajudas possíveis e fazer a mediação junto das entidades competentes”. Para um serviço de qualidade, esses grupos de acção social deveriam incluir representantes de todos os lugares da paróquia, garantir uma organização e promover a forma-ção permanente dos seus membros nas áreas sociais, nomeadamente, a DSI.

Alargando esse âmbito de acção, os cristãos devem também colaborar activamente nas várias organizações não governamentais, sendo o exemplo primário as comissões de desenvolvi-mento local que “deveriam existir em cada freguesia e nas quais a paróquia deveria fazer sempre parte integran-te”. Na junção das várias instituições existentes localmente, é mais fácil “identificar problemas e procurar so-luções”, uma tarefa da qual os cristãos não podem alhear-se.

Também a nível sócio-político, seria de esperar um trabalho mais partilhado e dialogado entre os católicos activos nos vários partidos e instituições de governo. “Não se trata da luta pelo poder, de proselitismo partidário, de fundar um partido novo, mas sim de assumir as diferença, dialogar sobre as soluções comuns e agir em conformida-de com a DSI”, afirmou Acácio Catari-no, apontando três vias desse diálogo: “consigo mesmo, com Deus e com os outros intervenientes no processo de decisão”.

Bispo apelou ao testemunho na Assembleia Diocesana

Cristãos activos e santos no mundo