4892#OMENSAGEIRO#12JAN

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FUNDADO EM 1914 ANO 98 - N.º 4892 FUNDADOR: José Ferreira Lacerda DIRECTOR: Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt 12 JANEIRO 2012 DESTAQUE DOCUMENTO P. 8 ECLESIAL SOCIEDADE CULTURA Na Marinha Grande | P. 4 Alunos do Engenho cantam Janeiras no Dia de Reis Em Porto de Mós | P. 5 Banda Recreativa promove uma vez por mês... “bandánimaNa Igreja de S. Francisco, em Leiria | P. 5 Concerto coral de intercâmbio com Orfeão de Leiria e Orfeão Coelima TESTEMUNHAS DE CRISTO NO MUNDO: O CRISTÃO NA CIDADE PROFESSOR E CRISTÃO: UM DUPLO DESAFIO? No presente ano pastoral, a Diocese é convidada a viver na perspectiva do testemunho, trazendo para a ribalta a relação entre a fé e a vida quotidiana, tema fulcral na teologia e na reflexão cristã. A escola é um dos espaços privilegiados dessa relação. No estado actual, a escola deve ser um lugar de debate público e sério. Professores, associações e governantes deverão sentar-se à mesa, de forma pacífica e sem tons contestatários, simplesmente com um único e mesmo desejo: encontrar no diálogo as melhores soluções, sem prejuízo de ninguém e com benefícios para todos. Elas existem. Só precisam de ser procuradas de forma apaixonada, mas sem paixões. Nesta edição, O Mensageiro dá conta de um encontro organizado pela vigararia de Leiria, que pretende abordar um assunto polémico: “Professor e cristão: um duplo desafio?”. A não perder. Páginas 2 e 3 Presidente do Instituto Politécnico de Leiria | P. 6 Nuno Mangas eleito para presidir à associação Politécnica Agrupamento de Escolas da Batalha | P. 7 Antigos alunos ajudam estudantes: “Preparados para o Futuro?!” Olhar sobre o vale da igreja de S. Agostinho | Últ. A zona intervencionada pelo Polis no rio Lis poderia atrair turismo Duas novas valências inauguradas | P. 9 Lar e creche no Centro Social Paroquial da Freixianda Diocese mostra património religioso | P. 9 Visita “Do Românico ao Barroco” por terras de Aljubarrota e Juncal Mensagem de fim-de-ano de D. António | P. 9 Equidade é os ricos darem mais para salvar a economia portuguesa”

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O Mensageiro (O Mais Antigo Semanário do Distrito de Leiria): Edição de 12 de Janeiro de 2012 (N.º 4892).

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FUNDADO EM 1914

ANO 98 - N.º 4892

FUNDADOR: José Ferreira LacerdaDIRECTOR: Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

12 JANEIRO 2012

DESTAQUE

DOCUMENTO

P. 8

ECLESIALSOCIEDADECULTURA

Na Marinha Grande | P. 4

Alunos do Engenho cantam Janeiras no Dia de ReisEm Porto de Mós | P. 5

Banda Recreativa promoveuma vez por mês... “bandánima”Na Igreja de S. Francisco, em Leiria | P. 5

Concerto coral de intercâmbio comOrfeão de Leiria e Orfeão Coelima

TESTEMUNHAS DE CRISTO NO MUNDO: O CRISTÃO NA CIDADE

PROFESSOR E CRISTÃO:UM DUPLO DESAFIO?

No presente ano pastoral, a Diocese é convidada a viver na perspectiva do testemunho, trazendo para

a ribalta a relação entre a fé e a vida quotidiana, tema fulcral na teologia e na reflexão cristã.

A escola é um dos espaços privilegiados dessa relação. No estado actual, a escola deve ser um

lugar de debate público e sério. Professores, associações e governantes deverão sentar-se à

mesa, de forma pacífica e sem tons contestatários, simplesmente com um único e mesmo desejo:

encontrar no diálogo as melhores soluções, sem prejuízo de ninguém e com benefícios para todos.

Elas existem. Só precisam de ser procuradasde forma apaixonada, mas sem paixões.

Nesta edição, O Mensageiro dá conta de um encontro organizado pela vigararia de Leiria,que pretende abordar um assunto polémico:

“Professor e cristão: um duplo desafio?”.A não perder. Páginas 2 e 3

Presidente do Instituto Politécnico de Leiria | P. 6

Nuno Mangas eleito para presidirà associação PolitécnicaAgrupamento de Escolas da Batalha | P. 7

Antigos alunos ajudam estudantes: “Preparados para o Futuro?!”Olhar sobre o vale da igreja de S. Agostinho | Últ.

A zona intervencionada pelo Polis no rio Lis poderia atrair turismo

Duas novas valências inauguradas | P. 9

Lar e creche no Centro Social Paroquial da FreixiandaDiocese mostra património religioso | P. 9

Visita “Do Românico ao Barroco” por terras de Aljubarrota e JuncalMensagem de fim-de-ano de D. António | P. 9

“Equidade é os ricos darem mais para salvar a economia portuguesa”

DESTAQUE2 O Mensageiro12.Janeiro.2012

EDITORIAL

Rui [email protected]

EDITORIAL

A história do ensino está estritamente ligada à religião. Foi esta que cultivou e deu os primei-ros passos na formação dos mais novos. As es-colas, mais ainda, as universidades, cresceram e desenvolveram-se à sombra das ordens religiosas que durante séculos dominaram o ensino.

O racionalismo, acompanhado de outras cor-rentes filosóficas consequentes, como o liberalis-mo e o humanismo, acabaria por retirar à Igreja este papel e monopólio, abrindo as portas da escola. Apesar de tudo, os primeiros passos dados fora do mosteiros, continuam a ser dinamizados e construídos à semelhança do que ali se fazia. A escola pública desenhou-se segundo o esquema da escola monástica. Só o tempo foi permitindo um afastamento cada vez maior e possibilitou a criação de estruturas e programas próprios. Pouco a pouco, a Igreja foi sendo escorraçada

para fora da escola e, com ela, a fé, e até mesmo Deus. O pro-cesso teve o seu pon-to crucial nos últimos anos com a discussão acesa sobre a presen-ça dos crucifixos nas escolas. Sem dó nem piedade, sem o me-nor reconhecimento de gratidão, eles fo-ram retirados e Deus

foi considerado o aluno mau que, depois de uma reprimenda, é colocado fora da escola, expulso.

As consequências estão por determinar, pois que será preciso um arrojo de coragem para as definir e publicar. Mas elas não tardarão a fa-zer-se notar e vão já aparecendo pouco a pouco. A escola vai sendo cada vez mais questionada; os programas vão sendo cada mais duvidosos e no fim quem fica a perder são os alunos, os professores, as famílias, enfim toda a socie-dade. No nosso caso português, as alterações que o acordo ortográfico trouxe, são geradoras da maior baralhada a que o ensino já assistiu. Há hoje crianças de 8 anos que aprenderam a escrever há 2 anos de uma forma e estão agora a dizer-lhes que aprenderam mal. E há crianças a sofrer com isto.

No estado actual, a escola deve ser um lugar de debate público e sério. Professores, associa-ções, governantes, deverão sentar-se à mesa de forma pacífica e sem tons contestatários, simplesmente com um único e mesmo desejo: encontrar no diálogo as melhores soluções, sem prejuízo de ninguém e com benefícios para to-dos. Elas existem. Só precisam ser procuradas de forma apaixonada mas sem paixões.

Nesta edição O Mensageiro dá conta de um encontro organizado pela vigararia de Leiria e que pretende abordar um assunto polémico: “professor e cristão: um duplo desafio”. A não perder.

No presente ano pasto-ral a Diocese é convidada a viver na perspectiva do tes-temunho. O título da carta Pastoral de D.António é disso bem esclarecedor: “Testemu-nhas de Cristo no mundo”. A relação entre a fé e a vida quotidiana é tema fulcral na teologia e na reflexão cristã. E se a relação neste binómio nem sempre foi fácil, com cada uma das partes a tentar sobrepor-se à outra, a verda-de é que todos estamos de acordo na necessidade de di-álogo e complementaridade. Ou seja, o cristão nem pode ser tão etéreo e tão celestial que se esqueça do dia a dia, vivendo nas nuvens e num mundo que não é real; como também não pode ser tão “mundano” que se esqueça da sua vocação celeste, pro-curando construir um reino que não é deste mundo. O mote foi dado pelo próprio Jesus ao afirmar que seus discípulos devem estar no mundo, sem porém, serem do mundo. Estar aqui, viver aqui, empenhar-se na trans-formação do tempo presente, sem no entanto se fechar ou enclausurar na resignação de que nada ais pode fazer ou mudar. O cristão tem a sua pátria lá no alto, para lá das nuvens que, no entanto, vê e contempla com os pés na terra.

Ao desafiar os diocesa-nos a serem “Testemunhas de Cristo no mundo”, D. António Marto tem consci-ência de que o desafio não é fácil e, na actual conjuntura, é até demasiado arriscado. De facto, o diálogo entre a fé o mundo parece estar cada vez

mais em risco, pois que um dos interlocutores não parece estar interessado em ouvir o outro. Não adianta dialogar se daí não surgir nada de novo. E há hoje uma convic-ção generalizada de que ouvir e seguir o parecer do outro significa estar-lhe submetido. Nada mais falso e errado. É assim que os cristãos em muitas situações se vêem obrigados a calar as suas convicções. Nem sempre se podem assumir na sua fé, pois que tal assunção acarre-ta o fardo da discriminação e do rótulo. Dai que muitas vezes se conviva lado a lado, no trabalho e no café, sem no entanto saberem que parti-lham a mesma fé e celebram a mesma eucaristia. Mas, por outro lado, também nenhum cristão se sente bem quando esconde o que é. Ou seja, ele sabe que a fé celebrada e vi-vida de forma pessoal e inte-rior, requer por si mesmo ser anunciada e proclamada. Ele sente o desafio e a necessida-de de proclamar bem alto, “a propósito e a despropósito”, a alegria que carrega consigo pelo facto de conhecer Jesus Cristo. Como os amigos de Eamús, os cristãos sentem “que lhes arde o coração” enquanto vão mergulhando no mar imenso da fé. E este ardor quer expandir-se, quer mostrar-se, será ainda maior quando for partilhado.

Não pode haver dicotomia ou separação existencial en-tre estas duas realidades. A fé faz parte da realidade huma-na, abre para a profundidade e é desafio de perfeição na vivência da nossa realidade humana. É por isso que ela é,

ao mesmo tempo, exigente e libertadora.

Hoje temos de viver a nossa vida num quadro civi-lizacional que separa como-damente a fé do concreto da vida, como se esta, a nossa re-alidade humana, nada tivesse a ver com a fé, que é relega-da para uma zona intimista e socialmente irrelevante, expressão das inclinações religiosas de cada um.

Para os cristãos, essa di-cotomia é um caminho que afasta da verdade. A fé faz tanto parte da condição hu-mana como qualquer outra realidade do mundo.

No mundo de hoje exi-ge-se, cada vez mais, uma verdadeira competência humana, a preparação para se ser homem com os outros homens. No definir o hori-zonte do amor e do serviço, a Palavra de Cristo é decisiva, desafiando para um amor generoso e absoluto, que pode ir até ao sacrifício de si mesmo, vencendo medos e egoísmos, percebendo que é no dar que se recebe. Esse de-safio evangélico é importante para a definição do horizon-te ético da nossa liberdade. Cada vez mais uma sociedade de rosto humano não pode ser só fruto da eficácia, mas também da prossecução de valores. Para ajudar a cons-truir um mundo belo, não bastam programas, é precisa a utopia de um ideal, na vi-vência do amor familiar, no serviço do bem comum, no potenciar da solidariedade, que é o primeiro passo para a fraternidade.

Tudo isto nos leva à meditação da importância

da missão dos cristãos na cidade. Eles exercerão a sua competência com sentido hu-mano e fraterno, o modelo de cidade que querem edificar não se esgota no progresso material, pois ela só será verdadeiramente humana, se for fraterna. Também se aplica a esses construtores da cidade terrena, com sentido, generosidade e ideal, a frase do Evangelho em que Jesus diz que faltam obreiros para a messe, essa tarefa imensa de humanizar o mundo e a história. Também na nossa cidade faltam esses traba-lhadores, dinamizados por um ideal.

Assim se aguça na vida do crente esta dicotomia en-tre o que vive e o que pode mostrar que vive; entre o que sente e o que pode exprimir tal sentir; entre o que é e o que é chamado a ser. E nestas circunstâncias muitas vezes se sente só, sem saber para onde seguir e sem compa-nheiros de viagem. Por isso o tema e o incentivo dados por D. António Marto para este ano pastoral revestem-se de especial importância até pela oportunidade do momento em que surgem.

Para mais sentir esse estímulo D. António irá es-tar presente em encontros vicariais que, no geral, foca-rão a presença dos cristãos nos diferentes ambientes sócio-profissionais. A cada vigararia foi deixada a res-ponsabilidade de escolher o referido meio, como lugar de especial atenção e acção ao longo do ano.

Rui Ribeiro

Deusvai à escola

Sem dó nem agravo, sem o menor

reconhecimento de gratidão, Deus foi

considerado o aluno mau que, depois de

uma reprimenda, é colocado fora da

escola, expulso.

Testemunhas de Cristo no mundo

O cristão na cidade

DR

3O Mensageiro12.Janeiro.2012ro.2011 DESTAQUE

Excerto daCarta a Diogneto

Os cristãos não se distinguem dos demais...

Os cristãos não se distinguem dos demais homens, nem pela terra, nem pela língua, nem pelos costumes. Nem, em parte alguma, habitam cidades peculiares, nem usam alguma língua distinta, nem vivem uma vida de natureza singular. Nem uma doutrina desta natureza deve a sua descoberta à invenção ou conjectura de homens de espírito irrequieto, nem defendem, como alguns, uma doutrina humana. Habi-tando cidades Gregas e Bárbaras, conforme coube em sorte a cada um, e seguindo os usos e costumes das regiões, no vestuário, no regime alimentar e no resto da vida, revelam unanimemente uma maravilhosa e paradoxal constituição no seu regime de vida político-social. Habitam pátrias próprias, mas como peregrinos. Participam de tudo, como cidadãos, e tudo sofrem como estrangeiros. Toda a terra estrangeira é para eles uma pátria e toda a pátria uma terra estrangeira. Casam como todos e geram filhos, mas não abandonam à violência os recém-nascidos. Servem-se da mesma mesa, mas não do mesmo leito. Encontram-se na carne, mas não vivem segundo a carne. Moram na terra e são regidos pelo céu. Obedecem às leis estabelecidas e superam as leis com as próprias vidas. Amam todos e por todos são perseguidos. Não são reconheci-dos, mas são condenados à morte; são condenados à morte e ganham a vida. São pobres, mas enriquecem muita gente; de tudo carecem, mas em tudo abundam. São desonrados, e nas desonras são glorificados; injuriados, são também justificados. Insultados, bendizem; ultrajados, prestam as devidas honras. Fazendo o bem, são punidos como maus; fustigados, alegram-se, como se recebessem a vida. São hostilizados pelos Judeus como estrangeiros; são perseguidos pelos Gregos, e os que os odeiam não sabem dizer a causa do ódio. Numa palavra, o que a alma é no corpo, isso são os cristãos no mundo. A alma está em todos os membros do corpo e os cristãos em todas as cidades do mundo. A alma habita no corpo, não é, contudo, do corpo; também os cristãos, se habitam no mundo, não são do mundo.

Um pagão culto, desejoso de conhecer melhor a nova religião que se espalhava pelas províncias do império romano, impressionado pela maneira como os cristãos desprezavam o mundo, a morte e os deuses pagãos, pelo amor com que se amavam, queria saber: que Deus era aquele em quem confiavam e que género de culto lhe prestavam; de onde vinha aquela raça nova e por que razões aparecera na história tão tarde. Foi para respon-der a estas e outras questões de igual importância que nasceu esta jóia da literatura cristã primitiva, o escrito que conhecemos como Epístola a Diogneto.

“Jóia da antiguidade cristã”, “pérola da apologética do século II”, a carta a Diogneto, de autor anónimo, é um precioso fragmento da primitiva experiência cristã e do esforço de diálogo da Igreja com a cultura circuns-tante. Escrita provavelmente nos finais do século II, nela se encontram autênticas parcelas de ouro puro da sabedoria evangélica que conferem a este texto uma actualidade singular.

Com este tema, a Vigararia de Leiria convida todos os professores que desejem participar num encontro com o senhor Bispo D. António Marto. O encontro será no dia 20 de Janeiro (sexta-feira) com início às 21h30 no Audi-tório 1 da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS).

Leiria cresceu muitos nos últimos anos. Uma grande parte deste crescimento está ligado às mudanças operadas no campo da educação, concretamente o crescimento da comunidade escolar. Diariamente milhares de estudantes e professores percorrem as rua da cidade em direcção a uma das muitas escolas aqui fixadas. Desde o ensino básico ao superior, a comunidade escolar tem um peso marcante e bem visível na animação da cidade.

Dentro dos muros da escola, misturam-se e convivem outros mundos, tão diferenciados quantas as esferas da vida humana privada e social. Na escola interligam-se culturas e também religiões muito diferentes. Tanto o aluno como o professor são chamados a viver de forma independente e universal, mas não podem de forma al-guma esquecer o substracto da sua personalidade e da sua profissão. Não será o aluno melhor aluno se assumir as suas convicções? E não será o professor melhor professor se preencher os requisitos técnicos exigidos com uma escala axiológica mais comprometedora e concreta? E se ambos decidirem assumir-se, como está a escola preparada para os acolher?

Estas e outras questões serão debatidas neste encontro aberto a todos os professores interessados.

Para participar desde já procure no Facebook o evento “professor e cristão”.

Professor e cristão: Um duplo desafio

A presença e a missão do cristão no mundo nem sempre foi correctamente compreendida e equacio-nada.

Não vai longe o tempo em que se olhava para o mundo com uma visão negativa que acentuava o desprezo ou menos apreço das realidades do mundo. É uma visão que tinha a sua origem numa espiritualida-de intimista, desincarnada em que o mundo era con-siderado como “inimigo da alma”, como reino do mal e ocasião de pecado. Ainda hoje se nota o refúgio de muitos nas coisas ou tare-fas da Igreja, onde se encon-tra mais protecção e menos riscos, deixando o mundo correr por sua própria conta e não se deixando contagiar por ele.

Uma outra atitude, bas-tante espalhada, é o divór-cio entre a fé professada na comunidade cristã e a vida quotidiana na família, na profissão, na escola, nas re-lações económicas, sociais e políticas. É a atitude de

quem vive pensando ou di-zendo: “O que o Evangelho diz e propõe é belo, talvez demasiado belo... mas a vida concreta é completa-mente diferente”. Assim, fé e vida correm por vias paralelas: a vida privada e a vida secular, até chegar ao extremo de uma total mun-danização dos critérios e valores vividos por muitos cristãos, completamente distantes do Evangelho de Jesus.

Nas duas atitudes men-cionadas não há pontes que permitam o diálogo ou en-contro entre a fé e a cultura. Existe, antes, a rotura ou a indiferença total.

Notamos ainda que está presente na sociedade, so-bretudo na Europa, um certo laicismo agressivo e intolerante para com a presença dos cristãos e da Igreja na vida pública, social ou cultural. Manifesta uma clara hostilidade para com tudo o que é cristão e para com os próprios cristãos. Tem uma força intimida-tória que leva muitos a

viverem uma fé envergo-nhada, clandestina, com complexos de inferioridade e certo medo.

Outra tentação é fazer do cristianismo uma mera “religião civil” reduzindo-o a uma agência de morali-dade pública em ordem à coesão social, a uma mera organização não governa-mental de solidariedade social ou instrumentali-zando a Igreja em relação ao poder para fins mun-danos. Assim, diluir-se-ia o específico, a novidade da fé cristã.

A fé em Jesus Cristo Salvador não permite aos fiéis desertar do mundo que Deus confiou aos ho-mens como dom e missão para o tornar casa comum e digna de todos. O Concílio Vaticano II clarificou a rela-ção da Igreja e dos cristãos com o mundo em termos de encontro, diálogo, solidarie-dade, colaboração mútua e serviço à pessoa humana e à sociedade. Hoje é assente e pacífico que a Igreja não é nem quer ser nenhum po-

der mundano nem estar ao serviço de qualquer poder do mundo.

“Todas as realidades humanas seculares, pes-soais e sociais, ambientes e situações históricas, es-truturas e instituições, são o lugar próprio do viver e do agir dos cristãos leigos. Estas realidades são desti-natárias do amor de Deus; o empenho dos fiéis leigos deve corresponder a esta visão e qualificar-se como expressão da caridade evan-gélica” (CDSI n. 543).

O actual momento de crise que atinge toda a nos-sa sociedade portuguesa reclama dos cristãos este forte empenho da caridade em todas as suas dimen-sões, seja de proximidade seja social e política, para construir uma sociedade toda ela solidária em que todos demos as mãos para fazer face aos problemas maiores do desemprego, da pobreza e da doença.

† António MartoIn “Testemunhas de Cristo

no Mundo”, nº 1,2)

Excerto da Carta Pastoral “Testemunhas de Cristo no Mundo”

O cristão aberto ao mundo, inserido na sociedade

DR

CULTURA4 O Mensageiro12.Janeiro.2012

CINEMASTearo José Lúcio da Silva (Leiria)• CAÇADORES DE DRAGÕES | Animação | de Guillaume Ivernel, Arthur Qwak

| 18 de Janeiro, 11h00• BERLENGA - A ILHA DO FAROL | Documentário | de Paulo César Fajardo

| 18 de Janeiro, 21h30Teatro Miguel Franco (Leria)• CARLOS | Drama/Thriller | de Olivier Assayas | c/ Edgar Ramirez, Fadi

Abi SAMRA, Ahmad Kaabour e Chistoph Bach | 10 de Janeiro, 21h30 e 11 de Janeiro, 18h30 e 21h30

• ISTO NÃO É UM FILME | Drama | de Mojtaba Mirtahmasb, Jafar Panahi | 14, 15, 16 e 17 de Janeiro, 21h30 e 18 de Janeiro, 18h30

• BERLENGA - A ILHA DO FAROL | Documentário | de Paulo César Fajardo | 19 de Janeiro, 21 de Janeiro, 21h30 e 22 de Janeiro, 15h30

EXPOSIÇÕESTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Tonekos” - uma porta aberta para a liberdade de um traço (13~31/01)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”Todas as noites acordam no dia” - pintura de João Pereira (~30/01)m|i|mo -Museu da Imagem em Movimento - Leiria•”Da suspensão do tempo e outros registos”-foto e escultutras (~29/01)•”Zona Letal, Espaço Vital” - arte contemporânea (21/01~14/04)Edifício Paços do Concelho - Leiria•”As invasões francesas” - painés e vídeo (~31/03)Fórum Fnac - Leria•”Um dia pergunto o teu nome” - fotografia de Cátia Alves (~20/02)Casa-Museu João Soares - Cortes•”A República” - colecção de António Pedro Vicente (~31/01)Museu Joaquim Correia - Marinha Grande•”Retratos” (3ªs~6ªs)•”Mulher, cavalo e árvore” - desenho de Carlos Reys (3ª~sábados)•”O 18 de Janeiro de 1934” - exposição temporária

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSTeatro José Lúcio da Silva - Leiria• Orquestra de Jazz em Leiria com Vânia Fernandes (15/01, 21h30)• Cisco e a espiral do conhecimento - teatro (17/01, 14h30)Teatro Miguel Franco - Leiria•”Conversas Improvavéis” - Marcelo Rebelo de Sousa e Ricardo Araújo

Pereira (13/01, 21h00)•”Olhos bonitos, quadrados feios” - teatro (14-01, 22h00)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”Eu visito a Biblioteca (16, 23 e 30/01, 10h00)•”Letras soltas - P” - bebeteca (19/01, 10h15 e 21/01, 16h00)• Hora do Conto (20 e 25/01, 10h30; 28/01, 16h00)m|i|mo - Muse da Imagem em Movimento - Leiria• Teatro de sombras e oficinas criativas (3ªs~6ªs)•”Momentos luminosos” - oficina (14 e 28/01, 15h00)•“Novas tecnológias” - tertúlia (14/01, 17h00)•”Às quartas, danças e outros m|i|mos (25/01, 15h30)Moinho de Papel - Leiria•“Viagem à Fábrica do papel (3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)•“Fazer farinha e transforma-lá em pão” (3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)•“Queres pintar? Vai ao moinho vai...” (3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)•“O saber de mão em mão” (3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)•“A dobrar a dobrar no moinho vais criar” (3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)•“O meu caderno” ((3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)Igreja de S. Francisco - Leiria• Concerto Coral com o Orfeão de Coellima (14/01, 18h00)Fnac - LeiriaShopping• Berço das Artes (15/01, 11h30)•”Libélula teatro” - teatro (15/01, 16h00)Município - Marinha Grande• 18 de Janeiro de 1934 - comemorações (13, 14, 17, 18 e 20/01)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”Os ratinhos do mar” - hora do conto (3ªs, 11h00 e 5ªs, 15h00)•”Tarzan 2” - filme (18/01, 15h30)Arquivo Municipal - Marinha Grande• Reconhecimento da importância do 18 de Janeiro (~31/01)CineTeatro Actor Álvaro - Vieira de Leiria•”O Inspector Impostor” - pelo Sport Operário Marinhense (14/1, 21h30)

Os alunos da Escola do 1º ciclo do ensino básico do Engenho, fre-guesia da Marinha Grande, foram recebidos no salão nobre dos Paços do Concelho, no dia 6 de Janeiro, Dia de Reis, para cantarem as Janeiras ao executivo da Câmara Municipal da Marinha Grande.

O grupo saudou o presidente e os vereadores, assinalando o Dia de Reis que, segundo a tradição cristã, seria aquele em que Jesus Cristo re-cém-nascido recebera a visita dos três Reis Magos, Gaspar, Belchior e Baltazar.

Cantar as Janeiras é uma tra-dição portuguesa que consiste na reunião de grupos que se passeiam pelas ruas no início do ano, cantan-

do de porta em porta e desejando às pessoas um feliz ano novo.

As crianças cantaram acompa-nhados à viola por Carlos Martins, músico do grupo “Caruma”, por quem foram ensaiadas e com quem têm estado a desenvolver alguns projectos, nomeadamente nas áre-as da música e solidariedade.

O presidente e a vereadora da educação agradeceram a presença dos alunos e seus docentes, dese-jando um excelente ano de 2012 para todos. Enalteceram o gesto da Escola e manifestaram os votos de felicidades para as crianças, que deverão fazer bem uso dos ensina-mentos agora recebidos.

As Janeiras do Engenho“As Janeiras”As boas festasVos vimos darCom alegriaSempre a cantar.Quem diremos nós que viviaNa casa MunicipalÉ o presidente Álvaro figura principal.Viva o pessoal desta casaQue começa de manhãzinhaMuita alegria para todosNestas terras da Marinha.As boas festasVos vimos darCom alegriaSempre a cantar.Vimos pedir qualidadePara o nosso EngenhoFica lá a nossa EscolaOnde trabalhamos com empenho.Agradecemos à professora Cidáliatodo o tempo e dedicaçãopois foi esta a sua escolaOnde ainda está o seu coração.As boas festasVos vimos darCom alegriaSempre a cantar.O futuro está aquiOlhe para ele a valerNossos direitos são muitosPara que os possa esquecer.E agora para despedidaDiremos com nosso jeitoMuita e muita saúdeBem cá do fundo do peito.As boas festasVos vimos darCom alegriaSempre a cantar.

Dia de Reis

Alunos do Engenhocantam Janeiras

Com Vânia FernandesOrquestra de Jazz de Leiria

O Teatro José Lúcio da Silva (TJLS), em Leiria, é palco no dia 15 de Janeiro, pelas 21h30, do concerto da Orquestra de Jazz de Leiria com Vânia Fernandes. A convidada, a cantora Vânia Fernandes, tem encantado Portugal e representou o país no Festival da Canção. Serão interpretados grandes clássicos que ficaram na história das bigs bands como o “Fly me to the moon”, “The lady is a tramp”, “They can`t take that away from me”, entre outros.

Para crianças e jovens em LeiriaExpressão dramática e teatro

Estão abertas até 27 de Janeiro as inscrições para tur-mas de expressão dramática e teatro, dirigidas a crianças e jovens, pela Leirena Teatro-Associação Cultural. Estas oficinas decorrerão de Fevereiro a Junho, aos sábados, das 10h30 às 12h30, no m|i|mo- museu da imagem em movi-mento, e dirigem-se a crianças dos 6 aos 11 anos.

Com o objectivo de criar uma companhia de teatro ju-venil de Leiria, terá lugar igualmente um curso de teatro, no mesmo período, no Teatro Miguel Franco e na Biblioteca Afonso Lopes Vieira, às quintas-feiras, das 17h30 às 20h30, para a faixa etária dos 12 aos 18 anos.

Pretende-se com estas iniciativas a educação de crian-ças e jovens para a arte, “explorando o corpo e a voz, mas sobretudo, o coração”.

DR

Divulgação / Apoio

5O Mensageiro12.Janeiro.2012 CULTURA

A Banda Recreativa Por-tomosense (BRP), institui-ção que comemora este ano os 204 anos de vida, uma das mais antigas do País, quer mostrar que continua bem viva e com iniciativas inovadoras. Assim, está a promover mensalmente o “bandánima”, um conceito de espectáculo que junta conversa e música de dife-rentes géneros.

A decorrer no Cine-Teatro de Porto de Mós, o evento conta com a entre-vista a um convidado local, intervalada com momentos musicais a cargo de vários protagonistas. A “banda re-sidente”, a “Fuasband” traz a música ligeira e moderna portuguesa entremeada

com grandes sucessos na-cionais e internacionais de outros tempos. Além disso, em cada edição, um peque-no grupo de alunos da es-cola de música da BRP sobe ao palco para mostrar um pouco do que vai aprenden-do nas aulas e há também, sempre, um convidado da área infanto-juvenil que é desafiado a apresentar perante o público os seus dotes de músico, cantor ou bailarino. Ocasionalmente, outros artistas locais são chamados a participar.

Fado em destaque em JaneiroNo próximo dia 15

de Janeiro, pelas 16h30, realiza-se aquela que é já a quarta edição deste

projecto. Em destaque, em termos musicais, vai estar o Fado, recentemente clas-sificado como Património Imaterial da Humanidade. Zeca Vigário vai ter como convidado para a habitual conversa Mário Pragosa (na foto), presidente da Assem-bleia Municipal de Porto de Mós, médico especialista em patologia clínica, que

fez quase toda a carreira na instituição militar.

Na animação musical, o Fado chegará pela voz da jovem Ana Carolina Pereira e pelo experiente Tozé Ben-to. Por parte da filarmónica, apresentar-se-á o quarteto instrumental composto por Catarina Gomes, Edgar Mulano, Nelson Amado e Pedro Moleano.

Embora sendo um pro-jecto essencialmente local, a organização pretende divulgar a iniciativa para cativar o público regional, especialmente dos conce-lhos vizinhos, “dada a qua-lidade dos temas em debate e da animação musical que é oferecida”.

Luís Miguel Ferraz

Banda Recreativa Portomosense promove

Uma vez por mês… “bandánima”

A igreja de S. Francisco vai acolher o Coro do Or-feão de Leiria e o Orfeão Coelima para um concerto coral, que celebra o conví-vio e a troca de experien-cias entre os dois grupos. O espectáculo resulta de um convite do Orfeão de Leiria Conservatório de Ar-tes (OL CA), realizado no âmbito de um programa de intercâmbio cultural promovido pela instituição, e terá lugar às18h00, dia 14 de Janeiro.

Neste espectáculo, que concilia música sacra e música ligeira no mesmo repertório, a direcção artís-tica dos coros estará a cargo dos maestros Pedro Miguel e Francisco Ribeiro os quais

irão orientar o Coro do Or-feão de Leiria e o Orfeão Coelima, respectivamente.

Fundado em 1963, o Or-feão Coelima conta no seu historial com actuações por todo o país, actuando regu-larmente com o seu grupo instrumental, com a Banda de Pevidém e a Orquestra de Sopros da Artave. O

grupo coral, que conta com a direcção do maestro Fran-cisco Ribeiro desde 1972, apresenta um repertório bastante diversificado, pautado pela apresentação de obras de reconhecido valor artístico.

O Coro do Orfeão de Leiria nasceu em 1946 da tradição dos coros de vozes

masculinas, tendo atingido nos anos cinquenta grande repercussão nacional e internacional. A profissio-nalização integral da sua direcção coral, em 1988, permitiu melhorar a téc-nica vocal, adoptar um re-pertório sistematicamente mais erudito e contribuiu para uma maior qualidade interpretativa, trabalhando diferentes estilos de reper-tório, desde a música sacra da idade média até à música ligeira, repertório à capela e também coral-sinfónico. Ac-tualmente, apresentam-se com conjuntos diferentes, misto, vozes masculinas, vozes femininas, em con-junto ou separadamente.

Concerto promove intercâmbio entre instituições culturais

Coral do Orfeão de Leiria e Orfeão Coelima

O Teatro José Lúcio da Silva recebeu na passada sexta feira, dia 6 de Janeiro, pelas 21h30, o “Concerto de Ano Novo - Johann Strauss & Mozart”, pela Strauss & Mozart Festival Orchestra.

As mais célebres valsas e polcas interpretadas por esta orquestra foram acom-

panhadas pela elegância e ritmo de talentosos bai-larinos que encantaram e deliciaram todos os espec-tadores.

Este concerto contou com dois momentos distintos, no primeiro o público reviveu as mais co-nhecidas sinfonias de Mo-

zart, enquanto no segundo salientaram-se as elegantes valsas e animadas polcas, bem como as conhecidís-simas marchas de Johann Strauss. A Orquestra, em di-gressão por toda a Europa, é proveniente da Eslovénia, constituída por 50 músicos e 4 bailarinos.

Teatro José Lúcio da Silva iniciou programação de 2012

Concerto de Ano Novo

TE-ATO (Grupo-Teatro de Leiria) apresenta“dos pequenos GESTUS”

O TE-ATO (Grupo-Teatro de Leiria) apresenta, no próximo dia 15 de Janeiro, às 11h00, o espectáculo “dos pequenos GESTUS”, especialmente para a infância.

A decorrer na sua sede, na Sala Jaime Salazar Sam-paio, esta 96ª produção do grupo parte da infância porque “ela nos serviu de base para a sua concepção, e porque a partir dela qualquer idade é possível para o usufruir”. É uma peça feita de histórias breves, en-contros e desencontros dos sentidos, das pessoas, das coisas e das situações. As histórias que nela se contam são o gesticular dos dias que ganham sentido quando trocados com alguém, porque ser feliz é imperativo de todos nós e para isso há que aprender a ler o outro como um amor soprado para dentro que se espalha pelo corpo. A encenação é de João Lázaro, que assina os textos com Nuno Gomes, sendo a interpretação de Ana Rita Santos e Miguel Sarreira.

Ajuda para a Casa do Professor de LeiriaConcerto de guitarra clássicapor Pedro Rodrigues

Neste tempo em que a partilha de ajudas cada vez faz mais sentido, vai realizar--se um concerto de guitarra clássica por Pedro Rodrigues, no dia 20 de Janeiro, pelas 21h30, no Teatro Miguel Franco. Promovido pela ASSP (Associação de Solidariedade Social dos Professores), a iniciativa tem o objectivo de contribuir para ajudar na construção da Casa do Professor de Leiria.

PousosFestival das Sopas

A comissão organizadora das próximas festas do Senhor dos Aflitos vai organizar um festival de sopas, no dia 14 de Janeiro, a partir das 20h00, no salão paro-quial da igreja dos Pousos. Tem um custo de 6 euros e incluiu sopa à descrição, broa e bebida.

Acontece no m|i|mo“Danças e outros...”

Depois de sessões sempre esgotadas em 2011, terá tido início no dia 11 de Janeiro, pelas 15h30, no m|i|mo - museu da imagem em movimento, em Lei-ria, a primeira edição de 2012 de “Às quartas, danças e outros m|i|mos”. Esta actividade tem como principal vocação o encontro de pessoas que gostam de dançar acompanhadas. O chá é o pretexto e marca a hora do encontro, que se inicia com uma visita ao espaço do museu.

Partindo de fotografias e filmes da colecção, propõe--se ainda uma conversa animada para activar memórias. Esta acção é da responsabilidade de Eunice Caetano, professora e animadora de danças do mundo.

Tertúlia com José Luís Jorge Tem lugar no próximo dia 14 de Janeiro, pelas

15h00, no mIiImo - museu da imagem em movimento, em Leiria, a tertúlia “Danúbio visto por um fotojorna-lista”, com José Luís Jorge.

Esta conversa tem como base a viagem que o ora-dor realizou, de 17 de Junho a 2 de Agosto último, ao longo do curso do Danúbio, de barco, de comboio e de autocarro, constatando a grande diversidade existente no que diz respeito à paisagem e à população.

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SOCIEDADE6 O Mensageiro12.Janeiro.2012

REFLEXÕES SOBRE O SÉCULO XX - 7

Joaquim SantosJornalista

A necessidade dos capelães no palco da Grande Guerra

C omo já foi referido na crónica anterior, Portugal não tomou

imediatamente uma posi-ção beligerante na Grande Guerra. A instabilidade po-lítica que se vivia também foi motivo que determinou algum recuo para assumir de imediato a participação de Portugal no conflito. A frágil República temia cometer erros que ditasse alguma queda de governo, tendo como consequência o regresso da Monarquia.

A 15 de Julho de 1916, o governo inglês lança o con-vite a Portugal para integrar o conflito, sublinhando que seria imperioso que o CEP fosse acompanhado por capelães militares. Este facto levantava mais uma problemática porque esta-va instituída a separação entre a Igreja e o Estado Português, constituíndo na época, um ‘braço de forças’. A sugestão inglesa acabou por determinar o facto de o Estado efectuar um pedido especial à Igreja, solicitan-do-lhe um serviço que re-presentava dar aos valores religiosos uma importância que as estâncias políticas não queriam reconhecer e assumir publicamente. Este facto movimentou a sociedade portuguesa, incluindo aqui a imprensa

que se mobilizou com a publicação de várias posi-ções acerca da decisão do governo, como nos conta João Tiago Sousa:

«Muito cedo, porém, começou a esboçar-se no País uma forte reacção contra esta insólita atitu-de do Governo da chamada ‘União Sagrada’. A impren-sa escrita pôs-se em campo, defendendo os direitos da consciência. A campanha que se levantou nos jor-nais católicos a favor da criação de um corpo de ca-pelães que fossem exercer o seu ministério junto dos nossos soldados em opera-ções de guerra, reacendeu a

esperança da criação futura de um corpo de capelães militares voluntários» (Sousa, 1998: 7).

Sobre esta matéria, também o jornal O Men-sageiro tinha tomado uma posição clara, na edição de 18 de Novembro de 1914. O periódico assumia uma posição que viria a antecipar a posição final do Governo face ao en-vio de capelães militares para o conflito mundial. O reconhecimento da fé e da religião no palco da guerra, como forma de au-xílio, sobretudo de ordem moral para os soldados, foi um factor indispensável

para que se concretizasse um plano português que contemplasse os capelães nos grupos de militares. O texto que então saiu em O Mensageiro foi quase uma antevisão para combater a resistência governamental que viria a surgir contra a inclusão dos capelães.

«Os actos heróicos praticados durante a ac-tual guerra são devidos na sua maior parte aos senti-mentos religiosos que im-peram nos seus autores. Já nos não referimos aos inúmeros sacerdotes que batalham em todos os exércitos e que soldados durante os combates, ape-nas terminados estes, sem descansar vão recolher os feridos, dar consolação aos moribundos e recitar sobre os cadáveres as orações da Igreja»1.

Só em 30 de Novembro de 1916, com o decreto 2869, o governo português reconhece oficialmente o papel dos capelães mili-tares na Grande Guerra, antecipando o que se iria passar em 1917, com a partida dos soldados por-tugueses para França.2 Foi desta forma que se alista-ram os capelães militares para a Grande Guerra, com

a sua categoria equiparada a alferes sem que pudes-sem auferir de qualquer vencimento, facto que provocou um mal-estar na opinião pública. Apenas foi oferecido alojamento e transportes aos padres que ousaram aceitar a missão voluntária de irem para uma frente de batalha, arriscando a sua própria vida numa guerra que não aceitavam, muito menos a promoveriam.

No terreno, viriam a revelar-se outras dificul-dades na missão dos cape-lães militares, tais como os entraves na divulgação dos locais e horários das orações ou eucaristias, para além da existência de um quadro de capelães milita-res reduzido e insuficiente para o número de soldados portugueses envolvidos na campanha. A 21 de Março de 1917, a dois meses da partida do Pe. José Lacerda para a Flandres, a situação tornou-se insustentável em França, até que o cape-lão Avelino de Figueiredo, redige um requerimento à secretaria da guerra:

«O comando do CEP e o seu Estado Maior reconhe-cem quanto é necessária a assistência religiosa e moral aos nossos soldados, quer

no campo de batalha, quer nos hospitaes. Carecemos de capellães em todos os hospitaes e ambulâncias, na base de desembarque e em todas as formações da primeira linha»3.

1 - Veja-se o artigo «A Religião na guerra», O Mensageiro, 18 de Novembro de 1914, nº 7, pp 2-3.

2 - Decreto-Lei nº 2869, 30 de Novembro de 1916, Diário do Governo, nº 243, 1ª Série.

3 - Caixa 1243, requerimento do capelão Pe. Avelino de Figuei-redo, Arquivo Histórico-Militar, 1ª divisão, 35ª secção.

O patriotismo dos primeiros capelães portugueses voluntários levou para a Flandres homens que partilharam as mesmas condições que os soldados, para além da sua função de assistir feridos e os esgotados psicológicamente com os dramas da guerra.

Presidente do IPL eleito para liderar associaçãoNuno Mangas dirige Politécnica

Nuno Mangas, presidente do Insti-tuto Politécnico de Leiria, foi eleito para a direcção da Politécnica – Associação dos Politécnicos do Centro. Integram ainda aquela direcção os presidentes dos Institutos Politécnicos de Tomar, como vice-presidente, de Portalegre, como tesoureiro, e de Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Santarém e Viseu como vogais.

Com sede em Castelo Branco, a Politécnica, criada em 2000, tem como objectivos promover a articulação de ciclos de estu-dos conferentes de grau, bem como outros cursos de formação; fomentar e realizar projectos conjuntos de investigação, desen-volvimento e inovação; promover a articulação e ou criação de unidades de investigação científica e desenvolvimento, comuns aos seus associados; impulsionar activamente a promoção inter-nacional conjunta dos seus associados e respectivos projectos; realizar acções de divulgação conjuntas dos seus associados, visando a captação de estudantes estrangeiros; e constituir uma estrutura de defesa e afirmação do ensino superior politécnico, numa perspectiva de actuação nacional e internacional;

A escolha de Nuno Mangas é, segundo o próprio, “uma enorme honra para o nosso Instituto, mas também uma grande respon-sabilidade e uma excelente oportunidade para elevar cada vez mais o ensino politécnico, dinamizá-lo e colocá-lo ao serviço do mercado e das empresas”.

“Diálogos com a Região” na NerleiDesafios da administração local

No âmbito do ciclo de tertúlias “Diálogos com a Região”, a NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria recebe no dia 18 de Janeiro, às 18h00, a sexta tertúlia subor-dinada ao tema “Os Desafios da Administração Local”.

Nesta primeira tertúlia de 2012, Paulo Júlio, secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administra-tiva e Armando Vieira, presidente da Associação Nacional de Juntas de Freguesia, abordarão este tema contribuindo para um maior e melhor esclarecimento sobre a reforma em curso e o seu impacto ao nível económico, social e administrativo, na procura das melhores soluções para a reorganização do território.

Este ciclo de tertúlias é desenvolvido no âmbito do projecto Leiria Região de Excelência, assumindo-se como um espaço de reflexão sobre a região, no qual, as ideias apresentadas pelos convidados e por todos os presentes, com as suas interrogações e as suas convicções, contribuem para o surgimento de sugestões concretas para a qualifi-cação da região, promovendo um novo olhar e uma nova forma de sentir este território. Estas Tertúlias terão uma periodicidade mensal, com temáticas que oportunamente serão divulgadas.

O Leiria Região de Excelência é um projecto de desen-volvimento regional que está a ser promovido pela NERLEI, em conjunto com a ADLEI (Associação de Desenvolvimento de Leiria), a CIMPL (Comunidade Intermunicipal do Pinhal Litoral) e o IPL (Instituto Politécnico de Leiria).

Inscrição reverte para Loja SocialPasseio solidárioem S. Pedro de Moel

A Câmara Municipal da Marinha Grande promove a realização do passeio solidário “Pense em si, Pense nos outros!”, da orla cos-teira às Pedras Negras, no dia 28 de Janeiro, pelas 14h30.

O convite da autarquia desafia o partici-pante a conhecer as maravilhas do patrimó-nio natural e construído de S. Pedro de Moel e de fazer esse passeio “com um propósito solidário”. Simbolicamente, a inscrição é feita através da entrega de donativos (em género) que posteriormente serão distribu-ídos pela Loja Social da Marinha Grande.

Promovida pela Câmara Municipal da Marinha Grande com o apoio de diversas entidades de solidariedade social, “a Loja”, inaugurada a 17 de Outubro de 2010, está localizada no centro tradicional da cidade, na Rua Pereira Crespo, nº 25 – r/c Esq. Ali, pode conhecer a lenda do Penedo da Sau-dade, observar a paisagem costeira e a sua biodiversidade, visitar o Farol do Penedo da Saudade com a colaboração da Capitania do Porto da Nazaré e admirar o pinheiro-bravo serpente das Pedras Negras.

7O Mensageiro12.Janeiro.2012 SOCIEDADE

O auditório municipal da Batalha vai receber, no próximo dia 13 de Janeiro, a primeira fase da iniciativa “Preparados para o Futuro?!”, dirigida aos alunos dos 11.º e 12.º anos dos Cursos Científico--Humanísticos de Ciências e Tecnologias e de Ciências Sócio-Económicas do Agru-pamento de Escolas da Batalha.

Já na sua segunda edição, esta é uma inicia-tiva promovida por antigos alunos desta escola secun-dária, que têm já “um per-curso ao nível da formação académica relevante, uma actividade profissional ali-ciante, exigente e geradora de mais valias tecnológicas, científicas, económicas, sociais e/ou ambientais, bem como investigadores, empregadores ou represen-tantes de universidades, entidades empregadoras e empresas”.

Neste dia de trabalho (10h30-17h30), cada ora-dor convidado apresentará o seu percurso de formação académica e profissional, salientando a importância do eixo Escola – Univer-sidade – Vida Activa. O seu testemunho sobre a relevância de um bom desempenho no ensino se-cundário, como garante de sucesso no ensino superior, a ligação entre a universi-dade e a investigação cien-tífica, os pontos fortes da sua formação académica e pessoal que potenciaram a sua entrada no mercado de trabalho, os factores condicionantes da sua es-colha profissional e as ca-racterísticas desejadas nos candidatos ao mercado de trabalho na perspectiva de uma entidade empregado-ra, pretendem fazer destas palestras “motivadoras de interesse e sensibilizadoras da exigência da conclusão do ensino secundário com uma boa média como condi-ção essencial para uma vida profissional de sucesso e de contribuição efectiva para uma realização pessoal e profissional”.

Em cada painel haverá um momento de debate

com os alunos e os profes-sores que os acompanham, sendo também deixados pe-los oradores alguns desafios de situações ou problemas práticos a serem resolvidos por parte dos alunos, indi-vidualmente ou de grupo, a apresentar posteriormente à comunidade educativa.

Essa será a 2.ª fase da iniciativa, com a apresenta-ção dos trabalhos realizados à comunidade, agendada

para o dia 4 de Maio de 2012, a partir das 21h00, também no auditório mu-nicipal da Batalha.

Ajudar os alunos a vencerSegundo os coordena-

dores da iniciativa – Ante-ro Mendes, Paulo Portugal, Cristina Escalhão, Célia Cadima e Vítor Correia –, o primeiro objectivo é “sensibilizar os alunos para uma aprendizagem

de qualidade, potenciado-ra do sucesso educativo, para a sua preparação para o prosseguimento de estudos de nível superior”. Nesta linha, pretende-se motivar os alunos “para a necessidade da promoção do rigor científico, do ra-ciocínio e do espírito críti-co” como forma de ajudar o seu “desenvolvimento pessoal e profissional após a conclusão do ensino se-cundário”.

Entre outros objectivos específicos deste trabalho, referem-se: “envolver os alunos num projecto teórico-prático com vista à resolução de problemas de um quotidiano empre-sarial; consciencializar os alunos para as exigências de um desenvolvimento pessoal e profissional, na perspectiva de uma visão integradora da Ciência, da Tecnologia, da Sociedade e do Ambiente; contribuir para a formação de cida-dãos activos e responsá-veis; alargar e aprofundar o âmbito de intervenção na comunidade; estimular a criatividade, o espírito empreendedor e abertura à inovação; divulgar e apre-sentar de forma alargada à comunidade escolar e local dos trabalhos individuais e colectivos realizados no âmbito dos problemas colocados; desenvolver a capacidade de trabalho individual e cooperativo, promovendo dinâmicas de grupo na abordagem dos problemas colocados”.

Esta actividade, propos-ta pelos grupos 430, 510 e 520, faz parte do Plano Anu-al de Actividades, no âmbi-to do Projecto ESCXEL que envolve este Agrupamento de Escolas, e conta com o apoio da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, do Instituto Superior de Economia e Gestão, da For-ça Aérea Portuguesa, da Câ-mara Municipal da Batalha, da ISA e da PneuGreen.

Luís Miguel Ferraz

Palestras• “A Importância da Educação no contexto da

Globalização”, por António Augusto Mendonça, professor do ISEG, presidente do CEDIN – Centro de Estudos de Economia Europeia e Internacional do ISEG e ex-ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

• “Educação: Garantir o Futuro (o Vosso e o do País)”, por António Miguel Lino Morgado, professor da Universidade de Coimbra, investigador do IBILI e um dos fundadores da ISA – Intelligent Sensing Anywhere, SA.

• “O percurso de um piloto na Força Aérea Por-tuguesa”, por César Filipe Pereira, tenente e piloto instrutor na Base Aérea n.º 1 em Sintra.

• “Exemplos práticos de aplicação de investigação a situações concretas solicitadas pela comunidade”, por António Manuel Carriço Portugal, professor da Universidade de Coimbra e coordenador de projectos de investigação na área da Biologia Molecular no Cen-tro de Ecologia Funcional desta universidade.

• “Um percurso de vida no campo da Saúde”, por Patrícia Gomes, enfermeira na urgência geral do Hospital de Santo André, em Leiria; e “Uma nova vida para a borracha”, por Pedro Miguel Sousa Nascimento, proprietário e CEO da empresa PneuGreen – Recolha e Reciclagem de Pneus, Lda.

Agrupamento de Escolas da Batalha

“Preparados para o Futuro?!”

Organização da revista InvestMarcelo Rebelo de Sousae Ricardo Araújo Pereiraem “Conversas Improváveis”

A revista Invest, que se dedica a temáticas como de-senvolvimento regional, política e negócios, vai realizar no dia 13 de Janeiro, pelas 21h00, a primeira sessão das “Conversas Improváveis”, uma sessão que será trans-mitida pela SIC. A publicação com sede em Leiria, vai juntar no Teatro Miguel Franco, um professor e político com um humorista, que irão debater temas actuais, alguns dos quais com temas de conversas que seriam mesmo improváveis. A conversa que será moderada por Anselmo Crespo e Bernardo Ferrão já tem lotação esgotada mas está assegurada transmissão num ecrân gigante, no interior do Mercado de Sant’Ana.

Evocar a revolta operáriaComemorações do 18 de Janeiro

A Câmara Municipal da Marinha Grande organiza iniciativas que visam a comemoração do 18 de Janeiro de 1934, que terão lugar no dia 14 de Janeiro de 2012, pelas 16h00, no Museu Joaquim Correia, situado no Largo 5 de Outubro, na Marinha Grande.

A 18 de Janeiro de 1934 ocorreu um levantamento revolucionário armado, na Marinha Grande, levado a cabo pelos operários vidreiros numa tentativa frustrada de acabar com as situações de perseguição, exploração e falta de trabalho que por várias vezes, nos últimos anos, os haviam atirado para a miséria e para a fome.

Num País sob o regime salazarista, estes marinhen-ses lutaram contra as perseguições, desemprego e in-justiças várias a que foram sujeitos durante décadas. Durante algumas horas, a Marinha Grande esteve nas suas mãos, até a revolta ser violentamente reprimida e os seus autores presos, muitos no Tarrafal.

Na Marinha Grande foi erigido um monumento evocativo da revolta, do escultor marinhense Joaquim Correia, aquando do 50.º aniversário da revolta.

Ao largo da Marinha GrandeForça Aérea resgata pescador

Um EH-101 efectuou o resgate de um tripulante de 29 anos de idade e nacionalidade espanhola, que se encontrava no pesqueiro GURE LEIRE, a cerca de 75kms a oeste da Marinha Grande. O EH-101 descolou da Base Aérea Nº6 (BA6), Montijo, pelas 18H20, atingin-do a zona de operações 40 minutos depois. No local, o recuperador-salvador desceu para o navio de pequena dimensão, com cerca de 20 metros de comprimentos, e aprontou o tripulante para que este fosse evacuado em segurança para o helicóptero. A bordo, o tripulante, que terá sofrido uma intoxicação por ingestão aciden-tal de substância perigosa, recebeu assistência médica até ser transferido para uma ambulância do INEM que aguardava no Aeródromo de Figo Maduro.

A missão terminou às 20H20 quando o EH-101 ater-rou na BA6. Esta foi a 184ª vida salva pela Esquadra 751, desde Janeiro do ano passado.

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ECLESIAL8 O Mensageiro12.Janeiro.2012

3.Vastomundo,minhaparóquia

3.4.ServiroReinodeDeusnos“ambientesdavidasocial”

Asociedade,nasváriasexpressõesearticulações,éocampoondeoSenhorchamacadacristãoatrabalharcomosdonsetarefaspróprios.

Nãohánenhumambientedavidasocialemquenãosejapedidoaocristãosersaleluz.Aluz,averda-deeaforçaderenovaçãodoEvangelhorequeremsertestemunhadasnoslugaresemqueoshomensemu-lheresnascem,crescem,vivem,convivem,trabalham,sealegram,sofrememorrem:nafamília,nomundodaescolaedotrabalho;naeconomia,napolíticaenaadministraçãodajustiça;nomundodaassistência,dasantigasenovaspobrezas,nomundodasaúde;enfim,emtodoo lugarouambienteondesedesenvolveavidadaspessoas.

Esteéocontextomaisimediatoequotidianoemquesetornanecessáriootestemunhodecristãosver-dadeiros,depessoasdecoraçãograndeegenerosoedementeesclarecidaquemostremetornemeficazaforça transformadoradoEvangelhonasactividadesemqueestãoempenhadosenavidaenoambienteconcretoemquetrabalham.

Estedesafiodeverálevarasparóquias,osgruposemovimentos,asassociaçõesecomunidadesainter-rogarem-sesobreaqualidadedasuafé:qualotipodeféemqueestãoaeducarosseusmembros?Paraumaféintimistaeritualistaouparaumaféexistencialeencarnadanavidaconcreta,capazdetransformarosambientes?

Iremospromoverduranteesteanopastoral,anívelvicarialoudiocesano,encontrosdecristãosdeumououtrosectorsocio-profissional,paramostrarcomoépossívelestarempresentesnasmaisdiversasrealida-desseculareslevandoaíosvaloresdoEvangelho.Seráocasiãoparaanalisarasituaçãoactualeparaverqueoportunidades,desafioseexigênciasapresenta;quaisospassosadareaspropostasalançar.

[COLUNASEMANAL]

Para reflexão...3.4. Servir o reino de Deus nos “ambientes da vida social”

• Estamos a educar os membros da nossa comunidade/paróquia

para uma fé intimista e ritualista ou para uma fé existencial

e encarnada na vida concreta, capaz de transformar os

ambientes?

CAMINHO... COM ACARTA PASTORAL

13 Não se pode esconder uma cidade situada no alto dum monte nem se acende uma lâmpada para a colo-car debaixo do alqueire. Na verdade quem poderá esconder essa cidade edi-ficada no alto do monte ou apagar a lâmpada que o Espírito de Deus conti-nuamente alimenta com o azeite da Sua presença viva e vivificadora? Clara foi e continua a ser, nas suas Irmãs, essa cidade, esse candelabro na casa de Deus. Na Bula de Canonização, o Papa Alexandre IV escrevia: Clara foi o alto candelabro de santidade que resplan-dece vigorosamente na casa do Senhor. Como era grande a força desta luz e como era forte a claridade do seu brilho.

Uma luz que nem os espaços nem o peso dos séculos extinguiu. Uma luz sem fronteiras que irradia a sua claridade em todas as direcções e brilha resplan-decente, na Igreja, na diver-sidade e riqueza de povos, línguas, raças e culturas. O Evangelho de Cristo é para todos. Deus não faz acepção de pessoas. Também o ideal evangélico que Santa Clara viveu e transmitiu às suas Irmãs é sempre actual e não escolhe a cor da pele. Todos são bem-vindos à grande Família da Ordem de Santa Clara.

Em 1209 S. Francisco inicia a sua Ordem, com apenas onze discípulos, a quem chamou Irmãos Menores. Na verdade, como afirma S. Paulo: Um é o que planta, outro o que rega mas é Deus quem faz

crescer. E assim acon-teceu. A chama viva do Evangelho, que o jovem Francisco reavi-vou em Assis, rapida-mente se expandiu e cresceu. Na Solenida-de de Pentecostes de 1217 Francisco reuniu os seus Irmãos em Capítulo, o chamado “Capítulo das Estei-ras”, em Santa Maria dos Anjos. Afirma o cronista que seriam cinco mil frades. Fi-cando S. Damião tão perto da igrejinha de Santa Maria dos Anjos não duvidamos que o mosteiro seria pas-sagem obrigatória. Todos desejam conhecer e falar com uma das colunas da Fa-mília nascente e a mais fiel discípula do Pai Francisco. Assim, ao partirem para a missão de anunciadores do santo Evangelho e arautos do grande Rei, se falavam de Francisco também fala-vam da vida e santidade de Clara e de suas Irmãs. Não só, mas também, graças a estes primeiros Irmãos, os mosteiros rapidamente floresceram na Itália e por toda a Europa. Em Clara e suas Irmãs, bem cedo nas-ceu o impulso missionário, através da oração e funda-ção de mosteiros em terras de missão.

É muito provável que os mosteiros na Síria, Líbano e Palestina, tenham sido fundados ainda em vida de Clara de Assis. Um ca-minho se abre no deserto, caminho árido, tingido de sangue que conduz as filhas de Santa Clara à palma do

martírio. Pequenas “flores brancas” que semeiam de esperança a aridez do de-serto. Se Clara não colheu a palma do martírio, como tanto desejava, deixou em herança essa glória a mais de duas centenas de filhas suas. Em 1257, apenas qua-tro anos após a sua morte, todas as Irmãs do mosteiro de Antioquia foram dego-ladas por ordem de Melek Saher Bibars. E em 1289, quando Tripoli, no Líbano, caiu nas mãos do Sultão do Egipto, Melek El-Mansur, todas as Religiosas dum mosteiro foram assassi-nadas, mártires da fé e da castidade. Dois anos mais tarde em Ptolemaida, sob a espada dos sarracenos, alcançariam a mesma gló-ria setenta Clarissas que, a exemplo da sua Abadessa, para salvarem o tesouro da sua virgindade, mutilaram horrivelmente o rosto. Entraram assim na sala do festim das núpcias do Cor-

deiro com as vestes tingidas de sangue mas adornadas com o lírio da perpétua virgindade que ciosamente guardaram para o Esposo. Sangue de mártires, semen-te de cristãos. Foi assim des-de há 2000 anos. Foi assim há oito séculos, foi assim ontem e assim é hoje. A história repete-se.

Mas quem poderá ocul-tar a luz do candelabro? A lâmpada que Deus acende com o Seu “Faça-se” nada nem ninguém a poderá extinguir. Nem a espada nem as perseguições pode-rão ocultar o brilho da luz do amor divino que, sem cessar, resplandece no co-ração de tantas virgens que derramaram o seu sangue por Cristo. Fiéis na vida, fidelíssimas na morte. E a luz continua a brilhar para nós. Cristo deu-nos o exemplo para que sigamos os Seus passos.

Irmãs Clarissas de Monte Real

Família há oito Séculos

Luz do mundo

O Santuário de Fátima acolheu, nos dias 9 e 10 do corrente mês, o VI encontro nacional de reitores de san-tuários, durante o qual fo-ram apresentados projectos relativos a um livro sobre os Santuários de Portugal e à revista «Itinerante».

Com o tema central «Santuários - Arte e Patri-mónio ao serviço da Evan-

gelização», este encontro teve uma conferência sobre «O Património Cultural dos Santuários no Dealbar do Terceiro Milénio» por José Falcão, director do Departa-mento do Património Histó-rico e Artístico da Diocese de Beja, e outra sobre «Bens Culturais da Igreja: Memó-rias Vivas de Fé» por Sandra Costa Saldanha, directora

do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, refere um comu-nicado enviado à Agência ECCLESIA.

Do programa constou ainda a apresentação do projecto da “Revista Iti-nerante”, um plenário, e bem assim a eleição dos novos Corpos Sociais da Associação. Redigiram-se

depois as conclusões e or-ganizou-se um docmento com a programação do VII Encontro.

O encontro terminou com a Eucaristia na Cape-linha das Aparições, pre-sidida por D. Jorge Ortiga, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.

Encontro nacional de reitores de santuáriosArte e Património ao Serviço da Evangelização

DR

9O Mensageiro12.Janeiro.2012 DIOCESE

O Bispo de Leiria-Fátima, D. An-tónio Marto, considera que a equi-dade consiste em pedir a quem tem maiores possibilidades financeiras, que faça mais pelo restabelecimento das contas públicas, embora todos os portugueses estejam obrigados a

esse objectivo.“Quem tem mais tem o de-

ver de dar mais. Isto chama-se equidade. Os mais ricos devem contribuir mais para curar a

economia do nosso país doente. Mas ninguém é tão pobre que não possa oferecer algo para salvar a barca comum”, afirmou na missa a que presidiu em Fátima, no último dia de 2011, segundo homilia publicada no site da diocese.

O esforço para a superação das dificuldades deve passar pela “qualidade do trabalho, escolhas de sobrieda-de, aceitação de sacrifícios, em nome da solidariedade, proximidade e partilha com os mais frágeis e caren-ciados”, apontou o responsável, acrescentando que os “gestos de solidariedade são sinais de esperança em tempo de crise”.

“Sentimos que estamos todos na mesma barca. Sem o contributo pessoal de cada um, a barca corre o risco de se afundar. Cada um deve fazer a sua parte para que a esperança vença o medo, tanto a nível pessoal como colectivo. Desta emergência grave só sairemos todos juntos e solidários”, declarou.

D. António Marto recusa “pessimismos” e “catastro-fismos”, assim como “ilusões” e “falsas seguranças que escondam as dificuldades do momento”, sublinhando que este é o “tempo de encorajamento e de empenho, em que cada um possa dar algo para que a esperança não morra e a paixão pelo que é possível não seja aban-donada”.

“Não basta a lei dos mercados. A humanidade não foi criada para servir os mercados; estes é que foram criados para servir a humanidade. Se este princípio for respeitado, a esperança vencerá o medo”, realçou o prelado, que tem assento no Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa.

Os “desejos”, “inquietações” e “virtudes cívicas” dos portugueses precisam de um “fogo da fé, da esperança e da caridade” que as alimente e “impeça a sua decadên-cia”, ao mesmo tempo que lhes oferece “um horizonte mais amplo”, referiu o bispo de Leiria-Fátima, que fez um balanço da actividade da Igreja em 2011.

A nível mundial D. António Marto referiu que o Papa “realçou o significado das Jornadas Mundiais da Juven-tude em Madrid, o encontro inter-religioso em Assis” e a “proclamação do Ano da Fé”, de 11 de Outubro de 2012 a Novembro de 2013, em comemoração dos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965).

O prelado salientou também “a memorável festa da beatificação do Papa João Paulo II” e, a nível nacional, a continuação da reflexão sobre “‘Repensar a pastoral da Igreja em Portugal’ que mobilizou milhares de fiéis”.

Referindo-se à sua diocese D. António Marto des-tacou o tema “chamados à caridade”, que considera “o modo mais belo de dizer quem é Deus e o que Ele espera” da humanidade.

“Foi algo que tocou fundo o coração de numerosos homens e mulheres comprometidos, generosa e alegre-mente, no testemunho da caridade de proximidade, de doação, partilha e apoio junto de quem sofre ou é caren-ciado”, assinalou na homilia do final do ano de 2011, que tinha como tema: “Abrir caminhos de confiança em tempo de dificuldades”.

No âmbito da iniciativa “Fé e Arte, um diálogo de séculos”, organizada pelo Departamento do Patrimó-nio Cultural da Diocese de Leiria-Fátima, irá realizar-se no próximo sábado, dia 21 de Janeiro, a terceira visita guiada ao património reli-gioso da diocese.

Sob o título “Do Româ-nico ao Barroco”, visitar-se-ão em Aljubarrota os notáveis templos religiosos que são a Igreja Paroquial de Nossa Senhora dos Prazeres e Capela de S. João Batista e no Juncal visitar-se-á a Igre-ja Paroquial. Sónia Vazão e Filomena Martins serão as

orientadoras das visitas. Esta iniciativa tem al-

cançado um notável êxito pelo seu interesse, bem como pelo número de participantes, somando já perto de três centenas.

A participação é livre e gratuita, excepto para aque-les que desejarem participar

na viagem em autocarro, tendo que marcar previa-mente através do E-mail [email protected] ou do telemóvel 962 540 255.

O custo do bilhete será de 7,5euros por pessoa; as reservas deverão ser feitas através do telefone 962 540 255 ou 244 837 291.

Diocese mostra património religioso

Visita “Do Românico ao Barroco”

Oito crianças que fre-quentam a catequese na Marinha Grande, algumas no terceiro ano e outras no grupo especial de cateque-se para quem entrou mais tardiamente, receberam o sacramento do Baptismo no passado dia 8, Domingo da Epifania.

Acompanhadas pelos pais e outros familiares, foram nesse dia integradas plenamente na comunida-de cristã, que as acolheu com carinho, na celebração da Eucaristia dominical, e viveu com elas a alegria do dom recebido de Deus.

Depois de os seus pais

terem dado explicitamente o seu acordo, as crianças fizeram publicamente a afirmação da sua fé, e acompanhadas por eles junto da fonte baptismal receberam o sacramento da Vida nova.

Num gesto que tornou mais visível o seu compro-

misso cristão, elas próprias acenderam a sua vela do Baptismo no Círio Pascal, que o celebrante, padre Armindo Castelão Ferreira, aproximou delas, tendo conjuntamente com os seus pais assumido o com-promisso de manterem viva a luz de Cristo recebida.

Paróquia da Marinha Grande

Baptismo de crianças da catequese

Homilia de fim-de-ano de D. António Marto“Equidade é os ricos darem maispara salvar a economia portuguesa”

O Centro Social e Paro-quial da Freixianda apre-sentou à população as suas duas novas valências: lar e creche. Um investimento, de mais de 1,6 milhões de euros, comparticipado pelo Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), pelo Mu-nicípio de Ourém e por parceiros desta IPSS.

Actualmente o Centro Social e Paroquial da Frei-xianda acolhe 42 idosos em lar, 34 em centro de dia, 30 em serviço de apoio domici-liário e tem capacidade para 45 crianças até aos três anos de idade em creche, “ten-do ainda algumas vagas por preencher”. Segundo o vice-presidente da direcção, Simões Marques, o mesmo não se passa com o lar que “conta já com uma longa lista de espera”.

Para além destas respos-tas sociais, esta instituição presta ainda serviço na Componente de Apoio à Família e ATL e serve refei-ções escolares ao 1º ciclo.

Após a cerimónia oficial de inauguração destas duas novas valências, o Vigário Geral da Diocese Leiria-

Fátima, Pe Jorge Guarda, benzeu as instalações renovadas deste equipa-mento social.

Presente naquele que considerou como “dia de grande festa para o con-celho de Ourém”, Paulo Fonseca, presidente da Câ-mara Municipal de Ourém, destacou “a equipa capaz de se entregar à sua profissão e aos outros” elogiando tam-bém o trabalho da direcção “em todo o processo”.

Na resposta a alguns pedidos elencados pela direcção e também pela Junta de Freguesia, no que diz respeito ao reforço da

comparticipação do Muni-cípio nesta obra, o autarca manifestou “total disponi-bilidade para encontrar so-luções para os problemas”, avançando que está a ser criado um “pacote de aju-das para as IPSS´s”, dando cumprimento à prioridade de se construir um concelho de Excelência Social.. Mas, Paulo Fonseca sublinhou a necessidade de criação de economias de escala e tra-balho conjunto afirmando que “uma IPSS não é uma ilha, tem de funcionar em rede”, dizendo não per-ceber “porque é que cada instituição tem uma lavan-

daria. Temos de começar a perceber que dois valemos mais do que um”.

Esta opinião foi partilha-da por Paula Morais, da Uni-dade de Desenvolvimento Social do Centro Distrital de Segurança Social de Santa-rém que, tendo em conta a conjuntura atual, afirmou a necessidade de “repensar a forma de trabalho de modo a rentabilizar os nossos re-cursos”.

A cerimónia terminou com uma visita às insta-lações e um lanche onde participaram os utentes e respectivas famílias.

Duas novas valências inauguradas: lar e creche

Centro Social Paroquial da FreixiandaDR

ECLESIAL10 O Mensageiro12.Janeiro.2012

O MENSAGEIRO leia, assine, divulgue, anuncie!

Leituras | II Domingo do Tempo Comum (15/01/2012)

Antífona de Entrada: Salmo 65, 4

Leitura I: 1 Sam 3, 3b-10.19

Salmo Responsorial: Salmo 39 (40), 2.4ab.7-8a.8b-9.10-11 (R. 8a.9a); Refrão: Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade. Repete-se

Leitura II: 1 Cor 6, 13c-15a.17-20

Aclamação ao Evangelho: cf. Jo 1, 41.17b; Refrão: Aleluia. Repete-se; Encontramos o Messias, que é Jesus Cristo. Por Ele nos veio a graça e a verdade. Refrão

Evangelho: Jo 1, 35-42

Cânticos | III Domingo Tempo Comum Conversão de S. Paulo | Oitavário de oração pela unidade dos cristãos

(22/01/2012)

INÍCIO: Cantai ao Senhor um cântico novo - Lau 204Senhor tu nos chamastes - Lau 782

SALMO RESPONSORIAL: Ensinai-me, Senhor, os caminhos da vida - Lau 331

APRESENTAÇÃO DOS DONS: Tu que nas margens do lago - Lau 827Tomai, Senhor, e recebei - Lau 821

COMUNHÃO: Caminhando Jesus junto ao mar da Galileia - Lau 192Não fostes vós que me escolhete - Lau 512

PÓS-COMUNHÃO: Tudo posso naquele que me conforta - Lau 830Vós me seduzistes Senhor - Lau 877

FINAL: Cantarei ao Senhor por tudo - Lau 211Anunciaremos Teu reino Senhor - Lau 153

AO SABORDA PALAVRA

2º Domingo do Tempo Comum15 de Janeiro de 2012

Princípio

Pe. Francisco [email protected]

Os dias 7 e 8 de Janeiro, no Sumbe, foram cheios, in-tensos, inesquecíveis.

Sábado, 7, foi o dia da inauguração da segunda fase da casa da missão da diocese de Leiria-Fátima no Sumbe. O programa teve início com a celebra-ção da eucaristia na igreja paroquial da Pedra Um, tendo sido presidida por D. António Marto. Concelebra-ram o bispo da diocese, D. Benedito Roberto, e o arce-bispo emérito de Lubango, D. Zacarias Kamwenho, que também foi bispo de Sumbe entre 1975 e 1995, os pa-dres Vítor e David e ainda vários padres angolanos. Estavam ainda presentes diversos convidados, au-toridades locais e várias centenas de fiéis.

Ainda antes da missa, D. António foi esperado perto da igreja por várias dezenas de pessoas que, bem ao jeito africano, o acolheram com cânticos, danças e palmas, exprimin-do assim a sua alegria por tão considerada visita.

No início da celebração D. Benedito dirigiu algumas palavras de boas vindas a D. António e manifestou a sua alegria e dos seus diocesa-nos por esta presença.

A missa foi animada por um grupo coral muito bem preparado que ajudou a fazer daquela celebração um verdadeiro momento de festa. Na sua homilia

o bispo de Leiria-Fátima sublinhou a importância da missão como expressão da solidariedade de muita gente e concretização de um sonho que permite realizar o trabalho missio-nário no Gungo.

Após a missa os convi-dados dirigiram-se para a Ondjoyetu, tendo-se então procedido à inauguração e bênção da nova parte da casa, concluída em pouco mais de três meses. Seguiu-se o almoço servido no pá-tio da casa. Durante a tarde ainda houve um momento de diversão com danças executadas por jovens do bairro da Pedra Um.

É de sublinhar a presen-ça de cerca de duas dezenas de pessoas do Gungo (que fica a mais de 100 km.) que desta forma representaram a comunidade neste acto e também colaboraram para a realização da festa.

O domingo, 8, foi o cha-mado “dia da geminação”. A missa teve lugar na igreja catedral do Sumbe, estando o templo repleto de fiéis.

Presidiu à celebração D. Benedito Roberto, tendo concelebrado novamente D. Zacarias, D. António Marto e alguns padres.

Esta celebração teve particular importância pelo facto de estarem presentes os dois bispos das dioceses geminadas na igreja mãe de uma delas. Nas palavras que proferiu, D. Benedito manifestou a sua satisfação pelos caminhos que a gemi-nação tem seguido, valori-zou a presença da equipa missionária da diocese de Leiria-Fátima na sua dioce-se e lançou o desafio de se darem mais alguns passos no aprofundamento da relação entre estas duas dioceses irmãs.

D. António Marto fez a homilia. Nela apresentou-se como peregrino e mis-sionário que veio a terras de Angola para partilhar a sua fé e também acolher o testemunho da mesma fé desta igreja irmã. Des-tacou a disponibilidade e testemunho cristão dos que se dedicam à missão

bem como a opção pelo trabalho no Gungo pelo facto daquela ser uma co-munidade profundamente carente e necessitada. Esta-beleceu ainda a ligação com a celebração litúrgica do dia – a Epifania – para falar da universalidade da fé e de como ela pode congregar os povos das diversas raças e culturas; terminou fazen-do uma referência a Maria como aquela que nos dá o seu Filho Jesus, a mesma mulher que apareceu em Fátima, santuário e lugar sagrado de que é bispo.

Como é timbre das celebrações africanas, esta foi vivida como uma verdadeira festa em que nem se deu conta das mais de duas horas que durou a missa. Também este grupo coral estava muito bem preparado e executou cân-ticos de forma muito viva e participativa. Ao final da tarde D. António presidiu à celebração das Vésperas na igreja catedral.

Padre Vítor Mira

Inauguração da “Ondjoyetu”

Estamos no início do tempo comum, durante o qual vamos escutando na liturgia o desenvolvimento da Missão de Jesus Cristo, na implantação do reino de Deus.

A primeira leitura apre-senta-nos a história do cha-mamento de Samuel. O autor desta reflexão deixa claro que o chamamento é sempre uma iniciativa de Deus, o qual vem ao encontro do homem e chama-o pelo nome.

Deus dirige-se a Sa-muel durante a noite. É o momento do silêncio, da tranquilidade e da calma, quando a algazarra, o baru-lho e a confusão se calaram. A voz de Deus torna-se mais facilmente perceptível no silêncio, quando o coração e a mente do homem aban-

donaram a preocupação com os problemas do dia a dia e estão mais livres e disponí-veis para escutar os apelos e os desafios de Deus.

Nesta descoberta não estamos sós, assim como Eli ajudou Samuel a perceber o chamamento de Deus, hoje os irmãos que nos rodeiam têm um papel decisivo na descoberta da vontade de deus.

Foi também isso que fez João Baptista ao apontar Jesus como o Cordeiro de Deus, o Messias que ele anunciava.

Ao homem é pedido que se coloque numa atitude de total disponibilidade para escutar a voz e os desafios de Deus. Por isso ser cristão é mais do que a simples pertença jurídica a uma ins-tituição chamada “Igreja”, ou

recepção de determinados sa-cramentos, ou militância em certos movimentos eclesiais e observância de certas re-gras de comportamento dito “cristão”…

André chama o seu irmão Simão Pedro. O encontro com Jesus nunca é um caminho fechado, pessoal e sem con-sequências comunitárias. É um caminho que tem de levar-me ao encontro dos ir-mãos. Quem experimenta a vida e a liberdade que Cristo oferece, não pode calar essa descoberta; mas deve sentir a necessidade de a partilhar com os outros, a fim de que também eles possam encon-trar o verdadeiro sentido para a sua existência.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a viverem de forma

coerente com o chamamento que Deus lhes fez.

A questão fundamental, para Paulo, é esta: pelo Baptismo, o cristão torna-se membro de Cristo e forma com ele um único corpo. A partir desse momento, os pensamentos, as palavras, as atitudes do cristão devem ser os de Cristo e devem tes-temunhar, diante do mundo, o próprio Cristo. No “corpo” do cristão manifesta-se, por-tanto, a realidade do “corpo” de Cristo.

Por outro lado, o cristão torna-se também Templo do Espírito. Para os judeus, o “templo” de Jerusalém era o lugar onde Deus residia no mundo e se manifestava ao seu Povo… Dizer que os cristãos são “Templo do Es-pírito” significa que eles são

agora o lugar onde reside e se manifesta a vida de Deus. No Baptismo, o cristão recebe o Espírito de Deus; e é esse Espírito que vai, a partir desse instante, conduzi-lo pelos caminhos da vida, ins-pirar os seus pensamentos, condicionar as suas acções e comportamentos.

Uma certa mentalidade actual considera que só nos realizaremos plenamente se pudermos fazer tudo o que nos apetecer… Contudo, o cristão tem de ter consciên-cia de que “nem tudo lhe convém”. Aliás, certas op-ções contrárias aos valores do Evangelho não conduzem à liberdade, mas à dependên-cia e à escravidão.

Que neste novo ano seja esta a nossa preocupação.

DR

11O Mensageiro12.Janeiro.2012 PORTUGAL

BREVES«Faça o país o que fizeram estes bravos pescadores e não se afundará»Pároco de Caxinas diz que ida a Fátima é «expressão da fé viva»

Os seis pescadores de Caxinas salvos em Dezem-bro depois de 60 horas em alto mar, foram, no dia 7 de Janeiro, considerados exemplo pelo padre Manuel Santos José, durante uma celebração eucarística no Santuário de Fátima. “Faça o país o que fizeram estes bravos pescadores e o país não se afundará” referiu um dos capelães do santuário na homilia enviada à Agência ECCLESIA, durante a missa em que participaram os seis pescadores resgatados e centenas de amigos e familiares que os acompanharam à Cova da Iria.

A devoção afirmada pelos homens resgatados é “uma grande parábola para o nosso país mergulhado em crise económica, financeira e de valores, tomado pelo medo, pânico”. Os homens de Caxinas levaram “uma arma poderosa, capaz de vencer todas as batalhas” e nela en-contraram “força” para se manterem “unidos” e para viverem as “horas amargas em admirável espírito de solidariedade e de fraternidade: um por todos e todos por um”, apontou o sacerdote referindo o terço que juntou os homens em oração durante os dias em que estiveram no mar.

Antes da celebração da eucaristia, os seis pescadores foram junto da imagem de Nossa Senhora, na Capelinha das Aparições, e ofereceram o terço, que permaneceu durante a celebração em cima do altar, num gesto que foi saudado pelos presentes com uma salva de palmas. Para o padre Domingos Araújo, pároco de Caxinas, localidade de Vila do Conde, a viagem a Fátima é expressão “da fé viva dos pescadores”. “Os que estavam em terra já todos tínhamos perdido a esperança, mas eles confian-tes em Maria e em Deus, não desanimaram, e viram o terço como uma arma, uma bóia de salvação”, afirma o sacerdote em declarações à Agência ECLESIA. Segundo o pároco milhares de pessoas acompanharam os seis pescadores que “atribuindo a graça de se salvarem a Nossa Senhora, quiseram vir a Fátima entregar o terço pelo qual tantas vezes rezaram”.

“Nestes dias muitos me confidenciavam que não po-dendo vir, estavam aqui de coração”, refere o sacerdote apontando que a “tónica da alegria está patente hoje” nos rostos de quem se deslocou a Fátima mas também dos que ficaram em Caxinas.

Site Cristo Jovem retoma revista digital«Godzine»

A equipa do site Cristo Jovem retomou este mês, Janeiro, o projecto ‘Godzine’, revista digital para jovens e agentes da Pastoral Juvenil publicada bimestralmen-te na internet, incluindo novas secções e dando mais atenção aos leitores brasileiros. Entre as novidades es-tão as secções ‘YouCat’, dedicada ao catecismo jovem da Igreja Católica, ‘Parábolas’ e ‘Dialetos da Palavra’, que se somam às que transitaram da fase anterior, como “5 minutos com o Mestre”, “Folha dos Santos” e “Juventude que acredita”, anuncia uma nota enviada à Agência ECCLESIA. A “aposta forte” na ligação aos jovens brasileiros passa pela criação de um espaço “com conteúdos informais e descontraídos sobre a realidade da igreja e da pastoral juvenil no Brasil”, acrescenta o comunicado.

A próxima Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer no Rio de Janeiro em 2013, também vai estar em destaque na publicação.

A tomada de posse do Sr. D. António José da Rocha Couto, que o Santo Padre Bento XVI nomeou, no passado dia 19 de No-vembro de 2011, como Bis-po de Lamego terá lugar no próximo dia 29 de Janeiro.

A preparar esse evento, o Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil da Diocese de Lamego promove uma vigília de oração, que terá lugar no dia 21 de Janeiro, com início previsto pelas 21h00, na Igreja Catedral.

No dia 28 de Janeiro, véspera da tomada de pos-se, pelas 21h00, o Centro Paroquial de Almacave será

o palco de um concerto de Rão Kyao.

No dia 29 de Janeiro, o Sr. D. António Couto será recebido à entrada de La-mego, junto do Seminário Maior, pelo Sr. D. Jacinto Botelho e pelo Sr. Eng. Francisco Lopes, Presiden-te da Câmara Municipal de Lamego.

Em seguida, dirigir-se-á para a Igreja Catedral, onde será saudado pelo Sr. Cón. Delfim de Almeida, Deão do Cabido da Igreja Cate-dral, pelo Sr. Presidente da Câmara de Lamego e pelos demais fiéis da Diocese.

A paramentação dos

Srs. Bispos que marcarem presença será na Sacristia da Igreja Catedral. A para-mentação dos sacerdotes será no Salão dos Claustros (ao qual se acede pela porta lateral da Sé).

Pelas 16h00 terá início a Procissão de entrada, que começará nos Claustros da Igreja Catedral. Depois do Solene Pontifical de toma-da de posse, terá lugar, no Seminário Maior, o jantar onde participarão os Srs. Bispos, sacerdotes e demais convidados.

Mons. Joaquim Dias Rebelo,Vigário Geral da Diocese da

Lamego

Diocese de Lamego

Tomada de posse de D. António José da Rocha Couto

A Acção Católica Rural (ACR) realizou o Curso Nacional de Animadores na Casa Diocesana de N. Sr.ª do Socorro, em Alber-garia-a-Velha, nos dias 7 e 8 de Janeiro de 2012 com o tema: Economia de Todos e para Todos.

Participaram cerca de 70 Militantes e Simpatizantes, das várias dioceses onde o movimento está implanta-do, sendo este momento um importante apoio ao trabalho dos animadores e futuros animadores das equipas e grupos de acção.

O Seminário iniciou com um momento de ora-ção, centrado naquela que é a missão desta actividade, formar os animadores de grupos. O animador é tes-temunha, «é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe». É essencial que cada um saiba o que tem para dar e para receber; é preciso haver disponibili-dade para caminhar.

Os trabalhos foram orientados pelo Doutor Rogério Roque Amaro, Pro-fessor Associado do Depar-tamento de Economia do ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, do Instituto

Universitário de Lisboa), doutorado em “Análise e Planificação do Desenvol-vimento”. As suas linhas de investigação e de ensi-no assentam em: Econo-mia do Desenvolvimento, Desenvolvimento Local, Economia do Território, Economia do Ambiente e Economia Social e Solidá-ria. Perante as realidades actuais, falou das várias formas de economia, dan-do particular destaque à Economia Solidária.

A Economia Solidária visa o bem comum, orien-tando-se pelo princípio eclesial: «viviam unidos e colocavam tudo em comum» (Act 2, 44). As principais características desta economia são: uma solidariedade sistémica (social, cultura, ambiental) e uma economia demo-crática e de qualidade. Na sociedade actual, tendo a crise como pano de fundo,

as pessoas estão desprote-gidas e inseguras, jovens e adultos têm dificuldade em encontrar emprego. Perante este panorama, todos preci-sam dar e receber ajuda, e a Economia Solidária assume particular relevância.

O mais importante num país deve ser a Economia Solidária, pois vai muito para além do problema económico, vai em busca da importância da pessoa. Não é por a solidariedade ser realizada de forma vo-luntária que tem ou pode ter menor qualidade. Para além de defender que a Economia Solidária deve ter qualidade, Roque Ama-ro acredita que «a economia solidária é a economia do futuro.»

A terminar o Curso, sob o tema Acolher o Ou-tro, orientado por Gastão Veloso, os participantes re-flectiram sobre como criar novos caminhos, de modo

a formar uma sociedade mais justa e solidária. Exis-tem três tipos de dar: “dar para receber” (Mercado), “dar por dever” (Estado) e “dar-se” (dádiva, Amor). O valor da dádiva só existe se houver relação com o outro.

Neste momento de grandes desafios e oportu-nidades, a ACR manifesta a sua preocupação com o bem comum, querendo estar ainda mais próxima daqueles que necessitam. A ACR assume a sua mis-são interventiva no meio, sendo este Curso um ver-dadeiro «ginásio de santi-dade», contribuindo para a formação daqueles que comunicam a mensagem de Cristo que a ACR trans-porta aos seus grupos, que se encontram em formação e em crescimento.

Estar «atento e vigi-lante» resume aquilo que é o Método de Revisão de Vida (VER-JULGAR-AGIR). Entrar em acção é conti-nuar a contribuir para este Crescer e Recriar o Futuro na Esperança.

A Direcção Nacional

ACR organiza encontro Nacional

“Economia de todos e para todos”

D. António José da Rocha Couto

DR

BREVES

MUNDO12 O Mensageiro12.Janeiro.2012

Santa Sé tem relações diplomáticas com 179 EstadosPresença nas organizações internacionais foi reforçada em 2011

A Santa Sé mantém actualmente relações diplomá-ticas com 179 Estados, incluindo Portugal, somando-se ainda a União Europeia, a Ordem Soberana de Malta e a Organização para a Libertação da Palestina, revelou hoje o Serviço de Informação do Vaticano.

Os dados foram divulgados por ocasião do encontro anual entre Bento XVI e os embaixadores acreditados junto da Santa Sé, no qual o Papa manifestou a sua “alegria” pelo estabelecimento de relações diplomáticas com a Malásia, no último ano.

“Sinais da cooperação entre a Igreja Católica e os Es-tados são os acordos que foram assinados, em 2011, com o Azerbaijão, Montenegro e Moçambique. O primeiro já foi ratificado; espero que em breve ocorra o mesmo com os outros dois, e cheguem a bom termo aqueles que estão em fase de negociação”, disse ainda.

Em relação às organizações internacionais, revela o Serviço de Informação do Vaticano, a Santa Sé está pre-sente na ONU como “Estado observador” e é membro de sete organizações ou agências do sistema das Nações Unidas, sendo observador noutros oito e membro ou observador em cinco organizações regionais.

Segundo Bento XVI, “a Santa Sé deseja estabelecer um diálogo profícuo com as Organizações internacionais e regionais”, sublinhando “o facto de os países membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) terem acolhido a nomeação de um Núncio Apostólico, embaixador da Santa Sé”.

“Não posso deixar de mencionar que a Santa Sé reforçou a sua longa colaboração com a Organização Internacional para as Migrações ao tornar-se membro pleno da mesma, no passado mês de Dezembro”, pros-seguiu.

O Papa considera que esta adesão demonstra o compromisso da Santa Sé e da Igreja Católica “ao lado da comunidade internacional, na busca de soluções ade-quadas para este fenómeno [migrações] que se reveste de muitos aspectos, desde a protecção da dignidade das pessoas até à solicitude pelo bem comum das comuni-dades que os recebem e daquelas donde provêm”.

Bispos europeus e americanos debatemEfeitos da «primavera árabe»

Os bispos europeus e americanos que prestam apoio aos cristãos na Terra Santa encontram-se dia 8 de Janei-ro, em Jerusalém, para debater os efeitos da “primavera árabe” nas relações entre israelitas e palestinianos.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o Con-selho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) realça que as mudanças políticas e sociais que se veri-ficaram em países como a Síria ou o Egipto trouxeram “aspectos positivos e negativos” para as comunidades cristãs do Médio Oriente, que vivem momentos de “grande incerteza”, uma vez que o conflito armado entre Israel e Palestina ainda não tem fim à vista.

O programa do encontro contempla a apresentação de diversas reflexões sobre o tema da “primavera árabe”, reuniões com os bispos católicos da região e audiências com o arcebispo Antonio Franco, núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) em Jerusalém e Palestina, e o Patriarca latino de Jerusalém, D. Fouad Twal.

Bento XVI apelou, no dia 9 de Janeiro no Vaticano, ao fim do “derramamento de sangue” na Síria, manifes-tando “grande preocupa-ção” pelas populações dos países que sofrem “tensões e violência”.

O Papa falava durante o encontro anual com os membros do corpo diplo-mático acreditados junto da Santa Sé, durante o qual pe-diu um “diálogo frutuoso” entre os “actores políticos” na Síria, “favorecido pela presença de observadores independentes”.

A ONU calcula que cer-ca de 5000 sírios tenham morrido desde o início da repressão ao movimento de contestação contra o presi-

dente Bashar Al Assad, em meados de Março de 2011.

Bento XVI aludiu ainda às “tensões” entre palesti-nos e israelitas, conside-rando que as mesmas se “repercutem no equilíbrio de todo o Médio Oriente”.

O discurso papal falou, por outro lado, das ma-nifestações no “Norte de África e Médio Oriente”, a chamada ‘primavera árabe’, destacando o “vasto movi-mento de reivindicação de reformas e de participação mais activa na vida política e social”.

Papa observou que, ape-sar do “optimismo inicial”, hoje é necessário reconhe-cer “as dificuldades deste momento de transição e

mudança”, frisando que “a atenção às exigências dos cidadãos e a necessá-ria solidariedade social” não se transformem em “meros instrumentos para conservar ou conquistar o poder”.

Neste sentido, convi-dou a comunidade inter-nacional a “dialogar com os atores dos processos em andamento”, para que se promova a construção de “sociedades estáveis e re-conciliadas, que se opõem a qualquer discriminação injusta, em particular de ordem religiosa”.

Bento XVI disse tam-bém seguir com “atenção” a situação no Iraque, “de-plorando os atentados que

causaram recentemente a perda de inúmeras vidas humanas”.

Em relação a África, o Papa desejou a abertura de “um caminho de justi-ça, paz e reconciliação, no qual os membros de todas as etnias e religiões sejam respeitados”.

Bento XVI saudou a independência do Sudão do Sul, em Julho de 2011, feita de forma “pacífica”, mas lamentou as “tensões e confrontos dos últimos meses”, desejando que “as populações do Sudão e do Sudão do Sul alcancem um período de paz, liberdade e desenvolvimento”.

Encontro anual com os membros do corpo diplomático

Papa apela ao«fim do derramamento de sangue»

A Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), orga-nismo da Santa Sé, publicou uma nota com “indicações pastorais” para a celebração do Ano da Fé convocado por Bento XVI.

A iniciativa, com início marcado para 11 de Outu-bro de 2012, assinala o 50.º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965) e 10.º ano da pro-mulgação do Catecismo da Igreja Católica, pelo beato João Paulo II (11 de Outu-bro de 1992).

“O Ano da Fé será uma ocasião privilegiada para promover o conhecimento e a difusão dos conteúdos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católi-ca”, assinala o documento.

A celebração, que se pro-longa até 24 de Novembro de 2013, domingo de Cris-to-Rei, será feita a quatro níveis, de acordo com a Santa Sé: em toda a Igreja; Conferências Episcopais; dioceses; paróquias, co-munidades, associações e

movimentos.O principal evento ecle-

sial no começo do «Ano da Fé» será a XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos dedicada à Nova Evangelização para a trans-missão da fé cristã, em que o Papa irá presidir à celebra-ção solene de inauguração, a 11 de Outubro, recordan-do tais comemorações.

No que se refere à ce-lebração em toda a Igreja, o documento sugere a promoção de iniciativas ecuménicas para “invocar e favorecer o restabelecimen-to da unidade entre todos os cristãos” e também o aprofundamento “dos principais Documentos do Concílio Vaticano II e o estudo do Catecismo da Igreja Católica”.

Às Conferências Epis-copais pede-se que cuidem da qualidade da formação catequética eclesial e pro-movam uma “verificação dos catecismos locais” para que haja uma “plena conformidade ao Catecismo

da Igreja Católica”.Cada bispo “poderá

dedicar uma carta pastoral ao tema da fé”, assinala o documento.

A CDF apela à utiliza-ção das linguagens da co-municação e da arte, com “transmissões televisivas ou radiofónicas, filmes e publicações, a nível popu-lar e acessíveis a um pú-blico amplo, sobre o tema da fé, dos seus princípios e conteúdos, bem como so-bre o significado eclesial do Concílio Vaticano II”.

A nível diocesano, pro-põe-se o “diálogo criativo entre a fé e a razão, através de simpósios, encontros e jornadas de estudo, nomea-damente nas Universidades Católicas” e a promoção de “celebrações penitenciais”, com especial atenção aos “pecados contra a fé”.

A CDF afirma ser “opor-tuno” que cada diocese organize “uma jornada so-bre o Catecismo da Igreja Católica, convidando es-pecialmente os sacerdotes,

as pessoas consagradas e os catequistas”.

Quanto às paróquias, comunidades, associações e movimentos, o documento indica que “a proposta cen-tral continua a ser a cele-bração da fé na liturgia, em especial na Eucaristia”.

O Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização constituirá uma Secretaria para o Ano da Fé, também com pre-sença na Internet, visando “coordenar as várias ini-ciativas promovidas pelos diferentes Dicastérios da Santa Sé e todo o tipo de acontecimentos relevantes para a Igreja universal”.

A Santa Sé assinala em comunicado que com a “promulgação deste ano, o Santo Padre pretende co-locar no centro da atenção eclesial aquilo que, desde o início do seu pontifica-do, tem mais a peito: o encontro com Jesus Cristo e a beleza da fé nele”.

Indicações pastorais para o Ano da Fé

“O encontro com Jesus Cristo e a beleza da fé nele”

13O Mensageiro12.Janeiro.2012 OPINIÃO

RECORTES

João César das NevesEconomista

Holocausto da família*

O s inícios do século XX ficaram marcados por

uma luta terrível contra um dos valores civiliza-cionais mais importantes, a liberdade. O século XX termina no meio de uma luta terrível contra outro valor civilizacional essen-cial, a família.

Em menos de cem anos, dois dos fundamentos mais preciosos da civilização fo-ram fortemente atacados. A primeira dessas lutas, pela liberdade, teve o seu auge em meados do século e foi já, em grande medida, ganha. A outra, pela família, é a actual, ainda em pleno fragor com resultado incer-to. O que está em causa, como antes, é a sobrevi-vência da sociedade livre e equilibrada.

No princípio do século, as ideologias comunista e fascista, na frescura da sua novidade, apregoavam uma alternativa original para o falhado sistema político de então. Nazis e marxistas, desprezando a liberdade, defendiam o poder do Fuhrer, do Duce e a ditadura do proletariado. Inspiradas na pureza da raça ou na su-perioridade dos operários, as novidades tinham em co-mum desprezar as “demo-cracias” velhas e obsoletas e apregoar o totalitarismo como a salvação.

Hoje é difícil compre-

ender como essas ideias, entretanto derrotadas, fo-ram atraentes e credíveis durante tanto tempo. É difícil aceitar que a demo-cracia, que conhecemos flexível e dinâmica, pu-desse aparecer incapaz e desorientada aos nossos avós. Mas assim como não percebemos como é que tantas comunidades civili-zadas cederam aos ataques à liberdade, daqui a umas décadas também será difícil compreender a forma como agora deixamos destruir a família.

Considerar as terríveis tentações políticas antigas ajuda-nos a resistir às se-duções que agora nos do-minam. Aliás, a semelhança e o paralelo entre os dois combates é notável.

A primeira semelhan-ça está na dissimulação. Se virmos bem, ninguém hoje ataca a família. O que atacam é a opressão da mulher, a prisão cultural do matrimónio, o despre-zo pela homossexualidade, os problemas do fosso das gerações. A solução pro-posta para esses dramas é o abandono da família chamada “tradicional”, e a promoção de novas varian-tes familiares.

Do mesmo modo, os comunistas e os nazis não atacavam a liberdade. O que eles queriam era acabar com

a opressão dos operários, a rigidez social antiquada, o desprezo pela raça ariana, os problemas da desordem social. A solução para esses dramas era o abandono da democracia chamada “tra-dicional” e a promoção de novas variantes sociais. Muitos acreditaram nisso.

Era indiscutível então que quer comunistas quer fascistas tinham razão em muitas das suas críticas. Mas isso não tornava bons os sistemas extremistas que defendiam. Também hoje, os problemas familia-res são vários. E devemos preocupar-nos com eles e, sobretudo, com os muitos que sofrem em famílias destroçadas.

Mas isso não quer dizer que se rejeite a família só porque algumas têm pro-blemas. Não faz sentido, por exemplo, que, para mostrarmos o nosso cari-nho e apoio pelos cegos, tenhamos de dizer que a visão é coisa má.

Os argumentos e os mé-todos usados antes contra a democracia também são semelhantes aos que hoje se utilizam contra a família. Até a inspiração filosófica é equivalente. Marxistas e hitlerianos consideravam-se defensores da verdadeira natureza humana, libertan-do-a dos tabus, complexos e invenções de milénios

de degradação. Diziam eles que a força e a violência eram naturais ao homem, enquanto o artificialismo dos sistemas democráticos era evidente. Os que hoje defendem o amor livre, o divórcio, as uniões de facto e a homossexualida-de também se arrogam a representação da natureza, contra a artificial “família tradicional”. A família, que existe desde que o mundo é mundo, não lhes parece ser natural. Quem defen-de a fidelidade conjugal, o pudor ou a castidade é desprezado como ingénuo e sonhador. Exactamente como os defensores da de-mocracia eram desprezados pelo realismo totalitário do princípio do século. Hoje muitos pensam que, nos hábitos sexuais, a raça humana é semelhante aos cães. Hitler e Lenine pensa-vam o mesmo.

Quanto aos métodos usados, é difícil ser mais semelhante. Os meios de comunicação social têm pa-pel privilegiado no combate contra a família, tal como com Goebbels e Estaline contra a liberdade. Tele-novelas, revistas juvenis, publicidade, reportagens e opinião jornalística, filmes e séries apresentam com toda a normalidade o des-controlo sem freio do pra-zer sexual e recomendam-

no como forma de vida. Na televisão, o corrente são as “famílias alternativas”; a família normal só aparece como curiosidade exótica.

Se muitos apostam nas campanhas de intoxicação da opinião pública contra a família, outros preferem os mecanismos legais. Também, para matar a democracia, Hitler usou as eleições democráticas e Lenine os movimentos populares. Hoje utiliza-se o “planeamento familiar” para atacar a família, usa--se a “educação sexual” para distorcer os hábitos dos jovens, empregam-se as instituições de saúde para destruir a vida dos nascitu-ros e os direitos humanos para legalizar o aborto. A ironia perversa não podia ser mais semelhante.

O resultado das duas lutas começa também a parecer-se. Os ataques à liberdade criaram o pior morticínio de toda a Histó-ria, a II Guerra Mundial, e o confronto mais estúpido de todos os tempos, a guer-ra fria.

A luta contra a família ainda está longe do seu termo. Mas já há muitos que comparam as mortes de crianças inocentes nos abortos com o Holocausto e o Gulag.

E, por outro lado, tal como o totalitarismo mos-

trou o valor da liberdade, também a instabilidade e o sofrimento causado pe-las uniões de facto, casais homossexuais, mães de alu-guer e aborto livre mostram à evidência a sabedoria e o equilíbrio da família tradi-cional.

É muito difícil encon-trar hoje defensores da família, tal como no início do século havia poucos combatentes da liberdade. O que há agora são muitos paladinos da democracia. Foi sempre muito fácil combater na guerra que já está ganha.

* In DN (31/01/00)

reforma do mercado do arrendamento é

uma promessa antiga de vá-rios governos que foi sendo sucessivamente adiada. Os políticos sempre tiveram medo de abrir a caixa de Pandora.

É um assunto transver-sal à sociedade portuguesa que não deixa ninguém in-diferente. De um lado, os proprietários que se quei-xam de décadas e décadas de rendas baixas e conge-ladas que são insuficientes para garantir a manutenção das casas.

Do outro lado, os in-quilinos que afirmam não conseguir pagar valores mais altos, nomeadamente as pessoas mais velhas e as famílias mais pobres.

Os diferentes governos sempre tiveram medo do impacto eleitoral numa verdadeira reforma. Mes-mo a última mexida, no Executivo de José Sócrates, tinha tantas excepções que acabou por ter um impacto quase nulo.

Por isto, todos foram co-niventes com um dos prin-cipais bloqueios da socie-dade portuguesa. Com um mercado de arrendamento disfuncional, muitas famí-lias foram empurradas para a compra de casa própria, ficando desde muito novas endividadas para a vida.

Além disto, a sua mobi-lidade geográfica também ficou limitada. Aceitar um emprego noutra cidade é muitas vezes um problema

porque é necessário vender a casa, o que nem sempre é fácil ou rápido.

Portanto, para que Portugal seja mais flexível, produtivo e competitivo é necessário desatar este nó. A ´troika´ percebeu isso e, assim, a reforma está inclu-ída no memorando.

O Governo de Pedro Passos Coelho está a cum-prir mais uma exigência da ´troika´, embora seguindo um caminho diferente, a ministra Assunção Cristas apresentou as linhas ge-rais das mudanças. É cedo para fazer uma avaliação definitiva, até porque a lei ainda não é comedida, mas as primeiras notícias são positivas.

Há duas questões que

tentam ser resolvidas. Primeiro, acabar com as rendas congeladas. Segun-do, agilizar os processos de despejos dos inquilinos que não pagam as rendas. As intenções são boas mas há alguns riscos que podem sabotar a eficiência das al-terações.

Desde logo, o perigo das hesitações em demasia. Ou seja, ao princípio genérico correcto é aplicado tantas excepções que viram a regra.

Há que ter em conta as implicações sociais de uma subida brusca dos valores das rendas, nomeadamen-te nos grupos mais desfa-vorecidos. No entanto, isto não deve ser impeditivo de acabar com a maioria das

rendas congeladas.Depois, e talvez mais

difícil, conseguir um me-canismo que garanta um sistema eficiente e justo de despejos. E aqui o pe-rigo está em os conflitos acabaram nos tribunais habituais.

Até agora isso tem sido sinónimo de lentidão para lá do aceitável e não há razões para acreditar em mudanças súbitas.

A reforma do mercado de arrendamento é bem-vinda, desde que seja bem-feita e isso vai exigir determinação política. Caso contrário, será mais uma oportunidade perdida.

ANÁLISE POLÍTICA

Orlando FernandesJornalista

A vida mais díficil

A

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INSTITUCONAL14 O Mensageiro12.Janeiro.2012

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHANotária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas noventa e quatro a folhas noventa e cinco verso, do Livro Cento e Setenta e Oito – B, deste Cartório.

Manuel Pereira Mónico, NIF 119 893 932 e mulher Maria Clarinda da Silva Rodrigues Sobreiro Mónico, NIF 119 893 924, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de Caranguejeira, concelho de Leiria, onde residem na Rua do Comércio, nº26, no lugar sede, declaram que, com exclusão de outrém são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de pinhal e mato, com a área de novecentos e cinquenta e oito metros quadrados, sito em Canhestro, freguesia de Pousos, concelho de Leiria, a confrontar de norte e de sul com Acácio Faria Lopes, de nascente com António Roda dos Santos e outros e de poente com Imopolis – Fundo de Investimento Imobiliário, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 5.396, com o valor patrimonial de �292,60.

Que, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta e nove, por compra verbal a Pedro Rodrigues Manso, separado, residente no Casal Vermelho, Caranguejeira, Leiria, não dispondo os justificantes de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo.

Que em consequência daquela compra verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacifica, continua, publica e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião.

Batalha, vinte e oito de Dezembro de dois mil e onze.A funcionária com delação de poderes, (Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes)

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHANotária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas noventa a folhas noventa e uma verso, do Livro Cento e Setenta e Oito – B, deste Cartório.

Pedro Rodrigues Manso, NIF 103 081 216, viúvo, natural da freguesia de Caranguejeira, concelho de Leiria onde reside no lugar de Casal Vermelho, declara que, com exclusão de outrem é dono e legítimo possuidor do prédio rústico, composto de terra de semeadura, com a área de mil setecentos e dezasseis metros quadrados, sito em Fazenda, freguesia de Parceiros, concelho de Leiria, a confrontar de norte com António Pereira Estrela, de sul e de nascente com Rua Vale dos Poços e de poente com Maria Trindade da Costa, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 2.255, com o valor patrimonial de �960,96. Que, adquiriu o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta e nove, no estado de casado cm Maia Trindade Costa, mas dela separado judicialmente de pessoas e bens, por compra verbal a Fernando Pereira da Silva Ferreira e mulher Maria Fernanda Carvalho da Silva Pereira, residentes em Parceiros, Leiria, não dispondo o justificante de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo.

Que em consequência daquela compra verbal, possui o identificado prédio em nome próprio já há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda agente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, continua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião.

Batalha, vinte e oito de Dezembro de dois mil e onze.A funcionária com delegação de poderes, (Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes)

EDITAL N.º 3/2012Raul Miguel de Castro, Presidente da Câmara Municipal de Leiria,

torna público, nos termos do disposto no artigo 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, o teor da deliberação tomada pela Câmara Municipal, em sua reunião de 13 de Dezembro de 2011, a qual se transcreve:

«Desafectação do domínio público municipal para o domínio privado do Município de parcelas de terreno destinadas à constituição do direito de superfície para a construção do Novo Terminal Rodoviário de Leiria

1. Deliberação | É consensual que o actual terminal de transportes da cidade, localizado na Avenida Heróis de Angola, zona urbana da cidade que se considera como um dos principais núcleos comerciais e tendencialmente vocacionada para a vivência urbana, onde a acessibilidade deve ser privilegiada e se verifica que as suas características físicas não se mostram compatíveis com o dinamismo e volume de tráfego inerente a um Terminal de Transportes.

2. Neste sentido, visando a melhoria contínua das condições de deslocação, a diminuição dos impactes no ambiente e o aumento da qualidade de vida dos cidadãos, desde à muito que tem sido debatida, torna-se necessário criar condições para a relocalização do terminal de transportes rodoviários da cidade de Leiria.

Deste modo e considerando:i. a necessidade de prosseguir estratégias e encontrar soluções

que permitam a compatibilidade entre uma mobilidade urbana ambientalmente sustentável e integrada com o desenvolvimento socioeconómico e territorial da Cidade;

ii. a articulação dos transportes colectivos e individuais, de forma coerente, com a rede viária, o tráfego

automóvel (individual e colectivo, particular e público), a circulação pedonal, as pistas cicláveis e o estacionamento;

iii. a necessidade de permitir, de uma forma equilibrada, a conjugação dos objectivos de preservação e requalificação do património histórico e ambiental, com as necessidades de deslocação de pessoas e bens, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Propõe-se que a parcela de terreno com a área de 7.880m2, propriedade do Município de Leiria e afecta ao seu domínio público, sita na freguesia e concelho de Leiria, a confrontar do norte com Avenida Bernardo Pimenta, do sul com Avenida 25 de Abril, do nascente com Rotunda do Estádio e do poente com Município de Leiria, devidamente assinalada em planta que constitui o Anexo I à presente deliberação, seja desafectada do domínio público e passe integrar o domínio privado do Município, tendo em vista a sua posterior oneração através da constituição de um direito de superfície oneroso a favor de “Rodoviária do Tejo, SA”, para a construção do Terminal Rodoviário de Leiria.

Para o efeito e em cumprimento do disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 53.º do Código do Procedimento Administrativo, propõe-se que a deliberação a tomar sobre este assunto, seja sujeita a discussão pública, durante o período de 15 dias úteis, contados a partir da data da sua última publicação, com vista à apresentação de quaisquer reclamações e ou sugestões.

Após a discussão pública, o processo deverá ser objecto de nova deliberação a tomar pela Câmara Municipal, para que aprove a proposta que ora se irá manifestar e a submeta a deliberação da Assembleia Municipal.

A Câmara Municipal, depois de analisar o assunto e concordando

com a proposta do Senhor Presidente da Câmara Municipal, deliberou por maioria, com os votos de abstenção da Senhora Vereadora Neusa Magalhães, Filipa Alves e Gastão Neves e o voto contra do Senhor Vereador Carlos Vitorino, eleitos pelo Partido Social-Democrata, e o voto contra da Senhora Vereadora Blandina Oliveira, eleita pelo Partido Socialista, nos termos e ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º e na alínea b) do n.º 4 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, manifestar a intenção de propor à Assembleia Municipal a desafectação do domínio público municipal para o domínio privado do Município de Leiria da parcela de terreno com a área de 7.880m2, sita na freguesia e concelho de Leiria, a confrontar do norte com Avenida Bernardo Pimenta, do sul com Avenida 25 de Abril, do nascente com Rotunda do Estádio e do poente com Município de Leiria, devidamente assinalada em planta que constitui o Anexo J à presente deliberação e que dela faz parte integrante, destinada à constituição de um direito de superfície oneroso a favor de “Rodoviária do Tejo, SA”, para a construção do Terminal Rodoviário de Leiria.

Mais deliberou que à presente deliberação seja dada publicidade nos termos do disposto no artigo 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5�A/2002, de 11 de Janeiro.

Por último, para efeitos do disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 53.º do Código do Procedimento Administrativo, deliberou conceder o prazo de 15 dias úteis, contados a partir da data da última publicação, para apresentação de quaisquer reclamações e ou sugestões.»

Para constar se lavrou o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de estilo e publicados nos jornais regionais e editados na área do Município de Leiria.

Leiria, 02 de Janeiro de 2012.O Presidente da Câmara Municipal, (Raul Castro)

Dr. Rui CastelaMédico Especialista

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Equipa J V E D Pts1.º Benfica 14 11 3 0 362.º Porto 14 10 4 0 343.º Sporting 14 8 4 2 284.º Sp. Braga 14 8 4 2 285.º Marítimo 14 7 4 3 256.º Académica 14 5 3 6 187.º V. Guimarães 14 5 2 7 178.º Beira-Mar 14 4 4 6 169.º Nacional 14 4 3 7 1510.º Gil Vicente 14 3 6 5 1511.º Feirense 14 3 5 6 1412.º V. Setúbal 14 3 5 6 1413.º Olhanense 14 3 5 6 1414.º Rio Ave 14 4 2 8 1415.º U. Leiria 14 4 0 10 1216.º P. Ferreira 14 2 2 10 8

15O Mensageiro12.Janeiro.2012 DESPORTO

liga portuguesade futebol profissional

I LIGA

Beira-Mar x Sp. Braga (1-2)Marítimo x Olhanense (2-1)Sporting x Porto (0-0)Rio Ave x P. Ferreira (1-0)V. Setúbal x Académica (1-1)U. Leiria x Benfica (0-4)Gil Vicente x Nacional (0-3)V. Guimarães x Feirense (1-0)14

.ª JO

R. 08

.01.12

P. Ferreira x Marítimo (dia 13, 20h15, Sport Tv1)

Feirense x Gil Vicente (dia 14, 16h00)

Benfica x V. Setúbal (dia 14, 18h30, Sport Tv1)

Porto x Rio Ave (dia 14, 20h30, TVI)

Nacional x U. Leiria (16h00)

Olhanense x Beira-Mar (16h00)

Académica x V. Guimarães (18h00, Sport Tv1)

Sp. Braga x Sporting (20h15, Sport Tv1)15.ª

JOR.

15.01

.12

Equipa J V E D Pts1.º Estoril 14 7 5 2 262.º Moreirense 14 7 3 4 243.º Leixões 14 7 2 5 234.º D. Aves 14 6 5 3 235.º Atlético 14 6 5 3 236.º Oliveirense 14 5 5 4 207.º Naval 14 5 5 4 208.º Sp. Covilhã 14 5 4 5 199.º Santa Clara 14 5 3 6 1810.º Penafiel 14 4 5 5 1711.º Arouca 14 3 8 3 1712.º Trofense 14 4 4 6 1613.º Freamunde 14 3 6 5 1514.º Belenenses 14 3 5 6 1415.º U. Madeira 14 3 4 7 1316.º Portimonense 14 3 3 8 12

liga portuguesade futebol profissional

II LIGA

U. Madeira x Atlético (1-1)Estoril x Leixões (1-1)Freamunde x D. Aves (1-2)Oliveirense x Penafiel (2-2)Trofense x Portimonense (3-1)Belenenses x Sp. Covilhã (0-0)Naval x Arouca (0-0)Moreirense x Santa Clara (2-0)14

.ª JO

R. 08

.01.12

Arouca x Estoril (dia 14, 11h15, Sport Tv1)

Santa Clara x Naval (dia 14, 15h00)

Portimonense x U. Madeira (dia 14, 15h00)

Sp Covilhã x Moreirense (15h00, Sport Tv1)

Leixões x Belenenses (15h00)

D. Aves x Trofense (15h00)

Penafiel x Freamunde (15h30)

Atlético x Oliveirense (dia 16, 15h00)15.ª

JOR.

15.01

.12

13.ª

J. 08.0

1.12

federação portuguesa de futebol

II Divisão BSUL

Moura x Reguengos (0-3)Monsanto x Louletano (1-2)Carregado x Fátima (3-1)Sertanense x Pinhalnovense (4-2)Torreense x Juv. Évora (2-1)Tourizense x Mafra (1-0)Oriental x Caldas (5-0)1.º Dezembro x Vendas Novas (1-1)14

.ª JO

R. 08

.01.12

Equipa J V E D Pts1.º Oriental 14 9 3 2 302.º Torreense 14 8 4 2 283.º Carregado 14 7 4 3 254.º Pinhalnovense 14 8 1 5 255.º Fátima 14 7 3 4 246.º Vendas Novas 14 7 3 4 247.º Louletano 14 6 4 4 228.º Sertanense 14 6 3 5 219.º Mafra 14 4 7 3 1910.º 1.º Dezembro 14 4 4 6 1611.º Moura 14 4 3 7 1512.º Tourizense 14 3 5 6 1413.º Reguengos 14 3 4 7 1314.º Monsanto 14 2 6 6 1215.º Juv. Évora 14 3 2 9 1116.º Caldas 13 2 2 9 8

Reguengos x Monsanto (todos às 15h00)

Louletano x CarregadoFátima x SertanensePinhalnovense x TorreenseJuv. Évora x TourizenseMafra x OrientalCaldas x 1.º DezembroVendas Novas x Moura15

.ª JO

R. 15

.01.12

federação portuguesa de futebol

III Divisão série D

Marinhense x Sp. Pombal (3-0)Beneditense x Peniche (0-0)Riachense x B.C. Branco (0-3)Sourense x Tocha (0-0)Pampilhosa x Alcobaça (1-0)Folgou: Bombarralense

Equipa J V E D Pts1.º B.C. Branco 12 6 4 2 222.º Pampilhosa 12 7 1 4 223.º Sp. Pombal 12 6 3 3 214.º Tocha 12 5 4 3 195.º Sourense 12 4 6 2 186.º Beneditense 12 3 8 1 177.º Marinhense 12 5 2 5 178.º Peniche 12 3 6 3 159.º Alcobaça 12 2 5 4 1110.º Bombarralense 11 0 6 5 611.º Riachense 12 0 3 9 3

B.C. Branco x PenicheTocha x RiachenseMarinhense x SourenseAlcobaça x Sp. PombalBombarralense x PampilhosaFolga: Beneditense14

.ª J. 1

5.01.1

2

associação de futebol de leiria

HONRA

Avelarense x Vieirense (2-1)Meirinhas x Marrazes (3-4)Atouguiense x Fig. Vinhos (2-1)GRAP/Pousos x Ansião (2-0)Portomosense x Alq. Serra (2-3)Nazarenos x Pedroguense (3-0)Guiense x Biblioteca (4-1)Alvaiázere x Pataiense (1-1)12

.ª JO

R. 08

.01.12

Equipa J V E D Pts1.º Alq. Serra 12 10 1 1 312.º Guiense 12 8 2 2 263.º Portomosense 12 7 2 3 234.º Nazarenos 12 6 4 2 225.º GRAP/Pousso 12 7 1 4 226.º Pataiense 12 6 4 2 227.º Atouguiense 12 6 3 3 218.º Marrazes 12 4 4 4 169.º Alvaiázere 12 4 3 5 1510.º Vieirense 12 3 5 4 1411.º Avelarense 12 3 3 6 1212.º Fig. Vinhos 12 3 3 6 1213.º Meirinhas 12 2 5 5 1114.º Biblioteca 12 1 5 6 815.º Ansião 12 1 2 9 516.º Pedroguense 12 1 1 10 4

Biblioteca x Alvaiázere (todos às 15h00)

Alq. Serra x GRAP/PousosFig. Vinhos x NazarenosMeirinhas x AtouguienseMarrazes x PataiensePedroguense x AvelarenseVieirense x PortomosenseAnsião x Guiense13

.ª JO

R. 15

.01.12

Alegre e Unido x Ranha (4-1)Boavista x Mata Mourisquense (1-0)Moita do Boi x Arcuda (5-1)Castanheira de Pêra x Pelariga (0-5)Pousaflores x Caseirinhos (7-2)Ilha x Motor Clube (0-2)10

.ª J.0

8.01.1

2

Equipa J V E D Pts1.º Lisboa Marinha 9 9 0 0 272.º Outeirense 9 6 2 1 203.º Gaeirense 9 5 2 2 174.º Juncalense 9 5 0 4 155.º Pilado 9 5 0 4 156.º Praia da Vieira 9 4 1 4 137.º Os Vidreiros 9 4 1 4 138.º Maceirinha 9 2 2 5 89.º Santo Amaro 9 2 2 5 810.º Unidos 10 1 1 8 411.º Nadadouro 9 1 1 7 4

Os Vidreiros x Lisboa e MarinhaJuncalense x NadadouroGaeirense x Santo AmaroMaceirinha x Praia da VieiraPilado x OuteirenseFolga: Unidos11

.ª J.1

5.01.1

2

Lisboa e Marinha x Unidos (3-2)Nadadouro x Os Vidreiros (1-2)Santo Amaro x Juncalense (2-1) Praia da Vieiria x Gaeirense (2-2)Outeirense x Maceirinha (3-1)Folgou: Pilado10

.ª J.0

8.01.1

2

Equipa J V E D1.º Moita do Boi 10 8 1 1 252.º Pelariga 10 7 2 1 233.º Pousaflores 10 7 1 2 224.º Alegre e Unido 9 6 0 3 185.º Boavista 10 6 0 4 186.º Motor Clube 10 5 1 4 167.º Mata Mourisq. 10 3 4 3 138.º Ranha 10 3 1 6 109.º Cast. Pêra 10 3 0 7 910.º Caseirinhos 10 2 0 8 611.º Arcuda 9 1 2 6 512.º Ilha 10 1 2 7 5

Motor Clube x Pousaflores (todos às 15h00)

Caseirinhos x Alegre e UnidoRanha x BoavistaMata Mourisquense x Moita do BoiArcuda x Castanheira de PêraPelariga x Ilha11.ª

J.15.0

1.12

associação de futebol de leiria

I Divisão NORTE

associação de futebol de leiria

I Divisão SUL

FOTOJORNALISMOS

Ricardinho (n.º 10), o melhor atleta do mundo, é um dos 14 convocados para o Europeu

DR/FPF

Futsal | Estágio da selecção nacional

Euro passa em LeiriaRepetir a presença na

final do Campeonato da Europa (31 de Janeiro a 11 de Fevereiro, Zagreb e Split, na Croácia) é o objec-tivo da actual vice-campeã. À selecção nacional não faltam argumentos, desde logo por ter os melhores atletas do planeta. Ricardi-nho é o ‘cabeça de cartaz’, entre um colectivo que irá começar a sua preparação no município de Leiria (16 a 21 de Janeiro).

Tudo começa em Monte Real, dia 16, 12h00, com a concentração no Palace Hotel. Segue-se o Souto da Carpalhosa, onde os comandados pelo seleccio-nador nacional Jorge Braz têm agendados treinos diários (10h00 e 17h00). O Pavilhão Municipal é o cenário escolhido. Haverá ainda lugar a um jogo trei-no, dia 20, 19h00, no Pavi-

lhão da Burinhosa, frente à equipa local.

A segunda fase de pre-paração será ainda em Por-tugal, mais concretamente em Porto Salvo (22 a 28 de Janeiro). A partida para a Croácia está agendada para o dia 29.

Recorde-se que Portugal é a actual vice-campeã, ten-do perdido (2-4) na final do Euro 2010 (Hungria), frente à Espanha.

Rumo à finalÉ uma das selecções

favoritas ao título, porém, o técnico nacional prefere começar por pensar na fase de grupos e nos adversários que lhe couberam em sorte. “Portugal assume, antes de mais, grandes preocupa-ções para o jogo com o Azerbaijão, no imediato, e depois para a partida com a Sérvia. Esse é o nosso foco

principal. E manteremos esta postura [de pensar jogo a jogo] nos quartos-de-final, na meia-final e na final, onde queremos estar. O nosso foco tem de estar no encontro de estreia, esse sim será fundamen-tal. Colocar já o jogo final no cenário não é a minha forma de encarar as coisas”, comentou Jorge Braz, ao site da Federação Portuguesa de Futebol (fpf.pt).

PJ

Guarda-redes convocados: João Benedito (Sporting), Bebé (Benfica) e André Sousa (Académica; ex-Instituto D. João V, Pom-bal). Restantes atletas: Arnaldo Pereira, Bruno Coelho, Gonçalo, Joel Queirós, Marinho e Ricar-dinho (todos do Benfica), Cardinal (CSKA Moscovo, Rússia), Ricardo Fernan-des (Freixieiro), João Ma-tos, Paulinho e Pedro Cary (todos do Sporting).

Três vitórias caseiras depois, a derrota. O Benfica foi melhor que a União, na estreia do “leiriense” Ogu. Foto: João Filipe Matias

Futebol | LeiriaPortugal com “jornada” duplaO “desporto rei” está de regresso ao Estádio Dr. Ma-galhães Pessoa, Leiria, com dois jogos amigáveis entre as selecções nacionais de Sub-20 – masculinos – de Portugal e Eslováquia. No primeiro, realizado dia 10, registou-se um empate (1-1). O segundo está agenda-do para o dia 12, 17h00.

Andebol | LeiriaVitórias na estreiaColégio João de Barros (Pombal) e Juve Lis (Leiria) iniciaram da melhor forma a fase final do campeona-to nacional da 1ª divisão – seniores femininos – ao vencerem, respectivamen-te, JAC – Alcanena (37-17) e Maiastars “B” (21-17). Na 2ª jornada, agendada para o dia 14, destaque para o Colégio João de Barros x C.A. Leça (17h00, Pavilhão das Meirinhas) e o JAC x Juve Lis.

Imediação da igreja de Santo Agostinho, Leiria, tarde de segunda-feira, 9 de Janeiro de 2012.

Com excepção do frio, parecia um dia de Verão, a julgar pela vida dos tran-seuntes na beira do rio Lis, onde o sol dava um brilho e cor especiais à paisagem.

O Inverno que atraves-samos vai-nos prendar com muito sol neste mês de Ja-neiro, um belo motivo para sair de casa e desfrutar da rua. E a beira-rio é sempre uma zona encantadora para se passarem momentos de lazer nesta cidade. Entre a ponte dos Caniços e a reformulada ponte de São Romão, passando pela ponte do Balcão, até às traseiras da imponente igreja de Santo Agostinho, no espaço recriado e inter-vencionado pelo programa Polis, transformaram-se espaços históricos como o museu da antiga fábrica do papel, efectuaram-se melhoramentos nas zonas confrontantes do rio com os passeios, nasceram jar-dins e pontes pedonais.

Crianças e idosos des-frutavam desta tarde sola-renga de Janeiro... os patos a nadarem no rio, as noras em constante movimento pela força das águas, ao lado do lódão-bastardo e dos plátanos, com a Senho-ra da Encarnação à espreita para o imenso vale. Lia-se nos bancos do jardim, avós brincavam com os netos, namorava-se, andava-se de bicicleta, passeavam-se os cães e praticava-se desporto. Tanta actividade para esta tarde, incluindo

também o recolhimento para os momentos de ora-ção que alguns aproveitam para fazer no templo que evoca Santo Agostinho.

Nas imediações, algum comércio desenvolve as suas actividades, ladeado de edifícios em ruínas, no final da encosta da Senhora da Encarnação. O largo que evoca os combatentes da Grande Guerra canaliza o trânsito das avenidas Mar-quês de Pombal e Senhora de Fátima, fazendo com que flua para o centro de Leiria ou para as suas imediações, e afastando-o da calma des-ta beira-rio dos Caniços a Santo Agostinho.

Misturando-se com o som dos passarinhos que povoam as árvores deste curso de água, outrora navegável e que servia de subsistência para muitas fa-mílias leirienses, ouvem-se outros sons de felicidade. A corrida e os sorrisos estri-dentes das crianças são prenúncio para tornar esta e outras zonas do percurso do Lis em locais que pode-

riam ser dotados de muito mais do que bares criados para atrair frequentadores de café. Com as conclusões dos trabalhos da Polis em 2004, alguns atractivos turísticos existem, mas faltou um programa que capte mais turistas, que faça do rio um motivo de visita e de lazer. Talvez pu-desse ajudar para evitar a anunciada falência técnica da Entidade de Turismo de Leiria-Fátima..

O turismo desta região não pode ser apenas cons-tituído por praias, grutas, termas, monumentos classificados ou destinos religiosos. A natureza, o seu verde e todos os res-tantes elementos que a constituem, mesmo inter-vencionadas pelo homem, são um dos principais atractivos para concentrar massas de visitantes nas cidades, para além do co-mércio e ofertas culturais. Algo ficou por fazer nesta cidade, despovoada de tran-seuntes do exterior.

Em Leiria e nas restan-

tes cidades de Portugal, o clima até é bem favorável ao turismo. Se temos condi-ções climatéricas, paisagem e alternativas culturais, já para não falar do Castelo que é o ex-líbris da cidade, quando será criado um roteiro turístico de Leiria, que valorize e concentre os visitantes no interior da cidade?

Num percurso de sensí-velmente quatro quilóme-tros de beira-rio, existem muitos atractivos de grande interesse e outros poderão ser criados. De São Romão ao Arrabalde da Ponte, o rio Lis e todos os elemen-tos que o constituem, integrados num plano turístico eficiente, podem captar mais esse turismo. Logo, mais investimento e consumo para a região, fomentando a economia local. Assim, um novo postal da cidade de Leiria poderia ser produzido para a posterioridade.

Texto e fotos: Joaquim Santos

12JANEIRO2012ÚLTIMA As viagens são, na juventude, uma parte da educação e, na velhice, uma parte da experiência. Francis Bacon, filósofo [1561-1626]

Olhar sobre o imenso vale da igreja de Santo Agostinho

O rio Lis poderia atrair turismoAdlei faz “lembranças” ao presidente da CâmaraRecordatória de prioridades

A direção da ADLEI – Associação para o Desenvolvi-mento de Leiria apresentou a Raul Castro, presidente da Câmara Municipal, em reunião do dia 6 de Janeiro, um conjunto de “lembranças” que são para a instituição “o enunciado das necessidades prioritárias da popula-ção”. E são elas:

“1.Criar um sistema de tele-assistência para as pessoas idosas; 2. Manter a exigência do reforço de segurança de proximidade por agentes policiais nas zonas críticas da cidade; 3. Promover a participação dos jovens com a constituição de um Conselho Municipal da Juventude; 4.Concluir e aprovar o Plano de Porme-nor do Centro Histórico e desenvolver um programa de Reabilitação do Centro Histórico com iniciativas calendarizadas para os próximos anos; 5.Criar as con-dições para a instalação da Loja do Cidadão no centro da cidade; 6.Monitorizar o estacionamento no centro da cidade – manutenção regular dos parquímetros e diminuir o preço do estacionamento; 7.Reestruturar a rede de transportes públicos locais de forma a tornar Leiria um concelho mais acessível e com maior mo-bilidade e amigo do Ambiente; 8.Assumir uma maior intervenção e liderança da manutenção da linha do Oeste de passageiros, da sua modernização e melhorar a ligação à cidade através dos transportes rodoviários; 9.Avaliar o impacto da construção de um sistema de acesso mecânico ao Castelo de Leiria; 10.Controlar os sistemas de recolha e tratamento adequado de todos os efluentes agro-industriais e dar imediata prioridade à despoluição suinícola; 11.Melhorar a qualidade das atividades de enriquecimento curricular no 1ºciclo; 12. Melhorar a utilização das infra-estruturas culturais e desportivas e potenciar o seu aproveitamento pelas freguesias.”

Raul Castro recebeu secretário de EstadoCâmara de Leiria “pede” dois lotes de terreno ao Governo

O secretário de Estado da Administração Patrimo-nial e Equipamento do Ministério da Justiça, Fernando Santo, foi recebido no dia 4 de Janeiro na Câmara Muni-cipal de Leiria, onde participou numa reunião de traba-lho com o presidente e os vereadores da autarquia.

Durante o encontro, Raul Castro pediu ao secretário de Estado a cedência de duas parcelas de terrenos do Estabelecimento Prisional de Leiria: uma para o Muni-cípio fazer um centro educativo e um parque de lazer e outra para o Instituto Politécnico de Leiria eventual-mente construir mais residências para estudantes.

A resposta foi que a área solicitada era “considera-da excessiva”, pelo que o executivo leiriense ficou de remeter uma nova proposta ao governante.

Após a reunião, o presidente do Município acompa-nhou Fernando Santo numa visita aos diversos serviços do Ministério da Justiça situados nesta cidade.