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FUNDADO EM 1914 ANO 98 - N.º 4895 FUNDADOR: José Ferreira Lacerda DIRECTOR: Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt 2 FEVEREIRO 2012 DESTAQUE DOCUMENTO P. 8 CULTURA Novo projecto da SAMP| P. 4 “Coro do Tempo Bem Empregue” é um convite aos desempregados Banda Portomesense | P. 5 “Bandánima” e “Bandálarga” em Porto de Mós SOCIEDADE Associações Humanitárias de Pedrógão Grande, Bombarral e Porto de Mós | P. 7 “Quartel Electrão” dá prémios de 1500 euros a bombeiros Lions Clube de Leiria | P. 7 Tenda para a Cruz Vermelha de Leiria Ano de comemorações | Últ. 500 anos unem Paróquia e Freguesia da Batalha ECLESIAL Visita Pastoral | P. 9 Paróquia da Bidoeira ouve apelo do Bispo à renovação da “fé e da caridade” Dois turnos na Guarda | P. 11 Clero de Leiria em formação sobre a Mensagem de Fátima “Laudate” na internet | P. 11 www.canticos.org oferece materiais de música litúrgica Festival Canção Jovem | P. 12 “Brilhe a vossa luz diante dos homens” DR No próximo domingo, 5 de Fevereiro, a Igreja portuguesa volta a atenção para a Universidade Católica. É uma escola com identidade própria, portadora de uma visão cristã do mundo e do homem, a partir da qual pretende contribuir para a defesa e o desenvolvimento da pessoa humana e do seu património cultural, mediante a investigação, o ensino e os serviços prestados. A ideia de lhe dedicar um dia visa sensibilizar os católicos para a acarinharem, rezando, reflectindo e ajudando economicamente. Um desafio que nem sempre é compreendido e aceite de ânimo leve. Páginas 2 e 3

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O Mensageiro (O Mais Antigo Semanário do Distrito de Leiria): Edição de 2 de Fevereiro de 2012 (N.º 4895).

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FUNDADO EM 1914

ANO 98 - N.º 4895

FUNDADOR: José Ferreira LacerdaDIRECTOR: Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

2 FEVEREIRO 2012

DESTAQUE

DOCUMENTO

P. 8

CULTURA

Novo projecto da SAMP| P. 4

“Coro do Tempo Bem Empregue” é um convite aos desempregados

Banda Portomesense | P. 5

“Bandánima”e “Bandálarga”em Porto de Mós

SOCIEDADE

Associações Humanitárias de Pedrógão Grande, Bombarral e Porto de Mós | P. 7

“Quartel Electrão” dá prémios de 1500 euros a bombeiros

Lions Clube de Leiria | P. 7

Tenda para a Cruz Vermelha de Leiria

Ano de comemorações | Últ.

500 anos unem Paróquia e Freguesia da Batalha

ECLESIAL

Visita Pastoral | P. 9

Paróquia da Bidoeiraouve apelo do Bispo à renovação da“fé e da caridade”

Dois turnos na Guarda | P. 11

Clero de Leiria em formação sobre a Mensagem de Fátima

“Laudate” na internet | P. 11

www.canticos.org oferece materiaisde música litúrgica

Festival Canção Jovem | P. 12

“Brilhe a vossa luz diante dos homens”DR

No próximo domingo, 5 de Fevereiro, a Igreja portuguesa volta a atenção para a Universidade Católica. É uma escola com identidade própria, portadora de uma visão cristã do mundo e do homem, a partir da qual pretende contribuir para a defesa e o desenvolvimento da pessoa humana e do seu património cultural, mediante a investigação, o ensino e os serviços prestados. A ideia de lhe dedicar um dia visa sensibilizar os católicos para a acarinharem, rezando, reflectindo e ajudando economicamente. Um desafio que nem sempre é compreendido e aceite de ânimo leve. Páginas 2 e 3

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DESTAQUE2 O Mensageiro2.Fevereiro.2012

EDITORIAL

Rui [email protected]

EDITORIAL

Em nome da razão

Neste domingo, 5 de Fevereiro, a Igreja Portuguesa volta a atenção para a Universidade Católica Portuguesa. A ideia de dedicar um dia a esta instituição, prende-se com a necessidade de os católicos acarinharem a mesma, rezando, reflectindo, acarinhando e ajudando economi-camente. Um desafio que por vezes não é com-preendido nem aceite de ânimo leve.

De facto, perguntam-se os mesmos católi-cos, porque razão deverão apoiar uma institui-ção que goza de personalidade jurídica e que ao ser definida de utilidade pública, goza de direitos e apoios que põem em causa o apoio restrito da Igreja, nomeadamente dos católicos?! A pergunta anda pelo ar e um certo desdém, para não dizer desconfiança, também se faz no-tar. Sem querer fazer a apologia do valor e da utilidade da UCP, parece-me que importa apelar para o interesse pela instituição, mais ainda na actual conjuntura social. De facto, vivemos ago-ra num tempo em que o diálogo com a cultura

é cada vez mais urgente e necessário. Os ataques à igreja fazem-se actual-mente por esta via, ou seja, o mundo cultural, cientifico é o caminho escolhido pelas corren-tes do ateísmo que pre-tende dominar a Europa e o mundo. A ausência da Igreja no campo da cultura, significa cada vez mais, uma perda de espaço e um passo mais

na direcção do abismo. Acresce ainda que em Portugal concreta-

mente, e recordamos os desafios de Bento XVI aos bispos portugueses a quando da visita ad limina, é cada vez mais urgente uma visão ra-cional, mais cientifica e cultural da fé. Domina muito o preconceito da fé como alienação dos estratos mais baixos da sociedade. A forte com-ponente de religiosidade popular, com que se fazem muitas manifestações da fé nas nossas comunidades, contribui para uma tal visão.

Dai que nos parece importante dotar a fé de uma linguagem e um substracto racional que sejam cada vez mais capazes de estar ao nível e à altura dos ataques que vêem de fora. Importa mostrar que a fé é uma libertação, também para os ditos espíritos elevados, e não apenas uma coisa de “gente pobre e pequena”.

Instituições, como a Universidade católica, devem estar na linha da frente para este emba-te. E por essa razão devem merecer o carinho, o apoio e a ajuda dos católicos. Na semana em que celebramos o dia da universidade católica portuguesa O Mensageiro recorda a instituição e apresenta alguns dados na expectativa de que os leitores possam olhar de modo renovado para ela.

É cada vez mais urgente uma

visão racional, mais cientifica

e cultural da fé. Domina muito o

preconceito da fé como alienação

dos estratos mais baixos da

sociedade

O Dia Nacional da UCP celebra-se, como habitual-mente, no primeiro Domingo de Fevereiro, este ano sob o lema: “UCP: Um projecto da Igreja com 45 anos”. A sessão académica realiza-se no dia 3 de Fevereiro, às 16.30h, no Auditório Cardeal Medeiros (Edifício da Biblioteca João Paulo II), em Lisboa, e será presidida pelo Magno Chan-celer, D. José Policarpo. Toda a comunidade académica é convidada a participar neste acto.

A Universidade Católica Portuguesa (UCP) foi um pro-jecto antigo da Conferência Episcopal Portuguesa, inicia-do em 1967 (reconhecimento oficial em 1971). É a primeira universidade portuguesa mo-derna que não foi instituída pelo Estado mas sim pela Igreja católica, ao abrigo da Concordata de 1940 entre o Governo português e a Santa Sé. Desde então tem dado um contributo significativo para o desenvolvimento do ensino superior em Portugal. A nova Concordata de 2004 reconhece expressamente, no seu artº 21º, a «especificidade institucional» da Universida-de Católica Portuguesa. É re-conhecida pelo Estado como instituição universitária livre, autónoma e de utilidade pú-

blica.Desde logo se firmou ao

longo do tempo pela qua-lidade do seu ensino, pela exigência da sua formação, pelo prestígio dos seus pro-fessores, pelos importantes quadros dirigentes que for-mou, que se afirmam não apenas no país mas também no estrangeiro. A estrutura da UCP é regional. Embora a Universidade seja uma só, compõem-na quatro grandes centros, Beiras, Braga, Lisboa e Porto. Lisboa é a sede da Universidade. Tem ainda um Instituto em Macau.

Distribuída por 15 uni-dades básicas, oferece ac-tualmente 47 licenciaturas, mais de quatro dezenas de Pós-Graduações, Mestrados e Doutoramentos, frequen-tadas por 12.000 alunos e nas quais ensinam cerca de 1.000 professores.

O ensino na UCP - que, em 40 anos de existência, conce-deu graus a mais de 20.000 alunos - procura aliar exce-lência académica e formação para os valores. A Universida-de Católica Portuguesa é uma Universidade com identidade própria, portadora de uma visão cristã do mundo e do homem, que se reclama de valores que decorrem dessa mundividência. Constitui

uma comunidade académica que contribui para a defesa e o desenvolvimento da pessoa humana e do seu património cultural mediante a investi-gação, o ensino e os serviços prestados. Uma presença no mundo universitário português que se caracteriza por uma visão cristã do ho-mem, dando um contributo específico ao conjunto dos conhecimentos.

Os cursos ministrados pela UCP e os graus que con-fere (licenciatura, mestrado e doutoramento) têm o mesmo valor e produzem os mesmos efeitos que os das Universi-dades estatais (Decreto-Lei nº 128/90). No quadro da avalia-ção de qualidade conduzida pela Fundação das Univer-sidades Portuguesas (FUP), os cursos de licenciatura da UCP têm sido regularmente submetidos a auto-avaliações e a avaliações externas.

A partir de 2006/07 entrou em funcionamento o novo modelo de organização das formações, com licenciaturas (primeiro ciclo) de 180 crédi-tos (ECTS) e duração normal de 3 anos para a maioria dos cursos. As principais excepções são os cursos de Teologia, Direito, Arquitec-tura e Medicina Dentária por exigência das profissões para

que preparam.A oferta de cursos de

especialização e mestrados aumentou consideravelmen-te nos últimos anos, distri-buindo-se pela maior parte das áreas em que existem licenciaturas. O número de alunos neste nível era de cerca de 4.300 em Dezembro de 2011.

Ao longo destes 45 anos a vida da Universidade tem sido gratificante, os números falam por si: Alunos de licen-ciatura em 2010/11: 7.098; Alunos de 2º e 3º ciclos em 2010/11: 5.002; Docentes em 31/12/2010: 1.411; Funcio-nários em 01/10/2010: 560; Graus atribuídos em 2010: 2.307; Graus atribuídos 1967-2010: 32.314

A Universidade concede o grau de doutor nas áreas que cultiva, sendo de cerca de centena e meia o número de doutorados pelas diversas unidades.

A partir de 2003/04 come-çaram a ser leccionados Pro-gramas de doutoramento de modelo anglo-saxónico, com uma parte curricular.

Têm tido grande sucesso os cursos para executivos lançados nos últimos anos pelas Faculdades de Ciências Económicas e Empresariais | Católica-Lisbon Scholl of Bu-

Dia Nacional da UCP - 5 de Fevereiro

“UCP: Um projecto da Igreja com 45 anos”

DR

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3O Mensageiro2.Fevereiro.2012ro.2011 DESTAQUE

siness & Economics, de Eco-nomia e Gestão e de Direito em Lisboa e no Porto.

O regime de ensino é presencial e diurno, salva-guardada a possibilidade de regimes especiais, como é o caso dos estudantes-traba-lhadores (Regulamento dos trabalhadores-estudantes).

Dado que as pós-gradu-ações e cursos para executi-vos se destinam em geral a pessoas com actividade pro-fissional, procura-se que a leccionação decorra ao fim do dia e aos sábados.

As actividades de ensi-no aberto e a distância e

as acções de formação que utilizam as novas tecnolo-gias de informação e comu-nicação são cada dia mais importantes. Iniciaram-se em 1994 na UCP com o programa DISLOGO.

O Instituto de Educa-ção, actual Faculdade de Educação e Psicologia, em parceria com o IEFD, já realizou várias edições do mestrado em Ciências da Educação - Especialização em Informática Educacio-nal, destinado a formado-res, em regime de ensino a distância. Também a Facul-dade de Teologia tem vindo

a desenvolver com sucesso cursos neste regime, como por ex. o Mestrado em Ciências Religiosas. Área “Património Religioso e Transmissão Cultural” .

Actualmente, em Lis-boa, os cursos de Filosofia e Língua Gestual Portuguesa são ministrados em regime de B-Learning.

A UCP insere-se no con-junto da missão da Igreja, enquanto serviço específi-co à comunidade eclesial e humana.

Compete-lhe particular-mente:

O incremento da cul-

tura como instrumento da realização integral do homem, inspirada nos va-lores cristãos;

A promoção da investi-gação e do ensino superior, no domínio das ciências sagradas e no das ciências humanas e exactas, para enriquecimento mútuo das várias disciplinas, numa perspectiva de integração e de síntese do saber com a doutrina católica, promo-vendo continuamente o di-álogo entre a fé e a razão;

A formação dos que serão chamados a exercer serviços específicos na

Igreja; A preparação de qua-

dros para a sociedade; A criação de uma

autêntica comunidade universitária alicerçada nos princípios da verdade e do respeito pela pessoa humana;

A inserção na realidade portuguesa mediante o es-tudo dos seus problemas e a promoção dos valores culturais da comunidade nacional;

Procurando estar, na medida das suas possibili-dades, na vanguarda do pro-gresso científico e técnico,

a Universidade deve pautar a sua actividade científica, docente e pedagógica por um elevado nível de qua-lidade.

“Centro de produção e de comunicação de saberes, ela (a UCP) é lugar de debate dialogante, de aceitação das diferenças, de proposta cla-ra de uma perspectiva espe-cífica. Precisa, para exercer essa missão, de ter o rigor da ciência e o horizonte rasgado da cultura, não favorecendo sincretismos, mas a harmonia da abertura à pluralidade.

13 de Outubro de 1967. Pelo Decreto Lusitanorum Nobilissima Gens, a Con-gregação Romana da Edu-cação Católica dá início à Universidade Católica Portuguesa.

A primeira Faculdade é a Faculdade de Filosofia de Braga já em funcionamento naquela cidade desde 1947. No ano seguinte abre, em Lisboa, a Faculdade de Teologia.

15 de Julho de 1971. O Estado reconhece ofi-cialmente a Universidade Católica Portuguesa como pessoa colectiva de utili-dade pública tendo por finalidade, entre outras, a de “ministrar o ensino de nível superior em paralelo com as restantes Universi-dades Portuguesas” (Decre-to-Lei nº 307/71). O Decre-to Humanam Eruditionem institui canonicamente a Universidade Católica Portuguesa.

Culmina um processo, iniciado décadas antes sob a égide do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gon-çalves Cerejeira .

A Igreja portuguesa tem uma universidade cuja missão de ensino e investigação será comple-tada por uma perspectiva de formação integral inspi-rada nos valores cristãos. À semelhança de numerosos países europeus, da Amé-rica do Norte e do Sul, da Ásia e da Austrália, tam-bém em Portugal passa a existir uma Universidade Católica.

Às Faculdades de Filo-sofia e de Teologia junta-se em 1972 a Faculdade de Ciências Humanas. Estas últimas ficam instaladas em Lisboa, num edifício construído junto à cidade universitária e inserido num campus actualmente conhecido como campus de Palma de Cima, onde se situa a sede da Univer-sidade. Aí funciona a Rei-toria desde a nomeação do primeiro Reitor, em 1972, o Prof. Doutor José Bacelar e Oliveira, filósofo e jesuíta, que guiou a Universidade durante vinte anos.

O primeiro curso da Faculdade de Ciências Hu-manas - que foi também o primeiro curso de Gestão do país - foi a licenciatura em Ciências Empresariais, mais tarde denominada Administração e Gestão de Empresas. Seguiu-se-lhe o curso de Economia (1974) e o de Direito (1976).

Ia começar uma nova época na história do en-sino superior em Portugal. O crescimento exponencial da procura na década de oi-tenta levou à abertura, em todo o país, de numerosas universidades tanto esta-tais, como particulares e cooperativas.

A UCP é solicitada pelas igrejas locais e pelas comu-nidades de várias cidades do país para aí se instalar.

A Braga e a Lisboa su-cedem-se o Porto (1978), Viseu (1980), Leiria, Figueira da Foz (1991) e Sintra (1999). Cursos pontuais, em regime de extensão, já foram ou são actualmente ministrados em Vila Real, em Viana do Castelo, no Funchal e nos Açores. Nesta expansão a Universidade tem procu-rado servir necessidades regionais, levando o ensino universitário até onde ele ainda não existia - em Vi-

seu, no Funchal, em Leiria, em Caldas da Rainha, em Sintra. - ou propondo no-vas áreas - Escola Superior de Biotecnologia e Escola das Artes (Porto), Estudos Europeus.

Desenvolvem-se pro-gressivamente recursos e equipamentos, em parti-cular, as bibliotecas.

Em 1987, nos 20 anos da UCP, é inaugurada, em Lisboa, a Biblioteca Univer-sitária João Paulo II, cuja Primeira Pedra havia sido benzida pelo Papa na sua visita à Universidade em 14 de Maio de 1982. Os cen-tros de Braga, Porto e Viseu serão igualmente dotados de edifícios construídos de raiz para esse fim.

Para corresponder às profundas mudanças no ensino superior e à expan-são geográfica da Universi-dade torna-se necessária nova legislação tanto ex-terna como interna.

Assim, em 1990, é publicado o Decreto-Lei nº 128/90, que constitui o actual enquadramento legal da UCP.

Segue-se, em 1 de No-vembro de 1993, durante o segundo mandato do se-gundo Reitor, Prof. Doutor D. José da Cruz Policarpo, a promulgação de novos Es-tatutos - os primeiros data-vam de 1979 - que integram novas disposições da Santa Sé sobre as universidades católicas e as faculdades de Teologia contidas nas constituições apostólicas Ex Corde Ecclesiae e Sa-pientia Christiana. Consa-gram também a existência de Centros Regionais e a respectiva forma de orga-nização e administração.

Por decretos do então Magno Chanceler, D. António Ribeiro, Carde-al-Patriarca de Lisboa, são instituídos o Centro Regional das Beiras, com sede em Viseu e Pólos em Leiria e na Figueira da Foz (4 de Dezembro de 1993), e o Centro Regional do Porto, com os seus pólos da Foz e da Asprela (20 de Setembro de 1994).

O Centro Regional de Braga, englobando a mais antiga Faculdade da UCP, um núcleo da Faculdade de Teologia e a actual Faculda-de de Ciências Sociais, data de 1999.

Consciente das novas necessidades de formação do País, a UCP, principal-mente a partir da década de noventa, alarga as

suas tradicionais áreas de ensino.

Lança, por um lado, cursos de ciências e tec-nologia, arquitectura, medicina dentária e enge-nharia, inseridos em novas unidades: Escola Superior de Ciências e Tecnologia (1996), Faculdade de Enge-nharia (1999). Esta última está sediada no segundo campus de Lisboa, situado no Concelho de Sintra e, dada a sua dimensão - 32 ha.-, poderá acolher os futuros desenvolvimentos deste Centro.

Por outro lado, cria a Escola de Pós-Graduação na Faculdade de Ciências Económicas e Empresa-riais (1991), sendo uma das primeiras universidades a oferecer MBAs e mestrados e a avançar para a forma-ção contínua com os cursos para executivos.

Na perspectiva do pro-jecto de desenvolvimento da Universidade no domí-nio das Ciências da Saúde, foi criado, em 20 de Janei-ro de 2004, o Instituto de Ciências da Saúde com sede em Lisboa e núcleos em vários Centros, que passou também, em 2006, a incluir uma Escola Supe-rior Politécnica de Saúde, cuja actividade principal se situa actualmente na área da enfermagem em resultado da integração das Escolas Superiores de Enfermagem de S. Vicente de Paulo em Lisboa e da Imaculada Conceição no Porto.

História | Um projecto sempre em desenvolvimento

DR

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CULTURA4 O Mensageiro2.Fevereiro.2012

CINEMASTeatro José Lúcio da Silva (Leiria)• O GATO DAS BOTAS | Animação | de Chris Miller | 12 de Fevereiro, 15h30Teatro Miguel Franco (Leria)• UIVO | Drama | de Rob Epstein, Jeffrey Friedman | c/ James Franco, David

Strathairn, Jon Hamm, Bob Balaban | 5 de Fevereiro, 21h30, 6 de Feverei-ro, 21h30, 7 de Fevereiro, 21h30 e 8 de Fevereiro às 18h30 e 21h30

EXPOSIÇÕESTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”utopia azul” - o olhar da criança voltado para o futuro (4~25/02)m|i|mo -Museu da Imagem em Movimento - Leiria•”Da suspensão do tempo e outros registos” - foto. e escultura (~29/2)•”Zona Letal, Espaço Vital” - arte contemporânea (~14/04)•”Oficna do Olhar” - exposição permanenteEdifício Paços do Concelho - Leiria•”As invasões francesas” - painés e vídeo (~31/03)Edifício Banco de Portugal - Leiria•”Do princípio ao fim” - joalharia contemporânea e pintura (4/2~31/3)Fórum Fnac - Leria•”Um dia pergunto o teu nome” - fotografia de Cátia Alves (~20/02)Casa-Museu João Soares - Cortes•”A República” - colecção de António Pedro Vicente (-29/02)Museu Joaquim Correia - Marinha Grande•”Retratos” (3ªs~6ªs)•”Mulher, cavalo e árvore” - desenho de Carlos Reys (3ª~sábados)•”O 18 de Janeiro de 1934” (14/01~25/02)Galeria Paços do Concelho - Tomar• Desenho de Manuel Baptista (~31/03)

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Do amor e dos dias” - música de Camané (3/02, 21h30)Teatro Miguel Franco - Leiria•”1º trupe de teatro juvenil de Leiria”- curso (2,9,16 e 23/2, 17h30~20h)•”A nossa música tocada por uma orquestra de estranhos” (3/2, 21h30)Sala Jaime Salazar Sampaio - Leiria•”As peúgas” - comédia de (maus) costumes (4, 11 e 25/02, 22h00)•”Dos pequenos gestus”- teatro a partir da infância (5 e 26, 11h e 11/2, 16h)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”O baile de máscaras da Miffy” - conto (3, 8, 17 e 22/2, 10h30 e 14h30)•”Eu visito a biblioteca” - animação infantil (6, 13, 20 e 27/2, 10h00)•”Contos e cantigas” - hora do conto (25/02, 16h00)m|i|mo - Muse da Imagem em Movimento - Leiria•”Oficina de cianotipia” (2, 9, 16 e 23/02, 10h00 e 14h30 e 11/02, 15h00)•”Mimo dramático” - animação infantil (4, 11, 18 e 25/2, 10h30~12h30)•”Momentos luminosos” - movimento e luz (4/02, 15h00)•”Câmara obscura” (7, 14 e 28/02, 10h00 e 14h30)•”Atelier de som, poesia e desenho” (7, 14 e 28/02, 10h00 e 15h00)•”Às quartas, danças e outros” - dança (8 e 29/02, 15h30)• Teatro de sombras e oficinas criativas (3ªs~6ªs)Moinho de Papel - Leiria•“Viagem à Fábrica do papel (3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)•“Fazer farinha e transforma-lá em pão” (3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)•“Queres pintar? Vai ao moinho vai...” (3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)•“O saber de mão em mão” (3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)•“A dobrar a dobrar no moinho vais criar” (3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)•“O meu caderno” ((3ªs~6ªs, 10h00 e 14h30)Casa-Museu João Soares - Cortes•“Tardes na casa-museu João Soares” (8 e 22/02, 14h30~15h30)Biblioteca Municipal - Marinha Grande•”O tigre xadrez” - hora do conto (3ªs, 11h00 e 5ªs, 15h00)•”As aventuras de Moby Dick” - filme (8/01, 15h30)Arquivo Municipal - Marinha Grande•”Ciclone de 1941” - apontamento documental (~29/01, 8h30~17h30)Quartes dos Bombeiros - Vieira de Leiria•Aniversário dos Bombeiros Voluntários (4 e 5/01)

A Oraçãodo CoraçãoChristophe-Marie Bau-douinPaulus

Existe uma forma de oração muito particular, comparável a uma pedra preciosa, a pérola do Reino dos Céus, que tem um nome: é a “oração de Jesus” ou “oração do cora-ção”, fonte por excelência da elaboração da espiri-tualidade do Oriente. A oração do coração nasceu de uma procura da oração incessante, através da qual o Homem aspira de todo o seu ser a manter-se unido ao seu Criador e Senhor. Esta busca dos Padres do Deserto foi uma busca levada a cabo e estimulada por séculos de monaquismo, e que acabou por chegar até nós, atravessando as vicissitudes do tempo; e é hoje a nossa busca. A obra referência desta tendência é O Peregrino Russo. A oração do cora-ção é uma solução para rezar incessantemente num mundo em agita-ção constante, que nos impede de atingir a nossa verdadeira profundidade, onde reside a paz.

ABC das Igrejas e dasConfissões CristãsGiovanni CeretiPaulus

Este novo livro da colecção ABC aborda temáticas relacionadas com as diferentes Igre-jas e confissões com bases cristãs. Apresenta um panorama histórico desde o início do Cristia-nismo, apontando para os elementos comuns de todas as Igrejas cristãs e para os diversos cismas que foram acontecendo ao longo dos séculos. Assim, numa organiza-ção temática ordenada por ordem alfabética, podemos encontrar ar-tigos que nos ajudam a entender melhor a Igreja Católica, as suas origens e ritos diversos, bem como o fundamental sobre a Igreja Ortodoxa bizantina e as Igrejas Ortodoxas orientais, as Igrejas e as confissões cristãs nascidas no sulco da Reforma protestante. Uma história feita de riqueza e diversidade, mas também reflexo de caminhos de pecado e de graça, na busca da comu-nhão com Cristo.

A Casa de Deus – do templo à comunidade

Texto: Roberta TavernaIlustra.: Michela AmeliPaulus

Este é mais um des-dobrável da colecção “Mapas bíblicos para a catequese”, da editora Paulus. Numa única grande folha, frente e verso, são apresentados diversos elementos referentes ao Templo de Jerusalém, a Casa de Deus de que tanto ouvimos falar nas leitu-ras da Bíblia. Apresenta elementos históricos que ajudam a compreender como era aquele espaço sagrado, o que fez e disse Jesus acerca do Templo, como foi a relação dos primeiros cristãos com o Templo judaico, de que forma ele influenciou os símbolos da Igreja e qual a sua importância actual no contexto dos lugares sagrados, bem como outras curiosidades históricas. Tem ainda su-gestões para um trabalho em grupos, à descoberta do Templo e das nossas igrejas actuais. Em for-mato gigante, apresenta um mapa descritivo do original Templo de Je-rusalém.

Manualpara AcólitosDiego Nicolás P. MottaPaulus

O acolitado é um ser-viço presente na Igreja que consiste em ajudar o sacerdote durante as celebrações litúrgicas, principalmente na Eucaristia. Atractivo e completo, este livro total-mente ilustrado serve de manual para as crianças que desejam tornar-se acólitos (coroinhas). Pode servir como um subsídio para a prepara-ção dos futuros acólitos, podendo ser apresentado às paróquias como um manual, ou mesmo como um livro de consulta para os que já são acólitos, pois apresenta todas as temáticas necessárias para bem desempenhar esta função. Serve ainda como uma introdução à liturgia, podendo ser indicado mesmo para a catequese e paróquias. Além de explicar o sig-nificado dos objectos litúrgicos, aprofunda o sentido deste serviço e as possíveis dificul-dades que este possa apresentar.

Os Místicosdas ReligiõesJosé Luis Vázquez BorauPaulus

Dando seguimento à colecção “Religiões”, o presente livro aborda a temática do misticismo nas diferentes religiões, com exemplos concretos de modelos de fé e vida. Este livro dirige-se ao público em geral, visto que se debruça sobre um tema transversal que a todos interessa. As re-ligiões são indissociáveis da condição humana, acompanhando-a desde os seus primórdios, sem nunca a deixar só. Qual-quer estudioso desta matéria, mas também qualquer curioso sobre este assunto, tem aqui uma excelente base para começar, ou aprofundar, os seus conhecimentos. Possui uma linguagem muito acessível, fazendo-se sempre acompanhar de imagens que ajudam a perceber o tema. Para corroborar alguns assun-tos há sempre a indica-ção de filmes, livros ou pinturas, por exemplo, que ajudam certamente a perceber melhor esta temática apaixonante.

na nossa estante

A Sociedade Artística e Musical do Pousos (SAMP) vai criar um grupo coral especialmente dedicado a pessoas sem emprego. Os destinatários deste pro-jecto serão “todos aqueles que gostam de música, mas nunca tiveram oportunida-de de a descobrir e praticar, e têm agora tempo livre por falta de trabalho”, refere Paulo Lameiro, director artístico da SAMP.

O “Coro do tempo bem

empregue” terá, assim, uma formação variável e um número limitado de participantes, sendo de es-perar “que tenha a menor duração possível para todos aqueles que o constituem”, adianta aquele responsável, que irá dirigir o programa: “procuramos com este pro-jecto oferecer uma oportu-nidade de enriquecimento cultural a todos os que, infelizmente, por alguma razão, perderam o emprego,

mas ganharam tempo livre para formação e enriqueci-mento pessoal”.

Novas competências, novas relações pessoais, novas experiências de grupo ao serviço de uma sociedade mais culta, mais sensível, mais interventiva e mais actuante. Isso é o que promete oferecer este “coros dos desemprega-

dos”, para além da abertura a outros projectos da SAMP, caso o coralista venha a retomar a sua actividade profissional.

As provas de admissão decorrem no dia 2 de Fe-vereiro, às 14h30, na sede desta instituição, nos Pou-sos, passando os ensaios a ser todas as quintas-feiras, à mesma hora.

Novo projecto da SAMP

Coral para desempregados

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5O Mensageiro2.Fevereiro.2012 CULTURA

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Tal como noticiámos recentemente, a Banda Recreativa Portomosense (BRP), instituição que co-memora este ano o seu 204.º aniversário, está a dimamizar algumas inicia-tivas inovadoras, como é o caso da "bandánima".

Trata-se de um con-ceito de espectáculo que junta conversa e música de diferentes géneros, sendo a próxima edição a 19 de Fevereiro, pelas 16h30, no Cine-Teatro de Porto de Mós.

Aproveitando ser domingo de Carnaval, a conversa será "a brin-car", com três convidados muito especiais: D. Fuas

Roupinho, D. Afonso e um enigmático "Lagartex.com". Mas continuará “a sério” a boa música, com um artista infanto-juvenil convidado, um grupo da escola de música da BRP e ainda a música ligeira moderna

com a banda residente – "Fuasband".

“Bandálarga”Mas já no dia 5 de

Fevereiro, a BRP estreia um outro projecto: "Ban-dálarga", um espectáculo

onde a banda filarmónica aparece acompanhada de três cantores locais – Zeca Vigário, Madalena Santos e Rui Silva – que alternarão a música popular e moderna portuguesa com o fado. Será na festa de S. Brás, na Mendiga, mas é apenas o ponto de partida para uma digressão pelas 13 fregue-sias do concelho de Porto de Mós.

Se gosta de apreciar novos conceitos e sonorida-des, esta será uma ocasião propícia, já que apresenta uma banda filarmónica em registos musicais pouco habituais.

Luís Miguel Ferraz

Banda Recreativa Portomosense promove

“Bandánima” e “Bandálarga”O

Por

tom

osen

se

Um grupo de estudantes do 3.º ano do curso de Licenciatura em Fi-sioterapia, da Escola Superior de Saú-de do Instituto Politécnico de Leiria, realizou um projecto inovador, desig-nado por "O Impacto e Prevenção de Lesões na Prática Musical".

O objectivo foi "estudar o impac-to das lesões músculo-esqueléticas, resultantes da prática musical em diversas áreas e com diferentes ins-trumentos musicais, sensibilizando os músicos amadores, profissionais e estudantes em formação para os comportamentos de risco associa-dos", explicam os alunos.

Realizado no âmbito da unida-de curricular de Fisioterapia em Cuidados de Saúde Primários, o estudo alerta para "a importância da Fisioterapia nestes casos, promoven-do, além disso, práticas de execução mais saudáveis e a adopção de atitu-

des preventivas".Segundo este trabalho, os músicos

são mais susceptíveis ao desenvolvi-mento de lesões músculo-esqueléticas

por factores como o uso de força em excesso, o stress, os movimentos repetitivos, as posturas incorrectas ou o uso de instrumentos inade-quados. Há ainda outras causas para o aumento dessa susceptibilidade, como o envelhecimento, a alimen-tação inapropriada, as condições deterioradas do meio físico, as características específicas do géne-ro feminino, a excessiva carga de trabalho, os instrumentos de baixa qualidade ou o desempenho técnico incorrecto.

O estudo aponta ainda algumas ajudas para prevenir a ocorrência destas lesões, entre as quais o exer-cício físico, alongamentos diários, alguns minutos de repouso por cada hora de ensaio/actuação e o

acompanhamento por profissionais de saúde.

Ângela Susano

Alunos da ESSLEI concebem projecto inovador

“Lesões na Prática Musical”

A Liga dos Amigos do Museu de Arte Sacra e Etnologia (LAMASE) e o Clube de Artes e Cultura do Centro de Estudos de Fátima promovem, no dia 3 de Fevereiro, pelas 21h30 no Auditório do Centro Missionário Allamano (Missionários da Consola-ta), em Fátima, a iniciativa

“1ª Conversa Poética”.Esta é a primeira edi-

ção de um ciclo inserido num projecto do CEF, com a parceria do Museu de Arte Sacra e Etnologia, do Colégio do Sagrado Co-ração de Maria, do Colégio de São Miguel e do Restau-rante Truão.

O conhecido professor

Neves Martins foi o poeta convidado para este even-to, que contará também com momentos musicais de Nuno Martins e Rui Girão. No final haverá um momento de convívio que incluirá a degustação de um delicioso caldo verde.

O valor da entrada é de 3,00 euros, sendo

gratuito para os sócios da Liga. Venda de bilhetes e reservas no Museu de Arte Sacra e Etnologia (telefo-ne 249 539 470; horário: 10h00-17h00). Os sócios terão também de reservar bilhetes. O valor das recei-tas reverterá para auxiliar esta recém-criada Liga dos Amigos do MASE.

m|i|mo – museu da imagem em movimentoOficina interage com exposição

Nos dias 11 e 18 de Fevereiro e no dia 1 de Março, entre as 14h30 e as 17h00, o m|i|mo – museu da ima-gem em movimento promove uma oficina no âmbito da exposição Zona Letal, Espaço Vital, que apresenta obras da colecção da Caixa Geral de Depósitos. Sob orientação da artista Armanda Duarte, consiste em exercícios a desenvolver ao nível das actividades educativas que decorrerão enquanto a exposição estiver patente.

Esta iniciativa baseia-se num desafio lançado pela artista Leonor Antunes e é com base neste que Armanda Duarte irá solicitar aos participantes que façam uma recolha de 20 objectos de diferentes usos, pesos, volu-mes e matérias (lápis, folhas de papel, garrafas vazias de plástico ou de vidro, tampas de iogurte, desperdícios, rolhas de garrafas, tubos de cartão, pedaços de madeira encontrados na rua...).

Destinada ao público dos ensinos secundário e uni-versitário, bem como ao público em geral, esta oficina tem o apoio da Culturgest, é gratuita, e está aberta ao máximo de 15 participantes.

m|i|mo e Moinho de Papel alargam horáriosMuseus de Leiria aos sábados

O m|i|mo – museu da imagem em movimento e o Moinho do Papel vão passar a estar abertos aos sábados entre as 14h00 e as 17h30, já a partir do dia 4 de Feve-reiro. Com esta medida, a Câmara Municipal de Leiria pretende dar resposta à procura destes equipamentos culturais aos fins de semana e captar mais público.

Anteriormente, tanto o m|i|mo como o Moinho do Papel estavam abertos aos fins de semana apenas quando decorriam iniciativas naqueles espaços ou quando havia visitas de grupos programadas.

Nos restantes dias da semana, estes espaços funcio-nam das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h30.

1º Festival Internacional de Curtas MetragensAlunos de Leiria premiados em festival de cinema em França

Alunos do 8º ano da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Correia Mateus e da Escola de Dança Staccato, em Leiria, que venceram, respectivamente, o prémio de melhor filme estrangeiro e o prémio de melhor mensa-gem no 1º Festival Internacional de Curtas Metragens, em França, foram recebidos no dia 24 de Janeiro, na Câmara Municipal de Leiria pelo Presidente da Autar-quia, Raul Castro, e restantes vereadores.

Os jovens de Leiria deslocaram-se, recentemente, a Quint-Fonsegrives, em França, cidade com a qual Leiria tem um acordo de cooperação e amizade, para participar no “Salon du Jeune Lecteur”, durante o qual decorreu o 1º Festival Internacional de Curtas Metra-gens, onde foram distinguidos.

A visita a Quint-Fonsegrives insere-se no âmbito da comemoração do Ano Cultural Franco-Português, dedicado este ano a Portugal e, mais especificamente, a Leiria. O primeiro evento deste ano cultural foi o “Sa-lon du Jeune Lecteur”. A comitiva foi integrada ainda pelas Vereadoras Isabel Gonçalves e Lurdes Machado, em representação da Autarquia.

Acompanhados pelo director do estabelecimento de ensino, António Oliveira, e por outros professores, os estudantes da Correia Mateus foram, assim, rece-bidos nos Paços do Concelho, na terça-feira, tal como um aluno e a professora Cláudia Cardoso da Escola de Dança Staccato, como forma de os homenagear pelo seu bom desempenho em França.

Liga dos Amigos do Museu de Arte Sacra e Etnologia e clube do Centro de Estudos de Fátima

“1.ª Conversa Poética” em Fátima

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jornal O Mensagei-ro foi fundado a 7 de Outubro de 1914

pelo Pe. José Ferreira de La-cera, volvidos quatro anos e dois dias sobre a data da implantação da República Portuguesa. Servindo para difundir os princípios ca-tólicos, o periódico foi ins-trumento para a obtenção de grandes causas para a cidade de Leiria, nomeada-mente a da restauração da Diocese de Leiria, extinta em 1881, mas recuperada a 17 de Janeiro de 1918, com o contributo influente das campanhas do Pe. José La-cerda no seu jornal.

A outra das causas que o jornal se vai demarcando, num período conturbado para o País, será a Grande Guerra, as capelanias mili-tares e toda a problemática deste conflito mundial.

O Mensageiro, justifi-cando a sua primeira edi-ção, de 7 de Outubro de 1914, já com os combates da Grande Guerra como realidade no mundo, apresenta a explicação da sua génese, assumindo-se acima de tudo como sema-nário católico de Leiria. Na primeira página, em letras garrafais, a mensagem aos leitores refere que o restau-ro da Diocese de Leiria é o principal motivo que vai orientar a publicação.

«Católicos da antiga diocese de Leiria: o Men-

sageiro ao iniciar a sua publicação, ao mesmo tempo que vos saúda, solta o brado que lhe sae do fundo da alma. Viva a diocese de Leiria!»1.

Mas a Guerra é igual-mente motivo de análise neste número 1 de O Men-sageiro. Na página dois surge um extenso texto, numa secção chamada "A Guerra", que iria continuar a ser publicada no jornal. Fala essencialmente dos alemães e dos franceses, da exploração do tema junto dos leitores por par-te da imprensa, do facto de apenas o Papa Pio X pedir a paz urgente. Mas, depois deste texto, continua outra nota "A nossa opinião", um texto assinado por "Eu", dando uma visão pessoal do conflito, colocando em causa a nossa aliada In-glaterra, uma análise das notícias contraditórias que apareciam.

«Insultam-se os ale-mães, incitam-se cá de lon-ge os francezes e a cada tiro de peça, a cada grito dos feridos, a cada golpe que lança a viuvez em tanta alma, os de longe incitam, animam, dão apoio. Já não se contentam com as de-zenas de mortos; agora só aos milhares e as emprezas jornalísticas explorando a ingenuidade doentia dos seus leitores»2.

Na sua edição nº 2, na

mesma secção "A Guerra" surge um texto com vários capítulos intitulado "Portu-gal e a Guerra", destacan-do-se na popularidade dos leitores porque informa que os soldados portu-gueses não vão entrar no conflito.

«Afinal parece que se desistiu de enviar os nos-sos soldados para França. Se isso acontecer só temos que nos felicitar. Se a Ingla-terra precisar do nosso au-xilio, que no-lo diga aberta e francamente»3.

A edição nº 3 continua a destacar a secção "A Guer-ra" na sua página dois mas, na primeira página, surge um texto não assinado que faz uma extensa análise à evolução do conflito, in-troduzindo a discussão dos capelães militares na guerra.

«Todos os exércitos beligerantes teem em campanha os seus cape-lães militares e a França, onde como em Portugal, fora abolido o quadro, foi a pedido dos oficiais e dos

soldados creado novamen-te.»4.

A análise aponta para o facto de que os jornais abordavam assuntos como o fardamento dos soldados mas não reflectiam as ca-pelanias militares, assunto que o periódico considera de extrema importância. Nesta mesma edição, pu-blica-se uma nota política assinada por Jupéro, numa missiva que assumia que o jornal estava ao serviço da causa pública, não abdi-cando desse estatuto, por direito próprio.

A edição nº 4 traz na primeira página uma no-tícia sobre a apreensão do anterior jornal. Refe-rindo-se que mal houve tempo para o registo do título, no terceiro número da publicação, o cidadão administrador apreendeu O Mensageiro. De ime-diato, houve um apelo ao delegado do Procurador da República em Leiria, considerado de ‘carácter honesto, fiel cumpridor da lei’. Com o assunto resolvi-

do, a sátira surge no final, com um assumir de não irritação no caso, apenas lamentando os prejuízos causados ao periódico.

«Exmo Sr. Delegado do Procurador da república na comarca de Leiria: Tendo o cidadão administrador do concelho de Leiria ordena-do no dia 21 do corrente a apreensão do jornal O Mensageiro que se publi-ca na cidade, facto puní-vel pelo artigo 2º da lei da imprensa em vigor, vem o director do mesmo no uso legitimo dum direito e no cumprimento dum dever requerer a V. Exa seja dado cumprimento ao disposto no referido artigo.»5.

O jornal não estava a ser aceite pelas forças republicanas. O periódico assumia as suas causas, sublinhando também o estado confuso do País, dos políticos, das relações do Estado com a Igreja. Jupéro, um dedicado cola-borador do jornal, escreve sobre estas temáticas, colo-cando em causa a própria comunicação social daque-la época.

«O jornalismo actual trocou a sua missão educa-dora e pacífica por pregões de guerra à Egreja»6.

Na próxima edição continuaremos a analisar a evolução de O Mensageiro nos seus primeiros anos de publicação.

1 «Viva a Diocese de Leiria», in O Mensageiro, nº 1, de 7 de Outubro de 1914, p. 1.

2 Eu; «A Guerra», in O Men-sageiro, nº 1, de 7 de Outubro de 1914, p. 2).

3 «A Guerra», in O Mensa-geiro, nº 2, de 14 de Outubro de 1914, p. 2.

4 «Em Combate», in O Men-sageiro, nº 3, de 21 de Outubro de 1914, p. 1.

5 «Apreensão d’O Mensagei-ro», in O Mensageiro, nº 4, de 28 de Outubro de 1914, p. 1.

6 Jupéro; «O dever presente», in O Mensageiro, nº 7, de 18 de Novembro de 1914, p. 1).

SOCIEDADE6 O Mensageiro2.Fevereiro.2012

REFLEXÕES SOBRE O SÉCULO XX - 10

Joaquim SantosJornalista

A guerra e o restauro da Diocese na agenda de O Mensageiro

O

Leiria acolheu em 1914 um jornal que marcaria a sua história

Escola de Pais no Colégio Dr. Luís P. CostaAdelino Antunes fala de bullying

No dia 10 de Fevereiro terá lugar mais uma sessão da Escola de Pais no Colégio Dr. Luís Pereira da Costa, às 21h00, subordinada à temá-tica do bullying e intitulada De casa para a escola, per-cursos de conflito.

O prelector desta acção é Adelino Antunes, licencia-do em Serviço Social pelo Instituto Superior de Serviço Social de Coimbra, mestre em Sociologia do Crime e da Violência pela Universidade Nova de Lisboa e doutor em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Hu-manas da Universidade Nova de Lisboa. Actualmente desempenha as funções de professor na Escola Superior de Educação de Torres Novas e de director no Centro de Estudos Avançados de Fátima, da mesma Escola, onde é também membro do Conselho Científico.

Recorde-se que bullying é o nome dado ao conjunto de maus-tratos, ameaças, coações ou outros actos de intimidação física ou psicológica exercido, de forma continuada, sobre uma pessoa considerada mais fraca ou mais vulnerável.

Esta iniciativa é dirigida a todos os encarregados de educação, prevendo-se, mais uma vez, “casa cheia”.

O Dia do Departamen-to de Engenharia Mecânica (DEM), que se realizou no dia 26 de Janeiro, na Esco-la Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), trouxe novas perspectivas para a realização de projec-tos empresariais conjuntos.

Foram cerca de 30 as empre-sas e associações sectoriais empresariais que foram conhecer o DEM e os la-boratórios onde os futuros engenheiros desenvolvem projectos inovadores e com forte potencial de im-plementação no mercado.

A iniciativa foi organi-

zada em parceria entre o DEM, o Centro de Trans-ferência e Valorização do Conhecimento do IPL (CTC/OTIC) e o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimen-to (IAPMEI).

Três “ideias de negócios” de alunos do IPL premiadas no concurso “Arrisca C”

O Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria) viu pre-miadas três das seis ideias de negócios apresentadas pelos seus estudantes no “Arrisca C” de 2011, um concurso que visa estimular o desenvolvimento de con-ceitos de negócio em torno dos quais se perspective a

criação de novas empresas. As ideias de Sílvia Duarte e Ana Isabel Magalhães, da Escola Superior de Artes e Design (ESAD), e Maria de Fátima Gonçalves dos Santos, da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) foram as pre-miadas entre 16 projectos vencedores e 134 candida-turas apresentadas a nível nacional.

Iniciativa recebe cerca de 30 empresas e associações empresariais

Dia da Engenharia Mecânica no IPL

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7O Mensageiro2.Fevereiro.2012 SOCIEDADE / SOLIDARIEDADE

DIVULGAÇÃO

As AHBV de Pedrógão Grande, Bombarral e Porto de Mós foram premiadas cada uma com um cartão pré-pago de combustível Repsol no valor de 1500 eu-ros, no âmbito do Quartel Electrão, promovida pela Amb3E - Associação Portu-guesa de Gestão de Resídu-os. Graças a este projecto, 101 AHBV de bombeiros de todo o país recolheram, em apenas três meses, 1800 toneladas de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) e de Pilhas e Acumuladores Portáteis e Incorporáveis em EEE (P&A), que agora serão correctamente enca-minhados.

A corporação vencedora foi a AHBV de Mangualde que conseguiu recolher 111 toneladas, num esforço que

envolveu toda a população de mais de 21 mil habitan-tes. O segundo prémio, atri-buído à AHBV de Vila Nova de Oliveirinha, consistiu numa lavandaria profis-sional para bombeiros. As dez AHBV galardoadas com os Prémios per capita rece-beram cartões pré-pagos de combustível da Repsol no valor de 1500 euros, cada um. Para ganharem este prémio, as AHBV de Pedró-

gão Grande, Bombarral e Porto de Mós recolheram, respectivamente, 5,07Kg, 4,76Kg e 4,37Kg por ha-bitante. Para além dos 12 prémios a concurso, cada AHBV recebeu 50 euros por cada tonelada recolhida.

A acção teve como ob-jectivo principal incentivar as corporações aderentes e as comunidades locais a reunir a maior quantidade possível de REEE e P&A

de modo a, por um lado, minorar os seus impactos ambientais e, por outro, sensibilizar a população para a importância da re-ciclagem.

“O Quartel Electrão representa mais um passo da Amb3E na sensibiliza-ção das populações para o tema da reciclagem dos REEE e RPA. É também uma oportunidade da comunidade retribuir aos bombeiros o esforço e o empenho que diariamente colocam na sua actividade junto das populações. Esta iniciativa superou todas as nossas expectativas, já que os bombeiros conseguiram recolher quase 1800 tone-ladas de resíduos”, enfatiza Victor Sousa Uva, director comercial e de comunicação da Amb3E.

Associações de Pedrógão Grande, Bombarral e Porto de Mós

Prémios de 1500 euros para bombeiros

O Lions Clube de Leiria agraciou a delegação de Leiria da Cruz Vermelha Portuguesa com uma tenda insuflável de 4 arcos/2 por-tas com insuflador eléctrico e tela interior de insolação. Esta oferta resultou das ac-tividades que o Lions Clube de Leiria tem realizado jun-to da Comunidade Leirien-se, em especial, a receita líquida angariada com o 9º Grande Baile do Liz que ocorreu no Ano Lionístico 2010/2011.

A delegação de Leiria da

Cruz Vermelha Portuguesa passa a dispor, com esta nova tenda insuflável, de capacidade adicional nas

valências em que actua, com especial destaque para as acções da sua Equipa de Emergência e Socorro.

A organização logística das actividades da Delega-ção, quer na eventualidade de catástrofes, quer na realização de rastreios, no apoio a peregrinos e outras de actividades de apoio, fica facilitada e melhorada com a utilização deste novo equipamento. Acresce ain-da o facto deste modelo de tenda, permitir a sua utilização, em módulos, com outras tendas da Cruz Vermelha Internacional, o que alarga o âmbito da sua utilidade.

Oferta do Lions Clube de Leiria

Tenda para a Cruz Vermelha de Leiria

A iniciativa solidária “Missão Sorriso” entregou 29.400 euros ao Hospital de Santo André, em Lei-ria, para a implementa-ção do projecto “MAIOR - Movimento, Autonomia, Independência, Oportuni-dade, Recuperação”, cujo objectivo é adaptar a área da consulta externa para a população idosa, assim como promoção de um envelhecimento activo e

saudável.Este projecto visa a

promoção da saúde com movimento, autonomia, in-dependência, oportunidade e recuperação da popula-ção idosa, através de uma intervenção estruturada e personalizada que envol-ve vários profissionais do hospital, de diversas áreas e competências, para melhor adequar os acessos, facilitar o acesso a ajudas técnicas,

promover um envelheci-mento activo através da prática de exercício físico e estilo de vida saudável e dinamizar e aumentar o ensino para a saúde. Pre-tende-se também garantir as condições de ambientes propícios à autonomia da pessoa idosa, com respon-sabilização do próprio idoso e sua família, tendo como porta aberta o serviço de ambulatório.

Desde o seu início, em 2003, a “Missão Sorriso” já doou cerca de 5,5 milhões de euros, oferecendo mais de 1800 equipamentos a 48 instituições. Nesta 9.ª edição, foram angariados mais de 600 mil euros, dis-tribuídos por 22 de entre os 123 projectos apresentados a concurso nas áreas da saú-de materno-infantil e do envelhecimento activo.

Hospital de Santo André

“Missão Sorriso” dá 29.400 euros a Leiria

Na EB1/JI de CorredouraDia da Não violência e da Paz

Integrado no projecto curricular do estabelecimento cujo tema é “Intervir para melhorar”, a EB1/JI de Corre-doura irá assinalar o “Dia da não Violência e da Paz”, no próximo dia 30 de Janeiro pelas 18h30, com um debate aberto à comunidade, denominado “A importância dos pais na promoção de comportamentos e emoções posi-tivas”, dinamizado por Joana Venda (psicóloga).

Raul Castro pretende celebrar acordo Cooperação com vila da Guiné

O Presidente da Câmara Mu-nicipal de Leiria, Raul Castro, vai propor, em bre-ve, a assinatura de um Acordo de Cooperação e Amizade entre a cidade de Leiria e a vila de Caio, na República da Guiné Bissau, onde esteve de visita entre os dias 19 e 22 de Janeiro.

Raul Castro deslocou-se à Guiné Bissau, a convite do Ministro do Interior, Fernando Gomes, com a finalidade de analisar a possibilidade de estabelecer um acordo de cooperação e amizade com Caio, na região de Cachéu. Procurou ainda saber quais as condições que aquela vila oferece, a nível socioeconómico, para as empresas da região de Leiria poderem operar naquele mercado.

Caio fica situada a 100 km de Bissau, capital da Re-pública da Guiné-Bissau. É uma vila com cerca de 30 mil habitantes, onde a população se dedica essencialmente à agricultura e pesca.

Além de ter estado reunido com o Ministro do In-terior guineense, o autarca de Leiria foi recebido pelos governadores das regiões de Cachéu e Bafatá. Durante esse encontro, foi ponderada a possibilidade de outros Municípios da região de Leiria apoiarem outras vilas guineenses, através da oferta de livros, material escolar, roupa, equipamento hospitalar e material desportivo.

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ECLESIAL8 O Mensageiro2.Fevereiro.2012

3.Vastomundo,minhaparóquia

3.7OdiálogoentreféeculturaOanúncioeotestemunhodoEvangelhonomundodehoje

nãopodeprescindirdodiálogocomaculturaquemoldaavidadaspessoasedasociedade.Esteéograndedesafioeagrandeapostaparaoscristãos:“estarpresentescomcoragemecriatividadeintelectualnoslugaresprivilegiadosdacultura,comosãoomundodaescolaedauniversidade,osambien-tesdainvestigaçãocientíficaetécnica,oslugaresdacriaçãoartísticaedareflexãohumanística”(CFLn.44).Sãoosnovoscentrosdeculturaondeseforjamosdestinosdahumanidadeequerequeremdoscristãosaluzdaféparadiscerniremoquehádepositivoounegativo.

OPapaJoãoPauloIIindicaasmodalidadesefinalidadesdestapresença: “destina-senãosóaoreconhecimentoeàeventualpurificaçãodaculturaexistentecriticamenteava-liados,mas tambémà suaelevaçãomedianteas riquezasoriginaisdoEvangelhoedafécristã”(CFLn.44).Trata-sedetestemunharumafégeradoraeregeneradoradacultura.

Nesteâmbitodesejaria fazeraqui trêsbreves referên-cias.

a)Emprimeirolugar,àimportânciadacomunicaçãosocialmediáticaedigitalqueintroduziuumaverdadeirarevoluçãocultural comnovosmodosdecomunicaratravésdenovaslinguagens,novastécnicasenovasatitudespsicológicas.Os“media”sãohojeocontextoemqueserealizaodiálogocul-turalentreaIgrejaeomundo.EsteanopastoralserátambémumaboaocasiãoparareveraqualidadedanossapresençacomoIgrejadiocesananacomunicaçãoescritaedigital.Queempenhopomosnisso?QueimagemdeIgrejapassa?

b)Outrocampoculturalamereceratençãoparticularéodaeducação.Estamosaviverumasituaçãodeemergênciaeducativa.Damo-noscontadequeomundodeamanhãde-pendedaeducaçãodehojeeestanãopodereduzir-seameratransmissãodeconhecimentosedecompetências.Aescolaéchamadaaserumlaboratóriodecultura,dehumanidade,desabedoria,dehumanismointegral,decidadaniaedosvaloresevirtudesqueasustentam.Éumdesafioaotestemunhodosdocentescristãosedasescolascatólicaseàsuaousadiaemtomariniciativasnestesentido.

[COLUNASEMANAL]

Para reflexão...3.7. O diálogo entre fé e cultura

• Qual a nossa participação no campo: da comunicação social mediática e digital, da

educação, do diálogo com a cultura através do património da história e da arte?

• Procuramos elevar o nível cultural das festas populares?

CAMINHO... COM ACARTA PASTORAL

16

Família há oito Séculos

Pedras vivas - Santa EustóquiaChamava-se Esmeralda Calafato.

Filha de uma rica e nobre família, nasceu no dia 25 de Março de 1434 numa pequena aldeia a poucos qui-lómetros da Messina – Itália. Dois grandes mistérios se celebravam nesse dia: Anunciação do Anjo a Nossa Senhora e o grande Mistério da Instituição da Eucaristia por ser, nesse ano, Quinta-feira Santa. No seio puríssimo da Virgem Maria o Filho de Deus assume a natureza humana, faz-se homem. Na última Ceia, com os seus Apóstolos, faz-se nosso alimento, Pão da vida. Estes dois grandes mistérios envolveram e moldaram a vida desta criança desde o amanhecer.

O seu pai, Bernardo, um nobre da Catânia, era rico comerciante ao serviço do rei Afonso V de Aragão e da Sicília. A mãe, Mascalda Roma-no, representante da aristocracia romana, era uma excelente esposa e mãe, nela resplandeciam as mais belas virtudes humanas e cristãs. Es-meralda foi a quarta de seis filhos. Cresceu seguindo o exemplo da mãe, desenvolvendo desde cedo um es-pírito inquebrantável de oração, sa-crifício e penitência. Humanamente nada faltava à jovem para ser feliz: riqueza, beleza e qualidades. O pai e os irmãos mais velhos sonhavam vê-la princesa, por isso, seguindo os costumes da época, aos onze anos é dada em casamento a um nobre, já viúvo, vinte anos mais velho do que ela. Na verdade, “o homem põe e Deus dispõe”, pois, antes de se consumar o casamento, o tal nobre morreu. Esmeralda, interiormente já tinha os seus planos, já tinha feito a escolha. Jesus já preenchia por completo o seu coração. Apesar do luxo e vida fácil e atractiva do palácio de seus pais, a jovem sa-ciava a alma no secreto banquete da oração, da profunda intimidade com Jesus e nessa fonte de águas puras e cristalinas encontrava a sua felicidade. O amor de Deus saciava-a plenamente. Contudo, o pai e os irmãos não desistem, e novamente a prometem em casamento. Esmeral-da recusa. Mas sendo ainda menor é obrigada a ceder à vontade da família. Então, inesperadamente, de novo o inesperado: o noivo teve de partir para uma longa viagem e suposta longa ausência. O contrato ficou sem qualquer efeito.

A jovem sente-se plenamente livre e, livre e decidida, revela à fa-mília o desejo de se consagrar total-mente a Deus na vida de clausura. Após longas e duras lutas, nos finais de 1449, entra no Mosteiro das Ir-mãs Clarissas Urbanistas de Basicó, em Messina, onde eram acolhidas jovens de famílias nobres, muitas

das quais nunca desejaram ser re-ligiosas. Uma realidade própria da época. Por esse motivo a vida do mosteiro nem sempre era exem-plar e por vezes bem pouco austera e fiel à Regra.

Esmeralda recebe um nome novo: Irmã Eustóquia. No mosteiro não pretende mudar nada nem nin-guém, apenas quer ser fiel ao desa-fio que interiormente o Senhor lhe fazia. Independentemente da vida que as suas Irmãs viviam, a irmã Eustóquia rapidamente percorre o caminho de santidade a que Jesus a chamava. Ele, o Esposo celeste, era o respirar da sua vida, o seu único amor, e assim o desejava para as suas Irmãs. Atenta ao Espírito de Deus e inspirada pelo movimento renovador que entretanto tinha sido implementado por Santa Colecta, também ela desejou viver segundo a Regra de Santa Clara, na mais aus-tera penitência e altíssima pobreza. Superando numerosos obstáculos, sobretudo da parte da abadessa do Mosteiro de Basicó, obteve licença do Papa Calisto III para fundar um Mosteiro onde brilhasse de novo o ideal de Santa Clara. Com apenas duas companheiras, depois de inú-meros sofrimentos, Eustóquia, a exemplo de Santa Clara, sai de noite do Mosteiro, sem ser notada.

Em 1458 fundou o Mosteiro de Montevergine, de Messina, segundo a Regra de Santa Clara. Rapidamente surgiram numerosas vocações entre as quais a própria mãe, a sua irmã Margarida e uma sobrinha. Pressio-

nada pela nova Comunidade e pelo Bispo aceitou o cargo de abadessa de suas irmãs, que amou verdadei-ramente. E, com a ternura própria de uma verdadeira mãe que gera não segundo a carne mas segundo o Espírito, estava sempre pronta para todo o sacrifício. A santa Abadessa lutou por uma autêntica vivência da pobreza evangélica. Verdadeiramen-te enamorada pela espiritualidade de Santa Clara, Eustóquia obteve do Protomosteiro de Assis uma cópia de todos os escritos da fundadora da Ordem. Ao seu dedicado empenho deve-se a tradução da Regra de Santa Clara para o dialecto siciliano, o que facilitava a leitura e o estudo para as Irmãs que não sabiam o latim. Todo este trabalho fez parte de um conjunto de reformas de grande importância para a renovação da vivência do ideal clariano na sua pureza evangélica. Incansavelmen-te, exortava as suas irmãs à oração, à recitação fiel da Liturgia das Horas, à frequência dos sacramentos e à ado-ração do Santíssimo Sacramento.

No dia 20 de Janeiro de 1485, depois de longa e dolorosa enfer-midade, em que procurou identi-ficar-se profundamente com Jesus na sua paixão, adormeceu serena e santamente nos braços de Deus. O seu corpo ainda hoje permanece incorrupto na igreja do Mosteiro por ela fundado. Foi canonizada pelo Papa João Paulo II a 11 de Junho de 1988. A sua festa celebra-se a 20 de Janeiro.

Irmãs Clarissas de Monte Real

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9O Mensageiro2.Fevereiro.2012 DIOCESE

8 a 12 de Fevereiro

Marinha Grande8 de Fevereiro (quarta-feira)

15h30 - Encontro com doentes e idosos na Lar da Santa Casa da Misericórdia, nas Vergieiras, celebração da Missa com Unção de Doentes, seguida de visita à Unidade de Cuidados Continuados18h00 - Encontro e jantar com a Comu-

nidade das Irmãs de Nossa Senhora de Guadalupe21h30 - Encontro com os dirigentes associativos e autarcas no salão

da igreja

9 de Fevereiro (quinta-feira) 15h30 - Visita à comunidade de Albergaria17h00 - Visita à comunidade de S. Pedro de Moel 19h00 - Missa em Picassinos 20h00 - Jantar partilhado em Picassinos21h30 - Encontro com professores no salão da igreja de Picassinos

10 de Fevereiro (sexta-feira)15h30 - Visita à comunidade de Amieira17h00 - Visita à comunidade de Garcia18h30 - Chegada ao Pilado19h00 - Missa no Pilado20h00 - Jantar partilhado no Pilado21h30 - Encontro com casais no Sport Operário Marinhense

11 de Fevereiro (sábado)11h00 - Encontro com as crianças do 1º ao 4º ano da catequese12h30 - Almoço na residência paroquial15h00 - Encontro com as crianças e adolescentes do 5º ao 8º ano da

catequese16h30 - Missa com crianças, adolescentes e jovens18h00 - Encontro com os adolescentes do 9º e 10º da catequese, e

grupos de jovens19h30 - Jantar com família21h30 - Assembleia paroquial na igreja paroquial

12 de Fevereiro (domingo)10h30 - Acolhimento do Senhor Bispo no adro da igreja e missa13h00 - Almoço para todos os paroquianos na FAE – inscrição prévia

nas igrejas e no cartório

Visita Pastoral à Diocese

Entrevista ao padre Jacinto Pereira Gonçalves, pároco de Bidoeira de Cima

“Comunidade, renova a tua Fé e a tua Caridade”

Que pensa desta iniciati-va do Bispo diocesano de fazer uma visita pastoral a todas as paróquias?

A iniciativa é louvável em todos os aspectos. Permite ao nosso Bispo conhecer a povo cristão que vive nas comunidades. Permite aos cristãos conhe-cer e quase “privar” com o Sr. Bispo alguns momentos que se tornam únicos em muitas vidas. Depois o Sr. D. António trouxe “alma” à comunidade. Enriqueceu os cristãos espiritualmen-te, mas também trouxe en-sinamentos e pediu mais compromisso e empenho na vivência da Fé.

Como se preparou a co-munidade para receber o Bispo?

A comunidade prepa-rou-se, em primeiro lugar, pela oração pessoal e co-munitária. Depois também houve mobilização, grupos que se encontraram, reuni-ões, divulgação… Sentiu-se a comunidade a mexer, a trabalhar!

Qual foi o critério na ela-boração do programa?

A paróquia é pequena e a Visita Pastoral teve me-nos dias do que é normal noutras paróquias. Mas

procurou-se, dentro das limitações, que o Sr. D. António Marto pudesse ir a todo o lado estar com comunidades e ambien-tes. Importante foi que ninguém ficasse de fora! Assim, o programa foi variado, intenso e aberto a todos.

De forma geral, como de-correu a visita?

A Visita Pastoral foi marcante porque os cris-tãos assim o quiseram e participaram em quanti-dade e qualidade. A Bido-eira foi a última paróquia da Vigararia dos Milagres a ser visitada e, como se compreende, o Sr. Bispo chegou um pouco fati-gado depois de semanas seguidas em visitas pas-torais. Mas a participação e a alegria dos cristãos foi também a alegria e a força do Pastor. Foi uma grande bênção para a paróquia da Bidoeira.

Houve algum momento especial que queira des-tacar?

Costumo dizer que a grandeza do amor se oculta debaixo de peque-nos gestos e sinais. A Visita Pastoral foi feita de muitos encontros, alguns maravilhosos e com salas bem cheias de participan-tes. Contudo, muito mar-cante foi o encontro do Sr. Bispo com as crianças, dado o trabalho preparató-rio dos catequistas, e com os velhinhos da Casbi e do Solar do Castanheiro. Houve ternura, simplici-

dade e grandeza de gestos transbordantes de alegria e felicidade.

Qual a principal mensa-gem ou marca deixada por D. António Marto?

A mensagem que o Sr. Bispo vai deixando de co-munidade em comunidade é a mesma: comunidade, renova a tua Fé, a tua Cari-dade. Assim, especialmen-te as “pedras vivas” foram desafiadas a fazer e a fazer bem as tarefas que lhes são entregues. Em primeiro lugar, há trabalho apostó-lico para todos. Depois, é necessária a formação para fazer bem o que a Igreja vai confiando a cada um.

Quais as expectativas cria-das a partir da Visita Pas-toral? Foi já definida al-guma prioridade pastoral ou tomada alguma decisão em ordem à renovação da dinâmica paroquial?

Sim. No geral, a comu-nidade cristã manifesta-se mais unida e alegre na vivência e testemunho da Fé. Particularmente foi renovado o empenho e compromisso dos cate-quistas em continuar os dinamismos experimen-tados na preparação da Visita Pastoral.

Fotos

: DR

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ECLESIAL10 O Mensageiro2.Fevereiro.2012

Sábado19h00 – Sé19h30 – Franciscanos

Domingo08h30 – Espírito Santo09h00 – Franciscanos09h45 – Paulo VI10h00 - S. Francisco10h30 – Franciscanos 10h00 – S. Romão 11h00 – S. Agostinho11h00 – Hospital11h30 – Cruz da Areia11h30 – Seminário e Sé18h30 – Sé19h30 – Franciscanos21h30 – Sª Encarnação

MISSAS DOMINICAIS

Leituras | V Domingo Tempo Comum (05/02/09)

Antífona de Entrada: Salmo 94, 6-7

Leitura I: Job 7, 1-4.6-7

Salmo Responsorial: Salmo 146 (147), 1-2.3-4.5-6 (R. cf. 3a ou Aleluia); Refrão: Louvai o Senhor, que salva os corações atribulados. Repete-se; Ou: Aleluia. Repete-se

Leitura II: 1 Cor 9, 16-19.22-23

Aclamação ao Evangelho: Mt 8, 17; Refrão: Aleluia. Repete-se; Cristo suportou as nossas enfermidadese tomou sobre Si as nossas dores. Refrão

Evangelho: Mc 1, 29-39Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com

Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela. Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormen-tadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era. De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar. Simão e os companheiros foram à procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te pro-curam». Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, por-que foi para isso que Eu vim». E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.Palavra da salvação.

Cânticos | VI Domingo Tempo Comum (12/02/12)

INÍCIO: Escutai Senhor a prece - Lau 343

SALMO RESPONSORIAL: Sois para mim refúgio - Lau 794

APRESENTAÇÃO DOS DONS: Pobres e fracos que somos - Lau 663

COMUNHÃO: Vinde a mim vós todos - Lau 862

PÓS-COMUNHÃO: O Senhor salvou-me - Lau 609

FINAL: Povo teu somos - Lau 677

AO SABORDA PALAVRA

5º Domingo do Tempo Comum5 de Fevereiro de 2012

Uma garantia

Pe. Francisco [email protected]

Janela sobre a Missão

Formação de agriculturae trabalhos de moagem

O que é que temos na nossa vida que esteja abso-lutamente garantido, com o qual podemos contar seguramente? A única coi-sa que sabemos de certeza é que um dia morreremos, que esta vida que vivemos há-de chegar ao fim. Quan-to ao resto é uma aventura, um viver numa constante surpresa.

Essa incerteza na nossa ida pode levar-nos a vários tipos de atitudes: resig-

nação por aquilo que nos vai acontecendo, julgando que temos o nosso destino marcado, ou determinado, e façamos o que fizermos não lhe conseguimos fu-gir; empenho, em pegar na nossa vida com as mãos e caminhar para diante pro-curando sempre construir algo de positivo e bom, não se deixando guiar apenas pelas circunstâncias mas procurando ir em frente, guiando-nos pelo rumo de Deus..

Neste domingo ouvimos Job, doente, lamentar-se da incerteza da condição humana: “Se me deito digo ‘Quando é que me levanto?’, se me levanto: ‘Quando chegará a noite?’” Na verdade nunca sabemos o que nos vai acontecer no futuro, e por vezes quantos mais planos fazemos mais eles saem furados. Job par-te à procura do verdadeiro rosto de Deus – esse rosto que não se descobre nos livros ou nas discussões teológicas abstractas, mas apenas no encontro “face a face”, na aventura da pro-cura arriscada, na novidade infinita do mistério. É esse mesmo percurso que Job, o protótipo do verdadeiro

crente, nos convida a per-correr.

O Evangelho deste dia é o contraponto a esta oração de Job. Dizia Jesus depois de ter curado os doentes de Cafarnaum: “Vamos a outros lugares a fim de pregar aí também, porque foi para isso que eu vim.” Mesmo cansado da activi-dade do dia anterior, Jesus levantou-se cedo para rezar, para se encontrar com o Pai e para continuar o anúncio do Evangelho.

As acções de Jesus em favor dos homens mos-tram a eterna preocupação de Deus com a vida e a felicidade dos seus filhos. O projecto de Deus para os homens e para o mundo não é um projecto de morte, mas de vida; o objectivo de Deus é conduzir os homens ao encontro desse mundo novo (o “Reino de Deus”) de onde estão ausentes o sofrimento, a maldição e a exclusão, e onde cada pessoa tem acesso à vida verdadeira, à felicidade definitiva, à salvação.

S. Paulo aprofunda esta mensagem dizendo que não pode fazer outra coisa se não anunciar o Evange-lho. Esta é uma tarefa que

lhe foi imposta, mas que ele aceitou de bom grado e por isso diz: “Com os fracos tornei-me fraco para ganhar os fracos.”

O serviço do Evangelho e dos irmãos não pode ser, nunca, uma instalação numa vida fácil, descom-prometida, cómoda, pouco exigente. Aquele que dedi-ca a sua vida ao serviço do Reino não é um funcionário público, com um horário pouco exigente e um salá-rio agradável, que cumpre as suas horas de serviço, que resolve os problemas “burocráticos” que a “pro-fissão” exige e que se retira comodamente para o seu mundo isolado, em paz com a sua consciência… Mas é alguém que põe o amor aos irmãos e à comunidade aci-ma de tudo, que está sem-pre disponível para servir, que é capaz de renunciar até aos seus tempos de descanso para acompanhar os irmãos, para os escutar, para os acolher.

Para o discípulo de Je-sus, o amor deve, sempre, estar acima dos próprios interesses e tornar-se dom, serviço, entrega total. Assim se vive uma vida (a)venturosa.

Numa passagem rápida pelo Sumbe, para trocar de formadores aproveito para vos contar um bocadinho desta semana de formação. A equipa esteve repartida: eu, a mana Ana e a mana Te-resa estivemos na sede da Missão a avançar com mais uma formação de agricultu-ra. Pudemos contar com a colaboração de dois forma-dores que vieram de Luan-da. Esta formação foi um sucesso pela qualidade do trabalho que fizemos e pelo entusiasmo com que todos aprendemos. Agora resta-nos cuidar destas sementes que lançámos à terra... em breve teremos um bocadi-nho de tudo a germinar na nossa horta. Por outro lado, no Uquende ficaram os nossos padres a avançar com as obras no edificio

da moagem. Este trabalho vai avançando num ritmo não muito rápido, porque os nossos “mestres” ainda estão a aprender a técnica de construção em BTC.

Amanhã vamos subir novamente para mais uma formação dos líderes da Pastoral da Criança na qual contamos com a participa-ção de uma capacitadora enviada pela comissão Nacional da Pastoral da Criança. E simultaneamen-te continuarão a avançar os trabalhos na moagem:D

Ficam aqui as fotos do grupo dos novos agriculto-res do Gungo e também da nossa horta... que está à es-pera de receber os produtos que foram viveirados.

Cumprimentos missio-nários: Mana Inegi! (Esta-mos Juntos!)

Fotos

: DR

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11O Mensageiro2.Fevereiro.2012 ECLESIAL

PORTUGALFranciscanos promovem ciclo de conferências“Da família que temos – à família que queremos”

O Centro Cultural Franciscano (Lisboa) está a pro-mover, desde Janeiro um ciclo de conferências sobre o tema «Da família que temos – à família que queremos», que se prolonga até Abril.

O conjunto de sessões junta intervenientes das “áre-as sociais, educativas, da saúde e pastorais, juntando aqui outros especialistas que vão debruçar-se sobre todas estas problemáticas”, lê-se no programa enviado à Agência ECCLESIA.

As conferências destinam-se a um “público alarga-do” que se interessa por esta temática, designadamente “aqueles que na actual crise social podem e devem olhar a «Família» como um pilar fundamental da sociedade, desde pais, assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, agentes da acção pastoral e formativa da Igreja e de obras sociais”, refere.

As próximas datas e os temas para os encontros são: 3 de Fevereiro - «Novos Paradigmas de Família» - Teresa L. Monteiro; 24 de Fevereiro - «Dinâmica Familiar: os Filhos, continuidade e inovação» - Cristina Sá Carvalho; 9 de Março - «Projectos de Vida e Envelhecimento no Seio da Família» - Helena R. Pinto; 23 de Março - «Fa-mília: esteio de Amor incondicional» - Luísa e Marques de Carvalho e A. Marques de Carvalho; 13 de Abril - «A Família e a Saúde Mental» - Pedro Afonso; 20 de Abril - «Que futuro para a Família» - painel.

D. António Couto novo Bispo de Lamego«Entre Deus e o povo»

O novo bispo de Lamego, D. António Couto, tomou posse da diocese, no dia 29 de Janeiro, afir-mando que conta com todos os membros da comunidade católica para desempenhar o seu papel, “entre Deus e o povo”.

Ao assumir a sede episcopal que lhe foi confiada em Novembro de 2011 por Bento XVI, D. António Couto apresentou-se como um bispo que quer estar “pertinho de Deus, mas de um Deus que faz carícias ao seu povo, um Deus que ama e que perdoa” e “pertinho do povo, o suficiente para lhe entregar esta carícia de Deus”.

Na sua intervenção, o bispo de Lamego centrou-se sobre a passagem do Evangelho lida na celebração, afir-mando que a missão de “anunciar” a vida e obra de Jesus implica, para os católicos, a missão de “ensinar, libertar, acolher, curar, recriar”. Antes da homilia, o núncio apos-tólico em Portugal, representante diplomático da Santa Sé, deu posse ao novo bispo, lendo a bula de nomeação do Papa que encarrega D. António Couto de presidir à celebração e aos destinos da diocese localizada 400 km a norte de Lisboa. No final da celebração, que pôde ser seguida por televisores colocados dentro e fora da sé, o novo bispo de Lamego cumprimentou os fiéis nos claustros, encaminhando-se a seguir para o Seminário Maior, onde janta com personalidades convidadas.

Aos 59 anos, D. António Couto torna-se o terceiro bispo residencial mais jovem nas dioceses portuguesas, deixando a Arquidiocese de Braga, na qual era auxiliar desde 2007.

Como habitualmente no mês de Janeiro, o clero de Leiria-Fátima, rea-lizou dois cursos de Formação Perma-nente. Para facilitar a concentração, estes cursos são realizados fora da diocese, devendo os sacerdotes per-manecer a tempo inteiro no local da formação. Este ano o local escolhido foi a diocese da Guarda e o tema de reflexão foi a Mensagem de Fátima. Abordado em várias perspectivas: acontecimento, teologia e pastoral. A orientar os trabalhos este um teólogo espanhol, Eloy Bueno. Com a capaci-dade que lhe é peculiar, este pensador fez uma profunda análise teológica e pastoral da mensagem de Fátima. A visão teocêntrica do acontecimento e da mensagem foi o elo condutor que permitiu uma abordagem multiface-tada ao mesmo tempo que trouxe uma visão algo nova, mas sobretudo, incisiva sobre Fátima. O facto de a mensagem de Fátima ter sido concre-tizada numa época com características peculiares no plano social, politico e cultural, fez com que a mensagem que tem um alcance mundial e moderno, fosse na maioria dos casos relegada para uma visão regional (quase paro-

quial), e popular. Neste sentido está por fazer um estudo profundo sobre o acontecimento, embora os quase cem anos que nos separam dos factos, te-nham sido uma óptima ocasião para avançar nos estudos.

Como membro participante nesta semana de formação, testemunho o facto de Eloy Bueno ter tido a capa-cidade de suscitar em quem o ouviu a curiosidade e o desejo de conhecer mais e melhor o acontecimento e a mensagem de Fátima. Se uma sema-na de estudos não é tempo suficiente

para fazer esse estudo, é pelo menos tempo suficiente para suscitar o dese-jo de o querer fazer. Assim aconteceu, como se pode sentir na mensagem/resumo final que D. António Marto partilhou no final da semana.

Para além destes momentos de reflexão, a semana de formação per-mitiu ainda um forte tempo de oração e encontro entre colegas e companhei-ros de viagem, o que contribuiu para maior enriquecimento humano e espiritual de cada um.

Clero de Leiria em dois turnos de formação na Guarda

Fátima: acontecimento, teologia e pastoral

Esta notícia agradará, sobretudo, aos agentes pastorais que, nas suas paróquias, animam musi-calmente as celebrações litúrgicas, nomeadamente as missas dominicais.

Desde o início do ano que já se pode aceder a um sítio na web que pre-tende ser mais uma ajuda nesta área. Ao digitar o www.canticos.org na barra de endereços de qualquer programa de navegação na internet, consegue-se aceder à letra de centenas de cânticos litúrgicos e às respectivas partituras, bem como ouvi-los através de versões vídeo ou áudio.

Este espaço é a con-cretização de um projecto que nasceu com a edição do Laudate, uma compi-lação impressa em duas versões – letra e partituras – que junta os cânticos e as orações usadas na liturgia. Dada a elevada procura destes livros, a versão com notação musical acabou por esgotar e a isso sucederam

os imensos pedidos de reimpressão. Uma obra desta envergadura compor-ta elevadíssimos encargos, quer na produção, quer na impressão e, porque todos os dias surgem novos tí-tulos musicais na área do canto litúrgico, é sempre necessária uma morosa actualização. Foi na ponde-ração destas desvantagens que a equipa organizadora acabou por decidir apro-veitar as potencialidades das novas tecnologias da informação e disponibilizar online todo o conteúdo das edições impressas. Desta forma estariam a prosse-guir os objectivos iniciais com a grande vantagem de alargarem ainda mais os beneficiários do Laudate e assim contribuir para o crescimento do canto litúr-gico e investir na animação nesta área.

Apesar da complexida-de do sítio, neste momento, já se pode contar com 350 títulos e espera-se chegar a médio prazo ao milhar. Para

isso, também se aguarda a contribuição dos próprios visitantes que podem dar as suas impressões e su-gestões bem como enviar para a organização outros cânticos que não estejam ainda listados. Pretende-se, assim, que esta nova versão do Laudate seja também ela um organismo vivo que vai crescendo à medida que vai sendo alimentado pelos próprios agentes pastorais.

FuncionalidadesEste não é apenas um

repositório ou índice de cânticos. Para além da letra, da notação musical, do áudio e do vídeo, há outras funcionalidades que, decerto, vão agradar aos utilizadores. A todos os cânticos são atribuídas cerca de 40 categorias, que identificam as ocasiões litúrgicas para as quais são indicados. Basta um clique numa delas, para se poder aceder a uma extensa lista de sugestões adequadas.

Outra funcionalidade importante é a possibili-dade que o visitante tem de aceder às sugestões de cânticos para as celebrações eucarísticas específicas e os respectivos momentos. Há duas formas de o fazer: ou através de uma agenda li-túrgica, presente no menu principal e em todas as pá-ginas do sítio, ou através do organograma do ciclo litúrgico que, numa tabela simples, fornece ao utiliza-dor um plano dos diversos tempos litúrgicos.

Para além destas al-ternativas, o utilizador tem disponíveis outras ferramentas e algumas permitem-lhe trocar idei-as e interagir com a admi-nistração do sítio e outros utilizadores, de que é exem-plo o fórum. A todas estas características o acesso é totalmente gratuito. No en-tanto, para poder visualizar as partituras é necessário o registo num processo sim-ples, indicando o email.

“Laudate” oferece materiais de música litúrgica

www.canticos.org já “canta” na internet

DR

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MUNDO

ECLESIAL12 O Mensageiro2.Fevereiro.2012

Encontro entre a CCEE e CEC na SuíçaIgrejas cristãs estão determinadas a trabalhar em conjunto

As Igrejas cristãs presentes na Europa estão deter-minadas a trabalhar em conjunto para contrariar os problemas económicos, sociais, políticos e espirituais que assolam o continente.

Este “compromisso”, que se baseia no favorecimento de um esforço cristão verdadeiramente “ecuménico”, foi assumido durante um encontro do comité conjunto do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e da Conferência das Igrejas Europeias (CEC), em Genebra, na Suíça.

De acordo com um comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o presidente do CCEE, cardeal Péter Erdö, aproveitou o evento para sublinhar que “a Igreja Católica está empenhada neste caminho”, que “implica não só o esforço humano mas também uma acção espiritual que está dependente da oração de todos os cristãos”.

O responsável pelo CEC, Metropolita Emanuel de França, destacou por sua vez o contributo que os fiéis poderão dar, através da evangelização, para o desen-volvimento de “uma política sustentável para a União Europeia”, baseada na “defesa da dignidade humana e no respeito pela diversidade cultural e ambiental”.

Subordinado ao tema “Novos desafios para as Igrejas, testemunhas na Europa”, o encontro entre os dois orga-nismos decorreu entre 26 e 28 de Janeiro, mês em que se assinala o 40º aniversário do comité CCEE – CEC.

A iniciativa permitiu ainda verificar que a religião está a ter cada vez menos impacto no domínio públi-co, fortemente influenciado por uma visão secular ou “ateísta” do mundo.

Um dos oradores presentes, Alister McGrath, professor de teologia no King’s College, em Londres, acrescentou ao debate o problema do “extremismo religioso”, que pede uma acção mais efectiva por parte das Igrejas cristãs.

Uma acção “capaz de gerar mais-valias sociais, de promover a tolerância e, acima de tudo, de encorajar uma mentalidade contrária a fanatismos”, sustentou.

Vaticano apresenta exposição«Histórias do outro mundo»

O Vaticano promove esta quinta-feira, 2 de Feverei-ro, uma conferência de imprensa para a apresentação da exposição ‘Histórias do outro mundo: o universo dentro e fora de nós’, que vai decorrer em Pisa, Itália, entre Março e Junho.

O director do Observatório Astronómico do Vatica-no, padre José Gabriel Funes, vai marcar presença no encontro com os jornalistas, assinala um comunicado da sala de imprensa da Santa Sé.

O observatório foi fundado em 1891 pelo Papa Leão XIII para mostrar que “a Igreja e os seus pastores não se opõem à ciência autêntica e sólida”.

Apesar de a sede central do Observatório Astronómi-co do Vaticano ser em Castel Gandolfo, nos arredores de

Roma, foi fundado um se-gundo centro de pesquisa, ‘The Vatican Observatory Research Group’ (VORG) em Tucson, Arizona (EUA) no ano de 1981.

Este segundo centro é uma das maiores e mais modernas instituições de observação astronómica.

Durante o tempo do Natal de 2011, o Santuá-rio de Fátima lançou uma campanha em que apelou à solidariedade dos seus peregrinos e visitantes: o fruto dos ofertórios no momento da osculação do Menino Jesus, nos dias de Natal e de Ano Novo, seria entregue à Caritas, para apoiar os projetos que

visam colmatar as necessi-dades prementes dos mais desprotegidos e pobres.

A ideia surgiu também em resposta ao apelo dei-xado por D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, na sua mensagem de Natal: “O Natal de 2011 desafia-nos a crescer em solidariedade e em entreajuda partilhando generosamente com as pes-

soas e as famílias mais fra-gilizadas e carenciadas”.

A generosidade fez-se sentir e os ofertórios ren-deram 11.733,36 euros.

Associando-se ao gesto de partilha dos seus pere-grinos e visitantes, o San-tuário de Fátima juntou 3.266,64 euros ao montante das ofertas para a mesma campanha, o que perfez um

total de 15.000 euros.Dois terços desse valor

serão entregues à Caritas Nacional, um terço reverte-rá para a Caritas Diocesana de Leiria.

O Santuário de Fátima agradece sensibilizado a todos quantos colaboraram com esta causa.

Boletim informativo do Santuário de Fátima

Campanha de Natal rendeu perto de 12 mil euros

Santuário de Fátima agradece generosidade

Uma acção de formação destinada aos membros dos Conselhos Económicos Pa-roquiais e das Comissões de igrejas não paroquiais (capelas) irá realizar-se no Seminário Diocesano de Leiria, no sábado, dia 4 de Fevereiro, das 15h00 às 18h00, na Cripta (entrada ao lado da igreja).

Especialmente impor-

tante para os que inicia-ram funções recentemente ou as estão a iniciar, será orientada pelo ecónomo diocesano, padre Cristiano Saraiva. As pessoas a quem se destina não precisam de se inscrever. Recomenda-se aos párocos que convidem os seus colaboradores e, na medida do possível, os acompanhem.

A base da formação será o Regulamento da Administração dos Bens da Igreja na Diocese de Leiria-Fátima, promulgado em 1 de Dezembro de 2009 pelo Bispo D. António Marto.

O objectivo da acção for-mativa é dotar de melhor preparação e competência as pessoas que com os párocos têm a responsa-

bilidade da angariação e administração dos bens que pertencem às comuni-dades cristãs e servem para a realização da missão que lhe está confiada por Jesus Cristo. Pretende-se que as pessoas fiquem informados e capazes de agir de acordo com as normas da Igreja.

Padre Jorge Guarda, vigário-geral

Conselhos Económicos Paroquiais e Comissões das igrejas

Encontro de Formação em Leiria

Para o presente ano, a pastoral juvenil desafia todos os grupos de jovens da diocese de Leiria-Fáti-ma a participarem na festa que, para a organização, já se tornou um evento de referência.

O festival jovem da

canção de mensagem este ano irá ser incluído na peregrinação diocesana, a realizar-se no dia 24 e 25 de Março e pretende cul-minar o primeiro dia que é exclusivamente dedicado aos jovens.

O objectivo primeiro

deste evento é a divulga-ção da mensagem cristã de forma artística, concreta-mente através da música, onde a alegria de partilhar a fé em Cristo é a grande motivação.

Para isso, todos os gru-pos, mesmo aqueles que

acham não ter capacidade para participar num evento do género, são convidados a comporem uma canção, se-guindo o regulamento que está disponível na página do Serviço Diocesano da Pastoral Juvenil.

SDPJ Leiria-Fátima

Festival da Canção Jovem de Leiria-Fátima com inscrições abertas

“Brilhe a vossa luz diante dos homens”

A comemorar no ano de 2012 os 50 Anos do primeiro cursilho na diocese de Leiria-Fátima, entendeu o secretariado diocesano do MCC Leiria-Fátima, levar a efeito uma Ultreia Diocesana que terá lugar no Santuário do Senhor Jesus dos Milagres, a partir das 14h00 do dia 12 de Fevereiro.

Tendo por base a temática da Família, com rolho apresentado por um jovem casal cursilhista do centro de ultreia de Leiria, pre-tende-se sobretudo, que seja uma excelente tarde de convívio e partilha de todos quantos continuam a viver e a sentir o amor de Cristo tão presente nas suas vidas, com o mesmo ardor com que mostrou o seu rosto aquando da vivência dos seus cursilhos.

Contamos com a presença de todos os que continuam a acreditar que com Cristo tudo podemos.

Secretariado diocesano do Movimento dos Cursilhos de Cristandade

Ultreia Diocesana nos Milagres

“Com Cristo tudo podemos”

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á bocado, estacionando o carro no Campo Grande, abeirou-se de mim uma pessoa a pedir.

Acontece muitas vezes. Às vezes, ligo; outras vezes, nem por isso. Hoje, prendeu-me a atenção.

Pedia-me ajuda, que tinha fome. Pedia-me uma moeda, para almoçar. Dei-lhe esmola. Reparei que estava relativamente composto. Tinha bom aspecto. Estava envergonhado. Falava baixo. A medo. Pergun-tei-lhe: «Está desempregado?...» Disse-me que sim, com as lágrimas nos olhos: «As pessoas olham para os cabelos brancos e acham que já não sabemos tra-balhar.»

Perguntei-lhe se já tinha procurado ajuda nas ins-tituições sociais. Que sim: «Fui à Junta de Freguesia e mandaram-me à Misericórdia. Fui à Misericórdia e mandaram-me à Segurança Social. Fui à Segurança

Social e mandaram-me para a Junta de Freguesia...» Insisti ainda: «Então e o Rendimento Social de Inserção?» Disse-me que seriam 95 euros por mês... E fiquei até sem saber se os recebia, ou não.

Perguntei-lhe se era dali. Que não: «Não, senhor doutor. Vivo na Charneca da Caparica. Tenho que

andar por aí, a ver se encontro quem me ajude.» Depois, perguntou-me ele: «Não é o Dr. Ribeiro e

Castro?» Respondi-lhe que sim. Disse que me conhecia da televisão e mais umas coisas simpáticas. Achou-me muito mais magro e quis saber: «Não está doente, pois não?» Disse que não. Comentou: «Ah! Ainda bem.»

Perguntei-lhe qual era o seu ofício e que idade tinha. Respondeu-me: «Era cortador de carnes, mas o talho teve que dispensar pessoal.» E disse-me que tinha 58 anos. De novo com as lágrimas nos olhos, sussurrou: «Às vezes, sinto-me de tal maneira que me passam umas coisas pela cabeça...»

58 anos é também a minha idade. Dei-lhe uma palmada no braço. Desejei-lhe boa sorte.

Tempos difíceis, estes. Muito difíceis.In http://avenida-liberdade.blogspot.com

Sinais dos temposJosé Ribeiro e Castro

H

«As pessoas olham para os cabelos brancos e acham que já não sabemos trabalhar»

13O Mensageiro2.Fevereiro.2012 OPINIÃO

LUZ ENTRE OS HOMENS

http://padrejorgeguarda.cancaonova.pt

Molisa curou-se de depressão na eucaristia

H

Pe Jorge GuardaVigário Geral da Diocese

á cristãos católicos que não per-dem uma ocasião para participar

na Eucaristia, mesmo todos os dias, porque através dela recebem um alimento espiritual precioso. Outros porém vão mais raramente, pois não encontram nela tanto proveito. Há ainda aqueles que a desvalorizam, por a acharem ineficaz para sua vida espiritual e não corresponder aos seus interesses. Surpreendentemente, há quem encontre nela o alívio dos seus tormentos, a saúde e a conversão. Foi o caso da americana Molisa Derk.

Era uma mulher cristã do ramo protestante metodista (fundado no século XVIII, por John Wesley). Ti-nha sido batizada aos doze anos por influência da avó, cuja vivência de fé muito admirava. Desde criança, gostava de ir à igreja para a “escola dominical” e cantava no coro. Achava a igreja um lugar agradável, “onde todos sorriam, felizes”. Estudou informática na universidade, casou-se e teve um filho. Exercia várias funções na sua comunidade metodista.

Aos 53 anos, passou por várias provas que a abalaram duramente: separou-se do marido, morreram-lhe os pais e um irmão e atravessou instabilidade no trabalho como pro-fessora. O filho vivia noutra cidade e ela encontrou-se sozinha. Caiu em depressão. Apesar das sessões de tera-pia, em 2005, a depressão agudizou-se ainda mais devido a sérios problemas financeiros que se abateram sobre ela. No seu grupo bíblico começou a falar abertamente dos pensamentos de sui-cídio. O grupo ajudou-a, rezou por ela, mas sem efeitos notórios.

Foi nessa situação que assistiu na televisão a um filme sobre o Papa João Paulo II. “Vendo este filme, tive uma estranha sensação de paz, o que já há algum tempo estava ausente da minha vida”, conta. Nessa ocasião, perguntou-se a si própria se a Igreja Católica a poderia ajudar”. Molisa não conhecia praticamente nada acerca dela. Apenas uma vez estivera numa igreja católica, por motivo de um funeral. Alguns ami-

gos tinham-lhe falado mal do catolicis-mo. Ela sabia apenas que os não cató-licos estavam impedidos de receber a comunhão e que o chefe da Igreja era chamado Papa. Mas agora com aquele filme experimentava conforto.

Em Janeiro de 2006, telefonou à única pessoa católica que conhecia e foi com ela à missa. Tudo lhe parecia estranho, nada era como na igreja protestante. Ninguém parecia interes-sar-se com ela e ensinar-lhe como se comportar. Sentiu-se como visita não grata, confusa, embaraçada... Se dela dependesse, não voltaria ali. Mas acon-teceu uma mudança imprevista.

Ela bem tentava acertar com os outros, para que ninguém desse conta do seu embaraço. Quando tocaram a campainha e todos se ajoelharam, ela fez como eles, sem perceber o que isso significava. “Nesse momento, durante a oração eucarística, foi como se uma mão gigante e invisível chegasse à minha mente e tirasse todos os sen-timentos e pensamentos negativos que durante anos tinham sido meus companheiros. A mudança foi ins-tantânea e total”. Durante a semana, continuou a sentir-se melhor, mas no final começaram a voltar os pensamen-tos negativos. Decidiu então voltar à missa na mesma igreja. Teve a mesma experiência de cura.

Passaram-se meses e a cura tor-nou-se definitiva, sem mais terapias. E já não tinha experiências especiais durante a consagração. Convenceu-se então que Deus a queria na Igreja Católica. Começou então a preparação catequética para adultos e foi recebida como católica na vigília pascal de 2007. Com exceção de alguns poucos, os seus amigos protestantes admitiram que a mudança que nela se verificara era evi-dente e positiva: voltava a rir, a cantar, a viver com esperança.

Após a grata experiência vivida du-rante a missa e o acolhimento na Igreja Católica, tornaram-se para ela fáceis de admitir alguns aspectos da fé católica que os protestantes não admitem: o Purgatório, a presença real de Cristo na Eucaristia, a Virgindade perpétua de Maria e a sua Assunção... Descobriu que tinham base bíblica e que, quanto à leitura da Bíblia, contrariamente ao culto metodista, na missa católica há quatro leituras, contando o Salmo responsorial.

Na mudança, apenas de uma coisa tem saudades da igreja metodista: a escola dominical, a música animada, o ambiente alegre. Descobriu, por outro lado, “o valor espiritual do sofrimen-to”. Lamenta as críticas mútuas entre católicos e protestantes, a falta de apre-ço de uns pelos outros, de aproximação espiritual e de diálogo entre ambos os lados. Molisa é agora professora universitária na área da informática e frequenta a paróquia católica de S. Patrick onde toca na respectiva banda musical.

Opiniões sem voz e sem rosto

uas semanas após a polémica relativa às

reformas do Presidente da República, que levantou coros de protestos e uma manifestação à porta do Palácio de Belém, eis que surgem tentativas de recuperar a imagem de Cavaco Silva.

Tidos como nacionais e de referência, dois jornais avançaram: “Cavaco contra Estado mínimo de Passos Coelho” (Expresso, 28 de Janeiro) e “Cavaquistas querem que Vítor Gaspar saia” (Público, 29 de Janeiro). Em comum uma prática que em nada tem (ou não deveria ter) a ver com jornalismo: ocultar o rosto e/ou voz daqueles que emitem opinião.

O alerta foi dado por dois docentes e investigadores dos media e do jornalismo: Estrela Serrano e Joaquim Fidalgo. Este último aponta – no blogue do projecto Mediascópio – o facto das notícias tentarem “fazer de Cavaco o bonzinho”, tese que a jornalista do diário explora “sem NUNCA adiantar o nome de uma fonte sequer, sem NUNCA nos dizer quem são esses tais cavaquistas que pensam isso que diz que pensam, sem NUNCA se dignar identificar qualquer um dos autores de tais opiniões (um dos preceitos básicos da deontologia jornalística é que as opiniões têm sempre de ser atribuídas, nunca podem ser anónimas ou confidenciais…). O autor, oculto, de todas estas opiniões pode perfeitamente ser o próprio Cavaco, bem escondido e sem rabo de fora!”

Imagine-se que ao domingo à noite, na TVI, em vez de Marcelo Rebelo de Sousa começava a surgir uma personagem sem rosto ou com voz distorcida, num espaço de opinião. Não tinha piada nenhuma. Na opinião, como jornalismo, importa saber “quem diz o quê, a quem e porquê”. São regras básicas. “Ter” que recorrer a fontes anónimas ou opinion makers sem voz/rosto é mau sinal. E o público não merece. [email protected]

D

Agradecimento

Maria do Rosário Ferreira GasparN. 15-10-1928F. 29-01-2012

Seu marido Joaquim Carreira Soares, filhos: Arminda, Armando e Manuel Gaspar Soares, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoal-mente, como era seu desejo, vêm de forma reconhe-cida agradecer todo o carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Por fim, um agradecimento ao HSA Leiria, em especial ao Serviço de Medicina I, por todo o carinho e profissionalismo dedicado à sua familiar aquando da sua permanência nessa instituição. A todos, muito obrigado.

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, Lda – Batalha

Torrinhas - Reguengo do Fetal

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Fundador José Ferreira Lacerda Director Rui Ribeiro (TE416) Redacção Luís Miguel Ferraz (CP5023), Joaquim Santos (CP7731), Ana Vala (CP8867). Paginação O Mensageiro Colaboradores Ambrósio Ferreira, Américo Oliveira, André Batista (Pe.), Ângela Duarte, Carlos Alberto Vieira, Carlos Cabecinhas (Pe.), José Casimiro Antunes, Francisco Pereira (Pe.), D. João Alves, João Filipe Matias (CO798), Joaquim J. Ruivo, Jorge Guarda (Pe.), José António C. Santos, Júlia Moniz, Maria de Fátima Sismeiro, Orlando Fernandes, Paulo Adriano Santos, Pedro Jerónimo (CO1060), Pedro Miguel Viva (Pe.), Saúl António Gomes, Sérgio Carvalho, Verónica Fer-reirinho, Vítor Mira (Pe.). Administração / Publicidade André Antunes Batista (Pe.). Propriedade/Sede (Editor) Seminário Diocesano de Leiria - Largo Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA - Reitor: Armindo Janeiro (Pe.) Contribuinte 500 845 719 Contactos Tel.: 244 821 100/1 - Fax: 244 821 102 - Email: [email protected] - Web: www.omensageiro.com.pt Impressão e Expedição Empresa do Diário do Minho, Lda - Tel: 253 303 170 - Fax: 253 303 171 Depósito Legal 2906831/09

Registo no ICS N.º 100494Semanário - Sai à 5ª FeiraTiragem média - 3.000 Preço avulso - 0,80 euros

Tabela de Assinaturas para 2011 Destino Normal BenfeitorNacional 20 euros 40 eurosEuropa 30 euros 60 eurosResto do Mundo 40 euros

FARMÁCIAS DE SERVIÇOAntunes (2), Lis (3), Oliveira (4), Sanches (5), Tomáz (6), Maio (7), Avenida (8) e Baptista (9).

TELEFONES ÚTEISBombeiros Municipais - 244 832 122 | Bomb. Vol. Leiria (Ger.) - 244 882 015 | Bomb. Vol. Leiria (Urg.) - 244 881 120 | Bomb. Volunt. Batalha - 244 765 411 | Bomb. Volunt. P. Mós - 244 491 115 | Bomb. Volunt. Juncal

- 244 470 115 | Bomb. Volunt Ourém - 249 540 500 | Bomb. V. M.te Redondo - 244 685 800 | Bomb. Volunt. Ortigosa - 244 613 700 | Bomb. Volunt. Maceira - 244 777 100 | Bomb. Vol. Marinha - 244 575 112 | Bom. Volunt. Vieira - 244 699 080 | Bom. Voltun. Pombal - 236 212 122 | Brigada de Trânsito - 244 832 473 | Câmara M. de Leiria - 244 839 500 | Câmara Eclesiástica - 244 832 539 | CENEL (Avarias) - 800 246 246 | C. Saúde A. Sampaio - 244 817 820 | C. Saúde Gorjão Henriques - 244 816 400 | C. P. (Est. de Leiria) - 244 882 027 | Cruz Vermelha - Leiria - 244 823 725 | Farmácia Avenida - 244 833 168 | Farmácia Baptista

- 244 832 320 | Farmácia Central - 244 817 980 | Farmácia Coelho - 244 832 432 | Farmácia Higiene - 244 833 140 | Farmácia Lino - 244 832 465 | Farmácia Oliveira - 244 822 757 | Farmácia Sanches - 244 892 500 | Governo Civil - 244 830 900 | Guarda N. Republicana - 244 824 300 | Hospital de S.to André - 244 817 000 | Hospital S. Francisco - 244 819 300 | Polícia Judiciária - 244 815 202 | Polícia S. Pública - 244 859 859 | Polidiagnóstico - 244 828 455 | Rádio Táxis - 244 815 900 | Rádio Alerta - 244 882 247 | Rodoviária do Tejo - 244 811 507 | Teatro JLS (Cinema) - 244 823 600

DIVERSAS14 O Mensageiro2.Fevereiro.2012

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Telefone +351244850690 / Fax 244850698Largo Cândido dos Reis, Nº 11 / 12 • 2400-112 LEIRIA

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Telefones: BARREIROS (sede): 244 840 677

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Tel. 244 832406

Notária Maria José Andrade CoutinhoEXTRACTO/JUSTIFICAÇÃO

CERTIFICO, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada no dia vinte e quatro de Janeiro de dois mil e doze, no Cartório Notarial de Fátima, a cargo da notária Maria José Andrade Coutinho, sito na Rua Dr. Júlio Ferreira Constantino, B, 43 N, Cova de Iria, exarada de folhas noventa e duas, a folhas noventa e três, verso, do livro de notas para escrituras diversas número “Dezasseis – A”, ADELINA DA SILVA SANTOS, NIF 154.447.730, solteira, maior natural da freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, residente na Rua Paulo VI, lote 4 A, 4.º direito, freguesia e concelho de Leiria, fez as declarações constantes da certidão anexa, que com esta se compõe de duas folhas e vai conforme o original.

Que, com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora do seguinte prédio:

Prédio rústico, composto por terra de cultura, sito no lugar de Sobral, freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, com a área de quinhentos e sessenta metros quadrados, a confrontar de Norte com João da Silva, de Sul com António Lopes, de Nascente com António Silva Filipe e de Poente com Caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 9416, com o valor patrimonial de � 3.27, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Leiria.

Que atribui ao referido prédio o respectivo valor patrimonial.Que, o referido prédio atrás descrito veio à sua posse no ano de mil

novecentos e sessenta e nove, por doação meramente verbal de seus pais, Constantino dos Santos (presentemente já falecido) e Maria da Conceição e Silva, após o que, de facto, passou a possuir o referido prédio em nome próprio, tendo pago desde sempre os respectivos impostos, cultivando e plantando árvores, posse que sempre foi exercida por ela de forma a considerar tal prédio como seu, sem interrupção, intromissão ou oposição de quem quer que fosse, à vista de toda a gente do lugar e de outros circunvizinhos, sempre na convicção de exercer um direito próprio sobre coisa própria.

Que, esta posse assim exercida ao longo de quarenta e três anos se deve reputar de pública, pacífica e contínua.

Assim, na falta de melhor título, adquiriu o mencionado prédio para seu o património por usucapião, que aqui invoca por não lhe ser possível provar pelos meios extrajudiciais normais.

Fátima, Cartório Notarial, vinte e quatro de Janeiro de dois mil e doze.A Colaboradora Autorizada nos termos do artigo 8.º EN, (Filipa Sofia Ramos Cardoso)

Notária Maria José Andrade CoutinhoEXTRACTO/JUSTIFICAÇÃO

CERTIFICO, narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada no dia vinte e quatro de Janeiro de dois mil e doze, no Cartório Notarial de Fátima, a cargo da notária Maria José Andrade Coutinho, sito na Rua Dr. Júlio Ferreira Constantino, B, 43 N, Cova de Iria, exarada de folhas noventa a folhas noventa e uma, verso, do livro de notas para escrituras diversas número “Dezasseis – A”, - MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA SANTOS, NIF 154.083.070, e marido MANUEL DE JESUS JORGE, (NIF 129.631.191), casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, onde residem na Rua dos Caçadores, número 21, fizeram as declarações constantes da certidão anexa, que com esta se compõe de duas folhas e vai conforme o original.

Que, com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora do seguinte prédio:

Prédio rústico, composto por vinha com duas oliveiras, sito no lugar de Sobral, freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, com a área de duzentos e sessenta metros quadrados, a confrontar de Norte e de Nascente com José Domingos Pereira, do Sul com Domingos Pereira Bento e do Poente com António da Silva Relha, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 9622, com o valor patrimonial de � 5,03, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Leiria.

Que atribui ao referido prédio o respectivo valor patrimonial.Que, o referido prédio atrás descrito veio à sua posse no ano de mil

novecentos e sessenta e nove, por doação meramente verbal de seus pais, Constantino dos Santos (presentemente já falecido) e Maria da Conceição e Silva, após o que, de facto, passou a possuir o referido prédio em nome próprio, tendo pago desde sempre os respectivos impostos, cultivando e plantando árvores, posse que sempre foi exercida por ela de forma a considerar tal prédio como seu, sem interrupção, intromissão ou oposição de quem quer que fosse, à vista de toda a gente do lugar e de outros circunvizinhos, sempre na convicção de exercer um direito próprio sobre coisa própria.

Que, esta posse assim exercida ao longo de quarenta e três anos se deve reputar de pública, pacífica e contínua.

Assim, na falta de melhor título, adquiriu o mencionado prédio para seu o património por usucapião, que aqui invoca por não lhe ser possível provar pelos meios extrajudiciais normais.

Fátima, Cartório Notarial, vinte e quatro de Janeiro de dois mil e doze.A Colaboradora Autorizada nos termos do artigo 8.º EN, (Filipa Sofia Ramos Cardoso)

Vandalismo na recuperação do caminho-de-ferro da BezerraEcopista de Porto de Mós

A recuperação e transformação da linha do antigo caminho-de-ferro da Bezerra em ecopista é uma obra praticamente concluída. Apesar de alguns trabalhos de arranjos finais ainda estarem a decorrer, este é um espaço público que desde sempre manifestou muita afluência de transeuntes (utentes), nomeadamente desde que o trilho sofreu intervenções de melhoria.

Pretende-se que a ecopista seja um espaço de todos e para todos, ideal para usufruir da natureza, característica de uma zona protegida como o PNSAC e, no qual, o conce-lho de Porto de Mós se insere, ou simplesmente passear, reconstruindo um pouco da história local e, também, pra-ticar desporto, em qualquer altura do ano e, até, do dia, uma vez que reúne, também, condições para a realização de actividades ou prática desportiva à noite.

Lamentavelmente, este local tem sido alvo de várias acções de vandalismo, nomeadamente, roubo de leds, arrombamento de acessos e utilização indevida, com motociclos a motor.

Neste sentido, numa tentativa de sensibilização, o Município de Porto de Mós alerta:

A ecopista é um património público e como tal merece ser preservado, valorizado e divulgado, de modo a propor-cionar as melhores condições a quem o visita.

As autoridades competentes já estão informadas das ocorrências e procederão judicialmente junto daqueles que não cumpram as normas de conduta e civismo, associadas à utilização de espaços públicos, através da abertura de um processo crime que, em última instância, poderá resultar na aplicação de pena de prisão.

De referir que esta é uma obra financiada pela QREN, entidade que exige o cumprimento dos projectos e pro-gramas aprovados que apoia. Como tal, a carência das estruturas e equipamentos furtados poderá traduzir-se num aumento de custos, não previstos, para a autarquia. Relembramos que os dinheiros públicos, investidos em obras desta natureza são de todos os contribuintes.

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Equipa J V E D Pts1.º Benfica 17 14 3 0 452.º Porto 17 12 4 1 403.º Sp. Braga 17 11 4 2 374.º Sporting 17 9 5 3 324.º Marítimo 17 8 5 4 296.º V. Guimarães 17 7 2 8 237.º Olhanense 17 5 6 6 218.º Académica 17 5 5 7 209.º Nacional 17 5 4 8 1910.º Gil Vicente 17 4 7 6 1911.º Beira-Mar 17 4 4 9 1612.º Feirense 17 3 6 8 1513.º Rio Ave 17 5 2 10 1514.º P. Ferreira 17 4 3 10 1515.º U. Leiria 17 4 2 11 1416.º V. Setúbal 17 3 5 9 14

15O Mensageiro2.Fevereiro.2012 DESPORTO

liga portuguesade futebol profissional

I LIGA

V. Guimarães x Nacional (1-0)Rio Ave x Académica (0-0)Feirense x Benfica (1-2)U. Leiria x P. Ferreira (2-4)V. Setúbal x Olhanense (2-3)Sporting x Beira-Mar (2-0)Gil Vicente x Porto (3-1)Martítimo x Sp. Braga (1-2)17

.ª JO

R. 29

.01.12

Sp. Braga x V. Setúbal (dia 10, 20h15, Sport Tv1)

Marítimo x Sporting (dia 11, 18h30, Sport Tv1)

Benfica x Nacional (dia 11, 20h30, TVI)

P. Ferreira x Feirense (16h00)

Olhanense x Rio Ave (16h00)

Beira-Mar x V. Guimarães (18h00, Sport Tv1)

Porto x U. Leiria (20h15, Sport Tv1)

Académica x Gil Vicente (dia 13, 20h15, Sport Tv1)18.ª

JOR.

12.02

.12

Equipa J V E D Pts1.º Estoril 17 10 5 2 352.º Moreirense 17 9 3 5 303.º D. Aves 17 7 7 3 284.º Naval 17 7 6 4 275.º Atlético 17 7 5 5 266.º Leixões 17 7 3 7 247.º Penafiel 17 6 5 6 238.º Arouca 17 5 8 4 239.º Santa Clara 17 6 4 7 2210.º Oliveirense 17 5 6 6 2111.º Belenenses 17 5 6 6 2112.º Sp. Covilhã 17 5 5 7 2013.º Trofense 17 5 4 8 1914.º Freamunde 17 4 6 7 1815.º U. Madeira 17 4 6 7 1816.º Portimonense 17 3 3 11 12

liga portuguesade futebol profissional

II LIGA

Estoril x Atlético (5-0)U. Madeira x Sp. Covilhã (1-1)Oliveirense x D. Aves (1-1)Trofense x Freamunde (4-0)Belenenses x Penafiel (2-0)Moreirense x Arouca (0-2)Santa Clara x Leixões (2-0)Naval x Portimonense (2-1)17

.ª JO

R. 29

.01.12

Freamundex Moreirese (dia 9, 20h15, Sport Tv1)

Portimonense x Estoril (11h15, Sport Tv1)

Atlético x Santa Clara (15h00)

Leixões x Arouca (15h00)

Oliveirense x Trofense (15h00)

D. Aves x Belenenses (15h00)

Penafiel x U. Madeira (15h30)

Sp. Covilhã x Naval (16h00)18.ª

JOR.

12.02

.12

16.ª

J. 29.0

1.12

federação portuguesa de futebol

II Divisão BSUL

Moura x Caldas (1-0)Vendas Novas x Mafra (0-1)1.º Dezembro x Juv. Évora (3-0)Oriental x Pinhalnovense (2-1)Tourizense x Fátima (0-0)Torreense x Louletano (3-0)Sertanense x Reguengos (1-0)Carregado x Monsanto (4-0)17

.ª JO

R. 22

.01.12

Equipa J V E D Pts1.º Torreense 17 10 5 2 352.º Oriental 17 10 3 4 333.º Carregado 17 9 5 3 324.º Fátima 17 8 5 4 295.º Mafra 17 7 7 3 286.º Vendas Novas 17 8 4 5 287.º Pinhalnovense 17 9 1 7 288.º Louletano 17 7 5 5 269.º Sertanense 17 7 3 7 2410.º 1.º Dezembro 17 6 4 7 2211.º Moura 17 5 3 9 1812.º Juv. Évora 17 5 2 10 1713.º Mosanto 17 3 7 7 1614.º Tourizense 17 3 6 8 1515.º Reguengos 17 3 5 9 1416.º Caldas 17 2 3 12 9

Mafra x Caldas (todos às 15h00)

Juv. Évora x Vendas NovasPinhalnovense x 1.º DezembroFátima x OrientalLouletano x TourizenseReguengos x TorreenseMonsanto x SertanenseCarregado x Moura18.ª

JOR.

05.02

.12

federação portuguesa de futebol

III Divisão série D

Tocha x B.C. Branco (3-1) Marinhense x Peniche (1-2)Alcobaça x Riachense (2-0)Bombarralense x Sourense /0-2)Pampilhosa x Beneditense (0-1)Folgo: Sp. Pombal

Equipa J V E D Pts1.º Tocha 15 7 5 3 262.º Pampilhosa 14 8 1 5 253.º Sp. Pombal 14 7 3 4 144.º Sourense 15 6 6 3 245.º B.C. Branco 15 6 5 4 236.º Beneditense 14 5 8 1 237.º Marinhense 15 6 3 6 218.º Peniche 15 4 8 3 209.º Alcobaça 14 4 5 5 1710.º Bombarralense 14 0 6 8 611.º Riachense 15 0 4 11 4

Beneditense x Tocha (todos às 15h00)

B.C. Branco x MarinhensePeniche x AlcobaçaRiachense x BombarralenseSp. Pombal x PampilhosaFolga: Sourense17

.ª J. 0

5.02.1

2

associação de futebol de leiria

HONRA

Alq. Serra x Alvaiázere (1-1)Vieirense x Guiense (2-5)Pedroguense x GRAP/Pousos (0-8)Fig. Vinhos x Portomosense (2-4)Ansião x Pataiense (1-2) Atouguiense x Nazarenos (0-1)Meirinhas x Avelarense (1-1)Biblioteca x Marrazes (0-1, interrompido aos 55’)15

.ª JO

R. 29

.01.12

Equipa J V E D Pts1.º Alq. Serra 15 12 2 1 382.º Pataiense 15 9 4 2 313.º Nazarenos 15 9 4 2 314.º Guiense 15 9 3 3 305.º Portomosense 15 9 3 3 306.º GRAP/Pousos 15 9 1 5 287.º Atouguiense 15 8 3 4 278.º Marrazes 15 5 4 6 199.º Alvaiázere 15 4 4 7 1610.º Avelarense 15 4 4 7 1611.º Vieirense 15 3 6 6 1512.º Fig. Vinhos 15 4 3 8 1513.º Meirinhas 15 2 6 7 1214.º Biblioteca 15 2 5 8 1115.º Ansião 15 2 3 10 916.º Pedroguense 15 1 1 13 4

Pedroguense x Guiense (todos às 15h00)

Vieirense x AlvaiázereAlq. Serrsa x PataienseAnsião x BibliotecaAtouguiense x AvelarenseFig. Vinhos x GRAP/PousosMeirinhas x PortomosenseNazarenos x Marrazes16

.ª JO

R. 05

.02.12

Arcuda x Pelariga (0-4)Mata Mourisq. x Castanheira Pêra (4-1)Ranha x Moita do Boi (0-2)Caseirinhos x Boavista (0-2)Motor Clube x Alegre e Unido (1-0)Pousaflores x Ilha (1-0)12

.ª J.2

2.01.1

2

Equipa J V E D Pts1.º Lisboa Marinha 11 10 1 0 312.º Gaeirense 11 7 2 2 233.º Outeirense 10 6 3 1 214.º Pilado 11 6 1 4 195.º Juncalense 11 6 0 5 186.º Os Vidreiros 11 4 3 4 157.º Maceirinha 11 4 2 5 148.º Praia da Vieira 11 4 1 6 139.º Santo Amaro 11 2 2 7 810.º Unidos 11 1 2 8 511.º Nadadouro 11 1 1 9 4

Praia da Vieira x Outeirense (todos às 15h00)

Santo Amaro x PiladoNadadouro x MaceirinhaLisboa e Marinha x GaeirenseUnidos x JuncalenseFolga: Os Vidreiros13

.ª J.0

5.02.1

2

Pilado x Praia da Vieira (4-1)Maceirinha x Santo Amaro (3-1)Gaeirense x Nadadouro (4-1)Juncalense x Lisboa e Marinha (2-3)Os Vidreiros x Unidos (0-0)Folgou: Outeirense12

.ª J.2

2.01.1

2

Equipa J V E D1.º Moita do Boi 12 10 1 1 312.º Pelariga 12 9 2 1 293.º Pousaflores 12 9 1 2 284.º Alegre e Unido 11 7 0 4 215.º Boavista 12 7 0 5 216.º Motor Clube 12 6 1 5 197.º Mata Mourisq. 12 4 4 4 168.º Ranha 12 4 1 7 139.º Cast. Pêra 12 3 0 9 910.º Arcuda 11 2 2 7 811.º Caseirinhos 12 2 0 10 612.º Ilha 12 1 2 9 5

Arcuda x Ilha (todos às 15h00)

Pelariga x Mata MourisquenseCastanheira de Pêra x RanhaMoita do Boi x CaseirinhosBoavista x Motor ClubeAlegre e Unido x Pousaflores13

.ª J.0

5.02.1

2

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I Divisão NORTE

associação de futebol de leiria

I Divisão SUL

Orientação | Atleta do Clube do Centro na I Taça do COMOF

Portugal “chama” Patrícia Casalinho

União marcou ao Paços mas de nada lhe valeu. Jogo de “tri-bis”, em que Ogu (U. Leiria), Manuel José e Michel (ambos do Paços de Ferreira) marcaram por duas vezes. Foto: Lusa

Alicante (Espanha) é o destino de Patrícia Casali-nho (Clube de Orientação do Centro, Leiria), onde irá integrar a selecção nacio-nal, que participará na 1ª Taça da Confederação das Federações de Orientação Mediterrânicos (COMOF), 11 e 12 de Fevereiro.

Portugal será, com oito atletas, uma das maiores comitivas entre os sete pa-íses já confirmados – Itália (8), Espanha (8), Sérvia (8), Turquia (2), Macedónia (2) e Chipre (2). Para além da atleta do clube leiriense, Tiago Aires e Raquel Cos-ta (ambos doGafanhOri), Diogo Miguel (Ori-Estarre-ja), João Mega Figueiredo (C.N. Alvito), Luís Silva

(Associação dos Deficientes das Forças Armadas), Vera Alvarez e Mariana Moreira (ambos do Clube Português de Orientação e Corrida) completam os convocados.

A 1ª Taça do COMOF será disputada em simul-tâneo com o XII Troféu In-ternacional de Orientação da Costa Blanca.

A COMOFTrata-se da Confede-

ração das Federações de Orientação Mediterrânicas e foi criada em Veneza, a 12 de Novembro de 2010. Tem como países fundadores Itá-lia, Espanha e Sérvia. A sua primeira Assembleia-Geral teve lugar em Belgrado, entre os dias 4 e 6 de Mar-ço de 2011, e nela foram reconhecidas as normas de desenvolvimento do Cam-peonato de Orientação do Mediterrâneo, cuja primei-ra edição está marcada para os próximos dias 11 e 12 de Fevereiro, em Sant Joan, Alicante (Espanha).

Três pódios no II Ori-BTT de Soure

Luísa Mateus (D45) foi o principal destaque do clube leiriense na primeira prova da época de Ori-BTT 2012 – realizada na vila de Soure, 28 e 29 de Janeiro – ao vencer no respectivo escalão. Quem também subiu ao pódio, 3.º lugar, foi Raquel Schacchetti (D21A). Em igual lugar ficou o COC, numa prova ganha colectivamente pelo BTT Loulé.

Patrícia Casalinho

DR

Pleno vidigalense para a fase finalATLETISMO – A Juventude Vidiga-lense voltou a garantir a presença das duas equipas, feminina e mascu-lina, na fase final do campeonato na-cional de clubes de pista coberta (1ª divisão). Feito alcançado em Pombal, 28 e 29 de Janeiro, em virtude dos 3.º e 4.º lugares, respectivamente.

Individualmente, destaque para o 2.º lugar de Juliana Pereira (lança-mento do peso) e Diogo Santos (400 metros planos) e o 3.º de Micaela Lopes (1500 metros planos), Marta Martins (3000 metros planos), Sónia Marques (salto em comprimento e triplo-salto), Bruno Gualberto (60

metros planos) e Adriano Lopes (lançamento do peso).

Destaque ainda para as presenças do Grupo de Atletismo de Fátima (1ª divisão, masculinos) e Clube Atletis-mo Marinha Grande (2ª, femininos) na fase final, que se realiza em Pom-bal, dias 11 e 12 de Fevereiro.

Taça CidadeNATAÇÃO – O Despor-tivo Náutico da Marinha Grande (DNMG) foi o grande vencedor da Taça Cidade de Leiria “27.º Aniversário do Bairro dos Anjos – Leiria” (28 de Janeiro). O clube anfitrião terminou no 2.º lugar, seguido pelo Benedita S.C.N. Destaca-ram-se ainda, com duas vitórias cada, Ana Eloi, Daniel Sousa e Filipa Ruivo (todos do DNMG) e João Veiga (Clube Náu-tico Académico).

Encontro de RuaFUTEBOL – Realiza-se, a 4 de Fevereiro, em Pombal, o 2.º Encontro de Futebol de Rua. Mais informações junto da Associação de Leiria.

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2FEVEREIRO2012ÚLTIMA A história é émula [adversária] do tempo, repositório dos factos,testemunha do passado, exemplo do presente, advertência do futuro.

Miguel de Cervantes Saavedra, escritor espanhol [1547-1616]

A 14 de Setembro de 1512, D. Pedro Gavião, Bis-po da Guarda e Prior-Mor de Santa Cruz de Coimbra, criou a Freguesia da Bata-lha, divisão territorial que na época era religiosa e ci-vil, correspondendo ao que hoje são as duas entidades distintas da Paróquia e da Freguesia.

Fundada sob o orago de Santa Cruz, que ainda hoje mantém, teve como mo-numento mais distintivo a sua igreja matriz, mandada erigir por D. Manuel I e concluída em 1532.

Esta é a informação que nos dá O Couseiro, livro que é um precioso documento histórico so-bre todas as freguesias da diocese de Leiria-Fátima, recentemente reeditado pela Textiverso.

Passam, portanto, em 2012 os 500 anos desta data fundadora. E é signi-ficativo que a Paróquia e a Junta voltem a unir-se para um programa celebra-tivo conjunto, apresentado publicamente no passado dia 19 de Janeiro.

Circula já um folheto com o grosso dessa progra-mação, onde o presidente da Junta, Germano Pragosa, afirma a sua honra em ser “o primeiro responsável por um grupo alargado de pessoas” que terá a missão de festejar esta efémeride, lançando um convite aberto a toda a população para co-laborar no seu sucesso.

Na mesma publicação, o pároco, padre José Gon-çalves, explica o que é uma paróquia e apela a “todos

os cristãos a darem a sua melhor colaboração” para que esta desempenhe a sua finalidade: “anunciar a todos o Evangelho de Cris-to e facultar-lhes os meios para a salvação”.

Está assim lançado o repto ao envolvimento dos batalhenses – fregueses e paroquianos – neste ano de muitos eventos.

De referir que, actual-mente, a Paróquia inclui a freguesia da Golpilheira,

desmembrada da freguesia da Batalha em 1984.

Terá passado desperce-bida a muitos a salva de 21 tiros ao meio-dia de 1 de Ja-neiro, que marcou o início oficial das comemorações. E também a sessão do passado dia 19, em que foi apresentado o programa, o site oficial da Junta de Fre-guesia (www.jf-batalha.pt) e um vinho da Adega Coope-rativa da Batalha alusivo à efeméride, com animação

do Grupo de Cantares do Planalto de São Mamede.

Mas não passará desper-cebido, com certeza, o pro-grama que se segue durante o ano (ver ao lado).

Na devida altura dare-mos pormenores de cada uma destas iniciativas e de outras que, provavelmen-te, irão surgir a propósito desta data tão significativa de 500 anos de história batalhense.

Luís Miguel Ferraz

FevereiroDia 13 | 15h00 (Sede da Junta) – Lançamento de concursos de

poesia e fotografia dirigidos às escolas e ao público em geral, alusivos à história da Batalha.

MarçoDia 17 | 18h30 (Pavilhão Multiusos) – Festival de Sopas da

Batalha, com a participação de todas as colectividades da Fre-guesia, cuja receita reverte a favor dos Bombeiros Voluntários e da Santa Casa da Misericórdia.

AbrilDia 21 | 21h00 (Praça Mouzinho de Albuquerque) – “Festa-Jo-

vem” com DJ convidados e entrega dos prémios dos concursos de poesia e fotografia.

MaioDia 19 | 07h30 – Passeio de pensionistas da freguesia.Dias 24 a 27 (Largo Cónego Simões Inácio) – Participação

institucional da Junta na XXII FIABA – Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha.

JunhoDias 2 a 4 (Centro Paroquial) – Participação da Junta nos feste-

jos da Santíssima Trindade, festa principal da Paróquia.Dia 10 | 09h30 (Pavilhão Multiusos) – Grande concentração de

bicicletas antigas, com passeio por alguns lugares das fregue-sias da Batalha e Golpilheira.

JulhoDia 1 | 15h00 (Largo da Estátua do Condestável) – Sarau

desportivo com a participação dos clubes desportivos da Freguesia.

AgostoDia 18 | 15h00 (Praças D. João I e Mouzinho de Albuquerque)

– “Sons Jovens”, com actuação de dois grupos da Freguesia.

SetembroDia 14 | 12h00 – Fim-de-semana das comemorações oficiais,

com salva de 21 tiros e toque de todos os sinos da igreja matriz e das capelas da paróquia.20h00 (Sede da Junta) – Concentração para o passeio pedes-tre histórico pela Vila.21h00 (Praça Mouzinho de Albuquerque) – Convívio com animação musical de “Virgílio Pereira e Manuel Ribeiro” e porco no espeto.

Dia 15 | 15h30 (Sede da Junta) – Apresentação de dois livros históricos alusivos à freguesia da Batalha, um da autoria de Saul António Gomes, e outro com autoria conjunta de Maria da Luz Moreira e José Travaços Santos.21h00 (Praça Mouzinho de Albuquerque) – Concerto de fado com artistas amadores da região.

Dia 16 | 11h00 (Igreja do Mosteiro) – Missa presidida pelo Bispo diocesano de Leiria-Fátima, D. António Marto.12h30 (Sede da Junta) – Descerramento da placa comemorati-va do aniversário da Freguesia.16h00 (Praça Mouzinho de Albuquerque) – Actuação dos ranchos folclóricos da freguesias da Batalha e Golpilheira e dos grupos Gaitilena e Sons do Lena.21h00 – Encerramento das comemorações com momento musical e fogo de artifício.

Ano de comemorações na Batalha

500 anos unem Paróquia e FreguesiaPROGRAMA COMEMORATIVO

O Município da Batalha vai apre-sentar o Centro de BTT da Batalha – Pia do Urso, na NAUTICAMPO – Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto, Aventura e Caravanismo, a realizar no dia 9 de Fevereiro, pelas 15h00, na FIL, Parque das Nações.

Esta nova infra-estrutura do concelho da Batalha será mesmo um dos destaques da presente edição da NAUTICAMPO, sendo o primeiro do país homologado pela UVP/ Federação Portuguesa de Ciclismo, já que cumpre todos os requisitos técnicos definidos internacionalmente para um equipa-

mento turístico e desportivo desta natureza.

Com inauguração marcada para o dia 25 de Março, este centro irá apre-sentar 265 quilómetros de trilhos sinalizados, com quatro níveis de dificuldade e uma moderna estação de serviço para bicicletas.

Centro de BTT da Batalha na NAUTICAMPO