4946#OMensageiro#7FEV

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FUNDADO EM 1914 ANO 99 - N.º 4946 FUNDADOR: José Ferreira Lacerda DIRECTOR: Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt 7 FEVEREIRO 2013 DESTAQUE “VAI E FAZ TU O MESMO” CULTURA A partir de 1 de Março | P. 4 1ª Bienal Criatividade Jovem Leiria 2013 abre inscrições Período experimental é de seis meses| P. 4 Ansião recebe projecto-piloto do “Quiosque do Cidadão” Henrique Pinto no Órfeão há 30 anos| P. 5 Criação do Festival Música em Leiria é um marco na história da região Cumpre-se em 2013 o ciclo de três anos em que se refletiu sobre a Parábola do Bom Samaritano (Lc 10,29-37). Neste, Bento XVI apresenta-nos a proposta de Jesus “vai e faz tu o mesmo”. É precisamente o mote para o XXI Dia Mundial do Doente. Páginas 2 e 3 DR ECLESIAL LMFerraz/GIC Leiria-Fátima SOCIEDADE Direcção Regional de Cultura já tem conhecimento|P. 6 Queda de árvore junto ao Castelo de Leiria revela esqueleto humano Sistema liga 430 instituições de saúde nacionais | P. 7 Centro Hospitalar Leiria-Pombal adere à Plataforma de Dados de Saúde Inscrições terminam a 12 de Fevereiro| P. 7 Município de Ourém recruta professores Centro de Formação e Cultura| P. 11 Início do segundo semestre Pároco dos Pousos sobre a Visita Pastoral | P. 9 D. António lança desafios à paróquia QUARESMA

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Dia Mundial do Doente em destaque.

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FUNDADO EM 1914

ANO 99 - N.º 4946

FUNDADOR: José Ferreira LacerdaDIRECTOR: Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

7 FEVEREIRO 2013

DESTAQUE

“VAI E FAZ TU O MESMO”CULTURA

A partir de 1 de Março | P. 4

1ª Bienal Criatividade Jovem Leiria 2013 abre inscrições

Período experimental é de seis meses| P. 4

Ansião recebe projecto-piloto do “Quiosque do Cidadão”

Henrique Pinto no Órfeão há 30 anos| P. 5

Criação do Festival Música em Leiria é um marco na história da região

Cumpre-se em 2013 o ciclo de três anos em que se refletiu sobre a Parábola do Bom Samaritano (Lc 10,29-37). Neste, Bento XVI apresenta-nos a proposta de Jesus “vai e faz tu o mesmo”. É precisamente o mote para o XXI Dia Mundial do Doente. Páginas 2 e 3

DR

ECLESIAL

LMFerra

z/GIC

Leiria-F

átima

SOCIEDADE

Direcção Regional de Cultura já tem conhecimento|P. 6

Queda de árvore junto ao Castelo de Leiria revela esqueleto humano

Sistema liga 430 instituições de saúde nacionais | P. 7

Centro Hospitalar Leiria-Pombal adere à Plataforma de Dados de Saúde

Inscrições terminam a 12 de Fevereiro| P. 7

Município de Ourém recruta professores

Centro de Formação e Cultura| P. 11

Início do segundo semestre

Pároco dos Pousos sobre a Visita Pastoral | P. 9

D. António lança desafios à paróquia

QUARESMA

DESTAQUE2 O Mensageiro7.Fevereiro.2013

EDITORIAL EDITORIAL

Uma solicitude concreta

Trata-se, afinal, de uma solicitude

concreta para com o irmão doente, trata-

se de uma marca distintiva do cristão

que na sua relação intima com Deus

descobre a urgência e o desafio da relação

concreta com o irmão necessitado.

Rui [email protected]

Cumpre-se neste ano de 2013 o ci-clo de três anos em que se refletiu so-bre a parábola do Bom Samaritano (Lc 10,29-37). Neste terceiro ano, o papa Bento XVI, apresenta-nos a proposta de Jesus “vai e faz tu o mesmo”.

Põe-se a questão: agimos com os nossos doentes, na comunidade paroquial ou hospitalar, como agiu o Bom Samaritano, fazendo-se próximo e tendo prestado os cuidados indis-pensáveis à recuperação do homem caído na estrada de Jericó? A Comis-são Nacional da Pastoral da Saúde em Portugal, interpela-nos à urgência de cuidarmos do nosso próximo: na comunidade cristã é urgente fazer o mesmo. Na actual crise económico- -social multiplicam-se as pessoas em dificuldade. Aumenta o número de pessoas idosas, há novas doenças que invadem as famílias, também não faltam deficientes, a par de migran-tes, de desempregados, de crianças ao abandono. É preciso levar as comuni-dades cristãs “a fazer o mesmo” que foi feito pelo samaritano.

A celebraçãoO Dia Mundial do Doente, cele-

bração instituída por João Paulo II em 1992, é assinalada anualmente pela Igreja Católica a 11 de Fevereiro, na festa litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, data que marca as aparições a Bernardette Soubirous, em 1858. So-bre o significado da data, Bento XVI recordou as palavras do Papa João Paulo II quando instituiu a data, em 1992: “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo diri-

gido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade” (João Paulo II, Carta de instituição do Dia Mundial do Doente, 13 de Maio de 1992, 3).

Este anos as celebrações concen-tram-se no Santuário de Altoetting, Alemanha. No programa previsto para a iniciativa, na Baviera, destaque para a realização de um Congresso Inter-nacional Científico intitulado “Fazer bem a quem sofre”, que terá lugar nos dias 7 e 8 de Fevereiro na Universi-dade Católica de Eichstätt-Ingolstadt. Para D. Jean-Marie Mupendawatu, secretário do Conselho Pontifício da Pastoral para os Agentes de Saúde, este congresso será dedicado ao deba-te e partilha de argumentos de caráter “teológico-ético” e contará com a parti-cipação de agentes e responsáveis do sector vindos de toda a Europa. O Papa vai conceder “indulgência plenária” a todos os fiéis que vão participar nas celebrações, entre 7 e 11, no Santuário de Altoetting, Alemanha. A indulgên-cia plenária irá abranger todos aqueles que, “com espírito de fé e alma miseri-cordiosa”, a exemplo do Bom Samari-tano, “se colocam ao serviço dos seus irmãos que estão a sofrer” e aqueles que “estando doentes, oferecem a sua dor como testemunho de fé”.

O que fazer nas comunidades cristãs?

Ver as pessoas que precisam de especial ajuda em saúde e apoio material ou espiritual: organizar um ficheiro com as pessoas a quem aju-

dar. Aproximar-se indo ao encontro destas pessoas: a criação de um grupo de voluntários/visitadores a quem são atribuídas as pessoas a ajudar; fazer--se próximo é uma forma dinâmica de ir ao encontro de quem não tem ninguém. Cuidar é a melhor forma de recuperar a pessoa que foi batida pela adversidade; o cuidado pode ser na área da saúde, mas também no campo social ou mesmo na vida espiritual; o necessário é proporcionar subsí-dios que permitam dar resposta aos problemas. Continuar os cuidados é indispensável, uma vez que ninguém resolve os problemas com um simples encontro; é frequente, hoje, o que se chama “toca e foge”; é necessário dar continuidade à ação sanadora que se iniciou, para que a pessoa receba a paz de que precisa. Todo este trabalho deve estar estruturado nas paróquias e nos hospitais. São pessoas concretas aquelas que precisam de ajuda. “Vai e faz tu o mesmo” foi o que Jesus su-geriu ao doutor da lei, depois de lhe contar a história do samaritano. Em Pastoral da Saúde esta história é fun-damental. João Paulo II concretizou-a na carta apostólica Salvifici Doloris e Bento XVI refere-a na encíclica Deus é Amor. Não é por acaso. O desafio foi lançado e os responsáveis das comu-nidades cristãs têm de aceitar levar a cabo esta missão integral: cuidar do corpo e do espírito de cada pessoa é essencial na comunidade.

Rui Ribeiro

A fé sempre esteve muito relacionada com a doen-ça. Na maioria dos casos procurou-se nela uma forma de suplantar a doença, ou evita-lá até, na maioria dos casos. E quando a doença parece ganhar terreno e ser invencível, logo crescem as dúvidas e as crises de fé. Noutras situações a fé foi procurada como uma certa sublimação para “aguentar” a situação doente. Nesse sentido era muito comum ouvir a expressão “é a minha cruz” como se de um fardo se tratasse e do qual nada nos poderia libertar.

Ora a fé não tem que ver com a libertação do sofri-mento e muito menos com a sua sublimação. A fé tem que ver com uma relação interpessoal. Trata da relação com Deus. E tal como a amizade que pudemos ter com uma pessoa rica não nos resolve os problemas financei-ros, assim a amizade que temos com Deus não tem que forçosamente ser um antídoto contra a doença.

Mas ao ser uma relação de amor com Deus, a fé acaba por ser uma força no momento da doença. Porque quem

se sabe amado e quem ama verdadeiramente, sente que nada nem ninguém o pode sepa-rar desse amor “nem a morte nem a vida, nem a altura nem a profun-didade”.

Celebrar o dia do do-ente, torna-se assim um momento de profissão de fé e acaba por ser ex-pressão de fé. Todos os anos esta é uma ocasião para trazer à discussão

pública uma série de temas e assuntos relacionados com os doentes e com a doença, mas no fim fica sem-pre a dúvida sobre o que realmente procuramos com esta celebração. Na sua mensagem para a celebração que ocorre neste ano de 2013, Bento XVI parece que-rer orientar os crentes para o verdadeiro espírito da celebração ao afirmar “o Senhor indica qual é a atitude que cada um dos seus discípulos deve ter para com os outros, particularmente se necessitados de cuidados. Trata-se, por conseguinte, de auferir do amor infinito de Deus, através de um intenso relacionamento com Ele na oração, a força para viver diariamente uma solicitude concreta, como o Bom Samaritano, por quem está ferido no corpo e no espírito, por quem pede ajuda, ainda que desconhecido e sem recursos”.

Trata-se, afinal, de uma solicitude concreta para com o irmão doente, trata-se de uma marca distintiva do cristão que na sua relação íntima com Deus descobre a urgência e o desafio da relação concreta com o irmão necessitado.

Celebrar o dia do doente é, pois, celebrar a fé e afas-tar-se das ideias miraculosas com que ainda entendemos muitas vezes a mesma fé.

O Mensageiro evoca a efeméride e deixa aos leitores este desafio para que vamos mais longe e apontemos mais no âmago da celebração.

XXI Dia Mundial do Doente

“Vai e faz tu o mesmo”

Retiro de doentes, promovido pelo Movimento da Mensagem de Fátima, nos Valinhos, em 2012

DR

3DESTAQUEO Mensageiro7.Fevereiro.2013

Na mensagem que escreveu para a celebração do 21.º Dia Mundial do Doente o Santo Padre convida as pessoas a dei-xarem-se interrogar pela figura do Bom Samaritano, que desafia a uma atitude de “proximidade” e que representa “o amor profundo de Deus por todo o ser humano”. Bento XVI sublinha que o Ano da Fé, a decorrer na Igreja Católica até Novembro, “constitui uma ocasião propícia para intensificar o serviço da caridade nas comu-nidades eclesiais”.

O Santo Padre recorreu à figu-ra do Bom Samaritano para lem-brar o que o Senhor quer de seus filhos: que saibam cuidar uns dos outros, com especial atenção aos que mais necessitam. “Trata-se, por conseguinte, de auferir do amor infinito de Deus, através de um intenso relacionamento com Ele na oração, a força para viver diariamente uma solicitude concreta, como o Bom Samarita-no, por quem está ferido no cor-po e no espírito, por quem pede ajuda, ainda que desconhecido e sem recursos”.

Essa atitude, segundo o Pon-tífice, não é só para os agentes de pastorais, mas também para o próprio doente, que pode viver a sua condição em uma perspectiva de fé.

E para mostrar gestos concre-tos desta ação solidária, Bento XVI citou o exemplo de algumas figu-ras, em meio a várias outras na história da Igreja, que ajudaram as pessoas doentes a valorizar o so-frimento no plano humano e es-

piritual: Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, Venerável Luís Novarese, Raul Follereau, Be-ata Teresa de Calcutá, Santa Ana Schäffer, de Mindelstetten e a Bem-aventurada Virgem Maria.

Por fim, o Papa agradeceu a todos os envolvidos nos cuidados com os doentes, como as institui-ções de saúde católicas, a socieda-de civil e comunidades cristãs e encorajou-os a persistirem nesse trabalho. “Possa crescer em todos a consciência de que, «ao aceitar amorosa e generosamente toda a vida humana, sobretudo se frágil e doente, a Igreja vive hoje um momento fundamental da sua missão” (João Paulo II, Exort. ap. pós-sinodal Christifideles laici, 38)”.

Excertos da mensagem“Para vos acompanhar na pe-

regrinação espiritual que nos leva

de Lourdes, lugar e símbolo de es-perança e de graça, ao Santuário de Altötting, desejo propor à vossa reflexão a figura emblemática do Bom Samaritano (cf. Lc 10, 25-37). A parábola evangélica narrada por São Lucas faz parte duma série de imagens e narrações tomadas da vida diária, pelas quais Jesus quer fazer compreender o amor profundo de Deus por cada ser humano, especialmente quando se encontra na doença e no sofri-mento. Ao mesmo tempo, porém, com as palavras finais da parábola do Bom Samaritano – «Vai e faz tu também o mesmo» (Lc 10, 37) –, o Senhor indica qual é a atitude que cada um dos seus discípulos deve ter para com os outros, par-ticularmente se necessitados de cuidados. Trata-se, por conseguin-te, de auferir do amor infinito de Deus, através de um intenso rela-cionamento com Ele na oração, a

força para viver diariamente uma solicitude concreta, como o Bom Samaritano, por quem está ferido no corpo e no espírito, por quem pede ajuda, ainda que desconheci-do e sem recursos. Isto vale não só para os agentes pastorais e sanitá-rios, mas para todos, incluindo o próprio enfermo, que pode viver a sua condição numa perspectiva de fé: «Não é o evitar o sofrimen-to, a fuga diante da dor que cura o homem, mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadu-recer, de encontrar o seu sentido através da união com Cristo, que sofreu com infinito amor» (Enc. Spe Salvi 37).

Diversos Padres da Igreja viram, na figura do Bom Sama-ritano, o próprio Jesus e, no homem que caiu nas mãos dos salteadores, Adão, a humanida-de extraviada e ferida pelo seu pecado (cf. Orígenes, Homilia so-

bre o Evangelho de Lucas XXXIV, 1-9; Ambrósio, Comentário ao Evangelho de São Lucas, 71-84; Agostinho, Sermão 171). Jesus é o Filho de Deus, Aquele que torna presente o amor do Pai: amor fiel, eterno, sem barreiras nem fronteiras; mas é também Aquele que «Se despoja» da sua «veste divina», que baixa da sua «condição» divina para assumir forma humana (cf. Flp 2, 6-8) e aproximar-Se do sofrimento do homem até ao ponto de descer à mansão dos mortos, como dize-mos no Credo, levando esperança e luz. Ele não Se vale da sua igual-dade com Deus, do seu ser Deus (cf. Flp 2, 6), mas inclina-Se, cheio de misericórdia, sobre o abismo do sofrimento humano, para nele derramar o óleo da consolação e o vinho da esperança”…

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial do Doente

Papa desafia-nos a cultivar a proximidadeCelebrações em Fátima

No dia 11 de Fevereiro (segunda-feira), memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, celebrar-se-á no Santuário de Fátima o Dia Mundial do Doente.

Programa14h00 – Rosário, na

Capelinha;15h00 – Palestra aos

doentes, na Basílica da Santíssima Trindade;

15h30 – Preparação da unção dos doentes;

16h15 – Missa, com unção dos doentes, na Basílica da Santíssima Trindade.

A Pastoral da Saúde é, desde 1985 e por vontade expressa do Santo Padre o Papa João Paulo II, uma das formas de pastoral especializada. De facto a 11 de Fevereiro de 1985, pelo “Motu Próprio” “Dolentium Hominum” o Santo Padre instituiu a Comissão Pontifícia para o Apostolado dos Profissionais da Saúde, anos depois convertida em Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde.

A 13 de Maio de 1981, ocorreu na Praça de São Pedro o atentado contra o Papa Karol Wojtyla que estava a ser mui-to incómodo para muitos dos senhores do mundo. Daí, até a um atentado para lhe dar a morte foi um passo. Recolhido de imediato na Clínica Gemelli, ali per-maneceu alguns meses até à sua plena

recuperação. Foi um tempo de reflexão e de oração.

Quando o Papa deixou a clínica, quis oferecer ao mundo um documento notá-vel sobre o sofrimento humano, a Encí-clica Salvifici Doloris. Assinada a 11 de Fevereiro de 1984, constitui a carta magna de uma pastoral diferente. Se é certo que “o sofrimento humano suscita compaixão, inspira também respeito e, a seu modo, intimida” diz o Papa. É por isso que se torna urgente reflectir sobre o mundo do sofrimento e encontrar os caminhos para superá-lo e descobrir para ele um sentido mais profundo.

“A medicina, enquanto ciência e, conjuntamente como arte de curar, reve-la no vasto terreno dos sofrimentos do

homem o seu sector mais conhecido”. E o Papa continua falando da importância da terapia que permite vencer alguns dos problemas humanos. Para além do sofrimento físico, é indispensável acom-panhar o ser humano no seu todo, para este poder vencer os sofrimentos psicoló-gicos, morais, sociais e até espirituais. O que está em questão é a saúde integral de cada pessoa. Talvez por isso, nesta carta encíclica comece a desenhar-se o que um ano mais tarde o Papa vai chamar “Pasto-ral da Saúde”.

Se a Pastoral é a acção organizada da Igreja, através da qual se torna presente, aqui e agora a acção salvífica de Cristo, então em Jesus Cristo todo o sofrimento é vencido pelo amor, e esta acção salvífica

de Deus opera-se pelo dar mais saúde a cada pessoa na circunstância concreta em que está a viver.

A encíclica termina com uma interpre-tação maravilhosa da parábola do Bom Sa-maritano em que este estrangeiro faz tudo para dar saúde e mais qualidade de vida ao homem caído na estrada de Jericó .

Curiosamente, nos últimos discursos do Papa sobre a Pastoral da Saúde, este insiste muito em que os Profissionais de Saúde (médicos, enfermeiros, volun-tários e outros) se devem tornar “bons samaritanos” na generosidade com que assistem e acompanham todos os que deles necessitam.

In pastoraldasaude.pt

Origem e ponto de partida da Pastoral da Saúde

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CULTURA4 O Mensageiro7.Fevereiro.2013

CINEMASTeatro Miguel Franco (Leiria)• AS VOLTAS DA VIDA | Drama | de Robert Lorenz | c/ Clint Eastwood, Amy

Adams, John Goodman, Robert Patrick, Justin Timberlake | 4 de Fevereiro, 21h30, 5 de Fevereiro, 21h30 e 6 de Fevereiro, 18h30 e 21h30.

• HOLY MOTORS | Acção/Drama/Ficção Científica | de Leos Carax | c/ Denis Lavant, Edith Scob, Eva Mendes, Kylie Minogue, Michel Piccoli, Leos Carax | 11 de Fevereiro, 21h30, 12 de Fevereiro, 21h30, 13 de Fevereiro, 18h30 e 21h30, 15 de Fevereiro, 21h30.

• UMA VIDA MELHOR | Drama | de Cédric Kahn | c/ Guillaume Canet, Leila Bekhti, Slimane Khettabi | 18 de Fevereiro, 21h30, 19 de Fevereiro, 21h30 e 20 de Fevereiro, 18h30 e 21h30.

• CÉSAR DEVE MORRER | Drama | de Paolo Taviani, Vittorio Taviani | c/ Cosimo Rega, Salvatore Striano, Giovanni Arcuri | 22 de Fevereiro, 21h30, 23 de Fevereiro, 21h30, 24 de Fevereiro, 21h30, 25 de Fevereiro, 21h30, 26 de Fevereiro, 21h30 e 27 de Fevereiro, 18h30.

EXPOSIÇÕESCastelo - Leiria•”Korrodi e o restauro do Castelo de Leiria” - exposição permanenteTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Ontem, hoje” - pintura de Costa Santos (7/02~3/03)m|i|mo -Museu da Imagem em Movimento - Leiria•”(RE)CONHECER Leiria” (~15/06)Edifício Banco de Portugal - Leiria•”Made in Japan” - escultura, gravura e pintura (2/02~23/03)Mercado de Sant’Ana - Leiria•”Leirimodel” - miniaturas (9 e 10/02, 10h00~19h00)Casa-Museu João Soares - Cortes•”A República” - colecção de António Pedro Vicente (~28/02)

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSRuas da Cidade - Leiria• Desfile de Carnaval das Escolas da Cidade de Leiria (8/02, 10h~12h)Teatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Xana toc toc” música (3/02, 15h00~17h00)•”Preocupo-me, logo existo” - teatro (7/02, 21h30)• Concerto solidário a favor da OÁSIS (9/02, 21h30)•”Primeiro” - música de Miguel Angelo (14/02, 22h00)•”Katia Guerreiro” - música (21/02, 21h30)•”A Bela Adormecida” - dança (28/02, 21h30)Teatro Miguel Franco - Leiria•”Corre mãe! Corre!” - teatro (2/02, 21h30)•”Emmy Curl” - música (8/02, 21h30)•”Fados e outros cantos do Tejo” - concerto p/ bebés (10/2, 10h30 e 11h45)• Tributo a editores - música (16/02, 22h00)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”Lisboa trágica - três contos trágicos” - livro (2/02, 15h30)• Histórias com pinguins - hora do conto (8,13,22 e 27/2, 10h30 e 14h30)• Histórias com máscaras - conto (8, 13, 22 e 27/02, 10h30 e 14h30)•”Lugar literário” - livro de Cristina Nobre (8/02, 15h00)•”O que a doença diz de mim” - livro de Alain Jézéquel (12/02, 18h30)•”A árvore das tocas” - Bebeteca (14/02, 10h15 e 16/02, 16h00)•”Contos e cantigas - contar e encantar” (23/02, 16h00)m|i|mo - museu da imagem em movimento - Leiria•”A Roda da Vida” - oficina (~31/01)•”Da escola ao museu-práticas pedagógicas inovadoras” (2,9,16/2, 14h)•”(Re)Conhecer Leiria” - tertúlias (16/02, 15h00)Moinho de Papel - Leiria•”As máscaras e mascarilhas dos reis e das rainhas” (5 e 7/02, 14he 6 e 8/02, 9h30)• No coração do Moinho - Dia de S. Valentim (14/02, 10h e 14h30)Sala Jaime Salazar Sampaio - Leiria•”Chão de enredos” - evocação a Miguel Torga (2, 15 e 16/02, 22h00)•”Tranparências” - poemas ditos/cantados por Luís Raposo (23/2, 22h)Espaço o Nariz - Leiria•”Panza de la Mancha” - teatro (7/02, 22h009• Baile de Carnaval (11/02, 22h00)•”Escurial” - teatro (21/02, 22h00)Ateneu Desportivo - Leiria• Música e poesia (23/02, 21h30)

A partir do dia 1 e até 31 de Março estarão aber-tas as inscrições para a 1ª Bienal Criatividade Jovem Leiria 2013. Trata-se de um programa de apoio e divul-gação de jovens criadores naturais ou residentes no concelho de Leiria.

Uma iniciativa dedica-da a estudantes do ensino secundário do 10º ao 12º ano, nas áreas da fotografia, escultura e pintura, litera-tura, artes performativas, música e vídeo.

A 1ª Bienal é organizada pela Câmara Municipal de Leiria, ECO – Associação Cultural, FADE IN – Asso-ciação de Acção Cultural, Associação Fazer Avançar e Metamorfose, com o ob-jectivo de ser uma montra de divulgação e promoção dos trabalhos de jovens em início de carreira.

Dos inscritos serão seleccionados até cinco finalistas de cada área que apresentarão os seus traba-lhos sob a forma de mostra que decorrerá no próximo

mês de Maio, no centro Cul-tural Mercado Sant’Ana, no Espaço + Jovem, no Pátio do Mercado e ainda no Te-atro Miguel Franco.

Os trabalhos do con-curso de fotografia estarão em exposição de 4 a 31 de Maio, sendo a apresentação pública e entrega de pré-mios no dia 4 de Maio.

Ao nível da pintura e

da escultura, as exposições estarão patentes de 4 a 31 de Maio, com a apresen-tação pública e entrega de prémios a 11 de Maio.

O concurso de literatura tem apresentação pública, em formato de tertúlia e entrega de prémios a 10 de Maio, e o da música tem a apresentação pública através de um espectáculo

e entrega de prémios a 18 de Maio.

As artes performativas têm a apresentação públi-ca também por meio de espectáculo e entrega de prémios no dia 25 de Maio e, por último, o concurso de vídeo terá a apresentação pública pelo método ante-rior e entrega de prémios a 31 de Maio.

Inscrições começam a 1 de Março

1ª Bienal Criatividade Jovem Leiria 2013

O município de Ansião vai receber, por um período de seis meses, um dos sete projectos-piloto de Quios-que do Cidadão. O objectivo é melhorar a relação entre a Administração Pública e os cidadãos, proporcionan-do, proporcionando maior qualidade de vida aos uti-lizadores, através de ferra-mentas de aprendizagem, comunicação e resolução de situações, com recurso a soluções tecnológicas avan-çadas. Pretende-se tornar o Quiosque do Cidadão numa referência nacional no aten-dimento ao cidadão e na simplificação administra-tiva, contribuindo para a racionalização de recursos e a equidade social, pela promoção de igualdade no

acesso à Administração Pú-blica e seus serviços.

De acordo com o Go-verno, a aposta neste tipo de quiosques é o primeiro passo numa estratégia mais ampla que procura, durante 2013, multiplicar

a disponibilização de ser-viços públicos online em smartphones, serviços di-gitais de televisão por cabo ou na rede multibanco.

O Quiosque do Cidadão será instalado à entrada do edifício dos Paços do

Município, com acompa-nhamento directo pelas colaboradoras do Serviço de Atendimento Avançado já existente.

O Quiosque do Cidadão permitirá realizar todas as tarefas relacionadas com a Segurança Social Direta, fa-zer o pedido de Cartão euro-peu de seguro de doença, o pedido de Registo Criminal, a obtenção do comprovati-vo de imposto único auto-móvel, o pagamento do IVA ou do Imposto Único de Cir-culação, a obtenção de com-provativo de IRS, a alteração de morada, a marcação de consultas médicas, a emis-são de certidão permanente dos registos predial, civil ou comercial.

Período experimental é de seis meses

Ansião recebe projecto-piloto dO “Quiosque do Cidadão”

DRDR

5O Mensageiro7.Fevereiro.2013 CULTURA

O Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria acolhe a partir desta Quinta-feira e até dia 3 de Março a expo-sição de pintura “Ontem, Hoje” da autoria de Costa Santos. As telas apresen-tam a natureza com toda a sua força; o mar com todo o seu esplendor, o xisto e as aldeias que lhe são fiéis, são temas que lhe saltam da alma, com amor.

José António da Costa

Santos nasceu em Lisboa, a 26 de Novembro de 1943, mas foi em Coimbra que fez os seus estudos e iniciou a profissão com que sonhara, ser jornalista, actividade que exerceu durante 40 anos, enfatizando aqui a sua passagem pelas redac-ções de A Capital, O Tempo, Globo e A Bola. A pintura, uma paixão “adormecida”, é, em 2003, transposta para a tela, resultado das

belas imagens captadas, nas inúmeras viagens rea-lizadas, ao longo do percur-so efectuado no âmbito da sua profissão. A Natureza, com toda a sua força; o mar com todo o seu esplendor,

o xisto e as aldeias que lhe são fiéis, são temas que lhe saltam da alma, com amor.

Uma exposição para ver, diariamente das 18h00 às 22h00.

No mIiImo até dia 31 de Março Fotografias da “Maratona Fotográfica FNAC” em exposição

O mIiImo – museu da imagem e movimento de Leiria acolhe até dia 31 de Março a exposição das foto-grafias vencedoras da “2ª Maratona Fotográfica FNAC LeiriaShopping”. Um evento realizado a 9 Junho de 2012 em vários pontos emblemáticos da cidade de Leiria, num ambiente convivial entre concorrentes fotógrafos amadores e profissionais.

Até 23 de FevereiroCiclo de cinema chinês no mIiImo em Leiria

O mIiImo - museu da imagem em movimento apre-senta até dia 23 de Fevereiro, na Cerca do Castelo de Leiria um Ciclo de Cinema Chinês, onde os espectadores são convidados a viajar através da imagem.

Este Ciclo de Cinema surge no âmbito do VIII Fórum Internacional de Sinologia subordinado ao tema “China: Viajar no Tempo e no Espaço”, que se realizará em Lei-ria, nos dias 21, 22 e 23 de Fevereiro, por iniciativa do Instituto Português de Sinologia, Município de Leiria e Instituto Politécnico de Leiria.

No dia 9 de Fevereiro será exibido “Mulheres Jas-mim” baseado no romance de Su Tong e realizado por Hou Yong, pelas 15h00 e conta-nos a história de amor de três gerações de mulheres da mesma família.

No dia 12 de Fevereiro, na Biblioteca MunicipalApresentação do livro “O que a doença diz de mim”

A sala polivalente da Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, em Leiria é o palco escolhido para a apresentação, no dia 12 de Fevereiro, pelas 18h30, do livro “O que a doença diz de mim”, da autoria de Alain Jézéquel. A partir de uma nova abordagem que vê na doença uma resposta precisa do cérebro a um momento stressante de (des) adaptação, esta obra aborda a Tera-pia SimBiológica, que responde a muitas perguntas que inquietam o ser humano, a partir do estudo de nove situações clínicas. Alain Jézéquel é diplomado em áreas como a Naturopatia, Anatomia, Medicina Aromática, Acunpuntura, Psicoterapia e Psico-Relaxologia. Iniciou os seus estudos na Universidade de Nantes, em França. Desempenhou a função de docente no Liceu Pasteur, em São Paulo, Brasil, tendo ocupado posteriormente o cargo de conselheiro pedagógico da Alliance Française, em Portugal.

Miguel Angelo em LeiriaDia dos Namorados assinalado com música

Para assinalar o Dia dos Na-morados, no dia 14 de Fevereiro, pelas 22h00, o Teatro José Lúcio da Silva, apresen-ta Miguel Angelo, ex-vocalista dos Delfins, na sua digressão “Primeiro”. O músico, agora a solo, convida todos os namorados, novos e eternos, para uma noite preciosa de canções de amor, esperança e optimismo.

Em 1983 e por fruto de um “namoro”, Henrique Pinto entrou para a direcção do orfeão de Leiria. E parece que o “namoro” correu bem porque, 30 anos depois, o médico e amante de música e de livros continua à frente desta instituição.

A data foi comemorada a 30 de Janeiro e marca a história da Instituição, e da região, nomeadamente pela criação daquele que é hoje o mais antigo festival de mú-sica português a realizar-se de forma ininterrupta: o Festival Música em Leiria.

Henrique Pinto recorda que “Assisti aos momentos altos do teatro com o “Qui-né” e à construção do audi-tório do Orfeão Velho”.

Na sua primeira reu-nião de direcção, em 30 de Janeiro de 1983, Hen-rique Pinto propôs-se rea-lizar um programa mínimo (para além da gestão do já existente), que consistia em “promover um grande acontecimento cultural de referência, susceptível de se constituir como farol dos imaginários, referência para a produção cultural, e aparece assim o Festival Música em Leiria”. Além disso, propunha-se promo-ver o ensino artístico como forma de desenvolvimento cultural e social – e assim

nasceram as três escolas actuais, oficializadas – e ainda promover a infra-es-truturação indispensável, chegando assim ao patrimó-nio actual, nomeadamente com o edifício sede.

Nesta altura o OL CA tinha o teatro, “que tinha uma franca pujança graças a esse enorme precursor do pós-modernismo, o “Quiné”, como actor e encenador, um mago na diversidade de influên-cias, do realismo e depois do neorrealismo a Brecht, Piscator ou Stanislavsky”, conta Henrique Pinto

“Não tenho pejo em di-zer que tudo o que cresceu depois, nas associações como nas autarquias, bebeu um pouco do que florescia no Orfeão”, realça o presidente do OL CA, “e no Orfeão da minha gestão

sempre se fez muito com muito pouco”.

Em 30 anos muito de bom e de menos bom se passou, mas Henrique Pinto não esquece quando “Paul Griffiths ter escrito no New York Times e colocar o Festival Música em Leiria entre os cinco melhores da Europa, de par com Bergen e Salzburgo, e os nossos an-tigos alunos espalhados por universidades estrangeiras, de Espanha, França, Ingla-terra, EUA, etc., muitos deles com grande sucesso nacional e internacional”,

Quanto aos pontos “menos altos” da história do OLCA, Henrique Pinto salienta «a gravíssima situ-ação para o ensino artístico deixada pela ministra Isa-bel Alçada – os contratos vigentes com o Estado, o maior cliente de serviços

em áreas que não cobre a mais que 1% [não são sub-sídios] não foram respeita-dos, houve um corte de 25% no seu decurso, quando nós tivemos de pagar a quase 100 trabalhadores com contratação colectiva – e continuada pelo silêncio do ministro Nuno Crato, sem respeito pelos prazos pro-cessuais». «Esta situação foi altamente perturbadora da nossa saúde institucional, propiciadora de momentos mais dolorosos, chegámos a ter ordenados com algum atraso, mas fizemos o do-wnsizing apropriado, e com inteligência e vontade tudo se recompôs, não temos dí-vidas”, salienta. No balanço dos 30 anos, o presidente do OL CA acredita que “todos os objectivos dese-nhados foram atingidos e, mesmo se grandiosos, pra-ticamente sem recursos”..

Não pretendendo recan-didatar-se à direcção do Or-feão, embora deseje “conti-nuar a ajudar no que puder e for desejável”, Henrique Pinto quer ainda “explorar profissionalmente outros “campos”, no sentido de Bordieu, em Portugal, e no mundo como Rotary Inter-national”.

Paixão pelas artes e associativismo marca os 30 anos de Henrique Pinto no Orfeão de Leiria

Criação do Festival Música em Leiria é um marco na história da região

Em Leiria, no José Lúcio da Silva

Exposição de pintura de Costa Santos

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CULTURA/SOCIEDADE6 O Mensageiro7.Fevereiro.2013

Um esqueleto humano ficou a descoberto, após a queda de uma árvore de grande dimensão, junto da colegiada da Igreja de Nossa Senhora da Pena, no Castelo de Leiria, por causa do temporal do dia 19 de Janeiro.

Em comunicado a Câ-mara Municipal de Leiria adianta que o esqueleto se encontrava “

em posição vertical, pre-so nas raízes da árvore”.

A equipa de arqueologia do Município de Leiria efec-tuou uma observação cuida-da das raízes e dos perfis da abertura, com cerca de três metros de diâmetro, provo-cados pela queda da árvore,

e constatou a “presença de vestígios de um indivíduo adulto, enterrado deitado de costas e segundo os ritos canónicos cristãos” acrescanta. Foram ainda recolhidos pregos em ferro,

tachas de bronze e botões em osso, possivelmente as-sociados ao enterramento.

As condições do acha-do, nomeadamente a ver-ticalidade dos ossos, o seu deslocamento e posterior

reposicionamento, revela-ram a destruição do con-texto de enterramento do indivíduo, condicionando a realização de um processo de escavação arqueológica convencional.

O Município de Leiria comunicou à Direcção Re-gional de Cultura do Cen-tro a descoberta do achado, bem como as características insólitas do mesmo. Tendo em conta que os ossos visíveis se encontravam expostos, em risco de queda e sujeitos a forte precipitação, optou-se por efectuar um levantamento de emergência.

Direcção Regional de Cultura do Centro já tem conhecimento

Queda de árvore junto ao Castelo de Leiria revela esqueleto humano

O m|i|mo – museu da imagem em movimento de Leiria será o palco, este Sábado, para mais uma apresentação do Gamelão de Porcelana e Cristal, no que promete ser um con-certo único e original.

Um concerto com início marcado para as 17h00 e que “Será certamente uma brisa de sons, e um ven-daval de emoções o que nos espera no concerto de sábado», realça Joaquim Branco, director pedagó-gico da EMOL. «Vamos poder juntar a sonoridade única do Gamelão de Por-

celana e Cristal aos sons característicos dos sopros, proporcionando momentos muito originais», explica. Neste concerto actuarão alunos e professores dos Cursos Profissionais de So-pro e Percussão, e do grupo de madeiras da EMOL.

O Gamelão de Porcelana e Cristal está instalado no

m|i|mo, e todos poderão conhecê-lo através de inú-meras actividades, como concertos e workshops para famílias, escolas, etc. É um projecto de investiga-ção artística realizado pela Companhia de Música Teatral, que pretende ca-talisar novas práticas per-formativas e explorar um

território interdisciplinar, que permita gerar e testar ideias ao nível da composi-ção musical, da escultura, da criação de novos instru-mentos, da pedagogia, da comunicação interpessoal, dos materiais, da acústica e do design. Os bilhetes custam dois euros.

Orfeão de Leiria oferece uma brisa de sons

Com o Gamelão

Folia começa na sexta-feiraCarnaval anima distritos de Leiria

No distrito de Leiria está tudo a postos para receber mais uns dias de folia e deixar entrar a animação do Carnaval.

Em Leiria as máscaras e mascarilhas dos reis e rainhas prometem muita animação e brincadeira no Museu do Moinho do Papel, nesta Sexta-feira, às 09h30 e às 12h00. Isto porque os visitantes vão ser recebidos por damas da corte que com eles vão construir e decorar uma máscara de pasta de papel, sob o tema dos reis e das rainhas.

Ainda em Leiria o VIII Carnaval Inter Lares realizar-se-á esta Sexta-feira a partir das 14h00, na danceteria Galla Dance, no Alto Vieiro, Leiria.

Na Marinha Grande está agendado para esta Sexta-feira, o desfile de Carnaval com as crianças dos jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo do ensino básico do concelho. Promovido pela câmara municipal contará com a participação de quase mil crianças e terá início pelas 09h30, no Parque da Cerca. Caso chova o desfile decorrerá nos Pavilhões do Parque Municipal da Mari-nha Grande.

Em Porto de Mós a “Grande Elenco Associação Cultural” está a organizar mais um Carnaval, em Serro Ventoso e está prometida muita folia. Na terça-feira de Carnaval a Rua Principal de Serro Ventoso será o palco, a partir das 15h00, para o desfile de carros alegóricos e de grupos de foliões.

Na Batalha as associações e escolas do concelho re-alizam no Domingo de Carnaval o desfile carnavalesco onde a irreverência e a originalidade vão marcar pre-sença. O desfile contará com a presença de 400 foliões e percorrerá, a partir das 15h00, as principais ruas da Batalha. A concentração acontecerá junto ao Pavilhão Multiusos e haverá prémios para os melhores conjuntos e carros alegóricos.

Em Óbidos, esta Quinta e Sexta-feira realizam-se os desfiles e festas de Carnaval das escolas de Óbidos. No dia 7, as crianças do Jardim-de-Infância do Arelho e os primeiros anos do Complexo Escolar dos Arcos vão realizar um desfile de Carnaval pelas ruas de Óbidos, com uma pequena apresentação na Praça de Santa Ma-ria. O desfile terá início por volta das 10h15, na Porta da Vila. O tema, este ano, na sequência de uma explo-ração e pesquisa da história de Óbidos, será a Plebe, e as crianças e adultos representarão essa realidade na Idade Média. Nas piscinas municipais terá lugar de 8 a 12 de Fevereiro o “AquaCarnaval”, um festival de aulas de natação com muitas brincadeiras carnavalescas à mistura.

Em Pombal o desfile de Carnaval das escolas e ins-tituições do concelho está marcado para Sexta-feira, a partir das 10h00 que contará com a participação de 1380 figurantes. O desfile vai partir da Rotunda do Bombeiro, na Avenida Heróis do Ultramar, descendo a Avenida até ao Largo 25 de Abril, Largo do Cardal e terminando no Largo da Biblioteca Municipal.

Em Alcobaça a 4.ª edição do Folia & Algazarra de-corre, de 7 a 13 de Fevereiro, numa tenda colocada no coração de Alcobaça, frente ao Mosteiro, que promete juntar milhares de foliões de todas as idades. Este ano, o tema é dedicado ao AMOR. O desafio, lançado pela Autarquia, é inspirar os foliões a criarem fantasias baseadas no tema. A tenda conta com 12 bares espa-lhados pelo recinto, com a presença de vários dj’s e dos residentes Engenheiros do Samba.

Haverá também, como é habitual, um concurso de máscaras que premeia os melhores mascarados que passarem pela tenda com prémios em vales no comércio local.

No dia 7, entre as 14h00 e as 20h00 terá lugar o baile de Carnaval aberto a toda a população sénior. Na Sexta-feira o desfile infantil começa às 10h00.

A cidade de Leiria será, no sábado, dia 9, palco para mais uma edição da Rota dos Escritores. O ponto de encontro dos participantes está marcado para as 15h00 junto ao Centro Cívico, na Rua Direita.

Francisco Rodrigues Lobo, Acácio Paiva e

Afonso Lopes Vieira, que nasceram em Leiria e, Eça de Queiroz e Miguel Torga, que viveram na cidade, são agora carinhosamente relembrados pelo Municí-pio, que quer partilhar a vida e obra destes homens que tiveram também um papel muito importante na

divulgação de Leiria através da sua obra literária.

O percurso, que inclui 25 pontos de interes-se, tem a duração de cerca de duas horas e será acom-panhado por Miguel Narciso, técnico da Autarquia.

Percurso inclui 25 pontos de interesse

Leiria relembra os “seus” poetas

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7O Mensageiro7.Fevereiro.2013 SOCIEDADE

Os antigos alunos do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) vão ter acesso ao novo Passaporte Alum-ni que permitirá usufruir de condições especiais, no âmbito de protocolos, aces-so a instalações, eventos, cursos e outras iniciativas promovidas pelo IPL. Este passaporte está interligado

com a Rede IPLeiri@lumni que pretende reunir a comunidade do IPL, refor-çando laços de proximida-de entre a instituição e os seus antigos estudantes, e continua a crescer e a aco-lher cada vez mais antigos estudantes que passaram pelas diversas escolas do Instituto.

A rede tem por mote “Se foi estudante do IP Leiria, não desligue!” e já reúne mais de mil antigos estudantes.

Graça Seco, uma das responsáveis pela Rede IPLeiria@alumni, explica que esta “é especialmente importante não só para re-cuperar contactos e retomar

relações, mas também, en-quanto plataforma de me-diação, para as empresas encontrarem profissionais com o perfil que preten-dem, ou mesmo para que os antigos estudantes possam partilhar entre si oportunidades ou ideias de negócio”.

Rede já conta com mais de mil inscritos

Passaporte Alumni oferece vantagens aos antigos alunos do IP Leiria

O Centro Hospital Lei-ria-Pombal (CHLP) já ade-riu à Plataforma de Dados de Saúde (PDS).

A Plataforma de Dados da Saúde é uma plataforma Web que disponibiliza um sistema central de registo e partilha de informação clí-nica, devidamente aprovada pela Comissão Nacional de Protecção de Dados, e que integra e disponibiliza in-formação de instituições de norte a sul do País. É um mecanismo que permite o conhecimento completo do utente, disponibilizando o acesso a informação dos utentes aos profissionais de saúde, sempre numa plataforma segura e confi-dencial, em que o acesso é

restrito e auditável.Com esta partilha de da-

dos o atendimento do doen-te “será mais rápido e mais seguro” adianta a adminis-tração do Centro Hospitalar em comunicado. No mesmo documento é explicado que este sistema permite “optimizar procedimentos

e gerir recursos evitando, por exemplo, a repetição de exames na mesma altura em instituições diferentes”. Outra vantagem da integra-ção é a estandardização de conteúdos e documentos e, consequentemente, de registos, adoptando uma “linguagem” universal no

que toca ao atendimento dos utentes.

A integração de todas as instituições do SNS esta-rá completa até ao final de Fevereiro de 2013, e estima-se que, até ao fim do ano, estejam registados cerca de dois milhões de cidadãos no Portal do Utente.

Sistema liga 430 instituições de saúde nacionais

Centro Hospitalar Leiria-Pombal adere à Plataforma de Dados da Saúde

Termina no dia 8 de Fevereiro o prazo de inscrições para o Programa de Estágios Profissionais na Adminis-tração Pública (PEPAC).

Trata-se de um Estágio formativo em funções da carreira técnica supe-rior e de

Acordo com interesse e disponi-bilidades dos serviços da Adminis-tração Pública.

Estes estágios permitem promover a integração dos es-tagiários no mercado de trabalho, possibilitando-lhes o exercício de fun-

ções adequadas às suas qualificações em contexto real de trabalho, ofere-

cendo a oportunidade aos jovens de adquirirem simultaneamente as

competências de que necessitam e experiência profissional.

Podem candidatar-se os jovens licenciados com ida-de até 30 anos à procura do primeiro emprego ou desem-

pregados à procura de novo emprego. Mais informações na página da Internet do Instituto Português da Juventude.

Inscrições até 8 de Fevereiro

Estágios na Administração Pública

Efeitos do temporal ainda se fazem sentirDezenas de empresas de Leiria ainda sem telefone e internet

No distrito de Leiria duas semanas após o temporal do dia 19 de Janeiro, ainda há dezenas de empresas que estão sem telefone e internet. Jorge Santos, presidente da Nerlei – Associação Empresarial da Região de Leiria diz que a situação “é pré-histórica”. O presidente já enviou informação sobre os casos que se verificam nos concelhos de Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós ao presidente do Conselho de Adminis-tração da Portugal Telecom, Zeinal Bava e ao ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. Até porque esta é uma situação grave, pois se as empresas não têm comunicações, como é que recebem encomendas, questiona Jorge Santos.

Para 2013FERLEI elege órgãos sociais

A FERLEI - Federação Regional de Associações de Pais e Encarregados de Educação de Leiria elegeu no-vos corpos sociais para 2013. Maria José Pereira Alves Coutinho ocupa o cargo de presidente do Conselho Executivo e o cargo de vice-presidente é ocupado por Rui Manuel Ferreira da Silva.

No Conselho Fiscal assume o lugar de presidente Paulo José dos Santos Faria, e que terá como vogais Filomena Maria Espírito Santo Coelho Reis e Natércia Gonçalves Lopes Mendes. A Assembleia-Geral será pre-sidida por Susana Cristina da Cruz Saraiva Coutinho.

Inscrições terminam a 12 de FevereiroMunicípio de Ourém recruta professores voluntários

No concelho de Ourém estão abertas inscrições para professores motivados para a realização de trabalho voluntário com crianças entre os sete aos dez anos, ao abrigo do projecto “Tempo para ensinar… Tempo para Aprender” que tem como objectivo favorecer o sucesso escolar na aquisição de competências ao nível de leitura e escrita, em crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico que revelam dificuldades de aprendizagem e cujas famílias não possuem recursos para responder a estas necessidades. As competências pretendidas para o desempenho destas funções são: interesse e motivação para projectos de voluntariado com crianças, capacidade de adaptação a novas estratégias de apren-dizagem, receptividade e criatividade, facilidade no re-lacionamento com crianças do primeiro ciclo, atitude persistente e vontade de participar numa experiência recompensadora.

As inscrições devem ser realizadas através de for-mulário próprio disponibilizado na página da Internet da Câmara Municipal de Ourém até 12 de Fevereiro.

260 empresas pedem insolvênvia em Santarém31 mil desempregados

No distrito de Santarém há quase 31 mil desem-pregados. Um número que resulta do facto de mais de 260 empresas terem entrado em insolvência no ano de 2012, indicam os dados divulgados pela União dos Sindicatos de Santarém. Ainda segundo a mesma fonte Santarém, Tomar e Benavente são os concelhos onde o encerramento de empresas é mais preocupante, afec-tando, sobretudo, as indústrias metalúrgicas e gráficas e pequenas e micró empresas de construção civil.

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ECLESIAL8 O Mensageiro7.Fevereiro.2013

Família há oito séculos

Nos Montes HermíniosO

DOM DA FÉ

http://padrejorgeguarda.cancaonova.pt

Pe Jorge GuardaVigário Geral da Diocese

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O rosto da Fé

Criador confiara a lavragem da terra

plana à mão débil do ho-mem, mas o coração das Beiras, aquelas paragens duras, quis o Senhor do mundo lavrá-las por Sua mão. Devem ter sido feias terras dos Hermínios; mas Deus veio, logo elas abran-daram, impregnando-se da luz suave (Nuno de Monte-mor). Foi por isso que as Terras das Beira atraíram o olhar resplandecente de be-leza da Princesa dos Pobres – Clara de Assis. Também ela quis que as cumeadas vestidas de branco dos Montes Hermínios fossem povoadas por inumeráveis templos, onde as suas Ir-mãs, de mãos postas, ofe-recessem um perene louvor Àquele de Quem nasce toda a beleza. E assim, as terras e penedias da Serra da Estrela curvam-se sob a Luz suave que se expande de Jesus-Eucaristia que aquelas vir-gens ciosamente adoram nos seus mosteiros.

Após a fundação do Mosteiro na cidade da Guarda em 1344, surge o segundo Mosteiro em Sernancelhe em 1520. A seguir ergue-se o mosteiro de Santa Clara em Tranco-so. Foi mandado construir pelo Dr. Cristóvão Mendes de Carvalho, fidalgo da casa de D. João III e seu desembargador do paço e pela esposa D. Beatriz Correia. Em 1540, dá início à vida claustral um grupo de Irmãs provenientes do Mosteiro de Santa Clara, do Porto. Entre elas, a Madre Guiomar de Mesquita, que seria a primeira Abadessa. Recebeu inúmeras doações, quer do seu fundador, quer do próprio rei D. João III que, por alvará, autorizou o mosteiro a possuir bens de raiz. Contudo, em 1568, as Irmãs começaram a observar a Primeira Regra de Santa Clara, vivendo a Altíssima Pobreza sem ren-das nem dotes. Jesus Pobre e Crucificado era para elas a

única razão de existir. O Pai das Misericórdias providen-ciava-lhes o pão de cada dia. Face ao crescente número de jovens que desejavam viver de forma radical o santo Evangelho, o edifí-cio foi ampliado em 1618. Entre muitas outras Irmãs que aqui ofereceram as suas vidas pela causa do Reino e pela humanidade mencio-namos a Madre Francisca da Conceição, de família nobre, que morreu em odor de santidade. Deixou atrás de si uma aura tão grande que, em meados do século XVIII, se publica a obra «Vida e Milagres da Madre Francisca da Conceição», da autoria do Dr. Manuel Sa-raiva da Costa. A sua fama era tal, que o Marquês das Minas a visitaria em 1704, quando, com os seus exér-citos, passou por Trancoso. Com as Leis do Liberalismo os seus bens foram incor-porados nos Próprios da Fa-zenda Nacional. Em 1864, foi extinto por Decreto. A

última religiosa do Mostei-ro faleceu em 1894.

Ainda nesse século XVI, Francisco de Sousa e sua mulher, D. Antónia de Teive fundaram o Mostei-ro da Madre de Deus em Vinhó, numa das quintas que possuíam naquela lo-calidade. Em 1573, foram concluídas as obras, e nele se formou a Comunidade. Foi sua primeira Abadessa uma sobrinha dos fundado-res. Ao longo de séculos foi espaço de louvor e adoração a Jesus Eucaristia que sem cessar espargia os raios da tal luz suave que, nos picos do frio e tempestuoso In-verno, quebrava o gelo dos corações humanos. Com a morte da última religiosa em 1869 e a extinção defi-nitiva do Mosteiro da Ma-dre de Deus foi destinado a diversos fins. O templo tornou-se a sede da paró-quia de Vinhó, parte das suas dependências foram cedidas para a instalação de uma escola primária e o

espaço da cerca foi vendido a particulares.

Eu te exorto: não desa-nimes no caminho, corre veloz, com passo leve e sem tropeçar; que nem a teus pés o pó se apegue; avança segura, alegre e jovial, no caminho da felicidade, a que te chamou o Espírito Santo (Carta de S. Clara). Fiéis a esta exortação da Santa Fundadora as Irmãs Clarissas avançam sem desânimo na irradiação do Santo Evangelho e da Altíssima Pobreza. Assim, em 1580, nasce um novo Mosteiro em S. Vicente da Beira. Em 1575, junto às margens do Tejo, em Vialonga, surge o Mostei-ro de Nossa Senhora dos Poderes. Terá sido primei-ramente um recolhimento de terceiras franciscanas. Mas pouco tempo depois as Irmãs optam pela Regra de Santa Clara.

Em 1596 Luís de Figuei-redo Falcão manda erguer em Pinhel o Mosteiro de

São Luís. Sete anos mais tarde, do Mosteiro de Santa Clara da Guarda, chega o primeiro grupo de Irmãs. Em 1797, o Bispo da Guarda D. Bernardo Beltrão elevou o templo a catedral, que se manteve como sede de bispado até ao ano de 1881. Depois da proclama-ção da República, em 1910, o edifício conventual foi repartido por distintas entidades e os seus espa-ços foram adaptados para receberem um teatro, o tribunal e outras reparti-ções públicas. O espaço da cerca foi transformado num jardim público.

Neste caminhar da história humana, somos surpreendidos com o fazer e o refazer do nosso Deus que, segundo o Seu querer, faz surgir oásis no deserto e lírios na estepe.

Irmãs Clarissas de Monte Real

fé é a relação pessoal e comunitária entre

o homem e Deus que nos salva. Se os seus conteúdos são sempre os mesmos, pois derivam da revelação divina, já a maneira de a viver pode mudar com as situações da vida e as cul-turas. O grande teólogo Karl Rahner, numa conferência aos sacerdotes alemães,

em 1962, cujo conteúdo vale igualmente 50 anos depois, afirma que “cada época e cada particular deve realizar a sua própria fé de maneira distinta de como o fizeram os seus pais, para poder praticar deveras a an-tiga fé de seu pais”. É que a fé não é somente uma graça divina, “é também uma tarefa que devemos cumprir”.

Que fé devemos viver hoje? Qual o rosto com que se deve manifestar? Para o teólogo, na mencio-nada conferência, ela deve apresentar as seguintes características: ser frater-na, consciente de estar em risco, simples e transcen-dente. Vejamos de forma mais explícita cada uma destas caraterísticas.

1) Deverá ser uma fé fraterna, que me leve a ver cada homem como irmão, tanto o crente como o que pensa não ter fé e mesmo o que verdadeiramente não crê. Esta dimensão abarca a relação com a Igreja, pois “há uma relação essencial entre fé cristã e Igreja – essa

multidão dos crentes de que Deus se serve para co-municar a sua Mensagem e para chamar cada pessoa à fé. A fé pressupõe a comu-nidade e cria-a”. Esta fé fra-terna aproxima-me de cada homem, torna-me capaz de valorizar a fé que há nele, de dar testemunho da mi-nha crença com humidade e a com-padecer com ele a necessidade da fé e a sua busca. Leva-me ainda a pedir para cada homem a graça da fé e de saber apro-ximar-me do “lugar” onde ele se encontra, para partir daí com ele na peregrinação para Cristo. O ponto de par-tida será a busca de sentido do mundo de hoje.

2) Hoje, a nossa fé é posta em perigo nas cir-cunstâncias atuais e nas vicissitudes da vida, pelo que não somos nós quem a defende, somente Deus o pode fazer por nós. Há força e fraqueza na fé. A segurança e firmeza da fé não excluem a possibilida-de da dúvida nem o risco de a perder. “O que hoje está em risco não são afirmações

particulares, mas a própria fé, a possibilidade de crer, a capacidade de poder ter uma convicção firme du-rante toda a vida. Quantas coisas ameaçam hoje a fé na sua totalidade!” Não podemos buscar falsas ex-plicações tranquilizadoras para os nossos medos e vazios. Como os não cren-tes, também nós temos que enfrentar interrogações e angústias para as quais não temos respostas ime-diatas. É por esse doloroso caminho que chegamos à convicção de que nem nós nem o mundo somos Deus. Ele “é o Mistério ina-cessível ao qual o homem deve entregar-se. E quando alguém chega a compreen-der que este Mistério se nos comunica, cessa essa situação radical (de vazio e de angústia) e começa o Cristianismo”. É por esta fé que Deus nos salva.

3) Outro desafio hoje é o de viver uma fé simples, centrada em Deus, que se revela a nós e na nossa vida concreta. “A fé cristã, para poder responder às autên-

ticas questões atuais, deve aparecer como a única, simples e total resposta de Deus à única e total pergun-ta que formula o homem concreto”. Deveria tornar-se claro para cada cristão que o essencial da sua fé consiste em reconhecer que o Misté-rio de Deus é a raiz da nossa existência e aceitar amoro-samente a aproximação a este Mistério.

4) O dom oferecido ao cristão é uma fé transcen-dente, que, por um lado, respeita o Mistério e a ine-fabilidade de Deus mas, por outro, vislumbra a Sua presença e a sua graça na nossa própria existência. Uma fé assim leva-nos a perceber que, no mundo atual, “vivemos entre homens que são pagãos, é certo, mas que estão to-cados pela graça, ainda que não se tenham encontrado a si próprios. Isto ampliará a nossa fé. O pequeno re-banho de Deus não vive entre ferozes lobos, mas entre ovelhas que, talvez estejam desviadas, talvez não tenham ainda encon-

trado a casa paterna, porém somente por fora parecem lobos. Por dentro, desde há tempo que a graça de Deus as transformou ou pode transformá-las em mansas criaturas de Deus, ainda que nem elas próprios o saibam”.

Se quiséssemos atu-alizar a descrição que faz Rahner teríamos que acrescentar um novo dado: o da emoção. A fé é fonte de emoções, exprime-se através delas. Os homens de hoje precisam de fazer a experiência da fé. Somen-te quando a vivenciam a reconhecem e abraçam. Por isso, se valorizam hoje muito as dimensões sim-bólica, estética, emotiva e experiencial. É a pessoa toda, corpo e alma, que precisa de ser envolvida na graça da fé. E é todo o seu ser que mediante ela é salvo por Deus.

Este artigo pode ser encontrado também no meu blog, no se-

guinte endereço: http://padrejorgeguarda.cancaonova.pt

9O Mensageiro7.Fevereiro.2012 DIOCESE

Visita Pastoral à Diocese

Entrevista ao Padre Davide Vieira Gonçalves, pároco de Pousos

D. António lança desafios à comunidade

Visita Pastoral

Marrazes7 de Fevereiro (Quinta-feira)18h30 - Acolhimento ao Senhor Bispo: Igreja paroquial19h30 - Comunidade dos Marrazes: Eucaristia20h30 - Refeição partilhada, convívio e diálogo21h30 - Encontro com Conselho Pastoral, Conselho para os Assuntos

Económicos, Comissão da Igreja e Capelas, Movimentos, Serviços e Grupos Apostólicos da paróquia - salão paroquial

8 de Fevereiro (Sexta-feira)15h00 - Escla EB 1, 2, 3 - Marrazes17h00 - Visita ao Museu Escolar19h30 - Comunidade dos Pinheiros: Eucaristia20h30 - Refeição partilhada, convívio e diálogo - salão dos Pinheiros21h30 - Encontro paroquial dos catequistas e diálogo - Pinheiros

9 de Fevereiro (Sábado)10h30 - Encontro com crianças (1º ao 3º ano) - Quinta da Matinha12h00 - Encontro com crianças (4º ao 6º ano) - Pinheiros15h30 - Crismandos - Marrazes18h30 - Comunidade do Bairro das Almuínhas: Eucaristia20h00 - Refeição partilhada com as Associações Culturais e Recre-

ativas - sede da Filarmónica

10 de Fevereiro (Domingo)11h00 - Comunidade da Quinta da Matinha: Eucaristia12h30 - Almoço partilhado, convívio e diálogo - Quinta da Matinha15h00 - Eucaristia com administração da Unção dos doentes aos maiores

de 75 anos e doentes. Lanche e diálogo: idosos, doentes e voluntários - salão paroquial

14 de Fevereiro (Quinta-feira)16h00 - Escola de Formação Social18h00 - Encontro com a autarquia local19h30 - Comunidade da Gândara dos Olivais: Eucaristia20h30 - Refeição partilhada, convívio e diálogo21h30 - Encontro com casais - Capela da Gândara dos Olivais (há serviço

de baby sitting)

15 de Fevereiro (Sexta-feira)10h00 - Escola Secundária da Gândara dos Olivais16h00 - Centro de Saúde: profissionais de saúde18h00 - Bombeiros Voluntários - diálogo na sede19h30 - Comunidade do Janardo: Eucaristia20h30 - Refeição patilhada, convívio e diálogo21h30 - Encontro com empresários - sede da Filarmónica

16 de Fevereiro (Sábado)16h30 - Encontro com adolescentes (7º ao 9º ano) - Q. da Matinha18h00 - Encontro com jovens - Quinta da Matinha19h30 - Comunidade dos Marinheiros - Eucaristia20h30 - Refeição partilhada, convívio e diálogo21h30 - Encontro com professores e educadores - sede da Filarmónica

17 de Fevereiro (Domingo)14h45 - A filarmónica acolhe o Senhor Bispo - Marrazes15h00 - Eucaristia na igreja paroquial e convívio no salão paroquial17h00 - Comunidade dos Marinheiros - Eucaristia20h30 - Lanche com os Ministros da Palavra - casa paroquial

Que pensa desta iniciati-va do Bispo diocesano de fazer uma visita pastoral a todas as paróquias?

É uma iniciativa inte-ressante e importante. É o modo mais directo de conhecimento da diocese toda. Ver, estar nos lugares, sentir, tocar, ouvir as pes-soas induz a uma verdade mais autêntica. A visita pas-toral faz-se para se cumprir uma missão e por causa da evangelização. Uma visita pastoral enriquece os visi-tados e o visitador.

Como se preparou a co-munidade para receber o Bispo?

A comunidade foi pre-parada através da informa-ção, da sensibilização e da oração. Fez-se a distribuição da carta do senhor bispo, foram colocados painéis no exterior, promoveu-se a criação de grupos para a lectio divina.

Qual foi o critério na ela-boração do programa?

Elaborar um programa é sempre complexo. É preci-so fazer escolhas, pois, não é possível ir a todo o lado. Foi mais complicado ain-da, numa paróquia grande como esta. A visita pastoral coincidiu com a bênção e dedicação da nova igreja pa-roquial. Foi o momento alto e ápice da visita; o senhor bispo tinha de se encon-trar com os amiguitos/as da catequese; devia visitar e animar os doentes; devia ir ao encontro dos empre-sários e operários; devia estar com os mais velhos e visitar o lar para idosos; devia encontrar-se com os membros dos movimentos e grupos eclesiais.

De forma geral, como de-correu a visita?

A visita pastoral correu muito bem. As pessoas foram calorosas no acolhi-mento e o sr bispo mani-festou agrado e deu “mil parabéns” aos pousenses.

Houve algum momento especial que queira des-tacar?

Não houve um, mas vários momentos espe-ciais. O encontro com jovens e adultos da OASIS foi marcante; a ida a casa dos doentes acamados, os

encontros com os grupos da catequese; o diálogo com alguns empresários e trabalhadores; a dedicação da nova igreja…

Qual a principal mensa-gem ou marca deixada por D. António Marto?

O senhor D António Marto prima pela simpatia e empatia. Não deixa nin-guém indiferente. Gosta de saudar e cumprimentar toda a gente. Revelou-se como evangelizador, não

aparecendo “como turista” mas “como peregrino”, no dizer e no fazer. Foi à paró-quia por causa e por amor a Cristo;

Quais as expectativas criadas a partir da Visita Pastoral? Foi já definida alguma prioridade pastoral ou tomada alguma decisão em ordem à renovação da dinâmica paroquial?

Uma visita pastoral é um acontecimento com um antes, durante e depois. Foi um tempo do relógio (cro-nos), durante 5 dias e um tempo da graça (Kairos), que se deseja como quan-do cai a boa chuva. Quando alguém sopra nas cinzas descobre algum lume da fé. O senhor bispo soprou e lançou desafios à comuni-dade paroquial. A fé tem de ser fé acreditada, celebrada e vivida. É preciso dar mais atenção à prática dos sacra-mentos; nomeadamente a Eucaristia e matrimónio. A paróquia tem uma nova igreja e, doravante, os cris-tãos são desafiados a viver uma vida nova, para que a igreja se renove sempre em Cristo Jesus.

Fotos

: LMF

erraz/G

IC Leiria-F

átima

DR

ECLESIAL10 O Mensageiro7.Fevereiro.2013

JANELA SOBREA MISSÃO

Visitasde Leiria

Pe. Vitor [email protected]

Leituras | V Domingo do Tempo ComumAno C (10/02/2013

Antífona de Entrada: Salmo 94, 6-7

Leitura I: Is 6, 1-2a.3-8

Salmo Responsorial: Salmo 137 (138), 1-2a.2bc-3.4-5.7c-8 (R. 1c)

Leitura II: 1Cor 15, 1-11

Aclamação ao Evangelho: Aleluia Mt 4, 19

Refrão: Aleluia. Repete-se. Vinde comigo, diz o Senhor, e farei de vós pescadores de homens. Refrão.

Evangelho: Lc 4, 21-30Naquele tempo, estava a multidão aglomerada em

volta de Jesus, para ouvir a palavra de Deus. Ele encon-trava-Se na margem do lago de Genesaré e viu dois barcos estacionados no lago. Os pescadores tinham deixado os barcos e estavam a lavar as redes. Jesus subiu para um barco, que era de Simão, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Depois sentou-Se e do barco pôs-Se a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo e lançai as redes para a pesca». Respondeu-Lhe Simão: «Mestre, andámos na faina toda a noite e não apanhámos nada. Mas, já que o dizes, lançarei as redes». Eles assim fizeram e apanharam tão grande quantidade de peixes que as redes começavam a romper-se. Fizeram sinal aos companheiros que esta-vam no outro barco, para os virem ajudar; eles vieram e encheram ambos os barcos, de tal modo que quase se afundavam. Ao ver o sucedido, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e disse-Lhe: «Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador». Na verdade, o temor tinha-se apoderado dele e de todos os seus companheiros, por causa da pesca realizada. Isto mesmo sucedeu a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não temas. Daqui em diante serás pescador de homens». Tendo conduzido os barcos para terra, eles deixaram tudo e seguiram Jesus.

Palavra da salvação.

Cânticos |VI Domingo do Tempo ComumAno C (17/02/2013)

INÍCIO Eu confio, Senhor - Lau 211

SALMO RESPONSORIAL Feliz o homem que pôs a sua esperança - Lau 391

APRESENTAÇÃO DOS DONS Meu Senhor eu vos amo - Lau 498

COMUNHÃO Bem-aventurados - Lau 1128O Senhor ressuscitou verdadeiramente - Lau 608

PÓS-COMUNHÃO Quem confiar no Senhor - Lau 706

FINAL Quem me seguir - Lau 708Confiarei no meu Deus - Lau 236

AO SABORDA PALAVRA

5º Domingo do Tempo Comum10 de Fevereiro de 2013

Pregadores ou pescadores

Pe. Francisco [email protected]

C

O MENSAGEIRO leia, assine, divulgue, anuncie!

o dia 16 de Janeiro tivemos visitas no

Ondjoyetu, o que nos deu muita alegria. Passaram por cá e almoçaram connosco 9 trabalhadores da empresa ESTPOR, delegação da EST de Leiria. Todos eles são da zona de Leiria e por isso nossos conterrâneos.

Estavam de passagem pelo Sumbe de Luanda para Benguela. Como traziam uma encomenda para nós, foi um bom ensejo para vi-rem conhecer a Ondjoyetu (nossa casa) e partilharmos com eles um bom almoço.

Se é com muito gosto recebermos todas as visi-tas, estas ainda foi com mais razão porque fazem parte de uma empresa que

muito tem ajudado a nossa missão e por isso os senti-mos ainda mais da nossa família. Um bocadinho de cada um deles também está nesta casa e connosco. Sabemos que vieram como profissionais para realizar o seu trabalho ao serviço da empresa a que perten-cem. Desejamos a estes nossos amigos muita força e coragem para não desisti-

rem dos objectivos que os trouxeram a estas terras. Muita coragem também para as suas famílias para suportarem as saudades.Ficam duas fotografias, uma do almoço (almoçámos fora… porque não cabía-mos todos na sala) e outra no pátio da nossa casa

Um abraço para todos.

DR

N

Certamente a maio-ria dos leitores já

foi convidado a fazer um discurso, a dizer umas pa-lavras numa festa. Todos sabemos que a nossa pri-meira reacção quando so-mos convidados a falar em público é rejeitar a ideia. Dizer que não sabemos o que havemos de dizer.

Quando falamos para várias pessoas ficamos mais expostos, sabemos que nem todos interpretam

o que dizemos da mesma maneira e tememos que nem toda a gente entenda o que dizemos.

Na nossa relação com Deus é também assim que acontece. Ele convida-nos a anunciar a sua palavra, a espalhar pelo mundo a sua mensagem. É esta a pergunta que ele faz a Isa-ías: “Quem hei-de enviar? Quem irá em vez de nós?”

Ainda hoje Ele continua a perguntar a cada homem quem pode ir por esse mundo fora ser a boca de Deus para anunciar a sua bondade. Deus continua a chamar os homens para pregarem a sua palavra, para serem pescadores de homens, como disse Jesus a Pedro, apesar de ele antes lhe ter dito: “Senhor, afasta-te de mim, que eu sou um homem pecador.” Porque Pedro reconheceu que ele não merecia a tenção que Jesus teve para com eles, ao encher-lhes as redes, vazias depois de uma noite no lago em que não conse-guiram apanhar um único peixe. mas confiaram em Jesus que, depois da sua pregação em cima da barca de Pedro, lhes mandou que avançassem para o meio do lago e lançassem de novo

as redes.Ainda hoje Jesus nos

continua a fazer este ape-lo: para não desistirmos de trabalhar pelo seu reino, por mais árida que seja a tarefa, por mais infrutífera que seja a labuta. Ser cristão é estar no mesmo barco que Jesus, e escutar a sua voz que nos comanda a ser pescadores de homens, continuando assim a obra libertadora de Jesus em favor do homem. Porque a conversão dos homens não se faz pelos nossos lindos olhos mas sim pela graça de Deus.

Como diz S. Paulo que lembra aos cristãos de Corinto (uma das cidades mais desenvolvidas da época, com tudo o que isso tem de bom e de mau) a Boa Nova que ele lhes tinha anunciado. Mas no fim acrescenta que não foi ele o autor do trabalho, apesar de não ter desistido, de ter lutado sempre pela verdade. Mas quem opera verdadeiramente no cora-ção dos homens é a graça de Deus.

Todos somos chamados a ser mensageiros de Deus, uns de uma forma mais em-penhada, outros de uma forma mais comum. Mas

é necessário que surjam mais jovens com coragem de aceitar o pedido de Deus para lançarem as redes num mar onde não pescam nada, porque é o próprio Jesus que faz com que os peixes se sintam atraídos por redes mais li-bertadoras que certas asas. Quanto mais acreditarmos que é Ele que atrai as pes-soas, mais capazes somos de as ajudar a descobrir a essência do Evangelho: Que Cristo morreu por nós.

A ressurreição de Cris-to é um facto real, mas ao mesmo tempo sobrenatural e meta-histórico, algo que ultrapassa completamente as categorias humanas de espaço e de tempo, a fim de entrar na órbita da fé. É algo que a ciência histó-rica não pode demonstrar, porque corresponde a uma experiência de fé. O que, historicamente, podemos comprovar, é a incrível transformação dos discípu-los que, de homens cheios de medo, de frustração e de cobardia, se converteram em arautos destemidos de Jesus, vivo e ressuscitado.

11O Mensageiro7.Fevereiro.2013 DIOCESE

“Em busca do Tesouro da Fé”Campanha da catequese

À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, o Serviço Diocesano da Catequese (SDC) de Leiria-Fátima preparou uma campanha para ajudar as crianças e adolescentes da catequese, bem como os seus familiares, a viverem mais profundamente o tempo da Quaresma.

Seguindo a temática proposta pelo Bispo diocesano para este ano e no âmbito do Ano da Fé que a Igreja está a viver, a campanha terá como mote “Em busca do Tesouro da Fé”. Pretende-se, sobretudo, proporcio-nar uma caminhada ao ritmo da liturgia deste tempo, “fazendo uma experiência de encontro com o Deus re-velado em Jesus Cristo”, refere o padre José Henrique, director do SDC.

Assim, para cada semana é proposta uma pista para a catequese da infância e outra para a catequese da adolescência. Para além de alguns dos versículos do Evangelho de cada domingo, há uma breve reflexão e um desafio, para que se perceba qual a “jóia” a guardar no tesouro que cada um deve descobrir e construir.Estas propostas estão direccionadas para uma vivência quaresmal em família, mas podem tam-bém ser aproveitadas para o trabalho nos encon-tros de catequese e nas celebrações comunitárias.Os materiais estão disponíveis na página do SDC, tanto em formato PDF, como numa versão editável, permitin-do a adaptação do texto a quem desejar fazê-lo.

“Partilha o Tesouro da Fé”Guião para o retiro popular

É uma das propostas da programação pastoral anual a que D. António Marto tem dado maior relevo. O “Re-tiro Popular”, a realizar por toda a Diocese durante a Quaresma, é apresentado pelo Prelado como “um dos meios para a revitalização da graça da fé em Cristo em cada um dos fiéis”, como lembrava na sua nota pastoral para o ano de 2012-2013, “O Tesouro da Fé, Dom para todos”.

Na mesma linha temática, dentro do proposto pela Igreja para este Ano da Fé, o guião do retiro popular para a Quaresma de 2013 recebeu o título “Partilhar o Tesouro da Fé”, apresentando seis capítulos, na forma de leitura orante da Palavra de Deus (Lectio Divina), para outras tantas sessões.

Este será um “exercício de escuta de Deus, que nos fala à mente e ao coração, nos ilumina, nos toca com o Seu amor e nos concede, mediante o Espírito Santo, o dom de uma fé mais firme e a capacidade de O acolher e a Ele aderir livremente”, escreve o Bispo diocesano na apresentação deste caderno. Um caminho de meditação e oração que o cristão deve procurar sempre e, ainda com maior intensidade, no tempo quaresmal, tempo propício “para nos despertar do estado de ‘anestesia espiritual’ em que por vezes caímos: despertar no íntimo do cora-ção o desejo de Deus, tantas vezes esquecido; renunciar aos ídolos sedutores mas alienantes; alcançar um maior conhecimento da misericórdia infinita do Senhor; exer-citar mais intensamente a caridade fraterna”, recorda D. António Marto. Assim, o convite estende-se a todos os fiéis, em grupo, família ou mesmo pessoalmente. No próprio guião estão todas as orientações práticas sobre onde, quando e como organizar os encontros, bem como cada passo a percorrer em cada um deles.

O importante é que se aproveitem os textos e su-gestões para uma experiência de retiro, “sob o fogo do Espírito que infunde a luz e o calor da fé nos nossos corações e nos leva a partilhá-la com os outros nas es-tradas da vida!”, conclui o Bispo.

GIC de Leiria-Fátima

Precisamos de forma-ção porque os tempos que vivemos são exigentes, quer para discernir a re-alidade envolvente, quer para assumir, sem medos nem resignação, a nossa condição de crentes e ou-sar partilhar com os nossos concidadãos a esperança que nos habita!

Contudo, a formação cristã não se esgota na aquisição de competências para o exercício de minis-térios eclesiais nem na adequada preparação para enfrentar os desafios da hora presente! Ela cumpre estes dois objectivos, sem dúvida, mas vai mais longe e mais fundo, pois nos faz peregrinos e discípulos d’Aquele que deu a vida por nós e nos quer seus colaboradores na constru-ção do seu Reino. Esta é a beleza da nossa fé e a grandeza da nossa missão! Como não haveríamos nós de nos preparar, o melhor que soubermos e puder-mos, para desempenhar-mos as tarefas que Ele nos quiser confiar?

Neste sentido gastaria de recordar a todos os interessados, as propos-

tas de formação que, este Semestre e no Seminário Diocesano de Leiria, serão oferecidas pelo Centro de Formação e Cultura e pela Escola Razões da Esperan-ça. Elas são também uma forma de responder aos desafios do Ano da Fé, instituído por Bento XVI, e assumido pelo nosso Bispo no programa pastoral deste ano.

No Centro de Formação e Cultura, com ritmo sema-nal, teremos os seguintes cursos:

Introdução ao Misté-rio de Deus. O coração da fé cristã e da teologia é o Deus Trinitário. Disciplina do Curso Geral de Teologia, com 15 sessões; decorre às quintas-feiras, das 19h15-20h45. Começa a 14 de Fevereiro e será leccionada pelo Dr. José Augusto Ro-drigues.

Introdução à Liturgia. Disciplina do Curso Geral de Teologia, com 15 ses-sões, decorre às quintas-feiras, das 21h00-22h30 e pretende ocupar-se da “fé celebrada”, qual dimensão constitutiva da vivência crente. Começa a 14 de Fevereiro e será leccionada

pelo Doutor Carlos Cabeci-nhas.

O Dinamismo Mis-sionário da Fé: curso de Formação Complementar, com 15 sessões, enquadra-do no Ano da Fé; decorre às segundas-feiras, das 19h15-20h45. Começa a 18 de Fevereiro e será lecciona-do pelo Dr. Darci Vilarinho, missionário da Consolata e director da revista Fátima Missionária.

Fé, Religião e Comu-nidade. A evolução dos paradigmas e a força es-tabilizadora das fórmulas: curso de Formação Com-plementar, com 15 sessões, enquadrado no Ano da Fé; decorre às segundas-feiras, das 21h00-22h30. Começa a 18 de Fevereiro e será leccionado pelo Doutor Augusto Pascoal.

Na Escola Razões da Esperança, com um ritmo quinzenal, às terças-feiras, das 21h00-23h00, para além dos cursos específicos da se-gunda hora, teremos, em 9 sessões, duas propostas na primeira hora; começam no dia 5 de Fevereiro:

A Fé: dom e dádiva. A fé é dom divino e resposta humana que deve tornar-se

dádiva. Curso complemen-tar, enquadrado no Ano da Fé, será leccionado por D. Augusto César, bispo emé-rito de Portalegre-Castelo Branco.

Deus e o Homem. Disciplina do curso básico Razões da Esperança, na qual se procura compreen-der melhor os motivos da relação tormentosa entre o homem e Deus nos últimos séculos, e perspectivar o seu futuro. Será leccionada pelo P. Manuel Armindo P. Janeiro.

Com as palavras de Bento XVI, na carta Apos-tólica Porta Fidei, pela qual anunciou o Ano da Fé, re-novamos o nosso convite a todos os interessados: “descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada, e reflectir o próprio acto com que se crê, é um com-promisso que cada crente deve assumir, sobretudo neste ano” (n. 9)

Pelo Centro de Formaçãoe Cultura

(P. Manuel ArmindoPereira Janeiro)

No Seminário Diocesano de Leiria

Formação para o nosso tempo!

No passado dia 19 de Janeiro, apesar do tempo-ral que se abateu sobre a nossa região, realizou-se mais uma visita ao patri-mónio religioso edificado na diocese de Leiria-Fátima. Do Colégio de São Miguel, em Fátima, onde visitámos a sua capela, passando pela capela das Irmãs de São José de Cluny, e igreja dos Padres Dominicanos ter-minando na antiga igreja dos Padres Monfortinos. A visita, orientada pelo Dou-tor Marco Daniel Duarte, especialista em história da arte, deu-nos oportunidade de visitar templos constru-ídos sob a influência da

reforma conciliar e permi-tiu-nos ver e compreender os esforços empreendidos por arquitectos e outros ar-tistas na concretização dos princípios orientadores do II Concílio do Vaticano so-bre os edifícios sagrados.

No próximo dia 16 de Fevereiro, será feito novo percurso que nos levará à Igreja Paroquial da Maceira, imóvel de interesse públi-co, e ao Museu Joaquim Correia e Igreja Paroquial da Marinha Grande. A visi-ta ao primeiro templo será orientada pelo Dr. Luciano Cristino e a apresentação do projecto de intervenção, de que este vai ser alvo, pelo

arquitecto Humberto Dias que também orientará as vi-sitas na Marinha Grande.

À semelhança dos úl-timos percursos, havendo um número mínimo de in-teressados, teremos um au-tocarro disponível, median-te marcação e pagamento prévios, através do e-mail [email protected] ou do telemóvel 962 540 255.

O ponto de partida será no Seminário de Leiria, às 14h15. Quem for em trans-porte próprio, deverá estar junto da igreja da Maceira às 14h45.

Entretanto, o Departa-mento do património Cul-tural tem já preparada uma

visita a Marrocos, de 11 a 17 de Junho p.f., que deno-minou “Por mares dantes navegados” propondo uma viagem aos inícios da Evangelização Portuguesa e, por outro lado, à des-coberta de outra realidade religiosa, o Islamismo que deu forma a uma distinta tradição arquitectónica, com princípios e formas de expressão próprios. O programa pode ser solici-tado através dos contactos acima referidos ou no Semi-nário Diocesano.

Pelo Departamentodo Património CulturalFilomena Silva Martins

Fé e arte, um diálogo de séculos!

Visita ao património religioso edificado na diocese de Leiria-Fátima

MUNDO/PORTUGAL12 O Mensageiro7.Fevereiro.2013

MundoBento XVI associa-se aos Bispos Italianos

“Jornada pela Vida”No passado dia 3 de Fevereiro Bento XVI reuniu-se

à “Jornada pela Vida” que a Igreja Católica na Itália pro-move anualmente no primeiro domingo de Fevereiro, pedindo mais apoio às famílias para sair da crise.

“Associo-me aos bispos italianos, que na sua mensa-gem convidam a investir na vida e na família, também como resposta eficaz à actual crise”, disse, após a reci-tação da oração do Angelus, a milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

O Papa saudou o Movimento pela Vida e deixou votos de sucesso à iniciativa denominada “Um de nós”, para que “a Europa seja sempre um lugar onde cada ser humano seja tutelado na sua dignidade”.

Em francês, Bento XVI pediu orações por todos os religiosos e religiosas da Igreja Católica, convidando os jovens a “ouvir o chamamento do Senhor e responder-lhe com confiança e generosidade”.

O Papa saudou também os peregrinos de língua alemã e sublinhou a importância de apresentar a men-sagem cristã num mundo que quer “empurrar Deus” para longe e se contenta com “respostas fáceis”.

O encontro dominical iniciou-se com uma catequese de Bento XVI sobre um episódio do Evangelho em que se relata o regresso de Jesus à Sinagoga de Nazaré, lo-calidade onde cresceu, onde foi rejeitado pelas pessoas que o conheciam.

“Jesus não veio para procurar o consenso dos ho-mens, mas para “dar testemunho da verdade”. O ver-dadeiro profeta não obedece a ninguém senão Deus e coloca-se ao serviço da verdade, pronto a pagar com a sua vida”, explicou.

Culto Divino e Disciplina dos SacramentosResponsável da Santa Sé alerta sobre celebrações litúrgicas

O subsecretário da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos disse à ECCLESIA que as celebrações das comunidades católicas têm de ser mais do que manifestações de “emoção” e deve levar a uma “transformação da vida”.

O responsável da Santa Sé admite que alguns mo-vimentos dentro da Igreja sublinham a dimensão da emotividade, esquecida por outros, convidando-os a aprender com a tradição “plurissecular” a “irradiação do ato de fé sobre a razão humana, o conhecimento, e sobre a vontade, a transformação da vida que se ordena para Deus”.

Num mundo de imagens, destaca monsenhor Gre-nesche, é preciso recuperar a dimensão da contemplação face à “sucessão de impressões” que marca as sociedades contemporâneas.

Relativamente à ‘Sacrosanctum Concilium’, primei-ra constituição aprovada pelo Vaticano II (1962-1965), o especialista espanhol sublinha que os 50 anos que passaram sobre o Concílio são como “uma gota de água num grande mar” na vida da Igreja, sendo ainda neces-sário assimilar a novidade “teológica” que o encontro mundial de bispos trouxe à Liturgia.

“O principal é pôr em evidência a acção de Deus, que se destina a que os homens entrem em diálogo com Ele”, explicou.

Para que exista esse diálogo, acrescentou, é preciso “facilitar o acesso dos fiéis” ao que é celebrado, para que possam “expressar-se de modo mais completo, mais rico”.

Portugal

Os Jovens Missionários da Boa Nova estão a per-correr diversas paróquias da região centro e norte do país para apresentarem o musical “Alegria”, in-centivando os mais novos a serem mensageiros do Evangelho.

Em comunicado envia-do à Agência ECCLESIA, Paulo Costa, professor de Educação Moral e Religiosa no Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, na Diocese do Porto, um dos espaços que já acolheu a iniciativa, realça que o evento permi-tiu aos alunos e respectivas famílias viverem “momen-tos muito intensos, afecti-vos e interpelantes”.

“Durante mais de uma hora, a cor, a música, a dan-ça e, sobretudo, a Palavra e as palavras, envolveram todos os presentes numa dinâmica celebrativa da fé em Jesus Cristo, caminho, verdade e vida”, conta o docente.

Desde Novembro últi-mo que os Jovens Missioná-rios da Boa Nova, ligados à congregação religiosa com o mesmo nome, estão a levar o espectáculo às comunida-des católicas, com o objecti-vo de “responder ao apelo do Papa Bento XVI que, na sua mensagem para o Dia Mundial da Juventude des-te ano”, que “desafia os jo-vens a serem Missionários da Alegria”.

Liderado pelo padre Francisco de Jesus, o grupo procura incentivar crianças, adolescentes, jovens e adul-tos a “anunciarem e teste-munharem Cristo e a sua mensagem de esperança, para a verdadeira realização da humanidade”.

A temática do musical, “alegria”, vai ao encon-tro do que significa “boa nova”, a “feliz notícia” que a partir do Novo Testamen-

to ganhou um novo rosto, Jesus Cristo.

Integrado no Ano da Fé que a Igreja Católica está a promover, o evento vai tam-bém passar pelo Coliseu do Porto, dia 24 de Março, às 16h00.

Em conferência de imprensa, disponibiliza-da através da internet, o departamento da pastoral juvenil dos missionários da Boa Nova explicou que pretende prestar “home-nagem ao beato João Paulo II”, que a 23 de Março de 1986, em Roma, promoveu a primeira jornada mundial da juventude.

O projecto da Igreja Ca-tólica mobiliza actualmente milhões de jovens de todo o mundo e vai realizar-se este ano na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, entre 23 e 28 de Julho.

Missionários da Boa Nova homenageiam João Paulo II

Musical “Alegria” desafia jovensa serem mensageiros

A Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT) reuniu-se em Lisboa para ultimar os preparativos da participação na BTL - Feira Internacional de Turismo, que decorre na capital a partir de 27 de Fevereiro.

O espaço, concebido por uma arquitecta, vai ex-por folhetos e publicações, bem como um filme de apresentação das entidades da Igreja Católica presentes na exposição, a ONPT, o Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, alguns santuários, como o de Fátima, e o Comissa-riado da Terra Santa em Portugal, revelou à Agência ECCLESIA o director da Obra Nacional.

O padre Carlos Godi-nho adiantou que está a ser ponderada a realização de “actividades de carácter cultural” para promover o trabalho de pessoas e gru-pos, que estão a ser contac-tadas para o efeito.

O pároco do Luso, uma das mais conhecidas estâncias termais de Por-tugal, frisou que “a preo-cupação turística não pode dissociar-se da preocupação pastoral, que será a grande marca da presença da Igreja Católica na BTL”.

O orçamento da par-ticipação no evento que decorre até 3 de Março na Feira Internacional de Lisboa está estimado entre os quatro e cinco mil euros,

montante a ser pago pelos organismos envolvidos na exposição.

O sacerdote enviou em Janeiro uma carta aos bis-pos das 20 dioceses territo-riais de Portugal com vista ao levantamento dos servi-ços da Pastoral do Turismo actualmente disponíveis.

A Diocese do Algarve es-truturou recentemente esse departamento, que também existe na Arquidiocese de Évora, onde está inserido na Comissão Episcopal da Pastoral Social da Mobi-lidade Humana, solução que, segundo o sacerdote, deverá ser a mais seguida nas Igrejas locais.

O plano de actividades para 2013 passa pela criação

e consolidação da Pastoral do Turismo nas dioceses, objectivo prioritário para a ONPT, além da preparação e avaliação da participação na BTL e a organização das Jornadas Nacionais, a 27 e 28 de Setembro, em Fátima, afirmou o padre Carlos Go-dinho.

Obra Nacional da Pastoral do Turismo ultima preparativos

Igreja na Feira Internacional em Lisboa

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13O Mensageiro7.Fevereiro.2013 OPINIÃO

7 de Outubro de 19147 de Outubro de 2012 98 ANOS

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OPINIÃO

João César das Neves Economista

Estão a ver o filme?

OPINIÃO

Adriano MoreiraProfessor

A crise das informações

ala-se da crise há anos. Ouvem-se muitas

teorias, protestos, fúrias e desânimos, mas no es-sencial ainda permanece enorme ilusão. As reacções ao recente estudo do FMI mostram acima de tudo profundo irrealismo face à real situação do país.

O texto Rethinking The State-Selected Expenditure Reform Options, pretende

“reformar a despesa em Portugal, perante a ques-tão de fundo da dimensão e funções do Estado” (p. 6). Chegámos finalmente a questão decisiva. Após ano e meio de medidas pontuais de emergência, tocamos nas reformas estruturais, discutidas há décadas e sempre adiadas. Perante um contributo tão importante para o nosso problema essencial, a gran-de maioria das reacções foi extravagante. É caso para perguntar se esses comen-tadores têm andado por cá ultimamente.

Todos sabemos que o país está na “unidade de cuidados intensivos”, ligado à máquina da ajuda externa para sobreviver. Todos concordamos que temos uma crise grave e fundamental, que exige medidas profundas. Mas, logo a seguir a este consen-so, grande quantidade dos

analistas envereda por uma ilusão cómoda, para evitar enfrentar a realidade. Mui-ta gente está plenamente convencida que a crise se deve a um punhado de maus (corruptos, incom-petentes, esbanjadores) e, pior, que basta eliminá-los para tudo ficar normal. Nas actuais circunstâncias esta fantasia é irresponsa-bilidade criminosa. Num momento tão decisivo e doloroso, acreditar em tolices dessas só aumenta o sofrimento de tantos, prejudicando a ur- gente solução do problema.

Portugal tem uma dívida nacional externa bruta total quase duas vezes e meia su-perior ao produto e dívida pública bem acima do que produzimos. Não há corrup-ções, incompetências e des-perdícios que cheguem para justificar uma coisa destas. Quem fez isso não foram os ricos, políticos, ladrões.

Tem de ser a vida comum e os hábitos dos cidadãos honestos a gerá-lo. Muitos nos lembramos como está-vamos há 20 anos, e como tudo melhorou tão depres-sa. Muito disso foi mérito e crescimento sólido, mas a euforia empolou e foi-se para lá do razoável. Agora a situação nacional não se resolve só eliminando gor-duras. É preciso cirurgia profunda e estrutural. Não é sina nacional, até porque vimos igual noutras zonas. Mas tem de ser feito.

A maioria das críticas olha, não para a situação nacional, mas para os in-teresses afectados. Falam então em “direitos adqui-ridos”, sem notar que esse é outro nome da doença. Existem direitos básicos que o país tem de garan-tir a todos. Nesses não se pode tocar, nem ninguém quer que se toque. Mas grande parte dos supostos

direitos não foram de todo adquiridos, mas atribuídos irresponsavelmente com dinheiro alemão. Foi bom recebê-los e custa a deixar, mas não há alternativa. Se quisermos um dia lá chegar de forma sustentável.

Cortar 4000 milhões de euros de forma permanen-te à despesa pública não é a solução. Apenas o primeiro passo para Portugal voltar a ser um país sério. Temos de viver com as nossas possibilidades. Durante uns tempos até um pouco abaixo, para aliviar as dívi-das de se ter vivido dema-siado tempo acima delas. A correcção não é o fim do mundo: pouco mais de 5% da despesa total prevista no Orçamento para 2013. Pode-se negar, insultar, protestar, mas a aritmética não se comove.

Isto não é novidade. Aliás todos o dizem há dé-cadas. Perdemos a conta aos

relatórios, estudos, progra-mas de Governo e discur-sos de Estado em que foi repetida a necessidade de reformas estruturais. Esse é outro consenso. Quando uma das instituições mais experientes e reputadas neste tipo de reformas analisa a situação e sugere medidas concretas, será ra-zoável tratar isso como um disparate? Uma imposição externa? Uma aleivosia? Será que não estão a ver o filme?

Perante o estudo do FMI há duas atitudes razoáveis. Pode-se aceitar e também é sensato discordar. Afinal é só um estudo técnico ex-terno, nem sequer um pro-grama político. Mas quem recusa tem de apresentar cortes alternativos de valor equivalente. Senão diz só uma tolice ociosa de quem não está a ver o filme.

In DN21/01/2013

rovavelmente todas as mudanças a que se

assiste nos serviços de in-formações estaduais ficarão relacionadas na sua história ao fenómeno que guarda o nome de Wikileaks, mas so-bretudo no que diz respeito

à diplomacia internacional, ao resguardo das suas prá-ticas, e inevitavelmente à gestão nunca bem resolvi-da do regime do segredo de Estado.

Tudo porque o segredo diplomático é parcela fun-damental desta problemá-tica, e uma longa experiên-cia, baseada em numerosa doutrina, apoia a defesa do segredo diplomático. Por isso, não é sequer necessá-rio lembrar que Maquiavel, cujo nome deu cobertura a uma meditação numerosa sobre o maquiavelismo, deixou clara a convicção de que a dissimulação, o engano, a falta de lealdade apoiam a eficácia do prin-cipal vencedor, porque homem tão mais defensor da virtude na vida pública, como foi Tocqueville, terá deixado dito que “a política externa não exige o uso de quase nenhuma das quali-dades que são próprias da

democracia, e obriga pelo contrário ao afinamento de quase todas as que lhe faltam”.

É certo que o desen-volvimento da diplomacia coletiva, que multiplica os encontros plurais dos mais altos representantes dos poderes políticos, sob a vigilância e atenta ano-tação das intervenções e conclusões pelos meios de comunicação social, altera inevitavelmente o conceito da reserva diplo-mática. Mas não alterou a necessidade, sentida pelos maiores responsáveis e seus representantes, do uso da política furtiva que é coberta tradicionalmente pelo segredo diplomático.

O professor Petiteville (Grenoble), que recente-mente se debruçou sobre esta questão, lembrou, entre mais exemplos: a cri-se de Cuba de outubro de 1962, dominada pela insta-

lação dos misseis soviéticos em Cuba, teve uma solução, negociada entre Kennedy e o embaixador soviético nos EUA, em completo segredo, salvando previsivelmente a paz mundial. Com um precedente famoso, que o mesmo autor cita, que foi o facto de o Presidente Wilson, depois de proferir a histórica enumeração dos 14 Pontos a que devia obe-decer a paz da Sociedade das Nações, e que incluíam o fim da diplomacia secreta, logo se reuniu secretamen-te com Clemenceau, Lloyd George, e Orlando, para ne-gociar o Tratado Final sem intervenção das restantes delegações.

Exemplos que chegam para evidenciar os efeitos diretos, e colaterais, que o fenómeno Wikileaks desvendou, nem todos na categoria de desastres para as negociações diplomá-ticas, mas com desastres

suficientes para repensar o regime da quadratura do círculo que é preservar o segredo diplomático ou de Estado, repudiar as po-líticas furtivas, e cultivar as virtudes diplomáticas que exigem manter uma opinião pública interessa-da com autenticidade e em tempo útil.

Vai exigir distância, experiência, e serenidade, para definir procedimentos que correspondam ao que pode chamar-se respeitabi-lidade governativa, uma das circunstâncias mais ligada ao valor da confiança. Uma confiança que neste caso se traduz em não admitir falhas no respeito pelo interesse público que guia os responsáveis pelas nego-ciações, e que não envolve apenas os aleatórios titula-res do poder de governar, tem que ver com a autori-dade reconhecida do corpo diplomático e dos serviços

de informações. Entre os interesses que

exigem a intocabilidade desse valor da confiança, que não se pode consi-derar suficientemente presente nas estruturas políticas ocidentais, estão os que dizem respeito à segurança nacional, que abrange não só os clássicos aspetos militares, também considera a fronteira dos interesses, hoje cada vez mais volátil e global.

Já foi salientado que os meios de comunicação social, e não apenas estes, também os responsáveis pela história do presente, são beneficiados, e com eles a opinião pública, pela abertura do acesso à informação. Mas tudo exi-ge um limite, e o interesse público parece dever ser esse limite.

In DN5/02/2013

P

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OPINIÃO / INSTITUCIONAL14 O Mensageiro7.Fevereiro.2013

Dr. Rui CastelaMédico Especialista

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C...(NOVO) TEMPO DOS PORQUÊS...

Vítor FariaSociólogo

Escola e Família, uma relação difícil

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omeço por saudar todos os leitores d’O Mensageiro, pois

esta é a minha estreia absoluta neste prestigiado semanário.

Pensei em oferecer-vos uma das minhas modestas incursões no cam-po das artes literário-visuais, com o duplo trabalho “…Eu e TU”. Duplo, por tratar-se de uma simbiose entre a poesia e o desenho, numa conjuga-ção de estilos ao sabor da liberdade criativa e da imaginação natural em momentos de inspiração.

E porquê esta forma pouco ortodoxa de comunicar na imprensa escrita? A resposta surge, caro(a) leitor(a), numa outra questão perfei-tamente natural: por que não?

Dito isto, porquê começar preci-samente estas crónicas com o binó-mio escola/família? A escola é, por excelência, um contexto dinâmico e

interativo de ensino e de aprendi-zagem, tal como a família o é pela sua essência, em perene articulação entre si, tal como se fossem duas faces da mes-ma medalha, entendida esta como a sociedade humana.

Está assim dado o mote para o arranque do “…(novo) tempo dos porquês…,” com encontro marcado todas as sema-nas, se as contingências do tempo e do espaço não o impedirem, nem a saúde o condicionar. Se tal acontecer, posso sempre deixar-vos um simples e singelo desenho, com ou sem palavras.

Bem hajam… porque a vida é o melhor que temos!

15O Mensageiro7.Fevereiro.2013 DESPORTO

liga portuguesa de futebol profissional

II Liga

liga portuguesa de futebol profissional

I Liga17.ª Jornada 3 de Fevereiro

Rio Ave x Sporting (2-1)Vitória de Guimarães x Porto (0-4)Gil Vicente x Marítimo (4-2)Olhanense x Académica (0-0)Nacional x Moreirense (1-2)Beira-Mar x Sp. Braga (3-3)Benfica x Vitória de Setúbal (3-0)Paços de Ferreira x Estoril (1-0)

26.ª Jornada 3 de FevereiroFreamunde x Leixões (0-2)Naval x Belenenses (0-0)Marítimo B x Sporting B (0-0)Atlético x Sp. Covilhã (0-0)Sp. Braga x Tondela (0-3)Feirense x Portimonense (3-3)Trofense x Penafiel (1-0)Arouca x V. Guimarães B (3-0)Porto B x Oliveirense (3-1)Santa Clara x D. Aves (2-2)Benfica B x U. Madeira (4-1)

Equipa J V E D Pts1.º Belenenses 26 18 6 2 602.º Sporting B 26 12 10 4 463.º Arouca 26 13 6 7 454.º Tondela 26 11 8 7 415.º D. Aves 26 10 11 5 416.º Leixões 26 10 10 6 407.º Benfica B 26 10 8 8 388.º Porto B 26 9 11 6 389.º Oliveirense 26 9 10 7 3710.º Santa Cara 26 9 10 7 3711.º Portimonense 26 10 7 9 3712.º U. Madeira 26 8 12 6 3613.º Penafiel 26 10 6 10 3614.º Naval 26 8 10 8 3415.º Atlético 26 9 4 13 3116.º Feirense 26 8 7 11 3117.º Marítimo B 26 8 3 15 2718.º Sp. Covilhã 26 5 9 12 2419.º Sp. Braga B 26 5 10 11 2320.º V. Guimarães B 26 4 10 12 2221.º Trofense 26 5 7 14 2222.º Freamunde 26 4 7 15 19

Equipa J V E D Pts1.º Porto 17 14 3 0 452.º Benfica 17 14 3 0 453.º P. Ferreira 17 8 7 2 314.º Sp. Braga 17 9 3 5 305.º Rio Ave 17 7 4 6 256.º V. Guimarães 17 5 6 6 217.º Académica 17 4 8 5 208.º Estoril 17 5 4 8 199.º Sporting 17 4 7 6 1910.º Marítimo 17 4 7 6 1911.º Gil Vicente 17 4 6 7 1812.º Nacional 17 5 3 9 1813.º Olhanense 17 3 7 7 1614.º Beira-Mar 17 3 6 8 1515.º V. Setúbal 17 3 5 9 1416.º Moreirense 17 2 5 10 11

18.ª Jornada 10 de FevereiroEstoril x V. Guimarães . Dia 9, 20h15, SportTv1

Académica x Rio Ave . 16h00

Sporting x Marítimo . 16h00, SportTv1

Moreirense x Beira-Mar . 16h00

V. Setúbal x Gil Vicente . 16h00

Nacional x Benfica . 18h00, SportTv1

Porto x Olhanense . 20h15, SportTv1

Sp. Braga x Paços de Ferreira . Dia 11, 20h00, SportTv1

federação portuguesa de futebol

II Divisão B sul

18.ª Jornada 3 de FevereiroLouletano x Sertanense (3-1) Casa Pia x Fátima (0-2)Futebol Benfica x Carregado (1-0)Pinhalnovense x Quarteirense (1-1)Oeiras x Farense (0-0)Torreense x Oriental (1-0)Ribeira Brava x Mafra (1-2)U. Leiria SAD x 1.º Dezembro (0-1)

federação portuguesa de futebol

III Divisão D

17.ª Jornada 3 de FevereiroPenelense x Torres Novas (0-3)Alcanenense x Sp. Pombal (0-0)Sernache x Ol. Hospital (2-3)Marinhense x Mortágua (1-0)Sourense x Beneditense (1-2)Alcobaça x Caldas (1-1)

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III Divisão E

17.ª Jornada 3 de FevereiroPêro Pinheiro x Barreirense (1-2)Sacavenense x Lourinhanense (1-1)U. Tires x Cartaxo (0-0)Real x Peniche (2-0)Eléctrico x Amora (2-1)Sintrense x Fabril Barreiro (0-1)

Equipa J V E D Pts1.º Mafra 18 13 3 2 422.º Farense 18 10 6 2 363.º Torreense 18 10 4 4 344.º U. Leiria SAD 18 10 4 4 345.º Sertanense 18 9 3 6 306.º Oriental 18 9 2 7 297.º Fátima 18 8 2 8 268.º 1.º Dezembro 18 5 8 5 239.º Casa Pia 18 4 10 4 2210.º Carregado 18 5 5 8 2011.º Quarteirense 18 4 7 7 1912.º Louletano 18 4 7 7 1913.º Fut. Benfica 18 5 4 9 1914.º Oeiras 18 3 7 8 1615.º Pinhalnovense 18 3 5 10 1416.º Ribeira Brava 18 2 3 13 9

Equipa J V E D Pts1.º Caldas 17 9 6 2 332.º Sp. Pombal 17 10 3 4 333.º Ol. Hospital 17 10 3 4 334.º Sernache 17 8 4 5 285.º Sourense 17 7 7 3 286.º Alcanenense 16 7 2 7 237.º Marinhense 17 6 5 6 238.º Torres Novas 17 6 4 7 229.º Penelense 16 5 3 8 18

10.º Alcobaça 17 4 5 8 1711.º Beneditense 17 3 3 11 1212.º Mortágua 17 2 3 12 9

Equipa J V E D Pts1.º Sintrense 17 9 4 4 312.º Eléctrico 17 9 4 4 313.º Sacavenense 17 9 3 5 304.º Fabril Barreiro 17 8 5 4 295.º Real 17 8 4 5 286.º Pêro Pinheiro 17 7 4 6 257.º Barreirense 17 6 6 5 248.º Lourinhanense 17 6 5 6 239.º U. Tires 17 5 6 6 2110.º Amora 17 6 3 8 2111.º Peniche 17 5 2 10 1712.º Cartaxo 17 0 2 15 2

19.ª Jornada 10 de FevereiroOriental x Louletano . Todos os jogos às 15h00 Sertanense x Casa PiaFátima x Ribeira BravaMafra x U. Leiria SAD1.º Dezembro x Fut. BenficaCarregado x PinhalnovenseQuarteirense x OeirasFarense x Torreense

18.ª Jornada 10 de FevereiroSp. Pombal x Torres Novas . Todos os jogos às 15h00

Ol. Hospital x AlcanenenseMortágua x SernacheBeneditense x MarinhenseCaldas x SourenseAlcobaça x Penelense

17.ª Jornada 10 de FevereiroCartaxo x Lourinhanense . Todos os jogos às 15h00 Barreirense x U. TiresPeniche x Pêro PinheiroAmora x RealFabril do Barreiro x EléctricoSintrense x Sacavenense

associação de futebol de leiria

HONRA17.ª Jornada 3 de Fevereiro

GRAP/Pousos x Atouguiense (2-1)Vieirense x Guiense (1-1)Portomosense x Pousaflores (2-0)Avelarense x Pelariga (2-3)Lisboa e Marinha x Pataiense (1-5)Nazarenos x Figueiró dos Vinhos (3-1)Bombarralense x Meirinhas (1-1)Alvaiázere x Marrazes (0-4)

Equipa J V E D Pts1.º Marrazes 16 10 4 2 342.º Pousaflores 16 10 3 3 333.º Pelariga 16 10 3 3 334.º Fig. Vinhos 16 9 3 4 305.º Portomosense 16 9 3 4 306.º Guiense 16 8 4 4 287.º GRAP/Pousos 16 8 4 4 288.º Pataiense 16 6 5 5 239.º Meirinhas 16 5 6 5 2110.º Lisboa Marinha 16 6 2 8 2011.º Atouguiense 16 6 2 8 2012.º Nazarenos 16 5 4 7 1913.º Vieirense 16 3 4 9 1314.º Avelarense 16 4 1 11 1315.º Alvaiázere 16 2 2 12 816.º Bombarralense 16 1 2 13 5

18.ª Jornada 17 de FevereiroGRAP/Pousos x Avelarense . Todos os jogos às 15h00

Figueiró dos Vinhos x VieirenseGuiense x AlvaiázerePataiense x PortomosenseMeirinhas x PelarigaAtouguiense x NazarenosMarrazes x Lisboa e MarinhaPousaflores x Bombarralense

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I Divisão norte

8.ª Jornada 3 de FevereiroRanha x Mata Mourisquense (1-2)Albergaria dos Doze x Caseirinhos (5-0)Alegre e Unido x Motor Clube (1-3)Ansião x Moita do Boi (2-2)Ilha x Pedroguense (0-5)

Equipa J V E D Pts1.º Moita do Boi 7 6 1 0 192.º Ansião 8 4 4 0 163.º Mata Mourisq. 8 3 4 1 134.º Motor Clube 6 4 0 2 125.º Alb. Doze 6 3 2 1 116.º Ranha 7 3 1 3 107.º Pedroguense 8 2 1 5 78.º Ilha 7 2 1 4 79.º Alegre e Unido 7 1 2 4 510.º Caseirinhos 8 0 0 8 0

9.ª Jornada 17 de FevereiroPedroguense x Ranha . Todos os jogos às 15h00

Mata Mourisquense x Albergaria dos DozeCaseirinhos x Alegre e UnidoMotor Clube x AnsiãoMoita do Boi x Ilha

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I Divisão norte

8.ª Jornada 3 de FevereiroBoavista x Maceirinha (0-1)Alqueidão da Serra x Nadadouro (1-1)Santo Amaro x Os Vidreiros (5-1)Alfeizerense x U. Leiria (0-6)Outeirense x Unidos (0-1)

Equipa J V E D Pts1.º U. Leiria 8 8 0 0 242.º Unidos 8 6 0 2 183.º Alq. Serra 8 5 2 1 174.º Boavista 8 3 2 3 115.º Outeirense 6 3 1 2 106.º Maceirinha 7 3 0 4 97.º Santo Amaro 7 2 0 5 68.º Nadadouro 8 1 3 4 69.º Os Vidreiros 8 1 2 5 510.º Alfeizerense 6 0 0 6 0

9.ª Jornada 17 de FevereiroMaceirinha x Alq. Serra . Todos os jogos às 15h00

Nadadouro x Santo AmaroU. Leiria x OuteirenseUnidos x BoavistaOs Vidreiros x Alfeizerense

27.ª Jornada 10 de FevereiroBelenenenses x Porto B . Dia 9, 18h00, SportTv1

Tondela x Benfica B . 11h15, SportTv1

Leixões x Santa Clara . 15h00

V. Guimarães B x Trofense . 15h00

Sporting B x Arouca . 15h00

Sp. Covilhã x Marítmo B . 15h00

Oliveirense x Atlético . 15h00

D. Aves x Feirense . 15h00

Penafiel x Freamunde . 15h30

Portimonense x Sp. Braga B . 16h00

U. Madeira x Naval . 16h00

Primeiro encontro entre as duas equipas, na inauguração do Parque de Jogos do Marrazes (8 de Dezembro de 1969)

Dérbi na Taça com Marrazes e Leiria

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FUTEBOL – Quarenta anos depois do primeiro encon-tro entre equipas seniores, num amigável que marcou a inauguração do Parque do Jogos do Sport Clube Leiria e Marrazes (SCLM), União Desportiva de Leiria (UDL) e SCLM voltam a encontrar-se. Assim quis o sorteio dos 1/8 final da Taça Distrito da Associação de Futebol de Leiria, que determinou o dérbi. O Estádio Dr. Ma-galhães Pessoa será o palco do jogo, dia 9 de Fevereiro, 15h00.

“Vão estar em confronto as duas melhores equipas do concelho e esperemos que isso se traduza numa festa de civismo e desporti-vismo”, sublinhou o presi-dente da UDL, Mário Cruz, em declarações ao Diário de Leiria. Embora a prioridade seja o campeonato, onde a equipa leiriense está bem encaminhada para a tão desejada subida de divisão, “a Taça Distrital também é importante e gostaríamos de a ganhar”.

Da parte do SCLM trata-se de “um jogo especial, en-tre velhos rivais”, sublinha o presidente do clube, Pau-lo Rabaça. “Espero acima de tudo que seja uma festa porque o futebol precisa disso e não de guerras”, acrescentou. Apesar do clube ser o actual detentor do troféu, Paulo Rabaça não assume o favoritismo, con-

siderando mesmo que as possibilidades são iguais para ambas as equipas.

Quanto aos restantes jogos da prova, são o Por-tomosense x GRAP/Pousos, Pousaflores x Pelariga, Outeirense x Avalarense, Guiense x Ansião, Vieiren-se x Alqueidão da Serra, Pataiense x Unidos e Atou-guiense x Nadadouro. PJ

Um título nacional e mais oito pódios

Marta Martins (n.º 308) sagrou-se campeã nacional nos 3.000 metros planos

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ATLETISMO – Uma meda-lha de ouro, outra de prata e sete de bronze. É este o sal-do da Juventude Vidigalen-se no Campeonato Nacional de Esperanças (Pombal, 2e 3 de Fevereiro).

O principal destaque vai para Marta Martins, que se sagrou campeã nacional nos 3.000 metros planos, tendo somado ainda o 3.º lugar nos 1.500 metros planos. Igualmente em destaque esteve Miguel Marques, 2.º lugar no salto em comprimento; Adriano Lopes, 3.º no lançamento do peso; e Ricardo Mendes, 3.º no triplo-salto. As esta-fetas 4x200 metros planos do clube leiriense também subiram ao pódio, 3.º lugar, tanto em masculinos (Mar-co Rodrigues, João Moniz, Dyllan Pedro e Giziel Lima) como em femininos (Débo-ra Clemente, Sara Martins, Jéssica Viegas e Tatiana Rosário).

Colectivamente a JV terminou no 3.º lugar, em ambos os escalões, repetin-do assim os feitos de 2006 e 2012. Já o Grupo de Atle-timo de Fátima, foi 4.º em masculinos, sector onde viu Samuel Remédios sagrar-se campeão nacional no salto em comprimento.

Quanto às vitórias co-lectivas foram, mais uma vez, disputadas e repartidas por Sporting (femininos) e Benfica (masculinos).

BênçãoCICLISMO – O Santu-ário de Fátima volta a acolher a tradicional Bênção do Ciclista, este ano agendada para o dia 10 de Fevereiro, a partir das 10h30 (Par-que N.º 12). Pelas 12h00 será celebrada a Santa Missa, presidida por D. Serafim, Bispo Emérito de Leiria-Fátima.

7 F E V E R E I RO 2 0 1 3ÚLTIMA Não é o evitar o sofrimento, a fuga diante da dor, que cura o homem; mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer, de encontrar o seu sentido através da união com Cristo

Encíclica Spe Salvi, nº 37

Decorreu no passado domingo, em Pataias, a Ultreia Diocesana do Mo-vimento dos Cursilhos de Cristandade.

Foram muitos os cur-silhistas que, oriundos das diversas paróquias da diocese, corresponderam ao convite de participar neste encontro anual, sempre muito vivido e convivido, este ano cen-tralizado na Fé.

Depois da eucaristia, presidida pelo Director Es-piritual do movimento na diocese, Pe. Alcides Neves em representação também do senhor Bispo, D. Antó-nio Marto que, por outro compromisso de agenda, não pode estar presente, deu-se início à Ultreia com Joaquim Marques a falar sobre o tema da Fé.

Numa intervenção em que não foi fácil conter a emoção, começou por um excerto do capítulo 2 da carta de S. Tiago, «de que servirá alguém dizer que tem Fé se não tiver obras?», e deu a todos um autêntico testemunho de

fé cristã na disponibilidade para a entrega ao próximo, mesmo quando as adversi-dades da vida nos impõem limitações. Acreditar sem hesitações que Cristo sem-pre nos estende a mão nos momentos difíceis e nos leva a percorrer caminhos que seriam impossíveis de fazer sem Fé e sem Perseve-rança, são a base central do seu rico e tocante testemu-nho de vida.

Das ressonâncias dadas ao tema apresentado, to-dos testemunhos ricos de vivências pessoais e comu-nitárias, sempre alicerçadas no amor de Cristo e na pre-ciosa ajuda que constituiu para todos a experiência de terem vivido um cursilho, destacam-se algumas men-sagens como:

«A Fé tem que se ser feliz e só se alimenta na felicidade»;

«A palmada que leva-mos à nascença é o primei-ro sinal de que a vida não vai ser fácil, mas é também o primeiro impulso para o caminho a seguir»;

«A Fé dá-nos a força que

nos leva a aceitar desafios e a acreditar…»;

«A Fé reforçada no pós-cursilho, foi uma ajuda fun-damental para ultrapassar barreiras, vencer adversida-des, e encontrar as palavras certas para testemunhar o amor de Cristo aos que nos estão próximos mas distan-tes de Deus»;

«Os desafios da vida, transformam-nos, ensi-nando-nos a viver felizes mesmo nas diferenças, e a Fé, ensina-nos a aceitar tudo com um incondicio-nal amor por tudo o que o Senhor nos dá, mesmo que por vezes não seja o que es-peramos receber».

Foram momentos de grande profundidade e partilha que se viveram nesta ultreia, que contou também com a presença de alguns sacerdotes da diocese, sendo que se des-tacou a intervenção do Pe. João Pina Pedro, deixando a mensagem de que «O MCC leva as pessoas a fazerem a experiência sensível da Graça de Deus, provoca um encontro vivo com

Jesus Cristo. Evangelizar não é catequizar, é ser testemunho. A pessoa só é evangelizada se alguém lhe mostrar Jesus.»

Também o Pároco de Pa-taias, Pe. Virgílio Francisco deixou a todos a mensagem de que «A Fé vivida é a Fé rezada».

A terminar, e antes do convívio final, o Pe. Alcides Neves, salientou a importância da participa-ção na ultreia diocesana, referindo que esta «é sem-pre uma oportunidade de perseverar na caminhada e viver o espírito do cursilho e para espevitar o fermento que somos. A Fé é a adesão

a Jesus, a Cristo»Foi assim muito positivo

este encontro, sentimento traduzido nas palavras de Manuel Duarte, presidente do Secretariado Diocesano, que, na sua intervenção, deixou o desafio de que «saibamos todos levar da-qui uma mensagem de Fé, sobretudo para os que não puderam aqui estar, para os que andam mais afastados, desmotivados, desiludidos, conscientes que, a verda-deira fé está associada à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento

da vontade divina, nada pode sem Deus. A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração.»

A todos os que parti-ciparam, o secretariado diocesano agradece, es-perando que esta ultreia diocesana, tenha sido mais um passo, para a afirmação do MCC na diocese como um caminho para a evange-lização dos ambientes mais descristianizados, enquan-to portador da mensagem do amor de Cristo.

Pelo Movimento CC

Encontro anual dos Cursilhos de Cristandade

“A Fé vivida é a Fé rezada”

O bailado “Gira a pala-vra gira” volta a Leiria com a Escola de Dança do Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (EDOL) e o actor João Ricardo, no papel de narra-dor, num espectáculo no próximo dia 16 de Feverei-ro, pelas 21h30, no Teatro José Lúcio da Silva. Este evento destina-se a maiores de três anos, e os bilhetes estão à venda no Teatro José Lúcio da Silva.

O bailado é baseado no conto “Chuva Distante” da obra do autor australiano Shaun Tan, vencedor do Indie Award, do World Fantasy Award e do melhor livro do Festival de Angou-

lême, “Contos dos Subúr-bios”, uma antologia de 15 contos ilustrados. «Como quem escreve um poema, a dança ganha outras formas de poesia», conta Ana Man-zoni, directora pedagógica da EDOL.

A coreografia deste bailado é da autoria dos professores da EDOL e será interpretada por “bailarinos” dos 4 aos 17 anos. Ana Manzoni deixa o convite a todos, prometen-do «um espectáculo cheio de surpresas, para toda a família!».

Criada em 1977, a Es-cola de Dança do Orfeão de Leiria (EDOL) começou

por abarcar, de início e até 1999, cursos livres em classes de Técnica de Dança Clássica, seguindo o método da Royal Academy of Dance, do Reino Unido. Só no ano 1999/2000, sob a Direcção de Ana Manzoni, a EDOL ampliaria as suas activida-des de forma a abranger o ensino artístico vocacional. Estavam então criadas as condições para a existência de um quadro de opções mais alargado, podendo os alunos interessados escolher entre a frequência dos cursos livres, enquanto complemento da formação geral - destinado a crianças com mais de quatro anos

de idade - e o ensino voca-cional, destinado a alunos com idade superior a seis anos que revelem aptidões específicas, com vista ao seu posterior ingresso por uma via profissionalizante na área da dança.

Sendo a única escola de ensino vocacional de Dança do concelho de Leiria reco-nhecida pelo Ministério de Educação, a EDOL apresen-ta um projecto educativo inovador, contemplando uma formação técnica e artística de qualidade que abrange diversas áreas da dança: Técnica de Dança Clássica, Dança Contempo-rânea, Expressão Criativa,

Composição Coreográfica, Práticas Complementares de Dança e Música. Tem desenvolvido diversas actividades e projectos no sentido de promover campanhas de sensibiliza-

ção junto das escolas, da comunidade leiriense, dos dirigentes locais, não só no contexto sócio cultural em que a escola se insere, mas indo para além das frontei-ras desta cidade.

Escola de Dança do Órfeão de Leiria e actor João Ricardo

Bailado volta a Leiria

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