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FUNDADO EM 1914 ANO 99 - N.º 4950 FUNDADOR: José Ferreira Lacerda DIRECTOR: Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: [email protected] WEB: www.omensageiro.com.pt 7 MARÇO 2013 DESTAQUE CATEQUESE FAMILIAR DIOCESE P.9 CULTURA Na Caranguejeira | P. 4 Artesanato, gastronomia e música no “1.º Convívio com as Tradições” Na Câmara Municipal | P. 5 Quint-Fonsegrives e Leiria assinam protocolo de geminação DR SOCIEDADE Solidariedade | P. 6 Cruz Vermelha Portuguesa apela à contribuição através do IRS Câmara de Leria | P. 7 Raul Castro enaltece trabalho dos agentes da protecção civil ECLESIAL Grémio Literário | P. 9 Próximas “Conversas c’a Fé” dia 8 Santuário de Fátima | P. 9 “Habitar o mundo na esperança e na bondade” é o mote para conferência A Catequese Familiar vem reformular a iniciação cristã das crianças, saindo do esquema escolar, envolvendo os pais e valorizando o Domingo. É um itinerário estruturado por etapas e cada uma delas articula-se em quatro semanas. Para melhor conhecer estas experiências e melhor programar o próximo ano pastoral e catequético, no próximo dia 9 de Março, estará uma equipa de Santarém, paróquia do Entroncamento, no Seminário de Leiria para apresentar o seu projecto. O encontro é aberto a todos os catequistas e terá início às 10h00. Páginas 2 e 3

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Catequese Familiar em destaque.

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FUNDADO EM 1914

ANO 99 - N.º 4950

FUNDADOR: José Ferreira LacerdaDIRECTOR: Rui RibeiroPREÇO: 0,80 euros (IVA incluído)SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIATEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102E-MAIL: [email protected]: www.omensageiro.com.pt

7 MARÇO 2013

DESTAQUE

CATEQUESE FAMILIAR

DIOCESE P.9

CULTURA

Na Caranguejeira | P. 4

Artesanato, gastronomia e música no “1.º Convívio com as Tradições”

Na Câmara Municipal | P. 5

Quint-Fonsegrives e Leiria assinam protocolo de geminação

DR

SOCIEDADE

Solidariedade | P. 6

Cruz Vermelha Portuguesa apela à contribuição através do IRS

Câmara de Leria | P. 7

Raul Castro enaltece trabalho dos agentes da protecção civil

ECLESIAL

Grémio Literário | P. 9

Próximas “Conversas c’a Fé” dia 8

Santuário de Fátima | P. 9

“Habitar o mundo na esperança e na bondade” é o mote para conferência

A Catequese Familiar vem reformular a iniciação cristã das crianças, saindo do esquema escolar, envolvendo os pais e valorizando o Domingo. É um itinerário estruturado por etapas e cada uma delas articula-se em quatro semanas. Para melhor conhecer estas experiências e melhor programar o próximo ano pastoral e catequético, no próximo dia 9 de Março, estará uma equipa de Santarém, paróquia do Entroncamento, no Seminário de Leiria para apresentar o seu projecto. O encontro é aberto a todos os catequistas e terá início às 10h00. Páginas 2 e 3

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DESTAQUE2 O Mensageiro7.Março.2013

EDITORIAL EDITORIAL

Novos rumosRui [email protected]

A Igreja tem-se empenhado nos

últimos anos em renovar as

suas estruturas e modelos

formativos. Muitas têm sido

as propostas e variadas as

iniciativas, em busca de novos

rumos.

A educação é um dos maiores, se não mesmo o maior, problema das sociedades ocidentais. O liberalismo trouxe alguma confusão em termos de cidadania e muitos acabaram por confundir a liberdade com alguma libertinagem, pelo que a educação foi de imediato posta em causa. Que educação estamos nós a dar aos mais novos? Que modelos educacionais oferecem as sociedades ocidentais? Que futuro estamos hoje a preparar? O problema da educação já fez, pela sua impor-tância, ganhar e perder muitas eleições. Já houve governos que caíram por questões relacionadas com a educação.

Também a Igreja sente o problema da edu-cação, claro está, educação cristã, como um dos desafios mais pertinentes para o momento actual. A educação cristã dos mais novos, por um lado, e dos adultos, por outro, está a revelar-se um dos desafios da Igreja actual. Em momento em que os cardeais se preparam para a eleição de um novo Papa, este problema deverá certamente fazer parte dos critérios que ajudarão a definir o seu perfil.

A fé, a expressão da fé, está intrinsecamente re-lacionada com a imagem que dela fazemos. E esta, por seu lado, está muito dependente da educação

que recebemos. Não sem razão, D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, tem insistido nesta tecla e tem apelado para a formação como ponto primordial para a descoberta, a vivência e o testemunho da alegria da fé. Tal importância está presente quando afirma que no nosso tempo um dos maiores problemas que enfrentamos é a ignorância religiosa.

Consciente desta impor-tância, a Igreja tem-se empe-nhado nos últimos anos em

renovar as suas estruturas e modelos formativos. Muitas têm sido as propostas e variadas as inicia-tivas, em busca de novos rumos.

No contexto da evangelização e da formação, a catequese das crianças, adolescentes, jovens e adultos, tem sofrido profundas mudanças, por vezes demasiado repentinas, em busca de um modelo que possa ser universal e ofereça resul-tados sempre mais satisfatórios. Ouvimos agora falar em “catequese familiar” como um desses modelos e que engloba uma dupla perspectiva num único esquema: os adultos e as crianças. Um desafio que ,se por um lado pretende comprometer mais as famílias, por outros compromete mais a comunidade.

A propósito da iniciativa promovida pelo servi-ço diocesano da catequese para o próximo sábado, nesta edição quisemos falar deste tema para que os leitores se sintam mais tocados e motivados à participação.

Caminhos percorridosDesde sempre que a

Igreja relacionou de forma íntima e profunda a evan-gelização dos mais novos, catequese, com o ambiente familiar. Em tempos que já lá vão, a família foi mesmo o único espaço de aprendi-zagem dos conteúdos da fé, e foi também o espaço das primeiras experiências da vivência da fé. E mesmo se hoje temos uma estrutura de âmbito paroquial ou co-munitária, a verdade é que a família continua a ser o lugar primeiro e essencial para a educação cristã dos mais novos. A catequese pa-roquial não pode, por isso, alhear-se da família, nem esta pode estar ausente daquela.

O papa João Paulo II foi incansável em chamar a atenção para esta união entre família e catequese. A sua convicção foi assim ex-pressa ao afirmar “A acção catequética da família tem um carácter particular e, em certo sentido, insubstituível, justificadamente posto em evidência pela Igreja. A catequese familiar, portan-to, precede, acompanha e enriquece todas as outras formas de catequese. me-diante contactos individu-ais, encontros, reuniões e recurso a toda a espécie de meios pedagógicos, ajuda os pais a cumprirem a sua mis-são: presta à catequese um serviço inestimável” «Cate-chesi Tradendae», nº 68).

O impulso dado por João Paulo II, correspondia a uma convicção e a uma procura de caminhos que já se iam fazendo sentir na Igreja. Reforçada pelas palavras do Papa, a Igreja procedeu,

nos últimos anos, a árduo esforço no sentido de reno-var a catequese paroquial. Nesse esforço esteve muito presente o encontro com a família. Em 2011 as jornadas nacionais de catequistas centraram-se precisamente na família, com o tema claro e directo “A Catequese e a Família”. O objecto era também muito claro: “re-flectir sobre a relação entre a família e a catequese” e “potenciar o desenvolvi-mento de estratégias de trabalho com as famílias, no contexto da catequese”. Na mesma ocasião foi publicado o livro «A Catequese Fami-liar: reflexões e propostas de trabalho».

Um ano depois os res-ponsáveis nacionais do sector da catequese não tinham dúvidas. Para eles “envolver as famílias na re-vitalização pastoral da Igreja Católica em Portugal é uma das principais prioridades da Educação Cristã” (D. An-tónio Francisco dos Santos, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cris-tã e Doutrina da Fé). Nesse sentido desafiava à procura de “novas metodologias” e “novos lugares” para que

“a acção catequética seja fermento de renovação” e ao mesmo tempo “receba um contributo renovador” da parte das pessoas.

Como resposta, algumas experiências, globalmente chamadas “catequese em família” ou “catequese fa-miliar” foram sendo feitas a título experimental. Os resultados eram surpre-endentes e parecia assim estar a nascer um novo rumo para a catequese. Em praticamente todas as dio-ceses as experiências foram ganhando corpo, e hoje a catequese familiar parece ser um desafio estimulante e promissor.

A catequese familiarA família é o ambiente

primário e insubstituível para o despertar religioso e da educação da fé das nos-sas crianças (LG 11; DGC 255). Não nos podemos esquecer, de que apesar da crise familiar que hoje vivemos, a família continua a ser um valor a defender, é nela que a criança vive a sua experiência de amor e afecto necessários para que entenda o amor que Deus e Jesus Cristo têm por ela. Para

além disso, a família conti-nua a ser indispensável para a catequese e comunidades paroquiais. São elas as co-munidades de base de toda a vida cristã e, assim sendo, para que desempenhem ver-dadeiramente este papel, é necessário investir novos esforços e lançar uma nova evangelização das famílias cristãs.

A catequese familiar engloba áreas como “o des-pertar da fé” e a “formação parental”, dirigidas especifi-camente à formação de edu-cadores, pais e avós, com o objectivo de transformar o núcleo familiar num espa-ço primordial de educação cristã e transmissão da fé. “Embora tradicionalmente apontássemos a catequese para as nossas crianças e a seguir começássemos a es-tende-la aos adolescentes, a educação começa em casa, e os pais têm de ser acolhidos, acompanhados e formados neste processo” refere o director do Secretariado Na-cional da Educação Cristã. A ideia é “fazer uma espécie de educação familiar e parental, um trabalho com os pais du-rante o tempo de catequese dos próprios filhos”.

A catequese familiar permite um salto qualita-tivo, apontando uma nova perspectiva pastoral, onde o centro da atenção passa dos filhos para os pais, onde se percebe que os pais não es-tão somente para ajudar os filhos na sua iniciação cristã, mas sentem necessidade de amadurecer e aprofundar a sua própria fé. Não é so-mente uma proposta para os adultos colaborarem na pastoral das crianças, mas um verdadeiro processo

Nova evangelização

Catequese familiar

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3DESTAQUEO Mensageiro7.Março.2013

de Catequese de Adultos, na convicção de que esta garante, ao mesmo tempo, uma melhor eficácia no pro-cesso da iniciação cristã dos filhos.

Para que esta grande mudança ocorra é necessá-rio ter em conta os seus ob-jectivos gerais que serão de-senvolvidos durante os três primeiros anos da primeira etapa do itinerário catequé-tico: - evangelizar os pais, aproveitando a preparação dos filhos para a Primeira Comunhão; - orientar as fa-mílias para uma integração activa nas suas paróquias, de preferência formando comunidades eclesiais de base; despertar e promover o compromisso social nos pais e nos filhos como fruto da sua adesão a Cristo. Este tipo de catequese dá espe-cial ênfase ao testemunho, indispensável para que a catequese não se reduza a pura teoria, à experiência de vida, à vivência concreta da fé apoiada na doutrina.

São inúmeras as experi-ências e modelos deste tipo de catequese, porém, ganha terreno a proposta para que a catequese da infância seja a «forma fundamental que é a “catequese familiar”, isto é, a catequese dos pais aos seus próprios filhos». Porque «a catequese fami-liar precede, acompanha e enriquece as outras formas de ensinamento da fé. Os pais têm a missão de en-sinar os filhos a rezar e a descobrir a sua vocação de filhos de Deus.

Algumas experiências mundiais

Um modelo de referên-cia é a Catequese Familiar (CF) chilena. Nasceu na arquidiocese de Santiago do Chile, estendendo-se progressivamente às outras dioceses chilenas, logo após o Concílio, tendo o mérito de ser uma das primeiras experiências deste tipo de catequese a transformar-se em actividade pastoral prio-ritária, a nível nacional. O seu carácter popular, os efeitos que produziu e a sua vasta difusão, tornaram-na uma referência incontorná-vel na abordagem da CF.

Surgindo, inicialmen-te, como apoio à catequese infantil, a CF passou a cen-trar-se nos adultos como os primeiros sujeitos do

itinerário de evangelização e catequese. Esta CF tem fundamentalmente três objectivos, sendo progressi-vamente desenvolvidos ao longo de dois anos: evange-lizar os pais, aproveitando a preparação dos filhos para a Primeira Comunhão; orientar as famílias para uma integração activa nas suas paróquias, de prefe-rência em Comunidades Eclesiais de Base; despertar e promover o compromisso social nos pais e nos filhos como fruto da sua adesão a Cristo.

Em Itália, as primeiras experiências foram sur-gindo também logo após o Concílio Vaticano II. Na diocese de Roma, já desde o início dos anos 70 se fala-va da realidade chilena e se realizaram algumas experi-ências. Giusti, no seu livro, La via italiana alla catechesi familiare, apresenta, entre outras, um conjunto de experiências e projectos de CF realizados com êxito em várias dioceses italia-nas, tais como: Trento, Verona, Brescia, Vicenza, Pisa, Milão, Florença e Cre-mona. Este conjunto de re-ferências mostra o quanto a Igreja italiana acredita na centralidade pastoral deste tipo de catequese e a sua pertinência para mudar o modelo da iniciação cristã. Destacamos a proposta do «método a quatro tempos», lançado na diocese de Vero-na, que aceita a exigência da mudança gradual do modelo de iniciação cristã

e mostra-se como uma oca-sião de primeiro anúncio e uma oportunidade para uma proposta bem articula-da e atraente da fé cristã.

Todas estas propostas têm um modelo comum, o chileno, apenas com algumas pequenas varian-tes, como, por exemplo, o tempo de duração do processo. Contudo, a cons-ciência progressiva da sua urgência e necessidade, por toda a Europa, acompanha a afirmação crescente da centralidade da Catequese de Adultos e a necessidade de, a partir desta, se coor-denarem as catequeses das outras idades.

Entre nósAs dioceses de Lisboa,

Leiria-Fátima, Santarém e Setúbal, por exemplo, têm vindo a apostar, “com sucesso”, na vertente do “despertar da fé”, sendo que a região lisboeta par-ticipa com duas paróquias, “uma de características urbanas e outra rural”. Por outro lado, Braga está entre as dioceses que têm combinado várias vertentes da catequese familiar, neste caso através de um trabalho intitulado “Esperança”. A ideia é “fazer uma espé-cie de educação familiar e parental, um trabalho com os pais durante o tempo de catequese dos próprios filhos”.

Nopresente ano pas-toral são 4 as paróquias piloto de dioceses diferen-tes. Patriarcado de Lisboa:

S. João de Brito; Diocese de Coimbra: Cantanhede; Diocese de Santarém: En-troncamento; Diocese de Viana do Castelo: S.ta Cris-tina da Miadela; S. Miguel de Perre e S.ta Marta de Portuzelo.

Leiria-Fátima, olha para estes projectos e estuda a possibilidade da sua im-plementação, havendo já algumas paróquias com pequenos projectos. Para melhor conhecer estas experiências e melhor programar o próximo ano pastoral e catequético, no próximo sábado, dia 9 de Março, estará uma equi-pa de Santarém, paróquia do Entroncamento, no Seminário de Leiria para apresentar o seu projecto. O encontro é aberto a todos os catequistas e terá início às 10h00. Convidam-se todas as paróquias da Dio-cese a estarem presentes mesmo que não tenham ainda a intenção de come-çar de imediato com uma proposta deste género. Para além dos catequistas, convi-dam-se também os párocos e outros agentes de pastoral a aproveitarem este tempo de formação, assim como pais e outras pessoas in-teressadas, para que todos possam ficar mais esclareci-dos sobre esta proposta de catequese. A entrada é livre e não é necessário inscrição prévia.

Rui Ribeiro

Exemplo de Catequese Familiar

EstruturaA Catequese Familiar vem reformular a iniciação

cristã das crianças, saindo do esquema escolar, envol-vendo os pais e valorizando o Domingo. É um itinerário estruturado por etapas (meses: de Outubro a Julho) e cada etapa articulada em quatro semanas:

1ª Semana – Em CasaDiálogo em famíliaNo encontro de pais, oferece-se-lhes algumas

propostas simples, assim como materiais, seguindo o Guia dos Pais, preparando-os para a sua missão de testemunhar a fé aos filhos, com momentos próprios de diálogo, de oração e de confronto com a vida. O diálogo em família, entre pais e filhos, é o momento central de toda a Catequese Familiar. Aliás, esta está estruturada de forma a potencializar e tornar o diálogo familiar verdadeiramente fecundo.

2ª Semana – Na paróquiaEncontro de pais Tem como objectivo a descoberta da fé dos adultos,

que acontece num grupo de pais orientado por um animador (pároco ou catequista) ou casal animador, seguindo as sugestões do Guia do Animador Familiar. É proposto aos pais um itinerário de Catequese de Adultos, mas ao ritmo das etapas do catecismo dos seus filhos.

Ao longo do processo, seria extremamente frutu-oso que se convidasse outras figuras ministeriais da paróquia para darem o seu testemunho de serviço no grupo de pais (catequistas, ministros extraordinários da comunhão, membros dos conselhos paroquiais, acção sócio-caritativa, etc.) para estes conhecerem a riqueza e o empenho de tantos adultos na vida da comunidade.

Neste encontro são, ainda, fornecidas aos pais pistas para o diálogo com os filhos em casa.

Catequese das crianças Começa com um digno acolhimento das crianças,

provocando-as a partilhar o que conversaram e viveram em família, (Experiência Humana) seguindo-se o desen-rolar da sessão de catequese que aprofunda a temática que os pais, a seu modo, abordaram em casa (Palavra e Celebração da Fé).

Neste encontro, podem estar presentes e intervir o pároco, pais voluntários, jovens, os avós ou outras pessoas que possam fazer equipa com o catequista para levar o seu contributo «carismático» específico (carita-tivo, musical, lúdico, etc.). É um momento frutuoso, depois de um bom diálogo em família.

3ª Semana – Em CasaDiálogo em família Tem como objectivo o que foi referido para a 1ª

Semana.

4ª Semana – O Domingo em famíliaEncontro de Pais / Catequese das crianças Os pais encontram-se, guiados pelo animador (pá-

roco ou catequista) ou casal animador, para uma avalia-ção da experiência feita em família, para aprofundar as questões abertas e viverem a sua Catequese de Adultos. Entretanto, as crianças têm a sua catequese e preparam uma oração, um gesto ou um sinal para partilharem na Eucaristia algo que exprima a caminhada feita e envolva a assembleia (muitas das vezes esta partilha na Eucaris-tia deverá ser feita pela família). Este encontro acontece ao Domingo cerca de duas horas antes da celebração da Eucaristia. Previamente combinado com os pais, pode ser noutra ocasião.

DESTAQUE

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CULTURA4 O Mensageiro7.Março.2013

CINEMASTeatro Miguel Franco (Leiria)• A VIDA DE PI | Drama | de Ang Lee | c/ Sura J Sharma, Irafan Khan, Adil

Hussain, Gérard Depardieu | 20 de Março, 18h30 e 21h30, 22 de Março, 21h30, 23 de Março, 21h30, 24 de Março, 21h30 e 25 de Março, 21h30.

• A ORIGEM DOS GUARDIÕES | Animação | de Peter Ramsey | 25 de Março, 11h00 e 14h30.

• MUITOS DIAS TEM O MÊS | Documentário | de margarida Leitão | 28 de Março, 18h30 e 21h30, 29 de Março, 21h30 e 30 de março, 21h30.

Cine-Teatro (Monte Real)• BRAVE-O INDOMÁVEL | Animação | de Mark Sndrews, Brenda Chapman,

Steve Purcell | 15 de Março, 11h00.

EXPOSIÇÕESCastelo - Leiria•”Habitantes e habitats” - pré e proto-história na bacia do Lis•”Korrodi e o restauro do Castelo de Leiria” - exposição permanenteTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”Entre o dia e o sonho” - desenhos de Carlos Roxo (9/03~2/04)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”Troca 2013” (12~28/03)•”Viagem no tempo: a magia do pano batique na China” (~30/03)m|i|mo -Museu da Imagem em Movimento - Leiria•”Paralelo 30” (~30/03)•”Maratona Fotográfica” (~06/04)•”(RE)CONHECER Leiria” (~15/06)•”Oficina do olhar” - exposição permanenteEdifício Banco de Portugal - Leiria•”Made in Japan” - escultura, gravura e pintura (~23/03)Casa-Museu João Soares - Cortes•”A República” - colecção de António Pedro Vicente (~31/03)

MÚSICA | TEATRO | EVENTOSTeatro José Lúcio da Silva - Leiria•”A estalajadeira” - teatro (7/03, 21h30)•”Sons da amizade/Sons de lámitié” - música (9/03, 21h30)•”Cinderela on ice” - teatro (14/3, 10h30 e 15h; 15/03, 10h30, 15h, 21h30)•”Os Reis da Comédia” teatro (28/03, 21h30)•”Teatro de portas abertas” - dia mundial do teatro (30/3, 9h30~21h30)Teatro Miguel Franco - Leiria•”Cantigas dos avós” - concerto para bebés (10/03, 10h30 e 11h45)•”Cidadania activa, fé comprometida” (20/03, 9h30~17h30)Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria•”A árvore das tocas” - bebetaca (14/03, 10h15; 16/03, 16h00)•”Histórias com coelhos” - conto (8,13,22 e 27/3, 10h30 e 14h30)• Férias da Páscoa - en conto um conto (19 e 26/03, 14h30)m|i|mo - museu da imagem em movimento - Leiria•”Malas com histórias” - oficinas (8 e 22/03, 10h; 16/03, 15h30)•”Desenvolvimento pessoal” (8/3, 18h00; 9/3, 9h15; 10/3, 9h15)•”Luz da Primavera” - oficinas (15/03, 15h00 e 18h00; 23/03, 15h30)•”Perturbações do comportamento” - workshop (16/03, 9h30~18h00)•”(Re)Conhecer Leiria” - tertúlia (16/03, 17h009Mercado de Sant’Ana - Leiria•”Dolce Vida trespassa-se” - teatro (27/03, 18h00)Arquivo Livraria - Leiria•”Presos” - animação de história infantil (9/03, 16h30)• Clube de Leitura Arquivinho (16/03, 15h00)Sala Jaime Salazar Sampaio - Leiria•”Partidas” - teatro (~9/3, 16h00; 17 e 24/3, 11h00)Espaço O Nariz Recreio dos Artistas - Leiria•”José Dias Quartet” - Jazz (8/03, 22h00)Escola de Educação e Ciências Sociais - Leiria•”Nas asas da diferença... tu existes!” - econtro de formação (8 e 9/03)Biblioteca - Batalha•”Origami” - oficina temática (9/03)Museu Com. Concelhia - Batalha•”Páscoa no Museu” - animação das férias escolares (18~22/03)Associação Nascente de Luz - Maceira• Curso Internacional de Permacultura” (16~29/03)

O Museu de Arte Sacra em Fátima está pronto a ser “adoptado”. Tudo por-que faz parte da Rede Por-tuguesa de Museus que é objecto do concurso escolar «A minha escola adopta um museu, um palácio, um mo-numento...» uma iniciativa dirigida a alunos dos ensi-nos básico e secundário, promovida conjuntamente pela Direção-Geral da Edu-cação (DGE), no âmbito do Programa de Educação Estética e Artística, e pela Direção-Geral do Patrimó-nio Cultural (DGPC).

O objectivo é estimular o conhecimento da reali-dade museológica e patri-monial nacional, através do contacto das escolas com os museus e conse-quente sensibilização para a conservação, protecção e valorização do património cultural.

Considerando que o conhecimento do patrimó-nio cultural constitui uma importante experiência educativa, facilitadora da integração das crianças e dos jovens na comunida-de, torna-se pertinente

proporcionar às escolas e aos museus uma oportuni-dade de desenvolverem ou de reforçarem a cooperação neste domínio.

O concurso consiste na elaboração de trabalhos criativos a partir de teste-munhos dos Museus e Pa-lácios que integram a Rede Portuguesa de Museus ou dos Monumentos tutelados pela DGPC.

Os trabalhos premiados apresentados a concurso serão objecto de avaliação por um júri e de apresen-tação final em exposição

num museu ou palácio que integre a Rede Portu-guesa de Museus ou num monumento tutelado pela DGPC.

A Entrega dos trabalhos (portefólios contendo os trabalhos para apreciação) deverão ocorrer nos mu-seus, palácios ou monu-mentos com os quais se colaborou até ao dia 17 de Maio de 2013. Os resulta-dos finais serão divulgados entre os dias 31 de Maio e 3 de Junho de 2013 nos sítios da internet da DGE e da DGPC.

O concurso decorre até 17 de Maio

Museu de Arte Sacra em Fátima pode ser adoptado

O Rancho Folclórico dos Soutos, freguesia de Caranguejeira, concelho de Leiria realizará no dia 10 de Março, o 1º Conví-vio com as Tradições, no Pavilhão Gimnodesportivo da Associação Cultural e Recreativa dos Soutos

– Caranguejeira.O objectivo do convívio

é “dar vida aos saberes tra-dicionais, através da

representação de uma feira de produtos diversifi-cados: cestaria, tecelagem, olaria, latoaria, remédios caseiros, gastronomia, en-

feites, etc.” adianta a orga-nização em comunicado.

A parte de animação ficará por conta da actu-ação de quatro ranchos folclóricos: dos Soutos da Caranguejeira; “Os Cam-poneses da Beira Ria”, “Os Camponeses de Santana

do Mato” e ainda o Rancho Folclórico da freguesia de Pussos, em Alvaiázere.

A abertura do 1º Conví-vio com as Tradições está marcada para as 15h00 com a inauguração da exposição dos produtos tradicionais, seguindo-se a animação.

No Pavilhão Gimnodesportivo

Rancho Folclórico dos Soutos organiza 1º Convívio com as Tradições

Exposição até 2 de Abril Desenhos de Carlos Roxo no Teatro José Lúcio da Silva

O foyer do Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria será o palco a partir do dia 9 de Março para a exposição de desenho de Carlos Roxo.

A exposição intitulada “Entre o dia e o so-nho” representa um “regresso aos primórdios da formação artística e do desenho de Carlos Roxo”.

Até porque o arquitecto Carlos Roxo apresen-ta, nesta exposição, a delicadeza dos traços lar-gos assentes numa “escrita cursiva e minuciosa, minimizam o legível e enfatizam a opacidade, enquanto mostra da absoluta pureza” adianta a Câmara Municipal de Leiria em nota enviada à imprensa.

Uma mostra com entrada livre para ver, dia-riamente, até dia 2 de Abril das 18h00 às 22h00 e nos dias de espectáculos no Teatro José Lúcio da Silva das 18h00 às 24h00.

Mostra até 14 de MarçoFotografias na “Retina”

“Retina” é o tema da exposição itinerante de Fotografia que fica patente até dia 14 de Março na Sala de Exposições dos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Ourém.

Uma mostra composta por 23 fotografias que mostra algumas das melhores fotografias dos seus membros co-brindo diversos géneros e estilos fotográficos.

A Retina é uma comunidade fotográfica criada com o objectivo de estimular a paixão pela fotografia, a partilha de imagens e a troca de experiências, oferecendo não só um ponto de encontro atraente e intuitivo, mas também uma plataforma de conteúdos e serviços fotográficos que promovam a Fotografia.

Uma exposição com entrada livre para ver, nos dias úteis das 14h00 às 17h00.

Newsletter da Assembleia MunicipalQuem desejar receber a newsletter da Assembleia Mu-

nicipal de Leiria, deverá enviar um email para o endereço [email protected].

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5O Mensageiro7.Março.2013 CULTURA

No Teatro Miguel FrancoConcertos para Bebés com “Cantigas dos Avós”

Desta vez os Concertos para Bebés trazem as “Can-tigas dos Avós” ao palco do Teatro Miguel Franco, em Leiria. Vão apresentar-se em duas sessões às 10h30 e 11h45, do dia 10 de Março. E depois é apenas sentar e tentar encontrar a resposta à seguinte questão “O que cantam hoje os avós para os seus netos?”

Por isso, a organização convida, em especial, os avós a participarem neste momento musical único.

Artistas Unidos apresentam“A Estalajadeira” no Teatro José Lúcio da Silva

O Teatro José Lúcio da Silva recebe esta Quinta-feira, pelas 21h30 a peça de teatro “A Estalajadeira”, pelos Ar-tistas Unidos com Catarina Wallenstein, Américo Silva, António Simão, Elmano Sancho e Rúben Gomes.

Com encenação de Jorge Silva Melo, a peça do dra-maturgo italiano Carlo Goldoni, tem em Mirandolina, a estalajadeira, o centro das atenções. Ela é pretendida por todos os homens, dos mais ricos e nobres aos humildes criados. Ela é a mulher que define o que quer da vida, num tempo novo. Os bilhetes custam 12,50 euros e haverá serviço de babysitting.

Na NazaréCentro Cultural mostra “Passos de Fé e Esperança”

Na Nazaré continuam a decorrer as celebrações da Quaresma e da Páscoa estando agendados vários even-tos culturais e religiosas.

No Centro Cultural da Nazaré está patente até dia 17 de Março a exposição “Passos de Fé e de Esperan-ça” que apresentas a devoção ao Senhor dos Passos na Nazaré.

Na Quinta do AlçadaPadre João Paulo Vaz dá concerto na Igreja de Nª Srª de Fátima

O Padre João Paulo Vaz & Banda actuará nesta Sexta-feira, Dia da Mulher, no auditório da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na Quinta do Alçada, nos Marrazes, Leiria.

O concerto está marcado para as 21h00 e a entrada custa 7,5 canções, já que a receita do espectáculo rever-terá a favor das obras da Igreja.

Em Leiria Padre Borga em concerto na Igreja dos Pousos

O padre Borga actuará na freguesia de Pousos, con-celho de Leiria no dia 9 de Março, a partir das 21h00.

O concerto é organizado pela Comissão de Festas do Senhor dos Aflitos 2013 e terá lugar na nova igreja dos Pousos, recentemente inaugurada e abençoada pelo Bispo da Diocese Leiria-Fátima, D. António Marto.

A receita deste concerto reverterá a favor da nova Igreja dos Pousos que ainda tem alguns detalhes por concluir.

O Município de Leiria vai assinar um protocolo de geminação com o Muni-cípio de Quint-Fonsegrives, no dia 9 de Março.

A delegação francesa chegará a Leiria ao final da tarde do dia 7 de Março, e no dia 8, a partir das 09h00, realizará um périplo por Batalha, Fátima, Nazaré, Alcobaça e Monte Real.

No Sábado está marcado para as 11h30, junto à esca-daria do edifício dos Paços do Concelho, o descerrar de uma placa evocativa da Quint-Fonsegrives. Um acto que contará com a presença dos presidentes de ambas as câmaras. A assinatura do protocolo de geminação está marcada para as 21h30, no Teatro José Lúcio da Silva. Após a assinatura do protocolo terá lugar um momento musical com o espectáculo “Sons da Amizade” que contará com as actuações da Filarmónica das Chãs e da Harmonie de Quint-Fonsegrives.

Além do reforço dos laços de amizade entre as duas cidades, este proto-colo irá permitir o acesso

mais fácil aos mecanismos financeiros de apoio às actividades, efectuadas no âmbito das geminações, que são disponibilizados pela União Europeia.

A geminação com Quint-Fonsegrives tem por base o Acordo de Coopera-ção e Amizade, assinado em Novembro de 2010, entre as duas cidades, e todas as ac-tividades de enriquecimen-to que entretanto foram desenvolvidas, reforçando a cooperação em benefício das duas comunidades.

As duas cidades compro-metem-se a manter laços permanentes, trocando ex-

periências e desenvolvendo acções conjuntas; a promo-ver projectos comuns que permitam intercâmbios, particularmente ao nível dos jovens; a favorecer os fluxos económicos e a refor-çar o desenvolvimento do tecido empresarial; a apoiar a promoção das duas cida-des, através de visitas orga-nizadas, festivais e outras manifestações culturais; a auxiliar a criação e difusão cultural e encontros sobre a temática da educação e cidadania e a encorajar as manifestações desportivas organizadas pelas respecti-vas cidades.

Cronologicamente, o contacto entre as duas ci-dades teve início em 2009, quando a Câmara Munici-pal de Quint-Fonsegrives manifestou o desejo de estabelecer um protocolo de geminação com Leiria, apadrinhado pela então Vice-Cônsul de Portugal em Toulouse, Noélia Pa-checo, na sequência de intercâmbios desportivos entre a equipa de andebol da Juventude Desportiva do Lis e o Handball Club Quint-Fonsegrives.

De 26 a 30 de Junho de 2009, decorreu em Quint-Fonsegrives uma semana dedicada a Leiria, que con-tou com a presença de um artesão, um artista plástico, um grupo de música tradi-cional, representantes do Turismo Leiria/Fátima e uma representação da Ju-ventude Desportiva do Lis. Posteriormente, desenvol-veram-se outras actividades entre as duas cidades, com a participação de outras en-tidades, com destaque para o Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus.

No Sábado em Leiria

Leiria e Quint-Fonsegrives assinam protocolo de geminação

A Marinha Grande ce-lebra o 25º aniversário da sua elevação a cidade no dia 11 de Março, com um con-junto de actividades para a população. O programa das comemorações do 25º aniversário da elevação da Marinha Grande a cidade é o seguinte:

10h00 | Paços do Con-celho

Hastear da Bandeira do Município

10h15 | Praça Guilher-me Stephens

“11 de Março no rosto das crianças”

Receção às 400 crianças dos jardins de infância do

Agrupamento de Escolas Guilherme Stephens que se dirigem à Praça Guilherme Stephens para entoação de canções.

Exposição de desenhos elaborados pelos alunos dos jardins de infância e 1.º ciclo dos três agrupamentos de escolas, subordinada ao tema “Olhar sobre a Ci-dade”, que ficará patente de 11 a 15 de Março, nos edifícios da Câmara Muni-cipal e estabelecimentos comerciais do Centro Tra-dicional.

10h30 |OPENRealização de videocon-

ferência no âmbito do pro-jecto “Dá-te a Conhecer”,

entre alunos das escolas da Marinha Grande, Fun-dão, Montemor-o-Novo e Vila Real de Santo António (elevadas a cidade no dia 11 de Março de 1988)

Ao longo do dia serão efectuados pelos alunos das escolas do concelho contactos via skype, com alunos das congéneres dos três concelhos irmãos

14h30 | Câmara Mu-

nicipal Visita dos alunos do

1.º ciclo do Pátio da Inês às instalações da Câmara Municipal

16h20 | Inauguração da extensão da Linha Azul

Circuito: Estrada de S. Pedro . Pedra de Cima . Pe-dra de Baixo . Fonte Santa . Camarnal . Ordem

18h00 | Salão Nobre da Câmara Municipal

Sessão solene de apre-sentação dos Circuitos Industriais

Momento musical com alunos do Curso Profissio-nal de Música da Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte

Porto de honra servido por alunos do Curso Pro-fissional de Restauração da Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte

Comemorações

Marinha Grande celebra 25 anos

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SOCIEDADE6 O Mensageiro7.Março.2013

Câmara aprova programaActividade física para a terceira idade na Marinha Grande

A Câmara Municipal da Marinha Grande aprovou o Programa de Funcionamento da Actividade Física para a Terceira Idade, na sua reunião de 21 de Fevereiro. O programa destina-se maioritariamente a pessoas com idade superior a 65 anos, com o objectivo de promover a prática de hábitos de vida saudáveis, facilitando, em parceria, o acesso da população idosa à prática de activi-dades físicas e desportivas. O programa visa contribuir para a melhoria das condições de vida e bem-estar dos munícipes do concelho, de forma solidária e inclusiva, através da sensibilização da população com 65 anos, ou mais, de idade, para a prática do exercício físico, como meio de promoção do bem-estar, da saúde e da qualidade de vida. O programa funciona em regime de parceria com as entidades locais predispostas a desen-volver projectos nesta área e terá um apoio financeiro de 1500 euros As candidaturas a este decorrem até dia 28 de Março de 2013.

Em OurémSessão de apresentação de novos Regulamentos Municipais

A Câmara Municipal de Ourém promove nesta Sex-ta-feira uma sessão de apresentação de novos Regula-mentos Municipais, a partir das 15h00, no auditório da câmara. Uma sessão que surge porque estes regulamen-tos estarão em vigor brevemente e convém que as suas regras sejam conhecidas. Assim a autarquia apresentará o Regulamento de publicidade; o Regulamento de ocu-pação do espaço público; o Regulamento de horários de funcionamento de estabelecimentos comerciais e o Regulamento de venda ambulante Esta sessão de apresentação e esclarecimento destina-se a todos os munícipes, em particular comerciantes, solicitadores e outros profissionais que de alguma forma trabalham nestas áreas.

Projectos podem ser entregues até 30 de Abril Batalha lança concurso de empreendedorismo jovem na área do Turismo

“Empreender BATALHA - TURISMO” é o tema do concurso promovido pela Câmara Municipal da Batalha que visa estimular a capacidade de iniciativa, a criati-vidade e o empreendedorismo dos jovens residentes do Concelho da Batalha, com idades entre os 18 e os 34 anos e que possuam ideias de negócio inovadoras na área do Turismo.Em comunicado a autarquia ad-mite que o concelho assume, “particular importância no desenho do mapa turístico português e acrescenta valor à proposta do destino, que reúne, entre outros elementos diferenciadores, o clima, a história, a cultu-ra as tradições e a hospitalidade”. Além disso, a estas características diferenciadoras, “a Batalha e a região estremenha, apresentam um legado e singularidades únicas ao nível da História portuguesa e europeia e, neste particular, do seu Património, com o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, classificado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, sendo o terceiro monumento nacional mais visitado, que integra a re-cente criada Rede de Mosteiros Património Mundial da Humanidade”. Assim sendo a autarquia decidiu realizar este concurso cujo prazo de candidaturas para entrega dos projectos termina a 30 de Abril.

Mais de 14 mil euros em apoio social foi quanto desembolsou a Câmara Municipal de Leiria para apoiar sete associações de solidariedade social do concelho, atarvés de con-tratos-programas a que se candidataram.

Um apoio que auxiliará as associações no desenvol-vimento de um programa de actividade de hipote-rapia, ou seja, equitação adaptada a crianças com necessidades especiais.

Ao abrigo do contrato-programa, cada uma das associações irá receber o montante de dois mil eu-ros durante o ano de 2013. Este auxílio financeiro destina-se a suportar parte dos encargos destas asso-ciações, tendo em conta a “natureza excepcional das actuais condições económi-cas da generalidade dos be-neficiários abrangidos pela actividade de hipoterapia/equitação adaptada” infor-ma a autarquia em comu-nicado.

A primeira prestação, que corresponde a 25% do montante total e será paga após a celebração do contra-to-programa. As segunda e

terceira prestações, no mesmo valor cada uma, serão liquidadas em Junho e em Setembro. A quarta prestação, correspondente aos restantes 25%, será disponibilizada após a conclusão do projecto e entrega do relatório com os resultados alcançados e documentos comprovativos da despesa.

As associações de soli-dariedade social apoiadas são a Acapo – Associação

de Cegos e Amblíopes de Portugal (delegação de Leiria), APPC – Associação Portuguesa de Paralisia Ce-rebral, Cercilei – Cooperati-va de Ensino e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados, Oasis – Organização de Apoio e Solidariedade para a Integração Social, Os Malmequeres – Centro de Ocupação Permanente de Leiria, Fundação António Silva Leal e Associação de Solidariedade Sorrisos da

Julinha.A hipoterapia destina-se

à realização de actividades terapêuticas com cavalos, que ajudam a desenvolver as capacidades físicas e psicológicas de pessoas com problemas de diversa ordem. Esta prática propor-ciona uma melhor integra-ção na sociedade e melhor qualidade de vida.

No valor total de 14 mil euros

Município de Leiria atribui auxílios financeiros para hipoterapia

No momento em que decorre o prazo para entre-ga das declarações de IRS a Cruz Vermelha Portuguesa vem, em comunicado, apelar aos portugueses para que sejam solidários e façam a sua “contribuição através da declaração de rendimentos” porque esse é “um acto de responsabili-dade social que visa apoiar as pessoas mais vulneráveis da sociedade”

A Cruz Vermelha

Portuguesa é uma das entidades beneficiárias de consignação de imposto. Assim, pode decidir doar à Cruz Vermelha Portuguesa 0,5% do seu IRS, bastando preencher o quadro 9, do anexo H da sua declaração de rendimentos, com o número de contribuinte 500 745 749 da Cruz Ver-melha Portuguesa. Este é um simples gesto que não acarreta qualquer tipo de custos para o contribuinte

uma vez que 0,5% são reti-rados do imposto total que o Estado liquida, e não do que será devolvido, caso o contribuinte tenha direito à restituição do imposto cobrado.

Segundo Luís Barbosa, presidente da Cruz Verme-lha Portuguesa “a contribui-ção através da declaração de rendimentos é um acto de responsabilidade social que visa apoiar as pessoas mais vulneráveis da sociedade. O

empenho de todos nesta ac-ção será muito significativo para ajudar a Instituição a cumprir a sua missão hu-manitária.”

Através de um simples gesto é dada aos contri-buintes a possibilidade de decidir o destino de parte dos seus impostos, de ter uma cidadania activa e de contribuir para a continui-dade dos projectos da Cruz Vermelha Portuguesa.

Uma doação de 0,5% do IRS pode fazer a diferença

Cruz Vermelha Portuguesa apela à contribuição através da declaração de IRS

DR

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7O Mensageiro7.Março.2013 SOCIEDADE

Na Marinha GrandeCâmara já aprovou listagem dos candidatos às habitações sociais

A Câmara Municipal da Marinha Grande aprovou a listagem provisória de candidatos admitidos e ex-cluídos do concurso para atribuição de 37 fogos de habitação social, na sua reunião de 21 de Fevereiro. No total foram submetidas a apreciação 67 candidaturas e para a escolha dos admitidos foram realizadas visitas domiciliárias a alguns agregados familiares, de forma a obter informações mais aproximadas da realidade dos candidatos, em termos habitacionais, sociais e econó-micos. As habitações ficarão sujeitas ao regime de renda apoiada nos 37 fogos disponíveis, situados no Bairro do Camarnal, Rua Prof. Melo Vieira, Rua Júlio Braga Barros, Rua General Humberto Delgado, Avenida da Liberdade e Praceta da Liberdade.

De segunda a Sexta-feiraGabinete de Informação Autárquica ao Consumidor novamente em funcionamento

O GIAC - Gabinete de Informação Autárquica ao Consumidor foi reactivado e está a funcionar no edi-fício sede do Município, de segunda a sexta–feira das 9h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00. Em comunicado a Câmara Municipal de Ourém informa que este Gabinete visa prestar informação aos consumidores, orientando-os com vista à resolução dos problemas resultantes das relações de consumo; mediar litígios de consumo com agentes económicos e promover acções de sensibilização junto das escolas, população e agentes económicos.

Para a compra de ambulância Bombeiros Voluntários da Freixianda angariam fundos

A crise económico-financeira que o país está a atra-vessar é transversal a todos os sectores e no voluntariado também, principalmente, quando falamos de Bombeiros Voluntários. Por isso a Liga de Amigos da Secção de Bombeiros de Freixianda está a realizar um conjunto de acções e actividades que permitam a angariação de fundos para a aquisição de uma nova ambulância de socorro que tanta faz a estes bombeiros. Uma das for-mas de contribuir para esta causa é depositando o seu donativo através do NIB 003300000918002908575.

Votação termina a 10 de MarçoProjecto “Heróis da FrutaLanche Escolar Saudável”

No concelho de Leiria sete escolas concluíram o desafio da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), no âmbito do projecto nacional «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável», promovido pela APCOI desde 2011. Este projecto visa motivar as crianças até aos 10 anos para a ingestão diária de fruta, na quanti-dade recomendada pela Organização Mundial de Saúde. A última etapa da 2ª edição do projecto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» é a realização de um «Hino da Fruta», que está em votação nacional, a fim de eleger os 60 Hinos finalistas do ano lectivo 2012/2013. Uma votação publica que termina no dia 10 de Março. Depois o júri escolherá os três hinos vencedores. Pelo distrito de Leiria, concorrem escolas e jardins-de-infância de Figueiró dos Vinhos, Marinha Grande e Peniche.

Raul Castro, Presiden-te da Câmara Municipal de Leiria, afirmou no dia 1 de Março, na sessão de abertura do seminário co-memorativo do Dia Mun-dial da Protecção Civil, que “este dia, para além de chamar a atenção para as questões da protecção civil, é um momento de dar os parabéns e dizer obrigado a toda a estrutura e agentes envolvidos no concelho de Leiria, que afirmam diariamente o seu sentido colectivo, em detrimento e prejuízo dos seus interesses individuais”.

No auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, o autarca destacou o apoio dado pela Autarquia, dentro das limitações exis-tentes, às diversas corpora-ções, destacando a entrada em funcionamento, no início de 2012, do Centro Municipal de Protecção Ci-vil, sedeado no Quartel dos Bombeiros Municipais de Leiria. Este centro garante uma resposta mais rápida e eficaz na prestação de so-corro e consequentemente o aumento do sentimento de segurança das popula-ções. O resultado tem sido uma articulação frutuosa,

com ganhos de produtivi-dade, de que é exemplo o socorro no temporal da madrugada de 19 de Ja-neiro. Desde esse dia até 21 de Janeiro, as diversas corporações responderam a 1958 telefonemas, com um atendimento telefónico médio de 9 segundos.

O autarca realçou ainda o apoio dado à aquisição de viaturas para as corporações de bombeiros, nomeada-mente um veículo ligeiro de combate a incêndios urbanos para os Bombeiros Municipais de Leiria; um veículo urbano de combate a incêndios para os Bombei-

ros Voluntários de Maceira e um veículo de socorro e assistência especial para os Bombeiros Voluntários de Leiria.

Luís Távora, Director da Escola Superior de Tec-nologia e Gestão, abordou a entrada em funcionamento do curso de Protecção Civil, desde 2007, que “tem for-mado técnicos qualifica-dos”, imprescindíveis para uma articulação com todo o sistema de prevenção e emergência.

O Dia Mundial da Pro-tecção Civil visa atrair a atenção de todos os países do mundo para a importân-

cia dos temas associados à protecção civil, nomeada-mente para a prevenção, tendo sido criado pela Organização Internacional de Protecção Civil.

Com sede em Genebra, esta organização intergover-namental tem como prin-cipal objectivo contribuir para o desenvolvimento, pelos Estados, de estru-turas capazes de garantir protecção e assistência às populações e ainda a salva-guarda da propriedade e do ambiente face a catástrofes com origens naturais e tec-nológicas.

Escola Superior de tecnologia e Gestão com curso de Protecção Civil

Raul Castro enalteceu trabalho dos agentes da protecção civil do concelho

A Câmara Municipal da Marinha Grande deu a conhecer as consequências do mau tempo verificado em Janeiro na costa do concelho, a responsáveis da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no passa-do dia 11 de Fevereiro.

A visita aos locais mais afectados pelo temporal de 19 de Janeiro último, foi orientada pelo presidente da Câmara, Álvaro Pereira; pelo vice-presidente, Paulo

Vicente; e por dirigentes da autarquia. Estiveram presentes o vice-presidente da APA, Manuel Lacerda e técnicos daquele instituto.

Foram visitadas as praias do concelho, desde São Pedro de Moel à Praia da Vieira, para identificação dos problemas de erosão da costa e sensibilização por parte dos autarcas aos representantes da APA para a tomada de medidas que visem a sua resolução

urgente.O encontro serviu

também para debater o processo de revisão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Ovar – Marinha Grande, que começou em 2011 com a caracterização da costa.

Nesse âmbito, responsá-veis da autarquia reuniram com os concessionários dos apoios de praia do con-celho e com responsáveis pela Agência Portuguesa

do Ambiente, nos dias 5 e 8 de Fevereiro, Respectiva-mente.

Na primeira reunião, os autarcas informaram a pretensão da Câmara em recolher os contributos dos concessionários, no âmbito da elaboração do novo POOC, ainda em cur-so, com o objectivo de os comunicar à equipa técnica responsável pelo processo.

Estragos na costa avaliados pela APA

Câmara da Marinha Grande pede soluções e análise da revisão do POOC

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ECLESIAL8 O Mensageiro7.Março.2013

Família há oito séculos

A nobre guerreiraS

DOM DA FÉ

http://padrejorgeguarda.cancaonova.pt

Pe Jorge GuardaVigário Geral da Diocese

N

O testemunho de Bento XVI

uavemente a Virgem Santa Clara chegou

até ao Litoral, à região de Leiria, mais concreta-mente à vila de Figueiró dos Vinhos que, com os seus oitocentos anos de História, revela a própria beleza e encanto natural na enorme variedade das suas paisagens: do verde da Serra ao azul da Ribeira de Alge e do Rio Zêzere, é possível contemplar os im-pressionantes monumen-tos com que a Natureza e a História vestiram o espaço figueiroense e desfrutar do ar puro e de uma luz única que encantou o Mestre José Malhoa. Detentor de um património natural e cultural de grande rique-za, que concilia com uma gastronomia tradicional de considerável variedade, Figueiró dos Vinhos foi de-signado por Malhoa como

«Sintra do Norte» e em 1998 declarado «Vila Flo-rida da Europa». Aqui, em 1549, nasceu o Mosteiro de Nossa Senhora da Con-solação onde brilhou o ideal da Regra de Santa Clara ao longo de três séculos.

O cronista da Ordem dos Frades Menores em Portugal, Frei Fernando da Soledade atribui a fundação a quatro senhoras morado-ras na vila, entre elas Ana de Jesus, que se reuniram numas casas no local cha-mado Fundo da Vila. Rui Mendes de Vasconcelos, que pertencia à nobreza, doou-lhes uma torre con-tígua à praça da vila, e fez nela as obras necessárias de modo a acolher a Co-munidade que entretanto crescera significativamen-te. Como tantos outros, o mosteiro foi extinto nos finais do século dezanove.

Do edifício parece restar apenas uma fonte, que teria sido construída para abastecer o mosteiro. Fac-to curioso é que de umas simples e seculares ruínas fique apenas uma fonte promissora de uma outra Água, que tão abundante-mente teria brotado daque-la nascente sem fundo nem origem, que as moradoras contemplavam dentro dos muros do seu claustro e onde tão diligentemente se submergiam – Jesus-Eu-caristia. Entre muitas das Irmãs que ali viveram e se agigantaram na santidade, mencionamos a Irmã Antó-nia da Trindade falecida em 1575 que frequentara a Uni-versidade vestida de rapaz e possuía uma vastíssima cultura humana e espiri-tual. se os filhos das trevas são tão astutos no que toca às coisas deste mundo por

que não os filhos da luz?!Mas porque Jesus afir-

ma que o Seu Pai trabalha sempre e Ele também tra-balha, Santa Clara de Assis, fiel discípula, também não cruza os braços. E em 1560 prepara, uma vez mais, a mesa para o seu Esposo. Torres Novas foi o lugar es-colhido. Conquistado aos mouros por Dom Afonso Henriques em 1148, quase cinquenta anos antes do nascimento de Clara. Aqui ao longo de séculos viveram as suas Irmãs em perma-nente louvor e adoração ao Deus três vezes Santo.

Palmo a palmo, a pode-rosa guerreira da Idade Mé-dia vai conquistando com a espada da Altíssima Pobre-za as Terras de Santa Ma-ria. Em 1561 chega ao alto Minho à vila de Caminha onde é edificado o Mostei-ro sob o signo da luz: Santa

Clara. Ela deseja clarear de norte a sul ta nobre nação portuguesa. Enquanto as caravelas partem rumo a outros mares, oceanos e novos continentes, inume-ráveis jovens consagram as suas vidas à aventura divi-na de conquistar não só a nação mas também todos os povos para um reino imensamente mais nobre e feliz que todos os reinos e principados deste mundo – o Reino de Deus!

As conquistas não são feitas somente pela espada ou o engenho bélico, mas existe uma outra forma mais engrandecedora e bela de combater e conquistar: o Amor! O amor que só em Deus tem origem, meio e fim. Este é verdadeiro.

Arreigadas nessa re-alidade, muitos corações nobres, jovens e ousados, verdadeiramente apaixo-

nados por Cristo e pelo ca-risma da Ordem de Santa Clara, levantaram em 1563 mais um Mosteiro em Al-verca e em 1569 em Torrão. Todas as pedras materiais sucumbiram com as leis da extinção dos Mosteiros e Conventos, mas ficaram a beleza e o perfume da santidade das pedras vivas criadas e sustentadas pelo Senhor da História. Em 2011 o Papa Bento XVI afir-mou: O silêncio e a beleza do lugar no qual vivem as comunidades monásticas – beleza simples e austera – constituem um reflexo da harmonia espiritual. Olhando as coisas numa óptica espiritual, estes lugares do espírito são estruturas importantes no mundo!

Irmãs Clarissas de Monte Real

a sequência da sua decisão lúcida e cora-

josa, anunciada no dia 11 de fevereiro, o Papa Bento XVI deixou de exercer o minis-tério petrino no dia 28 do mesmo mês. Indicou, com clareza e repetidamente, que a razão da sua renúncia era a consciência de já não estar com forças suficientes para tão exigente missão. E disse que o fazia, com “ple-na consciência da sua gravi-dade e também inovação”, pensando no bem da Igreja

e não no seu. Declarou que continuava “de modo novo junto do Senhor Crucifica-do” a servir a Igreja “com a oração e a reflexão, com aquela dedicação ao Senhor e à Sua Esposa” que tentou “viver até agora” e que quer “viver sempre”.

Com este ato e ao longo do seu pontificado, Bento XVI foi uma admirável testemunha da fé. Fê-lo com o seu modo de viver e de exercer o ministério pontifício bem como com as suas palavras e ações. Ele mesmo confessou ter sido na fé, em resposta ao Senhor Jesus, que aceitou a pesada responsabilidade de sucessor do Apóstolo Pedro: “Senhor, porque me pedes isto e o que me pedes? É um peso grande este que me colocas sobre as ombros, mas se Tu mo pedes, à tua palavra lança-rei as redes, seguro de que Tu me guiarás, mesmo com todas as minhas fraquezas”. Ao longo de quase oito anos de pontificado, tanto nos “momentos de alegria e de luz” como naqueles em que “as águas estavam agitadas e o vento era contrário”, reconhece que sempre o Senhor esteve com ele e

o guiou, nunca deixando “faltar a toda a Igreja” e também a si próprio “a sua consolação, a sua luz, o seu amor”.

Foi também pela fé que, consciente da sua longa idade e da falta de forças para continuar o mi-nistério ativo de pastor da Igreja, pediu “a Deus com insistência, na oração” que o iluminasse com a sua luz “de modo a tomar a decisão mais justa”. Chegou assim à convicção de que “amar a Igreja significa também ter a coragem de fazer escolhas difíceis, sofridas, tendo sempre em vista o bem da Igreja e não de si próprio”. Por isso, decidiu renunciar. Fê-lo “com profunda sere-nidade na alma”. E foi efe-tivamente um Papa sereno que se despediu dos fiéis, dos seus colaboradores e do mundo, para se retirar e passar a viver na simples condição de “peregrino que inicia a última etapa da sua peregrinação nesta terra”. Não deixou de fazer ainda o convite para envol-ver os fiéis: “Vamos para a frente juntos com o Senhor para o bem da Igreja e do mundo”.

Já antes testemunhara

aos peregrinos de Roma a sua fé em que “Deus guia a sua igreja, ampara-a sempre, também nos momentos difíceis”. E con-vidava todos os fiéis a não perderem “esta visão de fé, que é a única verdadeira vi-são do caminho da Igreja e do mundo”, formulando o desejo de que, “no nosso coração, no coração de cada um”, “haja sempre a alegre certeza de que o Senhor está ao nosso lado, não nos abandona, está próximo de nós e nos acolhe com o seu amor”. Vemos nestas pala-vras como ele quer envolver a todos na mesma fé viva, para que dela possam bene-ficiar e por ela se deixem guiar na vida.

Como é a fé testemu-nhada por Bento XVI? É antes de mais uma confian-ça firme no Senhor Jesus, que nos sustenta e guia na vida, ajudando-nos a viver com coragem e ousadia as próprias responsabilidades. Esta fé é também a verdade que nos ilumina no conhe-cimento de Deus e do seu mistério insondável e nos orienta igualmente na compreensão da nossa vida e da história humana na perspetiva do horizonte

eterno. Não deixa de ser ainda uma esperança fir-me que nos projeta para o futuro que Deus nos ofere-ce, uma esperança que nos acompanha e sustenta na caminhada no tempo. A fé manifesta-se e conduz-nos ao amor, um amor que o Espírito pôs no nosso cora-ção e nos torna capazes de relação, generosidade, en-trega total da nossa vida a Deus e aos irmãos, sendo e fazendo-lhes bem. Esta fé é força que nos move e forta-lece nos empreendimentos da vida. O Papa Bento XVI manifestou uma fé frater-na, que leva a reconhecer os demais fiéis como irmãos e os valoriza. Pela fé, ele apresentou-se sempre com humildade, autenticidade e sabedoria, não deixando de esclarecer que o dom de Deus não se opõe à razão nem à ciência. A fé requer o esforço da inteligência para a compreender e tornar-se capaz de dar razões para si próprio e para os outros do ato de crer e dos conteúdos em que se acredita.

Bento XVI empenhou-se ao longo do pontificado em ser “testemunha da verdade”. Foi esse esforço que o levou a tomar posição

firme e sofrida perante os abusos da pedofilia ou de outros escândalos na Igreja. Compadeceu-se das vítimas e reuniu-se com elas, como-vendo-se e pedindo perdão. O anseio pela verdade fê-lo tornar-se próximo dos homens de cultura e a encontrar-se com os segui-dores de outras confissões cristãs e de outras religiões, nomeadamente judeus e muçulmanos. Denunciou também os abusos econó-micos e financeiros e ape-lou a ao respeito pela ética neste tipo de atividade.

Por fim, a sua renúncia foi em ordem a viver mais a fé, concentrando as forças que lhe restam na prática da oração junto do Senhor Crucificado. É a opção por viver de modo contempla-tivo e suplicante, fazendo intercessão como o fez Moi-sés e o próprio Jesus. Este é o seu modo atual de servir a Igreja e a humanidade, testemunhando uma sua vida inteiramente dedica-da ao serviço de Deus, em favor dos seus irmãos e da comunidade eclesial.

Texto escrito segundo o novo acordo ortográfico

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9O Mensageiro7.Março.2012 DIOCESE

Encontro de formação “Fé e família”Um apelo ao testemunho das famílias católicas

A equipa vicarial de Leiria da pastoral familiar pro-move anualmente um encontro de formação, que este ano se realizou na paróquia dos Parceiros, no passado dia 23 de Fevereiro.

Com a presença de cerca de duas dezenas de casais, esta acção teve como tema “Fé e família”, com orienta-ção de Jorge Cotovio, director do Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar da diocese de Coimbra. Segundo Jorge Vieira, membro desta equipa vicarial, “são sempre muitas as inquietações trazidas pelos casais para este encontro” e nem sempre as respostas são “as mais claras e directas”. Neste caso, no contexto do Ano da Fé que estamos a viver, e perante a constatação de que o valor da família está cada vez mais ausente das comunida-des, a questão de fundo era “o que podemos fazer para inverter esta situação?”

Desta vez, a resposta foi objectiva: “Como famílias católicas, apenas temos de estar presentes e atentos às outras famílias que vivem ao nosso lado, para que saibam onde encontrar quem lhes pode estender uma mão e quem lhes testemunhe o exemplo de vivência na fé em Cristo”, aponta aquele participante, em nota enviada ao GIC de Leiria-Fátima.

GIC de Leiria-Fátima

“Habitar o mundo na esperança e na bondade”Conferência no Santuário

“Habitar o mundo na esperança e na bondade” é o mote para mais uma conferência no Santuário de Fáti-ma, no âmbito o ciclo deste ano, subordinado ao tema “Não tenhais medo”, a realizar no próximo dia 10 de Março, às 16h00.

O presidente da direcção da “Comunidade Vida e Paz”, Henrique Joaquim, é o convidado para a penúltima conferência do ciclo alusivo ao tema do corrente ano pas-toral no Santuário de Fátima, “Não tenhais medo”. Com o título “Habitar o mundo na esperança e na bondade”, a conferência decorrerá na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no dia 10 de Março, às 16h00.

No final, será oferecido um breve apontamento musical pelo “Quinteto Sincoper”, grupo de sopros da Escola de Música de Perosinho.

GIC de Leiria-Fátima

“Conversas c’a Fé”Tertúlias no Grémio Literário

Como tem sido habitual nestas tertúlias mensais do ciclo “Conversas c’aFé”, promovido pelo Serviço Diocesano de Pastoral Juvenil (SDPJ) da diocese de Lei-ria-Fátima, o convidado (ou convidados) só se revela na hora do evento.

Confirmado e garantido é apenas o interesse que cada sessão tem despertado em algumas dezenas de participantes que têm respondido ao convite para um café na companhia de quem experimenta e testemunha a riqueza que a fé traz à sua vida. O próximo encontro está marcado para sexta-feira, dia 8 de Março, às 21h00, no Grémio Literário (GL) Caffé, na cidade de Leiria.

Como usual, a conversa poderá ser acompanhada em directo na internet, através da transmissão na página do SDPJ e com ligação ao Facebook, havendo a possibili-dade de participar com comentários ou perguntas ao orador.

GIC de Leiria-Fátima

O Centro de Formação e Cultura (CFC), da Diocese de Leiria-Fátima, levou à Pa-róquia da Marinha Grande o encontro de reflexão/oração sobre a Fé, já reali-zado em Leiria na tarde de 27 de Janeiro.

Na igreja paroquial da Marinha, foi na tarde do domingo, 3 de Março. Uma tarde cinzenta e de muito frio, que mais convidava a ficar em casa, e de prefe-rência, à lareira. Porém, tal não impediu que cerca de oito dezenas de pessoas aí acorressem para participar neste encontro de reflexão, partilha, testemunhos e oração, sob o tema em títu-lo. E a avaliar pelas muitas e pertinentes questões colocadas, pela partilha sentida na oração, e diálogo posterior, provaram não ter dado por mal empreguado o seu tempo.

Na verdade, o tempo correu veloz e pareceu mui-to curto. Iniciou-se com a reflexão do Padre Jeremias Vechina, da Ordem dos Car-melitas Descalços, sobre a fé na vida dos místicos e a fé na nossa vida, hoje. De uma forma muito organiza-da, linguagem muito clara e densa, concisa e convicta, numa comunicação que eu qualifico de “luminosa”,

foi-nos conduzindo ao questionamento da nossa própria fé. Ficam apenas algumas ideias do que nos foi dado reflectir: as situações históricas, as experiências vividas, são sempre pedaços da presen-ça de Deus; as situações de sofrimento, a que se pode chamar, “noites da fé”, são oportunidades de purifica-ção que fazem crescer os fortes e cair os medíocres; os místicos são os que, no sofrimento, se entregam nas mãos de Deus; e Deus, o Pai da ternura e do Amor, sempre presente, continua em silêncio, porque já falou e não o ouvimos; quando não olhamos a realidade, nos fechamos aos outros, e às situações, deixamos de escutar Deus; a fé é activa, criadora, exige fazer escolhas e realizar obras; a fé experimenta-se e alimen-ta-se no encontro com Jesus Cristo e com os irmãos, é comunitária; sem a expe-riência de encontro com Jesus, dificilmente damos o salto na fé e facilmente O trocamos por qualquer coisa; educar na fé, em catequese, exige, implica, promover encontro com Jesus Cristo; só a confian-ça e o abandono total nas mãos de Deus é saída salva-

dora para as nossas “noites escuras”…

Após um tempo de questões e respostas, ouvi-mos dois testemunhos de quem, na vida real, e em situações de sofrimento intenso e inesperado, pro-curou, e continua a procu-rar, em Deus, sentido para o que irrompeu nas suas vidas, e a entregar-se con-fiadamente nas Suas mãos, apoiando-se na Palavra, na oração, na vida comunitá-ria e nos amigos, outras tantas formas da presença de Deus. Num dos casos, o Padre Adriano Brites, com uma doença muito limitativa, após uma vida bastante ligada ao despor-to, mostrou-nos com o seu testemunho como a fé se recebe, se partilha e se vive nas situações concretas, e de cara alegre, disse!

No segundo caso, ou-vimos o casal Ana e Bruno Rolla, com três filhos, tendo os dois primeiros nascido com necessidades educativas especiais. No meio de uma vida desgas-tante, de constante procura de apoios e das formas mais adequadas de educar e de li-dar com crianças especiais, este casal testemunhou firmemente e acima de tudo, a sua convicção, pela

fé, de que os seus filhos são filhos de Deus e lhes foram entregues, a eles, por um desígnio divino, como uma missão; guia-os a certeza de que é o Amor de Deus a conduzi-los num ca-minho de crescimento e de felicidade. Assim disseram também numa linda canção com que terminaram a sua partilha.

Num momento celebra-tivo, de oração partilhada, ouvimos, da leitura de Heb.11,1-40, que “ a fé é o firme fundamento das coi-sas que se esperam e uma demonstração das que não se vêem; e ainda, que foi pela fé que os nossos ante-passados caminharam.”

A envolvência musical que deu mais beleza e cor a toda esta tarde disse-nos também: “ nada te turbe (…) quem a Deus tem nada lhe falta (…) só Deus basta”. A todos os que colaboraram na animação musical e o nosso bem-haja. O mesmo bem-haja vai também para os que aceitaram partilhar connosco a sua fé.

Terminámos o Encontro à volta de um chá quenti-nho, também importante para partilhar afectos, e renovar a comunhão.

Belmira de Sousa

“A fé, luz para as noites da vida”

CFC organiza encontro de reflexão

Como já vem sendo há-bito o Serviço da Pastoral Juvenil está a organizar um programa especificamente destinado aos jovens para o dia que antecede a peregri-nação diocesana, a decorrer no dia 16 de Março.

O programa do dia 16, destinado aos jovens da diocese a partir do 10º vo-lume de catequese, inicia às 10h00 com a peregrinação a pé, nas localidades es-colhidas no momento da inscrição.

A chegada dos grupos a Fátima está prevista para as 16h00, seguindo-se um plenário, no Salão do Bom

Pastor às 17h00. Depois de um jantar partilhado será feita a Vigília de Oração Jovem, na capela da Morte do Senhor.

No dia seguinte, Pe-regrinação Diocesana, o grupo deverá participar no programa geral da diocese, que pode ser consultado na edição anterior do jornal O Mensageiro ou ainda no site da diocese Leiria-Fá-tima.

A inscrição de todos os participantes é gratuita e obrigatória, devendo ser feita até ao dia 11 de Março.

Ana Vala

Breves

“Com Maria, caminhamos pela fé”

Peregrinação Diocesana Jovem a Fátima

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ECLESIAL10 O Mensageiro7.Março.2013

Leituras | IV Domingo da QuaresmaAno C (10/03/2013

Antífona de Entrada: cf Is 66, 10-11

Leitura I: Jos 5, 9a.10-12

Salmo Responsorial: Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7 (R. 9a)

Leitura II: 2 Cor 5, 17-21

Aclamação ao Evangelho: Lc 15, 18 Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se. Vou partir, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Refrão.

Evangelho: Lc 15, 1-3.11-32Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproxi-

mavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fari-seus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa. Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao apro-ximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’». Palavra da salvação.

Cânticos |V Domingo da QuaresmaAno C (17/03/2013)

INÍCIO Deus vinde em meu auxílio - Lau 288

SALMO RESPONSORIAL O Senhor fez maravilhas - Lau 599

APRESENTAÇÃO DOS DONS Tomai Senhor e recebei - Lau 821

COMUNHÃO Eu vim para que tenham vida - Lau 382

PÓS-COMUNHÃO Dái-me Senhor um coração puro - Lau 264Vós senhor sois o nosso Pai - Lau 883

FINAL Cristo dará a liberdade - Lau 246

AO SABORDA PALAVRA

4º Domingo da Quaresma10 de Março de 2013

A casa

Pe. Francisco [email protected]

A

Moagemfez um anode experiência e trabalho

Pe. David Nogueira

S audações fraternas a todos os que nos

acompanham.Venho dar notícia que a

nossa moagem cumpriu um ano ao serviço da comuni-dade do Gungo. Foi no dia 23 de Fevereiro de 2012 que esta fez soar o zumbir

dos martelos e o roncar do motor pela primeira vez. Mas mais que o barulho foi apreciada a “fuba” (fari-nha de milho) que saía e a velocidade a que saía.

Esse dia 23, foi um dia de grandes alegrias. O téc-nico iniciou o seu trabalho pela manhã e rapidamente se ouviu barulho e começou a ver o resultado. O telhado ainda não estava acabado mas a afluência para moer foi como se se tratasse de um verdadeiro dia de tra-balho. Estávamos sempre à espera que acabasse a fila mas vinha mais uma, de-pois, mais outra, e assim se cumpriram seis horas de moagem pensando nós que seria coisa de uma horita. É claro, nesse dia, foi “de favor”, isto é: gratuito.

Recordo o espanto das mamãs ao verem a fuba tão branca e fina e em tão pouco tempo.

Depois desse dia, mui-ta fuba já saiu da moagem, muitas pancadas nas pe-dras se pouparam e muito cansaço das mulheres foi evitado.

Não podemos esquecer as preocupações que este projecto também foi e vai trazendo à Equipa Mis-sionária: abastecimento, manutenção, reparações, controle do funcionamen-to das contas, o salário dos moleiros, ajustes nos dias e horários de funcionamen-to, etc, etc.

É o exemplo de um pro-jecto que vai dando os seus resultados de vários modos, procurando melhorar a vida

do povo.Na foto podemos ver,

da esquerda para a direita: o técnico da empresa fa-bricante da moagem (cujo nome não me recordo); o P. Vítor Mira; Augusto Samis-sa (um dos moleiros); Alber-to Cunganhalã (responsável dos moleiros); Domingos Comendala (membro da co-munidade daquele bairro) e José Capoco (catequistas da área da Tuma). Pode-se ver que, à hora que foi tirada a foto, ainda não havia telhado, este foi colocado pouco depois. A moagem foi trabalhando à experi-ência e só foi oficialmente inaugurada a seis de Maio do mesmo ano.

Um abraço fraterno para todos os que vão ajudando para que estes e outros pro-jectos se vão realizando. O Gungo está a crescer e a melhorar graças a muitas ajudas.

Boa missão para todos!

JANELA SOBREA MISSÃO

vida é feita de mu-danças, pequenas ou

grandes. É feita do correr do tempo, da passagem das coisas. Quem não muda está morto, petrificado, não é nada. A mudança assume então vários aspectos, para melhor ou pior, dependen-do do ponto de vista.

As leituras deste domin-go falam-nos da mudança que sofreu o Povo de Deus quando finalmente chegou

à Terra Prometida: deixaram de ser alimentados com o maná, que deixou de cair quando os frutos naturais da região começaram a ser cultivados e colhidos.

Os hebreus deixaram assim apenas de apanhar o que lhes caía do céu, dado por Deus. Eles mesmos co-meçaram a luar pela vida, a cultivar com o seu esforço os alimentos para todos. Assim simbolizada a sua responsabilidade perante a terra dada por Deus, que eles tinham de cultivar. Aparentemente seria mais fácil que Deus continuasse a enviar-lhes o maná, mas Deus não criou o homem para ser um mero robot, sem iniciativa, algo que obedece maquinalmente, sem saber o que faz.

Cultivando a terra que Deus lhes deu os hebreus revelaram que um dos pa-péis mais importantes do homem é desenvolver o mundo que Deus lhe Deu. Mundo que é, ao mesmo tempo, dom e tarefa. Por isso é exigido ao Homem que não abandone esse mundo, que não fuja dele.

Para ajudar á festa vem S. Paulo dizer-nos que “Se alguém está em Cristo, é

uma nova criatura.” porque é alguém que se descobriu a si mesmo, que descobriu o amor de Deus. O amor que nos maravilha e que nos torna capazes de aceitar vi-ver numa casa que não foi construída por nós e que nos foi dada gratuitamente sem merecimento da nos-sa parte. E o que é que nos fazemos desta casa. Temos consciência da novidade que é vivermos lutando para alcançar aquilo que Deus nos quer dar.

Ou somos como o filho mais velho de que nos fala o Evangelho, que fica com inveja daquilo que o pai faz ao filho que regressa a casa depois de ter destruído a riqueza que o Pai lhe tinha dado. Olhamos mais para a justiça do que para a mise-ricórdia, andamos sempre de pé atrás em relação aos nossos irmãos em vez de abrirmos os braços para os recebermos e acolhermos na família.

O filho mais velho se-ria ainda mais pobre que o irmão pródigo, porque vivia na mesquinhez da sua vida, não reparando para a felicidade que tinha ao partilhar da riqueza do pai, por viver em casa do

Pai, uma casa que não re-conhecia como sua porque não partilhava do amor do pai por toda a família. O filho mais velho nunca usa a palavra “Pai”, demonstra não ser um filho, mas um servidor, o pai é apenas um patrão. Assim é fácil rejeitar o irmão. Esse é o pecado de muitos de nós, cristãos: a espectativa da condena-ção dos pecadores nasce da convicção de que eles são uns espertalhões que vivem bem: por isso são invejados, criam ciúmes e a esperança de um castigo iminente, não percebendo que a vida dos pecadores é uma tragédia, plena de de-sespero e sem alegria.

Que a boa notícia trazi-da por Cristo não nos leve a fechar os olhos e esta luz clara e distinta que nos mostra que a casa é nossa, e somos nós que temos de cuidar dela. A vida não é uma tarefa acabada, mas é uma construção perma-nente e diária que lenta-mente se vai mostrando. Uma construção que não é formada por calhaus, mas que é formada por árvores vivas.

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11O Mensageiro7.Março.2013 PORTUGAL

“Falar com Deus ou de Deus”Dominicanos propõem actividades na Quaresma

A comunidade dominicana de Lisboa está a desafiar as populações da cidade para uma vivência de Quaresma baseada na espiritualidade de São Domingos, fundador da Ordem dos Pregadores.

De acordo com o frei Filipe Rodrigues, estão neste momento à disposição das pessoas duas propostas de oração e reflexão, para que elas possam preparar me-lhor a entrada na Páscoa: as chamadas “quartas-feiras da Quaresma”, que se vão prolongar até à Semana Santa, e um retiro marcado para dia 16 de março, na igreja do Convento.

A primeira iniciativa, para a qual os fiéis se podem inscrever semanalmente, surgiu como uma aposta dos dominicanos para “praticarem as três propostas evan-gélicas para a Quaresma, a oração, o jejum e a esmola”. “Começa ao final da tarde de quarta-feira, com a euca-ristia às 19h15, depois há uma refeição ligeira com a comunidade, em silêncio, seguida de um tempo forte de oração, com a ajuda de um texto espiritual. O dia termina por volta das 10h00 com a oração de comple-tas”, explica o frei Filipe Rodrigues. As inscrições para as “Quartas-feiras de Quaresma” estão normalmente limitadas a um grupo pequeno de pessoas, adequado à capacidade do refeitório do Convento, e cada participan-te “é convidado a deixar um donativo, uma parte para cobrir a refeição, a outra para dar aos pobres”.

Quanto ao retiro de Quaresma, está aberto não só à comunidade que normalmente participa nas celebrações na igreja do Convento dos Dominicanos, em Lisboa, mas também a outras pessoas que queiram participar. O programa deste ano contará com um pregador “da casa”, o frei José Carlos Lopes Almeida, e as inscrições vão permanecer abertas até 13 de Março.

“Fenómenos místicos” no PortoCursos da Faculdade de Teologia

A Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (Porto) inicia esta quinta-feira, 7 de Março, um ciclo de 13 sessões sobre “fenómenos místicos” que vai abordar temas como experiências de quase-morte, levitação e êxtases.

Os cursos livres “têm como objectivo analisar a es-sência das experiências místicas, que atraem cada vez mais uma sociedade em busca de uma nova espirituali-dade”, como se verifica com a “crescente adesão a filoso-fias orientais e práticas espirituais decorrentes”, refere uma nota de imprensa enviada à Agência ECCLESIA.

Os encontros, que decorrem até 13 de Junho, caracte-rizam-se “pela articulação da interpretação científica” da Psicologia e das Ciências Naturais com a “leitura teológi-ca”, possibilitando “adquirir respostas para questões que não reuniam consenso”, como a “invisibilidade”, a “cura milagrosa”, o “conhecimento do futuro ou o viver sem comer”. A primeira sessão é dedicada à “mística islâmi-ca”, seguindo-se os encontros sobre a “mística budista”, a 14 de Março, e “mística judaica”, a 21 do mesmo mês. Para os dias 5, 11 e 19 de Abril estão previstos cursos sobre “neuropsicoteologia”, “mística cristã” e “sinais e sintomas na experiência mística”, como “estigmas, ano-rexia, visões, vocalizações e alocuções”. “Experiências de quase-morte”, “mística e desenvolvimento psicológico”, “experiência espiritual e crise psicótica”, e ainda “leitura psicológica e fenómenos místicos” constituem os temas agendados para 3, 9, 17 e 30 de Maio.

Os últimos cursos, a 6 e 13 de Junho, reflectem sobre “a teologia e a levitação, a bilocação e a invisibilidade”, bem como “a teologia e os estigmas, os êxtases e o viver sem comer”.

No passado dia 2 de Março o Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) realizou, em Fátima, o I Encontro de Voluntários Portugueses para as Jorna-das Mundiais da Juventude (JMJ) a realizar este ano no Rio de Janeiro.

Estiveram reunidos, num grupo de mais de duas dezenas, voluntários portu-gueses com o objectivo de partilhar ideias e reflectir sobre o serviço que vão desempenhar.

Os presentes puderam contar ainda com a partilha por parte da Dra. Isabel Jo-net, responsável pelo Banco Alimentar (BA), sobre o vo-luntariado.

Inspirados pela frase de Tagore “Sonhei que a vida era alegria, acordei e vi que a vida era serviço, servi e vi que servir é alegria!”, o grupo esteve atento ao testemunho da Dra. Isabel Jonet, a qual mostrou o voluntariado numa perspectiva de “ir ao

encontro dos outros, mais que dar o nosso tempo”, salientando o seu carácter transformador, “porque transforma cada pessoa que o voluntário toca”. O voluntariado não pode ser visto na simples perspec-tiva do “ir”, mas sim de “ser” com a motivação que impulsiona a ver as coisas de outra maneira.

A responsável do BA lembrou ainda “que mesmo com quase duas centenas de inscritos a participação de duas dezenas naquele encontro era de elogiar, pois os presentes são os “melhores” pois são os

que querem servir de ver-dade.”

Para além deste teste-munho, que fez cada um pensar na razão do seu “sim”, mais dois voluntá-rios, que vão ao Rio e que estiveram em Madrid, partilharam um bocadinho da sua experiência nas jornadas de 2011. Tiveram Madrid como um momen-to muito enriquecedor e sentido, por isso repetem a experiência em 2013, no Rio. Deixaram, ainda, o desafio para que todos se lançassem nesta Jornada com expectativas modera-das e com abertura para

acolher todos os desafios que possam surgir, sempre num verdadeiro sentido de entrega e serviço.

Depois de um momen-to de partilha em pequenos grupos, seguiu-se um de animação com um Quizso-bre o Rio de Janeiro.

Este primeiro encontro foi importante para “que-brar o gelo” entre alguns dos que irão de Portugal para o Rio. Ajudou a per-ceber a essência de se ser voluntário e sensibilizou os participantes da necessi-dade de preparar este cami-nho juntos, pois em Cristo somos Um e, nesta missão, só em Um faz sentido.

Por forma a continuar a preparar este caminho em unidade, o padre Eduardo Novo, responsável pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, marcou novo encontro para a tar-de de 4 de Maio, inserido nas actividades do Fátima Jovem.

I Encontro Nacional de Jovens Voluntários

Jornadas Mundiais da Juventude no Rio

Uma maratona de vo-luntariado, de 48 horas, levou os escuteiros católi-cos do Corpo Nacional de Escutas (CNE), de norte a sul do país, a organizarem-se em vários projectos, nas suas localidades, para uma maratona de voluntariado.

Segundo comunicado enviado pelo Gabinete de Imprensa do CNE, “esta acção juntou, mais de 6000 escuteiros em vários projectos, trazendo às suas localidades um trabalho em prol da sociedade”.

“Foram mais de uma centena de projectos desen-volvidos, para que lares de idosos fossem animados, muros comunitários pin-tados, escolas arranjadas, refeições a sem abrigos servidas, espaços verdes arranjados, entre muitas outras acções.”

Um projecto que contou com a ajuda de pessoas não

escuteiras e associações que aceitaram o desafio de in-tegrar nesta maratona de voluntariado.

O comunicado refere ainda que foram mais de 1800 horas de voluntariado onde “foi possível que na Figueira da Foz se realiza-se a reconstrução de uma horta ecológica, em Lisboa, uma escola viu as pare-des e os campos de jogos arranjados, na Chainça, Coimbra mais de 1500 kg

de alimentos foram reco-lhidos, em Odivelas foram animados lares de idosos, em Idanha-a-nova um con-certo animou a população e ajudou na recolha de roupa e brinquedos, em S. Paio de Merelim, Braga fosse feita a limpeza da pista pedonal junto do rio Cávado.”

Em algumas localidades “o impacto do apoio dos jo-vens escuteiros foi de tal forma, que há projectos que vão ter continuidade

ao longo do ano”. Os coordenadores do

projecto afirmam que “o balanço não podia ser mais positivo. Estreitaram-se laços entre associações e instituições e celebraram os 90 anos do Corpo Nacio-nal de Escutas com alegria, sorrisos, fraternidade e com um sentido de serviço ao próximo”.

Ana Vala c/ Gabinete de Imprensa do CNE

Escuteiros realizaram maratona de voluntariado

48 horas em espírito de serviçoe solidariedade

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MUNDO12 O Mensageiro7.Março.2013

Em prol de cristãos na Terra SantaCardeal faz apelo para a colecta

O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, escreveu uma carta, publicada no boletim da Santa Sé nesta terça-feira, 26, convidando os Pastores da Igreja Universal para a colecta de apoio aos cristãos na Terra Santa.

Na carta, Cardeal Sandri explica que a compaixão evangélica ajuda a compreender a necessidade de di-reccionar a Colecta da Sexta-Feira Santa aos irmãos nos “Lugares da Redenção”.

“Os cristãos que vivem em Israel e Palestina, Chi-pre, Líbano, Jordânia, Síria, Egito, formando no sentido mais amplo a Terra de Jesus, devem encontrar em nós o mesmo olhar de fé”, escreve o Cardeal.

Obras Religiosas com novo presienteErnst von Freyberg

O Vaticano revelou que o advogado alemão Ernst von Freyberg foi nomeado presidente do Conselho de Supervisão do Instituto das Obras Religiosas (IOR), sucedendo a Gotti Tedeschi, que foi demitido em Maio de 2012.

Segundo a Santa Sé, von Freyberg “traz com ele uma vasta experiência em matérias financeiras e de proces-sos de regulação financeira”.

O IOR, conhecido popularmente como o ‘banco do Vaticano’, é uma entidade que administra os bens das instituições católicas, aplicando os lucros no apostolado religioso e caritativo.

A escolha de von Freyberg, membro de várias organi-zações católicas, incluindo a Ordem de Malta, foi tomada por “unanimidade” pela comissão de cinco cardeais com funções de vigilância sobre IOR e aprovada por Bento XVI, disse aos jornalistas o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

Ernst von Freyberg é presidente dos estaleiros na-vais ‘Blohm+Voss Group’, de Hambrugo (Alemanha), e vai deslocar-se a Roma três dias por semana, de acordo com o Vaticano.

Bispos da TanzâniaSegurança das comunidades cristã

O bispo de Zanzibar, na Tanzânia, está preocupado com a segurança das comunidades cristã no país, nes-te momento ameaçada por uma campanha de ódio e violência que está a ser promovida por diversos grupos islâmicos.

Em declarações veiculadas pela fundação católica Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), D. Augustine Shao pede a intervenção do Governo para evitar o crescimento de uma “onda de intolerância” religiosa naquele território africano.

“Alguns radicais islamitas defendem que a maioria islâmica não deve tolerar quaisquer outras religiões”, lamenta o prelado, realçando que a onda de ameaças se tem estendido a “sacerdotes e bispos”.

Para D. Augustine Shao, os responsáveis políticos do país têm de “garantir a segurança das pessoas e, especialmente, das minorias”.

Este ano, segundo a AIS, para além dos ataques a membros do clero católico, “diversas igrejas de várias denominações cristãs foram incendiadas”, na região de Zanzibar.

Decisão sobre data do Conclave “completamente em aberto”

Eleição do novo PapaO porta-voz do Vatica-

no afirmou hoje, dia 5 de Março, que a decisão sobre o início do Conclave para a eleição do novo Papa, da responsabilidade dos cardeais da Igreja Católica, continua “completamente em aberto”.

Segundo o padre Fede-rico Lombardi, este é “um procedimento que quer ser aprofundado e não apressado” por parte dos responsáveis reunidos nas reuniões gerais - órgão in-terino de governo da Igreja - que decorrem desde se-gunda-feira.

Os membros do Colé-gio Cardinalício presentes no Vaticano decidiram que as reuniões de trabalho vão decorrer apenas durante a manhã, nos próximos dias.

A congregação geral contou com a presença de 148 cardeais, 110 dos quais eleitores no próximo Conclave, sem “qualquer decisão” sobre o processo eleitoral para a sucessão de Bento XVI, que renunciou ao pontificado.

“Os cardeais querem reflectir bem, o tempo que desejarem, para aprofun-dar. O facto de não haver congregações hoje e ama-nhã [quarta-feira] à tarde parece-me significativo”, disse Federico Lombardi.

“Não me sinto em con-dições de fazer previsões, de forma alguma”, acres-centou.

O director da sala de imprensa da Sé frisou, por outro lado, que a decisão sobre uma eventual ante-cipação do início do Con-clave, permitida por Bento XVI, pode ser tomada sem a presença de todos os car-deais eleitores desde que se preveja a sua chegada.

“É necessário que haja tempo para que todos os que querem vir possam chegar”, precisou o padre Lombardi, elencando o nome dos restantes cinco cardeais que são esperados no Vaticano: D. Antonius

Naguib, do Egito; D. John Tong Hon, de Hong Kong, China; D. Jean-Baptiste Pham Minh Mân, do Vie-tname; D. Karl Lehmann, da Alemanha; D. Kazimierz Nycz, da Polónia.

As congregações gerais têm de tomar uma série de decisões, do alojamento dos cardeais aos preparativos para o processo de eleição na Capela Sistina, antes de determinar a data de início do próximo Conclave.

Os trabalhos desta ma-nhã, com 11 intervenções dos cardeais, abordaram o recente documento de Ben-to XVI sobre o processo de eleição do novo Papa, em particular o número 37, no

qual se deixa ao Colégio dos Cardeais “a faculdade de antecipar o início do Con-clave se constar a presença de todos os Cardeais eleito-res, bem como a faculdade de adiar, se houver motivos graves, o início da eleição por mais alguns dias”.

O Vaticano revelou, por outro lado, que foram concedidas 4432 acredita-ções temporárias a que se somam as 600 acreditações permanentes, entre im-prensa, fotografia e vídeo, a profissionais de 1004 títu-los de 65 países, publicados em 24 línguas.

Mensagem elogia exemplo “luminoso” do Papa emérito

Cardeais agradecem a Bento XVIOs cardeais reunidos no

Vaticano para a preparação do próximo Conclave en-viaram uma mensagem de agradecimento a Bento XVI, que concluiu o seu pontifi-cado hoje, quinta-feira.

O documento, apre-sentado em conferência de imprensa, manifesta ao Papa emérito uma “sauda-ção devota” por parte do Colégio Cardinalício, “com a expressão da sua reno-vada gratidão por todo o seu luminoso ministério petrino”.

Os cardeais elogiam ainda o “exemplo de ge-

nerosa solicitude pastoral pelo bem da Igreja e do mundo” dado por Bento XVI, actualmente a residir

no palácio apostólico de Castel Gandolfo, arredores de Roma.

Esta gratidão, refere o

texto assinado pelo deca-no do Colégio Cardinalí-cio, “quer representar o reconhecimento de toda Igreja” pelo “trabalho in-cansável” do Papa emérito, eleito em abril de 2005.

Os cardeais, que se reúnem desde segunda-feira para decidir sobre os assuntos “ordinários e inadiáveis” da vida eclesial e para preparar a eleição do novo Papa, vão encontrar-se esta quarta-feira na Basílica de São Pedro, pelas 17h00 (menos uma em Lisboa), para um “momento de oração pela Igreja”.

Breves

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13O Mensageiro7.Março.2013 OPINIÃO

O

OPINIÃO

João César das Neves Economista

O recurso vital

OPINIÃO

Adriano MoreiraProfessor

A ilusão eleitoral

A

mundo hoje tem enorme necessidade

de um recurso essencial, infelizmente bastante descurado. Fala-se muito de água, ar, petróleo, urâ-nio, cereais, até metais de terras raras, mas pouco se refere aquilo que, se vier a faltar, destruirá de vez a humanidade. O recurso não é escasso, pois existem vastas jazidas. Mas é difícil de isolar por vir misturado com outros elementos e, pior, tende a evaporar-se quando é retirado das con-dições naturais. Para o com-preender é preciso analisar a situação actual.

Portugal sofre a crise mais séria das últimas décadas. Isso significa que muita gente sofre, sem

meios de subsistência, sem ocupação, sem espe-rança. A austeridade é in-dispensável, perante uma situação em que hábitos gastadores, suportados por dívida galopante, não po-diam ser mantidos. Apesar disso, muitos a rejeitam, elaborando explicações que os isentam de responsabili-dade, procurando culpados e vivendo na ilusão. Assim, ao sofrimento económico junta-se a raiva, o insulto, a fúria, a agressão. Cres-cem os extremismos e os maiores disparates passam por sabedoria num povo desesperado.

O problema não é só português. O nosso caso é manifestação de uma questão muito mais vasta que assola todo o mundo. A recente evolução, com mu-danças nas tecnologias da comunicação e abertura à globalização, eliminou mui-tos empregos tradicionais. Telefonistas, dactilógrafos, amanuenses, arquivistas e tantos outros deixaram de ser precisos, enquanto vá-rias ocupações de baixa tec-nologia emigravam para Sul ou Oriente. Muitos na Eu-ropa e na América do Norte encontram-se em dificul-dades para achar ocupação

compatível. Entretanto os salários não especializados descem pela concorrência das economias emergen-tes e, como os talentos de qualidade estão a prémio, existe uma forte tensão de desigualdade.

Alguns até dizem que foi esta dinâmica que originou a recente crise fi-nanceira. Perante a pertur-bação política gerada pela disparidade, o Governo americano fomentou o cré-dito à habitação enquanto os orçamentos públicos eu-ropeus se desequilibravam com apoios e subsídios. Em ambos os casos, a dívida acumulada, nos bancos ou no sector público, rebentou

inevitavelmente.Entretanto nos países

pobres as pressões são diferentes mas igualmente difíceis. Entre as economias emergentes existe forte me-lhoria de bem-estar, mas começam a denunciar-se situações de exploração, abuso e violação de direi-tos, semelhantes às da revolução industrial. En-tretanto, nas zonas mais pobres, a estagnação torna-se mais intolerável quando os vizinhos começam a crescer.

Tudo isto não vem da maldade de perversos ou de opções ideológicas ne-oliberais ou esquerdistas. É apenas um dos muitos

episódios em que os evi-dentes benefícios do pro-gresso vêm acompanhados de tensões com efeitos nefastos sobre o equilíbrio anterior da sociedade. Ali-ás este quadro de choque e disparidade é semelhante ao que se viveu na Europa em meados do século XIX ou inícios do século XX. Nessas alturas, a reacção foi terrível, com o surgimento de ideologias radicais que criaram os regimes infames e terríveis conflitos globais, ensanguentando os últimos cem anos.

As circunstâncias que nos esperam são explo-sivas. Aliás, vemos já a acumulação de sintomas,

na indignação, rancor, ódio, impasses eleitorais, violência extremista. Po-tencialmente, desta vez a erupção será ainda mais violenta do que os horrores que os nossos avós vive-ram. As próximas décadas mostram-se sombrias.

Perante este sinistro cocktail de forças, apenas um ingrediente consegui-rá evitar o pior. Trata-se de compaixão, amizade e diálogo, de partilha, soli-dariedade e benignidade, de paciência, compreensão e perdão. Só quando os que sofrem sentirem o amparo dos mais afortunados e estes partilharem de boa vontade com os desloca-dos se poderá evitar uma tempestade que arrastará uns e outros.

Ao longo dos séculos, este recurso decisivo tem-se chamado caridade cris-tã. Ultimamente ganhou outros nomes noutras culturas, mas é vital que seja cuidado e distribuído. Disso depende o futuro.

(In DN Opinião, 05.03.13)

Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o

novo Acordo Ortográfico

s democracias ocidentais, tendo

como modelos de referên-cia os EUA e a França, imagi-naram que um dos serviços prestados ao globo, durante a proeminência ocidental, era o seu paradigma cons-titucional, com a definição

essencial do eleitorado. O conceito formal teve indis-cutível projeção ao redor da terra, o qualificante foi exibido como credencial, mas o conteúdo e a prática correspondente afastaram-se consideravelmente dos modelos. Este facto é todos os dias lamentado, sobretu-do quando o direito-dever de intervenção chama ao exercício da gendarmerie prevista pelos acordos in-ternacionais, mas até esta intervenção é suscetível de claro descrédito, acusada de forma de exercício interes-sado das potências. Porque nesse mundo que foi cha-mado terceiro mundo pelas antigas potências que se proclamavam em missão civilizadora, a degradação do conteúdo do conceito foi durante anos agravado pela contaminação do que tecnicamente se chamou o Estado Espetáculo, uma designação que pretendeu

certamente manter o brilho dos procedimentos, mas não conseguiu assegurar-lhe a respeitabilidade.

A razão, ou mais pro-priamente a razoabilidade, não foi o paradigma da prá-tica profissionalizada por especialistas disputados, os custos avultaram em proporção ao crédito das agências especializadas, os eleitores habituaram-se ao espetáculo, mas o procedi-mento que se guiou pelas regras da mise-en-scene e da prise-en-charge passou de moda e de frequenta-dores, talvez com alguma relação com a crise finan-ceira que diminui a aten-ção dos públicos afetados pelos custos. Tornou-se mais global a prática de não aceitar os resultados proclamados das eleições, com os recursos habituais para as instâncias jurídicas competentes.

Uma das consequências,

recentemente posta em evidência por Guy Hermet, é que a vontade popular deixa de ser indiscutida como regra, e que, nos casos em que a arbitragem das dúvidas, sobretudo no antigo terceiro mundo, não é entregue ao modelo medieval do duelo, agora mais danoso, acaba por ser a intervenção das ainda chamadas grandes potên-cias, da ONU, dos EUA, da União Europeia, que decide a vitória, dando ao anúncio a forma mais diplomática possível. Tem custos, sobre-tudo no mundo que deixou de ser colonizado pelos oci-dentais, esta degradação do modelo que em todo o caso, na referência ocidental, é, como foi dito, o melhor entre todos os diferentes que se conhecem.

Mas isso não impede que os movimentos elei-torais, nos seus modelos mais dominantes, também

entre os ocidentais estejam a perder a respeitabilidade. A crise financeira e econó-mica tem seguramente um papel relevante nesta situ-ação, considerando, apenas por ser a circunstância mais visível, a diferença entre os programas da propaganda e a execução limitada pe-los recursos, nem sempre licitamente delapidados pelo Estado.

Não pode ignorar-se que o social desafia crescente-mente o poder político, e que a circunstância inter-nacional não deixa reinar a confiança entre todos eles.

Não existem criativida-des financeiras que garan-tam a confiança, sem a qual os limites da vida pacífica deixam de ser mantidos. Sobretudo quando a hu-milhação acompanha as dificuldades não apenas dos cidadãos e das famílias despojadas de recursos, mas tendo acrescido a

humilhação de valores nacionais que se conside-ravam sagrados. E não é legítimo considerar isso como manifestação de na-cionalismo agressivo, uma prática que poucos Estados estão habilitados a exercer com êxito.

Tem que ver com a dig-nidade dos povos, talvez menos humilhados pelas guerras perdidas como no passado, mas sobretudo re-metidos para a submissão burocrática de poderes que de regra não conhecem, e que quando conhecem, não lhes reconhecem legi-timidade. Este é um perigo que a Europa, incluindo os europeus, já conheceram mais de uma vez. Designa-damente no século passa-do, tão próximo, que não deu tempo para esquecer.

(in DN Opinião 26.02.13)

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INSTITUCIONAL14 O Mensageiro7.Março.2013

F. Costa PereiraMédico Especialista

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R

...(NOVO) TEMPO DOS PORQUÊS...

Vítor FariaSociólogo

Escola e Família, a simbiose necessária

egresso hoje com satisfação a este espa-

ço, ainda no final de um período de convalescença na sequência de alguns problemas de saúde.

A realidade recente tem sido fértil em factos, acontecimentos, mudan-ças e transformações nos mais diversos campos da sociedade, nomeadamente na família e na escola, mas também na econo-mia, na política, na reli-gião. Porquê? Porque o ser humano é naturalmente uma entidade individual e coletivamente organizada e integrada em processos históricos e sociológicos dinâmicos, cíclicos e inter-dependentes, num todo relativamente equilibrado e autosustentável, ou seja, a humanidade no seu conjunto.

Ora, o que se passa num contexto, acaba por ter reflexos nos outros e assim sucessivamente, a uma escala ambivalen-temente local e global, pessoal e societal.

Com o título da minha primeira crónica, aqui n’ O Mensageiro, sugeria que entre o contexto fa-miliar e o contexto escolar das crianças, adolescentes e jovens persistem cons-trangimentos, condiciona-lismos, lacunas, descon-tinuidades, contradições e dificuldades várias de articulação e integração funcional entre os agentes de socialização envolvi-dos. Porquê? Porque trata-se da necessária interação entre pessoas com esta-tutos, lugares de classe, origens sociais, processos de mobilidade social e papéis sociais e profis-sionais diferenciados, embora complementares, com dinâmicas próprias, mas em interdependência permanente.

De facto, de um lado atuam os pais, encarrega-

dos de educação, familia-res e amigos dos próprios alunos. Do outro lado, agem os educadores e os professores, auxiliares de ação educativa, funcioná-rios e agentes administra-tivos, incluindo os deten-tores de cargos de direcção pedagógica e de gestão dos estabelecimentos de ensi-no, em regime de autono-mia ou em agrupamento.

Serão a dimensão e a complexidade dos contex-tos de ensino e de apren-dizagem duas variáveis essenciais a ter em conta na compreensão da ne-cessária simbiose entre a Família e a Escola visando a melhoria da qualidade e da eficácia da socialização de todos nós? Porquê? Voltaremos a este assunto na próxima crónica.

Até lá, deixo-vos mais um duplo trabalho, a que resolvi chamar “Nós”, por-que, parafraseando poetas e poetisas, continuamos todos na mesma barca, que é a Terra (nós e todos os outros seres da natu-reza, feitos de matéria cósmica).

Bem hajam… porque a vida é o melhor que temos.

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15O Mensageiro7.Março.2013 DESPORTO

federação portuguesa de futebol

Campeonato Nacional feminino

Equipa J V E D Pts1.º Atl. Ouriense 0 0 0 0 212.º Albergaria 0 0 0 0 203.º 1.º Dezembro 0 0 0 0 204.º Vilaverdense 0 0 0 0 16

liga portuguesa de futebol profissional

II Liga

liga portuguesa de futebol profissional

I Liga21.ª Jornada 3 de Março

P. Ferreira x V. Setúbal (2-0)Sporting x Porto (0-0)Gil Vicente x Nacional (1-2)Rio Ave x Estoril (0-2)Marítimo x Moreirense (1-1)Beira-Mar x Benfica (0-1)V. Guimarães x Académica (2-0)Olhanense x Sp. Braga (0-1)

30.ª Jornada 3 de MarçoNaval x Leixões (0-0)Benfica x Penafiel (1-1)Porto B x Sporting B (1-0)U. Madeira x Tondela . Adiado

Belenenses x D. Aves (1-0)Arouca x Marítimo B (3-1)Trofense x Atlético (3-2)Feirense x Oliveirense (1-2)Santa Clara x V. Guimarães B (1-0)Sp. Braga B x Penafiel (3-1)Freamunde x Sp. Covilhã (1-1)

Equipa J V E D Pts1.º Belenenses 30 22 6 2 722.º Arouca 30 15 8 7 533.º Sporting B 30 13 12 5 514.º Leixões 30 12 11 7 475.º Santa Clara 30 12 10 8 466.º Oliveirense 30 12 10 8 467.º D. Aves 30 11 12 7 458.º Porto B 30 11 11 8 449.º Portimonense 30 12 8 10 4410.º Tondela 30 12 8 10 4411.º Penafiel 30 12 7 11 4312.º Benfica B 30 11 9 10 4213.º U. Madeira 29 9 13 7 4014.º Naval 30 9 12 9 3915.º Atlético 30 9 6 15 3316.º Feirense 30 8 9 13 3317.º Marítimo B 30 9 4 17 3318.º Sp. Braga B 29 7 10 12 2919.º Trofense 30 6 10 14 2820.º Sp. Covilhã 30 5 11 14 2621.º V. Guimarães B 29 4 11 14 2322.º Freamunde 30 4 8 18 20

Equipa J V E D Pts1.º Benfica 21 17 4 0 552.º Porto 21 16 5 0 533.º P. Ferreira 21 10 8 3 384.º Sp. Braga 21 11 4 6 375.º Marítimo 21 8 7 6 296.º Rio Ave 21 8 5 8 297.º Estoril 21 8 4 9 288.º V. Guimarães 21 7 6 8 279.º Nacional 21 7 5 9 2610.º V. Setúbal 21 6 5 10 2311.º Sporting 21 5 8 8 2312.º Académica 21 4 8 9 2013.º Gil Vicente 21 4 7 10 1914.º Olhanense 21 3 8 10 1715.º Moreirense 21 3 7 11 1616.º Beira-Mar 21 3 6 12 15

22.ª Jornada 10 de MarçoPorto x Estoril . Dia 8, 20h00, SportTv1

Sp. Braga x Marítimo . Dia 9, 18h00, SportTv1

Académica x Sporting . Dia 9, 20h15, SportTv1

Nacional x Rio Ave . 16h00

Moreirense x Olhanense . 16h00

P. Ferreira x Beira-Mar . 18h00, SportTv1

Benfica x Gil Vicente . 20h15, SportTv1

V. Setúbal x V. Guimarães . Dia 11, 20h00, SportTv1

federação portuguesa de futebol

II Divisão B sul

22.ª Jornada 3 de MarçoFut. Benfica x Sertanense (2-5) Pinhalnovense x Fátima (0-2)Oeiras x Mafra (0-1)Torreense x 1.º Dezembro (0-1)Farense x Carregado (2-1)Quarteirense x Oriental (1-1)Ribeira Brava x Casa Pia (0-1)U. Leiria SAD x Louletano (1-0)

federação portuguesa de futebol

III Divisão D

21.ª Jornada 3 de MarçoOl. Hospital x Penelense (3-0)Sp. Pombal x Mortágua (1-2)Torres Novas x Beneditense (2-1)Alcanenese x Caldas (1-3)Sernache x Alcobaça (3-0)Marinhense x Sourense (0-2)

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III Divisão E

20.ª Jornada 3 de MarçoBarreirense x Sacavenense (3-2)Cartaxo x Peniche (1-3)Lourinhanense x Amora (2-0)U. Tires x Fabril Barreiro (2-3)Pêro Pinheiro x Sintrense (1-1)Real x Eléctrico (0-0)

Equipa J V E D Pts1.º Mafra 22 15 4 3 492.º Farense 22 13 7 2 463.º U. Leiria SAD 22 12 5 5 414.º Torreense 22 11 5 6 385.º Sertanense 22 11 5 6 386.º Oriental 22 10 3 9 337.º 1.º Dezembro 22 8 9 5 338.º Fátima 22 9 2 11 299.º Casa Pia 22 6 10 6 2810.º Louletano 22 6 7 9 2511.º Quarteirense 22 5 10 7 2512.º Fut. Benfica 22 6 5 11 2313.º Pinhalnovense 22 5 7 10 2214.º Carregado 22 5 7 10 2215.º Oeiras 22 3 8 11 1716.º Ribeira Brava 22 2 4 16 10

Equipa J V E D Pts1.º Caldas 21 12 6 3 422.º Sourense 21 11 7 3 403.º Ol. Hospital 21 11 6 4 394.º Sp. Pombal 21 11 5 3 385.º Sernache 21 10 4 7 346.º Alcanenense 21 9 3 9 307.º Torres Novas 21 8 5 8 298.º Marinhense 21 7 5 9 269.º Penelense 21 6 4 11 22

10.º Beneditense 21 6 3 11 2111.º Alcobaça 21 4 5 12 1712.º Mortágua 21 3 3 14 12

Equipa J V E D Pts1.º Fabril Barreiro 21 11 6 4 392.º Sintrense 21 10 7 4 373.º Eléctrico 21 10 6 5 364.º Barreirense 21 9 6 6 335.º Lourinhanense 21 9 6 6 336.º Sacavenense 21 10 3 8 337.º Pêro Pinheiro 21 8 7 6 318.º Real 21 8 6 7 309.º Amora 21 7 5 9 2610.º U. Tires 21 6 7 8 2511.º Peniche 21 6 3 12 2112.º Cartaxo 21 0 2 19 2

23.ª Jornada 10 de MarçoOriental x Ribeira Brava . Todos os jogos às 15h00 Casa Pia x U. Leiria SADLouletano x Fut. BenficaSertanense x PinhalnovenseFátima x OeirasMafra x Torreense1.º Dezembro x FarenseCarregado x Quarteirense

22.ª Jornada 10 de MarçoMortágua x Ol. Hospital . Todos os jogos às 15h00

Beneditense x Sp. PombalCaldas x Torres NovasAlcobaça x AlcanenenseSourense x SernachePenelense x Marinhense

22.ª Jornada 10 de MarçoPeniche x Barreirense . Todos os jogos às 15h00 Amora x CartachoFabril Barreiro x LourinhanenseSintrense x U. TiresEléctrico x Pêro PinheiroSacavenense x Real

associação de futebol de leiria

HONRA20.ª Jornada 3 de Março

Nazarenos x Avelarense (5-1)GRAP/Pousos x Vieirense (0-1)Fig. Vinhos x Lisboa e Marinha (1-1)Guiense x Portomosense (1-2)Pataiense x Pelariga (2-2)Pousaflores x Meirinhas (0-1)Atouguiense x Alvaiázere (3-0)Marrazes x Bombarralense (4-1)

Equipa J V E D Pts1.º Marrazes 20 13 4 3 432.º Portomosense 20 13 3 4 423.º Pelariga 20 12 4 4 404.º GRAP/Pousos 20 11 4 5 375.º Fig. Vinhos 20 10 5 5 356.º Pousaflores 20 10 3 7 337.º Guiense 20 9 6 5 338.º Meirinhas 20 8 7 5 319.º Nazarenos 20 8 4 8 2810.º Pataiense 20 7 7 6 2811.º Atouguiense 20 7 2 11 2312.º Lisboa Marinha 20 6 4 10 2213.º Vieirense 20 5 6 9 2114.º Avelarense 20 4 1 15 1315.º Bombarralense 20 2 4 14 1016.º Alvaiázere 20 2 2 16 8

21.ª Jornada 10 de MarçoVieirense x Nazarenos . Todos os jogos às 15h00

Lisboa e Marinha x AtouguiensePortomosense x Fig. VinhosPelariga x MarrazesAvelarense x PousafloresAlvaiázere x GRAP/PousosBombarralense x GuienseMeirinhas x Pataiense

associação de futebol de leiria

I Divisão norte

11.ª Jornada 3 de MarçoAlegre e Unido x Ranha (2-1)Alb. Doze x Pedroguense (2-0)Ansião x Mata Mourisquense (3-0)Ilha x Caseirinhos (3-2)Moita do Boi x Motor Clube (4-0)

Equipa J V E D Pts1.º Moita do Boi 11 10 1 0 312.º Ansião 11 6 4 1 223.º Mata Mourisq. 11 5 4 2 194.º Alb. Doze 10 5 2 3 175.º Motor Clube 10 5 1 4 166.º Ranha 11 4 2 5 147.º Alegre e Unido 11 4 2 5 148.º Ilha 11 3 2 6 119.º Pedroguense 11 2 2 7 810.º Caseirinhos 11 0 0 11 0

12.ª Jornada 10 de MarçoRanha x Ansião . Todos os jogos às 15h00

Alb. Doze x Alegre e UnidoMata Mourisquense x IlhaCaseirinhos x Moita do BoiMotor Clube x Pedroguense

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I Divisão norte

11.ª Jornada 3 de MarçoSanto Amaro x Boavista (2-2)Alqueidão da Serra x Unidos (3-1)Alfeizerense x Maceirinha (0-5)Outeirense x Nadadouro (5-0)U. Leiria x Os Vidreiros (6-1)

Equipa J V E D Pts1.º U. Leiria 11 10 1 0 312.º Alq. Serra 11 8 2 1 263.º Unidos 11 7 0 4 214.º Outeirense 10 6 2 2 205.º Santo Amaro 11 4 1 6 136.º Maceirinha 10 4 0 6 127.º Boavista 11 3 3 5 128.º Nadadouro 11 2 3 6 99.º Os Vidreiros 11 2 2 7 810.º Alfeizerense 9 0 0 9 0

12.ª Jornada 10 de MarçoBoavista x Alfeizerense . Todos os jogos às 15h00

Alqueidão da Serra x Santo AmaroMaceirinha x OuteirenseNadadouro x U. LeiriaOs Vidreiros x Unidos

31.ª Jornada 10 de MarçoPortimonense x Belenenses . Dia 9, 15h30, SportTv1

Marítimo B x Trofense . 11h00

Sp. Covilhã x Porto B . 11h15, SportTv1

Leixões x Arouca . 15h00

D. Aves x U. Madeira . 15h00

V. Guimarães B x Benfica B . 15h00

Tondela x Feirense . 15h00

Atlético x Freamunde . 15h00

Oliveirense x Sp. Braga B . 15h00

Penafiel x Naval . 16h00

Sporting B x Santa Clara . 16h00

1.ª Jornada - Apur. Campeão 17 de MarçoVilaverdense x Albergaria . Todos os jogos às 15h00

Atl. Ouriense x 1.º Dezembro

DR/JV

Juliana Pereira “dourada”

Atleta da Juventude Vidigalense conquistou

medalha de ouro no disco e de bronze no dardo

ATLETISMO – A vitória de Juliana Pereira, no disco, é o principal destaque do Cam-peonato de Lançamentos Longos (Leiria, 23 de Feve-reiro). A atleta da Juventude Vidigalense (JV) sagrou-se assim campeã nacional de juniores, amealhando ain-da o 3.º lugar no dardo, fi-cando atrás da sua colega de equipa, Marta Mendes, que terminou no 2.º. O mesmo lugar obteve Miguel Lavra-dor, também nas mesmas provas e escalão. No total o clube leiriense totalizou

quatro medalhas (uma de ouro, duas de prata e uma de bronze).

Em competição estive-ram ainda outros atletas com ligações à cidade do Lis, como são os casos de Irina Rodrigues (Sporting e ex-JV), 1.º lugar no disco, em Sub-23, e Vânia Silva (Sporting e ex-JV), 2.º lugar no martelo, em seniores. Destaque ainda para Jéssica Galvão (Benfica e ex-Arnei-rense, Caldas da Rainha), 1.º lugar no martelo, em juniores.

FUTSAL – A equipa femini-na do Centro Recreativo da Golpilheira (Batalha) ven-ceu, pelo segundo ano con-secutivo e a duas jornadas do fim, a Divisão de Honra da Associação de Futebol de Leiria, garantindo ainda o apuramento para a Taça Nacional. Quem também marcará presença na prova nacional é a Associação Cul-tural Recreativa Desportiva Louriçal (Pombal), que já as-segurou o 2.º lugar.

No caso da equipa do Louriçal, trata-se de uma estreia numa competição

nacional. “Nunca este clu-be tinha participado numa taça nacional apesar de já ter obtido vários títulos distritais nos mais diver-sos escalões”, pode ler-se na página oficial do clube no Facebook.

A próxima edição da Taça Nacional terá a par-ticularidade de servir de qualificação para o primei-ro campeonato nacional de futsal feminino. Tal como anunciado pela Federação Portuguesa de Futebol, este fará a sua estreia já na próxima época (2013/14)

e será constituído pelas 16 equipas que melhor desempenho obtiverem na Taça Nacional desta época.

A última jornada (18.ª) do campeonato distrital será de consagração para as duas representantes do distrito de Leiria na Taça Nacional, com ambas a jogarem na condição de visitadas. Assim, a equipa do Louriçal a recebe a do Vidais (4.º lugar), dia 8 de Março, 21h30, enquanto que a da Golpilheira rece-be a do Santiais (6.º), dia 9, 19h00.

Golpilheira e Louriçal na Taça Nacional

Tiago melhor do que EvaATLETISMO – Tiago Marto (Grupo de Atletismo de Fátima) terminou em 10.º lugar a prova de heptatlo do Campeonato da Europa de pista coberta (Gotemburgo, Suécia, 1 a 3 de Março). Com um total de 5680 pontos, ficou longe do vencedor, o holandês Eelco Sintnicolaas (6372). Quanto a Eva Vital (Benfica e ex-Arneirense, Caldas da Rainha), não conseguiu o apuramento para a final dos 60 metros com barreiras, embora tenha conseguido melhorar a sua marca (de 8, 22 para 8,20).

Ouriense na 1⁄2 finais da TaçaFUTEBOL – A equipa do Clube Atlético Ouriense (Ou-rém) qualificou-se para as 1⁄2 finais da Taça de Portugal (seniores femininos), ao vencer a campeã nacional, Sociedade União 1.º de Dezembro (Sintra), após a marcação de grandes penalidades (4-2) – empate a zero no final dos 90 minutos e do prolongamento. Resul-tados: A-dos-Francos (Caldas da Rainha) x Vilaverden-se (Braga), 5-2; Valadares Gaia (Valadares) x Leixões Matosinhos), 3-1; e Boavista (Porto) x Futebol Benfica (Lisboa), 1-1 (5-3, a.g.p.).

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7M A R Ç O 2 0 1 3ÚLTIMA O maior património de uma nação é o espírito de luta do seu povo e a maior ameaça para uma nação é a desagregação desse espírito.

George B. Courtelyou, secretário do gabinete presidencial americano [n.1862 - f.1940]

O cenário é idêntico por todo o Portugal. A braços com o desemprego, falta de apoio social, cortes nas fun-ções do Estado, carga fiscal abismal e uma insensibili-dade governativa, os cida-dãos portugueses saíram à rua no dia 2 de Março, em 40 cidades do País, para gritar bem alto que ‘basta’ de tanto atropelo à vida do seu dia-a-dia. É transversal o sentimento, assim como é unânime o sentimento de revolta das pessoas, com mais pobres e ricos a caminharem na mesma luta, empregados e desem-pregados com a mesma indignação, percebendo-se nas ruas que o povo já não aguentará muito mais tan-tos sacrifícios que lhes são exigidos.

O movimento dos “In-dignados” de Leiria, numa altura em que Portugal con-tou com a sétima avaliação da Troika, fez sair à rua milhares de pessoas. A con-centração decorreu junto à Fonte Luminosa, contou com vários testemunhos de cidadãos como Edgar Carvalho e António Ferra-ria, juntando-se algumas canções de protesto que descrevem um sentimento de revolta. Depois, fez-se sentir ao longo de várias artérias da cidade, um protesto pacífico e ordeiro, mas com tanta gente que se mostrava indignada com os destinos que a nação está a ter com as opções governa-mentais. Numa concertação nacional, também o ‘hino’ de Zeca Afonso foi cantado,

estando a ficar mais uma vez como um elemento de luta destes tempos onde o regime democrático se começa a colocar em causa por muitos portugueses.

O 25 de Abril de 1974 e o modelo europeu de que Portugal passou a pertencer a partir de 1 de Janeiro de 1986, são duas datas que significaram esperança de uma vida melhor para todos os portugueses. Muitos, referem que não passou de um momento de ilusão, que agora está tudo a ficar muito pior, com jovens em precariedade de trabalho ou novamente a emigrarem, uma classe mé-dia que desaparece e uma população idosa, cada vez mais envelhecida e a viver com mais dificuldades, com

a agravante de ter cada vez menos o apoio do Estado. As assimetrias entre pobres e ricos são outra problemá-tica da actual conjuntura.

Os cartazes que se vi-ram na manifestação de 2 de Março mostram bem

o desespero e revolta das populações. Um sinal de que se torna imperioso uma análise urgente da situação que Portugal atravessa, porque muitos não se revêem com uma austeridade que apelidam

de cega e implacável nos direitos fundamentais da Constituição Portuguesa. Não é para menos que a palavra de ordem é “que se lixe a Troika”.

Texto e fotos: Joaquim Santos

Um curso a realizar no Moinho de Papel

“A Magia da Mudança” para ajudar nas encruzilhadas da vida A sua vida está numa encruzilhada e não sabe

o que fazer? Tem decisões importantes para tomar, mas não sabe o que decidir? Então este é o curso ideal para si. Intitula-se “A Magia da Mudança” e decorrerá em Leiria, nos dias 8, 9 e 15 e 16 de Março, no Moinho de Papel, em Leiria.

Um curso organizado pela “Therapy Clinic”que pretende responder a algumas das questões que se nos apresentam num momento de viragem da vida.

Segundo a organização o objectivo deste curso é que no final os participantes consigam “avaliar

e consciencializar-se do seu estado actual; como identificar os empecilhos que impedem a sua mudança”direccionar a sua mente no sentido do seu alinhamento com as suas perspectivas, reco-nhecer princípios de Inteligência Emocional para melhor os seus relacionamentos; como melhor a sua performance pessoal/profissional de modo a sentir-se muito mais feliz e ainda identificar o motor da sua motivação e aprender a definir um plano estratégico para atingir o que deseja”.

Os interessados em participar devem fazer as inscrições na clínica. DR

Cada vez mais indignados com as políticas do Governo

A luta continua e o povo saiu à rua