4.avaliação da aprendizagem
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Professor Ulisses Vakirtzis
Os professores utilizam asprovas como instrumentos deameaça e tortura prévia dosalunos, ao invés de serem umelemento motivador daaprendizagem.
O estabelecimento de ensino estácentrado nos resultados das provas eexames:
A dinâmica dos processos educativospermanece obnubilada (obscurecida), porémdeles emergem dados estatísticos formais.Sua leitura pode ser crítica ou ingênua,dependendo da maneira com que foremlidos.
O sistema educacional se contenta com asnotas obtidas nos exames:
Enquanto o estabelecimento de ensinoestiver dentro dos “conformes”,o sistemasocial se contenta com os quadrosestatísticos. Saindo disso, os mecanismos decontrole são automaticamente acionados:pais que reclamam da escola; verbas que nãochegam; inquéritos administrativos, etc.
DESDOBRAMENTOS NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO A PARTIR DA
AVALIAÇÃO
• Provas para reprovar.
• Pontos a mais e pontos a menos.
• Uso da avaliação da aprendizagem comodisciplinamento social dos alunos.
PEDAGOGIA DOS
EXAMES
PEDAGOGICAMENTE:
ela centraliza a atenção nos
exames; não auxilia a aprendizagem dos
estudantes.
PSICOLOGICAMENTE:
é útil para desenvolver
personalidades submissas.
SOCIOLOGICAMENTE:
É bastante útil para os processos de
seletividade social. A avaliação está muito mais articulada com a reprovação do que com a aprovação e daí vem a sua contribuição para a seletividade social.
• JUÍZO DE VALOR
• TOMADA DE DECISÃO
• CARACTERES RELEVANTESDA REALIDADE
(transformação social)
AVALIAÇÃO
Com a função classificatória, a avaliaçãoconstitui-se num instrumento estático efrenador do processo de crescimento.
Com a função diagnóstica, ela será ummomento do processo de avançar nodesenvolvimento da ação, do crescimentopara a autonomia, do crescimento para acompetência, etc.
É preciso que a ação pedagógica em geral e a de avaliação sejam
racionalmente decididas.
Ao planejar suas atividades de ensino, o professor estabeleça previamente o
mínimo necessário a ser aprendido efetivamente pelo aluno.
Os erros de aprendizagem, servem positivamente de ponto de partida
para o avanço, na medida em que são identificados e compreendidos, e sua compreensão é o passo fundamental
para a sua superação.
Ao avaliar o professor deverá coletar, analisar e sintetizar, da forma mais
objetiva possível, as manifestações de condutas (cognitivas, afetivas,
psicomotoras) dos educandos, produzindo uma configuração do efetivamente
aprendido.
Cremos que o papel do diretor de um estabelecimento de ensino é coordenar a construção
de diretrizes da instituição como um todo e atuarpara prover as condições básicas para que tais diretrizes possam efetivamente sair do papel e
transformar-se em realidade – para que o projeto se transforme em construção. Não será o diretor que
planejará e imporá seu planejamento sobre os outros; ele será o coordenador de uma decisão coletiva para
a escola, que também deverá ser gerenciada coletivamente. Só um projeto comum poderá ser
realizado de forma comum.
O ato de planejar é um ato decisório da maior importância e efetivado dentro de
um projeto coletivo institucional. O planejamento isolado e diversificado de cada professor impossibilita a formação
de um corpo, se não único, ao menos semelhante, de atuação dentro de uma
mesma escola.
A ação é o meio pelo qual construímos os resultados, que podem nos satisfazer. Contudo, não é uma ação
qualquer, mas aação planejada.
Concluindo...
O ato de avaliar, por sua constituição mesma, não se destina a um julgamento “definitivo” sobre alguma coisa,
pessoa ou situação, pois que não é um ato seletivo. A avaliação se destina ao diagnóstico e, por isso mesmo, à inclusão; destina-se à melhoria do ciclo de vida. Deste
modo, por si, é um ato amoroso. Infelizmente, por nossas experiências histórico-sociais e pessoais, temos
dificuldades em assim compreendê-la e praticá-la. Mas... Fica o convite a todos nós. É uma meta a ser trabalhada,
que, com o tempo, se transformará em realidade, por meio de nossa ação. Somos responsáveis por esse processo.