4º Resumo Sobre Liberdade e Responsabilidade
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7/24/2019 4 Resumo Sobre Liberdade e Responsabilidade
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4 Resumo: sobre Liberdade E Responsabilidade
Segundo Sartre, no texto Liberdade e Responsabilidade,
embora as consideraes que se seguem interessem sobretudo aos
moralistas, cremos que no seria intil, depois dessas descries e
argumentaes, voltar a liberdade do Para-si e tentar compreender oque representa para o destino humano o fato desta liberdade.
Para Sartre, a consequncia essencial de nossas observaes
anteriores ! de que o homem, estando condenado a ser livre, carrega
nos ombros o peso do mundo inteiro" ! respons#vel pelo mundo e por
si mesmo em quanto maneira de ser. $inda di% que tomamos a
palavra &responsabilidade' em seu sentido corriqueiro de
&conscincia (de) ser o autor incontest#vel de um acontecimento ou
de um ob*eto'.
Segundo Sartre, por outro lado, tal responsabilidade absoluta
no ! resignao" ! simples reivindicao l+gica das consequncias
de nossa liberdade. que acontece comigo, acontece por mim, e eu
no poderia me deixar afetar por isso, nem me revoltar, nem me
resignar. $l!m disso, tudo aquilo que me acontece ! meu deve-se
entender por isso, em primeiro lugar, que estou sempre a altura do
que me acontece a um homem por outros homens e por ele mesmo
no poderia ser seno humano. as segundo Sartre, al!m disso, a
situao ! minha livre escolha de min mesmo, e tudo quanto ela me
apresenta ! meu, nesse sentido de que me representa e me
simboli%a.
Sartre dir# que assim no h# acidentes em uma vida uma
ocorrncia comum que irrompe subitamente e me carrega no
provem de fora se sou mobili%ado em uma guerra, esta guerra !
minha guerra, ! feita a minha imagem e eu a mereo. ereo-a,
primeiro, porque sempre poderia livrar-me dela pelo suic/dio ou pela
desero" esses poss/veis ltimos so os que devem estar sempre
presentes a n+s quando se trata de enfrentar uma situao. Por terdeixado de livrar-me dela, eu a escolhi pode ser por fraque%a, por
covardia frente a opinio pblica, porque pre0ro certos valores ao
valor da pr+pria recusa de entrar na guerra (a estima de meus
parentes, a honra de minha fam/lia etc.). Segundo Sartre de qualquer
modo, trata-se de uma escolha. Portanto, se preferi a guerra 1 morte
ou a desonra, tudo se passa como se eu carreasse inteira
responsabilidade por esta guerra.
Segundo Sartre, s+ me resta, portanto, reivindicar esta guerra
como se fosse minha. as, al!m disso, ela ! minha porque, apenaspelo fato de surgir em uma situao que eu fao ser e de s+ poder ser
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revelada a mim eu me comprometa pr+ ou contra ela, no posso
distinguir agora a escolha que fao de mim da escolha que fao da
guerra" viver esta guerra ! escolher-me atrav!s dela e escolhe-la
atrav!s de minha escolha de mim mesmo. 2o caberia encarar a
guerra como &quatro anos de f!rias' ou &quatro anos em suspenso',ou como &recesso', *# que o essencial de minhas responsabilidades se
encontra em outra parte, na minha vida con*ugal, familiar ou
pro0ssional.
2a viso Sartre, se ho de ser quatro anos va%ios, a
responsabilidade ! minha. 3n0m, como assinalamos no par#grafo
precedente, cada pessoa ! uma escolha absoluta de si a partir de um
mundo de conhecimentos e t!cnicas que tal escolha assume e
ilumina cada pessoa desfrutando de uma data absoluta e totalmente
impens#vel em outra data. 2esse sentido, de forma a de0nir commaior nitide% a responsabilidade do Para-si, ! necess#rio, # formula
rec!m-citada- &no h# v/timas inocentes'.
Segundo Sartre, todavia esta responsabilidade ! de um tipo
muito particular. Pode-se me retorquir, com efeito, que &no pedi pra
nascer', o que ! uma maneira ingnua de enfati%ar nossa facticidade.
Sou respons#vel por tudo, de fato, exceto por minha responsabilidade
mesmo, pois no sou o fundamento do meu ser. Portanto tudo se
passa como seu estivesse coagido a ser respons#vel. 4ontudo,
encontro uma responsabilidade absoluta devido ao fato de que minhafacticidade, ou se*a, neste caso, o fato de meu nascimento, !
inapreens/vel diretamente e at! mesmo inconceb/vel, pois esse fato
de meu nascimento *amais me aparece em bruto, mas sempre
atrav!s de uma construo pro*etiva de meu Para-si tenho vergonha
de ter nascido, ou tentando, ou me assombro ou me rego%i*o com
isso, ou, tentando livrar-me da vida, a0rmo que vivo e assumo est#
vida como sendo m#.
Para Sartre, assim a facticidade est# por toda parte, por!m
inapreens/vel *amais encontro seno a responsabilidade, da/ porque
no indagar &por que nasci5', maldi%er o dia de meu nascimento ou
declarar que no pedi para nascer, pois essas diferentes atitudes com
relao ao meu nascimento, ou se*a, com relao ao fato de que
reali%o uma presena no mundo, nada mais so, precisamente, do
que maneiras de assumir com plena responsabilidade este
nascimento e fa%e-lo meu tamb!m aqui s+ encontro comigo e meus
pro*etos, de modo que, em ltima instancia, minha derrelio, ou
se*a, minha facticidade, consiste simplesmente no fato de que estou
condenado a ser integralmente respons#vel por mim mesmo.
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Segundo Sartre sou o ser que ! como ser cu*o ser est# questo em
seu ser 3 este &e' de meu ser e como sendo presente e inapreens/vel.
Segundo Sartre, ! assim, precisamente, que o Para-si seapreende na angustia, ou se*a, como um ser que no ! fundamento
de seu ser, nem do ser do outro, nem dos 3m-sis que formam o
mundo, mas que ! coagido a determinar o sentido do ser, nele e por
toda parte fora dele.