4º seminário de Empreendedorismo, inovação e marketing – Évora Semana do Empreendedorismo
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4º seminário de Empreendedorismo, inovação e marketing – Évora
Semana do Empreendedorismo
António Bob SantosEconomista, Doutorando em Economia
O que é o empreendedorismo?
GEM: empreendedorismo é “qualquer tentativa de criação de um novo negócio ou nova iniciativa, tal como emprego próprio, uma nova organização empresarial ou a expansão de um negócio existente, por um indivíduo, equipa de indivíduos, ou negócios estabelecidos”, (Estudo de Avaliação do Potencial Empreendedor em Portugal em 2004 – Relatório GEM Portugal, 2004)
Joseph Schumpeter (1942): empreendedor é “quem aplica uma inovação no contexto dos negócios, que pode tomar várias formas: introdução de um novo produto, introdução de um novo método de produção, abertura de um novo mercado, a aquisição de uma nova fonte de oferta de materiais ou a criação de uma nova empresa” (1942)
Livro Verde – CE/Espírito Empresarial na Europa (2003) O empreendedorismo está ligado a uma “atitude mental que engloba a motivação e capacidade de um indivíduo, isolado ou integrado num organismo, para identificar uma oportunidade e para a concretizar com o objetivo de produzir um novo valor ou um resultado económico”
Comunicação da Comissão ao Conselho, (2006) “O espírito empresarial é a capacidade dos indivíduos de converter ideias em actos. Compreende a criatividade, a inovação e a assunção de riscos e, bem assim, a capacidade de planear e gerir projectos com vista a alcançar objetivos. Esta competência é útil a todos na vida de todos os dias, em casa e na sociedade..”
A importância do Empreendedorismo:
O empreendedorismo pode contribuir para um maior Crescimento:• maior crescimento económico• mais empresas novas • mais empreendedores dispostos a lançar-se em projectos
inovadores• mais PME de rápido crescimento
O empreendedorismo pode contribuir para uma maior Coesão Social:• O empreendedorismo pode contribuir para a coesão social nas
regiões menos desenvolvidas • integração no mundo laboral dos desempregados e das pessoas
desfavorecidas• estímulo ao empreendedorismo feminino
OCDE: correlação entre crescimento do PIB e Tx. Criação novas empresas
7 Condições Identificadas pelo GEM para o Empreendedorismo:
Apoios financeiros: capital semente, capital de risco, etc.
Políticas públicas: incentivos fiscais; outras políticas de encorajamento ao empreendedorismo
Educação e a formação: envolvimento de todos os níveis de ensino (primário, secundário, universitário, tecnológico, politécnico e pós-graduado);
Transferência dos resultados da I&D: cooperação entre o sector universitário e o empresarial
Infraestruturas comerciais, profissionais e de intermediação, ligada aos serviços que disponibilizam (por exemplo, serviços comerciais e de contabilidade);
Barreiras à entrada, uma vez que se elas existirem em grande escala dificultam a entrada dos empreendedores (ambiente favorável);
Normas culturais e sociais, importantes também para o empreendedorismo, dado que a essas normas podem encorajar (ou desencorajar) os empreendedores, podendo conduzir (ou não) à vontade de criação de novas empresas
Plano Tecnológico: 2005-2011
• Aprofundar a sociedade do Conhecimento
• Estimular o desenvolvimento Científico e Tecnológico
• Promover a inovação empresarial e o financiamento à inovação e empreendedorismo
Programa +E+I: 2011-2013
• Uma sociedade mais empreendedora• Alargar a base de empresas inovadoras e
exportadoras• Um país em rede e inserido em redes
internacionais de conhecimento, inovação e empreendedorismo
• Enfoque nos resultados atingidos e não na despesa efetuada
O empreendedorismo nas prioridades das políticas públicas:
Estratégia de Lisboa (2000-2010)• Livro Verde/Plano de
Ação para o Empreendedorismo
• Educação para o Empreendedorismo
Estratégia Europa 2020• Inovação 2020• Agenda Digital para a
Europa• Juventude em Ação• New Skills for New Jobs
Financiamento europeu:• Horizon 2020• Cosme 2014-2020• BEI
Iniciativas nacionais de apoio ao empreendedorismo
Incentivos para start-ups/novas empresas
SI QREN (2007-2013):• “Vales de I&DT” (do programa SI I&DT), que financia a aquisição de
serviços e consultoria a entidades do SNCT até 15 mil euros, por parte de empresas e empreendedores;
• “Vales de Inovação”/“Vales de Empreendedorismo” (do SI Q&I), com incentivos até 15 mil euros para apoiar despesas com a elaboração de planos de negócio e criação de novas empresas;
• SI I&DT (exceto as tipologias “Núcleos de I&D” e a “Promoção da I&D”) e SI Qualificação: apoiam despesas dos projetos relacionadas com consultoria especializada; registo de patentes; intermediação tecnológica…
• SIAC: apoiam ações coletivas e despesas que são importantes para os projetos lançados por novos empreendedores, como as associadas a serviços de consultoria ou a atividades de I&D.
SAFPRI/QREN (Sistema de Apoio ao Financiamento e Partilha de Risco da Inovação) – lançado em 2008, no âmbito do POFC/QREN, tem como objetivo a disseminação de instrumentos de financiamento que proporcionem melhores condições para apoiar projetos de investimento empresarial, sendo um mecanismo complementar de financiamento e de partilha de risco da Inovação.
Programa INOFIN:• FINICIA (financiamento e assistência técnica à empresa na fase
de arranque
• FINCRESCE (financiamento à empresa ao longo da fase de crescimento)
• FINTRANS (apoio em processos de aquisição, fusão e outras formas de concentração empresarial)
Incentivos Fiscais:• SIFIDE: incentivos fiscais à I&D empresarial (patentes, recursos
humanos, etc.)
Portugal Ventures – lançado em 2012, no âmbito do programa +E+I• Dotação inicial da Portugal Ventures é de 140 milhões de euros para
investir (gerindo também 600 milhões de euros de 26 fundos de investimento)
• 3 áreas de investimento: • “programa de “Ignição” (€20M/ano), para financiamento da
inovação e projetos com origem em incubadoras e centros de promoção de empreendedorismo de base científica e tecnológica;
• participação de capital em start-ups de base tecnológica nas fases iniciais do seu desenvolvimento e no crescimento do negócio;
• participação em negócios de reestruturação empresarial, consolidação sectorial e de apoio a processos de internacionalização de empresa
• Programa Ignição (Call for Entrepreneurship)• Os projetos selecionados pela Portugal Ventures beneficiarão
de um investimento entre 100 a 750 mil euros, num máximo de 85% do orçamento do projeto.
• Acesso à Rede de Parceiros (Anje, Beta-i, Biocant, CEIM/U. Madeira, Cotec, DNA Cascais, Fábrica de StartUps, IPN, Iscte, Net, Parkurbis, StartUp Lisboa, Teclabs, Universidade de Aveiro, Universidade do Algarve, Universidade de Évora, Universidade do Minho e Universidade do Porto.)
Candidaturas: www.portugalventures.pt
5ª call: até 14 de
novembro!
A Rede Nacional de Mentores (RNM)
• É uma iniciativa do Programa Estratégico +E+I, gerida pelo IAPMEI, que está disponível a todo o ecossistema de empreendedorismo e inovação, e tem como objetivo apoiar empreendedores a desenvolverem as suas ideias e projetos empresariais, através de mentoria.
• A RNM propõe o estabelecimento de ligações entre pessoas, mas não define um programa específico de mentoria. O mentor e o empreendedor ajustam a sua forma de atuação dentro dos Princípios Orientadores que regem a RNM
http://www.redenacionaldementores.pt/info/
Passaporte para o Empreendedorismo – iniciativa lançada no âmbito do programa +E+I – assente em 3 instrumentos – que visa apoiar os projetos em fase de ideia! Instrumento preferencial para estudantes e investigadores.
• Bolsa do Passaporte para o Empreendedorismo – o processo inicia-se através do acesso a uma Bolsa para o desenvolvimento do projeto empresarial:• €691,70, durante 4-12 meses;• Jovens até aos 30 anos licenciados há menos de 3 anos• até aos 34 anos, detentores de mestrado ou doutoramento
• Mentoria - os promotores com Bolsa podem ter acesso a uma Rede Nacional de Mentores que irão fornecer aconselhamento empresarial aos empreendedores.
• Assistência Técnica - os promotores com Bolsa podem ainda obter Assistência Técnica no desenvolvimento do projeto empresarial.
Fase 7: candidaturas recebidas até 15 de novembro (decisão até 16/12/2013 e inicio do apoio a 01/01/2014)
Business angels: Outra área importante no estímulo à inovação aberta é a existência de um enquadramento favorável à atividade de business angel, tendo o Decreto-Lei 375/2007 de 8 de Novembro definido, pela primeira vez, o enquadramento legal e fiscal relativo à atividade dos investidores individuais em capital de risco (business angels).
O que falta nas políticas de empreendedorismo: uma maior orientação para a inovação aberta!
• Articulação das iniciativas existentes de Educação para o Empreendedorismo
• Articulação entre as infraestruturas tecnológicas: incubadoras, Parques de C&T, OTIC, GAPI, etc.
• Falta de iniciativas concretas para o empreendedorismo empresarial – intrapreneurship – o estímulo à criação de spin-offs é essencial na inovação aberta
• Articular oferta e procura de ideias e de propriedade intelectual
OBRIGADO!
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