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LEIA ATENTAMENTE AS SEGUINTES INSTRUÇÕES 01. Este CADERNO DE PROVAS contém a Proposta de Redação, a Prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e a Prova de Matemática e suas Tecnologias, cada uma delas contendo 45 questões de múltipla escolha. 02. No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras, correspondentes às respostas de sua opção, deve ser feita preenchendo todo o espaço compreendido no circulo, a lápis preto n° 2 ou caneta esferográfica de tinta preta, com um traço contínuo e denso. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras. Portanto, preencha os campos de marcação completamente, sem deixar claros. 03. Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA para não DOBRAR, AMASSAR, ou MANCHAR. O CARTÃO- -RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído caso esteja danificado na BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 04. Para cada uma das questões são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você deve assinalar apenas UMA ALTERNATIVA PARA CADA QUESTÃO. A marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA. 05. As questões são identificadas pelo número que se situa acima e à esquerda de seu enunciado. 06. SERÁ EXCLUÍDO DO EXAME o participante que: a) se utilizar, durante a realização da prova, de máquinas e/ou de relógios de calcular, bem como de rádios gra- vadores, de “headphones”, de telefones celulares ou de fontes de consulta de qualquer espécie; b) se ausentar da sala em que se realiza a prova levando consigo o CARTÃO-RESPOSTA 07. Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assina- -ladas no CADERNO DE QUESTÕES NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 08. Quando terminar, entregue ao fiscal o CARTÃO-RESPOSTA e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA. 09. O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTA PROVA É DE QUATRO HORAS. 10. Por motivos de segurança, você somente poderá se ausentar do recinto de prova após decorridas 2 horas do inicio da mesma. Caso permaneça na sala, no mínimo, 4 horas após o inicio da prova, você poderá levar este CADERNO DE QUESTÕES. 4º SIMULADO ESPECÍFICO - 2ª ETAPA • MODELO ENEM • • 3ª SÉRIE E CURSO DO ENSINO MÉDIO • DIA 10 DE JULHO DE 2013

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LEIA ATENTAMENTE AS SEGUINTES INSTRUÇÕES

01. Este CADERNO DE PROVAS contém a Proposta de Redação, a Prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

e a Prova de Matemática e suas Tecnologias, cada uma delas contendo 45 questões de múltipla escolha.

02. No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras, correspondentes às respostas de sua opção, deve ser feita

preenchendo todo o espaço compreendido no circulo, a lápis preto n° 2 ou caneta esferográfica de tinta preta,

com um traço contínuo e denso. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras. Portanto, preencha os

campos de marcação completamente, sem deixar claros.

03. Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA para não DOBRAR, AMASSAR, ou MANCHAR. O CARTÃO-

-RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído caso esteja danificado na BARRA DE RECONHECIMENTO PARA

LEITURA ÓTICA.

04. Para cada uma das questões são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E);

só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você deve assinalar apenas UMA ALTERNATIVA PARA

CADA QUESTÃO. A marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS

ESTEJA CORRETA.

05. As questões são identificadas pelo número que se situa acima e à esquerda de seu enunciado.

06. SERÁ EXCLUÍDO DO EXAME o participante que:

a) se utilizar, durante a realização da prova, de máquinas e/ou de relógios de calcular, bem como de rádios gra-

vadores, de “headphones”, de telefones celulares ou de fontes de consulta de qualquer espécie;

b) se ausentar da sala em que se realiza a prova levando consigo o CARTÃO-RESPOSTA

07. Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assina-

-ladas no CADERNO DE QUESTÕES NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA.

08. Quando terminar, entregue ao fiscal o CARTÃO-RESPOSTA e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA.

09. O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTA PROVA É DE QUATRO HORAS.

10. Por motivos de segurança, você somente poderá se ausentar do recinto de prova após decorridas 2 horas do

inicio da mesma. Caso permaneça na sala, no mínimo, 4 horas após o inicio da prova, você poderá levar este

CADERNO DE QUESTÕES.

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• 3ª SÉRIE E CURSO DO ENSINO MÉDIO •DIA 10 DE JULHO DE 2013

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.2.

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

1) Como muitas piadas, esta se baseia em um equívoco.

O comportamento do motorista que explica mais adequadamente o efeito cômico da piada é:

a) voltar a pé ao local da placa para efetuar uma correção.

b) ler a mensagem da placa como uma ordem para acelerar.

c) corrigir a mensagem da placa para retificar informação incompleta.

d) imprimir maior velocidade ao carro para escapar dos quebra-molas.

e) desobedecer a uma lei de trânsito implica, certamente, um acidente.

TEXTO PARA A QUESTÃO 2

Homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com

seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhe-

cer o frio para conhecer o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um

homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como

o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos,

quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver. Amyr Klink, Mar sem fim.

2) A repetição de “precisa viajar” acentua, no contexto, o valor daquelas experiências que

a) se traduzem na exploração de nossa plena capacidade imaginativa.

b) concretizam o aprendizado das diferenças que formam a identidade pessoal.

c) ratificam a convicção de quem julga conhecer o que apenas imaginou.

d) acabam comprovando a importância de se viver tudo o que se planejou.

e) reforçam a simplicidade do prazer de um cotidiano sem surpresas.

LEIA O TEXTO ABAIXO, A FIM DE RESPONDER ÀS QUESTÕES 3 E 4.

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.3.

3) Tudo começou quando Calvin participou de um pequeno debate com o seu pai! Logo Calvin podia ver os dois lados da questão! Então o pobre Calvin começou a ver os dois lados de tudo!

No trecho citado, a opção do personagem pelo foco na 3ª pessoa – ainda que para referir-se a si mesmo – tem como principal justificativa:a) seu desejo de ser uma pessoa realista.b) seu medo de tornar o discurso subjetivo.c) sua vontade de se identificar com a fala paterna.d) sua incapacidade de lidar com a situação narrada.e) sua tendência abstracionista.

4) Existe uma associação entre a situação em que se insere o personagem principal da história e a estética cubista, que reivindicou a possibilidade de visão de um objeto por vários ângulos simultaneamente.

Na história, essa associação é melhor evidenciada pela seguinte estratégia:a) utilização de balões com formatos distintos.b) foco em construções de caráter exclamativo.c) emprego de frases com estrutura incompleta.d) montagem do cenário em planos geométricos.e) construções frasais herméticas, paradoxais.

SINAL FECHADO(...) Me perdoe a pressa,é a alma dos nossos negócios...Oh, não tem de quê,eu também só ando a cem...(...)Tanta coisa que eu tinha a dizer,mas eu sumi na poeira das ruas...Eu também tenho algo a dizer,mas me foge à lembrança...Por favor, telefone, eu preciso[beberalguma coisa rapidamente...Pra semana...O sinal...Eu procuro você...Vai abrir! Vai abrir!Prometo, não esqueço...Por favor, não esqueça...Não esqueço, não esqueço...— Adeus...

Paulinho da Viola.

5) O uso reiterado das reticências na letra da canção denota o propósito de marcar, na escrita,a) as interrupções que ocorreram na breve e apressada conversa.b) a ausência de interesse das personagens em dialogar.c) a supressão de falas que poderiam parecer agressivas.d) a enumeração de acontecimentos que deram origem ao encontro.e) as omissões de fatos relevantes que as personagens decidem ocultar.

OS TEXTOS APRESENTADOS ABAIXO SERVEM DE BASE À QUESTÃO 6TEXTO A

CANÇÃO DO EXÍLIOMinha terra tem palmeiras,Onde canta o sabiá;As aves que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

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.4.

Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá;

Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar – sozinho –, à noite Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá.

Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primoresQue não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras

Onde canta o sabiá.

DIAS, Antonio Gonçalves. Poesia completa e prosa escolhida. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p.103

TEXTO B

PAIVA, Miguel & SCHWARCZ, Lilia. Da colônia ao Império. Um Brasil para inglês ver.... São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 11

6) Nos textos A e B, há um distanciamento da terra natal.

Assinale a alternativa que não corresponde aos textos:

a) No texto B, há a referência à chegada do colonizador, à miscigenação do branco com o negro e à exploração da terra.

b) No texto B, os elementos caracterizadores da terra natal se encontram na expressão linguística, nos trajes e no

meio de transporte.

c) As terras natais do personagem do texto B e do eu-lírico do texto A são diferentes.

d) Nos textos A e B, há o reconhecimento de que a terra estrangeira é pródiga e prazerosa.

e) A terceira estrofe do texto A e a última oração do texto B traduzem sentimentos distintos.

TEXTO PARA A QUESTÃO 7“No terceiro dia, o Criador fez a terra. Cercada de água por todos os lados pra ninguém invadir a sua praia.”

(Texto de propaganda de Aruba, Ilha do Caribe.)

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.5.

7) Observa-se no texto

a) uma relação entre textos, apoiada na interrupção de um discurso por um outro, de outra natureza.

b) uma incoerência, pois o segundo período não continua logicamente o assunto do primeiro.

c) uma argumentação fundamentada na oposição entre dois discursos: o da religião e o do jovem.

d) um tom marcadamente religioso, confirmado, no segundo período, pelo uso do possessivo SUA, para referir-se ao Criador.

e) uma inadequação no uso de linguagem coloquial no segundo período, mesmo tratando-se de propaganda.

LEIA O TEXTO ABAIXO, A FIM DE RESPONDER À QUESTÃO 8

A característica da relação do adulto com o velho é a falta de reciprocidade que se pode traduzir numa tolerância

sem o calor da sinceridade. Não se discute com o velho, não se confrontam opiniões com as dele, negando-lhe a

oportunidade de desenvolver o que só se permite aos amigos: a alteridade, a contradição, o afrontamento e mesmo

o conflito. Quantas relações humanas são pobres e banais porque deixamos que o outro se expresse de modo re-

petitivo e porque nos desviamos das áreas de atrito, dos pontos vitais, de tudo o que em nosso confronto pudesse

causar o crescimento e a dor! Se a tolerância com os velhos é entendida assim, como uma abdicação do diálogo,

melhor seria dar-lhe o nome de banimento ou discriminação.

(Ecléa Bosi, “Memória e sociedade - Lembranças de velhos”)

8) Considerando-se o sentido do conjunto do texto, é correto afirmar que

a) as palavras “crescimento” e “dor” são utilizadas de modo a constituírem um paradoxo.

b) as palavras “alteridade”, “contradição”, “afrontamento” e “conflito” encadeiam-se numa progressão semântica.

c) a expressão “abdicação do diálogo” tem significação oposta à da expressão “tolerância sem o calor da sinceridade”.

d) a expressão “o que só se permite” está empregada com o sentido de “o que nunca se faculta”.

e) a expressão “nos desviamos das áreas de atrito” está empregada com o sentido oposto ao da expressão “aparamos

todas as arestas”.

TEXTO PARA A QUESTÃO 9

DESAPARECIMENTO DOS ANIMAIS

Tente imaginar esta cena: homens, animais e florestas convivendo em harmonia. Os homens retiram das plantas

apenas os frutos necessários e cuidam para que elas continuem frutificando; não matam animais sem motivo, não

sujam as águas de seus rios e não enchem de fumaça seu ar. Em outras palavras: as relações entre os seres vivos

e o ambiente em que vivem, bem como as influências que uns exercem sobre os outros, estão em equilíbrio. (...)

Nossa preocupação (de brasileiros) não é só controlar a exploração das florestas, mas também evitar uma de suas piores

consequências: a morte e o desaparecimento total de muitas espécies de animais. Apesar de nossa fauna ser muito variada, a

lista oficial das espécies que estão desaparecendo já chega a 86 (dentre elas, a anta, a onça, o mico-leão, a ema e o papagaio).

E a extinção desses animais acabará provocando o desequilíbrio do meio ambiente, pois o desaparecimento de um

deles faz sempre com que aumente a população de outros. Por exemplo: o aumento do número de piranhas nos rios

brasileiros é consequência do extermínio de seus três inimigos naturais - o dourado, a ariranha e o jacaré.

http://www.analisedetextos.com.br/2010/09/avaliacao-de-interpretacao-e-textos-com.htm

9) Falando dos perigos que o desaparecimento dos animais provoca em nosso ambiente, o autor apela para:

a) a sedução do leitor, mostrando as belezas do mundo natural.

b) a intimidação do leitor, indicando os males que daí advêm.

c) a provocação do leitor, desafiando-o a mudar seu comportamento.

d) o constrangimento do leitor, deixando-o envergonhado por suas atitudes.

e) a tentação do leitor, prometendo-lhe uma recompensa por seus atos.

LEIA O TEXTO ABAIXO E, EM SEGUIDA, RESPONDA À QUESTÃO 10

A entrada dos anos 2000 têm trazido a reversão das expectativas de que haveria a inauguração de tempos de

fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. Os resultados das cúpulas mundiais alimentaram esperanças

que novos tempos trariam novas perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os

níveis. Contudo, o movimento que se observa em nível mundial sinaliza perdas que ainda não podemos avaliar. O

recrudescimento do conservadorismo e de práticas autoritárias, efetivadas à sombra do medo, tem representado

fonte de frustração dos ideais historicamente buscados.

(Roseli Fischmann, Correio Braziliense. 26/08/2002 com adaptações).

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10) Se cada período sintático do texto for representado, respectivamente, pelas letras X, Y, W e Z, as relações semânticas

que se estabelecem no trecho correspondem às ideias expressas pelos seguintes conectivos:

a) X e Y mas W e Z.

b) X porque Y porém W logo Z.

c) X mas Y e W porque Z.

d) Não só X mas também Y porque W e Z.

e) Tanto X como Y e W embora Z.

Leia o texto a seguir:

11) A leitura é uma atividade que exige intensa participação do leitor. As palavras devem ser entendidas com base no

contexto em que foram produzidas. O uso da palavra confiscar no primeiro quadrinho sugere:

a) uma avaliação positiva dos soldados, pois revela que o prestígio social do capitão é menor do que aquele dos

soldados.

b) uma avaliação positiva dos soldados, pois revela que o prestígio social do capitão é maior do que aquele dos soldados.

c) uma avaliação neutra dos soldados, pois eles nada têm a ver com a decisão do capitão.

d) uma avaliação negativa dos soldados, pois eles desejam o cargo de capitão.

e) uma avaliação positiva dos soldados, pois a garrafa será armazenada em local seguro.

O TEXTO ABAIXO SERVE DE BASE ÀS QUESTÕES 12 E 13

IDEOLOGIA NA LINGUAGEM?

Leandro Konder

A história das palavras nos proporciona um riquíssimo material de reflexão a respeito da história das nossas

sociedades, em geral. Os movimentos da linguagem ocultam, mas ao mesmo tempo revelam os movimentos dos

desejos, dos medos, dos preconceitos e dos conhecimentos dos seres humanos.

No uso quotidiano, não temos tempo para fixar nos termos que utilizamos toda a atenção que eles merecem.

Quando, porém, nos empenhamos em reconstituir o caminho que eles percorreram, notamos que eles têm mais a

dizer do que costumamos supor.

(...)

Em sua insegurança, em seu medo, os seres humanos se encaravam com desconfiança. Quem chegava de

uma terra diferente era visto com suspeita: “estrangeiro” e “estranho” têm a mesma raiz. Os habitantes das cidades

viam com maus olhos os homens do campo, considerados rudes, grosseiros. Na Roma antiga, as casas situadas

fora do perímetro urbano (onde prevalecia a “urbanidade” ) eram chamadas de “vilas”. E com base no termo “vila”

se formou o adjetivo “vilão” (o “bandido”).

O povo sempre foi olhado com receio e desprezo pelos “de cima”. As palavras que a elite usava para

designá-lo deixam transparecer a avaliação negativa. Em latim, povo era “vulgus”, termo do qual deriva o adjetivo

“vulgar”. Juntos, os homens do povo constituíam uma “turba”; e a partir dessa

palavra se formou o verbo “perturbar” e surgiu o substantivo “turbulência”. O próprio número dos elementos

populares os tomava assustadores. O termo “multo” (muitos), que deu “multidão”, deu também “tumulto”.

(...)

Fonte: Jornal O Globo, s/d

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.7.

12) Releia os dois primeiros parágrafos do texto de Leandro Konder. Se os termos têm mais a dizer do que costumamos

supor (2º parágrafo), isto se deve, segundo o autor,:

a) ao fato de as palavras terem muitos significados.

b) ao uso pouco consciente das palavras no cotidiano.

c) ao fato de que os movimentos da linguagem ocultam mais do que revelam.

d) ao conhecimento deficiente da história das nossas sociedades.

e) ao fato de os brasileiros lerem pouco.

13) A situação que torna possível entender a raiz comum das palavras estrangeiro e estranho (3° parágrafo), que é a

suspeita sobre aquele que vem de uma terra diferente, pode ser explicada pela seguinte razão:

a) a desconfiança sem limites dos seres humanos.

b) a desconfiança entre as pessoas necessária à vida social.

c) a dificuldade dos seres humanos de conviver com a diferença.

d) a dificuldade de entendimento entre pessoas que falam línguas diferentes.

e) a impossibilidade humana de viver sem medo.

A FIM DE RESOLVER A QUESTÃO 14, LEIA ATENTAMENTE OS TEXTOS ABAIXO.

TEXTO A

Mais de 100 deputados e senadores trocaram de partido desde a eleição do ano passado. Segundo o jornal O

Globo, até o último dia 3, os vira-casacas foram 103 na Câmara e dez no Senado. O Estado de São Paulo computou

120 trânsfugas, só entre os deputados, até a mesma data. (...) O fenômeno de uma massa de parlamentares, pondo-se

em movimento em busca de outra legenda, configura uma migração a gosto do fotógrafo Sebastião Salgado. O quadro

que vem à mente é de uma multidão de almas penadas em busca de melhor sorte, a pele curtida, os pés doídos de

vagar por enganosos caminhos.

TOLEDO, Roberto Pompeu de. O último que chegar é mulher de padre. Veja. São Paulo: out. de 2003. p. 130.

TEXTO B

14) Em relação aos textos a e b, analise os itens abaixo.

I) O texto A veicula o que acontece no cotidiano, embora traga marcas de subjetividade. Tem-se um texto informativo.

II) No texto A, a presença de dados quantitativos evidencia o propósito do autor de informar com exatidão, embora

ele, sutilmente, emita opiniões.

III) No texto A, o autor privilegia a informação, demonstra neutralidade e confirma a inconsistência de informações

enganosas.

IV) O texto B tenta ganhar a adesão de seus receptores e, para isso, utiliza um vocabulário que remete para atividades

próprias desses receptores. Tem-se um texto apelativo.

V) O texto B, em seus padrões de linguagem, foge à determinação das características sociais e psicológicas do

público que pretende atingir.

Assinale a alternativa que contempla as afirmativas corretas.

a) I, II e V.

b) I e III.

c) I, II e IV, apenas.

d) II, III e IV.

e) I, III, IV e V.

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.8.

15)

Considerando-se a finalidade comunicativa comum do gênero e o contexto específico do Sistema de Biblioteca da

UFG, esse cartaz tem função predominantemente

a) socializadora, contribuindo para a popularização da arte.

b) sedutora, considerando a leitura como uma obra de arte.

c) estética, propiciando uma apreciação despretensiosa da obra.

d) educativa, orientando o comportamento de usuários de um serviço.

e) contemplativa, evidenciando a importância de artistas internacionais.

CABELUDINHO

Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele foi estudar no Rio e

voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposição deslocada me fantasiava de ateu. Como quem

dissesse no Carnaval: aquele menino está fantasiado de palhaço. Minha avó entendia de regências verbais. Ela fala-

va de sério. Mas todo-mundo riu. Porque aquela preposição deslocada podia fazer de uma informação um chiste. E

fez. E mais: eu acho que buscar a beleza nas palavras é uma solenidade de amor. E pode ser instrumento de rir. De

outra feita, no meio da pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho. Eu não disilimei ninguém. Mas aquele

verbo novo trouxe um perfume de poesia a nossa quadra. Aprendi nessas férias a brincar de palavras mais do que

trabalhar com elas. Comecei a não gostar de palavra engavetada. Aquela que não pode mudar de lugar. Aprendi

a gostar mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que elas informam. Por depois ouvi um vaqueiro a

cantar com saudade: Ai morena, não me escreve / que eu não sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu ouvir,

ampliava a solidão do vaqueiro.

BARROS, M. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003.

16) No texto, o autor desenvolve uma reflexão sobre diferentes possibilidades de uso da língua e sobre os sentidos que

esses usos podem produzir, a exemplo das expressões “voltou de ateu”, “desilimina esse” e “eu não sei a ler”. Com

essa reflexão, o autor destaca

a) os desvios linguísticos cometidos pelos personagens do texto.

b) a importância de certos fenômenos gramaticais para o conhecimento da língua portuguesa.

c) a distinção clara entre a norma culta e as outras variedades linguísticas.

d) o relato fiel de episódios vividos por Cabeludinho durante as suas férias.

e) a valorização da dimensão lúdica e poética presente nos usos coloquiais da linguagem.

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LABAREDAS NAS TREVAS

Fragmentos do diário secreto de Teodor Konrad Nalecz Korzeniowski

20 DE JULHO [1912]

Peter Sumerville pede-me que escreva um artigo sobre Crane. Envio-lhe uma carta: “Acredite-me, prezado senhor,

nenhum jornal ou revista se interessaria por qualquer coisa que eu, ou outra pessoa, escrevesse sobre Stephen Crane.

Ririam da sugestão. [...] Dificilmente encontro alguém, agora, que saiba quem é Stephen Crane ou lembre-se de algo

dele. Para os jovens escritores que estão surgindo ele simplesmente não existe”.

20 DE DEZEMBRO [1919]

Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal. Sou reconhecido como o maior escritor vivo da língua inglesa.

Já se passaram dezenove anos desde que Crane morreu, mas eu não o esqueço. E parece que outros também não.

The London Mercury resolveu celebrar os vinte e cinco anos de publicação de um livro que, segundo eles, foi “um

fenômeno hoje esquecido” e me pediram um artigo.

FONSECA, R. Romance negro e outras histórias. São Paulo: Companhia das Letras, 1992 (fragmentado).

17) Na construção de textos literários, os autores recorrem com frequência a expressões metafóricas. Ao empregar

o enunciado metafórico “Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal”, pretendeu-se estabelecer, entre dois

fragmentos do texto em questão, uma relação semântica de

a) Causalidade, segundo a qual se relacionam as partes de um texto, em que uma contém a causa e a outra, a

consequência.

b) Temporalidade, segundo a qual se articulam as partes de um texto, situando no tempo o que é relatado nas partes

em questão.

c) Condicionalidade, segundo a qual se combinam duas partes de um texto, em que uma resulta ou depende de

circunstâncias apresentadas à outra.

d) Adversidade, segundo a qual se articulam duas partes de um texto em que uma apresenta uma orientação

argumentativa distinta e oposta à outra.

e) Finalidade, segundo a qual se articulam duas partes de um texto em que uma apresenta o meio, por exemplo, para

uma ação e a outra, o desfecho da mesma.

18) Leia.

O SENHOR

Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aos presentes o tratamento de você, se dirigiu ao

autor chamando-o “o senhor”:

Senhora:

Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado e cara triste, para vos dizer que senhor ele não

é, de nada, nem de ninguém.

Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está em não querer esconder sua condição, e esta

nobreza tenho eu. Assim, se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamáveis você escolhestes a mim para

tratar de senhor, e bem de ver que só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa e na prata de

meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí; o território onde eu mando é no país do tempo que foi. Essa palavra

“senhor”, no meio de uma frase, ergueu entre nós um muro frio e triste.

Vi o muro e calei: não é de muito, eu juro, que me acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira.

BRAGA, R. A borboleta amarela. Rio de Janeiro: Record, 1991.

A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente considera as situações específicas de uso social.

A violação desse princípio causou um mal-estar no autor da carta. O trecho que descreve essa violação é:

a) “Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma frase ergueu entre nós um muro frio e triste”.

b) “A única nobreza do plebeu está em não querer esconder a sua condição”.

c) “Só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa”.

d) “O território onde eu mando é no país do tempo que foi”.

e) “Não é de muito, eu juro, que acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira”.

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.10.

19) Sou feliz pelos amigos que tenho. Um deles muito sofre pelo meu descuido com o vernáculo. Por alguns anos ele

sistematicamente me enviava missivas eruditas com precisas informações sobre as regras da gramática, que eu não

respeitava, e sobre a grafia correta dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer pelo uso errado que fiz de uma palavra

num desses meus badulaques. Acontece que eu, acostumado a conversar com a gente das Minas Gerais, falei em

“varreção” — do verbo “varrer”. De fato, trata-se de um equívoco que, num vestibular, poderia me valer uma reprovação.

Pois o meu amigo, paladino da língua portuguesa, se deu ao trabalho de fazer um Xerox da página 827 do dicionário,

aquela que tem, no topo, a fotografia de uma “varroa” (sic!) (você não sabe o que é uma “varroa”?) para corrigir-me do

meu erro. E confesso: ele está certo. O certo é “varrição” e não “varreção”. Mas estou com medo de que os mineiros

da roça façam troça de mim porque nunca os vi falar de “varrição”. E se eles rirem de mim não vai me adiantar mostrar-

-lhes o xerox da página do dicionário com a “varroa” no topo. Porque para eles não é o dicionário que faz a língua. É o

povo. E o povo, lá nas montanhas de Minas Gerais, fala “varreção” quando não “barreção”. O que me deixa triste sobre

esse amigo oculto é que nunca tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se é bonito ou se é feio. Toma a minha sopa,

não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está rachado.

ALVES, R. Mais badulaques. São Paulo: Parábola, 2004 (fragmento)

De acordo com o texto, após receber a carta de um amigo “que se deu ao trabalho de fazer um Xerox da página 827

do dicionário” sinalizando um erro de grafia, o autor reconhece

a) A supremacia das formas da língua em relação ao seu conteúdo.

b) A necessidade da norma padrão em situações formais de comunicação escrita.

c) A obrigatoriedade da norma culta da língua, para a garantia de uma comunicação efetiva.

d) A importância da variedade culta da língua, para a preservação da identidade cultural de um povo.

e) A necessidade do dicionário como guia de adequação linguística em contextos informais privados.

20)

As palavras e as expressões são mediadoras dos sentidos produzidos nos textos. Na fala de Hagar, a expressão

“é como se” ajuda a conduzir o conteúdo enunciado para o campo da

a) conformidade, pois as condições meteorológicas evidenciam um acontecimento ruim.

b) reflexibilidade, pois o personagem se refere aos tubarões usando um pronome reflexivo.

c) condicionalidade, pois a atenção dos personagens é a condição necessária para a sua sobrevivência.

d) possibilidade, pois a proximidade dos tubarões leva à suposição do perigo iminente para os homens.

e) impessoalidade, pois o personagem usa a terceira pessoa para expressar o distanciamento dos fatos.

21)

NÃO SOMOS TÃO ESPECIAIS

Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais, ainda que

em menor grau.

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.11.

INTELIGÊNCIA

A ideia de que somos os únicos animais racionais tem sido destruída desde os anos 40. A maioria das aves e

mamíferos tem algum tipo de raciocínio.

AMOR

O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, é parecido em várias espécies, como os corvos, que

também criam laços duradouros, se preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte.

CONSCIÊNCIA

Chimpanzés se reconhecem no espelho. Orangotangos observam e enganam humanos distraídos. Sinais de

que sabem quem são e se distinguem dos outros. Ou seja, são conscientes.

CULTURA

O primatologista Frans de Waal juntou vários exemplos de cetáceos e primatas que são capazes de aprender

novos hábitos e de transmiti-los para as gerações seguintes. O que é cultura se não isso?

BURGIERMAN, D. Superinteressante, n.º 190, jul. 2003.

O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre a suposta supremacia dos humanos em relação aos outros ani-

mais. As estratégias argumentativas utilizadas para sustentar esse ponto de vista são

a) definição e hierarquia.

b) exemplificação e comparação.

c) causa e consequência.

d) finalidade e meios.

e) autoridade e modelo.

22) Lugar de mulher também é na oficina. Pelo menos nas oficinas dos cursos da área automotiva fornecidos pela Prefeitura,

a presença feminina tem aumentado ano a ano. De cinco mulheres matriculadas em 2005, a quantidade saltou para

79 alunas inscritas neste ano nos cursos de mecânica automotiva, eletricidade veicular, injeção eletrônica, repintura

e funilaria. A presença feminina nos cursos automotivos da Prefeitura — que são gratuitos — cresceu 1 480% nos

últimos sete anos e tem aumentado ano a ano.

Disponível em: www.correiodeuberlandia.com.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado).

Na produção de um texto, são feitas escolhas referentes a sua estrutura, que possibilitam inferir o objetivo do autor.

Nesse sentido, no trecho apresentado, o enunciado “Lugar de mulher também é na oficina” corrobora o objetivo

textual de

a) demonstrar que a situação das mulheres mudou na sociedade contemporânea.

b) defender a participação da mulher na sociedade atual.

c) comparar esse enunciado com outro: “lugar de mulher é na cozinha”.

d) criticar a presença de mulheres nas oficinas dos cursos da área automotiva.

e) distorcer o sentido da frase “lugar de mulher é na cozinha”.

23) Entrevista com Marcos Bagno

Pode parecer inacreditável, mas muitas das prescrições da pedagogia tradicional da língua até hoje se baseiam

nos usos que os escritores portugueses do século XIX faziam da língua. Se tantas pessoas condenam, por exemplo, o

uso do verbo “ter” no lugar do verbo “haver”, como em “hoje tem feijoada”, é simplesmente porque os portugueses,

em dado momento da história de sua língua, deixaram de fazer esse uso existencial do verbo “ter”.

No entanto, temos registros escritos da época medieval em que aparecem centenas desses usos. Se nós, brasileiros,

assim como os falantes africanos de português, usamos até hoje o verbo “ter” como existencial é porque recebemos

esses usos de nossos ex-colonizadores. Não faz sentido imaginar que brasileiros, angolanos e moçambicanos decidi-

ram se juntar para “errar” na mesma coisa. E assim acontece com muitas outras coisas: regências verbais, colocação

pronominal, concordâncias nominais e verbais etc. Temos uma língua própria, mas ainda somos obrigados a seguir uma

gramática normativa de outra língua diferente. Às vésperas de comemorarmos nosso bicentenário de independência,

não faz sentido continuar rejeitando o que é nosso para só aceitar o que vem de fora.

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.12.

Não faz sentido rejeitar a língua de 190 milhões de brasileiros para só considerar certo o que é usado por menos

de dez milhões de portugueses. Só na cidade de São Paulo temos mais falantes de português que em toda a Europa!

Informativo Parábola Editorial, s/d.

Na entrevista, o autor defende o uso de formas linguísticas coloquiais e faz uso da norma de padrão em toda a extensão

do texto. Isso pode ser explicado pelo fato de que ele

a) adapta o nível de linguagem à situação comunicativa, uma vez que o gênero entrevista requer o uso da norma padrão.

b) apresenta argumentos carentes de comprovação científica e, por isso, defende um ponto de vista difícil de ser

verificado na materialidade do texto.

c) propõe que o padrão normativo deve ser usado por falantes escolarizados como ele, enquanto a norma coloquial

deve ser usada por falantes não escolarizados.

d) acredita que a língua genuinamente brasileira está em construção, o que o obriga a incorporar em seu cotidiano a

gramática normativa do português europeu.

e) defende que a quantidade de falantes português brasileiro ainda é insuficiente para acabar com a hegemonia do

antigo colonizador.

24) A marcha galopante das tecnologias teve por primeiro resultado multiplicar em enormes proporções tanto a massa das

notícias que circulam quanto as ocasiões de sermos solicitados por elas. Os profissionais têm tendências a considerar

esta inflação como automaticamente favorável ao público, pois dela tiram proveito e tornam-se obcecados pela imagem

liberal do grande mercado em que cada um, dotado de luzes por definição iguais, pode fazer sua escolha em toda

liberdade. Isso jamais foi realizado e tende a nunca ser. Na verdade, os leitores, ouvintes, telespectadores, mesmo se

se abandonam a sua bulimia*, não são realmente nutridos por esta indigesta sopa de informações e sua busca finaliza

em frustração. Cada vez mais frequentemente, até, eles ressentem esse bombardeio de riquezas falsas como agressivos

e se refugiam na resistência a toda ou qualquer informação.

O verdadeiro problema das sociedades pós-industriais não é a penúria**, mas a abundância. As sociedades modernas

têm a sua disposição muito mais do que necessitam em objetos, informações e contatos. Ou, mais exatamente, disse

resulta uma desarmonia entre uma oferta, não excessiva, mas incoerente, e uma demanda que, confusamente, exige

uma escola muito mais rápida a absorver. Por isso os órgãos de informação devem escolher, uma vez que o homem

contemporâneo apressado, estressado, desorientado busca uma linha diretriz, uma classificação mais clara, um con-

densado do que é realmente importante.

(*) fome excessiva, desejo descontrolado.

(**) miséria, pobreza.

VOYENNE, B. Informação hoje. Lisboa: Armand Colin, 1975 (adaptado)

Com o uso das novas tecnologias, os domínios midiáticos obtiveram um avanço maior e uma presença mais atuante

junto ao público, marcada ora pela quase simultaneidade das informações, ora pelo uso abundante de imagens. A

relação entre as necessidades da sociedade moderna e a oferta de informação, segundo o texto, é desarmônica,

porque

a) o jornalista seleciona as informações mais importantes antes de publicá-las.

b) o ser humano precisa de muito mais conhecimento do que a tecnologia pode dar.

c) o problema da sociedade moderna é a abundância de informações e de liberdade de escolha.

d) a oferta é incoerente com o tempo que as pessoas têm para digerir a quantidade de informação disponível.

e) a utilização dos meios de informação acontece de maneira desorganizada e sem controle efetivo.

25) A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos processos

mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à ampliação do domínio de

ter na área semântica de “ posse”, no final da fase arcaica. Mattos e Siva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver

e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos

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.13.

nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não

mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância,

lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali.

Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há maios per-

guntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma da

própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários?

Substitui-se uma norma por outra?

CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado. In: Cadernos de

Letras da UFF, n. 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em 26 fev 2012 (adaptado).

Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que

a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.

b) os estudos clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.

c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.

d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.

e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.

26)

A publicidade, de uma forma geral, alia elementos verbais e imagéticos na constituição de seus textos. Nessa peça

publicitária, cujo tema é a sustentabilidade, o autor procura convencer o leitor a

a) assumir uma atitude reflexiva diante dos fenômenos naturais.

b) evitar o consumo excessivo de produtos reutilizáveis.

c) aderir à onda sustentável, evitando o consumo excessivo.

d) abraçar a campanha, desenvolvendo projetos sustentáveis.

e) consumir produtos de modo responsável e ecológico.27)

Com o advento da internet, as versões de revistas e livros também se adaptaram às novas tecnologias. A análise do

texto publicitário apresentado revela que o surgimento das novas tecnologias

a) proporcionou mudanças no paradigma de consumo e oferta de revistas e livros.

b) incentivou a desvalorização das revistas e livros impressos.

c) viabilizou a aquisição de novos equipamentos digitais.

d) aqueceu o mercado de vendas de computadores.

e) diminuiu os incentivos à compra de eletrônicos.

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.14.

28) MÚLTIPLO SORRISO

Pendurou a última bola na árvore de Natal e deu alguns passos atrás. Estava bonita. Era um pinheiro artificial, mas

parecia de verdade. Só bolas vermelhas. Nunca deixava de armar sua árvore, embora as amigas dissessem que era

bobagem fazer isso quando se mora sozinha. Olhou com mais vagar. Na luz do fim da tarde, notou que sua imagem se

espelhava nas bolas. Em todas elas, lá estava seu rosto, um pouco distorcido, é verdade - mas sorrindo. “Estão vendo?”,

diria às amigas, se estivessem por perto. “Eu não estou só.”

Heloísa Seixas.

Ao dizer que o pinheiro era artificial, “mas parecia de verdade”, a narrativa realça um estado que define a personagem.

Isso ajuda o leitor a compreender o fingimento da personagem em relação à:

a) existência de suas amigas.

b) consciência de sua beleza.

c) exposição de alguma intimidade.

d) presença de várias pessoas.

e) morte dos familiares.

“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava

desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido

autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil. Além de criar clássicos da literatura brasileira com

temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado,

deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século

XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.

História Viva, n. 99, 2011.

29) Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra,

depreende-se que

a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.

b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática

atemporal.

c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história

do Brasil Imperial.

d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da

identidade nacional.

e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.

AQUI É O PAÍS DO FUTEBOL

Brasil está vazio na tarde de domingo, né?

Olha o sambão, aqui é o país do futebol

[...]

No fundo desse país

Ao longo das avenidas

Nos campos de terra e grama

Brasil só é futebol

Nesses noventa minutos

De emoção e alegria

Esqueço a casa e o trabalho

A vida fica lá fora

Dinheiro fica lá fora

A cama fica lá fora

A mesa fica lá fora

Salário fica lá fora

A fome fica lá fora

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.15.

A comida fica lá fora

A vida fica lá fora

E tudo fica lá fora

SIMONAL, W. Aqui é o país do futebol. Disponível em: www.vagalume.com.br. Acesso em: 27 out. 2011 (fragmento)

30) Na letra da canção Aqui é o país do futebol, de Wilson Simonal, o futebol, como elemento da cultura corporal de

movimento e expressão da tradição nacional, é apresentado de forma crítica e emancipada devido ao fato de

a) reforçar a relação entre o esporte futebol e o samba.

b) ser apresentado como uma atividade de lazer.

c) ser identificado com a alegria da população brasileira.

d) promover a reflexão sobre a alienação provocada pelo futebol.

e) ser associado ao desenvolvimento do país.

LXXVIII (Camões, 1525-1580)

Leda serenidade deleitosa,

Que representa em terra um paraíso;

Entre rubis e perlas doce riso;

Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa;

Presença moderada e graciosa,

Onde ensinando estão despejo e siso

Que se pode por arte e por aviso,

Como por natureza, ser fermosa;

Fala de quem a morte e a vida pende,

Rara, suave; enfim, Senhora, vossa;

Repouso nela alegre e comedido:

Estas as armas são com que me rende

E me cativa Amor; mas não que possa

Despojar-me da glória de rendido.

CAMÕES, L. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.

SANZIO, R. (1483-1520) A mulher com o unicórnio. Roma, Galleria Borghese. Disponível em: www.arquipelagos.pt. Acesso em: 29 fev. 201

31) A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas linguagens artísticas diferentes, participaram do mesmo contexto

social e cultural de produção pelo fato de ambos

a) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados no poema.

b) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoal e na variação de atitudes da mulher, evidenciadas pelos

adjetivos do poema.

c) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela postura, ex-

pressão e vestimenta da moça e os adjetivos usados no poema.

d) desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher como base da produção artística, evidenciado pelos

adjetivos usados no poema.

e) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela emotividade e o conflito interior, evidenciados pela expressão da moça e pelos adjetivos do poema.

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.16.

DAS IRMÃSos meus irmãos sujando-sena lamae eis-me aqui cercadade alvura e enxovaiseles se provocando e provandodo fogoe eu aqui fechadaprovendo a comidaeles se lambuzando e arrotandona mesae eu a temperadaservindo, contidaos meus irmãos jogando-sena camae eis-me afiançadapor dote e marido

QUEIROZ, S. O sacro ofício. Belo Horizonte: Comunicação, 1980.

32) O poema de Sonia Queiroz apresenta uma voz lírica feminina que contrapõe o estilo de vida do homem ao modelo reservado à mulher. Nessa contraposição, ela conclui quea) a mulher deve conservar uma assepsia que a distingue de homens, que podem se jogar na lama.b) a palavra “fogo” é uma metáfora que remete ao ato de cozinhar, tarefa destinada às mulheres.c) a luta pela igualdade entre os gêneros depende da ascensão financeira e social das mulheres.d) a cama, como sua “alvura e enxovais”, é um símbolo da fragilidade feminina no espaço doméstico.e) os papéis sociais destinados aos gêneros produzem efeitos e graus de autorrealização desiguais.

O SEDUTOR MÉDIO Vamos juntarNossas rendas eexpectativas de vidaquerida,o que me dizes?Ter 2, 3 filhose ser meio felizes?

VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro: Objetiva. 2002.

33) No poema O sedutor médio, é possível reconhecer a presença de posições críticas:a) nos três primeiros versos, em que “juntar expectativas de vida” significa que, juntos, os cônjuges poderiam viver

mais, o que faz do casamento uma convenção benéfica. b) na mensagem veiculada pelo poema, em que os valores da sociedade são ironizados, o que é acentuado pelo uso

do adjetivo “médio” no título e do advérbio “meio” no verso final. c) no verso “e ser meio felizes?”, em que “meio” é sinônimo de metade, ou seja, no casamento, apenas um dos côn-

juges se sentiria realizado.d) nos dois primeiros versos, em que “juntar rendas” indica que o sujeito poético passa por dificuldades financeiras e

almeja os rendimentos da mulher.e) no titulo, em que o adjetivo “médio” qualifica o sujeito poético como desinteressante ao sexo oposto e inábil em

termos de conquistas amorosas.Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe

importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das coisas do tupi, do folk-lore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!

O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções.

A pátria que quisera ter era um mito; um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete.BARRETO. L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 nov. 2011.

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34) O romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, foi publicado em 1911. No fragmento destacado, a reação do personagem aos desdobramentos de suas iniciativas patrióticas evidencia que: a) a dedicação de Policarpo Quaresma ao conhecimento da natureza brasileira levou-o a estudar inutilidades, mas

possibilitou-lhe uma visão mais ampla do país.b) a curiosidade em relação aos heróis da pátria levou-o ao ideal de prosperidade e democracia que o personagem

encontra no contexto republicano.c) a construção de uma pátria a partir de elementos míticos, como a cordialidade do povo, a riqueza do solo e a pureza

linguística, conduz à frustração ideológica.d) a propensão do brasileiro ao riso, ao escárnio, justifica a reação de decepção e desistência de Policarpo Quaresma,

que prefere resguardar-se em seu gabinete. e) a certeza da fertilidade da terra e, da produção agrícola incondicional faz parte de um projeto ideológico salvacio-

nista, tal como foi difundido na época do autor.Ai, palavras, ai, palavrasque estranha potência a vossa!

Todo o sentido da vidaprincipia a vossa porta:o mel do amor cristalizaseu perfume em vossa rosa;sois o sonho e sois a audácia,calúnia, fúria, derrota...

A liberdade das almas,ai! Com letras se elabora...E dos venenos humanossois a mais fina retorta:frágil, frágil, como o vidroe mais que o aço poderosa!Reis, impérios, povos, tempos,pelo vosso impulso rodam...

MEIRELES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985 (fragmento).

35) O fragmento destacado foi transcrito do Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles. Centralizada no episódio histórico da Inconfidência Mineira, a obra, no entanto, elabora uma reflexão mais ampla sobre a seguinte relação entre o homem e a linguagem:a) A força e a resistência humanas superam os danos provocados pelo poder corrosivo das palavras. b) As relações humanas, em suas múltiplas esferas, têm seu equilíbrio vinculado ao significado das palavras. c) O significado dos nomes não expressa de forma justa e completa a grandeza da luta do homem pela vida. d) Renovando o significado das palavras, o tempo permite às gerações perpetuar seus valores e suas crenças. e) Como produto da criatividade humana, a linguagem tem seu alcance limitado pelas intenções e gestos.

Pote Cru é meu pastor. Ele me guiará.Ele está comprometido de monge.De tarde deambula no azedal entre torsos decachorro, trampas, trapos, panos de regra, couros,de rato ao podre, vísceras de piranhas, baratasalbinas, dálias secas, vergalhos de lagartos,linguetas de sapatos, aranhas dependuradas emgotas de orvalho etc. etc.Pote Cru, ele dormia nas ruínas de um conventoFoi encontrado em osso.Ele tinha uma voz de oratórios perdidos.

BARROS, M. Retrato do artista quando coisa. Rio de Janeiro: Record, 2002.

36) Ao estabelecer uma relação com o texto bíblico nesse poema, o eu lírico identifica-se com Pote Cru porque a) entende a necessidade de todo poeta ter voz de oratórios perdidos.b) o elege como pastor a fim de ser guiado para a salvação divina.c) valoriza nos percursos do pastor a conexão entre as ruínas e a tradição.d) necessita de um guia para a descoberta das coisas da natureza.e) o acompanha na opção pela insignificância das coisas.

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LOGIA E MITOLOGIA

Meu coração

de mil e novecentos e setenta e dois

já não palpita fagueiro

sabe que há morcegos de pesadas olheiras

que há cabras malignas que há

cardumes de hienas infiltradas

no vão da unha na alma

um porco belicoso de radar

e que sangra e ri

e que sangra e ri

a vida anoitece provisória

centuriões sentinelas

do Oiapoque ao Chuí.

CACASO. Lero-lero. Rio de Janeiro: 7Letras; São Paulo; Cosac & Naify, 2002.

37) O título do poema explora a expressividade de termos que representam o conflito do momento histórico vivido pelo

poeta na década de 1970. Nesse contexto, é correto afirmar que:

a) o poeta utiliza uma série de metáforas zoológicas com significado impreciso.

b) “morcegos”, “cabras” e “hienas” metaforizam as vítimas do regime militar vigente.

c) o “porco”, animal difícil de domesticar, representa os movimentos de resistência.

d) o poeta caracteriza o momento de opressão através de alegorias de forte poder de impacto.

e) “centuriões” e “sentinelas” simbolizam os agentes que garantem a paz social experimentada.

DESABAFO

Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como dis-

farçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis

recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem.

Estou nervoso. Estou zangado.

CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).

38) Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entre-

tanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva

ou expressiva, pois:

a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.

b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.

c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.

d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.

e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.

Observe a definição do Dicionário Newbury abaixo para a palavra “passion” e responda a questão 39:

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39) Escolha a opção com a sequência adequada, conforme a numeração utilizada pelo Dicionário Newbury acima, contendo a definição do uso correto da palavra “passion” nas sentenças abaixo:

I have a passion for speaking English. He has a strong passion for his wife. In my Mexican town, we are celebrating the Passion this week. His passion for her made him blind to everything else. Music is a passion for him.

a) 1; 2; 3; 2; 1 d) 2; 1; 2; 1; 3b) 1; 2; 3; 1; 2

c) 3; 1; 2; 1; 2 e) 2; 1; 3; 1; 2

“PEOPLE NEVER GROW UP, THEY JUST LEARN HOW TO ACT IN PUBLIC.”

Bryan White

Disponível em http://www.goodreads.com/quotes/ show_tag?id=adulthood Acesso em 03 de junho de 2012.

40) According to the quote above, it’s correct to say that:

a) Bryan White believes that all the people pretend to be adults just by acting.

b) The author denies that everybody is learning to be adults.

c) The author thinks that children are more mature than adults.

d) Bryan White has been acting in public since he was a little boy.

e) Actually, for Bryan White, there aren’t adults; we’re all irreverent children.

Interpret the cartoon and choose the sentence that best defines it.

“I must admit, Johnson is a hell of a salesman”

41) The boss says: “I must admit, Johnson is a hell of a salesman”, because:

a) Johnson’s sales were terrific in the North Pole.

b) Johnson hasn’t sold as many fridges as expected in the North Pole.

c) Johnson’s sold less fridges in Europe than in Asia.

d) Johnson’s sold as many fridges in the UK as in Europe.

e) Johnson’s a terrible salesman.

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.20.

42) The target public of this article is

a) regular class teachers. d) the physically impaired.

b) any interested person.

c) the ones who are deaf. e) specialists in Audiology.

Read this excerpt of a famous song and answer question 5:

43) From this text, one can infer that

a) hypocrisy pervades our society. d) racism is a dispute of territories.

b) a person never gets rid of his race.

c) true love disregards racial condition. e) uneducated people tend to be racist.

Although robots have made great strides in manufacturing, where tasks are repetitive, they are still

no match for humans, who can grasp things and move about effortlessly in the physical world. Designing

a robot to mimic the basic capabilities of motion and perception would be revolutionary, researchers say,

with applications stretching from care for the elderly to returning overseas manufacturing operations to

the United States (albeit with fewer workers).

Yet the challenges remain immense, far higher than artificial intelligence obstacles like speaking and

hearing. “All these problems where you want to duplicate something biology does, such as perception,

touch, planning or grasping, turn out to be hard in fundamental ways,” said Gary Bradski, a vision specialist at Willow

Garage, a robot development company based in Silicon Valley. “It’s always surprising, because humans can do so much

effortlessly.”

http://www.nytimes.com, July 11, 2011. Adaptado.

44) Segundo o texto, um grande desafio da robótica é

a) não desistir da criação de robôs que falem e entendam o que ouvem.

b) melhorar a capacidade dos robôs para a execução de tarefas repetitivas.

c) projetar um robô que imite as habilidades básicas de movimento e percepção dos seres humanos.

d) não tentar igualar as habilidades dos robôs às dos seres humanos.

e) voltar a fabricar robôs que possam ser comercializados pela indústria norte-americana.

45) De acordo com o texto, o especialista Gary Bradski afirma que

a) a construção de robôs que reproduzam capacidades biológicas é difícil.

b) a sua empresa projetou um robô com capacidade de percepção.

c) os robôs já estão bem mais desenvolvidos, atualmente.

d) as pessoas podem ser beneficiadas por robôs com capacidade de planejamento.

e) a habilidade das pessoas em operar robôs sofisticados é surpreendente.

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.21.

TEXTOECOLOGÍA VITAL: DAR UM BAÑO AL CUARTO DE BAÑO

El cuarto de baño es uno de los lugares de la casa que precisa de una limpieza más esmerada. Esto, sin embargo, no tiene por qué significar que emprendamos esta tarea a pertrechados con todo un arsenal de productos químicos perjudicial para el medio ambiente y para nosotros mismos. Están en nuestro alcance alternativas mucho más naturales, recursos, además de toda la vida.

• En las cortinas de baño es habitual que crezca moho, para evitarlo, antes de colgarlas, pone días en remojo en agua

salada.• Los espejos se pueden limpiar con espesa de tiza y alcohol de quemar.

• Para volver a las juntos de los azulejos su blancura original, podemos utilizar esencia de vinagre aplicada con un

cepillo de dientes viejo.PHARUA, 08 de mayo de 2000, p. 44.

39) Segundo o texto,a) a limpeza do banheiro deve ser feita da forma mais espontânea possível.b) os espelhos podem ser limpos com um simples creme de álcool.c) devemos substituir o arsenal químico por outros recursos biodegradáveis.d) o banheiro é o lugar da casa que mais precisa estar limpo.e) para limpar as juntas dos azulejos pode-se aplicar essência de vinagre.

40) De acordo com o texto, não podemos afirmar quea) devemos estar armados com todo tipo de produtos para limpar o banheiro.b) as cortinas da casa devem ser postas de molho em água salgada.c) podemos utilizar técnicas mais naturais na hora de limpar o banheiro.d) o banheiro é uma das peças da casa que precisa boa limpeza.e) as alternativas mais naturais para a limpeza do banheiro fazem bem ao ambiente.O fragmento abaixo corresponde às questões 41 e 42.

“Esto, sin embargo, no tiene por qué significar que emprendamos esta tarea a pertrechados con todo un arsenal de

productos químicos”41) O termo destacado “sin embargo” pode ser substituído, mantendo o mesmo valor semântico, por

a) no obstanteb) aunquec) a pesar de qued) sinoe) mientras

42) La conjunción subrayada “sin embargo” establece con relación a la oración anterior el aspecto semántico de:a) concesiónb) adversidadc) adiciónd) finalidade) tiempo

TEXTONO HAY DERECHO

Una generación mal alimentada no tiene futuro. Los niños desde su gestación hasta los tres años de vida no reciben los nutrientes básicos en su alimentación, sufren daños irreparables en su desarrollo físico e intelectual y padecen frecuentes enfermedades. En Argentina, el 70% de los niños pequeños, no incluyen en la dieta el mínimo de hierro que el organismo necesita. Sus comidas también son pobres en calcio, zinc, vitaminas A y B. Por todo ello se debe tomar conciencia del riesgo por el que atraviesa la población infantil. Los niños tienen derecho a crecer sanos y fuertes. Protegerlos y ayudarlos es responsabilidad de todos.

Solicite información comunicándose con CESNI, Centro de Estudios sobre Nutrición infantil.Muy Interesante, Junio de 2003.

43) Según el texto, una generación mal alimentadaa) debe estudiar más.b) debe ser respetada por los demás.c) es de responsabilidad de todos.d) carece de futuro.e) es el futuro de toda la humanidad.

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.22.

TEXTO

44) Segundo o texto, os antibióticos

a) são ineficazes.

b) não causam efeitos secundários.

c) podem provocar reações adversas.

d) são o remédio universal.

e) foram criados pelo Dr. Gonea.

45) A descoberta da penicilina, de acordo com o texto, se deve

a) ao acaso.

b) a um investigação científica.

c) aos estafilococos.

d) ao progresso.

e) à osbstinação de um cientista.

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

46) Na figura, está representada uma torre de quatro andares construída com cubos congruentes empilhados, sendo sua

base formada por dez cubos.

O número de cubos que formam a base de outra torre, com 100 andares, construída com cubos iguais e procedimento

idêntico, é igual a:

a) 1000

b) 2550

c) 3750

d) 4200

e) 5050

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.23.

47) Francisco deve elaborar uma pesquisa sobre dois artrópodes distintos. Eles serão selecionados, ao acaso, da seguinte relação: aranha, besouro, barata, lagosta, camarão, formiga, ácaro, caranguejo, abelha, carrapato, escorpião e gafanhoto.

Qual é a probabilidade de que ambos os artrópodes escolhidos para a pesquisa de Francisco não sejam insetos?

a) 49

144

b) 14

33

c) 7

22

d) 5

22

e) 15

144

48) Em uma turma de um curso de espanhol, três pessoas pretendem fazer intercâmbio no Chile, e sete na Espanha. Dentre essas dez pessoas, foram escolhidas duas para uma entrevista que sorteará bolsas de estudo no exterior. A probabilidade de essas duas pessoas escolhidas pertencerem ao grupo das que pretendem fazer intercâmbio no Chile é a) 1/5b) 1/15c) 1/45d) 3/10e) 3/7

49) Vinte times de futebol disputam a Série A do Campeonato Brasileiro, sendo seis deles paulistas. Cada time joga duas vezes contra cada um dos seus adversários. A porcentagem de jogos nos quais os dois oponentes são paulistas é a) menor que 7%.b) maior que 7%, mas menor que 10%.c) maior que 10%, mas menor que 13%.d) maior que 13%, mas menor que 16%.e) maior que 16%.

50) Os clientes de um banco, ao utilizarem seus cartões nos caixas eletrônicos, digitavam uma senha numérica composta por cinco algarismos. Com o intuito de melhorar a segurança da utilização desses cartões, o banco solicitou a seus clientes que cadastrassem senhas numéricas com seis algarismos.

Se a segurança for definida pela quantidade de possíveis senhas, em quanto aumentou percentualmente a segurança na utilização dos cartões? a) 10%b) 90%c) 100%d) 900%e) 1900%

51) Fernando recebeu sua conta de IPTU, com um desconto de 10% para pagamento à vista. O boleto para esse pagamento indicava o valor de R$ 432,00. O desconto, em reais, conseguido por Fernando, é um num ero múltiplo de:a) 3b) 5c) 7d) 11e) 13

52) Estudos e simulações são necessários para melhorar o trânsito. Por exemplo, imagine que, de um terminal rodoviário, partam os ônibus de três empresas A, B e C.

Os ônibus da empresa A partem a cada 15 minutos; da empresa B, a cada 20 minutos; da empresa C, a cada 25 minutos. Às 7h, partem simultaneamente 3 ônibus, um de cada empresa. A próxima partida simultânea dos ônibus das 3 em-

presas será às:a) 9 h.b) 9 h 50 min.c) 10 h 30 min.d) 11 h.e) 12 h.

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.24.

53) Uma pesquisa de opinião foi realizada para avaliar os níveis de audiência de alguns canais de televisão, entre 20h e

21h, durante uma determinada noite.

Os resultados obtidos estão representados no gráfico de barras a seguir:

O número de residências atingidas nessa pesquisa foi APROXIMADAMENTE de:

a) 100

b) 135

c) 150

d) 200

e) 220

54) Um experimento da área de Agronomia mostra que a temperatura mínima da superfície do solo t(x), em °C, é determinada

em função do resíduo x de planta e biomassa na superfície, em g/m2, conforme registrado na tabela seguinte.

x(g/m2) 10 20 30 40 50 60 70

t(x) (°C) 7,24 7,30 7,36 7,42 7,48 7,54 7,60

Analisando os dados acima, é correto concluir que eles satisfazem a função a) y = 0,006x + 7,18.b) y = 0,06x + 7,18.c) y = 10x + 0,06.d) y = 10x + 7,14.e) y = 6x + 7,14.

55) A partir de um grupo de oito pessoas, quer-se formar uma comissão constituída de quatro integrantes. Nesse grupo, incluem-se Gustavo e Danilo, que, sabe-se, não se relacionam um com o outro.

Portanto, para evitar problemas, decidiu-se que esses dois, juntos, não deveriam participar da comissão a ser formada. Nessas condições, de quantas maneiras distintas se pode formar essa comissão?

a) 70b) 35c) 45d) 55e) 60

56) Um orfanato recebeu uma certa quantidade x de brinquedos para ser distribuída entre as crianças. Se cada criança receber três brinquedos, sobrarão 70 brinquedos para serem distribuídos; mas, para que cada criança possa receber cinco brinquedos, serão necessários mais 40 brinquedos. O número de crianças do orfanato e a quantidade x de brinquedos que o orfanato recebeu são, respectivamente:a) 50 e 290.b) 55 e 235.c) 55 e 220.d) 60 e 250.e) 65 e 265.

57) José decidiu nadar, regularmente, de quatro em quatro dias. Começou a fazê-lo em um sábado; nadou pela segunda vez na quarta-feira seguinte e assim por diante.

Nesse caso, na centésima vez em que José for nadar, seráa) terça-feira.b) quarta-feira.c) quinta-feira.d) sexta-feira.

e) sábado

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58) Um garoto brinca de arrumar palitos, fazendo uma seqüência de quadrados, cada um com uma diagonal, como na figura:

O número de palitos que ele utilizará para fazer 100 quadrados, tendo em cada um uma diagonal, é igual a:a) 401b) 411c) 421d) 431e) 441

59) Um saco contém 13 bolinhas amarelas, 17 cor-de-rosa e 19 roxas. Uma pessoa de olhos vendados retirará do saco n bolinhas de uma só vez. Qual o menor valor de n de forma que se possa garantir que será retirado pelo menos um par de bolinhas de cores diferentes? a) 14b) 20c) 30d) 32e) 36

60) Em uma competição de queda-de-braço, cada competidor que perde duas vezes é eliminado. Isso significa que um competidor pode perder uma disputa (uma “luta”) e ainda assim ser campeão. Em um torneio com 200 jogadores, o número máximo de “lutas” que serão disputadas, até se chegar ao campeão, éa) 99.b) 199.c) 299.d) 399.e) 499.

61) Usando gasolina, que custa R$ 1,80 o litro, um carro consome um litro para percorrer 12 quilômetros. Convertido para gás natural, que custa R$ 0,90 o metro cúbico, este carro consome um metro cúbico para percorrer 10 quilômetros. O custo da conversão de gasolina para gás natural é de R$ 2.100,00. Sabendo-se que o carro circula 100 km por dia, em quantos dias, usando gás natural em vez de gasolina, se economizará o custo da conversão?a) 350b) 340c) 330d) 320e) 310

62) Os alunos de uma escola organizaram um torneio individual de pingue-pongue nos horários dos recreios, disputado

por 16 participantes, segundo o esquema abaixo:

Foram estabelecidas as seguintes regras: • Em todos os jogos, o perdedor será eliminado; • Ninguém poderá jogar duas vezes no mesmo dia; • Como há cinco mesas, serão realizados, no máximo, 5 jogos por dia. Com base nesses dados, é correto afirmar que o número mínimo de dias necessário para se chegar ao campeão do

torneio é:a) 8b) 7c) 6d) 5e) 4

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.26.

63) Um prêmio da Mega Sena saiu para dois cartões, um da cidade A e outro da cidade B. Nesta última, o cartão era de 6

apostadores, tendo cada um contribuído com a mesma importância para a aposta. A fração do prêmio total, que cada

apostador da cidade B receberá, é:

a) 1/6

b) 1/8

c) 1/9

d) 1/10

e) 1/12

64) Uma prova de atletismo é disputada por 9 atletas, dos quais apenas 4 são brasileiros. Os resultados possíveis para a

prova, de modo que pelo menos um brasileiro fique numa das três primeiras colocações, são em número de:

a) 426

b) 444

c) 468

d) 480

e) 504

65) Olhos - Basta 1 mililitro de lágrima, por dia, para manter lubrificado o globo ocular. Para fixar uma boa imagem na retina,

é necessária uma exposição de um décimo de segundo. Por isso o homem não consegue identificar cada quadro que

compõe um filme: eles passam à velocidade de 24 por segundo, ou seja, quase dois quadros e meio a cada décimo

de segundo. Assim, as imagens vão se fundindo, dando a impressão de movimento.

(REVISTA SUPERINTERESSANTE)

Uma cena é projetada em câmara lenta a uma velocidade reduzida de 24 quadros por segundo. A projeção dura 1

minuto. A duração real da cena filmada é de 36 segundos. A velocidade (em quadros por segundo) em que a cena

fora filmada originalmente é:

a) 20

b)14

c) 40

d) 44

e) 24

66) O diretor de uma orquestra percebeu que, com o ingresso a R$ 9,00 em média 300 pessoas assistem aos concertos

e que, para cada redução de R$ 1,00 no preço dos ingressos, o público aumenta de 100 espectadores. Qual deve ser

o preço para que a receita seja máxima?

a) R$ 9,00

b) R$ 8,00

c) R$ 7,00

d) R$ 6,00

e) R$ 5,00

67) O gráfico a seguir apresenta os investimentos anuais em transportes, em bilhões de dólares, feitos pelo governo de

um certo país, nos anos indicados.

De acordo com esse gráfico, é verdade que o investimento do governo desse país, em transportes,

a) vem crescendo na década de 90.

b) diminui, por ano, uma média de 1 bilhão de dólares.

c) em 1991 e 1992 totalizou 3,8 bilhões de dólares.

d) em 1994 foi o dobro do que foi investido em 1990.e) em 1994 foi menor que a décima parte do que foi investido em 1990.

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68) Uma loja vende seus artigos nas seguintes condições: à vista com 30% de desconto sobre o preço da tabela ou no cartão de crédito com 10% de acréscimo sobre o preço de tabela. Um artigo que a vista sai por R$ 7.000,00 no cartão sairá por:a) R$ 13.000,00b) R$ 11.000,00c) R$ 10.010,00d) R$ 9.800,00e) R$ 7.700,00

69) Um forro retangular de tecido traz em sua etiqueta a informação de que encolherá após a primeira lavagem, mantendo, entretanto, seu formato. A figura a seguir mostra as medidas originais do forro e o tamanho do encolhimento (x) no

comprimento e (y) na largura. A expressão algébrica que representa a área do forro após ser lavado é (5 – x) (3 – y).

Nessas condições, a área perdida do forro, após a primeira lavagem, será expressa por: a) 2xyb) 15 – 3xc) 15 – 5yd) – 5y – 3x

e) 5y + 3x – xy70) (Enem 2012) Jorge quer instalar aquecedores no seu salão de beleza para melhorar o conforto dos seus clientes no

inverno. Ele estuda a compra de unidades de dois tipos de aquecedores: modelo A, que consome 600 g/h (gramas por hora) de gás propano e cobre 35 m2 de área, ou modelo B, que consome 750 g/h de gás propano e cobre 45 m2 de área. O fabricante indica que o aquecedor deve ser instalado em um ambiente com área menor do que a da sua cobertura. Jorge vai instalar uma unidade por ambiente e quer gastar o mínimo possível com gás. A área do salão que deve ser climatizada encontra-se na planta seguinte (ambientes representados por três retângulos é um trapézio).

Avaliando-se todas as informações, serão necessários a) quatro unidades do tipo A e nenhuma unidade do tipo B. b) três unidades do tipo A e uma unidade do tipo B. c) duas unidades do tipo A e duas unidades do tipo B. d) uma unidade do tipo A e três unidades do tipo B.

e) nenhuma unidade do tipo A e quatro unidades do tipo B.

71) Para decorar a fachada de um edifício, um arquiteto projetou a colocação de vitrais compostos de quadrados de lado

medindo 1 m, conforme a figura a seguir.

Nesta figura, os pontos A, B, C e D são pontos médios dos lados do quadrado e os segmentos AP e QC medem 1/4 da medida do lado do quadrado. Para confeccionar um vitral, são usados dois tipos de materiais: um para a parte sombreada da figura, que custa R$ 30,00 o m2, e outro para a parte mais clara (regiões ABPDA e BCDQB), que custa R$ 50,00 o m2.

De acordo com esses dados, qual é o custo dos materiais usados na fabricação de um vitral? a) R$ 22,50b) R$ 35,00c) R$ 40,00d) R$ 42,50e) R$ 45,00

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72) Em exposições de artes plásticas, é usual que estátuas sejam expostas sobre plataformas giratórias. Uma medida

de segurança é que a base da escultura esteja integralmente apoiada sobre a plataforma. Para que se providencie

o equipamento adequado, no caso de uma base quadrada que será fixada sobre uma plataforma circular, o auxiliar

técnico do evento deve estimar a medida R do raio adequado para a plataforma em termos da medida L do lado da

base da estatua.

Qual relação entre R e L o auxiliar técnico deverá apresentar de modo que a exigência de segurança seja cumprida?

a) R L/ 2≥

b) R L≥ 2 / π

c) R L≥ / π

d) R L/2≥

e) ( )R L/ 2 2≥

73) É possível usar água ou comida para atrair as aves e observá-las. Muitas pessoas costumam usar água com açúcar,

por exemplo, para atrair beija-flores. Mas é importante saber que, na hora de fazer a mistura, você deve sempre usar

uma parte de açúcar para cinco partes de água. Além disso, em dias quentes, precisa trocar a água de duas a três

vezes, pois com o calor ela pode fermentar e, se for ingerida pela ave, pode deixá-la doente. O excesso de açúcar, ao

cristalizar, também pode manter o bico da ave fechado, impedindo-a de se alimentar. Isso pode até matá-la.

Ciência Hoje das Crianças. FNDE; Instituto Ciência Hoje, n. 166, mar 1996.

Pretende-se encher completamente um copo com a mistura para atrair beija-flores. O copo tem formato cilíndrico, e

suas medidas são 10 cm de altura e 4 cm de diâmetro. A quantidade de água que deve ser utilizada na mistura é cerca

de (utilize 3π = )

a) 20 mL.

b) 24 mL.

c) 100 mL.

d) 120 mL.

e) 600 mL.

74) O polígono que dá forma a essa calçada é invariante por rotações, em torno de seu centro, de

a) 45°.

b) 60°.

c) 90°.

d) 120°.

e) 180°.

75) O atletismo é um dos esportes que mais se identificam com o espírito olímpico. A figura ilustra uma pista de atletismo. A

pista é composta por oito raias e tem largura de 9,76 m. As raias são numeradas do centro da pista para a extremidade

e são construídas de segmentos de retas paralelas e arcos de circunferência. Os dois semicírculos da pista são iguais.

Se os atletas partissem do mesmo ponto, dando uma volta completa, em qual das raias o corredor estaria sendo

beneficiado?

a) 1

b) 4

c) 5

d) 7

e) 8

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.29.

76) Um porta-lápis de madeira foi construído no formato cúbico, seguindo o modelo ilustrado a seguir. O cubo de dentro

e vazio. A aresta do cubo maior mede 12 cm e a do cubo menor, que e interno, mede 8 cm.

O volume de madeira utilizado na confecção desse objeto foi de

a) 12 cm3.

b) 64 cm3.

c) 96 cm3.

d) 1 216 cm3.

e) 1 728 cm3.

77) Uma fábrica produz barras de chocolates no formato de paralelepípedos e de cubos, com o mesmo volume. As ares-

tas da barra de chocolate no formato de paralelepípedo medem 3 cm de largura, 18 cm de comprimento e 4 cm de

espessura.

Analisando as características das figuras geométricas descritas, a medida das arestas dos chocolates que têm o for-

mato de cubo é igual a

a) 5 cm.

b) 6 cm.

c) 12 cm.

d) 24 cm.

e) 25 cm.

78) Para construir uma manilha de esgoto, um cilindro com 2 m de diâmetro e 4 m de altura (de espessura desprezível),

foi envolvido homogeneamente por uma camada de concreto, contendo 20 cm de espessura.

Supondo que cada metro cúbico de concreto custe R$ 10,00 e tomando 3,1 como valor aproximado de , então o

preço dessa manilha é igual a

a) R$ 230,40.

b) R$ 124,00.

c) R$ 104,16.

d) R$ 54,56.

e) R$ 49,60.

79) Dona Maria, diarista na casa da família Teixeira, precisa fazer café para servir as vinte pessoas que se encontram numa

reunião na sala. Para fazer o café, Dona Maria dispõe de uma leiteira cilíndrica e copinhos plásticos, também cilíndricos.

Com o objetivo de não desperdiçar café, a diarista deseja colocar a quantidade mínima de água na leiteira para encher

os vinte copinhos pela metade. Para que isso ocorra, Dona Maria deverá

a) encher a leiteira até a metade, pois ela tem um volume 20 vezes maior que o volume do copo.

b) encher a leiteira toda de água, pois ela tem um volume 20 vezes maior que o volume do copo.

c) encher a leiteira toda de água, pois ela tem um volume 10 vezes maior que o volume do copo.

d) encher duas leiteiras de água, pois ela tem um volume 10 vezes maior que o volume do copo.

e) encher cinco leiteiras de água, pois ela tem um volume 10 vezes maior que o volume do copo.

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.30.

80) Em canteiros de obras de construção civil é comum perceber trabalhadores realizando medidas de comprimento

e de ângulos e fazendo demarcações por onde a obra deve começar ou se erguer. Em um desses canteiros foram

feitas algumas marcas no chão plano. Foi possível perceber que, das seis estacas colocadas, três eram vértices de

um triângulo retângulo e as outras três eram os pontos médios dos lados desse triângulo, conforme pode ser visto na

figura, em que as estacas foram indicadas por letras.

A região demarcada pelas estacas A, B, M e N deveria ser calçada com concreto.

Nessas condições, a área a ser calcada corresponde

a) a mesma área do triângulo AMC.

b) a mesma área do triângulo BNC.

c) a metade da área formada pelo triângulo ABC.

d) ao dobro da área do triângulo MNC.

e) ao triplo da área do triângulo MNC.

81) Em uma praça pública, há uma fonte que é formada por dois cilindros, um de raio r e altura h1, e o outro de raio R e

altura h2. O cilindro do meio enche e, após transbordar, começa a encher o outro.

Se R = r 2 e hh

21

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