4º teste do 11º ano VA
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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E
HUMANAS
Escola Secundária de Pinheiro e RosaAno lectivo: 2010/2011
CURSO: Científico-humanísticos
Filosofia – 11º Ano
DATA: 23/03/2011
Subdepartamento Curricular de Filosofia, Psicologia e
Sociologia4º Teste de avaliação Duração: 90 minutos
Versão A
GRUPO I1. Considere o seguinte cartoon:
1.1. Identifique o primeiro princípio da filosofia cartesiana. Indique se este corresponde a um conhecimento inferencial ou não inferencial.
1.2. Explique, detalhadamente, cada um dos argumentos que Descartes utilizou, no percurso da dúvida metódica, até alcançar o fundamento que procurava.
1.3. Relacione o cartoon anterior com o conceito filosófico de solipsismo.
2. Indique o nome dos dois argumentos utilizados por Descartes para demonstrar racionalmente a existência de Deus. Enuncie as premissas de um deles.
3. Pode-se defender que Descartes não demonstrou, de forma satisfatória, a existência de Deus. Avalie criticamente um dos argumentos cartesianos, apresentando pelo menos duas objecções.
4. Enuncie, de forma breve, duas razões que permitam justificar o facto de Descartes ser considerado um filósofo racionalista.
GRUPO II
1. A partir do texto seguinte, esclareça a posição de Hume em relação à causalidade.
“Todos os nossos raciocínios relativos a questões de facto, defende Hume, se baseiam na relação de causa e efeito. Mas como chegamos ao nosso conhecimento das relações causais? (…) Ao olhar apenas para a pólvora, nunca poderíamos descobrir que é explosiva; é preciso experiência para saber que o fogo queima
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as coisas. Mesmo as mais simples regularidades da natureza não poder estabelecidas a priori porque uma causa e um efeito são dois acontecimentos totalmente diferentes e um não pode ser inferido do outro. Vemos uma bola de bilhar a mover-se na direcção de outra e esperamos que transmita movimento à outra. Mas porquê?
A resposta, obviamente, é que descobrirmos as regularidades da natureza através da experiência. Mas Hume leva a sua indagação mais além. Mesmo depois de termos a experiência das operações de causa e de efeito, pergunta, que bases existem na razão para inferir conclusões dessa experiência? A experiência apenas nos dá informação sobre ocorrências passadas: porque haveria de ser alargada a objectos futuros, que, tanto como sabemos, só se assemelham aos objectos passados na aparência? O pão alimentou-me no passado, mas que razões tenho para acreditar que o irá fazer no futuro?
Anthony Kenny, Ascenção da Filosofia moderna, Edições Gradiva, Lisboa 2011, págs. 170-171.
2. Relacione uma das críticas ao cepticismo radical, apresentada por Hume, com o cartoon seguinte.
Tradução: - “A dúvida metódica em três tempos: 1º tu duvidas, 2º tu duvidas e 3º tu duvidas.” - Tens a certeza?”
3. Estudou as respostas dadas por Descartes e Hume em relação ao problema da possibilidade do conhecimento. Qual é aquela que considera mais convincente? Justifique.
GRUPO III
1. Seleccione a alternativa correcta.
1.1. Do ponto de vista dos empiristas, a razão:A. possui ideias inatas;B. é capaz de originar por si só, sem recorrer aos sentidos, determinados conhecimentos;C. não possui ideias inatas;D. é autónoma.E. Nenhuma das respostas anteriores é correcta.
1.2. Segundo o filósofo David Hume, a ideia de anjo é:A. originada apenas por uma impressão;B. provém apenas da razão;
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C. verdadeira;D. originada por várias impressõesE. Nenhuma das respostas anteriores é correcta.
1.3. Hume defende que:A. todas as ideias são percepções;B. todas as percepções são ideias;C. algumas ideias são percepções;D. nenhumas ideias são percepções.E. Nenhuma das respostas anteriores é correcta.
1.4. Hume considera que:A. as impressões são cópias menos vivas das ideias;B. as ideias são cópias menos vivas das impressões;C. as ideias são cópias mais vivas das impressões;D. as impressões são cópias mais vivas das ideias.E. Nenhuma das respostas anteriores é correcta.
1.5. As ideias defendidas por Hume, relativamente à origem e à possibilidade do conhecimento, inserem-se:
A. no empirismo e no cepticismo radical;B. no cepticismo moderado e no racionalismo;C. no cepticismo radical e no cepticismo moderado;D. no racionalismo e no empirismo.E. Nenhuma das respostas anteriores é correcta.
2. Indique se as frases a seguir apresentadas, relativamente à teoria de Hume, são verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. O facto do aluno, que se encontra a fazer esta ficha, estar neste momento a observar a brancura desta folha corresponde a uma impressão.
B. Não podemos saber, com certeza, se os objectos que originaram as nossas percepções existem independentemente do nosso ponto de vista.
C. O tipo de raciocínio utilizado nas inferências sobre as questões de facto é dedutivo.D. Uma característica comum às teorias do conhecimento de Hume e Descartes é a procura de um
fundamento.E. As ideias simples devem-se à imaginação e as complexas à memória.F. A partir do pensamento, sem recorrer à experiência, podemos deduzir que a água congela.G. Os conhecimentos respeitantes às relações de ideias são a priori e expressam verdades contingentes.H. Os conhecimentos relativos às questões de facto são a posteriori e expressam verdades contingentes.I. O conceito de causalidade aplica-se apenas na ciência.J. De acordo com Hume, sentir relaciona-se com as impressões e pensar com as ideias.
3. Indique a alínea ou alíneas que constituem objecções à teoria defendida por Hume.
A. A crítica à ideia de causalidade tem como objectivo diminuir a nossa confiança nas inferências causais, o que poderá levantar, ao nível da vida prática, muitas dificuldades.
B. A crença na relação entre a causa e o efeito não depende de factores intelectuais nem empíricos.C. Nós nascemos sem quaisquer expectativas sobre o mundo ou o comportamento das coisas. É pela
experiência que aprendemos, progressivamente, como é o mundo.D. A explicação racional mais admissível para um dado facto é aquela que tem um maior grau de
plausibilidade.E. Não devemos pensar que uma crença só está racionalmente justificada se tivermos a seu favor uma
prova irrefutável.
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Cotações:
Grupo I: 1. 1.1. 10 Pontos; 1.2. 35 Pontos; 1.3. 15 Pontos; 2. 15 Pontos; 3. 25 Pontos; 4. 10 PontosGrupo II: 1. 25 Pontos; 2. 15 Pontos; 3. 20 Pontos;Grupo III: 1. 10 Pontos; 2. 10 Pontos; 3. 10 Pontos;
Total: 200 Pontos (= 20 valores)
Bom Trabalho!
A professora: Sara Raposo.
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