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Agroquímicos/Produtos Fitossanitários
Prof. Wilson José Morandi Filho Defesa Sanitária Vegetal - DSV
HISTÓRICO
- A população humana vem crescendo continuamente;
- Estima-se que apenas 300.000 pessoas habitavam a terra no ano 1 da era Cristã;
- Em 1900 éramos 1,3 bilhão;
- Atualmente somos 8 bilhões;
-Previsões catastróficas foram realizadas no sentido de se ter falta de alimentos;
-Estima-se que em 2050 a população humana deverá ultrapassar 11 bilhões.
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Agrotóxicos/Agroquímicos/Produtos
Fitossanitários
É uma substância ou mistura de substâncias destinada
a impedir a ação ou matar diretamente insetos
(inseticidas), ácaros (acaricidas), fungos (fungicidas),
ervas daninhas (herbicidas), bactérias (antibióticos) e
bactericidas) e outras formas de vida animal ou vegetal
prejudiciais à saúde pública e à agricultura.
DENOMINAÇÃO DOS PRODUTOS PARA CONTROLE QUIMICO NA AGRICULTURA
- AGROTÓXICOS: Do ponto de vista da legislação; - DEFENSIVOS AGRICOLAS: Mais utilizado pelas industrias químicas; - PESTICIDAS: Emprega pela comunidade em geral; - REMÉDIO: Considerando a planta; - VENENO: Considerando as “pragas”.
CLASSIFICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS
- Incluem os Herbicidas, Inseticidas, Fungicidas, Acaricidas,
Bactericidas, Fumigantes.
- Melhoram a produtividade;
- Melhoram a qualidade dos produtos;
- Reduzem o custo da mão de obra. Figura 1. Vendas totais de agrotóxicos no Brasil por categoria.
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0
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Her
bicida
s
Inse
ticidas
Fungi
cida
s
Out
ros
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DIVISÃO DOS AGROTÓXICOS Podem ser divididos em 2 grupos principais: 1) CONTATO: - Não penetram no tecido vegetal, não sendo transportados dentro do sistema vascular das plantas. - Os primeiros agrotóxicos eram de contato e tiveram como desvantagem o fato de serem susceptíveis aos efeitos do clima; - Vantagem: menor fitotoxicidade.
2) SISTÊMICOS:
- O caráter sistêmico foi introduzido nos agrotóxicos que vieram após 1940; - Penetram na cutícula da planta e movimentam-se pelo sistema vascular; - São pouco afetados pelo clima.
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Lei 7802 de 11/07/1989 “Lei dos Agrotóxicos”
Dispõe sobre pesquisa, experimentação,
produção, embalagem e rotulagem,
transporte, armazenamento,
comercialização, propaganda comercial,
utilização, importação, exportação, destino
final dos resíduos e embalagens, registro,
classificação, controle, inspeção e
fiscalização de agrotóxicos.
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REGISTRO
Agricultura, da Pecuária e Abastecimento (MAPA)
eficiência agronômica
Saúde (MS) avaliação toxicológica
Meio Ambiente (IBAMA) periculosidade
ambiental
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CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA
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I II IV III
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Classe I Produto altamente perigoso
Classe II Produto muito perigoso
Classe III Produto perigoso
Classe IV Produto pouco perigoso
Classificação Ambiental Registrante: Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.
Classe(s): Inseticida - Formulação: CS – Suspensão Concentrada
Ingrediente Ativo: lambda-cialotrina Concentração de IA: 250 g/L
Grupo Químico: piretróide
Modo de Ação: De contato e ingestão Modo de Aplicação: Terrestre/Aéreo
Classificação Toxicológica: III -
Medianamente tóxico
Classificação Ambiental: I – Produto
altamente perigoso para o meio
ambiente
PRECAUÇÕES DE USO E ADVERTÊNCIA QUANTO AOS CUIDADOS DE
PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE:
Este produto é: ALTAMENTE PERIGOSO PARA O MEIO AMBIENTE (CLASSE I).
Este produto é ALTAMENTE PERSISTENTE no meio ambiente. Este produto é
ALTAMENTE TÓXICO para microorganismos do solo. Este produto é ALTAMENTE
TÓXICO para aves. Este produto é ALTAMENTE TÓXICO para abelhas, podendo
afetar outros insetos benéficos. Não aplique o produto no período de maior visitação
das abelhas.
KARATE ZEON 250 CS
Embalagens de Agroquímicos
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RISCOS DECORRENTES DO USO
INDISCRIMINADO DE AGROQUÍMICOS
Intoxicações
Surtos de pragas secundárias
Morte de abelhas
Deriva
Resíduos em alimentos
Resistência de pragas/doenças e daninhas
Esta pessoa conhece período de carência?
Respeita o período de carência?
Pessoas que colocam o alimento na nossa mesa.
Os pesquisadores
encontraram altos níveis de
resíduos de pesticidas em
pimentões, maçãs, couves... ... e espinafres.
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- Mais seletivos;
- Baixa toxicidade ao homem e animais;
- Rápida degradação no meio ambiente;
- Alta eficiência agronômica.
Desenvolvimento de inseticidas (atualmente) Inseticidas
- Atuam sobre os organismos vivos por meio do bloqueio de algum
processo fisiológico ou bioquímico;
- O principal alvo de ação dos inseticidas tem sido o sistema
nervoso (contração dos músculos, falha respiratória, paralisia e
morte);
- O primeiro composto inseticida utilizado foi o Verde Paris
(arsenito de cobre) em 1867;
- Após a segunda Guerra Mundial houve uma revolução no uso de
inseticidas.
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- Registro
- Seletividade
- Classe toxicológica
- Período de Carência ou Carência
- Eficiência
- Preço do produto
Escolha do inseticida mais adequado
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NOME COMERCIAL
Nome dado a uma formulação por um
fabricante que distingue o produto
vendido exclusivamente por uma
empresa.
Nome comercial = Princípio Ativo + Inerte
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EXEMPLO Organoclorados
- Contém Carbono, Cloro e Hidrogênio na sua constituição e foram descobertos por volta de 1940 com o DDT (diclorodifeniltricloroetano); - São muito persistentes em solo e muito tóxicos para vários artrópodes; - Foram amplamente utilizados durante os 25 anos após a Segunda Guerra Mundial; - Os clorados incluem compostos como o DDT, benzeno, hexaclorobenzeno, clordano, heptacloro, toxafeno, metoxicloro, aldrim, dieldrim, endrim e endossulfam.
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- Não são muito tóxicos para mamíferos, no entanto, sua
persistência e a sua tendência a bioconcentrar-se em tecidos vivos
fizeram com que seu uso fosse proibido
- Muitos rios e solos ainda estão contaminados com o DDT, endrim
e dieldrim, os mais persistentes;
- Há relatos ainda sobre o efeito de seus resíduos em aves silvestres;
- Estes compostos ainda apresentam problemas ambientais.
Portaria nº 329 - 02/09/1985
Proíbe a comercialização, o uso e a distribuição de clorados
Controle de mosquitos nos EUA com DDT
Controle de mosquitos nos EUA com DDT
Controle de piolho transmissor de tifo
Organofosforados
- Com o objetivo de substituir os organoclorados, surgiram
em 1945 os organofosforados, derivados do ácido fosfórico;
- Alguns produtos foram desenvolvidos como armas químicas
para a Segunda Guerra Mundial;
- Incluem o parationa, diazinom, triclorfom, forato,
carbofenotiona, dissulfotom, dimetoato, fentiona, tionazina,
menazom, dinofenato e clorfenvinfós;
- São menos persistentes que os organoclorados.
- Como eram menos persistentes no meio ambiente que
os clorados um maior número de aplicações era
necessário durante o plantio;
- A substituição de clorados por fosforados resultou em
maiores despesas para os produtores, e indiretamente
para os consumidores;
- Custavam 2 a 3 vezes mais que os clorados.
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CARBAMATOS
- Apareceram em 1953 e também são inibidores da colinesterase;
- Incluem também fungicidas, acaricidas e nematicidas;
- São também tóxicos aos mamíferos, porém mais seguros aos
trabalhadores quando comparados aos organofosforados, pois os
sintomas de intoxicação aparecem mais cedo;
- Do ponto de vista ambiental são biodegradáveis e de degradação
razoavelmente rápida, não se acumulando em tecidos animais e
gordurosos;
- São mais persistentes que os organofosforados nos solos.
- Exames de rotina para pessoas expostas continuamente aos
agrotóxicos. Deve ser realizada semestralmente.
- Permite acompanhar possíveis intoxicações causadas pelos
ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS.
EXAME DE COLINESTERASE
PIRETRÓIDES
Surgiram em 1965 e são de origem vegetal;
- De uso agrícola, veterinário e domissanitário;
- São de baixa toxicidade aos mamíferos, raramente envolvidos em
intoxicações ocupacionais no campo;
- Usado em hospitais, restaurantes, ambiente doméstico, etc.;
- São muito tóxicos aos insetos (baixas dosagens);
- Tem efeito de choque quase instantâneo.
-
De baixa persistência no ambiente, não se acumulam em
tecidos animais e gordurosos;
- Seu principal efeito ambiental é:
* Amplo espectro de ação;
* Tóxicos para peixes e outros organismos aquáticos;
PIRETROIDES
- Hoje, os piretróides correspondem a aproximadamente 25% do mercado de inseticidas perdendo apenas para os organofosforados, que representam 36% desse mercado;
- Depois que os organoclorados tiveram seu uso banido e associado ao fato de várias espécies de insetos terem se tornado resistentes aos organofosforados e aos carbamatos, houve maior utilização dos piretróides;
- Persistem nas plantações por aproximadamente 7 a 30
dias;
NEONICOTINÓIDES
- Os impulsos nervosos são transmitidos continuamente, levando a hiperexcitação do sistema nervoso (ativação persistente da acetilcolina). - Exemplos: Imidacloprid (Confidor) Thiamethoxam (Actara)
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Marca Comercial Ingrediente
Ativo Class. Tox
Class.
Amb Registrante
Actara 10 GR tiametoxam III III Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.
Actara 250 WG tiametoxam III III Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.
Calypso tiacloprido III III Bayer CropScience Ltda.
Confidor 200 SC imidacloprido III III Bayer CropScience Ltda.
Confidor 700 GrDa imidacloprido IV III Bayer CropScience Ltda.
Convence acetamiprido II III Iharabras S.A. Indústrias Químicas
Cruiser 700 WS tiametoxam III III Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.
Evidence imidacloprido IV III Bayer CropScience Ltda.
Gaucho imidacloprido IV III Bayer CropScience Ltda.
Gaucho FS imidacloprido IV III Bayer CropScience Ltda.
Mospilan acetamiprido III II Iharabras S.A. Indústrias Químicas
Pirâmide acetamiprido III II Iharabras S.A. Indústrias Químicas
Premier imidacloprido IV III Bayer CropScience Ltda.
Premier GR imidacloprido IV III Bayer CropScience Ltda.
Provado imidacloprido IV III Bayer CropScience Ltda.
Provado 200 SC imidacloprido III III Bayer CropScience Ltda.
Saurus acetamiprido III II Bayer CropScience Ltda.
Winner imidacloprido III III Bayer CropScience Ltda.
NEONICOTINÓIDE
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NEUROTÓXICOS
Pirazóis Ocorre uma hiperexcitação do sistema
nervoso central.
Marca Comercial Ingrediente Ativo Class.
Tox
Class.
Amb Registrante
Blitz fipronil IV II Basf S.A.
Kendo 50 SC fenpiroximato II I Hokko do Brasil Ind. Quím.
e Agrop. Ltda.
Klap fipronil III II Basf S.A.
Ortus 50 SC fenpiroximato II I Hokko do Brasil Ind. Quím.
e Agrop. Ltda.
Regent 20 G fipronil IV II Basf S.A.
Regent 800 WG fipronil II II Basf S.A.
Standak fipronil IV II Basf S.A.
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Ação lenta atua no momento da ecdise
Inibe deposição de quitina
Adultos: tornam estéreis
Postura viabilidade de ovos reduzida
REGULADORES DE CRESCIMENTO DE INSETOS
Inibidores da síntese da quitina Ex: benzoiluréia diflubenzuron – DIMILIN lufenuron – MATCH triflumuron – ALSYSTIN buprofezin - APPLAUD
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EFEITO DO DIFLUBENZURON (Dimilin)
Cutículas mal-formadas não resistem à pressão
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Impossibilidade de pupação
EFEITO DO DIFLUBENZURON (Dimilin)
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EFEITO DO DIFLUBENZURON (Dimilin) INIBIDORES DA SÍNTESE DA QUITINA
Marca Comercial Ingrediente Ativo
Class. Tox
Class. Amb
Registrante
Alsystin 250 PM triflumurom IV III Bayer CropScience Ltda.
Alsystin 480 SC triflumurom IV III Bayer CropScience Ltda.
Atabron 50 CE clorfluazurom I II Ishihara Brasil Com. Ltda.
Brigadier triflumurom II III Bayer CropScience Ltda.
Cascade 100 flufenoxurom I II Basf S.A.
Certero triflumurom IV III Bayer CropScience Ltda.
Dimilin diflubenzurom IV III Crompton Ltda.
Gallaxy 100 CE novalurom IV II Agricur Defensivos Agrícolas Ltda.
Match CE lufenurom IV II Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.
Micromite 240 SC diflubenzurom III III Crompton Ltda.
Nomolt 150 teflubenzurom IV II Basf S.A.
Rigel triflumurom IV III Cheminova Brasil Ltda.
Rimon 100 CE novalurom IV II Agricur Defensivos Agrícolas Ltda.
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REGULADORES DE CRESCIMENTO DE INSETOS
Aceleradores de ecdise diacilhidrazinas
tebufenozide – MIMIC
methoxifenozide - INTREPID
Aceleração no processo da ecdise cutícula mal
formada inanição desidratação morte.
MIMIC - Atua sobre todos os ínstares da lagarta, podendo ter ação subletal sobre o adulto
Classe
toxicológica IV
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FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS
Metarhizium anisopliae
Beauveria bassiana
Microbianos: “inseticidas biológicos”
fungos, bactérias e vírus
Ação de contato
Inespecíficos
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FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS
Beauveria bassiana 56
- Bacillus thuringiensis (BT): endotoxinas de BT atuam
como desintegradores das células do mesêntero
Ação de Ingestão
Certa especificidade lagartas em geral
Doença morte em 3 a 4 dias após a ingestão
BACTÉRIAS ENTOMOPATOGÊNICAS
Nomuraea rileyi
Doença branca Bacillus thuringiesis
BACTÉRIAS ENTOMOPATOGÊNICAS
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Baculovirus anticarsia
- ação de Ingestão
- especificidade
VÍRUS ENTOMOPATOGÊNICOS
Anticarsia gemmatalis
- Considerado um dos
melhores programas de
controle biológico do mundo;
- Desenvolvido pela Embrapa
CNPSo/Londrina;
- Utiliza-se 70 lagartas grandes
(> 2,5 cm) com vírus em 100 a
200 l de água/há.
Baculovírus anticarsia
Doença preta
BIOLÓGICOS
Marca
Comercial Ingrediente Ativo
Class.
Tox Class. Amb Registrante
Agree Bacillus thuringiensis III IV FMC Química do Brasil Ltda.
Bac-Control PM Bacillus thuringiensis IV IV Vectorcontrol In. e Com. de Prod. Agr.
Ltda.
Bactur PM Bacillus thuringiensis III IV Milenia Agro Ciências S.A.
Boveril PM PL Beauveria bassiana II IV Itaforte Ind. Prod. Flores Ltda.
Dipel Bacillus thuringiensis IV IV Sumitomo Chemical do Brasil Repres.
Ltda.
Dipel PM Bacillus thuringiensis IV IV Sumitomo Chemical do Brasil Repres.
Ltda.
Ecotech Pro Bacillus thuringiensis III IV Bayer CropScience Ltda.
Protege Baculovirus anticarsia IV IV Milenia Agro Ciências S.A.
Thuricide Bacillus thuringiensis IV IV Iharabras S.A. Indústrias Químicas
Xentari Bacillus thuringiensis II IV Sumitomo Chemical do Brasil Repres.
Ltda.
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TOXICOLOGIA DOS
AGROTÓXICOS
Desconhecimento sobre o uso e os riscos;
Necessidade de aumentar a produtividade;
Utilização de produtos mais tóxicos;
Longas jornadas de trabalho;
Equipamento inadequado;
Improvisações;
Não utilização de EPI;
Treinamento inadequado.
CAUSAS DAS INTOXICAÇÕES
VIAS DE ABSORÇÃO
Armazenar em
vasilhame
incorreto;
Limpar bicos ou
abrir embalagens
com a boca;
Comer, beber
ou fumar durante
o manuseio.
Aparelho
digestivo
Oral
Vapores, pós e
gases voláteis;
Partículas
mínimas durante
pulverização;
Pulverização
em locais
fechados
Manuseio em
geral;
Respingos
Manuseio
em geral
Favorecem
absorção:
tipo de
formulação,
altas
temperaturas
e umidade do
ar.
Riscos
Sistema
respiratório
Olhos Pele Via de
entrada
Respiratória Ocular Dérmica
CONCEITOS GERAIS
“É a ciência que estuda as substâncias nocivas a saúde, suas
ações, seus sintomas e seus efeitos incluindo também os
antídotos, tratamentos e prevenção”
TOXICOLOGIA
CONCEITOS GERAIS
DOSE: refere-se a quantidade conhecida que cada
indivíduo recebeu
DOSAGEM: é a quantidade conhecida colocada num
ambiente onde se expõe uma população ou a
que um indivíduo é exposto, sem levar em
consideração a quantidade que cada
indivíduo recebeu.
CONCEITOS GERAIS
DOSE LETAL MÉDIA – DL50: expressa a quantidade de
uma substância tóxica em mg/kg/ Peso Vivo, suficiente para
matar 50% de uma população de cobaias (é um parâmetro
estatístico e não toxicológico). Refere-se a dose.
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CONCEITOS GERAIS
TOLERÂNCIA OU LIMITE MÁXIMO DE RESÍDUO (LMR)
É chamada a quantidade máxima de resíduo permitida
por lei em um produto colhido ou produto alimentício
específico expressa em partes (peso) do produto químico
e/ou seus derivados por um milhão de partes (em peso) do
alimento (p.p.m. ou mg/kg).
A tolerância ou LMR é um parâmetro muito importante
para o controle do uso dos agrotóxicos. A detecção de
quantidades acima dos Limites Máximos de Resíduos
registram um uso excessivo do produto e/ou inobservância
do período de carência
CONCEITOS GERAIS
CARÊNCIA
Por Carência compreende-se o período respeitado entre a
aplicação do agrotóxico e a colheita do produto agrícola.
Este intervalo entre a aplicação do agrotóxico e a
colheita, o que se subentende o consumo, é de suma
importância, pois nos dá uma segurança quanto ao valor
inferior ao limite de tolerância permitido ou LMR.
A variação deste intervalo de tempo está em função das
condições de clima, de cultura, do tipo de solo, do produto
usado, etc.
CONCEITOS GERAIS
EFEITO RESIDUAL
Por efeito residual ou poder residual, entende-se o tempo
de permanência do produto biologicamente ativo, nos
alimentos, no solo, no ar ou na água, podendo trazer
implicações de ordem toxicológica.
Alguns produtos são capazes de permanecerem nos
substratos por longos anos. Ex: clorados
Este é o principal fator de suas limitações ou proibição de
uso. Quanto ao efeito residual de substâncias
biologicamente ativas, deve-se considerar não somente a
presença do produto aplicado mas de seus metabólitos
CONCEITOS GERAIS
SINERGISMO
É o termo que caracteriza fenômenos onde a toxicidade
de dois compostos juntos é maior do que a esperada da
soma de seus efeitos quando aplicados separadamente.
ANTAGONISMO
É o fenômeno em que a toxicidade de dois compostos,
quando juntos, é menor do que a esperada da soma de seus
efeitos. É o fenômeno oposto ao sinergismo
Exemplos: Paration + Triclorfon ..................sinergismo
Paration + Malation....................antagonismo
CONCEITOS GERAIS
ANTÍDOTO
Toda a substância que impede ou inibe a ação de um tóxico.
CONCEITOS GERAIS
TOXICIDADE AGUDA
É considerado o processo tóxico em que os sintomas
aparecem nas primeiras 24 horas após a exposição ao
tóxico.
Ex: fosforados, piretróides, carbamatos.
TOXICIDADE CRÔNICA
É considerado o processo tóxico em que os sintomas
aparecem após as primeiras 24 horas, geralmente depois de
passadas semanas ou meses de exposição ao tóxico .
Ex: clorados.
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TOXICOLOGIA DOS PRINCIPAIS GRUPOS DE
INSETICIDAS - CLORADOS
PRIMEIROS SOCORROS
• Descontaminação da pele
Retirar roupas contaminadas seguida de lavagem corporal
com água corrente e sabão, 15´. Atentar: pregas da pele e
regiões com pêlos.
• Descontaminação dos olhos
Lavagem ocular com jato suave de água corrente
por 10-15’, pálpebras abertas.
• Descontaminação das vias respiratórias
• Remover a vítima para local fresco e ventilado, afrouxar
as roupas para facilitar a passagem do ar.
Descontaminação em casos de ingestão
Emese: poucos minutos após ingestão/sem solventes/pequena
quantidade
Posicionar o paciente com o tronco ereto e inclinado-o
ligeiramente para frente, evitando a entrada do líquido nos
pulmões;
PRIMEIROS SOCORROS SEQUELAS POR INTOXICAÇÃO
Fasciculação muscular Retardo do crescimento
Doença de pele - Eczema
Catarata
SEQUELAS POR INTOXICAÇÃO
Criança com síndrome de choque tóxico Enfisema Pulmonar
TERATOGÊNESE
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TESTE COM COBAIAS TERATOGÊNESE - ORIGEM DO NOME
¨LÁBIO LEPORINO¨
CASOS MAIS COMUNS DE TERATOGÊNESE
EM HUMANOS CIRURGIAS REPARATÓRIAS
Classe toxicológica I Extremamente tóxico Vermelho
Classe toxicológica II Altamente tóxico Amarelo
Classe toxicológica III Medianamente tóxico Azul
Classe toxicológica IV Pouco tóxico Verde
DL 50
CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA CLASSIFICAÇÃO DOS INSETICIDAS
QUANTO À TOXICIDADE
Classe
DL50 (mg/kg)
(aguda oral)
Dose letal provável
para
um homem adulto
Extremamente tóxicos
Menor que 5
Algumas gotas
Muito tóxicos
5 a 50
1 colher de chá
Moderadamente tóxicos
50 a 500
Até 2 colheres de sopa
Pouco tóxicos
500 a 5.000
Até 2 copos
Praticamente não tóxicos
Acima de 5.000
Até 1 litro
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Grupo de inseticida Toxicidade aguda Intoxicações no
campo
Polaridade/Degradação no
ambiente
Função orgânica Modo de ação
nos animais
Principais vias de
absorção
Tratamento
Fosforados
E
Clorofosforados
muito tóxicos
com exceções
freqüentes
relativamente polares,
degradação razoavelmente
rápida
Ésteres dos ácidos
minerais de fósforo
inibidores da
colinesterase
dérmica e oral atropina e contrathion
Carbamatos muito tóxicos
com exceções
freqüentes
relativamente polares,
degradação razoavelmente
rápida
Ésteres dos ácidos
carbâmicos
inibidores da
colinesterase
dérmica e oral somente atropina
Clorados moderadamente
tóxicos ou pouco
tóxicos
raras
apolares, sendo de
degradação lenta
Hidrocarbonetos
clorados
interferem na
troca iônica
oral e respiratória calmantes, sedativos e
barbitúricos
Piretróides moderadamente
tóxicos ou pouco
tóxicos
raras
pouco polares, de
degradação razoável no
ambiente
Ésteres dos ácido
ciclopropano-
carboxílicos
interferem na
troca iônica
oral e respiratória caso de reações
alérgicas, o uso de
anti-histamínicos
CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA
Grupo de inseticida Toxicidade aguda Intoxicações no
campo
Principais vias de
absorção
Tratamento
Fosforados
E
Clorofosforados
muito tóxicos
com exceções
freqüentes
dérmica e oral atropina e contrathion
Carbamatos muito tóxicos
com exceções
freqüentes
dérmica e oral somente atropina
Clorados moderadamente
tóxicos ou pouco
tóxicos
raras
oral e respiratória calmantes, sedativos e
barbitúricos
Piretróides moderadamente
tóxicos ou pouco
tóxicos
raras
oral e respiratória caso de reações
alérgicas, o uso de
anti-histamínicos
CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA
Formulações
Conceito: a formulação permite que o produto seja
utilizado de maneira conveniente. É a maneira de
transformar um produto técnico numa forma
apropriada de uso.
FORMULADORES
- Formulador da indústria (Profissional da Química);
- Agricultor - (o último formulador)
Suportar o transporte Suportar o armazenamento Obter máxima eficiência na
aplicação
- Formular um agrotóxico consiste em preparar os
componentes ativos na concentração adequada,
adicionando substâncias coadjuvantes, para: FORMULAÇÕES PARA DILUIÇÃO EM ÁGUA
CONCENTRADO EMULSIONÁVEL (CE); (EC); (E):
- É a formulação mais antiga. Inseticida é desenvolvido em
solventes (derivados do petróleo);
- Forma um líquido homogêneo para aplicação após diluição em
água, do que resulta emulsão, geralmente de aspecto leitoso;
- As gotas tem boa aderência nas folhas.
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PÓ MOLHÁVEL (PM):
- Formulação sólida, na forma de pó, para aplicação sob a forma de
suspensão, normalmente de baixa concentração, após a dispersão em
água.
- Devem ser misturados com uma pequena quantidade de água para
formar um creme homogêneo e então colocados no tanque do
pulverizador, que já deverá estar parcialmente cheio de água,
completando-se então o volume do recipiente. Deve ser agitada
continuamente, para que o pó não se deposite no fundo do pulverizador.
PÓ SOLÚVEL (PS):
- formulação sólida constituída de pó, para aplicação após a mistura
do ingrediente ativo em água, sob a forma de solução, podendo.
- É a formulação ideal, uma vez que a mistura é perfeita;
- Não são muitos os inseticidas que podem ser assim formulados,
pois muitos não são solúveis em água. Ex: Cartap, Metomil,
Triclorfom.
Pó molhável - P.M.
• Forma mistura homogênea;
• Necessita de constante agitação.
• Forma suspensão.
Pó solúvel – P.S.
• Forma mistura homogênea;
• Não necessita de agitação;
• Forma solução.
FORMULAÇÕES PARA APLICAÇÃO DIRETA
PÓ SECO (P): formulação sólida, uniforme, sob a forma de pó, para
aplicação direta, através de polvilhamento.
GRANULADO (GR): formulação sólida, uniforme, sob a forma de
granulado com dimensões bem definidas, geralmente na faixa de 0,3
a 0,6 mm, para aplicação direta. Geralmente essa formulação tem
como objetivo liberar o ingrediente ativo de forma lenta e controlada.
Ex: isca formicida; inseticida de solo.
PASTAS formulação ingrediente ativo sob forma pastosa, para ser utilizada
sem diluição, sobre partes vegetais. Ex: fosfina para coleobrocas, sendo
encontrada em bisnagas.
AEROSSÓIS: em contato com meio ambiente evaporam deixando os
inseticidas em contato com o ar, na forma de finas partículas.
Concentrado emulsionável – C.E.
• Dissolução em solvente;
• Adição de adjuvantes;
• Óleo + Fungicida + Água.
Suspensão concentrada – S.C.
• Dissolução em água;
• Óleo + Água + Fungicida
Resumindo
Granulado – G.R.
• Formulação sólida;
• Granulos;
• Aplicação direta.
Pó seco – P.S.
Formulação sólida;
Aplicação direta;
Polvilhamento
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ESPALHANTES
ADESIVOS/ADJUVANTES
São substâncias adicionadas à formulação inseticida ou à calda
inseticida, pois auxilia a fixação do inseticida na planta, protegendo-a
das pragas por um período mais prolongado, em caso de chuvas.
Melhora o espalhamento e fixação do
produto
Formas de aplicação dos agrotóxicos
Polvilhadeira manual para aplicação de formicida em pó.
Matraca utilizada para
aplicação de granulados.
FORMAS DE APLICAÇÕES DOS AGROTÓXICOS
-Via Seca: Pós (Polvilhamento), Iscas granuladas e Grânulos;
P, GR
- Via Líquida: Diluição em água ou óleo; Imersão, Rega,
Pincelamento, Pulverização, Atomização,
Nebulização e Aerosol;
(PM, SC, PS, CE – Formam calda)
-Via Gasosa: Usados em fumigação (Brometo de metila,
Gastoxin e Fosfina); FU
FORMAS DE APLICAÇÃO DE PÓS-MOLHÁVEIS E
PÓS SOLÚVEIS
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Aerossóis (AE) -
Solventes altamente voláteis.
Inseticidas formulados com solventes
altamente voláteis, que evaporam em
contato com o ar e deixam o
inseticida em suspensão no ar.
Prof. Wilson José Morandi Filho
OBRIGADO PELA
ATENÇÃO!!