50 anos de Legalidade: Janguistas x Brizolistas · Na tensa madrugada do dia 2 para 3 de abril de...

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ANO 14 - Nº 147 PORTO ALEGRE SETEMBROO/2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Na tensa madrugada do dia 2 para 3 de abril de 1964, antes de voar a São Borja e depois deixar o Brasil por longos 12 anos, Jango Goulart teve mais uma de suas tradicionais escaramuças com o cunhado, o então deputado federal do PTB pela Guanabara Leonel de Moura Brizola. Uma rusga da qual restam poucas testemunhas… O local do encontro dos dois foi na casa do então comandante do III Exército, general que defendia a tese de que o presidente deveria resistir ao golpe que marchara contra seu mandato. Depois de ouvir do general um pequeno pronunciamento sobre com o que poderia contar para uma eventual resistência, com evidente derramamento de sangue, Jango disse mais ou menos ao seu comandado: - General, agradeço sua lealdade, mas eu vou para o exílio. Não quero derramamento de sangue. Já a Brizola, que queria que Jango o nomeasse ministro da Justiça e fizesse do comandante do III Exército, seu ministro da Guerra, Jango dirigiu-se com palavras mais duras: - Por ir atrás de tuas idéias que eu me encontro nesta situação. Brizola, teria rebatido: - Vai rengo filho da puta, tu nunca mais vais voltar vivo a este país (profecia que se concretizou…). Jango e Brizola somente vieram a se falar doze anos depois deste episódio. Pouco antes da morte de Jango – em 6 de dezembro de 1976 -, quando andava muito adoentado, Jango refez as relações com o cunhado. Há duas versões para o reatamento: uma, de Josué Guimarães, diz que foi ele que os aproximou, levando o ex-presidente à casa na Rambla dos Armênios, em Montevidéu, onde Brizola residia com a mulher, Neusa Goulart. “Ajudei a refazer a velha amizade”, disse num artigo no jornal O Nacional, de Tarso de Castro, em 1979, o próprio Josué. Já outra versão dá conta que o autor desta iniciativa seria outro exilado, Percy Quartieri Penalvo, amigo de ambos. Josué estava no apartamento de Brizola. Durante o exílio uruguaio, a discórdia dos cunhados se aprofundou. Ficaram este tempo todo incomunicáveis. Há testemunhas de que Jango não queria ver Brizola nem pintado de ouro. E a ele se referia por um palavrão… Uma certa feita, conta o contador de Jango, Luthero Fagundes, que ainda vive em São Borja, ele foi chamado por Jango para resolver um assunto de divisão de terras e teria recebido a seguinte recomendação: - Faça tudo de modo que eu não precise falar com o filho da puta do Brizola. A edição da revista Realidade, da editora Abril, na edição de junho de 1966, captou muito bem, por meio do repórter Luis Fernando Mercadante, a diáspora que Jango e Brizola viviam no exílio. Num exemplar que está guardado no Museu João Goulart, em São Borja, uma extensa reportagem assinada por Mercadante, conta detalhes de como viam os dois exilados, petebistas, mas separados pela mágoa: “Uma vala profunda, cavada através do tempo e recavada em vários episódios, separa hoje, mais do que nunca, dois políticos brasileiros asilados no Uruguai, ambos gaúchos, ambos jovens, ambos petebistas e até parentes: cunhados”, enfatiza a reportagem. Os dois políticos viviam tão separados que os companheiros gaúchos que ia visitá-los tinham o cuidado de que um não soubesse que o visitante iria na casa do outro também… Dava ciumeira e mágoa. O então deputado do MDB gaúcho, Pedro Simon, por exemplo, nunca esteve com Jango no exílio. Esteve, isto sim, duas vezes com Leonel Brizola. Uma foi para a festa de casamento da filha do então exilado, Neusa Maria, morta recentemente. Estas picuinhas do exílio parecem não ter fim… Passaram para a terceira geração. Dias destes, o neto de Jango, Cristopher Goulart, chamou a atenção num artigo de que não estavam enfatizando a importância do avô no episódio da Legalidade… Exigia que, por justiça, seu avô também fosse lembrado nestes 50 anos do evento. O “frouxo” do Jango, como diziam os brizolistas, ou o radical do Brizola, diziam os janguistas. A verdade é que os herdeiros dos dois principais protagonistas do episódio que agora completou 50 anos, e que para muitos historiadores foi o principal evento do século passado no Rio Grande do Sul, apenas igualado à enchente de Porto Alegre de 1941, ainda disputam o que se chamaria o espólio, ou os dividendos da Legalidade. A ‘‘paz’’entre ‘‘janguistas” e “brizolistas” só existe no Cemitério Jardim da Paz, em São Borja, onde repousam os restos mortais dos dois, no túmulo da família Goulart. Bom, mas lá é a paz dos cemitérios. *Jornalista Ladário Teles 50 anos de Legalidade: Janguistas x Brizolistas OLIDES CANTON*

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ANO 14 - Nº 147PORTO ALEGRESETEMBROO/2011

DISTRIBUIÇÃOGRATUITA

Na tensa madrugada do dia 2 para 3 de abril de 1964, antes de voar a São Borja e depois deixar o Brasil por longos 12 anos, Jango Goulart teve mais uma de suas tradicionais escaramuças com o cunhado, o então deputado federal do PTB pela Guanabara Leonel de Moura Brizola. Uma rusga da qual restam poucas testemunhas…

O local do encontro dos dois foi na casa do então comandante do III Exército, general que defendia a tese de que o presidente deveria resistir ao golpe que marchara contra seu mandato. Depois de ouvir do general um pequeno pronunciamento sobre com o que poderia contar para uma eventual resistência, com evidente derramamento de sangue, Jango disse mais ou menos ao seu comandado:

- General, agradeço sua lealdade, mas eu vou para o exílio. Não quero derramamento de sangue. Já a Brizola, que queria que Jango o nomeasse ministro da Justiça e fizesse do comandante do III Exército, seu

ministro da Guerra, Jango dirigiu-se com palavras mais duras: - Por ir atrás de tuas idéias que eu me encontro nesta situação. Brizola, teria rebatido:- Vai rengo filho da puta, tu nunca mais vais voltar vivo a este país (profecia que se concretizou…). Jango e Brizola somente vieram a se falar doze anos depois deste episódio. Pouco antes da morte de Jango –

em 6 de dezembro de 1976 -, quando andava muito adoentado, Jango refez as relações com o cunhado. Há duas versões para o reatamento: uma, de Josué Guimarães, diz que foi ele que os aproximou, levando o ex-presidente à casa na Rambla dos Armênios, em Montevidéu, onde Brizola residia com a mulher, Neusa Goulart. “Ajudei a refazer a velha amizade”, disse num artigo no jornal O Nacional, de Tarso de Castro, em 1979, o próprio Josué. Já outra versão dá conta que o autor desta iniciativa seria outro exilado, Percy Quartieri Penalvo, amigo de ambos. Josué estava no apartamento de Brizola.

Durante o exílio uruguaio, a discórdia dos cunhados se aprofundou. Ficaram este tempo todo incomunicáveis. Há testemunhas de que Jango não queria ver Brizola nem pintado de ouro. E a ele se referia por um palavrão…

Uma certa feita, conta o contador de Jango, Luthero Fagundes, que ainda vive em São Borja, ele foi chamado por Jango para resolver um assunto de divisão de terras e teria recebido a seguinte recomendação: - Faça tudo de modo que eu não precise falar com o filho da puta do Brizola.

A edição da revista Realidade, da editora Abril, na edição de junho de 1966, captou muito bem, por meio do repórter Luis Fernando Mercadante, a diáspora que Jango e Brizola viviam no exílio. Num exemplar que está guardado no Museu João Goulart, em São Borja, uma extensa reportagem assinada por Mercadante, conta detalhes de como viam os dois exilados, petebistas, mas separados pela mágoa: “Uma vala profunda, cavada através do tempo e recavada em vários episódios, separa hoje, mais do que nunca, dois políticos brasileiros asilados no Uruguai, ambos gaúchos, ambos jovens, ambos petebistas e até parentes: cunhados”, enfatiza a reportagem.

Os dois políticos viviam tão separados que os companheiros gaúchos que ia visitá-los tinham o cuidado de que um não soubesse que o visitante iria na casa do outro também… Dava ciumeira e mágoa.

O então deputado do MDB gaúcho, Pedro Simon, por exemplo, nunca esteve com Jango no exílio. Esteve, isto sim, duas vezes com Leonel Brizola. Uma foi para a festa de casamento da filha do então exilado, Neusa Maria, morta recentemente.

Estas picuinhas do exílio parecem não ter fim… Passaram para a terceira geração. Dias destes, o neto de Jango, Cristopher Goulart, chamou a atenção num artigo de que não estavam enfatizando a importância do avô no episódio da Legalidade… Exigia que, por justiça, seu avô também fosse lembrado nestes 50 anos do evento.

O “frouxo” do Jango, como diziam os brizolistas, ou o radical do Brizola, diziam os janguistas. A verdade é que os herdeiros dos dois principais protagonistas do episódio que agora completou 50 anos, e que para muitos historiadores foi o principal evento do século passado no Rio Grande do Sul, apenas igualado à enchente de Porto Alegre de 1941, ainda disputam o que se chamaria o espólio, ou os dividendos da Legalidade.

A ‘‘paz’’entre ‘‘janguistas” e “brizolistas” só existe no Cemitério Jardim da Paz, em São Borja, onde repousam os restos mortais dos dois, no túmulo da família Goulart. Bom, mas lá é a paz dos cemitérios.

*Jornalista

Ladário Teles

50 anos de Legalidade: Janguistas x BrizolistasOLIDES CANTON*

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Propriedade de Olides Canton - MECNPJ 94.974.953/0001-02Editor: Jorn. Olides Canton - Mtb 4959Endereço: Av. Lavras, 425/303Fone/Fax: (51) 3330.6803e-mail: [email protected] 90460-040 - Porto Alegre/RSEditoração Eletrônica: Rita Martins(9832.8385)e-mail: [email protected]ão: RM&L Gráfica (3347.6575/3061.2900)Os artigos assinados são de responsabilidade dosautores. Os colaboradores não têm vínculoempregatício.

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O DIA QUE OS SOLDADOS SALVARAM A GRÁFICA DA TRIBUNA GAÚCHA

FOFOCAS DA NOITEIMPRENSA

Aos 85 anos, José Nelson Gonzalez está aposentado, mas já foi dentista - dos bons - militou na juventude no PCB, foi sócio da revista Granja e trabalhou como gráfico na Tribuna Gaúcha, jornal do partido comunista, além de ter sido repórter do mesmo jornal cobrindo o setor legislativo estadual.

No dia 24.08.1954, dia da morte de Getúlio Vargas, logo após o meio-dia, Nelson estava nas oficinas da Tribuna Gaúcha que se localizavam na Av. Sete de Setembro, pouco depois donde está hoje localizada a Casa de Cultura Mário Quintana.

Logo após o meio-dia , depois que os revoltosos com a morte do presidente Vargas tinham quebrado outros jornais e incendiado prédios, além de fazer escaramuças no prédio do Citi Bank, na esquina da Uruguai com a Sete de Setembro, cerca de 100 manifestantes foram em direção ao prédio da Tribuna Gaúcha. Nelson supõe que incendiaram as gráficas porque a Tribuna tinha uma posição anti-queremista, ou seja, não era partidários de Getúlio, que acabara de matar-se no Rio de Janeiro, naquela manhã.

Mas quando os manifestantes foram chegando perto de onde fica hoje a Casa de Cultura Mário Quintana encontraram umas oito metralhadoras colocadas sobre os triplés prontas para serem acionadas pelos soldados que se deitaram em posição de tiro contra quem vinha a fim de quebrar tudo.

A Tribuna Gaúcha, ou melhor, suas gráficas, foram salvas por esta coincidência, ou seja, pelo fato de estarem localizadas perto dos quartéis.

Nelson recorda que ficou com medo quando a turba furiosa foi em sua direção e desconfiou que o alvo fosse a gráfica da Tribuna Gaúcha

Ele relata que ficou com medo mas que viu os manifestantes, que eram liderados por dois ou três manifestantes, que davam palavras de ordem no sentido de se dirigirem às gráficas da Tribuna Gaúcha. Deram meia volta e foram procurar outro alvo, deixando Nelson e os soldados aliviados.

A coincidência é que o Jornal O Estado do Rio Grande que vizinhava de fundos com a gráfica da Tribuna Gaúcha sofreu grandes depredações no dia da morte do Getúlio Vargas pela revolta dos populares que não se conformaram com o suicídio do presidente. (Olides Canton)

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Num hotel perto da rodoviária, hóspede chegou às 2 da madrugada do dia 20.08 e na portaria o levaram pro quarto, acompanhado. Quando ele abriu a porta, um casal, se assustou com aquela " aparição"!E o hotel tem mais de 3 estrelas...

Chargista Marco Aurélio, de ZH, frequentador assíduo do Barranco, não está mais comparecendo lá. Tudo porque saindo de lá bateu no carro estacionado na rua lateral que pertence ao garção Jorge. Turma de garçãos já estão querendo fazer uma visita ao Marco pra que ele volte ao ninho antigo.

Um bar, na Andrades Neves, conhecido e famoso pela música ao vivo, serve chopp pela metade, pelo menos durante o dia. O restante não é chopp, é espuma. Mas o gerente diz que o chopp é assim servido. Como diz o juiz de futebol aquele, a regra é esta....quem não estiver gostando, que se retire, só que o chopp não é de graça, custa cinco contos...

Domingo dia 04.09, o coleguinha Vicente Romano (assessor de imprensa do Partido Progressista - muitos chamam sua sala de "covil da Arena" - foi numa churrascaria da Zona Norte e teve que ouvir de um garção da casa: - Não entendi como um cliente veio me dizer que foi bem servido aqui!!!Romano explica: aos domingos, sempre tem dois ou tres "folguistas" e este garção acha que os colegas dominicais servem os clientes muito mal...Como diria o outro, muy amigo...

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CENSO MOSTRA MENOS ENTUSIASMO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

S e s s e n t a p o r c e n t o ( 6 0 % ) d o s apartamentos que são comprados em Porto Alegre estão abaixo da faixa de 280 mil reais, informou ontem, dia 16.08, em coletiva no Plaza hotel, o presidente do Sinduscon, Paulo Garcia.

Ele relatou que o primeiro semestre do ano na capital teve o setor muito prejudicado pelo que chamou de Greve de engenheiros e arquitetos da prefeitura municipal, que começou em abril e somente terminou em junho. No começo, disse o dirigente, era uma espécie de greve branca, mas depois ficou mais

forte. Isto prejudicou, segundo ele, a liberação das licenças para a construção civil.

Outro destaque da coletiva do setor da construção foi a revelação de que 83% dos empreendedores da construção civil ainda o são em até dois empreendimentos, ou seja, são quase artesanal.

Os dirigentes informaram ainda que regressaram de recente encontro em São Paulo, onde foi dado um panorama da construção civil no país. Pelos dados trazidos de lá, o Brasil precisa de 25 milhões de novas moradias para os próximos 12 anos.

Os dirigentes do sinduscon revelaram também que os grandes compradores de imóveis no momento são jovens casais na faixa até 35 anos.

E que os edifícios que mais vendem são os “cluberizados" como são chamados os que apresentam áreas de lazer.

Os maiores compradores, informa o censo do sinduscon são os chamados integrantes da Classe C.

Dr. Belmar AndradeØ Cardiologia Preventiva e Cardiologia do EsporteØ Avaliação para prática esportiva

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Educação Infantil de qualidade é o primeiro passo para formação de cidadãos e cidadãs

A Educação Infantil é um bem público, pois se constitui em dever do Estado, portanto, é um direito que deve ser assegurado às crianças e às suas famílias, pois é nesta etapa da vida que os meninos e meninas iniciam suas caminhadas na identificação de valores, na formação de significados coletivos, constroem noções de respeito ao meio ambiente, tomam contato com a cultura e com a arte e, sobretudo, passam a valorizar as pessoas. Para tanto, considerando-se este contexto, a pré-escola, que atende aos pequenos de 0 a 5 anos, vem se ressignificando com o passar dos anos. As creches com caráter assistencial vem dando espaço

àquelas com caráter formativo e de estímulo social, através da implementação das dimensões educativa, cultural e social como elementos cruciais ao desenvolvimento das crianças e seu direito à cidadania.

Outra mudança neste segmento é o crescente aumento da demanda, por isso o município precisa repensar o atual modelo que utiliza o convênio com creches particulares e comunitárias como uma das estratégias para suprir vagas. O que poderia ser transitório consolidou-se no cenário da educação infantil. Se por um lado isso pode atender o problema de muitos pais e mães que, desatendidos, encontram neste modelo um espaço próximo de suas casas para deixarem seus filhos, por outro, inicia-se ai um dos nós na questão da educação. Amplia-se a dificuldade em qualificar as propostas pedagógicas a partir de um processo de formação continuada, bem como pela precariedade das condições de trabalho das educadoras populares, haja vista que são voluntárias e que recebem uma ajuda de custo absolutamente constrangedora. A realidade enfrentada pelas entidades conveniadas na Capital não é nada estimulante. Além da procura maior do que a capacidade de atendimento, as creches sobrevivem a duras penas com recurso abaixo das necessidades de funcionamento. Num cenário como este em que o recurso mal cobre folha de pagamento e alimentação, não há como pensar na qualificação profissional, nos investimento em áreas para brincar e nas melhorias de proposta pedagógica e projetos. Infelizmente o cobertor curto na educação infantil está fazendo com que as entidades comunitárias conveniadas, que têm um importante papel na educação infantil, sejam um quadro de retrocesso no modelo que se sonha para formação das crianças em Porto Alegre. Qualquer que seja o debate por soluções ele passa obrigatoriamente por aumentar o investimento da educação infantil, construção de um plano de carreira sólido aos professores, além de melhoria na formação dos mesmos. Se não houver prioridade neste tema, a situação atual agravará o abismo entre a educação infantil pública e privada, intensificando as injustiças sociais e as diferenças na formação das crianças.

* Por Adeli SellVereador e Presidente do PT de Porto Alegre