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LEIA NO PANORAMA GERAL Agricultura de resultados, um caminho para a sustentabilidade LEIA NESTA EDIÇÃO Trigo: mesmo com lentidão, produtores retomam semeadura da lavoura no Estado. N.º 1.454 14 de junho de 2017 Aqui você encontra: Editorial Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Analises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Agricultura de resultados, um caminho para a sustentabilidade A semana iniciou com um debate muito interessante sobre sustentabilidade e inovação no agronegócio. Promovido pelo I-Uma (Instituto de Educação do Agronegócio), o 14º Agrimark Brasil - Seminário Brasileiro de Marketing no Agronegócio reuniu técnicos e extensionistas da Emater/RS-Ascar, que acompanharam palestras sobre o tema: A Produção Rural Sustentável A Inovação na Gestão de Recursos. Participaram do Seminário os ex-ministros Francisco Turra e Odacir Klein, secretários nacionais e de Estado, representante da FAO, presidentes e diretores de instituições e organizações voltadas ao setor agropecuário. Na oportunidade, recebemos uma placa do I-Uma em homenagem aos 62 anos da Ascar, celebrados no último dia 2 de junho, a quem agradecemos, pois reconhecemos o empenho e a dedicação de todos os extensionistas que fizeram da Emater/RS-Ascar essa Instituição de referência nacional. Foi oportuno acompanhar a explanação do secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Ernani Polo, ao avaliar as transformações ocorridas na agricultura, que passou de subsistência para tecnológica, ressaltando que os avanços do setor devem considerar não apenas as safras de grãos, mas incluir os números da produção de tabaco, das frutas, dos hortigranjeiros e das carnes. Esses e outros dados e informações podem nos fortalecer enquanto prestadores de Assistência Técnica no Estado, e beneficiar os agricultores familiares gaúchos através das diversas políticas públicas disponíveis, como o Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, lançado há quase um ano pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), através dos secretários Tarcisio Minetto e Iberê Orsi, e executados pela Emater/RS- Ascar junto a 10 mil das 211 mil famílias de agricultores atendidos pela Instituição em 2016. Nós, extensionistas rurais sociais, somos os condutores dessas práticas e tecnologias que qualificam a produção, aumentam a produtividade e agilizam o processo de tomada de decisões para, através da uma gestão eficiente em cada propriedade gaúcha, reduzir os custos e o uso de agroquímicos, reorganizando a propriedade e otimizando o uso de recursos naturais, incentivando, por exemplo, a irrigação por gotejamento e fortalecendo a integração lavoura-pecuária-floresta. Precisamos desenvolver uma agricultura de resultados, capaz de produzir alimentos que atendam à demanda mundial por alimentos. Isso vai acontecer quando obtemos maior produtividade com menos insumos e recursos naturais. Somente utilizando as tecnologias modernas e mais eficientes vamos atingir o tão propagado desenvolvimento sustentável. Esse é o novo agronegócio que, em parceria com outras entidades, buscamos desenvolver no nosso Estado. Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar

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LEIA NO PANORAM A GERAL Agricultura de resultados, um caminho para a sustentabilidade

LEIA NESTA EDIÇÃO

Trigo: mesmo com lentidão, produtores retomam semeadura da lavoura no Estado.

N.º 1.454

14 de junho de 2017

Aqui você encontra:

Editorial

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Agricultura de resultados, um caminho para a

sustentabilidade

A semana iniciou com um debate muito interessante sobre

sustentabilidade e inovação no agronegócio. Promovido pelo I-Uma

(Instituto de Educação do Agronegócio), o 14º Agrimark Brasil - Seminário

Brasileiro de Marketing no Agronegócio reuniu técnicos e extensionistas

da Emater/RS-Ascar, que acompanharam palestras sobre o tema: A

Produção Rural Sustentável – A Inovação na Gestão de Recursos.

Participaram do Seminário os ex-ministros Francisco Turra e Odacir Klein,

secretários nacionais e de Estado, representante da FAO, presidentes e

diretores de instituições e organizações voltadas ao setor agropecuário.

Na oportunidade, recebemos uma placa do I-Uma em homenagem aos 62

anos da Ascar, celebrados no último dia 2 de junho, a quem

agradecemos, pois reconhecemos o empenho e a dedicação de todos os

extensionistas que fizeram da Emater/RS-Ascar essa Instituição de

referência nacional.

Foi oportuno acompanhar a explanação do secretário estadual de

Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Ernani Polo, ao avaliar as

transformações ocorridas na agricultura, que passou de subsistência para

tecnológica, ressaltando que os avanços do setor devem considerar não

apenas as safras de grãos, mas incluir os números da produção de

tabaco, das frutas, dos hortigranjeiros e das carnes.

Esses e outros dados e informações podem nos fortalecer enquanto

prestadores de Assistência Técnica no Estado, e beneficiar os

agricultores familiares gaúchos através das diversas políticas públicas

disponíveis, como o Programa de Gestão Sustentável da Agricultura

Familiar, lançado há quase um ano pela Secretaria Estadual de

Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), através dos

secretários Tarcisio Minetto e Iberê Orsi, e executados pela Emater/RS-

Ascar junto a 10 mil das 211 mil famílias de agricultores atendidos pela

Instituição em 2016.

Nós, extensionistas rurais sociais, somos os condutores dessas práticas e

tecnologias que qualificam a produção, aumentam a produtividade e

agilizam o processo de tomada de decisões para, através da uma gestão

eficiente em cada propriedade gaúcha, reduzir os custos e o uso de

agroquímicos, reorganizando a propriedade e otimizando o uso de

recursos naturais, incentivando, por exemplo, a irrigação por gotejamento

e fortalecendo a integração lavoura-pecuária-floresta.

Precisamos desenvolver uma agricultura de resultados, capaz de produzir

alimentos que atendam à demanda mundial por alimentos. Isso vai

acontecer quando obtemos maior produtividade com menos insumos e

recursos naturais.

Somente utilizando as tecnologias modernas e mais eficientes vamos

atingir o tão propagado desenvolvimento sustentável. Esse é o novo

agronegócio que, em parceria com outras entidades, buscamos

desenvolver no nosso Estado.

Lino Moura

Diretor técnico da Emater/RS

e superintendente técnico da Ascar

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PANORAM A GERAL MAIS DE 100 MILHÕES PASSAM FOME NO MUNDO

O número de pessoas enfrentando fome severa no mundo ultrapassou os 100 milhões e vai aumentar se a ajuda humanitária não for acompanhada de mais apoio para os agricultores, afirma a Organização das Nações Unidas (ONU). Estudos recentes mostraram que no ano passado 102 milhões de pessoas enfrentavam desnutrição aguda, o que significa estarem à beira da fome, num aumento de quase 30% em relação aos 80 milhões de 2015. O aumento se deu principalmente por causa do aprofundamento das crises no Iêmen, no Sudão do Sul, na Nigéria e na Somália, onde conflito e seca têm atingido a produção de alimentos. Ajuda humanitária tem mantido até agora muitas pessoas vivas, mas a situação da segurança alimentar delas continua a deteriorar. Mais investimentos são necessários para ajudar que as pessoas se alimentem de plantações e rebanhos, ou seja, apoio à agricultura. Fonte: FAO

CAR FORNECE DADOS PARA A PESQUISA DE

ÁREAS A PRESERVAR

As áreas preservadas pela agricultura brasileira são foco de pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (Gite) da Embrapa, com base nos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O Gite concluiu números referentes ao estado do Rio Grande do Sul. Os primeiros levantamentos mostraram que 13% da área total do Estado está preservada pela agricultura e que 1% da unidade federativa corresponde a áreas protegidas por terras indígenas e unidades de conservação. Os dados analisados são provenientes das declarações e mapas cadastrados pelos agricultores no Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) – sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Em janeiro deste ano, a base de dados do SiCAR foi integrada ao Sistema de Inteligência Territorial Estratégica (SITE) da Embrapa, possibilitando o cruzamento com outras bases de dados. O Gite realizou um trabalho de análises comparativas, nos estados, entre as áreas protegidas e as preservadas. Foram utilizados quatro planos de informação em um imóvel rural: áreas de preservação permanente, de reserva legal, de vegetação excedente e de hidrografia. No Rio Grande do Sul, o estudo utilizou as declarações de 455.295 imóveis rurais, totalizando uma área em torno de 16 milhões de hectares. O

uso do Pampa, bioma característico do Estado, trouxe uma particularidade às análises do CAR no Rio Grande do Sul, visto que ao realizar o cadastro de seus imóveis, os agricultores podem ter declarado a área de Pampa como pastagem, ao invés de vegetação preservada. Dessa forma, as porcentagens das áreas preservadas pela agricultura no Estado poderão ser maiores. Novos estudos do Gite reclassificarão as áreas de Pampa - dentro desses imóveis rurais - como vegetação preservada a fim de se ter uma visão mais completa do papel da agricultura na preservação da vegetação nativa. Fonte: Gite/Embrapa

GRÃOS Trigo – A retomada do plantio da cultura recomeçou já no domingo, em que pese o solo excessivamente úmido para tal atividade. Alguns produtores ainda realizam operações de dessecação nas lavouras a serem cultivadas, contando que as condições reinantes melhorem e as operações cheguem a um resultado satisfatório, evitando assim maiores gastos. Outros se deparam com a necessidade de um novo manejo químico nas lavouras já dessecadas, repondo novamente fertilizantes e herbicidas para que as sementes tenham uma germinação adequada. Nas áreas onde as chuvas foram mais intensas, muitas das lavouras mostram a necessidade de correção dos efeitos causados pelas enxurradas, como nivelamento de voçorocas, reconstrução de terraços, limpeza de canais escoadores, bem como a reconstrução das vias internas para o deslocamento das máquinas dentro das lavouras/talhões. Nesse cenário, dependendo da região produtora, a semeadura se encontra muito atrasada, podendo resultar inclusive na desistência de plantio de algumas áreas. Segundo informações que chegam dos escritórios regionais da Emater/RS-Ascar, só foi possível semear até o momento pouco mais de 83 mil hectares, o que representa aproximadamente 12% do previsto para este ano; assim, o total previsto seguramente deverá ser revisado face às circunstâncias. Esse percentual já teria ultrapassado 50% se considerada a média dos últimos cinco anos. Este fato se reveste de importância para os produtores, que estão preocupados com a aproximação do final do período recomendado para o plantio dentro do zoneamento agroclimático, principalmente para as variedades precoces. Áreas implantadas antes do período de alta umidade e chuvas prolongadas apresentam, de

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forma indistinta, plantas amareladas, estioladas e com vários problemas causados pela pouca luminosidade, deixando-as suscetíveis às doenças fúngicas. Canola - Com a volta do sol e ausência de chuvas neste início de semana na região do Planalto Médio, deverão ocorrer a retomada e a conclusão do plantio da canola, uma vez que faltam aproximadamente 5% da área a ser semeada. Nas áreas já instaladas, o padrão das lavouras é regular, prejudicadas pelo excesso de chuvas e baixa luminosidade, deixando as plantas raquíticas e com densidade baixa por área ocupada. Os tratos culturais fazem-se necessários com urgência, principalmente o controle das invasoras e a aplicação de nitrogênio em cobertura. Nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial, com a maior área a ser implantada com essa cultura, as lavouras mantêm atraso no plantio em relação aos anos anteriores, mas com possibilidade de implantação até o final de junho. Nessa última semana, o clima permitiu a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura e o controle de ervas. Produtores que não encerraram o plantio estão contatando empresas para devolver os insumos cuja utilização não foi possível. Áreas implantadas apresentam desenvolvimento inicial lento, plantas cloróticas e falhas na emergência. Nas Missões e Fronteira Noroeste, após um longo período de chuvas, nesta semana foi retomado o plantio da cultura e também será possível realizar uma avaliação das perdas nas áreas plantadas antes das chuvas. Há possibilidade de redução da área cultivada, devido à necessidade de replante em algumas áreas e por não ter mais semente disponibilizada para comercialização. Preço - de R$ 54,80/sc. no Noroeste a R$ 59,90 no Planalto Médio. Cevada - Com o retorno do sol e tempo seco, se dará continuação da semeadura da cevada. Os trabalhos serão concentrados na dessecação das áreas e no plantio, uma vez que este está muito atrasado; historicamente, neste período e nas principais regiões produtoras, já teríamos plantado 80% da área. Ocorrem plantas amareladas e problemas de erosão nas lavouras já implantadas.

Preço de referência - R$ 31,50/sc.

Aveia branca - Com o plantio iniciado, mas interrompido com a continuidade das chuvas no período passado, os produtores retomam os trabalhos de implantação nessa semana. Nas áreas já semeadas anteriormente, o desenvolvimento vegetativo está muito ruim devido ao clima, sem insolação e chuvas frequentes. Há pontos das lavouras com mortandade de plantas em solos baixos, encharcados e com pontos de alagamentos. A previsão de manter ou ampliar a área do ano passado poderá não acontecer, pois com o clima adverso não foi possível implantar a cultura no período recomendado pelo zoneamento agroclimático em muitas regiões, e os produtores que possuem financiamento estão procurando as agências bancárias para resolver este impasse. Há produtores com financiamento sem liberação de recursos e sem realização de semeadura no período recomendado. Também há expectativa dos produtores e agentes financeiros relativa à prorrogação do período de implantação da cultura. Feijão 2ª safra - Com o retorno do sol e com as perspectivas de bom clima para os próximos dias, a colheita do feijão deverá ser retomada nas poucas áreas ainda em finalização; porém muitas dessas lavouras apresentaram perdas significativas pelo excesso de chuvas, danificando a qualidade dos grãos e afetando a produtividade, fazendo com que muitos agricultores recorressem ao Proagro, requerendo indenização das perdas.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais

O cenário do período nos últimos 21 dias no Vale do Caí foi desfavorável ao olericultor, com chuvas excessivas (406 mm no período), alta umidade e ausência de sol, favorecendo o aparecimento de doenças fúngicas e podridões, em especial para a cultura da alface. Esta realidade gerou atraso nas atividades de preparo do solo e transplante das olerícolas e imputou perdas estimadas em 30% da produção, que também teve a sua qualidade afetada. Nesse vale, há relatos de perdas de mudas por terem passado muito tempo nas bandejas, perdendo a qualidade para o transplante. De forma geral, ocorre no período uma valorização das olerícolas, devido à menor oferta, destacando-se a alface e o repolho. Na Zona Sul do Estado, a produção de hortaliças concentradas em Pelotas, Rio Grande, Arroio do Padre e Turuçu continua com boa oferta na Ceasinha de Pelotas.

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Os preços de comercialização do tomate, pimentão reagiram no mercado e permanecem estáveis. Os da cebola apresentam elevação, mas poucos produtores com cebola para comercializar; abóboras permanecem com valores muito baixos. Em Pelotas a alface teve melhora na comercialização, com preços entre R$ 15,00 e R$ 20,00/cx. Em Jaguarão a implantação de estufas tem sido dificultada, pois o solo se encontra muito encharcado. Seguem a elaboração de projetos e a contratação via programas de crédito Pronaf e Feaper para construção de estufas com fertirrigação. No Alto Uruguai, há tendência de aumento de preços pelos danos causados com as enxurradas. Apenas as folhosas (alface) produzidas em estufas ficaram livres dos problemas. Também é necessário calcular melhor os danos causados pelos ventos em algumas estruturas de cultivo protegido. Baixa a oferta local de olerícolas. Surgem sintomas de doenças pela baixa luminosidade. Entre as frutas, o morango terá incremento de áreas novas plantadas em sistemas de estufas nos municípios de Áurea e Erval Grande. Incremento de áreas com uvas de variedades Bordô, Isabel e Niágara em Floriano Peixoto, São Valentim e Viadutos. A Emater/RS-Ascar realiza evento microrregional de vitivinicultura em Floriano Peixoto visando incentivar o plantio e o manejo correto das parreiras da região de Getúlio Vargas. No Vale do Taquari as hortaliças de forma geral tiveram dificuldade pelo excesso de chuva nas últimas três semanas. Os produtores de hortaliças, principalmente a céu aberto, estão tendo prejuízos em especial nas folhosas, retardando o plantio de outras culturas. Contabilizam uma perda de aproximadamente 50%. Frutícolas

Citros - As duas semanas de chuvas que marcaram o início de junho trouxeram sérios prejuízos para a citricultura da região do Vale do Caí. Esse excesso de chuva, além de dificultar a colheita, causa rachadura na casca das frutas e maior incidência de fungos que propiciam o apodrecimento e a queda precoce das frutas. A grande umidade no solo causa uma reação fisiológica nas plantas, resultando em queda das frutas. O solo encharcado induz condições anaeróbicas (excesso hídrico), o que ocasiona morte de raízes e aumento da síntese de etileno nas plantas, com consequente estímulo à queda

(abscisão) de frutas, e a umidade relativa do ar elevada ocasiona a redução das trocas gasosas entre os estômatos e a atmosfera, com consequente redução da taxa fotossintética, que também estimula a queda de frutas. A queda de frutas foi muito mais intensa nas frutas maduras, prontas para a colheita, como as bergamotas Caí e Ponkan, e as laranjas Céu Precoce, umbigo Bahia, Seleta e Shamouti. As perdas estimadas ocasionadas pela queda das frutas, tanto em bergamoteiras como em laranjeiras, foram em média 20% para frutas maduras na região do Vale do Caí. Em Bom Princípio as chuvas excessivas na última quinzena levaram a perdas grandes em todas as variedades de laranjas, sendo que as perdas maiores (30% a 40%) foram nas variedades precoces, principalmente na Céu Paulista e na umbigo Bahia. As variedades mais tardias, Céu Gaúcha, Monte Parnaso e Valência, também apresentaram queda de frutos, mas em uma proporção menor do que em relação às outras (5% a 10%). Além das grandes perdas, o preço baixo e a dificuldade de comercialização têm marcado essa safra. A caixa de laranja de 25 quilos para suco ficou entre R$ 6,00 e R$ 7,00/cx. e para venda in natura a R$ 10,00. Porém, a maior queixa dos citricultores é a dificuldade de vender o produto; dizem que não se consegue venda na Ceasa e a única opção que resta é a venda para a indústria. No município de Brochier, devido às chuvas constantes, nas últimas semanas os pomares de laranja apresentaram muita queda de frutos. Uma grande quantidade já caiu, cerca de 20 a 30%, e ainda há muita queda de frutos. O preço das laranjas Céu Precoce está R$ 350,00/ton. para indústria de suco e para mesa cerca de R$ 10,00/cx. de 25 quilos. Para a laranja Seleta o citricultor está recebendo em R$ 14,00/cx.. Para a Umbigo Bahia, cultivar cujos pomares estão muito carregados nesta safra, o citricultor está recebendo em média R$ 17,00/cx.; mas devido à grande quantidade de chuvas, também está sendo prejudicada e caindo, fazendo com que talvez o preço aumente futuramente em virtude das perdas. As bergamotas também estão sendo prejudicadas, com cerca de 20% de queda de frutas, e algumas estão apodrecendo na própria planta. O preço de venda da bergamota Caí está em R$ 10,00/kg para mesa e R$ 280,00/ton. para a indústria de suco. Para a Ponkan, o citricultor está recebendo R$ 12,00/cx. para mesa e R$ 250,00/ton. para indústria de suco.

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Em Pareci Novo, a bergamota Caí está sendo comercializada a preços próximos a valores que variam de R$ 12,00 a R$ 14,00 a caixa, com alguma venda de frutas para fora do Estado. Alguns citricultores estão colhendo Ponkan para suco a R$ 5,00 ou R$ 6,00/cx., com relatos de ainda não conseguir venda. Há preocupação em relação à chuva das últimas semanas no sentido de que a mesma possa afetar a qualidade da fruta para o consumo ao natural. As chuvas das últimas duas semanas estão provocando queda da bergamota Ponkan de aproximadamente 28% e de 10% para a bergamota Caí. Também há perdas para a bergamota Pareci e algumas frutas da Montenegrina nos pomares mais adensados. Em São Sebastião do Caí, conforme relato de algumas famílias citricultoras, este ano está sendo um dos piores anos no que se refere ao preço de comercialização de cítricos na Ceasa. A safra, de um modo geral, não está fluindo como em outros anos; a exceção fica com a bergamota Ponkan, da laranja Shamouti e laranja Céu Precoce, em que a comercialização está fluindo bem. Os preços recebidos pelos citricultores neste município são de R$ 15,00/cx. para a Ponkan, R$ 10,00/cx. para a laranja Céu Precoce e R$ 18,00/cx. para a umbigo Bahia. Já em Tupandi, município grande produtor de laranja, os citricultores estão com dificuldade para comercializar a laranja umbigo Precoce e estão destinando esta fruta para a indústria de suco, em função de muita fruta estar caindo. A laranja umbigo Precoce que está sendo negociada no mercado tem preço variando entre R$ 12,00 e R$ 15,00/caixa. Com a volta do tempo bom a colheita recomeçou com mais intensidade. Entretanto, os preços permanecem baixos, da mesma forma que na última semana do mês de maio (veja quadro). A lima ácida Tahiti, popular limão da caipirinha, tem floração e produz frutas durante todo o ano, com maior fluxo de produção de março a julho na região do Vale do Caí. Em Bom Princípio, grande produtor de lima ácida, se a situação do Tahiti não era boa na última quinzena, nesta semana a situação se agravou, pois, além do preço em baixa e do mercado retraído, as chuvas excessivas na última quinzena fizeram com que os frutos começassem a amarelecer, perdendo assim totalmente seu valor comercial. Os poucos frutos ainda comerciáveis continuam com a mesma faixa de preço da quinzena passada: R$ 10,00/cx. na propriedade do citricultor.

Quadro de percentual colhido e preços das frutas cítricas no Vale do Caí

Fruta (caixas de 25 kg)

% colhido*

até 09.06

R$/cx. em

26.05

R$/cx. em

09.06

Bergamota Caí 35% 13,00 13,00

Bergamota Ponkan 25% 16,00 15,00

Laranja Céu Precoce 30% 11,00 11,00

Laranja Umbigo Bahia

35% 19,00 16,00

Laranja Shamouti 50% 20,00 18,00

Lima Ácida Tahiti 35% 12,00 11,00 * Também contabilizadas as frutas caídas e não

aproveitadas

Colheita em andamento de tangerinas das variedades Ponkan, Caí e Pareci. Na região do Baixo Rio Pardo inicia também a colheita de laranja de umbigo das variedades precoces e da variedade Tobias. As demais espécies de citros estão em fase de desenvolvimento de frutos e maturação. Com o clima chuvoso das últimas semanas, houve atraso no desenvolvimento dos frutos.

No Alto Uruguai, há queda acentuada de frutas, principalmente das variedades precoces Baianinha, Iapar, Rubi, e queda também expressiva na variedade Lanelate. As variedades de umbigo são as mais afetadas. A laranja de umbigo no mercado regional e no município de Chapecó está cotada a R$ 1,00; entrega direta para produtor na faixa de R$ 0,70, através dos atravessadores; laranja suco em torno de R$ 0,23 a R$ 0,30/kg, com alguma variação para mais ou para menos, dependendo da quantidade e distância do local de coleta. Ataque intenso de penicillium que era de se esperar devido à grande umidade. Pelas condições ambientais que tivemos nos últimos dias, a vida útil de prateleira das frutas de mesa também deve ter diminuído bastante.

Nas regiões da Produção e Nordeste do RS foi uma semana crítica para os pomares de citros, devido à umidade excessiva. A queda das frutas das plantas se elevou e há bastante oferta de citros no mercado, principalmente de laranja de umbigo, ocasionando a queda do preço desta cultivar. As vendas maiores foram voltadas à laranja indústria que teve maior procura para comercialização em comparação à laranja de mercado. As perdas na região já estão em torno de 10%, devido ao excesso de chuvas. As laranjas estão

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rachando e caindo das plantas, principalmente as laranjas de umbigo. Os preços de comercialização semana anterior foram os seguintes:

aia B (Umbigo) - R$ 17,00/cx.

Lima Rubi e Iapar-53 - R$ 13,00/cx.

- R$ 15,00/cx.

Laranja do Céu - R$ 15,00/cx.

Foram comercializadas 180 caixas da bergamota Ponkan a um preço de R$ 13,00/cx. Encerrou a comercialização da safra do cultivar 15 de Março. O preço médio foi de R$ 13,00/cx. de 25 quilos. Caqui – Na Serra Gaúcha, parte da produção ainda se encontra nos pomares, e tal postergação na colheita é determinada pelas condições climáticas adversas que se mantiveram impróprias por quatro semanas. O excesso de umidade nas frutas e no solo que retardou a colheita também condicionou a sobrematuração e o surgimento de fungos fitopatogênicos, principalmente junto ao cálice da fruta, deteriorando-a. Considerável volume da produção foi estocada em frigoconservação nas câmaras frias, no intuito de, futuramente, auferir maiores valorações. Alguns pomares situados em posições de melhor insolação/ventilação e solo mais drenado estão sendo colhidos; porém, está sendo abandonada a grande maioria de pomares com frutos remanescentes. Preço médio na propriedade em R$ 0,75/kg. Moranguinho - O plantio da nova safra está encerrado e com bom desenvolvimento das cultivares de dias curtos, que começam a apresentar suas primeiras floradas no Vale do Caí. Cultivares de dias neutro, importadas, estão em fase final de plantio e início de enraizamento. Áreas manejadas para um segundo ciclo produtivo produzem algum volume que neste momento está sendo comercializado a R$ 6,25/cumbuca, sendo que a caixa está saindo a R$ 25,00 (com quatro cumbucas). Registram-se alguns problemas sanitários com podridões nessas áreas e ocorrência de ácaro rajado, mesmo nestas condições de elevada umidade. Já no Vale do Taquari, o cultivo do morango está aumentando gradativamente ano após ano. Isto se deve às novas tecnologias utilizadas, visibilidade da produção e rentabilidade financeira. As famílias que já cultivam há mais de ano já estão colhendo pequenas quantidades da fruta de variedades que produzem quase o ano inteiro. Produtores estão

recebendo em média de R$ 15,00/kg. Há tendência que a safra aumente a partir de julho, quando as cultivares importadas começarem a produzir. O excesso de chuvas e a falta de sol têm prejudicado o desenvolvimento das plantas, retardando a produção e contribuindo para a ocorrência de doenças. Na região Central, em Agudo, as plantas que serão substituídas neste ano estão em plantio. Já as cultivares de dia neutro oriundas do ano anterior estão em produção. Os produtores estão recebendo cerca de R$ 15,00/kg do produto. Na região do Vale do Rio Pardo, a baixa radiação solar incidente e o clima chuvoso e úmido da semana são desfavoráveis à cultura, pois atrasam principalmente o crescimento das plantas, além de reduzir a qualidade dos frutos e propiciar condições para o desenvolvimento de doenças fúngicas. Esse quadro climático desfavorável terá consequências negativas no futuro. Produtores devem atentar-se para a ocorrência de Fungus gnats, que é favorecida por esta condição climática. A colheita está sendo realizada em plantios de segundo ciclo, mas esta ainda é baixa. Recentemente foi realizado plantio de mudas importadas. Pêssego - Cultura em entressafra na região Sul. Alguns produtores fornecedores de agroindústrias da região ainda não receberam na totalidade o valor da safra entregue. Produtores seguem realizando a limpeza dos pomares através das roçadas e iniciaram a atividade de poda. Alguns pomares já estão com floração inicial. Segue intenso o encaminhamento de análise de solo, recomendações de corretivos e adubos, objetivando os projetos de crédito para o financiamento de custeio da safra junto aos agentes financeiros. Produtores realizam a encomenda de mudas para plantio de novos pomares objetivando apenas a renovação das quantidades de pessegueiros já existentes. A safra na região compreende oito municípios com um total de 6.155 hectares envolvendo 1.387 famílias.

Olerícolas

Pepino - Áreas em final de produção manifestam situação fitossanitária de regular a ruim no Vale do Caí, com ocorrência principalmente de mosca branca e doenças fúngicas relacionadas à alta umidade. Desenvolvimento reduzido em função das temperaturas amenas, com queda e

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apodrecimento de frutos. Com relação a preços, houve valorização no período, mas ainda está aquém do preço ideal, se situando em média de R$ 1,25 a R$ 1,40/kg. Novas áreas encontram-se em fase vegetativa e início de produção, tanto para o pepino conserva quanto para o pepino salada. A procura da cultura está em alta nos mercados, e o preço para ambos se manteve o mesmo, em média de R$ 30,00/cx. de 20 quilos (preço de entrega dos produtores). Alho – Na região Serrana o término das precipitações no final de semana e concomitantemente o retorno da insolação, permitem, nos próximos dias, mesmo sem as melhores condições do solo, grande mobilização para o início da implantação das áreas com principal variedade, a São Valentin. A grande preocupação não é tanto com o período de plantio, pois o mesmo se encontra no seu princípio, e sim em relação ao período de vernalização dos bulbilhos-sementes que, no geral, está ultrapassando o número de dias ideais. Ao serem retirados das câmaras frias, os bulbos são debulhados e submetidos a tratamento de imersão, devendo em poucos dias serem plantados. Há casos em que os bulbilhos estavam prontos para o plantio antes do período de chuvas; passadas quase três semanas, estão atualmente em processo de brotação e emissão das raízes, condições essa que dificulta seu plantio e pode interferir no potencial da futura lavoura. Tomate – No Vale do Taquari, há pequenas áreas em fase de colheita. Apesar do mau tempo, a cultura se encontra com desenvolvimento satisfatório. Na região Sul, o tomate está nos estágios de maturação e colheita. A comercialização na semana ocorre com preços variando entre R$ 50,00 até R$ 70,00/cx. de 20 quilos, com valores maiores para tomates de melhor qualidade e tamanho. Em Pelotas 96% da safra já foi colhida. No Vale do Caí, o tomate Cereja se encontra na fase final de colheita. Situação fitossanitária ruim, com bastante produto deixado na lavoura em função da baixa qualidade pelo excesso de chuvas. O período bastante chuvoso dificultou o trabalho e o desenvolvimento normal da cultura. Houve valorização no início do período, mas no final o preço caiu um pouco, se situando em torno de R$ 1,90 a R$ 2,00/bandeja. Áreas de produção de tomate Cereja em ambiente protegido encontram-se em fase de florescimento

e frutificação em diversas propriedades, com situação sanitária regular. Abóbora híbrida - O preço médio recebido pelos produtores hoje está em R$ 10,00/sc. de 20 quilos. A colheita da safrinha no Vale do Taquari encerrou, com rendimento médio de 6 t/ha. Os grupos dos ceaseiros mantêm um pequeno estoque para a comercialização. Aipim/Mandioca - Devido ao alto volume de precipitações, alguns produtores relatam o apodrecimento de raízes nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste. Cultura em plena colheita, para autoconsumo e eventual comercialização, sendo que os preços estão em torno de R$ 1,20 a R$ 2,50/kg do produto in natura. Os produtores já estão guardando ramas para os plantios futuros, já que as temperaturas baixas estão previstas e o risco de perder as mudas é grande. No Vale do Taquari, a colheita está em andamento, com produtividade média de 14 a 16 t/ha. Os produtores estão recebendo R$ 15,00/cx. de 20 quilos. Quem faz a Ceasa recebe R$ 20,00/cx. Na região Metropolitana, a cultura está em colheita, num contexto de menor área plantada. A colheita deve aumentar o ritmo devido ao retorno das chuvas e pelas baixas temperaturas. Os preços apresentam-se estáveis, mas grande amplitude de R$ 20,00 a R$ 35,00/cx. de 20 quilos ao produtor. Batata-doce – Na região Centro Sul, em Mariana Pimentel, Barra do Ribeiro e Sertão Santana, a cultura tem dois momentos de plantio: o primeiro plantio, realizado de outubro e novembro, e o segundo plantio, em janeiro e fevereiro. O primeiro se encontra em colheita, o segundo está em desenvolvimento vegetativo. A produtividade inicial e a atual para a safra 2016/2017 é de 12 toneladas por hectare, dentro da expectativa. O mercado está estável, mesmo com o preço abaixo do esperado pelos agricultores. O preço regional está retraído; na lavoura, em média de R$ 8,00 a R$ 12,00/cx. de 20 quilos. No município de Barra do Ribeiro há indicativo de valorização da batata-doce de casca rosa, num incremento de 10%. Nas Missões a cultura se encontra em fase de colheita. As áreas de batata-doce apresentam problemas devido ao clima chuvoso e aos solos úmidos, causando perdas na colheita em decorrência do apodrecimento dos tubérculos. Com o tempo seco no início desta semana, a colheita será retomada.

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Na região Sul, a safra segue em plena colheita. Estão colhidos 91% da produção prevista. Preços de comercialização variam de R$ 0,60 a R$ 1,00/kg com a variação em função da qualidade. Rendimento se aproxima de 20 t/ha. Há dificuldade na comercialização em Pelotas. Alface – Na região Central do RS, o excesso de chuvas das últimas semanas já comprometeu parte da produção, afetando a oferta do produto e produzindo uma consequente majoração dos preços. A dúzia em Santa Maria estava sendo comercializada a R$ 14,40; esse valor somado a uma alta de 20% em relação à semana passada, já são 40% a mais que 15 dias atrás, quando a dúzia estava a R$ 10,00. No Vale do Taquari, com o excesso de chuva que ocorreu em maio, 321 mm (108 mm no mês de junho) ocorreu redução de qualidade da alface, principalmente com ataques de fungos como a pinta preta e podridão da folha. Além disso, o excesso de umidade não está permitindo o plantio de novas mudas. Feijão-vagem - Algumas áreas estão em colheita; as que estão em desenvolvimento vegetativo recebem tratos culturais e tratamentos fitossanitários no Vale do Taquari. Valores praticados sofrem muitas oscilações, variando entre R$ 1,80 a R$ 2,50/kg. Cebola - A safra 2017 no Litoral Médio está sendo preparada, mantém-se a expectativa de equivalência da área da safra 2016. As chuvas dos últimos períodos mantiveram o solo com muita umidade, o que ocasionou perdas na sementeira. Estimam-se perdas em torno de 8% a 10% nas mudas, com morte de plantas e aparecimento de doenças. As perdas das sementeiras serão melhor dimensionadas durante o decorrer da semana. A comercialização está praticamente concluída; o preço médio ao produtor durante a safra ficou entre R$ 0,35 e 0,45/kg, sem classificação, com 15% de quebra no peso bruto. A cebola classificada como caixa tipos 2 e 4 tem valor de compra por 50% do valor do quilograma da caixa 3, que é o preço que baliza o mercado. Repolho – No Vale do Caí houve problemas com o excesso de umidade, comprometendo a qualidade da produção e do produto, inviabilizando a colheita em alguns casos. Pimenta - Colheita praticamente finalizada na região Sul. A partir desta fase a comercialização

ocorre com a pimenta seca. A safra foi de excelente qualidade. A área plantada no município de Turuçu foi de sete hectares. As cultivares mais plantadas são a Dedo de Moça e mais a Bico Doce, Caiana e Cecoia. A comercialização da pimenta seca segue com valores de R$ 20,00/kg da pimenta seca; a fresca a R$ 3,00/kg. Comercialização no Vale do Caí

Alface - entre R$ 12,0 e R$ 15,00/dz.

Beringela - R$ 20,00/cx. de 12 quilos

Brócolis - R$ 10,00/dz.

Feijão-vagem - R$ 18,00/sc. de 10 quilos

Morango - R$ 22,00/cx. com ½ dúzia de

cumbucas

Pepino conserva - R$ 50,00 a R$ 60,00

Pepino salada - R$ 30,00

Pimentão - R$ 30,00 por 10 quilos.

Repolho - de R$ 10,00 a R$ 12,00 (sacos

com meia dúzia)

Temperos em geral - R$ 6,00/dz.

Tomate - R$ 50,00/cx. de 20 quilos

Tomate Cereja - R$ 7,00 (permanece o

preço anterior)

CRIAÇÕES

Pastagens - Produção de silagem encerrada, neste ano com excelente produção. Última semana foi boa para o desenvolvimento das pastagens, com a volta do sol no fim da semana. Quem tem planos de pastagens no cedo e outra mais da tarde deve proceder a semeadura para aproveitar a umidade do solo e as condições favoráveis do clima. As pastagens cultivadas nas restevas de soja apresentam bom desenvolvimento, sendo que muitos produtores estão colocando gado e as que não se desenvolveram com a semeadura natural, estão sendo plantadas com plantio direto com aveia para formação de palhada para não deixar o solo descoberto e utilizar para o gado. Campos naturais diminuem gradativamente sua oferta de forragem devido à pouca luminosidade e pelas temperaturas que estão entrando em declínio. Muitos produtores de leite estão fazendo análise de solo para a correção com calcário. As pastagens de inverno de aveia e azevém estão em pleno desenvolvimento, mas a maior parte permanece sem condições ideais de pastejo. As chuvas da última quinzena e os dias de baixa

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luminosidade têm atrasado o desenvolvimento das pastagens. Bovinocultura de corte - Os animais não estão mantendo as condições corporais devido à queda na qualidade das áreas de campo nativo, pois há excesso de umidade, alagamentos e frio. O andamento dos trabalhos de implantação das pastagens de inverno, principalmente de aveia e azevém, teve de ser suspenso nessas três últimas semanas devido às precipitações, que também causaram prejuízo na utilização das pastagens. As pastagens que já podem ser pastejadas não foram utilizadas para evitar compactação do solo e danos na pastagem. Com o cessar das chuvas e o aumento da luminosidade já ocorrendo desde a última sexta-feira (09/06), pecuaristas retomam, paulatinamente, a utilização das áreas destinadas às pastagens de inverno (aveia e azevém). Com a perspectiva de tempo aberto e ensolarado durante toda a semana que ora iniciou, as pastagens deverão retomar seu desenvolvimento normal. Estima-se perdas de 3 a 5% por conta dos dias chuvosos ou nublados em função do pelo molhado e da necessidade de manutenção da temperatura corpórea. Em algumas propriedades os animais já estão sendo alimentados com cana-de-açúcar devido à baixa oferta do campo nativo. Aqueles que possuem silagem de milho tiveram que utilizá-la para amenizar a deficiência alimentar. Os rebanhos seguem recebendo nos cochos sal comum e/ou sal mineral. Alguns produtores que diferiram áreas de campo nativo começam a suplementar seus rebanhos com sal proteinado. Fim do período reprodutivo. Iniciam-se os diagnósticos de gestação nas fêmeas, atividade que auxilia na seleção de matrizes e define os animais a serem descartados. Os produtores estão realizando este manejo para dar melhores condições para as vacas prenhes. Na mesma ocasião estão sendo vacinados os ventres prenhes para as doenças da reprodução (leptospirose, BVD – diarreia viral bovina e IBR – rinotraqueíte infecciosa bovina). A incidência de carrapatos está diminuindo devido à redução das temperaturas. É realizado manejo sanitário contra parasitas internos e externos em todas as categorias, com atenção especial à verminose em terneiros. A campanha da vacinação contra a febre aftosa foi prorrogada até 16/06/2017. Comercialização

A comercialização de animais para abate e reposição está fraca, com poucos negócios concretizados e há pouca procura por gado gordo. Gado magro com preços atrativos, mas pouca comercialização. Para contribuir com este quadro, a oferta do gado gordo ainda está sendo maior do que a demanda dos compradores. Os produtores estão apreensivos para realizar as reposições. Alguns frigoríficos cancelaram os abates. Na região de Santa Rosa, produtores com menor quantidade de animais estão enfrentado dificuldades na comercialização de terneiros e de animais gordos, o que os deixa preocupados em razão da entressafra de pasto. Os preços recebidos seguem inalterados e sem perspectiva de mudança. No município de Jaguarão, iniciou o pastoreio nas áreas de resteva de soja com pastagem; o preço por cabeça/mês é de R$ 40,00 para os terneiros e R$ 80,00 para as vacas; se a referência de preço for por hectare, fica ao redor de R$ 180,00 por cinco meses. Produtores preocupados com a incerteza do mercado. Na praça de Pelotas, dificuldade de comercialização do gado gordo. O preço de terneiros teve leve aumento em função da compra pora exportação de animais em pé. Preços do boi gordo nas principais praças de comercialização do Estado (R$/kg vivo)

Município Boi gordo Vaca gorda

Alegrete 5,00 4,40

Bagé 4,90 4,40

Bom Jesus 5,40 4,80

Cachoeira do Sul

5,00 4,43

Canguçu 4,80 4,40

Dom Pedrito 4,90 4,40

Encruzilhada do Sul

4,90 4,30

Frederico Westphalen

5,00 4,50

Jaguarão 4,80 4,20

Júlio de Castilhos

5,20 4,40

Lagoa Vermelha

5,50 4,30

Palmeira das Missões

5,00 4,20

Pelotas 5,05 4,50

Santa Maria 4,95 4,41

Santa Vitória do Palmar

4,40 4,32

Santana do Livramento

4,90 4,25

Santo Antônio 5,00 4,00

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da Patrulha

Santo Antônio das Missões

4,90 4,20

São Borja 4,80 4,30

São Gabriel 4,80 4,60

Teutônia 4,90 4,60

Uruguaiana 4,85 4,25

Média 4,96 4,36

Mínimo 4,40 4,00

Máximo 5,50 4,80

Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos produtores nº 1975 – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar. Bovinocultura de leite - Diminuem a quantidade e a qualidade das pastagens, principalmente pelo final de ciclo das pastagens de verão e pela ainda reduzida utilização das pastagens de inverno. Produtores estão resistindo em colocar os animais nas pastagens novas devido à alta umidade. Tal fato provocou queda na produção leiteira e comprometeu a recuperação das pastagens para os próximos cortes. Na região de Passo Fundo, os municípios ainda estão contabilizando os prejuízos causados pelas chuvas, mas alguns sinalizam perdas entre 15 e 20% para o período. Os produtores que possuem uma estratégia adequada de fornecimento de volumoso conservado, como silagem de milho ou feno, conseguiram manter a produção, apesar da majoração no custo de produção, aumentado pela oferta de forragem conservada no cocho. Os produtores que possuem pastagens perenes com sobressemeadura de inverno ou que realizaram plantio direto têm condições melhores para pisoteio dos rebanhos com a melhor estrutura física do solo devido ao não revolvimento neste ano; assim, conseguiram aproveitar as pastagens, causando menores estragos e possibilitando um adequado rebrote para os próximos cortes. As pastagens sobressemeadas sobre perenes de verão apresentaram melhor rendimento nestas condições de clima e são mais adequadas para pastejo em dias chuvosos. Outro ponto que é observado pelos agricultores em tempos chuvosos é o tempo de permanência dos animais no pasto, sempre reduzido em relação a uma situação climática normal. As chuvas causaram acúmulo de barro em áreas de descanso ou nas entradas de estábulos, salas de alimentação e de ordenha, dificultando o manejo higiênico na ordenha e expondo os animais a agentes infecciosos. A logística de recolhimento do leite e fornecimento de ração ficou prejudicada pela precariedade das estradas.

De forma geral, os rebanhos apresentam boas condições nutricionais, sendo que boa parte dos rebanhos recupera a condição corporal com a entrada nas pastagens. Seguem os controles de endo e ectoparasitas. Alta umidade aumenta a incidência de doenças nos animais; problemas de locomoção em consequência de injúrias nos cascos; aumento de mastites; aumento do uso de medicamentos e perdas de animais por doenças. Voltaram a implantação das pastagens e a adubação de cobertura. Espera-se para os próximos dias um aumento na produtividade de leite. Produtores relatam dificuldades no manejo, devido ao barro provocado pelas chuvas durante várias semanas e por problemas na sanidade dos animais, causados pela alimentação ou ambiente inadequados. Os municípios estão empenhados em recompor a trafegabilidade em todas as estradas para retornar o acesso e recolhimento de leite em todas as propriedades. Muitos produtores optaram por restringir o acesso dos animais às pastagens para evitar estragos pelo pisoteio, mas os produtores que possuem pastagem em ponto de pastejo optaram pela utilização da mesma, evitando-se perdas por acamamento e apodrecimento. De maneira geral estima-se uma perda de 40% nas pastagens nesse período. Estão sendo ensiladas as últimas áreas de milho pós-fumo e pós-milho. Os ventos fortes que ocorreram no último mês prejudicaram muitas lavouras de milho por tombamento. Quanto às condições sanitárias, o rebanho apresenta-se em bom estado, embora com tendência à redução do escore corporal. De maneira geral, houve perdas estimadas em 6% em função do excesso de chuvas na região. Comercialização O preço do leite tem variado de R$ 0,90 a R$ 1,43/L. O preço médio fica em torno de R$ 1,20. Na região de Bagé, a comercialização do leite apresenta dificuldade, mas registra leve aumento no preço do produto, principalmente pela menor produção. Tabela de preços médios na região de Ijuí, em R$/litro de leite*

Faixa de produção Preço

Até 1.500 L 0,90

1501 até 3.000 L 0,98

3.001 até 4.500 L 1,03

4.5001 até 6.000 L -

6.001 até 9.000 L 1,15

9.001 até 15.000 L 1,23

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15.001 até 30.000 L 1,48

30.001 até 75.000 L 1,49

Acima de 75.000 L -

Preço médio 1,35 *Com a contagem bacteriana e de células somáticas, além da quantidade de sólidos, tipo de resfriador e volume produzido, que variam com o programa de qualidade de algumas empresas. Fonte: Escritório regional Emater/RS-Ascar de Ijuí

Ovinocultura - As chuvas ocorridas prejudicaram a condição corporal dos rebanhos a campo. Com o aumento da luminosidade e o enxugamento dos campos, o rebanho ovino deve retomar seu desenvolvimento pleno. As condições nutricionais do rebanho estão razoáveis; o vazio forrageiro de outono começa a perder força com a disponibilidade de algumas áreas de pastagem de inverno que começam a ser pastoreadas. A fase predominante é a gestação. Já iniciaram as esquilas pré-parto e os manejos da época (limpeza de úbere, entrepernas e limpeza de olhos). As chuvas prejudicaram a sobrevivência de cordeiros que estão nascendo neste período, principalmente das raças laneiras (Merino e Ideal). Na região de Santa Rosa, o período de parição das matrizes está praticamente encerrado. As condições climáticas são favoráveis a uma maior incidência de parasitas, e os produtores realizam manejos estratégicos para o controle da verminose ovina com dosificações de acordo com a necessidade ou conforme a condição corporal do rebanho; controle também de sarna e piolho. O excesso de umidade prejudica os animais que voltam a apresentar problemas de cascos.

Preços do cordeiro nas principais praças de comercialização do Estado (R$/kg vivo)

Município Preços

Alegrete 5,75

Bagé 5,75

Dom Pedrito 5,00

Encruzilhada do Sul 6,00

Jaguarão 6,00

Júlio de Castilhos 5,50

Piratini 5,60

Santana do Livramento 5,60

Santo Antônio das Missões 5,50

São Borja 5,50

São Gabriel 5,70

Uruguaiana 5,40

Média 5,57

Mínimo 5,00

Máximo 6,00 Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos produtores – Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar.

Suinocultura - Semana sem alterações no mercado suinícola. Integrados estão recebendo R$ 3,30/kg do suíno vivo, mais tipificação de carcaça; preço estável na semana. Os preços pagos ao suinocultor sofreram pequena retração na última semana. Os preços pagos ao produtor integrado são de R$ 3,10 e de R$ 3,80 ao produtor independente. Na região de Santa Rosa, condução da atividade de acordo com a política da principal integradora regional; é provável a adesão de mais produtores ou a ampliação de construções de integrados já existentes. Nos próximos dias muitos agricultores que estavam com as esterqueiras cheias poderão fazer a distribuição do esterco na lavoura, uma vez que há previsão de vários dias sem precipitação; nos últimos dias, inclusive no final de semana, houve intenso trabalho para recompor a trafegabilidade das estradas com o fechamento de atoleiros. Piscicultura – Na região de Erechim, o forte frio da semana reduziu fortemente a atividade e a procura por alimentos pelos peixes. A fase de alevinagem e repovoamento dos açudes está encerrada. Na semana, os preços das carpas situaram-se entre R$ 4,00 e R$ 6,50/kg; valores estáveis no período. Na região de Pelotas, a partir do 01 de junho a Laguna dos Patos está em período de defeso e, portanto, a pesca se encontra proibida. Os pescadores já encaminharam a documentação para o recebimento do auxílio referente a quatro salários mínimos. Em Tavares, encerrada a safra de Camarão. A estrada para o balneário da Praia do Farol continua sem acesso, dependendo da abertura da Barra da Lagoa do Peixe para escoar a água. Em Santa Izabel, município de Arroio Grande, na Lagoa Mirim, a safra de pesca está em andamento e há captura de espécies como Cascudo e trairão. A produção de pescado continua fraca, aproximadamente mil quilos de peixes por semana. Já em Jaguarão, pouca captura. Em relação à Traíra, o preço varia conforme o tamanho - de R$ 0,60 até 1,5 kg de peso, o preço é R$ 3,20/kg; de 1,5 até 1,9 kg de peso, o preço é R$ 3,60/kg; mais de 1,9 kg de peso, o preço é R$ 4,60/kg. Menor que 0,6 kg as peixarias não compram. Grumatã a R$ 1,50/kg, toco de Viola a R$ 2,00/kg e manta de filé a R$ 7,00/kg. Na região de Porto Alegre, em fase de crescimento dos peixes, com expectativa de uma produtividade média aproximada de 2.300 kg/ha. Na região de Santa Rosa, devido ao período de início das baixas temperaturas, observa-se que os alevinos estão com dificuldade para subir à

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superfície para o consumo da ração. O nível de água dos reservatórios está acima do nível normal em função da alta pluviosidade acumulada dos últimos dias.

Eventos De 06 e 09 de junho de 2017, ocorreu reunião com a associação dos feirantes (AFAPA-PEL) da Colônia Z3, justamente com a UCP/Emater/RS-Ascar e SDR Municipal, para discutir formalização da associação, postos de comercialização e licenças. Em 16 de junho de 2017, haverá reunião com o Comitê Gestor da pesca regional, para definir os participantes de 3° Programa Brasil Sem Miséria - PBSM. Preços praticados aos piscicultores da região de Porto Alegre (R$/kg vivo)

Produto/espécie Mínimo Máximo

Carpa Capim (vivo) 5,50 7,00

Carpa Prateada (vivo) 5,50 7,00

Carpa Cabeça Grande (vivo)

5,,50 7,00

Carpa Húngara (vivo) 5,50 7,00

Tilápia (vivo) 5,00 6,00

Carpa Capim (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa Prateada (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa Cabeça Grande (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa Húngara (feira - vivo)

13,00 14,00

Tilápia (filé) 27,00 32,00

Carpas em geral (eviscerada)

14,00 15,00

Carpas em geral (postas)

22,00 25,00

Fonte: Escritório regional Emater/RS-Ascar de Porto Alegre.

Pesca artesanal – No município de Torres, espécies como Cação, Cação Viola, Arraia e Garoupa estão com pesca proibida. Os pescadores artesanais de cabo estão pescando, mas a produção é muito baixa devido à temperatura da água do mar estar elevada neste período de outono.

Preços praticados aos pescadores da região de Torres (R$/kg vivo)

Produto Preço Produção

Abrótea (filé) 12,50 média

Anchova 12,80 baixa

Bagre (filé) 10,00 boa

Linguado (filé) 25,00 boa

Pampo 9,00 baixa

Papa-terra 12,00 baixa

Peixe-anjo (filé) 13,80 média

Peixe-rei 10,00 baixa

Pescada (filé) 12,80 boa

Tainha 12,00 boa

Tilápia (filé) 20,00 boa

Tilápia (eviscerada) 12,00 boa

Tilápia viva 10,00 boa

Observação: sem produção de Corvina e Sardinha. Fonte: Escritório regional Emater/RS-Ascar de Porto Alegre. Apicultura - Na região de Bagé, a colheita de mel tem mostrado uma alta produção, o que confirma a floração rica em pólen. Alguns apicultores relatam o sumiço de colmeias em áreas próximas às lavouras de soja; acreditam que seja pelo uso elevado de agrotóxicos. Apicultores realizam a migração das colmeias para as florestas de eucaliptos para aproveitar a floração. Preço praticado pela indústria varia de R$ 10,00 a R$ 11,50/kg do mel a granel; no varejo chega a ser comercializado a R$ 20,00/kg. Na região de Caxias do Sul, em algumas localidades continua o fornecimento de alimentação proteica aos enxames. A revisão e a roçada de apiários foram interrompidas. Os apicultores aproveitaram para concertar caixas, fazer caixilhos e preparar o material aproveitando o período de chuvas que só permitiu trabalhar em casa. A comercialização segue favorecida pela pouca oferta e grande procura. Assim o mel continua valorizado, com uma cotação de R$ 10,00/kg e R$ 20,00/kg do mel embalado. Na região de Erechim, embora tenha reduzido a precipitação pluviométrica, o frio intenso dos últimos dias inibiu a ação das abelhas. O mercado do mel continua aquecido, com oferta aquém da procura. O mel foi vendido entre R$ 15,00 e R$ 20,00/kg; preço estável na semana. Na região de Passo Fundo, as últimas semanas foram desfavoráveis à apicultura em função do excesso de chuvas que prejudica as atividades de campo das abelhas campeiras. O apicultor deve estar atento à reserva de mel das colmeias, pois pode haver consumo das reservas internas e

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talvez seja necessário introduzir alimentação para os enxames mais fracos. Preço pago ao produtor entre R$ 20,00 e R$ 23,00/kg do mel. Na região de Pelotas, ocorre o manejo de inverno (alimentação, colocação do poncho e redutor de alvado). Com a chegada do frio, as atividades na colmeia ficam reduzidas. Período para os apicultores revisarem o apiário preparando as colmeias para passarem bem o inverno. A fase é de comercialização do mel, com muitos apicultores tendo dificuldades na comercialização, pois o serviço de inspeção municipal fiscaliza o comércio local e quem produz mel informalmente tem grandes dificuldades para se adequar às formalidades, conforme o município. Preços do mel embalado variam de R$ 15,00/kg em Turuçu a R$ 22,00/kg em Pedro Osório e Santana da Boa Vista. O mel a granel está sendo comercializado a R$ 9,50/kg em Jaguarão e a R$ 14,00/kg em Pedro Osório. Na região de Porto Alegre, na última semana novamente ocorreram chuvas e fortes ventos; porém no final da semana, o tempo melhorou, passando a ter noites e dias mais agradáveis, facilitando as atividades de final de colheita ainda não concluídas. A preocupação agora é manter os enxames em boas condições com as dificuldades trazidas pelo excesso de chuva em um período tão curto de tempo. Mercado local: o preço do mel é de R$ 20,00 a R$ 25,00/pote de um quilo; de R$ 11,00 a R$ 13,00/pote de 500 g e de R$ 7,00 a R$ 9,00/pote de 250 g. Produtores que estão vendendo seu mel para exportadores recebem em torno de R$ 12,00 a R$ 13,00/kg de mel em quantidades maiores. Ocorre manejo das colmeias com pouca florada neste período para manutenção das mesmas. Na região de Santa Maria, apicultores estão otimistas com colheitas de boa produtividade e produção de mel na ordem de 20 quilos por colmeia nos meses de dezembro a março. O tempo chuvoso dificulta que as abelhas façam as revoadas em busca de pólen; mesmo assim os agricultores acreditam que não será necessário alimentar artificialmente as colmeias no inverno. Preço do mel a granel no varejo de R$ 20,00 a R$ 25,00/kg. Na região de Santa Rosa, com a retomada do tempo bom para as atividades de campo, está sendo realizada a alimentação proteica suplementar das colmeias. A utilização do poncho continua sendo uma prática indispensável para o inverno em nossa região, principalmente aos produtores que comercializam diretamente. Preço do mel varia em torno de R$ 15,00 a R$ 20,00/kg.

Na região de Soledade, o quadro climático das últimas semanas é extremamente prejudicial à apicultura. É o momento de monitorar enxames mais fracos, principalmente os capturados em março/abril. A floração é bastante escassa nessa época do ano. Por outro lado, os dias ensolarados e as temperaturas mais elevadas durante o dia são importantes para o desempenho das atividades das colmeias. Na semana que passou, o tempo chuvoso e nublado dificultou o movimento das abelhas. As condições de tempo chuvoso e úmido favorecem o desenvolvimento de moléstias em enxames fracos. Concluída a colheita/coleta de mel. A safra do mel de outono foi muito satisfatória. Os apiários bem manejados tiveram produção bem acima dos últimos anos. Isto se deve às condições climáticas favoráveis. O mel está sendo comercializado na faixa de R$ 12,00/kg; na venda em pequenas quantidades, pode chegar até R$ 20,00/kg. Apicultores maiores comercializam o mel em tambores para Santa Catarina e recebem em torno de R$ 12,00/kg.

ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2012/2016

15/06/2017 08/06/2017 18/05/2017 16/06/2016 GERAL JUNHO

Arroz em Casca 50 kg 39,17 39,14 38,85 45,86 43,48 42,39

Feijão 60 kg 146,67 145,00 147,00 182,22 172,96 187,52

Milho 60 kg 22,53 22,58 22,43 50,62 32,70 32,96

Soja 60 kg 60,19 58,74 58,40 89,10 76,08 77,40

Trigo 60 kg 30,57 30,06 28,92 42,59 37,09 35,51

Boi para Abate kg vivo 4,96 4,92 4,86 5,73 5,00 5,13

Vaca para Abate kg vivo 4,36 4,32 4,27 5,14 4,49 4,63

Cordeiro para Abate kg vivo 5,57 5,68 5,52 5,82 5,34 5,32

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,33 3,33 3,45 3,37 3,72 3,54

Leite (valor liquido recebido) litro 1,20 1,20 1,18 1,10 1,03 1,00

12/06-16/06 05/06-09/06 15/05-19/05 13/06-17/06 - -

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2012-2016 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2012-2016.