5°Dossiê Universo Jovem MTV

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    p06. Introduo

    p12. Metodologia e amostra

    p16. O jovem que a MTV estudou

    p24. Novos signifcados

    p30. Consumo de mdia

    p36. A coexistncia dos meios

    p58. Semelhantes, mas no muito

    p70. E a? O que aprendemos

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    8

    9 p78. Anexos

    I. Imagem dos meios

    II. Propaganda

    III. Glossrio

    IV. Highlights

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    O tempo na era digital: o agora j foi

    Uma certeza nos acompanhou durante todo o processo de desenvolvimentodeste documento: a de no poder parar o tempo. As inormaes so

    abundantes mas, assim que encontrvamos um dado, ele j fcava

    obsoleto. Instantaneamente, a ltima inormao era atualizada numa

    velocidade que no d para ser medida.

    Crescimento, mudana, inovao, rapidez: essas so as palavras que mais

    apareceram enquanto pesquisvamos consumo de mdia e tecnologia nos

    tempos atuais. O melhor sempre o que est para chegar, o prximo. A

    tendncia acontece num instante. O tempo fcou obsoleto na era digital.

    Um novo mundo em 10 anos

    O Brasil de 10 anos atrs no conhecia banda larga, smartphone 3G, Wi-

    Fi, LED, LCD, iPod, iPhone, iPad, BlackBerry, YouTube, Skype, MSN, redes

    sociais, e milhares de outras tecnologias que hoje so correntes.

    De repente, sem aviso ou chance de escolha, a vida dos brasileiros passou

    por uma revoluo. Numa quase repetio histrica, omos novamente

    colonizados por um pas estrangeiro e obrigados a alar uma nova lngua.

    Voc j fala essa lngua?

    Xbox - podcast - URL - Hulu - Netix - TiVo - Google - chat - WAP - AppleTV - HD - streaming - Google TV - LAN house - tag - QR Code - html -

    Android - Ginga - ABA - 3D - Kindle - modem - app - Flash - open source

    - pen drive - Wii - link - AVG - download - Vudu - tablet - zip - wireless -

    Wi-Fi - SMS - MMS - DNS - Bluetooth - browser - Blu-Ray - MSN - LCD

    - mdias sociais - viral - iTunes - Blogger - pay-per-view - LED - mobile

    - GPS - VoIP - Orkut - MMDS - WiMAX - USB - Facebook - Web 2.0 - iPod

    - iPhone - 3G - Twitter

    Um novo comportamento para (sobre)viver num novo mu

    Para acompanhar essa revoluo, os brasileiros adultos mudaram

    hbitos mais triviais: raro ter que ir ao banco ou procurar um co

    na lista telenica, por exemplo; por outro lado, o teleone fxo de

    oi substitudo por celulares para cada membro da amlia. S

    multados por uma cmera, consumimos flmes e msica num compu

    conectado internet. Tudo o que cerca o nosso cotidiano j movid

    tecnologia digital. Portanto, estar inserido nesse mundo uma quest

    sobrevivncia.

    J os jovens brasileiros nascidos entre 1980 e 1988 vieram a um mu

    moldado pela tecnologia digital. Foram criados e alabetizados nesse

    planeta, usuruindo naturalmente de todas as possibilidades da int

    Para eles, alar de tecnologia e mundo digital muito mais sim

    corriqueiro. a vida deles.

    A tecnologia est em tudo, em todos os lugares e, principalm

    nos gadgets que os cercam. Tambm est na msica, no cinem

    medicina, nos automveis, na indstria, no vesturio, nos cosmtico

    alimentos. Se, por um lado, eles gostam da inovao, por outro, s

    que se tornaram dependentes da tecnologia, e muitos sentem qu

    conseguem viver sem ela e sua constante e rpida evoluo.

    Uma pessoa, por mais que diga no gostar de tecnologia, acaba fa

    uso dela o tempo inteiro. Carro, nibus, televiso, celular, todo mundo

    todo mundo usa. Somos totalmente dependentes da tecnologia.

    (Masc, 26/30 anos, classe B, REC)

    Tecnologia, pra mim, o que te liga ao mundo. impossvel pensar n

    sem a internet e o celular.

    (Fem, 18 anos, classe B, BSB)

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    Os jovens percebem que a tecnologia mudou a vida das pessoas. O

    computador com acesso internet e o celular socializaram o acesso

    inormao e ampliaram o contato com pessoas e instituies de qualquer

    lugar do mundo, eliminando as distncias e, at certo ponto, as dierenas

    sociais. O tamanho dos aparelhos oi fcando cada vez menor, para acilitar

    a mobilidade e acompanhar o movimento dessa gerao. Eles percebem a

    tecnologia como algo ligado a novidades, coisas avanadas, ao tamanho

    pequeno de celulares, notebooks, cmeras digitais, e, tambm, a itens

    grandes, como telas de cinema e aparelhos de TV de alta defnio.

    A tecnologia est em tudo e disponvel para todos, hoje em dia. Posso estar

    no Japo e mandar um torpedo pra voc, falando que estou almoando. E a

    tecnologia est acessvel a todos. Uma pessoa pobre pode ganhar um celular

    e mandar uma mensagem para quem mora no Alasca. A tecnologia diminui

    diferenas e distncias, no importa se a pessoa pobre ou rica.

    (Masc, 19 anos, classe B, RIB)

    Alm disso, a internet de alta velocidade e os celulares so tidos como

    grandes agentes de transormao por outros motivos. Os celulares,

    devido evoluo da tecnologia 3G e aos modernos aparelhos touchscreen;

    a internet, por estar ampliando o acesso para mais pessoas a cada dia e

    por estar migrando para outros lugares: automveis, GPS, TVs e at

    rerigeradores domsticos.

    Aparelhos de TV tambm so citados como exemplos de inovao

    tecnolgica por sua variedade de ormatos de tela (do home theater TV

    de bolso), tipos de tela (plasma, LCD, LED) e tipos de tecnologia acoplados

    (HD, 3D).

    Os lanamentos da Apple, como iPod, iPhone e iPad, alm do BlackBerry,

    tambm so apontados como divisores de guas. Alm dos aparelhos em

    si, a percepo que se tem deles vem do que signifcam em termos de

    mudanas de comportamento e de valores de consumo para essa gerao.

    O iPod estabeleceu o MP3 como a plataorma ofcial do jovem para ouvir

    msica em movimento; o iPhone, o BlackBerry e o Android transormaram

    o celular num aparelho multimdia; o iPad ainda novidade, mas sua

    presena j oi percebida e o jovem sabe que os e-books e tablets vo

    mudar sua vida em breve.

    Alm dos tablets, essa gerao est pronta para incorporar outras

    tecnologias, por mais inovadoras e dierentes, sem resistncia.

    Eu queria ter uma entrada USB na minha cabea.

    (Masc, 15 anos, classe A, POA)

    Um novo jeito de consumir mdia e contedo

    Em relao a consumo e percepo dos meios, o assunto um pouco mais

    dramtico para marcas e profssionais de mdia, que precisam se comunicar

    com esses jovens. Alm das evolues tecnolgicas e da prolierao de

    novos meios, essa gerao j no enxerga ronteiras entre o que meio e

    o que contedo.

    O sentimento geral positivo e de euoria em relao s constantes

    inovaes e lanamentos de produtos que deixam a vida mais cil e

    arta de inormao, avorecendo a comunicao, o aprendizado, o lazer

    e os relacionamentos. Ao mesmo tempo, existe a sensao de que algo

    oge ao controle, pois tudo est sempre mudando, sempre rente do

    que podemos imaginar ou planejar. A tecnologia anda mais rpido que a

    gente inclusive mais rpido que os prprios jovens: eles tambm tm

    difculdade em acompanhar lanamentos de aparelhos, sotwares e meios

    de comunicao.

    Os celulares esto to avanados que s falta tirar foto debaixo dgua. Mas

    acho que eles j esto buscando isso tambm...

    (Fem, 15 anos, classe C, REC)

    Por tudo isso, o 5 Dossi Universo Jovem MTV estabeleceu a misso

    de entender o consumo dos meios de comunicao pelos jovens sem ter

    a pretenso de trazer os nmeros mais quentes e atualizados (mesmo

    porque, quando voc acabar de ler este texto, eles j vo ter mudado).

    O oco do estudo oi a reexo sobre o comportamento dos jovens

    brasileiros no que se reere ao consumo de tecnologia, meios e contedos

    de comunicao.

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    1514 22

    Este estudo teve duas ases de pesquisas intensas.

    Na ase qualitativa, realizada entre maio e julho de 2010, ouvimos 154

    jovens, em grupos de discusso e em entrevistas de proundidade, nas

    capitais So Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Braslia, Salvador, Recie,

    Porto Alegre e no Interior de So Paulo.

    Alm disso, ns grudamos em oito jovens. Durante quatro dias, eles o-

    ram monitorados por nossos pesquisadores por celular, MSN e redes so-

    ciais. Ns tambm convidamos outros dez jovens para criar um dirio de

    atividades, durante uma semana.

    Tambm aproundamos nosso conhecimento sobre o comportamento jo-

    vem e o consumo de mdia ouvindo 66 ormadores de opinio. Foram 22

    entrevistas em proundidade com pais, proessores, psiclogos e profs-

    sionais que trabalham com os jovens, alm de 44 entrevistas com profs-

    sionais de mdia das principais agncias de propaganda e anunciantes no

    eixo So Paulo-Rio de Janeiro.

    J na ase quantitativa, em julho de 2010, oram entrevistados 2.000 jo-

    vens, de 12 a 30 anos, das classes A, B e C, das mesmas cidades selecionadas

    na ase qualitativa. As entrevistas oram eitas nas casas desses jovens,

    que responderam a um questionrio de 45 minutos.

    Praas Amostra Erro Amostral

    So Paulo 500 4,4%

    So Paulo Interior 300 5,7%

    Campinas, Ribeiro Preto e So Jos dos Campos

    Rio de Janeiro 200 6,9%

    Salvador 200 6,9%

    Recie 200 6,9%

    Braslia 200 6,9%

    Belo Horizonte 200 6,9%

    Porto Alegre 200 6,9%

    Erro estatstico: 2,2 p.p. para o total da amostra (2.000 entrevistados)

    Tabela 1

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    1918 33

    Este estudo pesquisou um universo composto por 64 milhes de jovens

    brasileiros, de 12 a 30 anos (nascidos entr e 1980 e 1998), das classes sociais

    A, B e C.

    54% dos jovens com mais de 18 anos s estudaram at o ensino mdio. O

    acesso universidade continua sendo maior na classe A (39%), em com-

    parao com a mdia da populao jovem entrevis tada nesse estudo (11%).

    Do total de entrevistados, 29% j so casados e 32% tm flhos.

    Metade dos entrevistados j trabalha e, quanto mais alta a classe social,

    maior a incidncia de jovens trabalhadores (classe A - 57%; classe B - 53%;

    classe C - 49%). A renda mdia dos jovens assalariados de R$ 947,17.

    Esses jovens se deslocam principalmente por meio de transporte pblico

    (60%) e a p (59%). Apenas 33% utilizam o carro.

    O que tudo isso tem a ver com o consumo dos meios?

    A escolaridade, o emprego, a renda, a existncia de flhos tudo isso inui

    no estilo de vida e no tempo que os jovens tm disponvel para consumir

    mdia. Tambm inui na orma como eles consomem os meios e no tipo

    de contedo que buscam nesses diversos meios.

    Um dia na vida de...

    ...uma jovem de 28 anos, classe B, sem nvel universitrio, casada, comdois flhos, que trabalha em casa.

    Tenho 28 anos. Trabalho em casa e tenho alguns hobbies, como cantar e ver

    lmes. Hoje, fao dois trabalhos bem diferentes: fao comida vegetariana

    congelada, mais alimentos naturais, e tambm fao artesanato em madeira.

    Sou mais caseira, no gosto muito de sair gosto da minha casa, de car

    com meus lhos, de dez e de dois anos. Gosto de sair para jantar, assistir

    lme em casa. Gosto muito de famlia e de fazer coisas em famlia.

    Acordo por volta das 7h30 da manh e j ligo o celular. Vou fazer caf da

    manh, organizar as coisas das crianas. Por volta de 8h30 j entro no e-

    mail, no meu Orkut, no meu Facebook, j vejo o que tem de novidades. Fico

    mais ou menos meia hora nesses sites, mas, se tiv er uma pesquisa para fazer,

    co umas duas horas s procurando coisas e fazendo li es com meu lho.

    A menor liga a TV para ver desenhos. s 11 h, comeo a fazer o almoo. 12h30

    levo meu lho na escola. Quando eu volto, eu deixo a menor dormindo e volto

    para o computador, vou responder os e-mails. A, trabalho no artesanato at

    a hora de buscar meu lho na escola. Quando eu volto, o horrio que co

    mais na televiso e fao downloads para o meu marido de lmes, msicas,

    jogos. Na verdade, ele j deixa programado, j faz a pesquisa, depois eu s

    clico para iniciar o download. Vou para a televiso s 19h, que o horrio do

    primeiro jornal, depois dou banho nas crianas, fao o jantar e volto para a

    televiso. A televiso ca ligada at mais tarde. A internet eu deixo l bai-

    xando as coisas, ento ca praticamente o dia todo ligada. O celular tambm

    deixo ligado direto e uso mais como telefone, mesmo. J o rdio, ouo rara-

    mente. Quando quero ouvir msica, eu pego as msicas que tenho baixadas

    no meu computador e deixo tocar. Jornal impresso raramente leio. Livro e

    revista eu gosto, mas s consigo ler quando as crianas esto dormindo.

    Um dia na vida de...

    ...uma jovem de 27 anos, classe A, solteira, sem flhos, que mora copais, estuda e trabalha.

    Tenho 27 anos, sou formada em Direito, estou estudando para a pro

    OAB. Fiquei dois anos fazendo estgio e hoje trabalho de manh. Mor

    meus pais e trs irmos e sobrinhos. No nal de semana, normalment

    com namorado, para shows, restaurante e cinemas. E, s vezes, no m

    semana, saio com as amigas. Assim que eu acordo, ligo a TV e dep

    ligo o computador. No nal da tarde, depois de estudar, co no compu

    Leio muito livro pela internet, procuro material jurdico, lmes, gastron

    msica, vejo novela na internet e uso e-mail, Orkut, Twitter, MSN. De

    mais noite, volto para a TV at a hora de dormir. Minha TV ca no q

    tenho os meus programas preferidos e assisto sozinha; s s vezes vej

    meus pais. Assisto deitada na cama ou sentada, se estou no compu

    Para mim, a TV pura diverso e informao. Celular ca ligado o dia

    mando muita mensagem e jogo muitos joguinhos. Vou ao cinema

    quatro vezes por ms. Rdio eu ouo todos os dias indo e vindo do trab

    O que eles querem da vida?

    Desde 1999, fcou claro que os jovens valorizam a unio amiliar, a ca

    e a vida numa sociedade mais segura. Isso continua verdadeiro, ma

    comparao com o ltimo Dossi, os valores que mais cresceram re

    uma tendncia maior ao consumismo, socializa o e ao hedonism

    independncia fnanceira, amigos, divertir-se e aproveitar a vida,

    consumir mais, ter mais liberdade e beleza sica so atributos q

    destacam.

    Exemplos:

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    Sucesso no signifca, necessariamente, dinheiro. O que eles querem

    reconhecimento. Independncia fnanceira para poderem ter qualidade de

    vida no caso, ter equilbrio entre a vida profssional e a pessoal. Ou seja,

    ter tempo para os amigos, levar uma vida tranquila e sem stress, liberdade

    para azer o que quiser e onde quiser.

    Seguindo o que o Dossi 2008 indicou, a maioria dos jovens (65%) preere

    trabalhar em algo de que goste, mesmo sem ganhar muito dinheiro. S 3

    em cada 10 jovens preerem ganhar muito dinheiro mesmo que no gos-

    tem do seu trabalho. claro que, se o reconhecimento profssional trouxer

    muito dinheiro, nenhum deles vai reclamar.

    1999

    2005

    2008

    2010

    2010

    2008

    A- Ter unio amiliar, ter uma boa relao amiliar

    B- Ter uma carreira, ter uma profsso

    C- Viver em uma sociedade mais segura, menos violenta

    D- Ter independncia fnanceira

    E- Ter amigos

    F- Ter , crer

    G- Ter uma vida tranquila, sem correrias excessivas, sem stress

    H- Divertir-se e aproveitar a vida

    I- Viver numa sociedade com menos desigualdade social

    J- Poder comprar mais; poder comprar o que quiser

    K- Ter mais liberdade do que j tem

    L- Beleza sica; ser bonito

    A B C D E F G H I J K L

    8686 82

    8079

    75 69

    53

    68

    60

    46

    66

    677074

    6864

    5754

    7374

    67

    61

    48

    40

    3335

    38

    36

    141412

    2620

    1819

    65

    5956

    42

    38

    80

    75

    69

    84

    80

    77

    As atividades de lazer

    Assistir TV, ouvir msica, escutar rdio, assistir DVDs, navegar na inter-

    net, alar ao celular tudo isso so atividades que praticamente todos os

    jovens costumam azer nos momentos de lazer. Para eles, lazer signifcaestar com os amigos, ir a parques, ir praia e at dormir.

    Na comparao com o Dossi 2008, as atividades que mais cresceram en-

    tre eles oram navegar nas redes sociais, alar ao celular e realizar com-

    pras. Ao mesmo tempo, os jovens esto mais sedentrios e menos ligados

    a atividades culturais e artsticas.

    Assistir TV

    Ouvir msica

    Dormir

    Estar com amigos

    Ouvir rdio

    Assistir flmes no DVD em casa

    Shopping/Compras

    Navegar na Internet

    Conversar/socializar na internet (MSN, redes sociais)

    Praias/Parques

    Usar o celular

    Viajar

    Cinema

    Igrejas/Grupos de reza

    41

    Shows de msica

    Bares

    Ler livros no-didticos

    Baladas

    Praticar esportes

    Jogar games

    LAN houses

    Teatro

    Participar de competies esportivas

    Museus / exposies

    Academia / azer exerccios

    Participar de grupos de dana, teatro, artes

    Tocar instrumento / banda

    Os valores jovens Atividades de lazerBase:total daamostra(%)

    Grco 1 Grco 2

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    Quando pedimos para que elegessem uma nica atividade de lazer como

    sendo aquela de que mais gostam, as opes mais citadas oram navegar

    na internet, ouvir msica, assistir TV e estar com os amigos.

    Em relao a aparelhos e itens de uso prprio que os jovens tm para en-tretenimento, comunicao, inormao e socializao, o celular o mais

    presente (88%), seguido do DVD (80%). A participao dos demais itens

    varia conorme a classe social. Com a exceo dos GPS e palmtops, 6 em

    cada 10 jovens da classe A possuem todos os itens; na classe B, 5 em cada

    10 possuem todos os itens.

    Apenas 19% dos jovens sorem algum tipo de restrio quanto ao uso de

    TV, games, celular ou computador a principal em relao ao tempo de

    uso do computador: 15%. Jovens de at 14 anos so mais monitorados pe-

    los pais, mas em pequena proporo.

    Eu no deixo o computador no quarto, no sei o que ele faz l em cima.

    Ento montei um escritrio embaixo; eu sei que ele est perto, nos games, e

    a gente conversa, ele diz que ganhou bnus. Durante a semana ele faz a lio

    e sabe que tem duas horas pra car no computador, e muito tempo, eu

    falo pra ele que o lho do Bill Gates ca 40 minutos no computador. Final de

    semana eu guardo o mouse para ele no car direto no computador.

    (Me que usa internet)

    A tecnologia da inormao, em especial com o advento da internet, di-

    minui as distncias entre os jovens no sentido de que, hoje, eles tm as

    mesmas reerncias e sonham em consumir as mesmas coisas. O que varia

    o poder de realizao desses sonhos, conorme a classe social.

    Um dos maiores desejos do grupo pesquisado o de ter um computador

    ou trocar o atual por um melhor. Dito isso, enquanto um jovem da classe

    C quer ter seu primeiro computador com acesso internet, um jovem da

    classe B sonha em trocar seu desktop por um notebook, ao passo qu

    jovem da classe A pensa em migrar do notebook para um tablet com

    nologia touchscreen.

    Quero um computador porque moro longe da escola, que o lugar

    posso usar o computador e a internet. O computador ajuda bastant

    vezes, pra fazer um trabalho de escola, eu tenho que ir para a escola

    fazer correndo.

    (Fem, 14 anos, classe C, SP)

    Eu queria ter uma daquelas televises gigantescas, com TV a cabo

    celular novo. Acho lindo aquele touch, com aquele teclado do lado com

    TV, internet, mquina fotogrca boa e um monitor bem grande.

    (Fem, 15 anos, classe B, BH)

    Eu teria um Mac da Apple. Eu gosto de trabalhar com edio de vde

    no compraria um videogame, mas computador eu dou supervalor,

    computador seria s meu, n ingum mexeria.

    (Masc, 23 anos, classe A, RJ)

    Independentemente da classe social, todos sonham com uma TV d

    tima gerao e um celular touchscreen.

    Navegar na internet

    Ouvir msica

    Assistir TV

    Estar com amigos

    Ir a barzinhos

    Praticar esportes coletivos

    Usar o celular

    Ir a igrejas / grupos de rezas

    Cinema

    Dormir

    Ir ao Shopping / compras

    Ir a baladas

    Assistir flmes no DVD em casa

    Shows

    Viajar

    Conversar/socializar na internet

    Jogar games

    Ir a LAN house

    15

    13

    13

    10

    6

    6

    4

    3

    3

    3

    3

    3

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    Atividades de lazer preferidasBase:total daamostra(%)

    Grco 3

    Celular

    Aparelho de DVD

    Aparelho de som

    TV aberta no seu quarto

    Quarto s seu

    Cmera otogrfca digital

    Conta corrente

    mp3/mp4 player / iPod

    Carto de crdito

    Computador / desktop no seu quarto

    Carro / moto

    TV por assinatura no seu quarto

    Notebook / netbook / laptop

    GPS

    Palmtop

    88

    80

    65

    55

    54

    52

    45

    45

    39

    37

    26

    21

    13

    7

    2

    Itens de posse para uso prprioBase:total daamostra(%)

    Grco 4

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    As palavras transitam por dierentes territrios e culturas e, com o tempo,

    se misturam a outras palavras de origens dierentes. Algumas palavras

    perdem o signifcado original para representar algo mais genrico, mais

    expandido, de uso e domnio popular.

    No caso deste estudo, importante pensar nos signifcados de duas pala-

    vras relativamente novas na lngua portuguesa, mas que tm sido utiliza-

    das intensamente na era em que vivemos.

    O que quer dizer mdia?

    No gosto de usar a palavra mdia, pois no gosto de usar palavras das

    quais no entendo o signicado. Antes dos automveis existirem, falvamos

    sobre carruagens. Hoje, existem algumas palavras que esto sendo muito

    desaadas em seu signicado, como mdia e jornalismo. Se eu leio uma

    notcia num blog, isso jornalismo? Ser que quem escreveu a notcia um

    jornalista? Para mim essas denies no funcionam mais. O que mdia? A

    internet mdia? E o Facebook uma mdia?

    (Chris Anderson, editor da revista Wired Magazine e autor do livro

    Long Tail)

    O termo mdia vem do la tim media, plural de medium, que se traduz

    como meio ou intermedirio. No meio acadmico, mdia se reere aos

    meios usados para comunicar e transmitir contedo, as erramentas e

    meios de acesso e troca, ou, numa viso mais simples, os meios de comu-

    nicao. Ao mesmo tempo, existe a percepo de que a evoluo da hu-

    manidade e da tecnologia causou a evoluo desses meios, que se multi-

    plicaram e ormaram muitos ormatos, convergentes entre si. O resultado

    que a palavra pode ter ampliado o seu signifcado.

    A palavra media, em ingls, o plural da palavra medium do latim, que

    signica meio. uma coisa engraada como as palavras so transformadas.

    uma palavra latina, um plural latino, e ela chega atravs do ingls, da vem

    a pronncia mdia. Eu sou certo de que so meios de comunicao em geral,

    em princpio. Mas mdia envolve tanto os meios de comunicao unilaterais

    e centrais, como rdio,TV, como meios bilaterais, que permitem a troca de

    informao.

    (Professor de Filosoa)

    A mdia um produto do desenvolvimento cultural da espcie que trata da

    questo mais fundamental para o ser humano: a comunicao. E estamos

    iniciando outro estgio de desenvolvimento cultural da humanidade. Hoje se

    fala da internet como responsvel por uma grande transformao. Mas isso

    no uma grande novidade em termos da histria da espcie, pois tivemos

    outros grandes momentos de mudana, como, por exemplo, a inveno da

    imprensa, que tambm trouxe um impacto muito signicativo.

    (Neurocientista)

    A mdia mais antiga a conversa, a linguagem. Mdia uma ferramenta de

    troca. A preocupao sempre foi saber como trocar informaes. A evoluo

    da mdia a volta da valorizao da sua essncia, a conversa. Com a internet,

    no precisamos mais trocar informaes s usando a mdia de massa, com

    milhares de pessoas, mas sim, com outros meios, inclusive.

    Produtor de contedo)

    Mdia meio, intermediao. Um meio que emite para algum que recebe

    essa emisso.

    (Prossional de mdia)

    No universo dos jovens, a palavra mdia j oi incorporada linguagem

    e tem um signifcado mais amplo: pode representar tanto os meios de

    comunicao como o contedo transmitido por esses meios. Essa gerao

    a utiliza para alar de TV, internet, rdio, revista, jornal, celular, game

    GPS, teatro, cinema, shows, eventos, livros, yers, mala-direta, cart

    banners, MSN, Orkut, Facebook, Twitter, YouTube, embalagem,

    camiseta; por outro lado, o termo tambm signifca notcias, atualid

    inormao, ooca, celebridade, propaganda, moda, marcas, cons

    tecnologia, msica, bandas, etc.

    Mdia informao e tudo que envolve jornal, revista, televiso, com

    dor, internet, todos os meios.

    (Masc, 16 anos, classe B, SP)

    Mdia como um ascensorista: tanto levanta como derruba uma pe

    como o caso do Ronaldo, o fenmeno. Ele t ava no auge da mdia e, d

    cou l embaixo e, depois, subiu de novo.

    (Fem, 26/30 anos, classe C, RJ)

    Tipo sair no BBB mdia. Uma pessoa famosa aquela que est na m

    (Fem, 23 anos, classe C, SAL)

    Muitos jovens tambm se veem como uma mdia, pois tm conscin

    que transmitem opinies, notcias e contedos.

    De certa forma at a gente acaba sendo mdia, voc v uma notci

    portante e tenta passar para as pessoas. Nesse sentido, eu tambm

    uma mdia.

    (Fem, 15/17 anos, classe A, SP)

    Para essa gerao, dicil distinguir mdia de mdia interativa, j

    no existe, para eles, a ideia de um meio no-interativo.

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    A internet quase como se fosse uma grande mgica. Em determinadas

    tradies loscas discute-se o akasha. Akasha em snscrito signica es-

    pao, ou matriz do universo, um local onde cam retidas todas as nossas

    memrias. E l, nos arquivos akshicos, est armazenado todo o conheci-

    mento humano, como se fosse uma espcie de memria ou banco de dados

    do universo. Para mim a internet mais ou menos isso.

    (Psicloga)

    O nome bom, parece mesmo uma rede que liga tudo a tudo, que cria ca-

    nais de conexes que antes no existiam.

    (Produtor de contedo)

    No mundo da mdia, a internet tambm um meio de comunicao. Alis,

    segundo profssionais de mdia e profssionais que trabalham com jovens,

    esse o meio que revolucionou e vai revolucionar ainda mais a comunicao.

    Entre os jovens, h muitas maneiras de defnir o termo: uma onte que d

    acesso a qualquer tipo de inormao; um lugar onde se encontra tudo

    o que se quiser; um meio para se comunicar e se relacionar com as pes-

    soas, de qualquer lugar do mundo; uma interace que converge em vrias

    coisas; uma tecnologia; uma erramenta. Houve quem a de fnisse sim-

    plesmente como entretenimento.

    Ns jovens temos uma viso de que internet est mais ligada comuni-

    cao e relacionamento. Outras pessoas mais velhas podem denir a inter-

    net mais com uma fonte de conhecimento e informao. Mas acho que inter-

    net tudo isso, uma rede onde voc pode se relacionar, obter conhecimento

    e informaes.

    (Masc, 17 anos, classe A, RJ)

    Internet uma mistura de telefone, com carta e TV.

    (Fem, 15/17 anos, classe C, REC)

    Ento, sim: a palavra internet extrapolou seu signicado para alm do

    original, de tecnologia de acesso. E a questo que ca como trataremos

    essa palavra no futuro? Eletricidade? Mdia?

    Sei l, hoje em dia quase tudo interativo, voc pode dar opinio em todos

    os meios de comunicao, pode ligar, pode acessar o site, mandar uma men-

    sagem. Se voc est assistindo um programa ou lendo uma notcia e quer dar

    uma opinio, tu j entra em contato e pronto.

    (Fem, 28 anos, classe C, POA)

    O que quer dizer internet?

    Defnir internet ainda mais complicado. Ela no material, nem espi-

    ritual, mas est em todo lugar quase onipresente. algo que liga tudo

    a tudo e a todos. o que interliga milhes de pessoas e aparelhos. Ela tem

    de tudo e, cada vez mais, est em tudo. A prxima ase da internet a

    das coisas: automveis, avies, mquinas, televisores, relgios de pulso,

    brinquedos, etc.

    Mesmo os profssionais de mdia e os acadmicos no tm uma defnio

    nica para a palavra internet. Ela tida como uma tecnologia de aces-

    so, uma rede, um protocolo que interliga uma rede, um protocolo de

    comunicao, um meio de contato, uma erramenta, uma energia

    e at como um arquivo do conhecimento humano. Em lugar de defnir

    o termo, os profssionais se pegam descrevendo a orma, a grandeza e a

    onipresena da internet.

    Internet um pedacinho de uma coisa maior que chamo de mundo digital.

    Vejo hoje o jovem muito envolvido, no s como consumidor de contedos,

    mas, tambm, como produtor e emissor de contedos dentro deste ambi-

    ente digital. A internet um protocolo tecnolgico, IP, e logo, logo vai ser

    como eletricidade. Hoje, quando voc liga a luz, voc no fala mais liguei a

    eletricidade. A internet ser assim, nem vamos lembrar desse nome daqui

    a pouco. Quando voc liga seu celular, voc j est na internet, logo voc

    vai ligar sua geladeira e ela vai ter internet, no seu carro vai ter internet, os

    aparelhos de televiso j viro com acesso internet. Tudo vai ser IP, tudo vai

    ser internet, televiso vai ser internet, a revista vai ter que passar pela inter-

    net, jornal vai ser internet e ns no vamos nem nos lembrar da internet, vai

    ser como energia eltrica.

    (Jornalista e editor)

    Vejo a internet como uma rede, e, se pensar no mundo como uma metfora,

    o planeta Terra como Gaia, que foi dotada de um sistema nervoso multidire-

    cional. Hoje esse sistema nervoso comunica tudo com tudo, so milhes de

    pessoas interligadas. Isso no signica, em absoluto, liberdade plena, porque

    tudo inuenciado por foras centrais, por sistemas e sub-redes poderosos

    de informao.

    (Professor de fsica)

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    Os profssionais de mdia concordam: o jovem o maior consumidor de

    mdia, de todos os tipos desde as tradicionais s novas , de uma orma

    ragmentada. Ele um dos targets mais diceis de lidar num planeja-

    mento de mdia, pois est em constante mudana. Afnal, para o prprio

    jovem tudo muda muito rpido. O ato de consumir mais meios e de us-

    los todos ao mesmo tempo az do jovem um pblico com alta disperso

    e baixa fdelidade ou comprometimento com os meios e contedos de

    comunicao.

    Eles esto na internet, com a T V ligada, com o fone, ouvindo msica e estu-

    dando. uma forma muito louca de consumir mdia.

    (Prossional de mdia)

    O jovem est presente nas mdias tradicionais e nas novas mdias. No se

    pode abandonar a grande mdia, pois prioritria. Mas se voc quer tra-

    balhar com mais profundidade, deve buscar, tambm, meios de segmen-

    tao. Esse o desao da mdia hoje, trabalhar com mais meios de forma

    integrada. Mas, de maneira geral, o jovem est consumindo cada vez mais

    mdia.

    (Prossional de mdia)

    Dossi2008

    Dossi2010

    TV Rdio Internet Celular Cinema Jornal Revista Games Livr(em g

    98100

    9 8 9 8

    8689 88

    74

    8083

    85

    75

    85

    74

    6 0 6 0

    79

    Comparando-se os dois ltimos dossis, a percepo do profssional de

    mdia comprovada: o jovem continua consumindo todos os meios.

    Hbitos de consumo dos meios Dossi 2008 vs. Dossi 2010Base:total daamostra(populao de12 a30 anos,classesA,B eC, deSo Paulo,Rio deJaneiro,Interior

    deSo Paulo,Belo Horizonte,Braslia,Salvador,Recifee Porto Alegre)Base:total daamostra(%)

    Grco 5

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    Acordo todo dia s seis horas pra ir para a faculdade; das seis s sete da

    manh, eu assisto televiso, mais jornalismo, essas coisas. Eu desperto com

    o celular e a televiso. No trajeto eu escuto rdio. Chegando na faculdade,

    trabalho com computador e internet. As aulas so praticamente em cima

    disso: computador e pesquisa na internet. A eu volto p ra almoar, televiso,

    noticirio esportivo. No estgio computador e internet. Computador a

    ferramenta de trabalho do arquiteto hoje em dia. E a internet pra pesquisa.

    Chegando em casa, computador e internet de novo para fazer as tarefas. E

    no nalzinho da noite assistir algum episdio de seriado na televiso. Re-

    vista, eu tenho assinatura de revista direcionada arquitetura. Geralmente

    eu estou olhando a revista dia sim, dia no. Ando com a revista na mochila.

    Cinema duas vezes ao ms, no nal de semana. Games entre um trabalho

    e outro, pra distrair, pra espairecer, jogo no console de videogame. Jornal

    eu leio, mais a parte de esporte, na quinta ou na segunda. E rdio justa-

    mente no percurso de casa para escola, trabalho. Final de semana eu ouo

    bastante rdio, mas dia de semana geralmente no percurso da faculdade

    pro trabalho.

    (Masc, 26/30 anos, classe B, REC)

    Para os profssionais, muitos meios surgiram nos ltimos anos com pro-

    postas de contedo jovem, ao passo que, hoje, tudo mdia (bolacha de

    chope mdia jovem). Tudo o que j oi um dia chamado de mdia alterna-

    tiva , hoje, mdia normal, e pode entrar no planejamento.

    Hoje voc tem TV, revista, pay TV e todos os pontos de contato possveis

    com os jovens: bares, academias, escolas, supermercados, padarias, rua,

    shoppings, os meios digitais, as mdias sociais... Voc tem inmeras pos-

    sibilidades.

    (Prossional de mdia)

    No passado existiam quatro canais de televiso, hoje existem 100. E hoje

    o jovem brasileiro apaixonou-se pela internet. E, por causa da internet, o

    mundo hoje mais curto e estreito. A informao chega assim que as coi-

    sas acontecem. Para quem trabalha em mdia e segmento jovem h muitos

    anos, tudo mudou.

    (Prossional de mdia)

    Planejar mdia para o jovem no fcou nem mais cil nem mais dicil: fcou

    dierente e desafador, j que esse grupo est mais inormado, exigente

    e crtico. Quem trabalha no mercado acredita que o jovem no quer mais

    receber apenas propaganda das marcas. Quer contedo e relacionamento.

    Alm disso, a segmentao dos consumidores maior. preciso atingir os

    diversos nichos e, com isso, saber que os planos de mdia vo conviver com

    uma maior ragmentao de audincia.

    Tudo isso criou demanda por um novo profssional de mdia, com perfl mais

    criativo, que pense ora da caixa, que abandone ormatos padronizados

    e trabalhe de orma mais prxima ao cliente e s demais reas de agncia.

    Acima de tudo, um profssional que entenda o comportamento e o dia a dia

    do seu consumidor. Os profssionais de mdia tm conscincia desse novo

    contexto muito mais complexo, e a maioria deles est gostando do desafo

    de trabalhar nessa nova rea de mdia.

    No passado era diferente, os nmeros entregavam de fato o seu objetivo.

    Todo mundo tirava onda da mdia, dizendo que a gente s fazia xizinho,

    mas era um fato. Hoje existem muitos meios e a audincia muito mais

    dispersa, ento a segmentao muito mais forte. Hoje o prossional de

    mdia tem que ter mais preparo. Precisa entender de nmeros, de nego-

    ciao, mas precisa entender tambm de comportamento, tem que ver

    onde seu jovem est.

    (Prossional de mdia)

    Antigamente o jovem era superdisposto a receber u ma mensagem de pro-

    paganda. Hoje ele quer mais informao, mais transparncia, mais con-

    tedo, mais entretenimento. Isso faz mudar a forma de planejar mdia, e

    tambm mudam as disciplinas que um prossional de mdia tem que domi-

    nar. Hoje a rea de mdia precisa entender de comportamento jovem, tanto

    quanto precisa entender de rentabilidade e negociao. mais complexo ser

    mdia hoje em dia, mas estou adorando fazer parte deste momento, estou

    adorando esse desao.

    (Prossional de mdia)

    A partir do momento que muda a dinmica do mercado, temos que ter um

    novo perl de mdia. O prossional que as agncias buscam hoje um cara

    que entenda de comportamento e segmentao de consumidores, alm de

    ter foco em resultados. Mudou o caminho de como o plano de mdia era

    feito. Antes voc tinha um target que era: homens, mulheres A/B 25+, e voc

    fazia uma mdia pra isso. Hoje, voc tem homens, mulheres A/B 25+ que

    andam de carro, outros que andam de bicicleta e outros andam a p. Por isso

    a importncia de entender as pesquisas de comportamento e segmentao.

    (Prossional de mdia digital)

    Na busca por entender quais as tendncias do consumo de mdia jovem,

    existe uma certeza entre os profssionais da rea: tudo o que estiver rela-

    cionado mobilidade e ao mundo digital vai crescer. Ao mesmo tempo, h

    o pensamento de que nenhum meio vai desaparecer.

    O celular vai explodir, mas temos que esperar as operadoras de telefonia

    baixarem os preos de pacotes de dados para chegar perto de realidades

    como ndia, China e Japo, pases onde o pacote de u m ms de internet bem

    mais razovel para a renda de um jovem. Os aplicativos de celular tambm

    so tendncia, e as redes sociais j so uma realidade...

    (Prossional de mdia Anunciante)

    As inovaes tecnolgicas esto ocorrendo numa velocidade muito

    grande. Agora, o assunto o iPad: funciona, no funciona, bom, no

    bom. A vem aquela polmica, ah , o livro vai morrer, o jornal v ai morrer. No

    acredito. Acho que tudo vai se transformar de uma coisa fsica para uma

    coisa digital. E, de repente, as pessoas podem se cansar de ter tanta coisa

    na tela de um computador e vo dizer: no, quero voltar a ter as coisas

    fsicas, quero um livro, uma revista de papel. Difcil pensar como que vai

    ser em cinco ou dez anos.

    (Prossional de mdia Anunciante)

    Outra mudana undamental que j realidade o ato de que essa ge-

    rao quer participar, interagir, opinar. Eles dominam a tecnologia e que-

    rem inormao, mais do que qualquer outra gerao. Hoje o jovem in-

    terage com o plano de mdia; os profssionais de mdia e os anunciantes

    devem estar preparados para mudar o planejamento a qualquer momento.

    O jovem sente que a opinio dele muito importante. E a internet abriu pos-

    sibilidade pra isso. Ento, se voc no consegue fazer com que ele faa parte

    do seu negcio, do seu plano de mdia, voc t fora, porque ele vai achar

    aquilo tudo careta, que aquilo no fala com ele. Por isso, acho que quando

    se quer falar com jovem tem que parar de pensar s no nmero, tem que ter

    exibilidade para mudar o que foi planejado, tem que analisar comporta-

    mento e tem que abrir a possibilidade de interao.

    (Prossional de mdia)

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    Partindo do princpio de que essa gerao consome muita mdia e muitos

    meios de orma simultnea, esse Dossi teve como misso analisar de que

    orma esses meios coexistem.

    O computador com acesso internet e o celular so os meios de comuni-

    cao cones desta gerao, assim como a TV, o cinema e o rdio o oram

    para as anteriores.

    Ligar o computador e acessar a internet como ter um amigo que est

    sempre l, seja para conversar, seja para ajudar a resolver problemas e

    sempre trocando, sempre interagindo com ele. 89% dos jovens acessam

    a web pelo computador, e 65% azem isso sempre. Com o crescimento da

    economia e a melhora do poder aquisitivo do brasileiro, cresceu o acesso

    dos jovens internet pelo computador de casa (45% no Dossi MTV 2008

    e 61% no Dossi MTV 2010), mas tambm aumentou o acesso pelo com-

    putador ora de casa, em locais como LAN houses, escolas e espaos de

    acesso pblico (55% no Dossi MTV 2008 e 72% no Dossi MTV 2010).

    Alm disso, o computador que acessa a internet um meio sedutor e

    que exige ao por parte do jovem. Faz com que o jovem fque sempre

    conectado s vezes, mais tempo do que gostaria. Tambm um meio

    que permite realizar outras atividades simultaneamente: assistir TV, ouvir

    msica, comer.

    J o celular tudo. Alm de oerecer diversas unes e de ajudar a resolver

    as coisas, ele est sempre junto com o jovem, como se osse uma exten-

    so de suas mos. A combinao de multiuncionalidade e mobilidade o

    que encanta tanto: um aparelho que tem voz, texto, oto, vdeo, relgio,

    MP3, agenda, games, internet, calculadora tudo isso mais o atrativo da

    mobilidade. Isso az do celular o meio que deixa mais palpvel a sensao

    de liberdade e, ao mesmo tempo, de segurana, to necessrias ao jovem.

    Assim como aconteceu com o computador, a posse de celulares aumentou

    entre os jovens (74% no Dossi MTV 2008 para 88% no Dossi MTV 2010).

    Enviar mensagens de texto um atributo especfco do celular. O torpedo

    uma orma de comunicao que nasceu com esse aparelho e que con-

    quistou adeso e aprovao total dessa gerao. Para o jovem, o SMS

    uma orma de baratear custos e de no ser invasivo: possvel enviar

    uma mensagem de texto de qualquer lugar, numa conversa contnua e

    com total privacidade.

    O ponto positivo do celular que quando se precisa de alguma coisa com

    urgncia uma coisa fcil de se conseguir; voc liga, ou manda uma men-

    sagem, uma coisa instantnea.

    (Fem, 16 anos, classe C, POA)

    A nica restrio que o jovem tem em relao ao celular diz respeito de-

    pendncia que criaram com o aparelho. Ou seja: a mesma virtude que az

    dele tudo pode azer de voc um nada. Essa questo tambm aparece

    ligada ao uso do computador com internet. mais orte, porm, no caso

    do celular, j que a mobilidade acilita ainda mais a criao da relao de

    dependncia involuntria: 5 em cada 10 jovens nunca desligam o celular e

    dizem que impossvel viver sem ele.

    Parece que estou fora do mundo, se algum quiser falar comigo, no fala.

    Apesar de no ser to ligada ao celular, poucas vezes eu saio de casa sem

    ele. Como no sou uma pessoa de andar com carregador o tempo todo, tem

    horas que d raiva, que voc precisa mesmo, mas eu at sobrevivo sem.

    (Fem, 26 anos, classe B, REC)

    Sair de casa sem o celular a mesma coisa que sair sem cueca, voc at

    sobrevive, mas se sente muito mal, parece que tem alguma coisa te inco-

    modando.

    (Masc, 18/21 anos, classe B, RJ)

    As outras restries levantadas quanto ao celular so relacionadas s opera-

    doras: o alto preo dos servios de voz e dos pacotes de internet, a alta de

    sinal, os problemas na rea de cobertura, o roubo de crditos e as promoes

    que as prprias operadoras enviam para os celulares so apontados.

    Tem sempre aquela mensagem: oi, voc ganhou um carro. Nossa, eu j

    ganhei tanto carro (risos).

    (Fem, 15/17 anos, classe C, REC)

    Esse aparelho tem sido o sonho de consumo do jovem pelos ltimos 10

    anos. No entanto, no passado, o jovem queria um celular bonito, e hoje

    Agenda de contatos

    Despertador

    Calculadora

    SMS / torpedo

    Calendrio

    Rdio AM / FM

    Cmera otogrfca

    GamesBluetooth

    Filmadora

    MP3 / MP4

    Internet

    E-mail

    Televiso

    GPS

    87

    87

    86

    85

    85

    75

    72

    71

    65

    59

    55

    40

    36

    20

    11

    Funes disponveis no telefone celularBase:Total daamostra(%)

    Grco 6

    sonha com um que tenha mais unes, especialmente um que t

    acesso internet e sistema touchscreen. Mesmo considerando alto o

    do servio dos pacotes de internet, eles querem um aparelho que pe

    a navegao.

    Em mdia, os jovens possuem dez unes em seus celulares e

    tumam utilizar todas elas, com exceo da internet e da TV. Emb

    internet j esteja disponvel em 40% dos aparelhos, e a TV em 20% d

    o preo desses servios limita seu uso.

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    60% dos jovens acham que quem no acessa a internet fca desatualizado

    e no tem assunto para conversar com os amigos. A internet onipresente.

    Traz entretenimento, diverso, notcia, inormao e conhecimento em

    tempo real, alm de ajudar nos estudos e no trabalho, de uma orma prtica

    e conortvel. Ela tambm ajuda na socializao, no contato com quem est

    distante, permite encontrar pessoas, azer novas amizades. Mas o principal

    benecio da internet, para o jovem, a interatividade: a possibilidade de

    agir e interagir, de participar, de estar no comando e de azer acontecer.

    Nesse ponto, ela um canal totalmente dierente da TV, que vista como

    um meio mais passivo, usado para rela xar, distrair e descansar.

    Interatividade o maior benefcio. Voc dene o que fazer. Pode pesquisar

    vrios assuntos, ver vrios pontos de vista e aprender com isso.

    (Masc, 13 anos, classe C, RIB)

    Acho que a internet s traz benefcio. Se voc quer ver qualquer notcia do

    mundo, se voc quer comprar alguma coisa, se voc quer baixar uma msica,

    voc acessa a internet. Para mim s tem benefcio e nenhum ponto negativo,

    porque voc que determina o que quer e ningum precisa te mostrar, e voc

    no precisa esperar acontecer.

    (Masc, 19 anos, classe B, RIB)

    Outro benecio a possibilidade de conhecer muitas opinies sobre um

    determinado tema. Isso traz a imagem de um canal imparcial, aliada

    ao sentimento de que o jovem pode ormar sua prpria opinio sobre

    qualquer assunto ou pessoa.

    Se eu coloco um tema na internet, Britney Spears: aparecem 300 blogs

    que falam sobre ela. A voc vai juntando as informaes que cada um diz,

    e voc faz sua opinio sobre o artista.

    (Fem, 13 anos, classe B, RJ)

    Ao mesmo tempo, esses jovens tm conscincia de que esse um meio

    que os torna muito vulnerveis. Os principais pontos negativos da inter-

    net esto relacionados alta de segurana: golpes, crimes, pedoflia, in-

    ormaes alsas, vrus, invases nas pginas de sites de relacionamento

    e alta de privacidade.

    Tambm reconhecem que no percebem o tempo passar quando esto

    on-line: vo de um site para outro e acabam fcando conectados mais

    tempo do que gostariam, o que os az se sentir presos, abduzidos, de-

    pendentes demais da internet. Os longos perodos que o jovem passa na

    web no signifcam, necessariamente, um tempo em que ele est ga-

    nhando aprendizado, conhecimento ou mesmo produtividade.

    Toda inovao tecnolgica implica na promessa de um tempo a mais para

    voc, mas nem sempre isso acontece. Entre os jovens acontece uma coisa

    muito interessante quando esto na internet. O jovem sente que est em

    movimento, mas um movimento que implica em uma imobilidade. Ele

    passa o dia inteiro no computador, ca jogando, respondendo para os ami-

    gos, entra em sites, termina o dia supercansado, mas na verdade ele no saiu

    da cadeira e, muitas vezes, ele no produziu nada. No m do dia, esse jovem

    est estressado de fato, ele no quer mais conversar, no quer mais fazer

    nada. Muitas vezes essas aes na internet implicam na falta de raciocnio,

    porque todos os movimentos so automticos, prontos. Acho que, com

    A evoluo no uso de algumas das unes do celular, na comparao dos

    Dossis de 2004 a 2010, prova que, quanto mais unes o aparelho tiver,

    mais unes sero utilizadas.

    Fazer ligaes100

    9796

    Enviar torpedos96

    87

    79

    Tirar otos98

    596

    Baixar msica para o celular95

    3727

    Acessar internet56

    2015

    Enviar e-mail57

    1916

    Funes utilizadas no telefone celularBase:funesquepossuemno celular(%)

    Grco 7

    201020082004

  • 8/6/2019 5Dossi Universo Jovem MTV

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    isso, o jovem no tem mais tempo para reexo, no pode mais parar para

    pensar...

    (Professora escola pblica)

    Os pais desses jovens, mesmo aqueles que no sabem ou no gostam

    de fcar on-line, veem o acesso internet de orma bastante positiva. O

    computador com internet tido como necessidade, pois proporciona livre

    acesso inormao, ao conhecimento e, tambm, ao relacionamento e

    diverso.

    35% dos pais dos jovens que participaram deste estudo tambm aces-

    sam a internet por computador. Eles declaram que usam a web com

    requncia para o lazer, para resolver assuntos da casa ou do trabalho e

    para ajudar os flhos nas tareas da escola.

    Para meu lho a internet para jogar games, Orkut, MSN, t rabalhos esco-

    lares. Eu co mais naquilo que eu preciso no momento, coisas para a casa

    e assuntos do meu interesse. O meu uso de internet pra e-mail e pra fazer

    pesquisas, gosto de car i nformada.

    (Me que internauta)

    Hoje voc no tem que proibir a criana, mas educar para saber o que fazer,

    e a voc ca tranquila. Eles fazem tudo na internet, conversas, escola, tra-

    balho, pesquisa, tudo. Hoje se tirar a internet deles eles cam perdidos. Eu

    tive um problema com meu provedor, demorei mais de uma semana pra

    assinar outro, meu lho cou perdido, deu ate d, porque era perodo de

    frias. Eles no sabem viver sem.

    (Me que no internauta)

    comum ver jovens que incentivam seus pais a usar o computador e a

    internet. Mas muitos pais ainda resistem, apesar de reconhecer sua im-

    portncia.

    Eu sei que a internet importante, mas no tenho vontade de mexer, no

    chama minha ateno. Minha lha fez um e-mail pra mim, mas eu no sei

    nem como funciona e eu nem sei a senha. A ela manda e-mail por mim, e

    ela mesma responde, conversa com minhas irms. Eu co presa na hora de

    enviar, eu me perco nos comandos e acabo perdendo a pacincia. A pego o

    telefone, ligo e resolvo tudo em dois minutos.

    (Me que no internauta)

    Pais de flhos internautas que no usam a rede fcam sem conhecer o

    que esse meio traz para seus flhos para o bem e para o mal. Tambm

    Analisando-se as atividades mais realizadas na internet, chama ateno o

    uso de sites de comunicao on-line e de relacionamento. Em 2008, 81%

    dos jovens usavam sites de mensagens instantneas. Esse nmero, que j

    era alto, subiu ainda mais em 2010, che gando a 93%. J o nmero de jov ens

    que utilizavam algum site de relacionamento cresceu mais que o dobro de

    2008 para 2010: de 41% oi para 89%.

    Quem no tem Orkut no existe.

    (Masc, 18/21 anos, classe A, RJ)

    O que se percebe um orte sentimento de ter que participar da grande

    onda das redes sociais. Muitos entram em alguma rede s para no fcar d e

    ora mas esto l. Fazer parte dessas comunidades como ter um espaoinfnito como a internet para se comportar de orma mais pessoal.

    Tenho Orkut e Facebook, uso todos os dias, mais o Orkut. Muito pra me

    comunicar com amigos, fofoquinhas, ver fotos dos outros, do meu ex-namo-

    rado, que agora est namorando com outra.

    (Fem, 21 anos, classe B, POA)

    Trocar mensagens instantneas

    Enviar e receber e-mail

    Entrar em sites de vdeos como Youtube

    Acessar sites de relacionamento

    Acessar sites de busca

    Ouvir msica de uma rdio pela internet

    Produzir vdeos / msicas / otos e postar em sites

    Pesquisar para escola / aculdade

    Ler notcias, drops de notas

    Fazer downloads de programas

    Fazer downloads de msicas

    Consultar mapas e endereos

    Jogar games

    84

    68

    41

    8173

    80

    7875

    7568

    7457

    7069

    66

    6139

    81

    ocorre uma alta de sincronismo em relao aos seus flhos, j que esses

    pais no acompanham todos os temas e novidades que surgem primeiro

    na internet.

    Em todas as TVs da casa tem TV a cabo, mas eu passo o maior tempo no

    computador. Como meu pai no gosta que que no computador e com a TV

    ligada ao mesmo tempo para no gastar luz, ento eu escolho sempre car

    no computador, porque no computador eu fao tudo, inclusive ver TV. Como

    meu pai no usa internet, ele nem sabe que d para ver TV pela internet.

    Meu pai acha que quando eu estou no computador eu s estou estudando,

    ou conversando.

    (Fem, 13 anos, classe B, RJ)

    De qualquer modo, o sentimento do jovem em relao internet o de que

    l ele tem tudo e pode tudo. Surge uma sensao de poder, de livre acesso

    ao mundo e s pessoas, sejam annimas ou amosas; uma orma de poder

    escolher aonde quer chegar, como e com quem e de realizar esse objetivo.

    Internet uma das melhores invenes que j zeram, uma ferramenta

    que voc tem pra navegar pelo mundo inteiro e car perto das pessoas que

    voc no v h muito tempo, pesquisar viagens que quer fazer, conhecer lu-

    gares que nunca foi, fazer compras, no precisa mais ir ao banco. Pode ver

    televiso pela internet, ver lmes, baixar msica, muito completo. Com uma

    simples palavra no Google, se encontra tudo. At mapas para localizao.

    (Fem, 27 anos, classe A, BSB)

    Conorme sobe a idade dos jovens desse grupo, percebe- se uma navegao

    mais espaada ao longo do dia: o tempo mais dividido entre trabalho,

    escola, diverso e socializao. Os mais jovens, por outro lado, fcam on-

    line por perodos longos, ora do perodo escolar, com uso especialmente

    voltado para diverso e socializao.

    Independentemente da idade, os sites em que todos eles passam mais

    tempo buscando e navegando so os de socializao e diverso: buscam

    redes sociais, vdeos, msica, flmes, shows, celebridades, esporte, moda,

    viagens, mapas, curiosidades, otos, horscopo, games, programas de

    TV, emissoras de rdio, revistas, receitas, oocas. Na comparao com

    o ltimo Dossi, de 2008, os jovens esto realizando mais atividades na

    internet.

    Atividades realizadas na internetBase:total daamostra(%)

    Grco 8

    20102008

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    A rede social permite que qualquer um fque mais conhecido ou venha

    a conhecer gente amosa, criando a iluso de estar num espao muito

    grande e cheio de pessoas que podem enxergar voc.

    Minha tia falou que tenho at uma psicose, porque eu sigo mais de 800 no

    Twitter e 173 me seguem. E a maioria so artistas. Sei que tem muito fake,

    mas tenho preguia de apagar. Ento deixo l.

    (Fem, 13 anos, classe B, RJ)

    A onda das redes sociais grande e muito comentada, azendo com que jo-

    vens, e at crianas, comecem a azer parte delas muito cedo. So poucos

    os jovens que relatam ter um controle dos pais no uso da internet, o que

    reete a educao brasileira, liberal e aberta a novidades. Apenas 4% dos

    jovens so controlados pelos pais no uso da rede mesmo entre os mais

    novos, de 12 a 14 anos, s 15% esto sob esse controle.

    At minha prima de oito anos tem Orkut. Voc v o pessoal mais novo que

    est no Orkut, na 7 e 8 serie. Eles se preocupam muito com as fotos que

    esto l, o que falam. Muda bastante com a idade e os interesses tambm

    mudam. [Foi] uma amiga minha que criou o Orkut pra mim quando eu t inha

    13 ou 14 anos. A eu fui e aprendi a mexer e eu gostei, claro. Tinha todos os

    meus amigos, se voc tem um Orkut badalado voc tem status entre os ami-

    gos. Hoje eu tenho Orkut, Facebook, mas entro pouco, usava mais quando

    eu estava no Canad. Eu tenho Twitter e s z tambm porque eu fui viajar,

    mas eu no sigo ningum e s a minha namorada que me segue.

    (Masc, 17 anos, classe A, SP)

    O nmero de amigos que algum pode ter nas redes sociais varia entre 100

    e 1.000, dependendo do perfl do jovem: se mais ou menos socivel, ou

    se mais ou menos criterioso na hora de adicionar pessoas s suas listas.

    Eu no gosto de adicionar quem eu no conheo. Tenho quase 100 amigos

    no meu Facebook e conheo todos.

    (Fem, 17 anos, classe A, SP)

    De maneira geral, a questo da projeo e da capacidade de colecionar

    amigos o que ala mais alto nessas erramentas de relacionamento. Boa

    parte dos jovens afrma que a quantidade de amigos mais importante

    que a qualidade das relaes. Muitos a t conessam que a maioria das pes-

    soas em suas listas so apenas conhecidos ou amigos dos amigos.

    Tenho uns mil e poucos amigos. J z at outro Orkut porque no cabia

    todo mundo. No conheo todo mundo. Amigos mesmo, uns 10%, depois

    tem parente, tio, primo. Tem uns 200 que vi uma vez ou outra e o resto eu

    nunca vi na vida.

    (Fem, 29 anos, classe C, RJ)

    Amigos virtuais eu no considero amigos mesmo, considero amigos da

    internet. Eu no gosto muito de conhecer pessoas de outra cidade que eu

    nunca vi na minha vida, eu no sei quais so as intenes.

    (Fem,17 anos, classe A, RIB)

    Grau de amizade parte, o hbito de se comunicar on-line to or

    tre os jovens que, muitas vezes, o relacionamento virtual substitui

    mesmo entre pessoas que dividem a mesma casa. Muitos pais, que c

    ram em outros tempos, no entendem essa orma de comunicao e

    cialmente virtual estabelecida entre seus flhos.

    Eu e minha irm costumamos conversar pelo MSN, cada um no seu q

    Um dia minha me entrou no meu quarto e minha irm passou um r

    pra minha me pelo MSN e ela disse: vocs esto loucos, isso um abs

    mas foi engraado.

    (Masc, 17 anos, classe A, SP)

    Minha flha comeou a namorar um menino da classe dela e ela n

    com ele no telefone nunca. Quando ela quer falar com o namorado e

    pro computador e digita que nem uma louca, parece at que vai sair fu

    do teclado. Eu falo pra ela ligar pra ele para conversar direito e ela fal

    no liga porque tem vergonha. Mas ali no MSN eles contam a vida, br

    choram. Acho esquisito. Eles no tm mais essa coisa de sair e conver

    vivo, olho no olho.

    (Me que internauta)

    A comunicao entre jovens mudou muito, d a sensao que eles tm

    pressa, e eles acabam se comunicando com essa pressa. Tem os sit

    celular, diferente da minha poca. A gente quando queria se comuni

    na casa do amigo, quando muito tinha um telefone xo. Hoje mudou

    isso.

    (Me que internauta)

    9 em cada 10 jovens usam algum tipo de comunicao on-line; 94%usam MSN, 95% usam Orkut, 33% usam Twitter e 21% usam Facebook.Base:total daamostra(%)

    Grco 9

    MSN

    Orkut

    My Space

    Facebook

    Skype

    Linkedin

    94

    95

    12

    21

    13

    7

    92

    92

    28

    38

    28

    12

    93

    95

    9

    17

    9

    7

    95

    94

    15

    24

    16

    6

    Twitter

    3345

    3035

    Total

    %

    Classe A

    Classe B

    Classe C

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    O hbito de acessar sites de vdeo, como o YouTube, passou de 68% em

    2008 para 90% em 2010. Outras atividades relacionadas a vdeos cresce-

    ram muito nesses 2 anos: realizar downloads (de 29% para 42%), assistir

    programas de TV na internet (de 13% para 42%) e assistir programao de

    emissoras on-line (de 16% para 36%).

    Baixo srie e lme. Filme eu no baixo muito, pois eu prero assistir na TV,

    mas srie eu baixo bastante, porque eu gosto de ver tudo direto, na televiso

    eles no passam direito, eles pulam episdio.

    (Masc, 17 anos, classe B, SP)

    Gosto de acessar sites relativos a esportes, sobre lutas, fao download de

    tudo. Uso bastante esse sites de download para baixar lmes, sries e re-

    vistas.

    (Masc, 25 anos, classe A, POA)

    O uso da internet para ver programas de T V e baixar vdeos um hbito

    crescente no Brasil, ao mesmo tempo que assistir TV continua sendo

    um hbito declarado por 100% dos jovens entrevistados. O jovem bra-

    sileiro tem uma ligao emocional com a TV, que representa um mo-

    mento de relaxamento, descanso e conorto, remetendo a uma passivi-

    dade positiva.

    A TV tima para quando voc no quer fazer nada, nenhum movimento

    com o corpo, voc simplesmente senta e assiste.

    (Fem, 18/21 anos, classe B, SP)

    Gosto de assistir deitada, embaixo do cobertor. No consigo car sem ver

    TV. Vejo o que est acontecendo no mundo, vejo desenhos, novelas. Ver T V

    um momento para relaxar.

    (Fem, 12 anos, classe B, POA)

    68% dos jovens afrmam que no conseguem fcar sem ver, enquanto

    57% declaram deixar a TV ligada mesmo quando no esto assistindo.

    O jovem pensa na TV como um meio de comunicao que lhe az compa-

    nhia quando est sozinho, alm de a considerar um elemento que agrega

    a amlia e os bons amigos. Ela representa, para essa gerao, o que a

    ogueira representou para as sociedades tribais um momento-amlia,

    seja a amlia sangunea ou a dos melhores amigos. No entanto, dierente-

    mente dos tempos em que amlias se reuniam em volta da ogueira para

    trocar experincias, hoje, quando os jovens a ssistem TV com suas amlias,

    h pouco espao para a conversa, para a troca, pois o contedo da pro-

    gramao se torna o centro das atenes.

    71% dos jovens declaram que gostam de ver TV com a amlia nesse

    caso, a programao deve agradar a todos.

    O smbolo da TV a unio da famlia. Q uando estamos assistindo, estamos

    sempre conversando. a hora que estamos juntos.

    (Masc, 20/24 anos, classe C, SP)

    Nada substitui ver futebol na TV com os amigos na quarta-feira noite.

    Esse um programa sagrado.

    (Masc, 26/30 anos, classe B, REC).

    Outras atividades na internet que cresceram desde o Dossi 2008 esto

    relacionadas a pesquisa de preos (passou de 40% a 58%), compras (de

    14% para 33%) e uso de sites para assistir vdeos.

    Para atividades diversas de trabalho

    Pesquisar e comparar preos de produtos

    Frequentar salas de bate-papo

    Procurar emprego / consultar classifcados

    Acessar contedo adulto

    Fazer download de flmes / seriados

    Ver programas de TV na internet

    Assistir programao de emissoras de TV on-line

    Manter um blog / Fotoblog

    Participar de concursos e promoes na internet

    Fazer compras

    Fazer transaes bancrias

    Fazer ligaes telenicas usando o Skype

    59

    5840

    5539

    53

    46

    4229

    4213

    3616

    3521

    33

    3314

    2316

    2114

    Atividades na internetBase:total daamostra(%)

    Grco 10

    A TV no quarto para quando querem fcar sozinhos ou quando quere

    um programa determinado que no bate com o gosto dos pais. 54

    jovens gostam de ver TV sozinhos no quarto nesse momento, ape

    bons amigos podem estar juntos.

    Na sala, assisto TV com meus pais, novela e lme. No quarto, vejo s

    ou com amigas.

    (Fem, 13 anos, classe C, SAL)

    A comida sempre est presente nesses momentos, criando rituais:

    enquanto se prepara a reeio da amlia ou comer algo sozinho ven

    flme no so da sala.

    A TV traz sempre um momento mais sensorial, em que possvel

    todas as partes do corpo, apenas olhar as imagens e ouvir os sons,

    o paladar com alguma comida. A TV explora todos os sentidos e esv

    mente dos assuntos e problemas do dia.

    TV todo mundo assiste, querendo ou n o. Chego em casa morta, doi

    tomar um banho, ligo a TV, deixo ela ligada, nem que seja s pra es

    Ligar a TV e sentar no sof, para mim, signica que acabou o trabalho

    agora posso relaxar.

    (Fem, 22/25 anos, classe B, RJ)

    O aparelho de TV convencional ainda a tela principal para o jovem q

    ele quer assistir a programao normal das emissoras de TV, mas

    telas comeam a ser utilizadas: a tela do computador e a tela do celu

    Geralmente, o melhor aparelho de TV da casa o que fca na sala. Tam

    comum usar a TV da sala ou do quarto como rdio: 78% costuma

    a TV enquanto realizam outras atividades estudar, usar o compu

    arrumar a casa ou cozinhar.

    20102008

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    O jovem de hoje tambm vai presenciar o prximo momento ureo da te-

    leviso: as transmisses em HD, a TV interativa e o crescimento da TV no

    celular e em outros aparelhos mveis (20% dos jovens entrevistados j

    tm um aparelho celular com TV). Em alguns anos, vamos poder sentir a

    mudana no hbito de ver TV causada por essas inovaes.

    Alm da programao normal da TV, tambm existe o hbito de assistir

    flmes, seriados e shows em DVD. 80% dos jovens tm um aparelho de

    DVD para uso prprio e 97% deles costumam ver programaes gravadas

    em DVD, especialmente flmes e seriados. Um dos programas avoritos

    desse grupo, em especial para os teens, assistir muitos flmes ou vrios

    episdios de seriados num mesmo dia, junto com os amigos.

    Alis, essa gerao acha que cinema tudo de bom. Essa expresso

    comum entre jovens que alam do cinema de uma orma apaixonada, en-

    cantada. O tema sempre surge junto com um suspiro ou com uma dose de

    excitao. A imagem do cinema sempre muito positiva, mesmo entre os

    que no costumam ir com requncia.

    O cinema combina vrias coisas boas: a sala escura, a tela enorme, o som,

    o conorto da poltrona, o cheiro de pipoca, os amigos ou namorados, o 3D.

    Tudo isso cria um ambiente nico, que os tira da realidade para lev-los a

    uma outra dimenso. Para 42% dos jovens, no h lugar melhor para ver

    flme. Esse meio tambm um programa, um acontecimento, especial-

    mente para os teens que comeam a sair sem os pais.

    Em casa ns temos uma TV legal. A eu pego um lme, apago a luz e vou

    assistir, mas no a mesma coisa. O cinema tem alguma coisa diferente. No

    cinema tem pipoca, tem todo um ambiente melhor.

    (Masc, 12 anos, classe A, REC)

    Eu prero ir no cinema do que assistir lme em casa, por mais que faam

    um DVD, ou uma TV com qualidade. No cinema o som diferente e, tam-

    bm, o cinema um passeio. A gente sempre vai com algum.

    (Fem, 23 anos, classe A, BH)

    Quando esto no cinema, o envolvimento total. O flme o protagonis-

    ta. No h disperso da ateno e o consumo de outros meios ao mesmo

    tempo com exceo do celular, que pode vibrar e dividir a ateno caso o

    assunto seja importante.

    O cinema tem aquela aura que no se reproduz em lugar n enhum.

    (Masc, 23 anos, classe B, RJ)

    O contedo assistido na TV bem variado, mas h uma predominncia

    de seriados, flmes, novelas, jornalismo, humor, msica, esporte, dese-

    nhos, celebridades, oocas, reality shows, viagens, programas de audi-

    trio, documentrios e at culinria.

    Ponto positivo na TV entretenimento. Na TV voc tem de tudo, para quem

    gosta de ver desenho, para quem gosta de ver srie, para quem gosta de v er

    esporte, para quem gosta de ver jornal, informaes, para quem gosta de ver

    lme, acho que tem todo tipo de entretenimento.

    (Fem, 13 anos, classe A, SP)

    Se as pessoas souberem usar a TV de modo correto, acredito que ela muito

    importante. Existem programas que mostram a natureza, como o nosso

    planeta, ecossistema. Muitos programas so verdadeiras aulas de cincias e

    histria, acho que muito importante.

    (Fem, 17 anos, classe A, RIB)

    Os contedos que mais agradam esto relacionados a entretenimento e

    inormao; os que menos agradam esbarram na apelao, no sensaciona-

    lismo, na corrupo e na violncia. As crticas TV so muito ocadas no

    contedo dos canais abertos, em especial aos canais que exploram exaus-

    tivamente o mesmo tema seja uma catstroe, um crime, um aconteci-

    mento poltico ou uma ooca de celebridade. Outra crtica diz respeito

    percepo do poder de manipulao que a TV exerce sobre a opinio p-

    blica, muitas vezes mostrando uma situao que no real.

    A TV aberta se preocupa mais com a audincia e menos com contedo. A TV

    fechada no, ela tem um respeito maior e preocupao em mostrar contedo.

    (Masc, 20/24 anos, classe C, SP)

    As novelas mostram pessoas que no fazem nada, no trabalham, s cur-

    tem a vida, e isso no verdade. Da as pessoas assistem essas novelas e

    falam: ah, tambm quero ser assim! Acho que tinha que mostrar mais a

    realidade, como que o mundo. Essas novelas que s mostram as coisas

    bonitas... isso irreal. Na novela todo mundo tem empregada domstica,

    carro bacana, ningum anda de nibus.

    (Masc, 19 anos, classe A, RIB)

    Essa gerao est experimen tando um bom momento com o meio TV. No

    s pela evoluo dos aparelhos de tela plana, como plasma, LCD, LED, com

    diversos tamanhos de tela, mas principalmente pela quantidade de opes

    de programas oerecidas pelos canais de assinatura. Vale lembrar que 33%

    dos jovens tm TV por assinatura em casa (79% na classe A, 41% na classe

    B, 23% na classe C).

    Esse um momento e um lugar onde o jovem se emociona, conhece o

    culturas, hbitos, lugares, e de onde ele sai sempre com a impresso

    recebido algo mais.

    No cinema voc aprende, conhece culturas de outros pases. Tem tam

    os lmes indicados do Oscar. A voc v os indicados, como Avatar, G

    ao Terror, que bem nacionalista, mas bem interessante. Eu adoro

    cinema.

    (Fem, 17 anos, classe A, RIB)

    Os jovens se mostram sempre mais desejosos de ir ao cinema do qu

    malmente vo. Para eles, esse um programa caro, porque vai al

    preo do ingresso para incluir locomoo, pipoca e um lanche aps a se

    Os ltimos lanamentos com tecnologia 3D no passaram desperceb

    Todos citam a novidade e dizem que uma experincia obrigatria. pode ter contribudo para um leve crescimento no hbito de ir ao c

    entre os jovens, que passou de 80% em 2008 para 83% em 2010.

    Acredito que o bom cinema, como um bom livro, tem a capacidade de

    os coraes dos jovens, se souber entender suas necessidades. Hoje, p

    que o cinema tem dois caminhos, o lme pequeno, que fala mais fund

    poucos, ou o lme evento, que vem com megamdia e aquele carim

    tem que ver. Um dos baratos do cinema a possibilidade de compar

    uma experincia, como se fosse um sonho coletivo. Nada mais atrat

    que saber que uma tal experincia est sendo vivida por zilhares de pe

    no planeta. Se todo mundo est sonhando com Crepsculo, quero ver

    este sonho.(Diretor de cinema)

    Muito tem sido alado sobre a variedade de telas que o jovem tem

    posio para entretenimento e inormao: a tela do cinema, a da

    viso, a do computador, a do celular. As telas ganharam o mundo e e

    ligadas 24 horas por dia em lugares como elevadores de empresas,

    pings, padarias, supermercados, nibus, metr, avies, aparelhos de

    caixas eletrnicos e sistemas de segurana de shoppings e condom

    Essa uma gerao apaixonada por telas, habituada a conviver com

    gem e som e a receber continuamente inormao, histrias e emo

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    A convergncia de game e cinema j uma realidade. A indstria de jo

    em sintonia com os desejos dos jovens, est criando experincias r

    em que possvel participar da ao fsicamente. o caso do Nintend

    e das atraes de parques temticos dos estdios Disney/MGM e Univ

    Studios, que combinam projeo de flmes com interatividade.

    Se o MP3 mudou a orma de ouvir msica dessa gerao, o MP4, ou

    de 5 gerao, conhecido como iPod Vdeo, mudou o hbito de con

    dos vdeos. A Apple lanou o padro MP4 em 2005, oerecendo tela

    ticolorida de cristal lquido e possibilitando a experincia de msica, v

    flme e sries no sistema Portable On Demand. Desde o lanamen

    iPod, muitos concorrentes lanaram produtos similares, populariza

    MP4. Hoje, 56% dos jovens brasileiros tm um aparelho MP3/MP4

    sivo e 55% tm MP3/MP4 no celular: msicas e vdeos preeridos na p

    da mo, para serem consumidos em qualquer hora e lugar.

    Sabendo que essa gerao vive tambm a era das telas, e pensand

    crescente hbito dos jovens de assistirem vdeos em outras telas al

    TV convencional, este estudo investigou quais os tipos de vdeos que

    costumam assistir e quais os tipos e tamanhos de telas em que pre

    assisti-los.

    Console conectado TV (Playstation, Xbox, Wii)

    Computador on-line (na internet)

    Computador sem estar na internet

    Portteis (PSP / Nintendo)

    MP3 / MP4

    Celular

    40

    28

    23

    21

    4

    4

    Alm das telas j mencionadas, duas outras tambm so muito impor-

    tantes para essa gerao de jovens: a tela dos consoles de games e a dos

    aparelhos de MP3 e MP4 .

    60% dos jovens declaram o hbito de jogar games em diversas plataor-

    mas: consoles conectados a TVs, celulares, MP4, arcades, computadores

    o-line e on-line, nos sites especializados em games e at nos sites de

    relacionamento.

    Os games relaxam, aliviam o stress, esvaziam a cabea e, ao mesmo tem-

    po, so uma orma de socializar e encontrar com os amigos, seja pe ssoal ou

    virtualmente. uma orma de distrao, passatempo e escapismo.

    Para os jovens, outro benecio do game o de provocar uma evoluo

    na mente do jogador. um exerccio mental, de inteligncia, de treino de

    ateno, de concentrao e de criatividade. Essa gerao considera posi-

    tivo poder evoluir a capacidade e agilidade mental ao mesmo tempo que

    se diverte. Eles tambm mencionam o poder de aprimorar o ingls, j que

    muitos jogos so estrangeiros e podem ser jogados on-line com pessoas

    de outros pases.

    Apesar do principal, que a questo do lazer, tambm ajuda a criar con-

    centrao, raciocnio lgico, criatividade, acho que principalmente isso.

    (Masc,16 anos, classe B, SP)

    Gosto de games inteligentes, com estratgia, RPG, essas coisas. Adoro

    game de futebol, corrida.(Masc,17 anos, classe B, REC)

    Foi-se o tempo em que game era um territrio exclusivamente mascu-

    lino; 45% das meninas e das jovens mulheres entrevistadas tambm cos-

    tumam jogar games.

    Gosto de um joguinho que tem na internet que se chama Letroca. Esse jogo

    para raciocnio, as letras esto embaralhadas e voc tem que formar um

    nmero mximo de palavras. Eu jogo noite, uma vez por semana jogo.

    muito interessante porque voc acaba usando o raciocnio.(Fem, 17 anos,

    classe A, RIB)

    Nesse universo, ser viciado no negativo, apenas traduz a paixo por

    jogar. Nesse sentido, os meninos mais novos, de 12 a 17 anos, so os mais

    apaixonados e preerem os gneros utebol, corrida de carros e motos, lu-

    tas, jogos de cartas, msica, estratgia, memria e jogos de personagens.

    Os pais tm menos restries ao tempo que seus flhos passam jogando

    do que ao tempo que fcam ao computador. Alis, muitos pais tambm

    jogam com requncia. Na viso deles, os games so uma alternativa de

    lazer para os flhos que no podem brincar na rua nas grandes cidades.

    No so s eles que gostam de games, eu tambm gosto. Eu tambm jogo.

    Eu jogo muito futebol, o menor vidrado em futebol, e, com meu outro lho,

    os jogos de corridas, eu sempre jogo com eles.

    (Pai internauta)

    A plataorma mais usada para os games o console conectado tela de

    uma televiso.

    Onde costumam jogarBase:total daamostra(%)

    Grco 11

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    A tela da TV convencional ainda a preerida para assistir:

    _ programas de TV exibidos normalmente durante a programao;

    _ programas de TV gravados em DVD (flmes, seriados, shows, documentrios);

    _ programas pay-per-view (lanamentos de flmes e transmisses esportivas);

    _ programas que eles prprios gravam para ver depois;

    _ qualquer tipo de vdeo com mais de 30 minutos de durao.

    15% dos jovens tm o hbito de conectar o computador a uma tela de TV para

    navegao e para assistir programao on-line.

    J a tela do computador, de mesa ou notebook, a preerida para:

    _ vdeos postados por outros jovens;

    _ vdeos curtos, de 30 segundos a 30 minutos;

    _ vdeos on-line de sites como Hulu e Netix;

    _ vdeos que eles baixam (pagos)

    Os jovens se interessam por meios que eles possam tocar, controlar, intera-

    gir. Nas telas eles tm todos os tipos de lmes, games, vdeos, chats. O jo-

    vem quer entretenimento, no importa de onde venha o contedo.

    (Chris Anderson, editor da revista Wired Magazine e autor do livro

    Long Tail)

    Quando se ala de mdia jovem, o mundo das telas e dos meios eletrnicos

    muito dinmico e pulsante: parece que nada mais existe. muito comum

    ver estudos sobre o tema azerem previses e a apologia da extino de

    alguns meios, especialmente da comunicao impressa em papel.

    Este estudo mostrou que para discorrer sobre o hbito de leitura entre

    os jovens, preciso ter critrio. H duas correntes de pensamento: a dos

    que dizem que o jovem no gosta de ler e a dos que dizem que, depois da

    internet, nunca o jovem leu e escreveu tanto.

    Para os proessores e profssionais que trabalham com jovens, existe uma

    diminuio dos leitores em geral e no apenas entre os jovens. Alm

    disso, eles afrmam que essa tendncia, no Brasil, independe da internet e

    est mais ligada a cultura, hbito, tradio, condio fna nceira e educao.

    Na verdade, muitos desses profssionais acham que, com a internet, um

    estudante de qualquer classe social pode consultar, ou at encomendar,

    um livro de autor estrangeiro que possa ajudar nos estudos, por exemplo.

    Querendo ou no, a internet est fazendo com que mais pessoas leiam

    mais, de verdade, porque no sei, se no tivesse internet, se os jovens leri-

    am mais. No sei, se no tivesse internet eles leriam mais livros? Ento me

    parece que a internet tem ampliado algumas leituras por parte dos jovens.

    (Psicloga de adolescentes)

    Hoje eu tenho acesso a todos os artigos cientcos que esto send

    blicados em qualquer parte do mundo pela internet. Antigamente ach

    tinha que pedir pelo correio, nem sei como eu faria. No sei se eu conse

    trabalhar nessa tese.

    (Fem, 26 anos, classe B, REC fazendo mestrado em biologia na U

    sidade Federal)

    Tem aluno que diz que quer ler a verso original de Cervantes e que d

    portncia para esse livro. Tenho uma aluna que s gosta dos clssicos

    nacionais. E ns temos tambm aquele tipo de aluno que entra aqui

    pra que ler livro?

    (Professora escola pblica responsvel pela sala de leitura)

    Ttulos como Crepsculo, Eclipse, Lua Nova e Amanhecer, ao lado da

    de Harry Potter e de Querido Dirio Otrio, no apenas oram lidos p

    parte dos jovens entrevistados, como tambm surgem como tema d

    versas entre eles.

    Quase todo mundo leu Crepsculo. Todo mundo comea a conversar

    isso e quem no leu vai ler o livro pra conversar, nem que seja o resum

    internet. Tem o lme e tem o livro. Acho legal fazer os dois, principalm

    pra se aprofundar na histria.

    (Fem 15/17 anos, classe A, SP)

    Portanto, no podemos generalizar: existem jovens e jovens. 44%

    declaram gostar de ler livros no-acadmicos, enquanto 28% af

    que no gostam de ler seja livro, revista ou jornal.

    Programas de TV exibidos duranteprogramao das emissoras

    Vdeos on-line postados porpessoas como eu

    Programas de TV gravados em DVD

    Vdeos com mais de 30 minutos

    Vdeos de 3 a 6 minutos

    Vdeos de at 30 segundos

    Vdeos de 15 a 30 minutos

    Vdeos on-line postados por empresasprodutoras de flmes

    Programas pay-per-view

    Vdeo on-line de sites comoHulu.com, Netix, etc

    Vdeos que voc paga para azer download(ex.: iTunes, Xbox)

    Vdeos de 6 a 15 minutos

    Programao de TV que voc mesmograva para ver depois

    Vdeos de 30 segundos a 3 minutos

    97

    52

    51

    41

    40

    39

    38

    36

    34

    36

    28

    21

    17

    14

    Ler notcias na internet

    Ler jornais impressos

    Ler revista impressa

    Ler livros no-acadmicos

    Ler revista na internet

    32

    26

    22 31

    25

    32

    13

    18

    26

    38242316

    14 19 17 50

    20

    31

    25

    Sempre De vez em quando Raramente Nunca

    Tipos de vdeos que costuma assistirBase:total daamostra(%)

    Hbito de leituraBase:total daamostra(%)

    Grco 12

    Grco 13

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    No caso das notcias, a migrao do impresso para a internet j aconteceu

    para 6 em cada 10 jovens. Ler notcias no papel mais eventual, geral-

    mente nos fns de semana, para dar uma olhada nas sees de esporte,

    lazer, classifcados de empregos e compras. Eles leem os jornais dos pais e

    avs, para dar uma olhada, quando no tm outro meio disponvel.

    Mas existe o jovem que gosta de ler o jornal impresso: 26% afrmam que

    o leem sempre. Em algumas cidades, esse hbito cresce ainda mais, re-

    orando o pensamento de que tambm a leitura do jornal uma questo

    de hbito. No Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Porto Alegre, 4 em

    cada 10 jovens tm por hbito ler sempre o jornal impresso.

    Alguns motivos para o aastamento em relao a esse meio dizem respei-

    to ao tamanho muito grande das olhas, que fcam diceis de manusear,

    tinta, que tem odor orte e suja as mos, chegando a dar alergia em algu-

    mas pessoas, e ao ato de o jornal ter muitas sees, matrias com muito

    texto e inormaes atrasadas em relao ao que est on-line.

    O jornal grande, difcil de mexer, suja, rasga fcil, difcil, desajeitado para

    ler porque muito grande. =

    (Masc, 17 anos, classe A, SP)

    Uma poca assinei o jornal pra minha lha fazer trabalhos para a escola.

    Ela s via a parte de poltica, que era a parte para a escola. Mas sentar pra

    ler, nunca. O que eles reclamam muito o formato do jornal, o tamanho dos

    textos, eles reclamam at da sujeira que ca na mo. Mas eu gosto de ler e

    sempre compro.

    (Me)

    J para os que gostam do jornal impresso, um dos atrativos so exata-

    mente os textos longos e completos.

    Pra mim, o jornal voc pega uma notcia, ela vai ter incio, meio e m.

    completo.

    (Fem, 18/21 anos, classe B, SP)

    No geral, os jovens no ousam contestar a qualidade das notcias, a se-

    riedade e a confabilidade do jornal impresso. Demonstram respeito pelo

    jornal, e h at sentimento de culpa por parte dos que gostariam de ser

    mais interessados em ler, pois consideram o jornal um meio importante,

    que traz qualidade de inormao, iseno de opinies e conhecimento.

    O legal no jornal que tem a opinio de vrias pessoas, no um nico

    jornalista que escreve. Na TV, tem a mo de um que aprova tudo e vira s um

    ponto de vista. Mas o jornal feito para pessoas mais velhas, acostumadas

    a esperar pelo jornal de manh. Se a gente quer ver u ma notcia, vai logo na

    internet ou TV, mais rpido.

    (Fem, 15/17 anos, classe A, SP)

    Os jornais gratuitos distribudos em algumas cidades brasileiras atendem

    a uma demanda dessa gerao, trazendo um ormato mais compacto e

    notcias mais curtas, quase no padro de uma revista: excelente para ler

    no metr ou nibus, com a vantagem de no ter custo.

    A revista considerada um excelente passatempo entre os jovens. Uma

    boa companhia para relaxar ou esperar o tempo passar em qualquer lugar

    Nenhum meio tem mais portabilidade do que a revista, que no requer fos

    ou baterias: nibus, metr, cabeleireiro, casa dos amigos, salas de espera,

    trabalho e banheiro so os locais onde mais costumam ler revistas.

    Para o jovem, o principal benecio da revista ter a inormao que eles

    querem de maneira mais completa, detalhada, ilustrada, com entrevistas

    e opinies de especialistas. a orma que eles tm de se aproundar nos

    temas e acontecimentos que outros meios apresentam de orma mais

    superfcial.

    A revista voc leva pra onde quiser. Tudo bem que o celular voc leva, mas a

    revista voc tem uma imagem grande, voc v a foto. No d pra levar note-

    book em qualquer lugar, voc vai na sua casa do interior, no pega o telefone,

    no tem internet, a voc pega uma revista e l.

    (Masc, 26/30 anos, classe A, SP)

    Eles reconhecem a segmentao e a especializao dos ttulos como outro

    benecio, j que atende necessidade individual de cada um, respeitando

    seus campos de interesse e lhes dando opo de escolha.

    Voc consegue ter vrias matrias do que gosta num s lugar. Tudo bem

    explicado. No meia dzia de palavras. Voc tem revistas destinadas a cada

    pblico.

    (Fem, 13 anos, classe B, RJ)

    Outro ator positivo a beleza das otos e da revista em si. O jovem res-

    salta que, por ser escrita p