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Anterior à utilização do conceito da cadeia de suprimento, as organizações
empresariais (fornecedores de matérias primas, fabricantes, centros de
distribuição, transportadores, distribuidores e varejo) trabalhavam de forma
individualizada, onde cada integrante da cadeia traçava seu objetivo de produção,
compra e armazenagem individualmente. Em conseqüência, as empresas
possuíam dificuldades em planejar e controlar seus estoques e suas compras.
Dificuldades também existiam na previsão da demanda, gerando altos custos de
armazenagem, transporte e prejuízo por falta de produto no mercado.
Segundo Rudberg e Olhager (2002), a primeira fase da logística era dividida
entre gerenciamento de material e distribuição física. O gerenciamento de
material tinha a função principal de gerenciar o fluxo de materiais entre as
empresas, planejando e controlando o transporte de suprimento e inventário de
matéria-prima. A distribuição física tinha como objetivo fazer chegar o produto
aos consumidores.
Com o passar dos anos, graças ao desenvolvimento tecnológico, o aumento
no número de insumos e fornecedores e o aumento da proliferação de produtos,
as organizações foram forçadas a buscar soluções que pudessem interagir com as
novas mudanças globais. Essas mudanças vieram com o surgimento da
globalização que resultaram na desregulamentação econômica, no aumento das
distâncias geográficas entre os integrantes da cadeia, no ciclo de vida mais curto
dos produtos e na presença de clientes cada vez mais exigentes.
A visão da cadeia de suprimento veio trazer soluções para os problemas
enfrentados atualmente, na busca por trocas de informações entre os elos mais
importantes da cadeia de suprimento, mais eficiência e planejamento de estratégia
em conjunto.
22
O termo cadeia de suprimento, segundo Cooper, Lambert e Pagh (1997),
apareceu pela primeira vez em 1982 e aproximadamente em 1990 acadêmicos
descreveram o 6XSSO\� &KDLQ� 0DQDJHPHQW de um ponto de vista teórico, para
diferenciar fluxos de materiais dos fluxos de informações. Alguns autores usam o
termo 6XSSO\� 1HWZRUN � para a cadeia de suprimento, segundo Rice e Hoppe
(2001), porque eles consideram o QHWZRUN como um termo mais adequado para o
processo de relacionamento de negócios entre empresas com o mesmo objetivo.
Harland (1996) afirma que existem diferentes significados do termo VXSSO\�FKDLQ�PDQDJHPHQW, alguns o utilizam como um processo de gerenciamento, outros
utilizam para a estrutura organizacional do negócio.
A Cadeia de Suprimento, representada na Figura 1, vem a ser a integração
logística para ajudar a organizar e a interligar todos os setores das empresas, como
o suprimento de matéria-prima (produtor), a manufatura, distribuição, varejo e até
o serviço prestado ao consumidor.
A Figura 1 apresenta todos os elos da cadeia de suprimento que possuem
uma grande quantidade e qualidade de informações quando interligados.
Informações estas que precisam ser analisadas e aproveitadas, mas perdem sentido
quando seus trabalhos são isolados sem intercomunicação entre os outros
departamentos e entre os elos da cadeia de suprimento. Sendo assim, ocorre perda
de informações importantes, gerando custos mais altos.
Segundo Beamon (1998), a cadeia de suprimento pode ser definida como
um processo integrado de várias empresas trabalhando juntas em um esforço
comum para adquirir matéria-prima, transformá-la em produto semi-acabado para
empresas de transformação, ou acabado, e entregar nas empresas de manufatura
ou no mercado varejista (lojas, supermercados, mercados, redes de lojas ou
mercados, etc.).
Balsmeier e Voisia (1996) abordam que a cadeia de suprimento inclui uma
rede de facilitadores para a distribuição física, inserindo a esta rede a tecnologia, o
2 Rede de Suprimentos
23
processo de manufatura na produção de bens finais e a entrega do bem ao cliente
final.
Figura 1. Modelo Conceitual da Cadeia de Suprimento / Fonte: Balsmeier e Voisin
(1996).
Atualmente, a cadeia de suprimentos é tradicionalmente caracterizada por
fluxo de materiais para frente e fluxo de informações para trás, como apresentado
na Figura 2. As informações vão ajudar as estratégias a aumentar a eficiência dos
fluxos de materiais, a reduzir custos e problemas que podem estar ocorrendo em
determinados departamentos e elos da cadeia de suprimento. O transporte é o elo
da cadeia que irá movimentar os materiais até o cliente.
Transporte Transporte Transporte
FLUXO DE MATERIAIS
FLUXO DE INFORMAÇÕES
Figura 2 – Fluxo de Materiais e Informação
2�0RGHOR�FRQFHLWXDO�GD�&DGHLD�GH�6XSULPHQWR��
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Fornecedor de
Sub-componente
Montador / Manufatura
Distribuição ao consumidor
Fornecedor de
Matéria-prima
Consumidor final
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9DUHMR
24
Lambert, Cooper e Pagh (1998) dizem que a cadeia de suprimento não é um
canal de negócios de um para um, ou seja, um relacionamento de negócios, mas
uma rede de múltiplos negócios de relacionamento, onde oferece a oportunidade
de integração e gerenciamento intra e inter empresas. Para que haja uma
integração de negócios entre as empresas é preciso que ocorra uma reestruturação
dentro de cada empresa da cadeia, em conformidade com um programa de
excelência estabelecido entre as empresas e seus negócios com o objetivo de
haver um maior relacionamento.
Segundo Rudberg e Olhager (2002), o significado do termo VXSSO\� FKDLQ�PDQDJHPHQW não pode ser considerado apenas a relação entre fornecedores, mas
deve-se atentar e preocupar-se com os clientes dos clientes, ou seja, o
gerenciamento da cadeia não se conclui apenas na entrega do produto ao cliente
da fábrica (distribuidor ou loja), mas na entrega até o consumidor final. Dessa
forma, existe uma maior complexidade e uma maior integração entre os elos da
cadeia.
Para Bask e Juga (2001), a cadeia de suprimento é formada por empresas
integradas verticalmente desde o suprimento de matéria-prima até o consumidor
final e a integração é vista como uma redução de custo e/ou eficiência de serviço.
Alguns autores, como Croxton, García-Dastugue e Lambert (2001),
recomendam a definição do *OREDO� 6XSSO\� &KDLQ� )RUXP para o VXSSO\� FKDLQ�PDQDJHPHQW:
³6XSSO\�&KDLQ�0DQDJHPHQW� LV� WKH� LQWHJUDWLRQ�RI�NH\�EXVLQHVV�SURFHVVHV�IURP�HQG�XVHU� WKURXJK�RULJLQDO� VXSSOLHUV� WKDW�SURYLGHV�SURGXFWV�� VHUYLFHV��DQG�LQIRUPDWLRQ�WKDW�DGG�YDOXH�IRU�FXVWRPHUV�DQG�RWKHU�VWDNHKROGHUV�
�´�
Laurentie et al (2000) definem cadeia de suprimento como uma única
empresa gerenciando toda a cadeia de fornecedores e incluindo seus clientes,
fornecedores, parceiros e prestadores de serviço. Para os autores a logística deve
3 “Gerenciamento da cadeia de suprimento é a integração dos processos chave de negócios do usuário final por fornecedor original que provê produtos, serviços e informação que adiciona valor para o consumidor e outro stakeholders”.
25
estar dentro de uma gestão global de fluxo (do fornecedor do fornecedor ao cliente
do cliente).
Os setores de logística e de transporte podem manter o sorriso apesar do
mundo reduzir a velocidade econômica mundial. A longa imagem de um velho
olhar de uma última ligação de sua extensa cadeia de produção impôs ao setor de
logística e de transporte um papel importante, sendo um dente da engrenagem
essencial da economia globalizada. O real compositor de uma competitividade
maior para as empresas do mundo todo.
Para Loyola de Palácio (Vice-Presidente da comissão Européia em
Transporte de Carga e de Energia)4, o crescimento dos transportes em geral é
proporcionalmente mais forte do que o crescimento econômico.
������&DGHLD�GH�6XSULPHQWR�,QWHJUDGD
Cadeia de suprimento integrada é o esforço para alcançar a maior
coordenação e colaboração entre os fornecedores e os clientes, ocasionando
transparência de toda operação e trabalhando melhor a informação, para a redução
dos níveis de estoque, custos de armazenagem e gerenciamento da demanda.
Portanto, a integração da cadeia seria uma logística de escopo ampliado na
busca da incorporação das diversas camadas de todos os procedimentos, desde a
aquisição da matéria-prima até a entrega do produto final ao cliente.
Para Lee e Whang (2001), a tecnologia da informação tem um papel
importante para o avanço da meta de integração da cadeia de suprimento que são
constituídas pela criação e desenvolvimento do produto, compra, produção,
inventário, distribuição, serviço de pós-venda e também o marketing.
De acordo com Cooper, Lambert e Pagh (1998), visualizado na Figura 3,
existem três aspectos estratégicos principais que são relevantes para a integração
de uma cadeia a serem definidos: 1) os membros da cadeia de suprimentos, 2) a
4 La Tribune – 04/03/2002
26
estrutura dimensional da rede, 3) os diferentes tipos de processo de ligação pelo
canal de suprimentos.
Figura 3 – As vigas do gerenciamento do SC Fonte: Cooper, Lambert e Pagh (1998)
1) Estrutura da Rede: significa identificar quem são os membros da cadeia de
suprimentos mais importantes e estratégicos para integrar a cadeia, pois uma
empresa foco5 pode, por exemplo, ter mais de 20 fornecedores e às vezes é
difícil e complicado integrar todos os fornecedores. Sendo assim, as empresas
fazem integração apenas com os fornecedores mais importantes, e estratégicos
- a empresa foco. Essa seleção de empresas que irão integrar a cadeia de
suprimento vai depender da estratégia estabelecida pela empresa foco, grau de
impacto no produto final e algumas empresas estão também adicionando o
fator de risco financeiro, John Moore of ARC Advisory Group (2002)6.
5 É a planta
6 Revista Global Logistics & Supply Chain Strategies (setembro, 2002), pg 61.
Processo de
Negócios do SC
Gerenciamento de Componentes da
Cadeia de Suprimentos
Estrutura da Rede da Cadeia de
Suprimentos
2) Que processos deveriam ser ligado com cada destes membros
1) Quem são os membros chave da cadeia de suprimentos com quem ligar processos?
3) Qual o nível de integração e gerenciamento deveria ser aplicado para cada processo ligado?
27
2) Processo de negócios: está ligada à estrutura horizontal e vertical7. O sucesso
de gerenciamento da cadeia de suprimentos requer uma mudança de
gerenciamento de funções individuais para integração das atividades entre o
processo da cadeia de suprimento.
Operando uma cadeia de suprimento integrada requer fluxos contínuos de
informação que ajuda a criar os melhores fluxos de produtos.
3) Gerenciamento de Componentes ou das camadas da cadeia de suprimentos:
estão direcionados a quem irá gerenciar a cadeia de suprimentos e isso vai
depender do grau de importância de cada camada para a estratégia. Os níveis
de integração variam de ligação para ligação. Como se vê na Figura 4, que
representa uma cadeia de suprimentos com várias camadas, a empresa foco
tem n fornecedores e n clientes. Nem todos os fornecedores e clientes
participam da integração da cadeia, apenas aqueles estrategicamente
importantes para a empresa foco. Não quer dizer que não possa existir
integração isolada, fornecedores com fornecedores e clientes com clientes da
cadeia de suprimentos da empresa, sem que estas interações participem
diretamente.
7 Estrutura horizontal se refere ao número de camadas pela cadeia de suprimento;
Estrutura vertical se refere ao número de fornecedores inserido na cadeia de suprimento.
28
Es
Figura 4 - Tipo de ligação de processo de negócio entre empresas
6XSSO\� FKDLQ� PDQDJHPHQW�� ,PSOHPHQWDWLRQ� LVVXHV� DQG� UHVHDUFK� RSSRUWXQLWLHV /
Fonte: Cooper, Lambert e Pagh (1998)
A implantação do canal de suprimentos integrada é algo bastante
complicado e necessita definir a estratégia acima de forma coerente, que atenda
totalmente à estratégia montada pela empresa foco. Para Laurentie et al (2000), a
primeira escolha da estratégia para uma empresa foco define-se na oferta para
atender a demanda, onde a integração é indispensável para a estratégia da
logística. Isso quer dizer que a empresa precisa definir o grau de integração com
cada um dos seus diferentes fornecedores e clientes.
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Clientes / C
onsumidores finais
29
Cooper et al (1998) diz que a integração de toda a cadeia de suprimentos é
inapropriada, sendo assim, o autor apresenta na Figura 4, diferentes graus de
integração que são definidos como 4 tipos de ligações:
• Ligação de processo gerenciado: significa que a empresa foco
gerencia a operação de seus fornecedores e clientes através de um
sistema de informação. Neste tipo de ligação a empresa foco vai
buscar os fornecedores e clientes chaves para o sucesso e seus
processos são consideráveis críticos para a cadeia de suprimentos;
• Ligação de processo monitorado: diferentemente do gerenciado, no
processo monitorado os fornecedores e clientes não são
considerados como empresas chaves e seus processos como críticos
para o sucesso da cadeia de suprimentos. Mas a empresa foco
considera essas empresas e seus processos importantes e precisam
ser monitoradas ou aditadas para o bom desempenho da cadeia de
suprimentos;
• Ligação de processo não gerenciada: nesta ligação a empresa foco
não considera os processos dos fornecedores e clientes como
críticos ou mesmo importantes para a utilização do processo
monitorado. Muitas vezes, na ligação não gerenciada, a empresa
foco não possui envolvimento direto com estes fornecedores e
clientes, deixando que outros integrantes da cadeia de suprimentos
das ligações de processo gerenciado e monitorado administrem o
processo destas empresas;
• Ligação de processo não membro: pode estar contida nesta ligação,
fornecedores e clientes que trabalham para a empresa foco e para os
concorrentes. Este grupo, de fornecedores e clientes pode afetar o
desempenho da cadeia de suprimentos.
Lambert e Cooper (2000) afirmam que, para o sucesso completo da cadeia
de suprimento, é necessário haver mudanças no gerenciamento das funções
individuais que integram as atividades da cadeia de suprimento.
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Para Bowersox et al (1996), um dos paradigmas logísticos importantes é
provar que um desempenho integrado produz melhores resultados do que funções
gerenciais individuais.
A estratégia da integração da logística é importante para todo grande grupo
de distribuição, comércio eletrônico e para empresas voltadas para o comércio
internacional.
A gestão integrada do canal logístico contém um potencial importante de
ganhos em compras, padronização de componentes, administração de fluxos de
materiais e estoque e a finalização demorada de produtos. Torna-se um recurso
competitivo para o mercado globalizado.
������9DQWDJHP�FRPSHWLWLYD�GD�/RJtVWLFD�,QWHJUDGD
Para Porter (1989), cadeias de valores significam as reuniões de atividades
de valor de uma empresa para o desempenho de seus objetivos. Cada atividade de
valor emprega insumos adquiridos, recursos humanos (mão-de-obra e gerência) e
alguma forma de tecnologia para a execução dos serviços e utilização de
transferência de informações.
Porter (1989) afirma que a vantagem competitiva não pode ser analisada
como um todo de uma empresa, mas nas diversas atividades que uma empresa
executa até a entrega de seu produto para o consumidor. Os fornecedores têm
influência sobre o desempenho da empresa foco e afetam o consumidor. Porter
diz que existe a necessidade da utilização de um sistema, capaz de medir o
desempenho da cadeia como um todo e a interação de seus diversos elos e canais.
É importante utilizar a cadeia de valor como instrumento para compreender o
comportamento dos custos, as fontes existentes e os potenciais de diferenciação.
Porter observa ainda que uma cadeia de valor de uma empresa pode diferenciar-se
da cadeia de seus concorrentes, ganhando eficiência e obtendo vantagens
competitivas no mercado. O autor divide as atividades de valor em dois tipos:
Atividade primária �Vão as atividades que estão envolvidas na produção,
movimentação, venda, armazenagem e distribuição e podem ser divididas em
31
cinco categorias (logística interna, operações, logística externa, marketing &
vendas, serviço).
Atividade de apoio � � IRUQHFH� VXEVtGLR� �FDSLWDO�� PDWpULD-prima e
tecnologia) para a realização da atividade primária.
Para Figueiredo e Arkader (Da distribuição física ao supply chain
management), in Fleury et al. (2000), as vantagens competitivas no primeiro plano
estariam nas reduções de estoques, gerando menor custo com o armazenamento,
compras embasadas em dados sobre a demanda e vantagens promocionais,
melhores aproveitamentos do transporte e a eliminação de desperdícios. Os
autores afirmam que o valor agregado aos produtos é criado através da
confiabilidade dos prazos de entrega, atendimento rápido em momento de
crescimento repentino da demanda, facilidade e agilidade na colocação de pedidos
de compra pelos clientes, utilização do serviço pós-venda e o desenvolvimento
mais rápido de produtos.
Laurentie et al (2000) afirmam que os objetivos específicos são claros para
as empresas. Elas buscam a redução dos custos de serviços que agregam o
atendimento ao cliente, em busca da qualidade total em vez da escolha logística,
para a utilização como estratégia de decisão da empresa. Isto mostra o quão
importante para as empresas conquistarem vantagens competitivas.
A vantagem competitiva na cadeia de suprimentos integrada está no
aperfeiçoamento dos serviços integrados de cada elo da cadeia no intuito de se
trabalhar com um estoque mínimo, mas indispensável para as necessidades de
seus clientes.
Fainsiber8(2002) explica e ilustra na Figura 5 que a vantagem competitiva
da logística integrada não é a redução de custos. Pois a customização não é uma
estratégia criativa de valor e muitas empresas têm uma concepção de ótica de
redução de custo fixo em curto prazo, sem uma reflexão de estratégia logística e
isso pode acarretar uma redução de nível de serviço, ocorrendo uma redução da
competitividade e de cliente. Dentro do contexto de valor da logística integrada,
8 La Tribune 2002 / Vice-presidente da Mercer Management Consulting
32
os participantes logísticos se tornam reais parceiros e ao mesmo tempo prestam
serviço aos clientes da empresa foco. A criação de valor para a gestão de custeio
é limitada. É necessário passar de uma logística de compra baseada no custo para
uma lógica de criar um determinado jogo de serviços, trazendo uma resposta que
integre a engenharia, sistemas de informação e aspectos operacionais.
Para o cliente, o melhoramento do serviço prestado pelas empresas cria
mais valor ao produto e serviço.
Valor
Custos
Fornecedores Empresas Clientes
Figura 5 - Alavanca da criação de valor9
9 La Tribune 2002
W�X�Y Z�[�\�]�^&X�_�` [aX$bX�\dc�e f�[
g ` e ^"e hi]�f�j�[a[�k�l�mk�` [�k�a�X
mkn[g ` e ^"e hi]�f�j�[o
_X�l�X�knk4e a]�a�X$X�^qp4m_a[aX$\�[�Y ]�^&X�_�` [
r X�k�` j�[�e _�` X�s�\�]�a�]�a�[tl�]�_�]�Y�aXknmu\�e ^&X�_�` [
33
����6HUYLoR�DR�FOLHQWH
O tema serviço ao cliente tem chamado a atenção de muitos autores para
poder entender o comportamento do cliente e assim poder ofertar um serviço sob
medida. Como dar um serviço de qualidade para diversos clientes com
comportamento e necessidades diversas um dos outros? É muito difícil satisfazer
toda população. O marketing, com sua função na busca de mercado rentável
através de estudos das necessidades dos clientes, vincula os recursos disponíveis
para atender as expectativas dos clientes e utiliza a logística como uma ferramenta
de competência para o seu sucesso, pois afetam diretamente as suas idéias
fundamentais (Bowersox e Closs, 1996).
Segundo Berry e Parasuraman (1991), o conceito de marketing de
relacionamento é que evidenciou a importância de se conhecer as necessidades
constantes e periódicas de um serviço que diz respeito a atração, desenvolvimento
e retenção dos relacionamentos com os seus clientes, onde seu princípio básico é a
criação de verdadeiros clientes.
Samii (2001) faz uma adaptação ao modelo Lambert (1976) na Figura 6,
para evidenciar a relação entre logística e marketing, em que ambos visam a
prestação de serviço com qualidade em busca dos desejos e necessidades dos
clientes para a satisfação dos mesmos.
34
Figura 6 - Arbitragens entre o marketing e a logística Stratégies Logistiques: Fondements Méthodes Applications / Fonte: Samii (2001)
Dentro do conceito de Samii (2001) sobre o marketing, o fundamento é mais
filosófico dentro do conceito de satisfação do cliente através da geração de
serviços. Para a logística este conceito se baseia na utilização de processos reais,
como o aprovisionamento de produto, a utilização de espaço e tempo, o valor
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�3UHoR� �
3URPRomR�
5HGHV�GH�SRQWRV�GH�9HQGD���1tYHO�GH�6HUYLoR�DR�&OLHQWH�
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Marketing M
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Mix
Log
ístic
o
35
criado pela disponibilidade do produto no lugar certo, na quantidade pedida no
tempo certo, para o cliente correto. Samii (2001) define os recursos do marketing
mix como a rentabilidade das empresas em longo prazo. O autor diz que o mix
logístico é utilizado na otimização da rentabilidade dos custos da cadeia logística
e minimização dos custos logísticos totais para atender os objetivos do serviço ao
cliente.
Para definição de cliente, Bowersox e Closs (1996) descrevem que cliente
pode ser um indivíduo, uma residência, lojas, atacadistas, distribuidores, parceiro
comercial e até uma grande corporação de empresas que estão comprando
produtos ou serviços. Para esses autores, o cliente é o elo mais importante no
estabelecimento da melhoria de atendimento logístico.
Qual o bom produto, o bom momento para o bom cliente comprar a um
bom preço dentro de uma configuração? Para responder a essas questões é
necessário que haja uma concepção de produtos de qualidade, relações estreitas
com os fornecedores e com a logística e o relacionamento com os seus clientes.
Para Cavanha Filho (2001), o cliente precisa ser sempre atendido em seus
desejos e necessidades. A insatisfação do cliente o faz buscar um outro
fornecedor. Esta mudança pode ocorrer pela imperfeição de atuação de serviços
por parte dos parceiros da cadeia de suprimentos.
As empresas têm um WUDGH�RII entre serviço e custo. Atender os seus clientes
com um bom serviço pode gerar aumentos de custos. Com a redução dos custos,
utilizando a estratégia de preços baixos para conquistar os clientes, pode ocorrer
uma economia nos investimentos da empresa, resultando em um serviço de
qualidade inferior para os clientes. Existe uma expressão antiga que o barato sai
caro, pois muitas empresas insistem em comprar matérias-primas ou produtos
baratos sem visualizar a qualidade final para os seus clientes. Como se pode
aceitar que empresas ainda insistam em ter o preço como atributo fundamental dos
seus fornecedores? São falhas que educam o cliente a buscar o produto mais
barato, da alternativa melhor pelo preço pior?
Porter (1989) afirma que existem duas maneiras de se satisfazer um cliente,
uma é a de reduzir o custo ao cliente e a outra elevar o desempenho junto ao
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cliente. Para o cliente, a redução de custo não é apenas financeira, mas são os
custos de conveniência ou tempo, onde reflete os custos de oportunidades da sua
utilização, o custo da frustração e do aborrecimento ou do esforço. A redução
desses custos faz com que o cliente pague um preço-prêmio por essas reduções.
O serviço de qualidade pode suprir algumas lacunas do produto, como a
qualidade e o preço. Produtos concorrentes, utilizando a mesma tecnologia e
aparentemente iguais, na percepção do cliente, mesmo com preços mais altos que
a concorrência, podem ganhar mercado, obtendo um faturamento maior que a
empresa concorrente, em função da alta qualidade de seus serviços logísticos
oferecida aos consumidores, Kobayashi (1998).
Os produtos se tornaram altamente perecíveis, pois são fáceis de copiar.
Mas o importante são as ofertas de serviços que são construídos especificamente
para clientes. Os serviços traduzem o que fazem em termos de benefícios e
utilidades. Valor e utilidade ambos apresentam uma percepção de segurança, bem
estar, conforto, facilidade, conveniência, “WUDGH�RI” custo-benefício, status,
prestígio, sensação de estar entre os melhores e realização pessoal.
O valor é atribuído pelo cliente, onde algumas dessas categorias de valor são
intangíveis, ou seja, não estando necessariamente no produto, mas no serviço
prestado ao cliente.
Para Kobayashi (1998), é devidamente difícil compreender as necessidades
de todos os clientes de uma empresa e para isso devem determinar quais são os
mais representativos, utilizando a forma de peso e assim montando um grupo
rentável de clientes para a empresa, buscando moldar seus serviços para este nicho
de que se determinou importante para a empresa.
Closs (1996) compara no Quadro 1, serviço ao cliente como uma filosofia,
onde é necessário entendê-lo filosoficamente, buscando compreender a
complexidade do seu pensamento e assim conseguir atender corretamente seus
anseios e desejos, na busca da sua fidelidade.
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)LORVRILD� 2EMHWLYR�6HUYLoR�DR�&OLHQWH� Atender padrões definidos internamente
6DWLVIDomR�GR�&OLHQWH� Atender as expectativas dos clientes
6XFHVVR�GR�&OLHQWH� Ajuda os clientes a atender suas necessidades
Quadro 1 – Filosofia do serviço / Fonte: Closs (1996)
Para haver sucesso com o cliente, Closs (1996) coloca quatro importantes
objetivos que devem ser implementados na estratégia de serviço ao cliente:
Relevância, adaptação, flexibilidade e EHQFKPDUNLQJ. Os objetivos serão
detalhados a seguir.
• Relevância � KDELOLGDGH� GH� PDQWHU� IRFDGR� DV� FRQVWDQWHV� PXGDQoDV� GDV�necessidades dos clientes. A relevância coloca a empresa em posição
privilegiada para atender as necessidades dos clientes em um ambiente volátil
• Adaptação � KDELOLGDGH� GH� UHVSRsta a pedidos personalizados ao nível do
cliente. Significa conhecer tão bem os clientes que quase nada acontece como
uma surpresa: Acompanhamento de pedidos, orientação de pedidos a entregar,
sincronização e FURVV�VKLSPHQW.
• Flexibilidade � �KDELOLGDGH�de se adaptar a circunstâncias inesperadas. A
flexibilidade é gerada e aumentada via cooperação interorganizacional que
transforma os desafios de um ambiente volátil em oportunidades: Roterização
e postergação.
• %HQFKPDUNLQJ � � p� � D� FRPSDUação de indicadores de desempenho e de
processos com a melhor prática: EHQFKPDUNLQJ interno, relacionado à
atitude/cultural da empresa; EHQFKPDUNLQJ competitivo, considera
comparações dentro e fora; EHQFKPDUNLQJ abrangente, produz impacto no
desempenho.
Albrecht e Zemke (1985) definem serviço ao cliente como uma oferta por
parte das empresas de um serviço de qualidade superior, pois é isso que os clientes
buscam e esse é o desafio das organizações industriais, comerciais e de serviço. A
estratégia é informar o que a empresa pretende fazer e se realmente vai fazer na
38
prática e no dia-a-dia aquilo que se propõe. Mas é importante que este objetivo
seja difundido para todas as pessoas e em todos os níveis. Na visão dos clientes,
as empresas não têm direito de errar e precisam acertar na primeira vez, pois
dificilmente terão uma segunda chance. Para esses autores a estratégia de serviço
eficaz possui quatro características:
�e�XPD�GHFODUDoão de intenções que vai além das banalidades;
�'LIHUHQFLD�FODUDPHQWH as empresas dos concorrentes;
�7HP�YDORU�DRV�ROKRV�GRV�FOLHQWHV� �e�YLiYHO�SDUD�D�RUJDQL]Doão.
Os autores mencionam que a empresa deve aprender com as experiências
vividas pelos clientes e o que mais importa são os valores aos olhos de seus
clientes e não o valor aos olhos de áreas específicas da organização, como P&D10,
vendas e propaganda. Se estes conceitos de serviço ao cliente forem bastante
duradouros e orientados para os benefícios dos clientes, isso será usado como
campanha de marketing para a difusão do diferencial, frente à concorrência.
������(VWUDWpJLD�H�GHFLV}HV�GH�VHUYLoR�DR�FOLHQWH
Existem diversas etapas importantes para obter sucesso na comercialização
empresa–empresa (%XVLQHVV�WR�EXVLQHVV), empresa–consumidor (%XVLQHVV�WR�FRQVXPHUV). É necessário que as empresas definam após a fase estratégica de
marketing sua estratégia de foco ao cliente como é apresentado na Figura 7. Isto
quer dizer segmentar o mercado através da subdivisão de clientes em termos das
características geográficas, demográficas (setor de atividade a que pertencem,
tamanho da companhia), de compras (freqüência de pedidos, volume, participação
no mercado nacional ou regional etc.) e de suas expectativas de serviço, para que
a empresa possa identificar seu grupo ou grupos foco de clientes com
características semelhantes que deseja comercializar.
10 P&D (Pesquisa de desenvolvimento)
39
Essa visão pode facilitar a empresa que utiliza a segmentação como plano
estratégico de comercialização. Prevê também as necessidades e expectativas da
maioria dos clientes, evitando mudanças freqüentes de estratégias de venda,
serviço e utilizando um plano único para todos os clientes, facilitando o
gerenciamento da demanda por parte da empresa.
Para as empresas que estão inseridas em mercados que possuem mais de um
grupo de clientes, a importância da segmentação serve para diferenciar e dividir
seus clientes em grupos. Cada grupo tem clientes com características e
expectativas semelhantes e assim podem proporcionar serviços personalizados
para cada grupo-foco de clientes, com o objetivo de satisfazer os grupos
separadamente. Para Hijjar (2000), é necessário que se faça uma análise com
bastante precisão, pois erros que possam ocorrer na etapa de decisão sobre
segmentos poderão levar a empresa a ofertar serviços pouco valorizados pelos
segmentos, acarretando a perda de mercado para a concorrência. A principal
dificuldade é o gerenciamento das políticas diferenciadas de serviço ao cliente a
serem adotadas.
40
Figura 7 - Gerenciamento de Relacionamento com Cliente 7KH� 6XSSO\� &KDLQ� 0DQDJHPHQW� 3URFHVVHV / Fonte: Croxton, García-Dastugue, Lambert e Rogers (2001)
Cristopher (1992) e Samii (2001), apud LaLonde e Zinszer (1976),
ressaltam, que a importância de um bom conceito de serviço ao cliente é
caracterizado pela necessidade de se ter eficiência em três grupos: pré-venda,
venda e pós-venda.
1 – Pré-venda �e�D�SROtWLFD�RUJDQL]DFLRQDO�GD�HPSUHVD�
6XE�3URFHVVR�(VWUDWpJLFR�
Revisão da Corporação e Estratégia de Marketing
Identificar Critério para Categoria de Clientes
Prover Diretrizes para o Grau de Diferenciação no
Produto / Serviço Acordado
Desenvolver Prazos de Medidas de Desempenho
Desenvolver Diretrizes para compartilhar
processo de melhoria de Benéficos com clientes
,QWHUIDFHV�GH�SURFHVVRV�6XE�3URFHVVR�2SHUDFLRQDO�
Distinguir Cliente
Prepara a Conta / Segmentar Time
Gerencial
Internamente rever as Contas
Identificar Oportunidades com
as Contas
Implementar Produto / Serviço
Acordado
Desenvolver o Produto / Serviço
Acordado
Performance de Desempenho e
Gerar Probabilidade de Relatórios
Gerenciamento do Serviço ao
Cliente
Gerenciamento da Demanda
Ordena Cumprimento
Gerenciar o Fluxo /
Produção
Gerenciar o Relacionamento
/ Fornecedor
Gerenciar Retornos
Desenvolver Produto &
Comercialização
41
• Política de atendimento ao cliente (FXVWRPHU� VHUYLFH� SROLF\� VWDWHPHQW): estabelece uma política de manter o cliente, baseada na análise das suas
necessidades, definição de normas dos serviços prestados e realização medidas
de desempenho freqüentes, de forma que crie um compromisso e uma rotina
na empresa.
• Difusão perto dos clientes: significa estabelecer um compromisso destinado a
melhorar a penetração em diferentes mercados, compromisso em reduzir a
probabilidade que os clientes esperam sobre a SHUIRUPDQFH irrealista e
fornecer possibilidades para o cliente se comunicar com a empresa sobre o
nível de performances específicas que não são atendidas.
• Estrutura organizacional: refere-se à estrutura organizacional para toda
política ao cliente, onde a estrutura escolhida deve facilitar a comunicação e a
cooperação entre as funções, implicando no compromisso.
• Flexibilidade: está ligada ao sistema, para responder de forma rápida às
situações não planejadas e graves, como inflação, desvalorização da moeda,
motivos exógenos e outras situações exógenas.
• Serviços: são formações e seminários que permitirão às empresas melhorar a
gestão integrada do serviço ao cliente e os manuseios de processos de
informação que permitirão compreender o impacto das decisões de serviço ao
cliente sobre a gestão de estoques e as políticas do marketing.
2 – Os elementos durante a venda � *HUDOPHQWH� HVWão ligados diretamente à
noção tradicional de serviço ao cliente:
• Nível de falta de estoque (VWRFN�RXW� OHYHO): é uma medida direta da
disponibilidade do produto. Em caso de falta, o cliente pode buscar um
produto substituto e superior, conforme a sua exigência, a um preço sedutor.
• Informação sobre o processo: é o ato de poder comunicar o cliente de uma
forma mais rápida e precisa sobre o nível de estoque.
• Elementos do ciclo do pedido (RUGHU F\FOH): o ciclo do pedido é o tempo total
necessário entre a ordem do pedido pelo cliente até a entrega física do produto
42
ao cliente. A composição do ciclo do pedido é a recepção do pedido, sua
implementação, a manutenção, a embalagem, expedição e o fluxo de
informações. É importante e essencial dispor de equipamentos tecnológicos
que possam localizar toda variação no decorrer do tempo de ciclo total do
pedido (WRWDO�RUGHU�F\FOH�WLPH) para deixar o cliente bem informado.
• Expedição: para as empresas existe um WUDGH-RII entre ter rapidez neste
processo, gerando despesas elevadas e reduzindo as despesas neste setor,
enquanto o nível de rapidez também se reduz, podendo gerar insatisfação dos
clientes. Pode a empresa determinar os clientes que deverão se beneficiar com
a agilidade deste serviço através de uma política coerente de gestão e
segmentação, favorecendo os clientes que contribuem mais com a troca
comercial.
• Transferências: são operadas por antecipação da demanda ou pela previsão do
risco da falta de estoques em certos locais de armazenagem.
• Sistemas: a precisão das quantidades por categoria de produtos é também
importante para a precisão dos faturamentos. Erros podem provocar custos
altos decorrentes de perda da qualidade de relacionamento com o cliente. É
importante gerar relatórios sobre a porcentagem de erros sobre o número total
de ordens geradas, para medir a performance dos sistemas logísticos.
• Troca de produto: pode melhorar o serviço ao cliente. Para desenvolver uma
política de substituição coerente, a empresa deve manter um bom
relacionamento com o cliente e uma política boa de comunicação. Deve-se
também medir o desempenho de produtos vendidos em substituição ao pedido
e administrar o desempenho para melhorar e reduzir satisfatoriamente as
trocas.
A relação ao pós-venda será abordada no tema a seguir.
43
������2� VHUYLoR� SyV�YHQGD� H� R� DSRLR� GR� VHUYLoR� SyV�YHQGD� DR� DSRLR�ORJtVWLFR
Serviço ao cliente possui um significado mais extenso do que atender aos
anseios dos clientes, mas é a medida de desempenho de como o sistema logístico
está sendo bem executado, criando tempo e utilidade de lugar para um produto,
incluindo suporte pós-venda, Lambert e Stock (1992). O serviço pós-venda ocorre
após a comercialização do produto ou serviço.
Laurentie et al (2000) dizem que o serviço pós-venda e a logística precisam
caminhar juntos para que o objetivo e a exigência do fornecedor, que é o de
manter o cliente, tenha êxito.
Segundo os autores, conquistar um novo cliente custa cinco vezes mais que
conservar um cliente antigo, como um dos precedentes da atual competição entre
as empresas é a redução de custo, então a manutenção do cliente antigo passa a ser
de grande importância. O apoio ao cliente se torna um mal necessário as suas
solicitações com eficácia, permitindo à empresa responder à demanda, gerenciar
as garantias e assegurar os relacionamentos com os clientes após falhas que
poderão surgir.
Para Cristopher (1992), as empresas que utilizam como vantagem
competitiva somente o aperfeiçoamento do produto, terão de enfrentar grandes
desvantagens em relação aos seus concorrentes, que visam a qualidade do serviço.
Algumas empresas tomam como base de competitividade o incremento com
serviço de valor adicionado e que a dimensão da oferta é que proporciona valor
para o cliente, pois o produto tem muito mais valor nas mãos dos clientes do que
estocado no armazém. O serviço pós-venda vai apoiar o serviço logístico junto ao:
• Ciclo do pedido �PRQLWRUDU�R� WHPSR�TXH�R�SHGLGR� OHYRX�SDUD�VHU�HQWUHJXH�desde o momento que foi feito pelo cliente;
44
• Qualidade do produto �YHULILFDU�D�FRQGLoão do produto quanto à validade e
condições da embalagem a ser entregue;
• Pedido completo � FRQIURQWDU� R� SHGLGR� IHLWR� SHOR� FOLHQWH� FRP� R� SURGXWR�entregue quanto à quantidade e variedade, verificando se os mesmos estão em
conformidade;
• Qualidade da entrega � p� D� DWHQoão e respeito dado pelos entregadores e
motoristas da entrega ao cliente, respeitando o seu estabelecimento comercial,
depósito ou residência.
• Produtos de entregas passadas em estoque � � DWHQWDU� SDUD� SURGXWRV� TXH�possam estar armazenados no cliente com data de validade expirada,
acondicionamento em desacordo com o produto para o consumo ou o
manuseio incorreto, ocasionando a avaria ao produto ou à embalagem, esse
último pode trazer problemas para a imagem do produto ou da marca;
• Reposição �ID]HU�YLVLWDV�SHULyGLFDV�DR�FOLHQWH�SDUD�HYLWDU�TXH�RFRUUD�IDOWD�GH�produto.
• Recolhimento (UHFDOO) de produtos �p�D�WDUHID�GH�UHFROKHU�RX�HIHWXDU�UHSDURV�aos produtos que foram relatados pelo serviço pós-venda como avarias e
necessitam ser retirados do estabelecimento comercial para não haver a
comercialização ou o reparo dos mesmos nos consumidores, onde há a
necessidade da logística de otimizar o seu serviço de transporte para atender o
cliente. Em alguns casos, o recolhimento desses produtos passa a ser mais
complexo. Quando, por algum motivo, ocorrido na produção houver a
necessidade de se retirar aquele lote especificamente com problemas do
45
mercado, havendo a necessidade do rastreamento desse lote, através do
sistema de código de barras e a utilização e o envolvimento de toda a cadeia
de suprimentos, desde a armazenagem até os distribuidores.
Samil (2001) considera também que o retorno ao cliente, quando há uma
reclamação do produto ou serviço, é muito importante como apoio ao serviço
logístico e faz parte também dos elementos funcionais do pós-venda.
Para Ballou (2001), o pós-venda de uma maneira exagerada, onde as visitas
freqüentes dos vendedores para averiguar o nível de estoque, a natureza e
freqüência de informações sobre o andamento do pedido, podem se tornar
inconvenientes para alguns clientes e assim deixar de comprar de um fornecedor
com estas características de serviço pós-venda.
�������*HUHQFLDPHQWR� GR� &LFOR� GRV� SURGXWRV� �3URGXFW� /LIH� &\FOH�0DQDJHPHQW���3/0��
Em decorrência das inovações e do processo cada vez mais acelerado do
desenvolvimento de novos produtos, o gerenciamento do ciclo de vida dos
produtos se tornou uma importante necessidade para que não desperdice
investimento e serviços em produtos que podem estar caminhando para o seu final
de carreira, em que o mercado já dá sinal da substituição por produto mais
completo ou com maior capacidade tecnológica.
Christopher (1992) apresenta, na Figura 8, o processo de vida do produto,
desde o lançamento no mercado ao seu desuso ou se tornando obsoleto
tecnologicamente.
46
Maturidade Declínio
Crescimento Saturação
Introdução
7HPSR�
Figura 8 – Ciclo de vida do produto Ciclo de Vida do Produto / Fonte: Logistics and Supply Chain Management, Christopher, (1992)
Conforme a Figura 8, as cinco etapas do ciclo de vida do produto são: a
introdução no mercado; o crescimento da venda do produto através de
propaganda, força de venda e marketing; maturidade que corresponde a um
crescimento menor que a fase do crescimento; a saturação, onde demonstra a
estabilidade e uma pequena desaceleração na demanda sobre o produto; e o
declínio, onde no gráfico representa a queda da venda, possivelmente ocorrida
pela substituição do produto pelo cliente por outro, com melhor desempenho ou
com maior tecnologia. Não quer dizer que todos os produtos passam por todas as
etapas, pois só irá ocorrer para os produtos que obtiverem aceitação no mercado.
Christopher (1992) diz que o tempo entre o lançamento de novos produtos e
o seu desenvolvimento, a tempo de alcançar a demanda do mercado, é muito
reduzido. Em virtude disso, a necessidade de gerenciar o desenvolvimento, a
fabricação e a logística dos produtos tornou-se imprescindível como estratégia
competitiva.
9HQGDV�
47
Ballou (2001) chama a atenção para o fato de que o profissional de logística
precisa gerenciar as cinco etapas do ciclo de vida dos produtos para que os
padrões da distribuição possam ser ajustados rapidamente a cada etapa com
eficiência.
As distribuidoras possuem um papel importante no processo de ciclo de vida
dos produtos. Christopher (1992) afirma que uma vez o produto novo no mercado,
é necessário que exista uma capacidade para responder rapidamente à demanda.
O autor diz que o prazo de reabastecimento é o determinante da capacidade da
cadeia logística em explorar a demanda durante o ciclo de vida do produto.
No pensamento de Christopher (1992), pode-se analisar que as
distribuidoras com maior eficiência e menor ciclo de pedido terão uma vantagem
sobre as demais concorrentes, que possuem deficiência no processo de
distribuição e são burocráticas na avaliação dos pedidos, tornando este ciclo
moroso.
���� �&DQDLV�GH�'LVWULEXLomR
Para definir canal de distribuição Kotler e Armstrong (1998) dizem: ³2�FDQDO� GH� GLVWULEXLomR� ID]� D� OLJDomR� HQWUH� R� SURGXWRU� H� R� FRQVXPLGRU��VXSHUDQGR�DV�SULQFLSDLV�ODFXQDV�GH�WHPSR��OXJDU�H�SRVVH�TXH�VHSDUDP�RV�EHQV�H�VHUYLoRV�GDTXHOHV�TXH�GHVHMDP�XWLOL]i�ORV”.
Gaski (1996) considera que entre os fenômenos que ocorrem dentro do
canal de distribuição, o mais importante, e que tem ganhado atenção dos
pesquisadores, é o poder da interorganização, que envolve a habilidade para
induzir o comportamento sobre a parte de outras entidades (empresas)
organizacionais. O autor enfatiza:”7KH� LPSRUWDQFH� RI� VXFK� D� FDSDELOLW\� LQ� D�PDUNHWLQJ�FKDQQHO�FRQWH[W�VKRXOG�EH�HYLGHQW��ZKDW�FRXOG�EH�PRUH�XVHIXO�WR�D�
48
FRPPHUFLDO� HQWHUSULVH� WKDQ� WKH� DELOLW\� WR� JHW� VXSSOLHUV� RU� FXVWRPHUV� WR�FRQIRUP�WR�LWV�EHKDYLRUDO�SUHIHUHQFHV"
v�v´����
Para Wilkinson (1996), os canais de distribuição podem ser analisados como
um sistema social compromissando um grupo organizacional interdependente,
através de suas atividades para mover um produto da fábrica até o consumidor.
Para a movimentação do produto até o consumidor, o autor afirma que desta
interdependência surge a necessidade de cooperação entre os membros dos canais
de distribuição e coordenação das suas atividades, em que a cooperação e
coordenação são necessárias para assegurar a previsibilidade e confiabilidade
entre os membros, o que vai permitir o planejamento de todo o canal.
Wilkinson (1996), apud Bowersox et al (1968) afirma que os canais de
distribuição possuem uma importância para o desenvolvimento da distribuição
física, porque o canal é a área em que o marketing e a logística têm seu papel
principal nas transações com os clientes.
Samii (2001) considera os canais de distribuição, atribuindo-os a
denominação de rede de distribuição, um conjunto de empresas individuais e
participantes do fluxo de materiais (produtos) e serviços, em que as decisões dos
canais de distribuição são baseadas sobre uma boa compreensão de ligação entre a
estratégia, as operações e o controle dos desempenhos ao longo do valor dos
canais.
Para Arnold (1999), o conceito de canais de distribuição, mostrado na
Figura 9, envolve apenas dois canais, que são o canal de transação que é
representado pela transferência de propriedade (negociar, vender e contratar) e o
canal de distribuição que está relacionado com a transferência física dos produtos
ou serviços, em que uma empresa pode ou não desempenhar as duas funções.
11 “A importância de tal capacidade em um contexto de canal de mercado deve ser evidenciado: o que seria mais útil para uma empresa comercial do que a habilidade de buscar fornecedores ou clientes conforme suas preferências comportamentais” .
49
�
Figura 9 – Separação dos canais de distribuição e de transação Fonte: Administração de materiais: uma introdução, Arnold, (1999).
Em um contexto geral, pode-se definir canal de distribuição como sendo
várias empresas independentes, onde cada uma representa um elo, que participa da
movimentação do produto com a finalidade de fazer-se chegar o produto final até
o consumidor, conforme a Figura 10.
Fonseca (1998) enfatiza que o sucesso dos membros individuais do canal de
distribuição depende do sucesso geral do canal, em que deva existir uma sinergia
entre as empresas para a coordenação de seus objetivos e atividades, atendendo e
satisfazendo o cliente.
CANAL DE DISTRIBUIÇÃO
DEPÓSITO DA FÁBRICA
TRANSPORTE
DEPÓSITO REGIONAL
TRANSPORTE
DEPÓSITO PÚBLICO
CONSUMIDOR
CANAL DE TRANSAÇÃO
DEPARTAMENTO DE VENDAS
ESCRITÓRIO REGIONAL DE VENDAS
ENTREGA LOCAL
DISTRIBUIDOR
VAREJISTA
TRANSPORTE
50
Figura 10 – Canais de distribuição
�������)XQo}HV�GRV�FDQDLV�GH�GLVWULEXLomR
Kotler e Armstrong (1998) dizem que os canais de distribuição são
importantes, devido à capacidade de tornar os bens acessíveis ao consumidor e
assim fazer a ligação entre ele e o fabricante, superando as barreiras que separam
os bens e serviços dos que desejam utilizá-los. Os autores consideram que alguns
canais possuem variadas funções em que ajudam a completar as transações, como:
• Informação ¼ ajuda a coletar e distribuir informações proporcionadas pela
pesquisa e pela inteligência de marketing sobre os atores e forças do
ambiente de marketing necessárias para planejar e para facilitar a troca;
• Promoção ¼ as empresas do canal desenvolvem e distribuem comunicações
persuasivas sobre oferta e produto;
• Contato ¼ busca de clientes em potencial dentro do mercado;
• Adaptação ¼ modelar e adaptar a oferta às necessidades do comprador, e
levando essas necessidades para as atividades de fabricação, montagem e
embalagem;
�)È%5,&$�
&(1752�'(�',675,%8,d2�
'LVWULEXLGRU���$WDFDGR�
�9$5(-2�
&21680,'25�
TRANSPORTE
51
• Negociação ¼ chegar a um ponto de equilíbrio entre empresa e cliente em
relação a preço, outras condições de ofertas para que a transferência de
propriedade possa ser concluída;
• Distribuição física ¼ armazenar e transportar os produtos. Nessa função a
empresa pode desempenhar outras atividades além do transporte e da
armazenagem, em que será abordado melhor no subitem 2.3.3 Distribuição
Física;
• Financiamento ¼ obter e alocar os recursos necessários para cobrir os
custos do trabalho no canal;
• Riscos ¼ assumir os riscos de executar o trabalho do canal.
Seguindo o pensamento de Kotler e Armstrong (1998) em relação às
funções do canal de distribuição, pode-se agregar também o controle da qualidade
do serviço de venda, troca, pós-venda e a flexibilização do serviço. Todas essas
funções são muito importantes para gerar valor intangível ao produto.
Para a realização destas funções por parte dos canais ou grupos de
VWDNHKROGHUV é necessário que exista uma forma de assegurar o comprometimento
deles com o fabricante, através de contrato individual, estabelecendo o que cada
grupo de VWDNHKROGHUV deve contribuir dentro da organização para os objetivos da
atividade primária e o que cada um vai receber em troca do serviço.
Bowersox e Closs (1996) dizem que os relacionamentos das empresas
individuais no desenvolvimento dos canais de distribuição estão ligados aos
aspectos econômicos, em que várias funções distintas precisam ser bem
executadas para conseguir o resultado de uma distribuição eficaz. Para o bom
desempenho da distribuição, empresas especializadas em funções específicas
tendem a executar mais vantajosamente que empresas com outras competências
centrais.
52
������(VWUDWpJLDV�GH�PRGHOR�GH�FDQDO�GH�GLVWULEXLomR
Poli (2001), apud Dornier (1999), analisam que a literatura de marketing
identificou a importância de incluir canais de distribuição para a movimentação do
produto até o cliente final e dessa forma a escolha da estratégia de um canal de
distribuição afeta a todas as variáveis do mix marketing, sendo uma delas a
distribuição física, e compromete a credibilidade das empresas que estão
envolvidas diretamente com os clientes e do próprio fabricante.
Os tipos de canais de distribuição podem ser analisados pelo número de
níveis envolvidos, conforme a Figura 11. Cada grupo de VWDNHKROGHUV envolvido
na execução de alguma tarefa de tornar o produto disponível para o cliente, forma
um nível de canal. Isso vem indicar a extensão de um canal, não incluindo o
fabricante e o consumidor, pois eles estão presentes em todos os canais.
É importante avaliar a estratégia para que o nível do canal de distribuição
não seja tão alto, ou seja, muito extenso. Possuir um canal de distribuição extenso
pode afetar o tempo que leva o produto do fabricante até o cliente e assim ocorrer
à falta de produtos no mercado. Outra conseqüência, é a necessidade de cada
VWDNHKROGHU possuir um estoque elevado para atender o mercado em situações
normais ou sazonais, podendo elevar os custos e ter um impacto direto no preço
do produto final.
53
Figura 11 – Tipos e níveis de Canal de Distribuição
Antes de detalhar os modelos de canais de distribuição é necessário analisar
e conhecer o papel de cada intermediário dentro da cadeia.
Pedido
Indústria Indústria
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 4 Nível 5 Fluxo de Produto Fluxo do Pedido & Informação
TR
AN
SPO
RT
E
CL
IEN
TE
S
Varejo
Varejo Atacadista
Distribuidor Atacadista Varejo
Representante Atacadista Varejo
Representante Centro
de Distribuição
Atacadista
Varejo
54
• Representante Comercial ou %URNHr – tem a função da venda, é integrante do
canal de marketing organizacional, ou seja, não adquire a propriedade dos
produtos. Em muitos casos trabalha por comissão e pode ser exclusivo
(trabalham apenas para um fabricante) ou trabalha para vários fabricantes do
mesmo segmento de mercado, mas produtos não concorrentes. O
representante comercial está legalmente amparado pela Lei 4886/65 com as
alterações introduzidas pela Lei 8420/9212
Segundo Cardoso (2003), trabalhando com um EURNHU existem ganhos de
economia na parte tributária, pois quando um fabricante vende seus produtos
para um distribuidor ou atacadista isso gera uma série de tributos nessa relação
e na venda desses intermediários para o varejo, ocorrendo a bitributação. Na
contratação de um EURNHU�a indústria elimina os custos tributários incidentes
com o atacado e o distribuidor e desses com o varejo, eliminando a
bitributação, atendendo diretamente à entrega ao varejo e com o compromisso
apenas de comissionar o EURNHU ;
• Distribuidor – o objetivo dessas empresas é distribuir o produto dos
fabricantes com frota própria de caminhões ou terceirizada, são segmentados
ou não, podem fazer parte da produção postergando (SRVWSRQHPHQW) alguns
serviços como montagem e embalagem e em muitos casos o distribuidor
também agrega a função de comercializar no mercado onde atua, tendo sua
própria equipe de vendas. Quando a função de distribuir agrega a função de
comercializar, o distribuidor passa a ser exclusivo e trabalhar apenas com um
único fabricante e adquire a propriedade dos produtos e os revende.
• Atacadista – adquire produtos para revendê-los. Atuam em um segmento de
mercado, alguns possuem força de vendas atendendo o varejo, outros atuam
em seu próprio estabelecimento comercial e apenas vendedores internos, como
exemplo os atacadistas estabelecidos no CEASA. Podem ou não ter frota de
veículo própria ou terceirizada. Não possuem nenhuma exclusividade, ou
seja, compram os mesmos produtos de várias marcas concorrentes.
12 Contratar representante comercial é lícito.
55
Através dos intermediários aumentam a probabilidade de atingir a maior
parte dos clientes em um grande universo geográfico, eles atuam também como
multiplicadores de crédito ou financiando seus clientes, onde cada atacadista e
representante vende a prazo para diversas empresas do mercado varejista, que
também vendem a prazo para diversos consumidores, e assim existe uma divisão
de risco de créditos e liquidez, facilitando a venda do produto final.
A multiplicação de créditos pode ser comparada com a função
macroeconômica dos intermediários bancários que deslocam recursos de unidades
superavitárias para unidades deficitárias, ou seja, de fazer a ligação entre
poupadores e tomadores de recursos, proporcionando a multiplicação monetária.
Os intermediários são um mal necessário que, mesmo encarecendo o
produto para o consumidor, são o elo de ligação entre eles e o fabricante e que,
bem gerenciados, podem desenvolver produtos, gerar lucro para os fabricantes,
gerar oportunidades de negócios para empreendedores e atender as expectativas
dos consumidores (a palavra 3DUWQHU� UHODWLRQVKLS� PDQDJHPHQW (PRM) que
significa gerenciamento do relacionamento com parceiros, refere-se
principalmente ao canal indireto assegurando comprometimento e postura).
Existem vários modelos de canais de distribuição, apresentado na Figura 11:
• Nível 1 – a fábrica atendendo o cliente final sem a presença de níveis
intermediários, esse modelo é chamado de canal de marketing direto, ou seja,
a fábrica recepciona o pedido do varejo, processa e entrega o produto, através
da venda por catálogos, mala direta, WHOHPDUNHWLQJ e H�FRPPHUFH. Esse modelo
requer estoques elevados e as entregas via FRXULHU, elevando os custos de
entregas e, quando necessário, realizar a troca do produto.
• Nível 2 – este modelo e os níveis 3 e 4 são chamados de canal de marketing
indireto. No nível 2, o fabricante recebe os pedidos do varejo e faz a entrega
dos produtos aos mesmos. Esse modelo requer uma equipe de vendas própria,
estoque de segurança elevado para atender as sazonalidades, custos elevados
de transporte, acarretando dificuldades nas entregas pelo tipo de veículo
utilizado, as localizações das lojas e várias entregas fracionadas.
56
• Nível 3 – alguns fabricantes atuam no mercado de varejo através dos
atacadistas, por terem um grande número de clientes em seus cadastros. Suas
compras são feitas por grandes lotes, reduzindo custo de frete para o fabricante
e em alguns casos esse custo é do próprio atacadista. Isso dependerá do
modelo de negociação entre as partes, se é CIF (&RVW� LQVXUDQFH�DQG� IUHLJKW) ou FOB ()UHH� RQ� ERDUG). Os custos e riscos das vendas e créditos para o
varejo são de responsabilidade dos atacadistas, reduzindo a responsabilidade,
custo e risco das fábricas.
• Nível 4 – esse nível de canal na Figura 11 (página 52) está representado por
dois modelos, um representado pelo distribuidor que atende o atacado e em
alguns casos também atende o varejo diretamente e esses atendem o cliente
final. Nesse modelo há redução de custo de transporte, porque o distribuidor é
um agente desconsolidador e representante comercial, além da redução de
risco financeiro para o fabricante. No segundo modelo do nível quatro, o
canal é representado por representante, havendo redução de custo da força de
venda para a fabrica, mas não o exime dos custos de transporte, crédito e risco
financeiro.
• Nível 5 – a diferença desse nível para o nível 4 é a presença de um centro de
distribuição (CD), que pode ser de propriedade do fabricante, havendo custo
de manutenção da estrutura física, investimento em equipamentos e pessoal.
O CD pode ser terceirizado, ou seja, a contratação de empresas que atuam na
prestação de serviços de desconsolidação, consolidação e distribuição de
produtos. O CD ajuda a fábrica a reduzir custos em estoques de segurança e a
atender com mais rapidez o atacado.
57
������'LVWULEXLomR�)tVLFD�
Na visão de Kotler e Armstrtong (1998), a distribuição física é mais do que
caminhão e depósito, é o planejamento, implementação e controle do fluxo físico
de materiais, produtos finais e informações correlatas, dos pontos de origem até os
pontos de consumo.
Moraes (1999) diz que a distribuição física é heterogênea devido às
múltiplas funções que exerce. Além do gerenciamento do processo, envolve
também a roteirização, o dimensionamento de frota e SLFNLQJ, o compromisso de
assegurar a qualidade do produto, postura e a aparência dos profissionais
envolvidos na entrega para atender a expectativa de qualidade do cliente.
Dias (1993) salienta que a distribuição física sempre foi importante e
complexa para países que movimentam quase 80% de suas mercadorias por
transporte rodoviário, em que a racionalização desta operação é vital para a
estrutura econômico-financeira das empresas. Pois o transporte é um elemento de
custo importante da atividade industrial e comercial.
Para Ballou (1993), a distribuição física em muitos casos é a atividade mais
importante em termos de custo para a maior parte das empresas, pois trata da
movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais e
representa cerca de dois terços dos custos logísticos.
Bookbinder e Lynch (1997) enfatizam que os objetivos do negócio de uma
empresa cujo serviço prestado é a distribuição física, é determinar um nível de
serviço apropriado e em conjunto com as expectativas dos varejistas ou
consumidores e o gerenciamento do WUDGHRIIV custo / serviço.
58
������$WLYLGDGHV�GD�GLVWULEXLomR�ItVLFD
A distribuição física recentemente vem tendo uma importância maior por
vários autores e pelas empresas dentro da cadeia de suprimentos. Surgindo cada
vez mais VRIWZDUHV específicos para melhorar o desempenho e administração de
suas atividades.
A estratégia de distribuição física acarreta profundo impacto no setor de
varejo e, dependendo da estratégia do canal de distribuição utilizado, pode ir de
encontro com o consumidor, podendo esse efeito sobre o consumidor ser bom ou
ruim, isso dependerá da estratégia e o nível de organização usado.
As atividades desempenhadas na distribuição física não estão apenas
concentradas no transporte, mas em outros serviços que têm grande importância
nesta função, a qual bem desempenhada, pode trazer vantagens competitivas para
o fabricante e o produto. Por outro lado, caso sejam mal desempenhadas, podem
acarretar grandes problemas como a queda de vendas, ocasionando prejuízo para
toda a cadeia e todos os canais envolvidos.
Dentre as atividades da distribuição física estão:
• Gestão dos estoques de produtos finais – esta atividade é muito importante,
pois envolve o gerenciamento de todos os produtos acabados. Segundo Samii
(2001), representa 50% da atividade da distribuição física. Para Arnold (1999),
corresponde entre 30 e 60% dos custos. Vale considerar que a falta do
produto acarretará na perda do custo de oportunidade e na insatisfação dos
clientes.
• Gestão de transporte – o objetivo desta gestão é possuir uma estratégia de
carregamento eficaz que possa atender com rapidez o cliente e ser flexível. A
característica do tipo de transporte para esta atividade é o rodoviário. É
importante o planejamento e a escolha do veículo a ser utilizado devido à
localização das entregas e a quantidade a ser entregue, em que se tratando do
mercado de varejo, possui limitação para o recebimento de mercadoria. A
falta de planejamento pode trazer prejuízos para o veículo, aumento de
59
consumo de combustível e insatisfação do cliente por não ter recebido o
produto no dia e horário marcado.
• Centros de distribuição (CD) – são utilizados para armazenagem do estoque
ou consolidação de produtos. A administração do centro de distribuição
envolve decisões sobre a localização, pois é fundamental para atender mais
rápida toda a região, inclusive o pedido emergencial. A quantidade de CDs é
uma estratégia importante, além da elaboração de regras para recebimento,
armazenamento e saída de produtos. Os CDs têm importantes atribuições,
podem consolidar produtos de vários fabricantes e organizá-los, além de
entregar aos clientes das fábricas com custo menor do que se cada fábrica
fosse entregar diretamente a seus clientes, ou seja, receber LCL (OHVV� WKDQ�FDUORDG) e entregar CL (FDUORDG).
• Gerenciamento de pedidos e informação – corresponde ao gerenciamento do
tempo necessário a partir do pedido feito pelo cliente até a entrega definitiva
do produto final. Para este processo são necessárias umas organizações
institucionais e operacionais de várias etapas, envolvendo diversos
departamentos da empresa, dependendo de como está organizada. O
gerenciamento do processo envolve a realização do pedido pelo vendedor ou
via e-mail, recepção e registro do pedido, verificação do departamento de
contas a pagar, analisar estoque de produtos pedido, processar pedido, carregar
pedido e entregar produto ao cliente. É necessário o gerenciamento do tempo
entre os pedidos e as entregas. Esses tempos devem ser constantes ou variar
pouco.
• Manuseio dos produtos – envolve a movimentação dos produtos dentro do
centro de distribuição. É importante empregar o tipo de equipamento
adequado para a movimentação interna, podendo trazer eficiência e redução de
custos operacionais, não esquecendo da manutenção da integridade física do
produto. Arnold (1999) diz: ´´2�PDQXVHLR�GH�PDWHULDLV�UHSUHVHQWD�XP�FXVWR�GH�FDSLWDO�H�H[LVWH�XPD�FRPSHQVDomR�HQWUH�HVVH�FXVWR�GH�FDSLWDO�H�RV�FXVWRV�RSHUDFLRQDLV�GR�FHQWUR�GH�GLVWULEXLomRCC .
60
• 3RVWSRQHPHQW – Cardoso (2002) afirma: “O produto não é deslocado até que a
localização da demanda seja conhecida, ao mesmo tempo, em que sua
configuração final só acontece quando as referências do consumidor são
conhecidas” . Algumas distribuidoras podem absorver alguns serviços que se
destinariam aos fabricantes, como montagem, embalagem, entre alguns outros,
na busca de redução de custos e maior agilidade na entrega aos seus clientes.
• Consolidação – recebe grandes lotes e distribui em pequenos lotes para os
clientes.
����0RGHOR�GH�*$36�GH�3DUDVVXUDPDQ
O trabalho de mensurar a SHUIRUPDQFH� do serviço logístico ainda é um
desafio para muitos pesquisadores e empresas, devido às diversas atividades,
tarefas que são desempenhadas, e determinar os tipos de indicadores que serão
utilizados.
A medida de SHUIRUPDQFH dentro da logística é multidimensional,
decorrente da quantidade de VWDNHKROGHUV e da diversidade de interesses, Chow et
al (1995).
Os indicadores de SHUIRUPDQFH irão desempenhar uma função importante
para a coleta dos resultados e avaliar o comportamento da empresa, de seus
serviços e de seus funcionários ligados direta ou indiretamente na operação
logística. Isto é uma tarefa difícil de ser alcançada.
Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) explicaram que, para um bom
entendimento sobre qualidade de serviço, é importante conhecer o significado de
intangibilidade, heterogeneidade e inseparabilidade.
O primeiro se resume na intangibilidade ao qual Berry, Parasuraman e
Zeithaml (1985), apud Bateson (1977), Berry (1980), Lovelock (1981) e Shostak
(1977), consideram que a maioria dos serviços é intangível, ou seja, não podem
ser vistos como um produto, ou mesmo contado ou testado, e Zeithaml (1981)
61
conclui: “... devido à intangibilidade, as firmas podem achar difícil entender como
os consumidores percebem seus serviços e avaliam a qualidade do serviço” .
O segundo se refere à heterogeneidade, sendo serviços personalizados ou
individuais em que cada produto recebe um tratamento separado e cada cliente é
atendido de uma maneira única, ou seja, personalizada.
A terceira, inseparabilidade, mostra que a produção e o consumo de muitos
serviços são indivisíveis. A idéia é visualizar que a responsabilidade da fábrica
não termina no momento da concepção do produto e que a entrega não é de sua
responsabilidade. Pois uma distribuição mal realizada pode levar o cliente a
entender que o fabricante não possui o controle gerencial sobre todo o processo
logístico. Isso pode levar o cliente a desconfiar da qualidade. A conseqüência
poderá ser a queda das vendas por insatisfação na qualidade do serviço.
Berry, Parasuraman e Zeithaml (1985) pesquisaram os trabalhos de
Gronroos (1982), Lehtinen (1982), Lewis e Booms (1983), Sasser, Olsen e
Wyckoff (1978) entre outras literaturas e destacaram três temas que foram
utilizados para a estrutura da ´́Escala SERVQUAL``, conforme apresentado
abaixo:
• É mais difícil para o cliente avaliar a qualidade do serviço do que avaliar a
qualidade do produto. Existem diversos parâmetros tangíveis que facilitam a
avaliação de produtos, mas quando se refere à compra de serviços, esses
parâmetros tangíveis não existem, dificultando a avaliação dos clientes;
• A percepção da qualidade do serviço é resultado de uma comparação das
expectativas do cliente com a SHUIRUPDQFH do serviço real;
• A avaliação da qualidade não é produzida somente sobre o resultado de um
serviço, mas envolve também a avaliação do processo de serviço de
distribuição.
Os autores Berry et al (1985) observaram que existem conjuntos de
discrepâncias ou JDSV em relação à qualidade de serviço e as tarefas associadas
com as entregas de serviços para os clientes. O gerenciamento dos JDSV pode ser
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um diferencial para o aumento do PDUNHWLQJ�VKDUH das empresas ou a falta deste
gerenciamento pode provocar a falta de conhecimento das expectativas dos
clientes e a entrega de um serviço em que os clientes esperam como sendo de alta
qualidade. A Figura 12 ilustra as observações feitas na pesquisa.
63
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Figura 12 – Modelo de serviço de qualidade Fonte: Adaptado de Berry et al, (1985)
Na pesquisa de Berry et al (1985), foram realizadas entrevistas com os
executivos para a determinação dos JDSV 1,2,3 e 4 e entrevistas realizadas com os
consumidores que revelaram o JDS 5. Em seguida é apresentado detalhadamente
o significado de cada um dos JDSV:
*DS 1: Expectativa do consumidor – Percepção do gerenciamento
Propaganda Boca-a-boca
Necessidades Pessoais
Experiências Anteriores
w�x�yzn{|"} ~x�����z
Serviço Esperado
Serviço Percebido
Serviço Entregue (Incluindo pré-
venda e pós-venda)
Comunicação Externa para o
cliente (Uso da Mídia)
Percepção entre serviços de qualidade
específicos
Gerenciamento das Expectativas dos
clientes
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64
O gerenciamento das expectativas dos clientes revela o quanto os executivos
e gerentes das empresas conhecem seus clientes e suas necessidades de serviços.
Mas a dificuldade ocorre porque as empresas desconhecem quais os aspectos que
reúnem as necessidades dos clientes, quais os aspectos que denotam a alta
qualidade e quais aspectos são necessários para entregar serviços de alta qualidade
para os clientes.
O JDS entre expectativa do consumidor e a percepção do gerenciamento das
expectativas vai gerar um impacto sobre a avaliação do consumidor em relação à
qualidade de serviço prestado.
*DS 2: Percepção do gerenciamento – Especificações da qualidade do serviço
É a diferença entre o gerenciamento das percepções das expectativas do
cliente e as especificações da qualidade do serviço. Diversos fatores contribuem
para o aumento nas diferenças entre a percepção do gerenciamento das
expectativas do cliente e as especificações da qualidade do serviço. Dentre eles
estão as instabilidades econômica, falta de profissionais qualificados e recursos
limitados.
O *DS 2 afeta a qualidade do serviço do ponto de vista do cliente.
*DS 3: Especificação da qualidade do serviço – Entrega de serviço
Entre os diversos serviços desempenhados pelas empresas para o
atendimento ao cliente existe sempre um serviço que tem uma importância maior
que os demais, segundo estudo realizado por Parasuraman et al (1985) junto aos
executivos.
Carvalho (2003) diz que a dificuldade de padronização dos serviços
prestados pelos funcionários é a causa maior da diferença entre especificação da
qualidade e a execução do serviço.
A especificação da qualidade de serviço e a entrega do serviço vão gerar o
JDS 3 e afetar a qualidade do serviço pelo desapontamento do cliente.
*DS 4: Entrega – Comunicação Externa
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Atualmente existem diversos meios de comunicação que ajudam a
implementação e estimulam o consumo de produtos e prestação de serviços. As
redes de televisão podem ser utilizadas para atingir os mercados nacional,
internacional ou regional. A ,QWHUQHW é atualmente bastante utilizada para a
divulgação das empresas, as redes de rádio, jornais e revistas.
As promessas divulgadas pelas empresas de seus produtos ou serviços
através da mídia podem gerar o JDS 4, quando parte ou total das promessas
divulgadas não puderem ser cumpridas pela empresa ao cliente.
A empresa, quando promete e não tem capacidade de cumprir, aumenta as
expectativas no início, mas a percepção da qualidade cai quando as mesmas não
são cumpridas.
O JDS�entre a entrega do serviço e a mídia irá afetar a qualidade do serviço
da insatisfação dos clientes.
*DS 5: Serviço esperado – Serviço percebido
Gerar um serviço de qualidade aos clientes significa atender ou superar as
expectativas de serviços deles. Um serviço só é considerado de alta qualidade para
os clientes, quando os mesmos têm a percepção de que o serviço foi realizado da
forma que se esperava, em relação a um critério de julgar o serviço.
A qualidade que um consumidor percebe dentro de um serviço é em função
da magnitude e direção do JDS entre serviço esperado e a percepção do serviço.
Modelo da qualidade de serviço
Serviço de qualidade percebido pelos clientes depende, sobretudo do
tamanho e qual a direção do JDS 5, entretanto depende da SHUIRUPDQFH dos JDSV associados com o desenho, marketing e entrega de serviços.
*DSV 5 = ƒ(*DS 1, *DS 2, *DS 3, *DS 4)
A magnitude e a direção de cada JDS vai ter um impacto sobre a qualidade
do serviço. Por exemplo, o JDS 3 vai ser favorável quando a entrega do serviço
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atual exceder as expectativas, ou vai ser desfavorável quando as expectativas não
forem reunidas.
O relacionamento entre qualidade de serviço percebido pelos clientes e os
JDSV acontece sobre o lado do mercado, a forma funcional das necessidades de
relacionamento para ser investigado.
Componentes da qualidade de serviço percebido
Confiabilidade �HQYROYH�FRQVLVWência de SHUIRUPDQFH e confiança;
�Competência �SRVVH�GD�UHTXHULGD�KDELOLGDGH�H�FRQKHFLPHQWR�SDUD�H[HFXWDU�D�SHUIRUPDQFH de serviço;
�Acesso �p�D�SUR[LPLGDGH�H�WUDQT�LOLGade de contato;
� Cortesia � HQYROYH� SROLGH]�� UHVSHLWR�� FRQVLGHUDoão e contato inter-pessoal
(incluindo recepcionista e telefonista);
�Comunicação �VLJQLILFD�D�PDQXWHQoão da informação para o cliente dentro da
linguagem que ele possa entender e escutar. Isto pode significar que a companhia
tem ajuste de sua linguagem para diferentes consumidores – aumentando o nível
de sofisticação com um cliente bem educado e falando com simplicidade para um
novato;
�Credibilidade �HQYROYH�D��FRQILDELOLGDGH��FUHGLELOLdade, honestidade;
�Segurança �p�D�OLEHUGDGH�GR�SHULJR��ULVFR�RX�G~YLGD�
�Entendimento / conhecendo o cliente � ID]HQGR� R� HVIRUoR� SDUD� HQWHQGHU� DV�necessidades do cliente;
�Tangíveis �LQFOXL�D�HYLGência física do serviço;
A Figura 13 mostra que a qualidade de serviço percebida é o resultado da
comparação entre a expectativa de serviço e o serviço percebido. Isto é possível,
67
pois a relativa importância dos 10 determinantes da qualidade do serviço pode
diferir da relativa importância da percepção do cliente pelo serviço entregue.
Figura 13 - Determinantes da qualidade do serviço percerbido Fonte: Adaptado de Parasuraman et al, (1985)
Baseado nos detalhes da Figura 13, a posição da percepção do cliente sobre
a qualidade do serviço depende da natureza da discrepância entre serviço esperado
(SE) e serviço percebido (SP).
Avaliação:
a)_ quando o serviço esperado (SE) for maior que o serviço percebido (SP), a
qualidade percebida é abaixo do satisfatório e vai tender para a qualidade
totalmente inaceitável entre SE e SP. (SE > SP);
b)_ quando o SE = SP, a qualidade percebida é satisfatória;
c)_ quando ES < SP, a qualidade percebida excede as expectativas e vai tender
para a qualidade ideal, com aumento na diferença entre SE e SP.
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��� ��� � ������$��������d��� ���
1. Acesso 2. Comunicação 3. Competência 4. Cortesia 5. Credibilidade 6. Confiabilidade 7. Responsabilidade 8. Segurança 9. Tangível 10. Entendendo o conhecimento do cliente
Propaganda
boca-a-boca. Necessidades
Pessoais Experiência
Passada
Expectativa de Serviço
Serviço Percebido
Qualidade de Serviço Percebido