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PÚBLICO economia 500 maiores empresas não financeiras portuguesas Edição especial A i n o v a ç ã o e m P o r t u g a l O DIAGNÓSTICO, AS SOLUÇÕES E OS EXEMPLOS DE SUCESSO ENTREVISTA COM MURTEIRA NABO PRESIDENTE DA COTEC Esta revista faz parte integrante do PÚBLICO 4995 e não pode ser vendida separadamente Dados fornecidos por As firmas que comandam o país, por vendas e mais seis indicadores 24 sectores em análise As líderes de cada distrito +

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PÚBLICO economia

500maiores

empresas não fi nanceiras

portuguesas

Edição especial

A inov

ação

e

m PortugalO DIAGNÓSTICO,

AS SOLUÇÕES E OS EXEMPLOS

DE SUCESSOENTREVISTA COM

MURTEIRA NABO PRESIDENTE DA COTEC

Esta revista faz parte integrante do PÚBLICO 4995 e não pode ser vendida separadamente

Dados fornecidos por

As fi rmas que comandam o país, por vendas e mais seis indicadores

24 sectores em análise

As líderes de cada distrito

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“A inovação é uma das coisas mais difíceis onde estive até hoje a trabalhar”. A confi s-são é de Murteira Nabo, o gestor que acei-tou presidir à Cotec depois de uma carreira profi ssional de mais de 30 anos, os últimos dos quais à frente do grupo PT. “É um pro-jecto difícil de agarrar”, reforça o número um da recém criada As-sociação Empresarial para a Inovação na entrevista que publicamos nesta edição das 500 maiores empresas portuguesas não fi nanceiras por vendas em 2002, que tem como tema de capa precisamente a inovação.

Percebe-se porquê. A inovação - entendi-da como a aplicação de novos conhecimen-tos, resultando em novos produtos, proces-sos ou serviços, ou na melhoria signifi cativa de alguns dos seus atributos – é a única estratégia sustentável para Portugal con-seguir atingir os níveis de desenvolvimento dos países mais avançados. Nesta matéria, a edição que tem nas suas mãos traz boas e más notícias.

Começando pelas más notícias, a econo-mia portuguesa revela um fraco desempe-nho relativamente à média comunitária em quase todos os indicadores associados à ci-ência, tecnologia e inovação, concluem Ca-tarina Selada e José Rui Felizardo, da Inteli – Inteligência em Inovação, uma das pou-cas, infelizmente, instituições portuguesas a pensar esta área, no artigo de diagnóstico que (re)publicamos na página 12 desta edi-ção. Em 2002, as despesas de investigação & desenvolvimento (I&D) nacionais não ultrapassam 0,83 por cento do produto interno bruto (PIB), contra 1,88 por cento de média da União Europeia (UE). Com-parando com países do nosso campeonato, estamos à frente da Grécia (0,68 por cento em 2000), mas atrás da Espanha (0,96 por cento). Nos países nórdicos que, segundo a Cotec, são o modelo a seguir, as despesas em I&D ultrapassam os três por cento do PIB, meta fi xada pela UE para 2010, como são os casos da Finlândia (3,37 por cento) e da Suécia (3,78 por cento). Acresce que a maior parte da factura da I&D em Portugal é paga pelo Estado. As empresas contribuem com menos de um terço (32,5 por cento), praticamente metade da média comunitária (65,5 por cento).

Passando às boas notícias, o crescimento das despesas em I&D em percentagem do PIB, em Portugal, acelerou nos últimos anos. No período 1995-2001, o rácio I&D/PIB progrediu a um ritmo médio anual de 6,6 por cento. Contudo, para atingir a meta de três por cento do PIB em I&D, em 2010, precisaríamos de crescer 15 por cento/ano a partir de 2000.

“Estamos perante uma situação típica de falha de mercado (ou melhor de falha de sistema) que exige a intervenção das políti-cas públicas, sendo necessário um conjunto de apoios que empurrem as empresas para o círculo virtuoso da produtividade e com-

petitividade”, alertam Catarina e José Rui, no segundo artigo que

assinam nesta edição. Num texto dedicado às soluções para o problema da inovação em Portugal, os dois especialistas apontam para a necessidade de focalizar a política de inovação, estabelecendo prioridades em termos de programas e acções, sob pena de prevalecer a dispersão de esforços e a sobre-posição de iniciativas.

A questão é quem vai liderar o processo de implementação da estratégia e do plano de acção para a inovação. Ao nível da políti-ca pública, o actor encontra-se formalizado do ponto de vista da estrutura organizativa no Governo, respondem Selada e Felizardo. Já do lado das estratégias empresariais – essenciais para o sucesso do processo em construção –, existem várias alternativas de liderança desde as empresas-âncora até aos centros tecnológicos empresariais, passan-do por redes de cooperação inter-empresa-riais e associações empresariais.

Independentemente do modelo que vier a ser escolhido, existem já no país estratégias empresariais de sucesso nesta matéria. O PÚBLICO seleccionou para si alguns mestres portugueses da inovação (ver página 22 e seguintes), cujo exemplo deve ser seguido.

Como remata Murteira Nabo na entre-vista que abre esta edição, apesar de difícil de agarrar, a inovação é um projecto muito estimulante, porque por aí pode passar a mudança do país, se tivermos sucesso. Te-mos de ter, concluo eu.

Editorial

É proibido falhar!FICHA TÉCNICADIRECTOR José Manuel Fernandes

EDITORES Carlos Rosado de Carvalho, José Manuel Rocha e Manuel Abreu.

REDACÇÃO Anabela Campos, Clara Teixeira, Cristina Ferreira, Dulce Furtado, Inês G. Sequeira, João Ramos de Almeida, Luís Miguel Viana, Luísa Pinto, Lurdes Ferreira, Rita Siza e Rosa Soares.

COLABORAÇÕES ESPECIAIS Catarina Selada e José Rui Felizardo (Inteli - Inteligência em Inovação), Fátima Azevedo e Rui Nunes.

FOTOGRAFIA Adriano Miranda, Carlos Lopes, Daniel Rocha, David Clifford, Isabel Amorim, Luís Ramos, Miguel Madeira, Miguel Silva, Nuno Santos, Pedro Cunha e Rui Gaudêncio.

SECRETARIADO Isabel Anselmo

BANCO DE DADOS Servitrade

GRAFISMO Gil Lourenço e Marco Neves

PAGINAÇÃO Marco Neves

INFOGRAFIA João Lázaro

DIGITALIZAÇÃO Departamento de Digitalização do PÚBLICO

EMAIL [email protected]; [email protected]

LISBOA Rua Viriato, nº 13 – 1069-315 Lisboa TELEF. 210111000 (PPCA) FAX Dir. Empresa 210111005; Dir. Editorial 210111006; Agenda 210111007; Redacção 210111008; Publicidade 210111013/ 210111014 PORTO Rua João de Barros, 265 – 4150-414 Porto TELEF. 226151000 (PPCA)/ 226103214 FAX Redacção 226151099/ 226152213; Publicidade, Distribuição 222151011 ALGARVE Avenida da República Federal Alemã Bloco C2 - 8000-084 Faro TELEF. 289806656 FAX 289806655 AVEIRO Rua Engº Silvério Pereira da Silva, 16-A, 2º Tr. – 3800-175 Aveiro TELEF./FAX 234382507 BRAGA Rua de S. Marcos, 126, 1º esq. Fr. – 4700-328 Braga TELEF. 253202650 FAX 253617983 COIMBRA Avenida Fernão de Magalhães, 153/ 157, 2º Dto, sala 6 – 3000-171 Coimbra TELEF. 239829554 FAX 239829648 MADEIRA Rua dos Ferreiros, 55, 2º Dto - 9000-082 Funchal TELEF. 291231611 VILA REAL Rua 31 de Janeiro, 41, 3º Sala 303 - 5000-603 Vila Real TELEF. 259326262 FAX 259326265

PROPRIETÁRIO Público, Comunicação Social, SA

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ASSINATURAS 808200095

CAPA Gil Lourenço

C A R L O S R O S A D O D E C A R V A L H O

A inovação é a única estratégia de desenvolvimento sustentável

para Portugal. Como remata Murteira Nabo na entrevista

que abre esta edição, apesar de difícil de agarrar,

o projecto é muito estimulante, porque por aí pode passar

a mudança do país, se tivermos sucesso. Temos de ter, concluo eu

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S U M Á R I O

1EDITORIAL Carlos Rosado de Carvalho

GRANDES NÚMEROS

30Quanto Valem as 500 Carlos Rosado de Carvalho

ANÁLISE SECTORES

35Comércio Inês Sequeira

Comércio, Alimentar, Bebidas e Tabaco Anabela Campos

36Comércio Automóvel Lurdes Ferreira

Comércio Farmacêutico, Higiene e Limpeza Rui Nunes

37Comércio Material Eléctrico e Electrónico Inês Sequeira

Comércio Produtos Petrolíferos Lurdes Ferreira

38Comunicações Clara Teixeira

Construção e Obras Públicas Luísa Pinto

39Electricidade, Gás e Água Lurdes Ferreira

Indústria Alimentação, Bebidas e Tabaco Rui Nunes

40Indústria Automóvel Lurdes Ferreira

Indústria de Celulose, Papel e Artes Gráfi cas Anabela Campos

41Indústria Farmacêutica Rui Nunes

Indústria Madeira, Cortiça e Móveis Fátima Azevedo

42Indústria de Material Eléctrico e Electrónico Fátima Azevedo

Indústria Metalúrgica e Metalomecânica Fátima Azevedo

43Indústria Minerais Não Metálicos Anabela Campos

44Indústria Química Fátima Azevedo

Indústria Têxtil, Vestuário e Couro Fátima Azevedo

45Media Anabela Campos

46Serviços Rui Nunes

Transportes Inês Sequeira

47Outros Rui Nunes

LISTAS

49As 500 por Vendas em 2002

69As 500 de A a Z

A S 5 0 0 M A I O R E S

6EntrevistaMurteira Nabo, presidente da Cotec“Investigação nacional está desligada da realidade” Clara Teixeira

T E M A D E C A P A12DiagnósticoComo vai a inovação em Portugal? Catarina Selada e José Rui Felizardo

16SoluçõesRoteiro para um país que quer ser inovador Catarina Selada e José Rui Felizardo

22ExemplosMestres a inovar Clara Teixeira, Cristina Ferreira, Dulce Furtado, Rita Siza e Rosa Soares

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Murteira Nabo, presidente da Cotec

“Investigação nacional está desligada da realidade”Grande parte da investigação aplicada que é feita nas universidades acaba no “vale da morte”, queixa-se o líder da recém-constituída agência de empresas para a inovação. Por isso, unir as escolas às empresas é um dos objectivos do gestor, que tem como modelo os países nórdicos. A inovação é das coisas mais difíceis, mas também das mais estimulantes que encontrou em 30 anos de carreira profi ssional. “Por aqui pode passar a mudança do país”, garante.

Portugal precisa de duas ou três apostas do tipo Ford/Volkswagen e de mais inovação do tipo “radical”, como o foram a Via Verde ou o Mimo, para criar patentes mundiais e ul-trapassar fronteiras, defende Murteira Nabo, presidente da Cotec, a recém-constituída associação de empresas para a Inovação. Até fi nal de 2004, a Cotec deverá defi nir pelo

menos mais três “clusters”, para além das fl orestas, onde seja necessário “boa vontade para agregar, tentando dar consistência a algumas ideias que por aí há, sem que haja quem as junte”. As tecnologias de informa-ção, o sector automóvel e biotecnologia são algumas das áreas em estudo. Confrontado com o modelo de desenvolvimento que Por-tugal deve adoptar, Murteira Nabo defende uma solução mista, que possa dotar de alta tecnologia as indústrias tradicionais e, em simultâneo, apostar nas chamadas indústrias do futuro, susceptíveis de fazerem a inovação “radical” que cria valor para o país.

A Cotec está a defi nir “clusters” para a inovação em Portugal. Como está o processo?

Defi nimos já as fl orestas. O nosso com-promisso é defi nir mais três “clusters” até fi nal de 2004. Estamos a estudar os au-tomóveis e as tecnologias de informação, também temos estudos na área da biomed-icina. São soluções que estamos a analisar, mas não sei se daí resultarão propostas. No âmbito das fl orestas, até fi nal do ano estaremos em condições de propor soluções ligadas à questão dos incêndios. O reorde-namento e o repovoamento são questões de longo prazo. No curto prazo, o importante são os incêndios. Podemos aproveitar a ex-periência da Galiza na prevenção do fogo. Dez por cento da fl oresta ardia todos os anos, mas esse valor desceu para um por cento, através de uma fortíssima aposta num plano de ataque aos incêndios.

Mas onde é que a Cotec vai defi nir os “clusters”? Nos sectores tradicio-nais ou nos sectores de futuro, que envolvam alta tecnologia?

O conceito de “cluster” é algo que de forma agregada cria valor substancial. A Cotec vai escolher as áreas que precisam de ser ligadas e eventualmente criar “clusters” novos, onde ainda não há apostas mas que entendemos que podem ser “clusters” de futuro. Li há dias que os fi nlandeses adop-taram a biotecnologia como uma grande aposta para o futuro. Se vamos defi nir uma coisa desse tipo não sei. O que nos preocupa é aquilo em que pensamos que podemos contribuir para que se crie valor.

Então alguns deles serão mais um projecto de “cluster” do que um “cluster”…

Sim, mas não nos propomos estudar todos os “clusters” do país nem os que já es-tão estudados. As cortiças por exemplo não precisam. É um sector autónomo, está bem lançado, não precisa de apoio. Não precisa da Cotec para nada. Os moldes também não precisam de nós e ainda bem. Procuramos

T E M A D E C A PA / E N T R E V I S TA

C L A R A T E I X E I R A ( Te x t o )C A R L O S L O P E S ( F o t o s )

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volvimento, onde é preciso boa vontade para agregar, tentando dar consistência a algumas ideias que por aí há, sem que haja quem as junte. Não estou a ver a Cotec a criar um “cluster” que ninguém inventou. Se formos para fórmulas muito utópicas, muito ideais, acabamos por não fazer nada. Provavelmente a Cotec não será tão ambi-ciosa como se poderia pensar.

Quando aceitou ser presidente da Cotec disse que o objectivo era que a despesa em Investigação & Desen-volvimento (I&D) aumentasse dos actuais 0,8 por cento para três por cento do PIB. Quando e como é que vai atingir essa meta, que é ambi-ciosa?

Os objectivos da Cimeira de Lisboa in-dicam que essa meta deve ser atingida até 2010. Investimos em I&D 0,8 por cento do PIB, Espanha um por cento e a média europeia é de dois por cento. O nosso ín-dice de investimento é baixo, mas visto isoladamente o do sector privado é ainda mais baixo. A maior parte é investimento público.

A Cotec reúne 102 empresas asso-ciadas, e é junto delas que será feita a promoção do investimento em I&D. É sufi ciente?

Não necessariamente. Os nossos associa-dos representam 20 por cento do PIB e te-mos que começar por eles, mas eu diria que

é um problema nacional. O nosso discurso, de que a inovação é essencial para a criação de valor e para a mudança da composição do nosso produto, passa por todo o sector empresarial. Os nossos associados já hoje são o motor desse investimento, mas no contexto europeu o esforço é muito baixo. Temos um programa que passa por fazer encontros, discussões de um ou dois dias, sobre como é que a inovação pode ser uma peça fulcral na criação de valor.

Qual é a melhor prática europeia no investimento privado em I&D?

São os países nórdicos. Desde há mui-tos anos que a Finlândia, que é o caso que conheço melhor, investe em I&D. Dos dez países mais avançados no índice de inova-ção, cinco são nórdicos. Todos estão acima da média europeia.

Os países nórdicos são o modelo de referência da Cotec?

São, em termos de ambição, mas não é possível replicarem-se estruturas produ-tivas. Somos cada vez mais um país de serviços. Temos de apostar em sectores de alto valor acrescentado, sejam os de alta ou média tecnologia. Hoje sabe-se que são as apostas em alta tecnologia as que criam mais valor, mas não quer dizer que as out-ras não o criem. Num país como o nosso, muito baseado em baixa e média tecnologia, não vamos pô-las de lado. Temos de tentar maximizar o valor acrescentado indepen-

dentemente da indústria. Quais os valores que os países

nórdicos gastam em I&D?Estão muito próximos dos cinco por

cento do PIB, e o sector privado assegura a maior parte. Na média europeia, os priva-dos atingem 50 por cento da despesa total, mas em Portugal é de apenas 25 por cento.

Porque é que os privados não in-vestem mais em I&D em Portugal? Porque acham que não precisam, porque não querem?

Temos um problema crucial que é aquilo a que se chama “vale da morte”. Há

[A Cotec procura] ajudar onde há espaço potencial de

desenvolvimento, onde é preciso boa vontade para agregar,

tentando dar consistência a algumas ideias que por aí há, sem

que haja quem as junte

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muita investigação nas nossas univer-sidades, mas muito desligada da realidade empresarial. Quem defi ne em Portugal grande parte das teses de doutoramento na investigação aplicada é o lado da oferta e não o lado da procura. Por outro lado, o sector empresarial está muito desligado das universidades. E grande parte da investiga-ção que é feita ou demora muito tempo ou não chega a ser comercializada. Chama-se a isso o “vale da morte”. A segunda razão é que baseámos o nosso modelo de desenvolvi-mento em baixa tecnologia e mão-de-obra barata. Precisamos de aumentar as apostas em média e alta tecnologia porque temos já pessoas qualifi cadas. Um terceiro problema é a escala. Somos um país de micro-indús-trias. Como temos um mercado doméstico pequeno, para conseguirmos escala, para nos internacionalizarmos, precisamos de as-sociações, de parcerias empresariais. Não há muitas, mas temos experiências como a da “mglass” [vidros da Marinha Grande], a dos componentes automóveis e algumas novas nos têxteis e calçado. Diria que escala, baixa qualifi cação orientada para baixa tecnologia e falta de ligação entre quem investiga e quem comercializa são três factores cruciais que explicam o baixo investimento em I&D.

Em entrevista recente ao PÚBLICO,

o presidente da Efacec focou o prob-lema da dimensão do mercado e o da falta de massa crítica das empresas, mas disse também que se não equipar primeiro os metros de Lisboa e Porto não consegue ganhar o de São Paulo…

O partenariado é a única via. O protecci-

onismo acabou. Mesmo que se faça a defesa do “comprar português”, isso é temporário. Se adjudicarmos sempre a uma entidade portuguesa é bom, mas a tendência não vai nesse sentido. A Efacec e outras têm de especializar-se, entrar em consórcios com capacidade de ganhar. Se não for assim, desaparecem.

Mas é ou não verdade que se não ganhar primeiro o metro de Lisboa e do Porto não ganhará o de São Paulo?

É, porque não consegue massa crítica nem experiência. Mas o que a Efacec tem de fazer é arranjar condições para ser com-petitiva, que é aliás o que está a fazer. É uma questão que se coloca a todas as empresas. Se não tenho escala tenho de me juntar, e quando me junto especializo-me. A Siemens Portugal é um bom exemplo porque espe-cializou-se num produto que lhe garante um mercado, que é o próprio grupo Siemens. Claro que têm vantagem em serem parte de uma multinacional. A escala consegue-se ou com mercado – e nós não temos mercado in-terno sufi cientemente forte – ou então com alianças que permitam, juntamente com os parceiros, ganhar mercado. Quando me di-zem que Portugal não tem hipótese, eu digo o contrário. Uma Finlândia, uma Suécia, uma Irlanda, uma Suíça, são países peque-

nos. Uma Islândia e uma Dinamarca tam-bém. A sociedade do conhecimento é uma oportunidade para estes países. É preciso que os decisores entendam que a inovação é uma forma de ver o negócio e não apenas a grande descoberta.

Parece defender para Portugal um

modelo misto, baseado na modern-ização dos sectores tradicionais mas também na introdução da alta tecno-logia….

Tenho uma realidade económica que não posso ignorar. Depois tenho uma realidade nova, que é uma utopia: os sectores de alta tecnologia. Demora muitos anos a fazer uma coisa desse tipo. Mas é aí que está o valor acrescentado. Há já 180 casos identi-fi cados de empresas “start up” em Portugal, algumas delas associadas a parceiros inter-nacionais, outras de capital nacional, só na área das novas tecnologias, biomedicina, etc. Só que representam muito pouco no PIB e algumas delas nem vão sobreviver. Há dois movimentos que têm de ser feitos em simultâneo: fazer com que o nosso sec-tor produtivo seja mais competitivo, através de soluções do tipo Agrupamentos Comple-mentares de Empresas (ACE), e apostar ao mesmo tempo em sectores de futuro. Vou dar o exemplo da biotecnologia: em Portu-gal há imensos casos, alguns muito curiosos. O mesmo se passa na área da biomedicina. Simplesmente vai demorar muito tempo até à comercialização dessas experiências. Não posso desligar-me de uma realidade con-creta, da que compõe o produto. Defendo por isso os dois movimentos: uma aposta forte em áreas novas, nas chamadas indús-trias de futuro, mas também nas indústrias que temos, de baixa tecnologia, através de modelos de organização associativa.

Agência Portuguesa para o Investimento é parceiro privilegiado

A Agência Portuguesa para o Investimento (API) é associada da Cotec. Como é que explica essa presença?

A Cotec é uma associação de empre-sas, não necessariamente privadas. O estatuto da API é o de uma empresa de capitais públicos. Tem condições para ser sócia. Por outro lado, as ligações que tem aos quatro ou cinco sectores estruturantes em que queremos apostar fazem dela um parceiro privilegiado.

Qual o papel que a API pode ter na Cotec?

É o mesmo papel que a Cotec pode ter, por exemplo, no desenvolvimento do projecto de turismo no Douro. A Cotec pode ter aí um papel de ligação dos nossos associados da área do turismo. O mesmo acontece com a área das ener-gias alternativas, as eólicas, em que a API também está a trabalhar. A API pro-cura trazer para Portugal investimento estrangeiro e parceiros internacionais. Nós podemos arranjar parceiros nacio-nais para desenvolverem projectos de dimensão, tipo Ford/Volkswagen. Em conjunto, podemos montar esse tipo de operação.

A escala consegue-se ou com mercado – e nós não temos mercado interno sufi cientemente forte – ou então com alianças que permitam, juntamente

com os parceiros, ganhar mercado. Quando me dizem que Portugal não tem hipótese, eu digo o contrário

T E M A D E C A PA / E N T R E V I S TA

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O tempo se encarregará de recompor o nosso produto nacional. Os “clusters” onde já somos fortes têm de se adaptar a uma lógica que permita reter mais valor acres-centado residente, quer na produção quer na exportação. Gostava de ter patentes de residentes. Temos imensos sábios mas não temos patentes registadas nem produtos no mercado.

Essa criação de valor acrescen-

tado residente é independente da ma-nutenção dos centros de decisão?

É importante termos centros de decisão. As pessoas vivem melhor ou pior em fun-ção da riqueza que fi ca no país e da sua distribuição. Quanto melhores forem os centros de decisão nacionais, mais riqueza se distribui e melhor vivem os portugueses. Porque é que a Finlândia é rica? Porque os centros de decisão fi nlandeses são poucos

mas bons. A Nokia não vende só para a Fin-lândia, vende para todo o mundo. Centros de decisão fortes são fundamentais, mas não devem ser protegidos. Têm que resultar da competitividade, dos modelos de gestão e dos modelos de negócio que conduzam à criação e à retenção de valor em Portugal.

A origem do capital é importante? O que é importante é o valor que fi ca

retido cá. O centro de decisão da Siemens Portugal é aqui porque é dona de um cen-tro de excelência que vende o produto a outros. O que é importante é que o capital residente, desejavelmente nas mãos de portugueses, fi que cá e seja repartido pela população portuguesa. Seria bom que os centros de decisão e os centros de excelên-cia estivessem todos nas mãos de portugue-ses. Não podendo ser, o que é importante é que os centros de decisão estejam cá. Se não forem todos portugueses, diria que do mal, o menos.

Como é que os protocolos fi rmados com o Madan Parque [Almada] e com a Universidade da Carolina do Norte ajudam a estratégia da Cotec?

O protocolo com o Madan Parque é orientado para a criação de ACE, só para o cooperativismo empresarial. Permite-nos criar, com as empresas e entidades envolvi-das em determinados sectores, as condições para desenvolver ACE. Com a Universidade da Carolina do Norte, estamos a tentar im-portar um modelo para criar “start ups”. Eles criaram um modelo de associação entre investigadores, empresários e capital de risco que lhes permite transformar con-hecimento residente em “start ups” e ajudar a ultrapassar o “vale da morte”, procurando envolver todas as partes no processo de decisão.

Quais foram os resultados desse modelo na Carolina do Norte?

É um dos casos de sucesso na comu-nicabilidade entre quem investe e o mer-cado. Tiveram uma taxa de sucesso de 80 por cento. É o caso de maior sucesso nos EUA. Vamos fazer um projecto conjunto para Portugal, tentando criar um pólo tec-nológico baseado nesse modelo. O modelo da Carolina do Norte ajuda a resolver dois problemas: a falta de empreendedorismo e a transformação de conhecimento residente em negócio.

Mas nenhum destes protocolos serve a outra missão da Cotec, que é a de convencer os empresários a inve-stirem mais dinheiro em I&D...

Estes convencem as pessoas a investirem e a envolverem-se em projectos de “start ups”. Até fi nal de 2004, vamos tentar criar um modelo de sensibilização para a inova-ção e vamos fazer um encontro de associa-dos para os convencer de que a inovação é a aposta de futuro.

Essa é a parte que pressupõe uma acção de “lobby”…

Essa é a parte da evangelização para a inovação [risos]. Queremos contribuir através de propostas concretas para que as pessoas invistam na inovação em todas as suas componentes. Embora eu esteja convencido, e aqui sou muito prático, que

A Universidade da Carolina do Norte [criou] um modelo de associação entre investigadores, empresários e capital de risco

que lhes permite transformar conhecimento residente em “start ups” e ajudar a ultrapassar o “vale da morte”

T E M A D E C A PA / E N T R E V I S TA

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inovação é mercado e é produto. O conceito de inovação é integral, envolve tudo, mas o grande problema nacional está no facto de que muito do que se faz em Portugal não se transforma. Se eu não tenho produto nem mercado não consigo criar valor nem au-mentar a minha riqueza. Tenho de investir no produto e depois arranjar alguém que o compre. Sempre se falou e sempre se inovou em Portugal. Agora mais do que antes. Só que o nosso ritmo de inovação é mais lento que o dos nossos parceiros europeus. Os outros inovam a um ritmo mais avançado porque têm condições. É a chamada inova-ção incremental. É um trabalho diário e permanente. Depois há a chamada inovação de ruptura, a inovação radical, que é a que muda qualitativamente e no curto prazo as coisas. São as Vias Verdes, os Multibancos e os Mimos. Essa inovação é que é crucial. A incremental faz-se todos os dias e há muita gente a fazê-la em Portugal. Está é mal estudada. Vamos também lançar um programa de conhecimento de “case stud-ies”, porque as pessoas não conhecem o que está a acontecer.

Em relação à inovação que classifi -cou de radical parece que não se pas-sou mais nada em Portugal depois da Via Verde e do Mimo…

Essas são as mais conhecidas. São as que efectivamente mudam a curto prazo. Portugal tem de ter duas ou três apostas do tipo Ford/Volkswagen, tipo Via Verde ou tipo Mimo, em que se cria uma patente

mundial e se ultrapassam fronteiras. A biomedicina e a biotecnologia são também áreas de grandes potencialidades. Não sei se vão gerar a riqueza que gerou uma Via Verde, mas há muita coisa a ser feita. As pessoas têm a ideia de que nada está a ser feito, mas está. O que não se vê é inves-timento estrangeiro a chegar a Portugal. Como o nosso modelo económico mudou, a economia de mão-de-obra barata deixou

de existir, há muitas empresas a saírem de Portugal, sem que sejam substituídas por investimentos novos ou por modelos baseados na média e alta tecnologia e na qualifi cação. Não escondo que a inovação é das coisas mais difíceis onde estive até hoje a trabalhar, em 30 anos de carreira como gestor. É um projecto difícil de agarrar. Mas é muito estimulante. Por aqui pode passar a mudança do país, se tivermos sucesso.

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Nunca se falou tanto em inovação em Por-tugal como nos últimos tempos, em muito devido à necessidade de reorientação do modelo competitivo da economia portugue-sa de um modelo “Recursos Intensivo” para um modelo “Conhecimento Intensivo”.

Os acontecimentos recentes corrob-oram esta situação, com as “Jornadas de Inovação” realizadas pelo Presidente da República que culmi-naram com a cerimó-nia de lançamento da COTEC Portugal, onde foi apelado como novo desígnio nacional “Fazer de Portugal um País de Inovadores e de Inovação”.

O peso do atraso estruturalNos anos 60 e 70 imperavam concepções lineares do processo de inovação, sendo

que na primeira década a tecnologia era vista como gerada num sistema externo à economia e na segunda emergiu a necessi-dade de repensar a relação entre a ciência e a tecnologia. Existia uma fraca coordenação entre políticas e uma ténue ligação inter-in-stitucional.

É nos anos 80 e 90 que emerge uma ver-dadeira política de inovação. A ciência passa

a ser encarada como “fonte de oportuni-dades estratégicas” e a tecnologia é vista como

endógena à economia. Com a consideração do processo de inovação como interactivo, surge o conceito de ‘sistema nacional de inovação’.

Em Portugal, toda esta evolução tem lugar com um grande desfasamento tem-poral. O longo período do Estado Novo e

Indicadores

Como vai a inovação em Portugal?

T E M A D E C A PA / D I A G N Ó S T I C O

C ATA R I N A S E L A D A

E J O S É R U I F E L I Z A R D O *

A economia portuguesa revela um fraco desempenho relativamente à média comunitária em quase todas as variáveis associadas à ciência tecnologia e inovação. O longo período do Estado Novo e a adesão retaradada à CE são os principais factores que marcam o atraso estrutural do país. Só nos anos 80 e 90 emergiu uma verdadeira política de inovação que explica o recente crescimento.

a adesão retardada à CE são os principais factores que marcam o atraso estrutural do nosso país, sendo que o desenvolvimento do sistema científi co e tecnológico viria a resul-tar de um conjunto de tensões e hesitações entre a afi rmação de um sistema nacional e a integração na comunidade europeia e internacional.

Assim, imperou sempre em Portugal uma forte dicotomia entre as intervenções do lado da ciência e ensino superior e da tecnologia e indústria, tendo as verdadeiras políticas de inovação vindo apenas a emergir - de forma tímida - nos anos mais recentes, por exemplo com o PROINOV.

O que dizem os númerosOs indicadores associados à ciência, tecno-logia e inovação revelam um fraco desem-penho da economia portuguesa em relação à média comunitária face à fraca posição de partida do país; apesar disso, o crescimento recente tem-se mostrado bastante signifi -cativo. Será de assinalar a necessidade de aperfeiçoamento da bateria dos indicadores de inovação produzidos a nível nacional e europeu.

No que concerne aos indicadores de

As “Jornadas de Inovação” do Presidente Jorge Sampaio chamaram a atenção para a necessidade de reorientar o modelo de desenvolvimento da economia portuguesa

PAULO PIMENTA

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“input”, a economia portuguesa apre-senta valores de 0,83 por cento em despesa de I&D em relação ao PIB (contra 1,88 por cento da média da UE), sendo que países como a Espanha detêm números de 0,96 por cento, a Irlanda de 1,21 por cento e a Finlândia de 3,37 por cento. A percenta-

gem de despesa executada pelas empresas em Portugal ainda continua a ser diminuta apesar de ter sofrido um salto importante de 1999 (22,7 por cento) para 2001 (32,5 por cento). A média da UE é de 65,5 por cento contra valores de 54,3 por cento para

a Espanha e 72,9 por cento para a Irlanda, fi cando apenas a Grécia numa posição infe-rior com 28,5 por cento.

Portugal detém 4,4 por mil de recursos afectos à I&D em relação à população activa contra 9,9 por mil da média comunitária. No que concerne aos novos licenciados em

ciência e engenharia em por cento da classe etária 25-64 anos, Portugal detém um valor de 6,2 por cento contra 10,3 por cento da média da UE, sendo que a Espanha apre-senta um número de 9,9 por cento, a Irlanda de 23,2 por cento e a Grécia situa-se numa posição inferior com 3,8 por cento. No en-tanto, o capital humano é um dos factores essenciais para o aumento da produtividade, pelo que importa analisar o indicador “Pop-ulação com Diploma de Ensino Superior em por cento da Classe Etária dos 25-64 Anos”, onde Portugal apresenta uma posição des-favorável situando-se em último lugar na Europa dos 15 com 10,17 por cento.

Em termos de indicadores de “output”, podemos falar da percentagem das PME’s

industriais que realizam inovação interna, sendo que Portugal detém um valor de 21,8 por cento contra 44 por cento da média co-munitária, com a Irlanda a apresentar 62,2 por cento e a Suécia 44,8 por cento. Além do mais, de acordo com os dados provisórios do III CIS a proporção total de empresas que introduziram inovação em 1998-2000 foi já de 43,9 por cento, sendo de considerar cerca de 44 por cento empresas inovadoras na indústria e 50 por cento nos serviços, panorama mais favorável que o encontrado no II CIS de 1995-1997. Como comparação, podemos apresentar a Irlanda com cerca de 72 por cento empresas inovadoras na indús-tria e 60 por cento nos serviços.

Apesar da inovação ocorrer em todos os sectores, desde os tradicionais aos de alta tecnologia, podemos observar o indicador de peso do emprego em indústrias de alta e média intensidade tecnológica, sendo que Portugal apresenta também uma fraca per-formance com uma por cento de emprego nestas indústrias de 3,44 por cento contra uma média da UE de 7,6 por cento.

Apesar desta breve análise de alguns indicadores que demonstram um baixo desempenho relativo de Portugal, o que é certo é que temos vindo a assistir a um crescimento signifi cativo das actividades de ciência, tecnologia e inovação nos últimos anos. A taxa média anual de crescimento do investimento em I&D 1995-2000 foi de 9,9 por cento em Portugal, taxa apenas superada pela Grécia (12 por cento) e Fin-lândia (13,5 por cento). A análise detalhada doutros indicadores corrobora este facto com taxas médias anuais no mesmo período de 5,87 por cento para a despesa de I&D em relação ao PIB; 11,92 por cento para a I&D fi nanciada pelas empresas em por cento do output industrial; 13,60 por cento para o n.º de patentes submetidas ao EPO por milhão de habitantes; e 7,33 por cento para o valor acrescentado nas indústrias de média e alta intensidade tecnológica em percentagem do “output” total.

Após dois anos do Conselho Europeu de Lisboa ter defi nido como objectivo estraté-gico “tornar-se o espaço económico mais dinâmico e competitivo do mundo baseado

T E M A D E C A PA / D I A G N Ó S T I C O

Despesa em I&D em % do PIB 0,83% 0,96% 0,68%* 1,21%** 3,37%* 3,78%** 1,88%

% da Despesa em I&D Executada pelas empresas 32,50% 54,30% 28,50%** 72,90%** 70,90%* 75,10%** 65,50%

% da Despesa em I&D Executada pelo Estado 21,40% 15,50% 21,70%** 5,90%** 10,60%* 3,40%** 13,80%

I&D Financiada pelas empresas como % do Output industrial 0,26%** 0,58%** 0,28%** 0,98%** 3,17%* 4,27%** 1,49%

Pessoal Total em I&D (ETI) em ‰ da População Activa 4,40‰ 7,10‰* 5,90‰** 7,30‰** 20,20‰* 15,20‰** 9,90‰

Novos Licenciados em Ciência Engenharia em % da Classe Etária 25-64 anos 6,20%* 9,90%* 3,80%**** 23,20%* 17,80%** 11,60%* 10,30%

Nº de Patentes submetidas ao EPO por milhão de habitantes 4* 21* 6* 70* 283* 306* 139

Inovação interna nas Empresas (% de PMEs Industriais) 21,80%**** 21,60%*** 20,10%**** 62,20%**** 27,40%**** 44,80%**** 44,00%

PMEs que participam em actividades em cooperação (% de PMEs Industriais) 4,50%**** 7,00%*** 6,50%*** 23,20%**** 19,90%**** 27,50%**** 11,20%

Capital de risco nas fases Semente e Start-up em ‰ do PIB 0,13‰ 0,17‰ 0,24‰ 0,33‰ 1,03‰ 1,02‰ 0,45‰

% de Valor Acrescentado das Indústrias de Alta e Média Teconologia como % do Output Total 4,00%** 5,56%* 1,74%* n.d. 9,99%* n.d. 7,77%

Emprego em Indústrias de Alta e Média Teconologia como % do Emprego Total 3,44%* 5,37%* 2,20%* 6,94%* 7,22%* 7,90%* 7,60%

“*2000; **1999; ***1998; ****1996”

“Fonte: CE (2002), “”Key Figures 2002 - Science, Technology and Innovation””; OCT, Inquéritos ao Potencial Científi co e Tecnológico Nacional; Inquéritos Comunitários à Inovação em Portugal; CE (2002), Painel Europeu de Inovação”

O MAPA DA INOVAÇÃO Portugal Espanha Grécia Irlanda Finlândia Suécia Média UE

O ex-primeiro-ministro, António Guterres, na foto com o presidente da

Comissão Europeia, Romano Prodi, foi o anfi trião do Conselho Europeu de Lisboa

que defi niu como objectivo fazer da UE o espaço mais competitivo do mundo

numa década

ADRIANO MIRANDA

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A razão industrial,A paixão automóvelA Faurecia é um dos maiores fornecedores de equipamentos para a indústria automóvel e um dos líderes mundiais nos seis principais módulos: bancos; painéis de instrumentos e cockpit; painéis e módulos de porta; revestimentos acústicos e tapetes; bloco frontal e sistemas de escape.

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no conhecimento...”, a UE vem estabelecer uma meta para a despesa de I&D em por cento do PIB de 3 por cento para 2010 contra os cerca de 1,9 por cento da média comunitária em 2000.

No entanto, de acordo com uma análise linear (e apesar de investigação não se con-fundir com inovação), para que Portugal atinja tal objectivo, o indicador despesa de

I&D/PIB terá que crescer a uma taxa média anual de cerca de 15 por cento entre 2000 -2010! Sendo que a taxa média anual de crescimento de 1995-2001 rondou os 6,6 por cento (apesar da tendência de crescimento notória com uma taxa de 9,2 por cento de 2000-2001).

Apesar de algumas tendências positivas expressas nas estatísticas, muito há ainda por fazer em matéria de inovação em Por-tugal. E não basta estabelecer metas, é ne-cessário traçar o caminho para as atingir...

Pistas para a Política de InovaçãoÉ necessária uma política de inovação

assumida como transversal à economia e à sociedade e que reconheça a sistematicidade e abrangência do conceito de inovação. É essencial que seja uma política focalizada e selectiva para evitar dispersão de esforços e sobreposição de iniciativas.

Deve ter ênfase empresarial e promover estratégias de mercado, através da valoriza-ção de “clusters” induzidos por dinâmicas sectoriais ou tecnológicas chave da eco-nomia. Deve promover o relacionamento internacional da economia portuguesa no contexto europeu e global, valorizando em simultâneo especifi cidades regionais. Deve interagir com outros domínios políticos, nomeadamente com a política industrial e de desenvolvimento regional, exigindo uma forte coordenação de políticas. Por fi m, é uma política que ocorre numa escala temporal relativamente longa, não devendo depender de ciclos políticos.

Esta política de inovação deve ser coor-

denada ao mais alto nível político, através da UMIC, e deve ser suportada numa es-tratégia e num plano operacional para a inovação. A aposta no desenvolvimento de novos e melhores produtos deve ser o alvo essencial do plano de acção para a inovação, sendo o termo ‘produto’ entendido de forma ampla, incluindo aspectos de concepção, fabrico e comercialização.

Se esta política de inovação for efectiva, com uma correcta coordenação de instru-mentos e articulação de actores, talvez Por-tugal consiga recuperar o atraso estrutural ... e fazer da inovação o suporte do seu mod-elo de desenvolvimento.*INTELI – Inteligência em Inovaçãoartigo publicado no suplemento de Economia do PÚBLICO de 12/05/2003

Para atingir, em 2010, a meta de três por cento do produto

interno bruto para a despesa em investigação e desenvolvimento,

Portugal precisa que esse indicador cresça a uma taxa média

anual de 15 por cento, contra os 6,6 por cento registados no

período entre 1995-2001

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T E M A D E C A PA / S O L U Ç Õ E S

Portugal contínua a apresentar um nível de produtividade, medido pelo PIB per capita, de cerca de 75 por cento da média da União Europeia. Este facto baseia-se numa baixa produtividade horária quando comparada com as outras economias da comunidade e numa elevada utilização exten-siva de recursos. Neste sentido, de acordo com a análise de Conceição (2003), mesmo o processo de “catching-up” que o nosso país tem atravessado ao longo dos últimos 15 anos deveu-se menos a um aumento da produtividade (que ocorreu em menor esca-la do que noutros países) mas mais a uma uti-lização extensiva dos recursos disponíveis. Este

trajecto começa agora a apresentar rendimen-tos decrescentes, senão mesmo a esgotar-se.

O modelo de desenvolvimento da economia portuguesa tem vindo a basear-se, desta forma, num modelo “recursos intensivo” com ênfase na produção e no investimento (material),

cuja especialização in-ternacional se centra em actividades de transfor-mação de baixo e médio

valor acrescentado e de fraca qualifi cação, onde as redes de subcontratação são determinantes e as actividades de investigação e desenvolvim-ento têm tido um papel secundário.

A aposta na inovação é a única estratégia sustentável para Portugal poder desenvolver-

Prioridades

Roteiro para um paísque quer ser inovadorOs desafi os da política de inovação passam por apostar na intersecção de sectores horizontais na lógica do produto e da tecnologia e que detêm maior desempenho e “força mobilizadora” para levar a cabo projectos estruturantes. O objectivo é a criação de novos produtos, valorizados e credibilizados no exterior, como concebidos em Portugal

C ATA R I N A S E L A D A

E J O S É R U I F E L I Z A R D O *

se a um ritmo que lhe permita atingir os níveis de desempenho económico dos países mais desenvolvidos.

De acordo com o “2º Relatório sobre a Coesão Económica e Social” (CE, 2000), a inovação é o meio mais efi caz através do qual as regiões menos desenvolvidas se podem adaptar às condições de competitividade da economia global. O “Painel Europeu de Inovação” vem corroborar esta afi rmação sugerindo a existên-cia de uma relação positiva entre o desempenho inovador de uma região e o seu desempenho económico. Por fi m, a comunicação recente da Comissão sobre “Política de Inovação” (CE, 2003) fala de uma “...insufi ciência da actividade inovadora como um factor chave subjacente ao desempenho inferior em termos de crescimento da produtividade e competitividade.”

Torna-se, assim, premente a reorientação do modelo de desenvolvimento da economia portuguesa para um modelo “conhecimento intensivo” baseado na inovação e na qualifi ca-ção e centrado na criação e adopção de novos produtos, serviços e tecnologias (Ver fi gura pág. 18).

Apesar das tendências positivas assinaláveis nos últimos anos, é já unanimemente reconhe-cido o fraco desempenho relativo de Portugal em matéria de inovação expresso quer nos inquéritos ao potencial científi co e tecnológico nacionais (IPCTN) e nos inquéritos comuni-tários à inovação (CIS) quer nos resultados recentes do “Painel Europeu de Inovação” (CE, 2002) – de notar o reconhecimento, já expres-so pela CE, da necessidade de aperfeiçoamento das estatísticas de inovação existentes.

O calçado português soube mudar e inovar através de um processo de acção colectiva, com forte contributo da associação e do centro tecnológico do sector

PEDRO CUNHA

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Estamos perante uma situação típica de “falha de mercado” (ou melhor, “falha de sistema”) que exige a intervenção das políti-cas públicas, sendo necessário um conjunto de apoios que empurrem as empresas para o circulo virtuoso da inovação e do aumento da produtividade e competitividade.

Política pública de apoio à inovaçãoA Política de Inovação traduz-se num conjunto de iniciativas públicas orientadas para au-mentar o volume e a efi ciência das actividades inovadoras, sendo estas a criação, a adaptação e a adopção de novos ou melhores produtos, processos ou serviços (CE, 2000).

A natureza multidimensional do processo de inovação – caracterizada pelo seu carácter sistémico e abrangente - tem uma infl uência decisiva na política de inovação que nem sem-pre tem sido compreendida aquando da sua concepção e implementação. Além do mais, a empresa encontra-se no centro do processo de inovação, “pelo que o efeito fi nal da política de inovação deve refl ectir-se nas empresas: no seu comportamento, nas suas capacidades e no seu quadro operacional.” (CE, 2003).

Existem três dimensões essenciais nas políticas públicas com refl exos importantes em termos de inovação e que devem ser tomadas em conta no debate acerca do crescimento da produtividade e competitividade (CE, 2003), a saber:

- A política que infl uencia as capacidades de inovação e o comportamento das empresas

pode ser determinada a nível local, nacional, comunitário ou mesmo global (“governância” política”);

- Muitos elementos que afectam a inovação são comuns a diversos sectores industriais, embora o seu peso relativo varie de acordo com as respectivas características particulares: no entanto, alguns sectores detêm especifi cidades tão marcadas que exigem respostas políticas peculiares;

- Frequentemente, a política de inovação tem que ser induzida através de outras políti-cas, por forma a ter em conta a diversidade de factores que infl uenciam a inovação nas empresas.

Os desafi os actuais da política de inovação em Portugal, enquanto política transversal, prendem-se essencialmente com a ausência da interiorização das noções de sistemati-cidade e abrangência da inovação e da ênfase empresarial, dimensão sectorial, “governância política” e interacção com outros domínios políticos da política de inovação. Apesar da mudança entretanto operada, há que recorrer à história para perceber o passado e perspectivar o futuro: de facto, imperou sempre no nosso país uma forte dicotomia entre as intervenções do lado da ciência e ensino superior e as inter-venções do lado da tecnologia e indústria em termos do fomento da inovação, tendo as ver-dadeiras políticas de inovação vindo apenas a emergir de forma tímida nos últimos anos com a noção de ‘sistema nacional de inovação’.

As políticas de inovação podem ser aferidas

em termos de três vectores essenciais, a saber: coordenação e convergência de actores, estra-tégia de inovação com prioridades e eixos de intervenção e programas ou planos de inova-ção e respectivos instrumentos de suporte. Observando os primeiros factores, podemos tentar classifi car as políticas de inovação ao nível da União Europeia, como forma de perce-ber a evolução e posicionar Portugal, segundo

o nível de coordenação da política e o grau de agregação da estratégia (UMIC, 2003). – Ver fi gura pág.20

Neste sentido, em termos de coordenação, teremos desde um modelo disperso onde as-sumem a coordenação da política várias ➜

Os desafi os actuais da política de inovação em Portugal,

enquanto política transversal, prendem-se, essencialmente,

com a ausência da interiorização das noções de sistematicidade

e abrangência da inovação e da ênfase empresarial, dimensão

sectorial, “governância política” e interacção com outros domínios políticos da política de inovação

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entidades e Ministérios responsáveis (maior parte dos países candidatos à adesão); um modelo repartido, com a coordenação geralmente a cargo de dois Ministérios como a Economia/Indústria e a Ciência/Tecnologia ou do Governo Central e estruturas regionais (França e Alemanha); e um modelo do actor dominante, onde a coordenação é exercida na dependência do Primeiro Ministro ou de um Ministério/Conselho (Irlanda, Reino Unido e Finlândia). No que concerne ao grau de inte-

gração da estratégia, podemos ter um modelo de medidas dispersas de inovação (maior parte dos países candidatos à adesão); um modelo de programas ministeriais (Alemanha e Hol-anda); e um modelo de criação de programas nacionais de inovação (Irlanda, Reino Unido e Finlândia).

Conforme afi rmou recentemente a CE (2003), “... a UE aconselha que os Estados Membros devem constituir e reforçar as suas estratégias de inovação nacionais, adoptando uma abordagem de coordenação com todos os órgãos da Administração Pública cujas áreas de responsabilidade tenham implicações para as condições necessárias para a inovação (...) devendo ser assegurada a coordenação ao mais alto nível político...”.

Portugal tem vindo a desenvolver esforços no sentido de conseguir atingir formalmente um modelo de coordenação ao mais alto nível aliado

a uma estratégia nacional de inovação. Neste sentido, foi criada a Unidade de Missão Inova-ção e Conhecimento (UMIC), na dependência directa do Ministro Adjunto do Primeiro Ministro, que tem como objectivo operaciona-lizar os mecanismos e instrumentos de efectiva promoção e criação de um ambiente favorável à inovação. Além do mais, foi conceptualizado um Programa Integrado de Apoio à Inovação (PROINOV) que apresenta um conjunto de eixos estratégicos e medidas prioritárias a nível

nacional de promoção da inovação.No entanto, as alterações não se conseguem

por decreto. Torna-se necessário passar à actuação junto dos agentes económicos e so-ciais e, essencialmente, do tecido empresarial, com a produção e demonstração de resultados concretos.

Prioridades de política e “clusters” de inovaçãoNo sentido de passar da conceptualização da estratégia e da acção formal e administrativa à intervenção no sistema nacional de inovação, urge destacar a importância da focalização da política de inovação. De facto, torna-se ne-cessário estabelecer prioridades em termos de programas e acções de inovação, sob pena de prevalecer a dispersão de esforços e a sobre-posição de iniciativas. Isto é particularmente importante numa situação de transição de

modelo de política de inovação e de tenta-tiva de convergência de actores no sentido da prossecução de objectivos e metas comuns.

Ao nível da focalização da política de inova-ção, gostaríamos de destacar três factores de-terminantes na defi nição das linhas essenciais de um plano de acção para a inovação e que, de certa forma, se encontram associados aos conceitos e dimensões da política pública já referidas e destacadas pela CE, a saber:

- A inovação tem uma natureza sistémica e está ligada à geração e criação de valor quer a nível tecnológico como organizacional e em-presarial, sendo as empresas o actor central do processo de inovação.

- A inovação deve ser contextualizada num determinado espaço local, regional e/ou nacio-nal em articulação com a vertente europeia e a sua interacção global, sendo as parcerias inter-nacionais um aspecto essencial da promoção da inovação.

- A inovação ocorre mais frequentemente através do estabelecimento de ligações, acor-dos de cooperação e redes entre um vasto leque de empresas e outras entidades, dado que a competitividade dos sectores reside na capaci-dade de aceder e usar conhecimento e tecnolo-gia desenvolvido numa ampla e alargada gama de instituições que se constituem como “bases distribuídas de conhecimento” (Heitor, 2003).

Por todos estes motivos, a abordagem de “clusters” traduz-se numa metodologia impor-tante de estímulo à inovação e, consequent-emente, à competitividade das regiões e eco-nomias. A OCDE (2001) defi ne “clusters” como redes de empresas fortemente interdependen-tes, ligadas entre si numa cadeia de produção de valor acrescentado. Podem também inte-grar alianças estratégicas com universidades,

Aquisição e adopção de tecnologia disponível Produção e desenvolvimento de tecnologia Acumulação de capacidade produtiva Criação e desenvolvimento de novos produtosTecnologia e Ênfase na engenharia de processo/produção Ênfase na engenharia do produto/concepçãoCompetitividade Predomínio de grandes empresas Criação de novas empresas Importância da escala dos investimentos materiais Importância dos investimentos imateriais complementares

Recursos Humanos e Valorização da experiência dos gestores/ trabalhadores Valorização da criatividade e energia dos gestores/ trabalhadoresQualifi cações Importância do baixo custo de mão de obra Importância da qualifi cação dos recursos humanos Reduzido grau de diferenciação dos recursos Elevada especialização dos recursos humanos

Dinâmica de Especialização Especialização assente em sectores tradicionais Especialização centrada em sectores estruturantes Baixa intensidade tecnológica, mão de obra intensiva e competitividade assente Elevada intensidade tecnológica, horizontalidade, carácter pluritecnológico no baixo custo salarial e multisectorialidade Reduzidos efeitos multiplicadores para a globalidade do tecido empresarial Efeitos multiplicadores para sectores de menor intensidade tecnológica

Estado e Centros de decisão nas empresas e universidades (concertação estratégica Estado-empresas) Centros de decisão em parcerias público-privadas Empresas Estado protector das empresas e dos mercados Estado regulador/facilitador e empreendedor Proteccionismo dos mercados Funcionamento dos mecanismos concorrenciais Individualismo empresarial Cooperação inter- empresarial Papel tradicional das universidades, institutos tecnológicos e associações Espaço para actuação de novos actores na sociedade civil em parceria público-privada

Políticas e Desarticulação entre a política industrial, de ciência e tecnologia e de desenvolvimento regional Promoção da articulação entre a política industrial, de ciência e tecnologia Instrumentos e de desenvolvimento regional Captação de investimento directo estrangeiro de forma reactiva e pouco selectiva Atracção e ancoragem de IDE estruturante de forma proactiva e criação de e sem ligações à economia local condições de atractividade a montante “Justifi cação “”contabilística”” das contrapartidas associadas às grandes compras públicas” Dinamização de sistemas de contrapartidas enquanto instrumentos de política pública Inexistência ou dispersão de mecanismos efi cazes de capital de risco Criação de redes de capital de risco Fragmentação dos mercados Promoção de mecanismos de fusões e aquisições inter-empresas Sociedade de Informação como um fi m em si mesmo Sociedade de Informação como um meio (instrumento de competitividade e inovação)

REORIENTAÇÃO DO MODELO DE DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA PORTUGUESA Características “Modelo “”Recursos Intensivo””” “Modelo “”Conhecimento Intensivo””” Investimento Inovação

T E M A D E C A PA / S O L U Ç Õ E S

As alterações não se conseguem por decreto. Torna-se necessário passar à actuação junto dos agentes económicos e sociais e, essencialmente, do tecido

empresarial, com a produção e demonstração de resultados concretos

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institutos de investigação, serviços às empresas intensivos em conhecimento, instituições de interface e clientes. De acordo com A. Mateus (DE, 17/02/03), um “cluster” é um modelo de efi ciência colectiva em que um conjunto de empresas, instituições e uma certa forma de articulação entre os sectores público e privado têm infl uência económica, considerando-o um fenómeno territorializado.

Neste sentido, os “clusters” poderão funcio-nar como o palco privilegiado para a dinamiza-ção de uma política de inovação. Numa lógica de focalização, estes poderão emergir ou desen-volver-se a partir do cruzamento de dinâmicas sectoriais, tecnológicas e regionais, que:

- Tenham tido ao longo da história ou ven-ham a demonstrar um desempenho assinalável em matéria de competitividade, produtividade, ligação internacional e inovação através da disseminação de “casos de sucesso” e que apresentem uma “força mobilizadora” interna. Podemos falar de sectores novos ou da trans-formação dos já existentes (desfazendo a ilusão da “dicotomia” sectores de ponta vs. sectores tradicionais). Neste âmbito, será de assinalar a dinâmica do calçado enquanto sector denomi-nado tradicional, mas que teve capacidade para mudar e inovar através de um processo de acção colectiva e com forte contributo da as-sociação do sector e do centro tecnológico.

- Apresentem características intrínsecas que potenciem e exponenciem a rapidez da difusão dos efeitos demonstradores e de arrasta-

Pistas para projectos e acções de inovaçãoProgramas de apoio a intervenções sectoriais estruturantes Pretendem facilitar a identifi cação pelos secto-

res críticos, nomeadamente horizontais na lógica do produto e da tecnologia, das suas fragilidades e potencial endógeno com vista ao lançamento de projectos mobilizadores de investigação e desenvolvimento tecnológico, formação de recursos humanos e promoção da indústria nacional, em ligação com parcerias internacionais.

Programas de valorização de produtos inovadores portugueses Abrangem o apoio e incentivo à valorização e credibilização de produtos portugueses no exterior através da afi rmação de marcas nacionais. O teste de tais produtos no mercado nacional como mercado piloto, caso tal seja possível, poderá ser uma ideia a explorar, criando oportunidades de negócio internas – por exemplo, através da promoção de uma contratação pública efi ciente aberta e competitiva, assumindo-se o Estado como consumidor importante de produtos e serviços inovadores (CE, 2003). O EURO 2004 teria sido uma boa oportunidade para a aquisição pública de produtos e serviços portugueses e para o estimulo à inovação. Outro instrumento essencial será a utilização dos sistemas de contrapartidas como forma de facilitar a integração de produtos nacionais em redes de distribuição inter-nacional.

Programas de apoio à valorização de áreas tecnológicas horizontais Abrangem o apoio ao desenvolvimento e valorização do conhecimento associado a áreas tecnológicas horizontais com vista à sua integração em produ-tos de empresas de sectores industriais mais maduros. Inclui-se aqui o suporte a arranjos organizacionais como a criação de novas empresas proprietárias de tecnologia, a promoção de consórcios ou parcerias tecnológicas entre empresas industriais e novas empresas proprietárias de tecnologia, entre outras formas de apropriação com vista à criação de novos ou melhorados produtos.

“Programas de apoio a pólos de inovação e conhecimento regionais Integram o apoio ao desenvolvimnto de pólos regionais de inovação e conhecimento, onde interagem empresas âncora de sectores integradores numa lógica de produto, novas empresas proprietárias de tecnologia; investimento directo estrangeiro; infra-estruturas tecnológicas e de inovação; instituições de ensino e formação; e entidades fi nanceiras (rede de capital de risco). Estes pólos traduzem-se em ambientes privilegiados de geração, valorização e difusão de conhecimento com vista à promoção da inovação e da competitividade das regiões e das economias numa lógica sectorial.”

A política e o plano de inovação deverão ainda actuar ao nível dos instrumentos de apoio à inovação, como a qualifi cação de recursos humanos para a inovação, o fomento do fi nanciamento à inovação e a promoção de redes de cooperação para a inovação, aqui não abordadas de forma directa.

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T E M A D E C A PA / S O L U Ç Õ E S

mento para a globalidade do tecido empre-sarial. Tais especifi cidades integram sectores de natureza horizontal na lógica do produto e que sejam, por excelência, integradores de tecnologias. Este é o caso típico do sector automóvel que se traduz numa indústria que atravessa horizontalmente diversos sectores de actividade – desde o têxtil à metalomecânica - lidando com uma multiplicidade de tecno-logias, competências e processos organizacio-nais com vista à produção de componentes, módulos e sistemas numa lógica de produto complexo e global.

- Derivem de áreas tecnológicas horizontais que possam ser integradas e/ou valorizadas em ou como produtos, como é o caso das tecnolo-gias de informação e comunicação. As aplica-ções destas tecnologias têm um potencial am-plo e abrangente nas mais variadas indústrias, desde a têxtil aos moldes, através da respectiva incorporação nos seus produtos ou produção de bens de equipamento. Outro exemplo situa-se ao nível da aplicação da biotecnologia nas áreas da saúde. Além do mais, são tecnologias emergentes que podem ser, elas próprias, valo-

rizadas como produtos através da criação de novas empresas proprietárias de tecnologias.

De destacar a da ocorrência da inovação não só através da ligação entre empresas do mesmo sector de actividade, mas também através da interacção sectorial, isto é, “quando uma empresa aproveita uma ideia de outro sector empresarial, adaptando-a para a utili-zar nos seus processos de produção ou no seu mercado” (CE, 2003). Os exemplos dados pela Comissão referem a utilização na indústria au-tomóvel de materiais de elevado desempenho, originalmente desenvolvidos para aplicações aeroespaciais, assim como a difusão dos pro-jectos assistidos por computador nas indústrias têxtil e de vestuário.

Apostar em dinâmicas com as característi-cas referidas – natureza horizontal numa lógica de produto e tecnologia - e estando cumprida a primeira condição – bom desempenho e força mobilizadora – não signifi ca hierarqui-zar sectores, mas sim encurtar o processo de desenvolvimento da capacidade de inovação, produtividade e competitividade da economia portuguesa.

Ainda falando de focalização, não é possível falar de dinâmica de inovação sem apostar, no seio de cada “cluster” (ou dinâmica secto-rial), num Projecto Estruturante para o seu desenvolvimento, anulando as respectivas fragilidades e potenciando o alcançar dos seus objectivos estratégicos. Tratam-se de inicia-tivas mobilizadoras de actores e indutoras da convergência de instrumentos de políticas. A título de exemplo, poderemos destacar inicia-tivas desta natureza no sector automóvel com o Projecto P3 – “Captação de Investimento Directo Estrangeiro Estruturante no Sector Automóvel” e na área das tecnologias da infor-mação e comunicação com o Projecto “Cidades e Regiões Digitais”.

No entanto, uma questão se levanta: Sendo as empresas os actores centrais do processo de inovação mas existindo aí a nível individual uma “falha de mercado”, quem liderará o pro-cesso de implementação da estratégia e do plano de acção para a inovação? Se ao nível da política pública o actor se encontra formalizado do ponto de vista da estrutura organizativa do Governo, onde estará a “força o mobilizadora” de que falávamos do lado das estratégias em-presariais – e que se constitui como essencial para o sucesso deste processo em construção? Nas empresas âncora? Nas redes de coopera-ção inter-empresariais? Nas associações em-presariais? Nos centros tecnológicos sectoriais? ... Agora escolha – e que desta vez prevaleça o mérito e a vontade de mudar as empresas, as instituições e o país.*Inteli – Inteligência em Inovação, Centro de Inovação

ReferênciasCE (2000), 2.º Relatório da Coesão Económica e Social, CECE (2002), Painel Europeu de Inovação, CECE (2003), Política de Inovação: Actualizar a Abordagem da União no Contexto da Estratégia de Lisboa, CEConceição, P. (2003), Produtividade e Inovação: Teoria e Alguma Evidência Relativa a Portugal, Economia e Prospectiva, GEPE-ME, Mar. 2003Filipe, C. (2003), Em Portugal as Políticas Públicas são Defi nidas com Pouco Rigor e Competência, in Diário Económico, 17 de Fev. 2003OCDE (2001), Innovative Clusters: Drivers of National Innovation Systems, OCDE

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T E M A D E C A PA / E X E M P L O S

Sectores tradicionais

IberomoldesMoldando o futuroO sector dos moldes é um dos poucos onde os portugueses dão cartas. A Iberomoldes, empresa constituída em 1975, na Marinha Grande, para operar no sector dos moldes, objectivo que se tem alargado ao fabrico de produtos de plástico, é um dos ícones do sec-tor, com vendas anuais de 60 milhões de eu-ros, metade para exportação. A empresa tem 1100 colaboradores, 350 afectos aos moldes (nos EUA e no Japão as empresas do sector empregam em média cerca de 30 pessoas) e dez à actividade de I&D, área onde a empresa

gasta três por cento do seu volume de factu-ração global. “Mas é um investimento que apenas inclui a investigação interna, já que aquela que é realizada para fora é paga pelo cliente”, sublinha Henrique Neto, presidente da Iberomoldes. Nas vinte sociedades que compõem a Iberomoldes, estão empresas de engenharia ou de produto, de “design” e de protótipagem. Os moldes são já uma parte de uma cadeia, ou “cluster”, que tende não só a fabricar moldes, mas antes a oferecer produtos fi nais. Neto destaca três produtos nacionais que receberam o contributo do grupo em ter-mos de inovação: o Sun Cook (Solar Oven); as cofragens cilíndricas para pilares; a ecoboxes, Lages Fungiformes.

A Samsonite é um dos clientes “históricos” da Iberomoldes, para a qual desenha e projecta

Empresa

Dez mestres a inovaras malas que o grupo americano vende. “Aqui em Portugal desenvolvemos, recentemente, uma tecnologia nova de fabrico de malas: injec-támos plástico sobre tecido, o que nunca tinha sido realizado em parte nenhuma do mundo.” Uma inovação que Henrique Neto designa de ruptura. A colaboração com a universidade é outro dos segredos do sucesso da Iberomoldes. A empresa portuense Prónefro “encomen-dou-nos um novo sistema de transfusão de sangue”, desenvolvido em colaboração com a INEGI e a Universidade do Minho. Recente-mente, a empresa do ex-deputado socialista foi contactada pela Boeing, que procura “peças e componentes de materiais não apenas me-tálicos, para retirar peso aos aviões”. O grupo americano procura “uma aproximação à esté-tica e às técnicas do sector automóvel, onde já temos experiência, e que evoluiu muito mais que a aeronáutica”. “É um trabalho que tem sobretudo importância futura, pois permite crescer na cadeia de valor”, diz o industrial. Cristina Ferreira

RamirezCada cliente seu paladarA empresa de conservas Ramirez & Cia (Fil-hos) está a desenvolver experiências de “afi -nação” de sabor dos seus produtos enlatados de forma a agradar ao paladar japonês. Em curso estão testes de degustação para apurar as tradicionais conservas de sardinha, lulas e polvo, “temperando-as” com extractos de peixe, algas ou cogumelos, mais próximos da gastronomia daquele país. Agradar ao con-

Segundo a Comissão Europeia, as empresas encontram-se no centro do processo de inovação, pelo que o efeito fi nal da política de inovação deve refl ectir-se nas empresas, no seu comportamento, nas suas capacidades e no seu quadro operacional. Existem já no país estratégias empresariais de sucesso nesta matéria. O PÚBLICO seleccionou para si alguns casos de excelência, cujo exemplo deve ser seguido

MANUEL ROBERTO

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sumidor é a primeira etapa da estratégia de penetração no imenso mercado japonês.

Os estudos de gosto e métodos comerciais têm sido uma constante da história de 150 anos da empresa, que é a mais antiga conser-veira do mundo em actividade. A Ramirez foi revolucionária em Portugal na adopção dos princípios científi cos de Pasteur na conserva-ção dos alimentos, mas também no lançamen-to do primeiro galeão sardinheiro a vapor, na organização cooperativa do sector das conser-vas e na “invenção” das latas de abertura fácil. Foi, ainda, a primeira conserveira portuguesa a exportar os seus produtos. Actualmente, as exportações respondem por 40 por cento das vendas da Ramirez – aliás, foi graças ao mercado externo que a empresa cresceu dos cerca de 15 milhões de euros de vendas em 2001 para resultados de 20 milhões de euros em 2002.

Para além do estudo da condimentação das conservas para o mercado japonês, a Ramirez está também a proceder a testes com as latas – integralmente escritas em japonês – e com os nomes com que poderão ser comercializa-dos os produtos (em princípio conservas de sardinha, atum, lulas, polvo e almôndegas.

Com esta experiência, a conserveira repete a sua fórmula de negociar um dos mais tradi-cionais produtos de exportação nacionais – a sardinha de conserva – em mercados tradicio-nalmente desligados deste género alimentício: a porta aberta para os consumidores do mun-do árabe foi a adopção de uma nova marca

(AL Fares), pelo que a Ramirez admite fazer novas alterações aos nomes dos seus produ-tos, adaptando-os à fonética japonesa.

A nível promocional, a Ramirez poderá contar com um precioso apoio da cadeia televisiva Fuji TV. Uma equipa daquela emis-sora já se deslocou a Portugal para preparar o trabalho, que será apresentado por um conhe-cido actor japonês. A Ramirez é uma empresa familiar que remonta a 1853 e vai actualmente na quinta geração, tendo desenvolvido a sua actividade industrial por todo o país — Vila Real de Santo António, Olhão, Albufeira, Peniche, Setúbal e Matosinhos. Rita Siza

RenovaPapel pioneiroA marca portuguesa Renova tem-se multi-plicado em inovações para construir uma imagem que faça frente aos gigantes multi-nacionais do sector do “tissue” (guardanapos, lenços e outros produtos similares em papel) nos mercados estrangeiros: as americanas Georgia Pacifi c e Kimberly-Clark. A estraté-gia passa por fazer chegar a esses mercados – nomeadamente o espanhol e o francês – produtos inovadores, ao mesmo tempo que se consolidam tácticas publicitárias para lá dos cânones tradicionais. Resultado: um em cada três espanhóis compra produtos Renova, os quais estão já presentes nos principais canais de distribuição daquele país (Continente,

Corte Inglês, Pryca, Alcampo e Auchan), pre-vendo-se que o mesmo aconteça em breve com os franceses. E quanto à realidade nacional? A Renova lidera, com 40 por cento de quota total do “tissue” comercializado.

O exemplo mais recente de inovação da Renova é o das linhas de rolos de papel higié-nico humedecido e enriquecido com micro-gotículas de creme, ambas lançadas em Abril em Portugal, Espanha e França. O produto é pioneiro (a Scottex, a primeira rival a re-sponder, levou quase seis meses para oferecer um produto similar) e fruto duma investigação de dois anos levada a cabo pela Renova, em-presa do Grupo Almonda SGPS, cujos custos de produção foram orçados em três milhões e meio de euros em estudos e equipamentos.

Em França, a Renova é já vista como uma espécie de Astérix, um pequenino mas ir-redutível e audaz guerreiro europeu que recusa a hegemonia norte-americana. E não se pense ser “batalha” de pouca monta: o mercado do “tissue” vale 730 milhões de euros em França, 630 milhões de euros em Espanha e 140 mil-hões de euros em Portugal.

A Renova apostou numa investigação tecnológica própria com vista à inovação dos produtos, o que foi feito na área da aromacolo-gia, de fi bras de elevada absorção e resistência, assim como de um cada vez maior recurso a melhores fi bras naturais, o que conduziu à criação do primeiro rolo de papel higiénico dermatologicamente testado.

Havia também que imprimir uma estratégia

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T E M A D E C A PA / E X E M P L O S

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forte de comunicação, para dar visibilidade a essas inovações. Esta estratégia registou agora mais um passo em frente, ainda mais ousado, com a campanha do papel humedecido que se espalhou por Portugal, Espanha e França, e que valeu à marca o prémio TOPCOM d’OR (atribuído no mês passado, na Câmara de Co-mércio e Indústria de Paris). A revista francesa “Photo” fi cou fascinada: deu duas páginas à campanha e chamou-lhe revolucionária. Dulce Furtado

VitrocristalParceiros para a globalizaçãoDezanove empresas do vidro da região da Marinha Grande resolveram levar à letra o que dizem os manuais de gestão e consti-tuíram uma parceria para a internacionaliza-ção. Assim nasceu a Vitrocristal, associação de empresas produtoras de vidro da Marinha Grande, constituída no fi nal da década de 90, num momento em que a indústria se encon-trava em crise. No mercado nacional, as em-presas mantiveram as suas marcas próprias e continuaram a concorrer entre si. Lá fora, criaram uma marca-chapéu, a “mglass”, e com ela atacaram mais de 25 mercados, com destaque para os Estados Unidos, Espanha e Inglaterra.

O projecto da Vitrocristal, além da criação de uma nova marca, destina-se a reduzir cus-tos e a aumentar a capacidade de produção das empresas vidreiras da região, através da exploração de novos mercado. Novos produ-tos, de “design inovador”, foram concebidos por mais de 50 “designers”, nacionais e es-trangeiros. A nível local, foram celebrados protocolos com a região de turismo de Leiria-Fátima, que criou a Rota do Vidro para melhor diversifi car a oferta turística da região.

A Vitrocristal tem sido apontada como um bom exemplo da criação de alianças para melhor exportar a produção nacional e superar a falta de dimensão do mercado e das empresas portuguesas. O Presidente da República, Jorge Sampaio, incluiu-a nas jornadas da Inovação realizadas em Abril, procurando chamar a atenção para aquilo que está a ser feito na Marinha Grande. Incen-tivou, na altura, as empresas a associarem-se para ganharem escala e melhor chegarem aos mercados internacionais. Mas foi o próprio presidente da associação, Carlos André, quem explicou ao Presidente que “o projecto só faz

sentido se até 2006 a Vitrocristal ganhar auto-sufi ciência fi nanceira”. A experiência, apesar de também ela ser inovadora, está ainda longe de constituir um sucesso. Clara Teixeira

VulcanoEsquentador inteligenteDetida na totalidade pelo grupo Bosch desde 1998, a unidade da Vulcano em Cacia, Aveiro, afi rmou-se como o centro de competências mundial de esquentadores da multinacional alemã. A empresa é líder na venda de esquen-tadores na Europa, onde detém uma quota de 40 por cento do mercado, e exporta os seus produtos para mais de 50 países. Em 1996, a Vulcano inovou com o lançamento do chama-do esquentador inteligente, um produto com características únicas de ignição automática que demorou cerca de três anos a ser copiado pelos concorrentes. Hoje, os esquentadores inteligentes, entretanto objecto de mais inova-ção, representam um pouco mais de metade da produção da fábrica de Cacia.

A Vulcano foi fundada em 1977 por um grupo de dez investidores de Aveiro, que obtiveram uma licença tecnológica do grupo Bosch para a produção em Portugal, quase em regime de “franchising”, dos esquentadores da marca Junkers. Em 1986, data da adesão à Comunidade Europeia, a fábrica de Cacia pro-duzia apenas 50 mil unidades por ano. Cientes dos riscos do mercado único, os fundadores encontraram na Bosch o parceiro estratégico que lhes garantiria o mercado necessário ao escoamento da sua produção. Em 1988 a

multinacional alemã adquire a maioria das acções da Vulcano e, dez anos depois, o capital sobrante, sendo hoje proprietária da totali-dade da fábrica de Cacia. As competências de investigação na área dos esquentadores foram a partir daí concentradas em Portugal e, ao mesmo tempo, a capacidade de produção aumentou. Anualmente, saem da unidade de Cacia 1,1 milhões de esquentadores e cem mil caldeiras. Outros 300 mil esquentadores são produzidos sob licenciamento em sete fábri-cas no exterior.

A Vulcano factura 180 milhões de euro por ano e sensivelmente 2,4 por cento desse valor é reinvestido em Investigação e Desenvolvim-ento, actividade que ocupa quase meia cen-tena dos mais de mil funcionários da Vulcano em Portugal. C.T.

Novos sectores

BialAlta patente médicaA Bial, farmacêutica sedeada na região do grande Porto, que produz e comercializa, entre outros medicamentos, o Clavamox, o Reumongel e o Folifer, possui em adiantado estado de desenvolvimento uma nova molécu-la, a BIA 2-093, destinada ao tratamento da epilepsia e já patenteada em todo o mundo. Trata-se do primeiro medicamento de con-cepção e patente nacional, cujo pedido de co-mercialização deverá ocorrer no próximo ano.

LUíS RAMOS

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Com unidades fabris em Portugal, em S. Mamede do Coronado, e em Espanha, em Bilbau, a Bial, a quinta maior farmacêutica a operar em Portugal, detém nestes locais dois centros de investigação e desenvolvimento, tendo investido em 2002 em I&D cerca de dez milhões de euros, cerca de 11 por cento da sua facturação anual (90 milhões de euros) e uma das percentagens mais elevadas de in-vestimento nesta área registada em Portugal. Nos próximos cinco anos deverá investir 100 milhões de euros em I&D. Nos centros de investigação trabalham equipas internacio-nais formadas por 44 pessoas qualifi cadas (portugueses, ingleses, russos, espanhóis e escoceses), 17 das quais doutoradas, sendo que 28 estão em Portugal e as restantes em Bilbau.

A empresa, cujos investigadores trabalham em parceria com as faculdades e outras em-presas ligadas ao sector, criou com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas uma fundação para colaborar na procura e no desenvolvimento de novas soluções terapêu-ticas e tecnológicas. “Fazemos investigação e desenvolvimento pura e dura”, explicou o médico Luís Portela, presidente da empresa, e que recentemente foi condecorado pelo Presi-dente da República, Jorge Sampaio. “Estamos a sintetizar novas moléculas, tendo em vista a apresentação de novas soluções terapêuticas no mercado internacional”, revela o respon-sável da empresa que sintetizou cerca de 3500 novas moléculas desde 1993, das quais seis estão já patenteadas mundialmente.

A BIA 2-093, que visa tratar a epilepsia, está a ser desenvolvida há oito anos, tendo sido em 2000 administrada pela primeira vez em humanos. “Estamos, nesta altura, na fase três do ensaio clínico abrangendo 1500 doen-tes de vinte países”, adiantou Luís Portela. Para além da BIA 2-093, outra das moléculas patenteadas é a BIA 3-202, esta destinada ao tratamento da doença de Parkinson, em investigação desde 1995, estando já a ser ad-ministrada a pacientes. A sua comercialização poderá ocorrer em 2004. C.F.

PT InovaçãoPague antes, fale depoisA invenção do Mimo, na TMN, deu um poderoso contributo para a massifi cação dos telemóveis em Portugal, que ultrapassam hoje os oito milhões de unidades. O lançamento no mercado de um cartão pré-pago permitiu a muitos portugueses de rendimentos baixos adquirirem o seu próprio telemóvel, a partir do momento em que o serviço lhes começou a garantir o controlo dos custos e, ao mesmo tempo, minimizou o problema da cobrança de

RUI GAUDÊNCIO

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T E M A D E C A PA / E X E M P L O S

facturas que asfi xiavam os tribunais. Porém, nada disso teria sido possível em Portugal sem o desenvolvimento prévio da rede de Multibanco.

Com o Mimo, a TMN fez a chamada inova-ção radical, que permitiu aumentar substan-cialmente a quota de mercado em Portugal e, mais tarde, ultrapassar fronteiras. O pré-pago foi um dos trunfos na manga que o grupo Portugal Telecom levou para o Brasil, quando adquiriu a Telesp Celular. Em pouco tempo, o Mimo brasileiro, localmente chamado de “Baby”, tornou-se na segunda marca mais conhecida a seguir à Coca-Cola. No total, são já 15 milhões os clientes da PT que utilizam o Mimo (com esse ou outro nome) em Portugal, Brasil, Marrocos, etc.

Criada em 1999, a PT Inovação, unidade que congrega a inovação que se faz no grupo PT, pegou no Mimo, até aí uma invenção comercial, e dotou-o de novos serviços, ao mesmo tempo que resolveu as suas limitações no controlo do saldo dos cartões pré-pagos em tempo real.

Com 350 pessoas e vendas de 43 milhões de euros em 2002, a PT Inovação tornou a inovar quando concebeu uma solução para a tarifação e controlo de acesso em tempo real para redes móveis integradas na tecnologia CDMA, usada no Brasil. Essa descoberta permite o controlo, em tempo real, do tráfego de voz e de dados processados naquela tecno-logia. No início do próximo ano vai ser uma das soluções candidatas a suportar a Vivo, a “joint-venture” que congrega as empresas móveis da PT e da Telefónica no Brasil.

Em Portugal, a PT Inovação concebeu já em 2003, também para a TMN, o portal Inove, dotado de conteúdos próprios como, por exemplo, a comercialização de bilhetes para as salas de cinema da Lusomundo, inte-grada no grupo PT. C.T.

SibsMultibanco em caixaPara o sucesso do canal bancário Multibanco/ATM, porventura a inovação mais conhecida e utilizada pelos portugueses, contribuíram dois factores: a escolha do modelo de negócio e a capacidade de juntar recursos. A SIBS – So-ciedade Interbancária de Serviços, que detém o Multibanco — canaliza anualmente cerca de três por cento dos seus proveitos para I&D, um

investimento que visa diminuir os custos uni-tários das transacções bancárias em Portugal. Em 2002 investiu em I&D 3,66 milhões de euros, ano em que os proveitos da empresa (aproximadamente idênticos ao volume de transacções em tarifários, atingiram 111 mil-hões de euros.

Vítor Bento, presidente da SIBS, explica que “houve a capacidade de criar um modelo de negócio onde todos os bancos em regime concorrencial criaram uma infra-estrutura comum e inter-ligada que, não sendo diferen-ciada, permitiu aos bancos diferenciarem a sua relação com os clientes, dando escala ao país, o que benefi ciou os consumidores, pois reduziu custos unitários.” Por outro lado, houve ainda a capacidade de associar recursos humanos e tecnológicos capazes de pôr de pé esta ideia, com uma tecnologia própria. Este canal pos-sibilitou desenvolver outros negócios, como a Via Verde/Brisa e potenciou a criação dos cartões pré-pagos, uma inovação exclusiva-mente nacional, que assegura que em qualquer ATM, em qualquer parte do país, os telemóveis possam ser pagos, mantendo a fi delidade do cliente e sem risco de crédito para o operador.

Sem a existência do canal Multibanco, cuja

solução tecnológica foi concebida e desenvolv-ida por técnicos portugueses em meados dos anos oitenta, e que permite proceder à liquida-ção das transacções numa plataforma integra-da de pagamento de cartões, difi cilmente a Via Verde teria viabilidade e os pré-pagos teriam tido maiores difi culdades de sucesso. Segundo Vítor Bento, o Multibanco tem sofrido inova-ções contínuas desde o seu aparecimento, respondendo quer às inovações tecnológicas, quer às exigências do mercado como a criação de uma solução segura para pagamento na Internet, MBNet, e a disponibilização de novos serviços nas ATM’s, como o pagamento de bil-hetes de comboios ou de espectáculos. C.F.

SiemensNo centro do mundo A Siemens Portugal ganhou recentemente um concurso interno para a instalação de um centro de competência técnica na área das telecomunicações. Com esta conquista, a empresa liderada por Melo Ribeiro passou a centralizar, em Lisboa, a assistência técnica a 45 países, distribuídos pela Europa, Médio Oriente e África.

NELSON GARRIDO

MIGUEL MADEIRA

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Este centro mundial de com-petência representou um inves-timento de 2,5 milhões de euros e a criação de cerca de uma centena de postos de trabalho, quase todos exigindo formação superior na área da engenharia. A disponibilidade de quadros altamente qualifi cados foi uma das vantagens da candidatura portuguesa. Isso mesmo foi reconhecido, recentemente, pelo presidente do grupo Sie-mens AG, Heinrich van Pierer, que durante a apresentação de contas anuais da multinacional referiu que Portugal apresenta “condições excelentes, pelos custos competitivos, mas tam-bém pela excelente formação dos seus técnicos”.

Em recente entrevista ao “Expresso”, Carlos Picoito, administrador e CEO da área de Informação e Comunicação (ICN) da Siemens em Portu-gal, explicou que a conquista do centro de competência de serviços foi o resultado de “uma conjunção de factores favoráveis”, entre os quais o contínuo investimento em cen-tros de investigação e desen-volvimento na área das teleco-municações. A caminhada da divisão da ICN nas inovação e desenvolvimento começou em 1997, com a criação do Inter-national Training center para comunicações.

Já este ano, a Siemens arrancou em Portu-gal com o laboratório óptico, inaugurado pelo Presidente da República durante as Jornadas de Inovação que Jorge Sampaio promoveu em fi nal de Abril do corrente ano. Esse labo-ratório óptico representou um investimento de 15 milhões de euros, permitindo o desen-volvimento de módulos para transmissão por fi bra óptica que, depois de produzidos em série, destinam-se a ser utilizados por op-eradores de telecomunicações fi xas e móveis. Durante a inauguração, Sampaio declarou-se impressionado com o facto de existir no nosso país “um centro mundial que faz e investe e trabalha para o mundo inteiro” e

acrescentou: “Nunca esperei ver em Portugal o que estou a ver agora.” Rosa Soares

Via VerdeÀ procura de novos caminhosA Via Verde, detida em 75 por cento pela Brisa, foi desenvolvida no início dos anos 90, através de uma solução tecnológica (DSRC/rádio) própria, que benefi ciou do apoio dinamarquês. Para o seu sucesso contribuiu o modelo de negócio adoptado, baseado no sistema Multibanco (ver texto junto).

João Pecegueiro, administrador-del-egado da Via Verde, sublinha que, em ter-

mos relativos, a Brisa é líder europeia neste serviço (VV), quer ao nível da adesão por mil habitantes, quer em número de identifi cadores, quer em número de vendas - em Portu-gal existem aproximadamente 165 identifi cadores por cada mil habitantes. Em Itália este valor é somente de 60, enquanto em França não chega a 15. “Os portugueses estão atentos e aderem a tudo o que lhes faci-lite o seu dia-a-dia e lhes traga melhor qualidade de vida”, jus-tifi ca o gestor.

Ultrapassada a primeira fase, em que a população aderiu por si ao sistema VV, a Brisa tem agora pela frente uma out-ra aposta: passar do domínio em que é o cliente que puxa pela empresa “para ser a empresa a puxar pelo cliente, o que exige outras soluções”. “O serviço de pagamento automático dos parques de estacionamento”, é uma inovação recente que irá permitir ao detentor do identi-fi cador VV entrar num parque sem desembolsar dinheiro.

A tecnologia é exportável? “Só é exportável o modelo global Via Verde (modelo de negócio e modelo tecnológico)”, afi rma João Pecegueiro. As-sente na tecnologia DSRC, exige-se que todos os conces-sionários de auto-estradas de

um mesmo país utilizem um equipamento compatível com a VV, cuja tecnologia está assente num mesmo canal bancário (multi-banco), o que só acontece em Portugal - nos restantes países existem várias “Sibs”. Mas também existem outras condicionantes: “Na maioria dos países europeus as auto-estradas não eram pagas, e só agora Bruxelas veio impor o princípio do utilizador pagador, pelo que só agora serão instaladas portagens em muitas auto-estradas.” O pagamento poderá ser efectuado com recurso a três soluções tecnológica: a utilizada pela Via Verde, por recurso a satélite (alemã), ou uma solução mista. C.F.

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PÚBLICO economia

500maiores

empresas não fi nanceiras

portuguesas

A recolha e tratamento dos dados da lista PÚBLICO 500 –

“ranking” das maiores empresas portuguesas não fi nanceiras

– é da responsabilidade da Servitrade-Serviços para

Gestão de Empresas, Lda. Os valores apresentados em

PÚBLICO 500 foram extraídos dos relatórios e contas não consolidados das empresas

referentes ao exercício de 2002 ou recolhidos pela Servitrade

através de contacto directo com as empresas. A Servitrade e o PÚBLICO agradecem a todas

as empresas a colaboração prestada. A lista PÚBLICO 500 não inclui sociedades gestoras

de participações sociais nem empresas do sector fi nanceiro

(bancos, seguradoras e parabancárias como sociedades de “leasing”, “factoring”, SFAC,

etc…). As empresas listadas em PÚBLICO 500 foram

ordenadas por vendas. No fi nal da listagem é apresentado um

índice alfabético das empresas incluídas.

Indicadores utilizadosCapital social Capital social registado pela empresa no fi nal de 2002.Capital próprio Total dos capitais próprios (capital social, reservas, resultado de exercício e resultados transitados) no fi nal do exercício de 2002.Rentabilidade dos capitais próprios Resultado líquido a dividir pelo capital próprio, em percentagem.Resultados líquidos Lucro ou prejuízo no exercício de 2002.Número de trabalhadores Número médio de trabalhadores no exercício de 2002.Vendas Total das vendas de mercadorias e da prestação de serviços no exercício de 2002.Variação das vendas Aumento/diminuição das vendas face ao exercício de 2001.Unidade monetária Todos os valores estão expressos em euros

ErrataDevido a um erro de digitação a Solbi e a Sumolis surgem em 12.º e 13.º lugares, respectivamente, na lista das 500 maiores empresas publicada a partir da página 49, com vendas de 1 134 253 092 euros e 1 126 613 298 euros, pela mesma ordem. Considerando o valor real das vendas de 134 253 092 euros, para a Solbi, e de 126 613 298 euros, para a Sumolis, as duas empresas “caem” para os 123.º e 137.º lugares, respectivamente.

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30

G R A N D E S N Ú M E R O S

CAPITAIS PRÓPRIOS EM EUROS

N.º ORDEM EMPRESA CAPITAL PRÓPRIO

1 REFER 2.536.236.659

2 CPPE 2.430.662.000

3 PT COMUNICAÇÕES 1.642.749.486

4 EDP 1.519.190.000

5 BRISA 1.321.291.000

6 PETROGAL 1.043.235.000

7 PORTUCEL 994.226.000

8 REN 787.886.699

9 TMN 597.614.550

10 VODAFONE TELECEL 556.590.393

CAPITAIS PRÓPRIOS EM EUROS

N.º ORDEM EMPRESA CAPITAL PRÓPRIO

1 RADIOTELEVISÃO PORTUGUESA -985.632.000

2 CAMINHOS DE FERRO PORTUGUESES -725.082.019

3 Cª CARRIS DE FERRO DE LISBOA -186.122.596

4 SOC. DE TRANSP. COLECT. DO PORTO -77.888.000

5 SIC -19.358.499

6 FIAT AUTO PORTUGUESA -3.221.689

7 FAGOR LUSITANA -2.889.720

8 L.G. ELECTRONICS ESPANA -1.777.200

9 PORTUGÁLIA -1.306.942

10 GESPOST -372.000

... E MENORES TRABALHADORES

N.º ORDEM EMPRESA N.º TRABALHADORES

1 GRUPO GEL S.A. 7

2 TEJO ENERGIA S.A. 9

3 TURBOGÁS - PROD. ENERGÉTICA S.A. 9

4 PETRIN - PETRÓLEOS E INVEST. S.A. 10

5 LUSOGRAIN-COM. INTERN. DE CEREAIS LDA 10

6 OLEOCOM - COM. DE OLEAGINOSAS S.A. 11

7 MEGAMEIOS - PUB. E MEIOS A.C.E. 12

8 ACEMBEX - AÇÚCAR EMB. E EXPORT. LDA 12

9 HONDA MOTOR DE PORTUGAL S.A. 14

10 UNIFAC-U. DE IMPORT. DE MAT. PRIMAS S.A. 16

MAIORES TRABALHADORES

N.º ORDEM EMPRESA N.º TRABALHADORES

1 CTT 16.134

2 MODELO CONTINENTE - HIPERMERCADOS 11.774

3 PT COMUNICAÇÕES 10.270

4 PINGO DOCE 8.500

5 TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES 7.850

6 EDP 7.800

7 SECURITAS 7.300

8 CAMINHOS DE FERRO PORTUGUESES 5.662

9 VEDIOR PSICOEMPREGO 5.520

10 Cª PORTUGUESA DE HIPERMERCADOS 5.500

RENT. DOS CAP. PRÓPRIOS %

N.º ORDEM EMPRESA RENT. CAP. PP. %

1 GEOTUR 916

2 LASSEN TRANSITÁRIOS 251

3 FARSANA PORTUGA 93

4 SONAE - IMOBILIÁRIA GESTÃO 92

5 CARDOL 89

6 JERÓNIMO MARTINS 85

7 GERTAL 80

8 RENAULT CHELAS 79

9 GRUPO GILLETTE PORTUGAL 75

10 ROCHE FARMACÊUTICA QUÍMICA 72

RENT. DOS CAP. PRÓPRIOS %

N.º ORDEM EMPRESA RENT. CAP. PP. %

1 EMEF -468

2 GMAC -465

3 ALCATEL PORTUGAL -364

4 FRICARNES -184

5 C.A.M. -144

6 CABOVISÃO -138

7 LONGA VIDA -126

8 NOVIS TELECOM -116

9 FUJITSU SIEMENS COMPUTER -106

10 TOTALFINA PORTUGAL -75

MELHORES... VARIAÇÃO DAS VENDAS %

N.º ORDEM EMPRESA VAR. VENDAS %

1 LISBOAGAZ 870,4

2 PRISMA - COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES 494,7

3 BSHP 163,0

4 EL CORTE INGLÊS 145,0

5 PORTUCEL S.A. 138,4

6 CABOVISÃO 125,9

7 ALCOA FUJIKURA PORTUGAL 115,3

8 AIR LUXOR 105,8

9 EDINFOR 90,0

10 MIDESA PORTUGAL 74,6

... E PIORES VARIAÇÃO DAS VENDAS %

N.º ORDEM EMPRESA VAR. VENDAS %

1 FUJITSU SIEMENS COMPUTER -81,2

2 PHILIPS PORTUGUESA -46,5

3 DOW PORTUGAL -45,2

4 MONIZ DA MAIA, SERRA & FORTUNATO -43,2

5 TOTALFINA PORTUGAL -42,2

6 ROBERT BOSCH -34,4

7 FERNANDO SIMÃO -33,6

8 CONTACTO -31,7

9 ACORIL -30,7

10 CIMERTEX -29,1

As 500 maiores empresas não fi nancei-ras do país não se estão a dar bem com o abrandamento da economia. Os números não mentem. Em 2002, a riqueza gerada no país, medida pelo produto interno bruto

(PIB), aumentou 4,9 por cento para 129,9 mil milhões de euros, mais de um ponto percentual acima do ritmo de crescimento da lista PÚBLICO 500. Com efeito, de acor-do com os dados fornecidos pela Servitrade, parceira do PÚBLICO desde a primeira hora neste projecto, no mesmo ano as vendas das 500 engordaram apenas 3,8 por cento, para 86,7 mil milhões de euros. Feitas as con-tas, os quase 87 mil milhões de euros que entraram nos cofres das maiores empresas portuguesas no exercício terminado a 31 de Dezembro de 2002 não ultrapassaram os 66,7 do PIB desse ano, contra 68,7 por cen-to em 2001 e 70 por cento em 2000. Ou seja o peso das vendas das 500 no produto está em queda há dois anos consecutivos.

Isso não quer necessariamente dizer que o contributo das cinco centenas de empre-sas para a riqueza gerada em Portugal esteja a cair. Para retirarmos conclusões sobre a

contribuição das maiores fi rmas portugue-sas para o PIB teríamos de calcular o seu valor acrescentado bruto (vendas menos consumos intermédios) para o que não dis-pomos de informação disponível.

Se o peso das vendas das 500 no PIB bai-xou, com o emprego aconteceu precisamen-te o contrário. Os 343 802 portugueses que tinham fi cha nas maiores fi rmas do país no ano passado representavam 9,2 por cento dos 3,7 milhões de trabalhadores por conta de outrem, contra 8,9 por cento nos dois

Balanço

Querida encolhi as 500O peso das vendas das 500 maiores empresas não fi nanceiras do país na economia caiu pelo segundo ano consecutivo, não ultrapassando os 66,7 por cento do produto interno bruto de 2002

Se o peso das vendas das 500 no PIB baixou, com o emprego

aconteceu precisamente o contrário.Os 343 802 portugueses que tinham

fi cha nas maiores fi rmas do país no ano passado representavam 9,2 por cento

dos 3,7 milhões de trabalhadores por conta de outrem

C A R L O S R O S A D O D E C A R V A L H O

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… E SAÍU DA LISTA

N.º ORDEM EMPRESA CLASS. 2001

1 SOPOCEL 23

2 MARCONI 54

3 UNICER 55

4 BERTRAND FAURE 100

5 A.D.P. ADUBOS DE PORTUGAL 103

6 OGMA 130

7 OPCA 142

8 DAIMLER-CHRYSLER RAIL SYSTEMS 143

9 MEDIA PLANING 145

10 SIMOLDES 150

Nota: As entradas/saídas da lista podem ter acontecido simplesmente porque as empresas forneceram/não forneceram dados

QUEM ENTROU…

N.º ORDEM EMPRESA CLASS. 2002

1 LISBOAGAZ 16

2 INFINION TECHNOLOGIES 18

3 DIA PORTUGAL 32

4 G.C.T. - DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR 61

5 EDINFOR 77

6 EL CORTE INGLÊS 84

7 AGROS 87

8 FAURECIA 91

9 C.A.C.I.A. 93

10 MIDESA PORTUGAL 105

Nota: As entradas/saídas da lista podem ter acontecido simplesmente porque as empresas forneceram/não forneceram dados

… E DESCIDAS NO ”RANKING”

N.º ORDEM EMPRESA N.º LUGARES PERDIDOS

1 FUJITSU SIEMENS 399

2 TOTALFINA PORTUGAL 167

3 DOW PORTUGAL 154

4 ACORIL 145

5 CIMERTEX 144

6 ROBERT BOSCH 142

7 FERNANDO SIMÃO 130

8 VIATEL 128

9 CONSTRUCTORA SAN JOSÉ 126

10 PORTUGAL TELECOM INOVAÇÃO 122

MAIORES SUBIDAS

N.º ORDEM EMPRESA N.º LUGARES GANHOS

1 SOMAGUE - ENGENHARIA MADEIRA 140

2 MARTIFER 132

3 IRMÃOS VILA NOVA 104

4 LUSOGRAIN 99

5 TV CABO PORTO 96

6 MERCK FARMA E QUÍMICA 94

7 T.S.T. - TRANSPORTES SUL DO TEJO 90

8 ENSUL 83

9 RÁDIO POPUL. - ELECTRODOMÉSTICOS 81

10 MARQUES 76

anos anteriores. Um sinal de que as 500 terão resistido à moda dos despedimentos que está a fazer o desemprego disparar. A provar que as empresas públicas (EP) ainda têm peso na economia portuguesa, para o bem e para o mal, estão os CTT que coman-dam a lista dos maiores empregadores com mais de 16 mil trabalhadores. O “top ten” do emprego inclui mais duas EP: a TAP, quinta com os seus 7 850 funcionários, e a CP, oitava com cerca de 5 600. O sector do retalho também coloca três empresas entre as dez maiores empregadoras: a Modelo Continente Hipermercado, segunda com um exército de quase 12 mil homens e mu-lheres, o Pingo Doce, com 8 500, e a Com-pamhia Portuguesa de Hipermercado, que detém entre outras marcas o Pão de Açúcar e é controlada pelos franceses do Carrefour, com 5500.

Para dar emprego a mais de 340 mil pessoas, os accionistas das 500 tinham investidos 29,1 mil milhões de euros em capitais próprios. O capital não foi pro-priamente mal empregue. O conjunto das empresas que fazem parte da lista de 2002 registou lucros de 2,6 mil milhões de euros. O que quer dizer que 100 euros de capitais próprios deram de retorno 9 euros. Foi pior do que em 2001 quando a rentabilidade dos capitais próprios foi de 10,1 por cento, mas muito melhor do que ter um depósito no banco, cujos juros não cobrem sequer a infl ação.

Todos os números referidos anterior-mente são uma média das 500 e por isso escondem realidades individuais muito distintas.

Considerando as empresas isoladamen-te, a Lisboagaz comanda o crescimento das vendas em 2002 com uns impressionantes 870,4 por cento, à frente da Prisma - Com-bustíveis e lubrifi cantes com 495 por cento e da BSHP com 163 por cento. No extremo oposto estão a Fujitsu Siemens Computer, cujas vendas emagreceram mais de 81 por cento, a Philips, com uma quebra de 46,5 por cento e a Dow, com um recuo de 45 por cento.

O “ranking” da rentabilidade é liderado pela Geotur com uma taxa de 916 por cento. Lassen Transitários (251 por cento) e Farsa-na (93 por cento) completam o pódio deste indicador. As piores em termos de rentabili-dade foram a EMEF (menos 468 por cento),

a GMAC (465 por cento) e a Alcatel (364 por cento).

Olhando para a situação fi nanceira das empresas salta à vista a RTP que estava em situação de falência técnica com capitais próprios negativos de quase mil milhões de euros, uma situação que deverá ter melho-rado este ano com o programa de recupe-ração da empresa. As fi rmas de transportes colectivos CP, com capitais próprios negati-vos de 725 milhões de euros, Carris de Lis-boa, com uma situação líquida negativa de 186 milhões de euros, e os STCP do Porto, com menos 77,9 milhões fazem companhia a televisão estatal.

Olhando para a situação fi nanceira das empresas salta à vista a RTP que estava em situação de falência técnica com capitais próprios negativos de quase mil milhões de euros, uma situação que deverá ter

melhorado este ano com o programa de recuperação da empresa

O BI DE PÚBLICO 500

2000 2001 2002

VENDAS 80.850.284.000 84.948.164.800 86.686.142.343

CRESC. DAS VENDAS 14,5% 10,2% 3,8%

LUCROS 2.255.400.000 2.844.659.500 16.448.363.005

CRESC. DOS LUCROS N.D. 34

CAP. SOCIAL 17.277.800.000 15.092.929.000 16.448.363.005

CAP. PRÓPRIO 25.599.537.000 288.330.088.200 29.100.716.032

RENT. CAP. PRÓPRIO 8,8% 10,1% 8,9%

N.º TRAB. 328.073 332.792 343.802

VAR. DOS TRAB. N.D. -2,0% N.D.Valores em euros“Nota: Os dados das 500 em cada ano não são directamente comparáveis devido à entrada e saída de empresas da lista; Taxas de variação e rentabili-dades calculadas apenas com base nas empresas com registo nos dois ano”

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G R A N D E S N Ú M E R O S

AS 500 POR DISTRITO

CLASS. N.º DE NOME VENDAS VAR. % CAPITAL RESULT. RENT. CAP. N.º TRAB.2002 EMPRESAS 2002 PRÓPRIO LíQUIDOS PRÓPRIO %

1 270 LISBOA 59.307.646.875 3,4 21.078.373.108 2.148.332.698 0,00 210.835

2 79 PORTO 13.029.979.136 6,2 2.473.566.187 101.241.516 4,09 54.599

3 29 SETÚBAL 4.809.254.644 -6,4 1.348.553.858 -121.577.688 -12,81 20.403

4 26 BRAGA 2.204.843.327 3,9 646.722.013 88.518.524 13,69 17.040

5 33 AVEIRO 2.169.556.978 3,4 1.026.267.444 102.179.388 9,96 12.743

6 11 COIMBRA 906.841.288 2,1 570.173.331 44.637.962 7,83 3.363

7 6 VISEU 717.113.958 5,3 138.735.357 22.534.033 16,24 2.911

8 8 SANTARÉM 653.062.175 4,4 263.334.846 14.592.955 5,54 3.765

9 7 FUNCHAL 507.219.134 17,4 347.749.527 24.508.104 7,05 4.346

10 7 LEIRIA 498.301.085 -2,6 296.448.044 34.979.697 11,80 2.976

11 6 PONTA DELGADA 380.525.239 9,8 119.162.363 12.489.273 10,48 3.190

12 3 VIANA DO CASTELO 270.611.063 6,4 202.238.121 19.136.177 9,46 1.871

13 5 FARO 268.287.918 4,2 54.192.970 2.487.235 4,59 1.142

14 1 GUARDA 255.001.000 1,3 162.376.000 40.726.000 25,08 9

15 2 PORTALEGRE 208.012.466 3,0 43.916.501 17.210.797 39,19 804

16 1 BRAGANÇA 179.400.000 12,1 25.967.000 5.150.000 19,83 1.500

17 2 BEJA 145.985.887 -2,7 178.885.262 -370.240 -0,21 1.100

18 2 ANGRA DO HEROÍSMO 92.552.774 6,0 19.365.779 1.664.518 8,60 365

19 2 CASTELO BRANCO 81.947.396 -7,5 104.688.321 7.462.551 7,13 840

500 TOTAL 500 86.686.142.343 3,8 29.100.716.032 2.565.903.500 8,97 343.802

AVEIRO

N.º ORDEM CLASS.500 EMPRESA VENDAS 2002

1 94 C.A.C.I.A. 175.944.000

2 95 VULCANO 175.936.070

3 112 COLEP 147.194.050

4 151 CIRES 115.782.071

5 180 SOLVERDE 101.851.507

6 185 QUIMIGAL 100.235.721

7 241 FERPINTA 76.456.363

8 280 PROLEITE 67.592.315

9 281 DOW PORTUGAL 67.404.589

10 289 WHAT`S WHAT PORTUGAL 65.256.000

AS MAIORES por vendas em eurosBRAGA

N.º ORDEM CLASS.500 EMPRESA VENDAS 2002

1 51 BLAUPUNKT PORT. 318.967.149

2 53 CONTINENTAL MABOR 314.836.768

3 93 SOQUIFA - MED. 178.780.896

4 126 GRUNDIG - SIST. ELECT. 133.985.650

5 176 FÁB. TÊXTIL RIOPELE 103.136.264

6 209 COINDU-COMP. IND. AUTO. 87.937.172

7 221 LAMEIRINHO-IND. TÊXTIL 81.796.590

8 227 EMPREIT. CASAIS 80.892.005

9 268 COELIMA - IND. TÊXTEIS 70.463.861

10 294 COOP. AGRÍC. BARCELOS 64.568.624

PORTO

N.º ORDEM CLASS.500 EMPRESA VENDAS 2002

1 6 MODELO CONTINENTE 1.837.677.745

2 7 MODIS 1.701.299.996

3 19 INFINION TECHNOLOGIES 680.430.675

4 22 LACTOGAL 653.540.284

5 24 OPTIMUS 612.089.706

6 34 ALLIANCE UNICHEM FARM. 474.442.327

7 41 SALVADOR CAETANO 395.914.430

8 44 SOC. DE CONST. S. DA COSTA 376.919.082

9 56 OCP - PROD. FARM. 303.992.339

10 59 BAVIERA 291.119.216

COIMBRA

N.º ORDEM CLASS.500 EMPRESA VENDAS 2002

1 115 CASCA 142.578.161

2 127 STORA CELBI 133.493.800

3 150 AUTO INDUSTRIAL 115.973.616

4 197 AUTO SUECO (COIMBRA) 95.992.993

5 201 ALVES BANDEIRA & Cª LDA 94.325.430

6 222 FARBEIRA 81.758.188

7 352 MAHLE 53.702.510

8 357 FAPRICELA 53.128.744

9 363 SAINT GOBAIN MONDEGO 51.997.071

10 418 SODICENTRO 45.568.997

SETÚBAL N.º ORDEM CLASS.500 EMPRESA VENDAS 2002

1 5 AUTOEUROPA 1.955.000.000

2 48 BOREALIS POLÍMEROS 330.734.046

3 62 G.C.T. 276.475.618

4 76 LEAR CORPORATION 224.872.034

5 136 LUSOSIDER - PROJ. SIDER. 126.707.268

6 137 LUSOSIDER - AÇ. PLANOS 126.707.267

7 140 DIAGEO PORTUGAL 124.203.000

8 146 MERLONI 119.676.547

9 148 SAPROPOR 116.710.689

10 155 SOPOL 114.495.738

Portugal é Lisboa, e o resto é paisagemPortugal é Lisboa e o resto é paisagem. Esta frase assenta como uma luva à repartição regional das 500 maiores empresas não fi nanceiras do PÚBLICO. O distrito da capital coloca na lista 270 empresas com vendas globais de 59,3 mil milhões de euros, ou 68,4 por cento do total. A grande distância de Lisboa surge o Porto com 79 empresas e um peso de 15 por cento no total das vendas, correspondente a 13 mil milhões de euros. Seguem-se Setúbal, com 29 empresas que venderam 4,8 mil milhões de euros, equivalentes a 5,6 por cento do total, Braga (26 empresas/2,2 mil milhões/2,54 por cento), Aveiro (33 empresas/2,17 mil milhões/2,5 por cento) e Coimbra (11 empresas/906 milhões/1,05 por cento). No conjunto esses seis distritos representam um pouco mais de 95 por cento das vendas totais das 500.

LISBOA

N.º ORDEM CLASS.500 EMPRESA VENDAS 2002

1 1 PETROGAL 5.205.495.000

2 2 EDP 3.479.696.000

3 5 REN 2.302.868.020

4 3 PT COMUNICAÇÕES 2.301.361.766

5 8 TMN 1.475.256.714

6 9 BP 1.466.605.636

7 10 CPPE 1.330.350.000

8 11 TAP 1.211.985.348

9 31 PORTUCEL S.A. 1.085.605.000

10 13 VODAFONE TELECEL 1.056.016.564

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AS 500 POR SECTOR

CLASS. N.º SECTOR VENDAS VAR. % RESULT. RENT. N.º TRAB.2002 EMPRESAS 2002 LíQUIDOS CAP. PRÓPRIO %

13 8 IND. CELULOSE E PAPEL 1.652.865.802 60,8 121.365.955 7,4 4.385

11 49 IND. ALIMENTAÇÃO, BEBIDAS E TABACO 5.770.571.351 23,1 292.247.185 13,7 16.802

10 13 ELECTRICIDADE GÁS E ÁGUA 9.657.262.656 16,0 569.838.908 10,1 13.494

19 18 IND. MINERAIS NÃO METÁLICOS 2.073.282.599 12,2 240.840.216 18,8 8.923

24 15 TRANSPORTES 2.577.144.286 10,8 -521.347.483 N.C. 26.598

5 23 COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 3.194.434.468 10,5 125.878.335 26,3 4.273

2 21 COMÉRCIO 1.688.650.937 9,8 46.131.335 8,0 8.343

1 2 AGRICULTURA E PECUÁRIA 98.579.424 9,6 576.310 3,4 494

18 18 IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 1.425.986.659 9,4 33.906.781 6,1 9.755

15 10 IND. FARMACÊUTICA 922.093.325 8,0 46.867.907 19,7 2.393

23 36 SERVIÇOS 3.243.561.674 5,9 489.000.017 10,5 49.284

12 18 IND. AUTOMÓVEL 4.880.611.657 5,1 71.754.921 7,1 25.256

16 9 IND. MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 534.483.703 4,9 15.578.712 5,7 3.036

3 44 COM. ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 10.959.814.712 2,7 128.678.321 16,3 48.079

8 12 COMUNICAÇÕES 6.907.004.866 2,6 518.743.610 13,6 31.618

20 15 IND. QUÍMICA 1.505.614.819 1,4 66.812.369 7,3 5.157

7 18 COM. PRODUTOS PETROLÍFEROS 10.004.906.338 0,3 168.650.508 9,8 5.820

9 52 CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 5.578.377.517 -0,8 133.836.779 6,9 32.170

17 22 IND. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 3.141.780.187 -1,4 80.296.231 13,1 12.280

21 19 IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 1.060.754.076 -4,7 18.979.930 3,4 16.070

22 10 MEDIA 747.950.956 -4,9 -217.091.801 N.C. 6.666

4 40 COM. AUTOMÓVEL 6.174.826.132 -8,4 61.833.865 8,2 7.819

14 1 IND. EXTRACTIVA 89.388.671 -11,7 -946.550 -0,6 870

6 27 COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 2.796.195.528 -41,8 73.471.139 19,9 4.217

- 500 TOTAL SECTORES PÚBLICO 500 86.686.142.343 3,8 2.565.903.500 8,9 343.802

MAIORES CAPITAL PRÓPRIO

N.º ORDEM SECTOR CAPITAL PRÓPRIO

1 ELECTRICIDADE GÁS E ÁGUA 5.636.245.294

2 SERVIÇOS 4.636.705.977

3 COMUNICAÇÕES 3.802.554.170

4 IND. ALIMENTAÇÃO, BEBIDAS E TABACO 2.130.872.522

5 CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 1.943.538.399

6 COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 1.718.750.200

7 INDÚSTRIA CELULOSE E PAPEL 1.634.347.097

8 INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 1.284.322.268

9 INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 1.007.085.371

10 INDÚSTRIA QUÍMICA 920.538.584

MENORES CAPITAL PRÓPRIO

N.º ORDEM SECTOR CAPITAL PRÓPRIO

1 MEDIA -771.175.393

2 TRANSPORTES -331.179.979

3 AGRICULTURA E PECUÁRIA 21.031.651

4 INDÚSTRIA EXTRACTIVA 162.142.113

5 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 238.104.733

6 IND. MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 272.591.041

7 COM. MAT. ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 370.636.180

8 COM. FARM., HIGIENE E LIMPEZA 477.759.402

9 IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 559.123.134

10 IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 563.221.963

MAIORES NÚMERO DE TRABALHADORES

N.º ORDEM SECTOR N.º TRABALHADORES

1 SERVIÇOS 49.284

2 COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 48.079

3 CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 32.170

4 COMUNICAÇÕES 31.618

5 TRANSPORTES 26.598

6 INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 25.256

7 IND. ALIMENTAÇÃO, BEBIDAS E TABACO 16.802

8 IND.TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 16.070

9 ELECTRICIDADE GÁS E ÁGUA 13.494

10 IND. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 12.280

MENORES NÚMERO DE TRABALHADORES

N.º ORDEM SECTOR N.º TRABALHADORES

1 AGRICULTURA E PECUÁRIA 494

2 INDÚSTRIA EXTRACTIVA 870

3 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 2.393

4 INDÚSTRIA MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 3.036

5 COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 4.217

6 COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 4.273

7 IND. CELULOSE E PAPEL 4.385

8 IND. QUÍMICA 5.157

9 COM. PRODUTOS PETROLÍFEROS 5.820

10 MEDIA 6.666

MELHORES RENT. CAP. PRÓPRIOS %

N.º ORDEM SECTOR RENT. CAP. PP %

1 COMÉRCIO FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 26,3

2 COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 19,9

3 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 19,7

4 INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 18,8

5 COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 16,3

6 INDÚSTRIA ALIMENTAÇÃO, BEBIDAS E TABACO 13,7

7 COMUNICAÇÕES 13,6

8 IND. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 13,1

9 SERVIÇOS 10,5

10 ELECTRICIDADE GÁS E ÁGUA 10,1

PIORES RENT. CAP. PRÓPRIOS %

N.º ORDEM SECTOR RENT. CAP. PP %

1 INDÚSTRIA EXTRACTIVA -0,6

2 INDÚSTRIA TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 3,4

3 AGRICULTURA E PECUÁRIA 3,4

4 INDÚSTRIA MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 5,7

5 INDÚSTRIA METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 6,1

6 CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 6,9

7 INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 7,1

8 INDÚSTRIA QUÍMICA 7,3

9 INDÚSTRIA CELULOSE E PAPEL 7,4

10 COMÉRCIO 8,0

PIORES VARIAÇÃO DAS VENDAS %

N.º ORDEM SECTOR VAR. VENDAS %

1 COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO -41,8

2 INDÚSTRIA EXTRACTIVA -11,7

3 COMÉRCIO AUTOMÓVEL -8,4

4 MEDIA -4,9

5 IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO -4,7

6 IND. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO -1,4

7 CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS -0,8

8 COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 0,3

9 INDÚSTRIA QUÍMICA 1,4

10 COMUNICAÇÕES 2,6

MELHORES VARIAÇÃO DAS VENDAS %

N.º ORDEM SECTOR VAR. VENDAS %

1 INDÚSTRIA CELULOSE E PAPEL 60,8

2 INDÚSTRIA ALIMENTAÇÃO, BEBIDAS E TABACO 23,1

3 ELECTRICIDADE GÁS E ÁGUA 16,0

4 INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 12,2

5 TRANSPORTES 10,8

6 COMÉRCIO FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 10,5

7 COMÉRCIO 9,8

8 AGRICULTURA E PECUÁRIA 9,6

9 IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 9,4

10 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 8,0

33

Um País de serviçosPortugal está em desindustrialização acentua-da e as 500 maiores empresas não fi nanceiras do país confi rmam-no. Os serviços ocupam os cinco primeiros lugares do “ranking” sectorial por vendas. A classifi cação é comandada pelo sector do comércio da alimentar, bebidas e

tabaco com uma facturação global de quase 11 mil milhões de euros, o equivalente a 12,4 por cento das vendas totais das 500. Se somarmos o comércio de produtos petrolíferos, com um “share” de 11,3 por cento do volume global de negócios, da electricidade, gás e água (10,9 por cento), comunicações (7,8 por cento) e comér-cio automóvel (7 por cento), temos metade das

vendas da lista deste ano. Para encontramos a primeira indústria, a da alimentação bebidas e tabaco, com vendas de cerca de 5,8 mil milhões de euros e um peso de 6,5 por cento, é neces-sário descer ao sexto lugar da lista. Em sétimo surge a construção e obras públicas, o sector que coloca mais empresas nas 500 - 52 com uma facturação de 5,6 mil milhões de euros.

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S E C T O R E S

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 82 ZARA PORTUGAL CONFEC. - SOC. UNIPESSOAL LDA 204.541.000 7,0 11.570.000 60,87 1.233

2 84 EL CORTE INGLÊS - GRANDES ARMAZÉNS S.A. 190.702.000 145,0 1.206.000 0,46 1.800

3 115 ADP - ADUBOS DE PORTUGAL S.A. 140.107.000 -9,8 476.000 1,10 697

4 175 SONAE TAFIBRA - GESTÃO COMERCIAL S.A. 103.745.347 32,1 -735.431 -55,36 20

5 182 JORGE SÁ LDA 100.956.180 15,5 1.420.907 11,19 1.108

6 210 FLORÊNCIO AUGUSTO CHAGAS S.A. 87.665.319 5,6 864.024 5,29 313

7 233 MICHELIN - Cª LUSO PNEU LDA 79.057.851 -1,1 1.411.419 27,20 68

8 261 OFFICE CENTRE PORTUGAL LDA 71.658.000 18,6 2.091.000 10,46 370

9 270 S.D.P. - SOC. DE DISTRIBUIÇÃO DE PAPEL S.A. 69.583.442 -6,0 1.177.313 5,33 134

10 287 WURTH (PORTUGAL) - TÉCNICA DE MONTAGEM LDA 65.674.829 8,1 6.364.667 18,86 668

TOTAL 21 EMPRESAS DO SECTOR 1.688.650.937 9,8 46.131.335 8,00 8.343

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 6 MODELO CONTINENTE - HIPERMERCADOS S.A. 1.837.677.745 -0,9 6.986.896 14,03 11.774

2 7 MODIS - DISTRIBUIÇÃO CENTRALIZADA S.A. 1.701.299.996 4,5 317.832 5,91 1.478

3 15 Cª PORTUGUESA DE HIPERMERCADOS S.A. 999.883.000 9,6 31.423.000 16,58 5.500

4 17 PINGO DOCE - DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR S.A. 779.350.000 -1,8 12.253.000 61,15 8.500

5 20 FEIRA NOVA - HIPERMERCADOS S.A. 663.152.167 -5,7 13.952.710 31,58 4.150

6 22 MAKRO - CASH & CARRY PORTUGAL S.A. 629.541.639 -1,3 10.077.872 34,69 2.000

7 26 RECHEIO - CASH & CARRY S.A. 568.045.004 4,8 -3.255.806 -51,53 1.550

8 32 DIA PORTUGAL - SUPERMERCADOS S.A. 486.827.530 21,7 N.D. N.D. 2.360

9 44 CARREFOUR S.A. 370.115.800 14,4 10.002.482 12,01 1.810

10 61 G.C.T. - DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR S.A. 276.475.618 -21,0 1.207.944 2,93 1.066

TOTAL 44 EMPRESAS DO SECTOR 10.959.814.712 2,7 128.678.321 16,32 48.079

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

35

As empresas de capital espanhol lideram as 21 sociedades comerciais que este ano fi guram na lista das 500 maiores em termos de facturação. A cadeia de pronto-a-vestir Zara Portugal subiu do terceiro para o primeiro lugar do “ranking” e os armazéns El Corte Inglês já estão a “dar cartas” no comércio, apesar da abertura recen-te. Foi aliás este gigante espanhol o maior res-ponsável pelo crescimento geral de quase dez

por cento da facturação deste sector: as vendas do El Corte Inglês cresceram 145 por cento em relação à facturação de 2001, uma subida assinalável explicada pela abertura do primeiro estabelecimento do grupo em Portugal apenas nos últimos meses desse ano.

Não fossem os armazéns espanhóis e a re-tracção económica que se fez sentir em 2002 teria certamente como resultado a evolução

Comércio

Espanha mandanegativa das vendas do sector. Efectivamente, mais de metade das empresas de comércio so-freram uma diminuição das receitas, um con-tratempo que não chegou no entanto a afectar os resultados líquidos. As 21 maiores empresas neste domínio obtiveram um lucro conjunto de 46,1 milhões de euros e apresentam uma rentabilidade dos capitais próprios de oito por cento, próxima da rentabilidade média das 500 maiores.

Constituído na sua maioria por grossistas, este sub-“ranking” distingue-se pelas ligações à distribuição dos mais diversos tipos de pro-dutos e indústrias: química (ADP), produtos alimentares (Jorge Sá), material de escritório (Offi ce Centre), lotarias e apostas mútuas (Casa da Sorte), ferro e materiais semi-metálicos (Florêncio Augusto Chagas), pneus (Michelin) e papel (SDP, sub-“holding” da Inapa para a distribuição de papel) são apenas alguns exem-plos da variedade que caracteriza este sector.

A Sonae Tafi bra foi a única companhia a destoar nos resultados líquidos positivos em 2001, apesar de registar a maior subida de ven-das entre as sociedades de capital português. A empresa que comercializa materiais da Sonae Indústria (derivados de madeira, pavimentos laminados e outros) terminou o exercício de 2001 com prejuízos de 731,4 mil euros e uma rentabilidade negativa do capital próprio em torno de 55 por cento. A maior descida de fac-turação foi, protagonizada pela ADP-Adubos de Portugal, nascida em 1997 da fusão das duas maiores empresas portuguesas de adubos, per-tencentes aos grupos Quimigal e Sapec. Inês Sequeira

Aparentemente, os portugueses voltaram a “apertar o cinto” em 2002, devido à crise em que o país mergulhou e à subida acentuada dos preços em algumas áreas de consumo, mas as vendas no sector do comércio alimentar au-mentaram 2,7 por cento face ao ano anterior, para 10,9 mil milhões de euros — mesmo quando o orçamento é curto, a alimentação é

uma das últimas necessidades de que os portu-gueses abdicam.

O sector do comércio de alimentação, bebi-das e tabaco continua a ter duas empresas no “top ten” das 500 maiores, ambas do Grupo Sonae: a Modelo Continente Hipermercados e a Modis Distribuição Centralizada, a primeira ocupando o sexto lugar do “ranking” e a segun-

Comércio Alimentar, Bebidas e Tabaco

Fuga ao “apertar do cinto” da o sétimo. Juntas representam 32 por cento do volume de negócios do sector e detêm 27,56 por cento dos trabalhadores, num segmento que contava em 2002 com 44 empresas entre as 500 maiores. Ou seja, mais sete empresas do que em 2001.

A maioria das empresas do sector continua ligada à chamada distribuição moderna, com destaque para as grandes cadeias de super-mercados, hipermercados e “cash & carry”. Verifi ca-se, numa leitura superfi cial dos dados, que os dois maiores hipermercados a operar em Portugal – Modelo Continente (menos 0,9 por cento) e Feira Nova (menos 5,7 por cento) – sofreram uma quebra nas vendas, embora no primeiro apenas marginal. Já o Carrefour – que subiu um degrau no “ranking” – viu as vendas crescer 14,4 por cento. Interessante é a posição do Dia Portugal, uma cadeia de “hard discount”, que passou a ser a oitava maior empresa do sector e 34ª das 500 maiores, desempenho que poderá estar relacionado com os facto de os portugueses estarem agora mais preocupados em procurar produtos mais baratos e de marca branca, que tipicamente se encontram neste tipo de supermercados.

No capítulo dos resultados, merece destaque o regresso aos lucros da cadeia de supermerca-dos Pingo Doce e a redução das perdas do “cash and carry” Recheio, ambas empresas do Grupo Jerónimo Martins. Aliás, o grupo de Soares dos Santos concluiu em 2002 o processo de reestru-turação, com a venda dos activos fora do “core business” e a saída do mercado brasileiro. Anabela Campos

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36

S E C T O R E S

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 19 SIVA - SOC. DE IMPORT. VEÍC. AUTOM. S.A. 677.389.028 -7,8 30.497.808 48,70 220

2 30 RCI GEST - SOC. DE COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS S.A. 505.352.659 -3,8 10.805.607 26,02 100

3 36 MERCEDES-BENZ PORTUGAL - COMÉRC. AUTOM. S.A. 455.992.283 5,8 12.245.397 28,13 140

4 41 PEUGEOT PORTUGAL - AUTOMÓVEIS S.A. 392.323.477 7,5 1.714.706 6,78 198

5 42 GMAC - COMÉRCIO E ALUGUER DE VEÍCULOS LDA 381.300.875 -20,4 -145.078 -465,37 29

6 58 BAVIERA - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS S.A. 291.119.216 3,8 14.141.319 15,91 536

7 60 AUTOMÓVEIS CITROEN S.A. 279.738.503 0,3 935.617 11,31 374

8 65 FIAT DISTRIBUIDORA DE PORTUGAL LDA 262.098.987 -20,9 -2.082.573 -12,35 83

9 70 FORD LUSITANA S.A. 244.828.000 -28,4 1.644.000 43,38 65

10 71 FIAT AUTO PORTUGUESA S.A. 239.860.511 -9,3 -40.713.993 N.C. 78

TOTAL 40 EMPRESAS DO SECTOR 6.174.826.132 -8,4 61.833.865 8,22 7.819

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 33 ALLIANCE UNICHEM FARMACÊUTICA S.A. 474.442.327 14,6 3.898.955 21,5 410

2 54 CODIFAR - COOP. DISTRIB. FARMACÊUTICA C.R.L. 307.350.848 9,8 2.414.282 11,4 199

3 55 OCP PORTUGAL - PRODUTOS FARMACÊUTICOS S.A. 303.992.339 16,1 3.231.563 14,0 201

4 73 LEVERELIDA LDA 230.692.000 0,2 32.280.000 57,8 200

5 89 UNIÃO DOS FARMACÊUTICOS DE PORTUGAL C.R.L. 186.314.150 12,5 346.700 2,8 186

6 92 SOQUIFA - MEDICAMENTOS S.A. 178.780.896 11,4 1.732.638 9,8 180

7 106 COFANOR - COOP. DOS FARMACÊUTICOS DO NORTE C.R.L. 153.279.390 10,4 1.336.990 9,8 130

8 118 ROCHE FARMACÊUTICA QUÍMICA LDA 139.855.787 19,6 3.345.676 71,8 212

9 149 COOPROFAR - COOP. DOS PROP. DE FARMÁCIA C.R.L. 116.023.648 10,9 529.330 10,6 96

10 156 AVENTIS PHARMA LDA 114.441.439 -2,9 25.566.314 20,3 370

TOTAL 23 EMPRESAS DO SECTOR 3.194.434.468 10,5 125.878.335 26,3 4.273

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

Comércio Automóvel

De mal a piorPior do que 2002, só mesmo 2003. Por cada ano que passa, as empresas do comércio auto-móvel vêem as suas vendas diminuir. É assim, pelo menos, desde 1999 — e 2003 é um dos piores anos de sempre. A entrada em vigor da nova directiva comunitária sobre a distribuição automóvel e a expectativa de que vai implicar aumentos no preço fi nal de venda ao público, na ordem dos 10 a 15 por cento, não dá sinais de induzir uma antecipação de compras por parte dos consumidores. Entre Janeiro e Outubro,

segundo a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), venderam-se menos 19,l por cento de automóveis ligeiros, segmento que inclui os de passageiros, todo-o-terreno e comerciais. Por isso, se há sector que refl ecte a crise económica por que passa o país, o comér-cio automóvel é um deles, confi rmando ser um eterno barómetro da vitalidade do consumo interno.

Os resultados do ano passado já não foram brilhantes. As empresas representadas no

grupo das 500 maiores não fi nanceiras apre-sentaram uma quebra global de 8,4 por cento das suas vendas, mas um relance pelas 40 empresas referidas para este sector mostra que muitas foram as que tiveram quebras muito superiores à média, como é o caso da Fernando Simão, Lda, da Cimertex e da Ford Lusitana, entre os 28 e os 33 por cento. Mas também houve quem vendesse mais 33,8 por cento, como aconteceu com a Gespost.

No topo da lista das vendas, a Siva e a RCI Gest mantiveram respectivamente, o primeiro e segundo lugares, enquanto o terceiro lugar registou uma mudança, com a chegada da Mercedes-Benz Portugal a este posto. É um trio com um comportamento curioso. Os dois pri-meiros tiveram uma redução das suas vendas menor do que a média do mercado, enquanto o terceiro – cujas viaturas pertencem ao segmen-to alto e de luxo – vendeu mais 5,8 por cento em ano de crise.

Quanto a lucros, a Siva e a Fiat Auto Portu-guesa estão nos antípodas. A primeira por ter registado o valor mais elevado, de 30,4 milhões de euros, a segunda por registar o pior resulta-do, com um prejuízo de 40,7 milhões de euros. Apesar dos lucros obtidos e do nível dos seus capitais próprios, que demonstram uma boa saúde fi nanceira, a Siva não é a líder na ren-tabilidade dos capitais próprios, mas sim a se-gunda, com 48,7 por cento. Quem apresentou o melhor nível de capitalização foi a Renault Chelas, com 78,7 por cento.

Em ano de crise, o emprego também enco-lheu quase dez por cento neste sector, tendo passado de 8672 trabalhadores em 2001 para 7819 em 2002.Lurdes Ferreira

As doenças do aparelho circulatório, os tumores malignos (cancro) e as doenças dos aparelhos respiratório e digestivo são responsáveis por cerca de 80 por cento dos óbitos anuais em Portugal. O sonho de qualquer laboratório farmacêutico é con-

jugar a sua produção com uma doença que afecte muitas pessoas ou tenha ainda uma terapêutica insufi ciente – e o de um grossis-ta o de distribui-lo. O Estado gasta, através do Serviço Nacional de Saúde, centenas de milhões de contos em comparticipações nos

medicamentos, repartidos entre produtores, distribuidores e retalhistas.

A maior parte das empresas aqui listadas são grossistas internacionais, ou associações cooperativas de retalhistas nacionais orienta-das para a aquisição destes produtos para os cooperadores. As farmácias estão no fi m da linha do processo de distribuição.

Sinal da saúde deste sector é o seu ganhar progressivo, sustentado e regular de posições no ‘ranking’ das maiores empresas, associado a taxas de crescimento de vendas de dois dí-gitos, com algumas unidades a apresentarem valores ‘insolentes’, dada a actual conjun-tura, de 20 e 30 por cento. A ‘insolência’ é agravada pelos lucros que permitem taxas de rentabilidade do capital próprio superiores a 20 por cento, com alguns casos a chegarem aos 40 por cento. Estes números são a outra face das doenças, novas ou persistentes, que afl igem os portugueses, o que permite a con-sideração irónica de que a doença de uns é a saúde (fi nanceira) de outros.

Uma breve nota para a higiene e limpeza, aqui representada por menos de meia dúzia de empresas. Apesar das crescentes preo-cupações com o visual e o bem-estar físico, esta representação escassa indicia a reduzida dimensão média dos operadores de uma das principais linhas de produtos nas grandes superfícies, a chamada DPH – drogaria, per-fumaria e higiene.Rui Nunes

Comércio Farmacêutico, Higiene e Limpeza

Cooperativas saudáveis

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AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 1 PETROGAL - PETRÓLEOS DE PORTUGAL S.A. 5.205.495.000 -4,1 98.907.000 9,48 2.200

2 9 BP PORTUGUESA S.A. 1.466.605.636 7,5 18.171.250 10,16 333

3 16 SHELL PORTUGUESA LDA 1.041.510.000 -0,5 44.573.000 27,24 315

4 37 CEPSA - PORTUGUESA DE PETRÓLEOS LDA 464.823.903 7,7 3.344.847 5,46 144

5 53 REPSOL PORTUGAL - PETRÓLEO E DERIVADOS LDA 318.473.138 3,5 -4.568.545 -4,33 118

6 59 GALPGESTE - GESTÃO DE ÁREAS DE SERVIÇO LDA 292.800.732 9,7 762.355 63,61 1.126

7 74 ESSO PORTUGUESA S.A. 236.771.038 -0,2 1.274.104 3,64 128

8 92 RODOGESTE LDA 185.199.437 10,4 1.261.226 44,79 540

9 98 CARDOL - SOC. DE COMERC. DE COMBUSTÍVEIS LDA 172.716.223 48,6 406.570 88,89 180

10 111 PETRIN - PETRÓLEOS E INVESTIMENTOS S.A. 151.172.000 1,2 126.000 4,40 10

TOTAL 18 EMPRESAS DO SECTOR 10.004.906.338 0,3 168.650.508 9,81 5.820

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 50 HEWLETT-PACKARD PORTUGAL S.A. 325.200.000 61,6 N.D. N.D. 168

2 64 COMPUTER 2000 PORTUGUESA LDA 266.354.882 24,2 1.668.395 11,2 90

3 65 WORTEN - EQUIPAMENTOS PARA O LAR S.A. 263.825.472 15,1 14.381.174 66,5 690

4 83 Cª IBM PORTUGUESA S.A. 214.818.070 -3,9 18.473.194 25,0 532

5 88 CPCDI - Cª PORT. COMP. D.P. INFORMÁTICOS.S.A. 187.204.788 6,8 4.709.485 26,5 143

6 104 ERICSSON TELECOMUNICAÇÕES LDA 159.285.724 -18,4 14.881.120 60,9 320

7 112 SAMSUNG - ELECTRÓNICA PORTUGUESA S.A. 149.767.415 1,8 1.603.440 11,9 40

8 119 SONY PORTUGAL LDA 138.655.000 -8,2 6.451.000 27,4 171

9 12 SOLBI - SOC. LUSO BRITÂNICA DE INFORMÁTICA LDA 134.253.092 6,7 1.307.125 10,2 210

10 162 D.L.I. - DISTRIB. E LOGÍSTICA PARA A INFORM. S.A. 110.606.672 -8,0 158.838 2,6 100

TOTAL 27 EMPRESAS DO SECTOR 2.796.195.528 3,1 73.471.139 19,9 4.217

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

O comércio de produtos petrolíferos em Portugal está a ressentir-se da crise eco-nómica, a avaliar pelos dados relativos a 2002, segundo os quais as vendas quase es-tagnaram. O aumento estimado das vendas foi de apenas 0,3 por cento no ano passado,

um comportamento que poderá prolongar-se no ano em curso, em que o mercado voltou a funcionar sob o regime de preços máximos de venda ao público.

Com um ano de 2003 que nada trouxe de novo ao sector, apesar das promessas

Comércio de Produtos Petrolíferos

Lenta caminhada para a liberalização

de mudança, as empresas de comércio de produtos petrolíferos têm agora encontro marcado com a liberalização em 2004. É um encontro com mais garantias, a começar pelo facto de a proposta de Orçamento do Estado para 2004 já consagrar o novo regi-me de tributação dos combustíveis em sede de IVA, estabelecendo a sua entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2004. O imposto devido pela venda de combustível por parte dos revendedores passa a ser liquidado por estes com base na margem efectiva de vendas. O novo regime estabelece também que os revendedores devem manter registos separados das aquisições e vendas dos com-bustíveis abrangidos por este regime.

É assim previsível que a liberalização dos preços de venda dos combustíveis com-porte alterações num sector cujo “ranking” empresarial não tem conhecido grandes oscilações, com a petrolífera portuguesa, Petrogal, a dominar o mercado.

Apesar de 2002 ter sido um ano de crise, as empresas conseguiram mesmo assim um aumento residual das vendas no seu con-junto. O outro dado distintivo em relação ao ano transacto é o da rentabilidade dos capitais próprios, que baixou ligeiramente de 20,3 para 9,8 por cento. Pese embora a descida, este rácio mantém-se acima da média das 500 maiores empresas portu-guesas não financeiras (8,9 por cento).

Em termos individuais, há casos sin-gulares, como a Cardol, a Galpgeste e a Rodogeste, com resultados líquidos a equivalerem a entre 88 e 44 por cento dos respectivos capitais próprios.Lurdes Ferreira

As maiores empresas de comércio de material eléctrico e electrónico continuam a sofrer os efeitos da conjuntura económica, registando uma diminuição de quase 12 por cento nos resultados líquidos em 2002 face ao período

homólogo e uma rentabilidade dos capitais próprios de 19,9 por cento, quando em 2001 este indicador apontava para uns mais honro-sos 30,1 por cento. Isto apesar de um aumento de três por cento nas vendas, impulsionado

Comércio de Material Eléctrico e Electrónico

Forte quebra nas vendaspelo crescimento substancial de 61,6 por cen-to da facturação da Hewlett-Packard Portugal. A principal empresa do sector de grossistas de material eléctrico e electrónico, especializada no ramo dos computadores, subiu graças à fu-são com a Compaq para o primeiro lugar deste sub-“ranking” e para a 50ª posição na lista das 500 maiores do PÚBLICO, quando na classi-fi cação anterior ocupava, respectivamente, o quarto e o 84º lugares.

Os problemas deste sector, que tem um peso de cerca de 3,1 por cento nas vendas das 500 maiores, têm a ver não apenas com uma retracção generalizada do consumo, mas também com os atrasos nos pagamentos da parte do Estado, que continuaram a afectar o desempenho do segmento dos bens de equipamento (material eléctrico e electróni-co). Entre as mais atingidas pela descida de receitas contam-se, por exemplo, as empresas de imagem médica (radiologia), que têm uma forte dependência do Estado em termos de facturação. Do lado dos bens de consumo corrente (electrodomésticos), a situação tam-bém não é famosa, com muitas sociedades a apresentarem resultados negativos ou lucros próximos do zero.

Apesar da quase estagnação de vendas re-gistada em 2002, há que assinalar que entra-ram este ano para a lista das 500 maiores um total de sete empresas ligadas ao comércio de materiais eléctricos e electrónicos. Inês Sequeira

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S E C T O R E S

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 31 SOMAGUE - ENGENHARIA S.A. 487.622.652 2,0 10.632.838 10,60 1.461

2 39 TEIXEIRA DUARTE - ENG. E CONSTRUÇÕES S.A. 402.979.000 -2,4 21.022.000 8,24 2.050

3 43 SOC. DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA S.A. 376.919.082 14,0 5.675.192 3,36 2.590

4 49 ENGIL - SOC. DE CONSTRUÇÃO CIVIL S.A. 320.505.976 4,8 9.835.032 15,44 1.690

5 59 MOTA & Cª S.A. 286.390.501 11,6 4.844.722 3,15 4.267

6 76 EDIFER - CONST. PIRES COELHO & FERNANDES S.A. 224.574.220 -8,1 518.796 1,11 1.148

7 80 C.M.E. - CONST. E MANUT. ELECTROMECÂNICA S.A. 215.297.313 0,5 4.546.915 18,31 1.329

8 103 CONSTRUTORA DO TÂMEGA S.A. 157.963.941 -3,8 1.245.440 1,95 527

9 124 CONSTRUTORA ABRANTINA S.A. 134.195.437 -27,2 937.244 2,85 790

10 133 SGAL - SOC. GESTORA DA ALTA DE LISBOA S.A. 127.955.255 -7,8 3.371.393 12,09 33

TOTAL 52 EMPRESAS DO SECTOR 5.578.377.517 -0,8 133.836.779 6,89 32.170

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

2002 foi um ano mau para as telecomuni-cações em Portugal. A OniWay, o quarto operador móvel, encerrou sem sequer se estrear no mercado, por decisão dos seus ac-cionistas, que optaram por vender os activos aos operadores concorrentes já instalados no mercado. Estes – TMN, Vodafone e Op-timus – chegaram ao fi nal do ano com um novo fôlego, libertos da ameaça de nova con-corrência e certos de que os investimentos

no UMTS iriam ser novamente adiados. O fecho da OniWay não foi sufi ciente, porém, para afastar as movimentações no sentido de uma concentração no sector, com todos a dizerem que querem comprar a Optimus e com esta a repetir sistematicamente que não está à venda. 2004 poderá ser o ano das grandes decisões, sobretudo se a terceira geração móvel vier a ser comercialmente lançada.

Comunicações

Móveis cercam o fi xoNo topo da tabela das empresas de tele-

comunicações com maiores vendas, poucas alterações ocorreram em 2002. A PT Comu-nicações foi líder, embora tenha acentuado nesse mesmo ano a perda de receitas, de clientes e de tráfego, não tanto para a con-corrência, mas sim por causa da transferên-cia de valor para as comunicações fi xas. Nos móveis, o panorama é distinto: TMN e Vo-dafone aumentaram a sua receita em rela-ção a 2001 e, em conjunto, facturaram mais que a PT Comunicações. A Optimus, apesar de, segundo a tabela, ter reduzido ligeira-mente a sua facturação, subiu um lugar no “ranking”, juntando-se às suas concorrentes directas e destronando os CTT, que passou da quarta para a quinta posição. De notar que os Correios são o maior empregador do sector, com um total de 16 mil funcionários

No segmento do fi xo, a Novis Telecom subiu um lugar no “ranking”, de oitavo para sétimo, mas a sua concorrente Oni Telecom teima em não fi gurar nesta tabela, presumi-velmente porque continua a não enviar os dados exigidos para a sua inclusão.

As empresas de televisão por cabo pon-tificam na segunda metade da tabela, com a Cabovisão, que se encontra em situação económica difícil, a “intrometer-se” entre a TV Cabo Tejo e a TV Cabo Porto, o que só se torna possível com a desagregação da TV Cabo em diversas empresas. Já a SIBS, que pelo primeiro ano figura neste “ranking”, na medida em que presta servi-ços de comunicações, ocupa a oitava posi-ção, com uma facturação de 102,9 milhões de euros. Clara Teixeira

Foi um mau ano e não se adivinham tempos melhores. No sector da construção ninguém escamoteia a crise, que nem a edifi cação de dez estádios para o Euro 2004 conseguiu aliviar. Os indicadores e as estatísticas su-

cedem-se, revelando invariavelmente curvas decrescentes, e os índices negativos não têm dado tréguas. Quer ao nível da produção na construção e obras públicas, quer ao nível do emprego, remuneração e horas trabalhadas,

ambos os índices têm registado decréscimos em termos homólogos. Estas variações nega-tivas acabam por consubstanciar a perspecti-va de forte quebra de actividade para o sector em 2003, que a Comissão Europeia estima numa quebra de dez por cento. Perante um tão óbvio leque de difi culdades, os empresá-rios mostram-se bastante pessimistas relati-vamente ao futuro do sector, tanto no que se refere à produção, como ao emprego e aos preços a praticar.

Na realidade, em dez meses ter-se-ão aberto cerca de 2178 concursos tendo em vista a execução de empreitadas de obras públicas, cujo valor acumulado se encontra 6,5 por cento abaixo do registado no mesmo período de 2002. E, relembre-se, esse já foi um ano de forte contenção das intenções de investimento público – segundo a Associação Nacional e Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP), os valores de licitação fi caram cerca de 29 por cento abaixo dos valores de licitação verifi cados em 2001. E a tendência é de agravamento, com o Governo a admitir que o investimento público será cada vez mas “racional” e “selectivo”.

As poucas obras públicas que se adi-vinham em carteira serão, quase todas elas, lançadas no regime de concepção/construção/exploração, o que limita o leque de empresas potencialmente interessadas.Luísa Pinto

Construção e Obras Públicas

Crise anunciada

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 4 PT COMUNICAÇÕES S.A. 2.301.361.766 -7,9 348.437.426 21,21 10.270

2 8 TMN - TELECOMUNICAÇÕES MÓVEIS NACIONAIS S.A. 1.475.256.714 5,8 259.764.000 43,47 1.190

3 13 VODAFONE TELECEL - COMUNICAÇÕES PESSOAIS S.A. 1.056.016.564 10,4 98.373.584 17,67 1.100

4 23 OPTIMUS - TELECOMUNICAÇÕES S.A. 612.089.706 -0,9 17.292.969 4,13 1.030

5 24 CTT - CORREIOS DE PORTUGAL S.A. 608.817.433 2,3 -32.538.655 -10,13 16.134

6 56 PT PRIME S.A. 294.413.786 15,1 1.041.171 2,64 730

7 104 NOVIS TELECOM S.A. 156.996.000 51,4 -77.646.000 -116,32 220

8 179 SIBS - SOC. INTERBANCÁRIA DE SERVIÇOS S.A. 102.884.000 -11,0 4.695.000 9,26 356

9 211 TV CABO TEJO S.A. 87.573.000 36,3 4.622.000 19,91 139

10 223 CABOVISÃO - SOC. DE TELEVISÃO POR CABO S.A. 81.489.000 125,9 -95.560.000 -137,53 260

TOTAL 12 EMPRESAS DO SECTOR 6.907.004.866 2,6 518.743.610 13,64 31.618

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

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AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 2 EDP S.A 3.479.696.000 6,1 92.821.000 6,1 7.800

2 3 REN - REDE ELÉCTRICA NACIONAL S.A. 2.302.868.020 4,2 65.414.772 8,3 570

3 10 Cª PORTUGUESA DE PROD. DE ELECTRICIDADE S.A. 1.330.350.000 9,1 302.335.000 12,4 1.550

4 16 LISBOAGAZ - DISTRIBUIÇÃO DE GAZ LDA 976.180.000 870,4 -2.928.000 -6,4 242

5 28 TRANSGÁS - SOC. PORT. DE GÁS NATURAL S.A. 535.229.000 1,9 52.978.300 47,1 198

6 53 TURBOGÁS - PRODUTORA ENERGÉTICA S.A. 310.161.000 4,1 -354.000 -1,7 9

7 68 TEJO ENERGIA S.A. 255.001.000 1,3 40.726.000 25,1 9

8 134 EPAL - EMP. PORTUGUESA DAS ÁGUAS LIVRES S.A. 127.839.328 2,6 9.377.598 2,9 1.018

9 194 GDL - SOC. DISTRIB. DE GÁS NATURAL DE LISBOA S.A. 97.617.974 6,9 -2.928.183 -6,4 242

10 242 EMPRESA DE ELECTRICIDADE DA MADEIRA S.A. 76.323.762 8,3 1.181.390 1,2 874

TOTAL 13 EMPRESAS DO SECTOR 9.657.262.656 16,0 569.838.908 10,1 13.494

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 23 LACTOGAL - PRODUTOS ALIMENTARES S.A. 653540284 8,405764641 32632372 15,87240722 1900

2 40 NESTLÉ PORTUGAL S.A. 436436300 6,929822233 35491000 30,58039946 1130

3 48 TABAQUEIRA - EMP. INDUSTRIAL DE TABACOS S.A. 336075528 13,26860438 56994557 20,15071758 975

4 66 REAGRO - IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO S.A. 263101243 11,54266065 1290178 12,65619415 52

5 69 SCC - SOC. CENTRAL DE CERVEJAS S.A. 257360024 9,86287743 -871675 -0,389568838 1003

6 71 FIMA/VG - DISTRIB. DE PROD. ALIMENTARES LDA 249070000 -11,32291107 31645000 41,41961493 288

7 89 AGROS CRL 187116000 11,67104321 1794000 1,683890406 504

8 99 SOVENA S.A. 169425569 10,03517275 7055404 34,93522079 209

9 110 LONGA VIDA - INDÚSTRIAS LÁCTEAS S.A. 152476649 5,324429235 -3245746 -125,8560119 202

10 120 DANONE PORTUGAL S.A. 138192000 18,97308745 17505000 37,06487677 291

TOTAL 49 EMPRESAS DO SECTOR 5770571351 4,939899879 292247185 13,71490701 16802

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

O chamado sector das “utilities”, dos serviços públicos, está a viver um ano entre a espera, na água, e a profunda mudança, na energia. A electricidade e o gás são os grandes protagonis-tas de um plano de reestruturação empresarial que o ministro da Economia anunciou no fi nal do primeiro trimestre, com a passagem do negócio do gás natural para o grupo EDP.

Estão em jogo diferentes interesses accionistas e uma complexa arrumação, com insistentes prognósticos a apontarem para a conquista de uma posição determinante no negócio do gás natural por parte dos italianos da Eni e de uma aproximação entre as duas maiores eléctricas dos dois países ibéricos, a EDP e a Endesa. Tudo isto em nome da construção do Mercado

Ibérico da Electricidade (Mibel).Enquanto os acordos não se fecham, bem

que os leitores podem perguntar pela crise, ao depararem-se com os resultados relativos a 2002, o que legitima o interesse dos investido-res que olham para estas empresas como valor seguro e conservador. Num ano em que toda a economia foi corrida a sinais negativos, não há uma única empresa de electricidade, água ou gás cujas vendas tenham caído. Apenas não cresceram tanto como em anos anteriores: a variação foi de 16 por cento, contra 40 por cen-to no ano transacto. O sinal concreto da crise e das mudanças por que passa o sector está, pelo menos, nos números relativos a um emagreci-mento acelerado do emprego, de 24 por cento no espaço de um ano, e do “alargamento” da lista deste sector a três concessionárias de gás natural, a Lisboagás, a Portgás e a GDL.

O sector continua a caracterizar-se por um número reduzido de actores, mas em que o peso dominante do universo EDP, através da EDP Distribuição e CPPE, para a produção, continua a descer. Neste sector das “utilities”, as duas empresas da EDP já pesaram mais de metade das vendas, no ano passado não chega-ram a metade.

Apesar de um menor crescimento das ven-das e de uma quebra dos lucros de quase 30 por cento, as empresas evitaram, no seu conjunto, a descapitalização: a rentabilidade dos capitais próprios foi de 10,1 por cento em 2002, acima da média das 500 maiores empresas portugue-sas não fi nanceiras, que foi de 8,9 por cento. Lurdes Ferreira

Electricidade, Gás e Água

Crise ao lado

O facto de este sector contar com quase 10 por cento do total das 500 empresas desta edição é sintomático do seu peso na estrutura económica nacional. Do leite ao “whisky”, do arroz ao chouriço, do café ao vermute, do pão ao açúcar, passando pelo tabaco, carne e peixe, poucos serão os produtos deste sector ausentes do quotidiano dos consumidores. Um pouco à semelhança de outras realidades

empresariais, aqui as economias de escala prevalecem, mas há vários casos em que as economias de gama as complementam. Ou seja, a produção em massa convive com a produção diversifi cada. Por exemplo, o leite permite o queijo, a manteiga e o iogurte.

A dependência de um produto em que par-te importante destas empresas se encontra, que as coloca em situação de ‘monocultura’,

é um risco, dada a possibilidade de uma mu-dança de gosto ou um choque que afecte a sua facturação. Por exemplo, os produtores de frangos sofreram em pleno o choque da que-bra de consumo destas aves subsequente ao caso dos nitrofuranos, como se passara antes com as vacas.

Preocupações sociais crescentes com a saúde e a ecologia são outras tendências, novas, que obrigam estes produtores a reagir e a ponderar a sua actividade. Vide as cam-panhas anti-tabagistas, ou os alertas para os malefícios do álcool ou do açúcar, ou as regulamentações comunitárias que proíbem a pesca de certas espécies para as salvaguar-dar. Para mais, o velho jogo da concorrência não desaparece, como se viu com a reacção às importações de carne, peixe e vinho de Espanha.

Entre novas exigências regulamentares, condicionantes de saúde pública ou ecoló-gicas e intensifi cação da concorrência, estas empresas (as que podem) respondem com inovação (de mercados e produtos) e comu-nicação, que vai da publicidade clássica ao fomento de iniciativas como artigos na im-prensa ou até congressos, que visam divulgar a qualidade dos seus produtos e a sua bonda-de para a saúde dos consumidores.

Este sector tem ainda a particularidade de ser um dos suportes mais resilientes do imposto sobre o valor acrescentado (IVA), uma vez que é aqui que se fazem os últimos sacrifícios em tempo de crise, o que o torna interessante para o ministério das Finanças.Rui Nunes

Indústria Alimentar, Bebidas e Tabaco

Da mesa até ao fi sco

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S E C T O R E S

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 5 AUTOEUROPA - AUTOMÓVEIS LDA 1.955.000.000 -14,0 N.D. N.D. 3.500

2 27 RENAULT PORTUGUESA - SOC. IND. E COMERCIAL S.A. 556.651.749 -3,1 9.135.941 5,35 197

3 40 SALVADOR CAETANO S.A. 395.914.430 4,2 6.275.242 5,45 1.281

4 45 CITROEN LUSITÂNIA S.A. 364.922.391 -2,4 2.922.004 13,75 1.288

5 75 LEAR CORPORATION PORTUGAL S.A. 224.872.034 -23,0 -290.195 -0,51 5.300

6 79 YAZAKI SALTANO DE PORTUGAL LDA 220.103.562 4,6 7.499.471 36,97 5.460

7 91 FAURECIA - SISTEMAS DE ESCAPE PORTUGAL LDA 179.400.000 12,1 5.150.000 19,83 1.500

8 93 C.A.C.I.A. S.A. 175.944.000 29,1 2.658.000 6,27 783

9 113 MITSUBISHI TRUCKS EUROPE S.A. 144.895.630 10,8 -255.195 -6,67 407

10 157 SAI-AUTOMOTIVE PORTUGAL S.A. 113.450.567 19,4 N.D. N.D. 601

TOTAL 18 EMPRESAS DO SECTOR 4.880.611.657 5,1 71.754.921 7,13 25.256

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 12 PORTUCEL - EMP. PRODUTORA DE PASTA E PAPEL S.A. 1.085.605.000 138,4 87.537.000 8,80 1.208

2 122 PORTUCEL VIANA S.A. 134.806.379 2,8 15.925.269 9,04 337

3 126 STORA CELBI - CELULOSE BEIRA INDUSTRIAL S.A. 133.493.800 -4,3 18.367.329 6,51 420

4 183 RENOVA - FÁBRICA DE PAPEL DO ALMONDA S.A. 100.878.599 6,8 1.501.423 2,58 816

5 266 PORTUCEL EMBALAGEM S.A. 70.696.423 -3,3 3.768.489 9,45 520

6 435 LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS S.A. 43.832.960 -8,0 -5.891.680 -34,35 520

7 445 PORTUCEL TEJO - EMP. DE CELULOSE DO TEJO S.A. 42.447.000 -7,2 -1.345.000 -2,62 290

8 454 Cª DO PAPEL DO PRADO S.A. 41.105.641 0,9 1.503.125 9,85 274

TOTAL 8 EMPRESAS DO SECTOR 1.652.865.802 60,8 121.365.955 7,43 4.385

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

Quando 2002 encerrou, com a Autoeuropa a registar uma quebra de vendas de 14 por cen-to, os receios sobre o futuro da maior fábrica automóvel do país estavam a atingir o seu ponto máximo. Não que as vendas fossem a razão directa da preocupação, mas por elas indiciarem um momento de fragilidade de um investimento cujo impacto para a economia portuguesa se mede pelo facto de implicar um

sector inteiro. 2003 fi cará, assim, marcado como o ano em que a Volkswagen acalmou os ânimos ao anunciar a continuidade da fábrica, a atribuição de um novo modelo para produção para um nicho de mercado e um novo e am-bicioso plano de investimentos, nos próximos anos, de 500 milhões de euros. Foi o próprio presidente da VW, Bernd Pischetsrieder, que o anunciou em Palmela.

Indústria Automóvel

Futuro com mais confi ançaDa mesma forma que a Autoeuropa deu um

novo fôlego à indústria automóvel em Portugal na década de 90, um eventual desinvestimento da VW teria agora um efeito negativo propor-cional, com risco de o país perder, de vez, a sua oportunidade de ter uma indústria automóvel e um sector fortemente exportador. A expectativa em que o sector viveu nos meses anteriores jus-tifi cava-se, por isso. Afi nal, o seu grande investi-mento-âncora será reforçado, esperando servir de bom argumento para a captação de futuros projectos, nomeadamente com o que se prome-te com o P3, o veículo urbano da Pininfarina.

O entusiasmo com que se encara estes projectos tem, no entanto, uma limitação real e que o programa Inauto deu, recentemente, a conhecer: mais de 70 por cento dos trabalha-dores desta indústria não atinge a escolaridade obrigatória e apenas 6,8 por cento tem uma qualifi cação superior. O quadro não difere do resto da economia, mas dá conta do esforço necessário para que a mão-de-obra nacional se torne competitiva. A concorrência internacio-nal, nomeadamente vinda do Leste e dos seus trabalhadores qualifi cados e de menor remu-neração, só aumenta a urgência desse esforço, dizem os especialistas.

A lista de empresas do sector, que este ano não inclui dados para a Simoldes, sendo esta uma das maiores desta indústria, dá um sinal positivo para o futuro. Em 2002, já em ano de crise, as vendas no seu conjunto não que-braram, tendo antes fi cado por um aumento de cinco por cento e a vitalidade fi nanceira do grupo representado melhorou ligeiramente.Lurdes Ferreira

É um sector dominado pelo “universo” do Grupo Portucel Soporcel, detentor da maior fi leira fl orestal do país e responsável por uma das mais controversas privatizações de sempre em Portugal, cujo processo tem sido sucessi-vamente adiado. Das oito empresas do sector da indústria de celulose, papel e artes gráfi cas presentes nas 500 maiores, cinco são do Grupo Portucel Soporcel, sendo responsáveis por 84 por cento do volume de negócios, próximo dos 1,380 mil milhões de euros. O sector, graças ao

crescimento do volume de vendas da Portucel – Empresa Produtora de Pasta, SA, viu as re-ceitas aumentarem 60,8 por cento face ao ano anterior, para 1,652 mil milhões de euros. Um salto que ocorre também no seguimento da re-estruturação do sector da pasta e do papel, e que passou pela absorção da Soporcel pela Portucel. Em termos globais, o sector é responsável por 1,9 por cento das vendas das 500 maiores, sen-do que a Portucel SA ocupa o honroso 14º lugar do “ranking”, uma progressão em fl echa face a

2001, ano em que se situava no 31º lugar. Já no que diz respeito aos lucros, o comportamento da Portucel não é tão exaltante, traduzindo-se por um crescimento mais modesto, já que os re-sultados líquidos aumentaram de 71,7 milhões de euros em 2001 para 87,5 milhões em 2002. E há mesmo uma empresa do grupo que apresen-tou prejuízos: a Portucel Tejo. Ainda assim, há uma melhoria face a 2001, uma vez que nesse ano a Portucel Embalagem também tinha tido prejuízo. De salientar ainda o facto de a Portucel Viana ter ultrapassado em volume de vendas a Stora Celbi, destronando-a do segundo lugar.

A Portucel continua em 2003 à espera que se conclua a segunda fase de privatização, e o mais provável é que o processo resvale para 2004. Tem sido longa e conturbada esta pri-vatização, cujo último desenvolvimento foi o “chumbo” em Assembleia Geral da proposta do Governo para entrada, através de aumento de capital, do consórcio Cofi na/Lecta, que pas-saria a controlar 25 por cento do capital, uma participação idêntica à do maior accionista pri-vado, a Sonae. A segunda fase de privatização da Portucel deverá agora avançar através de um concurso público, com a venda de um bloco indivisível de 30 por cento do capital.

Deste sector fazem ainda parte a Renova, empresa com forte implementação no mercado espanhol, e cujas vendas cresceram 6,4 milhões para 100,8 milhões de euros em 2002, e a Lis-gráfi ca, que sofreu uma quebra nas receitas de oito por cento, para 43,8 milhões de euros em 2002. Anabela Campos

Indústria Celulose, Papel e Artes Gráfi cas

Portucel “engorda”

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AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 100 MERCK SHARP & DOHME LDA 161.680.797 2,5 15.363.307 51,3 183

2 128 GLAXOSMITHKLINE - PRODUTOS FARMACÊUTICOS LDA 132.406.669 30,3 11.951.607 25,9 328

3 131 NOVARTIS FARMA - PRODUTOS FARMACÊUTICOS S.A. 129.197.546 2,8 2.423.998 14,7 321

4 171 BAYER PORTUGAL S.A. 107.090.950 3,2 8.773.265 15,7 306

5 230 JANSSEN - CILAG FARMACÊUTICA LDA 79.474.000 -0,9 -1.363.000 -56,7 315

6 232 UNILFARMA - UNIÃO INT. LAB. FARMACÊUTICOS LDA 79.315.877 17,5 2.103.914 15,4 80

7 265 PORTELA & Cª S.A. 70.812.822 7,6 974.140 3,9 206

8 288 SANOFI SYNTHELABO - PROD. FARMACÊUTICOS S.A. 65.474.674 4,9 4.933.394 20,5 278

9 338 LABORATÓRIO MEDINFAR - PROD. FARMACÊUTICOS S.A. 55.654.946 3,0 -420.116 -3,2 263

10 457 LILLY FARMA - PRODUTOS FARMACÊUTICOS LDA 40.985.044 15,9 2.127.398 19,4 113

TOTAL 10 EMPRESAS DO SECTOR 922.093.325 8,0 46.867.907 19,7 2.393

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 114 CASCA - SOC. DE REVESTIMENTOS S.A. 142.578.161 -0,2 4.868.586 5,25 577

2 216 LUSO FINSA - IND. E COMÉRCIO DE MADEIRAS S.A. 83.841.880 44,6 3.736.260 8,19 218

3 323 AMORIM - REVESTIMENTOS S.A. 58.183.000 -1,7 -1.231.000 -6,34 548

4 416 ÁLVARO COELHO & IRMÃOS S.A. 45.597.058 -6,3 2.314.503 21,03 158

5 440 CORTICEIRA AMORIM - INDÚSTRIA S.A. 43.175.399 -13,7 4.318.851 17,51 416

6 449 SARDINHA & LEITE S.A. 41.684.970 -6,7 296.390 2,02 281

7 456 MANUEL TEIXEIRA & Cª LDA 41.016.757 0,3 237.512 1,45 96

8 469 VICAIMA - IND. DE MADEIRAS E DERIVADOS S.A. 39.698.284 4,1 653.891 1,53 650

9 479 VINOCOR - INDÚSTRIA DE CORTIÇA LDA 38.708.194 42,8 383.719 7,04 92

TOTAL 9 EMPRESAS DO SECTOR 534.483.703 4,9 15.578.712 5,72 3.036

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

Em torno do produto fi nal da indústria farma-cêutica – o medicamento – evoluem três tipos de agentes com interesses de compatibilização difícil: os doentes, as empresas e o Governo. Os primeiros querem mais medicamentos e mais baratos; as empresas pretendem inova-ção fi nanciada e facilitada pela existência de recursos humanos qualifi cados, rapidez na introdução dos medicamentos no mercado,

colocados a um preço “interessante” e com a patente protegida o máximo de tempo possível; o Governo quer conter o crescimento de custos orçamentais, embaratecer medicamentos e repartir o fardo fi nanceiro com empresas e do-entes. Mas, por outro lado, reforça-se a ideia de que o problema fi nanceiro da saúde ultrapassa o do custo do medicamento.

Entretanto, perfi la-se no horizonte um

factor que escapa ao controlo destes agentes e ameaça comprometer todo o sistema médico-medicamentoso, ao colocar de forma aguda a questão da sua sustentabilidade orçamental: o envelhecimento populacional. Este é, aliás, a par das pensões de reforma, o tema central da discussão sobre as perspectivas orçamentais a médio e longo prazo. Problema tanto maior em Portugal, quando os rácios e a qualidade na área são inferiores à média europeia.

Dependente do sucesso da investigação e desenvolvimento (I&D), que demora anos e consome verbas avultadas, as empresas da indústria farmacêutica assentam a sua factu-ração em poucos produtos – por vezes, ape-nas em um ou dois -, o que explica a relativa atomização deste sector empresarial, quando comparado com outros. Daqui a importância que dão à protecção e duração das patentes e à concorrência dos genéricos.

É a este propósito que se justifi ca realçar a evolução sustentada da Bial, empresa portugue-sa integrada no grupo liderado por Luís Portela e constante da lista como Portela & Cª, que está à beira de conseguir a produção do primeiro me-dicamento português, um anti-epiléptico. Este acontecimento será o culminar de um percurso de fomento da investigação, própria e alheia, ao longo de anos, que tem tido a sua projecção mais mediática na actividade da Fundação Bial, traduzida designadamente nos prémios Bial de medicina (150 mil euros) e medicina clínica (50 mil euros) e nas bolsas de investigação — estas últimas já apoiaram 142 projectos, englobando 449 investigadores de 15 países.Rui Nunes

Indústria Farmacêutica

Um fenómeno nacional

Menos de dois por cento das empresas deste universo de 500 actuam na indústria da ma-deira. Das nove empresas representadas, so-bressai a hegemonia da Casca (grupo Sonae) no fabrico de aglomerados de madeira, com cerca de 26 por cento do volume de negócios do total da amostra, ou seja, cerca de 142,9 milhões de euros, praticamente inalterável relativamente a 2001. Apesar de distante, a segunda maior empresa em termos de

facturação confi gura uma entrada directa. A Lusofi nsa, de capitais espanhóis, não estava classifi cada em 2001, mas o seu desempenho em 2002 permitiu-lhe fi car acima da meta-de da tabela geral (216º) e em segundo no ranking do sector, com um aumento de 44,6 por cento nas vendas, que atingiram os 83,4 milhões de euros.

O outro segmento representativo do sector e com uma longa tradição e vocação exporta-

dora, nomeadamente para países fora da União Europeia, como os Estados Unidos ou a Rússia, é o da cortiça. O igualmente líder habitual, a Corticeira Amorim, sofreu uma quebra de ven-das na ordem dos 13,7 por cento, baixando de 50 para 43 milhões de euros. Simultaneamente há uma subida exponencial da Vinocor, que tem sido analisada por várias entidades como um dos casos de sucesso empresarial dos últi-mos anos, que regista uma entrada fulgurante para as 500 maiores, ganhando cerca de 11 milhões de euros em vendas, ou seja, mais 42,8 por cento, que lhe permite fi xar a facturação em 38 milhões de euros, menos cinco milhões do que a Corticeira Amorim, com menos 324 tra-balhadores, mas também com uma menor ren-tabilidade de capitais próprios e com um valor absoluto de resultados líquidos correspondente a menos de 10 por cento do apresentado pela Corticeira Amorim.

De qualquer forma, este sector conseguiu sobreviver ao abrandamento económico mun-dial, com um aumento de vendas de 4,9 por cento, também favorecido por uma não exces-siva dependência dos mercados europeus.

Quer a Sonae, nomeadamente na América Latina, quer o grupo Amorim, nos Estados Uni-dos, são exemplos de como um sector tradicio-nal pode conquistar espaços internacionais que lhe permitem diversifi car e, assim, amortecer os riscos de um posicionamento menos sólido na Europa, onde as empresas espanholas, italianas e escandinavas são extremamente competitivas.Fátima Azevedo

Indústria da Madeira, Cortiça e Móveis

Rolha na crise

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S E C T O R E S

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 111 COLEP PORTUGAL S.A. 147.194.050 17,3 7.347.000 12,00 986

2 129 BOMBARDIER TRANSPORTATION PORTUGAL S.A. 132.346.331 17,0 11.249.145 19,49 579

3 135 LUSOSIDER - PROJECTOS SIDERÚRGICOS S.A. 126.707.268 4,4 -1.642.540 -1,82 303

4 136 LUSOSIDER - AÇOS PLANOS S.A. 126.707.267 4,4 -1.642.540 -1,82 282

5 173 LISNAVE - ESTALEIROS NAVAIS S.A. 104.246.067 -7,4 -1.959.474 -28,59 1.020

6 213 ALSTOM PORTUGAL S.A. 86.564.842 44,9 603.940 5,91 380

7 241 FERPINTA S.A. 76.456.363 -3,7 5.668.870 16,13 215

8 243 MARTIFER - CONSTRUÇÕES METALOMECÂNICAS LDA 75.655.653 58,9 2.911.596 17,12 637

9 253 OTIS ELEVADORES S.A. 73.145.165 9,7 11.280.005 34,54 620

10 259 EMEF S.A. 71.914.418 -11,4 -8.837.551 -467,59 1.846

TOTAL 18 EMPRESAS DO SECTOR 1.425.986.659 9,4 33.906.781 6,06 9.755

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

O sector do material eléctrico e electrónico sofreu um ligeiro decréscimo nas vendas em 2002, o que era previsível se atendermos ao for-te retrocesso do consumo interno e ao abranda-mento da procura externa. Este sector tem vin-do a consolidar, de forma gradual, um pendor exportador e, por isso, concluiu o exercício do ano passado com desempenho negativo.

Das 22 empresas representadas, há algumas situações de forte quebra de facturação entre os grossistas de electrodomésticos, como nos casos da Philips e da Bosch, com uma redução de 46,5 por cento e 34,4 por cento, respectivamente, e da Alcatel e da Cabelte, que venderam, nesta or-dem, menos 25,5 por cento e 24,4 por cento. No caso da Alcatel, a braços com uma concorrência

Indústria de Material Eléctrico e Electrónico

Curto-circuito integradoatroz na área dos equipamentos de telecomuni-cações, além da perda de um quarto das vendas, quase quadruplicou os resultados negativos, chegando aos 20 milhões de euros. No que respeita aos electrodomésticos, há que ter em conta que se trata de um segmento com tendên-cia para a saturação, com aumentos progressi-vamente decrescentes e muito infl uenciado pelo chamado “mercado da substituição”.

Nas últimas décadas, o consumo doméstico deste tipo de bens explodiu e, mesmo com os “up-grades” aliciantes de produtos com ciclo de vida cada vez mais curto, a procura tende a refrear em época de desaceleração económica. Um segundo factor prende-se com o aumento da concorrência pelo preço e a entrada de no-vos fi gurantes num cenário onde a cartelização da imagem de marca já não é o que era.

Uma procura mais sensível ao preço em situação de crise e a política agressiva de novos concorrentes explica grande parte desta situ-ação. Quanto à certa estagnação de empresas vocacionadas para a electrónica industrial, é a lei da engrenagem, que também se aplica ao dinamismo evidenciado pelas empresas de semicondutores e de sistemas eléctricos. Este segmento, sustentado pela elevada capacidade tecnológica e pela necessária produtividade, é naturalmente aquele com maior potencial de crescimento, mesmo em época de abrandamen-to. Porque, como diria Schumpeter, destrói-se, inova-se para criar. Só que esse poder da inova-ção não é exclusivo de actividades com elevada componente tecnológica.Fátima Azevedo

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 18 INFINION TECHNOLOGIES S.A. 680.430.675 32,3 3.648.517 3,84 711

2 25 SIEMENS S.A. 597.183.839 -2,4 50.895.865 31,96 1.284

3 50 BLAUPUNKT AUTO-RÁDIO PORTUGAL LDA 318.967.149 N.D. N.D. N.D. 2.035

4 94 VULCANO - TERMO-DOMÉSTICOS S.A. 175.936.070 3,5 19.793.110 27,50 1.200

5 95 PHILIPS PORTUGUESA S.A. 172.722.000 -46,5 -199.000 -0,70 200

6 125 GRUNDIG - SISTEMAS DE ELECTRÓNICA LDA 133.985.650 -11,1 11.975.534 37,67 669

7 138 ALCATEL PORTUGAL S.A. 126.601.827 -25,5 -20.229.225 -363,66 410

8 146 MERLONI - ELECTRODOMÉSTICOS S.A. 119.676.547 11,9 -2.310.676 -9,24 294

9 255 SCHNEIDER ELECTRIC PORTUGAL LDA 72.670.553 -2,5 1.152.031 10,53 230

10 276 ALCOA FUJIKURA PORTUGAL S.A. 68.028.037 115,3 -85.233 -9,95 1.443

TOTAL 22 EMPRESAS DO SECTOR 3.141.780.187 -1,4 80.296.231 13,10 12.280

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

Tal como a indústria química, a metalurgia e a metalomecânica inserem-se no que se resolveu chamar de indústria “pesada”. Pesada nos in-vestimentos, pesada, em tempos, na estrutura produtiva. Um sector que sofreu uma reestru-turação no início da década de 90, com várias privatizações, depois do conhecido fenómeno de nacionalizações de 1975, e que benefi ciou da entrada de capitais estrangeiros.

A Bombardier, a Lusosider ou a Alstom

são exemplos de dinamismo nas vendas e que explicam a sua integração neste ranking. As empresas de capitais nacionais, tradicionais no sector, como a Ferpinta ou a Lisnave, depois de uma mais ou menos desidratante travessia no deserto, têm conseguido manter-se na cami-nhada. De qualquer forma, ainda subsistem dramas de gestão, na medida em que a Luso-sider e a Lisnave apresentam prejuízos na or-dem dos dois milhões de euros, o que, no caso

da empresa do grupo Mello, representa uma rentabilidade negativa dos capitais próprios de 28 por cento. A Colep e a Bombardier sobres-saem pela positiva, porque, num ano de pior desempenho generalizado, conseguiram não só aumentar a facturação acima dos 17 por cento, como mantêm rácios de rentabilidade dos capitais próprios a dois dígitos, 12 por cento e 19,5 por cento, respectivamente, bem acima da média do sector (6,15 por cento) e do total das 500 maiores (8,9 por cento). As cerca de 1500 pessoas que trabalham nestas empresas não te-rão motivos de angústia, ao contrário das 1846 que trabalham na EMEF, que, ano após ano, continua a acumular prejuízos, que atingem os oito milhões de euros, agravados por uma que-bra de 11,4 por cento no volume de vendas.

Seja nos produtos, seja nos processos produ-tivos, esta é uma indústria onde a sofi sticação tecnológica permite ganhar posições privilegia-das na arena internacional. E é precisamente por isso que os capitais estrangeiros possibilita-ram a manutenção e até dinamização do ritmo de crescimento da actividade, minimizando os efeitos da racionalização de custos em termos de emprego. Por outro lado, o tipo de orientação arquitectónica e de novos espaços públicos e de conceitos de habitação, como os condomínios fe-chados, explicam o crescimento sustentado das vendas de empresas de elevadores, bem como das empresas de metalomecânica de modo geral. A construção dos estádios de futebol e a próxima construção da rede ferroviária de TGV são óbvios exemplos de como o sentimento eco-nómico do sector tende para o optimismo. Fátima Azevedo

Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

Evitar descarrilamentos

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AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 29 SECIL - Cª GERAL DE CAL E CIMENTO S.A. 521.297.000 55,9 64.282.000 14,20 2.084

2 37 CIMPOR - INDÚSTRIA DE CIMENTOS S.A. 436.800.300 -4,4 101.302.700 60,05 850

3 147 ROCA - CERÂMICA E COMÉRCIO S.A. 118.378.279 0,1 11.778.250 15,08 773

4 165 BA - FÁBRICA DE VIDROS BARBOSA & ALMEIDA S.A. 109.809.703 17,0 5.680.057 7,30 745

5 178 BETECNA - BETÃO PRONTO S.A. 102.910.000 20,0 4.945.000 13,76 210

6 192 CMP - CIMENTOS MACEIRA E PATAIAS S.A. 98.009.536 -2,6 12.730.282 9,60 375

7 204 CIMPOR BETÃO - INDÚSTRIA DE BETÃO PRONTO S.A. 93.417.500 5,1 5.545.400 19,69 150

8 218 BETÃO LIZ S.A. 83.294.731 -4,3 3.222.889 9,89 160

9 267 SANTOS BAROSA - VIDROS S.A. 70.635.756 7,1 2.159.713 6,54 530

10 316 SAINT GOBAIN SEKURIT PORTUGAL - VIDRO AUTO. S.A. 60.578.992 1,4 4.728.267 25,40 297

TOTAL 18 EMPRESAS DO SECTOR 2.073.282.599 12,2 240.840.216 18,75 8.923

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

Os empresários ligados ao sector do cimento e do vidro não têm razão de queixa em relação a 2002. É que, apesar de Portugal viver já na altura em ambiente de crise e de o primeiro-ministro, Durão Barroso, ter feito o discurso do “país de tanga”, as vendas da indústria de minerais não metálicos cresceram 12,2 por cen-

to, para 2,073 mil milhões de euros. Aumento a que não será alheio o facto de ter sido em 2002 que se concluiu a construção do Alqueva e da auto-estrada do Sul e em que arrancou a cons-trução dos estádios do Euro 2004.

Mais surpreendente que o crescimento das vendas globais é a ascensão da Secil à liderança

Indústria Minerais não Metálicos

Mudança de líderdo sector, ultrapassando a maior empresa por-tuguesa de cimentos, a rival Cimpor, no que diz respeito ao volume de negócios. Em 2002, a Se-cil, sociedade liderada por Queirós Pereira, viu as vendas subirem 55,9 por cento, para 521,2 milhões de euros, quase mais cem milhões do que a Cimpor - Indústria de Cimentos, SA. É certo que estamos a falar de uma empresa do Grupo Cimpor, que tem como subsidiárias várias dezenas de sociedades, entre elas a CMP - Cimento Maceira e Pataias, a Cimpor Betão ou a Betão Liz. Todavia, é de salientar o salto dado pela cimenteira de Queirós Pereira no “ranking” das 500 maiores, ao passar do 43º lugar em 2001 para o 31º em 2002. Frise-se, contudo, que a Secil viu recuar os lucros de 87,3 milhões de euros em 2001 para 64,2 milhões em 2002, enquanto os resultados líquidos da Cimpor aumentaram 21,5 milhões de euros, para 101,3 milhões.

Entre as 18 empresas da indústria de mine-rais não metálicos – mais duas do que em 2001 – encontramos também cerâmicas e fabrican-tes de material sanitário, sendo de salientar que nenhuma destas fi rmas registou prejuízos. Aliás, a Barbosa & Almeida, cujos resultados tinham sido negativos em 2001, não só re-gressou aos lucros em 2002 como ascendeu no “ranking” do 177º lugar ao 165º. Já ao nível do volume de negócios o cenário não é tão positivo e houve quebras, embora pouco relevantes, em empresas como a Cimpor SA, a CMP, a Betão Liz, a Unibetão, a Cinca e a Lusoceram. Anabela Campos

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S E C T O R E S

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 47 BOREALIS POLÍMEROS S.A. 330.734.046 0,3 -43.224.591 -18,6 498

2 52 CONTINENTAL MABOR - INDÚSTRIA DE PNEUS S.A. 314.836.768 12,2 41.402.831 47,2 1.350

3 151 Cª INDUSTRIAL DE RESINAS SINTÉTICAS - CIRES S.A. 115.782.071 -0,7 1.574.168 3,7 176

4 185 QUIMIGAL - QUÍMICA DE PORTUGAL S.A. 100.235.721 70,1 2.270.606 4,6 173

5 191 CIN - CORPORAÇÃO INDUSTRIAL DO NORTE S. A. 98.117.813 2,5 17.915.031 34,2 734

6 238 SOC. PORTUGUESA DO AR LÍQUIDO (ARLÍQUIDO) LDA 77.487.919 0,2 22.262.079 33,4 271

7 281 DOW PORTUGAL LDA 67.404.589 -45,2 5.146.808 3,1 99

8 282 FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL S.A. 67.289.994 -6,1 1.596.593 4,6 295

9 293 SOLVAY PORTUGAL - PRODUTOS QUÍMICOS S.A. 64.856.242 -7,9 7.824.889 13,4 380

10 309 TINTAS ROBBIALAC S.A. 61.989.425 -3,5 1.259.005 3,5 505

TOTAL 15 EMPRESAS DO SECTOR 1.505.614.819 1,4 66.812.369 7,3 5.157

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 176 FÁBRICA TÊXTIL RIOPELE S.A. 103.136.264 0,0 680.389 1,03 1.834

2 187 MACONDE - CONFECÇÕES S.A. 99.228.483 -5,3 2.526.148 7,34 1.767

3 221 LAMEIRINHO - INDÚSTRIA TÊXTIL S.A. 81.796.590 0,3 1.619.552 3,32 1.057

4 268 COELIMA - INDÚSTRIAS TÊXTEIS S.A. 70.463.861 -24,0 129.762 0,40 1.072

5 275 JOSÉ MACHADO DE ALMEIDA & Cª LDA 68.678.537 -2,7 642.745 1,75 1.090

6 305 ECCO`LET (PORTUGAL) - FÁBRICA DE SAPATOS LDA 63.757.291 -27,7 -4.416.591 -30,14 1.300

7 362 ANTÓNIO DE ALMEIDA & FILHOS LDA 52.204.601 -14,2 129.291 0,53 762

8 370 TÊXTIL MANUEL GONÇALVES S.A. 50.966.888 4,9 1.331.071 1,56 1.161

9 371 COTESI - Cª DE TÊXTEIS SINTÉTICOS S.A. 50.866.815 6,9 -1.676.921 -3,33 1.470

10 373 SOMELOS - TECIDOS S.A. 50.482.464 -4,8 3.065.971 12,12 617

TOTAL 19 EMPRESAS DO SECTOR 1.060.754.076 -4,7 18.979.930 16.070

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

O sector químico, outrora – nunca é demais re-petir – um dos motores do desenvolvimento eco-nómico português, tem procurado evidenciar-se pela qualidade certifi cada de alguns produtos e pela racionalização de custos de produção, perante uma redução do seu peso na estrutura produtiva. Esta indústria transformadora, algo vulnerável à evolução do sector automóvel e da

construção, evidenciou, em 2002, uma quase es-tabilização do volume de vendas. Apesar do ligei-ro acréscimo de vendas (1,4 por cento), a média das 16 empresas do sector fi ca cinco pontos per-centuais abaixo da média de facturação do total das 500 maiores empresas, e a rentabilidade dos capitais próprios, de 7,3 por cento, é igualmente inferior à média global (8,9 por cento).

Indústria Química

Racionalizar com fi braNão sendo um sector gerador de emprego

– no universo considerado, a indústria química emprega um décimo do total dos serviços – a racionalização concertada de custos tem sido uma prioridade na estratégia das principais empresas do sector químico, no sentido de diluir o elevado peso das importações de ma-térias-primas, do investimento necessário à criação de novas (ou renovação das existentes) unidades de produção e à inovação dos produ-tos libertados na cadeia produtiva.

Algumas das maiores empresas do sector – Borealis, Quimigal, Cires e Dow Portugal – resolveram apostar num projecto de ligação dos dois mais importantes complexos petroquí-micos do País - Sines e Estarreja - que corres-ponderá a um investimento de 150 milhões de euros até 2006, mas que tem por fi nalidade a redução de 53 milhões de euros em importação de matéria-prima. Este cenário de associação e de concepção do mercado à escala ibérica tem sido o eleito da CUF, “holding” do grupo Mello para o sector. Através da Quimigal, adquiriu, em fi nais de 2001, 50 por cento da espanhola Elnosa à Ence, benefi ciando, assim, ainda em 2002, dessa participação. Já este ano concluiu a operação, com a aquisição dos restantes 50 por cento. Apesar da ligeira quebra de factu-ração da Fisipe, a outra empresa do grupo, orientada para a produção de fi bras sintéticas, o dinamismo de vendas da Quimigal, apesar da reduzida rentabilidade de capitais próprios, favorece um certo optimismo num retorno dos investimentos realizados. Fátima Azevedo

A inefi cácia estratégica para um sector que podia ser um afortunado diamante português é arrepiante. Por mais relatórios, diagnósticos e receituários que se façam, a reconversão do Vale do Ave, coração dos velhos teares portu-gueses, já nem é um tabú. Parece mesmo ser uma missão impossível.

No fi nal da década passada, em plena fase de expansão da economia portuguesa, o alerta

vermelho nunca deixou de acender quando se falava de vestuário e calçado. E quando a crise regressou, em 2002, o “cluster” adormecido mergulhou novamente em coma profundo. Das 19 empresas do sector representadas neste uni-verso das 500 maiores empresas, em termos de volume de vendas, apenas oito, ou 42 por cen-to, não apresentaram quebras na facturação. Uma situação que, devidamente consolidada,

espelha uma redução de vendas global de 4,7 por cento. Se atentarmos na amplitude desta evolução negativa, verifi camos que envolve mais de 25 por cento nos casos da Coelima e da Ecco’let. As consequências em termos de desemprego e de encerramento de algumas unidades de produção foram naturais, num sector há muito avesso a quaisquer factores de competitividade, comportamento que dita a morte do artista em qualquer “passerelle” internacional.

Desde sempre vocacionado para a expor-tação, qualquer abrandamento da procura externa, por ténue que seja, nomeadamente em mercados tradicionais da União Europeia, como a Alemanha ou a França, associado à forte concorrência (dentro de dois anos, de igual para igual, no âmbito do Acordo Multi-Fibras) dos países asiáticos, explica o carácter estrutural do sector têxtil. Essas defi ciências es-truturais são é tentadoramente camufl adas em épocas de baixa do ciclo económico. Sempre se pode dizer que é da crise.

E é precisamente essa crise, com carácter mais conjuntural noutros sectores, que permite que não haja grandes perdas de classifi cação no ranking. Símbolos do “made in Portugal”, como a Maconde, a Triunfo ou a Coelima, apresentam quebras de vendas signifi cativas e rentabilidades dos capitais próprios reduzidas ou mesmo negativas. A forte desconcentração do sector e a elevada vulnerabilidade das maio-res empresas tendem a agravar as condições de sustentabilidade da actividade e a viabilidade futura da generalidade das empresas. F.A.

Indústria Têxtil, Vestuário e Couro

Uma mão à frente, outra atrás

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AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 142 T.V.I. - TELEVISÃO INDEPENDENTE S.A. 122.834.000 3,1 12.700.000 18,24 360

2 152 SIC - SOC. INDEPENDENTE DE COMUNICAÇÃO S.A. 115.717.472 -9,5 -19.358.499 N.C. 380

3 199 IMPRENSA NACIONAL - CASA DA MOEDA E.P. 94.912.561 -21,3 17.734.511 18,99 1.048

4 203 PÁGINAS AMARELAS S.A. 93.434.816 -0,3 N.D. N.D. 461

5 286 ABRIL CONTROLJORNAL - EDITORA LDA 65.903.860 -5,4 1.796.161 37,01 500

6 291 RÁDIODIFUSÃO PORTUGUESA S.A. 64.872.121 3,0 -14.094.609 -36,87 1.010

7 355 IMPALA - SOC. EDITORIAL S.A. 53.409.743 11,3 1.380.120 20,47 435

8 390 RADIOTELEVISÃO PORTUGUESA S.A. 48.772.000 -3,3 -228.270.000 N.C. 1.898

9 408 PRESSELIVRE - IMPRENSA LIVRE S.A. 46.508.940 0,1 7.550.382 50,94 333

10 450 SOJORNAL - SOC. JORNALÍSTICA E EDITORIAL S.A. 41.585.443 -13,1 3.470.133 56,30 241

TOTAL 10 EMPRESAS DO SECTOR 747.950.956 -4,9 -217.091.801 N.C. 6.666

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

Um ano mau, a seguir a um péssimo. Tem sido este o panorâma dos media desde 2000. As receitas do sector recuaram 4,9 por cento para 747,9 milhões de euros em 2002 face a 2001, depois de no ano anterior já terem des-cido 11 por cento, na sequência da quebra do

investimento publicitário e do 11 de Setembro. O sector, composto por 10 empresas, tem uma expressão reduzida nas 500 maiores, repre-sentando apenas 0,8 por cento do volume de vendas gobais. A “onda recessiva” não parece, contudo, ter afectado a TVI, cujas receitas

aumentaram 3,1 por cento para 122,8 milhões de euros, sendo uma das poucas excepções de crescimento no sector dos media em 2002. A TVI – que em 2001 não aparecia no “ranking” das 500 maiores, assume em 2002 a liderança do sector ao nível das vendas, destronando a SIC, e surge em segundo, no que diz respeito aos lucros. 2002 foi um dos melhores anos de sempre da TVI, cujo trunfo maior foi o “Big Brother”, um programa que, contudo, em 2003 viu as audiências cairem consideravelmente. Empurrada para o segundo lugar, a SIC de Pin-to Balsemão, cuja posição no “ranking” também sofreu uma quebra do 120º lugar para o 152º, conseguiu, no entanto, reduzir os prejuízos para 19,3 milhões de euros em 2002, menos 7,9 milhões do que em 2001. E Pinto Balsemão terá razões para sorrir em 2003, uma vez que a SIC não só consegui recuperar a liderança das au-diências, como melhorar os resultados, para o que contribuiu de forma clara o processo de re-estruturação da empresa. É também admissível que o sector comece agora a recuperar, com a perspectiva da retoma do mercado publicitário em 2004, ano que se espera de excepção a este nível devido à realização do campeonato euro-peu de futebol em Portugal. Menos sorridente foi o comportamento da RTP, que em 2002, sob alçada de Emídio Rangel, não só teve uma que-bra de 3,3 por cento nas receitas, como agravou os prejuízos de 109,2 milhões de euros em 2001 para 228,2 milhões, mais do dobro. Anabela Campos

Media

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S E C T O R E S

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 34 BRISA - AUTO ESTRADAS DE PORTUGAL S.A. 465.000.275 8,1 213.063.377 16,13 2.042

2 77 EDINFOR - SISTEMAS INFORMÁTICOS S.A. 224.004.000 90,0 7.720.000 10,36 470

3 88 ANA - AEROPORTOS DE PORTUGAL S.A. 187.106.853 2,3 8.492.840 64,18 1.498

4 98 MEGAMEIOS - PUBLICIDADE E MEIOS A.C.E. 164.443.022 -1,4 837.592 54,11 12

5 101 PARQUE EXPO 98 S.A. 160.462.967 -21,9 2.519.514 6,54 513

6 112 SECURITAS - SERVIÇOS E TEC. DE SEGURANÇA S.A. 145.306.213 0,7 9.438.853 21,98 7.300

7 139 EUREST (PORTUGAL) - SOC. EUROPEIA DE REST. LDA 125.064.791 4,5 5.984.600 43,72 4.725

8 159 SONAE - IMOBILIÁRIA GESTÃO S.A. 112.931.866 6,2 4.242.993 92,11 156

9 163 TOP TOURS - VIAGENS E TURISMO LDA 110.202.500 5,2 195.150 8,14 225

10 177 ACCENTURE - CONSULTORES DE GESTÃO S.A. 102.910.310 5,6 21.077 0,08 770

TOTAL 36 EMPRESAS DO SECTOR 3.243.561.674 5,9 489.000.017 10,55 49.284

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

1 9 TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES S.A. 1.211.985.348 3,6 -6.028.606 -42,70 7.850

2 78 CAMINHOS DE FERRO PORTUGUESES E.P. 221.574.902 8,2 -228.610.720 N.C. 5.662

3 105 MIDESA PORTUGAL - DISTRIB. DE PUBLICAÇÕES S.A. 154.736.678 74,6 1.904.232 66,03 125

4 119 PORTUGÁLIA - Cª PORT. DE TRANSP. AÉREOS S.A. 137.847.882 -1,3 -14.448.980 N.C. 1.090

5 121 VASP - SOC. TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÕES LDA 136.272.724 54,4 -424.246 -13,52 500

6 132 TRANSPORTES FREITAS LDA 128.779.865 8,1 647.279 14,03 65

7 167 AIR LUXOR S.A. 108.359.000 105,8 378.000 5,93 330

8 200 TRANSINSULAR - TRANSP. MARÍTIMOS INSULARES S.A. 94.882.451 -0,1 5.061.606 15,91 52

9 250 TRANSPORTES LUÍS SIMÕES S.A. 73.427.420 4,8 231.459 2,04 675

10 254 Cª CARRIS DE FERRO DE LISBOA S.A. 72.896.138 1,0 -70.932.741 N.C. 3.932

TOTAL 15 EMPRESAS DO SECTOR 2.577.144.286 10,8 -521.347.483 N.C. 26.598

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

O crescente peso que os serviços têm na economia faz com que tenham de ser mais considerados na agenda económica. Esta consideração irá da tão mencionada produ-tividade à criação de empregos (sem futuro na agricultura e comprometidos na indús-tria), passando pela exploração de novas bases para a economia, caso do turismo, mas também da logística ou, em termos

gerais, de actividades ligadas à economia do conhecimento.

Nos extremos da evolução sectorial possível estão, de um lado, a inovação e os serviços de qualidade prestados às empresas e, do outro, as actividades com escasso valor acrescentado, simbolizadas na passagem do agricultor ao operário de bata azul e deste ao empregado de café, em termos de fi guras

emblemáticas de estruturas económicas.Nas empresas aqui presentes estão duas

das mais faladas quando se mencionam exemplos de sucesso na inovação: Brisa e Portugal Telecom Inovação, aquela com a Via Verde, esta, entre outros produtos, com o Mimo. Também com um saldo considerado positivo até agora está a Parque Expo, res-ponsável por uma das mais espectaculares razões para o aumento da auto-estima na-cional, a Expo 98.

É de esperar que a evolução sectorial futura continue a refl ectir várias infl uências. Do desenvolvimento das capacidades autó-nomas tecnológicas portuguesas ao efeito de arrasto provocado pela internacionalização da economia, passando pelo aproveitamento de oportunidades pontuais de que a fi leira turística no Brasil está a ser um exemplo, a que o designado turismo de saúde (para Portugal) e os transportes se poderão acres-centar.

Entretanto, são inegáveis os desenvolvi-mentos verifi cados nos serviços prestados às empresas, como consultoria, publicidade, selecção e recrutamento de pessoal, restau-ração – com quatro empresas constantes desta listagem -, informática ou segurança.

Este é um sector bastante heterogeo o que também se refl ecte nas assimetrias das empresas que o integram, em termos de dimensão (rácio de 1 para 14 nas vendas) e resultados, com a Brisa a representar quase metade dos lucros destas empresas, além, claro, de capital.Rui Nunes

Serviços

Futuro na qualidade

A área dos transportes mantém-se igual a si própria: a situação fi nanceira das 15 empresas que este ano entraram no elenco das 500 maio-res não é das melhores e piorou mesmo em relação ao ano anterior, com um saldo fi nal em falência técnica. A CP mantém-se de pedra e cal como o caso mais emblemático das sociedades de capital do Estado nesta situação, acompa-

nhada pela Carris e pela STCP-Sociedade de Transportes Colectivos do Porto. A solução dos problemas fi nanceiros destas três empresas mantém-se nos planos do Governo, como fazia já parte das ambições socialistas, mas até hoje o caminho para a reestruturação fi nanceira manteve-se por fazer.

Confi rma-se o “peso” da situação negativa

Transportes

Falência técnicadestas empresas para as contas “vermelhas” do sector, que viu os resultados afundarem-se ain-da mais de um ano para o outro: em 2001, a área de transportes apresentava uns impressionantes prejuízos de 400,8 milhões de euros, que no úl-timo exercício sofreram um agravamento signi-fi cativo, para um total de 521,3 milhões. A CP foi a maior responsável pelos resultados negativos, apesar de mostrar alguma recuperação face aos prejuízos de 268,4 milhões de euros registados em 2001. Outra das empresas do Estado com resultados nada brilhantes (negativos em 173,9 milhões de euros) e um futuro ainda incerto foi o Metropolitano de Lisboa.

A TAP é a “estrela” deste sector em termos de vendas, a um passo de fi gurar no quadro de “honra” das dez maiores empresas do país. Em contrapartida, os resultados líquidos mantive-ram-se abaixo do equilíbrio no exercício pas-sado - embora com uma evolução claramente positiva face ao ano de 2001 (-43,6 milhões de euros) - e a rentabilidade dos capitais próprios é claramente negativa. Entre as principais so-ciedades de transportes sob a alçada do Estado, e desde a privatização da Rodoviária Nacional, a companhia aérea foi a primeira a alienar uma parte do capital ao sector privado - o que se concretizou no fi nal de 2003 em relação aos serviços de terra da transportadora. A crise prolongada que o transporte aéreo atravessa faz-se também sentir na Portugália, do Grupo Espírito Santo. A única que se mantém a voar acima da linha de água parece ser a Air Luxor, que registou aliás uma duplicação das vendas.Inês Sequeira

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AS MAIORES classificação das empresas por vendas em 2002

CLASS. CLASS. EMPRESA VENDAS VAR. % RESULT. RENT. CAP. N.º SECTOR 500 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO % TRAB.

AGRICULTURA E PECUÁRIA

1 332 SAPJU - SOC. AGRO-PECUÁRIA S.A. 56.597.216 15,8 576.310 3,44 230

2 447 INTERAVES - SOC. AGRO-PECUÁRIA S.A. 41.982.208 2,2 N.D. N.D. 264

TOTAL 2 EMPRESAS DO SECTOR 98.579.424 9,6 576.310 3,44 494

INDÚSTRIA EXTRACTIVA

1 207 SOMINCOR - SOC. MINEIRA DE NEVES CORVO S.A. 89.388.671 -11,7 -946.550 -0,58 870

Valores em euros; variação e rentabilidade do sector calculadas com base nas empresas que apresentam registos em 2002 e 2001

O problema das vacas loucas parece que fi cou para trás, a avaliar pelo desempenho da alentejana Sociedade Agro-Pecuária João Urbano, cujas vendas recuperaram em 2002, com um crescimento de 15,8 por cento, da queda de 9,1 por cento em 2001. Por esclare-cer estão os efeitos da crise dos nitrofuranos na Interaves, além de um crescimento, difí-cil, de 2,2 por cento nas vendas. Ao contrário, ganha visibilidade o problema para a política agrícola comum decorrente do alargamento da União Europeia, em particular à Polónia.

O facto de a agricultura e a agro-pecuária terem uma representação tão exígua (uma empresa alentejana e outra lisboeta) entre as maiores empresas não fi nanceiras a operar em Portugal resulta da sua debilidade, factor que está a provocar mutações na actividade económica nos campos, além da mera desis-tência, ilustrada pela rarefacção humana, que se traduz no Alentejo pela deslocalização da população dos campos para as cidades.

O aparecimento de novas actividades, como turismo de habitação, e produções,

Outros

À espera do Alquevacomo animais exóticos, ou o reforço da apos-ta em tradicionais, como vinho, são exemplos avulso da reacção existente.

Por determinar estão os efeitos do projec-to Alqueva, em particular se se reduzirão à rega de campos de golfe ou se também altera-rão o perfi l agrícola do Alentejo, independen-temente da nacionalidade dos agricultores. Para já, está a permitir o consumo de peixe fresco em pleno descampado alentejano. De forma despercebida tem-se verifi cado entre-tanto o regresso paulatino de emigrantes da Europa (Alemanha, Suíça, França), o que permitiu a constituição de uma pequena eco-nomia de serviços.

Enquanto se esperam novidades relativas ao TGV, à base de Beja, ao porto de Sines e ao Alqueva, estas já foram anunciadas para a Somincor, com o Governo a anunciar a privatização dos 51 por cento que possui na empresa, alienados em conjunto com os 49 por cento detidos pelo Grupo Rio Tinto, até Maio de 2004. A operação será feita por concurso público internacional, com a base mínima de licitação estabelecida em 115 mi-lhões de euros.

A empresa mineira, que actua nos concelhos de Castro Verde e Almodôvar, onde começou a trabalhar em 1989, viveu mais um mau ano em 2002, em que registou, como em 2001, quedas nas vendas e mais prejuízos. O desempenho no primeiro semestre de 2003 continuou a acusar as baixas cotações do cobre.Rui Nunes

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SimplicidadeSimplicidade

emem

SegurosSeguros

MEDIADORA DE SEGUROS DE EMPRESAS

SEDE Delegação COIMBRA

Av. Eng.º Arantes e Oliveira, 11 - 4.º B Rua Padre Estêvão Cabral, 120 1900-221 LISBOA Edifício Tricana, sala 302 - 3000-316 Coimbra Telefone 21 843 84 20 Fax 21 847 18 00 Telefone 239 841 507/8 Fax 239 841 509

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UNIDADE: EUROS

5 0 0 M A I O R E S E M P R E S A S P O R V E N D A S E M 2 0 0 2

49

1 1 PETROGAL - PETRÓLEOS DE PORTUGAL S.A. COM. PRODUTOS PETROLÍFEROS 5.205.495.000 -4,1 98.907.000 1.043.235.000 9,48 2.200

2 2 EDP S.A ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 3.479.696.000 6,1 92.821.000 1.519.190.000 6,11 7.800

3 5 ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 2.302.868.020 4,2 65.414.772 787.886.699 8,30 570

4 3 PT COMUNICAÇÕES S.A. COMUNICAÇÕES 2.301.361.766 -7,9 348.437.426 1.642.749.486 21,21 10.270

5 4 AUTOEUROPA - AUTOMÓVEIS LDA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 1.955.000.000 -14,0 N.D. 399.224.245 N.D. 3.500

6

6 COM. ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 1.837.677.745 -0,9 6.986.896 49.785.187 14,03 11.774

7 7 MODIS - DISTRIBUIÇÃO CENTRALIZADA S.A. COM. ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 1.701.299.996 4,5 317.832 5.381.290 5,91 1.478

8 8 TMN - TELECOMUNICAÇÕES MÓVEIS NACIONAIS S.A. COMUNICAÇÕES 1.475.256.714 5,8 259.764.000 597.614.550 43,47 1.190

9 9 BP PORTUGUESA S.A. COM. PRODUTOS PETROLÍFEROS 1.466.605.636 7,5 18.171.250 178.853.007 10,16 333

10 10 Cª PORTUGUESA DE PROD. DE ELECTRICIDADE S.A. ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 1.330.350.000 9,1 302.335.000 2.430.662.000 12,44 1.550

11 11 TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES S.A. TRANSPORTES 1.211.985.348 3,6 -6.028.606 14.118.941 -42,70 7.850

12 122 SOLBI - SOC. LUSO BRITÂNICA DE INFORMÁTICA LDA COM. MAT. ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 1.134.253.092 801,8 1.307.125 12.781.277 10,23 210

13 132 SUMOLIS - Cª INDUSTRIAL DE FRUTAS E BEBIDAS S.A. IND. DA ALIM. BEBIDAS E TABACO 1.126.613.298 839,3 556.615 55.957.797 0,99 432

14 31 PORTUCEL - EMP. PRODUT. DE PASTA E PAPEL S.A. IND. CELULOSE, PAPEL E ARTES GRÁFICAS 1.085.605.000 138,4 87.537.000 994.226.000 8,80 1.208

15 13 VODAFONE TELECEL - COMUN. PESSOAIS S.A. COMUNICAÇÕES 1.056.016.564 10,4 98.373.584 556.590.393 17,67 1.100

16 12 SHELL PORTUGUESA LDA COMÉRCIO PROD. PETROLÍFEROS 1.041.510.000 -0,5 44.573.000 163.608.000 27,24 315

17 15 Cª PORTUGUESA DE HIPERMERCADOS S.A. COM.ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 999.883.000 9,6 31.423.000 189.552.000 16,58 5.500

18 — LISBOAGAZ - DISTRIBUIÇÃO DE GAZ LDA ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 976.180.000 870,4 -2.928.000 46.017.000 -6,36 242

19 14 PINGO DOCE - DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR S.A. COM. ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 779.350.000 -1,8 12.253.000 20.036.075 61,15 8.500

20 — IND. DE MAT. ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 680.430.675 32,3 3.648.517 95.025.744 3,84 711

21 16 SIVA - SOC. DE IMPORT. DE VEÍC. AUTOMÓVEIS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 677.389.028 -7,8 30.497.808 62.625.843 48,70 220

22 17 FEIRA NOVA - HIPERMERCADOS S.A. COM. ALIMENT., BEBIDAS E TABACO 663.152.167 -5,7 13.952.710 44.184.376 31,58 4.150

23 22 LACTOGAL - PRODUTOS ALIMENTARES S.A. IND. DA ALIMENT. BEBIDAS E TABACO 653.540.284 8,4 32.632.372 205.591.827 15,87 1.900

24 18 MAKRO - CASH & CARRY PORTUGAL S.A. COM. ALIMENT. BEBIDAS E TABACO 629.541.639 -1,3 10.077.872 29.049.472 34,69 2.000

25 20 COMUNICAÇÕES 612.089.706 -0,9 17.292.969 418.665.911 4,13 1.030

26 19 CTT - CORREIOS DE PORTUGAL S.A. COMUNICAÇÕES 608.817.433 2,3 -32.538.655 321.279.352 -10,13 16.134

27 21 SIEMENS S.A. IND. DE MAT. ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 597.183.839 -2,4 50.895.865 159.269.341 31,96 1.284

28 25 RECHEIO - CASH & CARRY S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 568.045.004 4,8 -3.255.806 6.318.348 -51,53 1.550

29 24 RENAULT PORTUGUESA - SOC. INDUST. E COMERC. S.A. INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 556.651.749 -3,1 9.135.941 170.872.159 5,35 197

30 27 TRANSGÁS - SOC. PORTUGUESA DE GÁS NATURAL S.A. ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 535.229.000 1,9 52.978.300 112.582.885 47,06 198

31 43 SECIL - Cª GERAL DE CAL E CIMENTO S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 521.297.000 55,9 64.282.000 452.641.000 14,20 2.084

32 26 RCI GEST - SOC. DE COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 505.352.659 -3,8 10.805.607 41.530.195 26,02 100

33 29 SOMAGUE - ENGENHARIA S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 487.622.652 2,0 10.632.838 100.304.199 10,60 1.461

34 — DIA PORTUGAL - SUPERMERCADOS S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 486.827.530 21,7 N.D. 61.455.176 N.D. 2.360

35 35 ALLIANCE UNICHEM FARMACÊUTICA S.A. COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 474.442.327 14,6 3.898.955 18.114.219 21,52 410

36 34 BRISA - AUTO ESTRADAS DE PORTUGAL S.A. SERVIÇOS 465.000.275 8,1 213.063.377 1.321.291.000 16,13 2.042

37 32 CEPSA - PORTUGUESA DE PETRÓLEOS LDA COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 464.823.903 7,7 3.344.847 61.302.757 5,46 144

38 33 MERCEDES-BENZ PORTUGAL - COM. DE AUTOMÓVEIS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 455.992.283 5,8 12.245.397 43.531.255 28,13 140

39 30 CIMPOR - INDÚSTRIA DE CIMENTOS S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 436.800.300 -4,4 101.302.700 168.689.900 60,05 850

40 37 NESTLÉ PORTUGAL S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 436.436.300 6,9 35.491.000 116.058.000 30,58 1.130

41 36 TEIXEIRA DUARTE - ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 402.979.000 -2,4 21.022.000 255.267.000 8,24 2.050

CLASS. CLASS. NOME SECTOR VENDAS VAR. % RESULT. CAPITAL RENT. CAP. N.º 2002 2001 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO PRÓPRIO % TRAB.

Simplicidade

em

Seguros

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42 38 INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 395.914.430 4,2 6.275.242 115.098.257 5,45 1.281

43 41 PEUGEOT PORTUGAL - AUTOMÓVEIS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 392.323.477 7,5 1.714.706 25.275.000 6,78 198

44 28 GMAC - COMÉRCIO E ALUGUER DE VEÍCULOS LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 381.300.875 -20,4 -145.078 31.175 -465,37 29

45 45 CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 376.919.082 14,0 5.675.192 168.887.052 3,36 2.590

46 47 CARREFOUR S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 370.115.800 14,4 10.002.482 83.299.409 12,01 1.810

47 39 CITROEN LUSITÂNIA S.A. INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 364.922.391 -2,4 2.922.004 21.246.429 13,75 1.288

48 52 TABAQUEIRA - EMP. INDUST. DE TABACOS S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 336.075.528 13,3 56.994.557 282.841.327 20,15 975

49 46 BOREALIS POLÍMEROS S.A. INDÚSTRIA QUÍMICA 330.734.046 0,3 -43.224.591 231.951.722 -18,64 498

50 84 HEWLETT-PACKARD PORTUGAL S.A. COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 325.200.000 61,6 N.D. N.D. N.D. 168

51 50 ENGIL - SOC. DE CONSTRUÇÃO CIVIL S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 320.505.976 4,8 9.835.032 63.712.759 15,44 1.690

52 40 BLAUPUNKT AUTO-RÁDIO PORTUGAL LDA IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 318.967.149 N.D. N.D. 31.053.607 N.D. 2.035

53 49 REPSOL PORTUGAL - PETRÓLEO E DERIVADOS LDA COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 318.473.138 3,5 -4.568.545 105.452.622 -4,33 118

54 57 CONTINENTAL MABOR - INDÚSTRIA DE PNEUS S.A. INDÚSTRIA QUÍMICA 314.836.768 12,2 41.402.831 87.746.628 47,18 1.350

55 51 TURBOGÁS - PRODUTORA ENERGÉTICA S.A. ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 310.161.000 4,1 -354.000 20.726.000 -1,71 9

56 59 CODIFAR - COOP. DISTRIB. FARMACÊUTICA C.R.L. COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 307.350.848 9,8 2.414.282 21.142.480 11,42 199

57 64 OCP PORTUGAL - PROD. FARMACÊUTICOS S.A. COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 303.992.339 16,1 3.231.563 23.012.909 14,04 201

58 66 PT PRIME S.A. COMUNICAÇÕES 294.413.786 15,1 1.041.171 39.416.842 2,64 730

59 62 GALPGESTE - GESTÃO DE ÁREAS DE SERVIÇO LDA COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 292.800.732 9,7 762.355 1.198.437 63,61 1.126

60 58 BAVIERA - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 291.119.216 3,8 14.141.319 88.872.222 15,91 536

61 65 MOTA & Cª S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 286.390.501 11,6 4.844.722 153.835.394 3,15 4.267

62 60 AUTOMÓVEIS CITROEN S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 279.738.503 0,3 935.617 8.269.767 11,31 374

63 — G.C.T. - DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 276.475.618 -21,0 1.207.944 41.279.212 2,93 1.066

64 77 COMPUTER 2000 PORTUGUESA LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 266.354.882 24,2 1.668.395 14.841.396 11,24 90

65 75 WORTEN - EQUIPAMENTOS PARA O LAR S.A. COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 263.825.472 15,1 14.381.174 21.617.596 66,53 690

66 71 REAGRO - IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 263.101.243 11,5 1.290.178 10.194.044 12,66 52

67 44 FIAT DISTRIBUIDORA DE PORTUGAL LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 262.098.987 -20,9 -2.082.573 16.861.837 -12,35 83

68 61 UNIFAC - UNIÃO DE IMPORT. DE MATÉRIAS PRIMAS S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 259.294.615 -5,8 530.298 10.533.466 5,03 16

69 72 SCC - SOC. CENTRAL DE CERVEJAS S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 257.360.024 9,9 -871.675 223.753.780 -0,39 1.003

70 67 TEJO ENERGIA S.A. ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 255.001.000 1,3 40.726.000 162.376.000 25,08 9

71 56 FIMA/VG - DISTRIB. DE PROD. ALIMENTARES LDA IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 249.070.000 -11,3 31.645.000 76.401.000 41,42 288

72 42 FORD LUSITANA S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 244.828.000 -28,4 1.644.000 3.790.000 43,38 65

73 63 FIAT AUTO PORTUGUESA S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 239.860.511 -9,3 -40.713.993 -3.221.689 N.C. 78

74 70 ESSO PORTUGUESA S.A. COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 236.771.038 -0,2 1.274.104 35.007.125 3,64 128

75 74 LEVERELIDA LDA COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 230.692.000 0,2 32.280.000 55.878.000 57,77 200

76 73 OLEOCOM - COMÉRCIO DE OLEAGINOSAS S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 227.283.447 -1,4 405.408 9.761.170 4,15 11

77 53 LEAR CORPORATION PORTUGAL S.A. INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 224.872.034 -23,0 -290.195 56.671.761 -0,51 5.300

78 68 EDIFER - CONST. PIRES COELHO & FERNANDES S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 224.574.220 -8,1 518.796 46.836.811 1,11 1.148

79 — EDINFOR - SISTEMAS INFORMÁTICOS S.A. SERVIÇOS 224.004.000 90,0 7.720.000 74.551.000 10,36 470

80 82 CAMINHOS DE FERRO PORTUGUESES E.P. TRANSPORTES 221.574.902 8,2 -228.610.720 -725.082.019 N.C. 5.662

81 79 YAZAKI SALTANO DE PORTUGAL LDA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 220.103.562 4,6 7.499.471 20.287.158 36,97 5.460

82 78 C.M.E. - CONST. E MANUTENÇÃO ELECTROMECÂNICA S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 215.297.313 0,5 4.546.915 24.830.700 18,31 1.329

83 76 Cª IBM PORTUGUESA S.A. COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 214.818.070 -3,9 18.473.194 73.942.975 24,98 532

84 87 ZARA PORTUGAL CONFECÇÕES - SOC. UNIPESSOAL LDA COMÉRCIO 204.541.000 7,0 11.570.000 19.007.000 60,87 1.233

85 80 AUTO SUECO LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 193.202.796 -6,4 5.022.616 71.626.014 7,01 822

86 — EL CORTE INGLÊS - GRANDES ARMAZÉNS S.A. COMÉRCIO 190.702.000 145,0 1.206.000 263.458.000 0,46 1.800

87 69 MITSUBISHI MOTORS DE PORTUGAL S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 188.328.578 -22,0 1.203.829 38.476.550 3,13 73

50

5 0 0 M A I O R E S E M P R E S A S P O R V E N D A S E M 2 0 0 2

CLASS. CLASS. NOME SECTOR VENDAS VAR. % RESULT. CAPITAL RENT. CAP. N.º 2002 2001 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO PRÓPRIO % TRAB.

UNIDADE: EUROS

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UNIDADE: EUROS

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5 0 0 M A I O R E S E M P R E S A S P O R V E N D A S E M 2 0 0 2

88 91 CPCDI - Cª PORT. COMPUTADORES D.P. INFORMÁTICOS.S.A. COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 187.204.788 6,8 4.709.485 17.787.474 26,48 143

89 — AGROS CRL IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 187.116.000 11,7 1.794.000 106.539.000 1,68 504

90 90 ANA - AEROPORTOS DE PORTUGAL S.A. SERVIÇOS 187.106.853 2,3 8.492.840 13.233.298 64,18 1.498

91 97 UNIÃO DOS FARMACÊUTICOS DE PORTUGAL C.R.L. COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 186.314.150 12,5 346.700 12.190.630 2,84 186

92 95 RODOGESTE - GESTÃO DE POSTOS RODOVIÁRIOS LDA COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 185.199.437 10,4 1.261.226 2.816.049 44,79 540

93 — FAURECIA - SISTEMAS DE ESCAPE PORTUGAL LDA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 179.400.000 12,1 5.150.000 25.967.000 19,83 1.500

94 99 SOQUIFA - MEDICAMENTOS S.A. COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 178.780.896 11,4 1.732.638 17.607.599 9,84 180

95 — C.A.C.I.A. S.A. INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 175.944.000 29,1 2.658.000 42.394.000 6,27 783

96 92 VULCANO - TERMO-DOMÉSTICOS S.A. IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 175.936.070 3,5 19.793.110 71.962.050 27,50 1.200

97 48 PHILIPS PORTUGUESA S.A. IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 172.722.000 -46,5 -199.000 28.463.000 -0,70 200

98 140 CARDOL - SOC. DE COMERC. DE COMBUSTÍVEIS LDA COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 172.716.223 48,6 406.570 457.369 88,89 180

99 104 IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 169.425.569 10,0 7.055.404 20.195.676 34,94 209

100 96 MEGAMEIOS - PUBLICIDADE E MEIOS A.C.E. SERVIÇOS 164.443.022 -1,4 837.592 1.548.012 54,11 12

101 102 MANUEL NUNES & FERNANDES LDA COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 161.707.456 3,6 1.617.711 15.145.667 10,68 419

102 101 MERCK SHARP & DOHME LDA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 161.680.797 2,5 15.363.307 29.960.787 51,28 183

103 81 PARQUE EXPO 98 S.A. SERVIÇOS 160.462.967 -21,9 2.519.514 38.531.987 6,54 513

104 86 ERICSSON TELECOMUNICAÇÕES LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 159.285.724 -18,4 14.881.120 24.449.402 60,86 320

105 98 CONSTRUTORA DO TÂMEGA S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 157.963.941 -3,8 1.245.440 63.777.760 1,95 527

106 161 NOVIS TELECOM S.A. COMUNICAÇÕES 156.996.000 51,4 -77.646.000 66.753.000 -116,32 220

107 — MIDESA PORTUGAL - DISTRIB. DE PUBLICAÇÕES S.A. TRANSPORTES 154.736.678 74,6 1.904.232 2.883.796 66,03 125

108 114 COFANOR - COOP. DOS FARMACÊUTICOS DO NORTE C.R.L. COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 153.279.390 10,4 1.336.990 13.653.190 9,79 130

109 85 SOC. HISPÂNICA DE AUTOMÓVEIS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 152.532.398 -23,4 512.436 47.183.985 1,09 133

110 109 LONGA VIDA - INDÚSTRIAS LÁCTEAS S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 152.476.649 5,3 -3.245.746 2.578.936 -125,86 202

111 107 PETRIN - PETRÓLEOS E INVESTIMENTOS S.A. COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 151.172.000 1,2 126.000 2.866.000 4,40 10

112 108 SAMSUNG - ELECTRÓNICA PORTUGUESA S.A. COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 149.767.415 1,8 1.603.440 13.510.295 11,87 40

113 — IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 147.194.050 17,3 7.347.000 61.244.000 12,00 986

114 110 SECURITAS - SERV. E TECNOLOGIA DE SEGURANÇA S.A. SERVIÇOS 145.306.213 0,7 9.438.853 42.945.729 21,98 7.300

115 — MITSUBISHI TRUCKS EUROPE S.A. INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 144.895.630 10,8 -255.195 3.823.158 -6,67 407

116 111 CASCA - SOC. DE REVESTIMENTOS S.A. INDÚSTRIA DA MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 142.578.161 -0,2 4.868.586 92.740.557 5,25 577

117 — ADP - ADUBOS DE PORTUGAL S.A. COMÉRCIO 140.107.000 -9,8 476.000 43.415.000 1,10 697

118 137 ROCHE FARMACÊUTICA QUÍMICA LDA COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 139.855.787 19,6 3.345.676 4.662.014 71,76 212

119 105 SONY PORTUGAL LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 138.655.000 -8,2 6.451.000 23.546.000 27,40 171

120 141 DANONE PORTUGAL S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 138.192.000 19,0 17.505.000 47.228.000 37,06 291

121 112 PORTUGÁLIA - Cª PORT. DE TRANSPORTES AÉREOS S.A. TRANSPORTES 137.847.882 -1,3 -14.448.980 -1.306.942 N.C. 1.090

122 — IGLOOLÁ - LDA IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 136.938.000 -4,6 9.840.000 81.799.000 12,03 177

123 189 VASP - SOC. TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÕES LDA TRANSPORTES 136.272.724 54,4 -424.246 3.138.801 -13,52 500

124 118 PORTUCEL VIANA S.A. IND. CELULOSE, PAPEL E ARTES GRÁFICAS 134.806.379 2,8 15.925.269 176.113.748 9,04 337

125 89 CONSTRUTORA ABRANTINA S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 134.195.437 -27,2 937.244 32.850.188 2,85 790

126 106 GRUNDIG - SISTEMAS DE ELECTRÓNICA LDA IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 133.985.650 -11,1 11.975.534 31.791.036 37,67 669

127 113 STORA CELBI - CELULOSE BEIRA INDUSTRIAL S.A. IND. CELULOSE, PAPEL E ARTES GRÁFICAS 133.493.800 -4,3 18.367.329 282.111.000 6,51 420

128 119 RAÇÕES VALOURO S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 132.948.869 1,5 4.221.859 33.569.466 12,58 150

129 — GLAXOSMITHKLINE - PROD. FARMACÊUTICOS LDA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 132.406.669 30,3 11.951.607 46.115.313 25,92 328

130 — BOMBARDIER TRANSPORTATION PORTUGAL S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 132.346.331 17,0 11.249.145 57.719.850 19,49 579

131 94 ENTREPOSTO COMERCIAL - VEÍCULOS E MÁQUINAS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 130.027.501 -23,2 917.573 12.328.967 7,44 75

132 123 NOVARTIS FARMA - PRODUTOS FARMACÊUTICOS S.A. INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 129.197.546 2,8 2.423.998 16.501.742 14,69 321

133 134 TRANSPORTES FREITAS LDA TRANSPORTES 128.779.865 8,1 647.279 4.612.032 14,03 65

CLASS. CLASS. NOME SECTOR VENDAS VAR. % RESULT. CAPITAL RENT. CAP. N.º 2002 2001 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO PRÓPRIO % TRAB.

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AUDIÊNCIA/VERNISSAGE/HAVEL DE VÁCLAV HAVEL

Uma peça em dois andares, duas peças num acto.

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UNIDADE: EUROS

54

5 0 0 M A I O R E S E M P R E S A S P O R V E N D A S E M 2 0 0 2

134 115 SGAL - SOC. GESTORA DA ALTA DE LISBOA S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 127.955.255 -7,8 3.371.393 27.883.952 12,09 33

135 124 EPAL - EMPRESA PORTUGUESA DAS ÁGUAS LIVRES S.A. ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 127.839.328 2,6 9.377.598 322.452.245 2,91 1.018

136 — LUSOSIDER - PROJECTOS SIDERÚRGICOS S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 126.707.268 4,4 -1.642.540 90.035.999 -1,82 303

137 128 LUSOSIDER - AÇOS PLANOS S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 126.707.267 4,4 -1.642.540 90.035.999 -1,82 282

138 93 ALCATEL PORTUGAL S.A. IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 126.601.827 -25,5 -20.229.225 5.562.710 -363,66 410

139 133 EUREST (PORTUGAL) - SOC. EUROPEIA DE REST. LDA SERVIÇOS 125.064.791 4,5 5.984.600 13.689.257 43,72 4.725

140 125 DIAGEO PORTUGAL - DISTRIB. DE BEBIDAS LDA COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 124.203.000 0,0 4.600.000 33.680.000 13,66 149

141 240 LUSOGRAIN - COM. INTERNACIONAL DE CEREAIS LDA COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 123.853.967 70,1 53.350 180.899 29,49 10

142 — T.V.I. - TELEVISÃO INDEPENDENTE S.A. MEDIA 122.834.000 3,1 12.700.000 69.641.000 18,24 360

143 126 ALCÂNTARA REFINARIAS - AÇÚCARES S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 122.236.547 -0,8 13.195.596 46.046.610 28,66 221

144 148 INSCO - INSULAR DE HIPERMERCADOS S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 121.484.000 8,4 4.130.000 37.906.000 10,90 1.100

145 146 MANUEL RUI AZINHAIS NABEIRO LDA IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 120.792.856 9,2 8.739.075 13.097.752 66,72 454

146 149 MERLONI - ELECTRODOMÉSTICOS S.A. IND.DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 119.676.547 11,9 -2.310.676 24.999.029 -9,24 294

147 135 ROCA - CERÂMICA E COMÉRCIO S.A. IND. MINERAIS NÃO METÁLICOS 118.378.279 0,1 11.778.250 78.112.051 15,08 773

148 — SAPROPOR - PRODUTOS ALIMENTARES S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 116.710.689 1,5 1.096.566 28.664.614 3,83 954

149 158 COOPROFAR - COOP. DOS PROPRIET. DE FARMÁCIA C.R.L. COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 116.023.648 10,9 529.330 4.981.101 10,63 96

150 139 AUTO INDUSTRIAL S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 115.973.616 -0,3 1.604.704 41.875.095 3,83 386

151 138 Cª INDUSTRIAL DE RESINAS SINTÉTICAS - CIRES S.A. INDÚSTRIA QUÍMICA 115.782.071 -0,7 1.574.168 42.770.894 3,68 176

152 120 SIC - SOC. INDEPENDENTE DE COMUNICAÇÃO S.A. MEDIA 115.717.472 -9,5 -19.358.499 -19.358.499 N.C. 380

153 117 CONSTRUTORA DO LENA S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 115.563.656 -12,5 5.804.536 31.248.308 18,58 612

154 168 IBEROL - SOC. IBÉRICA DE OLEAGINOSAS S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 114.827.521 17,1 565.388 15.663.945 3,61 55

155 116 SOPOL S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 114.495.738 -14,9 4.455.054 17.077.016 26,09 297

156 136 AVENTIS PHARMA LDA COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 114.441.439 -2,9 25.566.314 125.948.413 20,30 370

157 — SAI-AUTOMOTIVE PORTUGAL S.A. INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 113.450.567 19,4 N.D. N.D. N.D. 601

158 163 LABORATÓRIOS PFIZER LDA COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 112.938.472 10,2 9.284.288 36.825.351 25,21 315

159 151 SONAE - IMOBILIÁRIA GESTÃO S.A. SERVIÇOS 112.931.866 6,2 4.242.993 4.606.226 92,11 156

160 153 BENTO PEDROSO CONSTRUÇÕES S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 111.753.000 5,3 16.658.000 62.701.000 26,57 349

161 176 RAR - REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 111.283.068 18,1 7.732.681 37.004.273 20,90 302

162 131 D.L.I. - DISTRIB. E LOGÍSTICA PARA A INFORMÁTICA S.A. COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 110.606.672 -8,0 158.838 6.102.140 2,60 100

163 157 TOP TOURS - VIAGENS E TURISMO LDA SERVIÇOS 110.202.500 5,2 195.150 2.397.245 8,14 225

164 152 BOTELHO & RODRIGUES LDA COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 109.856.766 3,5 1.686.080 6.527.303 25,83 60

165 177 BA - FÁBRICA DE VIDROS BARBOSA & ALMEIDA S.A. IND. MINERAIS NÃO METÁLICOS 109.809.703 17,0 5.680.057 77.806.417 7,30 745

166 147 IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 108.791.607 0,9 552.167 31.710.108 1,74 473

167 — AIR LUXOR S.A. TRANSPORTES 108.359.000 105,8 378.000 6.373.000 5,93 330

168 — LACTO IBÉRICA - IND. DE LACTICÍNIOSS E QUEIJO S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 108.129.517 2,2 1.331.747 81.504.508 1,63 800

169 88 MONIZ DA MAIA, SERRA & FORTUNATO S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 107.545.894 -43,2 1.981.408 37.018.210 5,35 437

170 — ASTRAZENECA - PROD. FARMACÊUTICOS LDA COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 107.227.742 12,4 7.937.989 19.358.371 41,01 257

171 160 BAYER PORTUGAL S.A. IND. FARMACÊUTICA 107.090.950 3,2 8.773.265 55.974.890 15,67 306

172 191 WYETH LEDERLE PORTUGAL (FARMA) LDA IND. FARMACÊUTICA 104.996.951 19,0 5.350.064 32.804.133 16,31 188

173 144 LISNAVE - ESTALEIROS NAVAIS S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 104.246.067 -7,4 -1.959.474 6.854.059 -28,59 1.020

174 — RENAULT CHELAS LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 104.099.673 -14,6 736.986 936.260 78,72 205

175 225 SONAE TAFIBRA - GESTÃO COMERCIAL S.A. COMÉRCIO 103.745.347 32,1 -735.431 1.328.344 -55,36 20

176 162 FÁBRICA TÊXTIL RIOPELE S.A. IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 103.136.264 0,0 680.389 66.279.578 1,03 1.834

177 169 ACCENTURE - CONSULTORES DE GESTÃO S.A. SERVIÇOS 102.910.310 5,6 21.077 27.888.691 0,08 770

178 203 BETECNA - BETÃO PRONTO S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 102.910.000 20,0 4.945.000 35.943.000 13,76 210

179 — SIBS - SOC. INTERBANCÁRIA DE SERVIÇOS S.A. COMUNICAÇÕES 102.884.000 -11,0 4.695.000 50.700.000 9,26 356

180 184 SOLVERDE S.A. SERVIÇOS 101.851.507 11,6 8.861.012 77.261.665 11,47 1.235

181 154 S.T.E.T. - SOC. TÉC. DE EQUIP. E TRACTORES S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 101.741.882 -4,0 5.190.754 30.242.325 17,16 415

CLASS. CLASS. NOME SECTOR VENDAS VAR. % RESULT. CAPITAL RENT. CAP. N.º 2002 2001 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO PRÓPRIO % TRAB.

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UNIDADE: EUROS

56

5 0 0 M A I O R E S E M P R E S A S P O R V E N D A S E M 2 0 0 2

182 — JORGE SÁ LDA COMÉRCIO 100.956.180 15,5 1.420.907 12.700.251 11,19 1.108

183 175 RENOVA - FÁBRICA DE PAPEL DO ALMONDA S.A. IND. CELULOSE, PAPEL E ARTES GRÁFICAS 100.878.599 6,8 1.501.423 58.187.570 2,58 816

184 204 OBRECOL - OBRAS E CONSTRUÇÕES S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 100.734.109 19,2 78.529 8.672.153 0,91 241

185 — QUIMIGAL - QUÍMICA DE PORTUGAL S.A. INDÚSTRIA QUÍMICA 100.235.721 70,1 2.270.606 49.488.534 4,59 173

186 193 SOC. COMERCIAL C. SANTOS LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 100.037.306 13,5 1.956.335 11.893.606 16,45 331

187 156 MACONDE - CONFECÇÕES S.A. IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 99.228.483 -5,3 2.526.148 34.419.449 7,34 1.767

188 159 CIBAL - DISTRIB. DE BEBIDAS E ALIMENTAÇÃO S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 98.816.000 -5,0 564.000 8.578.000 6,57 550

189 202 ALVES RIBEIRO S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 98.627.914 14,8 10.214.059 185.686.719 5,50 632

190 195 HUF PORTUGUESA LDA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 98.442.476 12,6 9.506.909 23.210.440 40,96 422

191 172 INDÚSTRIA QUÍMICA 98.117.813 2,5 17.915.031 52.338.218 34,23 734

192 166 CMP - CIMENTOS MACEIRA E PATAIAS S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 98.009.536 -2,6 12.730.282 132.656.434 9,60 375

193 207 ZAGOPE S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 97.792.525 16,7 416.692 23.202.361 1,80 643

194 183 GDL - SOC. DISTRIB. DE GÁS NATURAL DE LISBOA S.A. ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 97.617.974 6,9 -2.928.183 46.017.318 -6,36 242

195 — PARMALAT PORTUGAL - PROD. ALIMENTARES S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 96.235.000 11,3 4.182.000 31.208.000 13,40 330

196 186 C. SANTOS - VEÍCULOS E PEÇAS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 96.151.212 6,8 427.250 7.216.403 5,92 219

197 155 AUTO SUECO (COIMBRA) LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 95.992.993 -9,4 8.339.713 46.992.379 17,75 501

198 197 PROSEGUR - Cª DE SEGURANÇA, S.A. SERVIÇOS 94.951.340 8,7 7.415.750 22.953.843 32,31 4.198

199 129 IMPRENSA NACIONAL - CASA DA MOEDA E.P. MEDIA 94.912.561 -21,3 17.734.511 93.364.480 18,99 1.048

200 174 TRANSINSULAR - TRANSP. MARÍTIMOS INSULARES S.A. TRANSPORTES 94.882.451 -0,1 5.061.606 31.820.897 15,91 52

201 192 ALVES BANDEIRA & Cª LDA COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 94.325.430 7,0 416.210 8.709.930 4,78 236

202 — G.C.T. ON LINE - DITRIB. ALIMENTAR DIRECTA S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 93.630.849 N.D. -1.693.539 7.089.544 -23,89 78

203 178 PÁGINAS AMARELAS S.A. MEDIA 93.434.816 -0,3 N.D. N.D. N.D. 461

204 187 CIMPOR BETÃO - INDÚSTRIA DE BETÃO PRONTO S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 93.417.500 5,1 5.545.400 28.164.900 19,69 150

205 258 RAMALHO ROSA COBETAR - SOC. DE CONST. S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 91.547.830 31,8 869.672 12.209.590 7,12 244

206 199 BRISTOL MYERS SQUIBB - FARMACÊUTICA PORT. LDA COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 90.615.268 4,7 4.452.120 10.772.911 41,33 155

207 165 SOMINCOR - SOC. MINEIRA DE NEVES CORVO S.A. INDÚSTRIA EXTRACTIVA 89.388.671 -11,7 -946.550 162.142.113 -0,58 870

208 — BSHP - ELECTRODOMESTICOS - SOC. UNIPESSOAL LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 88.485.363 163,0 -202.524 9.449.659 -2,14 20

209 — COINDU - COMPONENTES PARA A IND. AUTOMÓVEL S.A. INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 87.937.172 37,0 5.348.410 14.127.608 37,86 988

210 209 FLORÊNCIO AUGUSTO CHAGAS S.A. COMÉRCIO 87.665.319 5,6 864.024 16.342.709 5,29 313

211 276 TV CABO TEJO S.A. COMUNICAÇÕES 87.573.000 36,3 4.622.000 23.218.000 19,91 139

212 185 JOHNSON CONTROLS II - ASSENTOS DE ESPUMA LDA IND. AUTOMÓVEL 87.219.610 -4,4 8.471.722 30.818.749 27,49 350

213 — ALSTOM PORTUGAL S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 86.564.842 44,9 603.940 10.222.691 5,91 380

214 121 CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 86.390.843 -31,7 1.748.727 18.926.238 9,24 273

215 208 IBERUSA - HOTELARIA E RESTAURAÇÃO S.A. SERVIÇOS 85.030.705 2,3 -488.349 1.183.294 -41,27 584

216 — LUSO FINSA - IND. E COMÉRCIO DE MADEIRAS S.A. IND. DA MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 83.841.880 44,6 3.736.260 45.635.340 8,19 218

217 230 GERTAL - Cª GERAL DE REST. E ALIMENTAÇÃO S.A. SERVIÇOS 83.376.295 9,8 3.151.302 3.939.000 80,00 2.348

218 198 BETÃO LIZ S.A. IND. MINERAIS NÃO METÁLICOS 83.294.731 -4,3 3.222.889 32.576.491 9,89 160

219 180 ENTREPOSTO V.H. - IMPORTAÇÃO DE AUTOMÓVEIS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 82.297.886 -11,5 187.185 9.255.972 2,02 38

220 239 CABLINAL PORTUGUESA LDA IND. AUTOMÓVEL 81.880.016 12,4 208.103 13.320.105 1,56 1.244

221 212 LAMEIRINHO - INDÚSTRIA TÊXTIL S.A. IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 81.796.590 0,3 1.619.552 48.742.215 3,32 1.057

222 256 FARBEIRA - COOP. DE FARMACÊUTICOS DO CENTRO C.R.L. COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 81.758.188 17,5 738.124 4.817.240 15,32 90

223 — CABOVISÃO - SOC. DE TELEVISÃO POR CABO S.A. COMUNICAÇÕES 81.489.000 125,9 -95.560.000 69.481.000 -137,53 260

224 — ESTEVÃO NEVES - HIPERMERCADOS DA MADEIRA S.A. COM. ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 81.483.082 26,5 1.734.563 7.380.407 23,50 300

225 214 PROFARIN LDA COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 81.234.663 0,0 1.137.835 6.666.568 17,07 19

226 263 MERCAUTO LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 80.976.445 21,0 621.318 5.215.796 11,91 167

CLASS. CLASS. NOME SECTOR VENDAS VAR. % RESULT. CAPITAL RENT. CAP. N.º 2002 2001 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO PRÓPRIO % TRAB.

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58

UNIDADE: EUROS

5 0 0 M A I O R E S E M P R E S A S P O R V E N D A S E M 2 0 0 2

227 249 CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 80.892.005 14,8 1.518.822 13.976.410 10,87 340

228 — SANER - SOC. ALIMENTAR DO NORTE S.A. COM. ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 80.271.127 3,8 473.105 2.024.960 23,36 44

229 — SAPROGAL PORTUGAL - AGRO-PECUÁRIA S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 79.913.398 -13,6 240.632 50.616.043 0,48 198

230 218 JANSSEN - CILAG FARMACÊUTICA LDA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 79.474.000 -0,9 -1.363.000 2.403.000 -56,72 315

231 217 NOVADELTA - COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE CAFÉS S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 79.393.663 -1,5 10.116.016 33.849.926 29,88 346

232 260 UNILFARMA - UNIÃO INT. LAB. FARMACÊUTICOS LDA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 79.315.877 17,5 2.103.914 13.693.092 15,36 80

233 219 MICHELIN - Cª LUSO PNEU LDA COMÉRCIO 79.057.851 -1,1 1.411.419 5.189.332 27,20 68

234 — REDE FERROVIÁRIA NACIONAL - REFER E.P. SERVIÇOS 78.065.800 -18,0 158.595.192 2.536.236.659 6,25 5.183

235 247 SERVIÇOS 77.981.895 9,0 1.140.093 3.462.154 32,93 261

236 194 XEROX PORTUGAL - EQUIP. DE ESCRITÓRIO LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 77.539.545 -11,8 1.804.010 35.863.257 5,03 202

237 — TELEPAC II - COMUNICAÇÕES INTERACTIVAS S.A. COMUNICAÇÕES 77.530.897 50,1 -10.963.885 -208.364 N.C. 128

238 228 SOC. PORTUGUESA DO AR LÍQUIDO (ARLÍQUIDO) LDA INDÚSTRIA QUÍMICA 77.487.919 0,2 22.262.079 66.695.361 33,38 271

239 268 SOC. DE EMPREITADAS ADRIANO S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 77.419.169 17,2 739.601 14.858.000 4,98 580

240 253 HONDA AUTOMÓVEL DE PORTUGAL S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 76.838.442 10,0 544.873 18.337.736 2,97 50

241 221 FERPINTA S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 76.456.363 -3,7 5.668.870 35.155.164 16,13 215

242 250 EMPRESA DE ELECTRICIDADE DA MADEIRA S.A. ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 76.323.762 8,3 1.181.390 97.701.295 1,21 874

243 375 MARTIFER - CONSTRUÇÕES METALOMECÂNICAS LDA IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 75.655.653 58,9 2.911.596 17.005.307 17,12 637

244 245 JERÓNIMO MARTINS LDA COM. ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 75.358.200 4,7 18.100.652 21.412.085 84,53 114

245 205 AGIP PORTUGAL - COMBUSTÍVEIS S.A. COM. PRODUTOS PETROLÍFEROS 75.342.000 -10,8 -662.000 1.627.000 -40,69 21

246 229 LIDOSOL II - DISTRIB. DE PRODUTOS ALIMENTARES S.A. COM. ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 74.697.305 -2,7 1.826.392 3.240.427 56,36 690

247 257 INDÚSTRIAS DE CARNES NOBRE S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 74.566.621 7,2 N.D. N.D. N.D. 561

248 188 EFACEC ENERGIA S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 74.544.774 -15,6 70.855 26.751.392 0,26 440

249 265 CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 73.845.849 10,8 1.827.218 13.795.841 13,24 760

250 252 TRANSPORTES LUÍS SIMÕES S.A. TRANSPORTES 73.427.420 4,8 231.459 11.365.180 2,04 675

251 334 ENSUL - EMPREENDIMENTOS NORTE SUL S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 73.250.421 38,1 298.719 7.092.519 4,21 311

252 323 GESPOST - GEST. E ADM. POSTOS DE ABAST. LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 73.224.000 33,8 -507.000 -372.000 N.C. 180

253 264 OTIS ELEVADORES S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 73.145.165 9,7 11.280.005 32.660.126 34,54 620

254 244 Cª CARRIS DE FERRO DE LISBOA S.A. TRANSPORTES 72.896.138 1,0 -70.932.741 -186.122.596 N.C. 3.932

255 232 SCHNEIDER ELECTRIC PORTUGAL LDA IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 72.670.553 -2,5 1.152.031 10.940.786 10,53 230

256 274 COCKBURN SMITHES & Cª S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 72.551.405 11,8 2.794.281 30.763.595 9,08 133

257 200 TECNOVIA - SOC. DE EMPREITADAS S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 72.415.622 -16,2 2.185.054 23.659.835 9,24 704

258 262 GARCIAS - COMÉRCIO E IND. PROD. ALIMENTARES LDA COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 72.003.505 7,5 1.215.165 4.515.071 26,91 128

259 215 EMEF S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 71.914.418 -11,4 -8.837.551 1.890.005 -467,59 1.846

260 266 PAVIA - PAVIMENTOS E VIAS S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 71.818.547 8,3 957.201 7.500.000 12,76 546

261 — OFFICE CENTRE PORTUGAL LDA COMÉRCIO 71.658.000 18,6 2.091.000 19.993.000 10,46 370

262 222 SICASAL - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CARNES S.A. IND.DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 71.400.191 -9,6 558.827 14.840.037 3,77 446

263 — ACEMBEX - AÇÚCAR EMBALAGEM E EXPORTAÇÃO LDA COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 71.399.541 -0,4 195.691 1.094.630 17,88 12

264 272 GONVARRI - PRODUTOS SIDERÚRGICOS S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 71.203.613 9,4 -3.439.787 35.185.897 -9,78 100

265 271 PORTELA & Cª S.A. IND. FARMACÊUTICA 70.812.822 7,6 974.140 25.213.452 3,86 206

266 236 PORTUCEL EMBALAGEM S.A. IND. CELULOSE, PAPEL E ARTES GRÁFICAS 70.696.423 -3,3 3.768.489 39.889.402 9,45 520

267 269 SANTOS BAROSA - VIDROS S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 70.635.756 7,1 2.159.713 33.024.903 6,54 530

268 181 COELIMA - INDÚSTRIAS TÊXTEIS S.A. IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 70.463.861 -24,0 129.762 32.300.017 0,40 1.072

269 306 AVELINO, FARINHA & AGRELA LDA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 70.272.328 19,8 3.434.726 97.188.707 3,53 622

270 — S.D.P. - SOC. DE DISTRIBUIÇÃO DE PAPEL S.A. COMÉRCIO 69.583.442 -6,0 1.177.313 22.077.142 5,33 134

CLASS. CLASS. NOME SECTOR VENDAS VAR. % RESULT. CAPITAL RENT. CAP. N.º 2002 2001 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO PRÓPRIO % TRAB.

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UNIDADE: EUROS

60

5 0 0 M A I O R E S E M P R E S A S P O R V E N D A S E M 2 0 0 2

271 — UNILEVER BESTFOODS PORTUGAL S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 69.519.000 -0,3 9.630.000 16.922.000 56,91 171

272 235 INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO IDAL LDA IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 69.417.927 -5,4 5.959.485 58.554.501 10,18 490

273 293 TEODÓRO GOMES ALHO & FILHOS LDA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 69.236.177 13,9 686.631 9.689.920 7,09 480

274 284 TONOVA LDA COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 69.157.303 10,1 N.D. N.D. N.D. 556

275 248 JOSÉ MACHADO DE ALMEIDA & Cª LDA IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 68.678.537 -2,7 642.745 36.819.257 1,75 1.090

276 — ALCOA FUJIKURA PORTUGAL S.A. IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 68.028.037 115,3 -85.233 857.000 -9,95 1.443

277 297 RIBERALVES S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 67.788.546 12,3 112.534 10.688.820 1,05 190

278 275 DANZAS LDA SERVIÇOS 67.634.900 5,1 1.327.839 7.295.655 18,20 168

279 226 MECI-MONTAGENS ELÉCTRICAS, CIVIS E INDUSTRIAIS S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 67.607.323 -13,0 257.643 7.636.954 3,37 489

280 298 PROLEITE C.R.L. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 67.592.315 12,1 1.105.573 50.134.052 2,21 101

281 127 DOW PORTUGAL LDA IND. QUÍMICA 67.404.589 -45,2 5.146.808 166.020.000 3,10 99

282 246 FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL S.A. IND. QUÍMICA 67.289.994 -6,1 1.596.593 34.873.509 4,58 295

283 280 SOGENAVE S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 66.878.814 4,9 1.098.294 4.073.229 26,96 222

284 — ESSILOR PORTUGAL - SOC. INDUSTRIAL DE ÓPTICA LDA IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 66.437.936 N.D. 7.143.294 17.404.067 41,04 301

285 281 ALBERTO MARTINS DE MESQUITA & FILHOS S. A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 66.091.715 3,8 409.864 16.193.148 2,53 450

286 255 ABRIL CONTROLJORNAL - EDITORA LDA MEDIA 65.903.860 -5,4 1.796.161 4.853.367 37,01 500

287 191 WURTH (PORTUGAL) - TÉCNICA DE MONTAGEM LDA COMÉRCIO 65.674.829 8,1 6.364.667 33.752.098 18,86 668

288 286 SANOFI SYNTHELABO - PROD. FARMACÊUTICOS S.A. INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 65.474.674 4,9 4.933.394 24.076.851 20,49 278

289 — WHAT`S WHAT PORTUGAL S.A. COMÉRCIO 65.256.000 -7,7 1.934.000 8.433.000 22,93 25

290 234 EUROFRUTAS - SOC. DE FRUTAS S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 65.189.153 -11,4 1.305.013 3.499.175 37,29 94

291 283 RÁDIODIFUSÃO PORTUGUESA S.A. MEDIA 64.872.121 3,0 -14.094.609 38.227.277 -36,87 1.010

292 314 GRUDISUL - SOC. DISTRIBUIDORA DO SUL LDA COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 64.860.573 13,5 340.155 1.171.514 29,04 39

293 251 SOLVAY PORTUGAL - PRODUTOS QUÍMICOS S.A. INDÚSTRIA QUÍMICA 64.856.242 -7,9 7.824.889 58.188.444 13,45 380

294 308 COOP. AGRÍCOLA DE BARCELOS C.R.L. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 64.568.624 11,3 406.782 23.007.160 1,77 105

295 278 CARCLASSE - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 64.564.400 0,5 397.618 3.596.695 11,06 159

296 — SOC. PORTUGUESA DO ACUMULADOR TUDOR S.A. IND. DE MAT. ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 64.363.664 11,6 3.391.013 46.836.399 7,24 541

297 303 ELECTRICIDADE DOS AÇORES S.A. ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 64.359.959 8,1 3.169.320 49.983.206 6,34 803

298 — PANRICO - PRODUTOS ALIMENTARES LDA IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 64.279.000 9,9 3.777.000 16.535.000 22,84 140

299 259 CASA DA SORTE - ORG. NOGUEIRA DA SILVA S.A. COMÉRCIO 64.232.879 -5,0 515.078 5.939.266 8,67 143

300 307 LACTICOOP U.C.R.L. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 64.187.069 9,9 6.399.376 55.628.208 11,50 151

301 — IVECO PORTUGAL - COM. DE VEÍC. INDUSTRIAIS LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 64.145.000 -28,4 -3.421.000 6.733.000 -50,81 100

302 243 ENTREPOSTO LISBOA - COMÉRCIO DE VIATURAS LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 64.032.211 -11,3 569.926 3.450.320 16,52 304

303 273 COMÉRCIO 63.912.560 -1,6 1.457.714 13.301.361 10,96 130

304 206 EDIFICADORA LUZ & ALVES LDA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 63.869.445 -23,8 1.570.847 13.419.638 11,71 430

305 190 ECCO`LET (PORTUGAL) - FÁBRICA DE SAPATOS LDA IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 63.757.291 -27,7 -4.416.591 14.654.950 -30,14 1.300

306 288 ALICOOP - COOP. DE PROD. ALIMENT. ALGARVE C.R.L. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 63.116.934 1,5 729.308 16.165.756 4,51 266

307 343 TECNASOL-FGE - FUNDAÇÕES E GEOTÉCNICA S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 62.836.628 24,3 1.185.275 12.190.740 9,72 475

308 — CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 62.112.962 29,7 614.796 12.400.593 4,96 377

309 277 TINTAS ROBBIALAC S.A. INDÚSTRIA QUÍMICA 61.989.425 -3,5 1.259.005 35.597.392 3,54 505

310 227 RENAULT TRUCKS PORTUGAL LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 61.744.857 -20,4 1.691.334 24.399.045 6,93 160

311 335 J. P. SÁ COUTO LDA IND.DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 61.550.586 16,2 1.292.815 4.650.232 27,80 55

312 — MAN VEÍCULOS INDUSTRIAIS PORTUGAL LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 61.337.000 -19,4 -473 9.845.000 0,00 135

313 213 CABELTE - CABOS ELÉCTRICOS E TELEFÓNICOS S.A. IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 61.235.642 -24,9 -6.809.865 18.407.903 -36,99 200

314 327 GASPE LDA COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 61.181.983 13,3 269.894 4.443.398 6,07 55

315 318 AMTROL-ALFA - METALOMECÂNICA S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 61.114.509 8,5 2.048.973 17.400.298 11,78 930

316 302 SAINT GOBAIN SEKURIT PORTUGAL - VIDRO AUTOM. S.A. IND. MINERAIS NÃO METÁLICOS 60.578.992 1,4 4.728.267 18.616.803 25,40 297

CLASS. CLASS. NOME SECTOR VENDAS VAR. % RESULT. CAPITAL RENT. CAP. N.º 2002 2001 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO PRÓPRIO % TRAB.

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UNIDADE: EUROS

62

5 0 0 M A I O R E S E M P R E S A S P O R V E N D A S E M 2 0 0 2

317 242 CIMPOMÓVEL - VEÍCULOS PESADOS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 59.892.981 -17,2 1.399.976 12.017.979 11,65 275

318 — SAINT GOBAIN GLASS PORTUGAL - VIDRO PLANO S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 59.814.829 2,2 4.682.000 82.867.000 5,65 152

319 311 EFACEC - SISTEMAS DE ELECTRÓNICA S.A. IND. DE MAT. ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 59.456.000 3,5 3.889.000 19.475.000 19,97 320

320 320 SOGRAPE - VINHOS DE PORTUGAL S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 58.392.477 4,4 3.623.126 46.554.440 7,78 329

321 461 SOMAGUE - ENGENHARIA MADEIRA S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 58.392.477 48,6 3.623.126 46.554.440 7,78 177

322 — GLOBALDIS - DISTRIB. GLOBAL DE MATERIAIS S.A. COMÉRCIO 58.338.475 -3,8 94.000 17.799.547 0,53 246

323 347 AMORIM - REVESTIMENTOS S.A. IND. DA MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 58.183.000 -1,7 -1.231.000 19.420.000 -6,34 548

324 — L.G. ELECTRONICS ESPANA S.A. - SUC. EM PORTUGAL COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 58.164.631 45,8 -1.224.100 -1.777.200 N.C. 38

325 291 SAP PORTUGAL.LDA SERVIÇOS 58.079.652 -4,5 2.012.056 12.168.053 16,54 65

326 301 ETERMAR S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 58.044.009 -3,4 228.073 13.435.157 1,70 348

327 332 BACARDI - MARTINI PORTUGAL LDA IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 57.487.570 8,0 N.D. N.D. N.D. 82

328 300 PESCANOVA (PORTUGAL) - PROD. ALIMENTARES LDA IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 57.451.401 -4,7 717.000 8.883.000 8,07 65

329 — GENERAL CABLE CELCAT S.A. IND. DE MAT. ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 57.398.222 -5,4 -3.010.688 13.500.000 -22,30 283

330 337 VESAUTO - AUTOMÓVEIS E REPARAÇÕES S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 57.328.844 11,1 515.533 4.392.842 11,74 173

331 201 FERNANDO SIMÃO LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 57.311.409 -33,6 -4.800 3.889.420 -0,12 222

332 362 SAPJU - SOC. AGRO-PECUÁRIA S.A. AGRICULTURA E PECUÁRIA 56.597.216 15,8 576.310 16.743.149 3,44 230

333 317 SORGAL - SOC. DE ÓLEOS E RAÇÕES S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 56.517.713 0,1 1.884.507 11.780.123 16,00 162

334 241 PIONEER TECHNOLOGY PORTUGAL S.A. IND. DE MAT. ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 56.490.781 -22,3 756.142 9.201.313 8,22 344

335 331 MODALFA - COMÉRCIO E SERVIÇOS S.A. COMÉRCIO 56.040.431 5,1 4.380.550 9.124.104 48,01 226

336 325 SOC. DE CONSTRUÇÕES H. HAGEN S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 56.007.516 3,3 1.363.662 11.204.126 12,17 258

337 170 TOTALFINA PORTUGAL - Cª DE PETRÓLEOS S. A. COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 55.690.019 -42,2 -5.479.781 7.307.274 -74,99 100

338 326 LABORATÓRIO MEDINFAR - PROD. FARMACÊUTICOS S.A. INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 55.654.946 3,0 -420.116 13.215.584 -3,18 263

339 — EDIÇOR - EDIFICADORA AÇOREANA S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 55.654.758 -5,7 1.912.316 9.434.945 20,27 298

340 319 UNIBETÃO - INDÚSTRIAS DE BETÃO PREPARADO S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 55.120.960 -1,6 2.311.658 14.166.904 16,32 210

341 305 MANUEL MARQUES DOS SANTOS CAVACO S.A. COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 55.099.315 -6,2 156.161 3.199.045 4,88 160

342 348 NACIONAL S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 54.949.654 9,5 2.049.338 19.345.072 10,59 240

343 282 RUI COSTA E SOUSA & IRMÃO LDA COM. ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 54.933.817 -13,1 1.830.026 11.486.828 15,93 120

344 299 FONSECAS - COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES S. A. COM. PRODUTOS PETROLÍFEROS 54.797.516 -9,1 963.778 8.954.955 10,76 174

345 402 C.A.M. - CAMIÕES, AUTOMÓVEIS E MOTORES S.A. COM. AUTOMÓVEL 54.746.922 23,1 -1.301.497 902.049 -144,28 85

346 — RENAULT BOAVISTA LDA COM. AUTOMÓVEL 54.678.534 3,4 966.456 2.383.915 40,54 107

347 409 SOGRAPE - DISTRIBUIÇÃO S.A. IND.DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 54.677.358 23,8 1.833.499 9.228.534 19,87 61

348 414 SERVIÇOS 54.410.371 25,3 280.256 1.185.022 23,65 5.520

349 346 GRUPO ANTOLIN LUSITANA - COMP. AUTOMÓVEL S.A. INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 53.924.668 7,3 3.002.805 12.804.268 23,45 290

350 322 ALISUPER S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 53.886.743 -1,6 430.517 14.884.437 2,89 517

351 377 PORTGÁS - SOC. DE PROD. E DISTRIBUIÇÃO DE GÁS S.A. ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 53.710.698 13,8 3.466.663 12.895.591 26,88 102

352 328 MAHLE - COMPONENTES PARA MOTORES S.A. INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 53.702.510 -0,5 5.497.770 26.816.094 20,50 445

353 — GRUPO GILLETTE PORTUGAL LDA COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 53.668.676 6,5 3.864.907 5.121.896 75,46 61

354 339 LEGRAND ELÉCTRICA S.A. IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 53.516.197 4,6 3.512.976 18.564.720 18,92 479

355 — IMPALA - SOC. EDITORIAL S.A. MEDIA 53.409.743 11,3 1.380.120 6.742.659 20,47 435

356 437 RÁDIO POPULAR - ELECTRODOMÉSTICOS S.A. . COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 53.214.755 26,8 1.257.308 5.652.248 22,24 130

357 394 FAPRICELA - INDÚSTRIA DE TREFILARIA S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 53.128.744 16,4 223.048 27.690.066 0,81 271

358 216 ROBERT BOSCH LDA IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 53.066.691 -34,4 1.854.509 13.999.095 13,25 116

359 — DATABOX - INFORMÁTICA S.A. COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 52.911.788 N.D. N.D. 621.089 N.D. 85

360 456 TV CABO PORTO S.A. COMUNICAÇÕES 52.576.000 31,0 1.226.000 16.294.000 7,52 61

361 — BARRAQUEIRO TRANSPORTES S.A. TRANSPORTES 52.276.958 19,1 -4.282.000 10.471.000 -40,89 848

362 290 ANTÓNIO DE ALMEIDA & FILHOS LDA IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 52.204.601 -14,2 129.291 24.378.270 0,53 762

363 — SAINT GOBAIN MONDEGO S.A. IND. MINERAIS NÃO METÁLICOS 51.997.071 11,0 3.670.637 30.954.340 11,86 254

364 — FEPI - ARMAZÉNS DE TABACO E PROD. ALIMENT. LDA COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 51.770.491 N.D. 292.229 3.037.356 9,62 38

CLASS. CLASS. NOME SECTOR VENDAS VAR. % RESULT. CAPITAL RENT. CAP. N.º 2002 2001 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO PRÓPRIO % TRAB.

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UNIDADE: EUROS

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5 0 0 M A I O R E S E M P R E S A S P O R V E N D A S E M 2 0 0 2

365 340 CONSTRUÇÕES GABRIEL A. S. COUTO S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 51.660.293 1,2 896.588 9.562.356 9,38 400

366 395 THYSSENKRUPP ELEVADORES S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 51.638.239 13,4 2.465.248 11.507.513 21,42 550

367 420 LUSOPONTE S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 51.400.024 19,1 3.660.976 43.232.322 8,47 21

368 472 IRMÃOS VILA NOVA LDA SERVIÇOS 51.066.599 34,4 7.550.225 15.602.373 48,39 600

369 445 MARQUES LDA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 51.033.239 24,6 1.325.815 7.908.214 16,77 590

370 364 TÊXTIL MANUEL GONÇALVES S.A. IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 50.966.888 4,9 1.331.071 85.169.352 1,56 1.161

371 376 COTESI - Cª DE TÊXTEIS SINTÉTICOS S.A. IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 50.866.815 6,9 -1.676.921 50.315.787 -3,33 1.470

372 336 F. RAMADA - AÇOS E INDÚSTRIAS S.A. COMÉRCIO 50.577.429 -2,3 227.502 25.763.100 0,88 400

373 333 SOMELOS - TECIDOS S.A. IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 50.482.464 -4,8 3.065.971 25.296.655 12,12 617

374 379 FOSFOREIRA PORTUGUESA S.A. IND. QUÍMICA 50.418.352 7,3 -356.788 1.084.411 -32,90 88

375 341 SOC. DE TRANSPORTES COLECTIVOS DO PORTO S.A. TRANSPORTES 50.327.000 -0,7 -34.858.000 -77.888.000 N.C. 2.430

376 430 SCHERING LUSITANA LDA COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 50.053.031 17,9 2.866.728 13.465.892 21,29 128

377 422 ELECTROLUX LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 49.958.797 15,9 1.508.569 19.229.246 7,85 42

378 408 DAI - SOC. DE DESENV. AGRO INDUSTRIAL S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 49.869.033 12,7 3.755.597 45.317.175 8,29 196

379 451 CAETANO & MONT`ALVERNE S.A. COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 49.783.900 23,3 966.470 6.970.366 13,87 230

380 — H.C.I. - CONSTRUÇÕES S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 49.730.494 29,2 2.307.453 19.082.163 12,09 105

381 360 A LUTA C.R.L. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 49.262.984 0,3 -1.599.853 4.177.570 -38,30 140

382 357 EUROPCAR INTERNACIONAL - ALUGUER AUTO LDA SERVIÇOS 49.163.595 -0,9 1.934.021 12.463.778 15,52 320

383 415 SCHINDLER - ASCENSORES E ESCADAS ROLANTES S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 49.132.686 13,4 1.924.351 8.191.449 23,49 400

384 404 BP LUBS - Cª DE LUBRIFICANTES LDA COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 49.016.244 10,5 8.728.517 79.424.775 10,99 92

385 367 LASSEN TRANSITÁRIOS LDA SERVIÇOS 49.008.404 1,1 1.252.616 498.798 251,13 157

386 349 TEKA PORTUGUESA - EQUIPAMENTOS DE COZINHA LDA IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 48.949.120 -2,4 2.361.686 10.589.828 22,30 230

387 382 UNICOL U.C.R.L. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 48.882.555 4,8 1.321.016 8.576.372 15,40 147

388 478 T.S.T. - TRANSPORTES SUL DO TEJO S.A. TRANSPORTES 48.848.700 30,3 681.689 8.329.379 8,18 1.032

389 296 SOTÉCNICA - SOC. ELECTROTÉCNICA S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 48.772.613 -19,3 595.484 13.271.521 4,49 455

390 345 RADIOTELEVISÃO PORTUGUESA S.A. MEDIA 48.772.000 -3,3 -228.270.000 -985.632.000 N.C. 1.898

391 424 ELECTROMECÂNICA PORTUGUESA PREH LDA IND. DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 48.543.539 13,1 1.233.992 10.470.331 11,79 383

392 — FRICARNES S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 48.166.883 -26,5 -6.985.468 3.801.503 -183,76 235

393 — AUTO ESTRADAS DO ATLÂNTICO S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 48.129.603 60,1 -13.665.848 37.848.812 -36,11 316

394 371 T.S. - THOMAZ DOS SANTOS S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 48.097.762 0,2 1.372.594 20.499.502 6,70 191

395 383 FDO - CONSTRUÇÕES S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 47.928.685 2,8 1.150.445 6.618.960 17,38 250

396 389 LUSITÂNIAGÁS - Cª DE GÁS DO CENTRO S.A. ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA 47.925.915 3,8 4.579.048 27.755.055 16,50 77

397 417 COOP. AGRÍCOLA DE VILA DO CONDE C.R.L. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 47.798.376 10,6 307.826 5.495.713 5,60 80

398 436 IND. AUTOMÓVEL 47.711.988 13,6 433.816 5.861.757 7,40 850

399 352 GRUPO GEL S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 47.593.239 -4,8 162.858 3.069.328 5,31 7

400 321 DILOP - PRODUTOS ALIMENTARES S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 47.526.320 -14,2 62.962 7.619.785 0,83 305

401 396 TURISMO CRUZEIRO LDA SERVIÇOS 47.457.812 4,6 75.805 2.116.113 3,58 102

402 369 SONICEL - SOC. NAC. COM. DE ELECTRODOMÉSTICOS S.A. COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 47.300.000 -1,9 N.D. N.D. N.D. 98

403 497 MERCK FARMA E QUÍMICA S.A. COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 47.233.664 30,3 7.891.781 28.819.683 27,38 200

404 285 CONDURIL - CONSTRUTORA DURIENSE S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 47.200.852 -24,6 1.050.499 22.736.438 4,62 546

405 279 CONSTRUCTORA SAN JOSÉ S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 47.168.554 -26,0 1.173.118 5.907.860 19,86 110

406 — REXEL - DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL ELÉCTRICO S.A. COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 46.914.128 -4,2 -3.626.418 8.388.060 -43,23 186

407 390 FRIEDRICH GROHE PORTUGAL - LDA COMÉRCIO 46.747.884 1,6 5.818.284 16.892.861 34,44 292

408 385 PRESSELIVRE - IMPRENSA LIVRE S.A. MEDIA 46.508.940 0,1 7.550.382 14.822.462 50,94 333

409 — SOTANCRO - EMBALAGEM DE VIDRO S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 46.466.913 37,9 1.693.442 15.143.900 11,18 412

410 381 SERVIÇOS 46.433.302 -0,6 403.038 15.732.878 2,56 4.558

CLASS. CLASS. NOME SECTOR VENDAS VAR. % RESULT. CAPITAL RENT. CAP. N.º 2002 2001 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO PRÓPRIO % TRAB.

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UNIDADE: EUROS

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5 0 0 M A I O R E S E M P R E S A S P O R V E N D A S E M 2 0 0 2

411 458 ITAU - INST. TÉCNICO DE ALIMENTAÇÃO HUMANA S.A. SERVIÇOS 46.304.154 15,5 1.593.982 3.145.236 50,68 1.300

412 — SALEXPOR - Cª PORTUGUESA DE SAL HIGIENIZADO S.A. IND.DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 45.730.000 0,1 418.000 16.945.000 2,47 100

413 312 SACOR MARÍTIMA S.A. TRANSPORTES 45.728.920 -20,3 3.312.003 48.670.113 6,81 44

414 455 STOHR PORTUGAL - Cª INDUSTRIAL TÊXTIL LDA IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 45.712.345 13,9 -240.192 8.129.991 -2,95 330

415 270 ACORIL - EMPREITEIROS S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 45.602.237 -30,7 594.765 9.330.115 6,37 230

416 363 ÁLVARO COELHO & IRMÃOS S.A. INDÚSTRIA DA MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 45.597.058 -6,3 2.314.503 11.005.020 21,03 158

417 370 CINCA - Cª INDUSTRIAL DE CERÂMICA S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 45.596.370 -5,4 415.844 24.736.015 1,68 631

418 398 SODICENTRO - COMÉRCIO DE VEÍCULOS LDA COMÉRCIO AUTOMÓVEL 45.568.997 1,5 209.559 2.522.412 8,31 105

419 — JMV - JOSÉ MARIA VIEIRA S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 45.563.796 48,5 1.347.138 19.948.632 6,75 404

420 476 CONFIAUTO - IND. E COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 45.278.390 20,5 305.065 2.549.165 11,97 160

421 397 TEMPUS INTERNACIONAL - IMPORT. DE RELOJOARIA LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 45.169.654 0,6 4.304.688 20.263.504 21,24 60

422 454 DOMINGOS DA SILVA TEIXEIRA S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 45.148.669 12,3 1.028.510 15.254.190 6,74 230

423 — M. & J. PESTANA - SOC. DE TURISMO DA MADEIRA S.A. SERVIÇOS 45.094.000 28,5 11.287.000 82.984.000 13,60 575

424 342 EUSÉBIOS & FILHOS S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 45.085.437 -10,9 898.082 8.984.986 10,00 423

425 418 FUJIFILM PORTUGAL LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 45.019.812 4,2 1.515.262 8.850.937 17,12 214

426 431 FARSANA PORTUGAL - COMÉRCIO E INDÚSTRIA S.A. COM. FARMACÊUTICO, HIGIENE E LIMPEZA 44.795.008 5,7 4.863.340 5.220.088 93,17 226

427 — EUGSTER & FRISMAG - ELECTRODOMÉSTICOS LDA IND.DE MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 44.569.462 29,2 40.434 1.183.482 3,42 552

428 416 HYDRO ALUMÍNIO PORTALEX S.A. IND.METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 44.534.571 3,0 4.435.305 22.832.785 19,43 149

429 444 SOC. ATLAS COPCO DE PORTUGAL LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 44.527.796 8,5 3.630.000 22.596.290 16,06 141

430 — TMG - TECIDOS PARA VESTUÁRIO E DECORAÇÃO S.A. IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 44.273.631 -2,0 1.361.909 22.331.373 6,10 425

431 287 CIMERTEX - SOC. DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 44.198.575 -29,1 1.885.671 16.022.661 11,77 167

432 — FIRMO - PAPÉIS E PAPELARIA S.A. COMÉRCIO 44.053.158 -2,5 57.074 8.749.738 0,65 330

433 388 PT SISTEMAS DE INFORMAÇÃO S.A. SERVIÇOS 44.006.000 -4,8 202.000 10.667.000 1,89 490

434 401 GOODYEAR PORTUGUESA - UNIPESSOAL LDA COMÉRCIO 43.963.337 -1,4 4.156.491 15.626.548 26,60 53

435 373 LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS S.A. IND. CELULOSE, PAPEL E ARTES GRÁFICAS 43.832.960 -8,0 -5.891.680 17.150.684 -34,35 520

436 315 ENTREPOSTO MÁQUINAS - S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 43.797.186 -22,7 41.101 3.702.611 1,11 202

437 449 PRONICOL - PRODUTOS LÁCTEOS S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 43.670.219 7,4 343.502 10.789.407 3,18 218

438 483 ITALCO - MODA ITALIANA LDA IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 43.666.297 17,1 2.152.468 6.623.701 32,50 428

439 — FAGOR LUSITANA - ELECTRODOMÉSTICOS LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 43.656.080 -16,6 -2.962.503 -2.889.720 N.C. 61

440 351 CORTICEIRA AMORIM - INDÚSTRIA S.A. IND. DA MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 43.175.399 -13,7 4.318.851 24.666.517 17,51 416

441 — MODELO - DISTRIB. DE MAT. DE CONSTRUÇÃO S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 43.043.000 14,0 2.408.000 11.557.000 20,84 230

442 433 CLC - Cª LOGÍSTICA DE COMBUSTÍVEIS S.A. SERVIÇOS 42.864.000 1,6 10.514.000 45.812.000 22,95 59

443 412 BRIDGESTONE FIRESTONE PORTUGUESA LDA COMÉRCIO 42.570.856 -3,0 343.040 11.487.647 2,99 67

444 468 VILA GALÉ - SOC. DE EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS S.A. SERVIÇOS 42.468.007 10,3 3.672.424 48.952.358 7,50 1.000

445 392 PORTUCEL TEJO - EMP. DE CELULOSE DO TEJO S.A. IND. CELULOSE, PAPEL E ARTES GRÁFICAS 42.447.000 -7,2 -1.345.000 51.414.000 -2,62 290

446 324 PORTUGAL TELECOM INOVAÇÃO S.A. SERVIÇOS 42.188.144 -22,8 5.871.884 14.950.082 39,28 342

447 443 INTERAVES - SOC. AGRO-PECUÁRIA S.A. AGRICULTURA E PECUÁRIA 41.982.208 2,2 N.D. 4.288.502 N.D. 264

448 — PRISMA - COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES S.A. COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 41.776.603 494,7 20.375 304.689 6,69 17

449 400 SARDINHA & LEITE S.A. INDÚSTRIA DA MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 41.684.970 -6,7 296.390 14.679.619 2,02 281

450 372 SOJORNAL - SOC. JORNALÍSTICA E EDITORIAL S.A. MEDIA 41.585.443 -13,1 3.470.133 6.163.861 56,30 241

451 486 GASIN - GASES INDUSTRIAIS S.A. INDÚSTRIA QUÍMICA 41.544.362 11,8 6.495.508 35.583.823 18,25 92

452 — VALORSUL S.A. SERVIÇOS 41.323.000 N.D. 5.073.000 31.975.000 15,87 200

453 403 LUSOCERAM - EMPREENDIMENTOS CERÂMICOS S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 41.125.155 -7,3 6.588.799 22.697.407 29,03 345

454 448 Cª DO PAPEL DO PRADO S.A. IND. CELULOSE, PAPEL E ARTES GRÁFICAS 41.105.641 0,9 1.503.125 15.254.693 9,85 274

455 — GEOTUR - VIAGENS E TURISMO S.A. SERVIÇOS 41.090.367 -6,3 2.384.038 260.163 916,36 117

456 446 MANUEL TEIXEIRA & Cª LDA INDÚSTRIA DA MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 41.016.757 0,3 237.512 16.365.536 1,45 96

457 — LILLY FARMA - PRODUTOS FARMACÊUTICOS LDA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 40.985.044 15,9 2.127.398 10.950.022 19,43 113

458 490 RICARDO GALLO - VIDRO DE EMBALAGEM S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 40.824.644 11,2 867.983 15.824.514 5,49 395

459 473 AVILUDO - IND. E COM. DE PROD. ALIMENTARES S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 40.693.668 7,7 569.255 5.026.263 11,33 220

460 — SAPEC - AGRO S.A. INDÚSTRIA QUÍMICA 40.528.366 8,4 407.866 24.277.112 1,68 106

CLASS. CLASS. NOME SECTOR VENDAS VAR. % RESULT. CAPITAL RENT. CAP. N.º 2002 2001 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO PRÓPRIO % TRAB.

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5 0 0 M A I O R E S E M P R E S A S P O R V E N D A S E M 2 0 0 2

461 493 ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE LISBOA SERVIÇOS 40.465.697 11,4 -7.700.482 117.198.881 -6,57 360

462 419 MUNDOTÊXTIL - SOC. EXPORTADORA DE TÊXTEIS LDA IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 40.134.164 -7,1 1.476.128 8.083.368 18,26 570

463 439 PROMOR S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 40.089.939 -3,5 1.553.107 15.852.235 9,80 140

464 452 SOC. DA ÁGUA DO LUSO S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 40.065.002 -0,7 2.121.881 17.573.487 12,07 262

465 429 EDS - ELECTRONIC DATA SYSTEMS DE PORTUGAL LDA SERVIÇOS 39.958.456 -6,0 4.705.941 15.773.034 29,84 330

466 492 INDÚSTRIA TÊXTIL DO AVE S.A. IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 39.934.381 9,3 -1.291.710 7.554.568 -17,10 131

467 481 RICON - RIBEIRÃO CONFECÇÕES TÊXTEIS S.A. IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 39.934.322 6,8 2.599.192 15.565.216 16,70 402

468 453 GELPEIXE - ALIMENTOS CONGELADOS S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 39.847.145 -1,1 1.275.465 6.653.259 19,17 146

469 470 VICAIMA - INDÚSTRIA DE MADEIRAS E DERIVADOS S.A. IND. DA MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 39.698.284 4,1 653.891 42.631.097 1,53 650

470 353 B. BRAUN MEDICAL LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 39.643.624 -20,6 3.503.849 25.651.847 13,66 123

471 425 PAULO DE OLIVEIRA SA IND.TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 39.500.396 -7,8 8.807.551 53.274.321 16,53 550

472 344 VIATEL - TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO S.A. CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 39.317.741 -22,1 1.627.238 20.151.013 8,08 226

473 442 MUNDIFIOS - COMÉRCIO DE FIOS LDA COMÉRCIO 39.266.960 -4,5 1.301.703 6.561.504 19,84 20

474 — UNISELF LDA SERVIÇOS 39.248.022 19,5 1.069.662 4.094.594 26,12 1.200

475 495 METROPOLITANO DE LISBOA E.P. TRANSPORTES 39.200.300 8,0 -173.978.458 517.436.439 -33,62 1.963

476 440 ARROZEIRAS MUNDIARROZ S.A. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 39.034.622 -5,8 3.739.431 15.514.930 24,10 54

477 — INFOFIELD - INFORMÁTICA S.A. COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 38.961.013 17,0 358.735 1.283.217 27,96 148

478 — ROSAS CONSTRUTORES LDA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS 38.934.703 15,3 2.080.382 11.240.172 18,51 379

479 — VINOCOR - INDÚSTRIA DE CORTIÇA LDA IND. DA MADEIRA, CORTIÇA E MÓVEIS 38.708.194 42,8 383.719 5.447.355 7,04 92

480 — TAVOL - IND. DE ACESSÓRIOS DE AUTOMÓVEIS LDA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL 38.638.854 N.D. 6.190.118 24.542.183 25,22 350

481 — SOREFOZ - ELECTRODOMÉSTICOS E EQUIP. LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 38.321.778 13,2 702.282 4.944.218 14,20 78

482 83 FUJITSU SIEMENS COMPUTER S.A. COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 38.267.470 -81,2 -492.681 464.902 -105,98 35

483 465 CONFETIL - CONFECÇÕES TÊXTEIS S.A. IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 38.257.582 -1,4 208.343 7.734.556 2,69 300

484 — UNIÃO COOP. A. L. P. LEITE DA ILHA DE S. MIGUEL U.C.R.L. IND. DA ALIMENTAÇÃO BEBIDAS E TABACO 38.209.383 10,6 985.352 6.959.632 14,16 169

485 406 HONDA MOTOR DE PORTUGAL S.A. COMÉRCIO AUTOMÓVEL 38.178.795 -13,8 883.137 9.093.657 9,71 14

486 — HOOVER ELÉCTRICA PORTUGUESA LDA COM. MATERIAL ELÉCTRICO E ELECTRÓNICO 38.168.179 17,1 -239.109 3.466.071 -6,90 92

487 457 IND. TÊXTIL, DO VESTUÁRIO E DO COURO 37.759.164 -5,8 -125.176 15.549.339 -0,81 804

488 500 NEOPLÁSTICA - INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S.A. INDÚSTRIA QUÍMICA 37.628.231 4,4 440 10.454.092 0,00 133

489 487 SOCITREL - SOC. INDUSTRIAL DE TREFILARIA S.A. IND.METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 37.615.985 1,3 621.951 15.283.973 4,07 184

490 — MALAQUIAS - DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR LDA COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 37.356.722 9,2 691.284 2.916.509 23,70 234

491 — SUPERMERCADOS ULMAR S.A. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 37.337.269 8,6 872.945 2.255.000 38,71 490

492 — CIPOL - Cª INTERNACIONAL DE PETRÓLEOS S.A. COMÉRCIO PRODUTOS PETROLÍFEROS 37.209.436 41,2 135.708 13.181.813 1,03 31

493 — SANINDUSA - INDÚSTRIA DE SANITÁRIOS S.A. INDÚSTRIA MINERAIS NÃO METÁLICOS 37.204.860 15,6 4.235.295 19.700.289 21,50 350

494 464 TINTAS DYRUP S.A. INDÚSTRIA QUÍMICA 36.760.920 -5,7 2.237.924 23.468.444 9,54 257

495 — COOPLISBOA - UNIÃO DAS COOP. DE CONSUMO C.R.L. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 36.719.303 7,4 309.294 3.853.215 8,03 60

496 — PLURICOOP - COOP. DE CONSUMO C.R.L. COMÉRCIO ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 36.699.878 0,6 400.369 5.532.363 7,24 390

497 460 EXTRUSAL - Cª PORTUGUESA DE EXTRUSÃO S.A. IND. METALÚRGICA E METALOMECÂNICA 36.680.888 -6,7 649.241 18.207.953 3,57 303

498 499 CARPAN C.R.L. COM. ALIMENTAR, BEBIDAS E TABACO 36.623.805 1,5 609.517 9.333.749 6,53 120

499 — NMC - CENTRO MÉDICO NACIONAL LDA SERVIÇOS 36.606.853 8,7 4.299.716 8.111.899 53,01 301

500 411 YAMAHA MOTOR PORTUGAL LDA COM. AUTOMÓVEL 36.593.764 -16,7 1.894.877 18.042.671 10,50 33

UNIDADE: EUROS

CLASS. CLASS. NOME SECTOR VENDAS VAR. % RESULT. CAPITAL RENT. CAP. N.º 2002 2001 2002 LíQUIDOS PRÓPRIO PRÓPRIO % TRAB.

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Empresa — Sede Classifi cação nas 500 Empresa — Sede Classifi cação nas 500 Empresa — Sede Classifi cação nas 500

A A LUTA - COOP. ABASTECEDORA DE PROD. ALIMENTARES DO CONC.

DE CASCAIS C.R.L. — LISBOA 381

ABRIL CONTROLJORNAL - EDITORA LDA — LISBOA 286

ACCENTURE - CONSULT. DE GESTÃO S.A. — LISBOA 177

ACEMBEX - AÇÚCAR EMBAL. E EXPORT. LDA — PORTO 263

ACORIL - EMPREITEIROS S.A. — LISBOA 415

ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE LISBOA — LISBOA 461

ADP - ADUBOS DE PORTUGAL S.A. — LISBOA 117

AGIP PORTUGAL - COMBUSTÍVEIS S.A. — LISBOA 245

AGROS CRL — PORTO 89

AIR LUXOR S.A. — PORTO 167

ALBERTO MARTINS DE MESQUITA & FILHOS S. A. — PORTO 285

ALCÂNTARA REFINARIAS - AÇÚCARES S.A. — LISBOA 143

ALCATEL PORTUGAL S.A. — LISBOA 138

ALCOA FUJIKURA (PORTUGAL) - SISTEMAS ELÉCTRICOS DE

DISTRIBUIÇÃO S.A. — SETÚBAL 276

ALICOOP - COOP. DE PRODUTOS ALIMENTARES ALGARVE C.R.L.

— FARO 306

ALISUPER - EXLPORAÇÃO DE SUPERMERCADOS DO ALGARVE S.A.

— FARO 350

ALLIANCE UNICHEM FARMACÊUTICA S.A. — PORTO 35

ALSTOM PORTUGAL S.A. — LISBOA 213

ÁLVARO COELHO & IRMÃOS S.A. — AVEIRO 416

ALVES BANDEIRA & Cª LDA — COIMBRA 201

ALVES RIBEIRO S.A. — LISBOA 189

AMORIM - REVESTIMENTOS S.A. — AVEIRO 323

AMTROL-ALFA - METALOMECÂNICA S.A. — BRAGA 315

ANA - AEROPORTOS DE PORTUGAL S.A. — LISBOA 90

ANTÓNIO DE ALMEIDA & FILHOS LDA — BRAGA 362

ARROZEIRAS MUNDIARROZ S.A. — LISBOA 476

ASTRAZENECA - PRODUT. FARMACÊUT. LDA — LISBOA 170

AUTO ESTRADAS DO ATLÂNTICO - CONCESSÕES RODOVIÁRIAS DE

PORTUGAL S.A. — LISBOA 393

AUTO INDUSTRIAL S.A. — COIMBRA 150

AUTO SUECO (COIMBRA) LDA — COIMBRA 197

AUTO SUECO LDA — PORTO 85

AUTOEUROPA - AUTOMÓVEIS LDA — SETÚBAL 5

AUTOMÓVEIS CITROEN S.A. — LISBOA 62

AVELINO, FARINHA & AGRELA LDA — FUNCHAL 269

AVENTIS PHARMA LDA — LISBOA 156

AVILUDO - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTARES S.A.

— FARO 459

B B. BRAUN MEDICAL LDA — LISBOA 470

BA - FÁBRICA DE VIDROS BARBOSA & ALMEIDA S.A. — PORTO 165

BACARDI - MARTINI PORTUGAL LDA — LISBOA 327

BARRAQUEIRO TRANSPORTES S.A. — LISBOA 361

BAVIERA - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS S.A. — PORTO 60

BAYER PORTUGAL S.A. — LISBOA 171

BENTO PEDROSO CONSTRUÇÕES S.A. — LISBOA 160

BETÃO LIZ S.A. — LISBOA 218

BETECNA - BETÃO PRONTO S.A. — LISBOA 178

BLAUPUNKT AUTO-RÁDIO PORTUGAL LDA — BRAGA 52

BOMBARDIER TRANSPORTATION PORTUGAL S.A. — LISBOA 130

BOREALIS POLÍMEROS S.A. — SETÚBAL 49

BOTELHO & RODRIGUES LDA — LISBOA 164

BP LUBS - Cª DE LUBRIFICANTES LDA — LISBOA 384

BP PORTUGUESA S.A. — LISBOA 9

BRIDGESTONE FIRESTONE PORTUGUESA - SOC. DE IMPORT. E

COMERCIAL. DE.PRODUT. DE BORRACHA LDA — SETÚBAL 443

BRISA - AUTO ESTRADAS DE PORTUGAL S.A. — LISBOA 36

BRISTOL MYERS SQUIBB - FARMACÊUTICA PORTUGUESA LDA

— LISBOA 206

BSHP - ELECTRODOMESTICOS - SOC. UNIPESSOAL LDA — LISBOA 208

C C. SANTOS - VEÍCULOS E PEÇAS S.A. — LISBOA 196

C.A.C.I.A. - Cª AVEIRENSE DE COMPONENTES PARA A INDÚSTRIA

AUTOMÓVEL S.A. — AVEIRO 95

C.A.M. - CAMIÕES, AUTOMÓVEIS E MOTORES S.A. — PORTO 345

C.M.E. - CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO ELECTROMECÂNICA S.A.

— LISBOA 82

Cª CARRIS DE FERRO DE LISBOA S.A. — LISBOA 254

Cª DO PAPEL DO PRADO S.A. — LISBOA 454

Cª IBM PORTUGUESA S.A. — LISBOA 83

Cª INDUSTRIAL DE RESINAS SINTÉTICAS - CIRES S.A. — AVEIRO 151

Cª PORTUGUESA DE HIPERMERCADOS S.A. — LISBOA 17

CPPE - Cª PORTUGUESA DE PRODUÇÃO DE ELECTRICIDADE S.A.

— LISBOA 10

CABELTE - CABOS ELÉCTRICOS E TELEFÓNICOS S.A. — PORTO 313

CABLINAL PORTUGUESA - EQUIPAMENTO PARA A INDÚSTRIA

AUTOMÓVEL LDA — VIANA DO CASTELO 220

CABOVISÃO - SOC. DE TELEVISÃO POR CABO S.A. — SETÚBAL 223

CAETANO & MONT`ALVERNE S.A. — PONTA DELGADA 379

CAMINHOS DE FERRO PORTUGUESES E.P. — LISBOA 80

CARCLASSE - COM. DE AUTOMÓVEIS S.A. — BRAGA 295

CARDOL - SOC. DE COMERCIALIZAÇÃO DE COMBUSTÍVEIS LDA

— LISBOA 98

CARPAN - COOP. ABASTECEDORA DOS RETALHISTAS DE PRODUTOS

ALIMENTARES DO NORTE.C.R.L. — PORTO 498

CARREFOUR (PORTUGAL) - SOC. DE EXPLORAÇÃO DE CENTROS

COMERCIAIS S.A. — LISBOA 46

CASA DA SORTE - ORGANIZAÇÃO NOGUEIRA DA SILVA S.A.

— LISBOA 299

CASCA - SOC. DE REVESTIMENTOS S.A. — COIMBRA 116

CEPSA - PORTUGUESA DE PETRÓLEOS LDA — LISBOA 37

CIBAL - DISTRIB. DE BEBIDAS E ALIM. S.A. — LISBOA 188

CIMERTEX - SOC. DE MÁQ. E EQUIP. S.A. — PORTO 431

CIMPOMÓVEL - VEÍCULOS PESADOS S.A. — LISBOA 317

CIMPOR - INDÚSTRIA DE CIMENTOS S.A. — LISBOA 39

CIMPOR BETÃO - IND. DE BETÃO PRONTO S.A. — LISBOA 204

CIN - CORPORAÇÃO IND. DO NORTE S. A. — PORTO 191

CINCA - Cª INDUSTRIAL DE CERÂMICA S.A. — AVEIRO 417

CIPOL - Cª INTERN. DE PETRÓLEOS S.A. — LISBOA 492

CITROEN LUSITÂNIA S.A. — VISEU 47

CLC - Cª LOGÍSTICA DE COMBUSTÍVEIS S.A. — LISBOA 442

CMP - CIMENTOS MACEIRA E PATAIAS S.A. — LEIRIA 192

COCKBURN SMITHES & Cª S.A. — PORTO 256

CODIFAR - COOP. DISTRIB. FARMACÊUTICA C.R.L. — LISBOA 56

COELIMA - INDÚSTRIAS TÊXTEIS S.A. — BRAGA 268

COFANOR - COOP. DOS FARMACÊUTICOS DO NORTE C.R.L. — PORTO 108

COINDU - COMPONENTES PARA A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL S.A.

— BRAGA 209

COLEP PORTUGAL - EMBALAGENS, PRODUTOS, ENCHIMENTOS E

EQUIPAMENTOS S.A. — AVEIRO 113

COMPAL - Cª PROD. DE CONSERVAS ALIM. S.A. — LISBOA 166

COMPUTER 2000 PORTUGUESA LDA — LISBOA 64

CONDURIL - CONSTRUTORA DURIENSE S.A. — PORTO 404

CONFETIL - CONFECÇÕES TÊXTEIS S.A. — PORTO 483

CONFIAUTO - IND. E COM. DE AUTOMÓVEIS S.A. — PORTO 420

CONSTRUÇÕES GABRIEL A. S. COUTO S.A. — BRAGA 365

CONSTRUCTORA SAN JOSÉ S.A. - REPRESENTAÇÃO EM PORTUGAL

— PORTO 405

CONSTRUTORA ABRANTINA S.A. — LISBOA 125

CONSTRUTORA DO LENA S.A. — LEIRIA 153

CONSTRUTORA DO TÂMEGA S.A. — LISBOA 105

CONTACTO - SOC. DE CONSTRUÇÕES S.A. — PORTO 214

CONTINENTAL MABOR - IND. DE PNEUS S.A. — BRAGA 54

COOP. AGRÍCOLA DE BARCELOS C.R.L. — BRAGA 294

COOP. AGRÍCOLA DE VILA DO CONDE C.R.L. — PORTO 397

COOPLISBOA - U. DAS COOP. DE CONSUMO C.R.L. — SETÚBAL 495

COOPROFAR - COOP. DOS PROPRIETÁRIOS DE FARMÁCIA C.R.L.

— PORTO 149

CORTICEIRA AMORIM - INDÚSTRIA S.A. — AVEIRO 440

COTESI - Cª DE TÊXTEIS SINTÉTICOS S.A. — PORTO 371

CPCDI - Cª PORTUGUESA DE COMPUTADORES, DISTRIBUIÇÃO, PROD.

INFORMÁTICOS.S.A. — PORTO 88

CTT - CORREIOS DE PORTUGAL S.A. — LISBOA 26

D D.L.I. - DISTRIBUIÇÃO E LOGÍSTICA PARA A INFORMÁTICA S.A.

— LISBOA 162

DAI - SOC. DE DESENVOLVIMENTO AGRO INDUSTRIAL S.A.

— SANTARÉM 378

DANONE PORTUGAL S.A. — LISBOA 120

DANZAS LDA — PORTO 278

DATABOX - INFORMÁTICA S.A. — LISBOA 359

DIA PORTUGAL - SUPERMERCADOS S.A. — LISBOA 34

DIAGEO PORTUGAL - DISTRIB. DE BEB. LDA — SETÚBAL 140

DILOP - PRODUTOS ALIMENTARES S.A. — LISBOA 400

DOMINGOS DA SILVA TEIXEIRA S.A. — BRAGA 422

DOW PORTUGAL - PRODUTOS QUÍMICOS, SOC. UNIPESSOAL, LDA

— AVEIRO 281

E ECCO`LET (PORTUGAL) - FÁBRICA DE SAPATOS LDA — AVEIRO 305

EDIÇOR - EDIFICADORA AÇOREANA S.A. — PONTA DELGADA 339

EDIFER - CONSTRUÇÕES PIRES COELHO & FERNANDES S.A.

— LISBOA 78

A S 5 0 0 M A I O R E S D E A a Z

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EDIFICADORA LUZ & ALVES LDA — LISBOA 304

EDINFOR - SISTEMAS INFORMÁTICOS S.A. — LISBOA 79

EDP DISTRIBUIÇÃO - ENERGIA S.A — LISBOA 2

EDS - ELECTRONIC DATA SYSTEMS DE PORTUGAL PROCESS. DE DADOS

INFORMÁTICOS.LDA — LISBOA 465

EFACEC - ENGENHARIA S.A. — LISBOA 308

EFACEC - SISTEMAS DE ELECTRÓNICA S.A. — PORTO 319

EFACEC ENERGIA - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ELÉCTRICOS S.A.

— PORTO 248

EL CORTE INGLÊS - GRANDES ARMAZÉNS S.A. — LISBOA 86

ELECTRICIDADE DOS AÇORES S.A. — PONTA DELGADA 297

ELECTROLUX LDA — LISBOA 377

ELECTROMECÂNICA PORTUGUESA PREH LDA — PORTO 391

EMEF - EMPRESA DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTO FERROVIÁRIO

S.A. — LISBOA 259

EMPREITEIROS CASAIS DE ANTÓNIO FERNANDES DA SILVA S.A.

— BRAGA 227

EMPRESA DE ELECTRICIDADE DA MADEIRA S.A. — FUNCHAL 242

ENGIL - SOC. DE CONSTRUÇÃO CIVIL S.A. — LISBOA 51

ENSUL - EMPREENDIMENTOS NORTE SUL S.A. — SETÚBAL 251

ENTREPOSTO COMERCIAL - VEÍC. E MÁQ. S.A. — LISBOA 131

ENTREPOSTO LISBOA - COM. DE VIAT. LDA — LISBOA 302

ENTREPOSTO MÁQUINAS - COMÉRCIO DE EQUIPAMENTO AGRÍCOLA E

INDUSTRIAL S.A. — LISBOA 436

ENTREPOSTO V.H. - IMPORT. DE AUTOMÓVEIS S.A. — LISBOA 219

EPAL - EMP. PORTUGUESA DAS ÁGUAS LIVRES S.A. — LISBOA 135

ERICSSON TELECOMUNICAÇÕES LDA — LISBOA 104

ESSILOR PORTUGAL - SOC. IND. DE ÓPTICA LDA — LISBOA 284

ESSO PORTUGUESA S.A. — LISBOA 74

ESTEVÃO NEVES - HIPERMERCADOS DA MADEIRA S.A. — FUNCHAL 224

ETERMAR - EMP. DE OBRAS TERRESTRES E MARÍTIMAS S.A. — SETÚBAL 326

EUGSTER & FRISMAG - ELECTRODOMÉSTICOS LDA — LISBOA 427

EUREST (PORTUGAL) - SOC. EUROPEIA DE RESTAURANTES LDA

— LISBOA 139

EUROFRUTAS - SOC. DE FRUTAS S.A. — LISBOA 290

EUROPCAR INTERNACIONAL - ALUGUER DE AUTOMÓVEIS LDA

— LISBOA 382

EUSÉBIOS & FILHOS S.A. — BRAGA 424

EXTRUSAL - Cª PORTUGUESA DE EXTRUSÃO S.A. — AVEIRO 497

F F. RAMADA - AÇOS E INDÚSTRIAS S.A. — AVEIRO 372

FÁBRICA TÊXTIL RIOPELE S.A. — BRAGA 176

FAGOR LUSITANA - ELECTRODOMÉSTICOS LDA — LISBOA 439

FAPRICELA - IND. DE TREFILARIA S.A. — COIMBRA 357

FARBEIRA - COOP. DE FARMACÊUTICOS DO CENTRO C.R.L.

— COIMBRA 222

FARSANA PORTUGAL - COM. E INDÚSTRIA S.A. — LISBOA 426

FAURECIA - SISTEMAS DE ESCAPE PORTUGAL LDA — BRAGANÇA 93

FDO - CONSTRUÇÕES S.A. — BRAGA 395

FEIRA NOVA - HIPERMERCADOS S.A. — LISBOA 22

FEPI - ARMAZÉNS DE TABACO E PRODUTOS ALIMENTARES LDA

— LISBOA 364

FERNANDO SIMÃO - SOC. DE COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS E

REPRESENTAÇÕES LDA — PORTO 331

FERPINTA - INDÚSTRIAS DE TUBOS DE AÇO DE FERNANDO PINHO

TEIXEIRA S.A. — AVEIRO 241

FIAT AUTO PORTUGUESA S.A. — LISBOA 73

FIAT DISTRIBUIDORA DE PORTUGAL LDA — LISBOA 67

FIMA/VG - DISTRIB. DE PROD. ALIMENT. LDA — LISBOA 71

FIRMO - PAPÉIS E PAPELARIA S.A. — PORTO 432

FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL S.A. — SETÚBAL 282

FLORÊNCIO AUGUSTO CHAGAS S.A. — LISBOA 210

FONSECAS - COM. E REPRESENTAÇÕES S. A. — LISBOA 344

FORD LUSITANA S.A. — LISBOA 72

FOSFOREIRA PORTUGUESA S.A. — LISBOA 374

FRICARNES S.A. — LISBOA 392

FRIEDRICH GROHE PORTUGAL - COMPONENTES SANITÁRIOS LDA

— AVEIRO 407

FUJIFILM PORTUGAL LDA — PORTO 425

FUJITSU SIEMENS COMPUTER S.A. — LISBOA 482

G G.C.T. - DISTRIBUIÇÃO ALIMENTAR S.A. — SETÚBAL 63

G.C.T. ON LINE - DITRIB. ALIM. DIRECTA S.A. — SETÚBAL 202

GALPGESTE - GEST. DE ÁREAS DE SERVIÇO LDA — LISBOA 59

GARCIAS - COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES LDA

— LISBOA 258

GASIN - GASES INDUSTRIAIS S.A. — PORTO 451

GASPE - EMPRESA DE GASES E DERIVADOS DO PETRÓLEO LDA

— PORTO 314

GDL - SOC. DISTRIBUIDORA DE GÁS NATURAL DE LISBOA S.A.

— LISBOA 194

GELPEIXE - ALIMENTOS CONGELADOS S.A. — LISBOA 468

GENERAL CABLE CELCAT - ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES S.A.

— LISBOA 329

GEOTUR - VIAGENS E TURISMO S.A. — LISBOA 455

GERTAL - Cª GERAL DE REST. E ALIM. S.A. — LISBOA 217

GESPOST - GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DE POSTOS DE

ABASTECIMENTO LDA — LISBOA 252

GLAXOSMITHKLINE - PROD. FARMACÊUTICOS LDA — LISBOA 129

GLOBALDIS - DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DE MATERIAIS S.A. — AVEIRO 322

GMAC - COM. E ALUGUER DE VEÍCULOS LDA — LISBOA 44

GONVARRI - PRODUTOS SIDERÚRGICOS S.A. — SETÚBAL 264

GOODYEAR PORTUGUESA - UNIPESSOAL LDA — LISBOA 434

GRUDISUL - SOC. DISTRIBUIDORA DO SUL LDA — FARO 292

GRUNDIG - SIST. DE ELECTRÓNICA LDA — BRAGA 126

GRUPO ANTOLIN LUSITANA - COMPONENTES AUTOMÓVEL S.A.

— VIANA DO CASTELO 349

GRUPO GEL - COM. E IND. DE PROD.ALIM.. S.A. — PORTO 399

GRUPO GILLETTE PORTUGAL LDA — LISBOA 353

H H.C.I. - CONSTRUÇÕES S.A. — LISBOA 380

HEWLETT-PACKARD PORTUGAL - SISTEMAS DE INFORMÁTICA E DE

MEDIDA S.A. — LISBOA 50

HONDA AUTOMÓVEL DE PORTUGAL S.A. — LISBOA 240

HONDA MOTOR DE PORTUGAL S.A. — LISBOA 485

HOOVER ELÉCTRICA PORTUGUESA LDA — LISBOA 486

HUF PORTUGUESA - FÁBRICA DE COMPONENTES PARA O AUTOMÓVEL

LDA — VISEU 190

HYDRO ALUMÍNIO PORTALEX S.A. — LISBOA 428

IBEROL - SOC. IBÉRICA DE OLEAGINOSAS S.A. — LISBOA 154

IBERUSA - HOTELARIA E RESTAURAÇÃO S.A. — PORTO 215

IGLOOLÁ - DISTRIBUIÇÃO DE GELADOS E ULTRA-CONGELADOS LDA

— LISBOA 122

I IMPALA - SOC. EDITORIAL S.A. — LISBOA 355

IMPRENSA NACIONAL - CASA DA MOEDA E.P. — LISBOA 199

INDÚSTRIA TÊXTIL DO AVE S.A. — BRAGA 466

INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO IDAL LDA — SANTARÉM 272

INDÚSTRIAS DE CARNES NOBRE S.A. — SANTARÉM 247

INFINION TECHNOLOGIES - FABRICO DE SEMICONDUTORES PORTUGAL

S.A. — PORTO 20

INFOFIELD - INFORMÁTICA S.A. — PORTO 477

INSCO - INSULAR DE HIPERMERCADOS S.A. — PONTA DELGADA 144

INTERAVES - SOC. AGRO-PECUÁRIA S.A. — LISBOA 447

IRMÃOS VILA NOVA LDA — BRAGA 368

ITALCO - MODA ITALIANA LDA — LISBOA 438

ITAU - INST. TÉC. DE ALIMENT. HUMANA S.A. — LISBOA 411

IVECO PORTUGAL - COM. DE VEÍC. INDUSTR. LDA — LISBOA 301

J J. P. SÁ COUTO LDA — PORTO 311

J. SOARES CORREIA - ARMAZ. DE FERRO S.A. — PORTO 303

JANSSEN - CILAG FARMACÊUTICA LDA — LISBOA 230

JERÓNIMO MARTINS - DISTRIB.DE PROD. DE CONSUMO LDA

— LISBOA 244

JMV - JOSÉ MARIA VIEIRA S.A. — PORTO 419

JOHNSON CONTROLS II - ASSENTOS DE ESPUMA LDA

— PORTALEGRE 212

JORGE SÁ LDA — FUNCHAL 182

JOSÉ MACHADO DE ALMEIDA & Cª LDA — PORTO 275

L L.G. ELECTRONICS ESPANA S.A. - SUCURSAL EM PORTUGAL

— LISBOA 324

LABORATÓRIO MEDINFAR - PRODUTOS FARMACÊUTICOS S.A.

— LISBOA 338

LABORATÓRIOS PFIZER LDA — SETÚBAL 158

LACTICOOP - UNIÃO COOP. DE PRODUTORES DE LEITE ENTRE DOURO

E MONDEGO U.C.R.L. — AVEIRO 300

LACTO IBÉRICA - IND. DE LACTICÍNIOSS E QUEIJO S.A. — LISBOA 168

LACTOGAL - PRODUTOS ALIMENTARES S.A. — PORTO 23

LAMEIRINHO - INDÚSTRIA TÊXTIL S.A. — BRAGA 221

LASSEN TRANSITÁRIOS LDA — PORTO 385

LEAR CORPORATION PORTUGAL - COMPONENTES PARA AUTOMÓVEIS

S.A. — SETÚBAL 77

Empresa — Sede Classifi cação nas 500 Empresa — Sede Classifi cação nas 500 Empresa — Sede Classifi cação nas 500

EMPRESA DE TRANSPORTES ÁLVARO FIGUEIREDO, S.A.

Tel. 256 664 020 (10 linhas) • Fax 256 681 606Apartado 23 / 3721 -909 Oliveira de Azeméis

Internet: www.transportesfi gueiredo.ptSociedade Anónima - Registo N.º 537

Cons. Reg. Comercial Oliveira de AzeméisCapital Social: 3.500.000 Euros Desde 1954

A S 5 0 0 M A I O R E S D E A a Z

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LEGRAND ELÉCTRICA S.A. — LISBOA 354

LEVERELIDA - DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE LIMPEZA E HIGIENE

PESSOAL LDA — LISBOA 75

LFP - LOJAS FRANCAS DE PORTUGAL S.A. — LISBOA 235

LIDOSOL II - DISTRIB. DE PROD. ALIMENT. S.A. — FUNCHAL 246

LILLY FARMA - PROD. FARMACÊUTICOS LDA — LISBOA 457

LISBOAGAZ - DISTRIBUIÇÃO DE GAZ LDA — LISBOA 18

LISGRÁFICA - IMPRES. E ARTES GRÁFICAS S.A. — LISBOA 435

LISNAVE - ESTALEIROS NAVAIS S.A. — SETÚBAL 173

LONGA VIDA - INDÚSTRIAS LÁCTEAS S.A. — PORTO 110

LUSITÂNIAGÁS - Cª DE GÁS DO CENTRO S.A. — AVEIRO 396

LUSO FINSA - IND. E COM. DE MADEIRAS S.A. — VISEU 216

LUSOCERAM - EMPREENDIMENTOS CERÂMICOS S.A. — LISBOA 453

LUSOGRAIN - COM. INTERN. DE CEREAIS LDA — LISBOA 141

LUSOPONTE - CONCESSIONÁRIA PARA A TRAVESSIA DO TEJO S.A.

— SETÚBAL 367

LUSOSIDER - AÇOS PLANOS S.A. — SETÚBAL 137

LUSOSIDER - PROJ. SIDERÚRGICOS S.A. — SETÚBAL 136

M M. & J. PESTANA - SOC. DE TURISMO DA MADEIRA S.A. — FUNCHAL 423

MACONDE - CONFECÇÕES S.A. — PORTO 187

MAHLE - COMP. PARA MOTORES S.A. — COIMBRA 352

MAKRO - CASH & CARRY PORTUGAL S.A. — LISBOA 24

MALAQUIAS - DISTRIB. ALIMENTAR LDA — AVEIRO 490

MAN VEÍCULOS INDUSTRIAIS (PORTUGAL) - SOC. UNIPESSOAL LDA

— PORTO 312

MANUEL MARQUES DOS SANTOS CAVACO S.A. — AVEIRO 341

MANUEL NUNES & FERNANDES LDA — LISBOA 101

MANUEL RUI AZINHAIS NABEIRO LDA — PORTALEGRE 145

MANUEL TEIXEIRA & Cª LDA — PORTO 456

MARQUES LDA — PONTA DELGADA 369

MARTIFER - CONST. METALOMECÂNICAS LDA — VISEU 243

MECI - MONTAGENS ELÉCTRICAS, CIVIS E INDUSTRIAIS S.A.

— SETÚBAL 279

MEGAMEIOS - PUBLICIDADE E MEIOS A.C.E. — LISBOA 100

MERCAUTO - METALOMECÂNICA DE REPARAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE

AUTOMÓVEIS LDA — LISBOA 226

MERCEDES-BENZ PORTUGAL - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS S.A.

— LISBOA 38

MERCK FARMA E QUÍMICA S.A. — LISBOA 403

MERCK SHARP & DOHME LDA — LISBOA 102

MERLONI - ELECTRODOMÉSTICOS S.A. — SETÚBAL 146

METROPOLITANO DE LISBOA E.P. — LISBOA 475

MICHELIN - Cª LUSO PNEU LDA — LISBOA 233

MIDESA PORTUGAL - DISTRIB. DE PUBLICAÇÕES S.A. — LISBOA 107

MITSUBISHI MOTORS DE PORTUGAL S.A. — LISBOA 87

MITSUBISHI TRUCKS EUROPE - SOC. EUROPEIA DE AUTOMÓVEIS S.A.

— SANTARÉM 115

MODALFA - COMÉRCIO E SERVIÇOS S.A. — PORTO 335

MODELO - DISTRIB. DE MAT. DE CONSTR. S.A. — PORTO 441

MODELO CONTINENTE - HIPERMERCADOS S.A. — PORTO 6

MODIS - DISTRIBUIÇÃO CENTRALIZADA S.A. — PORTO 7

MONIZ DA MAIA, SERRA & FORTUNATO - EMPREITEIROS S.A.

— LISBOA 169

MONTE & MONTE S.A. — PORTO 249

MOTA & Cª S.A. — PORTO 61

MUNDIFIOS - COMÉRCIO DE FIOS LDA — BRAGA 473

MUNDOTÊXTIL - SOC. EXPORT. DE TÊXTEIS LDA — BRAGA 462

N NACIONAL - Cª INDUSTRIAL DE TRANSFORMAÇÃO DE CEREAIS S.A.

— LISBOA 342

NEOPLÁSTICA - IND. DE PLÁSTICOS S.A. — PORTO 488

NESTLÉ PORTUGAL S.A. — LISBOA 40

NMC - CENTRO MÉDICO NACIONAL LDA — LISBOA 499

NOVADELTA - COM. E IND. DE CAFÉS S.A. — LISBOA 231

NOVARTIS FARMA - PROD. FARMACÊUTICOS S.A. — LISBOA 132

NOVIS TELECOM S.A. — PORTO 106

O OBRECOL - OBRAS E CONSTRUÇÕES S.A. — LISBOA 184

OCP PORTUGAL - PROD. FARMACÊUTICOS S.A. — PORTO 57

OFFICE CENTRE PORTUGAL - EQUIPAMENTO DE ESCRITÓRIO PORTUGAL

LDA — LISBOA 261

OLEOCOM - COM. DE OLEAGINOSAS S.A. — LISBOA 76

OPTIMUS - TELECOMUNICAÇÕES S.A. — PORTO 25

OTIS ELEVADORES S.A. — LISBOA 253

P PÁGINAS AMARELAS S.A. — LISBOA 203

PANRICO - PRODUT. ALIMENTARES LDA — LISBOA 298

PARMALAT PORTUGAL - PRODUT. ALIMENT. S.A. — LISBOA 195

PARQUE EXPO 98 S.A. — LISBOA 103

PAULO DE OLIVEIRA SA — CASTELO BRANCO 471

PAVIA - PAVIMENTOS E VIAS S.A. — LISBOA 260

PESCANOVA(PORTUGAL) - PRODUT. ALIMENT. LDA — LISBOA 328

PETRIN - PETRÓLEOS E INVEST. S.A. — PORTO 111

PETROGAL - PETRÓLEOS DE PORTUGAL S.A. — LISBOA 1

PEUGEOT PORTUGAL - AUTOMÓVEIS S.A. — LISBOA 43

PHILIPS PORTUGUESA S.A. — LISBOA 97

PINGO DOCE - DISTRIB. ALIMENTAR S.A. — LISBOA 19

PIONEER TECHNOLOGY PORTUGAL S.A. — SETÚBAL 334

PLURICOOP - COOP. DE CONSUMO C.R.L. — SETÚBAL 496

PORTELA & Cª S.A. — PORTO 265

PORTGÁS - SOC. DE PROD. E DISTRIB. DE GÁS S.A. — PORTO 351

PORTUCEL - EMP. PRODUT. DE PASTA E PAPEL S.A. — LISBOA 14

PORTUCEL EMBALAGEM - EMPRESA PRODUTORA DE EMBALAGENS

DE CARTÃO S.A. — LISBOA 266

PORTUCEL TEJO - EMPRESA DE CELULOSE DO TEJO S.A.

— CASTELO BRANCO 445

PORTUCEL VIANA - EMPRESA PRODUTORA DE PAPÉIS INDUSTRIAIS

S.A. — VIANA DO CASTELO 124

PORTUGAL TELECOM INOVAÇÃO S.A. — AVEIRO 446

PORTUGÁLIA - Cª PORTUGUESA DE TRANSPORTES AÉREOS S.A.

— LISBOA 121

PRESSELIVRE - IMPRENSA LIVRE S.A. — LISBOA 408

PRISMA - COMB. E LUBRIFICANTES S.A. — AVEIRO 448

PROFARIN - DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS

INDUSTRIAIS LDA — LISBOA 225

PROLEITE - COOP. AGRÍCOLA DE PRODUTORES DE LEITE DO CENTRO

LITORAL C.R.L. — AVEIRO 280

PROMOR - ABASTECEDORA DE PRODUTOS AGRO-PECUÁRIOS S.A.

— LEIRIA 463

PRONICOL - PRODUTOS LÁCTEOS S.A. — ANGRA DO HEROÍSMO 437

PROSEGUR - Cª DE SEGURANÇA, S.A. — LISBOA 198

PT COMUNICAÇÕES S.A. — LISBOA 4

PT PRIME - SOLUÇÕES EMPRESARIAIS DE TELECOMUNICAÇÕES E

SISTEMAS S.A. — LISBOA 58

PT SISTEMAS DE INFORMAÇÃO S.A. — LISBOA 433

Q QUIMIGAL - QUÍMICA DE PORTUGAL S.A. — AVEIRO 185

R RAÇÕES VALOURO S.A. — LISBOA 128

RÁDIO POPULAR - ELECTRODOMÉSTICOS S.A. . — PORTO 356

RÁDIODIFUSÃO PORTUGUESA S.A. — LISBOA 291

RADIOTELEVISÃO PORTUGUESA S.A. — LISBOA 390

RAMALHO ROSA COBETAR - SOC. DE CONST. S.A. — LISBOA 205

RAR - REFINARIAS DE AÇÚCAR REUNIDAS S.A. — PORTO 161

RCI GEST - SOC. DE COM. DE AUTOM. S.A. — LISBOA 32

REAGRO - IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO S.A. — LISBOA 66

RECHEIO - CASH & CARRY S.A. — LISBOA 28

REDE FERROVIÁRIA NACIONAL - REFER E.P. — LISBOA 234

REN - REDE ELÉCTRICA NACIONAL S.A. — LISBOA 3

RENAULT BOAVISTA - COM. E REP. DE VEÍC. LDA — PORTO 346

RENAULT CHELAS - COM. E REP. DE VEÍC. LDA — LISBOA 174

RENAULT PORTUGUESA - SOC. INDUSTRIAL E COMERCIAL S.A.

— LISBOA 29

RENAULT TRUCKS PORTUGAL LDA — LISBOA 310

RENOVA - FÁBRICA DE PAPEL DO ALMONDA S.A. — SANTARÉM 183

REPSOL PORTUGAL - PETRÓLEO E DERIVADOS LDA — LISBOA 53

REXEL - DISTRIB. DE MAT. ELÉCTRICO S.A. — LISBOA 406

RIBERALVES - COM. E INDÚST. DE PRODUT.ALIMENT. S.A. — LISBOA 277

RICARDO GALLO - VIDRO DE EMBALAGEM S.A. — LEIRIA 458

RICON - RIBEIRÃO CONFECÇÕES TÊXTEIS S.A. — BRAGA 467

ROBERT BOSCH LDA — LISBOA 358

ROCA - CERÂMICA E COMÉRCIO S.A. — LEIRIA 147

ROCHE FARMACÊUTICA QUÍMICA LDA — LISBOA 118

RODOGESTE - GEST. DE POSTOS RODOVIÁRIOS LDA — LISBOA 92

ROSAS CONSTRUTORES LDA — AVEIRO 478

RUI COSTA E SOUSA & IRMÃO LDA

— VISEU 343

S S.D.P. - SOC. DE DISTRIBUIÇÃO DE PAPEL S.A. — LISBOA 270

S.T.E.T. - SOC. TÉC. DE EQUIP. E TRACTORES S.A. — LISBOA 181

SACOR MARÍTIMA S.A. — LISBOA 413

Empresa — Sede Classifi cação nas 500 Empresa — Sede Classifi cação nas 500 Empresa — Sede Classifi cação nas 500

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SAI-AUTOMOTIVE PORTUGAL - PROD. DE PEÇAS E REVEST. PARA A

INDÚSTRIA.AUTOMÓVEL S.A. — SETÚBAL 157

SAINT GOBAIN GLASS PORTUGAL - VIDRO PLANO S.A. — LISBOA 318

SAINT GOBAIN MONDEGO S.A. — COIMBRA 363

SAINT GOBAIN SEKURIT PORTUGAL - VIDRO AUTOMÓVEL S.A.

— LISBOA 316

SALEXPOR - Cª PORTUGUESA DE SAL HIGIENIZADO S.A. — FARO 412

SALVADOR CAETANO - IND. MET. E VEÍC. DE TRANSPORTE S.A. — PORTO 42

SAMSUNG - ELECTRÓNICA PORTUGUESA S.A. — LISBOA 112

SANER - SOC. ALIMENTAR DO NORTE S.A. — PORTO 228

SANINDUSA - IND. DE SANITÁRIOS S.A. — AVEIRO 493

SANOFI SYNTHELABO S.A. — LISBOA 288

SANTOS BAROSA - VIDROS S.A. — LISBOA 267

SAP PORTUGAL - SISTEMAS, APLICAÇÕES E PRODUTOS

INFORMÁTICOS - SOC. UNIPESSOAL LDA — LISBOA 325

SAPEC - AGRO S.A. — SETÚBAL 460

SAPJU - SOC. AGRO-PECUÁRIA S.A. — BEJA 332

SAPROGAL PORTUGAL - AGRO-PECUÁRIA S.A. — SANTARÉM 229

SAPROPOR - PRODUT. ALIMENT. S.A. — SETÚBAL 148

SARDINHA & LEITE S.A. — PORTO 449

SCC - SOC. CENTRAL DE CERVEJAS S.A. — LISBOA 69

SCHERING LUSITANA LDA — LISBOA 376

SCHINDLER - ASCENSORES E ESCADAS ROLANTES S.A. — LISBOA 383

SCHNEIDER ELECTRIC PORTUGAL LDA — LISBOA 255

SECIL - Cª GERAL DE CAL E CIMENTO S.A. — LISBOA 31

SECURITAS - SERVIÇOS E TEC. DE SEG. S.A. — LISBOA 114

SELECT - RECURSOS HUMANOS LDA — LISBOA 410

SGAL - SOC. GEST. DA ALTA DE LISBOA S.A. — LISBOA 134

SHELL PORTUGUESA LDA — LISBOA 16

SIBS - SOC. INTERB. DE SERVIÇOS S.A. — LISBOA 179

SIC - SOC. INDEPENDENTE DE COMUNIC. S.A. — LISBOA 152

SICASAL - IND. E COM. DE CARNES S.A. — LISBOA 262

SIEMENS S.A. — LISBOA 27

SIVA - SOC. DE IMPORT. DE VEÍC. AUTOM. S.A. — LISBOA 21

SOC. ATLAS COPCO DE PORTUGAL LDA — LISBOA 429

SOC. COMERCIAL C. SANTOS LDA — PORTO 186

SOC. DA ÁGUA DO LUSO S.A. — AVEIRO 464

SOC. DE CONSTRUÇÕES H. HAGEN S.A. — LISBOA 336

SOC. DE CONST. SOARES DA COSTA S.A. — PORTO 45

SOC. DE EMPREITADAS ADRIANO S.A. — PORTO 239

SOC. DE TRANSP. COLECTIVOS DO PORTO S.A. — PORTO 375

SOC. HISPÂNICA DE AUTOMÓVEIS S.A. — LISBOA 109

SOC. PORTUGUESA DO ACUMULADOR TUDOR S.A. — SANTARÉM 296

SOC. PORTUGUESA DO AR LÍQUIDO (ARLÍQUIDO) LDA — LISBOA 238

SOCITREL - SOC. INDUST. DE TREFILARIA S.A. — PORTO 489

SODICENTRO - COM.DE VEÍC. LDA — COIMBRA 418

SOGENAVE - SOC. GERAL DE ABASTECIMENTOS À NAVEGAÇÃO E

INDÚSTRIA HOTELEIRA S.A. — LISBOA 283

SOGRAPE - DISTRIBUIÇÃO S.A. — PORTO 347

SOGRAPE - VINHOS DE PORTUGAL S.A. — PORTO 320

SOJORNAL - SOC. JORNALÍSTICA E EDIT. S.A. — LISBOA 450

SOLBI - SOC. LUSO BRITÂNICA DE INFORMÁTICA LDA

— LISBOA 12

SOLVAY PORTUGAL - PRODUT. QUÍMICOS S.A. — LISBOA 293

SOLVERDE - SOC. DE INVESTIMENTOS TURÍSTICOS DA COSTA VERDE

S.A. — AVEIRO 180

SOMAGUE - ENGENHARIA MADEIRA S.A. — FUNCHAL 321

SOMAGUE - ENGENHARIA S.A. — LISBOA 33

SOMELOS - TECIDOS S.A. — BRAGA 373

SOMINCOR - SOC. MINEIRA DE NEVES CORVO S.A. — BEJA 207

SONAE - IMOBILIÁRIA GESTÃO S.A. — LISBOA 159

SONAE TAFIBRA - GESTÃO COMERCIAL S.A. — PORTO 175

SONICEL - SOC. NACIONAL DE COMÉRCIO DE ELECTRODOMÉSTICOS

S.A. — LISBOA 402

SONY PORTUGAL LDA — LISBOA 119

SOPOL - SOC. GERAL DE CONSTRUÇÕES E OBRAS PÚBLICAS S.A.

— SETÚBAL 155

SOQUIFA - MEDICAMENTOS S.A. — BRAGA 94

SOREFOZ - ELECTRODOM. E EQUIP.S LDA — COIMBRA 481

SORGAL - SOC. DE ÓLEOS E RAÇÕES S.A. — AVEIRO 333

SOTANCRO - EMBALAGEM DE VIDRO S.A. — LISBOA 409

SOTÉCNICA - SOC. ELECTROTÉCNICA S.A. — LISBOA 389

SOVENA - COM. E INDÚST. DE PRODUT. ALIMENT. S.A. — LISBOA 99

STOHR PORTUGAL - Cª INDUST. TÊXTIL LDA — BRAGA 414

STORA CELBI - CELULOSE BEIRA INDUST. S.A. — COIMBRA 127

SUMOLIS - Cª INDUST. DE FRUTAS E BEB. S.A. — LISBOA 13

SUNVIAUTO - IND. DE COMP. DE AUTOMÓV. S.A. — PORTO 398

SUPERMERCADOS ULMAR S.A. — LEIRIA 491

T T.S. - THOMAZ DOS SANTOS S.A. — LEIRIA 394

T.S.T. - TRANSPORTES SUL DO TEJO S.A. — SETÚBAL 388

T.V.I. - TELEVISÃO INDEPENDENTE S.A. — LISBOA 142

TABAQUEIRA - EMP. INDUST. DE TABACOS S.A. — LISBOA 48

TAVOL - INDÚST. DE ACESS. DE AUTOMÓV. LDA — AVEIRO 480

TECNASOL-FGE - FUND. E GEOTÉCNICA S.A. — LISBOA 307

TECNOVIA - SOC. DE EMPREITADAS S.A. — LISBOA 257

TEIXEIRA DUARTE - ENG. E CONST. S.A. — LISBOA 41

TEJO ENERGIA - PROD. E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA S.A.

— GUARDA 70

TEKA PORTUGUESA - EQUIP. DE COZINHA LDA — AVEIRO 386

TELEPAC II - COM. INTERACTIVAS S.A. — LISBOA 237

TEMPUS INTERNACIONAL - IMPORTAÇÃO DE RELOJOARIA LDA

— LISBOA 421

TEODÓRO GOMES ALHO & FILHOS LDA — SETÚBAL 273

TÊXTIL MANUEL GONÇALVES S.A. — BRAGA 370

THYSSENKRUPP ELEVADORES S.A. — LISBOA 366

TINTAS DYRUP S.A. — LISBOA 494

TINTAS ROBBIALAC S.A. — LISBOA 309

TMG - TECIDOS PARA VESTUÁRIO E DEC. S.A. — BRAGA 430

TMN - TELECOM. MÓVEIS NACIONAIS S.A. — LISBOA 8

TONOVA - PROCESSAMENTO CENTRALIZADO DE CARNES -

UNIPESSOAL LDA — SANTARÉM 274

TOP TOURS - VIAGENS E TURISMO LDA — LISBOA 163

TOTALFINA PORTUGAL - Cª DE PETRÓLEOS S. A. — LISBOA 337

TRANSGÁS - SOC. PORT. GÁS NATURAL S.A. — LISBOA 30

TRANSINSULAR - TRANSPORTES MARÍTIMOS INSULARES S.A.

— LISBOA 200

TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES S.A. — LISBOA 11

TRANSPORTES FREITAS LDA — PORTO 133

TRANSPORTES LUÍS SIMÕES S.A. — LISBOA 250

TRIUNFO INTERNACIONAL LDA — LISBOA 487

TURBOGÁS - PRODUTORA ENERGÉTICA S.A. — LISBOA 55

TURISMO CRUZEIRO LDA — LISBOA 401

TV CABO PORTO S.A. — PORTO 360

TV CABO TEJO S.A. — LISBOA 211

U UNIÃO DAS COOP. AGRÍCOLAS DE LACTICÍNIOS E DE PRODUTORES DE

LEITE DA ILHA DE.SÃO MIGUEL U.C.R.L. — PONTA DELGADA 484

UNIÃO DOS FARMACÊUTICOS DE PORTUGAL C.R.L. — LISBOA 91

UNIBETÃO - INDÚSTRIAS DE BETÃO PREPARADO S.A. — LISBOA 340

UNICOL - UNIÃO DAS COOPERATIVAS DE LACTICÍNIOS TERCEIRENSE

U.C.R.L. — ANGRA DO HEROÍSMO 387

UNIFAC - UNIÃO DE IMPORTADORES DE MATÉRIAS PRIMAS S.A.

— LISBOA 68

UNILEVER BESTFOODS PORTUGAL - PRODUTOS ALIMENTARES S.A.

— LISBOA 271

UNILFARMA - UNIÃO INTERNACIONAL DE LABORATÓRIOS

FARMACÊUTICOS LDA — LISBOA 232

UNISELF - GESTÃO E EXPLORAÇÃO DE RESTAURANTES DE EMPRESAS

LDA — LISBOA 474

V VALORSUL - VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

DA ÁERA METROPOLINTANA.DE LISBOA (NORTE) S.A. — LISBOA 452

VASP - SOC. TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÕES LDA — LISBOA 123

VEDIOR PSICOEMPREGO - EMPRESA DE TRABALHO TEMPORÁRIO LDA

— LISBOA 348

VESAUTO - AUTOMÓVEIS E REPARAÇÕES S.A. — LISBOA 330

VIATEL - TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO S.A. — VISEU 472

VICAIMA - INDÚSTRIA DE MADEIRAS E DERIVADOS S.A. — AVEIRO 469

VILA GALÉ - SOC. DE EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS S.A.

— LISBOA 444

VINOCOR - INDÚSTRIA DE CORTIÇA LDA — AVEIRO 479

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