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O Caminho de Toda Carne por Robert Hatch Créditos Escrito por: Robert Hatch Desenvolvido por: Jennifer Hartshorn Editado por: Laura Perkinson Diretor de Arte: Richard Thomas Layout e Composição: Mart Milberger Arte: John Cobb and Joshua Gabriel Timbrook Capa: Timothy Bradstreet, Grant Goleash Contracapa: Aileen E. Miles Copiado no Brasil por: Izhim ur-Baal® Traduzido por: Linus Strauss Bem-vindo à minha casa; entre livremente e de boa vontade. Bem-vindo à minha casa. Venha livremente. Vá em segurança e deixe algo da felicidade que trás! - Bram Stoker, Dracula Ele está com medo. Ele está com medo de morrer. Não se preocupe. Você não morrerá. Não por muitas, muitas noites. Nós quase temos pena de você. Usurpador do legado de Caim. Cria bastarda de um progenitor que imitou e estuprou seu caminho para imortalidade. Nós sabemos o que eles sussurram em suas capelas. Seus anciões o previnem para cometer suicídio em lugar de cair nas garras dos Demônios. Nisto, se nada mais, seus anciões falam verdade. Mas pense no que vem pela frente como uma experiência torturante. Você aprenderá como um verdadeiro vampiro trata seus inferiores e castiga seus inimigos. Eu lhe aconselho a rezar para seu Deus. O Deus de sua mortalidade - não Tremere, e certamente não Caim. Você vê, nós somos os filhos Caim - e acredite em mim, você está no inferno. Capítulo Dois: Demônios Entre Nós Há uma estaca em nosso coração gordo e negro E os aldeões nunca gostaram de você. Eles estão dançando e pulando em você. O tempo todo sabiam que era você. - Sylvia Plath, “Pai”

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O Caminho de Toda Carne por Robert Hatch

CréditosEscrito por: Robert HatchDesenvolvido por: Jennifer HartshornEditado por: Laura PerkinsonDiretor de Arte: Richard ThomasLayout e Composição: Mart MilbergerArte: John Cobb and Joshua Gabriel TimbrookCapa: Timothy Bradstreet, Grant GoleashContracapa: Aileen E. MilesCopiado no Brasil por: Izhim ur-Baal®Traduzido por: Linus Strauss

Bem-vindo à minha casa; entre livremente e de boa vontade.Bem-vindo à minha casa. Venha livremente.

Vá em segurança e deixe algo da felicidade que trás!- Bram Stoker, Dracula

Ele está com medo.Ele está com medo de morrer.Não se preocupe. Você não morrerá.Não por muitas, muitas noites.

Nós quase temos pena de você. Usurpador do legado de Caim. Cria bastarda de um progenitor que imitou e estuprou seu caminho para imortalidade. Nós sabemos o que eles sussurram em suas capelas. Seus anciões o previnem para cometer suicídio em lugar de cair nas garras dos Demônios. Nisto, se nada mais, seus anciões falam verdade. Mas pense no que vem pela frente como uma experiência torturante. Você aprenderá como um verdadeiro vampiro trata seus inferiores e castiga seus inimigos.

Eu lhe aconselho a rezar para seu Deus. O Deus de sua mortalidade - não Tremere, e certamente não Caim. Você vê, nós somos os filhos Caim - e acredite em mim, você está no inferno.

Capítulo Dois: Demônios Entre Nós

Há uma estaca em nosso coração gordo e negroE os aldeões nunca gostaram de você.Eles estão dançando e pulando em você.O tempo todo sabiam que era você.- Sylvia Plath, “Pai”

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De Satisfazer Retribuição e Cismas nas Noites Primordiais

Eu sou velho, e o que jaze em um pedaço murchado a meus pés ainda era mais velho. Meu coração morto bate em um crescendo incessante, penetrando minha forma dissecada pela batalha com os espólio da vingança. Bem, eu entendo por que os velhos vampiros chamaram este momento de o Amaranto, porque uma flor vermelha selvagem floresce dentro de mim.Eu posso, escassamente, forçar-me à concentrar neste registro, porque a essência de meu Senhor derrotado uiva e martela, dentro de minhas veias. Cisma de seita, séculos de ódio - tudo permanece esquecidos. Eu sou ela, ela é eu. Nós somos Tzimisce, e é do clã que eu escreverei, agora, enquanto panoramas de séculos mortos e lugares muito tempo esquecidos e seres muito tempo o pó tremula como meses em meu crânio. Assim o Caminho de Caim dita.Minha mais íntima natureza ronrona em contentamento quando eu olho do topo este ninho sobre a reprovadora floresta, rochedos pacientes e riachos silenciosos das linhas do meu lar ancestral. Embora nós tenhamos vagado longe, fixando raízes neste solo ou naquele, é nesta terra, chamada pelos mortais de Cárpatos, que a mais antiga semente de nossa linhagem brotou.Os mortais, há muito tempo tem colocado seus berços de civilização neste sul devastado pelo sol - no Vale da Grande Fenda, entre os rios Tigre e Eufrates, entre a lama do Delta do Nilo. Mas Tzimisce não é mortal e nossa civilização não é aquela dos mortais. Nós surgimos no norte - entre estes vales nebulosos e selvagens, penhascos cobertos de pinheiros, estou certo, nosso progenitor foi Abraçado.O Antediluviano Tzimisce era o maior de todos os vampiros, maior até que Caim, porque ele, em meio aquelas crianças, tinha um dom especial: o que os Tytalus chamam de avatar Desperto. Era esta mistura única dos dons de Caim e sua própria que favoreceu nossa grande Metamorfose: não mais Ascender meramente, mas Transcender; não mais meramente imitar Caim, mas superá-lo.Ele não habitou a cidade de Caim, mas retornou às terras em volta de seu amado Danúbio, para ali estabelecer seu domínio. Os outros cresceram invejosos dele e seu dom. Vendo sua ligação com o solo de sua terra e imaginando que o solo dava-o e a sua progênie seus ciúmes falaram de pactos tolos e coisas chamadas Comedores de Almas. Mas sabe que estas coisas são meros mitos e mentiras, e pior que mentiras.O próprio Antigo é um mito distante até nas memórias mais primitivas de meu Senhor – embora eu o vi quando ele morreu... mas, mais sobre isso depois. Nós existimos, caçamos e usamos nossos feitiços entre os primeiros PHYRIGES, ILLYRIANS, THRACIANS, AVARS, WENDS e outros habitantes daqueles lugares que os mortais chamam de o Báltico, os Balcãs e Rússia. Essa raça chamada Eslavos, rapidamente veio nos adorar e temer, chamando-nos koldun – “feiticeiros”. Na verdade, nós agimos como feiticeiros e divindades para as primeiras tribos, dando os frutos de nossa Segunda Visão e domínio da besta em troca de tributos e sacrifícios, e amaldiçoando com desfiguramento aqueles quem nós julgamos intrusos, insolentes ou aborrecedor. Mas nós não vivemos entre os mortais, nós nem congregamos com eles. Não, nós ficamos a parte, cada um à seu próprio domínio selvagem. Os limites de nossas terras nós marcamos com ossos, caveiras e nervos de nossas vítimas, para isso morriam ao atravessar, salvo por convite.

Da Guerra Direta e Vingança InsidiosaNós não éramos os únicos assombradores das trevas. Sem linha entrou em conflito com um ser mais malévolo (possivelmente um vampiro, possivelmente outra coisa) conhecido naquelas noite como a Baba Yaga, uma feiticeira canibal. A Baba Yaga e seus servos (alguns dizem demônios, outros filhos) espreitaram à noite entre os mortais amedrontados e ninguém sofria para fazer o mesmo.Quase tão maus quanto Baba Yaga era o grande SABLE lobisomens, os auto proclamados “Senhores das Sombras”, que rondavam os vales e montanhas. Embora eles visassem o pescoço uns dos outros tanto quanto aqueles de seus inimigos, eles tinham nenhum amor por nossa raça.

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Eu tenho ouvido rumores que uns poucos prodígios entre a antiga linhagem rejeitaram o caminho da Metamorfose, julgando isso uma estrada para a danação. Estes poucos chamavam-se de “Puro Clã” ou o “Velho Clã” dependendo da tradução, e desde então lutaram contra nós.Nossos piores inimigos, porém, foram os vampiros de outras linhagens, eles não podiam ficar em seus limites, como ficávamos, mas nos maltratava sempre, buscando a terra, mágica e mortais que tinham sido nossos desde tempos imemoriais.Mas nós conhecíamos mágicas e éramos poderosos em guerra. Nós fizemos szlachta de todos tipos e tamanhos e os enviamos através da Europa para atormentar nossos inimigos, e certamente fez os mortais temer ogros, duendes e criaturas da noite. Nós criamos grandes vozhd na devastada THRACIAN e os mandamos para golpear nossos inimigos vampiros, e certamente fez os Helenos falarem de seus deuses sendo atacados por gigantes com cem braços.Os vampiros do sul não podiam nos compreender. Nós os mandamos de volta uivando para suas penínsulas. Amargo era seus rancores, longas eram suas lembranças. Por não dá-los nossa terra, eles cobiçaram-nas ainda mais, como é comum entre os vampiros. E por estarmos contentes onde estávamos, nós falhamos em prestar atenção quando cidades-estados viraram repúblicas e então impérios. As legiões da Trajano cortaram uma faixa sangrenta em nosso território, e para esta noite uma parte de nosso reino recebeu o odioso nome “Romênia”. Com os exércitos vieram seus generais secretos e noturnos – vampiros das linhagens Ventrue, Malkavian e Lasombra. Os Lasombra, em particular, pareciam a própria encarnação de Chernobog – gananciosos deuses das trevas com intento de devorar tudo. O próprio progenitor Lasombra, sempre despreocupado e encantado em guerra, acompanhou os exércitos e fez uma terrível destruição sobre nossos rebanhos. Em nossa fúria os amaldiçoamos com grande ruína, anunciamos que nossa maldição traria frutos amargos em noites posteriores.Nós usamos outras mágicas também – grande maldição contra a espreguiçada Roma ao sul e seus vampiros. Através de feitiços de discórdia e aflição, nós pusemos os Cainitas de Roma uns contra os outros. Ventrue tiveram cuidado com o passado, mas nós éramos pacientes e não esquecemos. Quando os bárbaros do norte – os Godos, Vândalos e Hunos – os mandamos para a guerra. Bárbaros rugiram pelas ruas de Roma, e o Tiber correram vermelhos com a vitae dos, outrora orgulhosos, invasores. Assim nosso clã foi vingado.

Do Caminho para o Poder e as Noites de HalcyonOs anos que se seguiram foram entitulados Idade das Trevas, e assim foram – mas os vampiros não são criaturas das trevas? A orgulhosa hegemonia de Roma desintegrou em um retalho de cabanas de palha e brutas estacadas. Nós andamos na noite como queríamos, abertamente dilacerando os abrigos dos camponeses e bebendo-os até secar ou levando para usos posteriores. Até os, assim chamados, invasores – Hunos, Magiares, Búlgaros e outros – vagaram por nossas terras como plânctons nos dentes de uma baleia. Nossas necessidades assim suavizadas, voltamos nossas atenções para nosso destino. Para os mortais e para os vampiros que dependiam da civilização dos mortais, a Idade das Trevas foi um tempo de caos e ignorância; para os Tzimisce, elas eram épocas douradas de progresso e experimentação.Alguns entre nosso número, vendo a abobadada Bizâncio crescer como um fungo no cadáver podre de Roma, foram ao sul parar seu crescimento. Aqui o clã lutou contra aqueles que podiam tornar-se Inconnu e atacar sobre seus ingênuos Ortodoxos. Contra tais poderosos inimigos, subversão de peões provou-se mais prático que batalhas francas, como as brigas iconoclastas bem demonstraram. (se os mortais apenas notassem que muitos daqueles ícones pálidos e esticados, que antes eles rastejavam, realmente representavam...Mas quem pode esperar algo dos mortais?)Nossos mais sábios irmãos do norte viram a ameaça representada por Carlos Magno e seus insetos Ventrue. Nós decidimos criar nossos próprios vassalos. Tomando espécimes adequados dos sétimos filhos de raças mortais prometedoras, nós criamos a primeira família carniçal. Eles provaram ter grande

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utilidade pra nós, por eles permitirem nossas sombras estenderem sobre os corações dos mortais até mesmo ao meio dia.(uma vez, séculos atrás, quando eu era jovem e a vitae corria menos turgidamente através de minhas veias e as coisas do mundo pareciam menos transitórias e efêmeras, eu conhecia que aquilo que os Toreador chamam de “amor”. Eu tinha ganho um grande triunfo sobre os invasores Ventrue e a festa da vitória no castelo Zantosa naquela noite foi doce. Posteriormente, os revenantes mandaram um dos seus, uma pequena e LISSOME sucubus de 13, para minha câmara. A sensação de sua carne em meus braços e o cheiro da carne de meus inimigos em sua respiração me enviou nas selvagens dores da paixão. Ainda em meu ardor descuidei de sua delicadeza e ela não sobreviveu ao encontro. Para preservar minha memória dela pra sempre, fiz um par de luvas com sua pele, e, de forma que a alma dela pudesse ficar perto de mim, tostei-a com seu cérebro. Eu as uso para esta noite.)Nossa batalha pelo controle da Europa Oriental terminou em grande triunfo quando enganamos nossos inimigos lobisomens em fazê-los guerrear contra Baba Yaga. Os Lupinos mataram a bruxa e seus seguidores, mas foram dizimados, e assim nosso clã governou a noite sem oposição. No ano seguinte, 983 no contragolpe do Deus-Homen Pregado, nossos revenantes favoritos chicotearam os Eslavos num frenesi de revolta contra os invasores Teutônicos, e as incursões Ventrue pararam. Na verdade, nós avançamos nossas fronteiras em retaliação e os aldeões da Baviera e de BROCKEN aprenderam o que significa temer a escuridão.E então? Bem, você tem visto os filmes, certo? Até hoje os mortais falam com medo alguns sussurros da anoitecida Transilvânia. Os Ventrue, os Lasombra e os Toreador gabam-se de seu poder – mas quem tem deixou um legado centenário de medo? Enquanto nossos irmãos espreguiçavam em cavernas e cabanas ao dia, e agachavam-se em meio a arbustos espinhentos à noite a procura de rebanhos de cabras e vacas irregulares, nós vivíamos orgulhosos e sem medo em nossos castelos. Embora nossos propriedades fossem, ostensivamente, governada por nossos senescais, os servos e camponeses sabiam bem a quem – ou o que – eles serviam. Ao dia, nós deitávamos em nossos sepulcros e sonhávamos; ao cair da noite nos levantávamos e íamos entre as encruzilhadas e trilhas de florestas vazias. E, embora nossa passagem fosse silenciosa, os mortais sentiam-na profunda na espinha, e eles se amontoavam em seus PALLETS, penduravam seus ridículos dentes de alho, faziam seus sinais de proteção e proferiam suas preces inúteis na esperança de que os vampirs não viriam até eles naquela noite.Sim, por um tempo nós éramos cada pedaço, tão majestoso quanto os rabiscos de Stoker ou o escárnio polvilhado que Lugosi sugeria. Os outros nos rotularam de “Demônios” e assim nós fomos – Príncipes dos Monstros. Um MIASMIC horror pendurado sobre os mortais, e logo, o mais velho Tzimisce não precisava nem mesmo deixar seus enclaves para caçar. Os mortais, temerosos de retribuição, de boa vontade mandavam uma fração de seus mancebos e virgens para o lar da aranha. E isso provaria a eliminação dos anciões, porque a linhagem ficou complacente. Sentados em seus salões de jantar, fartando-se em mexer um dedo, eles pensaram sobre desprezos passados e relembraram sobre vitórias passadas. Mas a maior parte de tudo eles esqueceram.

Da Traição Básica e Declínio VergonhosoTão letárgicos eles se tornaram que até a mínima tarefa de governar e estudar tornou-se onerosa. Em vez de voltar todas as suas responsabilidades aos revenantes, os anciões procriaram em número recorde. Logo as terras estavam cheias de crianças vorazes. Ninhadas lutaram contra ninhadas por essa ou aquela vila, por este ou aquele capricho de um ancião. Inevitavelmente, o Domínio era violado, e este sempre tem sido nossa maior provocação. Anciões enfurecidos mandavam os jovens para batalhar em seu lugar. Feudos caíam e vampiros ardiam à cinzas. Ainda, os jovens aturavam isso voluntariamente, porque os anciões haviam amarrado-os em correntes de sangue mais fortes que o ferro. Eu conheço isso bem, porque eu estava entre aquela geração infeliz.Tal discórdia provaria ser realmente cara. Porque, igual gotas de água suja, infiltrações vertiam em nossas terras onde invasores haviam sido postos pra longe. Entre esses inoportunos imigrantes vieram

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aqueles quem se tornariam nossos maiores inimigos. Quando nós descobrimos que um grupo de bruxos, chamando-se Tremere, tinha entrado em nosso território para sugar a essência da terra, que chamavam de vis, para suas mágicas, ficamos irados. Quando descobrimos que eles ousaram atacar e capturar os anciões de nosso clã, nós ficamos enfurecidos. E quando descobrimos que o propósito de sua afronta era se tornar como nós, nossa fúria perdeu os limites.Uma grande guerra iniciou-se então, uma que só terminaria quando o último Feiticeiro tossisse sua não-vida, em contorcida agonia, sob nossos instrumentos. Embora nossos anciões pudessem e devessem ter esmagado a linhagem nascente, eles não fizeram - porque eles haviam esquecido muito da velha mágica, e os Tremere, armados com a vis que eles tinham roubado de nosso solo, estavam fortes. Eles se igualaram aos nossos anciões discordantes, magia por magia, e opôs a força de suas formas zulo com suas próprias criações monstruosas: abominações pedregosas e amarradas chamadas Gárgulas, que desceram em chuvas de garras dos céus.Como a égide dos Tremere ampliava vagarosamente, os anciões ficaram medrosos e muraram-se em seus refúgios, mandando suas progênies para pilhar e lutar. Embora nós batalhamos valentemente, nossas fileiras desunidas eram estraçalhadas pelos Feiticeiros e seus servos e, década após década, nosso clã caiu em profundo declínio. Até o Antigo, encasulou-se naquilo que os Tytalus chamam Silêncio, abandonando-nos.Tudo isso foi mera precursora da tragédia por vir. Enquanto nós éramos esmagados pelas Gárgulas, nossa "Família" estava apenas reunindo preguiça. Olhos hostis viraram para nós e nossas terras conheciam a ameaça de HOOVES invasoras. Encorajados por seus Lordes Ventrue, Alemães cruzaram nossas fronteiras ocidentais em ondas bárbaras. Do leste, multidões de Mongóis e seus seguidores Gangrel, e a grande Kiev foi reduzida à uma cidade fantasma em meio à um campo repleto de crânios. No sul os Assamitas famintos e assim os Turcos fizeram suas primeiras incursões investigativas na Sérvia. Pior de tudo, do norte desceram os Cavaleiros Teutônicos, sob a agitação de nenhum vampiro mas uma ameaça à todos, juraram esmagar o paganismo sob o peso da cruz. Tribo após tribo renunciou Kupala, renunciou Svarog e Byeobog - agradecidos aos invasores pela libertação dos "demônios". Castelo após castelo foi arrasado até as fundações, Tzimisce após Tzimisce foi desenterrado e posto na pira.Eu fui com o resto de minha espécie aos nossos anciões, implorando por socorro. Mas nossos anciões, vendo ondas após ondas de devastação, não fez nada. Nossos poderosos Senhores acovardaram-se em suas criptas enquanto seus rebanhos e crias morriam na noite. Isso era como se os Lasombra estendessem uma garra CLACK sobre seus corações. Eles tinham assegurado nossa obediência através de Laço de Sangue, e assim nós alegremente - então voluntariamente - então hesitantemente - fomos em frente em suas existências para defender suas propriedades.E assim nós morremos entre garras, magias, estacas, fogo e cruz enquanto nossos senhores ficavam impassíveis e desenrolados enquanto a serpente da mágica de sangue de nossos senhores tinham laçado nossos corações

Das Noites de Kupala e O Que Transpirou Em SeguidaIsso é sobre o Dia de Kupala, aquela noite de santidade imemorial, aquela que o ato era feito. Através da terra um convite era passado; Velya, Lugoj e o resto conjurava os jovens do clã para a grande festividade. E sem senhores, distraídos pela própria noite mas palidamente recordando sua importância, consentiam para nossa celebração. Eu fui com o resto para o local da reunião profundo nestes próprios Cárpatos. Ali, suas costas para a fogueira em chamas e três sacrifícios ligados e contorcidos atrás dele, estava os grande Lugoj. Ele assumiu a forma zulo e alguma coisa vermelha e brilhante pairou acima de suas garras. E embora eu temesse as chamas, senti-me compelido à aproximar."Isto," ele urrou, sustentado acima do objeto ardente, "é a flor-de-fogo sagrada de Kupala, justamente como dizia a lenda. Por muito tempo eu busquei por isso, através de muitos perigos. Pelo menos, nas profundezas entre este local sagrado dos lobisomens, eu o achei. Não se lembra do que as lendas dizem

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desta flor?" uma trêmula voz - Ruthven? - falou de trás da multidão reunida. "Diz ter o poder para segurar demônios...""Ou, nesta noite, de livrá-lo!" terminou Lugoj. "Velya e eu havíamos estudado a natureza do Laço de Sangue à fundo. Com a ajuda de Kupala, nós poderíamos jogar fora as correntes de nossos anciões. Permaneça conosco - ou irá para sua ruína nas piras dos servos do Deus Crucificado? "Fez-se silêncio, então resmungos e então uma voz após outra elevou-se em consentimento. Nunca mais nos submeteríamos às correntes de nossos anciões.Lugoj gargalhou e a flor ardeu como as estrelas que os cientistas dizem destruir-se no céu noturno. "Primeiro," ele gritou, "nós devemos nos purgar do medo." Então, banhado no sangue dos mortais trucidados, ele lançou-se urrando através da fogueira. Unidos, nós seguimos.Naquela noite era decretada a primeira Auctoris Ritus, e o Sabá nasceu. Naquela noite nosso coração retornou para nós.Amanhecer se aproximava e nós não retornamos para as criptas de nossos anciões, mas dormimos em cemitérios, cavernas ou no seio da úmida Mãe Terra. Nossos senhores logo notaram nossa falta e então a guerra começou a sério. Castelo após castelo nós tomamos de assalto. Nossos senhores tomaram milhares de formas cruéis para nos assustar e invocaram milhares de maldições para nos acovardar mas nós havíamos caminhado através do fogo e estávamos sem medo. Nós matamos seus szlachta e então os exterminamos, dividimos nosso sangue e o deles. Alguns submeteram-se e à estes foram permitidos juntarem-se à nós e desta forma fortalecer nossas hordas - mas, para que não nos traísse, nós os forçamos à beber um mistura de nosso sangue.Noutros locais, outros vampiros seguiram nosso exemplo. Os Brujah, sempre rápidos para a raiva, levantaram uivantes no oeste, chamando-se "anarquistas" em desafio ao direito de governo decretado por Caim aos senhores. Do oriente os Assamitas varreram, como cimitarras vivas, pelas fileiras dos anciões da Europa. E no sul, a maldição que impomos muito tempo atrás, veio: o devorador Lasombra, que havia nos molestado, séculos atrás, encontrou a Morte Final nas presas de sua progênie.Finalmente, numa noite sem lua, quando as estrelas formaram terríveis sinais no firmamento e grandes cometas traçaram códigos ardentes de maus presságios através do céu, nós atacamos o refúgio de nosso progenitor. Os defensores do Antigo eram fortes, mas com a vitae que tínhamos tomado, mostramos à seus mestres. Embora não sem uma luta! Quando terminou e a camada mais funda de sangue, carne, osso e pó caiu de sua pele, desenterramos nosso progenitor enquanto estava em torpor. O Antigo, fraco, indisposto e no Silêncio, como uma criança.Lugoj levou uma hora para drená-lo até secar. O legado do Clã assim reclamado, o próprio Lugoj afundou em torpor prometendo nos ajudar contra a Noite Final.Ainda, quando eu falei disto para o velho Ruthven em Nova Iorque, ele ficou reticente e preocupado. Bem, ele sempre foi um covarde vira-lata.Nem nós nem os anarquistas calcularam a rapidez com a qual os outros Antediluvianos reagiram à destruição de dois de seus irmãos. Eles empregaram seus peões e sete dos grandes clãs uniram-se na maldita Camarilla. Imagine! Vampiros, lordes da terra, esboçando uma escritura e leis como alguma companhia mercante! Mas esta nova e imprevista aliança provou-se terrivelmente efetiva no início. Maioria dos anarquistas foram puxados pelo calcanhar e os Assamitas foram mandados ganindo para os Desertos Árabes com a magia dos Feiticeiros ainda ardendo em suas peles.

Da Antiga Discórdia e a Nova Unidade EncontradaPara nós e os Lasombra, render não era uma opção. Nosso clã havia cometido o crime definitivo. Em todo caso, nós não podíamos engolir submissão aos Tremere. Nós unimos com os Lasombra, os anarquistas remanescentes e os seguidores de uma Malkaviana Oriental chamada Vasantasena. Os lacaios dos Antigos tinham sua seita; nós teríamos a nossa. Amarrando uns aos outros através da cerimônia da Vaulderie, nós juramos encarar a Morte Final ao invés de, mansamente, entrar na estacada dos Antediluvianos.

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Para as matas e desertos nós nos retiramos. Para distrair as tropas de choque da Camarilla, nós arrasamos vilas inteiras e transformamos seus habitantes em vampiros. A maioria se extinguiu contra nossos inimigos; os mais fortes, nós introduzimos em nossas fileiras. Nós desfiguramos nos mesmos e nossos escravos, o melhor para assustar nossos inimigos; e para apoiar nossa coragem, nós nos forçamos através do fogo de novo e de novo. Aterrorizamos camponeses, ao verem nossos Ritae, nos rotularam "Sabá", por que eles nos imaginavam ser um grupo de bruxos e demônios CAVORTING sobre a terra. A verdade não estava muito distante.Nós lutamos muito e bem, e muitos dos mais fortes soldados dos Treze morreram entre nossas presas. Ainda, de novo e de novo nós fomos forçados à recuar - pela assim chamada "Renascença" nossos inimigos não puderam desenterrar-se para nos encarar em batalha honrada. Ao invés disso, eles mandaram multidões de mortais e carniçais contra nós- embora os mortais não duvidassem da idéia de que eles "foram para a guerra" por suas "nações-estados". E enquanto nós não temíamos os mortais, suas novas armas eram outra história.Ele que rotulou o canhão de "o grande equalizador" falou realmente a verdade. Nunca mais poderíamos controlar nossos domínios com monstros na noite. Nossos szlachta faziam devastações nas fileiras mortais, mas caíam inevitavelmente, fumegando com pólvora e crivado com tiros. Bem, eu lembro de meu primeiro encontro com um BLUNDERDUSS (embora eu ouse dizer que os desgraçados companheiros artilheiros recordem disso também!)Mesmo em nossas terras nós não tínhamos paz, visto que ainda outra praga pegou nosso lar - os Turcos. Otomanos ghazis ceifaram o próprio Danúbio e nós achamos o pequeno crescente mais tolerável, ou tolerante, do que a cruz. Aqui também nossos szlachta nos ajudaram, mas pouco, por entre os Turcos haviam carniçais Assamitas.(não precisa ser acrescentado que nestes tumultuosos tempos, surgiu o castigo de nosso clã: o Dragão, auto-proclamado "Príncipe das Trevas" Vlad Drácula. Que mil diabos queimem sua alma negra! )E assim foi. Enquanto nós nos concentramos em nossa própria apoteose, a Camarilla, ao invés, trabalhou para assegurar seu poder no mundo mortal. Justamente como a Idade das Trevas dos mortais tinha sido nosso auge, assim sua "Era do Iluminismo" provou-se sombria para nós. Os puxa-sacos da Camarilla humilhavam-se em promover sua Máscara, o melhor para dirigir a cólera do rebanho à nós. (Note, se quiser, quantos vampyrs góticos "ficcionais" mostram características Tzimisce!) aqueles poucos e valentes Cainitas que ousaram ostentar sua herança foram caçados como animais. Pelo (troco-dos-mortais) século XIX, vampiros foram considerados mera DRECK supersticiosa.Ó, nós ainda contamos nossos revenantes, e através deles influenciamos as casas nobres dos mortais. Em nossas terras ancestrais, os mortais eram mantidos em servidão, como era seu legítimo destino, até o ano de 1850. Mas nossas batalhas ficaram ainda mais defensivas, por que nós mantemos a guerra, não somente contra a Camarilla, mas contra aqueles poucos anciões que nós havíamos falhado em destruir. Finalmente os últimos de nosso clã entregaram-se e , deixando os Bálcãs à sorte, navegaram através do Atlântico entre hordas de imigrantes eslavos. Eu mesmo agi como contato entre o Velho e Novo Mundo.

Da Indústria e GenocídioNós nos adequamos melhor do que podíamos ter imaginado. Manchester, Londres, Nova Iorque, Chicago - GARGANTUAN cemitérios surgindo 30 - históricas lápides e mausoléus proclamando "Deus está Morto." Que lugar melhor para preparar nossa grande Metamorfose do que uma colmeia de insetos gigante? Nestes edifícios manchados de fumaça, ao qual tantos se reúnem para sufocar suas vidas, ninguém nota a chegada de um solitário imigrante – ou o subsequente desaparecimento de vários outros...Então, também, a vitae de uma criança meio-morta depois de 14 horas de trabalho numa fábrica induzia uma certa letargia agradável – e naquelas noites, se alguém descuidasse da alimentação, as engrenagens estavam sempre felizes em devorar evidências indesejáveis...

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Em nosso orgulho, nós fizemos uma tentativa final de reclamar nossas terras ancestrais. O Arquiduque caiu, precipitando a queda de incontáveis mais nos campos de batalha de Ardennes e Verdun (eu deverei sempre me lembrar das festas naquelas trincheiras cobertas de gás!). A retaliação foi rápida: na Rússia, o último marionete Tzimisce foi destruído numa revolução inspirada pelos Brujah.Sobre as próximas décadas a Camarilla voltou-se para guerrilhas táticas. Na América, tanto revenantes quanto inocentes foram desenterrados, presos ou enforcados como “anarquistas Bolshevik”. Uma nova raça de caçadores de bruxa fez seu aparecimento: queixo forte e pele bronzeada, usando as ferramentas da ciência contra nós.E então o mundo foi pego pela orelha por um mortal pequeno e engraçado com um bigode pequeno e engraçado. Quem ou o que era responsável pelo Der Fuhrer? Ele não era nosso, nem, a despeito das recriminações estridentes dos Brujah, era ele um marionete Ventrue. Faltando evidências para o contrário, eu estou inclinado à classificá-lo como um servo de nada, salvo de sua própria loucura, ou melhor como uma brincadeira Malkaviana que saiu errado.Ironicamente, mesmo entre tais sons e fúrias, mesmo enquanto os vampiros da Europa eram destruídos de seus refúgios, uma espécie de Pax Vampírica foi implementada entre um sombrio e frutífero Elysium. Eu refiro aos campos de concentração Nazi. Esta Xanadu terrena serviu como refúgio e oásis combinados. Para Belsen, para Birkenau, Buchenwald e Dachau vampiros europeus deslocado e aglomerados. Diferenças de seitas e clãs eram suspensas. Como leões bebendo com antílopes e bestas selvagens no poço d’água, assim fizeram Ventrue e Tzimisce, Ravnos e Gangrel, Brujah e Nosferatu (e Inconnu, embora eles buzinariam outra coisa!) assombra a KZs.Eu mesmo desci a lenha na vitae dos miseráveis encarcerados de Auschwitz. Como era estranho que aquelas criaturas tão emagrecidas e maltratadas pudessem ter tento sangue! Como era irônico que a cremação escondesse a evidência de minha refeição com uma vivacidade e eficiência igual à qualquer Máscara da Camarilla! E aquele sujeito! Mengele, o suíno pretensioso, separava os deformados geneticamente dos outros prisioneiros para fazer experiências sobre eles. O uso discreto de minhas artes carnais e ósseas em prisioneiros recém-chegados, junto com comandos hipnóticos impondo silêncio em parte das vítimas, garantiu que nem Der Engel des Todes nem eu carecesse de adequado material para experimentos. Um grande avanço para a Metamorfose foi feito: "Arbeit match frei," ja?Minha única mágoa foi a falta de oportunidade para retribuir as atrocidades Nazistas em espécie. Verdammt alemão suíno, atreveu poluir minhas terras com suas JACKBOOTS, meus rebanhos com seus arames farpados e meus ouvidos com sua ignorância! Eu pessoalmente encontro pouca diferença entre as raças mortais; guardas da SS tem o mesmo gosto de suas vítimas - e gritam alto do mesmo jeito.Mas tudo que é bom deve chegar à um fim. O Terceiro Reich desabou, os marionetes dos Brujah "Idealistas" rodaram através de minhas terras natais em seus tanques e eu pensei que ele reuniria para partir para climas mais pacatos. A loucura que senti em minha encantadora terra natal foi parcialmente aliviada pelo fato de que ambos, os anciões de meu clã e os Senhores das Sombras, se recusaram à fugir da onda de avanço Soviético - os mais tolos deles. Não tinha sido parido o lobisomem que pudesse ser melhor que um tanque em combate individual (como aquele tolo Petrov Quatro-Presas descobriu, para seu desgosto e meu grande deleite).

Do Que É e O Que Há de VirA era pós-guerra tem sido, para minha mente, um tempo de consolidação e paralisia. Somente uns poucos anciões Tzimisce sobreviveram à Segunda Guerra Mundial e suas conseqüências; é de minha compreensão que eles tenham se unido numa coalizão que eles rotularam de “Liga Oradea”. Bem, depois desta noite a liga teve um membro a menos.Nossa seita fez grandes ganhos nesta era moderna. Ao invés de rejeitar a ciência dos mortais, nós festejamos nela tanto quanto nós festejamos sobre suas vitae. Nós pegamos as armas da Camarilla e as viramos sobre seus mestres.

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Na verdade, nós combinamos artes muito antigas com a afiada ciência para produzir as mais virulentas armas que o mundo já tenha visto. Agora nós somos capazes de criar carniçais especializados em nível bacteriano ou, talvez, até mesmo viral. A Inquisição de nossa seita procura uma moratória sobre tais pesquisas, enquanto nossa Mão Negra é igualmente vocal em sua defesaEu apoio meus irmãos militantes neste assunto. A Gehenna aproxima rapidamente, e meu clã deve garantir que a Pestilência reivindique sua dívida legítima no dia do Apocalipse. AIDS? Estreptococos comedor-de-carne? Os mais simples protótipos! Como diz meus camaradas Americanos: “Você não viu nada ainda.”Eu estou cansado de escrever. O amanhecer se aproxima. Eu durmo. Amanhã ao por do sol devo acordar e descerei deste cume e percorrerei as alamedas vazias e trilhas de florestas de minha terra ancestral. Amanhã um mortal morrerá gritando para o prazer de seu mestre. Amanhã um vampyr caminhará entre seu rebanho.

Capítulo Três: Jantar com Demônios

Qual o seu fetiche? Qual o seu prazer?Violência intrigante feita à altura –Como uma luva de veludo, como uma bola e corrente,Como o beijo de um chicote que você está faminto por dor.- The Electric Hellfire Club, “Onde a Violência é Dourada”

Tzimisce são vampiros requintados. Enquanto outros vampiros tentam, desesperadamente, reter sua natureza humana, os Tzimisce buscam, ativamente, divorciar-se dela. Esta atitude tem colorido a cultura e sociedade Tzimisce. Consequentemente, o clã tem nutrido alguns dos mais bizarras, estranhas e (para a perspectiva mortal) horríveis práticas conhecidas entre os vampiros.

O Abraço Tzimisce

E este era o modoE esses eram os horroresComo o pai foi colher.- Death in June, “Atrás da Rosa (Campos de Estupro)”

Dado que o clã como um todo mantém a Tradição da Progênie em desprezo, os Tzimisce são notoriamente seletivos sobre quem eles Abraçam. Tzimisce não são humanos, não querem ser humanos e buscam Abraçar pessoas que tem de algum modo desviado de sua espécie – socialmente, mentalmente ou emocionalmente. Esse desvio, porém, não deve aderir de ante mão aos precitos do clã ou a capacidade de raciocínio, honra ou charme. Os Tzimisce preferem infinitamente um Hannibal Lecter à um Jeffrey Dahmer.Os Tzimisce prezam a inteligência e visão, mas inteligência de uma variedade particular – a habilidade de perceber novos meios de ver as coisas ao invés do convencional problema-solução ou tipo de lógica. De muitas formas esta proximidade se assemelha à dos Malkavianos, mas os Tzimisce não respeitam a insanidade por sua própria finalidade. Um vegetal catatônico ou um esquizofrênico disfuncional é uma manifestação da fragilidade humana, não uma visão proto-vampírica. Um Tzimisce deve ser capaz de moldar sua loucura antes que ela o molde.Até mesmo conveniência raramente desculpa um Abraço precipitado. Tzimisce muitas vezes evitam Ritos de Criação durante em tempos de guerra, permitindo seus camaradas de farda, Brujah e Pander, à sujarem-se com a animação de buchas de canhão. Um Demônio em necessidade de músculos iria mais construir uma dúzia de carniçais do que transmitir a preciosa vitae Tzimisce à um ser indigno.

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Senhores Tzimisce retém bastante influência nas pós-vidas de suas crianças – muito mais que muitos vampiros do Sabá. Embora não tão controlado como os senhores da Camarilla, os Tzimisce mantém relações com sua progênie, mesmo aquelas em bandos diferentes. Embora os Tzimisce nunca sejam responsabilizados pelas ações de suas crias, em Tzimisce que tenha criado uma criança fracassada, muitas vezez, perde respeito aos olhos de seus companheiros de clã.

Magia Tzimisce Muitos Tzimisce são feiticeiros completos, embora o clã como um todo careça da coragem Tremere nas artes mágicas. Os Tzimisce que praticam Taumaturgia são conhecidos como koldun e recebe respeito de seus iguais. As Trilhas normalmente praticadas pelos Tzimisce incluem a Sedução das Chamas, Taumaturgia Espiritual, Controle dos Elementais e Conjuração. Surpreendentemente, os Tzimisce raramente praticam a Trilha da Corrupção, preferindo a alquimia e Laços de Sangue para alcançar resultados similares. As práticas mágicas Tzimisce diferem daquelas de seus rivais Tremere. Os Tzimisce enfatizam o espiritual e o cerimonial ao contrário do pragmatismo oculto dos Tremere. Cânticos, litanias e homenagens para todos os tipos de entidades juntarem-se aos rituais Tzimisce. Muitos sujeitos, incluindo magos, Tremere, Lasombra e a Inquisição Sabá pode estar muito interessados em obter informações específicas sobre a magia Tzimisce.

A Hierarquia do Clã À primeira vista, os Tzimisce parecem um clã individualista e fragmentário, espelhando a seita anarquista que seus membros fundaram. Esta percepção é inteiramente imprecisa.

Apesar de sua falta de estrutura formal o clã é ligado muito firmemente. Respeito por seita e herança penetra os Tzimisce e as excentricidades da Vicissitude dita, virtualmente, um nítido degrau de auto-expressão dentro da estrutura comunal. Então, também, muitos membros são laçados por Vinculums estabelecidos durante festas do clã. A pequena hierarquia que existe entre os Tzimisce Sabá é baseada somente no poder. Os Tzimisce que tenham despertado sua forma Zulo (por exemplo, tem alcançado o quarto nível de Vicissitude), que tem no mínimo um nível de Taumaturgia (Kodun) e que tem demonstrado sabedoria e lealdade à seita e ao clã são conhecidos entre o clã como Zhupans. Zhupans são respeitados por seu conhecimento e poder, e pode "sugerir" cursos de ação aos Tzimisces inferiores. Os Tzimisce inferiores não necessitam prestar atenção na "sugestão", mas ignorar um zhupan é considerado extremamente rude e irá, quase inevitavelmente, indispor o zhupan tão ofendido.

O cabeça do clã Tzimisce como um todo é chamado Voivode. Embora este título não traga nenhum peso oficial no Sabá, na prática ao Voivode é toscamente concedido o mesmo tanto de status que um cardeal é dado. Voivode é mais um posto religioso do que secular. É o Voivode que decreta os Auctoris e Ignoblis Ritae do clã e quem supervisiona as noites sagradas do clã. O Voivode é sempre formidavelmente perito em

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Vicissitude e Taumaturgia (Koldun), extraordinariamente auto-consciente (por exemplo, tem quase dominado sua Trilha de Sabedoria) e extremamente sábio. O único símbolo de autoridade é um capuz feito da pele de, no mínimo, três vampiros Tremere mortos em combate pessoal.

Lutas pela posição ocorrem quase sempre; quando acontece os competidores tomam a forma zulo e engajam em uma Monomancia física e mágica até a morte ou submissão.

Geração X

O que este planeta precisa é de uma cirurgia plástica. - The Overlords, “Organic”

Embora os Tzimisce escolham seus neófitos mais cuidadosamente do que fazem a maioria dos vampiros, uma certa porcentagem falha em se adaptar aos padrões do clã. Uma seleção experimental pode produzir uma progênie indesejável, um soldado bucha-de-canhão criado durante um cerco pode, inesperadamente, sobreviver ou um candidato, supostamente perfeito, pode provar-se fraco durante o Rito de Criação.

Os Tzimisce criam muito poucos Caitiff, admitir que um engano na seleção foi feito é realmente amargo. Dessa forma, a maioria dos “indesejáveis” são introduzidos no clã – mesmo que muito, muito rancorosamente. Demônios mais velhos os tratam como cidadãos de segunda classe – mais que humanos ou mesmo carniçais, mas não totalmente Tzimisce e sofrem por existir graças ao clã.

Naturalmente, isto raramente fica bem com os vampiros tão desprezados. Consequentemente, estes Tzimisce muitas vezes rejeitam seu clã, ao invés de reunirem-se entre eles. Neste processo eles desenvolvem sua própria subcultura e tradições

Muitos “indesejáveis” retém algum semblante de Humanidade ao invés de abraçar alguma Trilha de Sabedoria. Afinal de contas, quando os vampiros provaram ser tais bastardos, uma filosofia de “supremacia vampírica” é duro de engolir. Estes Tzimisce desafiam abertamente seus anciões interagindo extensivamente com o mundo mortal. Na verdade, alguns “indesejáveis” aderem à uma visão utópica similar à aquela dos Idealistas Brujah, onde mortais e vampiros podem coexistir harmoniosamente. Através do uso de Vicissitude, afirmam estes Tzimisce, o mundo e tudo nele pode ser remodelado num paraíso carnal.

Facções

Postulados Medonhos do Terrível Vampyr

Mas nós sabemos que o mal é uma ciência exata – Sendo cuidadosamente, corretamente mau. - Shriekback, “Nemesis”

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Desde suas primeiras noites os Tzimisce tem sido um clã escolar. Assim como os clãs Ventrue e Lasombra, tradicionalmente, tem conduzido a Família através de seus julgamentos, e o clã Toreador tem criado diversões para fazer a pós-vida suportável, assim o clã Tzimisce tem buscado respostas aos enigmas da existência vampírica. Portanto, os Tzimisce estão entre os maiores cientistas, alquimistas, historiadores e metafísicos Cainitas. Porém, os Tzimisce não estão contentes em sentar e pensar. Eles experimentam mais do que filosofam, e o mundo – particularmente o mundo mortal – é seus laboratórios. Para purificar seus pensamentos e desprenderem-se da subjetividade humana, os Tzimisce ou fundaram ou desenvolveram as várias Trilhas de Sabedoria Sabá. O clã também foi instrumental em criar os vários Auctoritas e Ignoblis Ritae do Sabá. Estas crenças e rituais servem diversos propósitos: gerar solidariedade entre os vampiros, prover novos hábitos para repor humanos instruídos e nutrir uma compreensão do que significa ser um vampiro. Alguns Lasombra sussurram que talvez as palavras e gestos dos Ritos servem para outras e mais sinistras funções: adoração de seres proibidos, por exemplo, ou distrações dos objetivos reais do clã. Os Tzimisce, naturalmente, negam tais alegações. Muitos Tzimisce acreditam ter sido submetidos aos mecanismos do Sabá, mas alguns permanecem únicos ao clã.

Metamorfosistas Muitos Tzimisce do Sabá abraçam o conceito da Metamorfose. Os

Metamorfosistas acreditam que assim como a humanidade é a precursora do vampirismo, o vampirismo é então o prelúdio de algum outro maravilhoso estado de existência. Os Tzimisce, através de sua Disciplina Vicissitude, tem a capacidade de substituir suas limitações inatas e tornar-se divino; eles devem somente encontrar o meio. A maioria dos Metamorfosistas possuem uma inclinação científica, vendo o esclarecimento através de qualquer número de experimentos profanos tanto em mortais quanto em vampiros. Executando pesquisas sobre a vida, um vampiro pode compreender melhor a pós-vida; executando pesquisa sobre a pós-vida, um vampiro pode aprender bastante para transcender este estado. Muitas vezes os magos aliados aos Metamorfosistas observam a similaridade entre a Metamorfose e sua própria visão da Ascensão. Alguns magos tem teorizado que o Antediluviano Tzimisce era de fato um mago antes de seu Abraço e que sua progênie continuou instintivamente à tatear para a Ascensão, ainda que de um modo altamente humilhado.

Neofeudalistas O movimento Neofeudalista atrai alguns dos mais velhos e mais conservadores

Tzimisce Sabá. Estes vampiros, relembrando o auge do clã como mestres do Leste Europeu, querem subjugar a raça humana e restabelecer os domínios de outrora. Na visão Neofeudalista, os vampiros devem governar abertamente, apoiado por uma classe vassala de carniçais e revenantes; no final, naturalmente,

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cai o Terceiro Estado humano. Neofeudalistas vêem a dissolução do Pacto de Varsóvia, a fragmentação da URSS, Iugoslávia e Checoslováquia como uma trombeta chamando por uma possível reconquista Tzimisce da ancestral pátria do clã. Alguns Neofeudalistas mantém enormes propriedades em localidades isoladas, participando nas atividades da seita apenas quando eles devem. Exércitos particulares de szlachta, revenantes e crias patrulham a área, “servos” humanos raptados cultivam o solo, muitas vezes para nenhum fim a não ser satisfazer o senso de propriedade do mestre. Nas maiores propriedades, florestas preservam casas de carniçais alterados por Vicissitude (animal e humano) criados para o esporte do mestre e seus cães infernais. Outros Sabás questionam a lealdade dos Neofeudalistas para a seita, vendo pouca diferença entre eles e os anciões que a seita subverteu. Em particular, a confiança dos Neofeudalistas em vassalos privados ao contrário dos membros de bando perturba os legalistas do Sabá. Embora os Neofeudalistas apresentem obedientemente suas crias para as cerimônias de Vaulderie, alguns Sabá desejam saber se estes Tzimisce quebram o Vinculum clandestinamente em favor de Laços de Sangue privados.

Recuperacionistas Até mesmo outros Tzimisce temem os fanáticos do credo Recuperacionista.

Levando a doutrina da Trilha de Caim um passo à frente, Tzimisce Recuperacionistas buscam apoteose pelos meios mais diretos possíveis. Recuperacionistas pregam que, através da diablerie, os vampiros podem governar suas próprias evoluções, avançando ao próximo estágio de existência em tão pouco tempo quanto leva para beber o sangue de um vampiro mais poderoso. Recuperacionistas vêem, assim, a diablerie não somente como um prazer, mas também como um dever para as espécies (alguém deve “recuperar” o legado de Caim daqueles vampiros indignos de possuí-lo). Os Recuperacionistas avançam a Jyhad avidamente, devorando todos os outros vampiros, seja eles inferiores (recuperando vitae desperdiçada) ou igual (eliminando um potencial). Até mesmo outros Recuperacionistas são jogo limpo. Os Recuperacionistas raramente declaram mas implicitamente compreendem que a meta final é para o último deles – o último sobrevivente da Jyhad – encontrar e beber o sangue do próprio Caim. Este novo-deus pode, então, repovoar a terra estéril de acordo com as doutrinas da sabedoria Recuperacionista ao invés de caprichos inúteis. Os Recuperacionistas preferem beber, exclusivamente, sangue de vampiro; assim eles freqüentam a vanguarda dos Festins de Guerra do Sabá e são fortes proponentes do genocídio humano (matando as presas naturais, eles forçam os vampiros numa situação de "sobrevivência do mais forte" com predador vs. predador). Recuperacionistas raramente abraçam, gastam a maior parte de seu tempo em forma zulo e até outros Tzimisce os consideram frios e monstruosos.

Diversifistas

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A seita subversiva dos Diversifistas prega que todos os vampiros descendem, reconhecidamente, de um progenitor Antediluviano estão, inerentemente, corrompidos pela marca daquele Antigo. Somente ramificando-se para fora dessa árvore podre ou destruindo-a pela raiz, alguém poderá separar-se do fio do Antediluviano. Por esta razão, os Diversifistas raramente fraternizam-se com qualquer vampiro salvo seus próprios companheiros de clã, Lasombra e Caitiff (todos os outros vampiros são peões dos Antediluvianos, negando isso como podem). Diversifistas aconselham seus irmãos Sabás à desenvolver novos meios de auto-expressão (exemplo, novos poderes, Disciplinas e Linhagens), porque só dessa forma pode o Homo sapiens sanguinus evoluir além do estado limitado e definitivamente auto-destrutivo que a baixa perspicácia de Caim impôs sobre eles. Os Diversifistas estão entre os mais ativos pesquisadores Tzimisce. Diversifistas poderosos mostram, algumas vezes, uma ou mais Disciplinas novas e bizarras inventadas por eles. A ciência Diversifistas tem sido responsável pela criação de várias linhagens únicas para o Sabá, incluindo os amorfos Irmãos de Sangue (Blood Brothers). Tais pesquisas geralmente requer a obtenção de vários ingredientes exóticos e registro de testes submetidos.

Exsanguinistas Um bizarro ramo dos Metamorfosistas, o culto Exsanguinista afirma que o sangue,

longe de ser a "vida", é a prisão que acorrenta os vampiros à um estado de existência inferior. Afinal de contas, argumentam os Exsanguinistas, os vampiros tem se divorciado das mais primitivas reações biológicas que regem os ciclos vitais de todos as outras criaturas. Do mesmo modo, purgando-se da necessidade de sangue, os vampiros podem atingir um estado de existência puramente dirigido pela vontade. Estes divorciados, do culto Exsanguinista, praticam Ritos esotéricos combinando meditação e anorexia. Muitos Exsanguinistas lançam-se nas minúcias da existência Sabá, constantemente mantendo-se ocupado numa tentativa de esquecer o quão famintos eles estão. Tristemente, nenhum Exsanguinista ainda alcançou a transcendência, e a maioria dos outros Tzimisce encontram Exsanguinistas em frenesis "BINGE-AND-PURGE" esporádicos e espasmódicos vastamente divertidos.

O Corpo Eclético A atitude do clã para a humanidade se manifesta na sua atitude para a forma

humana. Os Tzimisce alteram e ajustam seu corpo rotineiramente de acordo com suas necessidades e caprichos; ocasionalmente, independente do desejo do vampiro, o corpo do Tzimisce irá se alterar espontaneamente. Através das décadas, a maioria dos Tzimisce esquecem como eles se pareciam, exatamente, em vida. Muitos Tzimisce Sabá, particularmente os jovens, tem prazer em modelar-se numa variedade de formas inumanas. Crânios dilatados, dedos alongados, pinturas policromáticas e afins são freqüentemente exibidos pelos Tzimisce

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ansiosos em demonstrar sua estranha superioridade. Rumores do sinistro "Comedor-de-Almas" controlando este processo são considerados meras histórias iniciadas pelo esforço dos inimigos do clã em enfraquecê-lo. Na verdade, jovens Tzimisce tem ritualizado estas deformidades auto-induzidas. Tatuagens, cicatrizes, protuberâncias, chifres, maças, e afins significando afiliação de um bando, lealdade à facções, vampiros da Camarilla mortos, Tremere exterminados, etc., num código bizarro tão incompreensível aos mais velhos Tzimisce quanto é para os inimigos da Camarilla. Além disso, os Tzimisce concedem status dentro do clã, muitas vezes, pela habilidade em assumir uma forma inumana específica. Esta forma, monstruosa, gigante anfíbio, é assumida quando o vampiro vai para a guerra. Tzimisce nesta forma exibem proezas físicas intensificadas vastamente, grosseiramente equivalente à aquelas dos Lupinos na forma "homem-lobo". A maioria dos outros Sabás referem à esta forma como a "Forma Horripilante", mas os Tzimisce a chama de Zulo.

Altas Noites Profanas Certas noites são sagradas ou por outro lado importantes para o clã. A mais notável

destas é a noite de 24 de Junho, conhecida no folclore Slavo como a Noite de Kupala. Esta é a noite, dizem os Tzimisce do Sabá, quando os Tzimisce fundadores da seita descobriu a lendária "flor-de-fogo" e quebraram o Laço de Sangue de seus anciões. Na Noite de Kupala, o Voivode chamou o clã para um local de reunião preparado um Rito terrível e selvagem seguiu-se. Sacrifícios foram feitos, sangue de centenas de cativos fluía em torrentes e os Tzimisces pulavam em milhares de formas em volta da imensa fogueira. Acusações da Inquisição Sabá relativo à invocação e a prisão de demônios nesta noite são negadas veementemente pelo clã. O clã também celebram uma reunião anual em algum dia a cada outono, normalmente no equinócio. Esta data simboliza a passagem do verão para o inverno e assim a transição entre mortalidade e vampirismo. Porém, a reunião serve menos como função religiosa do que secular. Nestas "conferências", os Tzimisce demonstram novos avanços nas pesquisas do clã e forjam planos para implementar estes avanços durante os Festins de Guerra de Halloween e cercos. Os Tzimisce planejam seus maiores golpes militares (ao menos na América do Norte) para agir no Halloween. Nesta noite, quando todos os mortais vestem roupas extravagantes e grotescas, até mesmo o mais deformado szlachta pode andar nas ruas abertamente. Uma força de ataque do Sabá inteira e carniçais podem reunir-se numa cidade sem a população mortal ou a Camarilla notar que alguma coisa está errada.

Entre Por Seu Próprio Risco

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Eu acho que estamos nos becos dos ratos, Onde os homens mortos perdem seus ossos.

- T.S. Eliot, “A Devastação”

Os Tzimisce, até os mais agressivos, costumam desfrutar de períodos de solidão contemplativa. Sua territorialidade inata manifesta como uma extraordinária sensibilidade para suas redondezas. Algo profundo na psique Tzimisce pede por privacidade e espaço pessoal, e os Tzimisce planejam e mantém seus refúgios com cuidado meticuloso.

Muitos vampiros, ciente da inclinação dos Tzimisce para crueldade, imaginam que os refúgios Tzimisce sejam vastos matadouros, onde os muros gotejam com o sangue coagulado de inocentes violados e os corredores reverberando com os gritos dos aprisionados. Este é raramente o caso - ao menos não no refúgio principal. Um ambiente de assassinato e horror, agradável como pode ser, não é adequado para o descanso.

Os Tzimisce referem-se ao seu refúgio principal como a mansão (desconsiderando o tamanho e opulência - os Tzimisce são nada senão pensadores desejosos). É aqui que um Tzimisce guarda suas lembranças da vida mortal e imortal. Os Tzimisce decoram suas mansões numa maneira de refletir sua atitude para não-vida. Os Tzimisce muitas vezes dormem em caixões como um constante lembrete de sua separação do mundo dos mortais. Para evitar a fraqueza do clã, muitos Tzimisce também mantém um ou mais refúgios auxiliares. Refúgios auxiliares contém um suprimento de terra para dormir e outras necessidades básicas para existência. Eles são usados quando o Tzimisce tem razões para acreditar que sua mansão estão sendo vigiada pelos inimigos. Refúgios auxiliares também são onde um Tzimisce normalmente trás suas vítimas para matar e torturá-las, assim permitindo o vampiro à manter a serenidade de sua residência primária.

Os Tzimisce são extremamente sensíveis sobre quem eles admitem em seus refúgios. Ninguém pode entrar sem a permissão expressa do vampiro, que é geralmente estendido na forma de um convite formal elaborado. (Ironicamente, este hábito provavelmente forneceu as bases para a Segunda e Quinta Tradição da Camarilla.). Igualmente, os Tzimisce são relutantes para entrar noutra morada sem que uma permissão semelhante seja garantida. Obviamente, este costume é suspenso quando em guerra ou em caçada. Ainda por cima, a aderência dos Tzimisce à esta tradição tem levado a Camarilla a desmascarar mais de um espião Sabá.

Uns poucos Tzimisce atuais, tendo crescido imerso em ficção científica e horror, usam vítimas e Vicissitude para adaptar mansões quase orgânicas. Muros respirantes, corredores venosos que batem e pulsam, "portas" adaptadas de membranas viscosas e carniçais "básicamente socorridos", eternamente ligados nos adornos mobiliares dessas mansões.

Servos dos TzimisceSim, com toda aquela deformidade, havia um certo ar de vigor, agilidade e coragem - uma estranha exceção à regra clássica de que força, como beleza, vem da harmonia.

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- Victor Hugo, O Corcunda de Notre Dame Embora os Tzimisce sejam criaturas formidáveis, seus lacaios são até mais temidos pelos inimigos do clã. Através de sua Disciplina de Vicissitude, os Tzimisce desfiguram as criações da natureza em medonhas máquinas de guerra - e através de seus Laços de Sangue, eles garantem a lealdade destes seres.

Revenantes

Os Tzimisce tem criado uma espécie de seres auto-replicante, tipo carniçais. Estas criaturas, que não são nem vampiros, nem mortais e nem carniçais precisamente, são conhecidos como revenantes. Seus poderes sobrenaturais tem se tornado hereditário, e aí existe vários gêneros, ou famílias, de revenantes, cada um com suas próprias características distintas.

Uma vez houve muitas destas famílias, até o número de revenantes ter sido cortado por outros vampiros, mortais abusados ou simples incesto e esterilidade. Quatro ramos permanecem ainda: os Bratoviches, guerreiros monstruosos; os Zantosa, observadores nômades; os Grimaldis, espertos espiões e os Obertuses, sábios reclusivos. Todos são leais aos Tzimisce, mas isto é o único denominador comum entre eles; eles lutam entre si tanto quanto eles batalham contra os inimigos do clã.

Revenantes são bastante obsoletos nestes dias e época. Sua utilidade como infiltrados e espiões é limitada, porque através de séculos eles tem ficado muito estranhos para interagir com mortais por períodos longos. Com o passar do tempo, festas canibais e orgias de torturas que duram semanas tornam-se difíceis de esconder da mídia moderna, particularmente uma mídia moderna infestada com marionetes da Camarilla na vigia por atividades relativas ao Sabá. Além do mais, um revenante comum, embora seja um terror contra mortais, raramente pode ser melhor que um neófito vampiro em uma batalha armada. Muitos Lasombra e Assamitas antitribu argumentam pela erradicação dos revenantes.

Por outro lado, é improvável que o clã entregue seus mascotes tão cedo. De qualquer forma, as residências dos revenantes são refúgios seguros para o Sabá na fuga de Arcontes da Camarilla ou Lupinos. Igual os outros carniçais, revenantes são diurnos. Então, os revenantes também são capazes de procriar e o clã muitas vezes tem criado cuidadosamente revenantes com características hereditárias específicas. Mais que uns poucos neófitos Tzimisce são criados de descendência destas uniões arranjadas.

Carniçais

O Sabá como um todo rejeita carniçais, mas o Clã Tzimisce é uma exceção notável. O clã faz uso extenso de servos carniçais, remodelando-os com Vicissitude para realizarem funções desejadas. A criatividade Tzimisce a esse respeito é tanto prodigiosa quanto terrível de se ver. Alguns carniçais, propriamente nutrido e banhado, até serve para funções arquiteturais e decorativas ( "cortinas" de pele viva; "muros" de músculos, órgãos e ossos; "jardins" de carne mantidos em tonéis e moldados em várias formações no jeito de pedras de cristal).

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A existência de um carniçal Tzimisce está longe de ser fácil. Raramente os carniçais são deixados em uma forma pura; até um carniçal cujo mestre não precise deformar é muitas vezes desfigurado de qualquer jeito, simplesmente para satisfazer os caprichos estéticos do mestre ou curiosidade científica. Punições excessivamente cruéis esperam a mais leve falha ou mal entendido. Os Tzimisce raramente sentem ou demonstram afeição ou apreciação por seus carniçais. Os Tzimisce raramente precisam recorrer à gentileza, recompensa ou até Laço de Sangue para manter um carniçal na linha; uma prática comum entre o clã é tornar a cara do recruta num amontoado irreconhecível de tecido e cartilagem, com a promessa subseqüente de restaurar uma característica facial por década ou também por serviço perfeito. Serviço perfeito é difícil de fazer e assim a maioria dos carniçais Tzimisce são condenados à existir como monstros.

Uns poucos carniçais tem escapado do clã através dos séculos; tais carniçais, hediondamente deformados, acostumados à dieta de carne humana e sangue vampírico, caçados pelo Sabá, acham difícil retornar para civilização humana. Consequentemente, estes carniçais rondam locais desertos e abandonados como monstros predadores.

Carniçais Guardiães (Szlachta)

Certos carniçais são usados pelo clã como guarda-costas, soldados e sentinelas. Os Tzimisce chamam estes carniçais de szlachta, ou "nobreza", porque eles são considerados superiores aos outros carniçais, embora não signifique no mesmo plano como vampiros. Szlachta pode ser humano ou animal - a origem importa pouco, dando o resultado final.

Szlachta são guerreiros, e o clã usa Vicissitude para aumentar a perícia de combate das tropas. Ossos são remodelados em espinhos ou placas blindadas; pele e gordura são extraídos de áreas desnecessárias e implantadas onde enchimento pode ser eficiente; feições faciais são entortadas em horríveis máscaras, o melhor para intimidar os inimigos. Um Tzimisce, tomando lições de Vlad Tepes, enxertou seus szlachta costas à costas, fazendo ambos à prova de ataques pelas costas e incapazes de recuar.

Alguns szlachta são usados como escoltas; muitas vezes os Tzimisce hipertrofiam ou de outro modo alteram os órgãos sensitivos destes carniçais no esforço de aumentar sua atenção. Tais experimentos só teve sucessos periódicos e tem enlouquecido mais de um szlachta ou aleijando-o permanentemente.

Carniçais de Guerra (Vozhd)

O último e mais raro tipo de carniçal é o vozhd, ou carniçal de guerra. Estas criaturas repugnantes são usadas geralmente quando um posto avançado inimigo é cercado. Vozhd são normalmente criados de 15 ou mais carniçais individuais (humano, animal ou ambos). Primeiro os carniçais são forçados à beber o sangue de cada um numa cerimônia tipo a Vaulderie. Uma equipe de Tzimisce (e o ocasional Tremere antitribu) então emprega Vicissitude e rituais Taumatúrgicos para mesclar os carniçais em uma entidade composta. Tal criatura é enorme (alguns Sabás ambiciosos tem criado carniçais do tamanho de dinossauros) e , com seus braços e órgãos múltiplos, é capaz de

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desencadear um turbilhão de destruição. Tecidos, ossos e cartilagens em excesso podem ser moldados para dar carapaças, colunas, garras, presas, mandíbulas ou o que quer que o criador deseje. O processo de tornar-se um vozhd leva invariavelmente os seres componentes à loucura; para evitar isso, a criatura é normalmente lobotomizada via Vicissitude ( tal processo também a torna imune à Dominação, Presença e Animalismo).

O resultado final é o equivalente biológico à um tanque: enorme e lento, estúpido e devastadoramente poderoso (níveis de Potência, Fortitude e Pontos de Sangue geralmente iguais ao dobro daquele de maior nível entre os carniçais componentes). O ritual de criação, definitivamente, liga o vozhd à um simples criador; só este criador pode "comandar" a criatura, embora um vozhd raramente compreenda os comandos de mais de duas ou três palavras. Vozhd estão normalmente famintos antes da batalha e, quando a hora chega, mirado na direção geral dos suculentos e esmagáveis Membros da Camarilla.

Vozhd são extremamente raros na era moderna. Criar um vozhd requer vasta quantidade de tempo, matéria prima e trabalho, e o resultado raramente é digno do esforço - particularmente numa era de foguetes LAW e explosivos plásticos. Vozhd são quase tão perigosos para seus criadores quanto são para seus inimigos. Além do mais, seu próprio tamanho e ferocidade de monstro muitas vezes funciona para o detrimento do Sabá: poucas coisas podem convencer os anciões da Camarilla, anarquistas, Inconnu e vampiros neutros à unirem contra um inimigo comum, mas um violento vozhd é uma destas coisas. Por outro lado, poucas coisas podem convencer os anciões da Camarilla, anarquistas, Inconnu e clãs neutros à entregar-se ao Sabá tão prontamente como a visão do Príncipe de suas cidades ser rasgado em pedaços e vorazmente devorado por um violento vozhd.