64942482 ABNT NBR 13545 Movimentacao de Cargas Manilhas

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DEZ 1999 NBR 13545 Movimentação de cargas - Manilhas Origem: Projeto NBR 13545:1999 ABNT/CB-07- Comitê Brasileiro de Navios, Embarcações e Tecnologia Marítima CE-07:100.14 - Comissão de Estudo de Acessórios de Movimentação de Carga a Bordo NBR 13545 - Lifting purposes - Shackles Descriptors: Shackle. Lifting Esta Norma substitui a NBR 13545:1995 Esta Norma foi baseada na ISO 2415:1987 Esta Norma dispõe de versão em inglês Válida a partir de 31.01.2000 Palavras-chave: Manilha. Movimentação de carga 12 páginas Sumário 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Formato e dimensões 5 Propriedades mecânicas 6 Materiais 7 Tratamento térmico 8 Dureza 9 Fabricação 10 Roscas 11 Ensaios de tipo 12 Ensaio de carga de prova 13 Certificado do fabricante 14 Marcação 15 Designação Anexo A (normativo) Prefácio A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. Esta Norma substitui a NBR 13545:1995, na qual foram feitas as seguintes alterações: a) eliminação da coluna referente à versão em inglês, versão esta que se encontra impressa, separadamente, sob a seguinte denominação: NBR 13545 - Lifting purposes - Shackles, e que pode ser adquirida nas Gerências Regionais da ABNT. Existindo qualquer dúvida de interpretação na versão em inglês, prevalecerá sempre o prescrito no texto original em português; b) mudança de capitulação para se aproximar da ISO, colocando-se os requisitos típicos do Brasil, em anexo; Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (21) 210-3122 Fax: (21) 220-1762/220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas Copyright © 1999, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados

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DEZ 1999 NBR 13545

Movimentação de cargas - Manilhas

Origem: Projeto NBR 13545:1999ABNT/CB-07- Comitê Brasileiro de Navios, Embarcações e TecnologiaMarítimaCE-07:100.14 - Comissão de Estudo de Acessórios de Movimentação deCarga a BordoNBR 13545 - Lifting purposes - ShacklesDescriptors: Shackle. LiftingEsta Norma substitui a NBR 13545:1995Esta Norma foi baseada na ISO 2415:1987Esta Norma dispõe de versão em inglêsVálida a partir de 31.01.2000

Palavras-chave: Manilha. Movimentação de carga 12 páginas

Sumário1 Objetivo2 Referências normativas3 Definições4 Formato e dimensões5 Propriedades mecânicas6 Materiais7 Tratamento térmico8 Dureza9 Fabricação10 Roscas11 Ensaios de tipo12 Ensaio de carga de prova13 Certificado do fabricante14 Marcação15 DesignaçãoAnexo A (normativo)

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujoconteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS),são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delasfazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pública entre osassociados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma substitui a NBR 13545:1995, na qual foram feitas as seguintes alterações:

a) eliminação da coluna referente à versão em inglês, versão esta que se encontra impressa, separadamente, sob aseguinte denominação: NBR 13545 - Lifting purposes - Shackles, e que pode ser adquirida nas Gerências Regionaisda ABNT.

Existindo qualquer dúvida de interpretação na versão em inglês, prevalecerá sempre o prescrito no texto original emportuguês;

b) mudança de capitulação para se aproximar da ISO, colocando-se os requisitos típicos do Brasil, em anexo;

Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28º andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (21) 210-3122Fax: (21) 220-1762/220-6436Endereço eletrônico:www.abnt.org.br

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NBR 13545:19992

c) inclusão da manilha grau 10, semelhante ao grau B da norma americana Federal Specification RR-C-271D;

d) adoção da relação entre carga de prova e carga de trabalho da ISO 2415 e adoção da relação 2,5:1 entre carga deruptura mínima e carga de prova;

e) adoção dos diâmetros do pino da Federal Specification RR-C-271D metrificadas, com máximos e mínimos, epermissão para uso de dispositivo para facilidade de manuseio na cabeça do pino tipo X das manilhas de diâmetro decorpo maior ou igual a 76 mm;

f) alteração do critério de deformação para carga de prova de 0,25% ou 0,5 mm o que for maior para 1% ou 0,5 mm oque for maior, excetuando-se para a altura interna da manilha;

g) aumento da resistência à fadiga de 10 000 ciclos para 20 000 ciclos limitada às manilhas de carga de trabalho de até32 t;

h) permissão para verificação de carga de ruptura por cálculo apenas para manilhas de carga de trabalho maiores que100 t;

i) eliminação da subseção sobre revestimento superficial.

1 Objetivo

Esta Norma especifica as características gerais, o desempenho e as dimensões críticas necessárias para a intercam-biabilidade e compatibilidade com outros componentes de manilhas retas e curvas, em uma faixa de tamanhos com limitesde cargas de trabalho entre 0,63 e 200 t, e nos graus M (4), T (8) e 10.

No caso de manilhas retas para uso com ganchos de suspensão de aço forjado (ver ISO 4779 e 7597), pode ser necessárioo uso de componentes intermediários para se fazer a conexão.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para estaNorma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições maisrecentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 5426:1985 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos - Procedimento

ISO 261:1998 - ISO general-purpose metric screw threads - General plan

ISO 263:1973 - ISO inch screw threads - General plan and selection for screws, bolts and nuts - Diameter range 0.06 to6 in

ISO 643:1983 - Steels- Micrographic determination of the ferritic or austenitic grain size

ISO 4779:1986 - Forged steel lifting hooks with point and eye for use with steel chains of grade M (4)

ISO 4948-1:1982 - Steels - Classification - Part 1: Classification of steels into unalloyed and alloy steels based onchemical composition

ISO 6506-1:1999 - Metallic materials - Brinell hardness test - Part 1: Test method

ISO 6508-1:1999 - Metallic materials - Rockwell hardness test - Part 1: Test method (scales A, B, C, D, E, F, G, H, K, N,T)

ISO 7597:1987 - Forged steel lifting hooks with point and eye for use with steel chains of grade T (8)

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições. Ver também figuras 1 e 2.

3.1 manilha: Acessório para movimentação ou fixação de carga, formado por duas partes facilmente desmontáveis,consistindo em corpo e pino.

3.2 corpo: Uma das duas partes da manilha, consistindo em uma barra de seção adequada conformada ou forjada em umformato apropriado e extremidades em forma de olhais coaxiais.

3.3 arco: Parte curva do corpo da manilha, oposta ao pino.

3.4 olhais: Extremidades do corpo da manilha com orifícios coaxiais para introdução do pino.

3.5 pino: Barra reta de seção circular que passa através dos olhais, ficando firme quando em posição e podendo serfacilmente desmontado (ver figuras 1, 2 e 3).

3.6 manilha reta: Manilha cujo arco forma um semicírculo de raio interno igual à metade da abertura entre olhais.

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3.7 manilha curva: Manilha cujo arco forma um setor circular maior que um semicírculo, possuindo por conseguinte oraio interno maior do que a metade da abertura entre olhais.

3.8 carga de ruptura: Força máxima atingida no ensaio estático de tração de uma manilha, constituindo o limite a partirdo qual a manilha é incapaz de sustentar a carga.

3.9 carga de ruptura mínima: Força mínima que a manilha deve suportar sem que haja rompimento.A manilha deve ser capaz de sustentar a carga sob a ação dessa força.

3.10 carga de prova, Fe: Força aplicada, como ensaio, em uma manilha acabada, conforme especificado na seção 12.

3.11 carga de trabalho (CT): Massa máxima que uma manilha está projetada para sustentar em serviços gerais.

4 Formato e dimensões

4.1 Manilhas retas

As dimensões de manilhas devem ser conforme os requisitos da figura 1 e tabela 1.

4.2 Manilhas curvas

As dimensões de manilhas curvas devem ser conforme os requisitos da figura 2 e tabela 2.

4.3 Diâmetro do furo

O diâmetro do furo ou furos não-rosqueado(s) no corpo da manilha não deve ultrapassar os seguintes valores:

a) diâmetro do furo para pinos de até 20 mm de diâmetro inclusive: D + 1 mm;

b) diâmetro do furo para pinos entre 20 mm e 45 mm inclusive: D + 1,5 mm;

c) diâmetro do furo para pinos maiores que 45 mm: 1,05 x D.

Onde D é o diâmetro efetivo do pino.

4.4 Tipos de pinos de manilhas

Os pinos roscados de manilhas mostrados na figura 3 apenas ilustram exemplos típicos de pinos, sendo aceitas outrasformas adequadas.

Os pinos ilustrados são dos seguintes tipos:

- tipo W: pino rosqueado com olhal e colar (ver figura 3a);

- tipo X: parafuso com cabeça e porca sextavadas e contrapino (ver figura 3b).

Outros tipos de pinos são designados como tipo Z para os efeitos do sistema de designação (ver seção 15).

5 Propriedades mecânicas

5.1 Geral

As propriedades mecânicas das manilhas quanto às cargas de prova e de ruptura devem ser conforme especificado nastabelas 1 e 2.

5.2 Carga de prova

Cada manilha, ensaiada conforme 11.2, deve ser capaz de sustentar a carga de prova especificada na tabelas 1 e 2, semque ocorra uma deformação permanente maior do que 1% da dimensão inicial ou 0,5 mm, valendo o que for maior, e semsofrer um aumento da dimensão efetiva, L, do corpo da manilha ou de uma dimensão semelhante medida entre asmarcas de punção nos olhais e no arco, que ultrapasse 0,25% ou 0,5 mm, valendo o que for maior. O pino, após oafrouxamento, deve girar livremente.

5.3 Carga de ruptura

A carga de ruptura de cada manilha, ensaiada conforme 11.3, deve ser no mínimo igual àquela especificada nas ta-belas 1 e 2, sem sofrer fratura ou distorção ao ponto de a manilha tornar-se incapaz de sustentar a carga.

Após o ensaio, cada manilha deve apresentar evidência de deformação.

5.4 Resistência à fadiga [graus T (8) e 10]

As manilhas com um limite de carga de trabalho de até 32 t, inclusive, quando ensaiadas em conformidade com 11.4,devem, após no mínimo 20 000 ciclos, ser capazes de sustentar a carga.

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Figura 1 - Dimensões de manilhas retas

Tabela 1 - Manilha reta

Carga de trabalho

t

Diâmetrodo corpo

(ref.)

mm

Aberturaentreolhais

tol. ± 5%mm

Comprimentointerno

tol. ± 5%

mm

Diâmetro dopino

Dmm

Diâmetroexternodo olhal

mm

Carga deprova

kN

Carga deruptura mínima

kN

GrauM(4)

GrauT (8)

d W L Máx. Mín. emax. GrauM(4)

GrauT(8)

GrauM(4)

GrauT(8)

0,25 0,5 6 11 22 8 7,7 17 5 10 12,5 25

0,4 0,8 8 14 28 10 9,3 21 8 16 20 40

0,6 1,2 9,5 17 34 13 12,4 28 12 24 30 60

1,0 2,0 13 21 44 16 15,5 35 20 40 50 100

1,6 3,2 16 26 55 19,2 18,7 42 32 64 80 160

2,5 5,0 19 33 69 23 21,9 50 50 100 125 250

3,2 6,3 22 37 78 26 24,9 56 64 126 160 320

4,0 8,0 25 42 87 29 27,9 63 80 160 200 400

5,0 10 28 46 97 32 31,0 70 100 200 250 500

6,3 12,5 32 53 109 35 34,1 77 126 250 315 630

8,0 16 35 59 123 39 37,5 85 160 320 400 800

10 20 38 66 138 42 40,5 91 200 400 500 1 000

12,5 25 45 74 154 51 49,5 112 250 500 625 1 250

16 32 51 83 174 58 56,6 128 320 640 800 1 600

20 40 57 93 195 64 62 140 400 800 1 000 2 000

25 50 63 104 218 70 68 154 500 1 000 1 250 2 500

32 63 70 118 247 76 74 168 640 1 260 1 600 3 200

40 80 76 131 275 83 81 182 800 1 600 2 000 4 000

50 100 88 147 308 96 94 211 1 000 2 000 2 500 5 000

63 125 101 165 346 108 106 237 1 260 2 500 3 150 6 300

80 160 114 186 390 127 125 279 1 600 3 200 4 000 8 000

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Figura 2 - Dimensões de manilhas curvas

6 Materiais

6.1 Geral

O aço deve ser produzido por forno elétrico ou de injeção de oxigênio.

O aço deve ter granulação fina, com um tamanho de grão austenítico igual a 5 [graus M(4) ou T(8)] e 6 [grau 10] ou maisfino, quando ensaiado conforme ISO 643. Isto pode ser conseguido, por exemplo, assegurando-se que o aço contenhauma quantidade suficiente de alumínio ou um elemento equivalente, de maneira a permitir a fabricação de manilhasestabilizadas quanto ao envelhecimento induzido por deformação durante o serviço; um valor mínimo de 0,025% (m/m) dealumínio total é dado para fins de orientação.

6.2 Requisitos específicos para grau M (4)

No estado acabado, conforme fornecido ao fabricante da manilha, o aço deve estar em conformidade com os requisitosdeste item, conforme determinado por uma análise do banho ou uma análise de verificação na barra ou na manilhaacabada. Recomenda-se que o fabricante forneça uma análise do banho do aço, caso esta seja exigida pelo comprador.

O aço deve ser totalmente acalmado, adequado para forjamento e capaz de ser tratado termicamente para obter aspropriedades mecânicas requeridas por esta Norma.

Os limites dos teores de enxofre e fósforo no aço devem ser conforme a tabela 3.

Dentro das limitações especificadas acima, o fabricante da manilha é responsável pela seleção do aço, de modo que amanilha acabada, devidamente tratada termicamente, atenda aos requisitos relativos às propriedades mecânicasdefinidas nesta Norma para este grau de manilha.

6.3 Requisitos específicos para graus T (8) e 10

No estado acabado, conforme fornecido ao fabricante da manilha, o aço deve estar em conformidade com os requisitosdeste item, conforme determinado por uma análise do banho, ou uma análise de verificação na barra ou na manilhaacabada. Recomenda-se que o fabricante forneça uma análise do banho do aço, caso a mesma seja exigida pelocomprador.

O aço deve ser totalmente acalmado, adequado para forjamento e conter elementos de liga em quantidade suficiente paragarantir as propriedades mecânicas da manilha após tratamento térmico adequado.

O aço para manilhas de grau T (8) e 10 deve conter pelo menos dois dos seguintes elementos, nas proporções de ligaespecificadas na ISO 4948-1:

- níquel;

- cromo;

- molibdênio.

Os limites dos teores de enxofre e fósforo no aço devem ser conforme a tabela 3.

Dentro das limitações especificadas acima, o fabricante da manilha é responsável pela seleção do aço, de modo que amanilha acabada, devidamente tratada termicamente, atenda aos requisitos relativos às propriedades mecânicasdefinidas nesta Norma para este grau de manilha.

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7 Tratamento térmico

7.1 Grau M (4)

Após o forjamento, a manilha deve ser normalizada ou endurecida e revenida.

7.2 Graus T (8) e 10

Após o forjamento, as manilhas devem ser temperadas a uma temperatura acima de AC3 e revenidas antes de seremsujeitas à carga de prova. A temperatura de revenido deve ser de pelo menos 400°C.

As condições do revenimento devem ser pelo menos tão efetivas quanto uma temperatura de 400°C mantida por umperíodo de 1 h.

NOTA - Um método de verificação é o seguinte. Após os componentes serem reaquecidos e mantidos por 1 h a 400°C e resfriados até atemperatura ambiente, eles devem estar, na condição acabada, conforme as cargas de prova e de ruptura mínima das tabelas 1 e 2.

Não é permitido endurecimento superficial para as partes da manilha que suportam carga.

8 Dureza

8.1 Requisitos quanto à dureza

Os valores de dureza de manilhas não devem ultrapassar aqueles especificados na tabela 4.

8.2 Ensaios de dureza

Para se determinar a dureza Brinell, os ensaios devem ser feitos conforme ISO 6506, utilizando-se, onde possível, umaesfera de aço de 10 mm e uma carga de 29,42 kN (HBS 10/3000).

Para se determinar a dureza Rockwell C, os ensaios devem ser executados conforme ISO 6508.

Outros métodos para a determinação de dureza podem ser usados, contanto que os valores obtidos, quando convertidospara os valores correspondentes Brinell ou Rockwell C, estejam de acordo com a tabela 4.

A superfície onde será feita a impressão deve ser obtida por limagem, esmerilhamento ou usinagem, em uma posiçãoadequada, no corpo (conforme indicado nas figuras 1 e 2) e no pino da manilha.

Cuidados especiais devem ser tomados de maneira a garantir que a superfície ensaiada seja representativa do material eque sua dureza não seja afetada por descarbonetação, carbonetação ou pelo método usado para preparo da superfíciede ensaio.

9 Fabricação

O corpo deve ser forjado em uma única peça sem solda. Os furos nos corpos das manilhas devem ser alinhados de formaaxial entre si e de forma central com relação ao diâmetro externo dos olhais.

O pino deve ser forjado e usinado, conforme necessário, usinado a partir de uma barra ou, sujeito a acordo entre ocomprador e o fabricante, forjado e devidamente acabado. A parte rosqueada do pino deve ser concêntrica com orestante do mesmo. A cabeça do pino deve ajustar-se bem contra o corpo da manilha.

Quando o pino é roscado, o comprimento da rosca que fica visível na abertura entre olhais não deve ser maior que umfilete e meio (Exemplo: no caso de pino do tipo W).

O comprimento da parte lisa do pino deve ser tal que, quando a porca for rosqueada, ela se prenda no pino e não nocorpo da manilha (Exemplo: no caso do pino do tipo X).

Em todos os casos, quando um pino é ajustado corretamente no corpo da manilha, a abertura, W, não deve sersignificativamente reduzida.

O corpo e o pino da manilha acabada devem estar isentos de defeitos superficiais nocivos, inclusive de trincas, dobras deforjamento e outros defeitos.

10 Roscas

A menos que especificado em contrário, as roscas devem ser conforme ISO 261 ou ISO 263 e de classe 6g/6H (ajustemédio).

Formas alternativas de roscas podem ser usadas, contanto que a resistência da manilha não seja prejudicada.

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NOTA - Pinos de diâmetro de corpo maior ou igual a 76 mm podem ter na cabeça um dispositivo tipo olhal, alça ou similar para facilidadede manuseio. Neste caso a cabeça pode ter um formato diferente do sextavado.

Figura 3 - Exemplos típicos de pinos de manilha

Tabela 3 - Teor máximo de fósforo e enxofre, % m/m

Grau M (4) Grau T (8) e 10Elemento Análise do banho Análise de

verificaçãoAnálise do banho Análise de

verificaçãoEnxofre 0,035 0,04 0,025 0,03Fósforo 0,035 0,04 0,025 0,03

Tabela 4 - Valores de dureza

Grau Dureza BrinellHBS

Dureza RockwellHRC

4 217 178 380 4110 420 45

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11 Ensaios de tipo

11.1 Geral

Os ensaios de tipo demonstram que as manilhas, certificadas pelo fabricante como atendendo aos requisitos destaNorma, possuem as propriedades mecânicas especificadas nesta Norma. O objetivo desses ensaios é comprovar oprojeto, material, tratamento térmico e método de fabricação de cada tamanho de manilha acabada, incluindo orevestimento de proteção, caso aplicado. Se houver qualquer mudança no projeto, especificação de material, tratamentotérmico, método de fabricação, bem como no revestimento de proteção, caso aplicado, ou em qualquer dimensão fora dastolerâncias normais de fabricação que possa levar a uma modificação das propriedades mecânicas especificadas naseção 5, os ensaios de tipo especificados em 11.2 a 11.4 devem ser executados na manilha modificada.

Todas as manilhas a serem submetidas aos ensaios de tipo devem estar conforme os outros requisitos estabelecidosnesta Norma. Os ensaios especificados em 11.2 a 11.4 devem ser efetuados em cada tamanho de manilha de cadaprojeto, material, tratamento térmico e método de fabricação, bem como revestimento de proteção, caso aplicado.

Nos ensaios especificados em 11.2 a 11.4, a força deve ser aplicada de forma axial sem impacto com o arco do corpo,utilizando-se um acessório de máquina de ensaio com um diâmetro igual ou inferior ao diâmetro efetivo do pino damanilha, e no centro do pino, utilizando-se um acessório de máquina de ensaio com uma largura igual ou inferior aodiâmetro efetivo do pino.

11.2 Ensaio de deformação

Três amostras devem ser ensaiadas e cada uma deve ser capaz de suportar a carga de prova especificada para amanilha nas tabelas 1 e 2.

Após a carga de ensaio ser retirada a manilha não deve apresentar deformação permanente maior do que 1% dadimensão inicial, bem como um aumento da dimensão efetiva, L, do corpo da manilha ou de uma dimensão semelhantemedida entre as marcas de punção no pino e no arco, que ultrapasse 0,25% ou 0,5 mm, valendo o que for maior. O pino,após o afrouxamento, deve girar livremente.

NOTA - Ver também seção 12 sobre ensaios de carga de prova de manilhas, onde necessário.

11.3 Ensaio de resistência estática

11.3.1 CT ≤≤≤≤ 100 t

NOTA - Este ensaio pode ser feito nas mesmas manilhas que foram submetidas ao ensaio de deformação.

Três amostras devem ser ensaiadas, sendo que cada uma deve ter uma carga de ruptura pelo menos equivalente aovalor mínimo especificado para a manilha nas tabelas 1 e 2.

A carga deve ser aplicada lentamente até atingir o valor da carga de ruptura mínima, permanecendo neste valor até oponteiro estabilizar.

Cada corpo e pino da manilha deve ser capaz de suportar a carga de ruptura mínima sem fratura ou distorção ao pontode a manilha tornar-se incapaz de suportar a carga.

11.3.2 CT > 100 t

Para manilhas com um limite de carga de trabalho acima de 100 t, as cargas de ruptura podem ser verificadas por cálculo,contanto que as manilhas sejam do mesmo desenho geométrico e equivalentes sob outros aspectos às manilhas com umlimite de carga de trabalho de até 100 t inclusive, que foram ensaiadas conforme 11.3.1.

11.4 Ensaios de fadiga [graus T(8) e 10: CT ≤≤≤≤ 32 t]

As manilhas com um limite de carga de trabalho de até 32 t inclusive devem ser submetidas ao ensaio de fadiga. Trêsamostras devem ser ensaiadas.

A faixa aplicada durante cada ciclo deve ser igual a 1,5 vez a carga de trabalho especificada nas tabelas 1 e 2 para amanilha. A carga mínima em cada ciclo deve ser positiva e igual ou inferior a 3 kN. A freqüência de aplicação da cargadeve situar-se entre 3 Hz e 25 Hz. As amostras ensaiadas devem ser capazes de suportar pelo menos 20 000 ciclos dafaixa de carga especificada acima sem deixar de sustentar a carga.

11.5 Critérios de aceitação para ensaios de tipo

11.5.1 Ensaio de deformação (ver 11.2)

Todas as três amostras devem passar no ensaio de deformação para que a manilha do tamanho submetido aosensaios de tipo esteja de acordo com esta Norma.

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11.5.2 Ensaio de resistência estática e ensaio de fadiga (ver 11.3 e 11.4)

Se todas as três amostras passarem no ensaio, a manilha do tamanho submetido aos ensaios de tipo estará de acordo comesta Norma.

Se uma das amostras não passar no ensaio, duas outras amostras devem ser ensaiadas e ambas devem passar no ensaiopara que a manilha do tamanho submetido aos ensaios de tipo esteja de acordo com esta Norma.

Se duas ou três amostras não passarem no ensaio, a manilha do tamanho submetido aos ensaios de tipo não estará deacordo com esta Norma.

12 Ensaio de carga de prova

As manilhas acabadas (isto é, após a fabricação, tratamento térmico e usinagem, bem como revestimento de proteção,caso aplicado) devem ser submetidas às cargas de prova aplicáveis especificadas nas tabelas 1 e 2, conforme anexo A.

A carga de prova deve ser aplicada no arco da manilha e no centro do pino por acessórios de máquina de ensaio com umdiâmetro igual ou inferior ao diâmetro efetivo do pino da manilha. A carga deve ser aplicada lentamente até atingir o valorda carga de prova, permanecendo neste valor por pelo menos 1 min.

Após a retirada da carga de ensaio, os requisitos de 5.2 devem ser verificados.

13 Certificado do fabricante

Depois que os ensaios de tipo definidos na seção 11 tiverem sido realizados com resultados satisfatórios, o fabricantepoderá emitir certificados de conformidade para manilhas com as mesmas dimensões nominais, tamanho, material,tratamento térmico e método de fabricação, bem como o revestimento de proteção, caso aplicado, que os das manilhasensaiadas.

O fabricante deve manter um registro, durante pelo menos 10 anos após a emissão do último certificado, da especificaçãode material, tratamento térmico, dimensões, resultados de ensaios e todos os dados relevantes relativos às manilhas quepassaram nos ensaios de tipo. Esse registro também deve incluir as especificações de fabricação que se aplicarem àprodução futura.

Qualquer mudança na especificação de material, no método de fabricação, no tratamento térmico, bem como norevestimento de proteção, caso aplicado, ou em qualquer dimensão fora das tolerâncias normais de fabricação, que possalevar a uma modificação das propriedades mecânicas especificadas na seção 5, deve ser considerada uma mudança deprojeto. Os ensaios de acordo com a seção 11 devem ser exigidos antes de se permitir que o fabricante emita certificadosde conformidade para qualquer projeto modificado.

O fabricante deve apresentar um certificado com cada remessa de manilhas, fornecendo as seguintes informações paracada remessa:

a) quantidade e descrição da manilha;

b) letra ou número correspondente ao grau, isto é, M(4), T(8) ou 10;

c) código de rastreabilidade, para possibilitar a identificação de qualquer manilha ou lote de manilhas na remessa;

d) carga de prova aplicada (ver seção 12);

e) carga de trabalho em toneladas.

No certificado deve constar que cada manilha está de acordo com esta Norma e dentro da especificação do fabricante da(s)manilha(s) submetida(s) aos ensaios de tipo. Também deve informar o nome e endereço do estabelecimento de ensaio e ocargo do signatário.

14 Marcação

14.1 Corpo da manilha

Cada manilha deve ser marcada de forma legível e indelével de maneira que não prejudique as propriedades mecânicas damaniha. A marcação pelo fabricante deve conter pelo menos as seguintes informações:

a) marca ou símbolo adotado para identificação do fabricante;

b) letra ou número correspondente ao grau, nos casos das manilhas graus T(8) ou 10;

c) carga de trabalho em toneladas;

d) código de rastreabilidade para possibilitar a identificação de qualquer manilha ou lote de manilhas na remessa (exigívelpara manilhas de diâmetros acima de 19 mm).

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NBR 13545:1999 11

14.2 Pinos de manilhas [graus T(8) e 10]

Os pinos de diâmetro maior ou igual a 13 mm devem ser marcados de maneira legível e indelével com o grau eo símbolo do fabricante, de maneira que não prejudique as propriedades mecânicas do pino.

Pinos menores que 13 mm de diâmetro devem ser marcados com pelo menos o grau.

15 Designação

Para fins de referência e pedido, as manilhas de acordo com esta Norma podem ser designadas pelo seguintesistema. Os seguintes elementos devem ser usados na ordem estabelecida:

Manilha NBR 13545 - X -YZ TN

Onde X é o grau da manilha, Y o tipo do corpo, Z o tipo do pino da manilha e TN o tamanho nominal emtoneladas.

_________________

/ANEXO A

Page 12: 64942482 ABNT NBR 13545 Movimentacao de Cargas Manilhas

NBR 13545:199912

Anexo A (normativo)Amostragem e critério de conformidade

A.1 Inspeção dimensional

Não havendo definição no documento de compra, é recomendado que a quantidade da amostra e o critério de aceitaçãodas variáveis dimensionais das tabelas 1 e 2 sejam conforme a tabela A.1.

A.2 Carga de prova

O ensaio de carga de prova em manilhas graus T(8) e 10 deve ser feito conforme a tabela A.1.

O ensaio de carga de prova em manilhas grau M deve ser feito conforme a tabela A.2.

A.3 Carga de ruptura mínima

Se o lote de manilhas foi aprovado em ensaios de carga de prova conforme esta Norma e o fabricante possui controle deprocesso e de sistema de qualidade adequados ou o seu produto está sujeito à certificação de terceira parte, convém que ocliente o dispense do ensaio de carga de ruptura mínima.

Entretanto, se solicitado no documento de compra, o tamanho da amostra e o critério de aceitação devem ser conforme atabela A.3.

A.4 Ensaio de dureza

Cada lote de manilha, após fabricação e tratamento térmico, deve ser submetido a ensaio de dureza, a fim de verificar se omesmo está conforme a tabela 4. O tamanho da amostra e o critério de aceitação devem ser conforme a tabela A.4.

Tabela A.1 - Tamanhos de lote e da amostra e número máximo admissível de peças defeituosaspara carga de prova para manilhas grau T(8) e 10 e para inspeção dimensional

Tamanho do lote Tamanho da amostra Número máximo de defeituososadmissível

até 50 5 051 - 150 20 1151 - 280 32 2281 - 500 50 3

501 - 1 2001) 80 5

Tabela A.2 - Tamanhos do lote e da amostra e número máximo admissível de peças defeituosaspara ensaio de carga de prova para manilhas Grau M

Tamanho do lote Tamanho da amostra Número máximo de defeituosos admissível

até 150 5 0151 - 500 20 1

501 - 1 2002) 32 2

Tabela A.3 - Tamanhos do lote e da amostra e número máximo admissível de peças defeituosas paraensaio de carga de ruptura mínima

Tamanho do lote Tamanho da amostra Número máximo de defeituososadmissível

≤ 25 1 026 - 50 2 051 - 500 3 0> 500 5 0

Tabela A.4 - Tamanhos do lote e da amostra e número máximo admissível de peças defeituosas paraensaio de dureza

Tamanho do lote Tamanho da amostra Número máximo de defeituososadmissível

≤ 280 8 0281 - 1 2003) 32 1

_________________

_________________1) Para lotes maiores, seguir a NBR 5426, nível II, NQA 2,5%.2) Para lotes maiores, seguir a NBR 5426, nível I, NQA 1%.3) Para lotes maiores, seguir a NBR 5426, nível I e NQA 1,5%.