7º ANO Prova 2 INSTRUÇÕES :...

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7º ANO Prova 2 INSTRUÇÕES : Não será aceita a utilização de corretivo; Não será permitido o empréstimo de material durante a avaliação; Use somente caneta esferográfica azul ou preta; Questões objetivas ou similares rasuradas serão anuladas; Valor: 7,0 (Prova) AUDIÇÃO Nas tradições populares a orelha possui vasto documentário. Aos ladrões, cortavam as orelhas, e ficou no uso velho e vulgar em Portugal e Espanha, alastrando-se pelas Américas. Decepar a orelha ao inimigo vencido era o supremo troféu. A Fé e a Ciência, ou seja, o Conhecimento, entravam pela audição. Era o pavilhão auricular dedicado a Mnemosine, a Deusa da Memória. Daí o uso de puxar a orelha aos estudantes para que decorassem ou não esquecessem o que aprendiam. Processo de mnemotécnica. Qualquer história antiga e minuciosa registra esse furor de cortar orelhas (...) No Brasil tornou-se uso e costume. Bartolomeu Dias, esmagando um quilombo de escravos fugidos, deixou-os a todos sem orelhas. Puxar a orelha era uma invocação à Deusa da Memória, atendida pela conservação imediata do que se procurava reter mentalmente. Maneira especial de pedir a intervenção sobrenatural de Mnemosine. O castigo de cortar as orelhas, muito antigo e comum, era punição por não haver ouvido, entendido, compreendido, atendido a voz da lei. Luís da Câmara Cascudo. Coisas que o povo diz. Rio de Janeiro, Bloch, 1969. I-INTERPRETAÇÃO DO TEXTO 01. Nos dois últimos parágrafos, o autor continua a mostrar o estilo detalhista, pois ele volta a repetir informações anteriores. Destaque os trechos que mostram essas repetições. (0,5) R: PUXAR A ORELHA... CORTAR ORELHAS... 02. Se o conhecimento entrava pela audição, que significado simbólico poderia ter o uso de puxar a orelha dos estudantes? (0,5) R: ESTARIA MELHORANDO A APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES... 03. No texto, o autor relacionou duas tradições populares: a de cortar as orelhas dos ladrões e a de decepar a orelha do inimigo vencido. Ele fala de uma outra tradição: a de puxar a orelha dos estudantes para ajudar a aprender. O que há de comum entre essas três tradições e onde está a diferença? (0,5) R: DE COMUM: A ORELHA. A DIFERENÇA ESTÁ NO NÍVEL DE CASTIGO APLICADO UM MAIS VIOLENTO DO QUE O OUTRO... As três questões que você respondeu foram extraídas do texto “Audição”. As próximas (4 e 5), você responderá tendo como base a leitura do romance. 04. A narração caracteriza-se por possuir elementos essenciais à sua tipologia e isso é fundamental para você responder essa questão. Narre como passou a ser a vida de Jean Nádia, a partir do momento em que ele saiu da prisão. Não esqueça de nenhum detalhe. (1,0) R: Ficou perambulando pelas ruas, virou mendigo, procurou a ajuda de um padre, roubou o padre, foi preso, virou prefeito... 05. Lembre-se dos personagens Javert e Fantine que, no enredo, desempenham papéis que marcaram seu pensamento, e escreva um pouco sobre eles. Identifique características físicas e psicológicas desses personagens. (1,0) R: JAVERT: INSPETOR OU POLICIAL QUE PERSEGUIU JEAN ATÉ COMETER SUICÍDIO... FANTINE: MÃE DE COSSETE. TRABALHOU NUMA FÁBRICA, FOI DEMITIDA, PROSTITUIU-SE PARA SUSTENTAR A FILHA, APAIXONOU-SE POR JAVERT...

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  • 7º ANO Prova 2

    INSTRUÇÕES : Não será aceita a utilização de corretivo; Não será permitido o empréstimo de material durante a avaliação; Use somente caneta esferográfica azul ou preta; Questões objetivas ou similares rasuradas serão anuladas; Valor: 7,0 (Prova)

    AUDIÇÃO

    Nas tradições populares a orelha possui vasto documentário. Aos ladrões, cortavam as orelhas, e ficou no uso velho e vulgar em Portugal e Espanha, alastrando-se pelas Américas. Decepar a orelha ao inimigo vencido era o supremo troféu. A Fé e a Ciência, ou seja, o Conhecimento, entravam pela audição. Era o pavilhão auricular dedicado a Mnemosine, a Deusa da Memória. Daí o uso de puxar a orelha aos estudantes para que decorassem ou não esquecessem o que aprendiam. Processo de mnemotécnica. Qualquer história antiga e minuciosa registra esse furor de cortar orelhas (...) No Brasil tornou-se uso e costume. Bartolomeu Dias, esmagando um quilombo de escravos fugidos, deixou-os a todos sem orelhas.

    Puxar a orelha era uma invocação à Deusa da Memória, atendida pela conservação imediata do que se procurava reter mentalmente. Maneira especial de pedir a intervenção sobrenatural de Mnemosine.

    O castigo de cortar as orelhas, muito antigo e comum, era punição por não haver ouvido, entendido, compreendido, atendido a voz da lei.

    Luís da Câmara Cascudo. Coisas que o povo diz. Rio de Janeiro, Bloch, 1969.

    I-INTERPRETAÇÃO DO TEXTO 01. Nos dois últimos parágrafos, o autor continua a mostrar o estilo detalhista, pois ele volta a repetir informações anteriores. Destaque os trechos que mostram essas repetições. (0,5) R: PUXAR A ORELHA... CORTAR ORELHAS...

    02. Se o conhecimento entrava pela audição, que significado simbólico poderia ter o uso de puxar a orelha dos estudantes? (0,5) R: ESTARIA MELHORANDO A APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES...

    03. No texto, o autor relacionou duas tradições populares: a de cortar as orelhas dos ladrões e a de decepar a orelha do inimigo

    vencido. Ele fala de uma outra tradição: a de puxar a orelha dos estudantes para ajudar a aprender. O que há de comum entre essas

    três tradições e onde está a diferença? (0,5)

    R: DE COMUM: A ORELHA. A DIFERENÇA ESTÁ NO NÍVEL DE CASTIGO APLICADO UM MAIS VIOLENTO DO QUE O OUTRO... As três questões que você respondeu foram extraídas do texto “Audição”. As próximas (4 e 5), você responderá tendo como base a leitura do romance. 04. A narração caracteriza-se por possuir elementos essenciais à sua tipologia e isso é fundamental para você responder essa questão. Narre como passou a ser a vida de Jean Nádia, a partir do momento em que ele saiu da prisão. Não esqueça de nenhum detalhe. (1,0) R: Ficou perambulando pelas ruas, virou mendigo, procurou a ajuda de um padre, roubou o padre, foi preso, virou prefeito... 05. Lembre-se dos personagens Javert e Fantine que, no enredo, desempenham papéis que marcaram seu pensamento, e escreva um pouco sobre eles. Identifique características físicas e psicológicas desses personagens. (1,0) R: JAVERT: INSPETOR OU POLICIAL QUE PERSEGUIU JEAN ATÉ COMETER SUICÍDIO... FANTINE: MÃE DE COSSETE. TRABALHOU NUMA FÁBRICA, FOI DEMITIDA, PROSTITUIU-SE PARA SUSTENTAR A FILHA, APAIXONOU-SE POR JAVERT...

  • II-CONTEÚDO ESPECÍFICO

    06. Em um texto narrativo, podemos ter o foco na primeira ou terceira pessoa. Identifique o foco narrativo do texto abaixo e transforme-o para o foco contrário. (1,0) Ele começa a pensar na possibilidade de não voltar a ouvir. Fica triste e chora. A esperança é a única maneira de deixá-lo mais calmo. R: 3ª PESSOA (NARRADOR-OBSERVADOR). EU COMEÇO A PENSAR NA POSSIBILIDADE DE NÃO VOLTAR A OUVIR. FICO TRISTE E CHORO. A ESPERANÇA É A ÚNICA MANEIRA DE DEIXAR-ME MAIS CALMO. 07. Observe com atenção a figura abaixo e faça uma descrições subjetiva e objetiva da ilustração proposta. Não esqueça de explorar os detalhes do lugar. (0,5)

    08. Podemos descrever um objeto ou uma pessoa de forma objetiva ou subjetiva. Descreva o que se pede nos itens abaixo. (0,5) a) Sua casa (use a descrição objetiva):

    R: PESSOAL.

    b) Sua casa (use a descrição subjetiva):

    R: PESSOAL. III- PARTE GRAMATICAL 09. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: (0,5)

    a) sarjeta – babaçu – praxe – raposa; b) caramanchão – córtex – vírus – mixto – caos; c) ultraje – discussão – mochila – flexa; d) enxerto – represa – sossobrar – barbárie; e) acesso – assessoria – pôde – selvícola.

    10. Ocorre pontuação inaceitável em: (0,5) a) Doutor, ainda que mal pergunte, que negócio é esse? b) Se queres distrair-te, ouve cantores italianos. c) Bento era, entre todos os empregados, o mais fiel. d) Perdôo-te espero, porém, que não reincidas no erro. e) Não creias naqueles que não acreditam em ninguém. 11. Assinale a série em que há um vocábulo indevidamente acentuado: (0,5)

    a) proíbem, ruído, ruína; b) altruísmo,arcaísmo, beduíno; c) cafeína, caseína, cocaína; d) egoísmo, gratuíto, heroína; e) jesuíta, paraíso, proteína.

    BOA PROVA!