7. Ecossistemas de água salgada

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Ecologia II Módulo «Ecossistemas aquáticos» Licenciatura em Ecoturismo Manuela Abelho Sector de Biologia e Ecologia [email protected] 7.Ecossistemas marinhos Geografia e estrutura dos oceanos Características físico- químicas Costas marinhas: marés; estrutura e biologia das costas rochosas e arenosas Mamíferos marinhos observáveis na costa portuguesa: focas e cetáceos

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Ecologia IIMódulo «Ecossistemas aquáticos»Licenciatura em EcoturismoManuela Abelho

Sector de Biologia e Ecologia

[email protected]

7.Ecossistemas marinhos Geografia e estrutura dos

oceanos

Características físico-químicas

Costas marinhas: marés; estrutura e biologia das costas rochosas e arenosas

Mamíferos marinhos observáveis na costa portuguesa: focas e cetáceos

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Geografia dos oceanos Ocupam mais de 360 milhões km2 da superfície terrestre;

massa de água interligada

3 bacias principais, com mares mais pequenos nas margens Oceano Pacífico: 180 milhões km2, profundidade média > 4000

m; Fossa das Marianas >10000 m

Oceano Atlântico: 106 milhões km2, profundidade média 3900 m

Mar Mediterrâneo, Mar Negro, Mar do Norte, Mar Báltico, Golfo do México, Mar das Caraíbas

Oceano Índico: <75 milhões km2, profundidade média 3900 m

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Distribuição geográfica dos oceanos

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Estrutura dos oceanos

Zonação horizontal Zonação vertical

Zona litoral ou intertidal: sob a influência das marés

Zona nerítica: estende-se até à margem da plataforma continental, onde a profundidade é cerca de 200m

Zona oceânica: depois da plataforma continental

Zona epipelágica: camada superficial da água; profundidade até 200m

Zona mesopelágica: entre 200 e 1000m de profundidade

Zona batipelágica: entre 1000 e 4000m de profundidade

Zona abissal: entre 4000 e 6000m de profundidade

Zona hadal: profundidade maior que 6000m

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Estrutura dos oceanos

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A crosta oceânicaA crosta oceânica está em contínuo movimento e as principais características topográficas do oceano reflectem esse movimento

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Características físicas dos oceanos: luz

Cerca de 80% (principalmente ultravioleta e infravermelha) absorvida nos primeiros 10 m

A radiação azul é a que penetra até mais fundo e por isso abaixo dos 50-60 m de profundidade o tom do mar é azul-escuro

A quantidade de luz que penetra até 600 m de profundidade é equivalente à luz que chega à terra vinda de uma estrela

Da superfície para o fundo há um decréscimo de luz e de temperatura

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Características físicas dos oceanos: temperatura Estratificação térmica devida ao aquecimento provocado

pela radiação solar; uma camada mais quente e menos densa flutua sobre uma camada mais fria e mais densa

Temperatura média anual da água superficial varia com a latitude; -1.5ºC no Antárctico a 27ºC no Equador

Amplitude máxima anual (7-9ºC) ocorre na zona temperada acima dos 40ºN de latitude

No Equador, a amplitude máxima é semelhante à variação diária (1ºC)

A maior estabilidade ocorre a 100 m de profundidade, onde a amplitude térmica anual é <1ºC

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Latitude e temperaturaa temperatura do mar é regulada principalmente pela entrada de energia solar e pela mistura da água

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(ºC

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Latitude

Temperatura Temperatura

média dos média dos

oceanosoceanos

Variação latitudinal na temperatura dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico

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Características físicas dos oceanos: movimentos da água Correntes superficiais

Transportam nutrientes, oxigénio, calor e organismos através do globo terrestre

Moderam o clima, fertilizam as águas superficiais, estimulam a fotossíntese e promovem a troca genética entre as populações de organismos marinhos

Correntes profundas Produzidas pela água fria e densa que se afunda no Antárctico

e no Árctico, movimentando ao longo do fundo Pode aflorar à superfície (afloramentos) nas zonas onde o

vento empurra a água superficial para o interior dos oceanos, i.e., na costa oeste dos continentes e na Antártida

Afloramentos muito importantes porque transportam nutrientes para a superfície, originando zonas muito produtivas

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A corrente do Golfo modera o clima no noroeste da Europa, que de outra forma seria semelhante ao do Alasca ou da Rússia (i.e. muito mais frio)

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Características químicas dos oceanos Salinidade: principais iões Na+, Mg2+ e Cl-

Varia com a latitude e nos mares que rodeiam as margens dos oceanos

Zona oceânica: entre 34 e 36.5‰ Mais baixa: onde precipitação>evaporação; Equador e

latitudes >40º Mais elevada: onde evaporação>precipitação; zona

subtropical; latitude 20-30º Mar Báltico tem salinidade 7‰ enquanto Mar Vermelho

tem >40‰ Oxigénio Maior concentração à superfície; decresce com a

profundidade até cerca de 1000 m, voltando a aumentar depois

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Latitude e salinidadea salinidade é regulada pelo balanço de processos de diluição (fluxo dos rios, precipitação, nascentes) e de concentração (evaporação, formação de gelo)

Mar Báltico: 5‰Mar Mediterrâneo: 36‰

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Biologia dos oceanos Organismos fotossintéticos limitados à parte iluminada da

zona epipelágica (zona eufótica); maioria fitoplâncton

Organismos heterotróficos habitam todas as profundidades

Organismos das zonas profundas alimentados pela matéria orgânica proveniente da superfície, excepto nas nascentes termais oceânicas

Oceanos abrigam milhares de espécies

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Estrutura das costas marinhas (zona litoral) Zona supratidal

Raramente coberta por água; molhada pelos salpicos das ondas

Zona intertidal Zona entre marés: fica coberta por água na maré alta e

descoberta na maré baixa

Zona subtidal Permanece coberta pela água em qualquer maré

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Estrutura da zona litoral

Zona subtidal

Zona intertidal

Zona supratidal

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As marés A Terra e a Lua formam um conjunto que gira em torno do

Sol Marés causadas pelos efeitos gravíticos da Lua e do Sol e

pelo movimento de rotação da Terra No movimento de translação em torno do Sol, o conjunto

Terra-Lua é representado pelo centro comum de gravidade (baricentro) que se situa dentro do manto terrestre, a 4700 km de distância do centro da terra

As forças gravíticas produzem dois altos na superfície do oceano, um no sentido da Lua (maré directa) e o outro no sentido oposto (maré reflexa)

Devido à rotação da Terra, todos os pontos na sua superfície (excepto os pólos) sofrem duas marés por dia

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Maré alta directa e maré reflexa

Terra

Para a Lua

Superfície da água

N

Nível médio do mar

Maré alta Maré alta

directadirecta

Maré alta Maré alta

reflexareflexa

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Maré alta e maré baixa Maré alta, maré cheia ou preia-mar

Ocorre em lados opostos; no lado mais perto e mais longe da lua

No lado mais perto da lua, a força gravítica puxa a água para a lua (maré alta directa)

No lado oposto uma força gravítica mínima combina-se com a rotação da terra produzindo uma força centrífuga que arrasta a água para fora (maré alta reflexa)

Maré baixa ou baixa-mar

Ocorre em lados opostos e perpendiculares à maré cheia

Ocorrem duas marés cheias e duas marés baixas por dia cujas amplitudes variam geograficamente devido à alteração da posição da lua em relação ao equador da terra

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Terra

Luanova

Luacheia

Sol

Na lua nova, a face iluminada da lua é invisível da Terra, por isso a lua fica escura (invisível)

Marés vivas ou marés de PrimaveraQuando o sol, a terra e a lua estão alinhados (lua nova e lua cheia), a força gravítica exercida pelo sol aumenta a da lua e ocorrem marés com amplitudes máximas

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Terra

Lua

Lua

Sol

Durante cada ciclo lunar (~29.5 dias) ocorrem duas marés vivas e duas marés mortas

Marés mortasQuando o sol, a terra e a lua formam um ângulo recto (quarto crescente e quarto minguante), os efeitos gravíticos tendem a anular-se e ocorrem marés com amplitudes mínimas

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Luz e temperatura nas costas marinhas Grandes variações devido às marés

Durante a maré baixa os organismos ficam expostos ao sol

Temperatura variável - depende da maré e do clima Climas quentes: durante maré baixa exposição a ar com

temperaturas de 40ºC

Climas frios: durante maré baixa exposição a ar com temperaturas extremamente baixas

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Condições químicas nas costas marinhas Salinidade

Varia mais do que no oceano, principalmente nas poças que se criam durante a maré baixa, onde a evaporação pode fazer aumentar a salinidade e a precipitação a pode baixar

Oxigénio

Normalmente não é limitante porque os organismos da zona intertidal estão expostos ao ar durante a maré baixa e a ondulação aumenta a oxigenação da água

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Biologia das costas marinhas São alternadamente habitats marinhos e terrestres Exposição ao ar (emersão)menor humidade maior

amplitude térmica O número de espécies de organismos terrestres diminui com o

aumento do stress causado pela imersão O número de espécies de organismos aquáticos diminui com o

aumento do stress causado pela emersão

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Biologia das costas marinhas Zonação de espécies: ocorrência de espécies dominantes em

bandas horizontais distintas Exemplo:

nas costas rochosas da zona temperada, aparecem de cima para baixo

(1) zona de líquenes, (2) zona de gastrópodes, (3) zona de cracas e (4) zona de dominância variável

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CracasSub-filo Crustacea

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Costas rochosas: bidimensionais

Apenas existe a superfície para colonizar: locais sem fuga aos predadores

Muitos animais sésseis; defendem-se cobrindo o corpo com uma “armadura” (cracas, lapas, búzios,…)

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Costas arenosas e lodosas:tridimensionais Sedimentos finos retêm muita água durante a maré

baixa menos exposição à dissecação Durante a maré alta os sedimentos agem como um

tampão contra as alterações na salinidade, na temperatura e no pH

Partículas finas de matéria orgânica acumulam-se no sedimento; muitos animais comem sedimento (principalmente lodos finos) para se alimentarem

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Costas arenosas e lodosas:tridimensionais Os animais podem

colonizar a superfície e também a profundidade

Fogem aos predadores enterrando-se no sedimento

Muitos sobrevivem à predação parcial; muitos bivalves podem fazer “recrescer” os seus sifões

Movimento para dentro do sedimento diminui a competição directa com os vizinhos

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Mamíferos marinhosOrdem Carnivora, Subordem Pinnipedia

Pelo; membros modificados em barbatanas Tamanho 1-4 m

Família Otaridae: otárias e leões-marinhos Pavilhões auriculares (orelhas) Patas posteriores debaixo do corpo

Família Phocidae: focas e elefantes-marinhos Sem pavilhões auriculares Patas posteriores viradas para trás

Família Odobenidae: morsas Sem pavilhões auriculares Patas posteriores debaixo do corpo Pouco pelo Caninos muito desenvolvidos

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Ordem Carnivora, Subordem Pinnipedia

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A família Phocidae– focas verdadeiras – São os pinípedes mais adaptados ao ambiente aquático

Muito hidrodinâmicos, corpo fusiforme, cabeça pequena e focinho geralmente pontiagudo

Olhos grandes – visão importante

Algumas espécies utilizam ultra-sons para se orientar –audição importante

Sub-família Monachinae inclui a espécie Monachusmonachus (foca-monge do Mediterrâneo) existente nas Ilhas Desertas, arquipélago da Madeira

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Foca-monge do Mediterrâneo É a espécie mais primitiva e a única

que vive em águas quentes todo o ano

Fonte de muitas histórias na antiga Grécia

Descrita correctamente por Aristóteles

Representada em moedas de 500 aC

Pele usada como roupa pelos pobres

Considerada protecção contra o granizo e contra os relâmpagos

Os gregos acreditavam que uma barbatana de foca debaixo do travesseiro ajudava a dormir melhor

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Mamíferos marinhosOrdem Cetacea Corpo alongado, com forma de torpedo Membros anteriores achatados em forma de barbatanas

peitorais que servem de leme Membros posteriores reduzidos a ossos vestigiais; têm

apenas uma ou nenhuma barbatana dorsal; a barbatana caudal está disposta horizontalmente

Espessa camada adiposa sob a pele confere forma hidrodinâmica e retarda a perda de calor (isolamento térmico)

Mantêm a temperatura do corpo constante (endotérmicos e homeotérmicos)

Dão à luz (dentro de água) crias que amamentam Respiram ar através dos pulmões (O2 atmosférico) Orifícios nasais localizados na parte posterior da cabeça

através do qual expelem o CO2 quando vêm à superfície

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http://www.solcomhouse.com/images/wszhale.gif

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Um cetáceo ou um tubarão?

Barbatanas

pélvicas Barbatana

peitoral

Barbatanas dorsais

Barbatana

caudal vertical

Barbatana dorsal

Barbatana

caudal horizontal

Espiráculo

Barbatana

peitoral

Barbatana

analFendas

branquiais

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Adaptados à vida no mar Descendem de mamíferos terrestres que evoluíram ao

longo de 50 milhões de anos até às formas actuais Orelhas (pavilhões auriculares) – desapareceram mas

mantém-se a audição Substância oleaginosa protege pele da fricção da água e

olhos da salinidade Glândulas mamárias e órgãos genitais protegidos por

pregas Esqueleto tornou-se mais simples e leve Respiram a intervalos mais longos que os mamíferos

terrestres Grande capacidade de armazenamento de O2 nos músculos Trocam até 90% do ar armazenado nos pulmões (o Homem

apenas 15%)

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Nascer no mar

Cria de golfinho a nascer Fêmea ajuda cria a subir à superfície

http://www.dailymail.co.uk/news/article-485893/The-water-baby-Amazing-pictures-capture-moment-dolphin-joins-world.html

http://www.dailymail.co.uk/news/article-485893/The-water-baby-Amazing-pictures-capture-moment-dolphin-joins-world.html

As crias nascem com a cauda primeiro para que, assim que o cordão umbilical se soltar, possam nadar até à superfície ajudadas pela mãe

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Com barbas ou com dentes? Subordem Odontoceti ou

odontocetos

Cetáceos com dentes

golfinhos, botos, roazes, orcas, cachalotes, …

Alimentam-se de outros animais (peixes, moluscos, mamíferos aquáticos…)

Subordem Mysticeti ou misticetos

Cetáceos com barbas baleia-azul, baleia-de-

bossas, …

Em substituição dos dentes têm barbas, fiadas de cerdas robustas suspensas do maxilar superior que servem para filtrar a água removendo o alimento

Alimentam-se de plâncton

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http://www.tmmsn.org/education/dolphin_anatomy/Mysticetes_Odontocetes.jpg

Barbas

Mandíbula/maxilar inferior

Rostro/maxilar superior

Espiráculo duploBarbatana dorsal

Pedúnculo

caudal

Barbatana caudal

Barbatanas peitorais

Espiráculo simples

Fronte

Bico

Dentes

Mysticeti

Odontoceti

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Comunicar e viver em grupo Apresentam elevado nível de socialização

Sistema social baseado nos laços entre mãe e filho

Coesão e coordenação entre os elementos do grupo promovida pelo contacto e por sinais sonoros e visuais

Sons muito variados e diferentes entre espécies

Linguagem corporal rica: saltos, bater com a cauda ou barbatanas fora de água

Cooperação permite rentabilizar esforço na procura de alimento, no acasalamento, na criação dos jovens e na defesa contra predadores

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Subordem OdontocetiCetáceos com dentes (cachalotes, orca, golfinhos,…)

Tamanho desde alguns metros (golfinhos) até 15-20 m (cachalotes)

Predadores activos (peixes e mamíferos marinhos mais pequenos)

Têm um único orifício respiratório

Excelentes mergulhadores; os cachalotes mergulham rotineiramente até aos 1000 m e já foi avistado um (com um sonar) aos 2250 m, provavelmente para apanhar lulas, o seu alimento favorito

Usam ecolocalização para orientação

Comunicação sofisticada, produzem muitos sinais

Animais sociais

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Cetáceos com dentes Delfinídeos (Família Delphinidae)

Orca

Golfinho-comum (Delphinus delphis)

Roaz (Tursiops truncatus)

(e muitos outros…)

Cachalotes (Famílias Physeteridae e Kogiidae)

Baleias-de-bico (Família Ziphiidae)

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DelfinídeosRoaz-corvineiro

(Tursiops truncatus)

Golfinho-comum

(Delphinus delphis)

No estuário do Sado existe uma população residente de roazes

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Família Physeteridae

Cachalote-comum(Physeter macrocephalus)

No arquipélago dos Açores podem observar-se várias espécies de cetáceos com dentes, incluindo golfinhos e cachalotes

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EcolocalizaçãoCetáceos com dentes

Emitem impulsos sonoros produzidos em órgãos especializados no interior da cabeça

Ao encontrarem um objecto os sons são reflectidos sob a forma de eco

O eco é recebido pelos ossos da mandíbula, que os canalizam para os órgãos sensoriais do ouvido interno através de zonas de gordura especial

http://www.ifeelpixel.com/pictures/dolphinsonar.jpg

http://www.inkokomo.com/dolphin/echolocation.jpg

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Comunicação e comportamento dos odontocetos Dois tipos básicos de

sons

Assobios: usados para comunicar

Estalidos: usados para a ecolocalização

Os cachalotes adultos formam círculos protegendo no interior as crias e os animais mais frágeis

http://csiwhalesalive.org/csigallery14.html

http://boulders2bits.com/archives/2009/11/05/rare-photos-reveal-behavior-of-sperm-whales-and-giant-squid/

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Cachalotes:recordistas do mergulho

Podem mergulhar até 1600 m (as fêmeas) ou 3300 m (os machos) em busca de um dos seus alimentos preferidos: a lula gigante

http://www.amnh.org/exhibitions/climatechange/images/lg/ocean-deep_01_whale-squid.jpg

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Subordem MysticetiCetáceos com barbas (baleia-azul, baleia-de-bossas,…)

Em vez de dentes têm, em adultos, placas córneas derivadas de tecido dérmico que se encontram na maxila e a partir das quais saem barbas compridas

Alimentam-se filtrando o zooplâncton da água com o auxílio destas barbas

Podem colocar 70 toneladas de água dentro da boca em expansão

Tamanho desde 10-15 m (baleia-cinzenta) a mais de 30 m (baleia-azul)

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Família Balaenopteridae

Baleia-de-bossas(Megaptera novoeangliae)

http://1.bp.blogspot.com/_9_5PSY7vQ-c/SESwszJzliI/AAAAAAAAAqY/d7uNDjYygJQ/s400/baleia-jubarte-2%5B1%5D.jpg

http://en.wikivisual.com/images/6/61/Humpback_Whale_underwater_shot.jpg

http://www.washington.edu/burkemuseum/collections/mammalogy/mamwash/Images/Megaptera_novaengliae.jpg

Page 51: 7. Ecossistemas de água salgada

Comunicação e comportamento dos misticetos Muito mais musicais que os odontocetos, algumas

espécies, como a baleia-de-bossas emitem verdadeiras melodias durante longos períodos de tempo

Os grupos raramente ultrapassam 10 indivíduos

http://csiwhalesalive.org/csigallery14.html

http://boulders2bits.com/archives/2009/11/05/rare-photos-reveal-behavior-of-sperm-whales-and-giant-squid/

Page 52: 7. Ecossistemas de água salgada

Conduta de observação de cetáceos (DRL nº9/99/A, de 22 de Março, com as alterações do DLR nº10/2003/A de 22 de Março)

Proibido perseguir ou perturbar os cetáceos, tentar alimentá-los ou nadar com baleias

Proibido poluir o mar

A embarcação só pode deslocar-se paralelamente aos cetáceos, em velocidade constante e a mais de 50 m de distância (100 m se houver crias)

Proibido fazer ruído

A observação não pode exceder os 30 minutos

No local não poderão existir em simultâneo mais de 3 embarcações

(…)

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50 m - Limite de aproximação a cetáceos

100 m - Limite de aproximação a baleias na presença de crias

300 m - Limite de aproximação a golfinhos para 3 ou mais embarcações

600 m – Zona de aproximação. Limite de aproximação a baleias para 3 ou mais embarcações