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IV Encontro Ibérico Atmosferas Perigosas 1 Atmosferas Atmosferas Perigosas Perigosas

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 1

Atmosferas Atmosferas

PerigosasPerigosas

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INTRODUÇÃO

• Actualmente reconhece-se que a avaliação de riscos é a base para uma gestão

activa da segurança e saúde no trabalho. De facto a Lei nº 102/2009 (Regime

Jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho), estabelece como uma

obrigação do empregador:

– “Identificação dos riscos previsíveis em todas as actividades da empresa,

estabelecimento ou serviço, … , com vista à eliminação dos mesmos ou, quando

esta seja inviável, à redução dos seus efeitos;

– Integração da avaliação dos riscos para a segurança e a saúde do trabalhador no

conjunto das actividades da empresa, estabelecimento ou serviço, devendo

adoptar as medidas adequadas de protecção;

– Combate aos riscos na origem, por forma a eliminar ou reduzir a exposição e

aumentar os níveis de protecção;”

• A Directiva ATEX (DL Nº 236/2003) exige a realização de uma avaliação de

riscos, em concreto para a exposição de trabalhadores ao risco de exposição a

atmosferas explosivas.

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EXEMPLOS DE RISCOS DE EXPLOSÃO EM DIVERSOS SECTORES

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EXEMPLOS DE RISCOS DE EXPLOSÃO EM DIVERSOS SECTORES

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GESTÃO DO RISCOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS NOS LOCAIS DE TRABALHO

• Identificação de Perigos

– Identificação de Substâncias

– Identificação de Fontes de Fuga e actividades perigosas

– Identificação de Fontes de Ignição

• Estimativa de risco (probabilidade e consequências)

– Classificação de Áreas Perigosas

• Avaliação do risco

– Definição de critérios de Aceitabilidade

• Implementação de Medidas de Protecção

– Medidas Técnicas

– Medidas Organizativas

– Sinalização dos locais de Trabalho

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IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

• As Técnicas de Identificação de Perigos por AtmosferasExplosivas têm como objectivo:

• Obter resposta às Perguntas:

– Existe uma fonte de danos? (possível ATEX, possível ponto deignição..)

– Quem ou o quê pode sofrer dano? (pessoas, instalações...)

– Como pode ocorrer o dano? (avaria, manutenção...)

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IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

• A ocorrência de uma explosão, por uma Atmosfera Explosivadepende dos seguintes elementos:

• Comburentes

• Substância Inflamável

• Concentração da mistura

• Fonte de Ignição

• Propagação ou velocidade da reacção

Substância

inflamável

(concentração)

Comburente

Fonte de Ignição

(energia de activação)

Velocidade da

reacção

EXPLOSÃO

ATEX

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• O processo de Identificação de Perigos de explosão pode realizar-se

de acordo com o seguinte esquema:

– Identificação de substâncias potencialmente formadoras de atmosferas

explosivas e locais onde se encontram:

» Determinação das suas características físico-químicas e respectivas

condições de armazenagem, trasfega e manipulação;

– Identificação das causas que podem dar origem a acidentes:

» Identificação de equipamentos ou actividades especificas que supõem

uma fonte de fuga de gases / vapores inflamáveis ou poeiras

combustíveis;

» Identificação de potenciais fontes de ignição;

– Identificação de condições que podem ocasionar um acidente e as

consequências para os trabalhadores.

IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

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FONTES DE RISCO DE ACIDENTE, QUE PODEM GERAR ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

• Alguns exemplos de Fontes de Perigo de AtmosferasExplosivas:

– Equipamentos de Armazenagem

» Reservatórios atmosféricos líquidos inflamáveis, Silos de armazenagem de poeiras

combustíveis

– Equipamentos de processo

– Linhas de transporte (tubagem, pipelines)

– Equipamentos de impulsão (bombas, compressores)

– Zonas de carga e descarga

» Equipamentos de Enchimento de Substâncias Inflamáveis

» Tremonhas

– Equipamentos de filtragem e Separação de Poeiras

» Ciclones e Filtros de Mangas

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IDENTIFICAÇÃO DAS ACTIVIDADES ESPECIFICAS QUE SUPÕEM UMA FONTE DE GASES INFLAMÁVEIS

• Exemplos de Actividades frequentes:

– Medição de nível e controlo de teor de água nos reservatórios de

combustíveis.

– Operações de Descarga de solvente e produtos químicos, realizada através

de ligação de mangueira flexível para o interior de cubas ou recipientes

abertos, podendo originar derrames e libertar vapores inflamáveis.

– Actividades que envolvam manuseamento de substâncias perigosas em

recipientes abertos ou com abertura frequente.

– Operações de pintura de automóveis. Operações de pintura onde se

efectuam aplicações de tintas de solventes.

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IDENTIFICAÇÃO DAS ACTIVIDADES ESPECIFICAS QUE SUPÕEM UMA FONTE DE IGNIÇÃO

• Os Trabalhos de Manutenção ou Construção Civil podem originar fontes de

ignição de atmosferas explosivas por:

– Projecção de materiais (partículas incandescentes)

– Presença de partículas incandescentes /metal fundido

– Contacto com superfícies, materiais ou substâncias a temperaturas elevadas

– Emissão de radiações UV resultantes da soldadura por arco voltaico

– Manuseamento inadequado de chamas nuas de maçaricos

– Utilização de ferramentas e equipamentos não adequados a Zonas Perigosas

com Risco de Explosão (Equipamentos Anti-deflagrantes)

– Contacto com correntes elevadas (eléctrodos)

– Presença de fumadores em Zonas Perigosas com Risco de Explosão

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Para cada situação de perigo de explosão identificada deve estimar-se o

risco, determinando a capacidade de causar danos e a probabilidade de

ocorrência do incidente

FREQUÊNCIA X SEVERIDADE

Severidade (consequências) (proporção dos efeitos previsíveis)

Classificação de zonas (probabilidade de formação)

Probabilidade de presença de ponto de igniçãoFrequência

ESTIMATIVA DE RISCO (FREQUÊNCIA X SEVERIDADE)

METODOLOGIA GERAL DE AVALIAÇÃO DE RISCOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 13

PROBABILIDADE (Frequência).

Classificação de zonas, presença ATEX

Classificam-se em função da frequência com que se produza aatmosfera e a sua duração.

Classificação conforme:

a norma EN 60079-10:1997 e IP-04 para atmosfera de líquidos egases

a norma EN 202004-3:2003 para poeiras

As áreas com risco classificam-se em:

0, 1 , 2 para gases / vapores inflamáveis

20, 21 , 22 para poeiras combustíveis

METODOLOGIA GERAL DE AVALIAÇÃO DE RISCOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 14

CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS NAS QUAIS SE PODEM FORMAR ATMOSFERAS

EXPLOSIVAS

Zona 0Área de trabalho onde existe de modo permanente, ou por um período de tempo

prolongado, ou com frequência uma atmosfera explosiva, constituída por uma

mistura com o ar de substâncias inflamáveis em forma de gás, vapor ou névoa.

Zona 1Área de trabalho onde é provável, em condições normais de funcionamento, a

formação ocasional de uma atmosfera explosiva, constituída por uma mistura com

o ar de substâncias inflamáveis em forma de gás, vapor ou névoa.

Zona 2Área de trabalho onde não é provável, em condições normais de funcionamento, a

formação ocasional de uma atmosfera explosiva, constituída por uma mistura com

o ar de substâncias inflamáveis em forma de gás, vapor ou névoa, ou onde essa

formação, caso se verifique, seja de curta duração.

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS PERIGOSASLÍQUIDOS/VAPORES

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 15

• Factores que determinam o Tipo de Zona:

– GRAU DA FONTE DE FUGA

» CONTÍNUO

» PRIMÁRIO

» SECUNDÁRIO

» GRAU MÚLTIPLO

– VENTILAÇÃO

» NATURAL

» ARTIFICIAL

» ARTIFICIAL LOCAL

» NÃO VENTILADAS

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS PERIGOSASLÍQUIDOS/VAPORES

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 16

• GRAU DA FONTE DE FUGA

–– CONTINUOCONTINUO:: FUGA CONTÍNUA, OU EM LONGOS PERÍODOS OU CURTOSPERÍODOS MAS FREQUENTEMENTE.

• SUPERFÍCIE DE LÍQUIDO INFLAMÁVEL TANQUE TECTO FIXO SEM GÁS INERTE.

• SUPERFÍCIE DE LÍQUIDO INFLAMÁVEL ABERTO À ATMOSFERA.

–– PRIMÁRIOPRIMÁRIO:: FUGA PERIÓDICA E OCASIONAL DURANTE OFUNCIONAMENTO NORMAL.

• EQUIPAMENTO S ONDE SÃO PREVISÍVEIS FUGAS NO SEU FUNCIONAMENTO NORMAL

• RECOLHA DE AMOSTRAS QUE PODEM LIBERTAR SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS EMCONDIÇÕES NORMAIS

–– SECUNDÁRIOSECUNDÁRIO:: NÃO SE PREVÊEM FUGAS EM FUNCIONAMENTONORMAL, OU POUCO FREQUENTE EM CURTOS PERÍODOS DE TEMPO.

• SELOS DE BOMBAS, COMPRESSORES E VÁLVULAS, JUNTAS, UNIÕES E ACESSÓRIOS DETUBAGENS.

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS PERIGOSASLÍQUIDOS/VAPORES

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 17

• GRAU DE VENTILAÇÃOGRAU DE VENTILAÇÃO

–– AltaAlta (Forte)(Forte)

» Capaz de reduzir de forma quase instantânea a concentração nafonte de fuga, obtendo-se concentrações inferiores ao limiteinferior de explosividade.

–– MédiaMédia

» Capaz de controlar a dispersão, mantendo uma situação estável,onde a concentração mais alta de uma zona confinada é inferiorao LIE enquanto a fuga persiste, e quando esta cessa, aatmosfera não dura por um período excessivo.

–– BaixaBaixa (Débil)(Débil)

» Não é capaz de controlar a concentração enquanto a fuga seefectua e/ou quando esta cessa é incapaz de evitar apermanência de uma atmosfera explosiva.

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS PERIGOSASLÍQUIDOS/VAPORES

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• DISPONIBILIDADEDISPONIBILIDADE DADA VENTILAÇÃOVENTILAÇÃO

–– MuitoMuito boaboa

» A ventilação existe de forma praticamente permanente e éindependente de falhas de energia.

–– BoaBoa

» Espera-se que exista durante o funcionamento normal dainstalação. Pode existir interrupções pouco frequentes e decurta duração.

–– MedíocreMedíocre

» Não cumpre as condições dos casos anteriores, mas não seespera que haja interrupções prolongadas.

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS PERIGOSASLÍQUIDOS/VAPORES

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INFLUÊNCIAINFLUÊNCIA DADA VENTILAÇÃOVENTILAÇÃO NONO TIPOTIPO DEDE ZONAZONA

Ventilação

Grau de

Fuga

Grau

Alto Medio Baixo

Disponibilidade

Muito Boa Boa Medíocre Muito Boa Boa Medíocre

Muito Boa,

Boa ou

Medíocre

Contínuo (Zona 0 ED)

Não perigosa

(Zona 0 ED)

Zona 2

(Zona 0 ED)

Zona 1

Zona 0 Zona 0

+

Zona 2

Zona 0

+

Zona 1

Zona 0

Primário (Zona 1 ED)

Não perigosa

(Zona 1 ED)

Zona 2

(Zona 1 ED)

Zona 2

Zona 1 Zona 1

+

Zona 2

Zona 1

+

Zona 2

Zona 1

ou

Zona 0

Secundário (Zona 2 ED)

Não perigosa

(Zona 2 ED)

Não perigosa

Zona 2 Zona 2 Zona 2 Zona 2 Zona 1

ou

Zona 2

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS PERIGOSASLÍQUIDOS/VAPORES

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CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS NAS QUAIS SE PODEM FORMAR ATMOSFERAS

EXPLOSIVAS

Zona 20Área de trabalho onde existe de modo permanente, ou por um período de tempo

prolongado, ou com frequência uma atmosfera explosiva, sob a forma de uma

nuvem de poeira combustível.

Zona 21Área de trabalho onde é provável, em condições normais de funcionamento, a

formação ocasional de uma atmosfera explosiva, sob a forma de uma nuvem de

poeira combustível.

Zona 22Área de trabalho onde não é provável, em condições normais de funcionamento, a

formação ocasional de uma atmosfera explosiva, sob a forma de uma nuvem de

poeira combustível, ou onde essa formação, caso se verifique, seja de curta

duração.

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS PERIGOSASPOEIRAS COMBUSTÍVEIS

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CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS PERIGOSASPOEIRAS COMBUSTÍVEIS

• A Norma EN 202004-3:2003 utiliza conceitos similares aos dos gases /

vapores, com as seguintes salvaguardas:

Os pós combustíveis não devem ser evacuados necessariamente por

ventilação uma vez que a emissão cessa, o que tem implicações na

classificação.

As nuvens de pó com o tempo podem dar lugar à formação de camadas de

pó espessas. Os movimentos rápidos de ar podem dar lugar então a

misturas explosivas de pó/ar.

A perturbação de um depósito de pó em combustão pode incendiar uma

nuvem de pó.

• A dificuldade de estimar dispersão de pó e a perturbação das camadas faz

com que esta norma seja mais qualitativa ao determinar a extensão das

áreas classificadas

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 22

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS PERIGOSASPOEIRAS COMBUSTÍVEIS

• IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE FUGA

– Deve ter-se em conta o seguinte:

Analisar em separado o interior e exterior dos equipamentos

Pressões utilizadas (em relação à da zona da fuga, positiva ounegativa)

Condutas flexíveis apresentam mais fugas que metálicas fixas

Parâmetros do processo (vel. de transporte, vel. de extracção, alturaqueda…)

Tamanho e humidade da partícula

• Depois de ser conhecido o potencial de fugas de pó no processo, é

possível identificar-se as diversas áreas e as fontes de fuga

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 23

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS PERIGOSASPOEIRAS COMBUSTÍVEIS

• PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE FONTES DE FUGA

– A etapa seguinte à identificação é analisar a frequência e duração

das possíveis fugas de pó.

– As fontes de emissão devem classificar-se nos seguintes graus, em

função da probabilidade decrescente:

Formação contínua de uma nuvem de pó

Grau de emissão primária

Grau de emissão secundária

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 24

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS PERIGOSASPOEIRAS COMBUSTÍVEIS

• PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE FONTES DE FUGA

– Formação contínua de uma nuvem de pó

» Locais nos quais pode existir uma nuvem de pó de forma contínua ou

pode prever-se a sua presença durante longos períodos ou durante

curtos períodos que se repetem frequentemente.

– Grau de emissão primária

» Uma fonte que pode prever-se que tenha emissões periódicas ou

ocasionais, durante o funcionamento normal.

– Grau de emissão secundária

» Uma fonte que não se prevê que tenha emissões durante o

funcionamento normal e, se tem emissões, é susceptível de fazê-lo de

forma pouco frequente e durante curtos períodos.

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 25

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS PERIGOSASPOEIRAS COMBUSTÍVEIS

• DESIGNAÇÃO DAS ZONAS

» Segundo a probabilidade de formação de misturas potencialmente

explosivas de pó/ar e de camadas de pó potencialmente perigosas,

as zonas designam-se segundo a seguinte tabela:

Grau da

fonte

Nuvens

de pó

Camadas de pó de espessura controlável

Perturbações

frequentes

Perturbações ocasionais

Contínua

Primária

Secundária

20

21

22

21

21

21

22

22

22

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FREQUÊNCIA. Classificação Global de um acidente com Explosão

A frequência de que ocorra uma explosão, é a combinação da

probabilidade da formação de uma Atmosfera Explosiva, na presença de

uma Fonte de Ignição.

Será graduada de acordo a experiência da organização, e com os critérios

por ela definidos. Por exemplo:

Frequente:É provável que ocorra frequentemente. Avaliado por

Experiências reiteradas.

Provável: Ocorre várias vezes. Pode ocorrer frequentemente.

Ocasional: É provável que ocorra alguma vez.

Remota:Improvável, embora seja possível que ocorra alguma vez.

Improvável mas pode ocorrer.

Improvável:O dano ocorrerá raras vezes, pode-se assumir que não vai

ocorrer.

METODOLOGIA GERAL DE AVALIAÇÃO DE RISCOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

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• EFEITOS DAS EXPLOSÕES

- EFEITOS TÉRMICOS

Superficiais

Pulmonares

- EFEITOS TÓXICOS-ASFIXIANTES

- EFEITOS MECÂNICOS

Primários (tímpano, lesões pulmonares, ...)

Secundários (desmembramento do corpo)

Terciários (destruição de estruturas e projectéis)

METODOLOGIA GERAL DE AVALIAÇÃO DE RISCOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 28

• CONSEQUÊNCIAS (Severidade do Dano)

A Severidade do Dano pode ser considerada em função das partes do corpo que

possam ser afectadas e da natureza do dano, graduando-se desde insignificante a

grave, de acordo com os critérios da organização. Exemplo:

Insignificante:

Lesões ou perdas em equipamentos, pouco significativas, ou seja, danos

superficiais (p.e. cortes e pequenas contusões, queimaduras de primeiro grau,

irritação dos olhos por poeiras, etc.), mau estar e irritação (p.e. dor de

cabeça, desconforto, etc.).

Menor:

Lesões moderadas ou perdas leves em equipamentos, ou seja, Lacerações,

queimaduras localizadas, comoções, torções importantes, fracturas menores,

surdez temporária, dermatites, asma, lesões músculo-esqueléticos, doenças

que conduzam a uma incapacidade menor, etc.

Maior:

Lesões graves, doenças profissionais ou perdas consideráveis de equipamentos,

ou seja, amputações, fracturas maiores, intoxicações, queimaduras

importantes, lesões múltiplas, lesões fatais, cancro e outras doenças clínicas

que prejudiquem severamente a saúde, etc.

Grave: Morte.

METODOLOGIA GERAL DE AVALIAÇÃO DE RISCOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

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Matriz de estimativa de risco (FREQUÊNCIA X SEVERIDADE)

Severidade

Grave

(G)

Maior

(M)

Menor

(m)

Insignificante

(I)

Fre

quência

Frequente (F) I I Im M

Provável (P) I Im M M

Ocasional (O) Im M M To

Remoto (R) M M To Tr

Improvável (I) M To Tr Tr

METODOLOGIA GERAL DE AVALIAÇÃO DE RISCOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

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• Definição e Implementação de MEDIDAS TÉCNICAS DE

PROTECÇÃO CONTRA EXPLOSÕES

- Em função das Fontes de Perigo e Nível de Risco, com o

Objectivo de:

Prevenir a formação de Atmosferas Explosivas perigosas

Prevenção da presença de fontes de ignição

Limitação dos efeitos das explosões (protecção através de

construção resistente, desvio de efeitos da explosão, etc.)

Aplicação de sistemas de controlo de processos

Definição de requisitos para os equipamentos de trabalho

GESTÃO DO RISCOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS NOS LOCAIS DE TRABALHO

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 31

• Definição e Implementação de MEDIDAS ORGANIZATIVAS

- Formação e informação dos trabalhadores

- O empregador deverá proporcionar ao pessoal que trabalha em áreas onde

se podem formar atmosferas explosivas, uma formação e informação

adequadas e suficientes sobre protecção em caso de explosões

– Instruções por escrito e autorizações de trabalho

– O trabalho nas áreas de risco será realizado segundo instruções por escrito

proporcionadas pelo empregador.

– Dever de coordenação

– Adoptar as medidas que sejam necessárias para a protecção da saúde e

segurança dos seus trabalhadores, incluindo medidas de cooperação e

coordenação

GESTÃO DO RISCOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS NOS LOCAIS DE TRABALHO

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IV Encontro Ibérico – Atmosferas Perigosas 32

Sinalização de Zonas Perigosas

– aplicação de sinal apropriado nos acessos a zonas onde possa existir

uma Atmosfera Explosiva

- Se as zonas classificadas são muito localizadas ou pontuais, a

sinalização colocar-se-á em sítios visíveis dos recipientes, tubagens ou

equipamentos.

GESTÃO DO RISCOS DE ATMOSFERAS EXPLOSIVAS NOS LOCAIS DE TRABALHO