7154947 Manual de Rotinas Em CCIH

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  NORMAS EM CONTROLE DE INFECÇÕES HOSPITALARES Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH Teresina 2003

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NORMAS EM CONTROLE DE INFECES HOSPITALARESComisso de Controle de Infeco Hospitalar - CCIH

Teresina 2003

INTRODUOTransportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha. (Confcio)

O exerccio do controle de infeces hospitalares uma manifestao da excelncia de um servio, sendo esta diretamente proporcional ao nvel de qualidade do citado controle. Conseqentemente, uma instituio que zela pelo controle das infeces hospitalares oferece um servio de melhor padro aos seus usurios. Este manual o resultado de uma iniciativa da Fundao Municipal de Sade em implantar o Programa de Controle de Infeces Hospitalares em seus Estabelecimentos de Sade. O manual intitula-se Normas em Controle de Infeces Hospitalares e resume o que os componentes da Comisso de Controle de Infeces Hospitalares da Fundao Municipal de Sade (CCIH-FMS) puderam compilar tendo como referncias livros, portarias, guias, manuais e demais publicaes sobre o assunto. Houve o cuidado, como pode ser percebido nas bibliografias consultadas, em consultar-se material cientfico publicado por instituies de grande credibilidade e em utilizar-se das publicaes mais atuais possveis. O controle das infeces hospitalares , em primeira instncia, realizado no dia-a-dia de trabalho de cada profissional, cabendo CCIH o trabalho de educar de forma continuada e estruturar de forma organizacional este controle. A CCIH-FMS tem como objetivo, com esta compilao, oferecer aos administradores hospitalares e profissionais de sade um guia prtico, confivel e de consulta rpida, possibilitando-os implantao de normas mundialmente recomendadas em seus servios.

Comisso de Controle de Infeco Hospitalar Fundao Municipal de SadeDr. Kelson Nobre Veras Mdico Infectologista Mestre em Doenas Infecciosas Dr. Francisco Eugnio Deusdar de Alexandria Mdico Infectologista Dra. Ana Luiza Eullio Dantas Farmacutica Bioqumica

NDICEINFECO HOSPITALAR __________________________________________________________1 HIGIENIZAO HOSPITALAR______________________________________________________4 LIXO HOSPITALAR ________________________________________________________________7 ESTERILIZAO E DESINFECO ________________________________________________13 LAVANDERIA HOSPITALAR_______________________________________________________22 NORMAS DE HIGIENE ALIMENTAR PARA O SETOR DE NUTRIO E DIETTICA ____27 ACIDENTES OCUPACIONAIS COM FLUIDOS ORGNICOS___________________________34 PREVENO DE PNEUMONIA NOSOCOMIAL ______________________________________40 PREVENO DE INFECES DO TRATO URINRIO ________________________________43 PREVENO DA INFECO DA FERIDA CIRRGICA _______________________________47 PREVENO DAS INFECES ASSOCIADAS A CATETERES INTRAVASCULARES ____53 PREVENO DE INFECES HOSPITALARES NEONATAIS _________________________57 PRECAUES PARA O CONTROLE DE INFECES NO SERVIO DE ODONTOLOGIA_60 PRECAUES E ISOLAMENTO DE PACIENTES COM DOENAS INFECTOCONTAGIOSAS ___________________________________________________________________64 PADRONIZAO DE SOLUES ANTISSPTICAS __________________________________68 NORMAS PARA REALIZAO DE CURATIVOS _____________________________________70 NORMAS PARA COLETA DE MATERIAIS PARA CULTURA __________________________73 HIGIENIZAO DA CAIXA DGUA________________________________________________77 ANEXOS _________________________________________________________________________78 FICHA DE NOTIFICAO E ACOMPANHAMENTO DE ACIDENTES OCUPACIONAIS _____79 FICHA DE NOTIFICAO DE USO DE ANTIBITICOS ________________________________81 NOTIFICAO DE INFECES COMUNITRIAS E HOSPITALARES____________________81 NOTIFICAO DE INFECES DE STIO CIRRGICO ________________________________83 NOTIFICAO DE PROCEDIMENTOS DE RISCO _____________________________________84 ROTEIRO DE INSPEO DE ARQUITETURA HOSPITALAR____________________________85 ROTEIRO DE INSPEO DO SETOR DE LIMPEZA HOSPITALAR _______________________89 ROTEIRO DE INSPEO DO SETOR DE LAVANDERIA HOSPITALAR ___________________92 ROTEIRO DE INSPEO DA CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO _________________94 ROTEIRO DE INSPEO DO SETOR DE NUTRIO E DIETTICA ______________________96 ROTEIRO DE INSPEO DO SETOR DE NEONATOLOGIA _____________________________99 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ___________________________________________________101

Normas em Controle de Infeces Hospitalares CCIH/FMS

INFECO HOSPITALARDEFINIO Infeco comunitria. a infeco constatada ou em incubao no ato de admisso do paciente, desde que no relacionada com internao anterior no mesmo hospital. So tambm comunitrias: 1. As infeces associadas a complicaes ou extenso da infeco j presente na admisso, a menos que haja troca de microrganismo ou sinais ou sintomas fortemente sugestivo da aquisio de nova infeco. 2. Infeco em recm-nascido, cuja aquisio por via transplacentria conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo aps o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose, rubola, citomegalovirose, sfilis e AIDS). Adicionalmente, so tambm consideradas comunitrias todas as infeces de recm-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 horas. Infeco Hospitalar. qualquer infeco adquirida aps a internao do paciente e que se manifesta durante a internao ou mesmo aps a alta, quando puder ser relacionada com a internao ou procedimentos hospitalares. Usa-se como critrios gerais: 1. Quando na mesma topografia em que foi diagnosticada infeco comunitria for isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condies clnicas do paciente, o caso dever ser considerado como hospitalar. 2. Quando se desconhecer o perodo de incubao do microrganismo e no houver evidncia clnica e/ou dado laboratorial de infeco no momento da admisso, considera-se infeco hospitalar toda manifestao clnica de infeco que se apresentar 72 horas aps a admisso. Tambm so consideradas hospitalares aquelas infeces manifestadas antes de se completar 72 horas da internao, quando associadas a procedimentos invasivos diagnsticos e/ou teraputicos, realizados previamente. 3. As infeces no recm-nascido so hospitalares, com exceo das transmitidas de forma transplacentria e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 horas. Nem todas as infeces diagnosticadas aps a admisso so hospitalares. As doenas podem ainda estar no seu perodo de incubao no momento da internao. Para se classificar uma infeco adquirida aps a admisso, deve-se correlacionar o tempo de hospitalizao com o de incubao. considerada hospitalar se o tempo de hospitalizao do paciente superar a durao mnima do perodo de incubao. Exemplo: O perodo de incubao da varicela varia entre 15 a 21 dias; assim, se identificarmos uma varicela no 16o dia de internao de um paciente, ela ser considerada hospitalar. Entretanto, aps a alta do paciente, considera-se infeco hospitalar se a infeco for detectada at o valor mximo do perodo de incubao. Exemplo: Uma varicela detectada 21 dias aps a alta hospitalar considerada como infeco hospitalar, pois a mesma poderia ter sido contrada no hospital e ainda estar em incubao at o momento do diagnstico. As infeces que se manifestam at 72 horas aps a alta do paciente so consideradas hospitalares quando seu perodo de incubao no for conhecido. Estas convenes foram estabelecidas para aumentar ao mximo a sensibilidade da deteco das infeces hospitalares. Para as infeces que no tm perodo de incubao conhecido, como as infeces urinrias e pneumonias, considera-se, como expresso acima, como infeco hospitalar, aquela diagnosticada 72 horas aps a internao do paciente. Os critrios para o diagnstico das infeces hospitalares no paciente submetido a um procedimento invasivo no hospital, na mesma topografia da infeco, so os seguintes infeco urinria que se desenvolve aps cateterismo vesical pode ser classificada como hospitalar antes de decorridos 72 horas da internao; infeco urinria que se manifesta at 7 dias aps a retirada de sonda vesical; infeco de stio cirrgico que se manifesta at 30 dias aps o procedimento e at 1 ano aps o mesmo quando h implante de prtese; para os demais procedimentos, incluindo a ventilao mecnica e os cateteres vasculares, o prazo de 72 horas aps a retirada do procedimento.

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Nas transferncias entre unidades diferentes do mesmo hospital, utiliza-se o perodo de 72 horas para definir a unidade a qual ser atribuda a infeco. Ou seja, a infeco ser atribuda nova unidade para a qual o paciente foi transferido somente se o diagnstico for efetuado aps 72 horas de transferncia, caso contrrio a infeco ser creditada unidade anterior. Se o paciente submetido a procedimento invasivo, exceto cirurgia, e depois transferido para outra unidade do hospital, os critrios so: quando transferido sem o procedimento, considera-se o intervalo de 7 dias aps a retirada da sonda vesical para o diagnstico de infeco urinria para atribu-la unidade que realizou o procedimento; aps 7 dias de retirada da sonda vesical, a infeco no ser correlacionada ao procedimento e ser atribuda nova unidade; no caso de ventilao mecnica e cateteres intravasculares, o prazo mantido em 72 horas; quando o paciente transferido ainda com o procedimento, a infeco creditada unidade em que for identificada, pois a continuidade da instrumentao torna sem valor a incubao de 72 horas. TIPOS DE INFECO HOSPITALAR. As infeces hospitalares mais comuns so: Infeco urinria Infeco da ferida operatria Pneumonia hospitalar Infeco de pele e partes moles MEDIDAS GERAIS DE CONTROLE DAS INFECES HOSPITALARES Lavar sempre as mos Aps qualquer trabalho de limpeza Ao verificar sujeira visvel nas mos Antes e aps utilizar o banheiro Aps tossir, espirrar ou assoar o nariz Antes e aps atender o paciente Antes e aps o trmino do dia de trabalho No sentar no leito do paciente (pode-se carregar germes para casa ou deixar germes no leito do doente) Manter os cabelos compridos presos durante o manuseio do doente (em reas crticas usar gorros) Manter o avental sempre abotoado Evitar o uso de jias ao realizar procedimentos; elas so possveis fontes de germes Seguir corretamente as normas tcnicas na realizao de qualquer procedimento Ter boa higiene pessoal

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TRANSMISSO DE INFECES As principais formas de transmisso das infeces no hospital so: Atravs das mos: caso no lavemos com freqncia as mos, os germes aderem-se s nossas mos medida em que tocamos nas diversas superfcies do hospital; nas nossas mos os germes pegam uma carona e podem ser levados diretamente ao paciente ou para suas roupas e objetos pessoais e da para o paciente. Atravs das secrees orgnicas: o sangue, a urina, as fezes, os vmitos e todas as secrees dos pacientes podem conter germes e acidentes com estas secrees ou com equipamentos contaminados com estas podem transmitir doenas. PREVENO DE EXPOSIO ACIDENTAL A SANGUE E OUTROS FLUIDOS Durante seu trabalho, o profissional de sade pode se contaminar acidentalmente com germes do paciente devido a exposio a sangue e outros fluidos orgnicos do mesmo. As ocorrncias mais comuns so as perfuraes com objetos pontiagudos contaminados (agulhas, bisturis, etc.) ou contaminao da pele ou de mucosas com estes fluidos orgnicos Dentre os germes, os que oferecem maior perigo so os vrus da hepatite B, vrus da hepatite C e vrus da imunodeficincia humana (HIV) NO ADIANTA TER CUIDADO APENAS COM PACIENTES QUE SABIDAMENTE TM ESTAS DOENAS. A MAIORIA DOS PACIENTES INFECTADOS COM ESTES VRUS NO APRESENTAM SINTOMAS INICIALMENTE E PODEM TRANSMITIR ESTAS INFECES

PRECAUES UNIVERSAIS: 1. Lavagem das mos sempre que houver contato da pele com sangue e secrees de qualquer paciente 2. Usar luvas ao manipular sangue e/ou secrees e sempre que houver possibilidade de contato com matria orgnica 3. Lavar as mos aps retirar as luvas (mesmo luvas de primeiro uso podem apresentar microfuros que permitem a passagem dos germes) 4. Usar avental no ambiente de trabalho (para no levar germes do hospital para casa nas suas roupas); se estiver sendo manipulada grande quantidade de sangue ou outros lquidos corporais, deve-se usar avental impermevel 5. No reencapar, dobrar ou quebrar agulhas utilizadas 6. Desprezar agulhas, lminas e outros materiais perfurocortantes em depsito de paredes rgidas adequados; preencher estes recipientes somente at linha demarcatria para que permitam seu fechamento adequado, sem riscos de acidentes 7. Usar mscara quando houver risco de contaminao da mucosa oral e nasal com respingos de sangue ou outras secrees 8. Realizar a limpeza, desinfeco e esterilizao adequada de materiais e do ambiente

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HIGIENIZAO HOSPITALAR

REAS HOSPITALARES O hospital dividido em trs reas, cada uma com caractersticas distintas e com um tipo de limpeza e material adequado a cada uma. 1. rea Crtica So aquelas que apresentam maior risco de transmisso de infeces devido realizao de procedimentos invasivos, pela presena de pacientes com falhas em seus mecanismos de defesa imunolgica ou devido facilidade para transmisso de infeces. UTI Centro cirrgico Sala de parto Berrio de alto risco Unidade de queimados Hemodilise Isolamentos Laboratrios de patologia Cozinhas Lactrios Lavanderia Central de Material Esterilizado 2. rea Semicrtica So aquelas onde se encontram pacientes, mas o risco de adquirir infeces menor. Enfermarias Ambulatrios Banheiros de pacientes 3. rea No-Crtica So todos os setores do hospital onde no h pacientes e, portanto, no h risco de transmisso de infeces. Almoxarifado Escritrios Secretaria Servios administrativos Farmcia Refeitrios Auditrios DEFINIES DE LIMPEZA E DESINFECO LIMPEZA a remoo de toda sujeira local. DESINFECO a remoo de agentes infecciosos de uma superfcie e deve ser realizada sempre que ocorrer a contaminao por matria orgnica (sangue, urina, pus, fezes, vmitos, etc.). LIMPEZA CONCORRENTE aquela realizada, de forma geral, diariamente, e inclui a limpeza de pisos, instalaes sanitrias, superfcies de equipamentos e mobilirios, esvaziamento e troca de recipientes de lixo, de roupas e arrumao em geral. 4

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LIMPEZA IMEDIATA Trata-se da limpeza que realizada quando ocorre sujidade aps a limpeza concorrente em reas crticas e semicrticas, em qualquer perodo do dia, quando observada atravs de vistoria contnua ou de solicitao. Tal sujidade refere-se, principalmente, quela de origem orgnica, com risco de contaminao de pacientes ou funcionrios. Essa limpeza limita-se remoo imediata dessa sujidade do local onde ela ocorreu e sua adequada dispensao; a tcnica utilizada depender do tipo de sujidade e de seu risco de contaminao. LIMPEZA DE MANUTENO Limita-se principalmente ao piso, banheiros e esvaziamento de lixo, em locais de grande fluxo de pessoal e de procedimentos, sendo realizada nos trs perodos do dia (manh, tarde e noite), conforme a necessidade, atravs de rotina e de vistoria contnua. Exemplos onde esse tipo de limpeza ocorre com freqncia so o pronto-socorro e o ambulatrio, devido alta rotatividade de atendimento. LIMPEZA TERMINAL Trata-se de uma limpeza mais completa, abrangendo pisos, paredes, equipamentos, mobilirios, inclusive camas, macas e colches, janelas, vidros, portas, peitoris, varandas, grades do arcondicionado, luminrias, teto, etc. A limpeza terminal da unidade de um paciente internado dever ser realizada logo aps a alta, transferncia ou bito do paciente. A limpeza terminal do centro cirrgico realizada diariamente, aps a programao de cirurgias do dia.

PRODUTOS UTILIZADOS NA LIMPEZA/DESINFECO AMBIENTAL Produto Soluo de lquido neutro detergente Indicao Limpeza para sujidades remoo de Como Varredura mida

Hipoclorito de sdio a 1%

Desinfeco de superfcies nometlicas contaminadas com matria orgnica Desinfeco metlicas de superfcies

Deixar atuar por 10 minutos. Retirar o excesso com pano mido.

lcool a 70%

Frico e secagem espontnea por trs vezes consecutivas.

Limpeza de Pisos Utilizar dois baldes durante a limpeza: um com gua pura um com soluo de detergente neutro Retirar os detritos soltos com pano mido e limpo, colocado em volta de um rodo. Limpar o local a ser lavado com a soluo de gua e detergente. Remover a soluo suja com o rodo. Passar o rodo com pano mido, embebido em gua limpa para enxagar bem o cho. Repetir o processo at que o pano fique bem limpo. Mudar a gua pura sempre que necessrio. Passar um pano seco enrolado no rodo para secar bem o cho. Limpar e guardar o equipamento.

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Desinfeco de Baixo Nvel de Superfcies Segundo o Ministrio da Sade (Portaria 930/92), as superfcies, mesmo de reas crticas e semicrticas, no representam risco significativo de transmisso de infeces. Portanto, em situaes normais, o procedimento a ser realizado nessas superfcies consiste apenas na limpeza conforme explicado acima, porm com tcnica rigorosa para garantir a retirada mecnica de sujidades, a reduo da populao microbiana no ambiente e evitar a veiculao dos microrganismos porventura existentes. Excees a esta regra incluem banheiros, laboratrio, posto de enfermagem e a rea de recepo de material e expurgo da Central de Material Esterilizado, da lavanderia, do lactrio e da cozinha. Nestes locais pias, sanitrios, bancadas e pisos, aps cada procedimento de limpeza, devem ser descontaminados com hipoclorito de sdio a 250 ppm ou lcool a 70o, no caso de superfcies metlicas. Hipoclorito de sdio a 250 ppm: 25 mL de hipoclorito a 1% em 975 mL de gua. Desinfeco aps Contaminao de Superfcies com Matria Infectante Deve ser realizada sempre que houver contaminao de uma superfcie com matria orgnica potencialmente infectante. Com o uso de luvas, retirar o excesso da carga contaminante em papel absorvvel ou panos de limpeza. Desprezar o papel ou pano em saco plstico branco leitoso prprio para uso hospitalar. Aplicar sobre a rea, hipoclorito de sdio a 1% durante 10 minutos. Remover o desinfetante com pano molhado. Proceder limpeza de toda a rea com a soluo de detergente neutro. Secar bem a rea com pano limpo. Encaminhar o pano usado para secagem da rea para a lavanderia em saco plstico.

REGRAS BSICAS PARA LIMPEZA E DESINFECO 1. Usar o equipamento de proteo individual (EPI): uniformes, luvas e sapatos impermeveis. 2. LAVAR AS MOS ANTES E APS CADA TAREFA. FAA DA LAVAGEM DAS MOS UM HBITO. 3. As saboneteiras devem ser higienizadas cada vez que for feita a troca de sabo ou conforme a necessidade. 4. Iniciar a limpeza da rea menos contaminada para a mais contaminada. 5. Limpar em um nico sentido e em linhas paralelas, nunca em movimentos de vaivm. 6. Ao lavar os corredores, dividir o corredor ao meio, deixando uma rea livre para o trnsito de pessoal, enquanto se procede limpeza do outro. 7. No banheiro, lavar paredes, pias, balces, torneiras e piso e, por ltimo, o vaso sanitrio, onde ser desprezada toda a gua suja (contaminada). 8. Nunca toque uma maaneta de porta com a mo enluvada. Retire a luva para abrir a porta ou abra o trinco com o auxlio do cotovelo. 9. Todo material de limpeza (balde, panos, vassoura, etc.) dever ser limpo aps o uso e guardado em local apropriado (depsito de material de limpeza DML). 10. reas crticas devem ser limpas, no mnimo, duas vezes ao dia, alm de sempre que necessrio. 11. reas semicrticas devem ser limpas, no mnimo, uma vez ao dia, e sempre que necessrio. 12. Quando ocorrer contaminao de superfcies com matria orgnica (sangue, urina, fezes, pus, escarro, etc.): Usar o hipoclorito de sdio a 1% no caso de superfcies no-metlicas, ou lcool a 70% no caso de superfcies metlicas(camas, macas, comadre e papagaios, mesas, cadeiras, suporte de soro, telefones) A higienizao hospitalar feita, portanto, com gua e sabo, ficando as solues desinfetantes para uso somente quando h contaminao com matria orgnica. 12. Na limpeza terminal de apartamentos, enfermarias e salas cirrgicas, lavar colches, piso, paredes, teto, portas e janelas com detergente lquido neutro. Utilizar lcool a 70% na desinfeco das superfcies metlicas. Utilizar hipoclorito de sdio a 1% se houver contaminao com matria orgnica. 13. Iniciar a limpeza terminal pelo teto, depois as paredes e, por ltimo, o piso. 14. O instrumental e o material utilizado para a limpeza das reas crticas devem ser exclusivos para o setor. O funcionrio responsvel por estas reas deve permanecer no local de trabalho, no podendo abandonar o setor at o fim do expediente. 15. Todos os utenslios utilizados na limpeza das reas crticas devem sofrer limpeza aps o uso e permanecer no DML localizado no ambiente de trabalho.

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LIXO HOSPITALARINTRODUO de responsabilidade dos dirigentes dos estabelecimentos geradores de RSS: 1. A definio do Plano de Gerenciamento de Resduos de Servios de Sade PGRSS referente ao estabelecimento sob sua responsabilidade, obedecendo a critrios tcnicos, legislao ambiental e outras orientaes contidas neste Regulamento. Cpia do PGRSS deve estar disponvel para consulta sob solicitao da autoridade sanitria ou ambiental competente, dos funcionrios, dos pacientes e do pblico em geral. 2. Plano de Gerenciamento de Resduos de Servios de Sade o documento que aponta e descreve as aes relativas ao manejo dos resduos slidos, observadas suas caractersticas, no mbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes gerao, segregao, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinao final, bem como a proteo sade pblica. 3. Fazer constar nos termos de licitao e de contratao sobre os servios referentes ao tema desta Resoluo e seu Regulamento Tcnico, as exigncias de comprovao de capacitao e treinamento dos funcionrios das firmas prestadoras de servio de limpeza e conservao que pretendam atuar nos estabelecimentos de sade, bem como no transporte, tratamento e destinao final destes resduos.

TIPOS DE LIXO GRUPO A (POTENCIALMENTE INFECTANTES) - resduos com a possvel presena de agentes biolgicos que, por suas caractersticas de maior virulncia ou concentrao, podem apresentar risco de infeco. A1 - culturas e estoques de agentes infecciosos de laboratrios industriais e de pesquisa; resduos de fabricao de produtos biolgicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microorganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferncia, inoculao ou mistura de culturas; resduos de laboratrios de engenharia gentica. A2 bolsas contendo sangue ou hemocomponentes com volume residual superior a 50 ml; kits de afrese A3 peas anatmicas (tecidos, membros e rgos) do ser humano, que no tenham mais valor cientfico ou legal, e/ou quando no houver requisio prvia pelo paciente ou seus familiares; produto de fecundao sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centmetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que no tenham mais valor cientfico ou legal, e/ou quando no houver requisio prvia pela famlia; A4 carcaas, peas anatmicas e vsceras de animais provenientes de estabelecimentos de tratamento de sade animal, de universidades, de centros de experimentao, de unidades de controle de zoonoses e de outros similares, assim como camas desses animais e suas forraes. A5 todos os resduos provenientes de paciente que contenham ou sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco IV, que apresentem relevncia epidemiolgica e risco de disseminao. A6 kits de linhas arteriais endovenosas e dialisadores, quando descartados. Filtros de ar e gases oriundos de reas crticas, conforme,ANVISA. RDC 50/2002. A6 rgos, tecidos e fluidos orgnicos com suspeita de contaminao com protena prinica e resduos slidos resultantes da ateno sade de indivduos ou animais com suspeita de contaminao com protena prinica (materiais e instrumentais descartveis, indumentria que tiveram contato com os agentes acima identificados). O cadver, com suspeita de contaminao com protena prinica, no considerado resduo. GRUPO B (QUMICOS) - resduos contendo substncias qumicas que apresentam risco sade pblica ou ao meio ambiente, independente de suas caractersticas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. GRUPO C (REJEITOS RADIOATIVOS)

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GRUPO D (RESDUOS COMUNS) so todos os resduos gerados nos servios abrangidos por esta resoluo que, por suas caractersticas, no necessitam de processos diferenciados relacionados ao acondicionamento, identificao e tratamento, devendo ser considerados resduos slidos urbanos - RSU. espcimes de laboratrio de anlises clnicas e patologia clnica, quando no enquadrados na classificao A5 e A7; gesso, luvas, esparadrapo, algodo, gazes, compressas, equipo de soro e outros similares, que tenham tido contato ou no com sangue, tecidos ou fluidos orgnicos, com exceo dos enquadrados na classificao A5 e A7; bolsas transfundidas vazias ou contendo menos de 50 ml de produto residual (sangue ou hemocomponentes); sobras de alimentos no enquadrados na classificao A5 e A7; papis de uso sanitrio e fraldas, no enquadrados na classificao A5 e A7; resduos provenientes das reas administrativas; resduos de varrio, flores, podas e jardins; materiais passveis de reciclagem; embalagens em geral; cadveres de animais, assim como camas desses animais e suas forraes. Grupo E PERFUROCORTANTES so os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberncias rgidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar. lminas de barbear, bisturis, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lminas e outros assemelhados provenientes de servios de sade. bolsas de coleta incompleta, descartadas no local da coleta, quando acompanhadas de agulha, independente do volume coletado.

ROTINA DE GERENCIAMENTO DO LIXO HOSPITALAR Esta norma fixa os procedimentos exigveis para garantir condies de higiene e segurana no processamento interno de resduos infectantes, especiais e comuns nos servios de sade. Descrio de Equipamentos de Proteo Individual (EPI) Todos os EPI utilizados por pessoas que lidam com resduos de servio de sade tm de ser desinfetados e lavados diariamente e sempre que ocorrer contaminao por contato com material infectantes. 1. Uniforme: cala comprida e camisa com mangas, de tecido resistente e cor clara, especfico para uso pelos funcionrios do servio de limpeza, de forma a identificao com sua funo. 2. Luvas: impermeveis, de PVC, resistentes, cor clara, antiderrapante e cano longo. 3. Botas: impermeveis, de PVC, resistentes, cor clara, solado antiderrapante; para funcionrios da coleta interna I, admite-se o uso de sapatos impermeveis e resistentes. 4. Gorro: cor clara e de forma a manter os cabelos presos permanentemente e em sua totalidade; em se tratando de resduos infectantes o uso do gorro obrigatrio. 5. Mscara: do tipo respiratria, tipo semifacial e impermevel. 6. Avental: impermevel, de PVC e comprimento mdio. 7. culos protetores: para uso em situaes com risco de respingos de material infectante. Gerao e Segregao 1. Todo resduo, no momento de sua gerao, tem de ser acondicionado prximo ao local de gerao. 2. As unidades geradoras tm de dispor de nmero suficiente de recipientes para cada tipo de resduo. 3. Os resduos do grupo A devem estar contidos em recipiente de material lavvel, resistente punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e ser resistente ao tombamento. 4. Todas as lixeiras devem ser forradas com sacos plsticos, sendo obedecida a padronizao das cores de saco para cada tipo de resduo Lixo comum: saco plstico colorido Resduos infectantes: saco plstico branco leitoso, resistente a ruptura e vazamento e impermevel.

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5. Os sacos de lixo devem ser usados at quando dois teros de sua capacidade estiverem preenchidos, de modo a permitir seu correto fechamento, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. 6. Todas as lixeiras, com exceo das utilizadas nas reas no-crticas, devem possuir tampa que as fechem hermeticamente para evitar a atrao de insetos pelo odor do lixo. 7. Os materiais prfuro-cortantes devem ser acondicionados em recipientes rgidos que possam ser fechados, resistentes perfurao e prova de vazamentos. 8. As lixeiras das reas crticas e todas aquelas que recebem resduos infectantes devem ser higienizadas ao menos uma vez ao dia. As outras sero limpas sempre que apresentarem sujidade evidente ou semanalmente. Identificao O smbolo que representa o GRUPO A, o smbolo de substncia infectante, com rtulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.

Na identificao dos sacos, devem ser indicadas, ainda as anotaes descritas abaixo de acordo com o tipo de resduos: resduos do tipo A3: data e nome da unidade geradora, a inscrio de PEAS ANATMICAS para os demais resduos: data e nome da unidade geradora e a inscrio RESDUO DE SERVIO DE SADE. Os recipientes de transporte interno devem estar identificados com smbolo correspondente aos resduos do Grupo A. A identificao dos sacos de armazenamento e dos recipientes de transporte poder ser feita atravs de adesivos, desde que seja garantida a resistncia destes aos processos normais de manuseio dos sacos e recipientes. Manejo de Resduos de Servio de Sade Para fins de aplicabilidade deste Regulamento, o manejo dos RSS nas fases de acondicionamento, identificao, armazenamento temporrio e tratamento ser tratado segundo a classificao dos resduos supracitada. RESDUOS DO GRUPO A Classificao A1 Estes resduos no podem deixar a unidade geradora sem tratamento prvio. Os resduos devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatvel com o processo de descontaminao a ser utilizado. Devem ser submetidos a descontaminao por autoclavao ou outros processos que vierem a ser validados para a obteno de reduo ou eliminao da carga microbiana, em equipamento compatvel com Nvel III de Inativao Microbiana (inativao de bactrias vegetativas, fungos, vrus lipoflicos e hidroflicos, parasitas e micobactrias, e inativao de esporos do B. stearothermophilus com reduo igual ou maior que 4Log10). Aps o processo de descontaminao, os resduos devem ser acondicionados e identificados como resduos do tipo D. Os resduos resultantes de atividades de vacinao em massa, incluindo frascos de vacinas vazios com restos do produto, agulhas e seringas, quando no puderem ser submetidos ao tratamento em seu local de gerao, devem ser recolhidos e devolvidos s Secretarias de Sade responsveis pela distribuio, em recipiente rgido, resistente punctura, ruptura e vazamento, com tampa e devidamente identificado, de forma a garantir o transporte seguro at a unidade de tratamento. Se houver resduo perfurocortante, este deve ser submetido s orientaes especficas para este resduo. 9

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Classificao A2 Devem ser acondicionados em saco branco leitoso. As bolsas contendo sangue ou hemocomponentes, vencidas, contaminadas ou com produto residual acima de 50 ml e os kits de aferese devem ser encaminhadas diretamente para os Aterros Sanitrios. Caso no haja a disponibilidade do tipo de destino final acima mencionado, as bolsas devem ser submetidas a processo de descontaminao por autoclavao ou serem submetidas a tratamento com tecnologia que reduza ou elimine a sua carga microbiana em equipamento compatvel com Nvel III de Inativao Microbiana (ver explicao no item anterior) e que desestruture as suas caractersticas fsicas, de modo a se tornarem irreconhecveis. Neste caso, os resduos resultantes do tratamento devem ser acondicionados e identificados como resduos do tipo D. Caso o tratamento previsto no item acima venha a ser realizado fora da unidade geradora, o acondicionamento para transporte das bolsas contendo sangue ou hemocomponentes deve ser em recipiente rgido, resistente punctura, ruptura e vazamento, com tampa e devidamente identificado, de forma a garantir o transporte seguro at a unidade de tratamento. Classificaes A3 e A4 Devem ser acondicionados em saco branco leitoso, podendo ser: I encaminhados para destinao final em Aterro Sanitrio, ou II encaminhados para enterramento em covas rasas em cemitrio, desde que haja acordo com rgo competente do Estado, do Municpio ou do Distrito Federal, ou III encaminhados para tratamento em equipamento que destrua as suas caractersticas morfolgicas, licenciado para este fim. Classificao A5 Devem ser submetidos obrigatoriamente a processo de descontaminao por autoclavao, dentro da unidade. Posteriormente devem ser encaminhados a sistema de incinerao, no podendo ser descartados diretamente. em qualquer tipo de destino final. Aps o processo de descontaminao, devem ser acondicionados em saco branco leitoso. Todo manejo deste tipo de resduo deve obedecer s normas de biossegurana para o nvel Classe de Risco IV. Classificao A6 No necessitam de tratamento previamente sua disposio final. Devem ser acondicionados em saco branco leitoso. Devem ser encaminhados diretamente para os Aterros Sanitrios. Classificao A7 Devem sempre ser encaminhados a sistema de incinerao. Devem ser acondicionados em saco branco leitoso. Aps incinerao devem ser encaminhados para aterros sanitrios, no sendo admitido qualquer outro tipo de disposio final. RESDUOS DO GRUPO E Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua gerao, imediatamente aps o uso, em recipientes, rgidos, resistentes punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartveis, sendo proibido reencap-las ou proceder a sua retirada manualmente O smbolo que representa o GRUPO E, o smbolo de substncia infectante, acrescido da inscrio de RESDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta aquele resduo. Os resduos do Grupo E devem ser encaminhados para destinao final em Aterro Sanitrio, devidamente licenciado em rgo ambiental competente,

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Coleta Interna I 1. A coleta interna tem de ser efetuada de acordo com as necessidades da unidade geradora, no que se refere freqncia, horrio e demais exigncias do servio. 2. Os horrios de coleta no devem prejudicar outras atividades, evitando-se coincidir com as refeies, com a distribuio das roupas, horrio de visitas ou outros momentos de maior fluxo de pessoas na unidade. 3. Os trabalhadores destacados para o servio de coleta e transporte interno no devem realizar servios de conservao e limpeza em outras unidades, principalmente no centro cirrgico e unidade de terapia intensiva, sem antes tomar banho e trocar de roupa. 4. Utilizar EPI: uniforme, gorro, mscara, luvas e botas. No manuseio de resduo comum, pode ser dispensado o uso de gorro e mscara. 5. O saco plstico deve ser fechado torcendo e amarrando a sua abertura com n. 6. Ao fechar o saco, retirar o excesso de ar. NUNCA PRESSIONAR O CONTEDO DO RECIPIENTE COM MOS OU PS PARA EVITAR LESES COM PRFURO-CORTANTES. 7. Recipientes rompidos, danificados ou vazando devem ser colocados dentro de outro. 8. expressamente proibido esvaziar os sacos de resduos de servios de sade. 9. Nunca transferir lixo de um recipiente para outro. 10. No caso de acidente ou derramamento, deve-se imediatamente realizar a desinfeco e limpeza simultnea do local. 11. Aps a coleta interna, o funcionrio deve lavar as mos ainda enluvadas, retirando as luvas e colocando-as em local apropriado. O funcionrio deve lavar as mos antes de calar as luvas e depois de retir-las. Armazenamento Temporrio 1. Consiste na guarda temporria dos recipientes contendo os resduos j acondicionados, em local prximo aos pontos de gerao, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento, e otimizar o traslado entre os pontos geradores e o ponto destinado apresentao para coleta externa. No poder ser feito armazenamento temporrio com disposio direta dos sacos sobre o piso. 2. Aps a coleta interna o material pode ir sendo acumulado em uma rea especfica, central em relao a vrios pontos de descarte e prxima a eles. De preferncia esta rea dever ter piso e paredes revestidos com material liso, resistente, lavvel e impermevel, alm de abertura para ventilao. 3. Os recipientes so deixados nesta rea, por no mximo 8 horas, at que haja nmero suficiente para transporte adequado at o abrigo de resduos. 4. No armazenamento temporrio no permitida a retirada dos sacos de resduos de dentro dos recipientes ali estacionados. 5. Caso o volume de resduos gerados e a distncia entre o ponto de gerao e o armazenamento final justifiquem, o armazenamento temporrio poder ser dispensado. Coleta Interna II 1. O transporte dos resduos para o abrigo de resduos deve ser sempre realizado pelos carros de coleta interna. 2. O carro coletor para transporte interno deve ser exclusivo para esta finalidade, feitos de material resistente e de fcil limpeza, como plstico, fibra de vidro ou ao inox, provido de rodas revestidas de material que impea rudo, com tampa basculante, com vlvula de dreno no fundo e cantos e arestas arredondados. 3. Os carros coletores devem ser higienizados diariamente ou sempre que apresentar sinais de vazamento de resduos. 4. Os EPI utilizados pelo pessoal que realiza a coleta interna II so os mesmos usados na coleta interna I (uniforme, gorro, mscaras, luvas, botas) com acrscimo de avental impermevel. 5. O trajeto para o traslado de resduos desde a gerao at o armazenamento externo deve permitir livre acesso dos recipientes coletores de resduos, possuir piso com revestimento resistente abraso, superfcie plana, regular, antiderrapante e rampa, quando necessria, com inclinao de acordo com a RDC da ANVISA N. 50/2002.

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Armazenamento Externo 1. Consiste na guarda dos recipientes de resduos at a realizao da coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veculos coletores. 2. O armazenamento externo, denominado de abrigo de resduos, deve ser construdo em ambiente exclusivo, com acesso externo facilitado coleta, possuindo, no mnimo, ambientes separados para atender o armazenamento de recipientes de resduos do GRUPO A e do GRUPO D. 3. O abrigo deve ser identificado e restrito aos funcionrios do gerenciamento de resduos, de fcil acesso aos recipientes de transporte e aos veculos coletores . 4. O abrigo de resduo no deve ser usado para guarda ou permanncia de utenslios, materiais, equipamentos de limpeza ou qualquer outro objeto. 5. O abrigo de resduos do Grupo A e D deve ser dimensionado de acordo com o volume de resduos gerados, com capacidade de armazenamento dimensionada de acordo com a periodicidade de coleta do sistema de limpeza urbana local. O piso deve ser revestido de material liso, impermevel, lavvel e de fcil higienizao. O fechamento deve ser constitudo de alvenaria revestida de material liso, lavvel e de fcil higienizao, com aberturas para ventilao, de dimenso equivalente a, no mnimo, 1/20 (um vigsimo) da rea do piso, com tela de proteo contra insetos . 6. O abrigo deve ter porta provida de tela de proteo contra roedores e vetores, sentido de abertura para fora, de largura compatvel com as dimenses dos recipientes de coleta externa, pontos de iluminao e de gua, tomada eltrica, canaletas de escoamento de guas servidas direcionadas para a rede de esgoto do estabelecimento e ralo sifonado com tampa que permita a sua vedao. 7. O abrigo de resduo deve ser higienizado (limpeza e desinfeco) aps a coleta externa ou sempre que ocorrer derramamento. 8. O funcionrio deve usar o mesmo EPI da coleta interna II, acrescido de culos protetores. 9. Os recipientes de transporte interno no podem transitar pela via pblica externa edificao para terem acesso ao abrigo de resduos. Abrigo de higienizao 1. O abrigo de resduos deve possuir rea especfica de higienizao para limpeza e desinfeco simultnea dos recipientes coletores e demais equipamentos utilizados no manejo de RSS. 2. O abrigo de higienizao consiste em local exclusivo para limpeza e higienizao dos utenslios, carros coletores de resduos, recipientes de suporte de sacos de resduos, baldes, ps, vassouras, panos de cho e demais materiais destinados ao gerenciamento de resduos de servios de sade. 3. O abrigo de higienizao deve ser contguo ao abrigo de resduos; possuir cobertura com telhado, dimenses compatveis com os equipamentos que sero submetidos limpeza e higienizao, piso e paredes resistentes, lisos, impermeveis, lavveis e de cor clara, providos de pontos de luz e tomada, ponto de gua com torneira baixa e alta, tanque com torneira, canaletas de escoamento de guas servidas direcionadas para a rede de esgotos do estabelecimento e ralo sifonado provido de tampa que permita a sua vedao. 4. A limpeza e desinfeco devem ser dirias.

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ESTERILIZAO E DESINFECOINTRODUO Os artigos de mltiplo uso em estabelecimentos de sade podem transportar agentes infecciosos se no sofrerem processo de descontaminao aps o uso entre um paciente e outro. A limpeza, desinfeco e esterilizao adequadas dos diversos artigos mdico-hospitalares essencial na preveno das infeces hospitalares. DEFINIES Limpeza: remoo de todo material estranho dos objetos (por exemplo: terra, sangue, fezes, alimento, etc.); deve preceder qualquer processo de esterilizao ou desinfeco. Desinfeco: processo que elimina a maioria ou todos os microrganismos patognicos, exceto os esporos bacterianos de superfcies inanimadas. Desinfeco de alto nvel: destri todos os microrganismos e alguns esporos; pode ser realizada com glutaraldedo a 2% ou hipoclorito de sdio a 0,1% (1.000 ppm) ambos com um tempo de exposio de 20 minutos ou mais. Desinfeco de mdio nvel: inativa o bacilo da tuberculose, bactrias na forma vegetativa, a maioria dos vrus e fungos, exceto esporos bacterianos; pode ser realizada com hipoclorito de sdio a 0,1% com tempo de exposio de 10 minutos ou com lcool a 70%. Desinfeco de baixo nvel: mata a maioria das bactrias, alguns vrus e fungos, mas no destri microrganismos resistentes como o bacilo da tuberculose e esporos bacterianos; realizada com hipoclorito de sdio a 0,01% (100 ppm) durante 10 minutos ou com lcool a 70%.

Antissepsia: processo que elimina a maioria ou todos os microrganismos patognicos, exceto os esporos bacterianos da pele e mucosas. Esterilizao: destruio ou eliminao completa de todas as formas de vida microbiana.

CLASSIFICAO DOS ARTIGOS MDICOS Artigos Crticos: artigos com alto risco de causar infeco, se contaminados com qualquer tipo de microrganismo, inclusive esporo bacteriano; so objetos que entram em contato com o sistema vascular ou com tecidos estreis. Estes artigos devem ser esterilizados. Exemplos: Implantes ou prteses, materiais cirrgicos, cateteres intravasculares, agulhas, laparoscpios, artroscpios. Artigos Semicrticos: artigos que entram em contato com membranas mucosas intactas ou com a pele lesada. Habitualmente a mucosa intacta resistente infeco por esporos bacterianos comuns, mas susceptvel a outros microrganismos como o bacilo da tuberculose e vrus. Estes artigos devem ser submetidos desinfeco de alto nvel. Exemplos: Instrumentos de fibra ptica (broncoscpios, colonoscpios, endoscpios), tubos endotraqueais circuito de anestesia, circuito de terapia respiratria, espculos vaginais. Artigos No-crticos: artigos que entram em contato apenas com a pele ntegra. Estes artigos podem apenas ser limpos ou submetidos desinfeco de baixo nvel. Exemplos: Estetoscpios, termmetro, otoscpios, utenslios de refeio, roupas

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REAS DA CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO A disposio dos equipamentos, pias e bancadas de trabalho deve permitir um fluxo contnuo sem retrocesso e sem cruzamento do material limpo com o contaminado. necessrio que haja uma barreira fsica separando a rea limpa da contaminada. A estrutura fsica da central de material deve prever, ainda, um depsito para material de limpeza e vestirio com sanitrios para funcionrios.

rea Expurgo

Funo Receber materiais contaminados e executar processos de limpeza, descontaminao, lavagem e secagem. Deve estar separada das demais atravs de uma barreira fsica.

Classificao rea suja

Preparo

Empacotamento, identificao, controle qumico

rea limpa

Esterilizao

Eliminao completa de todas as formas de vida microbiana dos artigos

rea limpa

Mtodo Lavagem manual ou mecnica, utilizando gua+sabo ou imerso em soluo desincrostante ; Desmontar equipamentos articulados Enxge com gua corrente potvel Idealmente o ltimo enxage deve ser feito com gua destilada (evitar desgaste dos materiais devido ao depsito de metais oriundos da gua ou das tubulaes Secagem Empacotar conforme indicado Etiquetar, identificando o material, data e responsvel Fixar fita de controle qumico na face externa do pacote a. Meio Fsico Calor seco Calor mido sob presso b. Meio Qumico Gasoso xido de etileno Pastilhas de formalina

EPI Luvas de borracha grossas, cano alto, antiderrapante Mscara antipartculas culos protetores Avental impermevel Botas impermeveis Gorro

Uniforme Gorro

Uniforme Gorro

Armazenamento Armazenar com garantia de preservao da esterilidade do material

rea limpa

c. Meio Qumico Lquido Glutaraldedo Os pacotes devem estar Uniforme ntegros e secos, resfriados Gorro naturalmente nas autoclaves(no resfriar em bancadas, pois ocorre formao de umidade) Estocar em armrios fechados, exclusivos, de acesso restrito.

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ESTERILIZAO E DESINFEO DE ALTO NVEL DE ARTIGOS MDICO-HOSPITALARES EM SOLUO DE GLUTARALDEDO A 2%

Artigos utilizados Usar EPI Desmontar artigos articulados Lavar com gua e sabo ou imergir em soluo desincrostante Secagem

Expurgo

Limpeza

rea limpa

1. Imerso completa na soluo 2. Preencher o interior das tubulaes com auxlio de seringas, se necessrio 3. Manter o recipiente fechado 4. Observar o tempo de exposio: desinfeco: 30 minutos esterilizao: 10 horas 5. O glutaraldedo excelente microbicida e no-corrosivo para metais, alm de no alterar borrachas, plsticos e lentes

EPI: mscara com filtro qumico, culos, luva de borracha, avental impermevel Para se tornar esporocida, a soluo deve ser ativada, ou seja, tornar-se alcalina atravs da adio de um agente alcalinizante (ativador) A vida mdia desta soluo de 14 a 28 dias No misturar artigos de substncias metlicas diferentes Contar o tempo aps a imerso do ltimo artigo Os recipientes devem conter volume suficiente da soluo para imergir totalmente os artigos Os recipientes devem ficar bem tampados Identificar os recipientes por fora: soluo, prazo de validade Retirar os artigos da soluo com luva estril Esterilizao: enxge em gua estril com tcnica assptica(luvas e baldes estreis); secar com tcnica assptica e compressas estreis ou com ar comprimido. Desinfeco: enxge com gua potvel; secagem. Acondicionar em campo estril 15

rea limpa

Enxge e secagem

rea limpa

Acondicionamento

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ESTERILIZAO PELO CALOR MIDO SATURADO SOB PRESSO (AUTOCLAVE)

EMBALAGENS PARA ESTERILIZAO EM AUTOCLAVE A VAPOR Materiais Instrumentos Cirrgicos Embalagens Caixa metlica. Colocar campo simples no interior da caixa, acondicionar os materiais semi-abertos e cobri-los com as pontas do campo Campo de algodo cru duplo Embalar individualmente em campo simples. A seguir, embalar em grupos com campo de algodo cru duplo Drenos: envelope de polipropileno (filme plstico) Luvas: papel grau cirrgico

Tecidos Vidros Borracha

PROCESSO GERAL DE ESTERILIZAO EM AUTOCLAVE A VAPOR Processo Disposio dos pacotes dentro da autoclave Mtodo Empilhamento vertical No ultrapassar 2/3 da capacidade da cmara e no encostar nas paredes Dispor os pacotes de forma intercalada, com espao entre eles Caixas metlicas devem estar deitadas e utilizadas somente sem a tampa ou perfuradas e recobertas com embalagem adequada (algodo cru, papel crepado) Objetos cncavos devem ser colocados de boca para baixo Remoo do ar do interior da cmara e dos pacotes atravs de vcuo Aps a exausto do ar, ocorre a admisso do vapor, iniciase a exposio dos materiais esterilizao. Compreende trs fases: Tempo de penetrao Tempo de esterilizao Intervalo de confiana Aguardar 5 a 10 minutos. No secar os materiais em bancadas fora da autoclave, pois ocorre a formao de umidade, favorecendo a contaminao.

Remoo Admisso do vapor

Exausto do vapor Secagem da carga

MONITORIZAO Teste biolgico Realizado semanalmente, sempre na primeira carga do dia e ao trmino de qualquer manuteno realizada (preventiva ou corretiva) O pacote com o teste dever ser colocado no local de mais difcil acesso ao agente esterilizante (no caso, prximo vlvula de exausto do vapor). Teste da Fita de Autoclave Colocar uma fita de autoclave na face externa de cada pacote a ser esterilizado na autoclave. Verificar a mudana da colorao do indicador qumico.

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Teste de Bowie-Dick (modificado) Avalia a adequao da etapa de remoo do ar da cmara interna da autoclave. Este teste pode ser improvisado com o uso de fita para autoclave colado em cruz cobrindo toda uma folha de papel encerado, no absorvente, de cerca de 24 x 30 cm. Empilhar campos de 0,90 x 0,60 cm em nmero de 24 a 36 campos, obtendo-se uma pilha de 25 a 28 cm de altura. Colocar a folha com a fita de autoclave no centro geomtrico desta pilha. Empacotar normalmente e identificar como pacote-teste. Colocar somente o pacote-teste na autoclave, em local onde o acesso do vapor mais difcil, ou seja, na parte inferior e na frente. Efetuar a operao de pr-vcuo da cmara, de acordo com as especificaes do fabricante, e autoclavar o teste a 134-137 C durante exatamente 3 minutos e meio. Se a fita estiver plida em sua regio central, comprova-se a presena de ar residual na cmara interna e a autoclave deve ser interditada para avaliar o funcionamento da bomba de vcuo. Recomenda-se que o teste de Bowie-Dick seja feito no primeiro ciclo do dia.

ARMAZENAMENTO Um correto processo de esterilizao s acontece quando se completa com eficcia e segurana o armazenamento do material. O material esterilizado deve ficar em local prprio e limpo, separado dos demais. Sua disposio deve ser preferencialmente em prateleiras com portas de fcil limpeza, com intervalos de pelo menos 30 cm do cho e 50 cm do teto. necessrio que a circulao do pessoal seja restrita! Em nossa regio geogrfica, o ambiente deve ser climatizado para se obter uma temperatura em torno de 25 C.

ESTOQUE E VALIDADE DA ESTERILIZAO Invlucros Tecido de algodo simples (duas camadas costuradas nas pontas) Tecido de algodo duplo Papel crepado simples Tecido de algodo simples + papel simples Envelope de polipropileno Condies de estoque Armrio aberto Armrio fechado Armrio aberto Armrio fechado Armrio aberto Armrio fechado Armrio aberto Armrio aberto Prazo de validade (dias) 3-14 14-21 28-56 56-77 28-49 > 63 77-98 5 anos

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PADRONIZAO DE DESINFECO E ESTERILIZAO DE ARTIGOS DISPOSITIVOS RESPIRATRIOS ARTIGO MSCARAS DE AMBU E MACRONEBULIZAO VLVULAS DE AMBU COM COMPONENTE METLICO CNULA OROFARNGEA LMINA DE LARINGOSCPIO (sem lmpada) TUBO OROTRAQUEAL CIRCUITOS DE RESPIRADORES CONEXES E ACESSRIOS DE RESPIRADORES

REPROCESSAMENTO GLUTARALDEDO A 2%

TEMPO 30 MINUTOS

GLUTARALDEDO A 2% GLUTARALDEDO A 2% GLUTARALDEDO A 2% GLUTARALDEDO A 2% GLUTARALDEDO A 2%

30 MINUTOS 30 MINUTOS 30 MINUTOS 30 MINUTOS 30 MINUTOS

CIRCUITOS DE CPAP NASAL GLUTARALDEDO A 2% 30 MINUTOS

COMENTRIOS GLUTARALDEDO PRONTO USO, BASTA ATIV-LO; RETIRAR ARTIGOS DA SOLUO COM LUVAS ESTREIS; ENXAGE COPIOSO COM GUA POTVEL; ACONDICIONAR ARTIGOS EMBALADOS EM CAMPOS ESTREIS EM RECIPIENTE FECHADO; TEMPO DE TROCA DE TROCA DA SOLUO: 15 DIAS APS ATIVAO; SECAGEM COM AR COMPRIMIDO

AUTOCLAVE (METLICA) CNULA DE TRAQUEOSTOMIA GLUTARALDEDO A 2% (PLSTICA) AUTOCLAVE AUTOCLAVE LCOOL A 70% 30 MINUTOS

FRASCOS DE ASPIRAO LTEX PARA ASPIRAO CABO DE LARINGOSCPIO

AMBU

LAVAGEM COM GUA E SABO

MSCARA E COPO DE NEBULIZAO

HIPOCLORITO DE SDIO A 0,02%

60 MINUTOS

FRICCIONAR E DEIXAR SECAR TRS VEZES CONSECUTIVAS DESINFECO DE ALTO NVEL COM GLUTARALDEDO EM CASO DE CONTAMINAO COM MATRIA ORGNICA ENXAGE COPIOSO COM GUA POTVEL

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PADRONIZAO DE DESINFECO E ESTERILIZAO DE ARTIGOS INSTRUMENTAL CIRRGICO E OUTROS ARTIGOS ARTIGO REPROCESSAMENTO INSTRUMENTAL CIRRGICO AUTOCLAVE METLICO AGULHAS METLICAS AUTOCLAVE ELETROCAUTRIO AUTOCLAVE PONTAS DE CRIOCAUTRIO AUTOCLAVE TECIDO PARA PROCEDIMENTO AUTOCLAVE CIRRGICO AUTOCLAVE ESPCULO VAGINAL (metlico) OU GLUTARALDEDO A 2% COMADRES E PAPAGAIOS LCOOL A 70%

TEMPO

COMENTRIOS

30 MINUTOS FRICCIONAR E DEIXAR SECAR TRS VEZES CONSECUTIVAS FRICCIONAR E DEIXAR SECAR TRS VEZES CONSECUTIVAS FRICCIONAR E DEIXAR SECAR TRS VEZES CONSECUTIVAS

TERMMETRO

LCOOL A 70%

ESTETOSCPIO

LCOOL A 70% LAVAGEM DO MANGUITO COM GUA E SABO LAVAGEM COM GUA E SABO FERVURA OU ESTERILIZAO EM AUTOCLAVE HIPOCLORITO DE SDIO A 0,1% 20 MINUTOS

ESFIGMOMANMETRO ALMOTOLIAS

SEMANALMENTE INICIAR A CONTAGEM DO TEMPO DE FERVURA QUANDO A GUA ESTIVER EM EBULIO ENXAGAR EM GUA FERVIDA - PREENCHER TODA A LUZ DA SONDA - ENXAGAR COM GUA FERVIDA

COPOS DE MAMADEIRAS E CHUCAS

BICOS DE MAMADEIRAS

10 MINUTOS

SONDAS PARA DIETA ENTERAL

HIPOCLORITO DE SDIO A 0,1%

10 MINUTOS

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LIMPEZA E DESINFECO DOS ARTIGOS UTILIZADOS EM TERAPIA INALATRIA Tais procedimentos visam a eliminao do risco de transmisso de patgenos respiratrios para os pacientes durante o uso dos artigos supracitados. O processo dever constituir-se de desinfeco com hipoclorito de sdio a 200 ppm por um perodo de 60 minutos, conforme recomendado no manual do Ministrio da Sade sobre Orientaes Gerais para Central de Esterilizao, 2001. Sumarizamos abaixo a rotina preconizada: Imediatamente aps o uso, retirar todos os artigos empregados na terapia inalatria, incluindo mscaras, copos, umidificadores e tubulaes. Lavar com gua e detergente neutro, utilizando-se de escovas para uma limpeza adequada. Enxaguar abundantemente para total remoo de resduos de detergente. Secar bem. Colocar em soluo de hipoclorito de sdio a 200 ppm de modo que os artigos fiquem totalmente submersos e que toda a superfcie interna e externa permanea em contato com a soluo. As tubulaes devem ter todo seu lmen preenchido com a soluo, utilizando-se para tanto de uma seringa estril. Certificar-se que no h bolhas de ar no interior das tubulaes, para garantir a desinfeco de toda a superfcie interna. Aps 60 minutos, retirar todo o material com luvas e enxaguar copiosamente com gua corrente, artigo por artigo. Secar bem e guardar em recipiente limpo, seco e fechado. A soluo dever ser trocada a cada 24 horas. O recipiente usado na desinfeco dever ser lavado diariamente, no momento da troca da soluo, com gua e detergente neutro, bem como sua tampa. Identificar o recipiente com o nome da soluo, sua concentrao, a data e a hora da troca.

1. 2. 3. 4. 5. 6.

7. 8. 9. 10. 11.

DILUIO DO HIPOCLORITO DE SDIO PARA DESINFECO DE UTENSLIOS HOSPITALARES A soluo de hipoclorito normalmente disponvel para uso hospitalar a 1% (10.000 ppm). A gua sanitria contm 5,25% ou 52.500 ppm de cloro livre. Para se calcular qual o volume que deve ser retirado de uma destas solues para obter-se uma nova soluo em concentrao diferente, empregase a frmula:

Vr = (Cf x Vf) CiOnde: Vr = volume em mililitro a ser retirado da soluo que se dispe no hospital Cf = concentrao final da soluo que se quer preparar (em % ou ppm) Vf = volume final em mililitros que se quer obter Ci = concentrao inicial da soluo que se dispe no hospital Exemplo: preparar uma 1 litro de uma soluo de hipoclorito de sdio a 200 ppm (0,02%), a partir de uma soluo a 1% (10.000 ppm): Vr = (Cf x Vf) Ci Vr = (200 x 1000 mL) 10000 = 200000 10000 = 20 mL (retirar 20 mL da soluo de hipoclorito a 1% e acrescentar a 980 mL de gua para se obter 1 litro da soluo a 200 ppm). Calculando-se com a concentrao em porcentagem, obtm-se o mesmo volume: 0;02% x 1000 1% = 20 mL

A validade da soluo aps o preparo de 24 horas (devido volatilizao do cloro e pela ao inativadora exercida pela luz solar).

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TABELA PARA O PREPARO DE HIPOCLORITO DE SDIO PARA DESINFECO DE ARTIGOS DE INALOTERAPIAVolume de hipoclorito a 1% (10.000 ppm) Volume de gua Volume total da soluo a 200 ppm (0,02%) Volume de hipoclorito a 1% (10.000 ppm) Volume de gua Volume total da soluo a 200 ppm (0,02%)

10 mL 20 mL 40 mL 60 mL 80 mL 100 mL

490 mL 980 mL 1960 mL 2940 mL 3920 mL 4900 mL

500 mL 1 litro 2 litros 3 litros 4 litros 5 litros

120 mL 140 mL 160 mL 180 mL 200 mL

5880 mL 6860 mL 7840 mL 8820 mL 9800 mL

6 litros 7 litros 8 litros 9 litros 10 litros

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LAVANDERIA HOSPITALARINTRODUO Os pioneiros do controle de infeco hospitalar identificaram o papel da roupa suja na sua cadeia epidemiolgica. Assim, Semmelweis, mais conhecido pelo reconhecimento das mos como importante mecanismo de veiculao de infeco, identificou um surto relacionado com a reutilizao da roupa suja por diversos pacientes e recomendou, ento, sua lavagem e clorao. Florence Nightingale, em hospitais de campanhas militares, organizou lavanderias com conceitos mantidos at hoje nas lavanderias hospitalares. A lavanderia hospitalar um dos servios de apoio ao atendimento dos pacientes, responsvel pelo processamento da roupa e sua distribuio em perfeitas condies de higiene e conservao, em quantidade adequada a todas s unidades do hospital . O ser humano, dependendo de sua atividade fsica, elimina 3.000 a 60.000 bactrias por minuto, que aderem s fibras de tecido onde, se agitadas, podem ser dispersas pela poeira contaminante. Dois princpios bsicos norteiam o controle de infeces em lavanderia hospitalar: no agitar a roupa e remover ou destruir os microrganismos contaminantes. A grande maioria das infeces hospitalares tem origem endgena, ou seja, origina-se a partir de microrganismos que fazem parte da microbiota humana normal do paciente. Estes germes, adaptados ao parasitismo, tm pouca capacidade de sobreviver independentes no meio ambiente. A presena de matria orgnica, principalmente de origem humana, aumentam a capacidade de sobrevivncia dos microrganismos no ambiente. O processo normal de lavagem, que consiste na remoo da sujidade, reduz at 99% da contaminao, atravs da ao mecnica da gua, temperatura, alterao de pH, alvejante (cloro ou perxido de hidrognio) e amaciante (quaternrio de amnio), embora para este ltimo seja questionada sua ao germicida nas concentraes empregadas. Existe risco de recontaminao da roupa limpa na lavanderia por vrios mecanismos: via area, relacionada ao efeito filtro da extratora, que pode ser evitado por barreira de contaminao; pelos prprios funcionrios contaminados (mos sujas, leses de pele secretantes ou descamativas, etc.); ou ainda, pelo fato da roupa cair no cho, onde, pela umidade da rea, comum a proliferao de Pseudomonas, sem contar os riscos advindos da sujidade presente. ROUPA CONTAMINADA a roupa que se apresenta suja com fluidos biolgicos ou contm agulhas e/ou outros materiais perfurocortantes usados. Como difcil saber se uma roupa suja est contaminada ou no, todas devem receber o mesmo tratamento, ou seja, transportadas em sacos impermeveis, manipuladas o mnimo possvel, evitando agitao e, na rea suja, os materiais perfurocortantes encontrados devem ser depositados em recipientes de superfcies rgidas para descarte ou devoluo. PLANEJAMENTO Estudos realizados na rea da microbiologia vieram revelar que o processamento da roupa em um ambiente nico, utilizado nas lavanderias tradicionais, propiciava a recontaminao constante da roupa limpa na lavanderia. Esses estudos mostraram ainda, que grande nmero de bactrias jogadas no ar, durante o processo de separao da roupa suja, contaminava todo o ambiente circundante. Tais descobertas revolucionaram a planta fsica da lavanderia hospitalar, as instalaes, o equipamento e os mtodos utilizados no processo da roupa. A principal medida introduzida na moderna lavanderia hospitalar, para o controle das infeces, foi a instalao da barreira de contaminao, que separa a lavanderia em duas reas distintas: rea suja (considerada contaminada): utilizada para separao e lavagem; rea limpa: utilizada para acabamento e armazenamento. A Portaria do Ministrio da Sade 1.884/94 estabelece que deve existir uma barreira fsica, que definida como um ambiente que minimiza a entrada de microrganismos externos atravs de solues arquitetnicas. Esta barreira de contaminao s ser realmente eficiente se existirem as lavadoras de desinfeco, com duas portas de acesso, uma para cada rea, na parede que separa a rea contaminada da rea limpa. A barreira de separao tambm poder ser dotada de visores, para facilitar a comunicao e o controle. 22

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Figura 1 Fluxo da roupa no hospital.

COLETA

UTILIZAO

PROCESSAMENTO

DISTRIBUIOFigura 2 Fluxograma da roupa na lavanderia.

COLETABARREIRA

RECEPO PESAGEMBARREIRA

LAVAGEM CENTRIFUGAO SECAGEM CALANDRAGEM DOBRAGEMBARREIRA

ARMAZENAMENTO DISTRIBUIO

CONSERTO

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COLETA A pele tem como mecanismo de defesa a descamao, que elimina microrganismos aderidos em suas clulas superficiais. Estas clulas, juntamente com as secrees, depositam-se no tecido das roupas, servindo de alimento para outras espcies, como o caro, que habita as roupas de cama, alimentandose dos resduos. Portanto, um lenol aparentemente limpo contem seres vivos que podem transmitir doenas. Na retirada da roupa, para evitar a disperso dos germes, no deve haver agitao nem separao, e recomenda-se transportar a roupa dobrada ou enrolada. Na presena de grande quantidade de sangue, fezes, secrees ou outros fluidos orgnicos, est indicada a utilizao de luvas. A roupa suja deve ser recolhida em sacos de material resistente e de cor diferente da escolhida para transportar o lixo, evitando, assim, um destino errado. O transporte da roupa coletada e embalada pode ser feitos por carros coletores. Estes carros coletores devem ser especficos para este fim, providos de tampas e feito de material que permitam uso de produtos qumicos na sua limpeza e desinfeco. Os carros de coleta e transporte de roupa suja devem ser leves, resistentes e pouco profundos, facilitando a operao de retirada da roupa e sua higenizao. Os carros so confeccionados em diversos materiais (alumnio, ao, fibra de vidro, etc.) O transporte deve ser sempre separado, nunca cruzando roupa limpa com a suja na mesma carga. Deve-se usar carros diferentes para a coleta da roupa suja e o transporte da roupa limpa. No deve-se arrastar sacos de roupa pelo cho. A coleta da roupa suja deve ser feita com muito cuidado, evitando o rompimento da embalagem e contaminao do ambiente. O funcionrio que exercer esta funo deve utilizar luvas de borracha em ambas as mos, retirando-as logo aps realizada a coleta de um local. Ao empurrar o carro, tocar maanetas, etc., obrigatrio retirar as luvas para evitar a contaminao cruzada. Os carros utilizados no transporte das roupas devem possuir uma identificao para diferenciar o carro de coleta de roupa suja do carro de transporte da roupa limpa. Ambos os carros devem, diariamente, ser submetidos a limpeza com gua e detergente neutro e desinfeco com hipoclorito de sdio a 250 ppm. Havendo extravasamento de uma embalagem, descontaminar imediatamente com hipoclorito de sdio a 1%, atravs da seguinte tcnica: Com o uso de luvas, retirar o excesso da carga contaminante em papel absorvvel. Desprezar o papel em saco plstico branco leitoso prprio para uso hospitalar. Aplicar sobre a rea, hipoclorito de sdio a 1% durante 10 minutos. Remover o desinfetante com pano molhado. Proceder limpeza de toda a rea com a soluo de detergente neutro. Secar bem a rea com pano limpo. Encaminhar o pano usado para secagem da rea para a lavanderia em saco plstico. No caso de lavanderias que processam a roupa de outros hospitais, ateno especial deve ser dado ao transporte da roupa suja para a lavanderia e para a distribuio da roupa limpa para os hospitais. Os mesmos princpios devem ser aplicados ao veculo de transporte, onde a separao entre roupa limpa e suja deve ser rigorosa, envolvendo, preferencialmente, veculos distintos ou, pelo menos, com reas ou contineres separados. A limpeza destes contineres dever ser semelhante dos carrinhos coletores. Se a roupa limpa for embalada de forma individualizada, selada, a contaminao posterior ao reprocessamento da mesma reduzida. A coleta deve ser realizada em horrio preestabelecido e a roupa suja deve permanecer o menor tempo possvel na unidade. Terminada a coleta nas unidades, a roupa suja transportada recepo do setor de roupa suja, para o processamento em nvel de lavanderia. PROCESSAMENTO DA ROUPA NA REA SUJA Recepo Na rea de recepo, os sacos de roupa suja so recebidos e pesados. A pesagem das roupas indispensvel para indicar a carga correta das lavadoras, em geral 80% de sua capacidade de lavagem. Atualmente, os rgos internacionais desaconselham a separao da roupa suja, seja na lavanderia ou nas unidades de atendimento aos pacientes, devido s precaues-padro, que consideram toda roupa usada como contaminada.

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Entretanto, para adequao do processo de lavagem, conveniente reunir no mesmo ciclo roupas com nveis de sujidade similares. Como est contra-indicada a manipulao da roupa para classific-la, sabendo-se sua origem podemos prever o grau de sujidade, agrupando-as no reprocessamento. Por exemplo, as roupas encaminhadas pelo centro cirrgico certamente diferem em nvel de sujidade com as encaminhadas de uma enfermaria de clnica mdica, podendo ser reprocessadas conjuntamente como de sujidade pesada. Na separao, indispensvel que todas as peas de roupa sejam cuidadosamente abertas, para a retirada de instrumentos cirrgicos e outros objetos, visando evitar que estes elementos entrem no processo de lavagem, causando danos s mquinas e ao prprio processo. Alm disso, os artigos perfurocortantes, como agulhas e material cirrgico, apresentam risco de acidentes para os funcionrios com a veiculao de patgenos sangneos. Na rea suja, os funcionrios devem usar botas e luvas de borracha, avental impermevel e mscara antipartculas. culos de proteo podem estar indicados. Lavagem A sujidade funciona como substrato para a multiplicao microbiana e a sua simples remoo diminui a contaminao. A finalidade primordial da lavanderia remover a sujidade da roupa para que ela adquira odor e aparncia agradveis, reduzindo a contaminao a nveis aceitveis, isto , livre de patgenos em nmero suficiente para causar doenas aos pacientes. A maioria das roupas hospitalares tem contato apenas com a pele ntegra, sendo, portanto, classificada como artigo no-crtico, necessitando apenas estar limpas no final de seu reprocessamento. As roupas utilizadas em procedimentos crticos, como por exemplo, cirurgias, cateterizaes vasculares e procedimentos em pacientes queimados, necessitam de esterilizao aps serem processadas na lavanderia, devendo ser posteriormente autoclavadas. No h necessidade de esterilizao das roupas utilizadas em berrios, sendo, porm, muito importante os enxages para eliminar resduos qumicos que possam causar irritao na pele dos recm-nascidos. A gua deve estar isenta de microrganismos patognicos, caso contrrio pode haver recontaminao da roupa durante os enxages. A contagem total de bactrias no pode exceder 10 UFC por mililitro. Lavadora A lavadora compe-se de dois cilindros, um que funciona como um tambor externo e outro como um cesto interno, perfurado, dotado de ps que giram alternadamente para um lado e para outro, a fim de evitar que a roupa fique totalmente torcida no final da lavagem. Das mquinas de lavar, a mais utilizada na lavanderia hospitalar moderna a lavadora de desinfeco, que fica encaixada na parede ou barreira de contaminao. Esta mquina caracteriza-se por possuir duas portas (de entrada e de sada), uma para acesso de roupa suja, na rea suja e outra de sada da roupa limpa, na rea limpa. Lavadoras de desinfeco - devem preencher os seguintes requisitos: os tambores devem ser de ao inoxidvel, a fim de resistirem qumica da lavagem; o mecanismo de reverso deve estar equilibrado; possuir um dispositivo automtico, a fim de impedir a abertura simultnea da ambas as portas o fluxo de ar, dentro da mquina, deve ser regulado por vlvula, de modo a permitir a aspirao do ar da rea limpa, durante o escoamento da gua, e a expulso do ar contaminado para a rea contaminada. Aps o processamento da roupa na rea suja, pias, bancadas e pisos devem ser lavados e depois descontaminados com hipoclorito de sdio a 250 ppm ou lcool a 70%, no caso de superfcies metlicas. PROCESSAMENTO DA ROUPA NA REA LIMPA Centrfuga ou extratora a mquina usada para eliminar ou extrair at 40% da gua da roupa sada da lavadora. A centrfuga constituda de dois cilindros, um fixo externo e um giratrio interno perfurado. Existem mquinas que incorporam a centrifugagem prpria lavadora: so as lavadoras extratoras, que oferecem economia de espao, mo-de-obra e tempo.

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Secadora Possui tambm dois cilindros: um interno, giratrio, que movimenta a roupa pela rotao e presena de ps, e outro externo fixo. Alguns requisitos devem ser observados para as secadoras: ser equipada com seletor de temperatura; possuir o tambor interno de material resistente corroso; dispor de comando automtico de tempo de secagem; ter dispositivo de segurana na porta. As secadoras destinam-se secagem da roupa em altas temperaturas, atravs da passagem forada de ar quente entre as peas. Os cestos que contm as peas giram, enquanto um exaustor retira o ar aquecido que passou pelas roupas por um cabeote. Calandra Aps a secagem, a roupa pode ser passada pela calandra. constituda de dois ou mais rolos ou cilindros de metal, perfurados ou no, revestidos, que giram dentro de calhas fixas de ferro, aquecidas a vapor ou eletricidade. provida de um dispositivo que desliga automaticamente a mquina, evitando acidentes com as mos do operador, entre os rolos. A roupa, passada sob presso, entre a calha aquecida e o cilindro girando, seca e desenruga. Especial ateno deve ser dada durante esta fase para roupa no tocar o cho, uma vez que na calandra isto ocorre com maior freqncia. Armazenamento Posteriormente, a roupa dobrada e guardada. Para armazenamento da roupa processada, esta rea deve contar com armrios especficos para este fim, com portas e construdo de material de fcil limpeza. As roupas que necessitarem de conserto devem ser lavadas novamente antes do uso.

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NORMAS DE HIGIENE ALIMENTAR PARA O SETOR DE NUTRIO E DIETTICAINSTALAES Ventilao A ventilao deve ser adequada para proporcionar a renovao do ar, garantir o conforto trmico e manter o ambiente livre de fungos, gases, fumaas, gordura e condensao de vapores. O ar ambiente das reas de processamento de alimentos deve ser renovado freqentemente atravs de equipamentos de exausto. O sistema de exausto deve ser devidamente dimensionados e mantido em boas condies de funcionamento. O ar-condicionado e o ventilador so equipamentos que no atendem a estes requisitos e, portanto, no devem ser utilizados nas reas de processamento. Piso O piso deve ser de cor clara e de material liso, antiderrapante, resistente, impermevel, lavvel, resistente ao trfego e de fcil higienizao (lavagem e desinfeco), no permitindo o acmulo de alimentos ou sujidades. Os ralos devem ser sifonados e com grelhas com proteo telada. Paredes As paredes devem ser lisas, em cores claras, durveis, lavveis, impermeveis, resistentes a limpezas freqentes e isentas de bolores. As janelas e outras aberturas presentes na parede, quando usadas para a circulao do ar, devem ser dotadas de telas. Teto O teto deve ser isento de vazamentos e goteiras. O acabamento deve ser liso, impermevel, lavvel, em cor clara e em bom estado de conservao. O forro deve ser livre de rachaduras, umidade, bolor e descascamento e deve estar em perfeitas condies de limpeza, no devendo possuir aberturas. gua A gua de abastecimento deve ser ligada rede pblica ou ter sua potabilidade atestada semestralmente atravs de laudo oficial de laboratrio especializado. Sendo de rede pblica, a caixa dgua deve ser lavada a cada 6 meses (vide tcnica no captulo Higienizao da Caixa Dgua) e a gua deve ter sua potabilidade microbiolgica atestada semestralmente. REAS DO SETOR DE NUTRIO E DIETTICA Essas reas devem seguir uma linha racional de produo, obedecer um fluxo coerente e evitar cruzamentos entre as atividades. Na impossibilidade de reas separadas para cada gnero, deve-se prever no mnimo um local para o preparo de produtos crus e outro para produtos prontos. Esta separao em reas servem para impedir a contaminao cruzada entre alimentos crus e prontos e/ou utenslios limpos e utenslios sujos. Todas as bancadas destas reas devem ser preferencialmente de ao inox ou outro material resistente e de fcil higienizao. As prateleiras devem estar distantes 25 cm do piso e a profundidade no deve ser superior a 45 cm.

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1. rea para a recepo de mercadorias Trata-se de uma rea prpria para o recebimento de mercadorias, situada de preferncia em local externo e prximo da estocagem. A mesma deve ser de fcil acesso aos fornecedores. Esta rea deve possuir uma cobertura para a proteo dos alimentos na hora da entrega. Deve contar com rea suficiente para acomodar a mercadoria no momento do recebimento e com balana tipo plataforma e tanque para pr-higiene de verduras e frutas antes do seu armazenamento. 1. rea para armazenamento temperatura ambiente Entenda-se como temperatura ambiente uma temperatura em torno de 26C. Para esta rea so importantes um piso em material lavvel e resistente, prateleiras e estrados. Produtos de limpeza devem ser armazenados em local distinto. Nesta rea no deve haver equipamentos (refrigeradores, freezers) que possam alterar as condies trmicas ambientais. A mesa do estoquista pode permanecer nesta rea desde que no interfira no controle de qualidade dos alimentos e/ou no fluxo de armazenamento. 2. rea para armazenamento temperatura controlada Destina-se estocagem de gneros perecveis ou rapidamente deteriorveis em temperatura ambiente. Recomenda-se refrigeradores em nmero suficiente para atender conservao de: carnes refrigeradas e alimentos prontos: at 4C sobremesas, massas, frios e laticnios: at 8C hortifrutigranjeiros: at 10C Caso o armazenamento no possa ser feito em refrigeradores diferentes para cada produto, a temperatura deve ser regulada para o alimento que requeira a menor temperatura. 3. rea para pr-preparo e preparo dos alimentos As operaes preliminares de confeco so realizadas nesta rea, comumente subdividida em: preparo de carnes preparo de verduras e frutas preparo de massas e sobremesas fundamental que esta rea disponha de pia com sistema completo para a higienizao das mos, especfica para esta finalidade. Esta rea necessita de pelo menos uma bancada provida de pia com tampo de inox ou outro material adequado para manipulao dos alimentos e fcil limpeza e desinfeco. De forma ideal, deveria existir uma bancada para cada tipo de alimento supracitado. Na sua ausncia, a bancada deve ser submetida a limpeza e desinfeco rigorosa aps o manuseio de cada tipo de alimento, conforme tcnica explicada mais adiante neste texto (tpico Higiene Ambiental). 4. rea para coco Nesta rea devem permanecer apenas os equipamentos destinados ao preparo de alimentos quentes, no devendo ter refrigeradores ou freezers, pois o calor excessivo compromete o funcionamento de seus motores e conseqentemente a garantia da temperatura especfica de cada gnero. Esta rea deve dispor de pia com sistema completo para higiene das mos. 5. rea para higienizao de utenslios Esta rea deve ser diversa da utilizada no processamento dos alimentos. Deve possuir suprimento de gua, local para dispor os utenslios que aguardam a higienizao, cubas profundas e local para armazenamento do material aps a higienizao. 6. rea para depsito e higienizao do material de limpeza Os materiais de limpeza, tais como rodos, esfreges, panos de cho, baldes e outros, devem ser higienizados e guardados em rea prpria, de maneira que no provoquem a contaminao de alimentos e utenslios. 7. Instalaes sanitrias e vestirios para os funcionrios Os sanitrios usados por outros funcionrios do estabelecimento de sade no podem ser compartilhados pelo pessoal que manuseia os alimentos. obrigatria a localizao de sanitrios exclusivos para os funcionrios do setor de nutrio e diettica no mbito da prpria unidade funcional. 28

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HIGIENE DOS MANIPULADORES O manipulador um elemento chave na produo do alimento. Ele pode ser motivo da contaminao, atravs de mos sujas ou contaminadas, tosse, espirro e conversa sobre os alimentos, ou por outras falhas na manipulao. Higiene corporal Os funcionrios devem observar os seguintes hbitos de asseio: a) tomar banhos freqentes; b) lavar a cabea uma vez ao dia; c) fazer a barba diariamente; d) evitar bigodes e costeletas; e) conservar as unhas curtas, limpas e sem esmalte, bem como sem base incolor; f) no aplicar maquiagem em excesso; g) manter a higiene adequada das mos; h) conservar os uniformes limpos. Sistema para higiene das mos Consiste em: a) lavatrios exclusivos para a higiene das mos; b) gua corrente; c) saboneteiras especficas para sabo lquido; d) suporte para papel toalha; e) cesto com tampa acionada por pedal. OBSERVAO: devido ao alto risco de contaminao qumica dos alimentos, no deve existir depsito para sabo lquido nas pias e bancadas utilizadas para o preparo dos alimentos. Uniforme Os funcionrios devem usar uniformes de cor clara. O vesturio deve ser conservado em bom estado, sem rasgos, manchas, partes descosturadas ou furos. Os uniformes devem ser mantidos limpos e trocados diariamente. Deve-se usar avental plstico quando o trabalho em execuo propiciar que os uniformes se sujem ou se molhem, no devendo ser usados prximo ao calor. Os funcionrios uniformizados no devem sentar-se ou deitar-se no cho ou em outros locais imprprios. Usar calados fechados, em boas condies de higiene e conservao. proibido, durante o trabalho, o uso de acessrios ou adereos, tais como anis, colares, relgios, correntes, amuletos, pulseiras, fitinhas, brincos e, inclusive, aliana. Os cabelos devem ser mantidos totalmente cobertos e protegidos atravs de touca, gorro ou similar. A utilizao de mscaras na manipulao dos alimentos no recomendada como um mecanismo de preveno da contaminao dos alimentos. Aps 15 minutos de uso, a mscara torna-se mida, agregando as fibras e permitindo a passagem de grande quantidade de microrganismos. Alm disso, torna-se desconfortvel, provocando prurido e ocasionando maior contaminao das mos decorrente do ato de coar-se. O Patro deve garantir: que o manipulador com diarria, resfriado, infeco nos olhos ou infeces da pele seja afastado para outra atividade, sem prejuzos de qualquer natureza; exames mdicos admissionais e peridicos; instalaes adequadas para que possam ser guardadas roupas e pertences; sanitrios e chuveiros em condies adequadas de funcionamento e limpeza; pias com gua, sabo e papel toalha para a lavagem adequada das mos; uniformes adequados e completos em nmero suficiente para troca diria.

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No so permitidas as condutas abaixo nas reas de preparo dos alimentos por representarem riscos de contaminao alimentar: Falar, cantar ou assobiar sobre os alimentos; Assoar o nariz; Espirrar ou tossir sobre os alimentos: ao tossir ou espirrar, o funcionrio deve afastar-se do produto, cobrir a boca e o nariz, se possvel com papel toalha descartvel e depois lavar imediatamente as mos. Enxugar o suor com as mos, panos de pratos, panos de copa, guardanapos, aventais ou qualquer outra pea da vestimenta: o suor deve ser enxugado com papel toalha descartvel e a seguir deve-se lavar imediatamente as mos. Por os dedos no nariz, na boca, ouvidos ou cabelos enquanto se prepara os alimentos; Experimentar a comida nas mos ou com os dedos; Fazer uso de utenslios sujos; Provar alimentos com talheres e voltar a colocar o talher dentro da panela; Manipular dinheiro durante o preparo dos alimentos; Trabalhar diretamente com alimentos quando apresentar qualquer um dos seguintes sintomas: leses ou infeces na pele, diarria, tosse, dor de garganta ou gripe; Deixar roupas e sapatos espalhados na rea de produo; Fumar no local de preparo dos alimentos; Usar unhas pintadas e compridas; Enxugar as mos no avental ou em panos; Fazer servio de limpeza e manipular os alimentos ao mesmo tempo;

Controle de sade dos manipuladores A Vigilncia Sanitria exige que os funcionrios no sejam portadores aparente ou inaparente de doenas infecciosas ou parasitrias, sendo obrigatria a realizao de exames mdicos admissionais e peridicos, acompanhados das seguintes anlises laboratoriais: hemograma, coproparasitolgico, coprocultura e VDRL, devendo ser realizadas outras anlises de acordo com avaliao mdica. O controle de sade dos funcionrios deve ser comprovado com os respectivos laudos mdicos da unidade de sade. HIGIENE AMBIENTAL A higiene do setor de nutrio e diettica deve ser mantida atravs de adequadas tcnicas de limpeza, enxage e desinfeco (ver captulo Higienizao Hospitalar). Para manuteno da higiene ambiental necessrio seguir rigorosamente os critrios e a freqncia dos procedimentos estabelecidos. Bancadas e mesas de apoio devem ser lavadas diariamente atravs da seguinte tcnica: lavar com gua e detergente neutro; retirar o detergente usando rodo exclusivo para este fim; enxagar; aplicar hipoclorito de sdio a 200 ppm (tabela 1); deixar secar naturalmente; lavar e desinfetar o rodo utilizado. Pisos e rodaps devem ser lavados diariamente com gua e detergente neutro e em seguida realizado desinfeco com hipoclorito de sdio a 200 ppm. proibido varrer a seco os pisos das reas de manipulao e processamento dos alimentos. Os ralos devem ser limpos diariamente, recolhendo-se os resduos acumulados, lavados com gua e detergente e enxagados com hipoclorito de sdio a 200 ppm. Semanalmente, deve-se proceder a uma lavagem terminal do ambiente, iniciando a limpeza pelo teto, seguido das paredes e por ltimo do piso, finalizando com hipoclorito de sdio a 200 ppm. Limpar a coifa semanalmente. Promover a desinsetizao a cada dois meses e a desratizao peridica. Impedir a presena de animais domsticos no setor de nutrio e diettica.

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Lixo A rea do lixo deve estar localizada em rea externa. Remover o lixo diariamente em recipientes fechados e tampados Mantenha o lixo em recipiente limpo, revestindo de saco plstico e sempre tampado para evitar moscas, baratas e ratos. Retire o lixo toda vez que achar necessrio. No deixe o lixo permanecer noite no interior do estabelecimento, para evitar presena de ratos e baratas. HIGIENE DOS ALIMENTOS Limpeza e desinfeco de hortifrutigranjeiros: Fazer a limpeza e desinfeco das bancadas, cubas, panelas, etc. pertencentes rea especfica para o preparo destes gneros Escolher uma a uma as frutas, verduras e legumes, retirando as estragadas; Desfolhar as verduras, folha a folha, retirando as partes estragadas; Lavar em jato de gua corrente, folhas, frutas e legumes, um a um, removendo com as mos sujidades; Colocar os alimentos em uma vasilha com soluo de hipoclorito de sdio a 200 ppm (tabela 1), cuidando para que fique totalmente imerso; aguardar 15 minutos; Enxagar em gua corrente tratada; sugere-se, para os vegetais folhosos, a imerso em vinagre a 2%, por 5 minutos, para minimizar o gosto de cloro resultante da desinfeco; A soluo clorada deve ser trocada a cada lote imerso; Ovos e sacos de leite devem ser lavados antes de serem usados; Frutas e legumes cujas cascas no so consumidas (banana, laranja, limo , abacate, batatas, macaxeira, beterraba, etc.) podem ser higienizadas em gua potvel, uma a uma, dispensando o uso da soluo clorada a 200 ppm. Manipulao Evitar muita manipulao e prepare o mais rpido possvel os alimentos. De forma a minimizar o perigo de contaminao. Manipular os alimentos somente quando absolutamente necessrio. Usar sempre garfos, pinas, pegadores, etc. As partes dos equipamentos e utenslios que entram em contato com os alimentos no devem ser tocadas. As verduras, legumes e frutas devem ser lavados e desinfetados em local ou horrio diferente do preparo dos demais alimentos. Os alimentos crus de origem animal tambm devem ter seu local ou horrio determinado, para evitar a contaminao cruzada. HIGIENE DOS UTENSLIOS Os utenslios (facas, garfos, vasilhas, mquinas de moer, liqidificadores, etc.) devem ser sempre lavados e desinfetados aps o uso, atravs da tcnica abaixo descrita: Retirar o excesso de sujidades; Lavar com gua e detergente; Enxagar em gua corrente at remoo total do detergente e demais resduos; Mergulhar os utenslios em uma vasilha com soluo de hipoclorito de sdio a 200 ppm (tabela 1) por 15 minutos; Retirar os utenslios do recipiente e deixar secar naturalmente (no utilizar panos para secagem); Guardar em local limpo e seco, de uso exclusivo para este fim, protegido contra poeira, insetos e roedores.

1. 2. 3. 4. 5. 6.

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NUTRIO ENTERAL As normas que regulamentam a Terapia de Nutrio Enteral encontram-se descritas na Resoluo ANVISA/MS-RDC no 63 de 06/07/2000. Alm de todos os cuidados supracitados no preparo das dietas de modo geral, incluem-se alguns cuidados especiais: Presena de sala de preparo exclusiva. O acesso de pessoas s reas de manipulao da nutrio enteral deve ser restrito ao pessoal diretamente envolvido. O uniforme usado na sala de manipulao deve ser substitudo a cada sesso de trabalho e os funcionrios devem usar mscaras alm da paramentao j descrita para os funcionrios do setor de nutrio e diettica. Utilizar somente gua tratada ou fervida no preparo das frmulas enterais. proibido o congelamento de frmulas. Preparar, no mximo, quatro horas antes do uso ou com refrigerar imediatamente a 4o C e usar dentro de 24 horas aps o preparo. Utilizar frascos descartveis para o acondicionamento da dieta enteral. O forno de microondas no deve ser usado devido desnaturao proteica pelo calor. A autoclavao terminal da frmula proibida pelo risco de alterar a dieta. Para infuso no paciente a dieta s pode permanecer por quatro horas temperatura ambiente. O sistema de infuso deve ser trocado a cada 24 horas.

TABELA 1 DILUIO DO HIPOCLORITO DE SDIO PARA DESINFECO DE UTENSLIOS, SUPERFCIES E ALIMENTOS 200 ppm HIPOCLORITO 1% GUA TOTAL 1 ml 49 ml 50 ml 2 ml 98 ml 100 ml 4 ml 196 200 ml 10 ml 490 ml 500 ml 20 ml 980 ml 1 litro 40 ml 1960 ml 2 litros 100 ml 4900 ml 5 litros A soluo de hipoclorito normalmente disponvel para uso hospitalar a 1% (10.000 ppm). A validade da soluo aps o preparo de 24 horas (devido volatilizao do cloro e pela ao inativadora exercida pela luz solar).

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TABELA 2 LIMPEZA DO AMBIENTE INANIMADO O qu Geladeiras Quando Dirio Com o qu Hipoclorito de sdio(200 ppm) Como Organizao dos produtos. Remoo de sujidades das prateleiras. Pano embebido em soluo de hipoclorito de sdio Remoo dos produtos. Degelo do equipamento Higienizao Higienizao

Freezer e congelador

Quinzenal

Detergente lquido neutro + Hipoclorito de sdio(200 ppm) Detergente lquido neutro + Hipoclorito de sdio(200 ppm) Soluo desincrostante + Hipoclorito de sdio(200 ppm) gua e detergente lquido + Hipoclorito de sdio (200 ppm)

Carros-prateleiras

Dirio

Semanal Utenslios Aps o uso

Bancadas, pisos, paredes, ralos

Dirio

gua e detergente lquido + Hipoclorito de sdio (200 ppm)

Pratos e talheres de pacientes

Aps o uso

gua e detergente lquido + Hipoclorito de sdio (200 ppm)

Desincrustao de sujidades mais pesadas Lavar e enxagar com gua corrente Imergir em soluo clorada por 15 minutos Lavar e enxagar em gua corrente Banhar em soluo clorada por 15 minutos Lavar e enxagar com gua corrente Imergir em soluo clorada por 15 minutos

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ACIDENTES OCUPACIONAIS COM FLUIDOS ORGNICOSTRANSMISSO OCUPACIONAL DO VRUS DA IMUNODEFICINCIA HUMANA (HIV) O risco mdio de se adquirir o HIV de aproximadamente 0,3% aps exposio percutnea e de 0,09% aps exposio mucocutnea. A quimioprofilaxia deve ser iniciada no mximo em 72 horas. O profissional exposto deve realizar o anti-HIV no momento do acidente; se negativo, repetir com 6 e 12 semanas e aps