72130-Aula 1 Introdução a Parasitologia Básica

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introdução a parasitologia

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  • Introduo Parasitologia

    Bsica

    1 aula

  • Tipos de relaes entre seres vivos

    Intra-especficas - seres da mesma espcie

    Interespecficas - seres de espcies distintas.

    Harmnicas ou positivas quando h benefcio mtuo ou

    ausncia de prejuzo mtuo

    Desarmnicas ou negativas quando h prejuzo para algum

    dos participantes

    As relaes ecolgicas entre espcies so de interdependncia

    direta ou indireta, que podem estar relacionadas a alimentao,

    reproduo, proteo e territrio das espcies associadas.

  • HARMNICAS Forsia: uma espcie fornece transporte para outra

    Comensalismo: uma obtm vantagens (hspede) sem

    prejuzos para o outro (hospedeiro)

    Mutualismo: ambas so beneficiadas

  • DESARMNICA

    Competio: lutam pelo mesmo alimento ou abrigo

    Canibalismo: um animal se alimenta de outro da

    mesma espcie

    Predatismo: um animal se alimenta de outra espcie

    Parasitismo: unilateralidade de benefcios ( hospedeiro

    espoliado pelo parasito)

  • Parasitismo

    Forma de relao desarmnica que caracteriza a espcie que se instala no corpo

    de outra, dela retirando matria para a sua

    nutrio e causando-lhe, em conseqncia,

    danos cuja gravidade pode ser muito

    varivel, desde pequenos distrbios at a

    prpria morte do indivduo parasitado.

    Hospedeiro: organismo que abriga o

    parasita.

  • o estudo dos organismos que vivem em ntimo e estreita

    dependncia de outros seres e que, quando tm o homem como

    hospedeiro, podem causar doenas. Lus Rey

    Associaes entre indivduos de espcies diferentes, onde

    existe unilateralidade de benefcios, ou seja, o hospedeiro

    espoliado pelo parasita pois fornece alimento e abrigo para

    este. David Pereira Neves

    a cincia do estudo da morfologia e da biologia dos

    parasitos como fundamento para o conhecimento da patologia,

    do diagnstico, da teraputica, da epidemiologia e da profilaxia

    das doenas parasitrias. Ruy Gomes Moraes

  • Evoluo da Relao

    Parasito Hospedeiro

    Parasitas e Hospedeiros

    Evoluo

    Adaptaes

    Maior Eficincia

    O parasita no mata o

    hospedeiro

    Hospedeiro protege-se da

    espoliao

  • IMPORTNCIA DO ESTUDO DE

    PARASITOLOGIA

    Doenas freqentes na populao mundial

    Segundo OMS:

    980 milhes de pessoas esto parasitadas pelo Ascaris lumbricoides

    200 milhes pelo Schistosoma mansoni

    116 milhes pelo Trypanosoma cruz

    Brasil (Rhodia) - Parasitoses intestinais:

    Crianas parasitadas 55,3%

    Crianas poliparasitadas 51%

  • Pode levar morte sbita ou incapacitar p/ o trabalho

    Ex: Doena de Chagas

    Parasitose + m nutrio

    1. Deficincia no aprendizado

    2. Deficincia no desenvolvimento fsico

    3. Incapacidade para o trabalho

    IMPORTNCIA DO ESTUDO DE

    PARASITOLOGIA

  • PARASITOLOGIA HUMANA

    Estudo dos parasitas / doenas parasitrias

    Mtodos de diagnstico

    Controle de doenas parasitrias

    PARASITO:

    Ser vivo que vive associado a outro ser vivo, sempre dependendo deste para seu abrigo, alimentao e reproduo.

    Considerado o organismo agressor.

    HOSPEDEIRO:

    Organismo agredido.

    O termo correto

    parasito e no parasita!

  • OS PARASITOS PODEM SER

    CLASSIFICADOS DE MUITAS

    FORMAS!

  • Quanto localizao no hospedeiro

    Ectoparasitas: vivem externamente no corpo do

    hospedeiro. Ex: pulgas, piolhos, carrapatos

    Endoparasitas: vivem internamente no corpo do

    hospedeiro. Ex: bactrias, vrus, helmintos, protozorios

    Hemoparasita: vivem na corrente sangunea.

    Ex: gnero Plasmodium (malria)

    Enteroparasita: vivem no intestino

    Ex: Ascaris lumbricoides

  • Parasito Facultativo: vivem parasitando ou no um

    hospedeiro. Moscas Sarcophagidae que se desenvolvem tanto em feridas

    necrosadas, quanto em matrias orgnicas em decomposio.

    Parasito Obrigatrio: no consegue viver fora do

    hospedeiro (vrus )

    Parasito Acidental: acidentalmente vive em um

    hospedeiro que no o de costume.

    Dipylidium caninum comumente encontrado em ces parasitando uma criana.

    Quanto ao grau de dependncia do

    hospedeiro

  • Quanto ao nmero de hospedeiros

    Parasitos Monoxeno: utilizam apenas um hospedeiro

    para completar seu ciclo biolgico, no necessitando

    de hospedeiro intermedirio.

    Parasitos Estenoxenos: atingem apenas uma espcie

    ou poucas espcies muito prximas, podendo utilizar

    um hospedeiro intermedirio.

    Parasitos Eurixenos: ocorrem em diversas espcies

    de hospedeiros, desenvolvendo-se em qualquer um

    deles.

  • Ciclo Geral

    Hospedeiro intermedirio

    Hospedeiro

    Definitivo

    Vetor parasito imaturo

    parasito adulto

  • Ecologia parasitria

    Hbitat: local ou rgo onde determinada espcie ou populao vive

    Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale intestino delgado humano

    Nicho ecolgico: funo da espcie dentro do hbitat

    Intestino delgado:

    Ascaris lumbricoides absorve fsforo, clcio, carboidratos, acares, protenas etc.

    Ancylostoma duodenale consome sangue e ferro do hospedeiro

  • Parasitismo e Doena Parasitria

    a) Parasitismo sem manifestaes clnicas ou

    assintomtico

    b) Parasitismo com manifestaes clnicas ou

    sintomtico, revelando doena parasitria

  • DOENA PARASITARIA

    Luta parasito-hospedeiro

    Fp. Mecanismo de agresso do parasito

    Fh. Meios de defesa do hospedeiro

    Fp > Fh = doente

    Fp < Fh = morte do agressor

    Fp = Fh = portador so

  • Relao

    Parasito X Hospedeiro

  • Fatores inerentes ao

    parasito

    Nmero de exemplares

    Capacidade de multiplicao

    dos parasitos no hospedeiro

    Dimenses do parasito

    Localizao no organismo

    Virulncia

    Associaes parasitrias

    Idade

    Imunidade

    Alimentao

    Doenas intercorrentes

    Microbiota associada

    Medicamentos usados

    Usos e costumes

    Tenso emocional

    Fatores pertinentes ao

    hospedeiro

  • AO DOS PARASITOS SOBRE O

    HOSPEDEIRO

    Doena parasitria:

    um desequilbrio entre hospedeiro e o parasito

    O grau de intensidade da doena parasitria depende de

    vrios fatores:

    N de formas infectantes presentes

    Virulncia da cepa

    Idade e o estado nutricional do hospedeiro

    Os rgos atingidos

    Grau da resposta imune ou inflamatria desencadeada

    Intercorrncia de outras doenas

  • Ao patognica dos parasitos

    Ao espoliativa

    Ao txica

    Ao mecnica

    Ao traumtica

    Ao irritativa

    Anxica

  • AO ESPOLIATIVA

    Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do

    hospedeiro, podem deixar pontos hemorrgicos na mucosa

    quando abandonam o local de suco.

    AO TXICA

    Acontece quando algumas espcies produzem enzimas ou

    metablicos que podem lesar o hospedeiro.

  • AO MECNICA

    Algumas espcies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou

    absoro alimentar.

    AO TRAUMTICA

    provocada, geralmente, pela migrao de formas larvais de

    helmintos, embora vermes adultos e protozorios tambm

    possam faz-lo.

  • AO IRRIATIVA

    Alguns parasitos tm a propriedade de sensibilizar o

    organismo humano, causando fenmenos alrgicos.

    ANXIA

    Qualquer parasito que consuma o oxignio da hemoglobina, ou

    produza anemia, capaz de provocar uma anxia.

  • Epidemiologia

    Cincia que estuda a distribuio das

    doenas e de seus determinantes na

    populao humana

    Determinantes fatores de risco

    Objetivo principal da epidemiologia:

    Promoo da sade atravs da preveno de

    doenas

  • Medidas preventivas

    1. Preveno primria: procura impedir que o

    indivduo adoea, controlando os fatores de risco

    Moradia adequada

    Saneamento ambiental

    Tratamento de gua, esgoto e coleta de lixo

    Educao

    Alimentao adequada

    reas de lazer

    Especficos: imunizao, equipamento de segurana, uso de camisinha, proteo contra acidente

    Controle de vetores

  • 2. Preveno secundria: medidas aplicveis

    aos indivduos que se encontra sob a ao do

    agente patognico

    Impedir que a doena se desenvolva para estgios mais graves, que deixem seqelas

    ou provoque morte

    1. Diagnstico

    2. Tratamento precoce

  • 3. Preveno terciria: preveno da

    incapacidade atravs de medidas destinadas

    reabilitao

    Aplicadas na fase em que esteja ocorrendo ou que j tenha ocorrido a doena

    Inclui a reabilitao (impedir a incapacidade total)

    1. Fisioterapia,

    2. Terapia ocupacional

    3. Cirurgias de reparo

    4. Colocao de prteses

    Exemplo: implante de marcapasso em pacientes com doena de Chagas

  • Protozorios (Protozoa)

    Helmintos Platyhelminthes (vermes achatados)

    Nematoda (vermes redondos)

    Arthropoda Insecta

    Arachnida

    Grupos de Interesse em Parasitologia

    Taenia solium

    Ascaris

    lumbricoides

    Giardia lamblia

    Piolho humano

    (Subordem Anoplura)

    caros

    (cravos e carrapatos;

    subclasse Acari)

  • Protozoa

    1. Trypanosoma cruzi doena de Chagas

    2. Gnero Leishmania - leishmanioses

    3. Trichomonas vaginalis - tricomonase

    4. Giardia lamblia - giardase

    5. Entamoeba histolytica - amebase

    6. Gnero Plasmodium - malria

    7. Toxoplasma gondii - toxoplasmose

  • Seres vivos para serem estudados tm que ser agrupados e

    classificados conforme sua:

    Morfologia , Fisiologia, Estrutura, Filogenia etc.

    Agrupamento

    Obedece a normas

    Possui um vocabulrio prprio

    Classificao dos seres vivos

  • Sistema binominal (Linnaeus-1758)

    A sistema de classificao cientfica Lineana regulada por regras de nomenclatura definidas em sociedades cientficas e denominadas:

    Regras Internacionais de Nomenclatura Zoolgica

    Nomenclatura: Latina e binominal

    Espcie = 2 palavras

    1 gnero (letra maiscula)

    2 espcie (letra minscula)

    grifadas ou escritas em itlico

  • Hierarquia Lineana de Classificao

    Sistema binominal (Linnaeus-1758)

    Unidade taxonmica ou categoria taxonmica (sete)

    Reino, filo, classe, ordem, famlia, gnero, espcie

  • Subespcie palavra seguida espcie sem pontuao

    Ex.: Culex pipiens fatigans

    Subgnero (interposto entre o gnero e a espcie, separado por parnteses)

    Ex.: Anopheles (Kerteszia) cruzi

  • Tribo

    ini

    Cullicini

    Subfamilia

    inae

    Culicinae

    Familia

    idae

    Culicidae

    Superfamilia

    oidea

    Oxyuroidea

    Gnero-tipo + desinncia prpria

  • Ex: pernilongo da malria

    REINO.......................... Animalia

    FILO............................. Arthropoda

    CLASSE....................... Insecta

    ORDEM........................Diptera

    FAMILIA.................... Culicidae

    GNERO.................... Anopheles

    ESPCIE.....................Anopheles darlingi