76903818 Assistencia de Enfermagem No Parto e Puerperio

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PARTO E PUERPERIO PARTO é a combinação de fenômenos pelos quais o feto, a placenta e as membranas se desprendem e são expulsos do corpo da gestante. O feto pode ser expulso pelas vias genitais (parto normal) ou através de meio cirúrgico (parto cesário). Classificação do Parto Conforme IG; Parto a termo ou normal: ocorre entra a 37° e 41° semanas a partir da DUM; Parto Prematuro: ocorre antes da 37° semana de gestação; Abortamento: Anterior as 24 semanas de gestação; Procedimento Espontâneo: sem interferência; Dirigido: com auxilio de episiotomia; Induzido: auxilio de medicamentos e manobras; Cirúrgico: cesária. Etapas do Trabalho de Parto 1ª Etapa: contrações regulares, dilatação e apagamento cervical progressivo. Termina com o apagamento completo da cervix e quando o colo dilatou completamente. Fase Latente: contrações regulares, apagamento e dilatação de 3 a 4 cm. As contrações nesta fase tornam-se mais intensas e mais freqüentes. Fase Ativa: a dilatação permanece aumentando até completar 10 cm...as contrações tornam-se mais intensas, longas e dolorosas.

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Atuação do enfermeiro no parto e puerperio

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ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM NO PARTO E PUERPERIOPARTO a combinao de fenmenos pelos quais o feto, a placenta e as membranas se desprendem e so expulsos do corpo da gestante. O feto pode ser expulso pelas vias genitais (parto normal) ou atravs de meio cirrgico (parto cesrio).Classificao do Parto

Conforme IG; Parto a termo ou normal: ocorre entra a 37 e 41 semanas a partir da DUM; Parto Prematuro: ocorre antes da 37 semana de gestao;

Abortamento: Anterior as 24 semanas de gestao;Procedimento

Espontneo: sem interferncia;

Dirigido: com auxilio de episiotomia;

Induzido: auxilio de medicamentos e manobras;

Cirrgico: cesria. Etapas do Trabalho de Parto

1 Etapa: contraes regulares, dilatao e apagamento cervical progressivo. Termina com o apagamento completo da cervix e quando o colo dilatou completamente.

Fase Latente: contraes regulares, apagamento e dilatao de 3 a 4 cm. As contraes nesta fase tornam-se mais intensas e mais freqentes.

Fase Ativa: a dilatao permanece aumentando at completar 10 cm...as contraes tornam-se mais intensas, longas e dolorosas.Fase de desacelerao: quando a dilatao chega a 9-10 cm, a mulher sente-se mais relaxada e com menos desconforto, at iniciar uma urgncia incontrolvel de expulso do feto.

2 Etapa: contraes intensas e demoradas, quando ocorre o coroamento (cabea do RN apresenta-se no canal vaginal).3 Etapa: inicia-se com o nascimento da criana e termina com a sada da placenta.

4 Etapa: inicia-se desde a expulso da placenta e termina com a estabilizao da mulher.

Cuidados de Enfermagem1) Orientar a paciente

2) Esvaziar a bexiga

3) Verificar sinais vitais

4) Vesti-la

5) Tricotomia

6) Enteroclisma (enema)

7) Banho, quando possvel8) NPO COM

ASSISTNCIA AO PARTO NORMAL

I. OBJETIVO

Oferecer subsdios para a correta avaliao da gestante de baixo risco no diagnstico e acompanhamento do trabalho de parto.II. DEFINIO DE TRABALHO DE PARTO (TP)

Processo atravs do qual um tero gravdico, por meio de atividade contrtil, expulsa um feto com idade gestacional igual ou superior a 20 semanas.

Classificao do Parto

Pr-termo 20 a 36 semanas e 6 dias

Termo 37 a 41 semanas e 6 dias

Ps-termo > 42 semanas

III. COMO DIAGNOSTICAR O TRABALHO DE PARTO

Presena de pelo menos 3 contraes uterinas regulares, rtmicas e com durao de pelo menos 30s em intervalos de 10min, de intensidade suficientemente forte para causar dilatao do colo uterino.

Colo uterino dilatado pelo menos 3cm.

Grau mnimo de apagamento do colo uterino

Vale salientar que, em nulparas, deve-se dar mais ateno crvico-dilatao, em detrimento da atividade uterina; acontecendo exatamente o inverso nas multparas, que podem apresentar-se com dilatao cervical de at 4cm sem, no entanto, estarem em trabalho de parto (ausncia de atividade uterina).

importante ter em mente todos estes critrios para saber diferenciar o verdadeiro do falso trabalho de parto (contraes de Braxton Hicks) ou mesmo da fase latente do trabalho de parto (prdromos) evitando-se, assim, internamentos desnecessrios e/ou precoces.

Pacientes com falso trabalho de parto ou no perodo prodrmico devem ser orientadas quanto ao seu quadro e enviadas de volta sua residncia, tomando-se o cuidado, nestes casos, de orient-las para retornar ao servio mdico quando as contraes estiverem mais intensas, freqentes e regulares.

Pode-se, tambm, optar por manter essas pacientes em observao e reavali-las dentro de 1-2h. Nos casos em que houver implicao social, as gestantes podem ser admitidas na sala de parto precocemente.

CONTRAES VERDADEIRASCONTRAES FALSAS

Dilatao e apagamento do coloNo resultam em dilatao e apagamento do colo

Contraes em intervalos regularesContraes em intervalos irregulares

O intervalo entre as contraes diminuiO intervalo entre as contraes no muda

A intensidade aumentaA intensidade no muda

Contraes localizadas principalmente entre lombar e abdmenContraes localizadas principalmente na parte inferior do abdmen e regio inguinal

Geralmente intensifica com a deambulaoA deambulao no interfere

IV. CONDUTA DA ADMISSO DA PACIENTE EM TRABALHO DE PARTO

Uma vez diagnosticado o trabalho de parto em sua fase ativa, o mdico assistente deve proceder propedutica de internamento na sala de parto.

A) Anamnese:

Deve-se fazer interrogatrio completo sobre as queixas da paciente, histria da gestao, passado obsttrico, patologias associadas, uso de medicamentos, grupo sangneo, movimentao fetal, data da ltima menstruao, etc. Muitas dessas informaes podem ser obtidas e/ou complementadas atravs do carto da gestante.

B) Exame clnico:

Deve incluir:

- ausculta crdio-pulmonar;- medida dos sinais vitais (presso arterial, pulso arterial e temperatura);- pesquisa de palidez cutneo-mucosa e edema subcutneo.

C) Exame obsttrico:

Deve incluir:

- Manobras de Leopold, evidenciando-se fundo uterino, tipo de situao, posio e apresentao fetal, e presena ou no de insinuao do plo fetal;- Mensurao de altura do fundo uterino;- Ausculta dos batimentos cardacos fetais (BCF);- Toque vaginal (j realizado no momento do diagnstico) evidenciando-se grau de dilatao, apagamento e posio do colo uterino, formao da bolsa das guas, tipo de apresentao, variedade de posio fetal e grau de deflexo do plo ceflico (caso haja).

- Avaliar atividade uterina descrevendo-se sua intensidade, freqncia, durao e regularidade.

OBS: Nos casos em que houver suspeita de amniorrexe prematura ou placentao anmala o toque vaginal deve ser postergado; realizando-se, de imediato, o exame especular. Evita-se, dessa forma, o risco de infeco ascendente, naquela, ou STV, nesta.

D) Medidas gerais:

- Tricotomia pubiana

No h evidncias cientficas de seus benefcios.

- Clister evacuativo

No h evidncias cientficas de seus benefcios.

- Higienizao da paciente

Deve ser realizada na forma de banho geral, desde que no se encontre com mais de 7cm de dilatao cervical.

- Utilizao de vestes apropriadas

Troca das roupas da paciente pela bata do servio, ainda na admisso.

- Restrio alimentar

Grvidas encaminhadas de volta sua residncia, na fase latente do TP, com baixo risco para interveno abdominal, devem ser encorajadas a ingerir apenas alimentos leves.

As internadas no incio da fase ativa, com baixo risco para parto cesariano, podem ingerir lquidos claros (gua, ch), suspendendo a dieta medida que o TP evolui ou na presena de intercorrncias. O uso de alimentao slida ou base de laticnios est sempre proscrita.

Nas gestantes de risco elevado e/ou com possibilidade de parto cesariano, contra-indicada qualquer tipo de alimentao, mantendo-se o estado de jejum.

- Encaminhar a paciente ao centro obsttrico. ADMISSO DA PACIENTE NO CENTRO OBSTTRICO

Ao chegar ao centro obsttrico paciente ser recebida pela equipe multidisciplinar, encaminhada ao leito, avaliada, novamente, pelos mdicos plantonistas, sendo definida uma conduta expectante ou intervencionista, dependendo de cada caso.

NA SALA MEDIDAS GERAIS DE CONDUTA DE PARTO

A) As pacientes devem ser encorajadas, desde que apresentem dilatao cervical 6 e sem presena de mecnio).

Estudos atualizados nos mostram que no foi evidenciada relao entre o momento do clampeamento do cordo e melhores resultados perinatais.

Desta forma o momento de faz-lo fica a critrio do obstetra. No se deve, entretanto, efetuar ordenha de cordo.

Caso o RN apresente Apgar < 7 e/ou presena de mecnio, deve-se entreg-lo imediatamente aos cuidados do neonatologista..ACOMPANHAMENTO OBSTTRICO A DEQUITAO

Perodo de extrema importncia devido gravidade e complexidade de suas complicaes, cujas principais so:

- Sangramento transvaginal profuso (uma das principais causas de mortalidade materna)

- Reteno de restos placentrios provocando sangramento e/ou infeco puerperal

- Inverso uterina

ATUALMENTE A CONDUTA ATIVA RECOMENDADA NESTE PERODO. APS DESPRENDIMENTO DO OMBRO FETAL ANTERIOR SE INFUNDE OCITOCINA 10UI POR VIA ENDOVENOSA OU INTRAMUSCULAR, TRACIONA-SE DELICADAMENTE O CORDO E REALIZA-SE MASSAGEM SUAVE NO FUNDO UTERINO. ESTAS MEDIDAS SO RESPONSVEIS POR REDUO DA FREQNCIA DE SANGRAMENTO PS-PARTO E DE NECESSIDADE DE EXTRAO MANUAL DA PLACENTA.

O 3 perodo, tambm pode ser conduzido de forma passiva, aguardando-se at 1hora pela expulso espontnea da placenta; segurando-a, ainda, no momento que a mesma transpe a vulva, impedindo-se que, porgravidade, caia, propiciando a permanncia de restos placentares dentro do tero.

Quando se evidenciar STV importante, acompanhado de atonia uterina, com ausncia de formao do globo de segurana, deve-se utilizar ocitcitos. Havendo suspeita de reteno de material intra-tero, a curagem dever ser efetuada.

Nos casos de parto vaginal aps cesrea anterior tambm indica-se reviso de cavidade uterina, procedimento que sempre deve ser realizado sob anestesia.

Depois de retirada a placenta mandatrio realizar sua reviso, evidenciando-se ausncia ou no de cotildones, assim como a integridade das membranas e cordo umbilical. Realizar, ainda, reviso do canal de parto,procedendo-se sutura da episiotomia, caso realizada, ou de laceraes decorrentes do parto. Orienta-se utilizao de fio cat-gut cromado 2-0.

Caso a dequitao ultrapasse 1h, ou haja STV importante, deve-se realizar a extrao manual da placenta, seguida de curagem, realizando reposio volmica e/ou uso de ocitocina, se necessrios, previamente ao procedimento.

Na hora que se segue aps a dequitao, o chamado 4 perodo, deve-se, ainda, manter controle rigoroso dos sinais vitais, assim como observao do STV. Nas horas seguintes, observar a loquiao, alimentar a paciente, promover seu asseio e estimular a deambulao e amamentao.