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PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS do Município de Uberlândia Uberlândia 2013

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  • PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLNDIA

    PLANO DE GESTO

    INTEGRADA DE

    RESDUOS SLIDOS do Municpio de Uberlndia

    Uberlndia

    2013

  • NDICE

    1. INTRODUO ................................................................................................................. 1

    1.1. Objetivos ......................................................................................................................... 2

    1.1.1. Objetivo Geral ............................................................................................................................. 2

    1.1.2. Objetivos Especficos .................................................................................................................. 2

    2. DIAGNSTICO ................................................................................................................. 3

    CAPTULO I - ASPECTOS GERAIS ................................................................................... 3

    I.1. ASPECTOS SCIOS ECONMICOS ........................................................................... 3

    I.1.2. Das Aes da incluso social de Uberlndia ............................................................................... 5

    I.1.3. Regio do Municpio de Uberlndia ............................................................................................. 7

    I.1.4. Potencial econmico do Municpio de Uberlndia ..................................................................... 17

    I.2. SITUAO DO SANEAMENTO BSICO .................................................................. 21

    I.2.1. A prestao dos servios do Departamento Municipal de gua e Esgotos DMAE ................. 21

    I.2.2. A capacidade produtiva instaladas do DMAE ............................................................................ 22

    I.2.3. O sistema de coleta de esgotos do DMAE .................................................................................. 23

    I.3. SITUAO GERAL DOS MUNICPIOS DA REGIO............................................... 24

    I.3.1. Lista de siglas de tipos de unidades ............................................................................................ 25

    I.4. LEGISLAO LOCAL EM VIGOR ............................................................................. 29

    I.5. ESTRUTURA OPERACIONAL, FISCALIZATRIA E GERENCIAL ...................... 32

    I.5.1. Sistema de Coleta e Manejo de Resduos Slidos de Uberlndia .............................................. 32

    I.5.2. Estrutura funcional da SMSU de Uberlndia ............................................................................. 34

    I.5.3. Estrutura operacional da SMSU de Uberlndia .......................................................................... 35

    I.5.4. Servios de coleta dos resduos slidos domiciliares e comerciais ............................................. 36

    I.5.5. Servios para coleta seletiva ........................................................................................................ 39

    I.5.6. Servios de varrio das vias pblicas do Municpio .................................................................. 43

    I.5.7. Servio de reposio e limpeza de lixeiras plsticas de 50 litros ................................................ 47

    I.5.8. Servios de limpeza nas feiras livres ........................................................................................... 47

    I.5.9. Servios de limpeza de bueiros e bocas de lobo .......................................................................... 50

    I.5.10. Servios de limpeza e manuteno das praas ........................................................................... 50

    I.5.11. Servios de limpeza e manuteno dos cemitrios .................................................................... 51

    I.5.12. Demais servios de limpeza urbana ........................................................................................... 51

    I.5.13. Servios de roagem em terrenos vagos .................................................................................... 52

    I.5.14. Servio de coleta de animais mortos ......................................................................................... 54

    I.5.15. Servios de coleta de resduos verdes ....................................................................................... 54

    I.5.16. Servios de lavagem de viadutos e logradouros pblicos.......................................................... 54

    I.5.17. Servio de pintura de meio-fio................................................................................................... 54

    I.5.18. Servios da Seo de Fiscalizao de limpeza urbana .............................................................. 54

    I.5.19. Servios no Aterro Sanitrio ..................................................................................................... 55

  • I.5.19.1. Gerao de energia eltrica no Aterro Sanitrio antigo .......................................................... 58

    I.6. INICIATIVAS E CAPACIDADE DE EDUCAO AMBIENTAL ............................. 59

    I.6.1. Programa Escola gua Cidad do DMAE ................................................................................... 59

    I.6.2. Educao Ambiental no Aterro Sanitrio de Uberlndia ............................................................. 61

    I.6.3. Educao ambiental nas Escolas .................................................................................................. 63

    I.6.4. Programa - Mudana de hbito nas escolas .................................................................................. 65

    I.6.5. Programa do Ncleo de Educao Ambiental Secretaria Municipal do Meio Ambiente .......... 65

    CAPTULO II SITUAO DOS RESDUOS SLIDOS .................................................. 67

    II.1 DADOS GERAIS E CARACTERIZAO .................................................................... 67

    II.1.1. Normatizao ............................................................................................................................... 67

    II.1.2. Classificao dos resduos quanto a natureza e origem ............................................................... 61

    II.1.3. Classes dos resduos slidos ........................................................................................................ 72

    II.1.3.1. Resduo Pblico ........................................................................................................................ 74

    II.1.3.2. Resduo Domiciliar Especial .................................................................................................... 74

    II.1.3.3. Entulho de obras ....................................................................................................................... 74

    II.1.3.4. Pilhas e Baterias ........................................................................................................................ 75

    II.1.3.5. Lmpadas Fluorescentes ........................................................................................................... 76

    II.1.3.6. Pneus ......................................................................................................................................... 77

    II.1.3.7. Resduos de fontes especiais ..................................................................................................... 77

    II.1.4. Caractersticas dos resduos slidos no Brasil ............................................................................. 82

    II.1.4.1. Resduos Slidos Urbanos RSU no Brasil ............................................................................. 82

    II.1.4.2. Gerao DE RSU no Brasil ...................................................................................................... 84

    II.1.4.3. Coleta de RSU nos estados do sudeste do Brasil ...................................................................... 84

    II.1.4.4. Empregos diretos gerados pelo setor de limpeza urbana Brasil ............................................ 86

    II.1.4.5. Empregos diretos gerados pelos servios de limpeza urbana no Brasil ................................... 86

    II.1.4.6. Coleta de resduos de construo e demolio (RCD) no Brasil ............................................. 87

    II.1.4.7. Coleta de resduos de servios de sade (RSS) executada pelos Municpios brasileiros.......... 87

    II.1.4.8. Coleta Seletiva no Brasil .......................................................................................................... 88

    II.1.4.9. Reciclagem de alumnio, papel, plstico e vidro no Brasil ...................................................... 89

    II.1.4.10. Coleta Seletiva na Regio Sudeste do Brasil ......................................................................... 90

    II.2. GERAO ..................................................................................................................... 91

    II.2.1. Resduos Slidos Domiciliares RSU ....................................................................................... 91

    II.2.1.1. Composio Gravimtrica dos resduos domiliares de Uberlndia ......................................... 91

    II.2.2. Resduos Slidos Domiciliares leo vegetal ........................................................................... 94

    II.2.3. Resduos Slidos Gerados na Coleta Seletiva ............................................................................ 94

    II.2.4. Resduos da Limpeza Pblica ..................................................................................................... 97

    II.2.4.1. Resduos Slidos da coleta de Animais mortos ....................................................................... 97

    II.2.4.2. Resduos Slidos da limpeza de pontos crticos ...................................................................... 97

    II.2.5. Resduos Slidos Gerados na Construo Civil ......................................................................... 97

    II.2.6. Resduos Slidos coletados nos Ecopontos .............................................................................. 106

    II.2.7. Resduos Slidos da Construo Civil dos Grandes Geradores ............................................... 108

  • II.2.8. Resduos Slidos da Construo Civil no Aterro Sanitrio ...................................................... 109

    II.2.9. Resduos Slidos da Massa Verde Urbana ............................................................................... 110

    II.2.10. Resduos Slidos Gerados nos Parques Municipais ............................................................... 111

    II.2.11. Resduos Slidos dos Servios da Sade ................................................................................ 113

    II.2.12. Resduos Slidos sujeitos Logstica Reversa ....................................................................... 114

    II.2.12.1. Pneus inservveis .................................................................................................................. 115

    II.2.12.2. Lmpadas ............................................................................................................................. 116

    II.2.12.3. Pilhas e baterias .................................................................................................................... 116

    II.2.12.4. Eletroeletrnicos ................................................................................................................... 116

    II.2.13. Resduos Slidos Gerado no Saneamento Bsico ................................................................... 117

    II.2.14. Resduos Slidos Cemiteriais .................................................................................................. 118

    II.2.15. Resduos Slidos Industriais ................................................................................................... 118

    II.2.16. Resduos Slidos Agrossilvopastoris Inorgnicos .................................................................. 119

    II.2.17. Resduos Slidos Agrossilvopastoris Orgnicos ..................................................................... 122

    II.3. COLETA E TRANSPORTE ......................................................................................... 123

    II.3.1. Descrio e Caractersticas dos Equipamentos ......................................................................... 124

    II.3.1.1. Caminho Modelo Ford Cargo 1722e Eletrnico .................................................................. 124

    II.3.1.2. Coletor Compactador Modelo CF 1000 Facchini 15.000 ...................................................... 124

    II.3.2. Procedimentos de coleta ............................................................................................................ 125

    II.3.3. Transporte de coletas diversas ................................................................................................... 126

    II.3.4. Estrutura operacional de veculos mquinas e equipamentos do DMAE ................................. 128

    II.3.5. Estrutura operacional de veculos de coleta e transporte de resduos slidos

    dos servios de sade ........................................................................................................................... 129

    II.3.6. Ponto de coleta - Ecopontos de Uberlndia .............................................................................. 129

    II.4. DESTINAO E DISPOSIO FINAL .................................................................... 133

    II.4.1. Aterros Sanitrios ..................................................................................................................... 133

    II.4.2. Empresa prestadora de servios de sade de Uberlndia - Sterlix Ambiental Tratamento de

    Resduos Ltda ...................................................................................................................................... 138

    II.5. CUSTOS ........................................................................................................................ 138

    II.5.1. Recursos aplicados na coleta de RSU e demais servios de limpeza urbana Brasil .............. 138

    II.5.2. Recursos aplicados na coleta de RSU e demais servios de limpeza urbana - regio Sudeste

    do Brasil .............................................................................................................................................. 139

    II.5.3. Custos da limpeza pblica em Uberlndia ............................................................................... 140

    II.5.4. Custos da Coleta Seletiva ......................................................................................................... 144

    II.5.5. Receitas das Associaes da coleta seletiva ............................................................................. 144

    II.5.6. Aspectos econmicos da prestao dos servios SMSU .......................................................... 145

    II.6. COMPETNCIAS E RESPONSABILIDADES .......................................................... 147

    II.7. CARNCIAS E DEFICINCIAS ................................................................................ 148

    II.7.1. Propostas de incluso social aos catadores .............................................................................. 153

    II.8. INICIATIVAS RELEVANTES ................................................................................... 153

    II.9. LEGISLAO E NORMAS BRASILEIRAS APLICVEIS .................................... 155

    II.9.1. Leis da Unio Federativa ......................................................................................................... 155

    II.9.2. Normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, referentes a resduos ......... 157

    II.9.3. Leis do Estado de Minas .......................................................................................................... 159

  • II.10. Meios de comunicao da elaborao do PGIRS ........................................................ 160

    II.10.1. Comunicao via mdia impressa ............................................................................................ 161

    II.10.2. Comunicao via internet ........................................................................................................ 161

    II.10.3. Comunicao via Jornal .......................................................................................................... 161

    II.10.4. Comunicao via Televisiva ................................................................................................... 162

    CAPTULO III - ASPECTOS GERAIS ............................................................................... 162

    III.1 PERSPECTIVAS PARA GESTO ASSOCIADA COM MUNICPIOS E REGIO 162

    III.2 DEFINIO DAS RESPONSABILIDADES PBLICAS E PRIVADAS.................. 163

    CAPTULO IV - DIRETRIZES, ESTRATGIAS, PROGRAMAS, AES E METAS

    PARA O MANEJO DIFERENCIADO DOS RESDUOS ................................................... 166

    IV.1 Diretrizes especficas ................................................................................................................... 166

    IV.1.1. Modelo de gesto ..................................................................................................................... 166

    IV.1.2. Segmentos Operacionais ......................................................................................................... 166

    IV.1.3. O modelo de gesto dos resduos no municpio dever contemplar........................................ 168

    IV.1.4. Atendimento s diretrizes previamente estabelecidas pelos gestores pblicos, tais como...... 168

    IV.1.5. A gesto integrada de resduos slidos ter como princpios bsicos .................................... 168

    IV.1.6. As prioridades da gesto integrada de resduos slidos ......................................................... 169

    IV.1.7. Tendo como norteadora a Lei Federal n 12.305/2010 as diretrizes para o plano

    de gesto dos resduos slidos so ...................................................................................................... 169

    IV.2 Estratgias de implementao e redes de reas de manejo local ou regional ............................. 170

    IV.3 Metas Quantitativas, Aes e Prazos .......................................................................................... 171

    IV.3.1 Resduos Slidos Urbanos - Coleta Convencional e Destinao Final .................................... 172

    IV.3.2 Resduos Slidos Urbanos Coleta Seletiva ........................................................................... 177

    IV. 3.3 Resduos da Limpeza Urbana ................................................................................................. 179

    IV.3.3.1 Varrio Manual ................................................................................................................... 179

    IV.3.3.2 Limpeza de Boca de Lobo .................................................................................................... 181

    IV.3.3.3 Limpeza e Lavagem de Feiras Livres ................................................................................... 181

    IV.3.4 Resduos da Construo Civil e Demolio RCD ................................................................ 182

    IV.3.5 Resduos Volumosos ................................................................................................................ 184

    IV.3.6 Resduos de Servios de Sade RSS ..................................................................................... 185

    IV.3.7 Resduos Tecnolgicos (Lmpadas, Pilhas, Baterias, Eletroeletrnicos) Logstica Reversa .187

    IV.3.8 Resduos Especiais (Pneumticos, Embalagens de Agrotxico e de leos Lubrificantes) ...... 189

    IV.3.9 rea de Passivos Ambientais .................................................................................................... 191

    IV.3.10 Resduos Slidos Urbanos Compostagem ........................................................................... 192

    IV.3.11 Resduos Industriais ................................................................................................................ 194

    IV.4 Programas e Aes Agentes Envolvidos e Parcerias ................................................................ 195

    CAPTULO V - DIRETRIZES, ESTRATGIAS, PROGRAMAS, AES E METAS

    PARA OUTROS ASPECTOS DO PLANO ........................................................................ 198

    V.1 Definio de reas para disposio final ...................................................................................... 198

    V.1.1 Resduos Slidos Domiciliares .................................................................................................. 198

  • V.1.2 Resduos da Construo Civil .................................................................................................... 200

    V.1.3 Materiais Reciclveis ................................................................................................................. 201

    V.1.4 Resduos do Servio de Sade ................................................................................................... 201

    V.1.6 Resduos Cemiteriais ................................................................................................................. 201

    V.1.5 Resduos Especiais ..................................................................................................................... 201

    V.2 Regramento dos planos de gerenciamento obrigatrios ............................................................... 201

    V.3 Aes relativas aos resduos com logstica reversa ..................................................................... 204

    V.4 Indicadores de desempenho para os servios pblicos ................................................................ 205

    V.5 Aes Especficas da Administrao pblica Ambiental ............................................................. 205

    V.6 Iniciativas para a educao ambiental e comunicao .................................................................. 207

    V.7 Definio de nova estrutura gerencial ........................................................................................... 211

    V.8 Sistema de clculo dos custos operacionais e investimentos ........................................................ 211

    V.9 Forma de cobrana dos custos dos servios pblicos ................................................................... 212

    V.10 Iniciativas para controle social .................................................................................................... 212

    V.11 Sistemtica de organizao das informaes locais ou regionais ............................................... 212

    V.12 Ajustes na legislao geral e especfica ...................................................................................... 212

    V.13 Programas especiais para as questes e resduos mais relevantes .............................................. 212

    V.13.1 Melhoria da gesto administrativa e operacional ..................................................................... 212

    V.13.2 Programa de reciclagem de leo de cozinha (PGIROC) .......................................................... 213

    V.13.3 Plano de Gerenciamento Integrado de Resduos de Servios de Sade PGIRSS ................. 213

    V.13.4 Programa de Compostagem de Resduos Orgnicos PGIRO ............................................... 214

    V.13.5 Programa de Ecopontos ........................................................................................................... 215

    V.13.6 Programa de Coleta Seletiva ................................................................................................... 215

    V.13.7 Eficincia e racionalizao da prestao dos servios ............................................................ 216

    V.13.8 Outros programas e planos do PGIRS ..................................................................................... 217

    V.14 Aes para mitigao das emisses dos gases de efeito estufa ................................................... 217

    V.15 Agendas de Implementao ........................................................................................................ 218

    V.16 Monitoramento e verificao de resultados ................................................................................ 219

    ANEXO

    A) Indicadores de Resduos Slidos Urbanos em Uberlndia .............................................. 220

    NDICE TABELAS

    Tabela I.1 - Populao em situao de extrema pobreza em Uberlndia Censo IBGE 2010. 4

    Tabela I.2 - Projeo da Populao de Uberlndia ................................................................... 8

    Tabela I.3 - Domiclios de Uberlndia ...................................................................................... 9

    Tabela I.4 - Densidade urbana e rural do Municpio de Uberlndia ......................................... 9

    Tabela I.5 - Crescimento Populacional em 10 anos em Uberlndia ....................................... 10

    Tabela I.6 - Crescimento Populacional em quatro anos em Uberlndia ................................. 10

    Tabela I.7 - Proporo do Municpio de Uberlndia na populao do Brasil ......................... 10

  • Tabela I.8 - Ranking populacional dos Municpios Mineiros ................................................. 11

    Tabela I.9 - Os dez maiores Municpios em populao no Tringulo Mineiro

    e Alto Paranaba ...................................................................................................................... 11

    Tabela I.10 - Populao discriminada por Distritos em Uberlndia ....................................... 11

    Tabela I.11 - Distncias Rodovirias em Km dos principais centros urbanos ........................ 15

    Tabela I.12 - Movimento de passageiros no Aeroporto de Uberlndia 2005 a 2010 ............. 16

    Tabela I.13 - Movimento de carga na Ferroviria de Uberlndia 2009 ............................... 16

    Tabela I.14 - Movimento de passageiros na Rodoviria de Uberlndia 2005 a 2010 ............ 16

    Tabela I.15 - Passageiros registrados por Terminais rodovirio urbano 2010 ..................... 17

    Tabela I.16 - Estabelecimentos por Setor de 2004 a 2010 Uberlndia ................................ 18

    Tabela I.17 - Crescimento da Safra agrcola de Uberlndia de 2008 a 2010 .......................... 19

    Tabela I.18 - Rebanho bovino no Municpio de Uberlndia 2006 a 2010 .............................. 19

    Tabela I.19 - Plantel carne de aves 2010 ................................................................................ 20

    Tabela I.20 - Produo de ovos 2010 ...................................................................................... 20

    Tabela I.21 - Produo de mel 2010 ....................................................................................... 20

    Tabela I.22 - Produo de carne sunos 2010 ......................................................................... 20

    Tabela I.23 - Evoluo da quantidade de usurios atendidos pelo servios do DMAE ......... 21

    Tabela I.24 - Estaes de Tratamento de Esgotos (ETEs) do DMAE .................................... 23

    Tabela I.25 - Volume de esgoto tratado nas ETEs do DMAE em 2010 ................................. 24

    Tabela I.26 - Nvel de atendimento do DMAE no Municpio de Uberlndia em 2010 .......... 24

    Tabela I.27 - Informaes gerais ............................................................................................. 26

    Tabela I.28 - Informaes gerais complementar ..................................................................... 26

    Tabela I.29 - Informaes sobre quantidades de resduos slidos domiciliares coletados ..... 27

    Tabela I.30 - Informaes sobre coleta seletiva de resduos slidos ...................................... 27

    Tabela I.31 - Informaes sobre catadores ............................................................................. 27

    Tabela I.32 - Informaes sobre as unidades de processamento ............................................ 28

    Tabela I.33 - Informaes sobre caractersticas das unidades de proc. por disposio no solo28

    Tabela I.34 - Indicadores sobre coleta de resduos slidos domiciliares e pblicos ............... 29

    Tabela I.35 - Quadro de pessoal - atividades limpeza urbana e manejo de Resduos slidos 35

    Tabela I.36 - Frequncia das coletas nos setores de Uberlndia 2012 ................................ 39

    Tabela I.37 - Efetivo da equipe da prefeitura na atividade de varrio .................................. 44

    Tabela I.38 - Nmero de reclamaes na falta de varrio ..................................................... 46

    Tabela I.39 - Equipamentos e efetivo Limpebras na atividade da varrio manual 2012 ... 47

    Tabela I.40 - Programao das Feiras Livres de Uberlndia .................................................. 48

    Tabela I.41 - Equipamentos e efetivo na atividade de capina mecanizada 2012 ................. 50

    Tabela I.42 - Equipamentos e efetivo na atividade de capina manual 2012 ........................ 52

    Tabela I.43 - Equipamentos e efetivo na atividade de capina qumica 2012 ....................... 53

    Tabela I.44 - Equipamentos e efetivo na atividade de capina mecanizada 2012 ................. 53

    Tabela I.45 - Visitas no Aterro Sanitrio no segundo semestre 2012 ..................................... 62

    Tabela I.46 - Educao Ambiental Escolas Prefeitura Municipal de Uberlndia 2012 .... 63

    Tabela I.47 - Programao dos trabalhos do NEA para o 1 semestre de 2013 ...................... 66

    Tabela II.1 - Caracterizao dos resduos slidos no critrio da origem ................................ 73

    Tabela II.2 - Composio mdia do entulho de obra no Brasil ............................................... 75

  • Tabela II.3 - Causas geradas da toxicao das substncias qumicas das pilhas .................... 76

    Tabela II.4 - Classificao dos resduos de servios de sade ................................................ 78

    Tabela II.5 - ndice per capita de Coleta de RSU ................................................................... 82

    Tabela II.6 - ndice Evolutivo da Coleta de RSU (%) ............................................................ 82

    Tabela II.7 - Participao dos Materiais no Total de RSU Coletado no Brasil ...................... 83

    Tabela II.8 - Quantidade de RSU Gerado ............................................................................... 84

    Tabela II.9 - Coleta de RSU nos Estados do Sudeste ............................................................. 85

    Tabela II.10 - Coleta de RSU nas Capitais e Cidades da regio do sudeste, com

    Populao Superior a 500 mil Habitantes .............................................................................. 85

    Tabela II.11 - Empregos Diretos Gerados pelo Setor de Limpeza Urbana ............................ 86

    Tabela II.12 - Municpios com Iniciativas de Coleta Seletiva na Regio Sudeste ................. 90

    Tabela II.13 - Composio Gravimtrica do Bairro Planalto (sem coleta seletiva) ............... 91

    Tabela II.14 - Composio Gravimtrica do Bairro Santa Mnica (com coleta seletiva) ...... 92

    Tabela II.15 - Lista de composio dos matrias da amostra de composio gravimtrica ... 93

    Tabela II.15A - Composio gravimtrica de alguns bairros de Uberlndia em 2011 ........... 93

    Tabela II.16 - Quantidade material reciclado coletado por Bairro de Uberlndia em 2011 ... 95

    Tabela II.17- Materiais reciclveis comercializados em 2011 ............................................... 96

    Tabela II.18 - Quantidade de Alvars emitidos no perodo 2009-2012, em quantidade de

    documentos e metragem total (m) ......................................................................................... 98

    Tabela II.19 - Quantidade de Habite-se emitidos no perodo 2009-2012, em quantidade de

    documentos e metragem total (m) ........................................................................................ 100

    Tabela II.20 - Resduos da construo civil (em toneladas), considerando o parmetro de

    150kg de resduos por m de rea construda e utilizando a metragem dos alvars emitidos

    entre 2009-2012 .................................................................................................................... 103

    Tabela II.21 - Valores dos resduos de construo, calculados na Tabela acima, condensados

    em Construo, Reformas e Demolies .............................................................................. 105

    Tabela II.22 - Resduos da construo civil (em toneladas), considerando o parmetro de

    150kg de resduos por m de rea construda e utilizando a metragem dos Habite-se emitidos

    entre 2009-2012 .................................................................................................................... 105

    Tabela II.23 - Entrada de entulho nos Ecopontos 2012 ..................................................... 105

    Tabela II.24 - Avaliao dos Ecopontos de 2011 para 2012 (Recepo) ............................. 108

    Tabela II.25 - Empresas transportadores de resduos de grandes geradores ......................... 108

    Tabela II.26 - Volume resduos verdes gerado nos servios de limpeza pblica 2012 ..... 110

    Tabela II.27 - Parques municipais, localizao e gerao de resduos slidos ..................... 111

    Tabela II.28 - Estimativa anual quantidade de resduos gerados nos parques municipais ... 113

    Tabela II.29 - Inventrio de Resduos Slidos de Servios de Sade de Uberlndia ........... 114

    Tabela II.30 - Relatrio de Recolhimento de Pneus Inservveis .......................................... 116

    Tabela II.31 - Volume de resduos do processo gerados em 2012 pelo DMAE ................... 117

    Tabela II.32 - Volume resduos gerados pelas indstrias em Uberlndia no ano de 2012 ... 119

    Tabela II.33 - Destinao final das embalagens de agrotxicos 2010/INPEV .................. 120

    Tabela II.34 - Destinao final embalagens de agrotxicos em Uberlndia ADICER ...... 120

    Tabela II.35 - Safra do Tringulo Mineiro e Alto Paranaba 2009 .................................... 123

    Tabela II.36 - Equipamento operacional de coleta convencional de Resduos ..................... 127

  • Tabela II.37 - Equipamento operacional de coleta de Resduos da Construo

    Civil/Volumosos ................................................................................................................... 127

    Tabela II.38 - Estrutura operacional do DMAE ................................................................... 128

    Tabela II.39 - Descrio dos Ecopontos data de inaugurao ........................................... 130

    Tabela II.40 - Descrio dos Ecopontos Endereos ........................................................... 131

    Tabela II.41 - Disposio de Resduos Slidos das Empresas no Aterro Sanitrio (t) ......... 135

    Tabela II.42 - Disposio de Resduos Slidos Urbanos Domiciliares no Aterro Sanitrio..136

    Tabela II.43 - Recursos Aplicados na Coleta de RSU .......................................................... 138

    Tabela II.44 - Recursos Aplicados nos Demais Servios de Limpeza Urbana ..................... 139

    Tabela II.45 - Recursos Aplicados na Coleta de RSU e Demais Servios de Limpeza Urbana

    na Regio Sudeste ................................................................................................................. 139

    Tabela II.46 - Despesas com Limpeza Urbana no ano de 2011 ............................................ 140

    Tabela II.47 - Comparativo do oramento municipal em relao as despesas com manejo de

    Resduos Slidos Urbanos .................................................................................................... 140

    Tabela II.48 - Preo Total dos servios da Limpebras (ano base 2012) ............................... 141

    Tabela II.49 - Preo por equipamento de limpeza e manejo de resduos slidos (ano base

    2012) ..................................................................................................................................... 142

    Tabela II.50 - Custo Operacional da Capina em 2011 .......................................................... 143

    Tabela II.51 - Custos da varrio das vias pblicas do Municpio 2011 ........................... 143

    Tabela II.52 - Despesa mdia com os galpes dos recicladores em 2012 ............................ 144

    Tabela II.53 - Renda gerada e quantidade de materiais coletados jan. a jun./2011 ........... 144

    Tabela II.54 - Taxas de limpeza urbana e de coleta de lixo 2011 ...................................... 145

    Tabela II.55 - taxa de coleta de lixo ...................................................................................... 145

    Tabela II.56 - Competncias e Responsabilidades pelo Manejo dos Resduos Slidos do

    Municpio .............................................................................................................................. 147

    Tabela III.57 - Responsabilidades Pblicas e Privadas dos resduos gerados ...................... 164

    Tabela IV.58 - Despesas com limpeza urbana e manejo de resduos slidos (R$) 2011.... 167

    Tabela V.59 - Levantamento de Dados da Limpebras 2010 .............................................. 199

    Tabela V.60 - Avaliao do Aterro Sanitrio nos perodos de 1998/2008 e 2000/2010 ...... 199

    NDICE DE FIGURAS

    Figura I.1 - Distribuio territorial do Municpio com distribuio dos distritos ..................... 8

    Figura I.2 - Localizao de Uberlndia no Estado de Minas Gerais ......................................... 8

    Figura I.3 - Municpios de entorno de Uberlndia ................................................................. 25

    Figura I.4 - Organograma da Secretaria Municipal de Servios Urbanos (SMSU) ................ 33

    Figura I.5 - Mapa de Uberlndia Setores da coleta convencional ....................................... 37

    Figura I.6 - Mapa dos bairros atendidos pela Coleta Seletiva ................................................ 42

    Figura I.7 - Mapa de programao do servio de varrio no Municpio ............................... 44

    Figura I.8 - confinamento do Lodo ETE no aterro sanitrio ................................................... 55

    Figura I.9 - Vista da planta da Energs no Aterro Sanitrio antigo ........................................ 59

    Figura I.10 - Vista das instalaes da Energs no Aterro Sanitrio antigo ............................. 59

  • Figura I.11 - Total pessoas atendidas pelo Programa Escola gua Cidad DMAE 2011.... 61

    Figura I.12 - Auditrio do CEA - Aterro Sanitrio ................................................................. 61

    Figura II.1 - Composio Gravimtrica dos RSU no Brasil ....................................................83

    Figura II.2 - Quantidade de Empregos Diretos Gerados pelo Setor de Limpeza Urbana no

    Brasil e por Regio .................................................................................................................. 87

    Figura II.3 - Total de RCD Coletados por Regio e Brasil ..................................................... 87

    Figura II.4 - Quantidade de RSS Coletadas pelos Municpios Distribudos

    por Regio e Brasil .................................................................................................................. 88

    Figura II.5 - Existncia de Iniciativas de Coleta Seletiva por Faixas de Populao ............... 89

    Figura II.6 - Quantidades / Percentuais de Municpios por Regio e Brasil em que existem

    Iniciativas de Coleta Seletiva .................................................................................................. 89

    Figura II.7 - Reciclagem de papel, vidro, alumnio e PET de 2007 a 2009 ............................ 90

    Figura II.8 - Grfico Percentual de Resduos Domiciliares destinados ao Aterro Sanitrio

    em 2011 ................................................................................................................................... 94

    Figura II.9 - Mapa de locao dos pontos crticos de resduos domiciliares em Uberlndia .. 97

    Figura II.10 - Mapa de localizao dos Ecoponto de Uberlndia 2012 ............................. 110

    Figuras II.11 - Totem de identificao do local / Banheiro e dispensa ................................. 131

    Figuras II.12 - Bombonas para os materiais reciclveis / Cocho para cavalos ..................... 132

    Figuras II.13 - Caambas para descarte de Entulho / Baias .................................................. 132

    Figuras II.14 - Vista area dos Aterros Sanitrios de Uberlndia ......................................... 132

    Figura II.15 - Grfico do ndices de evoluo acumulativa no aterro sanitrio ................... 134

    Figura II.16 - Grfico do ndices de evoluo acumulativa RSD no aterro sanitrio I ........ 136

    Figura II.17 - Comunicaes das Audincias ....................................................................... 137

    Figura II.18 - Reportagem do Correio de Uberlndia - Plano para resduos slidos

    Debatido ................................................................................................................................ 160

    Figura II.19 - Reportagem do dia 18/04/13, MGTV 1 Edio - TV Integrao .................. 161

    Figura III.20 - Mapa rodovirio dos municpio de entorno de Uberlndia ........................... 163

    Figura IV.21 - Mapa de Uberlndia localizao do Aterro Sanitrio ................................... 172

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    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    INTRODUO

    A Poltica Nacional de Resduos Slidos, Lei Federal n 12.305 de 2010, foi um marco

    regulatrio para a reviravolta da manuteno urbana, condicionou-se uma nova metodologia

    sanitria para os municpios brasileiros. Conduzindo as administraes pblicas para a

    reestruturao de suas afastadas secretaria de servios urbanos para o centro das atenes da

    poltica. Outrora aqueles servios que priorizavam a eliminao dos resduos oriundos das

    atividades humanas, que eram motivados a desempenhar cada vez mais rpida o banimento do

    incmodo, sem critrios e avaliaes, com o simples ato de limpar. Agora, tornou-se um

    instrumento da poltica municipal do meio ambiente no atendimento prioritrio da sociedade

    no desenvolvimento da qualidade e sade humana. Passando do ato de limpar para a funo

    de organizar, elevando a prestao de servios de limpeza para a qualidade tcnica ambiental.

    Hoje a sociedade cobra do poder pblico aes sustentveis nos servios prestados, e junto a

    mobilizaes sociais ocorre a intensificao das participaes nas decises, desencadeando

    uma ascenso no processo produtivo das gestes pblicas. Porm, na dinmica urbana nem

    sempre o modelo ideal se consolida, e perduram falhas e desafios, retomando novos ciclos de

    trabalho. Logo, a sociedade civil organizada, o setor privado e todas as entidades em geral,

    desde ento, devero prover grandes esforos para o cumprimento das ousadas metas

    estabelecidas no Plano de Gesto de Resduos Slidos do Municpio, de modo que Uberlndia

    alcance a privilegiada posio de cidade sustentvel. Ampliar a coleta seletiva, implantar a

    logstica reversa e a compostagem dos resduos midos, objetivos estabelecidos pela Lei

    Federal, sero processos desafiadores para o Municpio impondo um salto de qualidade na

    capacidade gerencial pblica, provando a capacidade em todas as dimenses, e forando a

    criatividade tcnica para cada peculiaridade na superao das novas condies e

    responsabilidades.

    A recente elaborao do PGIRS do Municpio traz, como tudo que feito pela primeira vez,

    dvidas e descrditos, segurana e esperanas, no planejamento scio-econmico-ambiental

    para a atual e futura populao, com tal vislumbrado para vinte anos, e programado para a

    reviso em cada quatro anos. Nos assegura desde j um amadurecimento dos futuros projetos

    pr-formalizados nos objetivos descritos. Que consequentemente promover um contnuo

    aperfeioamento em cada momento reavaliado, garantindo assim as melhores decises

    acertadas.

  • 2

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    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    1. OBJETIVOS

    1.1. Objetivo Geral

    A partir do Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    promover os Planos de Gerenciamento para minimizar os impactos dos resduos slidos de

    forma estratgica e universal com todos os meios de gerao. Na construo de aes

    planejadas que busquem prioritariamente a no gerao, o repensar, a reduo, a reutilizao,

    a reciclagem, o tratamento apropriado e, por fim, na falta da tecnologia a disposio

    ambientalmente adequada dos rejeitos.

    1.2. Objetivos Especficos

    Atender a Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Poltica Nacional de

    Resduos Slidos;

    Informar sobre o desenvolvimento social, econmico, demogrfico e as caractersticas

    territoriais do Municpio de Uberlndia;

    Apresentar os diagnsticos dos servios pblicos de limpeza urbana e manejo dos

    resduos slidos do Municpio;

    Levantar dados da situao dos resduos slidos gerados: quanto origem, volume,

    caractersticas, formas de destinao e disposio final adotada;

    Apresentar o plano de metas (curto, mdio e longo prazos) para as diferentes aes dos

    servios pblicos de limpeza urbana, manejo dos resduos slidos e disposio final

    dos resduos;

    Propor diretrizes, estratgias, programas, aes e metas no prazo de vinte anos,

    arquitetado em uma gesto integrada com todos os agentes econmicos e sociais do

    municpio, estado e a unio.

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    2. DIAGNSTICO

    CAPTULO I - ASPECTOS GERAIS

    I.1. ASPECTOS SCIOS ECONMICOS

    No incio do sculo XX, a cidade de Uberlndia j possua uma diversificao nos ramos

    industriais, tais como: fbrica de cerveja, sapataria, fbrica de cigarros, ferreiro, marceneiro,

    selaria, etc. Alm dessas indstrias no muito complexas, cuja produo se caracterizava pela

    fabricao de materiais para construo civil, ferramentas agrcolas, aparatos para montaria, e

    outros utenslios domsticos; existia a indstria agropastoril, que apesar de rudimentar, foi

    regulamentada pelo Cdigo de Posturas. A indstria pastoril movimentava em torno da

    criao do gado bovino para consumo interno e criao de sunos para o consumo e

    exportao para outros Municpios e estados.

    Segundo a reportagem de Fernando Boente do Correio de Uberlndia do dia 9 de Maio de

    2013, intitulada de Uberlndia cai para 4 posio em ranking estadual do PIB, pontuou:

    o ndice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Uberlndia como elevado no

    Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com o valor de 0,830, o sexto

    maior de todo estado de Minas Gerais (853 Municpios), o 41 de toda a Regio Sudeste do

    Brasil (1.666 Municpios) e o 123 de todo o Brasil (entre 5.507 Municpios). No ano de 2007

    o ndice da educao foi de 0,848, enquanto o do Brasil 0,849. O ndice da sade de 0,910

    (brasileiro 0,787) e o de renda de 0,725 (Brasil 0,723). A cidade possui todos os

    indicadores elevados e acima da mdia nacional segundo o PNUD. A renda per capita de

    22.926,50 reais. Seu ndice de Gini (parmetro internacional para medir a desigualdade de

    distribuio de renda) de 0,3944 sendo que 1,00 o pior nmero e 0,00 o melhor.

    O Produto interno bruto - PIB de Uberlndia o 26 maior do Brasil, destacando-se na rea de

    prestao de servios. O Municpio tem conseguido conservar, desde 2006, a taxa de

    crescimento do PIB local entre 12% e 14%. Com o crescimento de 13,6% do Produto Interno

    Bruto (PIB) uberlandense nominal entre 2009 e 2010, a renda per capta anual chegou ao

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    mnimo de R$ 30.464,00 segundo aponta a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e

    Estatstica (IBGE). Houve um aumento de mais de 33% em relao ao ltimo levantamento,

    de 2008, que apontava um PIB per capta de R$ 22.925,00.

    Todos os segmentos que contribuem com o Produto Interno Bruto (PIB) tiveram crescimento

    entre 2009 e 2010 em Uberlndia. No entanto, o setor de servios continua sendo o que mais

    contribuiu para o resultado total do indicador, conforme os dados do Instituto Brasileiro de

    Geografia e Estatstica (IBGE). Nessa situao, que segue o histrico, cooperou com R$ 9,2

    dos R$ 18,3 bilhes circulados. Em segundo lugar, apareceu o segmento de indstria, que foi

    responsvel por R$ 4,4 bilhes. Em terceiro ficou a agropecuria, com R$ 415 milhes. O

    restante dos valores foi relativo aos tributos sobre os produtos e aos gastos da administrao,

    sade e educao pblicas.

    Apesar da fora econmica do Municpio, a incidncia da pobreza medida pelo IBGE foi de

    0,41%, e conforme dados do Censo IBGE 2010, a populao total do Municpio era de

    604.013 residentes, e dos quais 6.883 encontrava-se em situao de extrema pobreza, ou seja,

    com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 70,00. Isto significa que 1,1% da populao

    municipal viviam em alto nvel de carncia. Do total dos extremamente pobres, 1.662 (24,1%)

    viviam no meio rural e 5.221 (75,9%) no meio urbano.

    Tabela I.1 - Populao em situao de extrema pobreza em Uberlndia Censo IBGE 2010

    Populao em situao de extrema pobreza

    em Uberlndia Censo IBGE 2010

    Faixa etria Quantidade

    0 a 3 645

    4 a 5 388

    6 a 14 1.693

    15 a 17 232

    18 a 39 2.008

    40 a 59 973

    65 ou mais 944

    Total 6.883

    Fonte: IBGE 2010

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    No Municpio Uberlndia, o total de famlias inscritas no Cadastro nico em janeiro de 2013

    era de 36.506 dentre as quais:

    5.732 famlias com renda per capita de at R$70,00;

    14.237 famlias com renda per capita de at R$ 140,00;

    27.427 famlias com renda per capita at meio salrio mnimo.

    O Programa Bolsa Famlia (PBF) um programa de transferncia condicionada de renda que

    beneficia famlias pobres e extremamente pobres, inscritas no Cadastro nico. O PBF

    beneficiou, no ms de abril de 2013, 9.945 famlias, representando uma cobertura de 53,4 %

    da estimativa de famlias pobres no Municpio. As famlias recebem benefcios com valor

    mdio de R$ 126,91; e o valor total transferido pelo governo federal em benefcios s famlias

    atendidas alcanou R$ 1.262.100,00.

    I.1.2. Das aes da incluso social de Uberlndia

    Em 2010 o Municpio de Uberlndia no uso de suas atribuies enquanto poder pblico

    municipal iniciou aes para desenvolvimento do Projeto de Trabalho Tcnico Social PTTS,

    firmado com a Caixa Econmica Federal e a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano,

    para a implantao da coleta seletiva. Com recursos necessrios e adequados na construo de

    dois galpes, como infraestrutura, sistema de comunicao, sistema de estrutura urbana,

    sistema de transporte coletivo integrado, sistema econmico e de emprego. A efetivao e o

    acompanhamento do trabalho de triagem dos resduos slidos reciclveis foram executados

    pela Secretaria de Meio Ambiente, mobilizando instituies sociais como organizaes

    comunitrias, organizaes governamentais e Organizao No Governamental - ONGs que

    atuassem no apoio da implantao.

    O programa estruturou dois grupos de trabalho composta de 20 (vinte) catadores homens para

    desempenhar funo no interior do galpo e outro grupo de 50 (cinquenta) homens e

    mulheres, para subsidiar o trabalho de recolhimento dos materiais nos bairros prximos aos

    galpes de triagem. No estudo para implantao do projeto social caracterizou o perfil dos

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    catadores, familiares beneficiados, a faixa etria (predominante de jovens e adultos), baixa

    renda, baixa escolaridade (analfabetismo de alguns), e modo de vida.

    A justificativa da execuo do trabalho considerou a garantia da sustentabilidade na promoo

    de um mtodo de gerenciamento correto dos resduos, como um meio de renda e incluso

    social para os agentes envolvidos. A efetivao do projeto contou com despesas da prefeitura

    nos recursos humanos e materiais no valor geral de R$13.102,15.

    Durante a efetivao do projeto vrias aes foram desenvolvidas para promover a incluso

    social dos catadores, como a mobilizao e organizao de servios sociais, plantes dentro

    dos galpes para atendimento, visitas nos domiclios dos catadores para conhecimento da

    realidade de cada um. Palestras socioeducativas para socializao do conhecimento e

    viabilizao das tomadas de decises quanto ao trabalho e suas necessidades pessoais, e

    palestras com abordagens nas reas da sade e empreendedorismo como fomento para a

    organizao.

    importante ressaltar que as atividades desenvolvidas neste projeto foram realizadas com

    aplicao de questionrio para avaliao do nvel de satisfao dos catadores em relao ao

    trabalho desenvolvido, bem como o incentivo aos mesmos a formular propostas para melhoria

    de suas condies de vida no mbito interno e externo aos galpes de triagem. Todos

    catadores participaram da avaliao, e alguns apresentaram temas de sugesto:

    Promover outros encontros para tratar do tema sade em diferentes perspectivas; como

    sade do homem, osteoporose, dores de cabea, sade alimentar, sade mental, sade

    da mulher com nfase a preveno do cncer de mama;

    Violncia domstica;

    Higiene pessoal;

    Gesto administrativa e financeira;

    Princpios ticos, moral, bom relacionamento, trabalho em equipe, organizao

    pessoal;

    Postura fsica no trabalho, Preveno de acidentes, Utilizao de EPIs;

    Atividades fsicas e esportivas como ginstica;

    Cuidados com o meio ambiente e a Reciclagem.

    Outros meios de incluso social dos catadores proposto no perodo foram encaminhamentos

    para aquisio da casa prpria, atravs da Secretaria Municipal de Habitao. Uma lista de

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    catadores enviada para Secretaria Municipal de Educao para a criao de sala de

    alfabetizao. E tambm, a busca de parcerias na promoo da incluso atravs da realizao

    de curso de capacitao por meio do SENAC com temtica ambiente de trabalho,

    promovendo o encaminhamento para o Centro de Referncia de Assistncia Social CRAS,

    Ncleo de Apoio Integral Criana e ao Adolescente - NAICA, Federao das Indstrias do

    Estado de Minas Gerais - FIEMG, Centro de Ateno Psicossocial lcool e Drogas - CAPs-

    AD, Servio Social da Indstria - SESI, Servio Nacional de Aprendizagem Comercial -

    SENAC, Unidades bsicas de atendimento sade da famlia UBS/PSF, vagas em escolas de

    educao infantil.

    Nas avaliaes do projeto, um do aspecto crtico apresentado no desenvolvimento da incluso

    social a grande rotatividade dos indivduos nos galpes de triagem. Atualmente de acordo

    com levantamento scio econmico realizado em trs associaes e uma cooperativa no

    segundo semestre de 2012 observou-se a mdia de catadores presentes variavam entre 5

    (cinco) a 9 (nove) por associao, sendo predominantemente mulheres na faixa etria de 30

    anos at 60 anos ou mais, de grau de escolaridade predominantemente de ensino fundamental

    incompleto com percentual considervel de no alfabetizados. Nas condies habitacionais

    predominantemente imvel prprio, seguido de alugado e posteriormente cedido. Quanto a

    renda mensal varivel por indivduo, de R$ 622,00 a R$800,00. (dados referentes a segundo

    semestre de 2012). O estudo scio econmico realizado no ano de 2010 apresentou dados

    semelhantes ao estudo de 2012, confirmando os mesmos aspectos de vulnerabilidade quanto a

    renda, escolaridade e condio de habitao.

    I.1.3. Regio do Municpio de Uberlndia

    Uberlndia encontra-se localizada na Mesorregio do Tringulo Mineiro/Alto Paranaba,

    Estado de Minas Gerais, Regio Sudeste do Brasil.

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    Figura I.1 - Distribuio territorial do Municpio com distribuio dos distritos

    Mapa de diviso geogrfica dos distritos

    Distncias dos distritos em

    relao Sede.

    Distrito

    Distncia

    Aproximada

    (Km)

    Cruzeiro dos

    Peixotos 24

    Martinsia 32

    Miraporanga 50

    Tapuirama 38

    Fonte: DPI/SEPLAN - 2011

    Figura I.2 - Localizao de Uberlndia no Estado de Minas Gerais

    Fonte: DPI/SEPLAN - 2011

    A rea Urbana do Municpio de Uberlndia de 219 Km2, com a rea Rural de 3.896,82 Km

    2,

    totalizando 4.115,82 Km2 de Territrio.

    Tabela I.2 - Projeo da Populao de Uberlndia

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    Populao de Uberlndia

    Ano Urbana Rural Total Ind. Crescimento

    2010 587.266 16.747 604.013 1,028%

    2011 594.938 16.966 611.904 1,284%

    2012 602.359 17.177 619.536 1,27%

    Fonte: IBGE/Sec. Planejamento e Desenvolvimento Urbano.

    Tabela I.3 - Domiclios de Uberlndia

    Domiclios de Uberlndia - 2010

    Nmero de Domiclios em Uberlndia: 219.125

    Domiclios Recenseados Por Espcies

    TOTAL 219.125

    Particular 218.857

    Particular - ocupado 196.204

    Particular - ocupado com entrevista realizada 191.581

    Particular - ocupado sem entrevista realizada 4.623

    Particular - No ocupado 22.653

    Particular - No ocupado fechado -

    Particular - uso ocasional 6.386

    Particular - vago 16.267

    Coletivo 268

    Coletivo - com morador 148

    Coletivo 120

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010.

    (1) Inclui os domiclios particulares permanentes e os domiclios

    improvisados, com entrevista realizada.

    (2) Domiclios fechados que tiveram o nmero de moradores

    estimado.

    Tabela I.4 - Densidade urbana e rural do

    Municpio de Uberlndia

    Densidade Demogrfica

    rea Superfcie Habitantes/Km

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    Km 2000 2010

    Urbana 217 2232,8 2706,2

    Rural 3.898 3,1 4,3

    Totais 4.115 121,7 146,7

    Fonte: IBGE 2000/2010

    No perodo de 2000 a 2010 o ndice de crescimento populacional no Municpio de Uberlndia

    foi de 20,5%, e no perodo de 1996 a 2000, o ndice de crescimento populacional no

    Municpio foi de 14,17%, segundo dados divulgados pelo IBGE.

    Tabela I.5 - Crescimento Populacional em 10 anos em Uberlndia

    Crescimento Populacional em 10 anos

    Ano 2000 2010 (%)

    Urbana 488.982 587.266 20,10%

    Rural 12.232 16.747 36,90%

    Totais 501.214 604.013 20,50%

    Fonte: IBGE 2000/2010

    Tabela I.6 Crescimento Populacional em quatro anos em Uberlndia

    Crescimento Populacional em 4 anos

    Ano 1996 2000 %

    TOTAL 438.986 501.214 14,17

    Fonte: IBGE - 1996/2000

    Tabela I.7 - Proporo do Municpio de Uberlndia na populao do Brasil

    Proporo populacional do Municpio de Uberlndia 2010

    Regies Populao % de Uberlndia

    Brasil 190.732.694 0,32%

    Regio Sudeste 80.353.724 0,75%

    Minas Gerais 19.595.309 3,08%

    Tringulo/Alto Paranaba 2.141.165 28,21%

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    Prefeitura Municipal de Uberlndia

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    Microrregio de Uberlndia 829.315 72,83%

    Fonte: IBGE, 2010

    Tabela I.8 - Ranking populacional dos Municpios Mineiros

    Posio do Municpio de Uberlndia

    Municpios Mineiros 1996 2000 2010

    Belo Horizonte 4 4 6

    Uberlndia 33 31 30

    Contagem 28 29 31

    Juiz de Fora 38 37 36

    Fonte: IBGE, Contagem 1996 e Censos de 2000 e 2010.

    Fonte: IBGE, 2010

    Segundo os resultados do Censo 2010, Uberlndia est frente, em populao, de 09 capitais

    brasileiras: Cuiab, Aracaju, Florianpolis, Porto Velho, Macap, Vitria, Rio Branco Boa

    Vista e Palmas.

    Tabela I.9 - Os dez maiores Municpios em populao

    no Tringulo Mineiro e Alto Paranaba

    Municpio 2000 2010 Crescimento (%)

    Uberlndia 501.214 604.013 20,5%

    Uberaba 252.051 295.988 17,4%

    Patos de Minas 123.881 138.710 12,0%

    Araguari 101.974 109.801 7,7%

    Ituiutaba 89.091 97.171 9,1%

    Arax 78.997 93.672 18,6%

    Patrocnio 73.130 82.471 12,8%

    Frutal 46.566 53.468 14,8%

    Monte Carmelo 43.899 45.772 4,3%

    Iturama 28.814 34.456 19,6%

    Fonte: IBGE, Censos de 2000 e 2010.

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    Tabela I.10 - Populao discriminada por Distritos em Uberlndia

    Populao Rural Populao Urbana

    Distritos P

    opu

    la

    o T

    ota

    l

    N

    de

    Do

    mic

    lio

    s

    POPULAO

    Distritos

    Po

    pu

    la

    o T

    ota

    l

    N

    de

    Do

    mic

    lio

    s POPULAO

    SEXO SEXO

    Mas

    c.

    Fem

    .

    Mas

    c.

    Fem

    .

    Cruzeiro dos

    Peixotos 494

    353

    269

    225 Cruzeiro dos

    Peixotos 482

    203

    245

    237

    Martinsia

    375

    197

    208

    167

    Martinsia

    461

    170

    240

    221

    Miraporanga*

    6.7

    08

    3.2

    12

    3.6

    33

    3.0

    75

    Miraporanga

    240

    110

    122

    118

    Tapuirama

    1.9

    11

    802

    1.1

    01

    810

    Tapuirama

    1.9

    81

    703

    1.0

    56

    925

    Distrito de

    Uberlndia** 7.2

    59

    3.5

    12

    4.0

    92

    3.1

    67

    Uberlndia

    584.1

    02

    209.8

    63

    283.9

    48

    300.1

    54

    Total

    16.7

    47

    8.0

    76

    9.3

    03

    7.4

    44

    Total

    587.2

    66

    211.0

    49

    285.6

    11

    301.6

    55

    Fonte: IBGE, 2010 / Adaptado pela DPI / NPBED 2011.

    * Contm a populao dos loteamentos "Morada Nova" (excetuando o loteamento "Morada Nova 8") mais o

    loteamento "Uirapuru", com uma populao de 2.459 moradores e 936 domiclios.

    ** Contm a populao do loteamento "Morada Nova 8", com 438 moradores em 145 domiclios.

    Uberlndia est situado no domnio dos Planaltos e Chapadas da Bacia Sedimentar do Paran,

    estando inserido na subunidade do Planalto Meridional da Bacia do Paran

    (Radam/Brasil/83), caracterizando-se por ser uma unidade de relevo tabular, levemente

    ondulado, com altitude inferior a 1.000 m. Em todas as suas pores, verifica-se que a

  • 13

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    vegetao predominante do Municpio de Uberlndia o Cerrado e suas variveis como

    veredas, campos limpos, campos sujos ou cerradinhos, cerrades, matas de vrzea, matas de

    galeria ou ciliares e matas mesofticas.

    Em sua poro sul, a altitude varia de 700 a 900 m e apresenta relevo tpico de chapada

    (relevo suavemente ondulado sobre formaes sedimentares, apresentando vales espaados e

    raros). Nesse conjunto a vegetao caracterstica o cerrado e suas variveis. Os solos so

    cidos e pouco frteis.

    Ao oeste do Municpio, a altitude varia de 700 a 850 m, os solos so rasos com baixa

    fertilidade e a vegetao predominante a Mata Sub-Caduciflia. Nas proximidades da rea

    urbana, o relevo apresenta-se mais ondulado, com altitude que varia de 800 a 900 m. Os rios e

    crregos correm sobre o basalto, apresentando vrias cachoeiras e corredeiras, onde os solos

    so frteis. As declividades apresentam-se suaves, geralmente inferiores a 30%.

    Na poro norte, prxima do Vale do Rio Araguari, a paisagem apresenta um relevo

    fortemente ondulado, com altitude de 800 a 1.000 m e manchas de solos muito frteis.

    O Municpio de Uberlndia drenado pelas bacias hidrogrficas dos Rios Araguari e Tijuco,

    o segundo maior afluente do Rio Paranaba, tendo sua bacia a sul e sudoeste do Municpio de

    Uberlndia e tem como principais afluentes os Ribeires Babilnia, Douradinho e Estiva, e o

    Rio Cabaal, na zona rural.

    A bacia do Rio Araguari abrange a poro leste do Municpio. Seu principal afluente, na rea

    do Municpio, o Rio Uberabinha, que passa dentro da cidade de Uberlndia. O potencial

    hidreltrico do Rio Araguari j est sendo explorado atravs das usinas hidroeltricas de Nova

    Ponte, de Miranda e Amador Aguiar I e II.

    O Rio Araguari tambm se constitui numa alternativa de abastecimento de gua da cidade.

    Em maro de 1991, foi assinado um convnio entre a Prefeitura de Uberlndia e a CEMIG,

    permitindo que haja a captao de at 6m/seg. de gua da Usina de Miranda para tratamento

    e disponibilizao para consumo.

    O Rio Uberabinha, integrante da bacia do Rio Araguari, de grande importncia para a

    cidade, constituindo-se em conjunto com seus afluentes, no manancial utilizado para o

    abastecimento de gua para a populao. Nasce ao norte do Municpio de Uberaba e atravessa

    todo o Municpio de Uberlndia, e desgua no Rio Araguari, a noroeste do Municpio,

    atingindo uma extenso total de 150 km.

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    Seus principais afluentes esto na zona rural, que so os Ribeires Beija-Flor, Rio das Pedras

    e o Ribeiro Bom Jardim, outro importante manancial para o abastecimento do Municpio. Na

    zona urbana o Rio Uberabinha tem afluentes menores, como os crregos Cajub, Tabocas,

    So Pedro (totalmente canalizados), Vinhedo, Lagoinha, Liso, do Salto, Guaribas, Bons

    Olhos, do leo, Cavalo, entre outros.

    Clima da regio do Municpio de Uberlndia est sob a influncia de circulao dos sistemas

    atmosfricos tropicais. O clima controlado pelas massas de ar continental (Equatorial e

    Tropical) e Atlntica (Polar e Tropical). Os deslocamentos dessas massas de ar so

    responsveis pela marcante alternncia de estaes midas e secas, e respondem pelas

    condies climticas mais amenas e maior umidade relativa do ar.

    Segundo a classificao de Koppen, adotada universalmente e adaptada ao Brasil, o clima de

    Uberlndia tem a classificao "Cwa", ou seja:

    C - Mesotrmico (meio quente e mido);

    w - Chuvas de vero;

    a - Veres quentes e invernos brandos.

    No normal a ocorrncia de geadas em toda a regio do Tringulo, no entanto, pode haver

    ocorrncias espordicas, especialmente nas reas de vrzeas durante a estao de inverno.

    Temperatura mdia da regio encontra-se numa faixa de temperatura moderada, que,

    associada altitude, contribui para que a mdia trmica anual se situasse em torno de 24,1C

    em 2012. As temperaturas mxima e mnima registradas nas ltimas trs dcadas foram

    37,4C em 1997 e 1,0C em 1981, respectivamente.

    O regime pluviomtrico tropical, isto , chuvas de vero iniciando-se em outubro/novembro

    (estao mida) e tornando-se mais raras a partir de maro/abril (estao seca). A estao seca

    coincide com os meses de inverno, quando as massas de ar alcanam o Municpio desprovidas

    de umidade. As precipitaes mximas e mnimas histricas ocorridas foram 2.207,10 e

    1.012,60 mm, respectivamente. Fontes: IBGE e PMU.

    Malha Rodoviria Federal e Transporte Ferrovirio do Municpio servido por cinco rodovias

    federais de grande importncia para as regies Sudeste, Centro-oeste e Norte. Esta condio

  • 15

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    permite que a cidade sirva como um ponto de passagem e contato com diversos centros

    comerciais e consumidores do pas, como So Paulo, Belo Horizonte, Goinia e Braslia,

    dentre outros. So elas:

    BR-050: Braslia/Uberlndia/So Paulo

    BR-365: Montes Claros/Uberlndia/So Simo (GO)

    BR-452: Rio Verde (GO)/Uberlndia/Arax

    BR-455: Uberlndia/Campo Florido/Planura

    BR-497: Uberlndia/Iturama/Paranaba

    Alm da malha rodoviria, o Municpio conta tambm com uma estrada de ferro,

    administrada pela Ferrovia Centro Atlntica, que corta o Tringulo Mineiro interligando os

    estados de So Paulo e Gois na direo norte-sul.

    Tabela I.11 - Distncias Rodovirias em Km

    dos principais centros urbanos

    Distncias Rodovirias em Km

    dos principais centros urbanos

    Distncias de Uberlndia a: Km

    Belo Horizonte 556

    So Paulo 590

    Braslia 435

    Goinia 360

    Rio de Janeiro 979

    Fonte: Ministrio dos Transportes - DNIT

    O Aeroporto Ten. Cel. Aviador Csar Bombonato de Uberlndia administrado pela

    INFRAERO - Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroporturia. E tem as empresas

    Operadoras (Companhias Areas e Txis Areos):

    TAM Linhas Areas,

    GOL Linhas Areas,

    TRIP Linhas Areas,

  • 16

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    PASSAREDO Transportes Areos.

    Tabela I.12 - Movimento de passageiros no Aeroporto de Uberlndia 2005 a 2010

    Movimento de Passageiros

    Ano 2005 2006 2007 2008 2009 2010

    Total 536.182 490.105 498.632 508.898 570.898 765.791

    Fonte: INFRAERO/BDI 2011

    A Ferrovia Centro Atlntica S/A tem sede em Uberlndia, e movimenta algumas cargas, e a

    produo do agronegcio o seu principal transporte.

    Tabela I.13 - Movimento de carga na Ferroviria de Uberlndia - 2009

    Mercadorias Expedidas (toneladas) 2009

    Soja/Farelo/Milho Rocha Fasfltica

    Total 1.151.920 123.816

    Fonte: Ferrovia Centro Atlntica//BDI 2011

    Obs.: No h transporte de passageiros partindo da Estao Ferroviria de Uberlndia.

    O Terminal Rodovirio Presidente Castelo Branco e a central de transporte virio de pessoas

    que se interligam estrategicamente as principais cidades, com o objetivo da total integrao

    com os territrios brasileiros. Atualmente administrado pela SETTRAN - Secretaria

    Municipal de Trnsito e Transportes; e a concessionria TRICON Tringulo Concesses

    S/A.

    Tabela I.14 - Movimento de passageiros na Rodoviria de Uberlndia 2005 a 2010

    Movimento de passageiros

    Ano Embarque Desembarque

    2005 Passageiros nibus Passageiros nibus

    2006 902.972 68.046 847.845 63.037

    2007 890.150 67.200 827.645 60.143

  • 17

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    2008 872.936 65.054 809.524 59.687

    2009 866.846 66.857 822.049 60.950

    2010 854.122 64.835 815.479 61.289

    Fonte: SETTRAN Estatsticas/ BDI 2011

    O transporte rodovirio Urbano de Uberlndia est com as concessionrias:

    Transporte Urbano SO MIGUEL de Rezende Ltda

    TURILESSA Ltda

    Viao Cidade SORRISO Ltda

    COMTEC Companhia de Administrao de Terminais e Centros Comerciais

    Tabela I.15 - Passageiros registrados por Terminais rodovirio urbano - 2010

    Passageiros Registrados - 2010

    Terminal Central 4.877.959

    Terminal Umuarama 584.158

    Terminal Santa Luzia 515.523

    Terminal Planalto 361.161

    Terminal Industrial 101.900

    Total 6.440.701

    Fonte: SETTRAN Estatsticas/ BDI 2011

    I.1.4. Potencial econmico do Municpio de Uberlndia

    Uberlndia concentra uma grande variedade de atividades econmicas em quantidades

    significativas do setor primrio, secundrio e tercirio. Relacionados com a produo,

    distribuio, negcios e servios.

  • 18

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    Tabela I.16 - Estabelecimentos por Setor de 2004 a 2010 - Uberlndia

    Estabelecimentos por Setor em Uberlndia

    2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Cresc.

    2004 a

    2008

    Cresc.

    2008

    a 2010

    Indst

    ria

    Extrativista

    Mineral 69 41 39 53 32 40 39 -23,19 21,88

    Indstria

    Transformao 1.895 1.951 2.179 2.225 2.251 2.358 2.464 17,41 9,46

    Serv. Ind. Util.

    Pub. 31 38 25 30 31 32 32 -3,23 3,25

    Total 1.995 2.030 2.243 2.308 2.314 2.430 2.535 15,69 9,55

    Const

    ru

    o c

    ivil

    Construo

    Civil 1.187 1.155 1.182 1.256 1.903 2.141 2.549 5,81 33,95

    Total 1.187 1.155 1.182 1.256 1.903 2.141 2.549 5,81 33,95

    Com

    rci

    o Comrcio 12.319 12.594 13.134 13.203 11.449 13.319 12.069 7,18 5,42

    Total 12.319 12.594 13.134 13.203 11.449 13.319 12.069 7,18 5,42

    Ser

    vi

    os

    Servios 10.407 10.648 10.706 11.038 13.420 12.110 15.051 6,06 12,15

    Adm. Pblica 49 42 47 42 48 41 51 -14,29 6,25

    Total 10.456 10.690 10.753 11.080 13.468 12.151 15.102 5,97 12,13

    Agro

    pec

    ur

    ia

    Agropecuria 1.157 1.236 1.374 1.397 1.441 1.566 1.597 20,74 10,83

    Total 1.157 1.236 1.374 1.397 1.441 1.566 1.597 20,74 10,83

    Tota

    l

    Ger

    al

    27.114 27.705 28.686 29.244 30.575 31.607 33.852 7,86 10,72

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    Fonte: Ministrio do Trabalho e Emprego - Setores IBGE/ *Fonte: Ministrio do Trabalho e Emprego - RAIS

    Relao Anual das Informaes Sociais

    Elaborado por: Arquitetura Estratgica / Gesto da Informao - SMDET DMC adaptado por DPI - Ncleo de

    Pesquisa, Estatstica e Banco de Dados 2008/Julho.

    Obs.: 2004 a 2007: Fonte da Relao Anual das Informaes Sociais / Diferena de Metodologia em relao

    Construo Civil.

    Os Potenciais do agronegcio no Municpio de Uberlndia.

    Tabela I.17 - Crescimento da Safra agrcola de Uberlndia de 2008 a 2010

    Crescimento da Safra agrcola de Uberlndia 2008 a 2010

    Produto rea (ha) Produo (ton.) Crescimento %

    2008/09 2009/10 2008/09 2009/10 rea Produo

    Algodo 612 75 16.521 225 -815 -733

    Arroz 20 15 44 33 -330 65

    Feijo 500 330 1.380 792 -51 -74

    Milho 16.000 15.800 129.600 134.300 3.6 10.1

    Soja 46.000 47.000 140.760 143.820 2,02 2

    Sorgo 1.100 1.520 2.730 3.666 211 330

    Banana 400 320 8.250 6.900 -25 -19

    Caf 595 595 1.142,4 1.140 - -

    Laranja 1.650 2.602 10.500 18.270 63 74

    Olericultura 429 400 19.600,5 14.085 -7 -39

    Total 70.021 67.657 315.658,9 323.233

    Fonte: EMATER/MG / BDI 2011

    Pecuria

    Tabela I.18 - Rebanho bovino no Municpio de Uberlndia 2006 a 2010

    Rebanho bovino no Municpio de Uberlndia 2006 a 2010

    2006 2007 2008 2009 2010

    Rebanho 215.235 209.755 221.473 229.879 210.506

    Fonte: EMATER/IMA / BDI 2011

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    Prefeitura Municipal de Uberlndia

    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    Avicultura de Corte

    Tabela I.19 - Plantel carne de aves 2010

    Plantel carne de aves 2010

    Reproduo (matriz/ avs/ bisavs/ incubativos) - 2010

    Capacidade alojamento 17.064.790 aves

    Corte comercial 3.746.226 aves

    Peru comercial 1.103.744 aves

    Fonte: IMA / BDI 2011

    Avicultura de Postura

    Tabela I.20 - Produo de ovos 2010

    Produo de ovos 2010

    Plantel 60.000 poedeiras

    Produo 104.000 caixas de ovos/ano

    Fonte: IMA / BDI 2011

    Apicultura

    Tabela I.21 - Produo de mel 2010

    Produo de mel 2010

    Colmeias 850

    Produo 12,5 toneladas de mel/ano

    Fonte: EMATER/Apirio Santa Rita / BDI 2011

    Suinocultura

    Tabela I.22 - Produo de carne sunos 2010

    Produo de carne sunos 2010

    Matrizes para produo de carne 12.912

  • 21

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    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    Produo 28.400 toneladas carne/ano

    Fonte: EMATER-MG / BDI 2011

    I.2. SITUAO DO SANEAMENTO BSICO

    I.2.1. A prestao dos servios do Departamento Municipal de gua e Esgotos DMAE

    Alguns aspectos relevantes da regulao da prestao dos servios de abastecimento de gua e

    esgotamento sanitrio so normatizados pelo Decreto n 2.624/84 e suas alteraes. No

    entanto, as normas deste regulamento no abrangem todos os aspectos previstos na Lei

    Municipal n 7.056/97 e no art. 23 da Lei federal n 11.445/07.

    A estrutura orgnica atual do DMAE definida e disciplinada pela Lei Delegada Municipal n

    036, de 05 de junho de 2009 e condizente com a natureza, abrangncia, dimenso e

    diversidade das atividades realizadas pela autarquia.

    Tradicionalmente o indicador de atendimento do servio pblico de saneamento bsico

    expresso em populao atendida. No entanto, como a quantidade de populao permanente,

    includa a transitria de longa durao, difcil de ser medida e controlada pelo prestador do

    servio, esse indicador normalmente calculado com base em projees populacionais do

    IBGE e nos resultados dos censos decenais, em correlao com a quantidade de unidades de

    consumo (economias) residenciais ativas cadastradas no sistema do prestador.

    Conforme esse critrio e, considerando o cadastro comercial do DMAE e tomando como

    referncia os resultados do Censo de 2010, pode-se assegurar que 100% dos domiclios

    residenciais urbanos e os imveis de outras categorias de uso da sede e dos distritos so

    atendidos regularmente ou tm disposio pelo servio pblico de abastecimento de gua. O

    quadro seguinte mostra a evoluo da quantidade de usurios atendidos com o servio nos

    ltimos anos.

    Tabela I.23 - Evoluo da quantidade de usurios atendidos pelo servios do DMAE

    Evoluo da quantidade de usurios atendidos

    Descrio 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

    %

    mdia

    anual

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    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    Ligao c/

    hidrmetro 137.197 139.687 142.022 144.494 148.471 153.109 158.761 165.063 2,68

    Economias

    Totais 207.703 217.297 222.051 227.187 231.982 237.222 244.704 253.956 2,91

    Economias

    Residenciais 183.043 187.119 191.049 194.207 198.798 204.421 211.715 220.824 2,72

    Economias

    Comerciais 24.425 29.950 30.771 32.724 32.928 32.528 32.410 32.857 4,33

    Economias

    Industriais 235 228 231 252 256 273 279 275 2,27

    Fonte: Plano Municipal Saneamento Bsico 2012

    I.2.2. A capacidade produtiva instalada do DMAE

    Em 2010 a capacidade instalada de produo de gua tratada apresentou os seguintes

    resultados:

    a) Captao de gua bruta:

    Sistema Renato de Freitas/Sucupira: 1,8 m/s

    Sistema Bom Jardim: 2,0 m/s;

    b) Estaes de Tratamento (ETAs):

    ETA Renato de Freitas/Sucupira: 1,35 m/s

    ETA Bom Jardim: 1,7 m/s;

    c) Poos

    Em todos os Distritos, os sistemas so abastecidos por meio de poos tubulares profundos,

    sendo 09 (nove) poos e capacidade total de produo: 99 m/h;

    d) Reservao de gua tratada para distribuio

    11 (onze) Centros de reservao Capacidade total instalada: 82.857 m.

    Em maro de 2011 o cadastro tcnico do DMAE registrava os seguintes dados:

  • 23

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    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    Extenso instalada de adutoras de gua bruta e tratada: 379.064 metros.

    Extenso instalada de redes de distribuio de gua: 2.096.617 metros.

    I.2.3. O sistema de coleta de esgotos do DMAE

    Executada em manilhas cermicas e com tubos de PVC, com dimetro mnimo de 150 mm, as

    tubulaes so instaladas no tero mdio do leito carrovel. So utilizados poos de visita

    (PV) padronizados, espaados em 100 metros, no mximo, para inspeo e manuteno. No

    projeto e construo da rede coletora so obedecidas as normas da ABNT. A extenso total da

    rede coletora implantada at maro de 2011 de 1.549,2 km, alm de mais 114,4 km de

    Coletores Troncos, Interceptores e Emissrios instalados.

    Tabela I.24 - Estaes de Tratamento de Esgotos (ETEs) do DMAE

    ESTAES DE TRATAMENTO DE ESGOTO

    ETE

    Capacidade

    de

    Atendimento

    (Habitantes)

    Capacidade

    Instalada

    (m/dia)

    Vazo

    Mdia

    Instalada

    (l/s)

    Pontos de Lanamento

    PERMETRO URBANO

    ETE ACLIMAO 8.064 1.210 14,00 1852'32"S ; 4814'27"O

    ETE IPANEMA 15.552 2.333 27,00 1851'39"S ; 4812'21"O

    ETE UBERABINHA 760.320 190.080 2.200,00 1852'60"S ; 4819'50"O

    DISTRITOS

    CRUZEIRO PEIXOTOS 2.000 300 3,47 SUMIDOURO

    MARIELZA 1.600 240 2,78 VALAS INFILTRAO

    MARTINSIA 800 120 1,39 1845'19"S ; 4825'12"O

    MIRAPORANGA 600 90 1,04 VALAS INFILTRAO

    TAPUIRAMA 5.000 750 8,68 1907'52"S ; 4756'07"O

    Fonte: Plano Municipal Saneamento Bsico 2012

    Os volumes mensais de esgotos tratados nas ETEs do DMAE em 2010 foram:

    Tabela I.25 - Volume de esgoto tratado nas ETEs do DMAE em 2010

  • 24

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    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    Volume de esgoto tratado em 2010

    Janeiro 2.702.895 m3

    Fevereiro 3.006.629 m3

    Maro 3.058.988 m3

    Abril 3.130.507 m3

    Maio 3.026.870 m3

    Junho 3.363.450 m3

    Julho 3.270.955 m3

    Agosto 3.404.032 m3

    Setembro 3.556.225 m3

    Outubro 3.283.617 m3

    Novembro 3.210.930 m3

    Dezembro 3.111.585 m3

    Total 38.126.683 m3

    Fonte: Plano Municipal Saneamento Bsico 2012

    Em 2011 o volume total de esgoto tratado foi de aproximadamente 39.590.090 m, com mdia

    mensal de 3.299.170 m.

    Tabela I.26 - Nvel de atendimento do DMAE no Municpio de Uberlndia em 2010

    Nvel de Atendimento nos domiclios de Uberlndia - 2010

    Discriminao Quantidade Atendimento

    Imveis abastecidos pela rede pblica de gua 158.729 100%

    Imveis ligados na rede pblica de esgoto 156.110 98,4%

    Fonte: DMAE/BDI 2011

    I.3. SITUAO GERAL DOS MUNICPIOS DA REGIO

    Nos contedos do Sistema nacional de informaes sobre saneamento SNIS do Cadastro

    nacional de unidades de processamento de resduos slidos urbanos do ano de referncia 2010

    obteve-se um diagnstico do manejo de resduos slidos urbanos dos municpios de entorno

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    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    de Uberlndia, com as cidades: Araguari, Indianpolis, Monte Alegre de Minas, Prata,

    Tupaciguara, Uberaba e Verissimo.

    Figura I.3 - Municpios de entorno de Uberlndia

    Fonte: https://www.ufmg.br/ead/sistemas/fip/_images/imagem3-1.2.jpg

    Legenda:

    I.3.1. Lista de siglas de tipos de unidades

    AIN - Aterro de Resduos da Construo Civil (inertes)

    ATC - Aterro controlado

    ATI - Aterro industrial

    ATS - Aterro sanitrio

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    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    ATT - rea de transbordo e triagem de RCD e volumosos (ATT)

    FOR - Queima em forno de qualquer tipo

    LIX - Lixo

    OUT - Outra

    UGP - Unidade de manejo de galhadas e podas

    UMC - Unidade de tratamento por micro-ondas ou autoclave

    UNC - Unidade de compostagem (ptio ou usina)

    UNT - Unidade de triagem (galpo ou usina)

    URE - rea de reciclagem de RCD (reciclagem entulho)

    UTI - Unidade de tratamento por incinerao

    UTR - Unidade de transbordo

    VRS - Vala especifica de RSS

    * Os municpios que no esto listados no apresentaram informaes ao SNIS de 2010.

    Tabela I.27 - Informaes gerais

    Fonte: Pgina III.4 - SNIS do Cadastro nacional de unidades de processamento de resduos slidos urbanos do

    ano de referncia 2010.

    Tabela I.28 - Informaes gerais complementar

    Fonte: Pgina III.26 - SNIS do Cadastro nacional de unidades de processamento de resduos slidos urbanos do

    ano de referncia 2010.

    Tabela I.29 - Informaes sobre quantidades de resduos slidos domiciliares coletados

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    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    Fonte: Pgina III.162 - SNIS do Cadastro nacional de unidades de processamento de resduos slidos urbanos do

    ano de referncia 2010.

    Tabela I.30 - Informaes sobre coleta seletiva de resduos slidos

    Fonte: Pgina III.272 - SNIS do Cadastro nacional de unidades de processamento de resduos slidos urbanos do

    ano de referncia 2010.

    Tabela I.31 - Informaes sobre catadores

    Fonte: Pgina III.470 - SNIS do Cadastro nacional de unidades de processamento de resduos slidos urbanos do

    ano de referncia 2010.

    Tabela I.32 - Informaes sobre as unidades de processamento

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    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    Fonte: Pgina III.492 - SNIS do Cadastro nacional de unidades de processamento de resduos slidos urbanos do

    ano de referncia 2010.

    Tabela I.33 - Informaes sobre caractersticas das unidades de

    processamento por disposio no solo

    Fonte: Pgina III.542 - SNIS do Cadastro nacional de unidades de processamento de resduos slidos urbanos do

    ano de referncia 2010.

    Tabela I.34 - Indicadores sobre coleta de resduos slidos domiciliares e pblicos

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    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos do Municpio de Uberlndia

    Fonte: Pgina III.614 - SNIS do Cadastro nacional de unidades de processamento de resduos slidos urbanos do

    ano de referncia 2010.

    I.4. LEGISLAO LOCAL EM VIGOR

    Neste tpico so identificados os instrumentos legais editados pelo Municpio