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EF7P-14-51 CIÊNCIAS NATURAIS • GRUPO 5 • EXPLORAÇÕES Capítulo 9 Plantas com sementes Gimnospermas As gimnospermas são plantas vasculares que produzem sementes nuas, desprotegi- das, ou seja, sem frutos (gymno, nu; sperma, semente). Típicas de clima frio, seus repre- sentantes mais conhecidos são as sequoias, os ciprestes e os pinheiros, os quais perten- cem ao grupo das coníferas, assim chamadas por possuírem estruturas de reprodução de- nominadas cones, estróbilos ou pinhas. Com cerca de 550 espécies, as coníferas consti- tuem o maior grupo de gimnospermas. As florestas de coníferas já ocuparam grandes extensões da América do Norte e da Europa. No entanto, em razão da der- rubada em grande escala, para obtenção de madeira e produção de resinas e papel, hoje estão restritas a pequenas áreas. Nas florestas dos Estados Unidos, po- demos encontrar pinheiros e sequoias que chegam a atingir mais de 100 metros de al- tura. Na Europa, há grandes áreas cobertas por florestas de pinheiros (Pinus). A espécie europeia de pinheiro é muito utilizada para reflorestamento no Brasil, por crescer mais rapidamente que a gimnosperma nativa, o pinheiro-do-paraná, cujo nome científico é Araucaria angustifolia. MATTHEW CONNOLLY / SHUTTERSTOCK Sequoias-gigantes podem ser encontradas no Sequoia National Park, um parque nacional localizado na Califórnia, nos Estados Unidos da América. As sequoias possuem caules de 5 a 10 metros de diâmetro e estão entre as árvores mais altas do mundo. ALESSANDRO0770 / SHUTTERSTOCK Ciprestes são plantados em jardins e parques e utilizados para fazer cercas vivas. PHOTORESEARCHERS / LATINSTOCK Pinheiros-europeus A araucária, ou pinheiro-do-paraná, é uma árvore alta, imponente, que pode viver mais de 200 anos. Seu tronco cres- ce reto, sem nenhum desvio, e ramifica-se apenas no topo, formando uma copa di- ferenciada, com ramos que crescem hori- zontalmente e com as pontas para cima. Quando adulta, a araucária atinge altura superior a 20 metros e seu caule, na base, chega a ter 2 metros de diâmetro. Professor(a), ao estu- dar este capítulo, o alu- no deverá ser capaz de: – comparar os dife- rentes grupos vegetais, com base nas respecti- vas aquisições evoluti- vas; – associar as caracte- rísticas morfofuncionais dos grandes grupos vegetais aos diferentes hábitats por eles ocu- pados; – reconhecer as prin- cipais características do desenvolvimento das gimnospermas e das angiospermas; – reconhecer meca- nismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifes- tação de características dos seres vivos.

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Capítulo

9Plantas com sementes

GimnospermasAs gimnospermas são plantas vasculares

que produzem sementes nuas, desprotegi-das, ou seja, sem frutos (gymno, nu; sperma, semente). Típicas de clima frio, seus repre-sentantes mais conhecidos são as sequoias, os ciprestes e os pinheiros, os quais perten-cem ao grupo das coníferas, assim chamadas por possuírem estruturas de reprodução de-nominadas cones, estróbilos ou pinhas. Com cerca de 550 espécies, as coníferas consti-tuem o maior grupo de gimnospermas.

As florestas de coníferas já ocuparam grandes extensões da América do Norte e da Europa. No entanto, em razão da der-rubada em grande escala, para obtenção de madeira e produção de resinas e papel, hoje estão restritas a pequenas áreas.

Nas florestas dos Estados Uni dos, po-demos encontrar pinheiros e sequoias que chegam a atingir mais de 100 metros de al-tura. Na Europa, há grandes áreas cobertas por florestas de pinheiros (Pinus). A espécie europeia de pinheiro é muito utilizada para reflorestamento no Brasil, por crescer mais rapidamente que a gimnosperma nativa, o pinheiro-do-paraná, cujo nome científico é Araucaria angustifolia.

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Sequoias-gigantes podem ser encontradas no Sequoia National Park, um parque

nacional localizado na Califórnia, nos Estados Unidos da América. As sequoias possuem

caules de 5 a 10 metros de diâmetro e estão entre as árvores mais altas do mundo.

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Ciprestes são plantados em jardins e parques e utilizados para fazer cercas vivas.

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A araucária, ou pinheiro-do-paraná, é uma árvore alta, imponente, que pode viver mais de 200 anos. Seu tronco cres-ce reto, sem nenhum desvio, e ramifica-se ape nas no topo, formando uma copa di-ferenciada, com ramos que crescem hori-zontalmente e com as pontas para cima. Quando adulta, a araucária atinge altura superior a 20 metros e seu caule, na base, chega a ter 2 metros de diâmetro.

Professor(a), ao estu-dar este capítulo, o alu-no deverá ser capaz de:

– comparar os dife-rentes grupos vegetais, com base nas respecti-vas aquisições evoluti-vas;

– associar as caracte-rísticas morfofuncionais dos grandes grupos vegetais aos diferentes hábitats por eles ocu-pados;

– reconhecer as prin-cipais características do desenvolvimento das gimnospermas e das angiospermas;

– reconhecer meca-nismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifes-tação de características dos seres vivos.

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110 Capítulo 9 – Plantas com sementes \ Grupo 5RI

CARD

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PULS

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S

O Parque Nacional das Araucárias é uma unidade de conservação

situada nos municípios catarinenses de Passos Maia e Ponte Serrada.

Os índios chamaram de Paraná – palavra que significa imensidão de pinheiros – toda a região onde, no passado, essas árvores pre-dominavam, cobrindo uma área que ia do centro-norte do Paraná até o norte do Rio Grande do Sul. Mas, em conse quência de mais de um século de exploração predatória dessas florestas, atualmente elas estão redu-zidas a cerca de 1,2% da área original.

As florestas de araucária foram derruba-das para dar lugar às lavouras de café e de cereais, às videiras e a outras culturas, para abastecer a indústria madeireira e também para a produção de alimentos.

Outro grupo de gimnospermas é o das cicadófitas, representado pelas ci-cas – conhecidas como sagus-de-jardim ou palmeirinhas –, muito utilizadas na ornamentação de jardins.

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Cica

Há outros dois grupos de gimnosper-mas, menos conhecidos: gnetófitas e gin-cófitas.

Dos três gêneros existentes de gnetó-fitas, um deles, o Gnetum, é encontrado, por exemplo, na Amazônia, com dezenas de espécies.

WALTRAU

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E / SHU

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Welwitschia mirabilis, um exemplar de gnetófita

Das gincófitas, conhecemos apenas uma espécie: Ginkgo biloba. Têm sido atribuídas propriedades medicinais a essa planta.

KECHI.SYO

NEN

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TTERSTOCK

Árvores de Ginkgo biloba

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51111Ciências Naturais \ Explorações

Reprodução das gimnospermas

Nas pontas mais finas de um pinheiro adulto, encontramos folhas modificadas for mando um cone, ou estróbilo, que tem fun ção reprodutora. Os estróbilos femini-nos geralmente são maiores que os mas-culinos.

Há espécies em que os sexos são sepa-rados, ou seja, há plantas que produzem apenas estróbilos masculinos e outras, só fe mininos. A araucária é um exemplo de gim nosperma que apresenta sexos sepa-rados. Outros pinheiros apresentam es-tróbilos masculinos e femininos na mesma planta.

Os estróbilos masculinos produzem grãos de pólen e os femininos, óvulos. Esses óvulos correspondem a estruturas complexas, com arquegônios que contêm, em seu interior, uma grande célula: a oos-fera, que é o gameta feminino.

Os grãos de pólen transportados pelo vento podem cair nos estróbilos femini-nos de outra planta. Ao chegar aos estró-bilos femi ninos, o grão de pólen cresce, dando origem a um tubo polínico.

DIA

GRA

MA

Grãos de pólen observados ao microscópio eletrônico. Em um deles,

ocorreu o desenvolvimento do tubo polínico. Aumento desconhecido.

O tubo polínico leva o gameta mascu-lino, o núcleo espermático, até o interior do óvulo, ocorrendo, assim, o processo de fecundação sem necessidade de água do meio ambiente. No interior do óvulo

fecundado, forma-se o zigoto, que origi-nará o embrião. Enquanto o embrião se desenvolve, o óvulo transforma-se em semente, com o embrião protegido em seu interior.

É por isso que a produção de grãos de pólen, bem como o surgimento das se-mentes, favoreceu, de forma decisiva, a colonização do ambiente terrestre pelas gimnospermas.

No caso da araucária, a semente é co-nhecida popularmente por pinhão. A se-mente (pinhão) permanece no estróbilo feminino, que é chamado de pinha.

As semen tes resistem à desidratação, ao frio, ao calor e ao ataque de parasitas, germinando quando as condições ambien-tais são favoráveis. Cada semente germi-nada dá origem a uma nova planta. Além disso, as sementes contêm reservas de alimento que nutrem o embrião no início de seu desenvolvimento, até se desenvol-verem as raízes e as primeiras folhas.

Representação esquemática do ciclo de vida de um pinheiro. Sem escala, cores fantasia.

Professor(a), enfati-zar a independência da água para a fecundação e relacioná-la com a for-mação do tubo polínico, originado do grão de pólen.

Deixar claro que o óvulo fecundado se de-senvolve em semente, estrutura que contém o embrião e reservas nu-tritivas.

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112 Capítulo 9 – Plantas com sementes \ Grupo 5

AngiospermasAs angiospermas, assim como as gim-

nospermas, são plantas vasculares com sementes e independentes da água para fecundação. No entanto, ao contrário das gimnospermas, que apresentam sementes nuas, as angiospermas (angio, urna; sper-ma, semente) possuem sementes que se desenvolvem protegidas no interior dos frutos, os quais se originam das flores.

Os frutos dão maior proteção à semen-te, fa cilitando, assim, sua disseminação e a ocupação de novos territórios.

Atualmente, as angiospermas são as plan-tas mais abundantes no planeta, com, apro-ximadamente, 230.000 espécies. Com grande variedade de hábitos, podem ser desde plan-tas rasteiras, como o mo rangueiro, por exem-plo, até árvores muito altas, como jequitibás, ipês, eucaliptos, baobás e outras.

Essas plantas têm grande impor tância na alimentação de muitos seres vivos, in-clusive o ser humano, por causa das subs-tâncias nutritivas existentes em suas raí-zes, caules, folhas, flores e frutos. Além disso, elas apresentam gran de importân-cia econômica, pois muitas são usadas como matéria-prima de diversos produtos.

Entretanto, é preciso que a exploração das plantas ocorra de forma controlada, pois se acontecer de maneira predatória e contínua, poderá levar à extinção de mui-tas espécies. Um exemplo é o pau-brasil, uma árvore nativa da Mata Atlântica que, originalmente, estendia-se por uma faixa de 3 mil quilômetros ao longo do litoral brasileiro. Atualmente, está ameaçada de extinção, juntamente com um dos ecossis-temas de maior biodiversidade do planeta.

Com grande diversidade, as angiosper-mas podem ser divididas em dois grupos, de acordo com o número de cotilédones presentes na semente.

O cotilédone é uma folha especial cuja função é transferir reservas alimentares da se mente para o embrião.

As angiospermas monocotiledôneas apresentam apenas um cotilédone em suas sementes. Já as dicotiledôneas pos-suem sementes com dois cotilédones.

Gimnospermas

formaramoscom

estróbilomasculino

grão de pólen

núcleoespermático

gametamasculino

unem-se,ocorrendo afecundação

queorigina o

embrião

oosfera

gametafeminino

que contém o

apósfecundação,

origina a

semente

transportadopelo vento até o óvulo

que apresentaque apresenta

estróbilofeminino

comcom

Podemos utilizar a semente da arau-cária (pinheiro-do-paraná), chamada de pinhão, como alimento. Após seu cozimen-to, pode ser ingerida, fornecendo grande quantidade de nutrientes.

MAR

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Estróbilo feminino de araucária (pinha) com pinhões (semente)

O mapa de conceitos a seguir se refere à reprodução das gimnospermas.

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Cotilédone Cotilédones

EmbriãoEmbrião

Mamona(dicotiledônea)

Milho(monocotiledônea)

Representação esquemática do fruto do pé de milho (à esquerda), dentro do qual encontramos a semente, e a semente da mamoneira (à direita). Sem escala, cores fantasia.

Representação esquemática de corte de caule com vasos condutores de

seiva dispostos desordenadamente (monocotiledônea, à esquerda) e

ordenadamente (dicotiledônea, à direita).

As folhas das monocotiledôneas têm nervuras mais ou menos paralelas, en-quanto, nas dicotiledôneas, as nervuras são ramificadas (reticuladas).

Nervuras paralelas Nervuras ramificadas

As monocotiledôneas geram flores com peças florais em número de três ou múl-tiplos de três (trímeras), como, por exem-plo, três ou seis pétalas. As dicotiledôneas

Além do número de cotilédones, ocorrem outras diferenças entre esses dois grupos de planta. As monocotile-dôneas apresentam raízes fasciculadas. Trata-se de um conjunto de raízes muito finas que se ramificam de forma homo-gênea, pois todas possuem mais ou me-nos o mesmo tamanho e saem de uma mesma região do caule, formando uma espécie de “cabeleira”.

Nas dicotiledôneas, existe uma raiz prin cipal, que se destaca das outras pelo tama nho. Dela partem ramificações late-rais. Esse tipo de raiz penetra verticalmen-te no solo e é chamado de raiz pivotante.

Raiz fasciculada Raiz pivotante

Nas monocotiledôneas, os vasos conduto-res de seiva apresentam-se de forma desor-denada e, nas dicotiledôneas, ordenada.

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114 Capítulo 9 – Plantas com sementes \ Grupo 5

originam flores com peças florais em nú-mero de quatro ou cinco, ou múltiplos des-tes (tetrâmeras ou pentâmeras).

O quadro a seguir nos traz exemplos de angiospermas pertencentes a esses grupos.

Monocotiledôneas Dicotiledôneas

Milho Feijão

Arroz Soja

Cana-de-açúcar Pau-brasil

Trigo Jabuticabeira

Banana Ipê

Orquídea Abacateiro

Bromélia Goiabeira

Cebola Morangueiro

Bambu Roseira

Reprodução das angiospermas

As flores são os órgãos reprodutores das angiospermas. São folhas modificadas que surgem a partir de uma gema do caule. Nelas ocorre a produção de células reproduto ras masculinas e femininas, que possibilitam a reprodução sexuada dessas plantas e, a par-tir daí, o surgimento do fruto e da semente.

Para entender melhor essa função repro dutora que as flores exercem nas angiosper mas, é necessário conhecer suas partes, isto é, sua estrutura.

Acompanhe a descrição, observando o esquema a seguir.

Antera

Androceu Óvulo Sépalas (cálice)Pétalas (corola)

Estigma

Estilete

Ovário

Gineceu

Filete

Pedúnculo

Pedúnculo – Haste que prende a flor ao caule por uma de suas pontas. A outra ex tremidade do pedúnculo dilata-se, for-mando o receptáculo floral, que sustenta as outras partes da flor.

Cálice – Conjunto de folhas modifica-das, geralmente verdes, chamadas sépa-las, que protegem a base da flor.

Corola – Conjunto formado por folhas modificadas, geralmente coloridas, cha-madas pétalas, que consistem na parte mais vistosa da flor. As cores são impor-tantes para atrair os agentes polinizado-res. Na corola de muitas flores, é produzi-do o néctar, substância rica em açúcar, que serve de alimento para inse tos, pássaros e outros animais.

Androceu – Conjunto de estames que constitui a parte masculina da flor. Cada es-tame é formado por um filete e uma ante-ra, onde são produzidos os grãos de pólen.

Gineceu – Formado por um conjunto de folhas modificadas chamadas carpe-los, constituindo a parte feminina da flor. Cada carpelo apresenta: estigma, estilete e ovário.

O ovário é a parte mais dilatada, que fica na base do carpelo. Nele são produ-zidos os óvulos, onde se desenvolvem ga-metas femi ninos chamados oosferas.

O estigma é a parte superior do carpe-lo, que, normalmente, produz uma subs-tância pegajosa que segura os grãos de pólen que nele caem.

O estilete é o tubo que liga o estigma ao ovário.

Na maioria dos casos, uma mesma flor apresenta androceu e gineceu, sendo cha-mada por isso de hermafrodita. Em ou-tros, em uma mesma planta, há flores só com gineceu e flores só com androceu. E há ainda situações em que o androceu e o gineceu são produzidos em plan tas dife-rentes da mesma espécie.

O grão de pólen, que é produzido nas anteras, é transportado até o gineceu. Para isso, conta com a colaboração do vento, de pássaros, de morcegos e de in-setos, que atuam como agentes poliniza-dores. Ao chegar ao estigma da flor, o grão

Representação esquemática

de flor de monocotiledôneas

(acima) e dicotiledônea

(abaixo). Sem escala, cores fantasia.

Professor(a), sugeri-mos fazer experimental-mente o estudo da flor, utilizando o suporte da teoria e das atividades 42 e 43, como do exercí-cio 02, por exemplo.

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de pólen cresce, dando origem ao tubo polínico, com dois gametas masculinos (núcleos espermáticos). Ele passa pelo estilete, chega ao ovário e alcança o gameta feminino (oos-fera), dentro do óvulo, assim ocorrendo o processo de fecundação sem necessidade de água, como nas gimnospermas.

Após a fecundação, a flor começa a murchar, e as sépalas, as pétalas, os estames e os estiletes caem. O óvulo sofre uma série de modificações e forma a semente. O ovário também se modifica, passa a desenvolver-se e dá origem ao fruto.

Núcleos espermáticos

Célula do tubo

Grãos depólen

Fecundação e desen-volvimento do óvulo

Formaçãoda semente

Desenvolvimentodo ovário

Formaçãodo fruto

Cotilédones

Embrião

Embrião

FrutoSemente

Tubo polínicoalcançando aoosfera

Representação esquemática da fecundação da flor nas angiospermas. Sem escala, cores fantasia.

O fruto é um órgão exclusivo das an-giospermas. Em seu interior, é possível encontrar uma ou mais sementes, que se originaram dos óvulos fecundados. A proteção que o fruto oferece às semen-tes ajudou as angiospermas a se torna-rem as plantas mais abundantes em nú-mero e espécie.

Um fruto é formado pelo pericarpo, que se origina do ovário da flor e das se-mentes, que resultam dos óvulos fecun-dados.

O pericarpo é constituído de: epicar-po, parte mais externa, conhecida como casca; mesocarpo, camada intermediá-

ria, muitas vezes carnosa e suculenta; endocarpo, parte mais interna, que en-volve a semente.

Epicarpo

Mesocarpo

Endocarpo

Semente

Partes de um fruto

Há dois grupos principais de frutos: carnosos e secos.

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116 Capítulo 9 – Plantas com sementes \ Grupo 5

Os frutos carnosos apresentam o pe-ricarpo suculento e comestível, rico em substâncias nutritivas, enquanto, nos fru-tos secos, ele é seco e, algumas vezes, duro. Nos frutos, geralmente, a parte co-mestível é a semente.

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DIO

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Mamão – Fruto carnoso

BAZI

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Feijão – Fruto seco. Comemos a semente do feijão, retirada do fruto maduro

(vagem), como mostra a imagem, ou o fruto juntamente com a semente,

quando a vagem está verde.

É importante saber!Muitas vezes, aquilo que popularmen-

te chamamos de fruta não corresponde ao conceito botânico de fruto. O verdadeiro fruto é aquele que se desenvolve a partir do ovário de uma flor.

Os frutos estão presentes diariamente em nossas refeições. São exemplos: pepi-no, tomate, quiabo, berinjela, pimentão, abóbora, chuchu e tantos outros.

Há também frutos verdadeiros que não são comestíveis, como mamona, car-rapicho, dente-de-leão etc.

Quando comemos maçã, pera, caju ou morango, não nos alimentamos com o ver-dadeiro fruto da planta, pois a parte sucu-lenta e comestível não se originou do ová-rio da flor, e sim de outras partes. Nesses casos, falamos em pseudofrutos, ou seja, falsos frutos, porque, como já foi explica-do, o verdadeiro fruto é aquele que se de-senvolve a partir do ovário da flor.

Na maçã e na pera, por exemplo, a par-te que normalmente comemos desenvol-ve-se do receptáculo da flor. O verdadeiro fruto desses vegetais é aquela parte mais interna e escura que envolve as sementes.

O morango também é exemplo de pseu-dofruto, pois a parte vermelha, carnosa e comestível, provêm do receptáculo floral, onde ficam espalhados os verdadeiros fru-tos, que são aqueles pontinhos escuros.

No caso do caju, o verdadeiro fruto é a castanha, a qual se origina do ovário e abriga a semente. Sua parte suculenta e comestível é o pedúnculo da flor que se desenvolveu.

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SERGEY M

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Pseudofrutos

As sementes desenvolvem-se a partir dos óvulos fecundados. Elas guardam em seu interior o embrião que originará a fu-tura planta. Chama-se germinação o de-senvolvimento da semente para gerar uma nova planta.

Para que a semente germine, é neces-sário que ela encontre no ambiente al-gumas condições essenciais: umidade, temperatura adequada e oxigênio. As sementes são cobertas por uma casca (tegumento), que protege o embrião do ressecamento.

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De modo geral, depois de estarem formadas e amadurecidas, as sementes, encontran do ambiente adequado, logo germinam. Algumas delas, no entanto, passam por um período de dormência, durante o qual não se desenvolvem, es-pecialmente quando o ambiente ainda não oferece as condições necessárias.

Assim que as condições ambientais de umidade e temperatura se tornam favorá-veis, elas começam a germinar.

No início, absorvem água do meio e in-cham, devido à intensa entrada de água. A casca não acompanha esse aumento de volume e se rompe. O embrião, então, co-meça a crescer no interior da semente. A primeira parte que surge para fora da semente é a raiz, que começa a penetrar verticalmente no solo, ramificando-se e transformando-se no sistema radicular da planta. O caule cresce no sentido oposto ao da raiz, em direção à superfície do solo.

Durante a germinação, o embrião usa as reservas nutritivas contidas nos cotilé-dones.

Embrião

Cotilédones

Semente do feijão

Quando essas reservas se esgotam, o embrião já possui as primeiras folhas, sendo, portan to, capaz de realizar a fotos-síntese.

A imagem a seguir nos mostra como ocorre a germinação das sementes. Usa-remos como exemplo a semente do fei-jão, por ser de fácil observação e enten-dimento.

Primeiras folhasCotilédone

Cotilédonemurchando

Casca Raiz

Representação esquemática da germinação da semente de feijão.

Sem escala, cores fantasia.

O mapa de conceitos a seguir traz in-formações referentes à reprodução das angiospermas.

Flores

Presentes nas Responsáveis pela

dasAngiospermas Reprodução Formadas dasseguintes partes

Gineceu

Ovário

Óvulo

Quandofecundado,

transforma-seem

Semente

Abriga a

Grão de pólen

Nele fica o

Onde se forma a

Oosfera Núcleo espermático

Ao se unirem, ocorre a

Fecundação

Onde se forma o

Nela fica o

Antera Pétalas Sépalas

Apresenta ApresentaÉ o

conjuntodas

É oconjunto

das

Fruto

Após afecundação,transforma-

-se em

Androceu Corola Cálice

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118 Capítulo 9 – Plantas com sementes \ Grupo 5

Morfologia externa das angiospermas

Nas angiospermas, a raiz, o caule e as folhas são os órgãos encarregados de rea-lizar as funções de absorção, transporte e produção de nutrientes, consideradas vi-tais ao vegetal.

Podemos encontrar, nas angiosper-mas, dois tipos básicos de raiz: fascicula-das e pivotantes. As raízes fasciculadas são for madas por um conjunto de raízes finas, todas mais ou menos dos mesmos tama-nho e espessura, que ocorrem nas mono-cotiledôneas. Esse tipo de raiz não se apro-funda muito no solo, absorvendo água das camadas mais superficiais. Espalha-se for-mando uma espécie de rede que prende o solo, contribuindo para diminuir a erosão provocada pela chuva.

Nas raízes pivotantes, existe uma raiz principal que penetra verticalmente no solo, sendo, geralmente, maior e mais grossa que as outras, as secundárias, que partem dela. Esse tipo de raiz consegue absorver água das camadas mais profundas do solo e é típico das dicotiledôneas e das gimnospermas.

A raiz é um órgão vegetal que cresce e se ramifica, geralmente, dentro do solo, formando o sistema radicular. Esse con-junto de raízes é responsável por algumas funções do vegetal, como a fixação no solo e a absorção de água e sais minerais, que formarão a seiva bruta.

Algumas raízes acumulam reserva de água e nutrientes para a planta, sendo por isso utilizadas em nossa alimentação.

Em cada uma das raízes que compõem os sistemas radiculares, é possível identifi-car diferentes regiões.

Colo

Zonasuberosaou deramificação

Coifa

Zona pilífera ou de absorção

Zona lisa oude crescimento

Coifa

Regiões de uma raiz pivotante. Sem escala, cores fantasia.

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As células da ponta da raiz estão em cons tante reprodução, promovendo seu crescimento. Durante sua penetração no solo, as raízes atritam-se com as partículas presentes nele. A coifa é uma espécie de capuz que protege essas células do atri-to com as partículas e também do ataque de microrganismos. A seguir, vem a zona lisa, ou de crescimento, região onde há in-tenso crescimento da raiz, pois as células recém-formadas passam por um processo de alongamento. Essa região é a principal responsável pelo crescimento da raiz. A zona pilífera, ou de absorção, constitui-se de numerosos e finíssimos pelos absorven-tes, que são os responsáveis pela absorção de água e sais minerais presentes no meio em que as raízes se encontram. A região suberosa, ou de ramificação, é a parte de onde se originam as raízes secundárias, que auxiliam na fixação da planta no solo e au-mentam a superfície de absorção. O colo é a região de transição entre a raiz e o caule.

As raízes diferenciam-se de acordo com as funções especializadas que exercem e também pela capacidade que têm de adaptarem-se a diferentes ambientes.

As raízes tabulares são achatadas, lembrando uma tábua, e encontradas em árvores de grande porte, para ajudar na sustentação. A figueira é um exemplo de planta com esse tipo de raiz.

JUPI

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MAG

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PHO

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ETTY

IMAG

ES

Figueira: raiz tabular

As raízes-escoras ou suportes partem do caule e fixam-se no solo, aumentando a capacidade de sustentação da planta, como no caso do milho e de certas plan-tas de mangue.

SURAKIT / SH

UTTERSTO

CK

Milho: raiz-escora

As raízes tuberosas armazenam gran-de quantidade de substâncias nutritivas, sendo por isso muito utilizadas em nossa alimenta ção. São exemplos: cenoura, be-terraba, mandioca, batata--doce e nabo.

BERGAM

ON

T / SHU

TTERSTOCK

Beterraba: raiz tuberosa

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120 Capítulo 9 – Plantas com sementes \ Grupo 5

As raízes respiratórias, também co-nhecidas como pneumatóforos, são adaptadas a viver em regiões alagadi-ças, como, por exemplo, mangues, que apresentam solo lamacento, rico em detritos, porém pobre em oxigênio. A vegetação que vive nesse ambiente de-senvolve raízes que crescem vertical-mente para fora do nível da água. Elas têm pequenos furos que permitem a entrada do oxigênio do ar.

KON

GSA

K /

SHU

TTER

STO

CK

Pneumatóforos, raízes respiratórias típicas de plantas de mangue

Raízes sugadoras: esse tipo de raiz é encontrado em plantas parasitas, como a erva-de-passarinho e o cipó-chumbo. Pe-netra no caule das plantas hospedeiras, sugando-lhes a seiva.

No caso do cipó-chumbo, que não apresenta folhas nem clorofila, ele depen-de exclusivamente da planta hospedeira, sugando-lhe a seiva, rica em substâncias nutritivas, chegando, inclusive, a matá-la.

FÁBI

O C

OLO

MBI

NI

O cipó-chumbo (cor amarela) suga a seiva da planta hospedeira.

De modo geral, as raízes são subter-râneas, mas também existem as que se desenvolvem dentro da água, como as da planta aguapé, e há aquelas que são aéreas, como é o caso das orquídeas, que vivem apoiadas em outras plantas, absorvendo a umidade do ar.

DIAG

RAMA

Esquema do aguapé mostrando sua raiz aquática.

SILENTW

ING

S / SHU

TTERSTOCK

Raízes aéreas ao redor do caule de outra planta

O caule é o órgão da planta que faz a comunicação entre a raiz e as folhas.

Enquanto a raiz cresce, normalmente, em direção à terra, no sentido da força gravi tacional, o caule cresce contra a for-ça gravitacional. É por isso que, na maio-ria dos casos, cresce acima do solo.

No interior do caule, há um sistema de vasos condutores encarregado do transporte de substâncias.

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51121Ciências Naturais \ Explorações

A seiva bruta (água e sais minerais) ab sorvida do solo pelas raízes é trans-portada até as folhas por meio de vasos que se localizam na parte mais central do caule, chamados vasos lenhosos. O conjunto deles é chamado de xilema.

A seiva elaborada, líquido que con-tém os nutrientes produzidos nas folhas durante a fotossíntese, circula em vasos localizados mais na periferia do cau-le (vasos liberianos). O conjunto deles recebe o nome de floema. Essa seiva é transportada pelo caule, via floema, para todos os locais de consumo da planta: raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes.

Seiva elaboradaSeiva bruta

Caule

Raiz

Folha

Representação esquemática do transporte de seiva. Sem escala, cores fantasia.

Os caules também dão sustentação às folhas e posicionam-nas nas melhores condi-ções para que recebam a luz do Sol. Portan-to, as duas funções principais desempenha-das pelo caule são condução e sustentação.

O caule caracteriza-se por apresentar gemas. A gema apical ou terminal loca-liza-se na extremidade do caule ou dos ramos e é formada por células que se re-produzem intensamente, promovendo--lhe(s) o crescimento.

A gema lateral ou axilar origina os bro-tos, as folhas e as flores.

Gema apicalou terminal

Gema lateralou axilar

Entrenó

Representação esquemática das partes do caule. O nó é o local de onde partem as folhas ou os ramos laterais, e o entrenó ou gomo, o local que fica entre dois nós

sucessivos. Sem escala, cores fantasia.

Existem diferentes tipos de caule. Os mais comuns são os aéreos, mas há tam-bém caules subterrâneos e aquáticos.

Alguns exemplos de caules aéreos são tronco, estipe e colmo.

O tronco é um caule bem resistente que, ge ralmente, apresenta maior desenvol-vimento na base. À medida que cresce, ramifica-se. Ár-vores como a mangueira, a ja buticabeira e o ipê, entre tantas outras, têm caule des-se tipo.

Estipe é um caule longo, geralmente reto, sem rami-ficações. As folhas desenvol-vem-se apenas na extremida-de superior. São exemplos as palmeiras e os coqueiros.

ISTOCK / G

ETTY IMAG

ES

Mangueira: tronco

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51

122 Capítulo 9 – Plantas com sementes \ Grupo 5JO

HN

MIC

HAE

L EV

AN P

OTT

ER /

SHU

TTER

STO

CK

Palmeiras: estipe

Nos caules de tipo colmo, é possível identifi car nitidamente os nós e os entre-nós. Há colmos cheios, como o caule da cana-de-açúcar, e colmos vazios, como o do bambu.

AGU

ILAR

PHO

TO /

SHU

TTER

STO

CK

Bambus: colmo

Os caules subterrâneos crescem em-baixo do solo e alguns se desenvolvem bastante, armazenando substâncias nu-tritivas. Tubérculos, rizomas e bulbos são alguns exemplos.

Tubérculos são caules com grande re-serva de substâncias nutritivas e que, por isso, são muito utilizados como alimento.

Um exemplo típico desse caule é a ba-tatinha (Solanum tuberosum), também conhecida por batata-inglesa. Em sua superfície, é possível observar as gemas, popularmente chamadas de “olhos”. Es-sas gemas presentes nos tubérculos po-dem brotar facil mente e produzir novos caules e folhas.

MAU

HO

RNG

/ SHU

TTERSTOCK

Batata com gemas: tubérculo

Rizomas são caules subterrâneos que crescem ho rizontalmente, podendo se ramificar bastan te. Deles surgem folhas aéreas, como é o caso da bananeira: o que vemos para fora da ter ra são folhas enroladas, formando um pseu docaule. O gengibre e a samambaia também têm caule do tipo rizoma.

Folhas

Caule (rizoma)

Raízes

DIAG

RAMA

Bananeira: rizoma

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51123Ciências Naturais \ Explorações

Os bulbos são formados por caules e folhas subterrâneos. Um exemplo é a cebola, que possui uma parte central, chamada prato, muito pequena. Da parte inferior do prato, partem as raízes e, da parte superior, saem folhas modificadas, os catafilos, que contêm reservas nutriti-vas. Outro exemplo é o alho, em que cada dente corresponde a um bulbo, ou seja, o alho é um tipo de bulbo composto.

Catafilos(folhas modificadas)

raízes

Prato

SERG

IOG

UD

321

/ SH

UTT

ERST

OCK

Cebola: bulbo simples

Os caules aquáticos desenvolvem-se dentro da água. Geralmente são clorofila-dos, realizam fotossíntese. Podemos citar a elódea, planta ornamental muito utiliza-da em aquários, como exemplo de caule aquático.

PHO

TORE

SEAR

CHER

S / L

ATIN

STO

CK

Elodea: caule aquático

A folha consiste em um órgão da plan-ta, normalmente verde por causa da pre-sença de clorofila. É muito importante, pois realiza funções consideradas vitais, sendo responsável pela produção dos ali-mentos que garantem o crescimento e a manutenção da vida da planta.

Para melhor entendermos as funções desempenhadas pela folha, primeiro co-nheceremos como ela é formada.

Nervuraprincipal

Estípula

BainhaPecíolo

Nervurasecundária

Limbo

Representação esquemática das partes que podem ocorrer em uma

folha. Sem escala, cores fantasia.

Limbo: parte achatada da folha, com a forma de lâmina. Em sua superfície, encon tram-se pequenos orifícios, visí-veis somente ao microscópio, chamados estômatos. É através deles que a plan-ta realiza transpiração e trocas gasosas com o meio ambiente. Observando o limbo de uma folha, percebemos que ele é todo riscado por nervuras que contêm os vasos condutores de seiva bruta e sei-va elaborada.

Pecíolo: haste que prende a folha ao caule e ao ramo.

Bainha: parte mais dilatada da base do pecíolo, por onde a folha se prende ao caule.

Basta um simples passeio por uma praça para perceber a diversidade de fo-lhas das plantas.

Estípula: formação pontiaguda que pode ocorrer na base das folhas.

O limbo tem formatos muito varia-dos, com bordas lisas, serrilhadas ou re-cortadas.

As folhas podem ser simples ou com-postas. Nas simples, o limbo é formado por apenas uma lâmina; nas compostas, ele é dividido em partes chamadas folíolos.

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51

124 Capítulo 9 – Plantas com sementes \ Grupo 5

Limbo

Pecíolo

Nervura

Folha simples

Haste dofolíolo

Pecíolo

Folíoloterminal

Folíolos

Nervura

Folha composta

Nem todas as folhas abrangem todas as estruturas indicadas nos esquemas ante-riores. Por exemplo, as folhas de milho não têm pecíolo, e as de fumo não apresentam pecíolo nem bainha.

OKSAN

A2010 / SHU

TTERSTOCK

Nas folhas do pé de milho não há o pecíolo.

JOH

N KASAW

A / SHU

TTERSTOCK

O limbo das folhas da planta do tabaco é inserido diretamente no caule.

As folhas realizam, principalmente, as funções de fotossíntese, transpiração e trocas gasosas.

Ao realizar a fotossíntese, o vegetal pro duz as substâncias orgânicas nutriti-vas de que necessita para manter-se vivo, utilizando, para isso, a energia luminosa. Essas substâncias formam a seiva elabo-rada, composta, princi palmente, de água e glicose, que é transpor tada através do caule para as demais partes do vegetal por meio de vasos, onde será consumida ou armazenada.

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51125Ciências Naturais \ Explorações

Gás carbônico+

água

Glicose+

oxigênio

Luz

Clorofila

Luz solar

Gás carbônico

Água

Glicose

Clorofila

Água

Representação esquemática do processo de fotossíntese. Sem escala, cores fantasia.

Para que ocorra a produção de glicose du rante a fotossíntese, a planta precisa re-tirar do ambiente água e gás carbônico.

A água e os sais minerais são retirados do ambiente através dos pelos absorventes pre-sentes na raiz e formam a seiva bruta, que é transportada pelo caule até as folhas por vasos condutores. As folhas contêm grande quantidade de estruturas chamadas estôma-tos, por onde penetra o gás carbônico do ar e sai água na forma de vapor.

A clorofila, pigmento verde, absorve a energia luminosa necessária para que a água e o gás carbônico possam ser trans-formados em glicose. Por isso, as folhas da planta são dispostas de forma a receber bastante luz do Sol.

Durante a fotossíntese, ocorre também a produção de oxigênio, que é liberado para o meio ambiente e pode ser utilizado por outros seres vivos.

A transpiração e as trocas gasosas nas folhas ocorrem principalmente através dos estômatos, estruturas formadas por duas cé-lulas alongadas, com uma fenda entre elas. A abertura e o fechamento dessa fenda

são controlados por diversos fatores do ambiente, sendo o principal deles a quan-tidade de água. Quando, no ambiente, há quantidade de água suficiente, as células dos estômatos ab sorvem mais água das células vizinhas, au mentam de tamanho e forçam a abertura. Dessa forma, os es-tômatos permanecem abertos e a planta perde vapor d’água. Quando o ambiente se torna seco, as células dos estômatos diminuem de tamanho, devido à perda de água, e então a fenda se fecha, impedindo a perda de água por transpiração.

Fenda estomática

Células estomáticas

Representação esquemática de um estômato aberto

PHO

TORESEARCH

ERS / LATINSTO

CK

Foto de lâmina de folha da planta Tradescantia pallida, observada ao

microscópio óptico. Em destaque, o estômato. Aumento

de cerca de 400 vezes.

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126 Capítulo 9 – Plantas com sementes \ Grupo 5

A transpiração é um mecanismo através do qual a planta perde água na forma de va-por. Permite o controle da temperatura, pois, ao evaporar, a água retira calor da superfície da folha, refrescando-a. Devido à transpira-ção, surge, na folha, uma força de sucção, que provoca a subida da seiva bruta. Assim, à medida que a água é perdida por transpira-ção, as folhas retiram-na do caule e este, por sua vez, retira-na das raízes, forçando estas a absorver água e sais do solo. Com isso, for-ma-se uma coluna contínua de água no in-terior do caule, desde as raízes até as folhas.

As trocas gasosas consistem na entra-da e na saída de oxigênio e gás carbônico

das células das plantas, através dos estô-matos presentes nas folhas. Nas trocas gasosas, são obtidos o gás carbônico, ne-cessário para a realização da fotossíntese, e o oxigênio, importante para a realização da respiração celular, a qual é um proces-so utilizado pela maioria dos seres vivos para obtenção de energia, utilizando gli-cose e oxigênio.

É bom lembrar que a fotossíntese é um processo que ocorre apenas na presença de luz; já a respiração celular acontece o tempo todo, com ou sem luz.

Os mapas de conceitos a seguir referem--se à morfologia externa das angiospermas.

Raízes

sãoresponsáveis

pela

podemser

fixação daplanta ao

solo

absorçãode água e

sais(seiva bruta)

tubulares,escoras,

tuberosas,sugadoras e

aéreas

raize folhas

vasoscondutores

de seiva

responsáveispor seu

tronco,tubérculo,

bulbo,rizoma

etc.

faz acomunicação

entreapresenta contém

gemaspode serdo tipo

Caule

bruta elaborada

água esais

água eglicose crescimento

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51127Ciências Naturais \ Explorações

Folha

possui

que possibilitama realização de

trocas gasosas

importantepara produção

de

importantespara

importantepara

glicose oxigênio

usadosna

controle datemperaturae condução

da seivabruta

realizaçãoda

fotossíntese

respiraçãocelular

processo deobtenção de

energia

estômatos

transpiraçãofotossíntese

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52

CIÊN

CIA

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RAIS

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RUPO

5 •

EXP

LORA

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Capítulo

9 Plantas com sementes

02) Típicos de clima frio, os representantes mais conhecidos das gimnospermas são as sequoias, os ciprestes e os pinheiros, os quais pertencem ao grupo das coníferas. Por que essas plantas são chamadas de coníferas?

Ati vidade 37 • Gimnospermas Exercícios de Aplicação

01) Relacione o nome gimnosperma com uma característica própria desse grupo de plantas.

Exercícios Propostos

03) Dê o nome científico e o nome popu-lar do pinheiro nativo do Brasil.

04) As florestas de araucárias que, ori-ginalmente, cobriam uma área que ia do centro-norte do Paraná até o norte do Rio Grande do Sul, atualmente, estão reduzi-das a cerca de 1,2% dessa área original. Cite os principais fatores que contribuíram para essa grande redução.

05) Faça o que se pede.a. Por que o pinheiro-europeu é mui-

to utilizado em reflorestamento no Brasil?

b. O grupo das cicadófitas é repre-sentado pelas cicas. Onde se culti-vam frequentemente essas plantas e como são conhecidas?

c. Cite grupos de gimnospermas me-nos conhecidos e dê exemplos.

O nome gimnosperma deriva de gymno, nu, e sperma, semente, designando a principal característi ca desse grupo de vegetais, cujas sementes não são envolvidas por um fruto, são nuas.

Essas plantas possuem estruturas de repro-dução em forma de cone, os estróbilos ou as pinhas.

Araucaria angustifolia, também conhecido como pinheiro-do-paraná, ou araucária.

As florestas de araucária foram derruba das para dar lugar às lavouras de café e de cereais, bem como às videiras dos colonos alemães e italianos, e tam bém para abastecer a indústria madeireira.

Porque ele cresce mais rapidamente que a gimnosperma nativa, o pinheiro-do-paraná.

Elas aparecem frequentemente na orna-mentação de jardins e são conhecidas como sagus-de-jardim ou palmeirinhas.

Gnetófitas (exemplo: Welwitschia mirabilis) e gincófitas (exemplo: Ginkgo biloba)

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52129Ciências Naturais \ Explorações

01) Uma árvore muito conhecida dos bra-sileiros, principalmente na região Sul, é o pinheiro-do-paraná. Essa planta:

a. é angiosperma, porque produz flo-res e frutos.

b. é gimnosperma, porque possui es-tróbilos, mas não flores.

c. é produtora de estróbilos, conheci-dos por pinhões.

d. possui um fruto comestível, conhe-cido como pinhão.

e. é polinizada por insetos.

02) Os pinheiros apresentam, nas pontas dos ramos de folhas, estruturas chamadas estróbilos. Como são formados e qual sua função?

03) Qual a principal novidade evolutiva que surgiu nas gimnospermas em relação à reprodução?

Ati vidades 38 e 39 • Reprodução das gimnospermas Exercícios de Aplicação

Exercícios Propostos

04) Algumas gimnospermas são herma-froditas e outras têm sexos separados. Ex-plique o que significa isso.

05) Um grupo de alunos em excursão ao Sul do país foi conhecer uma mata onde predomi nam árvores típicas dessa região.

Essas árvores produzem pinhas, onde se formam pinhões, que servem de alimen-to para muitos animais que vivem nesse ecossiste ma. Os pinhões, quando cozidos, também são muito apreciados pelo homem.

Os monitores da excursão informaram aos alunos que essa mata, a qual já ocu-pou grandes extensões de terra, hoje está muito reduzida, devido à exploração pre-datória, principalmente para a obtenção de madeira. Responda ao que se pede.

a. De que mata trata o texto?

b. O que representam as pinhas e os pinhões para essas árvores?

R.: B Os estróbilos são folhas modificadas que têm como função a reprodução.

A principal novidade evolutiva foi a inde-pendência em relação à água para a fecun-dação.

As gimnospermas hermafroditas são espé-cies nas quais, em um mesmo vegetal, for-mam-se estróbilos masculinos e femininos. As que têm sexos separados são aquelas espécies em que há organismos que só pro-duzem estróbilos mas culinos e outros, só femininos.

Da Mata dos Pinhais ou Mata de Arau cárias.

As pinhas são as estruturas reprodutoras femininas dessas árvores, conhecidas como es tróbilos, e os pinhões são suas sementes.

Exercício 01: O pinhão é, na verdade, a se-mente do pinheiro-do-paraná.

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52

130 Capítulo 9 – Plantas com sementes \ Grupo 5

06) A figura abaixo ilustra, de forma simplificada, a reprodução da araucária. Orientan-do-se por ela, faça o que se pede nos itens a, b, c e d.

Pinheiro-do-paraná

Planta jovem

Pinhão

a. Identifique, na figura, o estróbilo masculino e o feminino. Escreva seus respectivos nomes nas linhas correspondentes.

b. Qual a importância do vento para a reprodução desse vegetal?

c. De que maneira o gameta masculi-no con tido no grão de pólen conse-gue chegar ao óvulo?

d. O que acontece no estróbilo femi-nino após a fecundação?

É ele que transporta os grãos de pólen até os estróbilos femininos.

No estróbilo feminino, o grão de pólen co-meça a formar o tubo polínico, que cresce em di reção ao óvulo, permitindo, assim, a fecundação.

Após a fecundação, o embrião desen volve--se e o óvulo transforma-se em semente, que abriga e protege esse embrião contra desidra tação, calor, frio etc. A semente tam-bém armazena reservas nutritivas que serão usadas pelo embrião duran te as primeiras fases de seu desenvolvimento.

Estróbilomasculino

Estróbilo feminino

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52131Ciências Naturais \ Explorações

01) Duas plantas vasculares característi-cas de nossa biodiversidade são a araucá-ria e o pau-brasil. Essas árvores pertencem a grupos diferentes de plantas. Com rela-ção a elas, faça o que se pede.

a. A que grupo de plantas pertence cada uma das árvores citadas?

b. Cite uma estrutura comum a esses dois grupos de plantas, que contribuiu para o sucesso reprodutivo de ambos.

c. Cite uma diferença entre esses gru-pos de plantas.

02) As angiospermas podem ser divididas em dois grupos.

a. Quais são esses grupos?

b. Em que se baseia essa divisão?

03) A seguir, são apresentadas caracterís-ticas que ocorrem nos grupos de plantas que você já estudou. Identifique os grupos por meio dessas características e exempli-fique cada um deles.

a. São vasculares que produzem es-poros. Têm raíz, caule e folhas, mas não apresentam sementes.

b. Apresentam sementes.

c. Têm sementes que se desenvolvem no interior de estruturas chamadas estróbilos.

d. São plantas vasculares que produ-zem esporos e habitam locais úmi-dos e sombrios.

e. Geram flores, frutos e sementes.

Ati vidades 40 e 41 • Angiospermas Exercícios de Aplicação

A araucária pertence ao grupo das gimnos-permas e o pau-brasil faz parte do grupo das angiospermas.

Gimnospermas e angiospermas apresentam sementes.

As gimnospermas apresentam sementes nuas. As angiospermas têm sementes que se desenvolvem protegidas no interior dos frutos, os quais se originam das flores.

São as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.

Essa divisão é feita de acordo com o núme-ro de cotilédones presentes na semente. As monocotiledôneas apresentam apenas um cotilédone e as dicotiledôneas, dois. O co-tilédone é uma folha especial cuja função é transferir reservas alimentares da se mente para o embrião.

Grupo das pteridófitas. Exemplo: samam-baia.

Grupo das gimnospermas. Exemplos: cipres-tes, sequoias, pinheiros e cicas. Grupo das angiospermas. Exemplos: pau-brasil, laran-jeira e roseira etc.

Grupo das gimnospermas. Exemplo: pinhei-ros.

Grupo da briófitas. Exemplo: musgos.

Grupo das angiospermas. Exemplo: jequi-tibá.

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132 Capítulo 9 – Plantas com sementes \ Grupo 5

04) Pinheiros e seringueiras são plantas vasculares de grande porte. Seringueiras produzem flores e frutos e pinheiros pro-duzem estróbilos. Podemos dizer que, pela produção ou não de frutos:

a. apenas as seringueiras são angios-permas.

b. apenas os pinheiros são angiosper-mas.

c. ambas não possuem tecidos con-dutores.

d. ambas são angiospermas.e. ambas são gimnospermas.

05) As angiospermas são vegetais que se es palharam pelos mais diferentes ambien-tes terrestres. Das 350.000 mil espécies de plantas conhecidas, cerca de 230.000 são angiospermas. Cite um fator que con-tribuiu muito para o sucesso adaptativo desse grupo de vegetais.

06) As angiospermas estão classificadas em monocotiledôneas e di cotiledôneas, levando-se em consideração o número de cotilédones nas sementes. Porém, em certas épocas do ano, algumas plantas não apresentam sementes. Cite outras diferenças que podem ser observadas para a divisão das angiospermas em dois grupos.

07) O professor do 7º ano levou os alunos ao jardim da escola e pediu que dividissem as plantas angiospermas em dois grupos, observando características que pudessem ser facilmente visualizadas. A seguir, estão algumas estruturas desenhadas por um aluno durante essa atividade.

1      2

3      4

a. Escreva, no quadro, a que grupo pertencem as estruturas.

Monocotiledôneas

Dicotiledôneas

b. Justifique sua resposta.

Exercícios Propostos

R.: A

Exercício 04: São an-giospermas apenas as plantas que produzem flores e, consequente-mente, frutos, como as seringueiras.

O que favorece bastante o sucesso das an-giospermas é que, de suas flores, desenvol-vem-se frutos, os quais dão maior proteção à semente, facilitando sua disseminação.

Podem ser observados os tipos de raiz, folha e flor.

1 e 4

2 e 3

As monocotiledôneas produzem folhas com nervuras paralelas (1) e flores trímeras (4). As dicotiledôneas apresentam folhas com nervuras paralelas ramificadas (2) e flores pentâmeras (3).

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52133Ciências Naturais \ Explorações

01) O que as flores representam para as plantas que as apresentam?

02) Observe a flor representada a seguir.

4

B 6 87

1

2

3

A

5

9

a. Os números e as letras que aparecem na figura indicam as diferentes partes da flor. Dê o nome de cada uma delas.

A: ; B: ;

1: ; 2: ;

3: ; 4: ;

5: ; 6: ;

7: ; 8: ;

9:

b. Após a fecundação, quais dessas estruturas originam, respectivamente, a semen-te e o fruto?

c. Cite uma característica comum às gimnospermas e às angiospermas, em relação à fecundação.

03) Explique a diferença entre fruto e pseudofruto. Dê exemplos de cada um deles.

Ati vidades 42 e 43 • Reprodução das angiospermas Exercícios de Aplicação

As flores são os órgãos reprodutores das angiospermas.

O óvulo (6) desenvolvido dá origem à semente, e o ovário (3) origina o fruto.

Estigma Estilete

Ovário

Gineceu

Antera

Filete

Androceu

Óvulo

Pétalas (corola) Sépalas (cálice)

Pedúnculo

As gimnospermas e angiospermas apresentam independência da água para fecundação.

O verdadeiro fruto é aquele que se origina do ovário da flor, como laranja, abacate, mamão, pepino, berin-jela, tomate etc. Pseudofruto é aquele cuja parte suculenta e comestível não se origina do ovário da flor, e sim de outras partes. No caso da pera, da maçã e do morango, é o receptáculo floral que se desenvolve.

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52

134 Capítulo 9 – Plantas com sementes \ Grupo 5

04) Em relação às angiospermas, faça o que se pede:

a. Em que local da flor os grãos de pó-len são produzidos?

b. Como ocorre a polinização nas an-giospermas?

c. Explique, com poucas palavras, a fecundação das angiospermas.

05) As sementes, encontrando condições es peciais, germinam.

a. O que é a germinação da semente?

b. Quais são as condições necessárias para que uma semente germine?

06) O esquema a seguir representa a se-quência de etapas de germinação de uma semente de feijão. Observe-o atentamen-te e faça o que se pede.

A

A

Casca Raiz

a. Explique, de forma resumida, como ocorre esse processo.

b. Qual o nome da estrutura indicada pela letra A?

c. Qual é sua função?

Exercícios Propostos

São produzidos na antera da flor.

Ocorre pela ação do vento, de pássaros, de morcegos e de insetos.

Ao chegar ao estigma da flor, o grão de pólen cresce, dando origem ao “tubo polí-nico”, com os gametas masculinos. O tubo polínico passa pelo estilete, chega ao ovário e alcança o gameta feminino (oosfera) den-tro do óvulo, ocorrendo, assim, o processo de fecundação.

É o desenvolvimento do embrião da se-mente, o que origina uma nova planta.

As condições necessárias para a germi-nação da semente são: presença de água su ficiente no ambiente, oxigênio e tempe-ratura adequada.

Cotilédone

O cotilédone fornece substâncias nutri tivas para o embrião durante o pro cesso da germi-nação, até o surgimento das primeiras folhas.

Ao encontrar ambiente adequado, a semen-te do feijão germina, usando a reserva ali-mentar do cotilédone para originar a raiz e o caule.

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52135Ciências Naturais \ Explorações

Ati vidades 44 e 45 • Morfologia externa das angiospermas Exercícios de Aplicação

01) Nas angiospermas, podemos encon-trar dois tipos básicos de raiz. A qual deles pode ser relacionada cada uma das frases a seguir?

a. Espalha-se, formando uma espécie de rede que prende o solo, contri-buindo para diminuir a erosão pro-vocada pela chuva.

b. Consegue absorver água das ca-madas mais profundas do solo e é típica das dicotiledôneas e das gimnospermas.

02) Em relação ao caule, responda às questões.

a. Que funções exerce o caule para a planta?

b. O caule caracteriza-se por apresen-tar gemas. Qual a função delas?

03) Observe a imagem a seguir.

Gás carbônico

Gás oxigênio

Ar

Ar

Gás oxigênio

Gás carbônico

Gotículas d’água

a. Nessa figura, são exemplificadas todas as funções realizadas pelas folhas. Quais são essas funções?

b. Que estrutura presente nas folhas contribui para a realização dessas funções? Explique.

A: raiz fasciculadaB: raiz pivotante

Condução de seivas e sustentação das fo-lhas, das flores e dos frutos

As gemas são formadas por células que se reproduzem intensamen te, promovendo o crescimento do caule.

Fotossíntese, transpiração e trocas gasosas

Os estômatos, através de cujas fendas acon-tecem as trocas gasosas, importantes para a fotossíntese e a transpiração.

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04) Em relação à figura a seguir, que re-presenta uma raiz e suas partes, faça o que se pede.

E

D

A

C

B

a. Quais as principais funções das raí-zes para os vegetais?

b. Dê o nome das regiões da raiz re-presentadas na figura acima e a função de A.

05) De acordo com a descrição das frases a, b e c, dê o nome do tipo de raiz e um exemplo.

a. Armazena grande quantidade de substâncias nutritivas, sendo, por isso, muito utilizada em nossa alimenta ção.

b. Penetra no caule das plantas hos-pedeiras, sugando-lhes a seiva rica em substâncias nutritivas, chegan-do, inclusive, a matá-las.

c. É adaptada a viver em regiões ala-gadiças, com solo lamacento e po-bre em oxigênio.

06) Dê o nome de dois diferentes tipos de caule e forneça exemplos dos que são usa-dos em nossa alimentação.

Exercícios Propostos

As raízes realizam a fixação do vege tal e a absorção de água e sais minerais.

A: coifa. Pro tege as células da raiz do atrito com as partículas do solo e também do ata-que de microrganismos.B: zona lisa ou de crescimentoC: zona pilífera ou de absorçãoD: zona suberosa ou de ramificaçãoE: colo

Raiz tuberosa. Exemplos: cenoura, beterra-ba, mandioca, batata-doce e nabo.

Raiz sugadora. Exemplo: cipó-chumbo.

Raiz respiratória ou pneumatóforo. Exem-plo: plantas de mangue.

Tubérculo. Exemplo: batatinha ou batata-ingle-sa.Bulbo. Exemplos: cebola e alho.

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52137Ciências Naturais \ Explorações

07) Observe a figura a seguir, que repre-senta as partes da folha, e faça o que se pede.

2

6

54

3

1

a. Dê o nome das partes da folha indi-cadas na figura.

b. Qual a importância da transpiração das folhas para os vegetais?

1: limbo; 2: nervura principal; 3: nervura se-cundária; 4: pecíolo; 5: bainha; 6: estípula.

A transpiração é importante para o contro-le da temperatura, porque a perda de água na forma de vapor retira calor da superfície da folha, refrescando-a. A transpiração tam-bém é relevante para a condução da seiva bruta, porque, à me dida que a água é per-dida por transpiração, a folha retira água do caule e este, por sua vez, retira-a das raízes, forçando-as a absorverem água e sais do solo. Com isso, forma-se uma coluna con-tínua de água no interior do caule, desde as raízes até as folhas. Finalmente, com a transpiração, surge, na folha, uma força de sucção, que provoca a subida da seiva bruta.

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Anotações