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  • 1

    APOSTILA DE LGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALTICA

    Deus d a todos uma estrela, uns fazem da estrela um sol. Outros nem conseguem v-la.

    Helena Kolody)

    PROF ANA PAULA HEIMERDINGER

  • 2

    1. MATRIZES

    Muitas vezes, para designar com clareza certas situaes,

    necessrio formar um grupo ordenado de nmeros que se apresentam

    dispostos em linhas e colunas numa tabela. Essas tabelas so chamadas na

    Matemtica de matrizes. Com o advento da computao e a crescente

    necessidade de se guardar muita informao,as matrizes adquiriram uma

    grande importncia. Para termos uma idia dessa importncia, basta saber que

    o que vemos na tela do computador uma enorme matriz. Atualmente so

    largamente utilizadas as resolues de imagem de 600 x 800(600 linhas, 800

    colunas), ou 768 x 1024 (768 linhas e 1024 colunas) nos monitores de

    computador. A utilizao de matrizes no para por a. Alm das aplicaes de

    bancos de dados, utilizada no estudo de vetores e em outras situaes

    1 .1 Conceito de Matrizes

    Chamamos de matriz uma tabela de elementos dispostos em linhas e

    colunas. As filas horizontais de uma matriz so chamadas de linhas e as

    verticais de colunas. Uma matriz que tenha m linhas e n colunas se diz m por

    n, e se escreve m x n.

    Os elementos de uma matriz podem ser nmeros (reais ou complexos),

    funes, ou ainda outras matrizes.

    Exemplo 1

    Ao recolhermos dados referentes ao nmero de carros vendidos por uma

    agncia durante uma semana. Podemos dispor na tabela:

    Dias da semana

    Modelo

    2 3 4 5 6

    I 20 3 10 5 7

    II 1 0 4 9 6

    III 11 7 8 2 13

    Ao abstrairmos os significados das linhas e colunas da tabela, podemos

    escrever:

  • 3

    Usaremos sempre letras maisculas para denotar matrizes e as letras

    minsculas para representar seus elementos. O elemento vem acompanhado

    de dois ndices, sendo que o primeiro indica a linha e o segundo indica a

    coluna. So utilizadas notaes de colchetes, parnteses ou duas barras.

    A matriz A do tipo 3 x 5.

    1.2 Representao genrica de uma matriz

    Representaremos uma matriz de m linhas e n colunas por:

    11 12 1 1

    21 22 2 2

    1 2

    1 1

    mn ijmn

    j n

    j n

    ij ini i

    mnmjm m

    A a

    a a a a

    a a a a

    a a a a

    a a a a

    A representao de uma matriz m x n ser abreviada por:

    ijmn

    A a

    onde: i linhas (1, 2, 3,...,m)

    j colunas (1, 2, 3,..., n)

    1.3 Tipos de matrizes

    Ao trabalhar com matrizes, observamos que existem algumas que, seja

    pela quantidade de linhas ou colunas, ou ainda, pela natureza de seus

    elementos, tm propriedades que as diferenciam de uma matriz qualquer. Alm

    disso, estes tipos de matrizes aparecem freqentemente na prtica e, por isso

    recebem nomes especiais.

  • 4

    1.3.1 Matriz linha. toda matriz constituda por uma nica linha. do tipo 1 x

    n.

    Ex.:

    1.3.2 Matriz coluna. toda matriz que apresenta uma nica coluna. do tipo

    m x 1.

    Ex.:

    1.3.3 Matriz nula. aquela em que aij = 0, para todo i e j.

    Ex.:

    1.3.4 Matriz quadrada. aquela cujo nmero de linhas igual ao nmero de

    colunas ( m = n). No caso de matrizes quadradas Amn , costumamos dizer que

    A uma matriz de ordem m.

    Ex.:

    A diagonal principal de uma matriz quadrada formada pelos

    elementos i = j. No exemplo acima seriam os elementos a11 = - 1; a22 = - 1 e

    a33 = 1.

    A diagonal secundria de uma matriz quadrada conjunto de todos os

    elementos em que i + j = n + 1. No exemplo acima teramos a13 = 0 , a22 = - 1

    e a31 = 2.

    1.3.5 Matriz diagonal. toda matriz quadrada em que todos os elementos que

    no pertencem diagonal principal so iguais a zero.

    Ex.:

  • 5

    1.3.6 Matriz identidade aquela em que os elementos da diagonal principal

    so iguais a unidade, e os demais elementos so iguais a zero. Denotamos

    uma matriz identidade por In.

    1.3.7 Matriz triangular superior. uma matriz quadrada em que todos os

    elementos abaixo da diagonal so nulos, isto , m = n e aij =0 para i > j.

    Ex.:

    1.3.8 Matriz triangular inferior. aquela em que m = n e aij = 0, para i < j.

    Ex.:

    1.3.9 Matriz transposta. a matriz de ordem m xn obtida a partir de uma

    matriz de ordem m x n, trocando-se ordenadamente as linhas pelas colunas.

    Indica-se a transposta de A por At.

    Ex.:

    1.3.10 Matriz simtrica. aquela onde m = n e aij = aij. Observa-se que, no

    caso de uma matriz simtrica, a parte superior uma reflexo da parte inferior,

    em relao a diagonal.

    Ex.:

  • 6

    1.3.11Matriz anti-simtrica. uma matriz de ordem m, onde os seus

    elementos dispostos simetricamente em relao diagonal principal so

    opostos, e os elementos da diagonal principal so nulos.

    Ex.:

    1.4 Igualdade de matrizes

    Duas matrizes A = mnij

    a e B = rsij

    b so iguais , A = B, se elas tm o

    mesmo nmero de linhas (m = r) e colunas (n = s), e todos os seus elementos

    correspondentes so iguais (aij = bij).

    Ex.1:

    EXERCCIOS

    1) Construa as seguintes matrizes:

    a) A = 23)( xija em que aij = 3i j

    b) B = 31)( xijb em que bij = 2i j

    c) C = 33)( xijc em que cij = i j

    d) D = 42)( xijd em que dij = 3i x 2j

    e) E = 34)( xije em que eij = 3i / 2j

    2) Determine a, b, c e d na matriz identidade abaixo:

  • 7

    800

    013

    501

    d

    b

    ca

    3) A tabela de resfriamento do ar a seguir mostra como uma combinao de

    temperatura do ar e velocidade do vento faz uma pessoa sentir mais frio do

    que a temperatura real. Por exemplo, quando a temperatura de 10 C e o

    vento est a 15 Km/h, isto provoca uma perda de calor pelo corpo igual a

    quando a temperatura est a 18 C sem vento. Identifique qual este

    elemento e monte a matriz deste problema.

    F

    Km/h 15 10 5 0 - 5 - 10

    5 12 7 0 - 5 -10 - 15

    10 - 3 - 9 - 15 - 22 - 27 - 34

    15 - 11 - 18 - 25 - 31 - 38 - 45

    20 - 17 - 24 - 31 -39 - 46 - 53

    4) Sejam

    A = [aij] = [

    ]

    B = [bij] = [

    ] , preencha as lacunas

    a) A tem tamanho ______por______ e BT tem tamanho ______por______.

    b) B tem tamanho ______por______ e AT tem tamanho ______por______.

    c) a32=_____, a23=_____, b12=_____, b21=_____

    d) aij = 3 para (i,j) = _______, bij = 1 para (i,j) = _________.

    1.5 Operaes com matrizes

    Ao utilizar matrizes, surge naturalmente a necessidade de efetuarmos

    certas operaes.

  • 8

    Ex.: Considerando as tabelas, que descrevem a produo de carros de

    modelos I e II, nas cores azul, verde e branco, de uma indstria automobilstica

    nos meses de janeiro e fevereiro de um mesmo ano.

    Produo de Janeiro

    Modelo

    Cor

    I

    II

    Azul 200 190

    Verde 180 150

    Branco 120 100

    Produo de Fevereiro

    Modelo

    Cor

    I

    II

    Azul 220 205

    Verde 210 170

    Branco 130 110

    1.5.1 Adio e subtrao

    A soma de duas matrizes de mesma ordem Amn = ijmn

    a

    e Bmn =

    ijrs

    b

    , uma matriz m x n, que denotamos por A + B, cujos elementos

    so as somas dos elementos correspondentes de A e B. Isto , A + B =

    ij ijmn

    a b

    .

    Ex.: A produo de carros de modelos I e II, nas cores azul, verde e branco, de

    uma indstria automobilstica nos meses de janeiro e fevereiro de um mesmo

    ano.

  • 9

    Propriedades: Dadas as matrizes A, B e C de mesma ordem m x n, temos:

    i) A + B = B + A (comutativa)

    ii) A + (B + C) = (A + B) + C (associativa)

    iii) A + 0 = A, onde 0 denota a matriz nula m x n.

    No caso de subtrao, o procedimento adicionar a primeira matriz a

    oposta da segunda.

    Ex.:

    1.5.2 Multiplicao por um escalar

    Seja Amn = mnij

    a e k um nmero, ento definimos uma nova matriz: k.

    A = mnij

    ak. .

    Propriedades: Dadas as matrizes A e B de mesma ordem m x n e nmeros k,

    k1 e k2 temos:

    i) k( A + B) = kA + kB

    ii) (k1 + k2)A = k1 A + k2 A

    iii) 0 . A = 0, isto , se multiplicarmos o nmero zero por qualquer matriz A,

    termos a matriz nula.

    iv) K1 (k2 A) = (k1 k2) A

    Ex.:

    1.5.3 Multiplicao de matrizes

    Sejam Amn = ijmn

    a

    e Bmn = ijrs

    b

    . Definimos A . B = uv mpc

  • 10

    onde 1 1

    1. .

    n

    uv un nvu vuk kvk

    c a b a b a b

    Observaes:

    i) S podemos efetuar o produto de duas matrizes A m x n e Bs x p se o nmero

    de colunas da primeira for igual ao nmero de linhas da segunda, isto , n = 1.

    Alm disso, a matriz-resultado C = AB ser de ordem m x p.

    ii) O elemento cij (i-sima linha e j-sima coluna da matriz produto) obtido,

    multiplicando os elementos da i-sima linha da primeira matriz pelos

    elementos correspondentes da j-sima coluna da segunda matriz, e somando

    estes produtos.

    Ex.1: Dadas as matrizes:

    24

    13

    12

    A e

    40

    11B . Calcule A . B.

    Ex.2: Dadas as matrizes:

    012

    123

    111

    A e

    212

    642

    321

    B . Calcule A.B e B.A

    Ex. 3:Um fabricante de mveis faz cadeiras e mesas, cada uma das quais passa por um processo de montagem e outro de acabamento. O tempo necessrio para esses processos dado (em horas) pela tabela:

    Montagem Acabamento

    Cadeira 2 2

    Mesa 3 4

    O fabricante tem uma fbrica em A e outra em B. Os preos por hora para cada um dos processos so dadas pela tabela:

    A B

    Montagem 9 10

    Acabamento 10 12

    Qual o significado dos elementos do produto matricial AB?

  • 11

    Propriedades:

    i) Em geral AB BA

    ii) AI = IA = A (elemento neutro da multiplicao)

    iii) A( B + C) = AB + AC

    iv) ( A+ B) C = AC + BC (propriedade distributiva)

    v) ( AB) C = A ( BC) (propriedade associativa da multiplicao)

    vi) (AB)t = Bt At (observe a ordem)

    vii) 0.A = 0 e A . 0 = 0

    As leis de cancelamento no valem para a multiplicao de matrizes.

    Isto , se AB = AC, ento no verdade, em geral, que B = C.

    Se o produto AB for a matriz nula, no se pode concluir, em geral, que A

    = 0 ou B = 0.

    5.6 Potncias de Matriz

    Se A uma matriz n x n e se k um inteiro positivo, ento Ak denota o

    produto de k cpias de A.

    fatoresk

    k AAAAAA ......

    Exemplo: Seja a matriz

    31

    12A , achar A2 e A3.

    EXERCICIOS

    1) Dadas as matrizes,

    12;4

    2

    1

    ;

    112

    103

    102

    ;

    411

    314

    012

    DCBA

  • 12

    Calcule se possvel:

    a) 3 A + B

    b) (A 2B)t

    c) A . C

    d) B . C

    e) (C . D)t

    f) 3D . A

    g) D . B

    2) Seja

    012

    2 2

    x

    xA . Se At = A, ento x = .......

    3) Verdadeiro ou falso?

    a) ( ) (- A)t = - (At )

    b) ( ) (A + B)t = Bt + At

    c) ( ) Se AB = 0, ento A = 0 ou B = 0

    d) ( ) (- A) (- B) = - AB

    e) ( ) Se A e B so matrizes simtricas, ento AB = BA

    f) ( ) Se AB = 0, ento BA = 0

    g) ( ) Se podemos efetuar o produto A.A, ento A uma matriz quadrada.

    4) Ache x, y, z e w se

    10

    01

    43

    32

    wz

    yx

    5) Dadas

    0152

    1123

    2112

    2121

    1112

    0141

    ;

    134

    312

    231

    CeBA mostre que

    AB = AC.

    6) Um construtor tem contratos para construir 3 estilos de casa: moderno,

    mediterrneo e colonial. A quantidade de material empregado em cada tipo

    de casa dada pela tabela:

  • 13

    ferro madeira vidro tinta tijolo

    moderno 5 20 16 7 17

    mediterrneo 7 18 12 9 21

    colonial 6 25 8 5 13

    a) Se ele vai construir 5, 7 e 12 casas dos tipos moderno, mediterrneo e

    colonial, respectivamente, quantas unidades de cada material sero

    empregados?

    b) Suponha agora que o preo por unidade ferro(kg), madeira (m3), vidro(m2),

    tinta (galo) e tijolo(milheiro) sejam respectivamente, R$ 2,00; R$ 100,00;

    R$ 20,00; R$20,00 e R$ 100,00. Qual o preo unitrio de cada tipo de

    casa?

    c) Qual o custo total do material empregado?

    7) Determine os valores das incgnitas, para que as matrizes sejam iguais:

    a)

    1

    9

    3 yx

    yx b)

    98

    642223 yx

    yx

    8) Determine os elementos x e y, sabendo que uma matriz diagonal:

    a)

    yxx

    yyx

    3

    52 b)

    zy

    xxyz

    x

    30

    961

    002

    9) Pulverizam-se pesticidas sobre plantas para eliminar insetos daninhos. No

    entanto, parte do pesticida absorvida pela planta. Os pesticidas so

    absorvidos por herbvoros quando eles comem as plantas que foram

    pulverizadas. Suponha que temos trs pesticidas e quatro plantas, e a

    quantidade de pesticida (em miligramas) que foi absorvido por cada planta est

    representado na tabela abaixo:

  • 14

    Suponha agora que temos trs herbvoros e o nmero de plantas que cada

    herbvoro come por ms est representado na tabela seguinte

    Determinar a quantidade de cada tipo de pesticida absorvido por cada

    herbvoro.

    10) Considere os dados da tabela a seguir, que relacionam as quantidades de

    vitaminas C, D e E a trs tipos de alimentos, I,II e III.

    Alim. \ Vit C D E

    I 2 0 1

    II 3 1 2

    III 1 2 4

    a) Expresse os dados por meio de uma matriz.

    b) Sendo A a matriz obtida no item a, e se

    1

    4

    2

    13xB corresponder s

    quantidades ingeridas de vitaminas C, D e E, qual a quantidade ingerida de cada alimento?

  • 15

    2 DETERMINANTES

    a resoluo de matrizes quadradas associadas a um sistema de

    equaes lineares.

    2.1 Determinante de matriz quadrada de 2 ordem

    O determinante de uma matriz quadrada de 2 ordem sempre igual a

    diferena entre os produtos dos elementos da diagonal principal, pelo produto

    dos elementos da diagonal secundria.

    222221

    1211

    x

    mnaa

    aaA

    Exemplo : Calcule o determinante da matriz de ordem 2.

    a)

    53

    26

    b)

    42

    13

    2.2 Determinante de matriz quadrada de ordem 3.

    2.2.1 Regra de Sarrus

    O determinante de uma matriz quadrada de 3 ordem obtido pela regra

    de Sarrus. Dada uma matriz quadrada A, de ordem 3, para calcularmos o seu

    determinante, basta repetirmos ao lado da 3 coluna as duas primeiras colunas

    de A e adicionarmos o produto da diagonal principal com as suas paralelas e

    subtrairmos o produto da secundria e de suas paralelas.

    33333231

    232221

    131211

    )(

    x

    mxn

    aaa

    aaa

    aaa

    A

    Exemplo: Determine o determinante da matriz de ordem 3.

  • 16

    a)

    325

    213

    472

    a)

    204

    132

    113

    2.3 Determinante de matriz quadrada de ordem igual ou maior que 3.

    Para definir o determinante de matrizes quadradas nxn para 3n ,

    introduzimos o conceito de menor complementar e cofator.

    2.3.1 Menor Complementar

    Definio: Dada uma matriz mxnijaA o menor complementar o determinante Di j que se obtm quando se retira de A a i-sima linha e a j-

    sima coluna.

    Exemplo:

    Se

    987

    654

    321

    A , ento

    2.3.2. Cofator

    Definio: Dada uma matriz A (ai j), quadrada de ordem n, Nn e 2n ,

    denominamos cofator de aij, o produto de ji )1( pelo determinante Di j ,

    obtido anteriormente.

    ij

    ji

    ijDA .)1(

    Exemplo:

    Se ,

    987

    654

    321

    A ento

    2.3.3 Teorema de Laplace

  • 17

    Definio: Seja mxnij

    aA , o determinante de A, denotado det (A), o

    nmero definido por

    n

    jininiiiiijij

    AaAaAaAaA1

    2211)det(

    Exemplo:

    1) Calcule o determinante de ordem igual a 3, ou de ordem superior a 3 ,

    utilizando o mtodo de cofatores.

    a)

    731

    421

    321

    A

    b)

    4321

    3201

    2654

    0132

    B

    Igualmente, se pode calcular um determinante de ordem n = 5, 6, 7, ...,

    10,..., 20 etc. desenvolvendo-o por uma linha ou por uma coluna, pelo mesmo

    processo que se calcula um determinante de 4 ordem. Entretanto esse

    processo, por envolver um nmero excessivo de operaes, torna-se quase

    impraticvel, sendo necessrio o auxlio do computador.

    2.4 Determinantes de Matrizes com Linhas e Colunas com todos os

    Elementos Nulos

    Se a matriz A possui uma linha ( ou coluna) constituda de elementos

    todos nulos, o det(A) = 0.

    Ex.:

  • 18

    2.5 Determinantes de Matrizes Triangulares

    Se todos os elementos de uma matriz quadrada situados de um mesmo

    lado da diagonal principal forem nulos, o determinante da matriz ser igual ao

    produto dos elementos dessa diagonal.

    483

    052

    001

    N , det N = (- 1). 5 . 4 = - 20 det(N) = - 20

    2.6 Propriedades de Determinantes

    I) Se a matriz A tem duas linhas (ou duas colunas) iguais, o determinante

    nulo.

    Ex.:

    II) Se na matriz A duas linhas (ou duas colunas) tm seus elementos

    correspondentes proporcionais, o determinante nulo ( dois elementos

    so correspondentes quando, situados em linhas diferentes, esto na

    mesma coluna, ou quando, situados em colunas diferentes, esto na

    mesma linha.

    Ex.:

  • 19

    III) Se trocarmos de posio entre si duas linhas (ou duas colunas) de uma

    matriz quadrada, o determinante da nova matriz o oposto do

    determinante da primeira matriz.

    Ex.:

    341

    513

    312

    M , temos det (M) = - 5.

    Trocando de posio, por exemplo, a 2 e a 3 coluna de M, obtemos a

    matriz

    431

    153

    132

    N o determinante igual a 5, que o oposto do det (M).

    IV) Se multiplicarmos todos os elementos de uma linha (ou de uma coluna)

    por um nmero real k, ento o determinante da nova matriz o produto

    de k pelo determinante da primeira matriz.

    215

    125

    1110

    A temos det(A) = 20.

    Escolhendo, por exemplo, a 1 coluna de A e dividindo os seus

    elementos por 5 ( o que equivale a multiplic-los por 5

    1 ), obtemos a matriz

    211

    121

    112

    B .

    det (B) = 4 ou seja, 5

    1 det( A).

    V) O determinante de uma matriz quadrada A igual ao determinante de

    sua transposta At , ou seja, det (A) = det (A)t.

  • 20

    510

    412

    321

    A

    543

    112

    021tA

    2.7 Teorema de Binet

    Se A e B so matrizes quadradas de mesma ordem, ento:

    )det(.)det().det( BABA

    EXERCICIOS. 1) Calcular os seguintes determinantes, fazendo uso das propriedades:

    a) 43

    25

    b)

    32

    63 c)

    4164528

    5931

    0000

    1264

    d)

    4100

    0202

    0021

    0001

    e)

    4000

    3300

    2220

    1111

    f)

    185

    642

    321

    g)

    2000

    12200

    2293

    10

    33313

  • 21

    2) Determine o escalar k para o qual a matriz A =

    535

    113

    21 k

    singular.

    3) Resolva as seguintes equaes:

    a)

    101

    121

    12

    x

    = 0 e) 1

    3

    28

    13

    x

    x

    b) 0

    139

    124

    12

    xx

    c)

    x

    x

    x

    x

    213

    132

    321

    2

    92

    d) 12

    0

    114

    312

    xx

    x

    4) Sendo A . X = B , onde A =

    13

    12 e B =

    23

    21 calcular det(X).

    5) Calcular det(X), sabendo que 2A + X = B A onde A =

    021

    210

    321

    e B =

    401

    132

    110

    .

    6) Sabendo que a =

    213

    122

    131

    22

    31

    be , efetue a2 - 2b.

  • 22

    7) A =

    3000

    0100

    2120

    3001

    e B =

    3453

    0212

    0021

    0001

    , calcule: det )(AB .

    8) O valor do determinante

    1113

    1123

    1111

    2112

    :

    a) 4 b) 4 c) 2 d) 2 e) 0

    9) Sendo A = 33xij

    a onde aij = 2i j e B 33xij

    b onde

    jise

    jisebij

    2

    1

    calcular os determinantes das seguintes matrizes:

    a) At . Bt b) (A + B)t c) At - Bt

    10) Determine a soluo da equao 52

    222

    22

    xx

    x

    .

    11) Sejam as matrizes: A = (aij) de ordem 2 com aij = 2i j2 , B = (bij) de ordem 2, com bij = aij + 1 e C = (cij) de ordem 3 , com cij = i2 j2. Calcule quando existir:

    a) det (3C) b) det (A B) c) det (A.B) d) det C2

    2.8 Determinantes para matrizes de ordem superior Verificamos at o momento que para matrizes maiores da ordem 4 podem ser calculadas suas determinantes atravs do teorema de Laplace, mas, fazendo isto manualmente, iriamos utilizar-se de muito tempo e trabalho. O esforo computacional envolvido no mtodo tradicional (teorema de Laplace) de clculo de determinantes muito grande. Portanto, vamos relembrar um tipo de determinante e uma propriedade das determinantes:

  • 23

    Se todos os elementos de uma matriz quadrada situados de um mesmo

    lado da diagonal principal forem nulos, o determinante da matriz ser

    igual ao produto dos elementos dessa diagonal.

    483

    052

    001

    N , det N = (- 1). 5 . 4 = - 20 det(N) = - 20

    Se trocarmos de posio entre si duas linhas (ou duas colunas) de uma

    matriz quadrada, o determinante da nova matriz o oposto do

    determinante da primeira matriz.

    Ex.:

    341

    513

    312

    M , temos det (M) = - 5.

    Trocando de posio, por exemplo, a 2 e a 3 coluna de M, obtemos a

    matriz

    431

    153

    132

    N o determinante igual a 5, que o oposto do det (M).

    2.8.1 Determinantes por Eliminao Gaussiana Em aplicaes prticas, os determinantes costumam ser calculados usando alguma variao da eliminao gaussiana. Para tal, calculamos a det (A) reduzindo A forma escalonada por linhas. Como a forma de escada de uma matriz quadrada uma matriz triangular, o mtodo de eliminao de Gauss fornece um mtodo para o clculo do determinante: Comeamos por ver o efeito de cada uma das operaes elementares no determinante de uma matriz: Tipo I: Se a matriz B foi obtida da matriz A por troca de duas linhas, ento det (B) = - det (A). Exemplo: Tipo II: Se

  • 24

    multiplicarmos uma linha da matriz por um nmero real diferente de zero ento multiplica-se o determinante pelo inverso desse nmero. Exemplo: Tipo III: Se adicionarmos a uma linha da matriz outra linha multiplicada por um nmero real o determinante no se altera. Exemplo: Vimos qual o efeito no determinante nas operaes elementares nas linhas da matriz. Para calcular o determinante de uma matriz comea-se por reduzir a matriz a uma forma de escada, assinalando as alteraes que ocorram no determinante. Como a forma de escada de uma matriz quadrada uma matriz triangular, o determinante desta obtm-se, como foi referido atrs, multiplicando os elementos da diagonal principal. Este mtodo pode ser usado para matrizes de qualquer ordem, tambm de ordem dois ou trs. No exemplo, vamos ver um procedimento para calcular o determinante de

    A = [

    ] reduzindo A forma escalonada por linhas.

    Agora, faa voc mesmo os prximos exemplos:

  • 25

  • 26

    3 MATRIZ INVERSA Na aritmtica usual, cada nmero no-nulo a tem um recproco a-1(=1/a) com a propriedade a.a-1=a-1.a=1. O nmero a-1 o inverso multiplicativo de a. 3.1 Matriz inversa de uma matriz quadrada Se A uma matriz quadrada e se existe uma matriz B de mesmo tamanho que A tal que A.B=B.A=I, dizemos que A invertvel ou no-singular e que B uma inversa de A. Se no existir uma matriz B com essa propriedade, dizemos que A no-invertvel ou singular. A condio A.B=B.A=I no alterada quando trocamos A com B. Portanto, A invertvel e B uma inversa de A, e B invertvel e A uma inversa de B. Por isso, correto dizer que A e B so inversas uma da outra quando valer a condio AB=B=I. Ex: Sejam as matrizes,

    A= [

    ] e B=[

    ]

    Ento AB=[

    ]. [

    ]=[

    ]=I

    BA= [

    ]. [

    ]=[

    ]=I

    Assim, A e B so invertveis e cada uma a inversa da outra. OBS: Em geral, uma matriz quadrada singular se possui uma linha ou uma coluna de zeros. 3.2 Propriedades das inversas I. Se A uma matriz invertvel e se B e C so ambas inversas de A ento B=C, ou seja, uma matriz invertvel tem uma nica inversa. II. A matriz A invertvel se, e somente se, a det (A) 0. III. Se A e B so matrizes invertveis de mesmo tamanho, ento AB invertvel e (AB)-1=B-1A-1. IV. Se A invertvel e n um inteiro no-negativo, ento:

    (a) A-1 invertvel e (A-1)-1=A

    (b) Na invertvel e (An)-1=A-n=(A-1)n

    (c) kA invertvel para qualquer escalar no-nulo k e (kA)-1=k-1A-1

    V. A inversa de uma matriz triangular inferior uma matriz triangular inferior. VI. A inversa de uma matriz triangular superior uma matriz triangular superior. VII. Se A uma matriz simtrica inversvel, ento A-1 simtrica. VIII. Se A uma matriz inversvel, ento A . AT e AT .A so tambm inversvel.

    IX. det (A-1)=

    se det(A)0.

    3.3 Matriz inversa de uma matriz 2x2

    Seja a matriz A =[

    ] invertvel se, e somente se, ad-bc0 e, nesse caso, a

    inversa dada pela frmula

    [

    ] [

    ]

  • 27

    OBS: Em terminologia de determinantes, uma matriz A de tamanho 2x2 invertvel se, e somente se, seu determinante no-nulo e, nesse caso, a inversa pode ser obtida permutando entre si as entradas da diagonal A, trocando o sinal das entradas fora da diagonal principal e dividindo todas as entradas pelo determinante. Ex: Em cada parte, determine se a matriz invertvel. Se for, encontre a inversa.

    (a) A=[

    ]

    (b) A=[

    ]

    Exerccios:

    1) Encontre, se possvel, a inversa da matriz dada:

    a) A=[

    ]

    b) B=[

    ]

    c) [

    ]

    d) [

    ]

    2) Seja a matriz A=[

    ]. Calcule:

    a) A2

    b) A-2

    c) A2-3.A+I, onde I a matriz identidade.

    3) Dadas as matrizes A= [

    ] e B= [

    ]. Calcule:

    a) (A.B)-1

    b) A.A-1-I

    c) (2.B)-1

    3.4 Clculo de uma matriz inversa de ordem n

    A matriz inversa calculada pela seguinte relao:

    Exemplo: Calculando a matriz inversa de A=[

    ]

    Calculando-se o determinante da matriz A: [

    ] = 136

  • 28

    A matriz de cofatores calculada como sendo: Cof(A)=[

    ]

    A matriz adjunta ,a matriz dos cofatores A transposta:

    Adj (A) = [Cof (A)]T = [

    ]

    Com isso temos:

    [

    ]

    [

    ]

    Obs: Uma matriz triangular inversvel, se e somente se seus elementos na diagonal principal so todos no-nulos. Agora, calcule voc mesmo por este mtodo:

    834

    301

    210

    3.5 Procedimento para inverso de matrizes, por Gauss. Se uma matriz A pode ser reduzida matriz identidade, por uma sequncia de operaes elementares com linhas, ento A inversvel e a matriz inversa de A obtida a partir da matriz identidade, aplicando-se a mesma sequencia de operaes com linhas. Na prtica, operamos simultaneamente com as matrizes A e I, atravs de operaes elementares, at chegarmos matriz I na posio correspondente matriz A. A matriz obtida no lugar correspondente matriz I ser a inversa de A.

    (A:I)--------->(I:A-1) Exemplos:

    Seja A=[

    ]

    Coloquemos a matriz junto com a matriz identidade e apliquemos as

    operaes com linhas, para reduzir a parte esquerda (que corresponde a

    A) forma escalonada linha reduzida, lembrando que cada operao

    deve ser efetuada simultaneamente na parte direita.

    (

    |

    )

    Trocando a primeira e segunda linhas, obtemos

  • 29

    (

    |

    )

    Agora, somamos quarta linha a primeira e segunda, a primeira linha

    multiplicada por -2.

    (

    |

    )

    Multiplicamos a segunda linha por -1 e adicionamos terceira, obtendo

    (

    |

    )

    Trocamos o sinal da terceira linha e, subsequentemente, anulamos o

    resto da terceira e da quarta coluna.

    (

    |

    )

    Finalmente, obtemos a identidade esquerda e a inversa de A direita.

    (

    |

    )

    Portanto,

    A-1=

    Seja A=[

    ], calcule sua inversa:

    Exerccios:

    1. Determina (caso exista) a inversa de cada matriz abaixo, usando

    o mtodo da Adjunta

  • 30

    a) A=[

    ]

    b) A= [

    ]

    c) A=

    100

    821

    2873

    100

    431

    072

    d) A=

    011

    101

    337

    341

    431

    331

    2. Determina (caso exista) a inversa de cada matriz abaixo, pela definio de inversa:

    a) A=

    524

    012

    321

    568

    6710

    345

    b) A=

    325

    120

    112

    4110

    215

    318

    c) A=

    110

    101

    011

    2/12/12/1

    2/12/12/1

    2/12/12/1

    d) A=

    113

    202

    541

    24/112/1

    341

    24/92/1

  • 31

    4. Sistemas de equaes lineares

    4.1 Equao linear

    Toda equao da forma: b xa ... xa xann2211 denominada

    equao linear. Na equao acima, temos: a1, a2, ... , an so nmeros reais chamados coeficientes x1, x2 , ..., xn so as incgnitas b o termo independente

    A soluo de uma equao linear com n incgnitas a seqncia de

    nmeros reais ou nupla n ,...,, 21 que, colocados respectivamente no lugar de x1, x2 , ..., xn , tornam verdadeira a igualdade dada.

    Quando o termo independente b for igual a zero, a equao linear denomina-se equao linear homognea.

    Uma soluo da equao homognea 5x 3y = 0, por exemplo, a dupla (0, 0).

    4.2 Definio:

    Um sistema de equaes lineares uma coleo de equaes lineares

    envolvendo o mesmo conjunto de variveis.

    Um sistema geral de m equaes lineares com n incgnitas (ou

    variveis) pode ser escrito como

    Aqui, so as incgnitas, so os coeficientes

    do sistema, e so os termos constantes.

    A "chave" colocada esquerda das equaes uma forma de lembrar que

    todas as equaes devem ser consideradas em conjunto. A seguir so

    apresentados alguns exemplos de equaes lineares.

    Exemplos

  • 32

    um sistema de trs equaes, nas variveis x,y e z.

    um sistema de trs equaes e duas variveis x1 e x2.

    um sistema linear formado por uma nica equao e trs variveis , e .

    Uma soluo de um sistema uma seqncia de nmeros (

    1 2 3 , , ,.........., )n que satisfaz as equaes simultaneamente.

    4.3 Matrizes associadas a um sistema linear

    Matriz Incompleta: a matriz formada pelos coeficientes das incgnitas.

    Matriz Completa: a matriz , que obtemos ao acrescentarmos matriz

    incompleta uma ltima coluna formada pelos termos independentes das

    equaes do sistema.

    A=

    11 12 1

    21 22 2

    1 2

    11 12 1 1

    21 22 2 2

    1 2

    a a a

    a a a

    a a a

    B

    a a a b

    a a a b

    a a a b

    n

    n

    m m mn

    n

    n

    m m mn m

    .....

    .....

    : : : :

    .....

    .....

    .....

    : : : : :

    .....

    Obs: Podemos dizer que um sistema satisfaz a seguinte equao matricial:

    A.X=B onde

  • 33

    mnmnmm

    n

    n

    b

    b

    b

    x

    x

    x

    aaa

    aaa

    aaa

    2

    1

    2

    1

    21

    22221

    11211

    .

    ou A . X = B onde

    mnm

    n

    aa

    aa

    A

    1

    111

    a matriz dos coeficientes,

    nx

    x

    X 1

    a matriz das incgnitas e

    mb

    b

    B 1

    a matriz dos termos independentes.

    Uma outra matriz que podemos associar ao sistema

    mmnmm

    n

    n

    b

    b

    b

    aaa

    aaa

    aaa

    2

    1

    21

    22221

    11211

    que chamamos matriz ampliada do sistema.

    Exemplo:

    523

    445

    134

    321

    321

    321

    xxx

    xxx

    xxx

    EXERCICIOS:

    1) Expresse matricialmente os sistemas:

    a)

    253

    0

    12

    cba

    ca

    cba

  • 34

    b)

    542

    13

    02

    2

    tzyx

    tzy

    tyx

    tzyx

    2) Escreva as equaes dos sistemas associados s matrizes dadas, em cada

    caso:

    a)

    7

    4.

    13

    52

    b

    a

    b)

    3

    2

    1

    .

    601

    253

    014

    p

    n

    m

    4.4Solues de sistemas lineares

    Uma soluo de um sistema linear uma n-upla de valores s = (s1,s2,....,sn)

    que simultneamente satisfazem todas as equaes do sistema.

    Cada equao de um sistema linear tem trs variveis que determinam um

    plano. Uma soluo do sistema corresponde a um ponto na interseo desses

    planos

    Exemplo

    Considere os sistemas de equaes lineares apresentados acima.

  • 35

    tem como sua soluo (1, 2, 2).

    Todas as possveis solues de um sistema linear ser chamada de

    conjunto soluo, sendo geralmente denotado por S. Uma frmula que

    descreva todos os vetores do conjunto soluo chamada de soluo geral.

    Dessa definio, decorre que o conjunto soluo de um sistema linear a

    interseco entre os conjuntos solues de cada equao do sistema (ANTON

    & BUSBY).

    Um sistema linear dito consistente se possui alguma soluo. Caso contrrio,

    chamado de inconsistente.

    Em geral, para qualquer sistema linear existem trs possibilidades a respeito

    das solues:

    Uma nica soluo: Neste caso, existe apenas uma soluo especfica

    (uma certa n-upla). O conjunto S tem um nico elemento.

    Geometricamente, isto implica que os n-planos determinados pelas

    equaes do sistema se intersectam todos em um mesmo ponto do

    espao, que especificado pelas coordenadas da soluo (as

    "entradas" da n-upla). O sistema dito possvel (existe alguma soluo)

    e determinado (existe uma nica soluo);

    Ex: Dado o par ordenado (2,3) e o sistema a seguir:

    {

    Podemos dizer que o par ordenado (2, 3) a nica soluo do sistema,

    Nenhuma soluo: Nesta situao, no existe qualquer n-upla de

    valores que verifiquem simultaneamente todas as equaes do sistema.

    O conjunto S vazio. Geometricamente, os n-planos correspondentes

  • 36

    as equaes no se intersectam (so paralelos). O sistema dito

    impossvel (no existe soluo).

    Ex: {

    No existe nenhum par ordenado que satisfaa as equaes do sistema

    acima.

    Infinitas solues: As equaes especificam n-planos cuja interseco

    um m-plano onde . Sendo este o caso, possvel explicitar um

    conjunto S com infinitas solues. O sistema dito possvel (existe

    alguma soluo) e indeterminado (sua quantidade infinita)

    Ex: {

    Podem existir inmeras solues para o sistema mostrado acima.

    Algumas solues possveis so: (1, 1, 2), (0, 2, 4), (1, 0, 1) ...

    Solues de sistemas lineares

    Em geral, para qualquer sistema linear existem trs possibilidades a respeito

    das solues:

    Uma nica soluo:

  • 37

    Nenhuma soluo:

    Infinitas solues

  • 38

    Existem dois tipos de mtodos de solues de sistemas lineares: Mtodos diretos Fornece soluo exata aps um nmero finito de

    operaes. Soluo assegurada para a matriz de coeficientes no-singular:

    Mtodos diretos {

    Mtodos Iterativos Processo de aproximao iterativa da soluo. A

    convergncia assegurada sob certas condies.

    Mtodos Iterativos

    {

    {

    {

    MTODO DE GAUSS

    Consideremos o sistema Ax=b em que A uma matriz quadrada nxn:

    As operaes elementares

    mnmnmm

    n

    n

    b

    b

    b

    x

    x

    x

    aaa

    aaa

    aaa

    2

    1

    2

    1

    21

    22221

    11211

    .

  • 39

    so as seguintes:

    1) Permutaes entre linhas;

    2) Multiplicao de linhas por um escalar 0;

    3) Adio de linhas do sistema.

    O mtodo de Gauss consiste em transformar o sistema em uma matriz

    triangular superior.

    Ex: {

    [

    ].[

    ]=[

    ]

    [

    ] ~

    [

    ] ~ [

    ]

    Deixamos em uma matriz triangular superior, para obtermos o resultado do

    sistema, aplicamos o mtodo de retrosubstituio:

    {

    ->

    ->

    ->

    ->

    ->

    ->

    ->

    -> =1

    S={1, -1, 2}

    MTODO DE GAUSS-JORDAN

    Este mtodo consiste em transformar o sistema em uma matriz

    identidade, seguir escalonando a matriz:

    [

    ] ~

    [

    ] ~

    [

    ] ~

    [

    ] ~ [

    ] {

    S={1, -1, 2}

    EXERCCIOS:

  • 40

    1) Resolva utilizando escalonamento e retrosubstituio:

    a)

    91

    74

    107

    ca

    cb

    ba

    b) Trs pacientes usam, em conjunto, 1830 mg por ms de um certo

    medicamento em cpsulas . O paciente A usa cpsulas de 5 mg, o paciente

    B , de 10 mg, e o paciente C, de 12 mg. O paciente A toma metade do

    nmero de cpsulas de B e os trs tomam juntos 180 cpsulas por ms.

    Qual a quantidade de cpsulas que o paciente C toma por ms?

    c)

    733

    822

    542

    zyx

    zyx

    zyx

    .

    d) O curso de lgebra, no semestre passado, teve trs provas. As questes

    valiam um ponto cada uma, mas os pesos das provas eram diferentes. Rafael,

    que acertou 4 questes na primeira prova, 5 na segunda e 3 na terceira, obteve

    no final um total de 15 pontos. Joana acertou 3 na primeira, 4 na segunda e 4

    na terceira, totalizando um total de 15 pontos. Por sua vez, Leandro acertou 5

    na primeira, 5 na segunda e 2 na terceira prova, a tingindo a soma de 14

    pontos no final. J Fernando fez 4 questes certas na primeira prova, 6 na

    segunda e 3 na terceira . Qual foi o total de pontos de Fernando?

    e) Uma empresa deve enlatar uma mistura de amendoim, castanha de caju e

    castanha-do-par. Sabe-se que o quilo de amendoim custa R$5,00, o quilo da

    castanha de caju, custa R$20,00 e quilo de castanha-do-par, R$16,00. Cada

    lata deve conter meio quilo da mistura e o custa total dos ingredientes de cada

    lata deve ser R$5,75. Alm disso, a quantidade de castanha de caju em cada

    lata deve ser igual a um tero da soma das outras duas.

    a) Escreva o sistema linear que representa a situao descrita acima.

    b) Resolva o referido sistema, determinando as quantidades, em gramas,

    de cada ingrediente por lata

  • 41

    g) Em um restaurante so servidos trs tipos de salada: A, B e C. Num dia de

    movimento, observaram-se os clientes X, Y, Z. O cliente X serviu-se de 200g

    de salada A, 300g da B e 100g da C e pagou R$5,50 pelo seu prato. O cliente

    Y fez seu prato com 150g de salada A, 250g da B e 200g da C, e pagou

    R$5,85. J o cliente Z serviu-se de 120g de salada A, 200 da B e 250g da C e

    pagou R$5,76. Qual o preo do quilo das saladas A, B e C, respectivamente?

    h) Uma loja vendeu um certo componente eletrnico, que fabricado por trs

    marcas diferentes: A, B e C.

    Um levantamento sobre as vendas desse componente, realizado durante

    trs dias consecutivos, revelou que:

    no 1 dia, foram vendidos dois componentes da marca A, um da marca

    B, e um da marca C, resultando um total de vendas igual a R$150,00;

    no 2 dia, foram vendidos quatro componentes da marca A, trs da

    marca B e nenhum da marca C, num total de R$240,00;

    no ltimo dia no ouve vendas da marca A, mas foram vendidos cinco

    da marca B e trs da marca C, totalizando R$350,00.

    Qual o preo do componente fabricado por A?E por B?E por C?

    2) Analisar e resolver os sistemas:

    a) 2 7

    2 3 3

    x y

    x y

    b)

    x y z

    x y z

    x y z

    3

    2 0

    3 2 6

    c)

    x y z

    x y z

    x y z

    2 1

    2 3 4

    3 3 2 0

    d)

    x y z

    x y z

    x y z

    3 2 1

    2 2

    4 3 1

    e)

    2 3 7 1

    3 5

    2 0

    x y z

    x z

    y z

    f)

    632

    02

    582

    zyx

    zyx

    zyx

    g)

    02

    543

    932

    zyx

    zyx

    zyx

  • 42

    h)

    1wy

    7zw2x

    5zw4y2x

    2zwyx