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Filiado à

O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

FUTSAL, SÁBADO, 9H, NO GINÁSIO

Edição Diária 7181 | Salvador, quinta-feira, 30.03.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

BRASIL

Saúde Caixa corre um grande risco

Agências do BB são problemas

Página 2

Página 3

Os brasileiros voltam às ruas amanhã e mandam mais um recado direto a Temer e à base aliada: estão de olho em tudo o que acontece e vão lutar até o fim em defesa dos direitos. Os parlamentares que se segurem, 2018 vem aí. Página 4

O recado das ruas ao governo Temer

Líder da manobra que aprovou a terceirização irrestrita, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deve se preocupar. Insatisfação nas ruas cresce. As manifestações mostram. Os trabalhadores estão atentos aos parlamentares comprometidos unicamente com o capital. Esses não voltarão em 2018. O recado está dado

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quinta-feira, 30.03.20172 DIREITO DO BANCÁRIO

Presidente do banco quer reduzir em 50% provisões do plano RAFAEL bARRETO [email protected]

joão ubaldo

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Saúde Caixa está ameaçado

Informativo do Sindicato dos bancários da bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTE 879 DRT-bA. Chefe de Reportagem: Rose Lima - Reg. MTE 4645 DRT-bA. Repórteres: Ana beatriz Leal - Reg. MTE 4590 DRT-bA e Rafael barreto. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Carolina Sales. Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

A CAIxA está na linha de tiro do governo Temer. O alvo da vez é o plano de saúde de em-pregados, dependentes e apo-sentados. Com a desculpa de fortalecer a base de capital do banco, a direção quer reduzir, em cerca de 50%, ou seja, R$ 14 bilhões, as provisões para o Saúde Caixa.

As mudanças devem aconte-cer até o fim do primeiro semes-tre deste ano e atingem em cheio os mais de 250 mil usuários do plano. “Ao invés de combater as razões da recessão, o gover-

no busca soluções fáceis de um ajuste fiscal que só aprofunda a crise. Vamos cobrar explicações da Caixa”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários da

Lucro baixo tem de ser explicado A pROjEçãO do lucro líqui-do estava em R$ 6,7 bilhões. Mas, a Caixa do presiden-te Gilberto Occhi anunciou uma lucratividade rebaixada de R$ 4,1 bilhões em 2016.

O valor causa espanto nos empregados, que agora co-bram explicações. Principal-mente porque, apesar da que-da de 43% no ganho de 2015 para 2016, em outros pontos houve acréscimos.

O resultado operacional totalizou R$ 4 bilhões (alta de 272%) e a margem geren-cial alcançou R$ 47 bilhões (avanço de 7,4%).

Com a divulgação do ba-lanço, os trabalhadores estão atentos também na segunda parcela PLR, que sai hoje.

Nos 468 anos de Salvador, manifestaçãoCOm concentração na praça da Piedade, Centro, o aniversário de 468 anos de Salvador acon-teceu em clima de protesto con-tra o descaso do prefeito ACM Neto (DEM) diante dos proble-

Bahia, Augusto Vasconcelos.Vale lembrar que a Caixa ten-

ta reajustar o valor das mensa-lidades dos empregados de 2% para 3,46% nos salários e o per-

centual de coparticipação de 20% para 30%. O aumento só não foi para frente porque a Jus-tiça do Trabalho acatou liminar dos empregados.

mas da cidade. A mobilização, ontem, abriu as ações do dia. A organização foi da CTB-Bahia.

É fato que Salvador preci-sa de atenção. No entanto, nas propagandas da Prefeitura, es-

tampa-se uma metrópole sem problemas, palco de shows apoteóticos. Só enganação. Os exemplos do descaso vão des-de déficit de moradia à falta de mobilidade urbana, transporte público sem qualidade, falta de recolhimento de lixo, além da falta de investimento na saúde e educação.

Cientes de que o prefeito ACM Neto (DEM) é da base go-vernista de Temer e, portanto, a favor dos projetos que retiram direitos do povo, os manifes-tantes lembraram sobre as pro-postas aprovadas recentemente, como a terceirização, que acaba com as férias e o 13º salário.

Outras medidas ameaçam as conquistas dos brasileiros, como a reforma da Previdência. “Querem destruir direitos con-quistados e as políticas sociais implantadas há 12 anos”, ressal-ta o coordenador da Frente Bra-sil Popular, Geraldo Galindo.

Gilberto Occhi só pode estar de brincadeira. Agora quer reduzir o Saúde Caixa, comprometendo o atendimento

No aniversário de Salvador, bolo para protestar contra o descaso na cidade

o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, quinta-feira, 30.03.2017 3CONDIçÕES DE TRABALHO

Agência tem apenas quatro funcionários para atendimentoREDAçãO [email protected]

Rotina de malabarista no bb Paulo afonso

A REESTRUTURAçãO do Ban-co do Brasil, promovida pelo governo Temer com o objetivo de desmontar a instituição, só gera queixas. Os funcionários passam por um verdadeiro su-foco para dar conta do serviço. Os clientes também penam com a superlotação.

A agência de Paulo Afonso é um bom exemplo. A unida-de contava com nove bancá-rios. Agora, apenas quatro têm de se dobrar. A cidade, que tem 119.930 habitantes, segundo es-timativa do IBGE, ainda atende clientes de municípios vizinhos. Com tanta gente, é preciso fazer malabarismo.

O gerente de serviços tem de fazer milagre para dar conta dos 14 terminais de autoatendi-mento, das movimentações das quatro baterias de caixa e dos

serviços de retaguarda. O trabalho inclui abertura e

fechamento de agência, o reco-lhimento de envelopes e o re-

abastecimento dos terminais. Parece missão impossível, mas é o que acontece todos os dias. O Sindicato cobra mudanças.

Santander éperversidadepura. DemaisEm TImE que se ganha, não se mexe. A máxima futebo-lística bem que poderia ser usada por bancos como o Santander que, mesmo com o lucro na casa do bilhão, man-tém a política de demissão e fechamento de agências.

O banco espanhol teve lu-cro líquido de R$ 7,3 bilhões em 2016, alta de 10,8% em re-lação a 2015. Os números re-presentam 20% do lucro glo-bal da empresa espanhola.

O bom resultado não im-pede que o banco corte pos-tos de trabalho e reduza o número de agências para a população. Em 12 meses, fo-ram eliminados 2.770 empre-gos e fechadas 15 unidades no país. O pior, sem qualquer motivo aparente.

O justificável seria, inclu-sive, que o quadro de fun-cionários crescesse, já que a carteira de clientes subiu 1,9 milhão no ano passado. O cenário é de medo. A preocu-pação é de que, com o fecha-mento de agências, mais de-missões aconteçam.

No Citi, acordoestá aprovadoO ACORDO coletivo de trabalho do Citibank, que tem vigência entre 11 de dezembro de 2016 e 10 de dezembro de 2017, foi aprovado por unanimidade pe-los funcionários. A assembleia ocorreu ontem, no Sindicato dos Bancários da Bahia.

Também está aprovado o acordo coletivo referente ao PPR (Programa de Participa-ção nos Resultados) no exercí-cio de 2016, com vigência com-preendida no período de 1 de janeiro de 2016 a 31 de dezem-bro de 2016, mas que será pago neste ano. Agora, é esperar.

Com dupla jornada, mulher trabalha maisA TRADICIONAL divisão de gê-nero do trabalho que atribui ao homem o papel de provedor da família e à mulher o de cuida-dora da casa e dos filhos, ainda permanece com força na socie-dade brasileira, mesmo com os avanços obtidos.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística), 92% das mulheres ocu-padas no Brasil declararam re-alizar tarefas domésticas e de cuidados em 2006, contra 52,1% dos homens. Em 2015, quase 10 anos depois, os percentuais praticamente não tinham se al-terado, com 91% das mulheres e 53% dos homens com algum

tipo de trabalho doméstico. Considerando a dupla jor-

nada, ou seja, o somatório das horas dedicadas aos afazeres domésticos e ao trabalho na ocupação econômica, as mulhe-

res praticaram, em 2014, jorna-da semanal média de 54,7 horas, contra 46,7 horas dos homens. Significa que elas trabalharam a cada semana, em média, 8 horas a mais do que eles.

bancária sente na pele a discriminação. O salário é menor e a ascensão difícil

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quinta-feira, 30.03.20174

SAQUE

BRASIL

Os protestos acontecem amanhã. Em Salvador, ato sai do Campo da PólvoraROSE LIMA [email protected]

Nas ruas do país,contra o retrocesso

OS BRASILEIROS devem voltar às ruas, amanhã, para avisar ao governo Temer e à base aliada que não aceitam o proje-to neoliberal imposto à nação depois do golpe. O presidente sem voto aproveita o pouco tempo que tem no poder para fa-zer uma devassa no Brasil. Empresas são sucateadas e direitos perdidos.

Em Salvador, as manifestações pro-metem força total, uma boa prévia para a greve geral, em 28 de abril. Logo cedo,

às 7h, tem protesto no Iguatemi. Depois, às 9h, passeata do Campo da Pólvora em direção ao Forte do Barbalho. A popula-ção reafirma que não aprova a terceiriza-ção irrestrita, muito menos as reformas da Previdência e trabalhista.

Não é à toa que o Dia Nacional de Luta acontece em 31 de março. A data lembra o golpe civil militar (1964-1985). Em 21 anos, centenas de pessoas desapareceram. Outras foram torturadas, famílias perse-guidas e muita gente teve de se exilar em outros países. O Brasil ficou mergulhado no obscurantismo, como nos dias atuais.

STF quer saber sobre terceirizaçãoA CâmARA Federal terá de responder ao STF (Supremo Tribunal Federal) so-bre a constitucionalidade da aprovação do projeto de lei 4302/1998 que libera as terceirizações até nas atividades-fim das empresas.

A decisão é do ministro Celso de Mello, que analisa se acata ou não o man-dado de segurança impetrado pelo Rede e pelo PT. O prazo para que os esclareci-mentos sejam dados não foi estabelecido.

Vale lembrar que, em 2003, o então presidente Lula retirou da pauta o texto de 1998, de Fernando Henrique Cardo-so, que liberava a terceirização e acabava com os direitos trabalhistas.

Quase 20 anos depois, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM--RJ), aliado de Temer, resolveu desenter-rar o projeto completamente desatualiza-do para colocar em votação. Uma grande rasteira no povo.

Manifestações de amanhã são uma prévia à greve geral, no dia 28 de abril

População deve repetir a forte manifestação do dia 15 e tomar as ruas em defesa dos direitos

CONTRADITÓRIO O filme idealizado pelos setores ultraconservadores, com o su-gestivo título Polícia Federal – A lei é para todos, já começa negando a própria noção de legalidade e justiça que tenta passar à opinião pública. Não é em vão que a defesa de Lula o questiona judicialmente, pois incorpora cenas da condução coercitiva que o ex-presi-dente foi vítima, em março do ano passado, o que fere frontalmente a lei. Um atentado às garantias individuais.

OmISSãO Evidentemente, o filme Polícia Federal – A lei é para todos não explica por-que, apesar das inúmeras e graves denúncias, acusações e citações em delações premidas contra figurões do PSDB, até agora nenhum tucano foi nem sequer investigado. A socie-dade tem o direito de saber.

HIpOCRISIA Comentário feito pelo presi-dente da Unajuf (União Nacional dos Juízes Federais), Eduardo Cubas, sobre a conduta do presidente do TSE e ministro do STF, Gilmar Mendes. "Questionar vazamentos seletivos soa, no mínimo, hipocrisia judicial. Ou vale, ou não vale. Decidir de dois jeitos é que é ina-ceitável". Ele vai além. "Fico a imaginar o que V.Exa. diria se um Juiz de 1º Grau fosse visto jantando com um réu. Melhor, viajasse com esse réu. Comentasse sobre processos em cur-so desse réu". Na veia.

TROUxAS O juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, está fazendo de “trouxas” os advoga-dos de defesa dos acusados. É a opinião do diretor de redação do portal jurídico Justifi-cando, advogado Brenno Tardelli, para quem as delações premiadas são fruto da “preguiça” e da “cobiça”.

ExpERIÊNCIA O exemplo da Rússia, que há 20 anos liberou totalmente a terceirização e agora sofre para tentar consertar os estra-gos, foi muito bem lembrado pelo advogado e ativista Plínio Sarti. “Em todos os países onde essas propostas neoliberais foram implanta-das as desigualdades sociais aumentaram, drasticamente”.

RESpONSABILIDADE A atitude do PT, de recorrer ao STF contra a votação que apro-vou a terceirização sem limite, pode obrigar o Supremo Tribunal Federal a assinar embaixo de mais uma arbitrariedade do grupo golpis-ta que tomou o Brasil de assalto. A outra foi o próprio golpe do impeachment, que por não ter comprovado crime de responsabilidade, não passou de uma ruptura institucional.