9º ano - Aula nº7.1

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Página 1 de 7 RESUMO DAS AULAS DE GEOGRAFIA 2013/2014 9ºano AULA Nº7.1 Olá turma! Neste último período letivo vamos ter que terminar o estudo dos temas que compõem o programa da disciplina de Geografia. Podemos dizer que já aprendemos muitas coisas novas e que nos vão servir para abordar os restantes assuntos com uma certa facilidade. E, isto, porque há aspetos da realidade geográfica que podem, e devem, ser encarados de uma forma interdisciplinar. Recordando as aulas resumo anteriores, ficamos a saber que: Há contrastes de desenvolvimento entre o grupo de países desenvolvidos e o grupo de países em desenvolvimento, nomeadamente, o Na demografia o Nas atividades económicas o Nos transportes e nas comunicações Há cada vez mais habitantes e, por isso, são crescentes as necessidades em matérias-primas, recursos energéticos e recursos hídricos. A Terra é um sistema fechado que não tem para onde crescer e onde são frequentes desastres naturais, pelo que é indispensável que a sociedade humana se convença que tem de assumir atitudes de forte consciência ambiental. (Aula nº1) Em países desenvolvidos a maioria da população usufrui de alto nível de qualidade de vida mas persistem, também, os que vivem abaixo da linha da pobreza. Muitos destes habitam os guetos e bairros da classe pobre no centro. Os outros, deslocam-se para as periferias onde o ar é mais puro, o sossego um bem e a habitação unifamiliar. Nos países em desenvolvimento, a classe média e as elites estão perto do centro, ao passo que, os bairros e favelas, se encontram nas periferias sem condições básicas como água e saneamento de qualidade. O crescimento em superfície das cidades é facilitado pela existência de vias de comunicação que suportam os movimentos migratórios pendulares. (Aula nº3) Com o aumento da população mundial, a intensificação da produção industrial, a modernização dos transportes e a globalização da economia tem-se assistido a um grande aumento das trocas internacionais, por um lado, as exportações (o que se vende) e, por outro lado, das importações (o que se compra). Quanto maior é a capacidade económica de um país maior é o consumo por parte da sua população. Acontece que, estes países, são aqueles que chamámos de ricos ou desenvolvidos que, do ponto de vista demográfico, são marcados por baixas taxas de crescimento natural. Pelo contrário, os países mais pobres (muitos possuidores de riquezas naturais mas incapazes de as transformar industrialmente) obrigados a comprar artigos manufaturados e produzidos pelos países desenvolvidos, são marcados, demograficamente, por crescimentos populacionais elevados. Sucede que, muitos dos países em desenvolvimento, estão numa fase de transição e procuram aproximar-se da capacidade dos ditos países ricos gastando, para tal, recursos em volumes crescentes sem preocupação pelos reflexos nocivos no meio ambiente. Este modelo compromete a meta do chamado desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade implica gastar os recursos sem colocar em risco as necessidades das gerações futuras. (Aula nº5)

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RESUMO DAS AULAS DE GEOGRAFIA – 2013/2014

9ºano

AULA Nº7.1

Olá turma!

Neste último período letivo vamos ter que terminar o estudo dos temas que compõem o programa da disciplina

de Geografia.

Podemos dizer que já aprendemos muitas coisas novas e que nos vão servir para abordar os restantes assuntos

com uma certa facilidade. E, isto, porque há aspetos da realidade geográfica que podem, e devem, ser

encarados de uma forma interdisciplinar.

Recordando as aulas resumo anteriores, ficamos a saber que:

Há contrastes de desenvolvimento entre o grupo de países desenvolvidos e o grupo de países em

desenvolvimento, nomeadamente,

o Na demografia

o Nas atividades económicas

o Nos transportes e nas comunicações

Há cada vez mais habitantes e, por isso, são crescentes as necessidades em matérias-primas, recursos

energéticos e recursos hídricos.

A Terra é um sistema fechado que não tem para onde crescer e onde são frequentes desastres naturais,

pelo que é indispensável que a sociedade humana se convença que tem de assumir atitudes de forte

consciência ambiental. (Aula nº1)

Em países desenvolvidos a maioria da população usufrui de alto nível de qualidade de vida mas

persistem, também, os que vivem abaixo da linha da pobreza. Muitos destes habitam os guetos e bairros

da classe pobre no centro. Os outros, deslocam-se para as periferias onde o ar é mais puro, o sossego

um bem e a habitação unifamiliar.

Nos países em desenvolvimento, a classe média e as elites estão perto do centro, ao passo que, os

bairros e favelas, se encontram nas periferias sem condições básicas como água e saneamento de

qualidade.

O crescimento em superfície das cidades é facilitado pela existência de vias de comunicação que

suportam os movimentos migratórios pendulares. (Aula nº3)

Com o aumento da população mundial, a intensificação da produção industrial, a modernização dos

transportes e a globalização da economia tem-se assistido a um grande aumento das trocas

internacionais, por um lado, as exportações (o que se vende) e, por outro lado, das importações (o que

se compra).

Quanto maior é a capacidade económica de um país maior é o consumo por parte da sua população.

Acontece que, estes países, são aqueles que chamámos de ricos ou desenvolvidos que, do ponto de

vista demográfico, são marcados por baixas taxas de crescimento natural.

Pelo contrário, os países mais pobres (muitos possuidores de riquezas naturais mas incapazes de as

transformar industrialmente) obrigados a comprar artigos manufaturados e produzidos pelos países

desenvolvidos, são marcados, demograficamente, por crescimentos populacionais elevados.

Sucede que, muitos dos países em desenvolvimento, estão numa fase de transição e procuram

aproximar-se da capacidade dos ditos países ricos gastando, para tal, recursos em volumes crescentes

sem preocupação pelos reflexos nocivos no meio ambiente. Este modelo compromete a meta do

chamado desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade implica gastar os recursos sem colocar em

risco as necessidades das gerações futuras. (Aula nº5)

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Relendo estas passagens, verificámos que são mencionados os transportes, as comunicações, os contrastes de

desenvolvimento, as trocas de recursos e/ou de mercadorias, os riscos ambientais, a sustentabilidade. São estes

os assuntos de que vamos falar agora e que correspondem aos restantes objetivos gerais e respetivos

descritores que constam da planificação anual.

Consultando a planificação anual, o domínio 2 – Atividades económicas – aponta para 8 objetivos gerais e,

destes, resta-nos falar da importância crescente dos serviços e, em particular, do turismo.

Ora no conjunto de diapositivos dedicado às atividades económicas (ver blog de apoio) distinguimo-las e

mostramos quais os contrastes quer a nível mundial quer a nível nacional. E as conclusões podem ser assim

resumidas:

Dos três setores da economia tradicionais, o terciário, também designado dos serviços, é o que reúne

maior número de atividades e que, ao contrário do primário e do secundário, não produz. Diz-se que os

serviços são atividades que satisfazem necessidades das pessoas ou empresas. Por exemplo, uma

fábrica que precise de matérias primas tem de contratar uma empresa de transportes para que lhe preste

esse serviço. O professor quando está a dar aula está a prestar um serviço. O funcionário que recolhe o

lixo presta, igualmente, um valioso serviço pois, se os desperdícios se acumularem, podem causar um

grave problema de saúde pública.

Países mais evoluídos são os que têm uma reduzida percentagem de ativos no setor primário e uma

larga percentagem de ativos no setor terciário ou dos serviços.

Em Portugal, o maior poder de compra situa-se nas regiões onde os serviços e a indústria dominam e

nas que se localizam no litoral onde, em maior número, se regista maior número de turistas.

Por sua vez, o conjunto de diapositivos sobre “Países Desenvolvidos/ Países em Desenvolvimento” (ver blog),

conduz-nos a relacionar a riqueza de um país com a posição que ele ocupa na seriação do IDH – Índice de

Desenvolvimento Humano. São os países de IDH muito alto os que possuem, entre outras caraterísticas,

volumosos recursos financeiros, investimento científico e tecnológico elevado, redes de transportes e

comunicações completas e diversificadas. E são estes que, de um modo geral, serão os maiores responsáveis

pela criação e diversificação dos serviços e os que mais alimentam as atividades turísticas pois, são, igualmente,

dos mais ricos.

Isto é, num mundo cada vez mais globalizado em que a interdependência entre os países e regiões é um dado

crescente, as relações comerciais alimentam trocas e, estas, necessitam de transportes. Transportar é um dos

exercícios que movimenta recursos, mercadorias mas, também, pessoas. Muitas são obrigados a deslocar-se

por motivos profissionais, muitas outras fazem-no por recreação. Qualquer que seja a escala geográfica

considerada, as inúmeras rotas percorridas diariamente à superfície terrestre têm, como origem, as viagens de

lazer.

Vejamos alguns apontamentos retirados de várias publicações.

O turismo é uma atividade económica com relevância internacional que tem contribuído de certo modo para dinamizar a

economia de muitos países e regiões. Embora seja uma atividade económica emergente ao nível mundial é atualmente um

dos sectores mais dinâmicos da economia moderna, não só pelas receitas e emprego que gera, mas sobretudo pelos

impactes diretos nos domínios económico, social, cultural e político.

Atualmente, o turismo é considerado a maior força económica do mundo e para muitos países em desenvolvimento tem-se

transformado numa importante fonte de rendimento e de divisas. Nos países com parcos recursos económicos, o turismo

tem sido apontado sistematicamente como possível solução para muitos dos problemas que estes enfrentam. Dado ao

impacte desta atividade na economia, muitos países tem adotado o turismo como uma opção para o desenvolvimento (…).

Impacte do Turismo no Desenvolvimento Socioeconómico: o caso da ilha do Sal, José Manuel da Velga de Barros.

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Sabe-se que existe, que traz milhares de turistas de todo o mundo ao nosso país, emprega mão-de-obra nacional quase em

exclusivo, responsável pela entrada de muitos milhares de divisas, leva o nome de Portugal a todo o mundo, do Douro e dos

nossos vinhos. Navega por uma região que a UNESCO elevou a Património da Humanidade, numa paisagem

verdadeiramente indescritível. Um dos operadores que individualmente mais contribui para o desenvolvimento do turismo

Português, são mais de 700 camas. Tem neste momento 10 navios hotel de luxo, aumentando a partir de abril/maio deste

ano em mais dois. São 12 navios a percorrer incansavelmente o fantástico rio Douro, com uma ocupação em média acima

dos 90%..

Mário Rodrigues: Douro Azul, uma referência nacional (adaptado), 24 Fevereiro 2014

O Turismo é um sector estratégico para a economia nacional pelas receitas diretas e indiretas que gera, contribuindo com

cerca de 46 por cento das exportações dos serviços, e mais de 14 por cento das exportações totais e 10 por cento do PIB.

É pois estratégico a vários níveis: para o emprego (8 por cento), para a requalificação profissional, bem como para a

proteção do meio ambiente e valorização do património cultural, sendo deste modo um forte potenciador de crescimento

económico e de desenvolvimento social. O impacto do turismo, em termos de economia nacional é, pois, incontornável e

transversal a vários setores, criadores de emprego e riqueza.

Estimativas da OMT – Organização Mundial de Turismo apontam para que o turismo crescerá a nível mundial até 2030 a

um ritmo de cerca de 3,3 por cento ao ano, o que representa um fluxo de mais 40 a 43 milhões de turistas e traduz um ciclo

de oportunidades para os negócios do turismo em Portugal.

As medidas previstas do PENT – Plano Estratégico Nacional do Turismo (2013-2015) -, no sentido de uma reorientação do

turismo português para um novo paradigma, agora mais realista, vão ao encontro da tendência global da expansão da

atividade turística.

Torna-se assim prioritário reposicionar o País na economia global do turismo, não só enquanto marca “Destino Portugal”,

mas também na ótica de uma maior proximidade do turista, de uma melhor experiência do cliente, da inovação do modelo

de negócio, da revalorização e diversificação da oferta e dos novos meios de promoção, com destaque para a Internet,

conteúdos online e redes sociais, medidas de aplicação tanto mais urgente quanto na era da globalização intensifica-se a

competitividade, sendo, por definição, todos os destinos nossos concorrentes.

Pedro Reis in, “Pense global pense Portugal”,

Janeiro 2014 // www.portugalglobal.pt

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Em 2012, Lisboa, Algarve e Madeira representaram cerca de 84% das dormidas de turistas estrangeiros e são

simultaneamente os destinos nacionais com maior reconhecimento internacional.

“Porto com Douro” e Fátima surgem como polos de atração turística que vão conquistando um peso crescente.

No caso de Fátima, a sua especificidade reside na sua atratividade religiosa mas, pelo facto de ter uma oferta

turística reduzida, tem visto o seu crescimento condicionado.

No caso do Porto com Douro, as obras de remodelação do aeroporto Francisco Sá Carneiro, e a oferta turística

cada vez mais reforçada justificam que este produto deva ser enquadrado na estratégia turística a nível nacional.

Tendo em conta que a maior parte do turismo

internacional é de proximidade, Portugal

deverá apostar na atratividade do mercado

europeu que em média dista 3 horas e que

apresenta melhores perspetivas de

crescimento do PIB para 2014. (Segundo a PwC

– PricewaterhouseCoopers – que é uma das

maiores prestadoras de serviços profissionais

do mundo na área da auditoria e consultoria.

Fonte - Desafios do Turismo em Portugal 2014, pwc_desafios_do_turismo.pdf

Fonte - Desafios do

Turismo em Portugal

2014,

pwc_desafios_do_tu

rismo.pdf

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Se o turismo é uma área económica em expansão, o setor dos transportes conhece, igualmente, um dinamismo

cada vez mais notório.

Transportes terrestres (rodoviários e ferroviários), aquáticos (marítimos e fluviais) e aéreos proliferam no mundo

e são tão mais numerosos e diversificados quanto maior é o grau de desenvolvimento económico de um país. As

múltiplas ligações que servem populações e empresas são avaliadas preferencialmente em termos de distâncias

tempo e custo. Hoje, mais do que conhecer o número de quilómetros a percorrer pretende-se saber quanto

tempo leva a chegar a um lugar ou quanto é preciso pagar para atingir esse lugar.

Falamos em acessibilidade, em espaço relativo, em distâncias relativas, em isócronas, em isótimas, em

cartografia distorcida, todos conceitos novos na linguagem geográfica e que estão intimamente ligados à noção

de velocidade.

Os transportes são, de facto, essenciais à vida em sociedade. Quanto mais intensas e complexas são as

relações económicas e sociais mais eles são indispensáveis.

Com a revolução industrial e o desenvolvimento dos transportes, o comércio sentiu-se cada vez mais estimulado,

resultando, daí, um crescimento progressivo de fluxos de bens e de pessoas qualquer que seja o espaço a

percorrer. A criação de sistemas de mobilidade eficientes é a resposta exigida pelas necessidades crescentes

das trocas que alimentam a interdependência mundial. Onde ainda não existem precisam de ser implementados,

onde já existam, devem continuar a aperfeiçoarem-se.

Também a nível dos transportes os contrastes entre países são notórios assim como os problemas que possam

surgir nesta área da atividade económica.

Isso mesmo podemos apreciar nos mapas que se seguem.

Neste planisfério é notório o contraste entre os países do chamado Primeiro Mundo, os mais ricos – EUA, países

da Europa Ocidental e Central e Japão – e com redes de transporte densas e os países ditos do Terceiro Mundo

com redes pouco densas.

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As redes de transportes são essenciais ao suporte das numerosas trocas mundiais e aos intensos movimentos

de deslocação de pessoas que se verificam diariamente no mundo. Reparemos nos fluxos que põem em ligação

as diferentes regiões no mundo com destaque para o mundo desenvolvido.

Este planisfério reforça o que dissemos atrás. Os principais fluxos ligam as regiões mais ricas, industrializadas e

desenvolvidas do mundo e, igualmente, aquelas que mais recursos consomem. Por isso, também, as que

apresentam as redes de transportes mais densas.

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Neste mapa os continentes e alguns países estão representados em função do movimento de passageiros em

transporte aéreo que registam. O destaque vai para os EUA, a Europa Ocidental e o Japão. África e América

Latina como se contraem face ao menor volume de passageiros aéreos que os afeta.

Existem mais de 1 300 000 quilómetros de vias férreas no mundo, o que

equivale a 32 voltas em torno do equador terrestre.