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RESUMO DAS AULAS DE GEOGRAFIA – 2013/2014

9ºano

AULA Nº7.2

Olá turma!

Foquemo-nos, agora, nos últimos assuntos que compõem o nosso programa

Se os transportes são fundamentais para as trocas que alimentam a interdependência entre regiões, países e

continentes, as comunicações, mais concretamente, as telecomunicações, são as bases do tão propagado

fenómeno que orienta as nossas vidas atuais, isto é, a GLOBALIZAÇÃO.

Desde que os portugueses, em 1415, conquistaram Ceuta, teve início a mundialização.

Fig.1 - As novas rotas do comércio nos séculos XV e XVI (http://historia9alustosa.blogs.sapo.pt/48341.html)

Embora, com frequência, se ouça confundir mundialização com globalização, há muitos especialistas que

reservam este último termo para defenderem um conceito mais amplo. Para quem distingue um termo do outro, a

globalização é entendida como um fenómeno que envolve várias dimensões, económica, social, política e

cultural, e que se estende a todo o globo. Esta capacidade de abranger as populações e um número crescente

de lugares é possibilitada pela existência e pelo uso das novas tecnologias da informação. Sem estas técnicas

revolucionárias que permitem a comunicação just-in-time seria impensável o mundo em que vivemos.

De tal modo a sociedade humana tem evoluído desde que a informatização se desenvolveu que revolucionou o

modo como se produz e se comunica. Fala-se da Terceira Revolução Industrial. As duas primeiras foram

protagonizadas pelo recurso a novas fontes de energia – o carvão, primeiro, o petróleo, depois. Esta, a que nos

afeta diariamente, está somente ligada às novas tecnologias.

Com o recurso aos satélites lançados para o efeito, a sociedade humana passou a dispor de um conjunto de

meios de comunicação à distância que anulam fronteiras, aproximam os povos e tornaram o nosso mundo numa

enorme ALDEIA GLOBAL.

Fomos nós que demos a conhecer o

mundo tal como ele é e fomos nós que

originamos as trocas comerciais

intercontinentais. A mundialização é,

então, uma forma de integração

económica que faz comunicar quem tem

recursos e quem não os tem, que

alimenta quem produz e quem não tem

essa capacidade, quem tem poder e

quem está na dependência dos

poderosos que aplicam a sua força em

prol dos seus interesses.

Fig1 - As novas rotas do comércio nos

séculos XV e XVI

http://historia9alustosa.blogs.sapo.pt/48341.ht

ml

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RESUMO DAS AULAS DE GEOGRAFIA – 2013/2014

Fonte: DURAND, Marie-Françoise et al (Orgs.). Atlas da mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo. São Paulo: Saraiva,

2009,

Fig.2 - Nesta gravura espelha-se a realidade de hoje: o

mundo está à disposição de um simples clique, uma

ligação, uma imagem transmitida em tempo real.

A força das imagens assim transmitidas é de tal modo

influente que se considera a comunicação como um 4º

poder.

http://portalmultirio.rio.rj.gov.br/sec21/chave_artigo.asp?cod_artigo=1001

Mas, apesar da cobertura mundial

proporcionada pelos satélites, à escala local

as diferenças continuam entre países e

sociedades. Termos como info-ricos e info-

pobres, entre os que são capazes de usar as

novas tecnologias e os que não adquiriram

competências digitais, são as novas

“etiquetas” que diferenciam o planeta.

Fig.3 – Um mundo interligado

Fig.4 – As novas tecnologias e as desigualdades mundiais

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RESUMO DAS AULAS DE GEOGRAFIA – 2013/2014

É este mundo marcado por tantas e tantas diferenças que se encontra ameaçado e que é imperioso tentar

mudar.

Desde que o conceito de desenvolvimento sustentável foi conhecido, em 1987, no Relatório Brundtland (apelido

da ex-primeiro ministra norueguesa autora da expressão) elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio

Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, as preocupações para combater e diminuir as assimetrias têm

ocupado página e páginas de publicações e encontram eco em muitos encontros a diferentes escalas

geográficas. Os problemas são sentidos localmente mas, quase sempre, têm repercussões à escala mundial.

Por muito que a ciência espacial tenha evoluído e que a astronomia nos dê a conhecer cada vez mais do nosso

universo, a Terra continua a ser a nossa casa comum, um sistema fechado onde atmosfera, hidrosfera e litosfera

se encontram interligadas e cujo equilíbrio tem sido, principalmente, desde a revolução industrial alvo de

demasiadas agressões.

Sobre esta temática – Ambiente e Sociedade – vós ireis apresentar as vossas pesquisas de grupo.

Apenas para realçar os problemas que nos devem incomodar a todos e tornar-nos atuantes para os contrariar,

eis extratos de duas notícias recentes:

Fonte – Revista Share

Professora Idalina Leite

ASSIM

ETRIAS

100 milhões de crianças com menos de cinco anos sofrem de subnutrição.

85 pessoas no planeta acumulam a mesma riqueza que as 3,5 mil milhões mais pobres.

6 mil milhões de telemóveis estão hoje em uso. Em 2014, esta cifra superará a população mundial.

Vergonha das nações

Em 2015, perto de mil milhões de pessoas ainda subsistirá com menos de 1,25 dólares por dia. Até lá,

serão desperdiçados 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos. Contrastes de um planeta que ainda está

longe de ganhar a Guerra contra a pobreza extrema

Cerca de sete milhões de pessoa morreram, em 2012, por exposição à poluição atmosférica, o que, à

escala mundial, se transformou no maior factor de risco ambiental para a saúde humana.