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A ESPADA Não obstante o seu vasto simbolismo, a Espada é um dos acessórios mais usados nas cerimônias

maçônicas. No seu aspecto mais vulgar, é a arma da vigilância, por meio da qual seu condutor procura defender os mistérios maçônicos de toda e qualquer violação profana.

A Maçonaria consagrou dois tipos de Espadas: a comum, comumente empregada pelo irmão da Loja; e a Flamígera ou Flamejante, usada pelo Venerável Mestre e pelo Cobridor ou Guarda do Templo . Empunhada com a mão direita, a Espada representa uma arma e simboliza ação física. Os maçons a seguram com a mão esquerda, transformando-a, assim, em instrumento de transmissão e de ação iniciática. Os construtores do Segundo Templo de Jerusalém, chamados de Zorobabel, seguravam-na com a mão esquerda, tendo na direita a Trolha de Pedreiro. Assim os maçons também o fazem, pois, simbolicamente, a mão direita está ocupada, constantemente, no trabalho ativo da construção do Templo perfeito, do Templo ideal.

Sem este simbolismo, a Espada poderá parecer fora de seu lugar em um Templo Maçônico, ou de uma instituição eminentemente pacífica como o é a Maçonaria. Empunhada com a mão esquerda, a espada simboliza a faculdade passiva do pensamento. A interpretação moral de seu simbolismo é que na luta constante entre os dois princípios – o Bem e o Mal -, existe reservado, para o segundo, o castigo do fogo destruidor da consciência.

A Espada é obrigatória em certas cerimônias e desempenha o simbolismo da honra, do valor e da dignidade. Nenhum maçom é considerado investido em seus diferentes graus, sem antes prestar solenemente seu compromisso, perante o símbolo da honra e da dignidade representado pela Espada.

O uso de Espada no passado exigiu qualificação de nobreza.

O uso da Espada dentro dos Templos Maçônicos, em um determinado período histórico, ou seja, no século XVII, serviu para nivelar os homens, pois antes da Revolução Francesa somente os fidalgos poderiam usa-la. A Espada era, então, um símbolo da nobreza, de sangue azul de seus possuidores, e leis severas proibiam os seus uso por quem não tivesse tais qualificações ou carta de nobreza, somente na Maçonaria essa lei não era válida, pois todos são iguais e irmãos.

A Espada, além de simbolizar a honra e a dignidade, é a insígnia do poder e do mando. Por isso, cada Mestre Maçom deve possuir a sua.

Para o cobridor, a Espada, empunhada com a mão direita, é uma arma de proteção de defesa efetiva da Oficina, podendo, inclusive, transforma-la em arma de ataque.

A Espada Flamígera, que é idêntica à comum em tamanho, estrutura e característica, tem a lâmina em forma ondulada, simbolizando línguas de fogo. A origem desse símbolo está na Escritura Sagrada, onde se diz que o anjo encarregado de expulsar Adão e Eva do Paraíso guardou as portas do Éden com uma

Espada Flamígera. Essa Espada é a verdadeira insígnia do Venerável Mestre e deve ser colocada uma

sobre o Altar, já que os juramentos, nas várias Câmaras das Lojas, devem ser prestados diante desse

símbolo.

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A Inquisição

A Inquisição foi um tribunal da Igreja Católica medieval instituido para procurar e processar heréticos. O termo é aplicado para a Instituição em si, a qual era episcopal ou papal, regional ou local. Tremendamente severo em seus procedimentos, a Inquisição foi amparada durante a Idade Média recorrendo às práticas bíblicas e pelas palavras de Santo Agostinho, o qual tinha interpretado “Lucas 14:23” como endossando o uso da força contra os heréticos.

Santo Agostinho de Hipona (354-430), padre e um dos iminentes doutores da Igreja Católica ocidental. Filho de Santa Mônica, nasceu em Tagasta, Numídia, hoje Argélia. Inspirado no tratado filosófico, Hortensius, de Cícero, converteu-se em ardoroso pesquisador da verdade e aderiu ao Maniqueísmo. Em Milão, conheceu Santo Ambrósio que o converteu ao cristianismo.

Agostinho voltou ao norte da África, foi ordenado sacerdote e, mais tarde, consagrado bispo de Hipona. Combateu a heresia maniqueista, desenvolvendo nessa época, as doutrinas do pecado original, graça divina, soberania divina e predestinação. Os aspectos institucionais de suas doutrinas foram especialmente proveitosos para a Igreja Católica Apostólica Romana.

Aparecimento da Inquisição. Problemas com seitas semelhantes aos dos Albigenses, conhecida como Heresia Social Cátara,

no começo do século XII conduziu à Inquisição Episcopal. No início desse século, ao sul da França, na região conhecida como Langedoc, ocorreu um massacre de

imensas proporções, fruto da intolerância religiosa, associado aos interesses políticos e financeiros. Nesse local, favorecido pelo abandono da Igreja Romana, com seu obscurantismo e ignorância, desenvolveram-se estudos dos clássicos gregos com obras em árabe e hebráico. Os pensamentos hislâmico e cristão, juntamente com o esoterismo hebraico da cabalá, conviviam sem problemas. A Igreja, que à época se comportava como qualquer Instituição mundana corrompida, com tráfico de influências, vendas de cargos na hierarquia eclesiástica, não era bem vista pelo povo dessa região.

Os Albigenses, habitantes da cidade de Albi, já haviam sido condenados em 1165 por um conselho

eclesiástico por causa de suas doutrinas consideradas heréticas pela Igreja Católica. Na verdade existiam outras seitas, mas todas tinham contudo alguns pontos em comum: rejeitavam a fé pregada pela Igreja Católica a qual remontava aos apóstolos e ao próprio Cristo. Negavam as doutrinas da Trindade e do nascimento virginal, do purgatório e da condenação eterna num inferno de fogo. Esse conjunto de seitas, deu origem ao termo Cátaro, derivado do grego Kátharos, que significa “puro”. Por envolver muitas pessoas, foi denominada de Heresia Social Cátara.

O assassinato de um embaixador do Papa Inocêncio III, enviado em 1208 àquela região, por pessoas

desconhecidas, desencadeou a ação de represália da Igreja Romana contra a heresia social cátara. Com o apoio do povo do norte, que invejava a riquesa e prosperidade do Langedoc, formou-se

um exército de milhares de homens, que invadiu a região. Foi um massacre total. Tudo foi destruído, reduzindo a região à desolação. Conta-se que quando um oficial perguntou ao

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representante do Papa, frade Arnaud Amalric, como poderiam diferenciar os hereges dos crentes verdadeiros, este teria respondido:”Mate-os todos. Deus reconhecerá os seus”. E assim foi feito. Todos foram mortos, homens, mulheres e crianças.

Deste modo, o século XIII, no seu início, presenciou a intolerância da Igreja na Cruzada Cátara, e viu

também a criação de uma Instituição que veio a tornar-se temível na Alemanha, França, Espanha e Itália – a Inquisição.

Com o objetivo de eliminar heresias, juntamente com os héreges, tornou-se um instrumento de repressão a minorias e de exacerbação do poder. Aceitava-se a tortura como instrumento adequado para a obtenção da confissão de um suspeito.

A Inquisição papal foi formalmente instituida pelo Papa Gregório IX em 1231. Seguindo uma lei do Sacro Imperador Romano Frederico II, permitida para os Lombardos em 1224 e extendida para todo o imperio em 1232, Gregorio ordenou que heréticos convictos deviam ser presos pelas autoridades seculares e queimados. Como Frederico, Gregório também mandou que heréticos fossem procurados e investigados antes do contato com a corte da Igreja. Para este propósito ele primeiro escolheu inquisidores especiais (como por exemplo, Conrad de Malburg na Alemanha e Robert, o Bugre, na Burgandia) e, posteriormente, incumbiu a tarefa para membros da recém fundadas Ordens de Monges Dominicanos e Franciscanos. A autoridade independente dos inquisidores era causa frequente de atritos com o clero local e bispos.

O procedimento típico começava com com a chegada dos inquisidores numa específica localidade. Um período de benevolência era proclamado à penitentes heréticos, após o que denúncias eram aceitas por qualquer um, mesmo criminais e outras heréticas. Dois informantes cujas identidades eram desconhecidas para a vítima eram suficientes para a acusação formal. A corte então intimava o suspeito, que era conduzido a um interrogatório, e tentava-se obter a confissão que era necessária para a condenação Para conseguir isso, frequentemente eram aplicadas torturas físicas.

No começo do interrogatório, o qual era registrado sumariamente em latim por um escrivão, suspeitos e testemunhas tinham que jurar que revelariam todas as coisas. A má vontade para fazer o juramento era interpreta como um sinal de aderência à heresia. Se a pessoa confessasse e era submissa, o julgamento prescrevia penas mais leves como surra com a chibata, jejuns, rezas, peregrinações ou coisas semelhantes. Em casos mais severos, o uso da “cruz da infâmia”, na cor amarela, resultando num ostracismo social, ou aprisionamento, podiam ser impostos.

A negativa da acusação sem contraprovas, recusa de confessar e persistência na heresia resultava nas mais severas punições: prisão pérpetua ou execução acompanhada pela total confisco de suas propriedades. Desde que à Igreja não era permitido tirar a vida, o setenciado herético era entregue para as autoridades seculares para a execução, usualmente queimado na estaca. Quando a Inquisição tinha completado suas investigações, a sentença era pronunciada numa cerimônia solene, conhecido como o “sermão geral” ou, em castelhano, o “ato de fé”, pelas altas dignidades locais, clérigos e o povo da cidade. Aqui os penitentes abjuravam seus erros e recebiam suas penitências. Heréticos obstinados eram solenemente amaldiçoados e entregues para serem queimados imediatamente em público.

Muitos manuais dos inquisitores tem sobrevivido, entre eles o de Bernard Gui e Nicolas Eymeric. Outras fontes incluem listas de perguntas padrão e numerosas atas oficiais dos locais das Inquisições. Alguns desses materiais tem sido publicado, mas a maioria existe somente em manuscritos.

Os primeiros inquisitores trabalharam na Europa Central (Alemanha, norte da Itália, leste da França). Mais tarde centros de Inquisição foram estabelecidos nas regiões mediterrâneas, especialmente no sul da França, Itália, Portugal e Espanha. O Tribunal foi usada na Inglaterra para subjugar os Lollards (seguidores do reformador John Wycliffe, do século XIV). A Rainha Mary I da Inglaterra (1553- 1558) usou o Tribunal no esforço de reverter a Reforma Protestante. A longa sobrevivência da Inquisição pode ser atribuida a antecipada inclusão de outras transgressões, além da heresia: bruxaria, alquimia, blasfemia, aberrações

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sexuais, e infanticídio. O número de bruxas e feiticeiros queimados após o século XV parece ter sido maior do que o dos heréticos.

Em 1555, o Papa Paulo IV empreendeu violenta perseguição contra suspeitos de heresia, incluindo bispos

e cardeais. Em 1559, elaborou a primeira listagem de livros que atentavam contra a fé e a moral : o Indice de livros proibidos (index livrorum proibitorum).

A Inquisição passou por especial desenvolvimento em Portugal e na Espanha e suas colônias. Em

Portugal, os judeus espanhóis, fugindo da perseguição e da morte que os ameaçava na Espanha, atravessaram a fronteira após pagarem, por cabeça, uma soma em dinheiro ao rei D. Manuel I. Mais tarde, estes judeus foram submetidos ao batismo forçado e as crianças separadas de seus pais e levadas para os arquipélagos de Açores e Madeira para, junto a casais católicos, crescerem na fé cristã. Portugal instalou seu Tribunal de Santo Ofício no Rossio, em Lisboa e, repetiu o drama de autos de fé encerrados com seres humanos na fogueira. Se o acusado, antes do fogo ser aceso, confessasse sua culpa, era garroteado para não ser queimado vivo. Mesmo assim, as chamas cumpriam seu papel de acabar de purgar os pecados e o fogo era aceso para consumir o corpo.

Devido a insistência de Fernando II de Aragão e Isabella I de Castela, o Papa Sixtus IV endossou (1483) a

criação da Inquisição Espanhola Independente, presidida por um Alto Conselho e Grande Inquisidor. Lenda tem sido feita pelo primeiro Grande Inquisidor, Tomás de Torquemada, um símbolo de extrema crueldade, beatice, intolerância e fanatismo religioso.

Tomás de Torquemada (1420- 1498) estudou em Valladolid, juntou-se aos Dominicanos como sacerdote do Monastério de Santa Cruz, em Segóvia. Em 1474, tornou-se confessor e conselheiro dos “Reis Católicos”, Isabela e Fernando. Apesar de, provavelmente, ter tido origem judia, Torquemada investiu furiosamente contra os judeus ortodoxos e contra os Marranos (convertidos do judaismo), além de outros. Aproximadamente duas mil pessoas morreram e outras tantas, foram torturadas por sua autorização. Devido sua influência, junto aos reis Fernando e Isabela, milhares de judeus, não convertidos, foram expulsos da Espanha.

A verdade é que a Inquisição Espanhola era particularmente severa, austera, e eficiente devido seus poderosos laços com a coroa. Seus maiores alvos foram os Marranos e os Moriscos (convertidos do Islamismo), muitos dos quais foram suspeitos de secretamente aderirem às suas antigas crenças. A Inquisição foi finalmente extinta na Espanha em 1834 e em Portugal em 1821.

Em Roma, no tempo da Reforma, Papa Paulo III criou uma Comissão de Cardeais como Corte Suprema, em matéria de heresia. Esta Inquisição romana foi solidificada (1588) por Sixtus V na Congregação de Roma, como Inquisição Universal, também conhecida como Sagrado Ofício, cuja tarefa era zelar pela doutrina correta da fé e da moral, para a totalidade da Igreja Católica Romana. Reorganizada em 1908 sob o simples título de Congregação do Santo Ofício, foi redefinida pelo Papa Paulo VI em 1965 como a Congregação para a Doutrina da Fé, com a mais positiva tarefa de promover a correta doutrina ao invés de censurar a heresia.

Conclusão. Entre as inumeráveis vítimas da Inquisição existiu pessoas famosas como o filósofo Giordano Bruno,

Galileu, Joana D’Arc, e os membros da famosa Ordem Religiosa “Os Cavaleiros Templários”. A Instituição e seus excessos tem sido um embaraço para muitos cristãos modernos. No anti catolicismo e

nas polêmicas anti religiosas, desde o Iluminismo, a Inquisição tem sido citada como exemplo primário do que foi o barbarismo na Idade Média. Em nossos dias houve uma certa simpatia popular para com a Inquisição. Alguns viram nela uma ferramenta política e econômica, outros, como a necessidade de defesa

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para a fé religiosa. A despeito de todos os esforços para entender a Instituição na luz social, política, religiosa e como fator ideológico, hoje a Inquisição é admitida como pertencente ao lado negro da história do Cristianismo.

M∴M∴Alfério D G Bibliografia: História Geral da Civilização - Sérgio B. de Holanda

Enciclopédia Encarta

Enciclopédia Microsoft

Quando de minha Iniciação, eu não tinha a menor idéia do que iria acontecer, mas tive o cuidado de

passar o dia, em sua maior parte, em meditação, pois, algo dentro de mim indicava que tinha que estar preparado para tomar uma séria decisão, que iria ser para o resto de minha vida.

Quando cheguei á porta do T.’., senti a sensação de que realmente, por mais que eu tivesse estudado muito sobre espiritualidade e procurasse com todos os meus esforços a busca do meu Eu Superior, realmente não sabia nada e muito tinha que aprender.

Colocado na Câmara de Reflexões, procurei, me entregar ao meu Mestre Divino e ao meu Anjo da Guarda, para que se não fosse a Maçonaria o caminho que devesse seguir, tivesse eu coragem suficiente em me retirar; mas se fosse a maçonaria, realmente o meu caminho, que me dessem coragem para continuar.

Nestas condições, procurei fazer as minhas declarações, despojando-me de todo o egoísmo, de todos os meus desejos, medos, preocupações e inseguranças, procurando ficar o mais calmo que pudesse, para que do fundo do meu ser, eu não só fizesse as minhas declarações, mas, principalmente, assumisse com todo o meu amor o novo caminho que meu Eu Interior me indicava,

Quando das pancadas na Porta do T.’. para que tivesse permissão de entrar, tive uma sensação forte, parecia que minhas forças tinham dobrado e uma certeza absoluta, que a partir daquele momento,uma nova vida iria começar, pois se eu sempre procurei seguir sozinho o caminho da Senda, aquele momento era uma recompensa pelos meus esforços,em 20 anos de busca. Sei plena e convictamente, que minha Iniciação foi, como o nome já diz, apenas o inicio;

muito, mas muito mesmo tenho que aprender e me dedicar, se quero encontrar-me como meu Mestre In-terior.

Através da virtude, que me leva à prática do bem, com disciplina que me ajudará eliminaras vícios e com amar a todos os meus Irmãos, tenho a certeza que me tornarei um Maçom. Sei plenamente que não será fácil, e sei que poderei sucumbir, mas, se isso acontecer, terei a dignidade de dizer que pelo menos tentei.

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Quando do juramento que fiz sobre a Taça Sagrada, em meditação, vislumbreí, que o caminho inicialmente se parece com a primeira gole, gostoso, saborosa, nos dando vontade de beber toda a Taça. Posteriormente percebi, se formos com muita sede a Ela, beberemos o amargor da (quássia), pois para continuara bebera gostoso, devemos ter paciência, disciplina, força de vontade e muita consciência de que somos apenas A.’. M.’. e se queremos chegarem algum lugar devemos ser obedientes e prestar muita atenção às instruções que serão dadas nos despindo da vaidade, egoísmo, ciúmes, medo e insegurança, enfim procurar com todas as nossas forças eliminar os erros.

Ao efetuar as viagens comas olhos vendados, procurei sentira máximo que pude, como se elas deixassem de ser simbólicas e tornassem verdadeiras, fiquei calmo, muito seguro, pois tinha a certeza absoluta que meu guia me traria de volta, mas que posteriormente deveria meditar muito sobre elas, pois como já ouvi dizer, na Maçonaria nada é feito por acaso, tudo tem sua finalidade, e as viagens têm muito o que ensinar.

Quando o Ir.’. Hosp.’. me pediu um pequeno auxílio, para os desgraçados que devemos socorrer, não me senti humilhado por não poder contribuir, mas, sim, impotente, pois foi neste momento que percebi, que se não fizermos parte de um todo e não estivermos unidos com nossos Irmãos, sozinho não conseguiremos fazer nada, pois, além de não termos metais, não teremos força para auxiliar aqueles que necessitam.

Quando tive os olhos desvendados e me dei com todos os Iir.’. MM.’., apontando as espadas para mim, tive vontade de chorar, pois foi neste momento que me vi como sou: PEQUENO E IGNORANTE.

Ao receber o Avental, os pares de Luvas Brancas, o Código das Legislações e o Ritual, como todo pequeno e ignorante ser, me senti orgulhoso, quando na realidade deveria me sentir agradecido e muito agradecido, por ter essa Ordem, me recebido fraternalmente e permitir que eu fizesse parte dela, como um Iniciado A.’. M.’..

Assim, tenho a convicção que renasci e consciência que ainda sou uma P.’. B.’. e para lapidar-me, mui-to, mas muito tenho que aprender através da disciplina, paciência, obediência, meditação, estudo e dedicação.

Agradeço do fundo do meu coração ao GADU, ao meu Mestre Interno, ao meu Anjo da Guarda, ao meu padrinho e a todos os meus Iir.’. MM.’., por me darem esta oportunidade de participar de tão V.’. Or.’. enviando a todos os meus Iir.’. MM.’. dessa V.’. L.’. o meu T.’. F.’. A.’..

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A MORAL MAÇÔNICA A Moral Maçônica não é a mesma moral profana; moral para os membros da SUBLIME ARTE não

traduz o comportamento comum, mas uma atitude espiritualizada, o comportamento maçônico, que cultiva a fraternidade, o amor, a tolerância, o mútuo respeito.

Este conhecimento é peça fundamental para o desenvolvimento coordenado e seguro. O Homem, desde o seu surgimento busca verdades e confirmações que sempre estiveram ao seu

alcance. Bastaria para consegui-las, que olhassem ao seu redor para o alto e para dentro de si. Porém, impedidos pelas suas fraquezas, vaidades e imperfeições passou a viver na superficialidade da

sua própria existência. Para auxiliá-lo, surge a maçonaria que, com seu equilíbrio mostra aos homens, a semente germinada e

defeituosa, mas novamente nascida, dando-lhes outras oportunidades para despertar e sentir a sua pequenez diante de tão extraordinária concepção, indicando-lhes ainda a necessidade do desenvolvimento gradativo e seguro, para que cada passo dado possa conhecer o degrau deixado para traz.

O Homem, quanto mais avança, mais distante se encontra da sabedoria; mais humilde con-

sequentemente deverá se tornar, para alcançar a autenticidade da sua própria concepção, como ser imperfeito, criado para lapidar as suas próprias asperezas.

Modernamente, embora não existam mais duelos, costumamos, quando nos falta a Moral Maçônica,

atingir aqueles que de nós divergem. Pergunta-se: O que justifica tal ação se os motivos normalmente são mesquinhos e sórdidos? Por que cometer um homicídio simbólico desprestigiando o Caráter e as realizações daqueles de quem

divergimos? O Fazemos por não termos inserido dentro de nós toda a liturgia espiritualista que a Maçonaria nos

ensina. O Fazemos por ciúme ou por fraqueza, por soberba ou ironia, por critica ou preconceito, por vingança,

animosidade ou rancor. Por represálias ou intolerância.

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De nós, em nossa Moral Maçônica depende as energias liberadas, para produzirem resultados benéficos para nós mesmos, para a nossa Loja e para humanidade.

O ressentimento, o ciúme e ódio, são como areia movediça que suga as energias ao seu redor, trans-

formando-nos em profanos de avental, em sarcásticos homens involuídos, amorais e sem esperança. E este homem, o maçom, dentro do espírito e da moral iniciática, precisa desbastar a pedra bruta, mo-

delar e polir o material, de modo a alcançar a beleza e elegância do edifício que constrói. Conservando os sentidos desobstruídos, respeitando a humanidade usando a régua e o compasso, aprendendo a beleza das formas, sua modelagem e detalhamento, a magia das cores, a integração dos sons, a poesia de todas as artes, a expressão da causalidades, o simbolismo das idéias numa única visão espiritual.

Assim poderá entender os sábios, sentir os artistas, admirar os cientistas, apreciar os inventores,

compreender os legisladores e finalmente em fim, amar seus irmãos. Para o êxito deste intento o iniciado terá que ter o domínio pleno das instruções, postura exemplar,

invocando as lições imortalizadas pelos nossos antepassados, que as fizeram transcender os séculos, sempre trabalhando pela virtude e a solidariedade.

O templo simbólico, é construído dia a dia nos corações dos VERDADEIROS MAÇONS, para

servir de moradia ao G.’. A .‘.D.’.U.’., e de onde devem ser expulsas as paixões, as intransigências, os vícios e mesquinharias.

O Ritual deve ser estritamente observado, e a moral maçônica espartanamente cultivada dentro e fora

do templo. Só assim, poderemos passar, corretamente, para os nossos descendentes de boca a ouvido, as

maravilhosas lições deixadas pelos nossos antepassados e que são, nada mais, nada menos, que o amor e a fraternidade, o respeito e a igualdade, a humanidade e a

tolerância entre todos os irmãos na face da Terra.

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A ORGANIZAÇÃO MAÇÔNICA A Maçonaria, que é também conhecida como Franco-maçonaria (nome que tem origem

nos mestres de obras das catedrais medievais, conhecidos na Inglaterra como Free-stone mason), é, antes de tudo, uma associação voluntária de homens livres, cuja origem se perde na Idade Média, se considerarmos as suas origens Operativas ou de Ofício:. Modernamente, fundada em 24 de junho de 1717, com o advento da Grande Loja de Londres, agrupa mais de onze milhões de membros em todo o mundo:. É o mais belo sistema de conduta moral, que pretende fazer com que o Iniciado seja capaz de vencer suas paixões, dominar seus vícios, as ambições, o ódio, os desejos de vingança, e tudo que oprime a alma do homem, tornando-se exemplo de fraternidade, de igualdade, de liberdade absoluta de pensamento e de tolerância:.

Em função disso, os objectivos perseguidos pela Maçonaria são: ajudar os homens a reforçarem o seu carácter, melhorar sua bagagem moral e espiritual e aumentar seus horizontes culturais:. É uma sociedade fraternal, que admite a todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça religião, ideário político ou posição social:. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição:. Simbolicamente, o Maçom vê-se a si mesmo como uma pedra bruta que tem de ser trabalhada, com instrumentos alegóricos adequados, para convertê-la em um cubo perfeito, capaz de se encaixar na estrutura do Templo do Gr:.Arch:.do Un:.

Ela fundamenta-se na crença em um Ser Superior ou Deus, ao qual denominamos Grande Arquitecto do Universo, que é o princípio e causa de todas as coisas:. Parece rígida em seus princípios, mas é absolutamente tolerante com todas as pessoas, ensinado aos iniciados que é mister respeitar a opinião de todos, ainda que difiram de suas próprias, desafiando a todos à mais sincera Tolerância:. A Ordem não visa em hipótese alguma lucro ou benefício, pessoal ou colectivo:.

Maçonaria e Sociedade

A Maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do pais em que cada Maçom vive e trabalha:. Os princípios Maçónicos não podem entrar em conflito com os deveres que como cidadãos têm os Maçons:. Na realidade estes princípios tendem a reforçar o cumprimento de suas responsabilidades públicas e privadas:.

A Ordem induz seus membros a uma profunda e sincera reforma de si mesmos, ao contrário de ideologias que pretendem transformar a sociedade, com uma sincera esperança de que, o progresso individual contribuirá, necessariamente, para a posterior melhora e progresso da Humanidade:. E é por isso que os Maçons jamais participarão de conspirações contra o poder legítimo, escolhido pelos povos:. Para um Maçom as suas obrigações como cidadão e pai de uma família, devem, necessariamente, prevalecer sobre qualquer outra obrigação, e, portanto, não dará nenhuma protecção a quem agir desonestamente ou contra os princípios morais e legais da sociedade:.

Nas suas Lojas são expressamente proibidos o proselitismo religioso e político, garantindo assim a mais absoluta liberdade de consciência, o que lhe permite permanecer progressista, sobrevivendo às mais diversas doutrinas e sistemas do mundo:. Curioso é

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perceber que sempre onde faltou a Liberdade, onde grassou a ignorância, foi aí que a Maçonaria foi mais contundentemente perseguida, tendo sido inclusive associada aos judeus durante o período de intenso anti-semitismo da Europa Ocidental, nos primeiro e segundo quartos deste século:.

Aprendizado Maçónico

A transmissão dos preceitos Maçónicos se faz através de cerimónias ritualísticas, ricas em alegorias, que seguem antigas e aceites formas, usos e costumes, que remontam às guildas dos construtores de Catedrais da Idade Média, usando inclusive as mesmas ferramentas do Ofício de pedreiro:. Este aprendizado passa pela necessidade de todo iniciado controlar as suas paixões, de submeter a sua vontade às Leis e princípios morais, amar a sua família e à sua Nação, considerando o trabalho como um dever essencial do Ser Humano:. O sistema de aprendizado está assente sobre a busca, por parte de cada Irmão, no seu trabalho dentro da Ordem, e respectivo ao seu Grau, de um aperfeiçoamento interior, em busca da perfeição, para fazer-se um Homem bom, um Homem melhor:.

A Maçonaria estimula a prática de princípios nobres, tais como: Gentileza - Honestidade - Decência - Amabilidade - Honradez - Compreensão - Afecto. Para os membros da Ordem todos os Homens, fazem parte da Grande Fraternidade Humana, portanto, todos são Irmãos, independentemente de Credo, Política, Cor, Raça ou qualquer outro parâmetro que possa servir para dividir os homens:. Os Três Grandes Princípios sobre os quais está fundamentada a busca do progresso e da auto-realização do Maçom são:

O Amor Fraterno: O verdadeiro Maçom mostrará sempre a mais profunda tolerância e respeito pela opinião dos demais, portando-se sempre com compreensão:.

Ajuda e Consolo: Não só entre os Maçons, mas com toda a Comunidade Humana:.

Verdade: É o princípio norteador da vida do Maçom, mesmo porque faz-se necessária toda uma vida para chegar-se próximo de ser um bom Maçom:.

Organização da Maçonaria

Desde a fundação da Grande Loja de Londres, em 24 de junho de 1717, as Loja Maçónicas têm-se organizado em Obediências, sejam elas Grandes Lojas ou Grandes Orientes:. Os Maçons estão reunidos em Lojas, que se reúnem regularmente uma vez por semana, geralmente:. A verdadeira e antiga Maçonaria, divide-se em três Graus Simbólicos que compõem as Lojas Azuis:

Aprendiz • Companheiro • Mestre

Em regra as Grandes Lojas recebem reconhecimento da Grande Loja Unida da Inglaterra, que se arroga o direito de guardiã da ortodoxia maçónica, de evidente cunho teísta, enquanto que os Grandes Orientes, são reconhecidos pelo Grande Oriente da França, fiel ainda à constituição de Anderson de 1723, com evidente influência iluminista, e caracterizado por uma profunda tolerância:.

Porém esta regra não é universal, até porque não existe uma autoridade internacional que confira regularidade Maçónica:.

Regularidade em Maçonaria

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A regularidade Maçónica refere-se a um conjunto de deveres a que estão sujeitos os Maçons, suas Lojas e sua Obediência, os quais podemos resumir em três aspectos principais:

Legitimidade de Origem: Um Grande Oriente ou Grande Loja necessita, para ser regular do reconhecimento e da transmissão da Tradição, por outro Grande Oriente ou Grande Loja previamente regular junto às outras Potências, tendo assim uma Regularidade de Origem:.

Respeito às antigas regras: A principal regra a ser seguida é a Constituição de Anderson, de 1723, formulada por Anderson, Payne e Desaguilliers, para a recém-fundada Grande Loja de Londres:.Podemos, no entanto, levantar cinco pontos fundamentais para Regras que devem ser respeitadas:

1. Absoluto respeito aos antigos deveres, que estão reunidos em forma de Landmarks:.

2. Só é possível aceitar homens livres, respeitáveis e de bons costumes que se comprometam a por em prática um ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade:.

3. Ter sempre como objectivo o aperfeiçoamento do Homem, e como consequência, de toda a Humanidade:.

4. A Maçonaria exige de todos os seus membros a prática escrupulosa dos Rituais, como modo acesso ao Conhecimento, através de práticas iniciáticas que lhe são próprias:.

5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o mais absoluto respeito às opiniões e crenças de cada um, proibindo categoricamente toda discussão, proselitismo ou controvérsia política ou religiosa em suas Lojas.

A PALAVRA

Tendo sido consagrado maçom, o neófito está agora em condições de receber os

sinais, marcha e a bateria do grau, bem como, a palavra sagrada e de modo a dá-la, juntamente com os meios de reconhecimento, que constituem o fundamento de suas instruções.

O primeiro versículo do Evangelho de São João, sobre o qual são colocados os instrumentos emblemáticos da Maçonaria ao abrirem-se os trabalhos, dá-nos a chave do amplo significado da Palavra para o maçom. Constituindo este versículo o fundamento de toda atividade ou trabalho maçônico, devemos perceber seu

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significado, antes de ver a exata interpretação, em particular, da palavra sagrada do Aprendiz.

A afirmação No Princípio era o Verbo (ou seja, a Palavra) é eminentemente iniciática, isto é, não pode ser entendida sem adentrar ao sentido interior das coisas. É a comprovação da Verdade de que tudo se manifesta desde um Princípio Interior ou espiritual chamado Verbo ou Palavra, ou seja, afirmação criadora de sua realidade, que o manifesta e faz existir desde o estado de Realidade Imanente, latente ou potencial.

Dizendo "no Princípio era o Verbo" reconhecemos a origem espiritual de tudo o que vemos, ou se apresenta de alguma forma diante de nossos sentidos. De tudo sem distinção podemos dizer que no princípio (ou em sua origem) era ou foi um Verbo, Palavra, Pensamento não pode ser senão uma manifestação da consciência, tudo o que é exterior tem uma origem interior no ser onde teve nascimento primeiro como Causa, cujo efeito agora estamos percebendo.

Isto aplica-se tanto à criação ou formação do Universo desde seu Primeiro Princípio (que é Ser, e como tal, fundamento de tudo o que existe, espaço e tempo incluídos) como à particular criação ou formação do ser, do homem e da sua vida manifestada. Tudo o que nesta aparece teve sua origem num verbo (pensamento, desejo, aspiração, afirmação ou estado de consciência que é a causa sutil de sua existência, como efeito visível).

É, pois, de importância transcendente o que o homem diz, pensa ou afirma ainda que somente dentro de si mesmo. Por este único fato, participa consciente ou inconscientemente do Poder Criador Universal do Verbo e de sua atividade construtiva. É privilégio e prerrogativa do maçom fazê-lo consciente e sabiamente, enquanto o profano o faz inconsciente e alienadamente.

Aprender o reto uso da Palavra e disciplinar-se nele mesmo: heis aqui a tarefa fundamental de que se incumbe o maçom. Com esta disciplina faz sua atividade construtiva e em harmonia com os planos do G. A. D. U., isto é, com os Princípios Universais da Verdade.

Existe pois, uma palavra sagrada, diferente de todas as palavras profanas que são nossos erros, pensamentos negativos e juízos formados sobre a aparência exterior das coisas. A palavra sagrada é o Verbo, isto é, o que de mais elevado e de acordo com a Realidade podemos pensar ou imaginar, uma manifestação da Luz que do interior nos ilumina e cuja natureza é idêntica a essa Luz. É nosso ideal e nosso conceito do que há de mais Justo, Bom, Formoso, Grande, Nobre e Verdadeiro. Adaptando nossas palavras a este Verbo, pronunciamos a "Palavra sagrada" e decretamos seu estabelecimento. Pois, como foi dito: "Assim mesmo decretarás alguma coisa, e esta será estabelecida em ti", e sobre teus caminhos resplandecerá a Luz" (Jó, 22-28).

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A PALAVRA HUZZÉ

A palavra HUZZÉ é de origem hebraica e significa Força e Vigor.

A aclamação HUZZÉ, só é feita após o sinal gutural, não se faz isoladamente. No inicio dos trabalhos, completa a dualidade, ou seja, feito o sinal gutural, de pé , é pronunciada a aclamação. No encerramento completa a trilogia, pois feito o sinal gutural, é dada a bateria e após, a aclamação do HUZZÉ.

Os povos primitivos não prescindiam dos sons que produziam batendo com as mãos uma pedra à outra, posteriormente surgiram os tambores e os sons produzidos por instrumentos de sopro.

Na terapia moderna para tratamento dos alienados, é comum deixá-los gritar à vontade, quanto mais alto o grito, mais terapia significa, esses loucos encontram nos seus berros, um modo primitivo de se relaxarem e acalmarem.

Na Maçonaria, quem grita HUZZÉ retira de si o peso da agonia, da ansiedade e do medo, após a aclamação o Maçom liberta-se de todas as pressões e poderá com muita tranqüilidade participar dos trabalhos.

Tenho ainda a dizer, que para os Aprendizes, sentados nos duros bancos da Coluna do Norte, se torne imprescindível que se desenvolva um trabalho

visando a sua formação em profundidade, no sentido da necessidade de auxiliá-los da conscientização de um desenvolvimento do germe do espírito maçônico que está latente no recém- Aprendiz. Urgi que se mantenha vibrante o entusiasmo do novo Maçom, antes que em seu coração a rotina faça morada e os compromissos iniciáticos sejam nada além de Ritualísticos.

É precisamente no Grau de Aprendiz, que mercê de seu natural interesse e qualidades morais de que vem dotado o Neófito, se pode introduzir o particular gosto pela cultura maçônica e com naturalidade transmudar essa moral no tão desejado espírito maçônico.

Assim, agradeço a atenção de meus queridos Irmãos e sugiro, “data vênia”, aos Veneráveis e Mestres de nossa Casa, que doravante esclareçam em Loja, aos futuros Aprendizes o significado tanto litúrgico como espiritual dos termos, ESTAR A COBERTO, A BATERIA, A PALAVRA HUZZÉ, e outros que porventura acharem necessários.

Não obstante, em consonância com o Ritual do 1º Grau, paginas 43 e 76, advirto também, com todo respeito, a suprema importância na formação da Cadeia de União, para cada vez que a Loja receber em seu quadro um Aprendiz Maçom, pois o mesmo como Irmão, tem todo o direito de tomar ciência da Palavra semestral.

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Sempre que se faz referência a Pedra Bruta, temos a imagem de um pedaço de pedra tosca, que se apresenta em estado natural e grosseiro tal como foi extraído da natureza, e todos nós a conhecemos como um material sólido, encontrado em vários pontos do globo terrestre, geralmente fragmento de uma rocha e, como esta totalmente inerte, de modo, que se pode segurar com as mãos. Porém, o Aprendiz Maçom têm diante de si, durante o tempo que lhe foi destinado, uma verdadeira Pedreira para desbastar, sendo possível que deva preparar Pedra suficiente para construir o seu Templo. A Pedra Bruta representa a infância do homem e a própria humanidade e é de se reconhecer que a humanidade evoluiu muito, mas não passam de uma Pedra Bruta, com suas guerras, preconceitos, misérias, etc.

A Cerimônia das Viagens finda com o trabalho humilde do Aprendiz junto a Pedra Bruta e isto simboliza nada mais nada menos que o Aprendiz ainda é Pedra Bruta, ou seja, ainda tem arestas a ser desbastadas e que ainda tem muito

para vencer, até apresentar-se como Pedra Lapidada.

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A Pedra Bruta é uma jóia por oferecer a possibilidade de ser aproveitada para edificar, para construir, e todo indivíduo tem qualidades socialmente aproveitáveis, mas para tanto, é necessário que se lhe desbastem as arestas de uma formação grosseira.

Compete ao Aprendiz Maçom o trabalho de desbastar a PEDRA BRUTA, isto é, libertar-se dos defeitos e paixões, para poder concorrer à construção moral da humanidade, que é a verdadeira obra Maçônica.

A Pedra Bruta ensina ao aprendiz, que o homem, dotado de inteligência e raciocínio, pode aperfeiçoar-se na educação e instrução, uma obra universal, que começa no grupo, na polis, na Pátria, mas que busca universalizar-se, porque os preceitos Maçônicos, são atemporais e independem da região ou País. São preceitos simbolicamente apresentados que foram os das associações secretas na antiguidade egípcia, são preceitos de verdade que os antigos também possuíam e que, ao longo da historia, coube a pouco saber.

Não é sem razão que um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos — CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE — no seu poema “O HOMEM e as suas viagens”, afirma que o ser humano pela sua inteligência e poder, querendo saber a verdade, conquistou a lua, há que conquistar Marte, Vênus, todos os sistemas solares, galáxias e depois de conquistar todo o Universo, sentirá que tudo não valeu de nada, visto que não era isso que ele queria de fato saber. Mas somente ai estará mais fácil de todas: a Grande viagem. A tarefa de conhecer seu próprio íntimo, sua própria essência e ironicamente, no fim, ele estará de volta ao começo de tudo.

Pois bem, a primeira instrução diz exatamente isso. Fala desta viagem. E talvez seja a Maçonaria a única

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instituição que habilitará queimar etapas especiais, as quais aludiu o poeta e que os homens profanos julgam ser

imprescindíveis realizar e vencer.

A simbologia da Régua, do Maço, do Cinzel, nos prova que a Maçonaria estava naquele princípio dos tempos,

junto da verdade e que a verdade de então, esta aqui agora, como sempre haverá de estar. Portanto, lapidar a

PEDRA BRUTA é adentrar no íntimo de cada um de nós mesmo. É buscar dentro de nossa alma a centelha viva do

GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO que habita nosso ser. Uma centelha divina e perfeita que o mundo profano

esconde com vício, egoísmo, apegos à materialidade e que somente com muito esforço, com a iniciação e vida

maçônica poderemos fazer aflorar definitivamente. Desbastar a Pedra Bruta é caminhar para o amor fraternal, é ter a

força interna para praticar a solidariedade humana, é ir ao encontro da pureza, da Luz, da verdade, dos três últimos

degraus do trono do templo, que representam a evolução espiritual de todo Maçom. Mas antes devemos entender

que temos de mostrar a força, o trabalho, a ciência, a virtude, posturas não tanto espirituais e só apegadas à prática

da vida, ao cotidiano do dia a dia, a verdadeira prática maçônica de vida, a nossa ação para com o próximo e que

justifica toda a moral da própria MAÇONARIA. O Maçom é um ser que age na busca do bem para com o próximo.

O cinzel, que ensina a ser o esforço, lento, mas compensador, e que somente com ele poderemos furar a PEDRA

BRUTA que somos nós, em busca da virtude, da iluminação, pela inteligência, em busca da purificação da alma. E

esta tarefa é do aprendiz e intransferível, pois é da própria antiguidade oriental que nos vêm à máxima que somente

melhorando a nós mesmos, poderemos melhorar o mundo, os que não se salvam não podem salvar ninguém.

Assim nosso cinzel é o manual de instruções e nosso malho são os irmãos mais experientes que não nos

permitem o caminhar só. E finalizando, hoje sabemos porque todos os Irmãos são Aprendizes e que na reunião de Aprendiz é que se

desbasta a PEDRA BRUTA tarefa esta que excede a um salário, é tarefa para toda a vida maçônica, é tarefa

que vai ao encontro da luz do GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO.

A primeira instrução é o início da viagem para dentro de nós mesmos porque talvez, dentre os homens que andam pelas ruas deste mundo. O Maçom seja aquela que consegue o milagre de caminhar para dentro de si mesmo. E mais que isso, dentre muitas coisas que ele possa ser por definição, o MAÇOM É O HOMEM QUE OLHA PARA DENTRO DE SI MESMO E GOSTA DO QUE VÊ.

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É um utensílio usado nas Lojas Maçônicas e que simboliza a retidão dos princípios maçônicos e a retidão

da conduta que deve ser observado pelos Maçons. Todo Maçom deve observar escrupulosamente o cumprimento das leis que lhe são impostas. Cumprir as

Leis é um sinal de obediência. A obediência conduz á ordem e, assim, cumprir as leis é uma forma de retidão. Por isto, a Régua simboliza o meio de assegurar o cumprimento das normas do comportamento humano sem as quais não pode haver ordem. Estas normas constituem o equilíbrio de todas as ações, assim elas consubstanciam uma medida que pode ser avaliada pelos módulos da Régua.

Em Maçonaria usa-se a Régua de 24 polegadas significando as 24 horas do dia, estas 24 horas devem ser divididas pelo Mestre de Cerimônias, que é quem porta a insígnia de Régua, em espaços iguais destinados ao trabalho, ao repouso, aos exercícios físicos e mentais e a recreação.

A Régua de 24 polegadas serve para medir e planear a obra: corresponde a Sabedoria do Ven.’., que também a de medir e planear quando dirige os trabalhos.

A Significação simbólica nos ensina que quando no plano moral, o homem deve medir prudentemente os seus planos de ação, deve medir e apreciar o contorno de suas idéias como se mede um pedaço de pedra, para ter o conhecimento exato de seu valor e de sua utilidade. Material, com espiritualidade, medir é saber e o erro começa onde se perde o censo da medida.

Para Abelain a Régua é o “Ouro dos Filósofos” simbolizando a “regularidade na aplicação”. Palavra originada do latim “regula” ela, na Maçonaria é tomada como símbolo do infinito, eis que a linha reta não apresenta princípio e nem fim. Desta forma podemos tê-la como símbolo do

aperfeiçoamento constante, da retidão, da lei, da moralidade e do dever. Por isso a Maçonaria não impõe nenhum limite, é livre da investigação da verdade, e para garantir a todos

essa liberdade, ela exige de todos a maior tolerância.

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Maço representa a inteligência e a razão que tornam o Maçom capaz de dicertar o Bem do Mal, o Justo do

Injusto.

Utilizado para desferir golpes, tem relação com o lº Vig.’. cuja qualidade é a força e cuja missão consiste na transmissão de energia. E para transmitir aos instrumentos a força de impulsão necessária à execução do trabalho. O Maço é o poder, é a força. Qualquer que seja o sistema de impulsão adotado modernamente nos labores do homem, ele se deriva da idéia primitiva do golpe. O Maço é a ação.

A tarefa do homem na vida, em síntese, tem como fim a remoção e transformação da

matéria; toda ação humana se reduz a isso, quer no campo material, quer da esfera moral. Mover pedras e terras para a construção de um edifício; mover pensamentos e idéias, para a construção de um ideal; para mover pedras e terra é necessário a impulsão muscular; para mover e transladar idéias, é necessária a impulsão moral - ação, vontade, força espiritual.

Se, no plano físico, a Régua tivesse traçado as suas linhas e o Cinzel estivesse pronto para realizá-los na pedra, mas faltasse força no braço do Obreiro, o trabalho conciencioso da Régua e as qualidades de penetração do Cinzel de nada serviriam; a obra não seria realizada.

O Maço é a impulsão que leva para á frente, O Maço é a Energia.

Não devemos confundir o Malhete do Venerável Mestre com o Maço, porque o mesmo é o instrumento que o neófito dá as primeiras pancadas na pedra bruta, a qual representa o Homem sem instrução, áspero de caráter, por falta de conhecimento e que mais obedece aos seus instintos do que a razão.

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O cinzel é uma ferramenta pontiaguda com a qual se esculpem as pedras por mais duras que sejam,

dando-lhes forma e modelo. Corresponde ao 2º Vig.’., porque como este representa o elemento da Beleza, assim o

Cinzel é o instrumento com que o Maçom cinzela a pedra tosca, nela criando linhas superficiais e molduras, para o embelezamento do edifício.

Simbolicamente modela o espírito e a alma, de acordo com os mandamentos da Sabedoria. Representa as nossas faculdades morais e espirituais, subordinadas ao nosso saber e à nossa prudência. Sem o desenvolvimento dessas forças o Maçom não poderia agir no meio que o circunda, nem poderia dar feição à sua própria natureza.

Este Cinzel maçônico deve ter fio e têmpera capazes de um esforço grande e tenaz, isto é, o Maçom deve ter sentimentos generosos, mente sã, fé profunda, estoicismo e capacidade de sofrimento.

Desde que o homem começou a utilizar o cinzel foi, aos poucos, se aperfeiçoando em suas obras e puderam desta forma serem feitos: as construções, as esculturas e as gravuras.

O serviço do cinzel pode ser exemplificado pelas obras feitas pelos Egiptólogos a milênios de anos atras, tais como: as pirâmides, os artefatos da tumba do Rei Tut, a esfinge, o monólito egípcio que esta exposto no Museu Britânico, e a pedra Menfíta, que contem os mais antigos conceitos humanos, e outros.

O cinzel além de poder ser utilizado como ferramenta pode também ser um símbolo para se atingir a perfeição do ser humano, estando por exemplo nas mãos de obreiro que tenham bons princípios e costumes pode não ser construídas obras de grandes relevâncias.

Nós aprendizes, recebemos a pedra bruta, assim como os Egiptólogos, os escultores, etc., a recebiam para modelar suas obras.

Podemos assim iniciar na aprendizagem por bons princípios e costumes para atingirmos a perfeição, e

sermos úteis a humanidade. Deste modo, utilizando destes princípios podemos ter a honra de pertencer a esta augusta e salutar sociedade.

Bibliografia: - Revista O Prumo

-História da Maçonaria – Nicola Aslan

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A REUNIÃO DAS FERRAMENTAS

Contam os mais sábios que em uma certa oficina de carpinteiros houve uma vez

uma estranha reunião.

Foi uma Sessão econômica, promovida pelas ferramentas, com vistas a equalizar

suas diferenças, divergências naturais, decorrentes das características individuais,

porém fundamentais ao labor congregado.

O martelo exerceu a presidência da Sessão e o lápis o secretariou.

Na ordem do dia, os participantes notificaram o martelo que ele teria que

renunciar ao cargo. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava o

tempo todo desferindo golpes, como que em julgamento.

O martelo aceitou a culpa, no entanto, pediu que o parafuso também fosse

expulso da reunião, argumentando que ele dava muitas voltas para poder cumprir

com os seus objetivos. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas, por sua vez,

solicitou a exclusão da grosa e da lixa. Argumentou que elas eram muito ásperas no

tratamento com os demais e que suas intervenções eram abrasivas e desgastantes,

pois seu modo de atuar produz muito atrito.

Sem muitos argumentos, eles acataram a decisão, com a condição de que se

expulsasse o metro, que sempre avaliava os outros segundo a sua medida, como se

fora o único perfeito.

Nesse momento, o CARPINTEIRO entrou na reunião, juntou as ferramentas, a

madeira bruta, o lápis, para as devidas anotações e deu início ao seu trabalho.

Utilizou o martelo, a grosa, a lixa, o metro, e o parafuso.

Finalmente, aquela rústica madeira foi convertida em um polido e fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia retomou a ordem do dia e

reiniciou a discussão.

Foi então que o lápis, no ofício de elaborar a ata, atividade que reflete as

conclusões do metro, tomou a palavra e disse:

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Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, no entanto, o CARPINTEIRO

trabalha e constrói suas obras com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos.

Assim, não pensemos em nossos pontos fracos e concentremos-nos em nossos

pontos fortes.

A assembléia concluiu que o martelo deve ser firme e forte, por sua condição de

dirigente, o parafuso, precisa manter seus movimentos circulares, pois em seu giro

atua como elemento de ligação, unindo e dando consistência à obra do

CARPINTEIRO; a grosa e a lixa são especiais: a 1ª, tem a responsabilidade de

desbastar e tornar menos grosseira a madeira bruta; a 2ª, o ofício de polir e

aperfeiçoar tudo o que se encontra em estado imperfeito; já o metro, necessita ser

preciso e exato em suas intervenções, pois representa a medida, a convenção, a

regra.

A partir desse momento, as ferramentas sentiram-se como uma grande família,

capaz de levar a efeito, com sabedoria e perfeição, as ações do CARPINTEIRO.

Ficaram alegres pela oportunidade de trabalhar em conjunto e comungar um

mesmo ideal.

Estando tudo ajustado e perfeitamente de acordo, o lápis lavrou, no livro de

registros, o resultado da convenção, segundo os usos e costumes da Carpintaria.

Coincidentemente, esse fenômeno, também, se manifesta na vida dos seres

humanos. Basta, para tanto, observarmos e constatarmos os fatos.

Quando uma pessoa busca encontrar em outra somente defeitos, o ambiente

torna-se tenso e negativo. Ao contrário, quando se procura enxergar,

exclusivamente, os pontos fortes, o ambiente pode se tornar superficial. Porém,

quando desejamos, com coragem, prudência e justiça, valorizar os pontos fortes e

desenvolver positivamente os pontos fracos, o ambiente se revela harmonioso e os

trabalhos profícuos. Naturalmente, florescem as melhores conquistas humanas.

É fácil e perfeitamente humano identificar em outras pessoas defeitos, qualquer um

pode fazê-lo. No entanto, encontrar qualidades... bem, isto é um privilégio

reservado somente aos sábios!!!

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A SIMBOLOGIA DA RÉGUA

A característica primordial do símbolo é que, para ser interpretado, necessita de

intérprete. Cada interpretação se caracteriza pela sua individualidade, um mesmo intérprete pode ver em um símbolo uma, varias ou outras significações.

Os símbolos maçônicos se caracterizam por plena função. A maçonaria não lança mão daqueles símbolos que chamaríamos de símbolos mortos, como dogmas, apenas para exemplificar.

É o que é importante é que os símbolos Maçônicos, símbolos vivos, não possuem nem poderiam passar um sentido obrigatório, ou um sentido oficial.

Não é porque os rituais dizem que a Régua de 24 polegadas representa os vinte e quatro horas do dia que o pesquisador se deixa ficar nessa única interpretação que, diga-se de passagem, é a menos filosófica de todas as outras que se possa tirar desse símbolo maçônico, a interpretação das 24 horas vem de longe, o Mestre indaga como é que essas 24 horas são gastas; Seis horas de trabalho. Seis horas para servir a Deus, Seis horas para servir os amigos ou irmãos e Seis horas para repousar e recuperar as energias, sem prejuízo para mim ou para a família.

Certa vez em tempo de estudos ouvi o seguinte ensinamento, " A régua era usada pelos Maçons Operativos para medir e delinear os trabalhos, medindo também o tempo e esforço a despende, como, porém não somos operativos, mas LIVRES E ACEITOS ou especulativos, empregamos a Régua assim dividida, porque ela nos ensina apreciar as 24 horas em que está dividido o dia, induzindo-nos a empregá-las com critério na meditação, no trabalho e no descanso físico e espiritual."

A maçonaria é uma verdadeira escola de aperfeiçoamento; tudo o que ela exige e que o Maçom busque o seu melhoramento intelectual e moral, se o aprimoramento intelectual é mais difícil para uns e mais fácil para outros, dependendo da base de estudo que cada um tenha, o mesmo não acontece com o aperfeiçoamento moral que depende muito mais da força de vontade de cada qual, do que qualquer outra coisa.

Ora, a Régua é reta, tem que ser obrigatoriamente reta, nada melhor que ver nela a simbologia da retidão, isto é, do procedimento estruturado sobre a moral, sobre a ética. E esse aperfeiçoamento do maçom, há de se espelhar nas suas obras, nos seus atos, no seu proceder.

Podemos dizer que a meta principal, o fim a que se propõe o maçom é a busca da virtude. Vemos ainda na simbologia da Régua o cumprimento do dever, e esta

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dedução se estriba exatamente sobre a retidão de caráter. Se o homem é honesto, é direito, como se costuma será cumpridor de seus deveres.

Para terminar, A régua a ordem moral; a ordem que é essencial para a boa marcha

das sociedades; uma vida maçônica sem apostasias.

A TROLHA

Trolha, do Latim Trullia, variante de Trulla: colher pequena, conhecida como colher de pedreiro, instrumento de trabalho de formato triangular, essencialmente construtivo, com empunhadura pelo centro = coração = centro do Templo Divino.

Utilizada sua parte superior como condutora da argamassa ou alimento que estrutura, forma e sustenta o templo material e espiritual = o pão nosso de cada dia: “Este é aquele pão que vem do Céu; não da forma como seus pais que comeram maná e estão mortos. Aquele que comer deste pão viverá para sempre.”- São João VI:58.

A argamassa simboliza o amor fraterno, compreensão, tolerância, vontade, dedicação, perseverança, conhecimento e perdão que unem e harmonizam todas as pedras, tijolos ou maçons, mantendo a individualidade ou consciência de cada um exatamente como foram concebidos, ou melhor, arquitetados, visto que a trolha é jóia do cargo de arquiteto = encarregado da montagem do templo.

A parte inferior da trolha, uma vez aplicada à argamassa, é utilizada para aplainar, desempolar e alisar, corrigindo imperfeições e formando um só todo harmônico, justo e perfeito. É símbolo do perdão: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”- Mateus VI:12. “Não julgueis, para que não sejais julgados”- Mateus VII. “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” Mateus VII:12. Nestas declarações observamos um reconhecimento da Lei do Karma, ou seja, Lei da Causa e do Efeito, pois que “A semeadura é livre, porém a colheita é obrigatória”.

Errar é humano, divino é consertar o erro. Corrigir as ofensas, mas perdoar os ofensores, como os médicos que tratam a doença sem se zangarem com o doente. Não é que perdoar seja Divino, pois Este não é atingido, porém corrigir é verdadeiramente Divino, e aqui entendemos a aplicação das partes laterais da trolha. Muito mais nobre e Divino que perdoar é recuperar o pecador ou infrator. Tratando os males dos outros = próximos, curamos os nossos próprios, como o famoso enunciado de Hipócrates “Similia Similibus Curentur”. Passar a trolha é esquecer as ofensas, as injúrias e as injustiças ou mais do que isso, aplainar as diferenças com a argamassa Divina. Utilizamos a ponta da trolha para esculpir, modelar ou detalhar a construção do templo, “Há coisas que ainda não são verdadeiras, que, talvez, não tenham o direito de ser verdadeiras, mas que o poderão ser amanhã”- Carl G. Jung.

Portanto, ou vivemos como Companheiros, ou como Companheiros morreremos; a morte do velho homem propicia o nascimento do regenerado Homem Novo, que se torna digno de

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contemplar o sol resplandecente da verdade, voltar e adentrar ao “Oriente”, pois juntos permaneceremos nesta nossa escalada evolutiva rumo à perfeição ou ao aperfeiçoamento

de nosso Templo Divino e, já que fomos concebidos e criados pelo G∴A∴D∴U∴ à sua imagem e semelhança, estamos permanentemente em movimento, eis que somos eternos e vivos, mantemo-nos atraídos pelo nosso centro real de calor e luz, o Santo dos Santos = nosso Coração, morada do amor, fonte da vida e da sabedoria.

O Rito Moderno ou Francês utiliza a trolha na quinta viagem da elevação.

Observamos por todos os lugares no Oriente, berço das diferentes religiões, que, com símbolos e alegorias diferentes, reproduzem a mesma idéia, ou seja : “Um deus, um ente supremo ou homem extraordinário é morto para depois recomeçar uma vida gloriosa; permanece a memória de um grande acontecimento trágico, um crime ou transgressão que submete o povo na tristeza e lamentação, a que logo sucedem regozijos entusiasmados”- Pierson.

Interpretamos que montanhas, morros, picos, ou seja, as partes mais altas e perfeitas da natureza simbolizam estados alterados da consciência, provocando a elevação da consciência e a sua iluminação plena, pois que suposto é a aproximação com o Divino. No presente caso, temos que a trolha é símbolo da atividade constante de todo Maçom na aplicação dos preceitos Divinos de todas as religiões, expressos nos Livros das Leis, sobretudo na Bíblia Sagrada o Pentateuco do Velho Testamento (“Não fazer ao próximo o que não quiseres que a ti seja feito”) e o Sermão da Montanha do Novo Testamento (“Amar o próximo como a ti mesmo”).

A trolha é de uso obrigatório nas Sessões de Conselho de Família, ou Tribunal de Conciliação, onde, e sobretudo, a empunhadura e todo o simbolismo supra especificado é amplamente utilizada em todas as suas diferentes partes, formando um todo que é um tudo onde explicitamente o homem

Maçom manifesta sua imagem e semelhança com o seu Criador, O G∴A∴D∴U∴.

A crítica faz inimizades que podem perdurar séculos, mas o amor fraternal faz Companheiros sinceros para a eternidade. Quem censura os Companheiros em canteiros, não encontrou o Mestre no coração para mostrar-lhe o Oriente resplandecente de Luz.

Obs.: Não se deve confundir os termos trolhar com telhar, ou trolhamento com telhamento, pois que esta é a denominação aos exames de Toques, Sinais e Palavras que se referem à cobertura ou proteção do Templo, e cobertura é feita com telhas, que formam o telhado, e jamais com trolhas.

Bibliografia: Ir.’. Antonio L. M.

Dicionário de Maçonaria – Joaquim Gervásio de Figueiredo

A Simbólica Maçônica – Jules Boucher

Antiga Maçonaria Mística Oriental – Dr. R. Swinburne Clymer

Grau do Companheiro e Seus Mistérios – Jorge Adoum

Bíblia Sagrada – Traduzida em português por João Ferreira de Almeida

OBS: Este trabalho nos foi enviado pelo Ir.’. Antonio Carlos de Souza Bastos, o qual nos informou ter apresentado o mesmo em loja.

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A UNIÃO FRATERNAL A irmandade resultante das afinidades morais e espirituais é tão legítima, ou mais ainda, quanto à devida aos

laços de sangue. Decorre aquela de uma opção livre, enquanto a última é apenas biológica.

A união fraternal, como cantada no Salmo 133, assume, sobretudo, conotações místicas, não no sentido popular, de mistério ou magia, mas de representação da própria essência de nossos mais elevados pensamentos e do conhecimento total das belezas, dos poderes e das bênçãos da existência. O homem místico é capaz de ver um Poder Supremo em todas as coisas da Natureza.

Ao ouvir a leitura de tal Salmo, portanto, espera-se que todos os obreiros, na sessão ritualística, se compenetrem de que recebem uma mensagem divina, de que o Templo se encontra impregnado de vibrações de Luz, Paz e Amor e de que o Orador, ao lê-lo, se encontra revestido de sua auréola mística e sacerdotal.

Sacerdote, aqui, nada tem de clerical ou eclesiástico. Toda e qualquer pessoa, homem ou mulher, que tenha em si o Espírito de Deus, conscientemente, é um sacerdote de Deus, isto é, um homem sacro. E, o que ele declara em nome de Deus é a declaração do próprio Deus.

Oh, quão bom e quão suave é viverem os irmãos em união!

Esta frase convida todos os Maçons, dentro do Templo, a vivenciarem a alegria de estar fraternalmente unidos. Tal união transcende os limites das pessoas físicas presentes aos trabalhos, revestindo-se das dimensões místicas acima citadas, pelo grande alento e conforto espiritual que propicia.

A exemplo do que fazem os rosa-cruzes, com os quais temos histórica e doutrinariamente muitos pontos de contato, desde Elias Ashmole, podemos chamar a essa união de Egrégora. Seria ela uma assembléia, que nos poria em contato com um campo de energia cósmica, congregando todos os Maçons, não só os objetivamente presentes à sessão, como também espalhados pela superfície da Terra, aos quais estamos vinculados pela solidariedade, e aqueles que já partiram para o Oriente Eterno, aos quais estamos ligados pela continuidade histórica. Todos eles, subjetivamente, se fazem presentes em nossos ideais.

Um estado de consciência

A Egrégora pode ser considerada um nível de expansão de nossos estados de consciência, colocando nossas almas em ressonância com a Grande Alma Universal e com todo o potencial de força e sabedoria que ela contém.

Se para a mente humana é difícil conceber, de modo abstrato, um campo de energia cósmica, podemos o visualizar em nossa tela mental o Templo de Salomão, tão simbólico a nós, albergando em seu seio todas as pessoas que convergem seus ideais para a elevação moral e espiritual da Humanidade.

Por isso, para se alcançar o plano de consciência compatível com a elevação que nos permita receber os benefícios do Cósmico, devemos ter, antes de adentrar ao Templo, a preparação vibratória necessária. Daí a exortação que nos faz o Mestre de Cerimônias, para que nossos pensamentos exprimam fraternidade, humildade e purificação da poluição de nossa mente, afetada pelos embates da vida profana. A elevação de nossa consciência ao Templo de Salomão nos põe em comunhão com a sabedoria e união fraternal que ele simboliza, no plano místico. Sob a proteção da Egrégora, ademais, ficamos a salvo de qualquer tipo de influência negativa que possa se exercer sobre nós, enquanto estamos nesse estado de consciência.

É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão e que desce sobre a gola de suas vestes.

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A evocação do óleo sagrado que unge o sacerdote nos faz cientes da missão sagrada, sacra, sacerdotal de cada Irmão, quando nos reunimos em Loja, transformando-nos em homens abençoados e ungidos.

Ungir significa untar com óleo, mas, simbolicamente, quer dizer purificar, ser permeado pelo Espírito de Deus. Tanto é assim que Jesus de Nazaré representa, para nós, o Cristo, o Ungido de Deus. O mesmo sentido de purificação encontramo-lo na expressão "extrema unção".

Vemos, assim, quão grande é nossa responsabilidade, particularmente em Loja, pois a fraternidade que nos une exige de nós a postura de quem recebe em si o Espírito de Deus, de quem é convidado a tornar-se um "sacerdote", cumprindo a missão divina de ser um obreiro na construção do Templo da Humanidade.

É como o orvalho de Hermon, que desce sobre os montes do Sião, porque ali o Senhor ordenou a bênção, a vida para sempre.

Comparar a união fraternal com o orvalho significa que este representa o refrigério para o causticante calor das paixões que nos abrasam, filhas do nosso egoísmo, de nossas imperfeições naturais, que só unidos podemos vencê-las.

A vida para sempre, outra alegoria, da irmandade vivendo em união, é a vida eterna, ou seja, a vida do espírito, constituindo a vivência mística, em cuja crença repousa, segundo o Landmark nº 20, a condição fundamental para que se pertença à nossa Sublime Instituição.

Um "corpo estranho" no Templo

Se o Irmão não se preparar mentalmente para integrar a união fraternal, estará apenas presente fisicamente aos trabalhos. Mas, não fará parte da Egrégora. Será, tão somente, uma "presença amorfa", um "corpo estranho" no Templo. Ninguém entrará em sintonia vibratória com ele, que pouco se beneficiará da sessão, bem como pouco contribuirá para a elevação do clima espiritual que deve reinar no Templo, dentro do esoterismo maçônico.

ESTE TRABALHO NOS FOI ENVIADO POR E-MAIL E POR SER UM TRABALHO DE MUITA QUALIDADE O INCLUIMOS EM NOSSO MATERIAL DE PESQUISA. O MESMO FOI ELABORADO PELO IR.’. José Cássio Simões Vieira A QUEM LHE ESTENDEMOS OS MAIS SINCEROS PARABENS POR TÃO BELISSIMO TRABALHO.

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VIGILÂNCIA E

PERSEVERANÇA Na parede, próximas a lâmpada, em posição destacada, duas palavras chamam a atenção

do postulante: vigilância e perseverança.

Estas duas palavras são una mensagem que o postulante deve receber de parte da

maçonaria, na qual ele é concitado a manter, quando for recebido maçom, una vigilância

constante e una atenção aguçada para aprender, através de acurada investigação, todos os

sentidos dos diversos símbolos com que lhe será dado deparar.

Este conhecimento é que fará dele um perfeito maçom, e que lhe dará possibilidade de,

conscientemente , trabalhar na construção

Do templo simbólico a que todos os propomos para a maior glória do grande

arquiteto do universo. Só o conhecimento profundo das finalidades da ordem maçónica

possibilitar-nos-á “elevar templos á virtude e cavar masmorras ao vício”, mas um tal

conhecimento não depende apenas de vigilância, nessecita também, para a sua completa

aquisição, de uma férrea e inabalável perseverança.

VITRIOL Ainda em destaque há uma outra palavra sobre a parede, escrita em letras maiúsculas:

VITRIOL. As letras desta palavra são as iniciais da frase latina: “Visita Interior a Terra e

Retificando que, Invenies Ocultum Lapidem”, ou seja: Visita o interior da terra e nele

retificando encontrará a pedra oculta.

Eis ai um convite que a Ordem Maçônica faz ao Postulante para no silêncio e na meditação,

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pesquisar em sua própria alma todos os ex-caminhos, todas as miudências, a fim de

encontrar o pr6prio “EU”, o mais profundo do ser, o homem verdadeiro que habita no coroo

material, Este, o EU interior, o homem verdadeiro é a “pedra oculta’ de cujo conhecimento

todos nós temos necessidade! Ela está ‘no interior da terra”, isto é, dentro de nos mesmos,

no mais íntimo de nosso ser, no mais recôndito de nossa alma e para encontrá-la devemos

agir “retificando’ os nossos pensamentos, os nossos costumes, nossos vícios e a nossa moral!

VISÃO DO APRENDIZVISÃO DOO APRENDIZVISÃO D APRENDIZ Com esta parábola, quero reportar a vida profana, onde constantemente ouvimos afirmações

distorcidas sobre a Maçonaria. Somente quem vive, participa, e começa a conhecer um pouco mais, sabe o quanto são pobres de espírito aqueles que assim afirmam. Quando se é admitido a participar dos trabalhos da Instituição Maçônica, a maneira como foi desenvolvida a ritualística permitiu-se sentir a beleza e a seriedade do ato que acabava de colocar-me como centro das atividades transcorridas. Uma nova luz em mim começava a ficar acesa, tão acesa quanto as três chamas que brilham em todas as sessões da Loja?

A Maçonaria como instituição de homens escolhidos dentre os que são livre e de bons costumes, ligado por sentimento de pura fraternidade, caracteriza-se pela obediência as Leis e aos princípios maçônicos e como APRENDIZ, rogo ao Grande Arquiteto do Universo que me de luz e força neste início de caminhada e também para que nos ajude a sair do obscurantismo do mundo profano para o verdadeiro universo de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

E nós como Aprendiz desses ensinamentos, devemos ser agentes ativos na captação e sobretudo no cumprimento de nossos deveres maçônicos para com Deus, a Família e a Pátria.

A Sociedade humana, continuadamente sofre as transformações tecnológicas, o avanço da ciência está presente em todo o momento, e neste universo está o homem. O homem maçom é parte ativa e integrante dessa sociedade em transformação porém através de um analise auto introspectiva, indagamos, o que podemos colaborar ou que temos feito nesse sentido?

Entendemos que a missão da Maçonaria consiste em dar a plena consciência de si mesmo, mostrando-lhe, depois de lhe facilitar os meios de transformar a sua pedra bruta em pedra polida, o papel que ele poderá desempenhar dentro do mundo que, a olhos vistos, caminha a largos passos para um porto seguro, acolhedor da fraternidade universal.

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A Maçonaria, através dos séculos, vêm transformando-se e adaptando-se as realidades de cada

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momento, das sociedades em que está inserida, buscando dessa forma uma aproximação e participação ativa nas mudanças necessárias para a melhoria da qualidade de vida do homem.

Verificamos que o espírito maçônico sempre existiu nos maçons que sentem a beleza da doutrina e do idealismo da Maçonaria, pois este não se transmite pela entrada na Maçonaria esse espirito se adquire e se adquire lentamente, Desenvolve-se e firma-se nela assiduidade á loja e a convivência com os bons maçons; pelo cultivo sério e perseverante do simbolismo maçônico.

A Maçonaria realmente vivida o manifesta-se pela forma que lhe e peculiar e própria, isto é, pelo amor ao próximo e por uma atuação verdadeiramente benéfica sobre a personalidade humana. Em consequência, deve estimular todas as faculdades do APRENDIZ, indicando lhe que a Moral não deve permanecer estéril nem o Amor Frio; que a Razão não pode submeter-se a futricas nem a inteligência ao cálculo. E da vida cotidiana, expulsar-se o tédio, com a prática do silêncio, o Maçom coloca em prática o seu juramento do ”mais absoluto sigilo”. Isto porque tudo que ouvir, entrará no mais profundo do seu ser,” aprender a calar e aprender a pensar e meditar “, e, através do estudo interior, com meditação, o Maçom encontrará o caminho da verdade.

Esta verdade que é a luz chega ao Aprendiz somente com uma réstia, pois o Aprendiz está na coluna do norte, que a parte menos iluminada, porém o suficiente para caminhar em linha reta, horizontalmente, com passos decididos a caminho do ORIENTE, ou seja alcançar o pri-meiro degrau da escada de Jacó.

Em resumo, o espírito Maçônico indica o Conhecer-se a Si Mesmo, como princípio de

sabedoria; a Ser Senhor de Si mesmo, com manancial de força; e a Enobrecer-se desinteressadamente, como fonte de Beleza.

Finalizando, quero ressaltar que, para não tornarmos como o homem da parábola, devemos

como principiantes maçons, estudar o Manual do Aprendiz, e realizar o maior possível de leituras que abordam assuntos de formas diferente. Naturalmente que de várias obras e autores faremos a leitura crítica para extrairmos a nossa “visão” ou concepção, segundo, também, nossa forma de ver e interpretar as coisas, pois ninguém é dono da verdade.

Se quisermos crescer e ter uma união justa e perfeita sob a tríade: LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, não é difícil. somente assim teremos honrado nossa Instituição.

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ACLAMAÇÃO

De acordo com o dicionário Aurélio, é definida como:

- Ato ou efeito de aclamar; ou ação;

- Manifestação da ascensão de um soberano ao trono;

- Testemunho prova, manifestação.

Aclamação, segundo o dicionário da maçonaria, é definida como:

Interjeição solene que, em certos Ritos, acompanha o Sinal e a Bateria do Grau quando da abertura e do encerramento dos trabalhos.

Segundo José Castellani, a aclamação, nos Ritos que a possuem, deve ser feita em altos brados. Esclareça-se que o correto é aclamação e não exclamação, como consta de alguns rituais.

Aclamar é levantar clamor, é bradar aplaudindo, é proclamar a soberania.

Através de algumas pesquisas tentaremos escrever sobre as palavras utilizadas como aclamação nos diversos Ritos.

No Rito Escocês Antigo e Aceito é Huzzé ! Huzzé ! Huzzé ! ;

No Rito Moderno ou Francês é Liberdade ! Igualdade ! Fraternidade ! ;

No Rito Adonhiramita é Vivat ! Vivat ! Vivat ! ;

No Rito Brasileiro é Glória ! Glória ! Glória ! ;

No Rito York não existe a aclamação ;

No Rito Schroeder não existe a aclamação.

A aclamação tem um sentido mais esotérico, seja no início, no final dos trabalhos ou no momento oportuno; trata-se de proferir em voz alta, de forma uníssonas, determinadas palavras. Aclamação tem a finalidade de “criar “ vibrações fortes destinadas a suprimir as vibrações negativas existentes. Na Loja Maçônica o V:. M:. “comanda “, no início dos trabalhos através destas palavras preparando o ambiente espiritual, afastando os resquícios de vibrações negativas trazidas para dentro do Templo pelos IIr :., ao término dos trabalhos, é exclamado novamente estas palavras, com a finalidade de “aliviar “ tensões surgidas durante os mesmos, quando algum Ir :. trouxer vibrações negativas, recalcitradas dentro de si, bem como, fortalecer os IIr :. com a energia positiva adquirida durante a sessão para que eles levem-na consigo ao deixarem o Templo.

Essas palavras provocam a expulsão do ar impuro, é substituído pelo “Prana “que se forma no Templo, harmonizando assim, a todos numa escala única, num nível salutar, capacita o Maçom a receber em seu interior as benesses da Loja.

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Dando continuidade as explicações vemos que desde os tempos mais antigos era comum entre egípcios , hebreus e outros povos, o uso de sons vocálicos ( mantras ), que têm a finalidade de despertar e estimular os vários centros psíquicos do nosso corpo.

Dando continuidade as explicações vemos que desde os tempos mais antigos, era comum entre os egípcios, e hebreus e outros povos, o uso de sons vocálicos (mantras), que têm a finalidade de despertar e estimular os vários centros psíquicos do nosso corpo.

Na igreja católica, "cantos gregorianos", cujas entonações de vozes com notas musicais prolongadas agem como verdadeiros mantras, nos dão uma sensação de paz interior e felicidade, principalmente sincronizados e concentrados nos sons musicais emitidos pelo coral.

Há séculos os rosa-cruzes utilizam os sons vocálicos com o objetivo de se harmonizarem com as leis cósmicas e de agirem positivamente sobre os Ser físico, psíquico e espiritual.

Origem dessas Palavras nos diversos Ritos:

REAA

A palavra de aclamação é HUZZÉ! HUZZÉ! HUZZÉ! a qual segundo é Rizzardo da Camino, em seu livro "Simbolismo do Segundo Grau", a palavra HUZZÉ é de origem hebraica e significa Ciência, Justiça, Trabalho.

A grafia em árabe é HUZZA, nome dado a uma espécie de Acácia consagrada ao sol como símbolo de imortalidade que tem como significado Força e Vigor. Os antigos árabes serviam da palavra HUZZA nas suas aclamações já que é também um dos nomes de Deus em sua língua.

Os árabes transmitiram as palavras aos ingleses que, por sua vez, a transmitiram aos franceses. Então, já com novo significado: "Viva o Rei!"

Segundo Jules Boucher, em seu compêndio "Le Symbolique Maçonique" temos que: HUZZÉ (HUZZA) significa grito de alegria dos maçons do RE que significa “Viva o Rei”. Assim, os maçons manifestavam sua alegria e patriotismo.

Vimos que a palavra HUZZA foi transmitida pelos árabes aos ingleses. Como é sabido a vogal "A" em inglês é pronunciada "ÊI". Os maçons ingleses escrevem "HUZZA" e pronunciam "UZÊ".

Os maçons franceses, para não mexer numa tradição secular, ou seja, manter sua língua-materna inalterada, alteraram a grafia para conservar a pronúncia.

Em francês, o acento agudo fecha o som do "E", com isso os maçons franceses escrevem "HUZZE" mas a pronúncia se mantém inalterada ("UZÊ").

No Brasil, quando da elaboração dos primeiros rituais, a palavra foi transmitida do francês, sem entretanto fazer menção a pronúncia. Com isso, o acento agudo que em francês fecha o som do "E", abre em português. Devido a isso, nós pronunciamos erradamente, já que talvez por descuido, quebramos a tradição, passando a pronunciar com o som do "E" aberto, ou seja, "HUZZÉ". Talvez o mais correto, como os franceses o fizeram, seria alterar a grafia para "HUZZE", conservando assim a pronúncia com o "E" fechado.

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Moderno ou Francês

Segundo o Ir :. José Castellani, a aclamação original do rito era "vivat, vivat et in aeternun vivat" e que a partir do final do século XIV é que passou a ser Liberdade! Igualdade! Fraternidade!, sendo essa trilogia adotada em toda a França, mesmo em outros ritos.

Acreditou-se, durante muito tempo, que o Ir :. Louis-Claude de Saint Martin teria sido o autor da fórmula "Liberdade, Igualdade, Fraternidade". Na verdade, não foi a Maçonaria a inventar esse ternário, mas a República Francesa de 1792. Respeitadora do poder público, a Maçonaria Francesa adotou em 1849, na época da II República, esta aclamação que figurava nos papéis do novo Estado.

Todavia, como a expressão Liberdade, Igualdade, Fraternidade tem sido adotada como divisa pelo REAA, torna-se necessário que as mesma sejam explicadas, maçonicamente, as palavras que compõem a famosa trilogia para que o maçom conheça o seu verdadeiro significado. Para os maçons, a Liberdade não é a ilusão encerrada nas leis, porém, a nossa libertação da ignorância, do erro no qual elas nos mantém, do domínio das paixões que nos degradam e nos levam até o nível dos brutos.

A Igualdade, para os maçons, consiste na consideração racional de que todos os seres somos emanações distintas em aparência diferentes de um único princípio gerador; é, ao mesmo tempo, resultante de nossa vontade e de nosso raciocínio, pelo impulso que nos move a nos pormos a nível com os princípios imanentes da Eqüidade e da Justiça aceitos pela razão ilustrada e reclamados pelos vínculos sociais que são necessários para a vida do homem civilizado e seu progresso.

O sentido de Fraternidade desenvolve-se no Iniciado de maneira natural e espontânea, como conseqüência direta do conhecimento de um fato indiscutível, que é ensinamento fundamental maçônico, de que o gênero humano é uno, filho, manifestação ou emanação de um único Pai, o princípio gerador da vida, e de uma única Mãe, a Terra, de onde todos os seres saíram e que a todos alimenta e sustenta até o seu fim aparente, e que as diferenças de raças e de religião, são unicamente manifestações da influência de climas e costumes que revelam a múltipla manifestação da vida, mas que nada retiram do princípio fundamental a sua origem.

Adonhiramita

Como o rito Adonhiramita é de origem francesa, bem como o RE , a aclamação Vivat! Vivat! Vivat! nada mais é do que a tradução de HUZZÉ! HUZZÉ! HUZZÉ! que significa Vida! Vida! Vida!. Portanto, o significado é tal qual o do REAA.

A pronúncia correta do Vivat! é [vívat] devido a origem da mesma ser do latim e não [vivá] como algumas Lojas do Nordeste e do Sul o fazem devido a um equívoco achando que a palavra é de origem francesa pelo Rito ter a sua origem na França.

A aclamação é acompanhada pelo estalar dos dedos, primeiro no ombro esquerdo, depois no direito e por último acima da cabeça em formato triangular.

Rito Brasileiro

No Rito Brasileiro foi escolhido uma palavra muito similar, isto é, com o mesmo significado de viva, ou seja, GLÓRIA ! GLÓRIA ! GLÓRIA !, apenas para dar peculiaridade ao rito, para não se dizer que copiou de outro rito.

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Este Rito Brasileiro de que estamos falando, é o que tem Tratado de Amizade e Reconhecimento com o Grande Oriente do Brasil, mas, existe, todavia, outro Rito Brasileiro que nasceu da dissidência de 1973 e que tem séde na cidade de Cataguases, no Estado de Minas Gerais. Este Rito dá sustentação de Altos Graus à COMAB, isto é, dos Grande Orientes Independentes do Brasil, o qual tem outra aclamação que é PÁTRIA ! ORDEM ! FRATERNIDADE !, cujo significado também é de viva, sendo diferente apenas para se diferenciar do Rito Brasileiro praticado pelo GOB.

O poder da palavra

As vibrações que se formam pelas vozes de muitos, atingem a todos, proporcionando os benefícios necessários para a ocasião. Para reforçar o poder que as palavras exercem, mencionamos algumas aclamações a seguir :

AMÉM

Adjetivo verbal hebraico e significa fiel, certo. Era muito usada, e ainda é, como partícula para significar o assentimento às palavras do interlocutor, principalmente no fim das orações quando um rezava em nome de todos. Também, pronunciada individualmente ou em conjunto, emite vibrações positivas e de aprovação.

ÔM

Na prática da Ioga, este som é considerado o som do Universo. É a palavra criadora e é emitida em grupo ou individualmente, com a finalidade de invocar a presença da Força Maior, da Energia Suprema para purificar o Ser.

ALELUIA

É muito comum esta aclamação que, como tantas outras, também libera energia e demonstra alegria pela invocação de algum fato positivo.

Conclusão

Vimos o poder, vibração e energia que emana destas palavras, principalmente se pronunciada com união, entusiasmo e, principalmente com o conhecimento. É importante você saber o que fala. Se você tem o conhecimento do significado da palavra ( HUZZÉ; LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE; VIVAT; GLÓRIA; AMÉM; ALELUIA; e outras), e ao pronunciá-la empregar este conhecimento, isto é, elevar o seu pensamento a seu significado, e daí, pensar e emitir o seu pensamento através da vibração do som, com certeza, neste momento você se comunicou com a Força Maior, ou você atingiu seu objetivo ou você usou a sua fé.

Quando falamos da necessidade do conhecimento do significado das palavras porque o nosso pensamento também tem poder. É vida. Não basta apenas emitir o som. É necessário emitir também a vibração celular, pois se cantarmos o mantra “paz, paz, paz” criando cenas de guerra em nossos pensamentos, qual seria o resultado?

O importante é que sempre pronunciemos a aclamação em voz alta, mas também em nossos pensamentos, pois com isso as vibrações que se formam pelas vozes trarão para dentro da Loja e para nossos corações a presença forte do G.A.D.U.

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Biografia

Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom - José Castellani

Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia – Volume I – Nicola Aslan

Dicionário de Maçonaria – Joaquim Gervásio de Figueiredo

A Simbólica Maçônica – Jules Boucher

Revista "A verdade" de novembro e dezembro de 2000

Revista “ Trolha “ de 03/93 e 03/95

Apostilas dos ERACs

Akhenaton O Faraó Monoteista.

Evolução Histórica do Egito- Por volta de 5000 antes de Cristo os povos do Egito viviam ao longo do vale do Nilo,

organizados em pequenos agrupamentos chamados nomos, cada qual com seu chefe. Os nomos do Norte e os nomos do Sul acabaram formando dois reinos rivais entre si, o do Alto Nilo (vale) e o do Baixo Nilo (delta).

Cerca de 3000 antes de Cristo esses dois reinos foram unificados por um príncipe do Alto Egito, Ménes, intitulado Faraó, tornando-se a suprema autoridade do país, rei e deus ao mesmo tempo.

A partir de Ménes a história do Egito se desenrolou cobrindo aproximadamente 3000 anos, dividida segundo as várias dinastias de reis, em três períodos conhecidos por Antigo Império, Médio Império e Novo Império.

Antigo Império – de 2800 a 2200 antes de Cristo, da I a VI dinastias: teve por capital Mênfis na

abertura do delta. Nesse período os egípcios apenas transpuseram suas fronteiras em busca de matérias-primas que não possuíam, como ouro (Núbia), cobre (Sinai), madeira de cedro (Líbano). O Antigo Império terminou em consequencia do rompimento da unidade política, causado pelo enfraquecimento da autoridade do Faraó, por lutas entre vários nomos em disputa de poder, por agitações internas.

Segui-se um período intermediário que durou cerca de 150 anos (da VII a X dinastias).

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Médio Império – de 2050 a 1750 antes de Cristo, da XI a XII dinastias: príncipes do Alto Egito

restauraram a unidade política do Império, transformando Tebas em capital do país e dando ao mesmo uma administração sólida e grande prosperidade. O Médio Império se dissolveu em conseqüência de novas agitações políticas internas que enfraqueceram o país, permitindo fosse invadido pelos Hicsos, povo semita, nômade de origem asiática. Dominaram facilmente a região do delta, graças ao seu poderio militar, possuindo armas muito eficientes e carros de combate puxados a cavalo. Com a ocupação do Baixo Egito pelos Hicsos começou o segundo período intermediário, que durou aproximadamente 150 anos (da XIII a XVII dinastias).

Novo Império – de 1580 a 1090 antes de Cristo, da XVIII à XX dinastias: mais uma vez

príncipes do Tebas, no Alto Egito, restabeleceram a unidade do império. Os Hicsos foram expulsos e os egípcios, sob Tutmósis III e Ramsés II, expandiram-se territorialmente, assegurando com isso ao país uma fase de extraordinária riqueza e prosperidade. Todavia novas agitações internas e novas ondas de povos invasores provocaram o declínio do Império Egípcio, que entrou em decadência e foi conquistado pelos Assírios (670 antes de Cristo). Após breve reerguimento – Renascença Saíta – sob os príncipes da cidade de Saís, que expulsaram os Assírios, o Egito foi conquistado sucessivamente pelos Persas (525 antes de Cristo), pelos Gregos (332 antes de Cristo) e pelos Romanos (30 antes de Cristo).

Faraó. O Faraó para seus súditos era filho de deuses e deus ele próprio. Tinha poder absoluto,

dispensava justiça, era o administrador supremo do país. Com a ajuda de funcionários por ele escolhidos, zelava pela unidade e pela defesa do Império.

Sacerdotes. Formavam a camada mais culta do país; encarregavam-se das cerimônias religiosas e da

transmissão da cultura; constituíram uma classe extremamente poderosa e rica, sobretudo durante o Novo Império, quando os templos receberam grandes extensões de terras e parte das riquezas conquistadas a outros povos.

Religião. Os egípcios eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses, alguns representados por

cabeças de animais. Cada cidade tinha seus deuses particulares e, quando se tornava capital do Império, esses deuses passavam a ser adorados em todo o Egito.

No Antigo Império adorou-se Rá, Deus sol, e seus descendentes Osíris, Deus da morte, com a

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sua esposa Ísis e seu filho Hórus. Os Faraós intitulavam-se filhos de Rá. Durante o Médio e o Novo Império adorou-se Amon, protetor da cidade de Tebas, que passou a chamar-se Amon-Rá.

Akhenaton. Voltemos à 18ª dinastia. O Faraó Amenófis III morrera e seu filho adolescente conquistava o

poder do Egito. Em pouco tempo elevou Aton, o deus-sol, como o supremo deus criador. Ele e sua célebre rainha, Nefertiti, investiram contra a arraigada estrutura religiosa do Egito. Esses

soberanos, conhecidos como “Faraós do Sol”, desencadearam uma revolução religiosa sem cuidar da continuidade e expôs o Império egípcio à ameaças militares externas.

Desconsideraram antigos deuses venerados por sacerdotes poderosos, deixando-os tão furiosos que ajudaram os Faraós posteriores a destruir as estatuas e os templos de Aton.

Desse modo, Amenófis IV mudou seu nome para “Akhenaton – o que bem serve a Aton”, e elevou Aton acima de todos os outros deuses do panteão egípcio – até mesmo acima de Amon, que por centenas de anos prevalecera em Tebas como deus soberano. E o Faraó também abandonava Tebas para construir uma nova capital. Em 1348 antes de Cristo, as margens do Nilo, esse Faraó ergueu Akhetaton “origem de Aton” uma belíssima cidade para “Aton, seu único deus”, hoje conhecida como Amarna..

Akhenaton, Nefertiti e o Faraó-menino Tutankhamon tiveram um reinado breve. Governaram apenas 17 anos e pouco tempo depois da morte de Akhenaton, em 1336 antes de cristo, a velha ortodoxia estava restaurada e os inimigos deles rapidamente despedaçaram suas estátuas, demoliram seus templos e trataram de apagar dos registros históricos do Egito, tudo o que testemunhassem a sua existência.

Segundo Rita Freed, egiptóloga do Boston Museum of Fine Arts, “poderíamos compará-lo ao líder de uma seita religiosa. Os especialistas continuam a debater sobre a possibilidade de ele ter sido o primeiro líder monoteísta do mundo. Akhenaton insistia em um deus supremo, um criador onipotente que se manifestava à luz do Sol. Mais: via a si mesmo e a Nefertiti como extensões desse deus e, portanto, também dignos de veneração”.

Na verdade, esse pensamento de endeusamento havia começado com seu pai, Amenofis III, que reinou por 37 anos numa era de esplendor. Usou ele a riqueza do império para construir um conjunto de monumentos sem precedentes em Karnack e Luxor, centros religiosos do deus Amon, o patrono de Tebas. Depois que essa cidade recuperou o controle do Egito, por volta de 1520 antes de Cristo, Amon tornou-se cada vez mais venerado. Seu nome significa “oculto” e, no seu templo em Karnack, sacerdotes cultuavam sua estátua. Amon logo se fundiu ao antigo deus-sol Rá, tornando-se Amon-Rá.

Em seu reinado, Amenófis III, já havia determinado que ele não só era o filho de Amon, mas também a encarnação de Rá. Começou então a erigir monumentos à sua própria divindade, incluindo um vasto templo funerário, que contemplava Tebas da margem oposta do Nilo.

Talvez, espelhando-se em seu pai, Akhenaton revolucionou a religião antiga. Por um breve período, os egípcios acreditaram que o deus-sol voltara à Terra na forma da família real. Houve um entusiasmo coletivo que se torna tangível na arte e na arquitetura. Todo o país celebrou aquela volta. Foi um dos períodos mais admiráveis da historia egípcia.

Ninguém sabe ao certo ate onde ia a popularidade de Akhenaton. Para alguns estudiosos, Akhenaton pode ter sido um visionário, um profeta cuja modalidade de monoteísmo de alguma forma inspirou Moisés, que viveu um século mais tarde.

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Seja pela fé, seja pela força, Akhenaton revolucionou Tebas em seus quatro primeiros anos de reinado, mandando construir quatro novos templos para Aton em Karnack. Como necessitava de rapidez para construir esses edifícios seus engenheiros recorreram a uma nova técnica de construção. Como os templos de Aton não tinham teto, as paredes podiam ser menos resistentes. Por isso, em vez de grandes blocos de pedras, cortavam pequenos blocos de pedras que podiam ser carregados por uma única pessoa, os famosos “talatat” (de talata – em árabe significa três palmos).

Tutankhamon assumiu o poder cerca de quatro anos após a morte de Akhenaton. A maioria dos especialistas imaginam que ele estava com dez anos de idade na época.

Com a morte de Akhenaton, os Faros posteriores expandiram os templos, resgatando a soberania dos antigos deuses.

Conclusão. Akhenaton fracassou ao tentar mudar para sempre a religião egípcia. Mas êxitos menores lhe

proporcionaram a imortalidade que reivindicou em vida. Promoveu um vibrante movimento artístico que gerou quadros realistas da vida cotidiana na época. Seus engenheiros criaram blocos de construção que se tornaram materiais úteis para estruturas posteriores, permitindo que as narrativas neles inscritas sobrevivessem por milênios. E, hoje, Amarna, sua capital abandonada, é o único local onde visitantes podem caminhar pelas ruas de uma antiga cidade egípcia.

Bibliografia: História da Civilização - diversos Faraós – Reis do Sol - Rick Gore (Trabalho realizado pelo Ir.’. M∴M∴Alfério D.G. e que nos foi enviado)

Alguma Reflexões sobre a Maçonaria no Brasil

Temos ouvido e analisado alguns conceitos de estudiosos da Maçonaria através dos anos. Alguns deles

merecem ser citados.

Ouvimos de certa feita, que o modelo maçônico que nos legaram nossos Irmãos do passado já não se

adapta ao homem atual. Está anacrônico.

Um irmão místico mencionou que a Maçonaria atual tornou-se materialista, pois dentro de seus templos

ainda existem símbolos poderosos e mágicos, mas que os maçons atuais não os respeitam como tais, pois

não têm a noção de seus significados. Por esta razão, a Maçonaria fragmentou?se, perdeu a sua força e

confundiu-se.

Outro irmão referia que o maior objetivo político que acalentou e deu forças a inúmeras gerações de

maçons do século passado ? que era a República ? morreu com o nascimento desta, ou seja, desde então os

maçons não tiveram em termos de Brasil um objetivo prioritário para lutar por ele.

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Não criaram uma outra motivação cívica, a Maçonaria fragmentou?se em diversas Potências, cada qual

com sua orientação político social, sempre se autodenominando representante de todas as opiniões da

população maçônica e de quando em vez, soltando na imprensa brasileira bisonhos pronunciamentos

políticos.

Entretanto, autores atuais afirmam que a Maçonaria visa apenas o homem em si, como líder, como

embrião, como uma célula dentro da sociedade. À Maçonaria caberia tão somente preparar este homem,

mostrando-lhe os caminhos de seu auto-conhecimento, e ensinando-o a ser um construtor social para que

atue na sociedade como um núcleo em torno do qual estariam os demais segmentos dessa sociedade.

É provável que cada afirmação citada tenha a sua verdade.

Parece-nos que a última, sem menosprezar as demais, seria a mais atual e mais apropriada ao nosso tempo.

Mas como andam as coisas na Ordem?

É claro que as nossas divagações não se aplicam a todos os maçons, mas elas atingirão uma grande parte

dos maçons brasileiros, bem como a muitas Lojas.

Se nos atentarmos para a realidade, pelo que poderemos observar no dia a dia, e, acreditamos que ocorra

em todo o país, tais são as semelhanças entre as estruturas das cidades entre si, existem verdadeiros flagelos

da Ordem, os quais abordaremos apenas alguns, aleatoriamente.

? Falta de instrução e conscientização do que vem a ser Maçonaria. As sessões econômicas duram de duas

a três horas e o período de estudos ou de instrução duram apenas quinze minutos, isto quando algum irmão

tem um trabalho a apresentar.

Quanto à conscientização, com freqüência não são respondidas as perguntas básicas que um Aprendiz faz

a um Mestre, porque geralmente este não sabe respondê-las. Sempre existem as evasivas tradicionais, tais

como:

"Isso eu não posso responder. Você chegará lá. Estude". Então como poderá um Irmão estar consciente do

que é a Maçonaria? Existem falhas severas desde o primeiro aprendizado ao se entrar na Ordem. A maioria

dos maçons cresce na Ordem do ponto de vista de graus, sem saber ao certo o que estão fazendo ou

aprendendo.

A pressa de muitos Irmão em sessão para que esta acabe logo, para poderem nos chamados "fundões" das

Lojas, sorverem todo o tipo de pólvora que existe, e ao mesmo tempo se alimenta exageradamente e neste

estado de empanturramento alimentar e de eflúvios etílicos tomarem decisões importantes.

Veneráveis fracos que não têm personalidade dominados docilmente por verdadeiras eminências pardas

dentro de sua própria diretoria.

Carreirismo político maçônico, com falsa liderança.

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Esvaziamento das Lojas por desmotivação.

Comportamento anti maçônico de Irmãos que são verdadeiros profanos de avental, os quais querem,

muitas das vezes, que seus defeitos se tornem regras morais para os demais.

Candidatos não gabaritados para tal, serem indicados para serem Maçons.

Os poderes dentro de uma Potência estão desencontrados e comumente extrapolam seus direitos, não

respeitando, às vezes, o próprio Grão-Mestre, que é a maior autoridade.

Várias Potências não se reconhecem entre si, mas se utilizam do mesmo Rito, cada qual à sua maneira

(vide Rito Escocês Antigo e Aceito, no Brasil).

A respeitável denominação "Grande Arquiteto do Universo" virou simplesmente "Gadú". Esta é uma nova

palavra, que foi criada e muito pronunciada, por sinal.

Especialmente nas cidades de porte médio e grande, um Templo de propriedade de uma Loja é usado por

ela apenas um dia da semana, quando naquele mesmo Templo poderiam funcionar pelo menos mais seis

Lojas.

Falta de patriotismo com desconhecimento total da história do Brasil e participação de maçons nos

eventos.

Se quiséssemos, enumeraríamos mais de cinqüenta itens facilmente.

Citamos de passagem os Irmãos que não honram seus compromissos, valendo?se da mal interpretada

tolerância maçônica.

A maioria dos maçons não lê sobre a Ordem.

Fácil será prever o futuro, caso não se tente mudar imediatamente ou reciclar, quer no campo

administrativo, histórico, instrutivo, doutrinário ou moral.

Precisamos ter a ousadia e a coragem de citar os males que a assolam e a prudência de sugerir alguma

solução que possa melhorá?la.

Entretanto, tudo vai bem na Ordem. Todos se chamam de Irmãos, fala-se muito em tolerância, todo

mundo é livre e de bons costumes.

Uma boa parte dos maçons brasileiros acredita realmente que tudo vai bem. São aqueles Irmãos puro, bem

intencionados, almas limpas.

Nas Lojas, os famosos e prolixos oradores continuam matraqueando desesperadamente, tecendo glórias e

louvores ao Grande Arquiteto do Universo e a todos os maçons espalhados pela Terra.

Quando um Irmão se diz justo e perfeito, porém não é nada disso, os outros justos e perfeitos fingem não

saber do que se trata, pois a Ordem é fraternal e tolerante.

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Estamos exagerando? Poderão argumentar que o autor é um pessimista, que os maçons de sua cidade são

maus, que Maçonaria não é bem isso, e que na sua Loja não é assim.

Mas, estas afirmações têm muito de verdade. É só ter a coragem de enxergar as coisas como elas são, sem

ter a mente embaçada pelo conformismo.

Evidentemente o maior problema da Maçonaria é apenas uma questão de cultura e falta de instrução

racional. Se tivéssemos três sessões mensais, onde além de se praticar uma boa ritualística, houvesse

debates, conferências, cursos, mesas redondas, etc., a respeito da filosofia, ritualística e história da Ordem,

bem como da Política como ciência, o preparo do Maçom seria outro. Quanto às sessões administrativas,

deveria haver apenas uma por mês.

Cada Potência deveria manter Encontros Semestrais de Aprendizes Companheiros e Mestres para toda a

jurisdição, onde fossem apresentados trabalhos e estudos referentes a tudo o que diz respeito à Ordem.

Os Altos Corpos de cada Potência, especialmente nas simbólicas, deveriam manter severa vigilância com

relação às alterações que os responsáveis pela Liturgia e Ritualística de cada Rito, costumam com

freqüência introduzir nos Rituais vigentes, a maioria invenções, enxertos, "achismos" etc. Este controle tem

que ser constitucional, ou seja, deverá constar na Constituição de cada Potência, e o "modificador" terá que

enfrentar estes altos poderes da Obediência e estes aprovarem. Esta seria uma maneira de conter tanta

alteração que pulula nos Rituais da Maçonaria brasileira, em especial no Rito Escocês Antigo e Aceito.

Como a unificação total da Maçonaria brasileira é uma utopia, a união, entretanto, não é, e já está sendo

realizada. As três principais Potências não se reconhecem, mas nas Lojas-Bases está havendo uma

intervisitação sistemática, numa camaradagem própria de Maçons que seguem o axioma "se fomos

Iniciados, logo somos Irmãos" e as Lojas, mesmo de Potências diferentes, estão permitindo o direito de

visitação, e este contato entre Irmãos está trazendo resultados.

Os Grão-Mestres das principais Potências deveriam sentar-se em torno de uma mesa e decidirem que,

tratando-se de um mesmo Rito, todas deveriam ter somente um Ritual, o qual seria organizado por uma

Comissão de Irmãos destas Potências. Igualmente deveria haver apenas uma Palavra Semestral e troca de

correspondências a respeito dos candidatos não desejáveis para serem Maçons.

Nas cidades onde hajam Lojas das diversas Potências, deveria haver um Conselho de Veneráveis com

rodízio na administração, o qual, paralelamente, tratasse de filantropia, problemas sociais, políticos (não

partidários) de abrangência da comunidade.

Estas sugestões são fáceis e viáveis. Em algumas cidades já estão sendo realidade, mas não foram

sacramentadas pelas cúpulas das respectivas Potências. Não há perigo de desestabilização do poder de cada

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Potência. Administrativamente, continuarão sendo o que são. O que é necessário é que se deixe a vaidade de

lado e se doe de coração aberto à causa maçônica. É simples.

O Maçom brasileiro necessita com urgência encontrar uma nova vocação, uma meta maior, um programa

de alto alcance que até possa parecer impossível, porém viável a longo prazo, que pudesse unir todos os

Maçons em torno de uma idéia, um pensamento único.

As Potências deveriam se reunir através de seus mais brilhantes Irmãos e, após estudarem todos os

detalhes, apresentarem um diagnóstico da Maçonaria brasileira. Este diagnóstico terá que levar em conta o

nosso passado, analisando com muito cuidado o presente e estabelecendo metas para o próximo século. Este

que está findando já o perdemos. Só não perdemos ainda o nosso coração de Maçom e o amor à Ordem.

Meditemos, Irmãos.

OBS: ESTE TRABALHO NOS FOI ENVIADO POR E-MAIL PELO IR.’. JORESVALDO SANTOS

BARBOSA.

Algumas Definições Importantes Aprendiz Maçom

Aprendiz é aquele que aprende um oficio, ou uma arte. Em Maç∴ é o primeiro Gr∴ do Simb∴ e refere-se ao neófito, ao principiante, que, simbolicamente, está aprendendo a arte de construir, ou Arte Real. O trabalho do Ap∴ é na P∴ B∴ , que deve ser desbastada e esquadriada pôr ele, para se tornar cúbica. Evidentemente, isso é apenas Simbólico, em alusão aos antigos Maçons de Oficio, verdadeiros construtores.

Avental

Avental é a peça de couro, de pano ou outro material, usada no decorrer de certos trabalhos, para proteção do corpo, ou da roupa. Em Maç∴ , o avental é o símbolo do trabalho e lembra o avental de couro usado pêlos esquadrejadores (canteiros) e entalhadores de pedra das corporações medievais de oficio, para proteção do corpo contra eventuais estilhaços. O avental do Ap∴ é de couro, ou pelica, de cor branca e usado com a abeta levantada, em lembrança do avental dos canteiros, o qual cobria o peito, o abdome e parte dos membros inferiores.

Cadastro

O termo designa, entre outras coisas, o recenseamento, ou qualquer registro de pessoas ou coisas. O numero de registro de cada maçom, na Obediência a qual pertence, é colocado num cartão de identificação, que serve de documento para visitas a outras Lojas e Obediência, o Cadastro também é conhecido como CGO = Cadastro Geral da Ordem e CIM= Carteira de Identificação Maçônica.

Capitação

É o imposto que se paga por cabeça. Entre as contribuições pecuniárias devidas pelos membros de uma Loja, está a Taxa de Capitação, que é paga, anualmente, por todos os Maçons, essa Taxa é destinada à Obediência, e as Lojas são responsáveis pela sua cobrança e recolhimento em favor da Potência, o mês de pagamento é março.

Cinzel

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É o instrumento cortante usado por gravadores e escultores, Simbolicamente o cinzel é um dos instrumentos de trab∴ do Ap∴ com o qual ele desbasta a P∴ B∴ , esquadrejando-a simboliza a razão e a inteligência.

Grão-Mestre

É o chefe do poder executivo Maçônico o supremo mandatário de uma Obediência, regularmente eleito pela maioria do povo Maçônico, para um mandato variável, conforme a Obediência. No GOB o mandato é de 05 (cinco) anos.

Geometria

Designa a parte da matemática que tem por objeto o espaço e as figuras que podem ser concebidas, ou a medidas das linhas, das superfícies e dos volumes, É uma das sete Ciências ou Artes Liberais da antigüidade. De origem egpicia, a Geometria foi levada a Grécia antiga como base da Arte de Construir, das relações triangulares e do circulo, da Astronomia e da medida das terras férteis ás margens do rio Nilo, serviu de fundamento filosófico para os sábios gregos, levando aos conceitos de Ordem, Equilíbrio e harmonia Universal, que seriam tomados, já desde os primórdios da Maçonaria moderna como obra divina. Como base da Arte de Construir, a Geometria é a principal ciência desse grande conjunto de ciências que é a Maçonaria.

Gutural

Designa tudo que é relativo à garganta ( em latim guttur) e, por isso designa também, a Saud∴ do Gr∴ de Ap∴ - Sin∴ Gut∴ - vide Ritual de Ap∴ M∴ .

Interstício

Designa o intervalo de espaço ou tempo. Em Maçonaria, designa o tempo mínimo durante o qual o Obreiro deve permanecer em seu Grau - em plena atividade - para poder se promovido a um Grau superior. Esse tempo é variavável de Obediência para Obediência, mas é, geralmente, de um ano. Alem do Interstício legal, há necessidade, para promoção, da apresentação de trabalhos sobre o Grau.

Irmão

Designa o homem que, em relação a outro, tem os mesmos pais, ou somente o mesmo pai, ou a mesma mãe. Designa, também, o membro de uma confraria, o correligionário, o amigo inseparável, o frade sem ordens sacra, Sendo, a Maç∴ uma confraria, uma Frat∴ , os Maçons usam o tratamento de Irmão - Pod∴ Ir∴ , Eminente Ir∴ , Sereníssimo Ir∴ , para AAut∴ Maçônicas - independentemente de implicações místicas a respeito do termo.

Loja

O termo surgiu, pela primeira vez, em 1292, num documento de uma GUILDA, organização de oficio medieval (ver "Síntese da Historia da Maçonaria").as Guildas de Mercadores adotaram a palavra para designar os locais de depósito e venda de produtos manufaturados, enquanto as Guildas artesanais a usaram para designar os seus locais de trabalho, ou seja, as oficinas dos artesões. Destas ultimas, originou-se o nome das corporações Maçônicas e a reunião dos seus membros.

Maço

É um instrumento de madeira rija, do formato de um paralelepípedo, com o cabo no centro, utilizado por escultores e entalhadores de pedra. É outro instrumento de Trab∴ do Ap∴ M∴ o que atua sobre o Cinzel, na tarefa de desbastamento e esquadrejamento da P∴ B∴ Simboliza a força de caráter a serviço da razão e da inteligência. Do ponto de vista místico, simboliza o espírito atuando sobre a matéria (cinzel).

Maçom

É o Iniciado na Maçonaria, O termo é originado do francês: Maçom = Pedreiro o mais correto, para o membro da Maçonaria seria a expressão FRANCO-MAÇOM, ou PEDREIRO-LIVRE ( em inglês Free-Mason). É evidente que o Maçom só simbolicamente é um pedreiro, um construtor, já que o seu trabalho é na construção social e não na de edificações.

Maçonaria de Ofício, ou Operativa

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Maçonaria é a arte de construir. A expressão Maçonaria Operativa, ou de Ofício, é o rotulo hoje aplicado às organizações de construtores, as quais floresceram na Idade Média e foram precursoras da Maçonaria dos Aceitos, ou Especulativa, que é a atual forma da organização Maçônica.

Maçonaria dos Aceitos, ou Especulativa

É a forma moderna de Maçonaria, na qual os Iniciados não são, necessariamente, ligados à arte de construir. Quando a Maçonaria de Ofício começou, no século XV a admitir homens não ligados, profissionalmente a construção, estes foram denominados MAÇONS ACEITOS ou seja: recebidos, admitidos.

Obediência

O termo, no caso da Maçonaria, significa, dependência, subordinação e se aplica à associação de grupo de Lojas, colocadas sob a direção de um Grão-Mestrado. Até 1717, as Lojas eram livres e os laços que as ligavam eram profissionais - na fase operativa -e fraternais, sem qualquer dependência comum. a 24 de junho de 1717, era criada a primeira Obediência Maçônica do mundo, a Grande Loja de Londres, a qual foi o ponto de partida para a adoção generalizada do sistema obediencial, A primeira Obediência criada sob a denominação de Grande Oriente foi a da França, em dezembro de 1717. Hoje, todas as Lojas são subordinadas, ou seja, são da Obediência do Grande Oriente ou de uma Grande Loja. É usado, também, em lugar da palavra Obediência o termo Potência, embora o primeiro seja o mais adequado.

Obreiro, ou Operário

É a designação de cada membro de uma Loja Maçônica, já que esta é uma Ofic∴ de Trabalho.

Palavra de Passe

É um meio de reconhecimento de cada Grau, podendo ser pedida pelo G∴ do T∴ . Em alguns Ritos ela é transmitida no inicio e no final dos trabalhos.

Palavra Semestral

É a prova da regularidade e de freqüência. a mesma é enviada pelo Grão-Mestre, a cada seis meses, dela somente o Ven∴ Mestre toma conhecimento, transmitindo aos Obreiros do seu Quadro, através da Cadeia de União.

Fonte Pesquisada:

Noticiário Cultural -José Castellani -Boletim do Grande Oriente do Brasil.

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Algumas dúvidas sobre a maçonaria

1. O que é a Maçonaria de nossos dias?

A Maçonaria é uma Ordem Universal formada de homens de todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por suas qualidades morais e intelectuais e reunidos com a finalidade de construírem uma Sociedade Humana, fundada no Amor Fraternal, na esperança com amor à Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria e com a constante investigação da Verdade e sob a tríade LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, dentro dos princípios da Ordem, da Razão e da Justiça, o mundo alcance a Felicidade Geral e a Paz Universal.

2. A Maçonaria é uma sociedade secreta?

A Maçonaria não é uma sociedade secreta, no sentido como tal termo é geralmente empregado. Uma sociedade secreta é aquela que tem objetivos secretos e oculta a sua existência assim como as datas e locais de suas sessões. O objetivo e propósito da Maçonaria, suas leis, história e filosofia tem sido divulgados em livros que estão a venda em qualquer livraria. Os únicos segredos que a maçonaria conserva são as cerimônias empregadas na admissão de seus membros e os meios usados pelos Maçons para se conhecerem.

3. A Maçonaria é uma religião?

A Maçonaria não é uma religião no sentido de ser uma seita, mas é um culto que une homens de bons costumes. A Maçonaria não promove nenhum dogma que deve ser aceito taticamente por todos, mas inculca nos homens a prática da virtude, não oferecendo panacéias para a redenção de pecados. Seu credo religioso consiste apenas em dois artigos de fé que não foram inventados por homens, mas que se encontram neles instintivamente desde os mais remotos tempos da história: A existência de Deus e a Imortalidade da Alma que tem como corolário a Irmandade dos Homens sob a Paternidade de Deus.

4. A Maçonaria é anti-religiosa?

A Maçonaria não é contra qualquer religião. Ela ensina e pratica a tolerância, defendendo o direito do homem praticar a religião ed seu agrado. A Maçonaria não dogmatiza as particularides do credo e da religião. Ela reconhece os benefícios e a bondade assim como a verdade de todas as religiões, combatendo, ao mesmo tempo, as suas inverdades e o fanatismo.

5. A Maçonaria é ateísta ou meramente agnóstica?

A Maçonaria não é ateísta nem agnóstica. O ateu é aquele que diz não acreditar em Deus enquanto o agnóstico é aquele que não pode afirmar, conscientemente, se Deus existe ou não. Para ser aceito e ingressar na Maçonaria, o candidato deve afirmar a crença em Deus.

6. A Maçonaria é um partido político?

A Maçonaria não é um partido político. Ela não tem partido. Em princípio, a maçonaria apóia o amor à Pátria, respeito às leis e à Ordem, propugnando pelo aperfeiçoamento das condições humanas. Os maçons são aconselhados a se tornarem cidadãos exemplares e a se afastarem de movimentos cuja tendência seja a de subverter a paz e a ordem da sociedade, e se tornarem cumpridores das ordens e das leis do país em que estejam vivendo, sem nunca perder o dever de amar o seu próprio país. A maçonaria promove o conceito de que não pode existir direito sem a correspondente prestação de deveres, nem privilégios sem retribuição, assim como privilégios sem responsabilidade.

7. A Maçonaria é uma sociedade de auxílios mútuos?

A Maçonaria não é uma sociedade de auxílios mútuos, ela não garante à ninguém a percepção de uma soma fixa e constante a nenhum de seus membros, na eventualidade de uma desgraça ou calamidade pode reclamar tal

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auxílio. Entretanto, a Maçonaria se empenha para que nenhum de seus membros sofra necessidades ou seja um peso para os outros. O Maçom necessitado recebe de acordo com as condições e as possibilidades dos demais membros da Ordem.

8. A Maçonaria é uma ideologia ou um "ismo"?

A Maçonaria nem é uma ideologia, nem um "ismo". Ela não se envolve com as sutilezas da filosofia política, religiosa ou social. Mas, ela reconhece que todos os homens tem uma só origem, participam da mesma natureza e tem a mesma esperança e, por conseguinte, devem trabalhar em união para o mesmo objetivo - a felicidade e bem estar da sociedade.

9. Então o que é a Maçonaria?

A Maçonaria é uma organização mundial de homens que, utilizando-se de formas simbólicas dos antigos construtores de templos, voluntariamente se uniram para o propósito comum de se aperfeiçoarem na sociedade. Admitindo em seu seio, homens de caráter, sem consideração à sua raça, cor ou credo, a Maçonaria se esforça para constituir uma liga internacional de homens dedicados a viverem em paz, harmonia e afeição fraternal.

10. Qual é a missão da Maçonaria?

A missão da Maçonaria é a de "fazer amigos, aperfeiçoar suas vidas, dedicar-se às boas obras, promover a verdade e reconhecer seus semelhantes como homens e irmãos".

A missão da Maçonaria ainda é a prática das virtudes e da caridade, é confortar os infelizes, não voltar as costas à miséria, restaurar a paz de espírito e a paz aos desamparados e dar novas esperanças aos desesperançados.

11. A Maçonaria convida as pessoas para se filiarem a ela?

A Maçonaria não "convida" ninguém, mesmo aos mais qualificados para se tornarem um membro da Ordem. Aquele que deseja entrar para ela, deve manifestar esse desejo espontaneamente, declarando que livre e conscientemente deseja participar dela.

A Maçonaria não prende nenhum homem a juramentos incompatíveis com sua consciência o liberdade de pensar.

12. Porque a Maçonaria não inicia mulheres?

Tendo evoluído da Maçonaria Operativa que erguia templos no período da construção de catedrais, a Maçonaria adotou a antiga regulamentação que provia o seguinte: "As pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser homens bons e de princípios virtuosos, nascidos livres de idade madura, sem vínculos que o privem de pensar livremente, sendo vedada a admissão de mulheres assim como homens de comportamento duvidoso ou imoral.

A regularidade da maçonaria se deve ao fato de se ater aos seus princípios básicos e imutáveis regidos por mandamentos, entre os quais se inclui o que acima se disse.

13. Por que são chamados de templos os locais de reunião?

Os lugares onde os maçons se reúnem são chamados de templos porque, embora não sendo uma religião ou reunindo-se em uma igreja, a Maçonaria preserva religiosamente os direitos de cada indivíduo praticar a religião ou credo de sua preferência, mantendo-se eqüidistante das diferentes seitas ou credos. Ela ensina a todos como respeitar e tolerar as religiões diversas de seus membros.

14. A Maçonaria Universal obedece a uma autoridade máxima?

Nem mesmo em um país como os Estados Unidos que agora se compõe de 50 Estados e conta com cerca de 4 milhões de Maçons, obedece a Maçonaria a uma autoridade suprema. A Maçonaria em cada país ou em cada estado de uma Federação é regulada e dirigida por uma Grande Loja independente e soberana.

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As 7 Virtudes

O estudo das virtudes é essencial pois é através dele que começamos a trabalhar profunda e intimamente o nosso “Eu interior”. É através deste estudo, aliado ao estudo dos vícios (ou pecados capitais) que conseguiremos distinguir os sentimentos e pensamentos. Separar aquilo que é puro daquilo que é contorcido. O que é nosso do lixo que nos é dogmatizado. E é através deste estudo que desenvolvemos a nossa consciência, elevamos o nosso caráter e conseqüentemente o nosso ser.

As 3 Virtudes Teologais:

Fé: Desenvolve a visão espiritual, pois “pela fé o homem vê espiritualmente Deus e as suas obras, crendo nas coisas invisíveis”. A fé do maçom não deve ser uma fé cega, baseada naquilo que lhe dizem. O maçom apóia sua fé em seus estudos e em suas experiências próprias, tendo assim não apenas uma fé, mas uma ciência da existência do G.’.A.’.D.’.U.’.

Esperança: Dá ao maçom a confiança necessária para enfrentar as provas duras da batalha. Dá a força misteriosa que transformavam os verdadeiros maçons em homens inigualáveis de coração puro e mente sã, sempre enfrentando as situações com bom coração e sua esperança não é a vitória, porque esta se torna certa, mas sim a esperança de desta forma estar honrando seus pais, mestres, ancestrais e ao Grande Arquiteto.

Caridade: O Maçom sem caridade é cruel e trai aos seus princípios e regras, e a Ordem Maçonica não é compatível com crueldade e traição, mas sim com o Amor, e a caridade sincera é, ao lado da partilha, a maior personificação do Amor.

As 4 Virtudes Cardeais:

Justiça: É um dos fundamentos principais da Maçonaria. Sua razão maior de existência. Não existe Maçonaria sem justiça. Mas o Maçom não deve se tornar um “juiz”, nem tão pouco se considerar capaz de sair julgando as pessoas. O Maçom deve ser exemplo vivo da justiça, procurando assim mexer com o íntimo das pessoas. Ele também deve ir de encontro às injustiças, não se calando nunca, sendo a voz viva da consciência daqueles que antes dele lutaram pelos mesmos ideais. Mas para isso tudo, o Maçom deve essencialmente fazer justiça consigo mesmo. Deve se analisar, auto-avaliar e aprender a se controlar. Deve ser justo com seu corpo, com sua mente , com seu coração, com sua família, com seu lar, amigos e sociedade.

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Prudência: Dá a conhecer o Bem e o Mal, desenvolve as noções (relativas) de certo e errado, ensinando a escolher um e evitar e desmascarar o outro. É a personificação da inteligência e da razão. Ajuda o maçom a escolher o momento certo de agir e a melhor forma de faze-lo.

Fortaleza: A fortaleza é a personificação da coragem e da disciplina. Coragem de ir contra aquilo que é injusto, mesmo que seja criticado por isso. Coragem de encarar a si próprio e assumir seus erros e culpas. Coragem de ser bom e humilde. Coragem de reconhecer a força do oponente e com ele aprender. É disciplina porque a disciplina liberta. O ser que disciplina sua mente e seu corpo dá um grande passo no caminho da Luz, pois não se sente mais preso aos valores e padrões sociais. É disciplinado o suficiente para não recorrer em erros “coletivos” e tem coragem de renunciar e ir de encontro àquilo que fere os seus princípios. Por essas razões a Fortaleza, ou Força, é a principal virtude na luta contra os sete vícios ou pecados capitais.

Temperança: É a personificação da moderação e do comedimento. Dá o equilíbrio a ação, ajudando o maçom à não exagerar nem fraquejar em suas posturas. Também ajuda o maçom a esperar o momento certo de agir.

BIBLIOGRAFIA: Pesquisa baseada em diversas fontes de busca, sendo:

-As Revelações – Pe José Alberto de Castro – 1997 -O Esoterismo Maçônicos – Tradução p/ português – Ir.’. Joan Rodrigues

-A Bíblia Sagrada -Contendidos religiosos – comentários diversos - 1995

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As colunas á entrada Quando nos preparamos para entrar num edifício que ostenta no seu portal colunas de

tamanha Beleza e Imponência ficamos a saber que estamos á entrada de uma edificação importante já que se trata do elemento essencial para suporte de uma grande estrutura e, imediatamente interiorizamos que dever-se-à de tratar de um templo sumptuoso e que certamente a sua entrada não será permitida sem que antes os seus utilizadores ou visitantes estejam em condições de o fazer.

Continuando a contemplar as colunas, como que fascinados pela elegância das suas formas, acabamos por concluir que se trata dos pilares representativos de uma das épocas mais marcantes da vida do Homem ,de tal modo que muitos Arquitectos desenharam e continuam a

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desenhar pilares, muitos pedreiros talharam e continuam a talhar a pedra, sem no entanto conseguir suplantar a Beleza destas colunas

As colunas vistas entre colunas

Confrontado com a necessidade de encontrar resposta para duvidas e, aperfeiçoar conhecimentos aproximamo-nos das colunas. Foi assim possível começar a ficar com informações até então desconhecidas. Ficamos a saber que se trata de uma coluna jónica e outra dórica . Importa lembrar que um dos primeiros Templos jónicos foi o da deusa Artemisa, em Éfeso, construído cerca de 560 A.C. e considerado pelos Gregos como uma das Sete Maravilhas do Mundo e que o estilo escolhido para o Templo consagrado a Atenas, O Partenon, foi o estilo dórico e que na sua construção só se empregaram os materiais mais requintados e os melhores escultores.

Da observação mais atenta das colunas reparamos que cada uma delas suporta três romãs entreabertas.

As colunas vistas de dentro

Persistindo as dúvidas e a vontade de encontrar respostas ousamos entrar no templo. Assim, timidamente demos com o pé esquerdo um passo curto e seguidamente, com Sabedoria, juntamo-lhe o calcanhar direito, formando um ângulo recto. Depois, ensaiamos um segundo passo, mais firme e decidido e também mais longo que o anterior. Finalmente demos um terceiro passo, semelhante ao anterior, com Força e determinação. Podemos então observar que, sobre o tronco da coluna direita, estava colocada a letra B de B*** e, sobre o da esquerda, a letra J de J***** e, porque o Sol começava a esconder-se no Ocidente, vimos como que uma coluna de um exercito, os obreiros, deslocarem-se para junto da coluna onde estava o Primeiro Vigilante e aí receberem o seu salário Porque se despediam contentes e satisfeitos e eram horas de fechar o templo e porque marcando as colunas a separação de dois mundos diferenciados entre outros aspectos pela vivência das paixões e pela utilização dos metais, demos por terminada a prancha, ficando com a certeza de que se trata dum trabalho inacabado , pelo que voltaremos a fim de o aperfeiçoar.

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AS COLUNAS ZODIACAIS

Dentro da simbologia maçônica há uma estreita relação das colunas zodiacais com a abóbada celeste, por isso que no interior dos templos maçônicos, vemos os signos do zodíaco, esculpidos ou pintados no alto das colunas, estando perto do teto, que é a abóbada celeste, que representa astrologicamente, o cosmo, o universo, com o dia e a noite, com o sol e a lua, e com os planetas e as constelações.

A origem da palavra "zodíaco", vem da palavra "Zoé", que quer dizer vida ou existência de animal, e da palavra "Zoon", com as letras gregas zeta, ômega, omícron, e nu, significando todo o ser vivo e movente. Portanto o Zodíaco faz alusão às figuras das constelações, ao círculo da vida ou destinos dos seres vivos.

As doze colunas zodiacais não representam somente as constelações que o sol aparentemente percorre durante um ano, como lembram as doze tribos de Israel, os doze apóstolos e as doze "estações" da paixão de Cristo.

Os signos zodiacais, e principalmente a astrologia, são assuntos que intrigam o homem desde os mais remotos tempos. A Origem dos signos zodiacais é Babilônica, porém os egípcios deixaram magníficos exemplares de representação do zodíaco. Os chineses também representavam as constelações por figuras de diversos animais. Figuras da era pré-histórica referentes ao movimentos dos astros foram encontradas em cavernas.

Com relação à astrologia os povos que mais contribuíram para sua sedimentação como ciência, foram os sumerianos, os egípcios, os gregos e os árabes. Os sumerianos, foram os primeiros a se ocupar da astrologia, quando, ao elaborarem seu sistema cosmológico, usaram as doze constelações principais, percorridas pelo sol a cada ano, e que foram precursoras do zodíaco.

A astrologia egípcia, por outro lado, era bastante mística e dependia do seu dínamo econômico, o rio Nilo, cujas cheias, que fertilizavam o solo, eram, de acordo com a crença egípcia, ativadas pela ação combinada do Sol com a estrela Sírius. Através dos Gregos, a astrologia atingiu uma maior maturidade, com a racionalização e a determinação da função dos planetas, casas e signos.

Os árabes, finalmente, foram os responsáveis pela sobrevivência da astrologia, quando ela passou a ser assunto proibido pela Igreja na Idade Média.

A astrologia tem por fundamento que o zodíaco exerce influência nos desejos humanos, sendo que o Planeta Terra representa o corpo humano, os signos determinam as tendências dos desejos, os planetas governariam o mental e o Sol seria o espírito humano. Essas quatro concepções correspondem aos corpos elementares que são a Terra, a Água, o Ar e o Fogo.

Dentro do Templo maçônico, os signos zodiacais são apresentados geralmente no sentido horário ou destrocêntrico, da coluna do Norte para a coluna do Sul, assim como a circulação dos obreiros que dão voltas em torno do painel, como se fosse a Terra nos seus doze meses de translação em torno do Sol.

Cabe lembrar também que o ano maçônico tem íntima relação com a astrologia, iniciando no dia 21 de março, primeiro dia do primeiro signo do zodíaco que é Aries ou Carneiro, representado pelo planeta Marte e pelo elemento Fogo.

O Aprendiz Maçom, aos poucos vai percebendo dentro do Simbolismo, o significado esotérico dos adornos que revestem o templo e suas interligações, pois tudo que se vê e o que se faz é harmônico e depende um do outro para existir, assim como a natureza que quando um de seus componentes deixa de existir, se desintegra numa total desestruturação de seu sistema.

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REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DO ZODÍACO

Bibliografia:

-Curso de Maçonaria Simbólica – A Gazeta Maçônica

-Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz – A Gazeta Maçônica

Αs Dimensões do Templo Maçônico

Após cumpridas as várias cerimonias da iniciação, ao neófito é dado a Luz, agora já não é ele, um postulante e nem

um aspirante. Quando da retirada da venda dos olhos do neófito, que acomodando a visão vê muitas coisas naquele instante dentro

do templo, ainda que, sem detalhes sobre os inúmeros ornamentos e sua dimensão.

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É interessante notar-se que a explicação sobre o Templo faz referências sempre a um lugar sagrado. Isto é dedicado a DEUS. A história nos informa que todos os povos, desde os mais primitivos aos mais evoluídos, sempre construiram templos destinados a homenagear seus Deuses, depositando ali suas oferendas, realizando sacrifícios e erguendo preces e orações. Ainda uma é de chamar atenção para o fato de ser considerado, qualquer Templo um lugar sagrado.

O Templo Maçônico é uma cópia muitíssimo modesta do Templo erguido pelo Rei Salomão em honra ao senhor. O templo que o Rei Salomão edificou ao senhor tinha : 60 (sessenta) côvados de cumprimento e 20 (vinte) côvados de largura de largura ( Reis 6-2). Côvados nome de medidas usadas na época, assim como pés, braças, palmo e etc.

Um côvado tem medidas variadas, sua equivalência segundo as antigas escrituras e outros livros variam entre 0,45 cm à 0,65 cm , e equivale na prática do cotovelo até a ponta do dedo.

A Maçonaria propõe-se a erguer templos morais a virtude e cavar masmorras ao vício. Como sabemos, a Maçonaria atual utiliza utensílios de construção simbolicamente.

As dimensões do Templo Maçônico não são fixas, desde que o quadrilongo que o forma possa ser dividido em três quadrados iguais e que sua largura seja, no mínimo um terço de seu cumprimento, seu teto deve ser bem alto, não só, para dar ventilação como também para dar maior amplitude.

Ex. Se um Templo tiver 60,00 metros de cumprimento, sua largura será de 20,00 metros e sua subdivisão será de 40,00 metros para o ocidente e 20,00 metros para o oriente.

A exigência de ter o quadrilongo que forma o Templo, o comprimento igual a três quadrados e a largura a um terço do comprimento é uma alusão ao mais importante número na Maçonaria, que é três.

Ex. Três são as viagens feitas na ocasião da iniciação, Três são os passos do aprendiz, Três são as colunas que sustentam a loja, Três é a idade do aprendiz, Três são as luzes da maçonaria e etc.

Filosoficamente, como ensina o nosso ritual, as dimensões são ideais, isto é, a sua largura do Sul ao Norte, o comprimento do Oriente ao Ocidente, sua altura da Terra ao Céu, sua profundidade da superfície ao centro da Terra.

Tais medidas, como se vê, equivalem à extensão do globo terreste, porque a Maçonaria é universal e o universo um Templo.

Templo Lugar adequadamente decorado de símbolos e adornos, com mobiliário e espaço apropriado ao desenvolvimento de

rituais, onde se reúnem os Maçons. Suas dimensões e disposições de seus elementos obedecem certos cânones, seu acesso se dá exclusivamente pelo Átrio via Pórtico, sendo cercado de toda segurança contra devassamento por profanos. O Templo, como símbolo, tanto representa o homem como o universo. A sua construção simbólica, no conjunto de seus emblemas, pode-se interpretar todos os mistérios maçônicos, que configuram o homem e ou Universo em sua dimensão supranatural.

Bibliografia: Biblia Sagrada Ritual de aprendiz do Grande Oriente do Brasil

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AS LUVAS BRANCAS-I

O uso das luvas tem intima relação com o avental.

Encontraremos nos rituais continentais da Franco-Maçonaria que era usado na

França e na Alemanha e em outros países, que costumavam presentear luvas aos

candidatos recém-iniciados o avental de pele de cabra e as luvas que em duplicata

para presentear a mulher amada.

O simbolismo máximo das luvas, vem a ser “o que fazes com as mãos” ou “o que

tuas mãos fizeram”.

Quando são presenteadas as luvas à mulher que ama, representa a pureza desta

mulher, assim sendo, o avental e as luvas são igualmente símbolos da pureza dos

atos de cada um.

Pode-se dizer que o avental refere-se ao amor puro e as luvas, as mãos limpas de

seus atos, simbolizando a “purificação” que simbolizada pela ablução compreendia

a purificação nas cerimonias das antigas iniciações dos mistérios sagrados.

As mãos são símbolos das ações humanas e a pureza destas ações, estão

condensadas na pureza da brancura das luvas.

O “Lavabus” (cerimonia de lavar as mãos) é o simbolismo externo da purificação

interna por isso diz o Salmista: LAVAREI MINHAS MÃOS NA INOCÊNCIA E DAREI

VOLTAS EM TEU ALTAR OH! JEOVÁ.

Nos antigos mistérios o “lavar as mãos” era sempre precedido de qualquer

cerimonia iniciatica, era o símbolo de: estar limpo e puro de todas as nódoas do

mundo profano.

Na entrada do Templo, na ilha de Creta estava escrito: LIMPA TEUS PÉS, LAVA TUAS

MÃOS E DEPOIS ENTRA.

Não resta dúvida que o “Lavabus” lavar as mãos como símbolo de pureza, é

característico dos antigos rituais, nada se pode oferecer ao Senhor, sem estar com

as mãos limpas.

Pilatos disse: Sou inocente do sangue deste justo, e lavou as mãos.

As luvas na antigüidade eram também usadas para proteger as mãos do frio e do

trabalho rude.

Os maçons as usam para perpetuar suas obras sempre limpas e puras.

As esposas dos maçons as portam em suas bolsas, para serem utilizadas em

emergência.

O gesto de segura-las com os dedos polegar e indicador afastado do corpo indica

que esta solicitando socorro, e então todo o maçom irá em seu auxilio.

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Símbolo da pureza, assim são consideradas as Luvas Brancas dentro da maçonaria, são elas recebidas pelos

Aprendizes quando de sua iniciação.

Inúmeros são os símbolos da Liturgia Maçônica e, dentre eles, destaca-se o da entrega aos neófitos das luvas brancas quando, nos últimos momentos da Iniciação. O Venerável anuncia, então, que aquelas luvas brancas constituem o símbolo de sua admissão nas fileiras dos homens livres e de bons costumes.

Os homens distintos e elegantes, as damas da sociedade fina e os militares galonados deitaram a moda das luvas brancas. Estas chegaram a fazer parte dos ornamentos que recebiam os bispos no ato da sua sagração, com a designação de “luvas litúrgicas", simbolizando a castidade e a pureza.

A entrega das luvas brancas aos neófitos da Maçonaria ficou justificada na mesma intenção deferida aos bispos dantanho. Cobrindo suas mãos com elas, o maçom é levado a compreender, primeiramente, que sua mão direita nunca deverá saber o que faz a esquerda. Também o Venerável lhe explica que são “o símbolo de sua admissão no Templo da virtude, indicando, por sua brancura, que ele nunca deverá manchá-la nas águas lodosas do vício”.

A rigor se seguíssemos as tradições, deverse-ia usar as Luvas Brancas em todas as Sessões. Esta tradição pouco a pouco foi caindo , principalmente nos países quentes. Todavia este costume não foi de todo abandonado. Muitos Maçons americanos e europeus ainda observam esta tradição.

As Luvas Brancas também evocam a lembrança dos compromissos assumidos durante a Iniciação.

A posse das luvas brancas não revela nenhuma interpretação mística, mas sim o que possa haver de mais ativo e fecundo para a orientação no cumprimento do dever. Alcança tanto a destinação da própria personalidade do iniciado como a de sua família.

Pelo que ficou esclarecido, a Ordem dos homens livres não se restringe a entregar somente um par de luvas a cada um dos

iniciados. Entrega um outro par que são destinadas àquelas que mais direito tiver a vossa estima e ao vosso afeto. Foi dito, a

que mais estima e não a que mais ama, porque o amor às vezes exprime um sentimento “cego” e pode enganar em relação às

qualidades morais e intelectuais daquela que deva ser a inspiradora das ações generosas.

Vê-se, pois, que a Maçonaria, no grande momento da recepção de seus convidados,

lembra-se da mulher, numa homenagem justa e sincera. Não se esquece de que a mulher esposa tem por sua vez os direitos sustentados desde os dias do chamado “Pontificado Romano".

Mas, esposa, Irmã, filha ou mãe é sempre a mulher que distribui consolação, promove alentos e distribui conforto, tanto nas horas felizes da família como nas atribulações e nos desfalecimentos da vida e de seu esposo. Portanto, tal homenagem da Maçonaria é, sob todos os aspectos, mais do que procedente.

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Um provérbio persa diz: “Não firas a mulher nem com a pétala de uma rosa”. A Maçonaria reforça este ditado ainda mais: e nunca firas a mulher com um lampejo de pensamento. Seja ela moça ou idosa, formosa ou feia, má ou bondosa, delicada ou áspera, sabe ser sempre o segredo do Grande Arquiteto do Universo. É a incansável colaboradora de Deus no seio da humanidade. À margem de todas as filosofias está a vida. E a perpetuação da vida foi confiada pelo ser dos seres: à mulher.

O nível de igualdade em que a Maçonaria coloca o homem e a mulher, destinando a cada um o par de luvas brancas cimenta a certeza dos nobres exemplos transportados aos seus obreiros cônscios das responsabilidades assumidas perante as assembléias de maçons que o recepcio-naram.

Tais luvas são símbolos da admissão dos recém-iniciados como caráter evidente da pureza das intenções que deve observar sempre o maçom em suas ações. Portanto, recebendo-as, ele deve cuidar com toda atenção para não manchá-las como egoísmo e com a subserviência às paixões que embrutecem o homem.

BIBLIOGRAFIA: -Estudos maçônicos sobre o simbolismo – Nicola Aslan -Dicionário de Maçonaria – Ed. Pensamento -A Maçonaria – usos e costumes

As ordens arquitetônicas foram descritas por Vitrúvio (Marcus Vitruvius Polo) arquiteto e engenheiro

romano que viveu um século antes da nossa era. Durante séculos as instruções detalhadas contidas nos “Dez Livros de Arquitetura“ foram seguidas mais

ou menos fielmente e usadas em toda a extensão de tempo do Império Romano. Após a queda desse Império, as formas bárbaras de arquitetura foram introduzidas e as

instruções canônicas de Vitrúvio foram ignoradas ou deturpadas. Os Dez Livros de Arquitetura escritos por Vitrúvio, são um computo completo da arquitetura, desde a

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educação inicial do arquiteto, passando pelos princípios fundamentais da arte, da localização geomântica dos templos e das cidades, das casas para moradia, dos materiais, das formas de arquitetura, até a pintura, a maquinária e as artes militares.

Vitrúvio afirma que quando se consegue a comodulação perfeita, ou seja, a ligação de todos os elementos

arquitetônicos com o todo, por meio de um sistema de proporção, consegue-se a “Eurritmia” que consiste na beleza e conveniência no ajustamento das partes.

Determina que a “simetria”, é a concordância justa entre as partes da própria obra e a relação entre os

diferentes elementos e todo o esquema geral. Vitrúvio também demonstra a harmonia simétrica que existe entre o antebraço, o pé, a palma, o dedo e as

outras partes menores do corpo humano. Compara essas partes às partes de um edifício, continuando a antiga tradição do edifício sagrado visto em

termos do corpo de um homem, em termos do microcosmo. Deve-se agradecer a Vitrúvio o fato de ter sido ele quem preservou em seus escritos essas formas

arquitetônicas, em especial as da arquitetura grega, no que diz respeito às “colunas’ das ordens Dórica, Corintia, Jôníca, Compósita e Toscana.

A ordem Dórica era em honra de Minerva, Marte e Hércules. A ordem Corintia para honrar Vênus, Proserpina, Flora, para Água da Fonte e para as Ninfas.

E a ordem Jônica para Juno, Diana, Baco e outros deuses. As ordens Compósita e Toscana, são mais simples que a Dórica e em Maçonaria elas não

estão incluídas em nossos estudos. Cumpre esclarecer que a Dórica provem de Dorus, filho de Hellen rei de Achaia e do Peloponésio,

caracterizando a Coluna Dórica pela falta de base.

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A Coluna Jónica caracteriza-se pelo seu capitel com um duplo enrolamento, chamado voluta e apresenta

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em seu fuste 24 meias canas, separadas por filetes, não formando canto vivo, como acontece na Dórica. A Coluna Corintia, tida como a mais bela, o fuste é liso ou canelado e o seu capitel imita um cestão de

folhas de acanto. Ela foi criada pelo escultor Calímaco de Corinto, advindo dai o seu nome. Se considerarmos a altura, o diâmetro, o fuste, o capitel e o estilo de cada coluna, poderemos

tirar grandes conclusões em relação a Beleza, Força e Sabedoria. BIBLIOGRAFIA: - CADERNO DE ESTUDOS MAÇÔNICOS – Ed. Trolha - MAÇONARIA UNIVERSAL – Ed. Masdra - INFOR MAÇOM - 1990

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AASS RROOMMAASS EE SSEEUU SSIIGGNNIIFFIICCAADDOO Em cada uma das duas colunas de entrada do templo, existem esferas de bronze

que representavam romãs. Em função das informações dos livros da Bíblia (I Reis, II Crônicas e Jeremias) e das interpretações dadas, há uma certa confusão quanto ao número de romãs que existiam em cada coluna e se eram naturais ou de metal. Em I Reis 7, 41-42 é dito “Hiram concluiu, pois, toda a obra que o Rei Salomão lhe mandara fazer para o templo do Senhor: duas colunas, dois capitéis esféricos para o alto das colunas, duas redes para cobrir os capitéis esféricos que estão sobre as colunas; quatrocentas romãs para as redes, duas fileiras de romãs para cada rede, para cobrir os dois capitéis esféricos que estão no alto das colunas. Em II Crônicas, 4, 11-13 é dito “Hiram fabricou as caldeiras, as pás e as bacias, terminando desta maneira todos os trabalhos que tinha que fazer para o rei Salomão no templo de Deus, a saber: duas colunas com os capitéis e as arquitraves que lhe estavam sobrepostas duas redes que cobriam os capitéis com as arquitraves que estavam sobrepostas às colunas, quatrocentas romãs das quais duas fileiras ornavam as grades que cobriam os capitéis com as arquitraves que estavam sobre as colunas. Voltando a I Reis 7,20 tem-se ”Os capitéis colocados sobre as duas colunas elevavam-se acima da parte mais grossa da coluna, além da rede; em volta dos dois capitéis, havia duzentas romãs dispostas em círculo”. Em Jeremias 52, 21-23 tem-

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se “A altura de uma dessas colunas era de dezoito côvados, e um cordão de doze côvados cingia-Ihe à volta, sendo a espessura de quatro dedos e oco o seu interior”.

Encimava-as um capitel de bronze de cinco côvados e uma grade e romãs também de bronze, cercavam o alto do capitel. Era semelhante a esta a segunda coluna, com romãs, em torno, em número de noventa e seis e o total das romãs, em volta da grade era de 100. Verificando-se os autores maçônicos, observa-se dados diferentes, tais como: Castro fazendo uma análise dos textos bíblicos diz que o número de romãs de cada coluna parece ser de 100. Já Leadbeater (1989), entre ou-tras, afirma “a Bíblia nos diz inequivocamente que havia duzentas romãs em cada coluna”. Considerando que havia duas fileiras de romãs para cada rede e que cada fileira possuía 100 unidades, é provável que o número de romãs por coluna era de 200, e não de 100, conforme édito em Jeremias 52, 23 e é claro, tanto em I Reis,

II Crônicas e Jeremias que as romãs eram feias de bronze polido. Do ponto de vista maçônico diz Souza (1984) que a romã é fruta sagrada,

simbolizando a comunidade de Maçons reunidos na Sublime Instituição que sob a mesma casca, abriga muitos grãos.

A ROMÃ DO PONTO DE VISTA FITOLÓGICO A romã é o fruto da romãzeira (Púnica granatum L.), que é um arbusto ramoso, capaz de viver cerca de

100anos (Gomes, 1973). Fitologicamente é na verdade um pseudofruto, denominado de BALAÚSTA ou BALAÚSTE tendo, quando madura, cerca de 10cm de diâmetro. E um caso único no reino vegetal. É originária do oriente (Irã ou Afeganistão) conforme diz Kumagai (1989), apresenta muitas sementes com episperma suculento, intercaladas por membranas esbranquiçadas. É um pseudofruto porque o receptáculo faz parte integrante, sendo soldado ao ovário, que é ínfero com duas fileiras de carpelos superpostas. Na, pode-se observar uma romã cortada longitudinalmente. Podemos concluir que a romã é realmente uma fruta sagrada e que representa a união que deve ter entre nós, mas que a individualidade de cada um deve ser respeitada e que podemos viver juntos, procurando o mesmo objetivo: o bem-estar da humanidade, levantando-se templos às virtudes e cavando-se masmorras ao vício.

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AS DUAS COLUNAS (1º Livro dos Reis, Cap.VII - Bíblia)

Para a construção do Templo, o Rei Salomão trouxe de Tiro, um artesão de nome Hiran Abif, israelita

por parte de pai e nephtali, por parte de mãe. Foi esse homem quem executou todos os ornatos do Templo de Salomão, incluindo as 2 colunas construídas em bronze, que simbolicamente representavam as 2 colunas de homens que Moisés dirigiu quando da fuga dos Hebreus do Egito.

No alto das duas colunas, Hiran colocou um capitel fundido em forma de lírio. Ao redor deste, uma

rede trançada de palmas em bronze, que envolviam os lírios. Desta rede, pendiam em 2 fileiras, 200 romãs. À coluna da direita foi dado o nome de J.’. (Y.’.) e à da esquerda, B.’.. Atribui-se à coluna J.’. a cor vermelha – ativo, Sol ; e à coluna B.’. a cor branca ou preta – passivo, Lua. O Vermelho simboliza a inteligência, a força e a glória; o Branco simboliza a beleza, a sabedoria e a vitória.

Há quem suponha que as colunas se destinariam à guarda dos instrumentos e ferramentas

dos operários, e que junto a elas estaria o local onde os operários recebiam seus pagamentos pelos serviços prestados. Nestas colunas, estariam guardados ainda as espécies e o ouro com que os operários seriam pagos. No entanto, pelo tamanho das colunas fornecido pela Bíblia, seria impossível, em tão pequeno espaço, caberem todas as ferramentas e instrumentos, além do ouro e espécies. Tampouco essa suposição é suportada pela Bíblia, que em nenhum momento cita as colunas como local possuidor de portas ou armários.

Na tradução latina dos nomes, Y.'. significa “Ele firmará” e B.'. , “nele está a força” , ou seja “Ele

firmará a força”; ou ainda, “nele está a força que firmará”, como quem quer dizer que Nele, em Deus, está a força necessária à estabilidade, ao sucesso. Assim sendo, as 2 colunas simbolizam a presença do Senhor no Templo.

As Romãs, os Lírios e as Correntes: As romãs são frutas muito interessantes. De sabor suave e agridoce, ela possui muitas sementes

avermelhadas e unidas. Crescem em árvores que mais se assemelham a arbustos. Oval, em sua extremidade inferior tem um terminal exatamente como uma pequena coroa. Conforme amadurece na árvore, a romã passa do verde para o amarelo e para o vermelho, inchando tanto, que em determinado momento ela racha e suas sementes vão ao chão, germinando novas árvores.

Essa quantidade imensa de sementes e a forma como ela se propaga, a fez símbolo da virilidade

masculina, da fecundidade e da riqueza. Salomão, que a fez símbolo de seu reinado, dizia ter poderes afrodisíacos, em especial seu suco e o vinho dela produzido, consumido em Israel desde seus primórdios.

Na Maçonaria, os grãos da Romã, mergulhados em sua polpa transparente, simbolizam os maçons

unidos com a energia e a força necessárias para realizarem o trabalho. Os Lírios, por sua vez, simbolizam a pureza e a virgindade: a beleza feminina. Representam a chama

pura e fecundante: o calor. Além dos lírios e das romãs, sete voltas de correntes envolvem o capitel das colunas. Entre os

antigos, as correntes representavam o cativeiro experimentado pelo povo judeu, mas, o verdadeiro significado

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dessas correntes nas colunas é obscuro. Para a Maçonaria representam, por um lado, os laços que acorrentam os profanos e, pelo outro, os elos que unem os maçons.

As Sete Lágrimas de um Velho Maçom Num cantinho do Templo, sentado num banquinho, fitando o Delta Luminoso, um triste e velho Mestre Maçom chorava. De seus olhos, estranhas lágrimas escorriam-lhe pela face e, sem saber o porquê, eu as contei: foram sete. Na incontida vontade de saber, eu me aproximei e o interroguei, "Fala, meu Velho Mestre! Diz ao teu eterno Aprendiz por que externais assim tão visível dor?" E ele, suavemente, me respondeu, "Está vendo estes Irmãos que entram e saem? As lágrimas contadas estão distribuídas a alguns deles." "A Primeira, eu dei a esses indiferentes, que não dão valor a história, ao esoterismo, a liturgia e ritualística, e que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber." "A Segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam desacreditando nos velhos Mestres e na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam". "A Terceira, distribuí aos maus, àqueles que somente procuram a Loja para promover a discórdia entre os Irmãos". "A Quarta, aos frios e calculistas que, mesmo sabendo que existe uma Força Espiritual, procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra Amor". "A Quinta, aos que chegam com suavidade, tem o riso e o elogio da flor nos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio no G.'.A.'.D.'.U.'. na Ordem e nos meus Irmãos, mas somente se eu puder me servir". "A Sexta, doei aos fúteis que vão à Loja buscando aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente". "A Sétima, meu amado Irmão, foi grande e deslizou pesada! Foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos do Verdadeiro Maçom. Fiz doação desta aos Irmãos vaidosos que esquecem que existe o respeito e que existem Irmãos precisando de caridade e tantos seres humanos necessitando de amparo material e espiritual". "Assim, caro Irmão, foi para todos estes que vistes cair estas lágrimas, uma a uma." Se Perguntarem: Quantos sois vós? Respondereis: SOMOS UM SÓ.

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As Três Viagens Simbólicas

Quando alguém ingressava nos Mistérios Menores, na Grécia ou Egito, se considerava que o

primeiro e mais importante ensino que ele havia de receber, era a verdade acerca das con-

dições depois da morte, pois tinham em conta que o homem pode morrer a qualquer instante

e, portanto, deve possuir tal conhecimento. Presentemente prosseguimos com a mesma

prática, e as três viagens simbólicas constituem a parte principal desse ensino.

O candidato tem de passar por três pórticos ou portais. São invisíveis aos olhos do corpo físico, mas perfeitamente reais porque estão construídos com o pensamento.

O primeiro portal como já dissemos, é um emblema da morte ou seja, a passagem do mundo físico para a nova etapa de vida no subplano inferior do mundo astral. O candidato entra às cegas no mundo astral, mas o seu condutor o guia pelo caminho, este amigo é o Seg.’. Diac.’. que, simboliza o principias nota o toque de um amigo que lhe toma pela mão ou o braço, eo astral ou emocional da constituição humana.

Ao dar a primeira volta na Loja, ou a primeira viagem simbólica, sente-se o candidato rodeado por horríveis ruídos, entre eles o retinir de cadeiras e de espadas, que revelam a barafunda e confusão dominantes no subplano inferior do mundo astral, onde se reúnem depois da morte os escravos da sensualidade, do temor, do ódio, da malícia e da vingança.

Depois o Seg.’. V.’. explica que esta viagem é um débil simulacro das provas por que o candidato havia de passar nos antigos Mistérios, quando era conduzido pelas tenebrosas cavernas, símbolo do mundo astral inferior, entre tumultuosos ruídos e rodeado de perigos que não podia compreender. Não é provável que a maioria dos que ingressam na Ordem maçônica, tenha de passar depois da morte pelo subplano inferior do mundo astral; mas se tal lhes acontecer, estarão preparados para suportar a prova, tranquilamente e sem temor.

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Quando o candidato se aproxima do lugar do Seg.’. Vig.’., chega ao segundo portal, e é ali apresentado aos elementos da terra e da água, pertencentes à região onde simbolicamente acaba de chegar, a qual pode considerar-se constituída pelos subplanos sólido e líquido do mundo astral. Primeiro o candidato se volta para o norte e faz uma apropriada oferenda aos elementais da terra; e depois se volta para o sul, para faze-la aos elementais da água.

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Estes elementais não são as mesmas criaturas que intervieram na construção do templo; mas estão completamente sob a obediência de seu chefe, que por sua vez obedece ao Seg.’. Vig.’. como guardião do segundo portal. Pertencem à espécie dos que às vezes são chamados espíritos da natureza, que rodeiam e reconhecem daí em diante o indivíduo que lhes foi apresentado. Após esta cerimônia se o candidato se achar em qualquer classe de perigo não físico, ou na presença de uma influência maligna, poderá atrair para o redor de si um corpo de guardas constituído destes, mercê da fraternidade que acaba de estabelecer com eles.

O Seg.’. Vig.’. está sentado em seu posto, que por assim dizer se acha dentro da espessura do muro desse portal. À direita do portal estão agrupados os elementais da terra, e à esquerda os da água, à maneira de astutos duendes dispostos a impedir com prazer a intrusão em seus domínios até que o candidato lhes seja formalmente apresentado e lhes demonstre suas amistosas intenções por meio de uma oferenda formal.

O discernimento entre o superior e o inferior, entre o real e o irreal, capacitou o candidato a passar são e salvo pelas regiões ou subplanos inferiores do mundo astral. Ao pedir o Seg.’. Diac.’. passagem para o seu recomendado, diz aos elementais que se trata de um cego mortal sedento de imortalidade. A passa-gem pelas regiões dos elementais em sua peregrinação para os planos superiores, predispõe o candidato a entregar tudo quanto lhe pertence, isto é, toda a matéria pertencente àqueles níveis: a terra à terra e a água à água. Depois da morte devem permanecer nesta região todos aqueles que se apegam ao grau inferior da existência emocional, que se incorpora a esta categoria de matéria. Somente quando tiverem se purificado através dos sofrimentos, e estiverem prontos a abandonar suas baixas emoções, poderão alijar esta matéria de seus corpos astrais e passar para as zonas superiores do plano astral. O candidato não permanecerá ali, porque o discernimento lhe ensinou que há algo melhor. Daí em diante ele será reconhecido como um dos Irmãos de luz e imortalidade e não em estado de trevas como os que se acham em níveis inferiores.

A segunda viagem simbólica é análoga à primeira, com a diferença de que os ruídos são suaves e não estrepitosos. O candidato está ainda no mundo astral, mas na parte intermediária, muito mais fina e sutil que a que acaba de atravessar. Esta última é a região das cegas paixões: e aquela, a das comuns emoções humanas. Os desejos que apegam o homem à matéria desta região intermediária não são de modo algum repreensíveis, mas não favorecem o progresso. Todos os prazeres do corpo, que não sejam grosseiros, constróem aqui seu alojamento para morada das almas dos mortos, até que abandonem tais prazeres e estejam dispostos a seguir adiante.

O candidato chega ao terceiro portal, situado junto ao lugar do Prim.’. Vig.’., que é o seu guardião. Ali, de face para o Oriente, o apresentam aos elementais do ar, que guardam o lado direito do portal, e de face para Ocidente, aos elementais do fogo, que guardam o lado esquerdo.

A carência de desejos é a qualidade que pode capacitar o candidato a passar através de engodos desta região, pelo que uma vez mais entrega aos elementais o que desta região possui. E passa adiante, já amigo deles, que estarão sempre prontos a lhe emprestar seus tesouros, porque sabem que é um Irmão da luz e que não os guardará para si mesmo, mas lhes dará boa aplicação e lhes devolverá oportunamente.

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O Prim.’. Vig.’. explica que nos antigos Mistérios, quando nesta terceira viagem o candidato saía das tenebrosas cavernas, entrava numa região de silêncio, símbolo dos subplanos superiores do mundo astral, onde não podem penetrar os sonhos ásperos, grosseiros, conquanto haja ainda ali alguma desarmonia entre as almas.

Não é incongruente considerar a vida no plano astral depois da morte como uma viagem ou série de viagens. A pessoa “morta” experimenta uma sucessão de bem assinaladas mudanças, à medida que seu corpo astral se vai subtizando pela eliminação das partículas de matéria grosseira. Durante a vida física, as emoções do homem atuaram como imãs que atraíram para o corpo astral matéria grosseira dos subplanos inferiores deste plano, quando eram baixas, e matéria fina e sutil dos subplanos superiores do mesmo plano, quando eram elevadas. Após a morte, o homem tem de permanecer sucessivamente em cada um de tais subplanos, até haver eliminado de seu corpo astral a matéria peculiar do subplano correspondente. O maçom que conhece o significado das viagens simbólicas, está preparado, depois da morte, para vencer suas emoções baixas e libertar-se prontamente da matéria grosseira a fim de passar o quanto antes para o mundo celeste.

A terceira viagem simbólica se efetua sob completo silêncio, O qual figura a parte superior do mundo astral, contígua ao mundo celeste. Ao terminar a terceira viagem, o V.’. M.’. explica ao candidato que o morto cujas experiências ele reproduziu, havia naquela etapa atingido os umbrais do mundo celeste, onde o silêncio perfeito lhe acalma os fatigados sentidos e o envolve numa tranquila e inefável paz. Atrás de si ficou o mundo inferior; diante dele estão as alegrias do céu, e no espaço intermediário reina o silêncio. Tal era e é a sua experiência nos verdadeiros Mistérios. Era simbolizada pelo silêncio absoluto nos Mistérios do Egito e Grécia; na Maçonaria é recordada no silêncio da terceira viagem simbólica.

Neste ponto terminaram as viagens. Na cerimônia não mais se mencionam portais nem elementais, ainda que em conjunto haja sete ordens e alguns povos antigos os tenham reconhecido em seu culto, reverenciando os Devas do Norte, Sul, Este, Oeste, Zênite, Nadir e o centro de todos. Por esta ocasião não vai o candidato mais além dessa região do plano astral. Foi apenas introduzido num mundo que haverá de visitar muitas vezes antes de poder percorrê-lo facilmente, e viver e atuar ali com perfeito desembaraço.

Nesta etapa de seu progresso ele simboliza o discípulo na senda probatória, e deve exercitar as três qualidades de discernimento, ausência de desejos, boa conduta ou autodomínio, que o livrarão do plano emocional, como se livrou do plano físico antes de entrar na Loja.

Com o tempo e mediante a prática dessas três virtudes, o candidato será capaz de percorrer todo o plano astral à vontade, porque o discernimento lhe conferirá poder mental; a ausência de desejos, o poder emocional, e a boa conduta, o poder volitivo. De sorte que não haverá necessidade de cerimônia alguma para que o candidato passe sem obstáculo através da parte superior do plano astral, porque ali tudo responde instantânea e obedientemente à vontade do homem iluminado. Facilmente se reconhecem ali os Irmãos da Luz.

Esta parte do ritual deriva principalmente dos graus simbólicos ou genuínos do Antigo e Aceito Rito Escocês, mas não vigora nos trabalhos da Grande Loja da Inglaterra. O ritual escocês, que se pratica nas Lojas que trabalham sob os auspícios do Supremo Conselho da França, prescreve as três viagens

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simbólicas, com ruídos e estrépidos de espadas na primeira viagem; com um “cliquetis d’armes blanches” (tinido de armas brancas) na segunda, e perfeito silêncio na terceira, mas não há invocação dos elementais, embora se comparem as viagens às antigas provas por terra, fogo e água.

Na Maçonaria da Inglaterra não entravam espadas na Loja, e na época em que todo cavaleiro cingia a espada, deixava-a fora do templo; mas a Comaçonaria as emprega na Loja, como poderosos instrumentos de amor na magia prática do ritual.

Bibliografia: A vida oculta na Maçonaria(C. W. Leadbeater)

A viagem do neófito significa o esforço que faz um homem para adquirir seu objetivo. Na cerimônia do primeiro grau deve o candidato realizar três viagens: a primeira está cheia de dificuldades e

apresenta-se com muitos perigos e rumores.

Representa a prova da água ou domínio do corpo de desejos ou sua purificação. O guia ou Cristo interior ensina-

lhe o bom e o verdadeiro e o candidato deve ser dócil a suas insinuações e instruções. A direção dessa viagem é de

Ocidente para Oriente pelo lado do Norte. O Ocidente é o mundo sensível e material; é a parte inferior do corpo

humano onde residem os fenômenos objetivos do universo. A Verdadeira Luz nele se acha posta como quando se

põe o Sol. Acha-se velada como Isis e o Iniciado deve desvelá-la por seus esforços.

A realidade e a Luz nascem no Oriente ou cabeça do homem. É ali que brilha com todo

esplendor. A viagem começa do Ocidente quer dizer do seu conhecimento objetivo da realidade exterior. O

homem se encaminha pela obscura noite do Norte em busca da Verdadeira Luz no Oriente. Não devem assustá-lo a escuridão nem as dificuldades que se encontram em seu caminho para chegar à Luz. Uma vez chegado ao Oriente, mundo da luz, não deve deter-se ali; ao contrário, deve voltar ao Ocidente com a consciência iluminada que lhe permita arrostar, com mais serenidade, as dificuldades e preconceitos do mundo, que JS não têm poder de desviá-lo do caminho porque purificou seu corpo de desejos e dominou suas paixões com o reconhecimento da verdade. Também tem outro significado: uma vez que o candidato se acha iluminado, não deve guardar sua iluminação para si; deve instruir e iluminar os demais que se encontram ainda

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no Ocidente ou mundo material. Já se disse que a câmara de reflexões representa a prova da terra ou o domínio do mundo físico. A

primeira viagem é o domínio do mundo de desejos; a segunda representa o triunfo sobre o corpo mental ou

mundo mental.

Esta segunda viagem é mais fácil que a primeira; já não há obstáculos violentos. O esforço feito na primeira nos ensinou como superar as dificuldades que se encontram no caminho da evolução, uma vez dominados nossos desejos.

O choque de espadas que se ouve durante essa viagem o emblema das lutas que se travam

em redor do iniciado. É a luta individual consigo mesmo para dominar sua mente elaboradora dos pensamentos negativos. É o segundo esforço para regrar a vida em harmonia com os Ideais elevados. É o batismo do ar praticado pelas escolas; é a negação do negativo; é a preparação para receber o Batismo de Fogo ou do Espírito Santo, ou seja, a afirmação no positivo.

O Batismo do Ar, objetivo da segunda viagem, é a purificação da mente e da imaginação de

seus erros e defeitos. A terceira viagem representa o Batismo do Fogo e realiza-se no entanto com mais facilidade

que os precedentes, pois desaparecidos os obstáculos e ruídos, só se ouve uma música profunda e harmoniosa.

Dominando e purificando a parte negativa de sua natureza causadora de dificuldades,

familiariza-se o iniciado com a energia do fogo, quer dizer, chega a ser consciente do Poder Infinito do Espírito que se acha em si mesmo. É a descida do Espírito Santo em línguas de Jogo, que depura todo traço de erros que dominavam a alma.

É a prática do fogo nas antigas iniciaç6es, o elemento mais sutil, de que nascem todas as

coisas e em que todas se dissolvem. E o domínio do mundo do Espírito de vida, cujas fronteiras tocam o mundo Divino.

A descida do Espírito sobre o iniciado com seu fogo, faz desaparecer as trevas dos sentidos e

com ela toda a dúvida e vacilação, dando-lhe essa Serenidade Imperturbável em que a alma descansa para sempre ao abrigo de todas as influências tempestades e lutas externas.

Esse fogo é a essência do Amor infinito, impessoal, livre de todo desejo, impulso pessoal que

dá poder ao Iniciado de operar milagres porque nele se converte em Fé Iluminada e em força ilimitada por haver ele vingado todos os limites da ilusão.

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AS VIAJENS DO APRENDIZ

A Primeira Viagem A viagem significa o esforço que faz um homem para adquirir seu objetivo.

Na cerimônia do primeiro grau deve o candidato realizar três viagens: a primeira está cheia de dificuldades e apresenta-se

com muitos perigos e rumores. Representa a prova da terra ou domínio do corpo e dos desejos. O guia ou Cristo interior ensina-

lhe o bom e o verdadeiro, e o candidato deve ser dócil a suas insinuações e instruções. A direção dessa viagem é de Ocidente

para Oriente pelo lado do Norte, O Ocidente é o mundo sensível e material; é a parte inferior do corpo humano onde residem os

fenômenos objetivos do universo. A Verdadeira Luz nele se acha posta como quando se põe o Sol. Acha-se velada como Isis e o

Iniciado deve desvelá-la por seus esforços.

A realidade e a Luz nascem no Oriente ou cabeça do homem. É ali que brilha com todo esplendor.

A viagem começa do Ocidente quer dizer do seu conhecimento objetivo da realidade exterior. O homem se encaminha pela obscura noite do Norte em busca da Verdadeira Luz no Oriente. Não devem assustá-lo a escuridão nem as dificuldades que se encontram em seu caminho para chegar à Luz.

Uma vez chegado ao Oriente, mundo da luz, não deve deter-se ali; ao contrário, deve voltar ao Ocidente com a

consciência iluminada que lhe permita arrostar, com mais serenidade, as dificuldades e preconceitos do mundo, que já não têm poder de desviá-lo do caminho porque purificou seu corpo de desejos e dominou suas paixões com o reconhecimento da verdade. Também tem outro significado: uma vez que o candidato se acha iluminado, não deve guardar sua iluminação para si; deve instruir e iluminar os demais que se encontram ainda no Ocidente ou mundo material.

A SEGUNDA VIAGEM Já se disse que a câmara de reflexões representa a prova da terra ou o domínio do mundo físico. A primeira viagem é o domínio do mundo de desejos; a segunda representa o triunfo sobre o corpo mental ou mundo mental.

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Esta segunda viagem é mais fácil que a primeira; já não há obstáculos violentos, o esforço feito na primeira nos ensinou como superar as dificuldades que se encontram no caminho da evolução, uma vez dominados nossos desejos.

O choque de espadas que se ouve durante essa viagem é o emblema das lutas que se travam

em redor do iniciado. É a luta individual consigo mesmo para dominar sua mente elaboradora dos pensamentos negativos.

É o segundo esforço para regrar a vida em harmonia com os Ideais elevados. É o batismo do ar

praticado pelas escolas; é a negação do negativo; é a preparação para receber o Batismo de Fogo ou do Espírito Santo, ou seja, a afirmação no positivo.

O Batismo do Ar, objetivo da segunda viagem, é a purificação da mente e da imaginação de

seus erros e defeitos.

A TERCEIRA VIAGEM A terceira viagem representa o Batismo do Fogo e realiza-se no entanto com mais facilidade que os precedentes, pois desaparecidos os obstáculos e ruídos, só se ouve uma música profunda e harmoniosa. Dominando e purificando a parte negativa de sua natureza causadora de dificuldades,

familiariza-se o iniciado com a energia do fogo, quer dizer, chega a ser consciente do Poder Infinito do Espírito que se acha em si mesmo. É a descida do Espírito Santo em línguas de fogo, que depura todo traço de erros que dominavam a alma.

É a prática do fogo nas antigas iniciações, o elemento mais sutil, de que nascem todas as

coisas e em que todas se dissolvem. É o domínio do mundo do Espírito de vida, cujas fronteiras tocam o mundo Divino.

A descida do Espírito sobre o iniciado com seu fogo, faz desaparecer as trevas dos sentidos e

com ela toda a dúvida e vacilação, dando-lhe essa Serenidade Imperturbável em que a alma descansa para sempre ao abrigo de todas as influências, tempestades e lutas externas.

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Esse fogo é a essência do Amor infinito, impessoal, livre de todo desejo, impulso pessoal que

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dá poder ao Iniciado de operar milagres, porque nele se converte em Fé iluminada e em força ilimitada por haver ele vingado todos os limites da ilusão.

AS VIRTUDES DO MAÇOM

As pessoas muitas vezes retratam a Maçonaria como algo aparte, distante; uma atividade realizada em particular por um grupo de elite hipotecado conjuntamente por motivos de interesse próprios.

Talvez essa imagem seja fruto do desconhecimento, inveja ou ainda das atitudes d'aqueles que se dizem maçons, mas que na verdade nunca o foram.

Mas, nada melhor do que a postura para mostrar que na verdade o Maçom Livre é acima de tudo um cidadão do mundo, de quem o dever é não para com ele, mas para sua família, seu país e seus companheiros.

Tolerância - É uma das senhas da Maçonaria Livre. Em um mundo onde o senso natural de fraternidade é freqüentemente submergido sob o peso opressivo da intolerância sectária, ou do nacionalismo estridente que é o reverso do verdadeiro patriotismo, esta é estimulante para lembrar-nos que a não distinção de cor, religião ou classe social é uma conseqüência para.o verdadeiro maçom em sua parte com seus irmãos.

Exatamente como todos os homens são iguais à vista de Deus, assim eles são aos olhos maçônicos. Realizações - O compromisso maçônico para melhoramento do homem encontra algumas expressões práticas - não somente em trabalhos de caridade, mas também em projetos educacionais e empreendimentos que visem promover entendimento recíproco entre homens e entre nações.

Escolas, hospitais, creches e bibliotecas são exemplos do que pode ser realizado, construindo ou patrocinando-os, abertos a todos, maçons ou não, os quais a propósito não confinam a si mesmos, propriedade de material maçônico.

Caridade - Se aqueles de fora da Arte estão incertos do que a Maçonaria é, eles geralmente tem um quadro claro do que é feito.

O trabalho de caridade é bem conhecido, e enquanto for preciso dos irmãos em angustia , tem sido e será sempre uma prioridade na Arte.

O dever dos Maçons para "dar em causa da caridade" foi acentuada por Willian Preston em sua "Illustrations of Mansonry" (1772) - Ilustrações da Maçonaria:

"Atenuar o aflito é uma obrigação e dever de todos os homens, mas, particularmente dos Maçons

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Livres, que são ligados juntamente através de uma indissolúvel cadeia de afeição sincera. Abrandar o infeliz, simpatizar com seus infortúnios, compadecer-se de seus tormentos e restaurar suas mentes perturbadas, é o grande objetivo que temos em vista”.

Integridade - Em comum com todas respostas, para aprofundar experiências espirituais, cada Maçom Livre tem sua própria particular, resposta interior para sua iniciação. Estes sentimentos não podem ser comunicados aos outros, por não existir linguagem que possa expressa-lo completamente.

Embora a Maçonaria Livre não seja uma religião, ela é preocupada com os valores espirituais de seus membros, e exige que eles acreditem em Deus. Este é um importante passo para que sua postura e conduta sejam exemplo para outros homens. Como ele ganha em sua jornada um material valioso para ele mesmo, a Maçonaria torna-se um caminho de vida.

Fidelidade - A Maçonaria Livre busca instilar em seus membros, as virtudes da tolerância, honestidade, caridade e lealdade. O laço invisível que liga todos maçons livres conjuntamente.é.parte.da experiência deles na cultura das Artes - não somente o trabalho dentro da Loja, mas também no mundo.

A qualquer parte onde ele vá, qualquer posição dele na vida, o maçom sabe que quando ele encontra um irmão ele está encontrando alguém quem oferecerá a amizade dele, suporte moral e qualquer ajuda prática que ele possa necessitar.

A Maçonaria Livre em todos sentidos é uma sociedade baseada na verdade: a verdade que é enfatizada no fechamento de todos encontros maçônicos quando os presentes unem-se para expressar fidelidade mútua.

Do latim: "virtudem, virtus" de vir, no sentido de uma caminhada de dentro para fora. Virtudes são inatas; é na "Escola Maçônica" que o homem aprende a ser virtuoso.

Não existe uma enumeração rigorosa das virtudes maçônicas:

"Vigilância, perseverança, do estudo, da lealdade, da tolerância como opostas à ignorância, à hipocrisia e ao fanatismo; da humildade; da amizade, da união, da resignação, da discrição, da fidelidade, da prudência, da temperança, da fé, da esperança, justiça, força, inteligência, sabedoria... BIBLIOGRAFIA:

Dicionário Maçônico - Rizzzardo Da Camino Dicionário de Maçonaria Portuguesa Dicionário Filosófico de Maçonaria - Rizzardo Da Camino Freemasonry - A Celebration of the Craft

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Bandeira do Brasil A atual Bandeira do Brasil foi estruturada pelo sábio Raimundo Teixeira Mendes (1855-

1927) e foi instituída a 19.11.1889 - quatro dias após a fundação da República pelo Decreto nº 4 de 19.11.1889 do Marechal Deodoro da Fonseca .

Suas cores e os motivos que a compõem freqüentemente são referidos à pujança da natureza e das riquezas existentes no solo e no sub-solo de nossa Pátria . Na realidade, refletindo a formação científica, positivista e maçônica de Teixeira Mendes, é o seguinte o significado fundamental de nossa Bandeira:

· O retângulo verde simboliza o Templo do Universo . · O losango, soma geométrica de dois triângulos eqüiláteros opostos pelas bases, simboliza

a perfeita aplicação do cálculo geodésico na determinação dos limites e das fronteiras do território nacional.

· A cor amarela é a alegoria da Seção Dourada, que na Geometria Sagrada simboliza a prevalência da razão, do equilíbrio e da harmonia de proporções.

· O círculo azul simboliza o setor da Esfera Celeste compreendido entre a faixa do Zodíaco e

o Polo Sul Celeste. · A faixa branca simboliza a Via Láctea, a linha de contorno da nossa Galáxia. · A legenda Ordem e Progresso é a síntese da filosofia positivista da evolução da

Humanidade. · A posição das estrelas de nossa Bandeira marcam exatamente, no meridiano do Rio de

Janeiro, o céu do Brasil às 3:00 horas da madrugada de 15 de novembro de 1889. · As estrelas de nossa Bandeira são as seguintes: acima da Via Láctea, isolada, está a

Espiga ou Spica, da constelação de Virgem; abaixo da Via Láctea, estão Sírius, Canopus, Alfa, Beta, Gama, Delta, Ypsilon, Sigma, Antares e as sete componentes da constelação do Escorpião. As estrelas iniciais são pertencentes, respectivamente, às constelações do Cão, do Navio, do Cruzeiro do Sul e do Oitante.

Na suposição de que estas estrelas representassem a divisão geográfica do Brasil, em 1959 o então deputado federal Marechal Mendes de Morais pretendeu modificar a nossa Bandeira, por meio de projeto de lei apresentado no Parlamento Nacional. felizmente, tal projeto não foi aprovado.

· Por todos os conhecimentos matemáticos, astronômicos e filosóficos que contém, a Bandeira do Brasil simboliza a evolução da Humanidade. Jamais povo algum possuiu Insígnia tão magnífica para a sua Pátria.

· Lábaro sagrado, símbolo maior de nossa Liberdade, de nossa Soberania e de nossa Esperança no futuro grandioso de nossa Pátria.

· Querida Bandeira, fortalece nossa vontade e ilumina nossa luta pelos Direitos Humanos: o

Direito à vida e à segurança, o Direito à instrução, ao trabalho e à saúde; o Direito enfim, a uma existência compatível com

a dignidade humana. · Símbolo Augusto de nossa Pátria, pleno de generosidade e de nobreza, recebe dos

obreiros da Paz, sob tua égide aqui reunidos, nossa mais fraterna saudação, e o nosso mais sagrado juramento de fidelidade e de dedicação aos supremos interesses do Brasil.

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BANDEIRAS HISTÓRICAS DO BRASIL

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Bandeira de Ordem de Cristo (1332 - 1651)A Ordem de Cristo, rica e poderosa, patrocinou as grandes

navegações lusitanas e exerceu grande influência nos dois primeiros séculos da vida brasileira. A cruz de Cristo estava pintada nas velas da frota cabralina e o estandarte da Ordem esteve presente no descobrimento de nossa terra, participando das duas primeiras missas. Os marcos traziam de um lado o escudo português e do outro a Cruz de Cristo.

Bandeira Real (1500 - 1521)Era o pavilhão oficial do Reino Português na época do

descobrimento do Brasil e presidiu a todos os acontecimentos importantes havidos em nossa terra até 1521. Como inovação apresenta, pela primeira vez, o escudo de Portugal.

Bandeira de D. João III (1521 - 1616)O lábaro desse soberano, cognominado o "Colonizador", tomou

parte em importantes eventos de nossa formação histórica, como as expedições exploradoras e colonizadoras, a instituição do Governo Geral na Bahia em 1549 e a posterior divisão do Brasil em dois Governos, com a outra sede no Maranhão.

Bandeira do Domínio Espanhol (1616 - 1640)Este pendão, criado em 1616, por Felipe II da Espanha, para

Portugal e suas colônias, assistiu às invasões holandesas no Nordeste e ao início da expansão bandeirante, propiciada, em parte, pela "União Ibérica".

Bandeira da Restauração ( 1640 - 1683)Também conhecida como "Bandeira de D. João IV", foi

instituída, logo após o fim do domínio espanhol, para caracterizar o ressurgimento do Reino Lusitano sob a Casa de Bragança O fato mais importante que presidiu foi a expulsão dos holandeses de nosso território. A orla azul alia à idéia de Pátria o culto de Nossa Senhora da Conceição, que passou a ser a Padroeira de Portugal, no ano de 1646.

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Bandeira do Principado do Brasil (1645 - 1816)O primeiro pavilhão elaborado especialmente para o Brasil. D

João IV conferiu a seu filho Teodósio o título de "Príncipe do Brasil", distinção transferida aos demais herdeiros presuntivos da Coroa Lusa. A esfera armilar de ouro passou a ser representada nas bandeiras de nosso País.

Bandeira de D. Pedro II, de Portugal (1683 - 1706)Esta bandeira presenciou o apogeu de epopéia bandeirante, que

tanto contribuiu para nossa expansão territorial. É interessante atentar para a inclusão do campo em verde (retângulo), que voltaria a surgir na Bandeira Imperial e foi conservado na Bandeira atual, adotada pela República.

Bandeira Real Século XVII (1600 - 1700)Esta bandeira foi usada como símbolo oficial do Reino ao lado

dos três pavilhões já citados, a Bandeira da restauração, a do Principado do Brasil e a Bandeira de D. Pedro II, de Portugal.

Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve (1816-1821)

Criada em conseqüência da elevação do Brasil à categoria de Reino, em 1815, presidiu as lutas contra Artigas, a incorporação da Cisplatina, a Revolução Pernambucana de 1817 e, principalmente, a conscientização de nossas lideranças quanto à necessidade e à urgência de nossa emancipação política. O Brasil está representando nessa bandeira pela esfera armilar de ouro, em campo azul, que passou a constituir as Armas do Brasil Reino.

Bandeira do Regime Constitucional ( 1821- 1822)A Revolução do Porto, de 1820, fez prevalecer em Portugal os

ideais liberais da Revolução Francesa, abolindo a monarquia absoluta e instituindo o regime constitucional, cujo pavilhão foi criado em 21 de agosto de 1821. Foi a última bandeira Lusa a tremular no Brasil.

Bandeira Imperial do Brasil (1822 - 1889)Criada por Decreto de 18 de setembro de 1822, era composta

de um retângulo verde e nele, inscrito, um losango ouro, ficando no centro deste o Escudo de Armas do Brasil. Assistiu ao nosso crescimento como Nação e a consolidação da unidade nacional.

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Bandeira Provisória da República (15 a 19 Nov 1889)Esta bandeira foi hasteada na redação do jornal "A Cidade do

Rio", após a proclamação da República, e no navio "Alagoas", que conduziu a família imperial ao exílio.

Bastões e Cajados no Rito Escocês O Bastão foi sempre usado desde a mais remota antigüidade. Era conduzido pelo Mestre-Sala para

anunciar os visitantes ilustres como também para anunciar à majestade que tudo estava pronto para a cerimônia ser iniciada. Neste caso, o Mestre-Sala ficava bem em frente a Autoridade e a uma boa distância, de modo que todos os presentes pudessem ver com destaque aquele chefe do cerimonial, que, numa posição erecta e marcial e com o bastão na mão direita, anunciava que tudo estava pronto, quando, então, o chefe máximo dava início ao ato.

Quando chegavam os visitantes, o Mestre-Sala os recebia com o seu bastão na mão direita, em posição vertical e com o braço e o antebraço formando um ângulo reto, e à frente daqueles seguia até o lugar para o assento dos recém-chegados.

Bastão na mão direita, com a esquerda livre indicando o caminho a ser percorrido, assim é que o Mestre de Cerimônias ao conduzir qualquer Irm.’. deve proceder. Ao contrário, é anti-ritualístico. Nas demais caminhadas do Mestre de Cerimônias no Templo não há obrigatoriedade de portar o bastão, exceto nas cerimônias da condução da Bandeira Nacional e o seu hasteamento, pois ele como o Chefe do Cerimonial deve estar com o bastão para comandar a Comissão de Recepção.

Com relação aos Diáconos, eles relembram os mensageiros da Autoridade dirigente. Tais mensageiros eram, geralmente, em número de dois, conduziam bastões como o Mestre-Sala, só que usavam os bastões quando iam cumprir uma ordem da Autoridade, visto que o bastão era símbolo da Autoridade, num anúncio de que, quem conduzia estava a serviço do Chefe Maior Presente, e, como tal, todos os respeitavam e acatavam as suas ordens. Sem o bastão, significava que os mensageiros passavam a serem comuns no ato cerimonioso. Na Maçonaria, quando os Diáconos estão cumprindo ordens - o 1º Diácono do Ven.'. M.'., com jurisdição em todo o Templo, ao passo que o 2º Diácono a disposição do 1º Vig.'., com jurisdição em todo Ocidente - devem estar com os seus bastões.

Nunca devemos confundir os bastões com os cajados, pois possuem significados diferentes, já que os cajados eram usados pelos Profetas e Patriarcas, significando, o cajado, o Poder da Divindade Suprema, ao passo que o bastão significa o poder da Autoridade terrena. Nos dicionários, bastão e cajado são a mesma coisa, entretanto, para o misticismo, cajado é o bordão do Pastor, que possui a extremidade superior arqueada, enquanto o bastão é liso e sem arqueadura. O cajado foi usado por Moisés. Basta olharmos a passagem do povo hebreu ao atravessar o Mar Vermelho, quando Moisés orou ao SENHOR e estendeu o cajado em direção ao Mar. Josué fez o mesmo na travessia do Rio Jordão, isto apenas dois exemplos. Por sua vez, o bastão foi usado pelo homem a serviço de outro homem.

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Algumas Potências Maçônicas foram buscar o uso da Espada pelos Diáconos, com base nos Querubins do Santo dos Santos do Templo de Jerusalém, que guardavam a Arca da Aliança. Porém isto não é verdadeiro, pois os Querubins eram de ouro e ficavam na tampa da Arca, num simbolismo de guardiões do cofre

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sagrado. É de todo conveniente lembrar que o Rito Escocês é rito de cavalaria devendo todo Mestre Maçom deste rito, em correspondência ao Oficial Cavaleiro, portar espada em todas as sessões, por ser, esta, parte integrante da indumentária.

Nas cerimônias de Saudação à Bandeira e Recepção de Autoridades Maçônicas, a Comissão de Recepção porta espada e estrela. O maçom, quando conduzindo espada, deve ter o seu braço direito colado ao corpo, formando um ângulo reto com o antebraço. A espada deve ser segura pelo punho com a ponta para cima em posição vertical. É nessa posição que o maçom circula no Templo portando espada, mesmo quando conduzindo estrela na mão esquerda. Na Saudação à Bandeira, o maçom abate a espada, que consistem em dirigi-la com a ponta para baixo, visando um ponto à frente dos pés e localizado um pouco à direita destes. Na Abóbada de Aço, as espadas devem ter suas pontas dirigidas para o alto, fixando-se num ponto acima e à frente de que as porta sem contudo tocarem as pontas umas das outras. É um profundo erro, na Abóbada de Aço, o tinir de espadas, como se ver comumente em muitas Lojas. Outra coisa importante: a Abóbada de Aço é feita exclusivamente para as Autoridades Maçônicas. Quando da recepção de Autoridades Profanas, ou mesmo quando de se deva prestar uma homenagem a uma pessoa, o Ven.'. M.'. deve colocar a Loja de pé, mas nunca fazer Abóbada de Aço. Os Altos Corpos, principais responsáveis pela pureza do Rito Escocês no mundo, afirmam que conduzir ou praticar qualquer ritualística com a espada de Mestre na mão esquerda, exceto no momento da saudação com a mão direita, é uma profunda heresia.

O Cobridor Externo não guarda a sua espada, visto ser ele o defensor externo do Templo. No entanto, ninguém deve levar isto ao pé da letra, pois é apenas simbólico. Na Maçonaria Operativa, o Cobridor Externo vigiava com todo rigor a presença de estranhos, já que a Loja se reunia a céu aberto.

Os bastões não devem ser jogados pelos cantos, porém colocados numa posição vertical e perto dos seus condutores. Também não devem ser ornados com bandeiras, faixas, etc., mas exclusivamente com o símbolo da jóia do seu condutor. Vê-se comumente bastões ornados com a Bandeira do Brasil. Eu, como um dos poucos ritualistas deste País, fico triste por tal Loja não possuir uma Comissão de Instrução, e se a possui, os seus componentes conhecem muito pouco de Maçonaria.

Sobre os Querubins que falamos antes, vamos dar mais algumas ilustrações. Com a queda de Adão e Eva, DEUS colocou Querubins à entrada do Jardim do Éden. Eles portavam espadas inflamadas, e não flamejantes. Flamígera significa um objeto que lança chama, ao passo que Flamejante significa objeto ostentoso e vistoso ou brilhante. Portanto, não cabe na Maçonaria a Espada Flamígera ou "inflamente", pois esta só foi usada pelos Querubins na passagem de Gêneses, Capítulo III, versículo 24. À Maçonaria, por não ser uma religião, só interessa o VALOR MORAL MÍSTICO, e não o místico religioso. Cabe, em Maçonaria, o esotérico simbólico e não o esotérico sectário.

O homem perverso levanta a contenda e o difamador separa os maiores amigos. Neste caso, deve a Espada da Moral entrar em ação, pois o SENHOR fez todas as cousas para os seus próprios fins, e até ao ímpio para o seu dia FINAL.

OBS: Este trabalho nos foi enviando via internet pelo Ir.’. José E. da Costa – M.’.M.’.

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Baterias Sonoras e Baterias Luminosas nos Graus Simbólicos

Temos participado de reuniões maçônicas em inúmeras Lojas da três Obediências regulares,

em diversos Orientes espalhados pelo Brasil. Infelizmente o desempenho ritualístico é o mais variado. Não só as circunvoluções, mas também a iluminação do Templo e dos altares, a colocação do Deita Luminoso e da Estrela Flamejante, o uso das Espadas e outros procedimentos, dificilmente, coincidem em duas Lojas jurisdicionadas à mesma Obediência e do mesmo Oriente.

Esta falta de unidade gera confusões e leva muitas Lojas a adotarem instrumentos e procedimentos estranhos ao seu Rito, embora correta em outros.

Nós nos esforçamos bastante para obter correção e unidade, tratando desses assuntos em

conclaves de VVen.’. MM.’. quando estávamos Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado de Minas Gerais - GOB.

Fizemos alguns progressos. Na nossa administração, através de instruções constantes,

tivemos resultados satisfatórios, mas ainda sentimos o problema. Continuamos o nosso trabalho, escrevendo artigos referentes às diversas práticas. Neste estamos abordando a Ritualística das Baterias.

As luminárias colocadas em posições e números especiais nos atos litúrgicos obedecem a

princípios determinados, nos Graus Simbólicos, pelas baterias sonoras. Em assim sendo, estamos admitindo um caráter místico às luzes ritualisticas.

A Maçonaria é uma Instituição que conserva os usos e costumes mais antigos, por isso as

luzes ritualísticas devem ser de cera pura e não lâmpadas, pois aquelas emitem fogo e esta não. O fogo deve ser considerado como elo de ligação entre o homem e Deus.

Àqueles que justificam a substituição das velas pelas lâmpadas, calcados na poluição do

ambiente pela combustão, nós contestamos que vela de cera pura de abelhas, emitem fogo de chama clara e pura, sem fuligem.

O número de velas no Ara deve ser três, evocando a Sabedoria, a Força e a Beleza, mas nos altares do Ven:. M:. e dos IIr.’. VVig.’., devem ser observadas as baterias sonoras dos diversos Graus. Assim, a Loja trabalhando no Grau de Aprendiz, deve usar três velas, uma

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em cada Altar das luzes da Loja em consonância com a bateria sonora 000. Já no Grau de Comp:., como a bateria sonora é 000-00, então cinco velas: três no Altar de Ven .‘. M.'., uma no Altar do 1º Vig.’. e uma no do Seg.'. Vig.'..

A Loja funcionando em Câmara do Meio, terá sobre cada um dos Altares três em cada

Altar das Luzes, num total de nove coincidindo com a bateria sonora do Grau 000-000-000. Quando a Loja funciona em Câmara do Meio há a se distinguir Sessões Especiais, Sessões

por transformações da Loja do Comp .’. e Sessões de Exaltação. Nas Sessões por transformação da Loja de Comp.’. para Câmara do Meio, o Respeitab.'.

solicita ao Ven:. M:. de CCer .'. que faça os CComp.'. cobrirem o Templo, definitiva ou temporariamente, e, com um só golpe de Malhete, abre a Loja no Grau de M.’. M:., convidando o Ven.'. Ir:. Oradora abrir o L.’. L.’. nos versículos apropriados, com a Ritualística do Grau, e em seguida completam-se as velas dos altares. Segue-se o assunto que motivou a transformação. O encerramento poderá ser no Grau de M.’. se os CComp.'. cobriram o Templo definitivamente, ou, em caso contrário, por um só golpe de Malhete, com o Ven .’. Ir.'. Orador mudando as posições do Compasso e Esquadro, após abrir o L:. L:. nos versículos apropriados ao Grau de Comp.’., Quatro velas deverão ser apagadas, duas em cada altar dos VVig.’..

Nas Sessões Especiais (Finanças, Instrução, etc.) a decoração da Câmara é feita por nove

velas em grupo de três em cada Altar, no Or.'., Meio-Dia e Ocidente. Nas Sessões de Exaltação, o Respeitab.'. ao invocar o auxilio do G.’. A.’. D.'. U.'. determina

apenas o acendimento da velas do Ara. As velas dos Altares do Respeitab.’. e dos Respeit.'. MM.’. serão acesas, pelo Ven.’. lrm.'. M.’. de CCer:., no momento em que Jubelum mata o M.’. Hiram.

Descrevemos, como puderam perceber, o procedimento ritualístico no R.’. E.’. A.’. A.’. Os números 3, 5 e 9 são, respectivamente, os números do Apr.'., do Comp.'. e do M.'. M.’..

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C a r m a , R e e n c a r n a ç ã o e I n i c i a ç ã o

Existem duas grandes leis cósmicas; a do carma e da reencarnação. O início de um processo de reencarnação, tal como existe atualmente, pode de início ser falado

quando o Ego está sendo incorporado à Terra, isto é, do meio da época Lemuriana até o meio da Atlântida. Para o animal, cujo Ego é uma alma-grupo, não há até hoje reencarnação alguma. A conexão entre uma espécie animal e o ego que lhe pertence é encontrada no mundo astral. Para a alma-grupo de leões, por exemplo, a morte de um leão aqui no plano físico, significa tanto quanto significa para você, cortar uma unha. Um leão é inicialmente uma estrutura astral, estendendo-se como uma parte integrante da alma-grupo; ele desce ao plano físico, torna-se denso (materializa-se) e no momento da morte do leão individual, esta astralidade volta no-vamente para o plano astral. A alma-grupo encolhe-se novamente para o plano astral. A alma-grupo encolhe-se novamente com um membro. Na luz Velha a alma humana submetia-se ao mesmo processo. A alma humana foi então um membro da sua alma-grupo e retornava a ela. A alma, como a Bíblia a coloca, está abrigada no peito do Pai Abraão.

A reencarnação e o carma, primeiro começaram a ter significado durante a época Lemuriana e com o tem-po cessará de ter o significado. O homem, então, entrará permanentemente em um mundo espiritual, no qual ele continuará a ser ativo. Quando, por exemplo, o homem teve desenvolvido o impulso de fraternidade em si mesmo, o conhecimento das raças cessará, tornar-se-á superado. Na sexta época cultural, os seres humanos já entenderão melhor como organizar suas vidas; conceitos de raça não terão mais validade. Os homens não mais ordenarão suas vidas de acordo com considerações externas, físicas mas, sobretudo, sobre bases espirituais. Na sétima época cultural, que refletirá a da Índia antiga, haverá mais uma vez, a distribui-ção em castas, porém uma distribuição voluntária. Modificações no processo de evolução têm lugar constantemente. Assim, o progresso continuo está garantido. Na época Atlântida, a época média de evolução de nossa Terra, o fato significativo que ocorreu é caracterizado atualniente pela penetração completa do Ego no como físico do homem. O processo começou no meio da época Lemuriana após a saída da Lua da Terra. A humanidade continuou a evoluir e quando o conceito de fraternidade encontrar realização prática na Terra as raças serão postas de lado. O carma também será, então, superado.

O que é a lei do Carma? É o principio de fazer bem em uma encarnação subsequente, o que foi repreensível em uma precedente. Deve-se diferenciar entre o carma que produz seus efeitos internamente daquele que o produz externamente. O carma que atua internamente está conectado com a formação do caráter, dos talentos e dos hábitos. O carma que se manifesta de uma maneira mais externa toma a forma das condições de vida, nas quais o homem está colocado, tais como família, nacionalidade e assim por diante.

Agora consideremos mais minuciosamente como o carma opera na vida física. Por exemplo, o que aparece em uma vida como anseio ou impulso, desejo e ideação, emerge na próxima vida ou numa das subsequentes, como hábito. De bons hábitos, um como físico de alta qualidade, bem formado, virá à existência na próxima reencarnação. Um mau

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hábito faz seu aparecimento em uma outra vida, na forma de uma doença ou como uma tendência a enfermidade. Portanto, as causas das enfermidades devem ser buscadas nas inclinações e nos hábitos de uma vida anterior. O destino atual de uma pessoa é, por outro lado, o resultado de suas ações passadas. Uma pessoa que irradia muito amor em unia vida estará na aproxima apta a permanecer jovem, tanto interna quanto externamente, por um longo tempo. Uma pessoa que acalenta muitos sentimentos de ódio em uma vida, envelhecerá prematuramente em outra. Pessoas que se abandonam a uma vida vulgar, indolente, que se abstém de todas as formas de espiritualidade privam-se de algo para sua vida subsequente, que será difícil para elas recuperarem.

Agora permitam-me acrescentar algumas palavras sobre o assunto da Iniciação. Em todas as épocas, os líderes da humanidade aproximavam-se de sua origem. Os grandes seres que presidiram os Mistérios, aos quais chamamos Mestres, conduziram e guiaram a humanidade. A fim de entender isto melhor, consideremos o princípio da iniciação.

A bem da verdade, só é possível falar de uma iniciação acessível aos seres humanos a partir da época da catástrofe Atlântida, porque o processo da iniciação também estava sujeito a desenvolvimento e mudança, de acordo com as necessidades dos seres humanos. Isto é verdadeiro não somente em seu aspecto externo.

Por que o homem, enquanto dorme, está inconsciente de impressões sensoriais, embora esteja envolvido por um mundo material? E porque durante o sono seu intelecto praticamente não está funcionando. O corpo físico e o etérico de um homem adormecido permanecem na cama; seu corpo astral e seu ego emergem e ficam no mundo espiritual. Porém, por que é que ele nada percebe do mundo espiritual que está a circundá-lo e no qual seu corpo astral e seu ego entram durante a noite? É porque o veículo astral do ser humano comum, que abandona o veícuLo físico durante o sono à noite, não possui órgãos sensoriais astrais. Daí ser impossível para ele perceber qualquer coisa no mundo astral.

Através da iniciação ou treinamento espiritual, a massa astral caótica, que é o corpo astral do indivíduo comum, está organizada de tal forma que ela gradual mente começa a desenvolver órgãos e pode então ter percepções durante o sono. Na vida normal, o homem não está ainda apto a formar órgãos em seu corpo astral. Para se tornar capaz disto, a energia em sua vida interna deve ser essencialmente fortalecida. Isto é, alcançado através de exercícios definidos de meditação, concentração e outros tipos. Em seus sentimentos e em sua vida de pensamento, o discípulo deve proporcionar a si mesmo certos quadros mentais, escolhendo temas que só ligeiramente, ou cm nada, correspondam a situações reais. Quadros mentais que representam objetos do mundo externo não são adequados para desenvolver órgãos no corpo astral. Porém, visualizar uma figura, por exemplo, como a Rosa-Cruz, a cruz escura com sete rosas vermelhas e se ele pratica o exercício com o vigor necessário e paciência, experimentará algo através da prática, de acordo com o seu grau de desenvolvimento. Transformará seu corpo astral, por esse meio, gerando órgãos nele. Estes quadros mentais não devem ser abstrações; devem estar envolvidos os sentimentos adequados e as experiências perceptivas. Somente então os resultados desejados serão alcançados.

Há três tipos diferentes de Iniciação; todos porém conduzem ao mesmo tempo objetivo. Há três caminhos; a escolha de um deles depende da individualidade de cada um. Uma iniciação é a sabedoria. Ela é o caminho adequado para o treinamento indiano e oriental. Ele está repleto de grandes perigos para os corpos europeus e ocidentais, e não é, portanto, o indicado.

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A segunda Iniciação está baseada na vida de sentimento; é fundamentalmente o caminho Cristão. Somente poucos indivíduos podem, contudo, trilhar este caminho, porque ele exige um forte poder de devoção e de piedade. O terceiro caminho de Iniciação é o treinamento Rosa-Cruz, o caminho da Iniciação do pensamento e da vontade. Ele propicia a união com as forças dos outros caminhos iniciáticos. O objetivo final está definido no que diz respeito a cada Iniciação, porém, no curso da evolução ele deve ser ajustado de acordo com as necessidades correntes das almas e com as possibilidades oferecidas pelo corpo humano.

O discípulo da Iniciação Antiga era conduzido para o interior de um túmulo, por três dias e meio, e era como se estivesse morto. Seus corpos etérico e astral ficavam fora de seu corpo físico, no mundo espiritual. O hierofante observa o processo e chamava o neófito de volta à vida. Após seu despertar ele era uma testemunha do mundo espiritual. Tal era o esquema de Iniciação Antiga; hoje aquele processo não e mais necessário. As Iniciações Cristã e Rosa-Cruz têm efeitos tão poderosos que o ser humano submetido a elas pode atingir aquilo que, através da Iniciação Antiga, era levado a efeito pela saída dos veículos mais elevados que se afastavam do corpo físico.

As impressões do mundo espiritual agora são impressas nos veículos astral e etérico, sem indução de letar-gia durante três dias e meio.

A Iniciação Moderna, se assim se pode chamá-la, uma vez que a purificação ou catarse do corpo astral foi conseguida, propicia efeitos que conduzem à genuína visão espiritual e conhecimento do mundo espiritual, baseados em experiência real. As impressões recebidas pela alma no mundo espiritual são, então, registradas nos corpos astral e etérico. Isto é, aquilo que denominados Iluminação do decorrer do desenvolvimento oculto.

Carta a um Venerável

É com muito amor por todos os IIr.'. espalhados pela face da terra e é sobretudo pela sublime

Ordem, é que venho com o devido respeito a todos os irmãos desta manter este contato direto

com os Veneráveis Mestres que receberão o primeiro malhete, mas, querendo de uma vez

atingir a todos os outros que se encontram nas mesmas circunstâncias, que também hão de

merecer nosso apreço e nossas considerações, e que neste momento, também empunharão o

primeiro malhete e tomarão assento no Trono de Salomão.

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Primeiramente, se faz mister o preâmbulo a fim de que tomemos consciência de que a Maçonaria é uma Ordem Universal, constituída de homens honrados de todas as raças e

nacionalidade que estudam e trabalham pelo aperfeiçoamento humano, se fundamentando no

amor fraternal sob a tríade da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade. Portanto, querido

irmão, ela não está resumida a sua loja e seus obreiros. Assim, ao bater seu malhete o faça o

cadenciado possível lembrando de todos os outros, de suas origens e da existência do Ser

Criador – G.'.A.'.D.'.U.'. Não imponha limites, garanta a liberdade, exija de si e dos outros a

maior tolerância. Combata a tirania, a ignorância, o fanatismo, a discriminação, erros e vícios e

tudo o mais que avilta a dignidade do homem. Obedeça e faça obedecer as Leis e regulamento

da nossa Instituição e as democráticas do nosso País já tão espoliado, oprimido por nações

esmagadoras e opressoras e combalido por filhos desnaturados, corruptos e corruptores que

agem em causa própria, beneficiando-se do sangue e suor do próprio irmão. Faça amar a

justiça e ame sem reservas, por igual, todos os seus irmãos do modo como que se apresentam.

Ame-os e pratique o amor com intensidade. Não discuta nem permita que se discuta política e

religião, respeitando a cada um e a todos e mormente ao Livro da Lei, equilibrando-se na retidão da régua, do esquadro e do compasso. Em especial, considere suas luzes, seus

oficiais, seus obreiros e os visitantes como seus pares e não tente mudar os landmarks e esteja

certo de que assim, amando a Deus, a Pátria, a família e a humanidade, praticando a beneficência

com dignidade, com discrição, praticando a solidariedade maçônica, sendo justo,

defendendo direitos e garantias individuais, certamente, já estarás procedendo parte da caminhada e

subida imaginária sonhada por Jacó. Não esqueçais nunca VM.'. que os poderes emanam do

povo maçônico e em nome dele deverá ser exercido. Sei que não precisaria lembrar-lhe que

nossa Constituição estabelece obrigações e direitos e numerando tanto um quanto outro da

Loja em relação as Grandes Lojas. Eles nos lembram, da eleição, da posse, da instalação, da

elaboração de estatutos e regimento interno e de que todos os obreiros deverão tomar conhecimento a fim de compreenderem os fundamentos e finalidades que objetivaram

seus fundadores, pois, assim, compreenderão que seus anseios são os mesmos daqueles e

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vice-versa. Vê-se ainda que estão a lembrar da linguagem moderada do VM.'. , do respeito e

do comportamento. A função do Secretário é espinhosa, dê-lhe ajuda, faça-o estar a par de

suas funções. Há de se notar porém as penalidades que a Loja está sujeita.

Todavia, notei que seguindo-as, com certeza estarás no caminho certo. Elas vos darão as

coordenadas devidas de como dirigir os trabalhos em loja, como organizar a ordem do dia,

destinar o expediente conceder e negar palavra, cobrir o templo, anunciar, autorizar, assinar,

fiscalizar e exercer a autoridade. Quando não puderes comparecer aos trabalhos, avise com

antecedência ao Ir.'. 1º Vig.'. e este impossibilitado deverá avisar ao Ir\.'.2º Vig.'. .Se por coincidência e motivo justo os três não puderem comparecer, assumirá a presidência

dos trabalhos o Ir.'. Past Master mais recente. Este ou outro Past Master deverá assumir a

direção dos trabalhos econômicos. Porém em sessão magna os IIr.'. VVig.'. exceto se forem

instalados poderão assumir. Caso contrário na ausência do VM.'.somente o Past Master.

Quanto as Luzes e Oficiais, faça com que todos se aprofundem em suas obrigações e seus

conhecimentos para melhor os desempenharem. Para isto, deverá incentivá-los a ler constantemente cada artigo pertinente ao cargo, a saber: VIGILANTES, ORADOR,

SECRETÁRIO, TESOUREIRO, CHANCELER e HOSPITALEIRO. Este último, além do artigo, específico, deverá conhecer o Regulamento da Beneficência Maçônica. Apesar de

que VM\ de um modo geral, todos deveriam estudar sempre a Constituição e o Regulamento

que regem os princípios da Potência, pois assim, todos estarão aptos a serem substituídos

numa eventualidade. Quanto as comissões, faça com que seus membros se inteirem de suas obrigações para que cada qual veja quanto é grande a responsabilidade. Não podemos

porém, esquecer da Ordem Econômica e Financeira da Loja e do Fundo de Beneficência que

deverá ser escriturado e apresentado separadamente e usando estritamente para fins

filantrópicos. Por fim não poderia deixar de lembrar o quanto é bonito o compromisso assumido na posse,

quando luzes e oficiais solenemente dizem “Prometo por minha honra e minha fé, cumprir e fazer

cumprir os landmarks, a constituição, a legislação da Grande Loja; a ritualística adotada pela

Loja; zelar pela observância dos bons princípios, perfeita harmonia e fraternidade. Enfim, tudo

fazer para o engrandecimento desta Loja. Assim Deus me Ajuda”. Assim é VV.'.MM.'. que

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de longe, levo meus pensamentos aos céus e suplico ao Supremo Arquiteto do Universo,

que os ampare, os direcionem, para que as sementes ora plantadas dêem frutos e que os frutos

gerem e energia suficiente para iluminar cada um e a todos. Ao encerrar, queria lembrar dos

membros ativos, da regularidade, dos deveres e direitos, da admissão e do desligamento e

sobretudo da passagem do grau, lembrando do tempo e das formalidade cumpridas, conforme

exigências.

Meusquerido Ir.'. por aqui eu fico. Esteja certo que o único objetivo deste trabalho, foi de ajudar. Ajudar a vos luzes e oficiais e a todos os obreiros das profícuas oficinas, a

fim de que os trabalhos sigam com ordem e exatidão sob os influxos sagrados do G.'.A.'.D.'.U.'.

ao qual eu suplico que a todos abençoe e guarde.

M. Cossão Neto

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