A arte de contar hi8stórias

5
A Arte de Contar Histórias Questões referente à videoconferência: A arte de contar histórias- da prof.ª Esp. Ana Luísa Lacombe. De onde vêm as histórias? Segundo a conferencista, falar de histórias não é só falar de lazer, entretenimento e de incentivo à leitura, mas também de reflexões sobre a vida, para repensá-la e torná-la mais interessante, mais profunda, mais sensível. Estas reflexões sobre a vida, sobre os fenômenos, o desejo de encontrar as explicações para os acontecimentos e a origem das coisas vêm lá do início, desde os primórdios da humanidade o homem ancestral começou a contar histórias e através delas manifestar suas inquietações e tentar entender o que observava. - Como funcionam? As histórias funcionam como um meio do qual o homem lança mão para explicar as suas questões primordiais: Como tudo começou? De onde venho? Para onde vou? E também como uma maneira de refletir questões comportamentais, de vivência em sociedade e de natureza íntima e emocional. - Por que precisamos de histórias? Como já foi citado, as histórias não são só entretenimento para ser utilizado no aprendizado da leitura, elas são necessárias para o ser humano se entender como ser humano. Atravé delas acessamos às questões mais ancestrais, às questões mais originais do ser humano. Seus anseios desde quando começou a refletir sobre a sua existência. Como tudo começou. Todas as culturas refletiram sobre o tema e tem uma explicação simbólica para o início das coisas. O ser humano precisa das histórias para dar sentido à sua vida, para contextualizar o mundo em que vive. Este desejo começou a se manifestar lá nos rudimentares desenhos das cavernas, o que o homem via e tentava explicar deixou registrado através das inscrições rupestres. - Como podemos usá-las? As histórias podem ser utilizadas para refletir, aprender e vivenciar emoções. O roteirista Cristopher Vogler, que estudou e pesquisou sobre o antropóĺogo Joseph

description

 

Transcript of A arte de contar hi8stórias

Page 1: A arte de contar hi8stórias

A Arte de Contar Histórias

Questões referente à videoconferência: A arte de contar histórias- da prof.ª Esp. Ana Luísa Lacombe.

De onde vêm as histórias? Segundo a conferencista, falar de histórias não é só falar de lazer, entretenimento e de incentivo à leitura, mas também de reflexões sobre a vida, para repensá-la e torná-la mais interessante, mais profunda, mais sensível. Estas reflexões sobre a vida, sobre os fenômenos, o desejo de encontrar as explicações para os acontecimentos e a origem das coisas vêm lá do início, desde os primórdios da humanidade o homem ancestral começou a contar histórias e através delas manifestar suas inquietações e tentar entender o que observava. - Como funcionam? As histórias funcionam como um meio do qual o homem lança mão para explicar as suas questões primordiais: Como tudo começou? De onde venho? Para onde vou? E também como uma maneira de refletir questões comportamentais, de vivência em sociedade e de natureza íntima e emocional. - Por que precisamos de histórias? Como já foi citado, as histórias não são só entretenimento para ser utilizado no aprendizado da leitura, elas são necessárias para o ser humano se entender como ser humano. Atravé delas acessamos às questões mais ancestrais, às questões mais originais do ser humano. Seus anseios desde quando começou a refletir sobre a sua existência. Como tudo começou. Todas as culturas refletiram sobre o tema e tem uma explicação simbólica para o início das coisas. O ser humano precisa das histórias para dar sentido à sua vida, para contextualizar o mundo em que vive. Este desejo começou a se manifestar lá nos rudimentares desenhos das cavernas, o que o homem via e tentava explicar deixou registrado através das inscrições rupestres. - Como podemos usá-las? As histórias podem ser utilizadas para refletir, aprender e vivenciar emoções. O roteirista Cristopher Vogler, que estudou e pesquisou sobre o antropóĺogo Joseph Campbell, diz em seu livro, A Jornada do Escritor, que: “Terminamos uma história com a sensação de que aprendemos alguma coisa sobre a vida, sobre nós mesmos, pode ser que tenhamos adquirido uma nova compreensão das coisas, um novo modelo de personagem ou de atitude.” - Quais as quatro coisas essenciais para o ser humano? O presidente da Joseph Campbell Foundation em uma palestra no Masp. São Paulo, citou uma pesquisa científica que revelou as quatro coisas essenciais para a sobrevivência do ser humano: nutrição, em primeiro lugar, histórias em segundo, mesmo antes de lar e amor, que vêm na sequência. Comprova-se mais uma vez que as histórias são fundamentais para a nossa preservação. Conforme Ana Luísa: “Uma história faz a gente achar que viveu uma experiência completa e satisfatória. Pode-se rir ou chorar com uma história. Ou fazer as duas coisas.” Nossa vida é uma grande história e dela somos os heróis e protagonistas. Então, quando lemos as histórias,temos a oportunidade de viver as emoções de outros personagens dentro de suas histórias. -Mitos Os mitos refletem sobre as questões que são comuns a todos os povos.Independentemente da situação geográfica em que se encontrem, os seres humanos carregam

Page 2: A arte de contar hi8stórias

arquétipos comuns, como estudou Jung ao falar do inconsciente coletivo. Todos os povos buscam a explicação dos fenômenos da natureza e a resposta para os questionamntos onipresentes: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? O homem olha como que através de uma lente tentando entender o universo, e ele dentro dessa imensidão. E o seu olhar tentando entender a origem de tudo.

- Fábulas Logo nos vêm à mente: A Cigarra e a Formiga, O Lobo e o Cordeiro, A Raposa e as Uvas e muitas outras. Qual seu objetivo? Transmitir ensinamentos. Nelas o homem reflete sobre comportamento. As questões da vida em sociedade. Onde o meu direito termina e começa o do outro. É o homem tentando se olhar dentro da sociedade e pŕocurando entender o que é a vida dentro dela qual o comportamento adequado. As fábulas datam de 2500 anos atrás, escritas ou coletada(há controvérsias) pelo escravo grego Esopo. Como existem em grande número, o mais provável é que as tenha coletado depois de ouvi-las e as compilava, atento a tudo que acontecia. -Contos de Fadas Estas histórias retratam as relações familiares e de afetividade. Através delas as crianças pode ser auxiliadas no seu processo de individuação, na descoberta de si mesmas e no percurso para se tornar um adulto. O apogeu dos Contos de Fadas aconteceu na Idade Média, mas seus embriões já haviam surgido anteriormente, 3 séculos antes de Cristo, no Oriente e depois também entre os Celtas e os Vikings. A presença da sombra e do mal é fundamental dentro deles, mas sempre fazendo o contraponto com o bem., mostrando que mesmo o mais fraco pode ser recompensado e tudo sempre acaba bem. A seguir declaração de Bruno Bettelheim, psicanalista que escreveu A Psicanálise dos Contos de Fadas : “ Os contos de fadas declaram que uma vida compensadora e boa está ao alcance da pessoa apesar da adversidade, mas apenas se ela não se intimidar com as lutas do destino, sem as quais nunca se adquire a verdadeira identidade.” A mensagem final:”E viveram felizes para sempre” é a marca da fábula, apesar dos percalços da vida tudo acaba bem. Mostrar isto é o principal objetivo da história. -Lendas Elas partem de um fato real e misturam com a imaginação e a fantasia. O velho ditado: “Quem conta um conto aumenta um ponto” talvez caiba aqui. Dados de magia vão sendo acrescentados e consolida-se a história. A vida do Rei Salomão, por exemplo; é um fato histórico comprovado, no entanto, sua vida e inteligência excepcionais suscitaram na imaginação das pessoas a criação de outras histórias a seu respeito que nada têm de real, são lendas.

Explicação da frase de Malba Tahan: “(..) E foi assim que a Verdade vestida de Fábula, entrou no palácio.” O autor em “Uma Fábula sobre a Fábula” finaliza a sua história com a frase acima. Seu objetivo é nos dizer, através dela, que as fábulas são o disfarce que seus criadores utilizam para nos ensinar a verdade e deixá-la entrar em nossas vidas. Ela nos chega vestida de Fábula.

Gostei muito de assistir à videoconferẽncia, a professora mostrou-se uma fantástica contadora de histórias. Ouvi-la foi uma experiência enriquecedora, trouxe-nos novas ideias, mostrou-nos, mais uma vez que por mais que lemos, sempre teremos ainda textos

Page 3: A arte de contar hi8stórias

interessantes a ler e ouvir e pessoas extraordinárias com quem aprender. Para finalizar a fala de Rubem Alves;”Todo texto literário é uma partitura musical. Se aquele que lê é um artista, se ele surfa sobre as palavras, a beleza do texto acontece e se apossa de quem o ouve, ler é fazer amor com as palavras.” Quisera eu, como professora, e boa contadora de histórias que um dia ainda serei, conseguir com o maior número possível dos meus alunos, transmitir-lhes a ideia acima, tão lindamente colocada pelo autor. Que eles pudessem se transformar em artistas da leitura, viajar nas palavras, saboreá-las e deliciar-se com elas. Olhar para sua língua mãe como um patrimônio a ser preservado por todos nós. Tenho tentado, e continuarei tentando.

Atividade escolhida: A Montagem do Livro. Esta atividade será desenvolvida após estudamos as Fábulas. Os alunos já conhecem as características deste tipo de texto, suas origens, ouviram falar de Esopo e La Fontaine e leram algumas fábulas. Agora o professor apresentará duas fábulas não lidas ainda: O Lobo e o Cordeiro e A Raposa e as Uvas. O texto destas fábulas será dividido em partes que serão coladas em folhas já previamente dispostas em um painel à medida que o professor as for lendo. Durante a leitura acontecerá também a ilustração de cada parte que for lida. Os desenhos serão feitos pelos dois alunos com maior habilidade. Sempre há em cada turma alunos habilidosos para o desenho, e estes serão preparados e tomarão conhecimento do texto anteriormente. Ao final de cada texto haverá uma discussão e juntos os alunos criarão uma frase que encerre a moral da história. Para finalizar a atividade eles retirarão as folhas com as partes de cada texto que ficarão arquivadas em uma capa dentro de folhas plásticas e poderão fazer parte do acervo da biblioteca da escola. Rosélis Regina Wegner - 04/11/2011