A Arte de Não Medicar I Simpósio Mineiro de Homeopatia Gilson Freire Novembro 2008.

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A Arte de Não Medicar I Simpósio Mineiro de Homeopatia Gilson Freire Novembro 2008

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A Arte de Não Medicar

I Simpósio Mineiro de Homeopatia

Gilson FreireNovembro 2008

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Quem é o homem?

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O que é a doença do homem?

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A Phýsis é o médico das enfermidades, fazendo sem auxílio o que convém.

A natureza é o médico, ela encontra uma maneira e age sem os médicos.

Corpus Hippocraticum

Hipócrates (460-377 a.C.)

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Os sintomas são defesas naturais, o organismo os produz como se fossem enfermidades, porém não são mais que remédios que visam curá-las

Seja o teu alimento o teu medicamento, e o teu medicamento, o teu alimento.

Corpus Hippocraticum

Hipócrates (460-377 a.C.)

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HAHNEMANN – § 236

O momento mais apropriado e eficaz para se administrar o medicamento é imediatamente ou muito pouco depois de terminado o paroxismo, assim que o enfermo haja recuperado. Nesse caso, a força vital tem então tempo de produzir todas mudanças requeridas no organismo para o restabelecimento da saúde. Se o medicamento, ainda que apropriado, é administrado imediatamente antes do paroxismo, coincide com a reaparição natural da enfermidade e causa tal reação no organismo,

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HAHNEMANN – § 236

e tão violento esforço, que um ataque dessa natureza produz uma grande perda de vigor, se não é que põe em perigo a vida. Mas se o medicamento é dado depois de terminado o acesso, quer dizer, no período apirético e muito tempo antes que se inicie o seguinte paroxismo, a força vital do organismo está na melhor condição possível para deixar-se influenciar suavemente pelo remédio e assim, voltar ao estado de saúde.

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HAHNEMANN – Doenças Crônicas

Deve-se permitir que a ação de um remédio apropriado, selecionado de modo homeopático de acordo com o caso, prossiga e conclua sem perturbação alguma. [...] Esta norma proíbe toda nova prescrição, toda interrupção por ação de outro medicamento, e proscreve mesmo a repetição imediata do mesmo remédio.

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HAHNEMANN – Doenças Crônicas

As mulheres não deveriam tomar a dose do remédio antipsórico pouco antes da data que esperam ter sua menstruação nem durante ela, mas se for necessário, a dose poderá ser dada quatro dias, ou seja noventa e seis horas depois de haver começado a menstruar.

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KENT - A administração do remédio homeopático

Um medicamento crônico de ação profunda raramente deve ser dado durante um paroxismo ou exacerbação, senão, ao final do mesmo. Esta é uma regra estabelecida desde tempos antigos e quase todos a seguem. Dar um remédio de ação profunda em meio a um grande sofrimento pode excitar uma agravação, incrementar os sofrimentos e esgotar o poder curativo do medicamento inutilmente. A dose se esgotará e quando for repetida fracassará sua ação com freqüência.

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É preciso seguir o caso até o seu momento próprio e então dar o remédio. Este momento é quando a excitação passou, quando há calma. Se é um sofrimento menstrual, depois da menstruação, se uma cefaléia crônica, depois que cessou, se é uma febre intermitente, depois do paroxismo. Estes são então os melhores momentos para se dar o medicamento homeopático.

KENT - A administração do remédio homeopático

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KENT - A administração do remédio homeopático

“O Dr. Fulano de Tal me fez muitos benefícios durante algum tempo, mas logo parecia incapaz de fazer algo de proveito para mim” – nestes casos, o que se passou foi que a 1ª prescrição era correta, havia sido devidamente escolhida, mas depois dela, o médico administrou tão precipitada e indistintamente seu medicamento que não logrou melhorar mais o caso. A falta foi que ele não esperou o tempo suficiente e isto sucede quando o médico é tão consciencioso que não quer dar sacarose láctea. Como ele pode ser tão ignorante a ponto de não saber que tem que dar?

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GHATAK – Enfermidades crônicas, suas causas e cura

Permito-me mencionar aqui as leis definidas da natureza, de acordo com as quais se efetua uma cura segura:1) A lei de similitude. 2) A lei da dose potencializada.3) A lei do uso de um só remédio por vez.4) A lei do uso do medicamento no final de um ataque, e não durante o seu curso.

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A inteligência humana é capaz de substituir-se à força criativa da natureza?

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Flutuações mínimas nas condições iniciais dos sistemas altamente complexos provocam imensas mudanças – Efeito borboleta.

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A natureza está dotada de um imenso potencial de ordem e equilíbrio.

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Referências

Hahnemann S. Organon da Medicina. Buenos Aires: Editora Albatros; 1978.Hipócrates. Aforismos. São Paulo: Martin Claret; 2004. Kent JT. Filosofia Homeopática. Buenos Aires: Editora Albatros; 1978Margota R. História da Medicina. São Paulo: Editora Manole Ltda; 1998.Salgado MI e Freire G. Saúde e Espiritualidade. Belo Horizonte: Inede; 2008