A Arte Do Vestuário Chinês

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A Arte do Vestuário Chinês Uma batida e o estrondo de tambores e gongos soam em um teatro de Ópera Chinesa em Taipei, à medida que um jovem guerreiro aparece em cena com a tradicional roupa chinesa. De sua cabeça sobem dois altos penachos, traçando no ar cada movimento e gesto que faz. Alguns podem pensar que estes penachos são simplesmente ornamentais, mas na realidade eles têm origem na vestimenta de guerra do período dos Estados Belicosos (475-221 a.C.). Duas penas de um pássaro ho (um tipo de faisão bom de briga) eram inseridas no elmo dos guerreiros deste período para simbolizar um espírito guerreiro e destemido, como o de ho. Uma característica notável do tradicional vestuário chinês não é apenas uma expressão externa de elegância, mas também um simbolismo interno. Cada e toda peça do vestuário tradicional comunica uma vitalidade própria. Esta combinação de forma externa como o simbolismo interno está claramente exemplificado no par de penas de faisão lutador usadas no elmo. Objetos encontrados em sítios arqueológicos da cultura Shantingtung da China, que apareceram há mais de 18.000 anos, tais como agulhas de costura de ossos, e contas de pedras e conchas perfuradas atestam a existência do conceito de ornamentação e a arte da cultura já naquela época. A variedade e a maneira de vestir foram estabelecidas aproximadamente na época do Imperador Amarelo e dos Imperadores Yao e Shun (cerca de 45.000 anos atrás). Restos de seda tecida e artigos de cânhamo e antigas figuras cerâmicas demonstram mais a sofisticação e o refinamento do vestuário na dinastia Shang (séc. 16-11 a.C.).

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A Arte do Vestuário Chinês

Uma batida e o estrondo de tambores e gongos soam em um teatro de Ópera Chinesa em Taipei, à medida que um jovem guerreiro aparece em cena com a tradicional roupa chinesa. De sua cabeça sobem dois altos penachos, traçando no ar cada movimento e gesto que faz. Alguns podem pensar que estes penachos são simplesmente ornamentais, mas na realidade eles têm origem na vestimenta de guerra do período dos Estados Belicosos (475-221 a.C.). Duas penas de um pássaro ho (um tipo de faisão bom de briga) eram inseridas no elmo dos guerreiros deste período para simbolizar um espírito guerreiro e destemido, como o de ho. Uma característica notável do tradicional vestuário chinês não é apenas uma expressão externa de elegância, mas também um simbolismo interno. Cada e toda peça do vestuário tradicional comunica uma vitalidade própria. Esta combinação de forma externa como o simbolismo interno está claramente exemplificado no par de penas de faisão lutador usadas no elmo.

Objetos encontrados em sítios arqueológicos da cultura Shantingtung da China, que apareceram há mais de 18.000 anos, tais como agulhas de costura de ossos, e contas de pedras e conchas perfuradas atestam a existência do conceito de ornamentação e a arte da cultura já naquela época. A variedade e a maneira de vestir foram estabelecidas aproximadamente na época do Imperador Amarelo e dos Imperadores Yao e Shun (cerca de 45.000 anos atrás). Restos de seda tecida e artigos de cânhamo e antigas figuras cerâmicas demonstram mais a sofisticação e o refinamento do vestuário na dinastia Shang (séc. 16-11 a.C.).

Modelos tradicionais atraem a clientela moderna

Os três tipos principais do vestuário chinês são o pien-fu, o ch'ang-p'ao, ou robe comprido, e o shen-i. O pien-fu é um antigo traje a rigor de duas peças, incluindo um tipo de túnica que ia até o joelho, e uma saia que alcançava os tornozelos; para estar adequadamente vestido em certas ocasiões, a pessoa tinha de vestir uma saia. Um pien é um gorro cilindríco cerimonioso; o pien-fu mais tarde veio a referir-se ao conjunto de roupas cerimoniosas.

O robe comprido é uma roupa de peça única indo dos ombros aos pés e era usado por homens e mulheres.

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O shen-i fica em algum lugar entre o pien-fu e o robe comprido em seu feitio. O shen-i era feito em duas partes, e túnica e a camisa, parecido com o pien-fu; mas os dois eram costurados, sendo parecido com o robe comprido. Olhando de perto, entretanto, ele é mais parecido com o pien-fu por causa de seu corte muito grande e pregas profundas, graciosamente drapeado no corpo. Esta é, na realidade, a origem de seu nome, o qual significa "roupa profunda". O shen-i era a roupa mais pesada dos três diferentes tipos; era a "roupa de domingo" das pessoas comuns e o traje moderadamente formal de funcionários governamentais e intelectuais, apropriado tanto para os homens letrados quanto para guerreiros.

Típicos destes três tipos de roupas, além de seu corte largo e mangas volumosas, eram padrões utilizando principalmente linhas retas e um ajuste solto formando pregas naturais, independente de a roupa ter um caimento reto ou levar uma faixa na cintura. Todos os tipos de roupa chinesas tradicionais, quer fossem túnicas e calças ou túnica e saia, utilizavam um número mínimo de pontos para a quantidade de tecido usado. E devido à sua estrutura e padrão relativamente plano, extremidades bordadas, faixas decoradas, tecidos ou sedas drapeadas, decorações nos ombros e faixam eram freqüentemente acrescentados como ornamentação. Estas faixas decorativas, bordas aplicadas e padrões bordados de rica variedade tornaram-se características singulares da tradicional vestimenta chinesa.

O comprimento e as cores das roupas chinesas seguem regras estabelecidas

Cores mais escuras eram favorecidas sobre as mais claras nas tradicionais vestes chinesas. Assim a cor principal da roupa cerimonial tendia a ser escura, acentuada com bordado elaborado ou padrões de tapeçaria feitos em cores brilhantes. As cores claras eram mais freqüentemente usadas pelas pessoas comuns em roupas para todos os dias e para a casa. Os chineses associam certas cores a estações específicas, por exemplo, o verde representa primavera, o vermelho é para o verão, o branco para o outono e o preto para o inverno. Pode-se dizer que os chineses têm um sistema completamente desenvolvido de combinar, coordenar e contrastar cores e sombras de claro e escuro em seu vestuário.

Hoje em dia, desenhistas de moda na República da China em Taiwan tentam descobrir novas formas de combinar a estética e as tendências da moda moderna com os tradicionais símbolos chineses de boa sorte. A grande riqueza de recursos materiais tem resultado na abundância de atraentes modelos de roupas infantis e juvenis, incluindo divindades guardiãs, leões, os oito trígamos, e máscaras de personagens da ópera chinesa. Outra fonte mais antiga de modelos impressos, tecidos, bordados, e apliques para roupas é o bronze chinês. Alguns destes modelos distintos e incomuns incluem dragões, fênix, nuvens e relâmpagos. Temas da

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tradicional pintura chinesa, quer fortes ou refinados, freqüentemente encontram lugar em modelos, tecidos ou impressos, criando uma aparência linda e chocante.

A tradicional passamanaria chinesa tem amplas aplicações na moda: ela pode ser usada para ornamentar bordas, ombros, coletes, bolsos, costuras e aberturas, bem como em cintos, enfeites para o cabelo, e colares. Alguns exemplos bem-sucedidos de combinações de elementos da moda moderna e tradicional são a tiara nupcial, baseada em um modelo da dinastia Sung originalmente usada sobre um penteado enrolado; a faixa bordada do estilo da Província Hunan, feita nas cores tradicionais chinesas de puro vermelho, azul e verde; e os tradicionais sachês e pingentes.

Modas chinesas tradicionais modificadas, elegantes e distintas

Na moderna sociedade de Taiwan, os homens são vistos freqüentemente em ocasiões sociais usando a tradicional e refinada vestimenta longa chinesa; as mulheres usam freqüentemente o chi-p'ao, uma forma modificada da moda tradicional da Dinastia Ch'ing, em ocasiões formais. Há infinitas variações de altura, comprimento, largura e ornamentação no colarinho, mangas, comprimento da saia e corte básico desta elegante e feminina moda oriental. Destes exemplos, pode ser visto como a tradicional vestimenta chinesa é a primavera da moda moderna.

No museu de cera do Centro Chinês de Cultura e Cinema em Taipei e no Museu de Trajes e Enfeites da Universidade Shih Chien pode-se ver coleções completas e cuidadosamente pesquisadas da tradicional moda masculina e feminina durante anos. Uma visita a uma dessas coleções é tanto agradável quanto educacional.

As pessoas de Taiwan não apenas incorporam a tradicional vestimenta chinesa à vida moderna; têm levado mais adiante as técnicas de fabricação, fiação e tecelagem de seda e têm criado modernas indústrias têxteis ao seu redor. Através de tais indústrias, os residentes da ROC podem desfrutar da bela moda com características tradicionais e o chique moderno.