A árvore

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Etapas de Leitura do conto A árvorede Sophia de Mello Breyner Andresen

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Etapas de Leitura

do conto “A

árvore” de

Sophia de Mello Breyner Andresen

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Aos Docentes

Etapas de Leitura pretende ser um caderno de leitura orientada de A árvore, de Sophia de Mello Breyner Andresen, para a aula de Língua Portuguesa do 5.° ano (2.° ciclo do Ensino Básico).

Destina-se sobretudo a promover a leitura autónoma em casa, fornecendo aos alunos os “andaimes” suficientes para desenvolver uma leitura individual do conto. No entanto, se entender que alguns alunos não estão ainda capazes de a fazer, po- derá perfeitamente seguir estas orientações em sala de aula, com assessoria mais direta e síncrona.

Esta leitura poderá acompanhar as Unidades 2, 4 ou 5 do Manual Etapas 5, baseada no estudo do género conto, ou complementar a Unidade 3, a nível da temática de na- tureza ecológica.

Para o percurso de leitura definido, seguiu-se o guião de Regina Rocha (in Maria Regina de Matos Rocha, 2007. A Compreensão na Leitura, pp. 107/108), levando os discentes a percorrer as diferentes etapas que ele descreve relativamente à com- preensão da leitura, depois de adaptações que nos pareceram acertadas para o nível etário e de escolarização dos alunos de 5.° ano.

Assim, este guião apresenta exercícios que contemplam as seguintes etapas: (i) pré-leitura, (ii) compreensão de frases (microprocessos), (iii) ligação de frases (pro- cessos de integração), (iv) compreensão do todo (macroprocessos) e (v) processos de elaboração.

Se eventualmente pretender orientar os alunos na leitura de outra obra, poderá este guião servir de base para a elaboração de novo guia, seguindo as etapas aqui propostas para o conto “A árvore”.

Por fim, gostaríamos de desejar boas leituras e lembrar que despertar o gosto pela leitura é mais importante do que obrigar a ler.

As Autoras

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Às Alunas e aos Alunos

Já sabes ler há muito tempo.Já conheceste amigos e sonhos dentro das páginas de alguns livros.Cada palavra que lês abre um mundo dentro de ti e tu sentes-te aberto para o

mundo.Agora chegaste a uma nova etapa da tua vida. Estás a iniciar o 2.° ciclo, que te

pre- parará para continuares os teus estudos, ajudando-te também a crescer como ser humano.

Vais definitivamente entrar no “mundo dos grandes”.Família, amigos, professores vão ajudar-te a dar passos firmes no teu desenvolvi-

mento. E os livros serão uma mão estendida para te guiar na compreensão do que se passa à tua volta.

Os livros falar-te-ão de personagens que irão conquistar-te, de países aonde ainda nem sonhaste ir, de aventuras que ainda nem desejaste viver.

Etapas de Leitura é um guia para te ajudar a descobrir isso tudo num dos belos contos de uma das mais poéticas escritoras portuguesas: Sophia de Mello Breyner Andresen.

Deixa-te guiar…

As Autoras

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Conto “A árvore” de Sophia de Mello Breyner Andresen

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I. Pré-leitura

Ativação de conhecimentos prévios

1.1. Conheces a escritora Sophia de Mello Breyner Andresen?

1.1.1. Repara na cronologia desorganizada que te apresentamos a seguir e, a partir dela, es- creve a biografia desta autora (podes consultar a página 74 do teu manual Etapas 5 ou a página 51 do teu Caderno de Atividades Etapas 5).

Cronologia “escangalhada” da vida e de algumas obras de Sophia de Mello Breyner Andresen

1919

Nasce no Porto a 6 de novembro.

1926

Frequenta o Colégio do Sagrado Coração de Maria, no Porto, até aos 17 anos.

1946

Casa com Francisco Sousa Tavares, passando a residir desde então em Lisboa. (Têm cinco filhos)

1956

Publica O Rapaz de Bronze (infantil).

1958

Publica A Menina do Mar (infantil), A Fada Oriana (infantil).

1936

Estuda na Faculdade de Letras de Lisboa. Não termina a licenciatura, regressando três anos depois ao Porto, onde vive até casar.

1944

Publica o primeiro livro, Poesia, seleção de poemas que escrevera desde os 14 anos.

1960

Publica Noite de Natal (infantil).

1962

Publica Contos Exemplares e Livro Sexto (poesia), distinguido em 1964 com o Grande Prémio de Poesia da So- ciedade Portuguesa de Escritores.

1964

Publica O Cavaleiro da Dinamarca (infantil).

1975

É eleita deputada pelo Partido Socialista à Assembleia Constituinte.

1977

Publica O Nome das Coisas, distinguido com o Prémio Teixeira de Pascoaes.

1968

Publica A Floresta (infantil) e Antologia (poesia).

1984

Publica Histórias da Terra e do Mar (contos). É distinguida com o Prémio da Crítica da Associação Internacional de Críticos Literários (secção portuguesa) pelo conjunto da sua obra (algumas fontes referem que este prémio foi atribuído em 1983).

1985

Publica A árvore (infantil).

1989

Publica Ilhas, distinguido com o Prémio D. Dinis da Fundação da Casa de Mateus e, em 1990, com o GrandePrémio de Poesia Inasset-INAPA e com o Grande Prémio de Poesia do Pen Clube.

1995

Recebe a Placa de Honra do Prémio Petrarca da Associação de Editores Italianos.

1998

Publica O Búzio de Cós e outros poemas, distinguido com o Prémio da Fundação Luís Miguel Nava.

1999

É galardoada com o Prémio Camões, a maior distinção atribuída a escritores de língua portuguesa, pelo con- junto da sua obra.

2000

Publica O Bojador.

2001

É distinguida em França com o prémio Max Jacob de Poesia.

1990

Reúne a sua obra em três volumes, publicados pela Editorial Caminho em 1990 e 1991, sob o título ObraPoética.

1991

Publica Primeiro Livro de Poesia (Infanto-juvenil).

1992

É galardoada com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças pelo conjunto da sua obra.

1994

É distinguida com o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores.

2003

Publica O anjo de Timor (infanto-juvenil). É galardoada com o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana.

2004

É distinguida com a Medalha de Honra do Presidente do Chile. Morre em Lisboa a 2 de julho.

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Na redação da biografia, podes seguir o plano:

Sophia de Mello Breyner nasceu…

Estudou…

Casou…

A sua primeira publicação…

Na década de 50, escreveu…

Nos anos 60, surgiram…

Entre 1970 e 1979, editou…

Na década seguinte, …

Nos anos 90, publicou…

Nos primeiros anos do século XXI, trouxe a público…

Foi distinguida com vários prémios: …

Faleceu em…

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1.1.2. Vê agora qual das opções apresentadas responde a cada uma destas duas adivinhas.

a) Qual é a coisa, qual é ela, Que é um conjunto de ilhas, Todas muito amiguinhasE simpáticas vizinhas? Resposta:

Continente

Península A

rmador Capitão

Comandant

e

b) Governador de muitos barcos, Ele escolhe o capitão.É da marinha mercante,Vai nos sonhos dos que vão.

Resposta: Istmo

Grumete

Arquipélago

Marinheiro

1.1.3. Assinala no mapa da Ásia os seguintes países:

a) China: faz fronteira com a Mongólia, o Cazaquistão, a Índia, o Quirguistão…

b) Coreia do Norte e Coreia do Sul: situam-se numa península entre a China e o Japão.

c) Japão: é um arquipélago na costa leste da Ásia.

Rússia

Cazaquistão

Mongólia

Quirguistão

Paquistão

Índia

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1.1.4. Observa a seguinte legenda de um barco.

Retranca

Mastro

PopaVela mestra

Genoa

Proa

Leme Quilha

a) Completa as frases:

1) A quilha serve para

2) O mastro serve para

b) Consulta um dicionário e assinala na imagem o casco e o convés.

1.1.5. Faz agora tu a legenda de uma árvore.

1

42 3

1.

2.

3.

4.

5.

6.

Copa Flores Frutos

5 RaizSementes

Tronco

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Previsão de leitura

1.2. Toma atenção à seguinte capa de um livro de Sophia de Mello Breyner.

1.2.1. Na tua opinião, qual das suas obras publicadas pela autora poderia ter na capa a ima- gem anterior? Justifica a tua escolha.

1.2.2. Escreve dois adjetivos que caracterizem o elemento representado.

1.2.3. Escreve um parágrafo em que expliques o que poderá ter acontecido entre a anterior imagem e a seguinte.

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II. Compreensão de frases

Conhecimento do vocabulário

2.1. Lê agora o conto “A árvore”, de Sophia de Mello Andresen.

2.1.1. Copia a frase que, na tua opinião, me- lhor descreve a árvore.

2.1.2. Transcreve outros adjetivos que, ao longo do texto, a vão caracterizando com pormenor.

2.1.3. Identifica as frases que nos mostram o estado da velha barca, ao ser examinada por carpinteiros e calafates da ilha:

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2.1.4. Completa as palavras cruzadas. Nos espaços sombreados a amarelo, encontrarás algum vocabulário do conto A árvore.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

1 A M

2 A D I A R U S A D

3 S

4 I C N F S A S

5 C O R E S M E R O C

6 U N E A A S E

7 S R

8 E O A O N

9 C L A R C A E

10 O H L I X I A C T

11 U O R T E O

12 A

13 D E C R E T A R 14

S L U

HORIZONTAIS

1. Empregado que veda, tapa, calafeta com estopa as frinchas das casas, dos navios, etc.

2. Transferir para outro dia.

3. Planta rasteira própria de zonas húmidas.

4. Observei; saudável.

5. Coloração; grande cuidado, perfeição.

6. Despido; determinante artigo.

7. Talhar uma escultura.

8. Contração da preposição “a” com o determinante ar- tigo “o”; iniciais de “Parque Nacional”.

9. Antes de Cristo (iniciais); casa; medida agrária (de su- perfície).

10. Moldura (invertido); contração do pronome pessoal

“te” com o pronome demonstrativo “o”.

11. Pronome pessoal (1.ª pessoa, sujeito); rio de Lisboa.

12. Pensar.

13. Ordenar.

14. Divisória móvel, geralmente feita de três partes; con- junção coordenativa disjuntiva.

VERTICAIS

1. Respeitável

2. Suporte para gravar músicas ou outros ficheiros.

3. Gritos de dor; somei.

4. Ali; reunião; duas vogais diferentes.

5. Atmosfera; artigo árabe que permanece em algumas palavras portuguesas (como Algarve e alface); mil e novecentos (em romano).

6. Iniciais de “Estrada Nacional”; pronome pessoal (1.ª pessoa, sujeito); acha graça; iniciais de “Estação Rádio Base”.

7. Religião; deus (palavra antiga).

8. Pronome pessoal (2.ª pessoa, singular); batráquio se- melhante à rã; iniciais de “Instituto de Telecomunica-ções”.

9. Epístolas.

10. Vista; batráquio; iniciais de “Assembleia da Repú- blica”.

11. Queimara; iniciais de “Transportes Rodoviários”.

12. Determinante artigo; preposição simples.

13. Contração da preposição “a” com o determinante ar- tigo “os”; intenção, sonho.

14. Mil e quinhentos (romano); parte central ou mais im- portante.

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Reconhecimento literal ou reconstituição

2.2. Depois de releres este conto de Sophia de Mello Breyner, responde às perguntas.

2.2.1. Onde se desenrolam os acontecimentos?

2.2.2. Consegues situar esses acontecimentos num tempo exato? Copia do texto uma frase que justifique a tua resposta.

2.2.3. Apesar de bela e grandiosa, a árvore tornou-se num problema para a ilha. Porquê?

2.2.4. Que decidiram os habitantes da ilha fazer com a árvore?

2.2.5. Essa solução resolveu o problema da árvore para sempre? Justifica a resposta.

2.2.6. Qual foi o destino final da árvore?

Paráfrases

2.3. O estado de espírito dos habitantes desta ilha foi variando ao longo do conto. Faz a ligação entre as frases seguintes (extraídas do conto) e os sentimentos vividos pelos ilhéus.

À noite houve fogo de vista e em todas as ruas e praças se acenderam balões de papel, azuis, amarelos e vermelhos.

1

Houve choros, lamentações, gemidos. 2

(…) maravilhavam-se com a leve frescura da sombra, o suspirar da brisa entre as folhagens perfumadas.

3

Os pedreiros, os tanoeiros e os carpin- teiros vinham trabalhar para o ar livre e riam e cantavam enquanto esculpiam, serravam, martelavam.

4

(…) todos compreenderam que a memória da árvore nunca mais se perderia, nunca mais deixaria de os proteger.

5

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Interpretação da linguagem figurativa

2.4. Sophia de Mello Breyner Andresen, além de contista, é uma maravilhosa poetisa, capaz de dar vida às palavras. Os seus textos são sempre muito belos e ricos de sentidos figurados e recursos retóricos.

2.4.1. Identifica nas frases seguintes alguns dos recursos que já conheces.

tratam todas as árvores, flores, arbus-tos e musgos com o maior cuidado e 1

com um constante carinho

METÁFORA

PERSONIFICAÇÃO

uma árvore tão grande e tão bela 2

ENUMERAÇÃO

as crianças ficavam mudas de espanto 3

COMPARAÇÃO

de dentro da biwa ergueu-se uma voz 4

que cantou ADJETIVAÇÃO

2.4.2. Explica por palavras tuas o significado da personificação contida na frase.

Os poemas passam de geração em geração e são fiéis ao seu povo.

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III. Ligação de frases

Compreensão dos elementos de coesão

3.1. Diz a que palavra se referem os termos destacados.

1. Assim, o povo dessa ilha sentia-se feliz e orgulhoso

2. Até os viajantes qu e por ali passavam diziam que mesmo na Coreia e na China nunca tinham visto umaárvore tão alta, com a copa tão frondosa e bem for- mada.

3. Até que foi decidido a população reunir-se toda em conselho para examinar bem o problema e decidir o re- médio que devia dar-l h e .

4. Fazê-la desaparecer era um ato que não só entristecia os habitantes da ilha mas que também os assustava.

5. Por isso, como aqu i não há outra árvore enorme, e as

árvores que agora temos fazem muita falta se foremcortadas, estamos dispostos a ir às outras ilhas com- prar boa madeira.

a) a árvore

b) os viajantes

c) Japão

d) o problema

e) os habitantes da ilha

f) Coreia

g) China

h) a população

i) a ilha

Respostas:

1. ; 2. ; 3. ; 4. ; 5. .

3.2. Usa as palavras do quadro para ligar as frases seguintes, de modo a obteres frases ver- dadeiras sobre o conto “A árvore”:

ou mas e

nem malporque

a) Os habitantes da ilha amavam a sua árvore, ela crescera de mais não deixava o Sol beijar a Natureza.

b) Todos se animavam começava a primavera.

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c) A árvore ficou sempre com eles, falava nos versos tocados na guitarra feita com a sua madeira.

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Inferência de informação implícita

3.3. Ordena os problemas conforme eles foram surgindo ao longo do conto.

a) Depois de cortada, ocupava demasiado espaço na ilha.

b) A árvore dava sombra demais.

c) Os habitantes da ilha tinham saudades da árvore.

d) A madeira da árvore, de que tinham feito uma barca, apodreceu.

e) Os viajantes estrangeiros queriam levar a árvore.

3.4. Aponta as soluções que a população foi encontrando para ultrapassar estes problemas.

1.a

2.a

3.a

4.a

5.a

3.5. Diz que sentimento(s) tinham os habitantes da ilha em relação a esta árvore.

Ódio? Ciúme? Amor?

Inveja? Amizade?

Revolta?

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IV. Compreensão do todo

Deteção do assunto

4.1. Identificados os problemas dos habitantes da ilha e as soluções encontradas, diz, afinal, de que fala este conto.

Percepção da organização do texto

4.2. Vais agora concluir a divisão do conto em partes, consultando a página 41 do ManualEtapas 5.

• Situação inicial: desde “Era uma vez – em tempos muito antigos, no arquipélago do Japão”

até “Assim foi durante várias gerações”.

• Problema:

desde

até

• Peripécias:

desde

até

• Desenlace:

desde

até

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Resumo, síntese, reconto

4.3. Relê cada uma das partes que identificaste no esquema anterior e sublinha as palavras-chave.

4.3.1. Com essas palavras-chave responde às questões apresentadas em cada uma das par- tes.

• Situação inicial:

➧ quando?

➧ onde? “arquipélago do Japão”

➧ quem? _________________________________________________________________________

➧ o quê? ____________________________________________________________________

➧ como? “as pessoas vinham sentar-se debaixo da larga sombra e admira- vam a grossura rugosa e bela do tronco, maravilhavam-se com a leve frescura da sombra, o suspirar da brisa entre as folhagens perfumadas.”

• P

roblema:

➧ qual?

• Peripécias:

➧ 1.ª peripécia: “foi decidido a população reunir-se toda em conselho”

➧ 1.ª resolução:

➧ 2.ª resolução: “começaram a desfazê-la…”

➧ 3.ª resolução:

➧ 2.ª peripécia: “A madeira da quilha da grande barca tinha começado a apodre- cer.”

➧ resolução: _______________________________________________________ ______________________________________________________________________

• Desenlace:

➧ solução final:

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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4.3.2. Continua o esquema e completa o resumo do conto “A árvore”, por palavras tuas, a partir dos registos anteriores.

Situação inicial

Há muito tempo, numa ilha pequena do Japão, existia uma enorme árvore com uma ramagem densa que era ad- mirada por todos.

Problema

1.a peripécia

1.a resolução

2.a resolução

3.a resolução

2.a peripécia

Resolução

Situação final

A árvore ficou para sempre ligada ao povo, através da música e da poesia que saía da biwa feita com a sua ma- deira.

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V. Processos de elaboração

Leitura crítica

5.1. Os habitantes da ilha tiveram de tomar uma resolução difícil quanto àquela árvore.

5.1.1. Que razões são apresentadas para justificar a decisão que tomaram?

5.1.2. Na tua opinião, as razões apresentadas justificam a resolução tomada? Porquê?

5.1.3. “Então, todos compreenderam que a memória da árvore nunca mais se perderia, nunca mais deixaria de os proteger, porque os poemas passam de geração em geração e são fiéis ao seu povo.”

Que importância atribui o narrador à poesia e à música?

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5.1.4. A “árvore”, inicialmente, era um problema terrível. Os habitantes acabaram por abatê-la.A população passou a viver com alegria e animação.

a) Completa o ditado popular seguinte:

Há males que vêm por e bens que por .

b) Explica por palavras tuas a relação entre este ditado popular e a história que acabaste de ler.

Leitura recreativa

5.2. As árvores são elementos da natureza tão importantes que até há um dia no ano, denominado “O dia da árvore”, que coincide com o início da primavera, dia 21 de março. As árvores têm in- fluenciado muitos escritores.

a) Lê o poema seguinte de Maria Alberta Menéres.

A uma árvore amiga

De muito pequenina te conheço. Lembras-te de brincar ao crescer?

Tu me ganhavas sempre, que mais baixaFiquei eu sempre sendo,

De assim ser.

De muito amedrontada te conheço. Lembras-te das geadas e dos frios? Eu te ganhava sempre que fugindo

Em casa aconchegavaos arrepios.

De muito pequenina te conheço. E se algum dia me esquecer de ti,

É de mim que me esqueço.

No coração do trevo

Editorial Verbo

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b) Repara no título do poema. Que relação existia entre o sujeito poético e a árvore?

c) O sujeito poético brincou muito com a árvore, enquanto crescia.

Em que medida a árvore conseguia sair vencedora?

d) De que forma o sujeito poético conseguia vencer a árvore?

e) Por que razão o sujeito poético não esquecerá esta árvore?

5.3. As árvores dão frutos. E há frutos de que gostamos em especial.

5.3.1. Conheces bem a árvore que dá o fruto de que mais gostas?

Partindo de um desenho ou imagem dessa árvore (podes desenhá-la ou colá-la), des- creve-a dizendo como são os seus ramos, as suas folhas e os seus frutos…

5.3.2. A partir da descrição que fizeste da tua árvore preferida, elabora um poema sobre ela.Para isso, podes seguir esta sugestão:

a) De entre as palavras que utilizaste, começa por encontrar algumas que rimem e faz pares.

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b) Podes combinar essas palavras com cores, brincadeiras ou sentimentos que a elas associes.

c) Acrescenta uma ideia em que utilizes uma comparação.

d) Utiliza uma personificação numa das frases.

5.4. Escreve agora o teu poema.

5.4. Apresenta a leitura expressiva do teu poema à turma. Podes acompanhar a tua leitura com música e/ou imagens.

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SOLUÇÕES

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

1 C A L A F A T E A M

2 A D I A R U S A D

3 S E M U S G O

4 V I C N F S A S

5 E C O R E S M E R O C

6 N U N E A A S E

7 E E S C U L P I R R

8 R E O A O P N

9 A C L A R C A R E

10 V O H L I X I A C T O

11 E U O R T E J O

12 L A M E D I T A R E

13 D E C R E T A R T

14 B I O M B O S L O U

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I. Pré-leitura

1.1.1. Texto livre, de acordo com o esquema da p. 5

1.1.2. a) arquipélagob) armador

1.1.4. a) 1. A quilha serve para cortar as águas.2. O mastro serve para prender a vela.

1.1.5. 1. Copa2. Flores3. Frutos4. Tronco5. Raíz6. Sementes

1.2.1. “A árvore” / Porque a imagem tem uma árvore.

1.2.2. Grande, frondosa/larga/ …

1.2.3. Livre (pretende apenas fazer antecipação de leitura)

II. Compreensão de frases

2.1.1. Por exemplo:“… as pessoas vinham sentar-se debaixo da larga sombra e admiravam a grossura rugosa e bela do tronco, maravilhavam-se com a leve frescura da sombra, o suspirar da brisa entre as folhagens perfu- madas.”

2.1.2. Por exemplo: “espessa”, “larga”, “bela”, “antiga”, “ve- nerável”, …

2.1.3. “A madeira do casco, do convés e dos bancos es- tava quase toda semi-apodrecida e só servia para queimar. Mas o mastro grande, que tinha sido ti- rado do cerne da velha árvore, continuava são e bem conservado.”

2.1.4.

2.2.1. Numa ilha do Japão.

2.2.2. Não se sabe exatamente quando se passaram os acontecimentos. No texto apenas diz: “em tempos muito antigos”.

2.2.3. Porque era muito frondosa e cobria tudo com a sua sombra.

2.2.4. Decidiram cortá-la.

2.2.5. Não resolveu o problema, porque, mesmo cortada, ocupava a ilha toda.

2.2.6. No fim, a madeira da árvore serviu para fazer uma guitarra.

2.3. ALEGRIA: 1, 3, 4, 5 / TRISTEZA: 2

2.4.1. 1. enumeração2. adjetivação3. metáfora4. personificação

2.4.2. Os poemas fazem parte da cultura de um povo.

III. Ligação de frases

3.1. 1.° c)2.° b)3.° d)4.° e)5.° i)

3.2. a) mas, eb) malc) porque

3.3. a) 2 b) 1 c) 4 d) 5 e) 3

3.4. 1.a Cortar a árvore2.a Cortar ramos e folhas e fazer objetos de uso3.a Fazer uma barca4.a Fizeram outra barca5.a Com a madeira do mastro, fizeram uma guitarra

3.5. amor / amizade

IV. Compreensão do todo

4.1. O texto conta a história de uma árvore que existia numa ilha e que cresceu tanto que os habitantes ti- veram de a cortar.

4.2. Situação inicial: desde “Era uma vez – em tempos muito antigos, no arquipélago do Japão” até “Assim foi durante várias gerações”;

Problema: desde “Mas, com o passar do tempo…” até “Que havemos de fazer? Que havemos de fazer?”;

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SOLUÇÕES

4.3.1.

Peripécias: desde “Até que foi decidido a população”até “para ouvirem o som da biwa.”

Desenlace: desde “Mas, mal os dedos do músico fi- zeram soar as cordas,” até “os poemas passam de geração em geração e são fiéis ao seu povo”.

V. Processos de elaboração

5.1.1. Razões apresentadas: os ramos da árvore tinham-se tornado tão compridos, a sua folhagem tão espessa e a sua copa tão larga que, durante o dia, metade da ilha ficava sempre à sombra;

metade das casas, das ruas, das hortas e dos jar- dins nunca apanhava sol;

Situação inicial:

➧ quando? “em tempos muito antigos”➧ quem? “uma árvore enorme”➧ o quê? “crescia” e “ em nenhuma outra ilha do

Japão, nem nas maiores, existia outraárvore igual (…) nunca tinham visto umaárvore tão alta, com a copa tão fron- dosa e bem formada.”

Problema:

➧ qual? “a árvore tinha crescido tanto, os seus ramos tinham-se tornado tão compri- dos, a sua folhagem tão espessa e a sua copa tão larga que, durante o dia, me- tade da ilha ficava sempre à sombra.”

Peripécias:➧ 1.ª resolução: “Fazê-la desaparecer”; “não havia

outro remédio e quase todos acabaram por concordar com o corte. No lugar onde antes ela se erguia, plantaram um pe- queno bosque de cerejeiras, pois as ce- rejeiras nunca crescem muito.”

➧ 2.ª resolução: “começaram a desfazê-la…” e “Alguns fabricaram pequenas mesas, outros, varandas para as suas casas, outros, caixilhos para os biombos, outros, cai- xas, tabuleiros, tigelas, colheres, pen- tes e ganchos para as mulheres espetarem no cabelo.”

➧ 3.ª resolução: “Vamos nós próprios construir o nosso barco.”

➧ 2.ª peripécia: “A madeira da quilha da grande barca tinha começado a apodrecer.” e “Mas o mastro grande, que tinha sido tirado do cerne da velha árvore, continuava são e bem conservado.”

➧ Resolução: “resolveram fazer uma biwa, que é uma espécie de guitarra japonesa.”

e, na metade ensombrada, as casas estavam a ficar húmidas, as ruas tinham-se tornado tristes, as hortas já não davam legumes, os jardins já não davam flor. E a gente que ali morava andava sem- pre pálida e constipada.

5.1.2. Resposta livre.

Sugestões: reflexão sobre a necessidade de equilí- brio entre a Natureza e o Homem, em que não só este precisa do sol e da sua luz para sobreviver, mas também todos os outros elementos da natureza. Aárvore, por ser demasiado grande, estava a preju- dicar outros seres vivos e, afinal, podia dar lugar a outras menores e contribuir para o desenvolvi- mento dos seres humanos.

5.1.3. A música e a poesia são coisas que não se esque- cem e que com facilidade passam de geração em geração, por isso, com o som e os versos que saiam da biwa, a árvore ficaria para sempre na memória de todos e para sempre.

5.1.4. a) “Há males que vêm por bem e bens que por mal vêm.”

b) A árvore era um bem no início, mas de tanto cres- cer começou a prejudicar a vida na ilha e tornou--se um mal para todos. Com muita tristeza, deci- diram cortar a árvore, um bem da Natureza. Con- tudo, os habitantes passaram a viajar e a fazer negócios, vivendo felizes e, por último, viram a sua alegria aumentar com a biwa que lhes dava música e poesia.

5.2. b) Há uma relação de amizade.

c) A árvore ganhava em altura, pois crescera mais.

d) Conseguia agasalhar-se em casa nos dias de frio, enquanto a árvore permanecia na rua.

e) Nunca poderá esquecer a árvore porque esta estáligada à sua infância, à sua vida enquanto pequena.

5.3. Resposta livre.Desenlace:

➧ Solução final: “todos compreenderam que a memória da árvore nunca mais se perderia, nunca mais deixaria de os proteger, porque os poemas passam de geração em geração e são fiéis ao seu povo.”